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GUILHERME ZANIBONI
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
SurFlow – Onda Artificial
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR II
Balneário Camboriú - SC
2006-I
2
GUILHERME ZANIBONI
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
SurFlow – Onda Artificial
Trabalho apresentado ao curso de
Design Industrial, da
Universidade do Vale do Itajaí, Centro
de Educação Superior II, sob a
orientação do professor:
Renato Buchele Rodrigues.
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR II
Balneário Camboriú - SC
2006-I
3
Dedicatória
Dedico este projeto primeiramente à Deus e à minha família, em especial aos meus pais, Cleuson e Leila, e minha irmã Roberta, que muito apoio e conforto me deram durante toda a minha vida. Em um segundo momento, dedico à todos os meus amigos e aos colegas de classe Julian (Foca), Fabrício e Rodrigo, por muito me ajudarem durante esse período de graduação, ao professor Carlos Eduardo de Borba (Duda), pelo apoio e incentivo e ao professor Renato B. Rodrigues, pela excelente orientação e apoio, sempre acreditando em meu projeto.
4
SUMÁRIO:
LISTA DE FIGURAS .................................................................................................07
LISTA DE GRÁFICOS ..............................................................................................13
LISTA DE TABELAS ................................................................................................14
RESUMO ...................................................................................................................15
ABSTRACT ...............................................................................................................16
1. Introdução ............................................................................................................18
1.1 Contextualização ....................................................................................18
1.2 Objetivo Geral .........................................................................................19
1.3 Objetivo Específico ................................................................................19
1.4 Justificativa ............................................................................................20
2. METODOLOGIA DO PROJETO E PESQUISA ...................................................21
2.1 Ferramentas de Projeto ..........................................................................22
2.1.1 Ferramenta de Definição do Problema ...................................22
2.1.2 Análise da Problemática ..........................................................22
2.1.3 Briefing ......................................................................................23
2.1.4 Writestorming ............................................................................23
2.1.5 Painel Semântico ......................................................................23
2.1.6 Benchmarking ...........................................................................23
2.2 Cronograma ..................................................................................23
3. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA .............................................................................28
3.1 Tempo Livre .............................................................................................28
3.1.1 Tempo Morto...............................................................................28
3.1.2 Tempo Comprometido ..............................................................29
3.1.3 Tempo de Lazer..........................................................................29
3.1.3.1 Atividades Culturais ...................................................30
3.1.3.2 Atividades Gastronômicas .........................................31
3.1.3.3 Atividades de Turismo ................................................32
3.1.3.4 Atividades Físicas e Esportivas .................................33
3.2 Esportes Terrestres ................................................................................34
3.3 Esportes Aéreos .....................................................................................36
3.4 Esportes Aquáticos ................................................................................37
3.4.1 Natação .....................................................................................39
3.4.2 Canoagem .................................................................................43
5
3.4.3 Vela ou Iatismo .........................................................................47
3.4.4 Esportes Radicais .....................................................................48
3.4.4.1 Wakeboard ...................................................................50
3.4.4.2 Bodyboard ...................................................................52
3.4.4.3 Kitesurf .........................................................................54
3.4.4.4 Ski Aquático .................................................................57
3.4.4.5 Surf ................................................................................60
3.4.4.5.1 Histórico ................................................................60
3.4.4.5.2 Evolução das Pranchas .......................................63
3.4.4.5.3 Historico do Surf no Brasil ..................................64
3.4.4.5.4 Equipamentos Utilizados .....................................67
3.4.4.5.5 Locais para a Prática ............................................76
3.4.4.5.6 Problemas com Relação à Prática do Surf .........84
3.4.4.5.7 Problemas em Relação à Saúde do Praticante ...85
3.4.4.5.8 Benefícios do Surf .................................................92
3.4.4.5.9 Linha do Tempo .....................................................95
4. PESQUISA DE CAMPO ......................................................................................101
4.1 Modelo dos Questionários ..............................................................101
4.2 Resultados da Aplicação dos Questionários ................................101
4.3 Análise dos Resultados da Pesquisa de Campo ..........................118
5. CONCEITUAÇÃO ...............................................................................................120
5.1 Definição do Problema ....................................................................120
5.2 Conceitos do Produto .....................................................................121
5.3 Pré-Requisitos do Projeto ...............................................................125
6. CONCEPÇÃO .....................................................................................................127
6.1 Ferramentas e Técnicas de Criatividade .......................................127
6.2 Geração de Alternativas ..................................................................128
6.2.1 Alternativa I ............................................................................129
6.2.2 Alternativa II ...........................................................................131
6.2.3 Alternativa III ..........................................................................133
7. ALTERNATIVA ESCOLHIDA .............................................................................135
7.1 Considerações Finais Sobre a Alternativa .....................................135
7.2 Testes de adequação da alternativa ...............................................135
7.3 Modelo Volumétrico .........................................................................136
6
7.3.1 Execução do Modelo Volumétrico ....................................136
7.3.2 Adequação do Modelo .......................................................139
8. ASPECTOS FÍSICOS..........................................................................................142
8.1 Ergonomia .............................................................................................142
8.1.1 AEP - Análise de Produtos Existentes ..................................142
8.1.2 Usabilidade ..............................................................................143
8.1.3 Adequação Antropométrica ...................................................145
8.1.4 Adequação Fisiológica ...........................................................146
8.1.5 Adequação Ambiental ............................................................146
8.1.6 Adequação Cognitiva .............................................................147
8.2 Operacional ...........................................................................................148
8.3 Estético Formal .....................................................................................149
8.3.1 Função Formal ........................................................................149
8.3.2 Sugestão de Combinações ....................................................149
9. ASPECTOS TÉCNICOS ....................................................................................152
9.1 Materiais ................................................................................................152
9.1.1 E.V.A. – Etil Vinil Acetato ......................................................152
9.1.2 Resina Estervinílica ...............................................................153
9.1.3 Fibra de Vidro ..........................................................................154
9.1.4 Aço Inoxidável .........................................................................155
9.1.5 P.V.C. - PoliCloreto de Vinila ..................................................155
9.2 Produção Industrial ..............................................................................156
9.2.1 Componentes ..........................................................................156
9.2.2 Métodos e Técnicas ................................................................160
9.2.2.1 Laminação de Fibra com Resina ..............................160
9.2.2.2 Soldagem de Aço Inoxidável ....................................161
9.2.3 Tecnologias Empregadas .......................................................162
9.2.3.1 Bomba Hidráulica ......................................................162
9.2.4 Montagem ...............................................................................164
9.4 Desenho Técnico ..................................................................................164
10. ASPECTOS ESTRATÉGICOS .........................................................................170
10.1 Informacional ......................................................................................170
10.2 Marketing .............................................................................................170
10.2.1 Produto ..................................................................................170
7
10.2.2 Preço ......................................................................................171
10.2.3 Praça ......................................................................................171
10.2.4 Promoção ..............................................................................171
10.3 Ambiental ............................................................................................172
11. MODELO FINAL ...............................................................................................173
12. CONCLUSÃO ...................................................................................................174
13. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................175
14. ANEXOS ...........................................................................................................178
14.1 Anexo 1 ...............................................................................................178
14.2 Anexo 2 ...............................................................................................181
14.3 Anexo 3 ...............................................................................................184
14.4 Anexo 4 ...............................................................................................188
8
Lista de Figuras
Figura 01: MD3E. .....................................................................................................21
Figura 02: Cronograma. ..........................................................................................24
Figura 03 Cronograma. ...........................................................................................24
Figura 04 Cronograma. ...........................................................................................25
Figura 05 Cronograma. ...........................................................................................25
Figura 06 Cronograma. ...........................................................................................26
Figura 07 Cronograma. ...........................................................................................26
Figura 08 Cronograma. ...........................................................................................27
Figura 09 Cronograma. ...........................................................................................27
Figura 10: Escovando os dentes. ..........................................................................28
Figura 11 Trabalho. ................................................................................................29
Figura 12: Pescando. ............................................................................................. 30
Figura 13: Assistindo TV. .......................................................................................31
Figura 14: Atividade Gastronômica. ......................................................................31
Figura 15: Turismo. .................................................................................................32
Figura 16: Atividade Física. ....................................................................................33
Figura 17: Vôlei. .......................................................................................................34
Figura 18: Rally de Velocidade. ..............................................................................35
Figura 19: Rally de Velocidade. ..............................................................................35
Figura 20: Rally de Velocidade. ..............................................................................35
Figura 21: Bungee Jump. .......................................................................................36
Figura 22: Sky Dive. ............................................................................................... 37
Figura 23: Para-Quedismo. .....................................................................................37
Figura 24: Nado Sincronizado. ...............................................................................38
Figura 25: Jet-Boating. ............................................................................................38
Figura 26: Freestyle JetSki. ....................................................................................39
Figura 27: Pólo Aquático. .......................................................................................39
Figura 28: Natação. .................................................................................................40
Figura 29: Nado de Costas. ....................................................................................41
Figura 30: Nado de Peito. .......................................................................................41
Figura 31: Nado Crawl. ...........................................................................................42
Figura 32: Nado Borboleta. ....................................................................................43
9
Figura 33: Canoagem. .............................................................................................44
Figura 34: Canoagem estilo Velocidade. ...............................................................44
Figura 35: Canoagem estilo Slalon. .......................................................................45
Figura 36: Canoagem estilo Adaptada. .................................................................45
Figura 37: Canoagem estilo Descida. ....................................................................46
Figura 38: Canoagem estilo Maratona. ..................................................................46
Figura 39: Iatismo. ...................................................................................................47
Figura 40: Regata de Iatismo. .................................................................................48
Figura 41: Wakeboard. ............................................................................................49
Figura 42: Downhill. ................................................................................................50
Figura 43: Skate. ......................................................................................................50
Figura 44: Wakeboard. ............................................................................................51
Figura 45: Wakeboard. ............................................................................................52
Figura 46: Fabricação de bodyboard. ....................................................................53
Figura 47: Bodyboard. ............................................................................................53
Figura 48: Bodyboard. ............................................................................................54
Figura 49: Pipa. ........................................................................................................54
Figura 50: Kitesurf. ..................................................................................................56
Figura 51: Kitesurf. ..................................................................................................56
Figura 52: Ski Aquático. ..........................................................................................57
Figura 53: Ski Aquático estilo Slalon. ...................................................................58
Figura 54: Ski Aquático. ..........................................................................................58
Figura 55: Equipamentos. .......................................................................................59
Figura 56: Havaianas. ..............................................................................................60
Figura 57: Capitão James Cook. ............................................................................61
Figura 58: Nativo Havaiano. ...................................................................................61
Figura 59: George Freeth. .......................................................................................62
Figura 60: Duke Kahanamoku. ...............................................................................62
Figura 61: Selo homenageando Duke Kahanamoku. ...........................................63
Figura 62: Cavalo deTotora. ...................................................................................63
Figura 63: Réplica da prancha de Blake. ...............................................................64
Figura 64: Osmar Gonçalves. .................................................................................65
Figura 65: Surfistas no Arpoador. .........................................................................65
Figura 66: Affonso Freitas. .....................................................................................66
10
Figura 67: Affonso Freitas. .....................................................................................67
Figura 68: Prancha de Surf. ....................................................................................68
Figura 69: Deck Antiderrapante. ............................................................................68
Figura 70: Leash. .....................................................................................................69
Figura 71: Roupa de Borracha. ..............................................................................69
Figura 72: Prancha para Tow-In. ............................................................................70
Figura 73: Fundo. ....................................................................................................70
Figura 74: Fundo. ....................................................................................................71
Figura 75: Fundo. ....................................................................................................71
Figura 76: Fundo. ....................................................................................................71
Figura 77: Rabetas Squash e Round Squash. ......................................................71
Figura 78: Rabeta Square. ......................................................................................72
Figura 79: Rabeta Swallow. ....................................................................................72
Figura 80: Rabeta Round Pin. ................................................................................72
Figura 81: Rabeta Pin. .............................................................................................72
Figura 82: Rabeta com Wing. .................................................................................72
Figura 83: Quilhas e chaves de quilha. .................................................................73
Figura 84: Capas de prancha. ................................................................................74
Figura 85: Rack para automóveis. .........................................................................74
Figura 86: Rack para bicicletas e motocicletas. ...................................................75
Figura 87: Mochila com compartimento para roupa de borracha. .....................75
Figura 88: Kit com raspador e parafina. ................................................................76
Figura 89: Surf na Pororoca. ..................................................................................77
Figura 90: Onda na Pororoca. ................................................................................77
Figura 91: Surf no Rio Isar, Alemanha. .................................................................78
Figura 92: Surf no Rio Zambezi, África. ................................................................78
Figura 93: Praia do Sonho, São Paulo-Brasil. ......................................................79
Figura 94: Zicatela-Puerto Escondido, México. ....................................................79
Figura 95: Caldeira, Portugal. .................................................................................80
Figura 96: Ilha dos Lobos-RS, Brasil. ....................................................................80
Figura 97: Indonésia. ...............................................................................................80
Figura 98: Teahupoo. ..............................................................................................81
Figura 99: Piscina de ondas. ..................................................................................81
Figura 100: Onda em piscina. .................................................................................82
11
Figura 101: Sistema gerador de ondas. ................................................................82
Figura 102: Piscina de onda parada. .....................................................................83
Figura 103: Piscina de onda parada. .....................................................................83
Figura 104: Mapa do Swell. ....................................................................................84
Figura 105: Mapa do vento. ....................................................................................84
Figura 106: Hérnia de disco. ...................................................................................85
Figura 107: Esforço nos joelhos. ...........................................................................86
Figura 108: Alongamento. ......................................................................................86
Figura 109: Yoga. .....................................................................................................87
Figura 110: Corte provocado pelo equipamento. .................................................88
Figura 111: Lesão provocada por tubarão. ...........................................................88
Figura 112: Queimadura solar. ...............................................................................89
Figura 113: Protetor solar fator 60. ........................................................................90
Figura 114: Aplicação de protetor solar. ...............................................................91
Figura 115: Manchas na pele. .................................................................................91
Figura 116: Lesão Benigna. ....................................................................................92
Figura 117: Lesão Maligna. .....................................................................................92
Figura 118: Cavalo de Totora. ................................................................................95
Figura 119: Prancha Havaiana. ..............................................................................95
Figura 120: Prancha Havaiana. ..............................................................................96
Figura 121: Prancha de George Freeth. ................................................................96
Figura 122: Prancha de Tom Blake. .......................................................................96
Figura 123: Prancha de fibra. .................................................................................97
Figura 124: Prancha Mini Model. ............................................................................97
Figura 125: Prancha Biquilha. ................................................................................97
Figura 126: Prancha Triquilha. ...............................................................................98
Figura 127: Prancha de Tow-In. .............................................................................98
Figura 128: Foilboard. .............................................................................................98
Figura 129: Onda do Mar. .......................................................................................99
Figura 130 Onda de Rio. .........................................................................................99
Figura 131: Onda em piscina. .................................................................................99
Figura 132: Onda em piscina do tipo Flow-Ride. ...............................................100
Figura 133: Pororoca. ............................................................................................100
Figura 134: Conceitos do produto. ......................................................................122
12
Figura 135: Público Alvo. ......................................................................................123
Figura 136: Tema visual. .......................................................................................124
Figura 137: Alternativa I. .......................................................................................129
Figura 138: Alternativa II. ......................................................................................131
Figura 139: Alternativa III. .....................................................................................133
Figura 140: Alternativa I. .......................................................................................135
Figura 141: Testes de manobras. .........................................................................136
Figura 142: Execução do modelo volumétrico. ..................................................137
Figura 143: Execução do modelo volumétrico. ..................................................137
Figura 144: Execução do modelo volumétrico. ..................................................137
Figura 145: Modelo volumétrico. .........................................................................138
Figura 146: Modelo volumétrico a ser projetado. ...............................................138
Figura 147: Modelo volumétrico a ser projetado. ...............................................138
Figura 148: Modelo volumétrico projetado na parede. ......................................139
Figura 149: Modelo volumétrico projetado na parede. ......................................139
Figura 150: Modelo volumétrico em escala. .......................................................140
Figura 151: Modelo volumétrico em escala. .......................................................140
Figura 152 Modelo volumétrico em escala. ........................................................141
Figura 153: Onda do tipo Flow Ride. ...................................................................142
Figura 154: Wave Pool. .........................................................................................143
Figura 155: Sentido do fluxo da água. .................................................................144
Figura 156: Utilização do produto. .......................................................................144
Figura 157: Utilização do produto. .......................................................................144
Figura 158: Referencial humano. .........................................................................145
Figura 159: Diferentes montagens do produto. ..................................................146
Figura 160: Tombo em piscina Flow Ride. ..........................................................147
Figura 161: Caixa de comando. ............................................................................148
Figura 162: Formas do SurFlow. ..........................................................................149
Figura 163 : Typhoon Lagoon. .............................................................................150
Figura 164: Renderização ambientada do SurFlow. ..........................................151
Figura 165: Utilização do produto. .......................................................................153
Figura 166: Utilização do produto resina ............................................................154
Figura 167: Utilização do produto. .......................................................................154
Figura 168: Utilização do produto. .......................................................................155
13
Figura 169: Utilização do produto. .......................................................................156
Figura 170: SurFlow em vista explodida. ............................................................157
Figura 171: Módulo 1. ............................................................................................157
Figura 172: Módulo 2. ............................................................................................158
Figura 173: Módulo 3. ............................................................................................159
Figura 174: Módulo 4. ............................................................................................159
Figura 175: Laminação de fibra de vidro. ............................................................160
Figura 176: Retirada de bolhas de ar. ..................................................................161
Figura 177: Solda TIG. ...........................................................................................162
Figura 178: Bomba BEW. ......................................................................................163
Figura 179: Manual de montagem. .......................................................................170
Figura 180: Propaganda em sites. .......................................................................172
Figura 181: Modelo final........................................................................................173
Figura 182: Modelo final .......................................................................................173
14
Lista de Gráficos
Gráfico 01 – Questionário 01 Questão 02. ..........................................................101
Gráfico 02 – Questionário 01 Questão 03. ..........................................................102
Gráfico 03 – Questionário 01 Questão 04. ..........................................................102
Gráfico 04 – Questionário 01 Questão 05. ..........................................................103
Gráfico 05 – Questionário 01 Questão 06. ..........................................................103
Gráfico 06 – Questionário 01 Questão 07. ..........................................................104
Gráfico 07 – Questionário 01 Questão 08. ..........................................................104
Gráfico 08 – Questionário 01 Questão 09. ..........................................................105
Gráfico 09 – Questionário 01 Questão 10. ..........................................................105
Gráfico 10 – Questionário 01 Questão 11. ..........................................................106
Gráfico 11 – Questionário 01 Questão 12. ..........................................................106
Gráfico 12 – Questionário 01 Questão 13. ..........................................................107
Gráfico 13 – Questionário 01 Questão 14. ..........................................................107
Gráfico 14 – Questionário 01 Questão 15. ..........................................................108
Gráfico 15 – Questionário 01 Questão 15. ..........................................................108
Gráfico 16 – Questionário 01 Questão 16. ..........................................................109
Gráfico 17 – Questionário 02 Questão 02. ..........................................................109
Gráfico 18 – Questionário 02 Questão 03. ..........................................................110
Gráfico 19 – Questionário 02 Questão 04. ..........................................................110
Gráfico 20 – Questionário 02 Questão 05. ..........................................................111
Gráfico 21 – Questionário 02 Questão 06. ..........................................................111
Gráfico 22 – Questionário 02 Questão 07. ..........................................................112
Gráfico 23 – Questionário 02 Questão 08. ..........................................................112
Gráfico 24 – Questionário 02 Questão 09. ..........................................................113
Gráfico 25 – Questionário 02 Questão 10. ..........................................................113
Gráfico 26 – Questionário 02 Questão 11. ..........................................................114
Gráfico 27 – Questionário 02 Questão 12. ..........................................................114
Gráfico 28 – Questionário 02 Questão 13. ..........................................................115
Gráfico 29 – Questionário 02 Questão 14. ..........................................................115
Gráfico 30 – Questionário 02 Questão 15. ..........................................................116
Gráfico 31 – Questionário 02 Questão 16. ..........................................................116
Gráfico 32 – Questionário 02 Questão 17. ..........................................................117
Gráfico 33 – Questionário 02 Questão 18. ..........................................................117
Gráfico 34 – Questionário 02 Questão 19. ..........................................................118
15
Lista de Tabelas
TABELA 01 – Análise entre as perguntas 4 e 8 do questionário aplicado ao
público geral. ........................................................................................................ 118
TABELA 02 – Análise entre as perguntas 4 e 9 do questionário aplicado ao
público geral. ........................................................................................................ 118
TABELA 03 – Análise entre as perguntas 5 e 7 do questionário aplicado ao
público geral. ........................................................................................................ 119
TABELA 04 – Análise entre as perguntas 2 e 5 do questionário aplicado ao
público geral. ........................................................................................................ 119
TABELA 05 – Análise entre as perguntas 2 e 11 do questionário aplicado aos
praticantes de surf. ............................................................................................. 119
TABELA 06 – Aspectos positivos e negativos da Alternativa I. .......................129
TABELA 07 – Aspectos positivos e negativos da Alternativa II. ..................... 131
TABELA 08 – Aspectos positivos e negativos da Alternativa III. .................... 133
TABELA 09 - Utilização em função do peso e velocidade............................... 148
TABELA 10 - Materiais e processos................................................................... 152
TABELA 11 - Materiais e valores........................................................................ 171
TABELA 12 - Materiais.......................................................................................... 173
16
RESUMO
Este relatório é um trabalho apresentado como TCC do curso de Design
Industrial da Universidade do Vale do Itajaí. Trata-se do desenvolvimento de um
produto para praticantes de surf, que propicie aos mesmos praticar a atividade
mesmo que em condições adversas, como a falta de ondas ou local adequado.
Foram feitas pesquisas bibliográficas e uma pesquisa de campo para se
identificar fatores relevantes no desenvolvimento do projeto, e com o auxílio destas
informações desenvolvidas alternativas ao problema de projeto.
Após a definição da alternativa que seria implementada, partiu-se para as
funções do produto, onde foram analisadas as funções e definidos itens
ergonômicos do projeto, e posteriormente a definição do memorial descritivo, onde
foram definidas a função formal, os aspectos técnicos, os materiais, o sistema de
produção e as tecnologias empregadas no produto. Ao final do memorial descritivo,
foram definidos os aspectos estratégicos e elaborados o desenho renderizado, o
desenho técnico e o modelo final do produto desenvolvido.
17
ABSTRACT
This report is a work presented as TCC of the course of Industrial Design from
the Universidade do Vale do Itajai.
One is about the development of a product for practitioners of surf, that it
propitiates to the same ones to practise the same activity that in adverse conditions,
as the lack of waves or adequate place. Bibliographical research had been made and
a field research to identify excellent factors in the development of the project, and
with the aid of these information developed alternative to the project problem.
After the definition of the alternative that would be implemented, was changed
the functions of the product, where the functions and defined itens of the project had
been ergonomic analyzed, and later the petition, where the formal function, the
technician aspects, the materials, the production system and the technologies used
in the product had been defined. To the end of the petition, the strategical aspects
was defined and the renderer drawing was elaborated, the technical drawing and the
final model had been defined.
18
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho consiste em um desenvolvimento de produto para
praticantes de surf, que devido à inúmeros fatores muitas vezes ficam
impossibilitados de praticar o esporte. Por esse motivo foi constatado que seria uma
área de muito boa aceitabilidade, e optandou-se pela criação e desenvolvimento de
um produto que permita a prática do surf a qualquer momento que se deseje.
Os capítulos a seguir tratam do desenvolvimento do projeto e produto.
1.1 Contextualização
Para realizar a graduação no Curso de Design Industrial, da Universidade do
Vale do Itajaí – UNIVALI, o acadêmico deve realizar um trabalho de conclusão de
curso (TCC), com a finalidade de criar um produto voltado para o lazer ou turismo.
O lazer deixou de ser considerado somente como o momento de repouso,
sendo definido também como a reprodução da força de trabalho nas horas de lazer,
onde a pessoa busca divertir-se e desligar-se de todas as suas tarefas e
preocupações.
A maioria das cidades desenvolve uma preocupação com o lazer, e na sua
maioria, estão voltadas para bens e serviços ligados ao mesmo, sejam com serviços
ligados à cultura, alimentação, esporte ou somente recreação.
O lazer é uma área que está sempre em constante evolução, pois sempre tem
de existir novos produtos que despertem interesse dos usuários, que permitam a
prática de lazer escolhida, que facilitem a suas atividades ou até mesmo que
auxiliem na correção de possíveis problemas, sejam eles problemas ergonômicos ou
problemas de projeto.
Assim decidiu-se por em prática o projeto de uma onda artificial, visando
oferecer aos usuários que não tem como chegar ao mar uma experiência similar ao
surf, e mesmo aos que têm possibilidade de estar sempre em contato com o mar
uma experiência interessante.
19
1.2 Objetivo Geral
Desenvolver um produto que permita praticantes de atividades de lazer
entreter-se e obter a experiência da prática do surf similar ao surf no mar, mesmo
que não haja condições da prática do esporte no mar.
1.3 Objetivos Específicos
Identificar as necessidades e desejos dos praticantes de surf, através da
realização de diferentes pesquisas.
Obter as informações necessárias para a elaboração de um produto que
possibilite praticar o Surf, mesmo estando distante de ondas naturais, simulando
a ação e forma de uma onda natural do mar.
Inovar o produto para obter um aspecto visual arrojado, não apenas do produto,
mas do ambiente em que é utilizado.
Possibilitar a experiência de surfar, treinar ou recrear-se, mesmo em condições
adversas, onde não seria possível a prática do surf, seja pela distância do mar,
ausência de ondas por fatores geográficos ou climáticos, ou quaisquer fatores
que impossibilitem o usuário de praticar o mesmo.
20
1.4 Justificativa
A análise se faz necessária com o intuito de auxiliar na execução de um
produto que visa proporcionar a pessoas em atividade de lazer experiências
similares ao surf no mar, tornando o produto com características mais similares
possível com as ideais para a prática do surf.
Por ser um produto inovador, exigir tecnologia, e investimento, ficar à vista
das pessoas, sejam elas praticantes ou meros expectadores, e estar relacionado
com esportes radicais, o produto deve ter um design inovador, e que tenha uma
estética condizente com a atividade praticada.
Pode-se observar a necessidade de um produto que simule o ambiente da
prática do surf tanto pela quantidade de praticantes que muitas vezes ficam sem ter
um local adequado para a prática da atividade, e que é estimada pela ASP, a
Associação dos Surfistas Profissionais, doze milhões de praticantes, quanto pelos
benefícios proporcionados pelo esporte. Sejam eles, benefícios psicológicos como a
melhora da auto-estime e a redução do estresse, bem como benefícios físicos, como
o aumento da massa muscular, o aumento da capacidade pulmonar e a melhora no
sistema vascular, benefícios esses que fazem o corpo trabalhar corretamente e
evitam doenças e problemas de saúde.
21
2 .0 METODOLOGIA DE PROJETO E PESQUISA
O método para a execução desse projeto foi o MD3E, desenvolvido por
Santos (2000), que consiste no desdobramento do projeto em três etapas, pré-
concepção, concepção e pós-concepção, sendo estas três etapas subdivididas em
mais três, conforme a Figura 01.
Figura 01: MD3E.
Fonte: Santos (2005).
O primeiro passo para o desenvolvimento do projeto é a Pré-Concepção,
onde é feita uma pesquisa bibliográfica para a fundamentação do projeto,
abrangendo as áreas de lazer, turismo de lazer, bem como outras áreas que são
ligadas ao lazer. Em seguida é feita uma pesquisa de lazer esportivo, esportes e
sobre Surf.
Após toda a pesquisa sobre o lazer e a área escolhida, inicia-se a pesquisa
de produtos concorrentes, existentes no mercado, onde é feita uma análise dos
produtos que o mercado oferece atualmente, chamando-se essa etapa de estado do
design.
Inicia-se a pesquisa de campo através de entrevistas com surfistas
profissionais, fabricantes de equipamentos para o surf e parques aquáticos e
22
proprietários de parques aquáticos, sendo as mesmas feitas no local da fábrica ou
no próprio parque aquático, afim de que se possa aproveitar estes resultados para
uma visita ao estabelecimento. Estando as entrevistas feitas é dado
prosseguimento, feita com pessoas, praticantes de surf ou usuários de parques
aquáticos, de ambos os sexos, para identificar problemas existentes, soluções e
satisfação do cliente.
Com a coleta de todas essas informações, inicia-se a fase da fundamentação
do projeto, onde se encontra a justificativa, o briefing e a conceituação. A partir daí
tem-se toda a parte de concepção, onde alternativas para que se resolva a
problemática são geradas através de técnicas de criatividade. Alternativas estas que
sofrem análise afim de escolher-se a alternativa que melhor se encaixa e resolve os
problemas do projeto.
Então se inicia a pós-concepção, onde é fabricado o modelo volumétrico,
desenho técnico, perspectiva, renderings e ambientação e confecção do protótipo. A
partir daí, tem-se o memorial descritivo do projeto, onde são analisadas a estética,
formas, função de uso, função ergonômica, função técnica, função operacional,
função informacional e função de marketing.
2.1 Ferramentas de Projeto
São usadas várias ferramentas pra auxiliar no desenvolvimento do projeto,
ferramentas para solucionar problemas específicos, organização do trabalho,
escolher nome para o produto, gerar idéias entre outras.
2.1.1 Ferramenta de Definição do Problema
BAXTER (1995), em seu livro Projeto de Produto, sugere que na definição do
problema o designer ou pesquisador realize oito perguntas, perguntas estas que por
sua resposta auxiliam na elaboração do problema de projeto, o qual deve ser
resolvido, as suas fronteiras e o espaço do problema. Esta ferramenta será aplicada
no início do projeto.
2.1.2 Análise da Problemática
É uma análise feita com os produtos já existentes no mercado, onde se
analisam pontos positivos e negativos, vantagens e desvantagens, em todos os
23
aspectos funcionais, ergonômicos, formais, tecnológicos, dimensionamento, estudo
de cores, acabamento e de marketing.
2.1.3 Briefing
Briefing é a ferramenta através da qual são passadas as informações do
solicitante do projeto para o designer através de um formulário de perguntas e
respostas. O briefing auxilia o designer passando resumidamente as informações
mais importantes, fazendo com que o mesmo encontre facilmente as características
e conceitos que deverá utilizar na concepção do produto.
2.1.4 Writestorming
O Writestorming é uma ferramenta que consiste em escrever conceitos e
possíveis soluções que devem ser lavados em conta e auxiliem na solução do
Problema de Projeto, executado em tempo pré determinado.
2.1.5 Painel Semântico
Segundo Baxter (1995), o painel semântico serve para transmitir sentimentos
e emoções. É um painel com imagens que podem representar estilo de vida,
expressão do produto, resistência, conceitos que sejam relevantes na criação do
produto, entre outros.
2.1.6 Benchmarking
O Benchmarking é uma ferramenta que auxilia na obtenção das informações
necessárias para que se obtenha vantagens competitivas, auxiliando a estabelecer
metas, padrões de qualidade e liderança. É uma ferramenta que dá um grande
auxilio de melhoria contínua, fazendo com que se compreenda processo, auxilia a
analisar os pontos positivos dos produtos das empresas concorrentes e implantar o
que é viável ao próprio produto desenvolvido.
2.2 Cronograma
Cronograma é uma ferramenta composta por um calendário onde são
pré-definidas as datas em que cada etapa do projeto deve ser realizada, ferramenta
esta que auxilia o projetista para de que não se deixe partes do projeto a serem
realizadas sem o tempo necessário, facilitando assim o desenvolvimento do mesmo.
24
Com essa finalidade, foram desenvolvidos cronogramas contendo todas as
etapas do projeto.
2005
Dia-Agosto 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Metodologia *
PB - Livros * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
PB - Internet * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
PB - Revistas * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Figura 02: Cronograma.
Fonte: Arquivo pessoal.
Dia-
Setembro 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
PC – Elab.
dos Quest. * * * *
PC – Aplic.
dos Quest. * * * * * * * * * * * * * * * *
PC - Análise
dos Quest. * * * * *
Ferramentas
def.
problema
* * *
Análise da
problemática * * *
Figura 03: Cronograma.
Fonte: Arquivo pessoal.
25
Dia-Outubro 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Briefing * *
Painel
Semântico * *
Análise * *
Pré-banca I * * *
Conceituação * * * * * * * * * * * * *
Concepção * * * * * * * *
Escolha das
alternativas * * * *
Figura 04: Cronograma.
Fonte: Arquivo Pessoal.
Dia-
Novembro 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Detalhamento * * * * * * *
Pré-banca II * * *
Finalização * * * * * * * * * * * *
Figura 05: Cronograma.
Fonte: Arquivo pessoal.
26
2006
Dia-Março 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Definição
da
alternativa
*
Modelo
volumétrico
e
adequação
* * * * * * * * *
Aspectos
físicos do
produto -
Ergonomia
* * * * * * * * * * * * * * * * *
Figura 06: Cronograma
Fonte: Arquivo pessoal.
Dia-Abril 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Aspectos
físicos do
produto -
Operacional
* * * * * * * * *
Aspectos
físicos do
produto -
Estético-
Formal
* * * * * * * * * *
Aspectos
técnicos * * * * * * * * * * *
Figura 07: Cronograma
Fonte: Arquivo pessoal.
27
Dia-Maio 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Aspectos
estratégicos * * * * * * * * * * * * *
Ajustes * * * * *
Desenho
Técnico * * * * *
Correção * * * * * * * *
Contrução
do modelo * * * * *
Figura 08: Cronograma
Fonte: Arquivo pessoal.
Dia-Junho 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
Contrução do
modelo * * * * * * *
Montagem da
apresentação * * * * * * * * * * * *
Ajustes finais * * * * * *
Entrega
relatório *
Apresentação *
Figura 09: Cronograma
Fonte: Arquivo pessoal.
28
3.0 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
Com a finalidade de se obter a fundamentação teórica necessária para o
desenvolvimento do projeto, obtendo resultados a respeito de todos os aspectos que
possam estar envolvidos e possam ser relevantes ao mesmo, é feita uma análise
bibliográfica, pesquisando-se sobre esses assuntos em livros, periódicos e internet,
em data pré-estabelecida no cronograma.
3.1 Tempo Livre
Segundo Giraldi (1993, p.75): “Tempo Livre é a parcela de tempo linear
marcado pelo relógio e que cada um de nós possui para si, após o cumprimento das
atividades profissionais e sócio familiares”. Ainda segundo Giraldi(1993, p75): ”o
Tempo Livre pode ser classificado em Tempo Morto, Tempo Comprometido e Tempo
de Lazer”.
3.1.1 Tempo Morto
Segundo a classificação de Giraldi (1993, p.75): “a primeira divisão do Tempo
Livre é o Tempo morto, que pode ser considerado como o tempo gasto para
satisfazer as necessidades biológicas da pessoa, o tempo que obrigatóriamente
deve ser gasto para manter o bem estar e a saúde da pessoa.”
Atividades como dormir, comer, escovar os dentes, dentre tantas outras que
são executadas diariamente pelas pessoas afim de manter a saúde e higiene, e que
não devem ser dispensadas são consideradas como Tempo Morto.
Figura 10: Escovando os dentes.
Fonte: http://www.seinenabc.blogger.com.br.
29
3.1.2 Tempo Comprometido
Outra divisão sugerida por Giraldi (1993) para o Tempo Livre é o Tempo
comprometido, que é o tempo utilizado para desempenhar a função de cada
indivíduo.
Na sociedade atual praticamente todos desempenham uma função, as
pessoas que não desempenham uma função para com a sociedade, ao menos
desempenham uma função para si próprias, pois tem que no mínimo conseguir
comida e suprir suas necessidades básicas. Esse tempo gasto nas funções sociais,
como o trabalho, nas obrigações para com a família e religião são considerados
Tempo Comprometido, pois nesse tempo a pessoa não poderá executar atividades
de lazer.
Figura 11: Trabalho.
Fonte: http://www.apcdpiracicaba.org.br.
3.1.3 Tempo de Lazer
Ainda segundo Giraldi (1993, p.75): ”a terceira divisão possível para o Tempo
Livre é o Tempo de Lazer, que compreende o tempo que o indivíduo dispõe para
praticar atividades de descanso e divertimento.”
Mesmo que seja considerado por grande parte da população como uma
atividade de recreação, a atividade de lazer pode ter conteúdos de lazer dos mais
variados.
Atividades de descanso e divertimento são atividades de lazer que são
consideradas higienizadoras mentais, pois quebram a rotina e liberam a imaginação,
bem como outras atividades trazem um desenvolvimento social e cultural, fazendo
com que o lazer se torne uma ocupação altamente educativa.
Lazer pode ser considerado então como o conjunto de ocupações que o individuo
pratica por livre vontade, seja para divertir-se, repousar, recrear ou entreter-se,
diferenciadas das ocupações familiares, profissionais e sociais.
30
Muitas vezes o tempo de lazer é utilizado na prática de atividades físicas,
devido à crescente ligação feita entre a atividade física e o bem estar pessoal feita
pela mídia e profissionais do ramo.
Por este motivo o tempo de lazer está situado dentro do Tempo Livre, o
tempo que a pessoa esta livre de suas obrigações. Não pode ser considerado como
tempo livre o tempo gerado pelo desemprego, que deve ser tratado como tempo
desocupado, pois a pessoa estando nessas circunstancias não tem condições de
desenvolver atitudes que auxiliem no desenvolvimento do lazer.
Figura 12: Pescando.
Fonte: http://www.flyfishing-argentina.com.
O tempo de lazer tem muitas subdivisões, muitas atividades compreendidas dentro
do mesmo, porém, foram escolhidas para a pesquisa de fundamentação teórica
atividades que tivesse algum tipo de influência ou ligação com o tema escolhido,
como Atividade Cultural, Atividades Gastronômicas, Atividades de Turismo e
Atividades Físicas e Esportivas.
3.1.3.1 Atividades Culturais
Sempre foi de conhecimento geral que as pessoas dispensam boa parte do
seu tempo em frente à televisão, e com a globalização atual, a vida cada vez mais
atribulada e com menos tempo livre, as pessoas passam a procurar atividades de
lazer próximas de si, e que ocupem o menor tempo possível.
Com essa procura crescente por atividades de lazer rápidas, as atividades
culturais ganham cada vez mais força, pois é muito mais fácil para uma pessoa que
mora em uma cidade grande dispensar 2 horas do seu descanso indo ao cinema, ou
15 minutos de seu dia em frente à televisão, do que se deslocar até algum lugar
distante para praticar alguma outra atividade.
31
Mesmo pessoas que praticam outras atividades de lazer, como atividades
esportivas ou turismo, nas horas que sobram acabam tendo o lazer cultural, visto
que na maioria das vezes é um lazer contemplativo, em que a pessoa está
descansando e por muitas vezes nem se dá conta que está praticando esta
atividade.
Figura 13: Assistindo TV.
Fonte: http://www.multirio.rj.gov.br.
Existem ainda as pessoas que praticam a atividade cultural de lazer, sem
somente presenciá-la, mas participando da criação, estas estarão também
praticando atividade física e mental, e por isso terão o enriquecimento da mente,
integrada com o exercício da escolha individual.
3.1.3.2 Atividades Gastronômicas
Uma importante vertente da atividade de lazer é o Lazer Gatronômico, no qual
o praticante prepara comidas e bebidas pelo simples prazer de “acertar” a receita,
seja ela uma receita indicada ou uma receita criada na hora, o que transforma o
Tempo Comprometido em Tempo de Lazer. Neste tipo de lazer o principal atrativo é
propiciar a si mesmo e aos convidados a degustação do alimento feito, integrando
as pessoas tanto no momento do preparo quanto da degustação.
Figura 14: Atividade Gastronômica.
Fonte: http://graaffloris.com.
32
Existe ainda um outro tipo de Lazer Gastronômico, onde o praticante ao invés
de preparar o alimento somente vai ao local para fazer a degustação, transformando
o Tempo Morto, no Tempo de Lazer, como pode-se citar o exemplo de apreciadores
de queijos e vinhos, que vão à vinícolas e cantinas para fazer a degustação de
vinhos e queijos.
3.1.3.3 Atividade de Turismo
Graças ao desenvolvimento dos transportes, as facilidades de financiamento
e o barateamento dos mesmos, a Atividade de Lazer de Turismo deixou de ser uma
atividade elitizada para se tornar um fenômeno de massa.
Visitar lugares novos e conhecer novas culturas são pontos que muito atraem
as pessoas, e em vista da vida estressante do mundo globalizado, sair do local onde
passa a maior parte do tempo para conhecer lugares novos, ou até mesmo um lugar
conhecido, mas onde a pessoa possa se “desconectar” dos problemas diários é um
meio de lazer muito utilizado.
A atividade de lazer voltada ao turismo é a que atividade que mais invade e
se conecta com as outras, pois para se praticar todos os outros tipos de atividade de
lazer pode-se fazer uso do turismo, como podemos observar no exemplo de alguém
que vai praticar esportes em um local longe de casa, alguém que assistir à uma
peça de teatro em uma cidade vizinha ou alguém que vai em viagem a um país
estranho e degusta das novas bebidas e comidas conhecidas.
Figura 15: Turismo.
Fonte: http://www.mpa-garching.mpg.de/~jcuadra.
33
3.1.3.4 Atividades Físicas e Esportivas
A pratica da atividade física no esporte é feita levando-se em conta alguns
critérios, como sexo, idade, condições sócio-econômicas e a habilidade do
praticante. Pode-se tomar como exemplo o surf, que deixa de atender grande parte
da população, pois demanda de habilidade do praticante e um local próprio para a
pratica do mesmo.
Um critério considerado de suma importância é a idade, pois algumas
atividades físicas dependem da idade e condicionamento físico do praticante, como
pode ser observado no exemplo de uma criança pequena, que terá dificuldade de
praticar atividades que lhe exijam forca física, ou de uma pessoa idosa terá
dificuldade de praticar alguma atividade que lhe exija equilíbrio.
Pode se finalmente considerar este tipo de lazer como sendo algo que não
decorre de imposição, pois o esforço exigido pela atividade física como lazer pode
ser considerado como sendo o próprio objetivo da atividade desenvolvida.
Outra vertente da atividade física é o ato de assistir a prática esportiva, o que
é praticado por uma parcela bem maior da população, e deve ser respeitado da
mesma forma. Porém ambas as hipóteses devem ser consideradas como
importantes formas de lazer, seja pela quantidade de adeptos ou mesmo pelo papel
positivo que desempenham na sociedade.
As modalidades esportivas costumam ser classificadas de acordo com o
ambiente no qual são praticadas, tanto no Brasil como no exterior, como aéreas,
aquáticas e terrestres. (UVINHA, 2003).
Figura 16: Atividade Física.
Fonte: http://www.quid.fr.
34
3.2 Esportes Terrestres
De acordo com a classificação de Uvinha (2003), a primeira classificação
possível para as Atividades Físicas e Esportivas é os Esportes Terrestres, que
compreendem as atividades praticadas em terra.
Graças à terra ser o ambiente do Homem, ele passa a maior parte do seu
tempo nela, e por isso tem maior capacidade de criar coisas relacionadas à terra, e
com os esportes não pode ser diferente.
Existem milhares de esportes e jogos terrestres criados pelo homem, variando
de lutas a jogos, de esportes onde usa-se somente a força física até esportes à
motor.
Os Esportes Terrestres podem ter estas muitas divisões e subdivisões, como
nos Esportes onde se usa equipamentos com rodas, onde há diversas ramificações
e podem varias dos radicais como o skate, onde a propulsão é humana até o
automobilismo, onde a propulsão acontece por motor à combustão. Esportes da
Natureza, como o tracking, e Esportes Acrobáticos como o Ginástica e In-Line
Patins. É importante que se cite também os esportes de grupo, como o vôlei,
basquete, e tantos outros praticados em terra.
De acordo com o esporte que se deseja praticar existe o local certo, que pode
ser natural, como as florestas e cannions do tracking e cannioning, os pouco
modificados, como as trilhas para o DownHill de Bicicletas e Mountain Bike, e os
totalmente construídos, como as pistas de Skate, de automobilismo e as quadras
para esportes de grupo, como o Vôlei e o Basquete.
Figura 17: Vôlei.
Fonte: http://www.cob.org.br.
35
Figura 18: Rally de Velocidade.
Fonte: http://cardoso.com.sapo.pt.
Figura 19: Bicicross.
Fonte: http://www.cbbx.com.br.
Figura 20: Ginástica.
Fonte: http://www.prof2000.pt.
36
3.3 Esportes Aéreos
A segunda classificação para as Atividades Físicas e Esportivas proposta por
Uvinha (2003) é os Esportes Aéreos, que são os esportes praticados no ar.
Apesar de o Ar não ser o ambiente onde o homem passa a maior parte do
seu tempo, após a invenção do avião e de equipamentos de segurança mais fortes e
adequados aos esportes, os Esportes Aéreos tiveram uma grande expansão.
Este tipo de esporte pode ser ainda dividido entre as modalidades que partem
de uma base fixa, como no caso do Bungee Jump, o Rappel e a Asa Delta, e os que
partem de uma base móvel, como é o caso do Skydive e o Paraquedismo, devido à
necessidade de se partir de uma maior altitude para que haja tempo de se executar
todas as manobras acrobáticas e de pouso com segurança.
Figura 21: Bungee Jump.
Fonte: http://www.toys4kids.com.mx.
37
Figura 22: Sky Dive.
Fonte: http://www.skydiveorange.com.
Figura 23: Para-Quedismo.
Fonte: http://ruggedelegantliving.com.
3.4 Esportes Aquáticos
A terceira e última classificação proposta por Uvinha (2003) para as
Atividades Físicas e Esportivas é os Esportes Aquáticos, que são todas as
atividades esportivas praticadas em meio aquático.
Os Esportes Radicais Aquáticos, apesar de serem praticados em local
diferente do que vivemos, a água, apresentam inúmeras modalidades, que são
praticadas em diferentes locais.
38
Existem tipos de Esportes Aquáticos que são praticados exclusivamente no
mar, em água salgada, como Surf de Ondas Gigantes, e também modalidades que
são praticadas somente em água doce, corredeiras de rios e cachoeiras, como no
caso do Nado Sincronizado, Rafting, Kayaking, e o Bóia Cross, porém, em geral os
esportes aquáticos podem ser praticados em água doce ou salgada, em piscinas,
rios, lagoas ou no mar, dependendo exclusivamente da modalidade praticada para
que se faça a escolha do ambiente.
Para a escolha do ambiente, leva-se em conta a profundidade necessária, a
correnteza no caso de rios, a força das ondas no caso de mar e o tamanho da
piscina, lago ou lagoa, no caso de modalidades onde há a utilização de
embarcações, ou que se deseje uma área delimitada precisamente.
Existem ainda as adaptações, como no caso do Surf e Bodyboard na
Pororoca e em piscinas, em que o equipamento sofre modificações afim de obter
uma melhor adaptação às condições do ambiente que não são as ideais para a
prática dos mesmos.
Figura 24: Nado Sincronizado.
Fonte: http://www.foresight.com.br.
Figura 25: Jet-Boating.
Fonte: http://www.tracymoseley.com.
39
Figura 26: Freestyle JetSki.
Fonte: http://360graus.terra.com.br.
Figura 27: Pólo Aquático.
Fonte: http://www.clubepaineiras.com.br.
3.4.1 Natação
Na antiguidade, saber nadar era uma importante arma que o homem
dispunha para sobreviver. E muitos dos nados de cometição foram baseados nos
estilos de nado praticados pelos indígenas. Como a natação é um exercício que
trabalha a maioria dos grupos musculares do corpo, e a cultura grega cultuava a
beleza física, a prática da natação tornou-se importante para o desenvolvimento
harmonioso do corpo. Acredita-se que já nesta época a competição era praticada, e
os melhores nadadores eram homenageados com estátuas. O esporte também era
40
incluído no treino dos guerreiros, os romanos tinham na natação um importante
aliado para obter uma melhor preparação física.
Com a queda do império Romano, a natação praticamente desapareceu até a
idade média, onde a natação era vista com temor, por haver suspeitas que a sua
prática disseminasse epidemias, comuns na época, que foram desmentidas na
época do renascimento, quando surgiram piscinas públicas, a partira da construída
em paris, por Luis XIV.
A natação começou a ser difundida somente após a primeira metade do
século XIX quando começou a progredir como desporto, a partira das primeiras
provas realizadas em Londres, porém em um único estilo, com uma braçada de
peito, executada de lado, que passou mais tarde a ser executada de frente, levando-
se os dois braços por cima da água.
A partir desta modificação, a natação passou por inúmeras adaptações, até
chegar aos estilos existentes hoje em dia, o Crawl, Costas, Peito, e Borboleta, sendo
que o Crawl é o estilo mais rápido.
Figura 28: Natação.
Fonte: http://www.cdof.com.br.
Funcionamento:
De acordo com os sites da Federação Amazonense de Natação e com a
Enciclopédia virtual Wikipédia, a natação é dividida em quatro estilos básicos, são
eles.
-Nado de Costas
Neste tipo de nado, o nadador permanece todo o percurso com o abdome
voltado para fora da água. A batida de pernas é semelhante à do Crawl. Os braços
alongam-se por sobre a cabeça alternadamente entram na água passando junto à
41
orelha, com a palma da mão virada para fora, de tal forma que o dedo mínimo seja o
primeiro a penetrar na água. Em seus movimento até o quadril, o braço empurra a
água e impulsiona o corpo na direção contrária.
Figura 29: Nado de Costas.
Fonte: http://www.terra.com.br.
-Nado de Peito
Este é o mais lento dos estilos, é executado com o corpo e os braços
estendidos, as palmas das mãos voltadas para fora e o rosto dentro da água. As
pernas são trazidas para junto do corpo, com os joelhos dobrados e abertos
enquanto os braços se abrem e recolhem à altura do peito. em seguida, as pernas
são impelidas para trás, para impulsionarem o nadador, num movimento parecido
com o da rã,ao mesmo tempo em que os braços são estendidos para frente. A
inspiração de ar é feita no final da puxada do braço, quando o nadador ergue a
cabeça para fora da água.
Figura 30: Nado de Peito.
Fonte: http://www.atarde.com.br.
42
-Nado Crawl
No crawl, o nadador começa a prova do bloco de partida. Para mergulhar, ele
deve imaginar que está caindo em um buraco. Dessa forma, seu corpo cria menos
atrito com a água e, conseqüentemente, consegue ir mais longe com o mergulho.
Para o realizar o mergulho correto, recomenda-se aos iniciantes observarem bem a
posição do corpo na hora da saída. Os joelhos devem ser bem flexionados, os
braços esticados à frente, sempre na altura das orelhas. No momento em que ouvir
o sinal de partida, o nadador salta e mantém esse posicionamento. Dessa forma,
além de executar uma saída correta, o atleta está protegendo a sua própria cabeça.
O estilo Crawl, é considerado estilo livre, onde o nadador poderá usar um
estilo próprio, porém o estilo mais usual é o que o nadador movimenta os braços e
as pernas alternadamente para cima e para baixo, mantendo-se de barriga para
baixo.
Figura 31: Nado Crawl.
Fonte: http://cpj.planetaclix.pt.
-Nado Borboleta
O nado borboleta assemelha-se ao crawl. As pernas e os braços movem-se
de modo parecido, com a diferença de que as pernas e os braços se mexem ao
mesmo tempo.
Nesse estilo, também não há um a compensação de ombros, isto é, o
nadador não realiza o movimento rotatório dos ombros e dos quadris, quando
ocorrer a passagem da água. Por isso, ele exige do nadador mais força para
enfrentar a resistência da água e é também bastante cansativo.
43
Figura 32: Nado Borboleta.
Fonte: http://www.aoa.com.br.
Equipamentos:
Sunga ou roupa extremamente leve e que tenha pouco atrito com a água,
óculos para natação e touca.
3.4.2 Canoagem
Há 6000 anos já se usava a canoa como meio de transporte, sendo na época
uma necessidade dos povos, principalmente dos esquimós, os pioneiros, que faziam
suas embarcações de madeira e peles, tornando estas embarcações leves e
rápidas..
Com o passar dos séculos, transformou-se em esporte, através do esforço do
inglês John McGregor, que fundou em 1865 o Clube Real de Canoagem, em
Londres, enquanto que a canoa era utilizada por indígenas no interior do continente
americano para sua locomoção, e o caiaque era utilizado pelos esquimós para
pescar e transportá-los entre dois pontos da costa. Esses caiaques rudimentares
eram formados por uma estrutura de madeira, revestida com pele de foca e
calafetada com a gordura das articulações dos animais.
O interesse pelo esporte foi crescendo e a partir de 1936, nos Jogos Olímpicos de
Berlim, passou a constar do programa oficial dos jogos olímpicos, onde se passou a
utilizar canoas, e novamente na Alemanha, nos Jogos Olímpicos de Munique, em
1972, a modalidade "Slalom" surgiu como esporte de demonstração, vindo a figurar
no quadro de medalhas somente nos Jogos Olímpicos de Barcelona em 1992.
44
Hoje a Canoagem é um dos esportes aquáticos mais praticados do mundo em
diversas modalidades distintas, entre elas Oceânica, Águas Brancas, Onda,
Velocidade e Pólo.
Figura 33: Canoagem.
Fonte: http://360graus.terra.com.br.
Funcionamento:
De acordo com a Confederação Brasileira de Canoagem, a canoagem é
dividida entre muitas categorias, onde se destacam as seguintes:
-Velocidade
Velocidade é uma modalidade essencialmente de competição, que é
praticada em rios ou lagos de águas calmas com 9 raias demarcadas nas distâncias
de 1.000, 500 e 200 metros, em canoas de 1, 2 ou 4 pessoas.
Figura 34: Canoagem estilo Velocidade.
Fonte: http://360graus.terra.com.br.
-Slalom
O Slalom é praticado em rios com corredeiras, num percurso que varia entre
250 e 400 metros onde através de arames suspensos são penduradas até 25 portas
45
que devem ser ultrapassadas na seqüência numérica e no sentido indicados. Cada
toque do canoísta, embarcação ou remo em qualquer uma das balizas acrescenta 2
segundos ao seu tempo, e a não passagem pela porta implica em 50 segundos a
mais no tempo final, vencendo o competidor que fizer o menor tempo.
Figura 35: Canoagem estilo Slalon.
Fonte: http://cardoso.com.sapo.pt.
-Adaptada
Canoagem Adaptada é a canoagem executada por pessoas portadoras de
necessidades especiais, onde o praticante pode ou não usar de equipamentos
extras que o auxiliem a desenvolver o seu melhor rendimento com segurança e
saúde. As adaptações podem ser nos barcos ou externas, ou seja, gestos e
comunicação por sons especiais e até adaptações nas regras.
Figura 36: Canoagem estilo Adaptada.
Fonte: http://cardoso.com.sapo.pt.
46
-Descida
O competidor tem que demonstrar o controle sobre seu barco em águas
rápidas enquanto percorre uma pista pré-definida no menor tempo possível.
Figura 37: Canoagem estilo Descida.
Fonte: http://cardoso.com.sapo.pt
-Maratona
Nas competições de maratona o competidor percorre uma distância longa
designada, levando em conta possíveis obstáculos que possa vir a enfrentar e até
mesmo ter que sair do barco para transpor.
Figura 38: Canoagem estilo Maratona.
Fonte: http://cardoso.com.sapo.pt.
Equipamentos:
Embarcação de acordo com a modalidade escolhida, remo, colete salva vidas
e capacete.
47
3.4.3 Vela ou Iatismo
Visto que o homem é um animal terrestre, vencer a água foi um dos seus
maiores desafios, desde a antiguidade o homem constroi embarcações dos mais
diferentes tipos e materiais afim de fazer travessias em rios ou mares.
A Vela, como esporte, surgiu no século 17. Originada na Holanda, foi
introduzida na Inglaterra pelo rei Carlos II, em 1860, e se tornou esporte olímpico em
1900, no entanto saiu das olimpíadas em 1904, retornando em 1908 e
permanecendo até os dias de hoje. Algumas fontes afirmam que a origem do Iatismo
se deu por uma aposta feita entre Carlos II e seu irmão, o duque de York, afim de
determinar qual de suas embarcações seria a mais veloz.
Iatismo na época atual se entende por competições esportivas envolvendo
barcos movidos unicamente às custas do vento. As competições da vela envolvem
os mais diferentes tipos de embarcações, que são separadas de acordo com as
categorias, conhecidas como classes.
Figura 39: Iatismo.
Fonte: http://rio2002negocios.com.br.
Funcionamento:
As competições da Vela são formadas por séries de regatas, que são as
corridas do iatismo. Em cada regata o barco soma determinado números de pontos
de acordo com sua posição de chegada. Vence a competição aquele que somar o
menor número de pontos ao final da série de regatas.
A vela é um esporte olímpico desde 1900 e as classes que participarão dos
próximos Jogos Olímpicos, em Pequim, no ano de 2008 são a Tornado, 49er,
48
Yngling, Star, 470 masculina e feminina, Finn (masculina), Laser masculina e
feminina e a Prancha à Vela masculina e feminina.
Figura 40: Regata de Iatismo.
Fonte: http://www.portoseguro.org.br.
Equipamentos:
Embarcações, com todo o aparato próprio de cada modelo e coletes salva
vidas.
3.4.4 - Esportes Radicais
De acordo com Cortez (2003): “Esportes Radicais são os esportes que
buscam o limite, o estremo da aventura, dificuldade e desafio.”
Tempos atrás facilmente se distinguia os diversos tipos de esportes
existentes. Com a proximidade cada vez maior entre o homem e a natureza, e a
busca por novas emoções, surgiram os esportes radicais.
Os esportes radicais nasceram com a vontade das pessoas de superar seus
limites e de provar uma carga maior de adrenalina, desenvolvendo habilidades
específicas em cada tipo de atividade.
Há esportes para a superação pessoal, como o Rappel. Outros são ideais
para desenvolver a capacidade de enfrentar riscos, como o Pára-Quedismo existem
também esportes adequados para formação de times porque exige integração
perfeita da tripulação, como o Iatismo.
Todo atleta praticante, profissional ou não, sempre respeita as regras e
normas de segurança em suas atividades, além de usar equipamentos específicos
adequados, analisar as condições ambientais como o tempo e a intensidade dos
49
ventos, fazendo uso de técnicas corretas, e respeito ao patrimônio ambiental e
sociocultural.
Todas essas preocupações com a segurança transformam os Esportes
Radicais em atividades que podem ser praticadas por homens e mulheres de
quaisquer idades, em grupos ou individualmente, sem nenhum risco. A intenção
maior é testar a resistência física e mental dos praticantes em atividades ora
competitivas, ora não.
Com o crescimento da segurança na prática destes esportes, o aumento da
qualidade dos equipamentos de cada modalidade e os equipamentos de segurança
levou ao crescimento exponencial deste tipo de esporte, crescimento este que pode
ser observado pela criação de jogos conhecidos como Olimpíadas Radicais, o X-
Games, que ocorre desde 1995 incluindo diversas modalidades de esportes radicais
e o Gravity Games que é patrocinado por várias empresas independentes.
São compreendidos entre os esportes radicais algumas das diversas
modalidades de esporte com bicicleta, como o BiciCross, o Downhill, o 4x e o Cross
Country, Esportes aquáticos como o Surf, Wakeboard e o Bodyboard, e esportes
terrestres como o Skate e o Street Luge.
Figura 41: Wakeboard.
Fonte: http://www.harrydeweijer.com.
50
Figura 42: Downhill.
Fonte: http://web.mit.edu.
Figura 43: Skate.
Fonte: http://www.scout-out.ch.
3.4.4.1 Wakeboard
Não existe um caminho bem definido da trajetória do esporte, porém existem
algumas pessoas e eventos importantes que ajudaram ao wakeboard tomar a forma
que tem hoje.
Se existir um pioneiro no esporte essa pessoa é o surfista de San Diego, Tony
Finn. Ele misturou o surf com o esqui aquático para inventar o "skurfer". O skurfer
era basicamente uma prancha pequena com nenhuma cinta ou sapata em que o
51
esportista ficava em pé. Sem cinta para prender os pés na prancha era sinistro para
levantar e o esportista ficava limitado às cavadas. Mas no verão de 1985, dois
amigos de Tony que praticavam o windsurf, Mike e Mark Pascoe deram uma enorme
contribuição ao esporte. Eles adaptaram cintas e fizeram a furação na prancha de
Tony. A partir deste momento, o praticante já podia saltar e executar manobras.
Essa nova mudança teve suas desvantagens também, pois com isso se tornava
difícil começar a andar em águas profundas, pois era difícil manter a prancha na
superfície. O esporte estava passando por uma fase difícil, precisava de alguém
para solucionar esses novos problemas. Foi aqui que apareceu Herb O`Brien, dono
da H.O. Sports e com um enorme conhecimento em esportes aquáticos.
Em 1990 ele se juntou com alguns dos melhores shapers do Havaí e fez o
primeiro wakeboard , o Hyperlite. A grande sacada foi usar um material que flutua
mas que pode ser submergido sem muito esforço, ao contrário de uma prancha de
surf. Essa nova etapa foi espetacular para o esporte, levando a novos níveis nunca
antes imaginado. O nome "skiboarding" ainda durou algum tempo, mas
wakeboarding logo se tornou nome oficial. Herb O'brien continuou a melhorar a
prancha e pesquisando descobriu que um shape "twin tip" era melhor porque o
praticante podia facilmente trocar de base. A partir daí, Jimmy Redmon, que fundou
a Associação Mundial de Wakeboard (WWA), começou fazer regras e formatos para
as competições. O esporte estourou em 1992 quando começou a ter uma divulgação
na grande mídia com direito a reportagens até no canal esportivo ESPN.
Figura 44: Wakeboard.
Fonte: http://www.robinhoodcamp.com.
52
Funcionamento:
O praticante é rebocado por uma lancha esquiando sobre a prancha de wakeboard,
tentando executar as manobras desejadas.
Figura 45: Wakeboard.
Fonte: http://www.genetics.wayne.edu.
Materiais:
Embarcação com motor potente (Recomenda-se no mínimo um motor de
30Hps), corda com manopla para o reboque, Prancha de Wakeboard, Colete Salva-
Vidas e Roupa de Borracha para os dias frios.
3.4.4.2 Bodyboard
O bodyboard é um esporte derivado do Surf, criado, nos moldes existentes
hoje em dia por Tom Morey. Tom Morey não é responsável pela invenção da arte,
ou esporte, ou estilo descer ondas deitado sobre uma pequena prancha, pois
existem relatos datados do século XV mostrando polinésios surfando deitados em
pequenas tábuas. Essas pequenas tábuas rudimentares eram consideradas
pranchas do povo, já que apenas à realeza era permitido surfar em pé, o que se por
lado realmente confere ao surf Stand-up o status de esporte dos reis, por outro
comprova que há mais de quinhentos anos o bodyboarding é a maneira mais
divertida de correr a onda. De volta ao século XX, mais ainda antes de Morey,
diversos tipos de belly boards (pranchas de barriga, literalmente) foram usados: as
planondas de madeira, pranchas de isopor, colchões plásticos infláveis, dentre
outros materiais. Porém coube a Tom Morey o mérito de transformar uma
53
brincadeira de praia em um esporte ultra-radical com centenas de milhares de
praticantes por todo o mundo e uma indústria que movimenta muitos milhares de
dólares em equipamentos, campeonatos e mídia. Em 1971, Morey deixou a indústria
de pranchas na Califórnia e mudou-se para o Hawaii, disposto a seguir a carreira de
baterista de jazz. Ao mesmo tempo, Tom não parava de pensar na criação de algo
que fosse a prancha mais veloz, mas que pudesse ser surfada de outra maneira.
Não havia muitas opções naquela época. Ou você comprava uma prancha de isopor
de valor muito baixo que quebrava num segundo ou então um colchão de ar que
dobrava e não fazia curvas.
Figura 46: Fabricação de bodyboard.
Fonte: http://waves.terra.com.br.
Tom Morey fez muitas tentativas até chegar ao que se tornou ideal,
começando por pranchas de 6 pés até chegar às pequenas bodyboards, moldando
blocos de polietileno com um ferro de passar quente até chegar à forma desejada, o
mais largo possível e plano, com bordas inspiradas em um tipo de prancha chamada
Hot Curl, que eram feitas em um ângulo de 45 graus, o que fez com que a prancha
tomasse os moldes ideais para o bodyboard e garantisse o sucesso do esporte.
Figura 47: Bodyboard.
Fonte: http://waveblasters.com.
54
Funcionamento:
O praticante deve tentar deslizar a onda executando manobras, utilizando-se
do impulso gerado pelos seus pés-de-pato para conseguir entrar na onda e auxiliar
na execução das manobras.
Figura 48: Bodyboard.
Fonte: http://www.janoszphotos.com.
Materiais:
Prancha de Bodyboard, Leash (Corda utilizada para prender a prancha ao
pulso, afim de que não se perca a prancha), Pés de Pato e Roupa de Borracha para
os dias frios.
3.4.4.3 Kitesurf
A maioria das versões sobre o surgimento das pipas (kites, em inglês) aponta
a China, a mais de dois mil anos atrás como seu lugar de origem, onde até teriam
ajudado a navegação de barcos e o transporte de pesados materiais de construção.
Figura 49: Pipa.
Fonte: http://www.hiflykites.co.za.
55
0 explorador italiano Marco Polo teria sido o responsável por levar a invenção
asiática para a Europa, em 1295.
Domina Jalbert, dos EUA, criou em 1964 a primeira pipa que era inflada de ar.
Na década de 70, alguns americanos começaram a usar pára-quedas para puxá-los
sobre esquis aquáticos. Em 1977, o holandês Gijsbertus Panhuise consegue
patentear um equipamento em que uma pessoa em uma prancha é puxada por um
pára-quedas e, em 1978, um catamarã movido à pipa desenvolvido pelo americano
Ian Day ultrapassa a velocidade de 40 Km/h.
Na década de 80, foram feitas várias tentativas esporádicas - bem ou mal sucedidas
- de combinar pipas com canoas, patins, patins de gelos, esquis, esquis aquáticos,
entre outros. Uma delas foi a do suíço Andreas Kuhn, que, sobre uma prancha
similar à de wakeboard e impulsionado por um equipamento de parapente de
aproximadamente 25 metros quadrados, levantava da água. Mostrado pela TV
européia, ele foi provavelmente o primeiro a saltar a alturas elevadas com ventos
fracos.
Mas foi o trabalho de duas famílias, uma americana e uma francesa, também na
década de 80, que iniciou a cronologia para que o kiteboard chegasse à forma que
tem atualmente:
0 americano Bill Roeseler, um projetista da Boeing, e seu filho, Cory, usam
uma espécie de asa delta de estrutura rígida de fibra de carbono para puxá-los
sobre esquis aquáticos. Ao mesmo tempo em que isso ocorria, os irmãos franceses
Bruno e Dominique Legaignoux, navegadores, surfistas e windsurfistas,
desenvolvem uma pipa com câmaras de ar. Uma vez infladas, o ar não mais
escaparia delas, permitindo que fossem erguidas novamente da água sempre que
caíssem, sem precisar da ajuda de terceiros. A invenção é patenteada e
posteriormente esta pipa de estrutura inflável começam a ser vendidas no mercado.
Em 1995, os surfistas americanos Laird Hamilton e Mike Waltze deixam o
Kiteski em evidência ao testar as pipas rígidas com suas pranchas de surfe presas
aos pés. É preciso que, enquanto um está na prancha, o outro ajude a reerguer a
pipa sempre que ela cai na água. 0 windsurfista francês Manu Bertin, radicado em
Maui, chega da Europa com as pipas infláveis dos irmãos Legaignoux e causa
tamanha revolução que é até considerado o inventor do kiteboard. As primeiras
pranchas específicas para o esporte também começam a ser desenvolvidas.
56
Após esse desenvolvimento, é disputado em Maui o que foi chamado de I
Campeonato Mundial, nas modalidades Longa Distância, Wave e Slalom. Dos 24
competidores, entre homens e mulheres, 22 usam as pipas infláveis e apenas dois
optam pelos kiteski. 0 americano Marcus Flash Austin é o campeão na classificação
geral, com a pipa inflável. Cory Roeseler, com seu Kiteski, fica em segundo.
Figura 50: Kitesurf.
Fonte: http://www.windthings.co.uk.
Funcionamento:
O praticante deve esquiar sobra a água utilizando-se da prancha para
executar curvas e manobras, sendo puxado pela Pipa que por sua vez é
movimentada pelo vento.
Figura 51: Kitesurf.
Fonte: http://itopwww.epfl.ch.
Materiais:
Prancha de Kitesurt, Colete Salva-Vidas, Pipa e Roupa de Borracha para os
dias frios.
57
3.4.4.4 Ski Aquático
Muitas são as lendas a respeito do surgimento do esqui aquático, mas a mais
"aceita" é a que fala do esquiador suiço, que após descer uma montanha gelada, já
em sua base, acabou por terminar sua "performance" nas águas de um lago, graças
à inércia da decida. Passou-se a adaptar uma corda a um barco, para "puxar" os
esquiador sobre as águas. Evidentemente que o mais longe possível das montanhas
geladas.
Os primeiros esquis a surgirem por aqui no Brasil, vieram pelas mãos de
pessoas da sociedade paulistana (por volta dos anos 40/50) importados dos EUA.
Eram todos fabricados em madeira que, depois de tratada, era empenada para ter a
"forma" correta.
Por esta época, esquiava-se sempre com os dois pés (um em cada esqui), e
as evoluções se limitavam à algumas "acrobacias" ousadas para a época, tais como:
pular a marola, ficar agachado, tirar um esqui fora d’água, etc. Foi a partir dos anos
sessenta, que o esqui aquático passou a ser praticado tal como o conhecemos hoje:
quatro modalidades designadas por slalom, saltos na rampa, truques e sola.
No Brasil, o grande introdutor do esqui, e que ainda participa ativamente de
seu desenvolvimento é o paulista Paulo Weigand. Detentor de inúmeros títulos
internacionais, Paulo é hoje um dos melhores veteranos do mundo, participando da
Diretoria da Confederação Brasileira de Esqui Aquático - CBEA.
Figura 52: Ski Aquático.
Fonte: http://www.tarsomarques.com.br.
58
A princípio, qualquer pessoa está apta à esquiar, desde que se disponha a
fazer duas coisas: molhar-se e equilibrar-se. Após algumas tentativas, deve-se
insistir, pois será apenas tentando ficar em pé e caindo, que o iniciante irá conseguir
esquiar.
A grande vantagem de se esquiar como forma de recreação, é que se pode
praticá-lo com qualquer embarcação, com motorização suficiente. De um "Jet Ski" à
uma lancha "off-shore" de 36 pés, pode-se esquiar tranquilamente. A rigor, um barco
ou lancha de 12 pés, como motor a partir de 25 HP, já são suficientes para tirar da
água um adulto de 70 kg, com dois esquis nos pés.
Figura 53: Ski Aquático estilo Slalon.
Fonte: http://www.skiclube-alentejo.com.
Dependendo do objetivo do esquiador (e da sua aptidão), pode ele dedicar-se
ao esqui aquático, encarando-o como um esporte competitivo (o Campeonato
Brasileiro é disputado há mais de 20 anos, nas modalides slalom, truques e rampa),
ou como uma mera diversão.
Figura 54: Ski Aquático.
Fonte: http://www.cacador.com.br.
59
Funcionamento:
O praticante deve equilibrar-se sobre o esqui e deslizar sobre a água,
executando ou não manobras na parte plana da água ou nas marolas formadas,
sendo puxado por alguma embarcação.
Materiais:
Prancha de Ski, Embarcação com motor potente (Recomenda-se no mínimo
um motor de 25Hps), corda com manopla para o reboque, Colete Salva-Vidas e
Roupa de Borracha para os dias frios.
Figura 55: Equipamentos.
Fonte: http://www.canoa.com.br.
60
3.4.4.5 Surf
3.4.4.5.1 Histórico
Para descrever a história do surf, deve-se recorrer à antigas publicações de
navegadores e exploradores, visto que o Surf é um esporte milenar e praticado por
antigas civilizações.
Thor Heyerdahl (escritor e navegador) escreveu um livro chamado Expedição
Kon-Tiki contando sobre a origem dos Polinésios (descendentes de índios peruanos
e considerados os primeiros imigrantes do Pacífico). Thor participou de uma
expedição em 1947, similar ao que os polinésios faziam muitos anos antes, eles
viajavam pelas correntes do Oceano Pacifico até aportarem nas atuais ilhas
Polinésias.
O que se sabe é que estes polinésios viviam do mar, eram amantes do mar,
ótimos pescadores e construtores de embarcações resistentes, para com elas
enfrentarem quaisquer condições que o oceano lhes propunha. Esses nativos foram
navegadores por obrigação, opção ou tradição, e em algum momento algum destes
polinésios resolveu que o trabalho podia virar diversão, deslizando nas ondas com
tábuas de madeira. Porém, o que eles realmente buscavam, era a conquista do
Pacífico, de norte a Sul.
Figura 56: Havaianas.
Fonte: http://www.todito.com.
Por volta do século X, resolveram conquistar novas ilhas, sendo que numa
destas viagens encontraram um arquipélago de vegetação abundante e ondas
maravilhosas, o Havaí. Não se sabe ao certo quando começou a prática do surfe
(lembrando que nesta época não tinha este nome), porém o primeiro registro desta
atividade foi feita pelo Capitão da Marinha Real Britânica, James Cook, em 1778.
61
Figura 57: Capitão James Cook.
Fonte: http://www3.leradome.com.
No diário de bordo, este explorador dos mares descreveu cenas de vários
indígenas nus deslizando em alta velocidade sobre ondas de quatro a cinco metros
de altura em um lugar chamado Waimea Bay, no Havaí. Partindo deste ponto, o
surfe foi se popularizando e os nativos Havaianos passavam a encarar o surf como
algo ligado a raízes culturais, artísticas e religiosas.
Figura 58: Nativo Havaiano.
Fonte: http://www2.cruzio.com/~empireacademy.
Em respeito à natureza, ao cortarem uma arvore para fazerem suas pranchas,
os antigos havaianos deixavam uma oferenda no na base dela, pois acreditavam
que outra árvore nasceria no local. As árvores havaianas eram: Koa ou WILIWILI, e
atingiam de 16 a 20 pés de comprimento. Nesta época os nativos já surfavam em
diagonal, o que fazia com que explorassem a maior parte da onda, eles usavam as
palavras LALA (surfar diagonal para direita) e MUKU (surfar diagonal para
esquerda).
Por volta de 1907. George Freeth (Principal surfista do Havaí), Jack London
(aventureiro americano escritor) e Alexandre Ford (organizador do 1º clube de surf e
canoagem das ilhas), acreditavam e lutavam para que o surf não fosse extinto, eles
queriam poder divulgar esta pratica maravilhosa pelo mundo a fora. Por obra do
destino, um americano Henry Huntington, proprietário de uma companhia de
62
ferrovias na Califórnia, iria inaugurar no mesmo ano ,a famosa rota da Costa Oeste
dos Estados Unidos, entre Los Angeles e Tedonda Beach.
George Freeth foi convidado por Henry para as festas divulgando que ele
andava sobre as ondas, Freeth, chegou na Califórnia com sua Prancha havaiana e
lá ficou até sua morte em 1919.
Figura 59: George Freeth.
Fonte: http://www.surfmuseum.org.
Mais ou menos na mesma época surge o salva vidas, legítimo polinésio e
nadador recordista mundial Duke Pahoa Kahanamoku. Ele ficou sendo conhecido
como o “Pai do surf”, pois se encarregou de espalhar o surf pelo mundo como queria
Freeth e seus amigos, através de suas viagens pelas olimpíadas e competições de
natação estava ele com sua prancha debaixo do braço divulgando o surf como um
de seus treinamentos e sendo reconhecido como o embaixador do surf mundial.
Figura 60: Duke Kahanamoku.
Fonte: www.surfline.com.
63
A partir da divulgação de Duke, o surf tomou grandes proporções,
espalhando-se por todos os continentes através de seus discípulos.
Figura 61: Selo homenageando Duke Kahanamoku.
Fonte: http://www.surfingleses.com.br.
3.4.4.5.2 A Evolução das Pranchas
Há cerca de 1.500 anos, os peruanos da civilização mochica descobriram que
feixes com junco bem amarrados dava uma bela embarcação, ágil o bastante para
deslizar nas forcas das ondas : nascia o “cavalo de totora”, poderíamos dizer que
eles foram às primeiras pranchas usada pelos homens. Estas pranchas tinham uma
forma “parecida” com as pranchas de hoje, tinham rabetas, parte central mais larga,
bico pontiagudo, e tinham cerca de três metros de altura.
Figura 62: Cavalo deTotora.
Fonte: http://sd71.bc.ca/sd71/edulinks/peru.
64
Anos depois , no Hawai as pranchas usadas eram uma árvore talhada. A
melhoria do surf aconteceu somente quando Duke Kahanamoku conheceu Tom
Blake, em um campeonato de natação em Detroit no ano de 1913. Os dois se
tornaram grandes amigos, e Tom acabou deixando sua marca registrada na história,
criando pranchas ocas (para ficarem mais leves) e inventou a quilha em 1920, com
intuito de dar direção as pranchas (até então eles viravam a prancha em diagonal ou
com o pé ou com remo). Em 1928, as pranchas de Blake foram adotada pelo
governo americano para os salva vidas em todas as praias , notando-se sua
eficiência no auxilio de resgate para as vítimas de afogamento.
Figura 63: Réplica da prancha de Blake.
Foto: http://www.waves.com.br.
Em 1949 o surfista Bob Simons, construiu a primeira prancha inteiramente de
fibra de vidro, dando origem, com pouca variação às pranchas de Surf utilizadas
hoje em dia.
3.4.4.5.3 História do Surf no Brasil
No Brasil a prática do surf foi introduzida nos anos 50, trazido dos EUA,
entretanto o paulista OSMAR GONÇALVES descobriu o surf muito antes, em 1938,
em SANTOS. Ele foi a primeira pessoa no Brasil a pegar ondas. Seu pioneirismo
abriu o caminho para que, hoje, no limiar do terceiro milénio, alguns milhões de
brasileiros tenham o prazer de "andar sobre as águas".
65
Figura 64: Osmar Gonçalves.
Fonte: http://affonsofreitas.vilabol.uol.com.br.
Nascido em 14 de setembro de 1922, Osmar Gonçalves tinha 16 anos,
quando entrou para história do surf ao ser o primeiro brasileiro a pegar ondas. E,
infelizmente, em 30 de abril do ano de 1999, o surf brasileiro perdeu uma parte
significativa de sua história, com a morte de Osmar, Vítima de um câncer. Bem antes
dos pranchões tomarem as ondas do Rio de Janeiro, nos dourados anos 50, o
santista Osmar Gonçalves correu as primeiras ondas de que se têm notícia no
Brasil. No Rio de Janeiro, um dos pioneiros foi Arduíno Colasanti , que veio da Itália
para o Brasil, em 1948, juntamente com seu pai, Manfredo, ator de cinema e teatro e
a irmã Marina (jornalista e escritora). Ele cresceu no Arpoador, disputando provas
internacionais de caça submarina e vendendo lagostas e cavalinhas que pescava.
Foi um dos primeiros a pegar ondas no Rio de Janeiro, na década de 60.
Figura 65: Surfistas no Arpoador.
Fonte: http://affonsofreitas.vilabol.uol.com.br.
66
O mar, portanto, sempre esteve diretamente ligado à vida de Arduíno que até
mesmo quando virou ator de cinema, chegou a interpretar um típico garotão de
praia, o que, para ele não era nem um pouco difícil.
No final dos anos 60 e início dos anos 70, não só o país como o mundo,
atravessavam um período de mudanças de comportamento e atitudes, refletidos no
esporte, através dos cabelos compridos, o soul surfing, as primeiras pranchas ao
estilo mini-model, os primeiros campeonatos, o píer de Ipanema no Rio de Janeiro e
o lançamento da primeira revista de surf do Brasil, que não poderia ter outro nome
senão: Brasil Surf.
Nesta mesma época, já; com 37 anos, surge Affonso Freitas, um comerciante
de móveis, que para aderir ao esporte teve de enfrentar 3 grandes desafios: a idade,
o preconceito e o aprendizado. Venceu todos e transformou-se num surfista de
corpo e alma, fazendo do esporte sua filosofia de vida.
Filho de um velho lobo do mar, Affonso já possuía no sangue a paixão pelas
ondas, o que o fez mudar toda a sua vida fechando sua loja de móveis no cento do
Rio e mudando-se para o Recreio dos Bandeirantes, onde vive até hoje com sua
família e pratica religiosamente seu surf diário de 2 horas.
Figura 66: Affonso Freitas.
Fonte: http://affonsofreitas.vilabol.uol.com.br.
Affonso Freitas transformou o surf numa filosofia de vida, onde conseguiu,
além prazer de deslizar sobre as ondas, ter uma saúde perfeita e criar uma família
íntegra e vencedora com sustento derivado do esporte. No pontal do Recreio dos
Bandeirantes, conhecido pelos surfistas como Praia da Macumba, fundou a Surf
Center ROCKY POINT uma espécie de Clube do Surf, que há muito tempo já é
referência entre os surfistas do Rio de Janeiro. Ali, Freitas, resolveu montar a
"garagem das pranchas", onde os surfistas que moram longe e frequentam a praia,
podem se associar e através de uma mensalidade simplória, guardar suas pranchas,
67
desfrutar de um vestiário para tomar banhos de ducha e trocar de roupa após a
prática do surf, e ter acesso a uma pequena lanchonete, onde são vendidos lanches
baratos, e a Surf Shop na qual os atendentes, são a própria família Freitas que se
revezam entre si.
Figura 67: Affonso Freitas.
Fonte: http://affonsofreitas.vilabol.uol.com.br.
Com toda essa dedicação ao surf, Freitas conseguiu encorajar muitas
pessoas de idade, hipertensos, diabéticos, hipocondríacos e sedentaristas, que
descobriram na pratica do surf a cura para seus antigos males, dividindo a harmonia
com jovens e crianças, ao deslizarem sobre as ondas em perfeita sintonia com a
natureza. Através do livro "Saúde em suas mãos", Freitas faz um pequeno relato das
mudanças que o esporte propiciou em sua vida. Tudo isso, nos faz reaver conceitos
da sociedade em que vivemos.
Funcionamento:
O praticante deve deslizar sobre a superfície da onda executando manobras
com a prancha, tentando aproveitando toda a extensão da onda.
Materiais:
Prancha de Surf, Leash (Corda que prende a prancha ao pé do praticante) e
Roupa de Borracha para os dias frios.
3.4.4.5.4 Equipamentos Utilizados
O surf, graças aos seus inúmeros estilos, demanda de uma gama imensa de
equipamentos utilizados na sua prática, para a escolha do equipamento correto,
deve ser levado em conta o estilo do praticante, radical, que utilizará uma prancha
68
com linhas mais “quebradas” e com o tamanho mínimo necessário ou retrogrado,
que utilizará uma prancha mais larga e com linhas mais suaves, independentemente
do tamanho da prancha. A habilidade do praticante é outro item de extrema
importância, pois para uma pessoa com bastante prática a prancha pode ser mais
fina e estreita, enquanto para um iniciante a prancha deve ser mais larga e grossa,
afim de garantir uma maior flutuação.O tamanho e tipo da onda que irá surfar,
também deve ser levado em conta, pois quanto maior a onda maior deve ser a
prancha, e quanto mais “cavada” a onda, maiores devem ser as quilhas e a prancha
deve ter um design mais fino para aderir melhor a parede.
Figura 68: Prancha de Surf.
Fonte: http://www.tropicalbrasil.com.br.
Além da prancha, outros equipamentos são necessários para garantir uma
boa performance do praticante, como a parafina, ou o Deck antiderrapante, que é
aplicado sobre a prancha, no local onde o praticante irá colocar os pés.
Figura 69: Deck Antiderrapante.
Fonte: http://www.tropicalbrasil.com.br.
Para que não perca a prancha o surfista deve fazer uso do Leash, que é a
corda que prende a prancha ao pé do mesmo, que deve variar o tamanho,
aumentando de acordo com o tamanho das ondas surfadas.
69
Figura 70: Leash.
Fonte: http://www.tropicalbrasil.com.br.
No caso de querer praticas o surf em locais onde a temperatura da água é
fria, podem ser utilizadas as roupas de borracha, que evitam que o calor do corpo se
dissipe na água fria e a pessoa entre em hipotermia. Estas roupas são compostas
de neoprene, que são confeccionadas com mangas e pernas longas e curtas,
podendo haver também partes separadas de camisa ou calça, o que garante ao
surfista uma maior variedade de roupas de borracha.
Figura 71: Roupa de Borracha.
Fonte: http://www.mormaii.com.br.
Diferentemente dos casos de surf normal existe o Power Surf, ou Tow-In,
como é mais conhecido, onde o praticante utiliza-se de uma prancha pequena, de
cerca de 6 pés com presilhas nos pés, sendo rebocado por um jet-ski para entrar em
ondas gigantes, de 25 a 60 pés. Estas pranchas de Tow-In são mais pesadas que as
normais e mais fortes, para agüentar a pressão das grandes ondas.
70
Figura 72: Prancha para Tow-In.
Fonte: http://waves.terra.com.br.
Características das pranchas
Ao contrário do que se pode imaginar, pequenas mudanças na prancha
tornam-se grandes mudanças na hora da utilização, e para se obter diferentes tipos
de pranchas (mais soltas, mais presas, mais velozes, com a linha mais quebrada)
pode-se utilizar uma infinita gama de combinações entre rabetas, fundos e quilhas.
Abaixo pode-se conferir as características de cada tipo de rabeta, fundo e
quilha, conforme o catálogo da fábrica de pranchas Pró-ilha:
-Tipos de fundos
Figura 73: Fundo.
Fonte: Catálogo Pró-Ilha.
SINGLE e DOUBLE CONCAVE: É feito um concave,
ou concavidade no fundo inteiro ou dois, um de cada
lado da longarina, terminando próximo à quilha
traseira, através desses concaves se formam uma
bolha de ar entre a prancha e a água, no qual sente-se
a prancha totalmente colada ao pé, o que permite
fazer manobras bem radicais e proporcionando maior
maneabilidade.
71
Figura 74: Fundo.
Fonte: Catálogo Pró-Ilha.
TRIPLE CONCAVE: Um fundo muito difundido no
mundo inteiro e muito usado pelos competidores. Este
modelo pode proporcionar manobras incríveis sem
perder velocidade e pressão do fundo em relação a
onda, dando à prancha muita projeção nas manobras
fortes sem perder a maneabilidade. São feitas 3
concavidades no fundo da prancha, dois perto das
quilhas e um central e mais à frente.
Figura 75: Fundo.
Fonte: Catálogo Pró-Ilha.
“V” BOTTOM: Usado, não muito exagerado, próximo
às quilhas, ajuda bastante para que a prancha tenha
uma troca de borda muito boa, pois forma um “V” no
fundo da prancha.
Figura 76: Fundo.
Fonte: Catálogo Pró-Ilha.
FLAT: Um fundo básico, reto, mas muito funcional
para qualquer tipo de prancha, no qual se consegue
um equilíbrio bem grande entre velocidade e projeção
por estar com um contato maior do fundo com a água.
-Tipos de rabetas
Figura 77: Rabetas Squash e
Round Squash.
Fonte: Catálogo Pró-Ilha
SQUASH e ROUND SQUASH: Muito usada em
pranchas pequenas e médias, já que permite
uma maior sustentação da rabeta em ondas
pequenas, sendo a mais versátil de todas as
rabetas.
72
Figura 78: Rabeta Square.
Fonte: Catálogo Pró-Ilha.
SQUARE: Difere da Squash pela suas pontas
mais quadradas, fazem com que se tenha uma
performance de linha mais quebrada na onda
jogando muito mais água nas manobras,
assemelha-se um pouco com a Swallow. Boa em
ondas cavadas, por dar uma ótima aderência na
onda.
Figura 79: Rabeta Swallow.
Fonte: Catálogo Pró-Ilha
SWALLOW: Esta rabeta foi desenvolvida para
quebrar a linha da manobra mais facilmente e
retornar à linha da onda com a mesma
facilidade, tendo assim uma resposta rápida.
Figura 80: Rabeta Round Pin.
Fonte: Catálogo Pró-Ilha.
ROUND PIN: Para um surf mais seguro, com
linhas mais redondas. É muito usada para ondas
cavadas.
Figura 81: Rabeta Pin.
Fonte: Catálogo Pró-Ilha.
PIN: É a rabeta ideal para as pranchas para
pranchas grandes, usada somente para ondas
grandes, possibilitando uma melhor virada na
base da onda.
Figura 82: Rabeta com Wing.
Fonte: Catálogo Pró-Ilha.
WING: Todo tipo de wing tem a finalidade de
quebrar a linha da prancha. Normalmente os
wings são usados quando se faz uma prancha
mais larga na parte da frente, havendo a
necessidade de usar esta quebra de linha para
estreitar a rabeta da prancha, deixando-a mais
solta e rápida na troca de borda.
-Tipos de Quilhas:
As quilhas podem ser do tipo fixa ou de encaixe, no caso das quilhas de
encaixe, “copinhos” são acoplados ao bloco da prancha na fase de acabamento,
onde são acopladas as quilhas através de encaixe e presas por parafusos. Na
73
prática a diferença principal que se pode notar é a facilidade de transporte das
pranchas com quilha de encaixe e a possibilidade de mudar o tamanho e a posição
das quilhas (para trás, para frente, ângulo mais aberto ou mais fechado), tornando
assim a prancha mais presa á onda ou mais solta.
Quanto ao tamanho observa-se que quanto menor o tamanho da quilha, mais
solta a prancha fica em relação à onda.
Figura 83: Quilhas e chaves de quilha.
Fonte: http://www.mmsurfshop.com.br.
-Equipamentos auxiliares
Os equipamentos auxiliares são os equipamentos utilizados antes e depois da
prática do surf, sendo considerados como equipamentos para transporte os
equipamentos que o praticante faz uso para fixar e transportar o equipamento, e
qualificados como equipamentos auxiliares os equipamentos que o praticante faz
uso na manutenção do equipamento, como raspadores de parafina e chaves de
quilhas.
-Equipamentos para transporte
Devido ao surf ser um esporte praticado nas praias, as pranchas serem
frágeis, e os praticantes do esporte estarem constantemente viajando afim de
procurarem novos e melhores locais para a prática do mesmo, o surf demanda de
vários equipamentos auxiliares, a maioria deles relacionados ao transporte do
equipamento.
O equipamento auxiliar mais utilizado pelos surfistas, é a Capa de Prancha,
onde o surfista leva o equipamento é transportado com o mínimo de risco de dano,
existem capas de dois tipos, do tipo Térmico, que é a capa impermeável, estofada e
74
térmica, que protege a prancha do calor e do choque, evitando ainda que alguma
água que possa ter ficado no equipamento escorra e molhe outros acessórios ou
mesmo o interior do carro. Existe também a capa do tipo “Camisinha”, que é feita de
malha ou tecido leve, que apesar de ter o peso e volume reduzidos em relação à
capa Térmica, protege menos do calor e de choques do que a capa Térmica.
Figura 84: Capas de prancha.
Fonte: http://www.mmsurfshop.com.br.
Nas andanças que o surfista realiza à procura do melhor lugar para surfar,
inúmeras são as maneiras de transportar a prancha, seja dentro do carro, na
caçamba, ou presa ao teto do carro.
Para prender a prancha ao teto do veículo, utiliza-se desde as Fitas de Nylon,
que são presas ao veículo passadas por dentro da carroceria e amarradas às
pranchas no teto. É uma maneira simples de transportar a prancha, porém tem
alguns inconvenientes, como no caso de entrar água pela fita, quando acontece
uma chuva forte.
São utilizados também os Racks de Teto para o transporte, que são barras
geralmente de alumínio, fixadas ao teto do carro por meio de parafusos, presilhas ou
ventosas, onde as pranchas são fixadas, seja por meio das Fitas de Nylon, ou
Extensores de Borracha.
Figura 85: Rack para automóveis.
Fonte: http://cmbangert.com.
75
No caso de motos ou bicicletas, são utilizados Racks Laterais, que são barras
fixadas ao quadro da moto ou bicicleta, onde a prancha é presa por meio de
Extensores de Borracha e pode ser transportada com a maior segurança possível.
Figura 86: Rack para bicicletas e motocicletas.
Fonte: http://www.boardsite.com.br.
Ao término da prática do surf, impreterivelmente as roupas, sejam roupas
comuns, ou de borracha se encontram molhadas, e o praticante utiliza-se de algo
impermeável para transportá-la. Muitos praticantes utilizam uma simples sacola
plástica ou um saco de lixo, por ser um meio fácil e barato de armazenar a roupa.
Porém, nesse caso há o inconveniente de ocorrer algum furo ou rasgo e a água
presente na roupa vazar, molhando o que estiver guardado junto.
Outros praticantes optam por bolsas especiais, que são confeccionadas em
tecido de nylon, e cumprem os requisitos impostos, não deixando molhar os
pertences próximos e mantendo a roupa isolada. O inconveniente deste tipo de
bolsa, bem como das mochilas comuns, que são usadas para o transporte da roupa
é que devem ser lavadas ao término do uso.
Figura 87: Mochila com compartimento para roupa de borracha.
Fonte: http://www.mmsurfshop.com.br.
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-Equipamentos para Manutenção
Os equipamentos de manutenção, como as chaves de quilha e os
Raspadores de Parafina. As chaves de quilha servem para retirar e colocar a quilha
de encaixe na prancha, parafusando e desparafusando a mesma. Já o Raspador de
Parafina serve para remover a parafina velha na hora da troca, e fazer ranhuras na
superfície da parafina aplicada, afim de que o pé do praticante escorregue o menos
possível.
Figura 88: Kit com raspador e parafina.
Fonte: http://www.tropicalbrasil.com.br.
3.4.4.5.5 Locais para a Prática
O surf devido a ser um esporte que depende da força de uma onda, seja ela
natural ou artificial, necessita de locais específicos para a prática, pois a onda
deverá ter força e tamanho suficiente para permitir ao surfista praticar o esporte,
como deve ter a formação ideal, afim de permitir ao mesmo realizar as manobras
antes que a onda se acabe.
Deve-se levar em conta que devido à água do mar ser salgada, demanda de
uma prancha com menor flutuação, enquanto o surf de água doce demanda de uma
prancha com maior flutuação, pois além de ser uma onda mais fraca, a água doce é
mais fluida.
Rios – Pororoca
A onda da Pororoca é formada pelo encontro do rio e o mar em alguns locais
do mundo, sendo mais conhecidas para a prática do surf a Pororoca Brasileira e a
77
francesa, que também é chamada de Mascaret, onde são formadas ondas de até 4
metros de altura, com uma velocidade entre 30km/h e 50km/h, e podem
proporcionar tanto bons momentos aos surfistas, quanto maus momentos aos
moradores ribeirinhos. Devido a ser uma onda de rio, em que não há bancada de
areia para sua formação, esta onda atinge longas distâncias, e pode-se observar
que o recorde mundial de distância percorrida em uma onda foi obtido na pororoca,
onde o surfista Sergio Laus percorreu 10,1 Km em uma mesma onda.
Figura 89: Surf na Pororoca.
Fonte: http://www.waves.com.br.
Devido a ser uma onda de água doce, e a haver muitos detritos na água,
como galhos e até mesmo árvores inteiras, o equipamento utilizado para a prática do
surf é diferenciado, sendo necessária a utilização de pranchas com uma maior
flutuação e equipamentos de proteção, como botinhas de neoprene.
Figura 90: Onda na Pororoca.
Fonte: http://www.waves.com.br.
78
Rios – Ondas paradas
As ondas paradas em rios são formadas geralmente por uma laje de pedras
que “barra” o fluxo de água, formando uma rampa com a própria água, local onde o
atleta poderá “surfar” parado, pois a força da gravidade atuará contra a força da
correnteza mantendo o surfista na rampa.
Figura 91: Surf no Rio Isar, Alemanha.
Fonte: http://www.ganz-muenchen.de.
Figura 92: Surf no Rio Zambezi, África.
Fonte: http://www.tube6.de.
Mar – Fundo de areia
Na costa brasileira a maioria das ondas quebram sobre fundos de areia, que
apresentam melhores condições quando combinações de swell formam picos que
abrem até as valas, que são canais de retôrno da água para o outside. Uma
característica importante do beachbreak é que são modelados por correntes que se
alteram constantemente fazendo com que ajustes ideais de fundo, ondulação e
vento sejam necessárias para um dia clássico. Por ser menos previsível a onda do
beach break obriga o surfista a desenvolver maior criatividade e rapidez nos
movimentos.
79
Figura 93: Praia do Sonho, São Paulo-Brasil.
Fonte: http://www.fotolog.net/session.
Figura 94: Zicatela-Puerto Escondido, México.
Fonte: http://www.waves.com.br.
Mar – Fundo de pedra
O Point break caracteriza-se por ter um fundo fixo de pedra, areia ou coral,
apresentando suas melhores condições emdias de swell grande e alinhado, pois a
onda quebra acompanhando o desenho do fundo, geralmente com grande extensão.
Outra particularidade deste tipo de fundo é de formar ondas com uma só direção,
isto é, direita ou esquerda com excelente qualidade, pois as ondas não fecham,
possibilitando ao surfista utilizar todo o repertório de manobras.
80
Figura 95: Caldeira, Portugal.
Fonte: http://www.fotolog.net/session.
Figura 96: Ilha dos Lobos-RS, Brasil.
Fonte: http://www.waves.com.br.
Mar – Fundo de corais
É chamado de Reef break uma formação rochosa ou de coral, geralmente
afastada da costa, que proporciona ondas fortes e cavadas, sendo muito afetadada
pela maré, que quando cheia permite um surf mais seguro e menos tubular, e
quando vazia mais perigoso e radical.
Figura 97: Indonésia.
Fonte: http://www.fotolog.net/session.
81
No arquipélago de Fernando de Noronha, encontram-se os melhores reef
breaks do Brasil. A ausência da plataforma continental faz com que a ondulação
quebre sobre o reef com toda sua força.
Figura 98: Teahupoo.
Fonte: http://i.timeinc.net/surf.
Piscinas – Onda artificial similar ao mar
As piscinas de ondas, como são conhecidas as ondas artificiais de bancada
doce, são estruturas presentes geralmente em parques aquáticos, projetadas
inicialmente apenas para divertir banhistas, sem muita força ou tamanho nas ondas,
porém com o passar dos tempos, adaptações foram feitas a fim de elevar o tamanho
e o comprimento das ondas de piscina, para que as mesmas possam ser surfadas.
Figura 99: Piscina de ondas.
Fonte: http://www.waves.com.br.
Logicamente não há tecnologia até o momento para produzir ondas como as
do mar, nem no quesito força nem no tamanho, pois além da tecnologia cara, este
82
tipo de onda tem ainda o problema do espaço, já que uma piscina dificilmente
chegará ao tamanho de uma praia, por menor que esta seja. Porém as piscinas com
onda são muito procuradas nos parques aquáticos, seja por iniciantes ou
experientes que desejam experimentar uma nova sensação.
Figura 100: Onda em piscina.
Fonte: http://www.waves.com.br.
A onda é formada em piscinas com as dimensões médias de 1,8 mil metros
quadrados, e pode ser formada de duas formas. A primeira consiste em uma
espécie de pulmão de ar, onde é injetado ar através de quatro turbinas de 150 hp´s
cada, e que produz as ondas através da abertura e fechamento sincronizado de 16
valvulas, sendo essa abertura e fechamento é controlada por computador, onde
podem ser geradas 8 tipos diferentes de ondas.
Figura 101: Sistema gerador de ondas.
Fonte: http://www.waves.com.br.
O segundo tipo de onda é formado pela movimentação sincronizada de pás,
que produzem a ondulação que “quebra” ao se chocar com a bancada da piscina.
83
Piscinas – Onda artificial parada
As ondas artificiais paradas são compostas basicamente por bombas de água
e uma parede inclinada de cimento ou fibra, recobertos de placas de EVA (no caso
das paredes de fibra, a onda, também chamada de Flow Ride, pode ser transportada
para outros locais, ocupando em média nove containers, por pesar 1000 toneladas).
São bombeadas em direção á rampa/parede, que tem o formato pré-definido
afim de dar a forma correta à onda, 550000 litros de água através de 2 a 4 bombas
de água de alta potência, bombeando 7 toneladas de água por segundo, formando
assim a onda com até 10 pés.
Figura 102: Piscina de onda parada.
Fonte: http://www.irieman-talma.com.
Pode-se destacar como pontos negativos o valor elevado do produto, em
torno de U$1000.000,00, e principalmente a dificuldade em se usar quilhas nas
pranchas, visto que a lâmina d´água formada entre a prancha e a parede é muito
fina, em torno de 15 cm.
Figura 103: Piscina de onda parada.
Fonte: http://www.irieman-talma.com.
84
3.4.4.5.6 Problemas com Relação à Prática do Surf
Devido ao surf ser um esporte aquático e praticado principalmente no mar,
alguns problemas dificultam sua prática. A formação de ondas de qualidade exige
que uma boa ondulação (Swell) chegue à costa, e como as praias são viradas para
diferentes direções, ondulações de diferentes quadrantes “encaixam-se” em
diferentes praias.É necessário ainda que haja o vento adequado na costa para
garantir a boa formação das mesmas, pois um vento lateral, ou maral (vindo de uma
direção perpendicular à praia) pode prejudicar completamente as ondas e
impossibilitar a prática do surf.
Figura 104: Mapa do Swell.
Fonte: http://www.waves.com.br.
Além do problema da ondulação adequada e do vento, a distância das
residências dos praticantes até o local onda irá praticar o surf é outro grande
problema, pois uma pessoa que more a mais de 300 km da praia, dificilmente irá
praticar o surf com regularidade devido à distância e à dificuldade no transporte do
equipamento.
Figura 105: Mapa do vento.
Fonte: http://www.waves.com.br.
85
3.4.4.5.7 Problemas com Relação à Saúde do Praticante
Devido a ser um esporte radical e aquático, e a ser praticado em várias
condições, sejam elas ideais ou adversas, alguns problemas de saúde são
observados. Estes problemas vão desde lesões e acidentes, devido à radicalidade
do esporte, passando por problemas de pele, devido à longa exposição ao sol, e
indo até problemas internos, como asma, bronquite, e outras doenças ocasionadas
por condições adversas.
Lesões musculares e em articulações
Devido às condições adversas em que é praticado, o surf demanda de alguns
cuidados e atenção redobrada em alguns casos. No caso das lesões musculares e
de articulações, deve-se atentar para alguns pontos do corpo que são mais exigidos
durante a atividade, que são a coluna cervical e lombar, os ombros e os joelhos. No
caso da coluna cervical e lombar, o esforço é exigido pelo motivo de o corpo estar
na horizontal e em hiperextensão na hora da remada, e o mesmo tem que suportar o
peso da cabeça, sobrecarregando assim as vértebras e podendo até mesmo causar
hérnias de disco.
Figura 106: Hérnia de disco.
Fonte: http://www.bestcorpus.com.br.
No caso dos ombros, estes são extremamente exigidos, pois o ate de
atravessar a arrebentação para chegar ao local onde pegará as ondas exige
extremo esforço dos mesmos, e quanto maior estiverem as ondas, e mais longe elas
estiverem quebrando, maior será esse esforço.
Já no caso dos joelhos, as manobras mais radicais e críticas exigem muito
esforço dos joelhos, comprometendo frequentemente os ligamentos e articulações,
sendo às vezes necessário fazer uma cirurgia para corrigir estas lesões.
86
Figura 107: Esforço nos joelhos.
Fonte: http://www.waves.com.br.
Por todos esses tipos de lesão é extremamente necessário que o surfista
pratique uma série de alongamentos e exercícios, afim de fortalecer a musculatura e
evitar estas lesões. Com o devido alongamento para cada parte do corpo, o risco de
lesões cai muito, mesmo com condições das mais adversas, como frio intenso.
Além da importância do alongamento para evitar lesões, outros fatores são de
destaque, como o aperfeiçoamento motor e a eficiência mecânica, destacados a
seguir.
Figura 108: Alongamento.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br.
Aperfeiçoamento motor:
Uma boa flexibilidade permitira ao praticante a realização de arcos articulares
mais amplos, possibIlitando a execução de movimentos que seriam mais difíceis,
limitando a performance do atleta .
87
Eficiciência mecânica:
Determinados movimentos exigem muito esforço físico; chegando á um limite
de distencibilidade nos músculos, ligamentos e tecidos conjuntivos; visto que um
bom alongamento é imprescindível antes do inicio de uma bateria de exercícios.
É um ítem de extrema importância para uma boa flexibilidade, o alongamento
antes de qualquer atividade física, sabendo seus limites e a carga que poder
suportar, e com um tempo mínimo de 15 segundos para cada exercício, além de
procurar sempre orientação especializada para exercícios específicos, muito comuns
no yoga.
Figura 109: Yoga.
Fonte: http://www.yoga-meditation.se.
Ferimentos (Cortes e batidas)
Dentre as lesões mais comuns que atingem os surfistas estão os cortes e
pancadas, sejam eles provocados pelo próprio equipamento ao errar uma manobra
ou cair da onda, ou os ferimentos provocados pela vida marinha, ferimentos estes
que podem ser provocados tanto por animais marinhos, como até pelo próprio coral
ou fundo de pedra do local onde se está praticando o surf.
No caso dos cortes provocados pelo próprio equipamento, a assepsia deve
ser feita como em ferimentos comuns, limpando-se muito bem o local e retirando
possíveis resíduos.
88
Figura 110: Corte provocado pelo equipamento.
Fonte: Arquivo Pessoal.
Já no caso do ferimento ter sido causado por corais, pedras ou animais
marinhos, cuidados especiais devem ser tomados, pois cada tipo de animal marinho
requer um tipo de tratamento, seja pela presença de veneno, resíduos do próprio
animal, como os espinhos de um ouriço, ou pela presença de bactérias, como no
caso dos corais e animais como o tubarão, onde há milhares de tipos de bactérias, e
onde o ferimento deve ser muito bem tratado, afim de que não haja inflamação.
Figura 111: Lesão provocada por tubarão.
Fonte: http://www.emedicinehealth.com.
Problemas de pele
Essencial para a vida, seja para o crescimento de plantas ou o equilíbrio da
vida de animais, a luz solar é um dos mais importantes elementos da natureza,
porém, tudo que é aplicado em excesso pode trazer problemas, e com a luz solar
não é diferente. Sendo composta por ondas eletromagnéticas de diferentes
comprimentos, a luz solar pode ser perigosa por seus raios causarem câncer de
pele, além de males específicos como os raios UV-A tirarem a elasticidade da pele,
fazerem aparecer rugas, manchas e causar desidratação. Segundo Steinmann
89
(2003, p49): “Estes raios não produzem vermelhidão, porém são os responsáveis
pela pigmentação da pele, enquanto os raios UV-B são os responsáveis pelas
queimaduras na pele”.
Figura 112: Queimadura solar.
Fonte: http://www.ufrrj.br.
Ainda segundo Steinmann (2003, p49): ”diferentes tipos de pele tem
diferentes reações à exposição solar”. Abaixo pode-se observar algumas
reações comuns à determinados tipos de pele:
Tipo 1- PELE ULTRA-SENSIÍVEL
A pele queima muito fácil, mas nunca se bronzeia. São os “ branquelas “. A
pele é muito clara e com algumas pintas.; frequentemente os cabelos são
ruivos e olhos azuis.
Tipo 2- PELE MUITO CLARA
A pele queima facilmente , havendo mínimo bronzeamento. São os de pele
branca levemente pigmentada. Geralmente os são olhos claros e os cabelos
louros.
Tipo 3- PELE CLARA
A pele queima moderadamente e se brônzea graduamente. Geralmente são
surfistas de cabelos e olhos castanhos. Já toleram melhor o sol.
Tipo 4- PELE CLARA, MAS RESISTENTE/ MORENA-CLARA
A pele queima um mínimo e sempre se brônzea. São os atletas de cabelos e
olhos castanhos mais escuros.
Tipo 5- PELE MORENA MUITO-ESCURA
A pele raramente queima, mas bronzeia-se intensamente . São aqueles de
olhos e cabelos escuros.
Tipo 6 – PELE NEGRA
A pele virtualmente não queima . São os surfistas de pele negra altamente
pigmentada.
90
Para o tratamento destas queimaduras utiliza-se praticamente o mesmo
princípio. No caso de queimaduras de primeiro grau, vermelhidão moderada da pele,
o tratamento deve ser feito aplicando-se água fria no local e evitando exposição ao
sol. Já no caso de queimaduras de segundo grau, onde a vermelhidão é intensa e
podem ser observadas bolhas, devem ser aplicados cremes à base de aloe-vera, e
deve-se evitar furar as bolhas, aplicando-se gaze untada com vaselina nos locais
mais críticos.
Fator de Proteção Solar (FPS)
O fator de proteção solar (FPS ), indica quanto tempo se pode expor ao
sol sem que haja queimadura. Um fator 30, por exemplo, permite que uma
pessoa se exponha ao sol , sem se queimar , pôr um período 30 vezes maior
do que seria se não estivesse usando o produto. Supondo que sem proteção
a pele comece a queimar em 5 minutos, com um FPS 30 a pele vai resistir
sem se queimar cerca de 150 minutos (30x5).
Figura 113: Protetor solar fator 60.
Fonte: http://www.sundown.com.br.
Além dos filtros solares UVA,UVB e UVC o protetores solares de
primeira linha incluem filtros infravermelhos e agentes hidratantes e
emolientes para corrigir compensar a desidratação e o ressecamento da
pele,além de vitaminas anti-oxidantes como as vitamina E e C que impedem a
formação e combatem os radicais livres .
91
Os protetores solares devem sempre ser aplicados em pele seca, 20
minutos antes de entrar na água.
Figura 114: Aplicação de protetor solar.
Fonte: http://www.mol.org.br.
Tipos de lesão de pele
O site http://www.projetomarazul.com.br traz a classificação dos tipos de
manchas(nevos) decorrentes da exposição à luz solar, onde constam as seguintes
descrições:
Manchas
Manchas na pele, também conhecida como nevos, que comece a crescer,
mudar de cor, de forma ou a sangrar ou coçar, devem ser investigadas, um médico
deve ser procurado, pois a mancha pode ser um câncer de pele em fase inicial, e
pode ser necessário fazer uma biópsia afim de apurar melhor o caso.
Figura 115: Manchas na pele.
Fonte: http://www.ufrrj.br.
Lesões Benignas
Os nevos comuns são redondos e simétricos, tem bordas regulares , um
único tom de cor e um tamanho inferior a 6mm, sendo considerados benignos.
92
Figura 116: Lesão Benigna.
Fonte: http://www.saudeparavoce.com.br.
Lesões Malignas
Os nevos com caracteristicas malignas geralmente são assimétricos, tem
bordas irregulares e dois ou mais tons de cores, tendo ainda um diametro superior a
6mm.
Figura 117: Lesão Maligna.
Fonte: http://www.ufrrj.br.
3.4.4.5.8 Benefíícios do Surf
O Surf, antes de uma simples atividade de lazer é um esporte, uma atividade
física, e como toda atividade física, Surf proporciona vários benefícios aos
praticantes, como os descritos por Godoy(2002, p. 125):
93
Aumento de:
Circulação colateral.
Tamanho dos vasos (luz ).
Eficiência cardíaca.
Retorno venoso.
Conteúdo de oxigênio no sangue.
Massa de eritrócitos e volume sangüíneo.
Capacidade fibrinolítica.
Melhora a função tireoídeana.
Produção de HGH (hormônio do crescimento).
Tolerância ao estresse.
Redução de:
Intolerância à glicose.
Níveis de lipídios.
Obesidade.
Pressão arterial sistêmica.
Freqüência cardíaca.
Arritmia.
Ação neuro-hormonal exagerada.
Estresse psíquico.
Depressão isquêmica.
Produção crônica de catecolaminas.
Manifestação clínica para o mesmo esforço.
Gorduda corporal.
Graças à ser um esporte extremamente radical, aeróbico e de explosão
muscular, o surf é um esporte que traz inúmeros benefícios aos praticantes. Pelo
contato com a natureza que o esporte proporciona, se obtém o relaxamento das
tensões do dia-a-dia e afastamento do estresse. Proporciona ao praticante uma
grande melhora na auto-estima, visto que a cada nova onda o atleta busca superar
seus limites, e a cada “caldo” sofrido o mesmo se supera e vê que conseguiu
superar seus limites. Esses benefícios são proporcionados devido à liberação de
substâncias que melhoram o funcionamento do sistema nervoso central.
94
Além dos benefícios psicológicos proporcionados, destacam-se também os
benefícios físicos, visto que a remada é um exercício que se for feito corretamente
corrige a postura, melhora a coordenação motora e a resistência física. Por ser um
exercício aeróbico, ajuda a fortalecer a massa muscular, aumenta a resistência física
por estimular o desenvolvimento das fibras musculares, reduz o risco de
osteoporose por estimular o crescimento dos osteoblastos, que são as células que
contribuem para o crescimento ósseo e aumenta a capacidade pulmonar, visto que o
exercício aumenta a rede de pequenos vasos que irrigam os alvéolos pulmonares
melhorando o aproveitamento do oxigênio nos pulmões.
O contato com a água aliado ao exercício aeróbico auxilia ainda para a
prevenção e tratamento de doenças como asma, bronquite, hipertensão e doenças
do coração, pois estimula a ação de aminoácidos que melhoram a ação protetora do
organismo, bem como estimulam a vascularização, garantindo um melhor
funcionamento do sistema vascular, reduzindo a formação de placas de gordura nas
artérias, e reduzindo fatores de risco para as mesmas, como o colesterol e a
hipertensão.
Um fator que faz com que o surf seja um esporte propício a qualquer ser
humano é a nossa própria constituição física. Segundo a professora Fátima
Oliveira(2005): "O fato da densidade do corpo humano ser semelhante à da água,
resulta em um peso corporal menor quando está submerso. Esta característica do
meio líqüido o torna propício à iniciação da prática de atividades aquáticas em
qualquer idade, assim como também possibilita que indivíduos com limitações, como
por exemplo, os obesos, beneficiem-se da diminuição de peso hidrostático tendo
maior facilidade para exercitarem-se".
95
3.4.4.5.9 Linha do Tempo
Afim de se descrever a evolução dos produtos relacionados ao tema do TCC,
foram elaboradas duas “Linhas do Tempo”, uma relativa às pranchas, que são o
principal equipamento utilizado no surf, e outra relativa às ondas e tipos de surf
criados pelo homem.
Linha do Tempo de Pranchas
Cavalo de Totora
O primeiro modelo de prancha, de 500 d.C. Foi
criado pelos polinésios para descer as ondas. Feita de
junco amarrado em feixes tinha uma boa flutuação e era
utilizada também para pesca.
Figura 118: Cavalo de Totora.
Fonte: http://www.llampanet.com.
Tábuas Havaianas
Prancha utilizada pelos Havaianos no século XVII, era
feita de madeira maciça a partir de uma árvore inteira. Com
este tipo de prancha os nativos deslizavam nas ondas de
joelhos e deitados.
Figura 119: Prancha Havaiana.
Fonte: http://www.surfingmuseum.org.
96
Tábua Havaiana
Prancha utilizada pelos Havaianos no final do século XVII, era feita
de madeira maciça a partir de uma árvore inteira. Com este tipo de
prancha os nativos já deslizavam nas ondas em pé.
Figura 120: Prancha Havaiana.
Fonte: http://www.surfingmuseum.org.
Prancha Havaiana
Com a popularização do surf no século XVIII foram
criados novos tipos de prancha, como a utilizada por
George Freeth, onde as pranchas deixavam de ser uma
peça única e passavam a ser tábuas unidas pro pregos
ou encaixes.
Figura 121: Prancha de George Freeth.
Fonte: Fonte: http://www.surfmuseum.org.
Prancha de Surf Oca
Com o crescimento exponencial do surf, os praticantes tentaram
várias inovações para tentar melhorar a performance nas ondas, e em
1920 Tom Blake, depois de conhecer e trocar informações com Duke
Kahanamoku, criou pranchas ocas, com um “esqueleto”, chapas de
madeira coladas, e uma quilha, para dar direção à prancha.
Figura 122: Prancha de Tom Blake.
Fonte: http://www.surfingmuseum.org.
97
Prancha de fibra de vidro
Em 1949 o surfista Bob Simons, construiu a primeira prancha
inteiramente de fibra de vidro, já dotada de quilhas, dando origem às
pranchas atuais.
Figura 123: Prancha de fibra.
Fonte: http://www.surfingmuseum.org.
Mini Models
No final da década de 60, as pranchas começaram
a ter seu tamanho reduzido, visando uma maior
facilidade em se executar as manobras, porém
continuaram dotadas de uma quilha apenas.
Figura 124: Prancha Mini Model.
Fonte: http://www.malibulongboards.com.
Biquilhas
No começo da década de 70, visando uma melhor
estabilidade da prancha em relação à onda, foram criadas as
Biquilhas, pranchas dotadas de duas quilha, uma em cada lado da
longarina(madeira central da prancha).
Figura 125: Prancha Biquilha.
Fonte: http://www.waves.com.br.
98
Triquilhas
Durante a década de 70, quando houve uma explosão no
desenvolvimento do surf, várias inovações foram testadas, e a que deu
mais certo foi o uso de três quilhas nas pranchas, o que se utiliza até os
dias de hoje.
Figura 126: Prancha Triquilha.
Fonte: http://www.pro-ilha.com.br.
Prancha de Tow-In
As pranchas de Tow-In, nasceram junto com a evolução do surf
em ondas grandes no final da década de 90, criadas pela necessidade
dos atletas de uma prancha mais forte, pesada e firme, para que
agüentasse a força das ondas giganges esta prancha foi elaborada com
barras de ferro na parte inferior e laminação mais reforçada.
Figura 127: Prancha de Tow-In.
Fonte: http://www.waves.com.br.
Foilboard
A prancha do estilo foilboard nasceu no
Havaí, no ano 2000, quando foi adaptada à
uma prancha normal um hidrofólio, uma
espécie de aerofólio que fica submerso e pela
própria força da onda mantém a prancha
“suspensa” no ar, fazendo com que o
praticante adquira uma velocidade maior.
Figura 128: Foilboard.
Fonte: http://www.waves.com.br.
99
Linha do tempo das Ondas
Ondas do Mar
Em 500 d.C. os polinésios descobriram
que podiam deslizar nas ondas do mar
utilizando-se dos Cavalos de Totora,
embarcação feita de junco.
Figura 129: Onda do Mar.
Fonte: http://www.fotolog.net/session.
Ondas de Rio
No fim da década de 80, os havaianos,
entediados pela falta de ondas, resolveram represar a
água do Rio Waimea, e soltar a água em direção à uma
bancada de areia, afim de formar uma onda estática.
Com pranchas de surf, esses atletas conseguiram
surfar a onda por um bom tempo até que a água do rio
levasse a bancada de areia embora.
Figura 130 Onda de Rio.
Fonte: http://surfline.com.
Onda em piscina
Com a criação de grandes
parques aquáticos e o investimento de
grandes empresários, no começo dos
anos 90 foram criadas as piscinas de
onda, tanto do tipo Flow-Ride(Parada),
como as piscinas com onda similar ao
mar.
Figura 131: Onda em piscina.
Fonte: http://www.waves.com.br.
100
Figura 132: Onda em piscina do tipo Flow-Ride.
Fonte: http://www.standingwave.com.
Pororoca
O surfista paranaense Sérgio Laus,
encantado pela Pororoca na Amazônia, faz
uma expedição no final dos anos 90 para
com sucesso, surfar na Pororoca.
Figura 133: Pororoca.
Fonte: http://www.waves.com.br.
101
4. PESQUISA DE CAMPO
Para obter-se maiores informações a respeito do público-alvo, informações
estas que possam ser relevantes ao projeto, e elucidar questões que devam ser
exploradas na elaboração do produto, é feita a pesquisa bibliográfica, com aplicação
dois diferentes tipos de questionários, um específico aos praticantes do surf, e outro
ao público geral, possíveis freqüentadores de parques aquáticos.
4.1 Modelo dos Questionários
A Pesquisa de Campo foi aplicada à praticantes de surf (vide anexo 1) e
pessoas que fossem possíveis frequentadoras de parques aquáticos (vide anexo 2),
nas cidades de Brusque, Balneário Camboriú, e via e-mail, entre os dias 07 e 27 de
setembro de 2005.
4.2 Resultados da Aplicação de Questionários
Com as pesquisas feitas e os resultados obtidos são executadas análises das
respostas. Tendo a análise sido encerrada são elaborados gráficos “Pizza” para
melhor apreciação dos resultados. Pode se observar abaixo o resultado dos
questionários.
Questionário aplicado ao público em geral
Qual sua idade?
Gráfico 01 – Questionário 01 Questão 02.
Fonte: Arquivo pessoal.
A grande maioria dos entrevistados tinha entre 15 e 30 anos.
Até 10 anos Entre 10 e 15 anos Entre 15 e 20 anos Entre 20 e 30 anos Entre 30 e 50 Anos Mais de 50 anos
102
Qual seu sexo?
Gráfico 02 – Questionário 01 Questão 03.
Fonte: Arquivo pessoal.
Foram entrevistados na maioria homens.
Qual o local onde reside?
Gráfico 03 – Questionário 01 Questão 04.
Fonte: Arquivo pessoal.
A maioria dos entrevistados morava no interior, porém próximo ao litoral.
Masculino Feminino
Praia Interior até 50 km da Praia
Interior de 50 até 100 km da praia
Interior mais de 100 km da praia
103
Com que freqüência vai à praia?
Gráfico 04 – Questionário 01 Questão 05.
Fonte: Arquivo pessoal.
A maioria dos entrevistados surfa mais de uma vez ao mês.
No verão, passa as férias na praia ou no interior?
Gráfico 05 – Questionário 01 Questão 06.
Fonte: Arquivo pessoal.
Todos os entrevistados passam as férias na praia.
Qual é o maior empecilho para ir à praia?
Mais de uma vez por mês Uma vez por mês Uma vez a cada três meses Uma vez a cada seis meses Uma vez por ano Menos de uma vez por ano
Praia
Interior
104
Gráfico 06 – Questionário 01 Questão 07.
Fonte: Arquivo pessoal.
Os empecilhos para ir à praia foram dos mais variados, sendo constatado que
não há problema com relação a data das férias, a distância da residência, o clima e
a falta de férias tiveram uma porcentagem de escolhas semelhantes, e a maior parte
dos entrevistados não vê problemas para ir á praia.
Você pratica algum esporte relacionado com a praia?
Gráfico 07 – Questionário 01 Questão 08.
Fonte: Arquivo pessoal.
A maior parte dos entrevistados pratica algum esporte relacionado à praia.
Distância da residência Falta de férias Problemas com a data das férias Clima Não há problemas para ir à praia
Sim Não
105
Gráfico 08 – Questionário 01 Questão 09.
Fonte: Arquivo pessoal.
Dos entrevistados que praticam esportes relacionados à praia, a grande
maioria pratica surf, porém foi observado que os usuários praticam também
bodyboard, beach soccer, dentre outros, pouco mencionados.
Qual o maior problema que você encontra durante a prátide deste esporte?
Gráfico 09 – Questionário 01 Questão 10.
Fonte: Arquivo pessoal.
Os maiores problemas encontrados na prática do esporte esclhido são a
habilidade, a distância do local e as condições climáticas.
Com que freqüência vai à parques aquáticos ?
Surf Bodyboard Longboard Sandboard Kitesurf windsurf Kaiaking Beach Volei Beach Soccer Outros
Habilidade Custo Distância do local Condições Climáticas Nenhum
106
Gráfico 10 – Questionário 01 Questão 11.
Fonte: Arquivo pessoal.
A freqüência que os entrevistados vão à praia, na maioria dos questionários
coletados foi na maioria das entrevistas uma ou menos de uma vez por mês.
Você costuma freqüentar parques aquáticos em que época?
Gráfico 11 – Questionário 01 Questão 12.
Fonte: Arquivo pessoal.
A grande maioria dos entrevistados respondeu que costuma freqüentar
parques aquáticos no verão.
Você costuma praticar alguma atividade física em especial nos parques aquáticos?
Mais de uma vez por Mês Uma vez por Mês Uma vez a cada três meses Uma vez a cada seis meses Uma vez ao ano Menos de uma vez ao ano
Verão Inverno Ano todo
107
Gráfico 12 – Questionário 01 Questão 13.
Fonte: Arquivo pessoal.
Dos entrevistados, a grande maioria não costuma praticar alguma atividade
física em especial nos parques aquáticos.
Qual?
Gráfico 13 – Questionário 01 Questão 14.
Fonte: Arquivo pessoal.
Dos entrevistados que praticam alguma atividade em especial nos parques
aquáticos, a maioria respondeu que pratica natação, alguns responderam que
praticam futebol, e alguns que praticam outros esportes, porém nenhum dos
entrevistados respondeu que pratica surf.
O que vc gostaria que melhorasse na infra-estrutura dos parques aquáticos?
Sim Não
Natação Surf Voleyball Futebol Outros
108
Gráfico 14 – Questionário 01 Questão 15.
Fonte: Arquivo pessoal.
Quanto à questão que perguntava o que o entrevistado gostaria que
melhorasse na infra-estrutura dos parques aquáticos, o destaque foi para a
radicalidade, com um pouco mais de respostas que os outros itens, a diversidade, a
integração, a emoção e a qualidade.
Qual a atração dos parques aquáticos que mais aprecia?
Gráfico 15 – Questionário 01 Questão 15.
Fonte: Arquivo pessoal.
As atrações mais apreciadas pelos entrevistados nos parques aquáticos
foram os tobogâns e as piscinas com ondas.
Diversidade Qualidade Emoção Radicalidade Integração
Tobogãns Piscina com ondas Rio artificial Piscina de hidromassagem Piscinas Normais Outras atrações
109
Quais os problemas você identifica nos parques aquáticos?
Gráfico 16 – Questionário 01 Questão 16.
Fonte: Arquivo pessoal.
Os problemas de maior relevância identificados nos parques aquáticos pelos
entrevistados foram o difícil acesso e problemas com respeito à higiene.
Questionário aplicado aos praticantes de surf
Qual sua idade?
Gráfico 17 – Questionário 02 Questão 02.
Fonte: Arquivo pessoal.
A maioria dos entrevistados tinha entre 15 e 30 anos.
Material Obsoleto Difícil acesso Problemas com respeito à higiene Falta de segurança Burocracia para entrar Falta de locais para alimentação Outros
Até 10 anos Entre 10 e 15 anos Entre 15 e 20 anos Entre 20 e 30 anos Entre 30 e 50 anos Mais de 50 anos
110
Qual seu sexo?
Gráfico 18 – Questionário 02 Questão 03.
Fonte: Arquivo pessoal.
Todos os entrevistados era homens.
Qual o local onde reside?
Gráfico 19 – Questionário 02 Questão 04.
Fonte: Arquivo pessoal.
A grande maioria dos entrevistados morava no interior, porém até 50 km da
praia.
Masculino Feminino
Praia Interior até 50 km da praia Interior até 100 km da praia Interior mais de 100 km da praia
111
Com que freqüência vai à praia?
Gráfico 20 – Questionário 02 Questão 05.
Fonte: Arquivo pessoal.
A grande maioria dos entrevistados vai à praia mais de uma vez ao mês, e
todos os entrevistados vão à praia no mínimo uma vez a cada três meses.
Você pratica surf?
Gráfico 21 – Questionário 02 Questão 06.
Fonte: Arquivo pessoal.
Todos os entrevistados eram praticantes de surf.
Mais de uma vez ao mês Uma vez ao mês Uma vez a cada três meses Uma vez a cada seis meses Uma vez por ano Menos de uma vez por ano
Sim Não
112
Qual a freqüência que pratica surf?
Gráfico 22 – Questionário 02 Questão 07.
Fonte: Arquivo pessoal.
Metade dos entrevistados pratica surf entre uma e quatro vezes por semana.
Qual o principal problema para a prática do surf?
Gráfico 23 – Questionário 02 Questão 08.
Fonte: Arquivo pessoal.
O principal problema para a prática do surf descrito pelos entrevistados são
as condições climáticas, seguido pela distância.
Mais de quatro vezes por semana
Uma vez por semana Uma vez a cada duas semanas Uma vez ao mês Menos de uma vez ao mês
Condições Climáticas Distância Condições Físicas Condições Financeiras Limites Psicológicos Outros
Entre quarto e duas vezes por semana
113
Quanto à competições...
Gráfico 24 – Questionário 02 Questão 09.
Fonte: Arquivo pessoal.
Quanto à participação em campeonato, houve uma divisão bastante
equivalente entre os entrevistados que nunca participam e os que já participaram,
porém não costumam participar, sendo que poucos responderam que são
participantes assíduos.
Quanto à sua performance ...
Gráfico 25 – Questionário 02 Questão 10.
Fonte: Arquivo pessoal.
Quanto à performance, pôde-se observar que houve uma grande divisão
entre os entrevistados, sendo que muito poucos responderam que são profissionais.
Nunca participo Já participei, porém não costumo Sou participante assíduo
Iniciante Iniciante-Intermediário Intermediário Intermediário -Experiente Experiente Profissional
114
Qual sua preferência por ondas?
Gráfico 26 – Questionário 02 Questão 11.
Fonte: Arquivo pessoal.
A preferência por ondas entre os entrevistados foi para as médias, sendo que
uma grande parte gosta também de ondas grandes.
Qual sua preferência quanto ao tipo de onda?
Gráfico 27 – Questionário 02 Questão 12.
Fonte: Arquivo pessoal.
A grande maioria dos entrevistados prefere as ondas normais, porém um
quarto dos entrevistados prefere ondas cavadas.
Pequenas Médias
Grandes Gigantes
Todas
Cavadas Normais Cheias
115
Qual sua preferência quanto ao tipo de fundo?
Gráfico 28 – Questionário 02 Questão 13.
Fonte: Arquivo pessoal.
Quanto ao tipo de fundo onde a onda se forma, a grande maioria dos
entrevistados prefere o fundo de areia.
Qual a época que prefere surfar?
Gráfico 29 – Questionário 02 Questão 14.
Fonte: Arquivo pessoal.
A época em que os entrevistados preferem surfar foi na grande maioria dos
casos o verão, com uma grande soma de pessoas que preferem surfar durante o
inverno.
Fundo de pedra Fundo de areia Fundo de corais
Outono Inverno Primavera Verão Indiferente
116
Já surfou em ambientes diferentes do mar?
Gráfico 30 – Questionário 02 Questão 15.
Fonte: Arquivo pessoal.
Apenas uma pequena parte dos entrevistados já surfou em ambientes
diferentes do mar.
Se já surfou, em quais?
Gráfico 31 – Questionário 02 Questão 16.
Fonte: Arquivo pessoal.
Dos entrevistados que afirmaram já terem surfado em ambientes diferentes
do mar, metade afirmou ter surfado em ondas paradas em piscinas e metade em
ondas paradas em rios.
Sim Não
Rios-Pororoca Rios-Onda Parada Piscina-Tipo Mar Piscina-Onda parada
117
Se não surfou, em quais gostaria de surfar?
Gráfico 32 – Questionário 02 Questão 17.
Fonte: Arquivo pessoal.
A questão que tratou de qual ambiente o entrevistado gostaria de surfar teve
uma divisão muito homogênea, com leve vantagem para piscinas que formam ondas
similares ao mar e desvantagem para ondas paradas em rios.
Estaria disposto a pagar para frequentar um local com ondas artificiais?
Gráfico 33 – Questionário 02 Questão 18.
Fonte: Arquivo pessoal.
Uma pequena parte dos entrevistados estaria disposto a pagar para
freqüentar um local com ondas artificiais.
Piscina –Tipo mar
Rios-Pororoca Rios-Onda Parada
Piscina-Onda parada
Sim Não
118
Quanto por hora?
Gráfico 34 – Questionário 02 Questão 19.
Fonte: Arquivo pessoal.
Dos entrevistados que estariam dispostos a pagar para freqüentar um local
com ondas artificiais, o item mais escolhido foi o que os usuários pagariam entre
R$10,00 e R$20,00.
4.3 Análise dos Resultados da Pesquisa de Campo
De acordo com os resultados obtidos são feitas análises com cruzamento dos
resultados, afim de obter informações que auxiliem na elaboração e
desenvolvimento do projeto.
Prática de esportes aquáticos por pessoas que moram até 50 km do litoral:
Praticam Sim Não Total
Número de pessoas 38 33 71
Porcentagem 53,52% 46,47% 100%
TABELA 01 – Análise mista entre perguntas.
Fonte: Arquivo pessoal.
Esportes aquáticos praticados pelas pessoas que moram até 50 km do litoral:
Praticam Surf Outros Total
Número de pessoas 33 4 37
Porcentagem 89,18% 10,81% 100%
TABELA 02 – Análise mista entre perguntas.
Fonte: Arquivo pessoal.
Até R$10,00 Entre R$10,00 e R$20,00 Entre R$20,00 e R$30,00 Entre R$30,00 e R$50,00 Mais de R$50,00 Não pagaria
119
Entre as pessoas que vão à praia em média uma vez por mês, os maiores
empecilhos observados são:
Praticam Distância Clima Total
Número de pessoas 13 15 28
Porcentagem 46,42% 53,57% 100%
TABELA 03 – Análise mista entre perguntas.
Fonte: Arquivo pessoal.
Entre as pessoas que vão à praia mais de uma vez por mês, as idades mais
observadas com respeito aos mesmos são:
Praticam Entre 15 e 20 anos Entre 20 e 30 anos Total
Número de pessoas 14 18 32
Porcentagem 43,75% 56,25% 100%
TABELA 04 – Análise mista entre perguntas.
Fonte: Arquivo pessoal.
Das pessoas que constam na faixa etária entre 15 e 20 anos, a preferência
por ondas, quanto ao tamanho é:
Praticam Médias Grandes Total
Número de pessoas 7 7 28
Porcentagem 50% 50% 100%
TABELA 05 – Análise mista entre perguntas.
Fonte: Arquivo pessoal.
Apesar de o esporte aquático mais praticado entre os entrevistados que
moram até 50km da praia ser o surf, apesar de a maioria dos entrevistados serem
maiores de idade, a distância, juntamente com os fatores climáticos são fatores que
extrema importância para os mesmos. E apesar de a maioria dos entrevistados
serem adultos, somente metade deles preferem ondas grandes.
120
5. CONCEITUAÇÃO
A conceituação vem, através dos dados obtidos pelas pesquisas, tanto a
bibliográfica quanto a de campo, atribuir os conceitos pertinentes ao produto. A fase
de conceituação é iniciada com a análise da problemática, quando são atribuídos
conceitos ao produto, afim de solucionar os problemas identificados na análise da
problemática. Para encerrar a conceituação, são estabelecidos os pré-requisitos do
projeto, através de um Briefing contendo as características e especificações
necessárias para o desenvolvimento do produto.
5.1 Definição do Problema
Para se fazer a análise da problemática é utilizada a ferramenta de Mike
Baxter (2000), conhecida como As 8 perguntas de Baxter, perguntas estas que
orientam de forma dinâmica e objetiva a interpretação dos resultados obtidos
através das pesquisas realizadas.
A análise da problemática tem por função o esclarecimento do problema de
projeto, o porque da existência desse problema, qual seria a solução ideal para esse
problema e o que caracteriza essa solução ideal.
Das oito perguntas sugeridas por Baxter, foram eliminadas as perguntas que
não trariam informações relevantes ao projeto, e utilizadas apenas as perguntas que
trariam respostas importantes. São elas:
Qual é exatamente o problema que você está querendo resolver?
“Como proporcionar à praticantes de surf a possibilidade de surfar mesmo em
condições adversas e falta de ondas, sejam por condições climáticas ou distância do
litoral.”
Por que esse problema existe?
O problema existe pois os praticantes de surf dependem de um local
específico para a prática do esporte. Bem como condições climáticas favoráveis.
Qual é a solução ideal para o problema?
Desenvolver um produto que reúna as características necessárias para o
surfista praticar as manobras do esporte, em condições o mais próximas das
naturais possível.
121
O que caracteriza essa solução ideal?
Um produto que crie ondulações, sejam elas similares ao mar ou estáticas,
que permitam ao usuário utilizar os equipamentos utilizados no surf normalmente.
Quais são as restrições que dificultam o alcance dessa solução ideal?
Um produto que simule uma onda terá obrigatoriamente dimensões elevadas,
o que acarreta em custos elevados e componentes de alta performance.
5.2 Conceitos do Produto
Os conceitos do produto são gerados tendo como base as respostas dos
entrevistados em ambas as pesquisas de campo, além de uma análise de mercado
identificando as tendências e os anseios dos consumidores.
Para definir esses conceitos, é utilizado como ferramenta a elaboração de
painéis semânticos que segundo Baxter(2000), transmitem através de imagens e
palavras-chaves sentimentos e emoções que auxiliam na elaboração dos valores
que devem ser agregados ao produto, além de apresentar o público alvo e o tema
visual que todo o projeto irá seguir.
122
A Figura 134 da conceituação, faz referência às palavras chaves que trazem
o conceito que deve estar implícito no produto, agregando os valores pertinentes ao
mesmo. Esses conceitos respondem diretamente aos problemas observados nas
pesquisas. No caso do painel elaborado, constata-se que o produto deve ser
funcional, descontraído, divertido e deve utilizar-se do princípio da biônica.
Figura 134: Conceitos do produto.
Fonte: Arquivo pessoal.
123
A Figura 135 diz respeito ao público alvo levantado segundo a pesquisa. A
mesma informa que o público alvo explorado são homens e mulheres, praticantes de
surf, ou esportes em ondas, de todas as idades, porém joviais e abertos à novas
experiências.
Figura 135: Público Alvo.
Fonte: Arquivo pessoal.
124
A Figura 136 é referente ap tema visual que o produto deve explorar. Como o
produto desenvolvido trata-se de um produto relacionado à esportes radicais e
aquáticos, busca-se um tema futurista, com linhas limpas, porém sempre
relacionado à natureza (biônica), item muito prezado pelos praticantes do surf.
Figura 136: Tema visual.
Fonte: Arquivo pessoal.
125
5.3 Pré-requisitos do Projeto – Briefing
Para se sejam estabelecidos os pré-requisitos do projeto é de suma
importância a elaboração de um Briefing, tendo como base as informações
levantadas pelas pesquisas. O Briefing tem como finalidade a especificação das
informações pertinentes ao projeto.
1- PRODUTO
Nome: SurFlow
Categoria: produtos esportivos e de lazer.
Ocasião de uso: lazer e prática de atividades físicas em parques aquáticos ou
locais especializados em lazer e esportes aquáticos.
Qual será a principal função de uso: utilizar o produto como uma onda natural,
praticando manobras sobre uma prancha de surf.
Quais serão as possíveis funções secundárias do produto: utilizar o produto
como uma onda natural, porém utilizando o mesmo para a prática de outras
atividades aquáticas, como o bodyboard, o flowride e o skimboard.
Imagem do produto no mercado: equipamento para prática de surf, similar à uma
onda natural.
Principais características promocionais do produto em relação à concorrência:
funcionalidade, baixo custo e a possibilidade de utilizar uma prancha de surf comum.
Pontos positivos: beleza, interação, funcionalidade.
Pontos negativos: Alto custo de produção, devido ao emprego de componentes de
alta performance como as bombas de água.
2-MERCADO
Tamanho do mercado: médio. Apesar de abranger o a indústria do turismo, o
produto terá dimensões elevadas, o que faz necessária a instalação em um local
amplo e específico para o mesmo.
Principais mercados: nordeste, por contar com uma grande quantidade de parques
aquáticos e locais que se encontram longe do litoral, por não dispor de locais para a
prática do surf.
Sazonalidade: a procura pelo uso do produto está relacionada às condições
climáticas, como temperatura e condições marítimas.
126
3- CONSUMIDOR
Sexo: masculino e feminino
Classe social: classe predominante A
Faixa etária: entre 10 e 40 anos.
Hábitos e costumes dos consumidores em relação ao produto: necessitam de
locais para a prática do surf, praticam o esporte por motivos profissionais ou por
entretenimento.
Influencias ambientais e culturais a que o usuário está exposto:
Quem adquire o produto: Parques aquáticos, e locais ou empresas especializados
em esportes aquáticos.
4- RAZÕES DE COMPRA DO PRODUTO
Por quê os empreendimentos adquirem este produto? Para oferecer mais uma
opção de lazer e pratica esportiva aos clientes, bem como oferecer a prática do surf,
mesmo em condições adversas, como a falta de ondas no mar ou a distância do
mesmo.
Benefícios que o consumidor espera do produto: interação, descontração,
prazer, diversão, usabilidade, aprendizado, treinamento.
127
6. CONCEPÇÃO
No tópico relativo à concepção, serão especificadas as técnicas utilizadas na
etapa de concepção, como o MESCRAI, o Pricípio da Biônica, Brainstorming e
Thumbnails. Através destas técnicas é iniciado o processo de geração de
alternativas. Posteriormente, há a seleção da melhor alternativa, com as melhores
características que atendem os pré-requisitos de projeto e tornam a melhor solução
para o problema de projeto.
6.1 Ferramentas e Técnicas de Criatividade
Para o desenvolvimento das soluções criativas para o projeto foram utilizadas
quatro ferramentas: o MESCRAI, o Princípio da Biônica e o Brainstorming aliado aos
Thumbnails. O MESCRAI é fundamentado em sua própria sigla, onde cada letra
representa uma ação no desenvolvimento do produto. O “M” significa modifique, o
“E” elimine, o “S” substitua, o “C” combine, o “R” rearranje, o “A adapte e por fim
temos o “I” que significa inverta. O MESCRAI, além de ser utilizado na geração de
alternativas, é também utilizado nas posteriores etapas do projeto.
O Princípio da Biônica consiste em buscar em elementos da natureza,
soluções orgânicas e estruturais que possam ser transformados soluções para
problemas de projeto, sejam problemas de forma ou estruturais.
O Brainstorming consiste quando um ou mais participantes reúnem-se para,
no sentido literal da palavra, realizar uma tempestade de idéias, não havendo
qualquer tipo de restrições ou preconceitos. Ele pode ser utilizado na geração de
alternativas tanto na estética do produto, através de desenhos, quanto ao nome que
se dará ao mesmo.
Já os Thumbnails são uma versão miniaturizada de uma imagem sem
redução, que como elemento do projeto, permite que se insira vários desenhos em
uma única folha, facilitando a visualização e comparação.
O Brainstorm foi utilizado aliado aos Thumbnails afim de unir os benefícios
proporcionados por ambas as técnicas, quando as representações do Brainstorm
foram feitas através de Thumbnails (vide anexo 03).
128
6.2 Geração de Alternativas
Com as ferramentas e técnicas de criatividade definidas, partiu-se então para
a geração de alternativas, que se baseou nos resultados das pesquisas de campo e
bibliográfica para a definição dos atributos e auxílio ao desenvolvimento. Na geração
de alternativas foram seguidos três ramos distintos de alternativas, cada ramo
baseado em um tipo de onda. Primeiramente foram desenvolvidas alternativas
baseadas em ondas do mar, ondas que não fossem estáticas, posteriormente foram
desenvolvidas alternativas baseadas em ondas paradas e rios, e finalmente foram
geradas alternativas integrando os diferentes tipos de formação de ondas que
podem existir, como o mar, rios, ventos, terremotos, ondas formadas por
embarcações e tsunamis.
Com trinta e cinco alternativas definidas, foram escolhidas três para
detalhamento, onde uma alternativa de cada ramo foi detalhada em possíveis
grafismos/conceitos para o ambiente, funcionamento do produto e detalhamento da
onda, onde foi inserido um referencial humano para comparação.
129
6.2.1 Alternativa I
Figura 137: Alternativa I.
Fonte: Arquivo pessoal.
Pontos Positivos Pontos Negativos
Tamanho variável. Sistema hidráulico de médio porte.
Baixo gasto de energia.
Baixa quantidade de água necessária
para o funcionamento.
Necessita de bomba hidráulica forte ou
múltiplas de pequeno a médio porte.
Onda formada contínuamente.
Possibilidade de instalação de múltiplas
rampas formadoras de ondas.
Dificuldade na modificação de
formação das ondas depois de
implementado.
Alta possibilidade de ambientação.
TABELA 06 – Pontos positivos e negativos da Alternativa I.
Fonte: Arquivo pessoal.
130
Considerações sobre alternativa I:
Inspirada nas ondas formadas em rios, onde há uma pedra como base para a
formação da onda, a Alternativa I utiliza uma espécie de duto onde a água é
bombeada formando um rio artificial, que quando passa pelas rampas especiais
dispostas forma uma onda estática e surfável com uma prancha de surf normal.
Foram detalhadas a onda estática formada com referencial humano, o
sistema de funcionamento, onde a água é movimentada através de bombas
formando o rio, e um possível conceito/ambientação agregado ao produto, onde se
simularia um rio natural, com uma ilha central, e dutos de água saindo de pedras
falsas.
131
6.2.2 Alternativa II
Figura 138: Alternativa II.
Fonte: Arquivo pessoal.
Pontos Positivos Pontos Negativos
Ondas formadas similares ao mar. Necessita de pistão hidráulico forte.
Baixo gasto de energia. Dimensões elevadas.
Possibilidade formação de diferentes
tipos de ondas.
Elevada quantidade de água
necessária para funcionamento.
Onda de pequena a média duração. Possibilidade de formação de poucas
ondas simultâneas.
Alta possibilidade de ambientação.
TABELA 07 – Pontos positivos e negativos da Alternativa II.
Fonte: Arquivo pessoal.
132
Considerações:
A segunda alternativa teve como inspiração as ondas formadas no mar, onde
o vento cria ondulações que viajam até encontrar algum obstáculo, onde o atrito com
o fundo mais raso faz com que a onda se “quebre”. No caso da Alternativa II, uma pá
de dimensões elevadas é empurrada contra a água criando a ondulação, que
percorre um tanque de água até chegar à sua bancada (parte mais rasa, projetada
para que a onda quebre comperfeição) e estourar, permitindo neste momento que o
surfista utilize a onda para manobras.
Foram detalhadas a onda formada na bancada artificial, com referencial
humano, o sistema de funcionamento, onde a pá é empurrada contra a água
formando a ondulação e um possível conceito/ambientação agregado ao produto,
onde se simularia uma praia natural, com grafismos na lateral do tanque simulando
um píer na parte superior e animais marinhos na parte submersa.
133
6.2.3 Alternativa III
Figura 139: Alternativa III.
Fonte: Arquivo pessoal.
Pontos Positivos Pontos Negativos
Tamanho reduzido. Possibilidade de formação de no
máximo duas ondas simultâneas.
Gasto de energia regular. Dificuldade na modificação do
sistema.
Onda formada continuamente. Dificuldade na modificação de
formação das ondas.
Boa possibilidade de ambientação. Possibilidade regular de ambientação.
TABELA 08 – Pontos positivos e negativos da Alternativa III.
Fonte: Arquivo pessoal.
134
Considerações:
A terceira alternativa teve como inspiração as ondas formadas embarcações
em movimento, onde a embarcação corta a água, empurrando-a para os lados,
criando uma ondulação, que chega a “quebrar” quando encontra um local mais raso.
Na Alternativa III, uma espécie de hélice gira, empurrando a água em um sentido
tangente ao movimento circular da mesma, criando uma ondulação oblíqua à
bancada desenvolvida circularmente ao redor da hélice, fazendo com que a onda
“quebre” com perfeição.
Foram detalhadas na Alternativa III onda formada na bancada artificial, com
referencial humano, o sistema de funcionamento, onde a hélice empurra a água
formando a ondulação e um possível conceito/ambientação agregado ao produto,
onde se simularia algo industrial, visto que é um produto bem diferente dos outros, e
traz um conceito de maior tecnologia implícito.
135
7. ALTERNATIVA ESCOLHIDA
Figura 140: Alternativa I.
Fonte: Arquivo pessoal.
7.1 Considerações Finais sobre a Alternativa
Foi selecionada como alternativa final a Alternativa I, por buscar similaridade
às ondas estáticas, formadas em rios, onde o praticante pode surfar a onda por um
tempo infinitamente maior do que as ondas de piscina, de mar, ou até mesmo das
outras alternativas. Além do tempo elevado de duração da onda, a alternativa
selecionada apresenta um menor custo de produção, e seu sistema de
funcionamento é bastante simples, necessitando apenas de uma bomba d´agua
para cada rampa instalada no rio artificial que forma o produto.
7.2 Testes de Adequação da Alternativa
Afim de que se fosse possível verificar a adequação do projeto ao usuário e
às funções a que se propõe a desempenhar, é feita a adequação, estudando
funções e dimensões do produto, com o auxílio de modelos volumétricos e de
funcionamento.
136
Antes de definir as medidas e de fazer o modelo volumétrico, foram feitos
cálculos com auxílio de imagens para determinar o espaço necessário para fazer a
manobra de retorno (Cute-Back), que faz com que o surfista volte do fim para mais
perto do início da onda, e com isso, concluiu-se as dimensões necessárias para
garantir a utilização de toda a onda formada sem problemas de espaço físico.
Figura 141: Testes de manobras.
Fonte: Arquivo pessoal.
7.3 Modelo Volumétrico
Para a realização do teste dimensional do produto, foram confeccionados dois
tipos de modelo volumétrico, um primeiro em papelão, em escala 1:20, pois devido
às grandes dimensões do produto final, se tornaria inviável a construção de um
modelo em maior escala. O modelo em escala 1:20 foi construído para que se
pudesse observar a disposição das partes e formas do produto. E um segundo
modelo onde foram projetadas as formas e medidas do produto em uma parede, em
escala 1:1, pois serviria para análises de acordo com o referencial humano, onde
com o auxílio de um modelo humano e uma prancha de surf de tamanho real, se
verificou a adequação das medidas e formas do produto.
7.3.1 Execução do modelo volumétrico
Para a execução do modelo volumétrico de papelão em escala, foi utilizado
papelão, cola, fita adesiva, estilete, lápis e régua. Para a confecção do modelo o
papelão foi riscado com as pedidas de todas as partes necessárias à montagem do
modelo, e posteriomente cortado. Primeiramente foram montadas as duas rampas
onde as ondas se formam, e coladas à base de papelão, com o formato oval. Após a
137
colagem das rampas na base, foram feitas as paredes laterais na base, formando
um a piscina circular, que foi revestida inteiramente de fita adesiva.
Figura 142: Execução do modelo volumétrico.
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 143: Execução do modelo volumétrico.
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 144: Execução do modelo volumétrico.
Fonte: Arquivo pessoal.
138
Figura 145: Modelo volumétrico.
Fonte: Arquivo pessoal.
Para a execução do modelo em escala real, foi utilizado apenas fita isolante,
fita métrica e lápis, pois foram feitos desenhos em CorelDRAW da alternativa
(somente a rampa formadora da onda artificial) em vista frontal e lateral, onde o
usuário estaria interagindo, e posteriormente estas medidas foram passados para
uma parede com o auxílio fita isolante preta, para marcar as formas corretamente.
Figura 146: Modelo volumétrico a ser projetado.
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 147: Modelo volumétrico a ser projetado.
Fonte: Arquivo pessoal.
139
7.3.2 Adequação do Modelo
Tendo como base um referencial humano de percentil 95% e o modelo
volumétrico em escala 1:1, verificou-se que o dimensionamento do modelo em
relação referencial humano estava correta, tanto na altura como na largura.
Figura 148: Modelo volumétrico projetado na parede.
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 149: Modelo volumétrico projetado na parede.
Fonte: Arquivo pessoal.
140
Durante a análise do modelo de papelão em escala 1:20, foi utilizado um jato
d´agua direcionado para a rampa, como aconteceria no produto final, onde foi
analisado que para um melhor funcionamento do produto, e um melhor fluxo de
água através da rampa, deveria haver uma maior distância entre a rampa e a parede
oposta à rampa, que foi a única mudança requerida no projeto para o bom
funcionamento do mesmo.
Figura 150: Modelo volumétrico em escala.
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 151: Modelo volumétrico em escala.
Fonte: Arquivo pessoal.
Relacionando o modelo ao ambiente, foram feitas análises com relação à
disposição de equipamentos, controles e ambientação. Analisando o espaço central
do modelo, foi constatado que o mesma tem 68 metros quadrados, onde se dispões
de um espaço de 18 metros de extensão por quatro metros de largura e dois metros
141
de altura, onde as extremidades são em forma de semi-circulo. Através dessa
análise, pode-se concluir que este espaço seria suficiente para acomodar as duas
bombas hidráulicas definidas no projeto, com dimensões de 2 metros por 1,5 metros
quadrados. Para que esta parte do sistema de funcionamento não fique à mostra, foi
analisado a possibilidade da instalação de uma cobertura na parte central do
produto, onde pode ser feito um trabalho de paisagismo, fazendo este espaço
parecer uma ilha, com árvores e pedras, e transformando a parte interna desta ilha
numa casa de máquinas.
Figura 152 Modelo volumétrico em escala.
Fonte: Arquivo pessoal.
Quanto à instalação da central de comando, foi deixada em aberto, visto que
a mesma se resuma à uma caixa de comando, e muitos dos locais onde o produto
pode ser instalado tem seus próprios locais de instalação, sendo que alguns utilizam
apenas um pedestal com a central instalada, alguns preferem a utilização de uma
cabine de comando, e outros tem seus próprios centros de comando. Por este
motivo foi considerado que a instalação da central de comando ficaria à disposição
de que fosse utilizá-lo.
142
8. ASPECTOS FÍSICOS
Através dos aspectos físicos do produto, é pretendido mostrar a configuração
visual do produto. Estes aspectos englobam itens como ergonomia, operações e
antropometria no produto, sendo este denominado de SurFlow. As características do
nome e conceito denominado serão abordados a seguir na função informacional do
memorial a ser descrito bem como a parte estético-formal do mesmo.
8.1 Ergonomia
A parte dos estudos ergonômicos do produto avalia ergonomicamente o
mesmo, verificando se está adequado.
8.1.1 AEP - Análise de Produtos Existentes
Para que se obtenha informações de modificações, ajustes e diferenciais do
produto em relação à produtos existentes, foram pesquisados produtos que já se
encontram em funcionamento, similares ao produto desenvolvido.
O Flow-Ride é uma espécie de rampa onde é formada uma onda estática em
seu local de formação. O produto é composto por uma rampa inclinada,
confeccionada em fibra de vidro ou cimento, por onde é bombeada água através de
no mínimo 4 bombas de alto fluxo e potência, que não podem ser desligadas
enquanto se quer surfar a onda, e tem um alto consumo de energia. A lâmina de
água produzida por esse tipo de equipamento é bastante fina, não permitindo a
utilização de pranchas de surf comuns.
Figura 153: Onda do tipo Flow Ride.
Fonte: http://www.waves.com.br.
Quanto ao custo do equipamento, este é bastante elevado sendo necessário
um investimento mínimo de um milhão de reais. Este valor foi calculado com base
143
em pesquisas feitas com outros equipamentos similares dentro desta categoria de
esporte.
Já a Wave Pool, nome dado às piscinas com ondas móveis, é uma piscina
onde o fundo é inclinado e tem diferenças de profundidade, e as ondas são
formadas através de bombas e comportas.
Figura 154: Wave Pool.
Fonte: http://www.waves.com.br.
No sistema onde a onda se forma pela ação das bombas, é criado um
compartimento que serve como um pulmão, onde o ar é armazenado sob pressão.
No momento em que o ar é liberado, é formada uma onda similar ao mar, que se
locomove através da piscina até encontrar uma barreira (a parte mais rasa da
piscina), onde a onda ganha tamanho e pressão, quebrando e proporcionando uma
parede onde é possível surfar. Apesar de ser possível a utilização de pranchas de
surf comuns, as ondas dificilmente atingem um tamanho razoável para a prática do
surf (1m), e o motor deve permanecer ligado por 15 minutos, com intervalos de 15
minutos, afim de que se reduza as marolas da piscina.
O investimento necessário para a implantação da Wave Pool é um tanto
elevado, girando em torno de um milhão e quinhentos mil reais.
8.1.2 Usabilidade
Quanto ao funcionamento do produto, este foi desenvolvido tendo como base
as ondas artificiais estáticas do tipo flow ride, e as ondas estáticas que se formam
em rios. O produto é composto por rampas, dispostas em uma piscina em forma de
rio, formando um circuito fechado por onde é bombeada água, formando uma
corrente com um fluxo contínuo de água, com uma lâmina de 30 cm de espessura.
Para conseguir surfar a onda formada, o usuário tem dois meios distintos.
144
Figura 155: Sentido do fluxo da água.
Fonte: Arquivo pessoal.
A primeira maneira de entrar na onda é descer da parte superior da rampa,
em direção á lâmina d´água, deitado ou em pé.
Figura 156: Utilização do produto.
Fonte: Arquivo pessoal.
A segunda maneira é entrar na água próximo a rampa, deitado na prancha,
remando contra a correnteza até se posicionar em baixo da rampa, onde devido à
pressão d´água ficará parado na onda, sobre o fluxo, d´água, quando deve ficar em
pé para poder executar as manobras.
Figura 157: Utilização do produto.
Fonte: Arquivo pessoal.
145
8.1.3 Adequação Antropométrica
A aptidão física é fundamental para a utilização do produto desenvolvido, e o
desempenho atlético é a soma de fatores como constituição física, capacidades
metabólicas, aeróbicas e anaeróbicas, habilidades, técnicas e táticas utilizadas no
esporte escolhido. Por esse motivo é importante verificar se os praticantes de surf,
profissionais ou amadores, tem condições físicas para utilizar o produto. De acordo
com um estudo realizado pela Universidade UNIPRAN, onde se estudou uma
amostra de 12 praticantes de surf, obtendo resultados onde os praticantes estão
perfeitamente aptos ao esporte e a composição corporal dos mesmos está
antropométricamente adequada e de acordo com a prática de esportes.
O produto foi desenvolvido tendo em vista o referencial antropométrico 95%
masculino, visto que a dificuldade na utilização do produto diminui
proporcionalmente à estatura do usuário. Como a utilização do produto se dá com
uma postura diferenciada da população geral, por ser uma prática esportiva e exigir
uma postura diferenciada, além do usuário utilizar-se de uma prancha para a
utilização do produto, a altura do usuário fica redimensionada de acordo com
postura podendo gerar uma distorção no referencial antropométrico estabelecido
pela teoria ergonômica. Sendo assim, com base no referencial masculino 95%, e
uma prancha de surf comumente utilizada por pessoas desta estatura, definiu-se a
altura do percentil 95% masculino como sendo a de 160 cm (distorção gerada pela
prática), e o tamanho da prancha para o percentil 95% masculino como 180 cm.
Associando o percentil 95% masculino ao teste de adequação da alternativa,
onde se testou o espaço necessário para realizar manobras, pode-se definir o
tamanho exato necessário para uma utilização otimizada do produto.
Figura 158: Referencial humano.
Fonte: Arquivo pessoal.
146
8.1.4 Adequação Fisiológica
Para que o produto possa proporcionar a prática do surf de forma plena, e
com os desafios e esforços físicos que demanda, foi dimensionado de acordo com a
ergonomia dinâmica, que refere-se aos movimentos realizados pelos segmentos
corporais, afim de permitir que o usuário permaneça o tempo que desejar, podendo
fazer pausas para evitar que haja exaustão muscular, o que faz com que haja
demora na recuperação do usuário.
A fisiologia estima a demanda energética do coração e dos pulmões, exigida
por um esforço muscular. Para evitar a fadiga muscular deve ser respeitado o tempo
de duração do esforço contínuo, que no caso do produto Surf Flow, foi calculado
através do gasto energético.
De acordo com Dul (1995), devem haver pausas na tarefa quando o gasto
energético ultrapassar 250W, isto é 3,57 Kcal/Min, afim de que se evite o
esgotamento físico. No caso do surf, enquanto o praticante está manobrando sobre
a parede da onda, o valor estimado para a prática é de 670W, portanto devem
haver várias pausas periódicas durante a utilização do produto, de acordo com a
aptidão física do usuário.
8.1.5 Adequação Ambiental
Apesar de a sugestão para montagem do produto ser em uma piscina em
forma de rio oval, as rampas formadoras de onda podem ser dispostas em vários
formatos de piscina, desde que a mesma seja em forma de rio e um circuito fechado.
Porém, no caso de se utilizar mais rampas no circuito deverá ser testado o fluxo de
água e implementadas mais bombas hidráulicas no circuito, para garantir que a
velocidade e fluxo de água se mantenha adequado ao funcionamento do produto.
Figura 159: Diferentes montagens do produto.
Fonte: Arquivo pessoal.
147
O produto foi desenvolvido para ser utilizado em qualquer ambiente,
respeitando o espaço mínimo de 13 metros de largura por 28 metros de
comprimento, e por isso os locais mais indicados para a implementação do projeto
são parques aquáticos e locais onde se cria um ambiente específico para o produto,
como feiras de surf.
Como o surf é um esporte onde o praticante tem contato com a água, é
interessante que o produto seja utilizado em locais onde o clima seja agradável ou
com climatização no ambiente e aquecimento na água, evitando assim a
necessidade de utilização de roupas de borracha.
No caso de não haver climatização no ambiente, aquecimento da água e
ainda o clima da região ser frio, pode-se utilizar tranqüilamente roupas de borracha,
o que trás a vantagem de proporcionar uma maior proteção contra impactos na hora
das quedas.
Figura 160: Tombo em piscina Flow Ride.
Fonte: Captura do vídeo FlowRide.
8.1.6 Adequação Cognitiva
Quanto à adequação cognitiva, pode-se observar que o manejo e controle do
produto não demanda de mecanismos e sistemas complexos, pois os únicos
comandos presentes no produto são: Liga/Desliga, que estão instalados na caixa de
controle, sendo identificados pelas palavras liga e desliga nos respectivos botões,
que encontram-se nas cores verde e vermelha, respectivamente. A alavanca de
velocidades, que varia entre Baixa/Média/Forte, identificados na escala com a
velocidade e as cores azul, amarela e vermelha respectivamente. Estes comandos
são dispostos conforme a freqüência de utilização e não são utilizados portanto
pedais, nem outros comandos.
148
Figura 161: Caixa de comando.
Fonte: Arquivo pessoal.
8.2 Função Operacional
Quanto à função operacional, o produto é de simples operação, pois o
operador terá apenas que ligar a bomba hidráulica e ajustar a velocidade. Na
esquerda da caixa de controle estão dispostos os botões de Liga e Desliga, em
verde e vermelho respectivamente, e na esquerda a alavanca de velocidades da
bomba hidráulica, que conta com três graduações, de velocidade alta, média e
baixa, com uma escala de cores variado de vermelho, para velocidade alta, amarelo
para velocidade média, e verde para velocidade baixa.
Para que o SurFlow funcione e possa ser utilizado corretamente, deve-se
seguir o procedimento abaixo descrito:
1º Ligar o produto no botão verde e a alavanca de velocidade na velocidade baixa.
2º Regular a velocidade da bomba hidráulica conforme a velocidade que se deseja
na onda e o peso do usuário, a velocidade correta de funcionamento deve ser
escolhida em função das tabelas xx abaixo.
3º Quando terminar o uso, o operador deve voltar a alavanca de velocidade para a
velocidade baixa e desligar o SurFlow pressionando o botão vermelho.
Até 50 kg Entre 50 e 85 Mais de 85Kg
Velocidade baixa Ideal Onda lenta Difícil utilização
Velocidade média Onda rápida Ideal Onda lenta
Velocidade alta Difícil utilização Onda rápida Ideal
Tabela 09 : Utilização em função do peso e velocidade.
Fonte: Arquivo pessoal.
149
8.3 Função Estético Formal
A função estético formal trata da forma do produto, utilização da Gestalt, e a
escolha das cores e formas utilizadas.
8.3.1 Função Formal
Quanto à função formal, o produto é constituído por linhas mistas, sendo
predominante as formas geométricas na piscina em forma de rio, e linhas
geométricas e orgânicas na rampa formadora de ondas. Traz ainda consigo um
conceito de produto arrojado, sem esquecer de que foi obedecida a mais poderosa
das leis da gestalt, a de que “os produtos devem ser simétricos e ter uma linha
simples, assemelhando-se a figuras geométricas” ( BAXTER, 2001, p.33 ). Além
desta, outras leis como similaridade e proximidade estão presentes no produto. O
conjunto destas leis transmite uma maior harmonia visual do produto. Seu
acabamento possui uma textura agradável ao toque, conferida pelo material com
que é revestido, o E.V.A..
Figura 162: Formas do SurFlow.
Fonte: Arquivo pessoal.
8.3.2 Sugestão de Combinações
Muitos produtos similares ao SurFlow, que se propõem a formar algum tipo de
onda artificial são instalados em parques de diversão ou parques aquáticos, e para
que tenham uma melhor ambientação e associação com o que se indicam a oferecer
são pintados e modelados para que façam referência a algum ambiente, como
praias ou locais específicos, como demonstra a figura XX onde o ambiente é criado
para lembrar uma praia antiga com píers e pirataria.
150
Figura 163 : Typhoon Lagoon
Fonte: http://www.islandwatersports.com
Para o produto SurFlow, a sugestão de cores e detalhes foi definida de
acordo com a ambientação utilizada na definição de alternativas, onde o fundo da
piscina e a rampa são pintados de azul em dois tons, lembrando um fluxo contínuo
de água, e as paredes internas são pintadas em tons de marrom, com grafismos
lembrando rochas, o que remete a lembrança dos usuários a um rio selvagem. E
para completar a ambientação, na ilha artificial central é feito um paisagismo para
que se pareça o máximo possível com uma ilha real.
Apesar da sugestão dada para as cores e detalhes, o produto pode ser
confeccionado nas cores desejadas, com ou sem ambientação ou paisagismo,
sendo definidos esses quesitos pelo responsável do local onde será instalado o
produto, seja ele um parque aquático, parque de diversões ou um local qualquer.
Sendo assim, deve-se escolher as combinações que fazem com que o SurFlow
melhor se adapte ao ambiente onde será inserido.
Na imagem 164 tem-se uma renderização do SurFlow ambientado como em
local de uma represa, com pedras, animais e árvores.
151
Figura 164: Renderização ambientada do SurFlow.
Fonte: Arquivo pessoal.
152
9. ASPECTOS TÉCNICOS
Para que fossem esclarecidos todos os aspectos técnicos, definindo
materiais, produção e tecnologias utilizadas no produto foram feitos estudos
definindo o que seria mais viável se empregar no produto, conforme demonstra a
tabela 10.
Peça Material Processo
Módulos I a IV Fibra de Vidro e Resina Estervinílica Laminação de fibras.
Estrutura metálica Aço Inox Soldagem tipo TIG
Tabela 10: Materiais e processos.
Fonte: Arquivo pessoal.
9.1 Materiais
Para que o produto apresente as características técnicas desejadas, foram
feitos estudos à respeito de vários materiais que pudessem ser utilizados no
produto, e finalmente os materiais que apresentavam maior viabilidade de utilização,
bem como estariam melhor relacionados com o projeto foram definidos. São eles:
9.1.1 E.V.A. – Etil Vinil Acetato
A Borracha E.V.A., ou Etil Vinil Acetato é um composto microporoso
constituído por Resina de E.V.A., agente de expansão, agente reticulante, cargas
ativadores e auxiliares de processo, além de outros polímeros como a borracha. O
E.V.A. é utilizado há muito tempo na indústria calçadista, para trabalhos acadêmicos
e artesanais. Apesar de absorver uma quantidade moderada de água, o E.V.A., por
suas características é o tipo de material mais indicado para cobrir a superfície do
produto, visto que é um material de fácil manuseio e limpeza, e tem uma ótima
durabilidade. O E.V.A. utilizado no projeto será o E.V.A. de células fechadas, com
densidade de 20 grs/cm³, que é um material comumente usado em tatames, pois
tem a densidade ideal para absorver impactos, e quando aplicado ao produto,
ajudará a evitar contusões por parte dos praticantes. Quanto à sua instalação no
produto, a placa é simplesmente colada com cola de contato, e pode ser encontrado
em placas de 1,5m por 2m e 15 mm de espessura.
153
Figura 165: Utilização do produto.
Fonte: http://www.evatecnica.com.br.
9.1.2 Resina Estervinílica
A resina estervinilica é similar à resina à resina poliéster que reage com
estireno, e seu processo de cura é feito por um catalisador e um acelerador, porém
ao contrário da resina poliéster, a reação da molécula ocorre apenas no final da
terminação da cadeia, ao invés de ocorrer em vários pontos intermediários. Isso
torna a resina muito mais flexível, possibilitando absorver choques em maiores
quantidades. De acordo com o site da empresa Barracuda, “Laminados fabricados
com resina estervinílica apresentam uma menor absorção de água e menor
hidrólise, que nada mais é do que a quebra da cadeia molecular pela ação da água,
quando comparada com as resinas convencionais de laminação. Isto ocorre
principalmente devido a dois fatores: menor polaridade das resinas estervinílicas e
reduzidos pontos de ataque químico.” A resina estervinílica está situada em termos
de propriedades mecânicas entre a resina de poliéster e a epóxi, resiste bem à
corrosão, tração, e flexão. Devido às suas propriedades, e ao custo-benefício que
proporciona, a resina estervinílica foi escolhida para constituir junto com a fibra toda
parte estrutural que dá forma ao produto, como as rampas e paredes do produto.
154
Figura 166: Utilização do produto resina
Fonte: http://www.resepox.com.br.
9.1.3 Fibra de Vidro
A fibra de vidro é um material sintético produzido a partir de finíssimos
filamentos de vidro, que unidos com certos tipos de resinas e catalisadores se
transformam em um material altamente resistente, e que permite a utilização em
vários tipos de produtos e com diferentes formas. A fibra de vidro apesar de possuir
propriedades mecânicas inferiores às do tecido de fibra de carbono, tem um custo
relativamente menor, e se utilizada em camadas, no número adequado, se torna
mais viável do que a fibra de carbono, pois se utilizada da forma adequada tem suas
características físicas melhoradas, e se torna mais resistente, tanto à tração como à
flexão. Para que se aumente mais ainda essas características, são utilizados no
produto tecidos de fibra de vidro triaxiais, que são formadas pela superposição de
fibras unidirecionais, o que garante as propriedades mecânicas citadas, além de
reduzir o consumo de resina e facilitar o manuseio.
Figura 167: Utilização do produto.
Fonte: http://www.barracudatec.com.br.
155
9.1.4 Aço Inoxidável
O aço inoxidável é uma liga composta principalmente de ferro e cromo,
contendo pelo menos 11% de cromo, também ligado ao níquel e molibdênio.
Apresenta apresenta propriedades físico-químicas superiores aos aços comuns,
sendo a alta resistência a oxidação atmosférica a sua principal característica. A sua
elevada resistência a corrosão é atribuída a uma película de óxido de cromo que se
foma na superfície exposta ao meio. Para isto, é necessário a quantidade mínima de
11% de cromo em sua composição. Esta película é aderente e impermeável,
isolando o metal abaixo dela do meio agressivo. Este processo é denominado
passivação. Por ser muito fina, a película torna-se transparente e permite que o
material continue apresentando seu brilho característico. Além da resistência à
corrosão, o aço inoxidável apresenta ainda relativa facilidade de conformação, boa
relação custo benefício e resistência mecânica adequada para ser utilizado como
reforço estrutural interno no produto.
Figura 168: Utilização do produto.
Fonte: http://www.oficinadopensamento.com.br.
Além destes atributos físicos e mecânicos importantes para o projeto, o aço
inox é um material de fácil conservação. Através da limpeza adequada e rotineira, é
possível manter inalteradas as suas características originais, preservando sua
beleza, higiene e durabilidade.
9.1.5 P.V.C. - PoliCloreto de Vinila
O P.V.C. ou PoliCloreto de Vinila é um derivado do sal marinho e do petróleo,
sendo o segundo termoplástico mais consumido no mundo, tento sua maior
utilização em tubos e conexões. Possui uma grande versatilidade de aplicações, que
vão desde artigos rígidos até flexíveis. Tem como características principais a leveza,
que facilita o manuseio e aplicação, resistência à reagentes químicos, insetos,
156
bactérias e roedores, bom isolamento térmico, elétrico e acústico, impermeabilidade,
resistência ao choque, e durabilidade com vida útil superior à 50 anos.
Figura 169: Utilização do produto.
Fonte: http://www.oficinadopensamento.com.br.
Além das características físicas favoráveis do P.V.C., o mesmo pode ser
reciclado, e sua reciclagem vem acontecendo desde o começo de sua produção, e
tem diversas aplicações, dependendo do tipo de reciclagem. Na reciclagem química,
o P.V.C. é reciclado voltando às matérias primas de origem, na reciclagem mecânica
o material é utilizado na confecção de outros produtos, e na reciclagem energética é
recuperada a energia contida no resíduo plástico.
Por suas características físicas e químicas aliadas ao baixo custo do material
e à facilidade em se encontrar peças feitas em P.V.C., o mesmo se torna um
material de extrema viabilidade para emprego nos tubos e conexões utilizados no
produto SurFlow.
9.2 Produção Industrial
Na parte de produção industrial, serão abordados itens referentes à produção
do SurFlow, como métodos e técnicas de produção, equipamentos utilizados na
produção e tecnologias empregadas no produto.
9.2.1 Componentes
O SurFlow é um produto que é desenvolvido para montagem por módulos,
onde podem ser utilizados de três a quatro tipos diferentes de módulos, que são
unidos por uma peça específica para a união dos mesmos através de parafusos.
Estes módulos podem ser utilizados repetidamente, formando diferentes circuitos
para a piscina em forma de rio. Após montados esses módulos são utilizadas
157
lâminas de E.V.A. para revestir a parte interna dos mesmos. Na imagem 165 temos
uma vista “explodida” do SurFlow, onde pode-se observar os diferentes tipos de
módulos, e um exemplo de sua disposição no circuito fechado.
Figura 170: SurFlow em vista explodida.
Fonte: Arquivo pessoal.
Módulo 1: Curva
O módulo de curva é constituído de uma peça em fibra de vidro e
resina com um ângulo de curva de 90º e uma espessura de 1 cm, o que faz com que
esse módulo possa ser utilizado para formar curvas em qualquer direção na piscina
em forma de rio, fazendo o Surflow ter maior ou menor comprimento.
Figura 171: Módulo 1.
Fonte: Arquivo pessoal.
158
Módulo 2: Reta com Rampa de Direita
O módulo 2 constitui as retas e a rampa onde a onda quebra para o lado
direito de quem está remando na onda. É construído em fibra de vidro e resina, com
uma espessura de 1 cm e um reforço estrutural interno de aço inoxidável. Serve
para unir as curvas e tem espaço suficiente antes da rampa para que a água se
estabilize. O módulo 2 é instalado com a rampa na parte interna do SurFlow quando
a água circula no sentido horário, e na parte externa do SurFlow quando a água
circula no sentido anti-horário.
Figura 172: Módulo 2.
Fonte: Arquivo pessoal.
Módulo 3: Reta com Rampa de Esquerda
O módulo 3 constitui as retas e a rampa onde a onda quebra para o lado
esquerdo de quem está entrando na onda. É construído em fibra de vidro e resina,
com uma espessura de 1 cm e um reforço estrutural interno de aço inoxidável,
servindo para unir as curvas. Bem como o módulo 2, tem espaço suficiente antes da
rampa para que a água se estabilize. O módulo 3 é instalado com a rampa na parte
externa do SurFlow quando a água circula no sentido horário, e na parte interna do
SurFlow quando a água circula no sentido anti-horário.
159
Figura 173: Módulo 3.
Fonte: Arquivo pessoal.
Módulo 4: União de Módulos
O módulo 4 é uma peça de união entre módulos, podendo unir qualquer um
dos módulos que compõem o SurFlow firmemente, evitando desencaixe das partes
e conseqüentes vazamentos de água. É uma peça feita em fibra de vidro e resina,
também com 1 cm de espessura.
Figura 174: Módulo 4.
Fonte: Arquivo pessoal.
Revestimento de E.V.A.
As placas de E.V.A. são cortadas de acordo com a ficha técnica para facilitar
o revestimento do produto.
160
9.2.2 Métodos e Técnicas
Neste tópico serão abordados os métodos e técnicas construtivas utilizados
na produção do SurFlow.
9.2.2.1 Laminação de Fibra com Resina
Todos os quatro módulos utilizados no SurFlow serão confeccionados pelo
método de laminação de fibra de vidro com resina estervinílica. A laminação é um
processo relativamente barato, e que permite uma produção reduzida. Para se
realizar a laminação de peças é necessário um molde. No caso do SurFlow será
utilizado um molde “Positivo”, ou “Macho”, o que garante um melhor acabamento
superficial com menor trabalho, pois se não houver rugosidades na superfície do
molde, a superfície da peça moldada também não terá.
Figura 175: Laminação de fibra de vidro.
Fonte: http://www.barracudatec.com.
Na laminação com fibra de vidro deve-se cobrir o molde com o tecido ou
manta de fibra, impregnada com resina catalisada corretamente, na quantidade mais
próxima possível à saturação. Quanto à catalisação da resina estervinílica, ela se dá
com catalisador de estireno. O catalisador deve ser misturado à resina para que se
161
dê a cura da mesma, que deve ser aplicada imediatamente na fibra. O tempo de
cura da resina varia conforme a temperatura ambiente.
Deve-se observar a quantidade certa de resina para a fibra, afim de que não
haja resina em excesso, o que faz com que a peça se torne quebradiça, e nem que
haja falta de resina, o que ocasiona excesso de flexibilidade e porosidade na peça.
Deve-se observar ainda a presença de bolhas, onde se deve compactar até a
impregnação da resina. Esta compactação deve ser feita com rolo de metal molhado
em resina, afim de que a fibra não grude no rolo, conforme demonstra a imagem
171.
No momento que a resina atinja o estado de gel, qualquer trabalho com a
mesma deve ser interrompido, ou o laminado poderá se mexer, ocasionando
espaços vazios e defeitos de laminação. Após a cura completa da resina é possível
lixar, pintar ou colar a peça.
Figura 176: Retirada de bolhas de ar.
Fonte: http://www.barracudatec.com.
9.2.2.2 Soldagem de Aço Inoxidável
O tipo de soldagem definida para as partes em aço inoxidável no SurFlow foi
a solda TIG, ou solda por arco gasoso de tungstênio. A soldagem TIG é um
processo de soldagem estabelecido entre um eletrodo não consumível e a peça a
ser soldada, onde a poça de fusão é protegida por um gás inerte, e pode ser feito
externamente, manual ou automatizado. Foi o tipo de soldagem definida por ser o
processo mais amplamente usado devido à versatilidade, qualidade e ótimo
acabamento estético que proporciona. De acordo com o site www.metálica.com.br,
“A capacidade de soldar em baixa corrente e portanto entrada de pouco calor, mais
162
a capacidade de adicionar o arame de adição necessária, é ideal para materiais
finos e a raiz corre em um dos lados da soldagem de chapa e tubo, mais grossa”.
Figura 177: Solda TIG.
Fonte: Apostila de soldagem ACESITA.
A soldagem de aço inoxidável demanda de alguns cuidados, como utilizar um
material de adição com a composição química o mais próximo possível do aço a ser
soldado, utilizar as ferramentas somente em aço inoxidável, limpar as juntas com
escova, esmerilhadeira ou processos químicos.
9.2.3 Tecnologias Empregadas
O tópico sobre tecnologias empregadas aborda todos os mecanismos que
demandam de tecnologias terceirizadas a serem implantados no produto, como
mecanismos eletrônicos e bombas hidráulicas.
9.2.3.1 Bomba Hidráulica
Para que o fluxo de água no SurFlow atinja a velocidade ideal, é necessária a
instalação de um sistema de bombas hidráulicas de alto fluxo. De acordo com as
pesquisas realizadas a bomba mais adequada para o SurFlow é a bomba BEW da
marca HidroVector. A bomba BEW é uma bomba multiestágio que consegue o
bombeamento de aproximadamente 140 litros por segundo, pois são indicadas para
o abastecimento de água, irrigação, alimentação de caldeiras e combate à incêncios.
A bomba BEW pode ser acionada com motores diesel ou elétricos, ficando a
escolha do tipo de motor de acionamento à critério do comprador do produto.
163
Figura 178: Bomba BEW.
Fonte: http://www.hidrovector.com.br.
Características Técnicas de acordo com o site do fabricante:
-Construção robusta, mancais nas duas extremidades do eixo, elevadas Alturas
Manométricas em 1800 RPM, especialmente adequada para acionamento com
motores diesel ou motores elétricos em 4 pólos.
-.Bomba Horizontal, multi-estágios, com corpos de estágios verticalmente
seccionados, vedados entre si por meio de anéis “O” e unidos às carcaças de
sucção e recalque através de tirantes.
-O Eixo é vedado por meio de gaxetas na execução standard, e opcionalmente por
selo mecânico. É dotado de buchas protetoras na região do engaxamento e possui
luvas distanciadoras.
-O Rotor é fechado, radial e de fluxo único, possui equilíbrio de empuxo axial através
de furos de alívio no lado dianteiro e traseiro.
-Os Anéis de Desgaste são montados nos lados dianteiro e traseiro do Rotor,
alojados nos corpos de sucção, recalque, estágios e difusores.
-Os Mancais são lubrificados a graxa e situados nas duas extremidades da bomba,
com rolamentos de rolo cilíndrico no lado do acionamento e de esfera de duplo
contato angular no lado do recalque.
164
9.2.4 Montagem
A montagem do SurFlow se dá pela união dos módulos e instalação do motor
e parte hidráulica. Para maior entendimento sobre o processo de montagem foi
elaborado um Manual de Instrução, conforme demonstra a Função Informacional.
9.4 Desenho Técnico
O desenho técnico compreende os desenhos de todos os módulos e do
produto inteiro com as respectivas cotas, em escala, e tem a função de informar as
dimensões e ângulos corretos do produto.
A seguir foram desenvolvidos os desenhos técnicos do SurFlow, iniciando
pelo desenho do produto inteiro, e seguido dos desenhos dos módulos que
compõem o produto, todos com a imagem da peça representada para melhor
visualização.
165
166
167
168
169
170
10. ASPECTOS ESTRATÉGICOS
Os Aspectos Estratégicos abordam todas as estratégias de venda,
comercialização, distribuição e marketing que atuarão juntos para o sucesso do
produto.
10.1 Informacional
Quanto à função informacional, foi elaborado um manual de montagem para
facilitar a instalação do SurFlow, conforme demonstrado na imagem 174 e em maior
escala em anexo.
Figura 179: Manual de montagem.
Fonte: Arquivo pessoal.
10.2 Marketing
Para uma melhor compreensão dos aspectos de marketing que englobam o
SurFlow, foi utilizada a ferramenta MIX de Marketing, de Kothler (2001), que
implementa a estratégia de marketing através de quatro áreas, produto, preço, praça
e promoção, detalhadas a seguir.
10.2.1 Produto
A área que diz respeito ao produto aborda a adequação do produto ao
público. Essa adequação é o objetivo de todo o processo de design, e portanto os
benefícios oferecidos pelo produto já foram mencionados.
As decisões e implementações foram tomadas para que o SurFlow atenda as
necessidades de praticantes de surf. Assim sendo, o produto deve proporcionar uma
171
onda artificial com condições de se praticar o surf em toda sua plenitude, podendo-
se fazer todas as manobras e acrobacias que se faz em ondas naturais.
10.2.2 Preço
O preço do SurFlow foi baseado nos custos de produção e no valor cobrado
para a implementação de um sistema concorrente, que gira em torno de
USD$1.000.000,00. Como o projeto foi desenvolvido para que o preço final do
produto fosse bastante inferior aos concorrentes, essa meta foi atingida, visto que o
custo de produção gira em torno de R$100.000,00, Como pode-se verificar na tabela
abaixo. Componentes Valor
Fibra e resina R$25.000,00
Aço Inox R$ 2000,00
Motores R$10,000,00
Equipamentos elétricos R$ 4.000,00
E.V.A. R$ 1.500,00
Encanamento R$ 400,00
Outros R$ 1500,00
Total R$43.900,00
Tabela 11: Materiais e valores.
Fonte: Arquivo pessoal.
10.2.3 Praça
A forma de venda do produto se dará pela Internet e posteriormente através
da visita de representantes.
10.2.4 Promoção
Como os principais meios de venda são a Internet e as visitas de
representantes, deve-se estar atento para que as pessoas saibam da existência do
produto, questão que deverá ser resolvida com propagandas em sites relacionados
com surf, esportes radicais e lazer conforme indica a seta demonstrada na imagem
172
175 e ainda visitas bem estruturadas, e com apresentação de fotos e vídeos do
produto.
Figura 180: Propaganda em sites.
Fonte: Arquivo pessoal.
Em um segundo momento é interessante que se faça a divulgação do produto
em feiras e eventos esportivos e de lazer.
10.3 Ambiental
Como o SurFlow é um produto que necessita de uma estrutura ambiental ao
seu redor, foi elaborada a função ambiental para definir esta estrutura.
De acordo com a estrutura do produto, ele não terá nenhum resíduo ou sobra,
como fumaça ou fuligem, visto que os motores funcionam utilizando energia elétrica.
Já a água, que deve ser trocada regularmente, pode ser utilizada para irrigar plantas
ou pode ser descartada em esgotos comuns, por não haver substâncias tóxicas na
sua composição.
O ambiente que o produto ocupará fica a critério do proprietário do
estabelecimento, ficando o mesmo encarregado do paisagismo e arquitetura do
local. Uma proposta para utilização do produto é o paisagismo imitando uma
represa, com pedras, animais e arvores em torno do produto, conforme demonstra a
figura 164, representada no capítulo 8.3.2 Sugestão de Combinações.
173
11. MODELO FINAL
Afim de que se obtivesse uma melhor compreensão do produto, foi
confeccionado um modelo do SurFlow em escala 1:20, conforme demonstram as
figuras 181 e 182, com os materiais e processos descritos abaixo:
Material Parte Processo
MDF Pisos Corte/Colagem
Papel cartão couro Paredes/Rampa Corte/Colagem
EVA Revestimento Corte/Colagem
Tinta Vinil Revestimento Pintura
Areia Revestimento do piso Colagem
Cola Branca Revestimento do piso Colagem
Tabela 12 – Materiais.
Fonte: Arquivo Pessoal.
Para os processos acima descritos foram utilizadas ferramentas específicas,
são elas: Serra-fita, estilete, lápis, régua, trena, prego, martelo, prensa e lixas 80,
120 e 240.
Figura 181 – Modelo Final.
Fonte: Arquivo Pessoal.
Figura 182 – Modelo Final.
Fonte: Arquivo Pessoal.
174
12. CONCLUSÃO
Para realizar um projeto,criar um produto, é necessário ter uma boa idéia,
mas tão importante quanto a idéia é realizar uma boa pesquisa aprofundada sobre o
assunto.
Com a Pesquisa de Bibliográfica, pode-se observar os caminhos que ligavam
o Tempo Livre ao Surf, que é a atividade que será praticada no produto
desenvolvido. Pesquisando-se a respeito do surf, foram obtidas todas as
informações relevantes ao projeto, como funciona o esporte, como é dada a prática,
histórico, materiais e equipamentos, benefícios e problemas causados,
comprovando-se que o surf é um esporte saudável, e que se praticado
adequadamente traz inúmeros benefícios e muito poucos problemas. Foram
identificados ainda nesta etapa os tipos de ondas existentes e como acontece sua
formação, bem como a prancha utilizada em cada tipo de onda.
Na etapa da Pesquisa de Campo, pode-se constatar os diferentes perfis de
praticantes de surf, bem como seus gostos e preferências, a freqüência que
praticantes ou não praticantes vão à praia e à parques aquáticos, e a possível
aceitação de um produto que gere uma onda artificial por parte do público alvo.
Com as pesquisas completas em mãos pode-se desenvolver a conceituação,
definindo os atributos que o produto e o projeto devem ter, e posteriormente,
desenvolver e definir alternativas para a solução do problema de projeto.
Alternativas estas que unem vários conceitos e informações conseguidas através
das pesquisas feitas e ferramentas utilizadas, e que são devidamente detalhadas.
Com a alternativa definida e detalhada, pode-se observar que a “Onda
Estacionária”, formada traz a solução ideal ao problema, pois tem o custo de
produção e implementação muito menor que a concorrência, podendo ainda ser
utilizado com pranchas de surf comuns, o que faz com que a onda formada se
aproxime o máximo possível da realidade e seja a solução ideal para o projeto, e
uma ótima solução para a dificuldade dos praticantes do surf em encontrar as locais
com as condições ideais para a prática do esporte no momento em que desejarem,
trazendo com isso a possibilidade de praticar o surf em países onde não existam
ondas artificiais, e facilitando assim o processo de tornar o surf um esporte olímpico.
175
13. BIBLIOGRAFIA
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KOTLER, Philip. Administração de marketing: análise, planejamento, implementação e
controle. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
PORTER, Michael E. Estrategia competitiva: tecnicas para analise de industrias e da
concorrencia. 6. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1991.
GOMES FILHO, Joao. Gestalt do objeto: sistema de leitura visual da forma. 2.ed. Sao
Paulo: Escrituras, 2000.
FARINA, Modesto; LEAL, Jairo Pires; BASTOS, Heliodoro. Psicodinâmica das cores em
comunicação. 4. ed. São Paulo: E. Blucher, 1990.
178
14. ANEXOS
14.1 Anexo1
Questionário
Prezado(a) Amigo(a),
Este questionário faz parte da pesquisa de conclusão de curso de design industrial e
tem como objetivo, com as informações obtidas, identificar novas formas de prática de atividade de
surf. Para o controle do pesquisador quanto ao retorno dos questionários, pedimos que identifique
seu nome, mas na análise e apresentação da pesquisa estes dados serão suprimidos, sem identificar
o nome participante. Agradecemos antecipadamente a sua valiosa contribuição.
1- Qual seu nome?
2- Qual sua idade?
a) Até 10 anos ( ) b) Entre 10 e 15 anos ( ) c) Entre 15 e 20 anos ( )
d) Entre 20 e 30 anos ( ) e) Entre 30 e 50 anos ( ) f) Mais de 50 anos ( )
3- Qual seu sexo?
a) Masculino ( ) b) Feminino ( )
4- Qual o local onde reside?
a) Praia ( ) b) Interior até 50 km da praia ( )
c) Interior até 100 km da praia ( ) d) Interior mais de 50 km da praia ( )
5- Com que freqüência vai à praia?
a) Mais de uma vez por mês ( ) b) Uma vez por mês ( ) c) Uma vez a cada três
meses ( ) d) Uma vez a cada seis meses ( ) e) Uma vez por ano ( ) f) Menos de
uma vez por ano ( )
6- Você pratica surf?
a) Sim ( ) b) Não ( )
179
7- Qual a freqüência que pratica surf?
a) Mais de 4 vezes por semana ( ) b) Entre 4 e 2 vezes por semana ( )
c) Uma vez por semana ( ) d) Uma vez a cada duas semanas ( )
e) Uma vez ao mês ( ) f) Menos de uma vez ao mês( )
8- Qual o principal problema para a prática do surf?
a) Condições climáticas(Falta de ondas) ( ) b) Distância ( )
c) Condições Físicas ( ) d) (Condições financeiras ( )
e) Limites psicológicos ( ) f) Outros ( )
9- Quanto à competições...
a) Nunca participo ( ) b) Já participei, porém não costumo participar ( )
c) Sou participante assíduo ( )
10- Quanto à sua performance ...
a) Sou Iniciante ( ) b) Sou Iniciante-Intermediário ( ) c) Intermediário (
)
d) Intermediário-Experiente ( ) e) Experiente ( ) f) Profissional ( )
11- Qual sua preferência por ondas?
a) Pequenas ( ) b) Médias ( ) c) Grandes ( ) d) Gigantes ( )
e) Todas ( )
12- Qual sua preferência quanto ao tipo de onda?
a) Cavadas ( ) b) Normais (nem cheias nem cavadas) ( ) c)
Cheias ( )
13- Qual sua preferência quanto ao fundo?
a) Fundo de pedra ( ) b) Fundo de areia ( ) c) Fundo de
corais ( )
14- Qual a época que prefere surfar?
180
a) Outono ( ) b) Inverno ( ) c) Primavera ( ) d) Verão ( ) e)
Indiferente ( )
15 – Já surfou em ambientes diferentes do mar?
a) Sim ( ) b) Não ( )
16- Se já surfou, em quais?
a) Rios–Pororoca ( ) b) Rios–Onda parada ( ) c) Piscina–Tipo mar ( ) d) Piscina-
Onda parada ( )
17- Se não surfou, em quais gostaria de surfar?
a) Rios–Pororoca ( ) b) Rios–Onda parada ( ) c) Piscina–Tipo mar ( ) d) Piscina-
Onda parada ( )
18- Por que?
19- Estaria disposto a pagar para frequentar um local com ondas artificiais?
a) Sim ( ) b) Não ( )
20- Quanto por hora?
a) Até R$10,00 ( ) b) Entre R$10,00 e R$20,00 ( ) c) Entre R$20,00
e R$30,00( )
d) Entre R$30,00 e R$50,00 ( ) e) Mais de R$50,00 ( ) f) Não pagaria ( )
Ok.
Obrigado
181
14.2 Anexo 2
Prezado(a) Amigo(a),
Este questionário faz parte da pesquisa de conclusão de curso de design industrial e
tem como objetivo, com as informações obtidas, identificar novas formas de prática de atividade de
surf. Para o controle do pesquisador quanto ao retorno dos questionários, pedimos que identifique
seu nome, mas na análise e apresentação da pesquisa estes dados serão suprimidos, sem identificar
o nome participante. Agradecemos antecipadamente a sua valiosa contribuição.
1- Qual seu nome?
2- Qual sua idade?
a) Até 10 anos ( ) b) Entre 10 e 15 anos ( ) c) Entre 15 e 20 anos ( )
d) Entre 20 e 30 anos ( ) e) Entre 30 e 50 anos ( ) f) Mais de 50 anos ( )
3- Qual seu sexo?
a) Masculino ( ) b) Feminino ( )
4- Qual o local onde reside?
a) Praia ( ) b) Interior até 50 km da praia ( )
c) Interior de 50 até 100 km da praia ( ) d) Interior mais de 100 km da praia ( )
5- Com que freqüência vai à praia?
a) Mais de uma vez por mês ( ) b) Uma vez por mês ( ) c) Uma vez a
cada três meses ( ) d) Uma vez a cada seis meses ( ) e) Uma vez por
ano ( ) f) Menos de uma vez por ano ( )
6- No verão, passa as férias na praia ou no interior?
a) Praia ( ) b) Interior ( )
182
7- Qual é o maior empecilho para ir à praia?
a) Distância da residência ( ) b) Falta de férias ( ) c) Problemas
com a data das férias ( )
d) Clima ( ) e) Não há problemas para ir à praia ( )
8- Você pratica algum esporte relacionado com a praia?
a) Sim ( ) b) Não ( )
9- Qual?
a) Surf ( ) b) Bodyboard ( ) c) Longboard ( ) d) Sandboard ( ) e)
Ski ( )
f) Kitesurf ( ) g) Windsurf ( ) h) Kaiaking ( ) i) Beach Volei ( ) j) Beach
Soccer ( )
l) Outros ( )
10- Qual o maior problema que vc encontra durante a prátide deste esporte?
a) Habilidade ( ) b) Custo ( ) c) Distância do local ( ) d) Condições Climáticas
( )
e) Nenhum ( )
11- Com que freqüência vai à parques aquáticos ?
a) Mais de uma vez por mês ( ) b) Uma vez por mês ( ) c) Uma vez a cada três
meses ( )
d) Uma vez a cada seis meses ( ) e) Uma vez por ano ( ) f) Menos de uma
vez por ano ( )
12- Você costuma freqüentar parques aquáticos em que época?
a) Verão ( ) b) Inverno ( ) c) Ano todo ( )
13- Você costuma praticar alguma atividade física em especial nos parques
aquáticos?
a) Sim ( ) b) Não ( )
183
14- Qual?
a) Natação ( ) b) Surf ( ) c) Voleyball ( ) d) Futebol ( )
e) Outros ( )
15- O que vc gostaria que melhorasse na infra-estrutura dos parques aquáticos?
a) Diversidade ( ) b) Qualidade ( ) c) Emoção ( ) d) Radicalidade ( )
e) Integração ( )
16- Qual a atração dos parques aquáticos que mais aprecia?
a) Tobogans ( ) b) Piscina com ondas ( ) c) Rio artificial ( )
d) Piscina de hidromassagem ( ) e) Piscinas normais ( ) f) Outras atrações ( )
17- Pq?
18- Quais os problemas você identifica nos parques aquáticos?
a) Material obsoleto ( ) b) Difícil Acesso ( ) c) Problemas com
respeito à higiene ( )
d) Falta de segurança ( ) e) Burocracia pra entrar ( ) f) Falta de locais para
alimentação ( )
g) Outros ( ) Quais?
Ok!
Obrigado(a),
184
14.3 Anexo 3
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14.4 Anexo 4