trabalho de fotografia
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By Karla RebecaTRANSCRIPT
História
Da
Fotografia
Aluna: Karla Rebeca Barbosa Nobre
Curso: Jornalismo
Professor: Jari Vieira
SumárioCâmara Obscura................................................................................................................3
Heliografia.........................................................................................................................4
Daguerreótipo....................................................................................................................5
Calotipia ou talbotipia....................................................................................................6/7
Hércules Florence: pioneiro da fotografia no Brasil.........................................................8
Conclusão..........................................................................................................................9
1 | P á g i n a
Introdução
Atualmente a câmera virou um objeto comum entre a sociedade, em quase todos
os lares há pelo menos uma delas, porém ninguém nunca se importou em desvendar
como ela funciona ou quando e onde surgiu a ideia de criar algo assim.
A palavra “fotografia” deriva-se do grego “fós” e “grafis”, que seriam “luz” e
“escrita”, onde nasce o significado que fotografia seria desenhar com a luz. A ideia da
fotografia surgiu ainda na antiguidade e durante a história da mesma, houve diversos
pensamentos e de diferentes pessoas que ajudaram no processo que conhecemos hoje.
Alguns dos pensadores destacaram-se mais que outros, fazendo assim diversas
divisões entre a história da fotografia, com os acontecimentos que mais marcaram ou
influenciaram em outras ideias para obter avanço na prática da mesma.
2 | P á g i n a
Câmara Obscura Oficialmente a fotografia teve início com a “câmara obscura”, onde o
conhecimento de seus princípios óticos se atribui a Aristóteles. A câmara obscura nada
mais é do que um cômodo fechado, de qualquer dimensão, e possui uma abertura que
permite a entrada de luz. Nela podemos observar o processo básico da fotografia, onde
os raios de luz vão penetrar a câmera e projetar a imagem na direção oposta ao orifício
de entrada, na qual seria a parede (fig.1).
A descoberta provocou grande polêmica entre os artistas da época, pois
acreditavam que a nova criação poderia acabar com a arte de pintar e também não
admitiam a fotografia como forma de arte, devido o recebimento de auxílio físico e
químico durante o processo da mesma.
Muitos artistas utilizavam a câmara como auxílio ao desenho e a pintura (fig.2),
mas conforme a utilização, eles descobriram falhas nas quais até mesmo os
atrapalhavam no processo da pintura. Como por exemplo, a diminuição da imagem para
tentar obter mais qualidade, e assim passaram a diminuir a abertura de luz, mas a
imagem refletida ficava escura e impossível de desenhá-la. Eles também começaram a
achar que o traço do artista não ficava bom, mesmo com a ajuda da câmara. Depois de
tantos problemas, houve a conclusão de que para existir a fotografia, necessitava de
compreensão de uma reação química à luz.
Mesmo com as mudanças na câmara obscura, como por exemplo, o tamanho ou
localização da mesma, ainda ficou conhecida como “objeto de ajuda ao desenho”, pois
apesar de projetar a imagem, não havia ainda uma forma de congelar a mesma, porém
ela teve total influência para a fotografia atual.
Fig.1 Fig.2
3 | P á g i n a
HeliografiaA primeira fotografia foi produzida em 1826 por Joseph
Nicéphore Niépce através de um processo que intitulou de
“Heliografia” que significa “gravura com a luz do sol”. Esta
primeira foto produzida com uma camera e com uma chapa de
estanho coberta de um composto do petróleo chamado “betume
da judeia”, depois de cerca de oito horas de exposição solar
nasceu a primeira fotografia.
Niépce tinha como objetivo refinar a arte da litografia, mas o mesmo não tinha
habilidade com desenho, então resolveu tentar criar uma imagem permanente através da
câmara obscura. Ele obteve sucesso e foi o criador da primeira fotografia do mundo,
chamada Point de Vue du Gras (A Vista da Janela), exposta em 1826 (Fig.1).
O processo ficou conhecido como Heliografia, que significa “gravura com luz
solar”, tendo o inconveniente de baixa velocidade de captação e pouca qualidade de
imagem, porém continua sendo considera a primeira fotografia e a partir dela, outros
estudiosos conseguiram melhorá-la.
Fig1. A Vista da Janela, por Joseph Niépce em 1826. (Primeira fotografia).
4 | P á g i n a
Daguerreótipo
Louis Jacquers-Mandé Daguerre entrou em contato com o Niépce em busca de
informações sobre sua invenção, pois ele também tentava obter imagens impressionadas
quimicamente através da câmera obscura. Niépce exigiu um contrato com Daguerre,
onde os dois trabalhariam juntos para aperfeiçoar a heliografia.
Daguerre após ter conhecimento sobre os experimentos de Niépce, ele
prosseguiu sozinho nas pesquisas até conseguir revelar uma imagem em uma chapa
prata, aquecendo-a durante o processo em vapor de mercúrio. Ele resolveu expor sua
descoberta, mas ainda continha falhas, pois a imagem não tinha durabilidade e apagava-
se quando em contato com a luz do sol, não sendo permanente. Em 1837, Daguerre
conseguiu fazer com que a imagem não desaparecesse, após a chapa estar pronta ele
mergulhava a mesma em uma solução salina.
Daguerre chamou o seu invento de Daguerreótipo e, em 1839,
o apresentou para a Academia de Ciências de Paris, que tornou o
aparelho acessível ao público. Em pouco tempo o daguerreótipo se
tornou um sucesso nas grandes cidades, porém era impossível fazer
cópias do mesmo, além das chapas serem frágeis e precisavam ser
cobertas por vidro para evitar oxidação e impressões digitais.
Natureza-morta de Louis Jacques-Mandé Daguerre, 1837.
5 | P á g i n a
Calotipia ou talbotipiaWilliam Henry Fox Talbot também estava trabalhando na mesma ideia de
Daguerre, em uma de suas viagens ele buscava técnicas para desenhar utilizando a
câmara escura e câmera lúcida (Fig.1). Com o objetivo de tornar seus desenhos
permanentes, Talbot após estudos mergulhou o papel em nitrato e cloreto de prato, onde
depois de seco ele fazia contato com os objetos, gerando uma silhueta escura. O mesmo
era fixado com amoníaco ou com uma solução concentrada de sal.
Fig.1 – Câmera lucida
Talbot, em 1835, conseguiu obter uma imagem no processo negativo/positivo
(Fig.2). Tendo como primeiro impresso, a janela de seu laboratório em sua cidade natal.
Após isso, Talbot largou suas anotações e focou-se em outros objetivos. Talbot, com a
sua técnica conseguiu resultados superiores aos de Daguerre, com o desenvolvimento de
negativos. O problema da técnica é que o suporte do negativo é papel e na passagem
para o positivo perdiam-se detalhes. John Herschel, amigo de Talbot, foi quem sugeriu
o “Photographie”, em 1839.
Inicialmente o processo de Talbot, chamava-se talbotipia e passou a ser
conhecido como calotipia, após ele aperfeiçoar a sua técnica, usando papel úmido e não
seco, fazendo com que o processo fosse mais rápido, durando até mesmo 5min. Sua
técnica também permitia cópias das fotografias, pelas mesmas serem em papel e não em
chapas. Em 1844, Talbot publicou The Pencil of Nature, primeiro livro da história
ilustrado com fotografia e nele continha as explicações detalhadas de seus trabalhos.
Talbot não teve suas ideias valorizadas como as de Daguerre, porém ele é
considerado o inventor da fotografia atual, pelo processo negativo/positivo, tempo gasto
para o mesmo e até qualidade de revelação.
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Fig.2 Janela da biblioteca da abadia de Locock Abbey. Calotipo fotografado por William Fox Talbot.
7 | P á g i n a
Hércules Florence: pioneiro da fotografia no Brasil
Antoine Hercule Romuald Florence foi um inventor, desenhista, polígrafo e
pioneiro da fotografia franco-brasileiro. Florence apesar de não ser tão conhecido entre
os “pioneiros da fotografia”, ele foi um dos mais importantes, mesmo descobrindo
isoladamente o processo fotografia.
Ele iniciou suas pesquisas devido à falta de oficinas impressoras no Brasil, então
ele buscou por outra alternativa, criando assim a Poligrafia. Nela podia-se imprimir
exemplares de diplomas e rótulos de farmácia em papel fotossensível, utilizando os
princípios da câmera obscura. Hercules chegou à fotografia, em 1833, antes do anúncio
oficial na Europa.
Florence já vinha desenvolvendo experiências com a fotografia, em 1830.
Apesar de não ter tido reconhecimento na época, o historiador Boris Kossoy resgatou
sua trajetória e, em 1976, publicou “Hercule Florence: a descoberta isolada da fotografia
no Brasil”, em que afirmava que Florence foi um dos pioneiros mundiais da fotografia.
Um dos pontos principais apontados é o fato de que, ao contrário do daguerreótipo, que
só produzia positivos, a técnica de Florence (que ele mesmo denominou a época
“photographie”) produzia negativos, permitindo, assim, a reprodução.
O livro e o trabalho de Kossoy, incluindo a reprodução dos métodos registrados por
Florence nos laboratórios do Rochester Institute of Technology, levaram ao reconhecimento
internacional do pesquisador franco-brasileiro na descoberta da fotografia. Totalmente
isolado e sem conhecimento do que realizavam seus contemporâneos europeus Niépce,
Daguerre e Talbot, obteve resultados fotográficos.
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Conclusão
No inicio da prática “fotografar”, haviam diversos incômodos e dificuldades
para fazer tal, como o peso dos materiais necessários para fazer “daguerreótipos”, o
tempo que a pessoa devia ficar parada durante o processo sob a luz do sol, a forma de
revelação, pois se fizesse o processo errado a foto rapidamente se apagaria, além de que
os produtos químicos cheiravam mal e eram tóxicos.
As câmeras foram se aperfeiçoando com o tempo, tendo várias formas e tipos,
algumas utilizando os daguerreótipos e outras os calótipos. Os fotógrafos amadores
continuavam a praticar a fotografia, alguns fotografando em estúdios, outros
fotografando guerras e alguns fotografando famosos, ficando a escolha de cada um o
tipo de fotografia que iriam praticar.
A fotografia tornou-se presente em diversas áreas da sociedade, como em
noticiários, trabalho policiais, raio-x etc e devido todas as dificuldades para fotografar,
estudiosos começavam a fazer tipos de câmeras que atendiam as necessidades dos
diferentes tipos de fotógrafos. Diminuindo ou aumentado tamanhos, mudando lentes,
criando filmes e assim foram aperfeiçoando até chegar à nossas câmeras e qualidade de
fotografia atual.
Tudo foi evoluindo e mudando, até se transformar em nossa fotografia atual,
depois de ter passado por diversas etapas, como deixa-la colorida através das cores
primárias, criação de filmes, máquinas mais modernas, outros tipos de revelação etc. E
o ato simples “fotografar” que temos hoje em dia em meios simples como celulares,
fotos, tablets, webcams, etc, foram derivados de muitas ideias de diversos estudiosos,
tendo alguns mais conhecidos e outros nem tanto, mas que ainda sim ajudaram para esse
avanço tecnológico, na qual pode ser útil para meios profissionais ou não. E afinal,
quem sabe não pode aparecer alguém que crie outra forma de fotografar? E depois se
unir com outra pessoa que também tem esse objetivo? Podemos ter entre nossos amigos,
ou família, ou colegas de trabalho algum Niépce, ou Daguerre, um Talbot ou um
Hércules Florence.
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