trabalho de conclusao de curso

85
UNIFAMMA FACULDADE METROPOLITANA DE MARINGÁ KÁRITA LUCY HERNANDES DE MELLO O jovem empresário de Maringá e suas características empreendedoras: uma avaliação do perfil empreendedor Maringá PR 2010

Upload: karita-hernandes

Post on 15-Apr-2016

14 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Trabalho de conclusao de curso

UNIFAMMA FACULDADE METROPOLITANA DE MARINGÁ

KÁRITA LUCY HERNANDES DE MELLO

O jovem empresário de Maringá e suas características empreendedoras: uma

avaliação do perfil empreendedor

Maringá – PR

2010

Page 2: Trabalho de conclusao de curso

UNIFAMMA FACULDADE METROPOLITANA DE MARINGÁ

KÁRITA LUCY HERNANDES DE MELLO

O jovem empresário de Maringá e suas características empreendedoras: uma

avaliação do perfil empreendedor

Monografia apresentada junto ao Curso de Administração da UNIFAMMA – Faculdade Metropolitana de Maringá, na área de Empreendedorismo, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel, sob a orientação do Prof. Marcos Cipriano da Silva.

Maringá – PR

2010

Page 3: Trabalho de conclusao de curso

Dedicatória Dedico este trabalho em primeiro lugar a Deus pela sabedoria, saúde, a minha família, meu namorado, amigos, meu orientador pela paciência e a todos aqueles que de alguma forma me ajudaram.

Page 4: Trabalho de conclusao de curso

AGRADECIMENTOS

A minha família, minha mãe Lucilia Hernandes, meu namorado Rômulo Beninca,

minha irmã Lilian Hernandes de Melo que sempre me deram motivação e tiveram

paciência por eu não ter tempo para eles, para eu alcançar meus objetivos.

Ao meu orientador Marcos Cipriano da Silva pela sua paciência, confiança, e

dedicação, dividindo seu conhecimento na elaboração deste trabalho.

A todos os professores que sempre se encontram dispostos a nos ajudar, dividindo

seus conhecimentos, para somar-se ao meu conhecimento.

Aos proprietários de empresa que dispuseram de seu tempo para relatar sua

experiência de vida como empreendedoras, suas dificuldades e desafios,

compartilhando suas informações para eu chegar ao objetivo deste trabalho.

Aos meus colegas de sala meu eterno afeto e gratidão em especial a minha equipe

de trabalho, Ana Paula Yumi, Leciana Valentim, Fabiano Rosin e ao Marciel dos

Anjos, pelo apoio e por compartilhar e incentivar a conclusão deste curso.

Page 5: Trabalho de conclusao de curso

“A sabedoria é a essência da conquista. É iniciada

nos sonhos, desenvolvida na coragem, eternizada no tempo”.

(Bruno Raphael da Cunha Dobicz)

Page 6: Trabalho de conclusao de curso

Resumo

Este artigo buscou analisar os jovens empresários do mercado varejistas

localizadas na cidade de Maringá - Paraná se possui perfil empreendedor,

analisando desde quando começam a ocupar espaço no mercado de trabalho e

como vem evoluindo. A pesquisa foi classificada como qualitativa e a metodologia

empregada foi à pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo. Pode-se concluir que

os participantes da pesquisa possuem perfil empreendedor uma vez que se

constatou que são jovens empreendedores e determinados, não desistem de seus

objetivos, encontraram oportunidades e assumiram riscos calculados, acreditando

em si mesmos, e se consideram vencedores tanto profissionalmente em seus

empreendimentos, como também no âmbito pessoal e psicológico.

Palavras-chave: Empreendedorismo, jovens empreendedores, características

empreendedoras.

Page 7: Trabalho de conclusao de curso

LISTA DE TABELA

Figura 1: Taxa de empreendedorismo por faixa etária no Brasil no período de 2002

a 2009........................................................................................................................ 39

Figura 2: Avaliação da população empreendedora.............................................. 45

Figura 3: Empreendedores por taxa inicial (TEA) por países

(2009)........................................................................................................................ 46

Figura 4: Empreendedores por necessidade e oportunidade no período de 2001 a

2009............................................................................................................................47

Page 8: Trabalho de conclusao de curso

LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS

GEM Global Entrepreneurship Monitor

SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

TEA Initial Rate of Entrepreneurs

EFCs Entrepreneurial framework conditions

Page 9: Trabalho de conclusao de curso

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.............................................................................................. 11

1.1 Tema................................................................................................................. 11 1.2 Problema........................................................................................................... 12 1.3 Justificativa........................................................................................................ 12 1.4 Objetivos .......................................................................................................... 13 1.4.1 Objetivos específicos..................................................................................... 13

2. METODOLOGIA.......................................................................................... 15

2.1 A pesquisa quanto à natureza .......................................................................... 15 2.2 A pesquisa quanto aos fins............................................................................... 15 2.3 A pesquisa quanto aos meios .......................................................................... 16 2.4 O instrumento de coleta de dados ................................................................... 17 2.5 Dados primários e secundários ......................................................................... 18 2.6 O tipo de amostra .............................................................................................. 18 2.7 Análise de dados................................................................................................ 19 2.8 Definição da área ou população alvo do estudo................................................ 19 2.8 Cronograma...................................................................................................... 19

3 CONSIDERAÇÕES SOBRE O EMPREENDEDORISMO................. 21

3.1 Introdução......................................................................................................... 21 3.2 A evolução histórica do empreendedorismo..................................................... 21 3.3 Conceituando o empreendedorismo................................................................. 23 3.4 O empreendedor: estabelecendo as definições, as características e as dimensões do perfil..................................................................................................

25

3.4.1 Definições....................................................................................................... 27 3.4.2 Características ............................................................................................... 29 3.4.3 Sentimentos do empreendedor...................................................................... 32 3.4.3.1 Lócus de controle........................................................................................ 32 3.4.3.2 Sentimentos independência e necessidade de realização......................... 33 3.4.3.3 Assumir riscos............................................................................................. 34 3.4.4 Histórico do empreendedor........,................................................................... 35 3.4.4.1 Ambiente familiar na infância...................................................................... 35 3.4.4.2 Educação..................................................................................................... 36 3.4.4.3 Valores pessoais.......................................................................................... 38 3.4.4.4 Idade........................................................................................................... 39 3.4.4.5 Histórico profissional.................................................................................... 40 3.4.4.6 Modelos de desempenho............................................................................. 41 3.4.5 Sistemas de Apoio......................................................................................... 41 3.4.5.1 Rede de apoio moral ................................................................................... 42 3.4.5.2 Rede de apoio profissional .......................................................................... 42 3.5 O contexto mundial para o empreendedorismo e o empreendedor .................. 44 3.6 O contexto nacional para o empreendedorismo e o empreendedor.................. 46 3.7 Conclusões do capítulo...................................................................................... 49

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS................................................. 50

4.1 Caracterização dos entrevistados...................................................................... 50 4.2 As dimensões do empreendedor....................................................................... 50

Page 10: Trabalho de conclusao de curso

4.2.1 Ambiente familiar na infância.......................................................................... 50 4.2.2 Educação........................................................................................................ 51 4.2.3 Idade............................................................................................................... 52 4.2.4 Valores pessoais............................................................................................ 53 4.2.5 Características Empreendedoras................................................................... 54 4.2.6 Lócus de controle............................................................................................ 55 4.2.7 Sentimentos independência e necessidade de realização............................. 56 4.2.8 Assumir riscos................................................................................................. 57 4.2.9 Histórico profissional....................................................................................... 57 4.2.10 Modelos de desempenho.............................................................................. 59 4.2.11 Sistemas de Apoio........................................................................................ 59 4.2.11.1 Rede de Apoio Moral................................................................................. 60 4.2.11.2 Rede de Apoio Profissional........................................................................ 60 4.2.12 Conclusão do Capítulo................................................................................. 61

5 CONCLUSÕES, PROPOSTAS E SUGESTÕES.................................... 63

REFERÊNCIAS....................................................................................................... 66 APÊNDICE............................................................................................................... 70 ANEXOS.................................................................................................................. 73

Page 11: Trabalho de conclusao de curso

11

1. INTRODUÇÃO

Atualmente o empreendedorismo tem se tornado pauta de discussão da

agenda de vários países. No entanto, não se trata de um tema recente, desde a

época dos egípcios pode-se perceber traços empreendedorismo como, por exemplo,

nas construções de pirâmides. Marco Pólo é considerado o precursor do

empreendedorismo, por ter instituído uma rota com oriente no século XV. No Brasil o

tema empreendedorismo começou a ser abordado a partir do século XX com

abertura da economia.

Os empreendedores podem ser diferenciados como pessoas dinâmicas,

otimistas, que procuram oportunidades, tornando-se essenciais para o mercado, pois

desta forma surgiram novos negócios, e mais chances de emprego. O

empreendedor procura oportunidades onde ninguém vê, segue sua intuição e se

mantêm perseverante perante as dificuldades, sendo diferente das demais pessoas,

permanecendo sempre aberto para novas descobertas, sempre disposto em

descobrir algo novo.

Desta forma, o tema se apresenta com a finalidade de identificar se os jovens

prestadores de serviços estabelecidos na cidade de Maringá-Pr apresentam perfil

empreendedor. Para este fim foram selecionado três jovens empresários como

amostra da pesquisa, sendo uma escolha não-probabilística.

Desta maneira, o trabalho se dividiu em cinco partes principais, a primeira é

composta por está introdução que abrange, tema, problema, justificativa, objetivos e

objetivos específicos. A segunda parte envolve a metodologia que definiu os

instrumentos da pesquisa e da coleta de dados e das analises dos dados para a

realização desse trabalho. O terceiro estabelece o referencial teórico em que se

buscou material bibliográfico para servir como base de análise da capitulo quatro

que se caracterizou pela parte empírica do trabalho por meio da análise e discussão

dos dados e a quinta e última parte descreve a conclusão que estabelece se o

objetivo foi alcançado indica as limitações e dificuldades para realização do trabalho

bem como as sugestões de pesquisas futuras.

1.1 Tema

Page 12: Trabalho de conclusao de curso

12

Perfil empreendedor em jovens empresários

1.2 Problema

O perfil empreendedor está presente em jovens prestadores de serviços da

cidade de Maringá-Pr?

1.3 Justificativa

Dornelas (2001) define o empreendedorismo como uma revolução silenciosa,

pois os empreendedores são pessoas visionárias que observam algo novo, onde

outras pessoas não vêem, se arriscam, questionam e buscam sempre um

diferencial. Dornelas (2001) ainda afirma que o empreendedorismo aparece muito

mais por conseqüência das mudanças tecnológicas e sua agilidade, isso não sendo

apenas um modismo. Para o autor, “os empreendedores são pessoas diferenciadas,

que possuem motivação singular, apaixonadas pelo que fazem não se contentam

em ser mais um na multidão, querem ser reconhecidas e admiradas, referenciadas e

imitadas e querem deixar um legado” (DORNELAS, 2001, p. 19).

No empreendedorismo conforme Hisrich e Peters (2004, p. 29) existem

conformidades de que se está “falando de uma espécie de comportamento que

inclui: tomar iniciativa, organizar e reorganizar mecanismos sociais e econômicos a

fim de transformar recursos e situações para aproveito prático aceitar o risco ou o

fracasso”. Contudo, cada uma dessas definições sobre os empreendedores abrange

conhecimentos parecidos, como novidade, criação, riquezas e risco não importando

qual é a sua área de atuação (HISRICH; PETERS 2004).

Dornelas (2001) destaca que o momento atual pode ser definido como a era

do empreendedorismo, uma vez que os empreendedores vêm derrubando barreiras

comercias e culturais, quebrando paradigmas trazendo novas relações de trabalho e

gerando muitas riquezas para a sociedade.

Para Dornelas (2001) o papel do empreendedor foi sempre de fundamental

importância para a sociedade. Assim o empreendedorismo vêem se intensificando,

muito diferente do passado, pois o avanço tecnológico hoje é muito grande e para

Page 13: Trabalho de conclusao de curso

13

isso necessita-se de um maior número de empreendedores. Desse modo o

empreendedorismo está criando valor para a economia motivando o emprego e a

prosperidade. Para Dornelas (2001, p. 37) “o empreendedor é aquele que destrói a

ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela

criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e

materiais”.

Para Degen (1989) foi à criatividade dos empreendedores que favoreceu a

inovação de novos produtos e serviços, trazendo mais eficiência e diminuindo custo

dos mesmos, trazendo vantagens evidentes a todos e com essa criatividade estará

sempre desenvolvendo e beneficiando a sociedade.

Hisrich e Peters (2004) definem o papel do empreendedorismo no

desenvolvimento econômico, porém ele abrange todos os setores no aumento da

produção e na renda, pois envolve o iniciar das mudanças na estrutura dos negócios

e da sociedade.

Podem-se identificar os empreendedores pelas suas características

inovadoras são: visionários, sabem tomar decisões, são indivíduos que fazem a

diferença, sabem explorar ao máximo as oportunidades, são determinados e

dinâmicos, são dedicados, são otimistas e apaixonados pelo que fazem, são

independentes e constroem o próprio destino, ficam ricos, são líderes e formadores

de equipes, são bem relacionados (networking) são organizados, planejam,

planejam, planejam, possuem conhecimento, assumem riscos calculados e criam

valor para sociedade (DORNELAS 2001).

Desse modo o presente tema de pesquisa se justifica ao analisar de que

maneira o perfil empreendedor se apresenta em jovens prestadores de serviços da

cidade de Maringá-Pr.

1.4 Objetivo

Analisar de que maneira o perfil empreendedor se apresenta em jovens

prestadores de serviços da cidade de Maringá-Pr.

1.4.1 Objetivos específicos

Page 14: Trabalho de conclusao de curso

14

Avaliar a história de vida de jovens prestadores de serviços da cidade de

Maringá-Pr

Identificar as características empreendedoras presentes em jovens prestadores

de serviços da cidade de Maringá-Pr.

Analisar de que modo as características empreendedoras afetam o perfil

empreendedor de jovens prestadores de serviços da cidade de Maringá-Pr.

Page 15: Trabalho de conclusao de curso

15

2. METODOLOGIA

A metodologia científica irá utilizar processos para averiguar, analisar e

concluir se dados interpretados condizem com os objetivos propostos (LEITE, 1978).

A seguir passa-se definir os instrumentos metodológicos utilizados na pesquisa.

2.1 A pesquisa quanto à natureza

Quanto à natureza da pesquisa, no trabalho será utilizada a pesquisa

qualitativa, conforme Richardson (1999), ela se caracteriza com a tentativa

compreender os significados e características e situações deparadas pelo

entrevistado. Contudo, a pesquisa qualitativa trás várias dificuldade e barreiras do

ponto de vista da pesquisa social, entretanto acredita-se que a experiência ajuda o

pesquisador a apreender com as pessoas da entrevista (RICHARDSON, 1999)

Conforme Pereira (1999), á chamada pesquisa qualitativa, se inicia na

procura de material qualitativo, mas necessita de referenciais teóricos menos

taxativos e com maior chance de aparecer à subjetividade do pesquisador. Nesse

sentido para, Richardson (1999, p. 80), no contexto geral pode-se “afirmar que as

investigações que tem caráter qualitativo têm como elementos complexos em sua

particularidade”. Tais estudos que empregam a metodologia qualitativa analisam a

complexidade de certo problema para verificar a influência de certas variáveis, para

compreender e qualificar determinados processos eficazes vividos pelo grupo sociais

e definir o processo para que possa possibilitar a melhora desse grupo e permitir um

maior grau de profundidade para entender o desempenho dos indivíduos

(RICHARDSON, 1999).

2.2 A pesquisa quanto aos fins

Quanto aos fins, as pesquisa utilizadas foram à descritiva e a explicativa.

Conforme Gressler (2003) pode-se descrever a pesquisa descritiva, de acordo com

acontecimentos e características presentes em uma população ou campo de

Page 16: Trabalho de conclusao de curso

16

interesse. Assim, seu principal interesse esta voltado para o presente e quer

descobrir “O que é?” Normalmente são pesquisas que abrangem um elevado

número de elementos, com poucas variáveis estudadas. A pesquisa descritiva não é

apenas uma tabulação de dados, ela precisa de números interpretativos que se

apresentam e ajustem, muitas vezes, comparando, mensurando, classificando,

interpretando e avaliando (GRESSLER, 2003). Nesse contexto, ela precisa

descrever fatos existentes, circunstâncias presentes e eventos, coligar problemas e

relevar condições para conferir e analisar o que os outros estão desenvolvendo e

ocasiões e problemas parecidos, apontando e esclarecendo situações para o futuro

(GRESSLER 2003). De acordo com Gil (2002 p.42), a pesquisa explicativa “têm

como preocupação central identificar os fatores que determinam ou que contribuem

para a ocorrência de fenômenos. Esse é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o

conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas”. Para

Andrade (2007, p. 114-115), a pesquisa explicativa “é um tipo de pesquisa mais

complexo, pois, além de registrar, analisar e interpretar os fenômenos estudados,

procura identificar seus fatores determinantes, ou seja, suas causas”.

2.3 A pesquisa quanto aos meios

Quanto aos meios foram utilizadas à pesquisa bibliográfica e a pesquisa de

campo, para um melhor entendimento dos objetivos propostos. Conforme Gil (2002,

p. 44), “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado,

constituído principalmente de livros e artigos científicos”. As contribuições teóricas

publicadas sobre determinado tema em questão, fornecem ferramentas analíticas

para qualquer tipo de pesquisa, pois, é muito ampla (Gil, 2002).

Para Lakatos e Marconi (1991, p.183), a finalidade da pesquisa bibliográfica é

“colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado

sobre determinado assunto, inclusive conferencias seguidas de debates que tenham

sido transcritos por alguma forma, quer publicadas, quer gravadas”.

Ruiz (1996, p.58), completa afirmando que

as produções humanas foram comemoradas e estão guardadas em livros, artigos e documentos. Bibliografia é o conjunto de livros escritos sobre determinado assunto, por autores conhecidos e identificados ou anônimos, pertencentes à corrente de pensamento

Page 17: Trabalho de conclusao de curso

17

diversa entre si, ao longo da evolução da humanidade. E a pesquisa bibliográfica consiste no exame desse manancial, para levantamento e análise do que já se produziu sobre determinado assunto que assumimos como tema de pesquisa cientifica.

Após a pesquisa bibliográfica será utilizada a pesquisa de campo que para

Andrade (2007, p. 117) “a pesquisa de campo é assim denominada porque a coleta

de dados é efetuada „em campo‟, onde ocorrem espontaneamente os fenômenos,

uma vez que não há interferência do pesquisador sobre eles”. Nessa mesma linha,

Lakatos e Marconi (1991) assinalam que a pesquisa de campo é aquela utilizada

com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um

problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira

comprovar ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles.

Andrade (2009, p.133) complementa enfatizando que

a pesquisa de campo utiliza técnicas específicas, que tem o objetivo de recolher e registrar, de maneira ordenada, os dados sobre o assunto em estudo. As técnicas específicas da pesquisa de campo são aquelas que integram o rol da documentação direta: observação e a pesquisa.

O autor destaca que, “a pesquisa de campo é assim denominada porque a

coleta de dados é efetuada „em campo‟, onde ocorrem espontaneamente os

fenômenos, uma vez que não há interferência do pesquisador sobre eles”

(ANDRADE, 2007, p. 117).

Lakatos e Marconi (1991, p.186) ainda observam que a pesquisa de campo é:

aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira comprovar ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles.

2.4 O instrumento de coleta de dados

Com base nos objetivos definidos foi utilizada a entrevista. Para Cooper e Shindler

(2003), na entrevista ocorre a, conversação face a face, um diálogo bidirecional

iniciado por um entrevistador e um respondente, geralmente ambos não se

Page 18: Trabalho de conclusao de curso

18

conhecem e o entrevistador conduz o assunto e o modelo da discussão. Esse

diálogo não tem valor para o respondente, tem para o entrevistador que dessa

conversa tirará o conteúdo necessário para uma analise dessa conversa.

Para Richardson (1999), a entrevista em todas suas ações envolve pessoas

que de certa forma se importam com o que acontece com o outro, por essa

proximidade proporciona as melhores formas de alcançar as resposta necessária

para obter melhores resultados na entrevista, essa interação entre os indivíduos é

primordial na pesquisa em ciências sócias. As entrevistas foram gravadas com

autorização dos participantes e suas transcrições encontram-se em anexo.

2.5 Dados primários e secundários

Os dados usados no decorrer da pesquisa foram os dados primários e

secundários. Os dados primários para Roesch (2009, p. 140), “[...] são colhidos

diretamente pelo pesquisador”. Cooper e Schindler (2003, p. 83 e 84) completam

afirmando que “[...] os dados primários são buscados por sua proximidade com a

verdade e controle de erro. Isso nos leva a ser cuidadosos ao planejar

procedimentos de coleta de dados e generalizar a partir de resultados”.

Para Cooper e Schindler (2003, p. 84), os dados secundários, “tem pelo

menos um nível de interpretação inserido entre o fato e seu registro”. Desse modo

as fontes de dados secundários são explicações dos dados primários. Para os

autores eles também podem ter como fonte: “enciclopédias, livros, manuais, artigos

de revistas e jornais e a maioria das notícias são consideradas fontes secundários

de informação” (2003, p. 223). Um exemplo desse tipo de dado seria resumos de

relatórios de vendas (COOPER; SCHINDLER, 2003).

2.6 O tipo de amostra

Nessa pesquisa foi utilizada a amostra não-probabilística. De acordo com

Cooper e Schindler (2003, p.152), a:

Page 19: Trabalho de conclusao de curso

19

amostra não-probabilística é arbitrária (não- aleatória) e subjetiva. Os membros não têm uma chance conhecida diferente de zero de ser incluídos. Permitir que os entrevistadores escolham elementos de amostras “aleatoriamente” (significando “como desejarem” ou “onde encontrarem”) não é amostra aleatória.

Nesse sentido Samara e Barros (2002, p.94) esclarecem que “as amostra não-

probabilística são selecionadas por critérios subjetivos do pesquisador, de acordo com suas

experiências e com objetivos dos estudos”. Que se refletiu na escolha dos sujeitos da

pesquisa.

2.7 Análises de dados

Para Lakatos e Marconi (1999, p.37) a análise de dados é

a tentativa de evidenciar as relações existentes entre fenômenos estudados e outro fatores. Essas relações podem ser estabelecidas em função de suas propriedades relacionadas de causa-efeito, produto-produtor, de correlações, análise de conteúdo etc.

Nesse contexto, a análise dos dados foi realizada por meio da análise de

conteúdo. Conforme Cooper e Schindler (2003), esse método mede o conteúdo

semântico ou aspecto o quê da mensagem. Sua dimensão demonstra como é de

fácil acesso e amplo, com isso, pode-se utilizar como uma metodologia ou como

uma técnica para um problema específico. Cooper e Schindler (2003, p.346) afirmam

que a análise de conteúdo que é “uma técnica de pesquisa para a descrição

objetiva, sistemática e quantitativa do conteúdo manifesto de uma comunicação”.

Lakatos e Marconi, (1999) completam observando que análise de conteúdo é

“a técnica mais difundida para investigar o conteúdo das comunicações de massas,

mediante a classificação em categorias, dos elementos da comunicação”.

2.8 Definição da área ou população alvo do estudo

A área de estudo definiu-se a partir dos objetivos propostos, e desta forma

abrange os jovens prestadores de serviços de cidade de Maringá – PR.

Page 20: Trabalho de conclusao de curso

20

2.9Cronograma

O cronograma estabelece as etapas que foram realizadas no trabalho e que foram

descritas no quadro abaixo.

ETAPAS DA MONOGRAFIA

2010

Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez

Pesquisa bibliográfica x x x

Elaboração do Referencial Teórico x x x

Coleta de dados x x

Resultados e Discussões x x

Revisão gramatical e ortografia x x

Relatório final x x x

Page 21: Trabalho de conclusao de curso

21

3. CONTEXTUALIZANDO O EMPREENDEDORISMO E SUA IMPORTÂNCIA

3.1 Introdução

O atual período pode ser chamado de momento do empreendedorismo.

Entretanto, não se trata de um assunto recente, Marco Pólo, em 1500, é conhecido

por ser o precursor do empreendedorismo, ao estabelecer uma rota com oriente no

século XV. Desde então, muitos obstáculos comerciais, quanto os culturais estão

sendo superados, graças aos novos empreendedores, tem-se modificados antigos

padrões, surgido novas profissões, e contribuído para gerar riqueza para a

sociedade.

O mundo dos negócios contribuiu para os empreendedores serem

considerados heróis populares. Pois oferecem empregos, inserem inovações e

impulsionam o desenvolvimento econômico. Desta forma, não são unicamente

provedores de produtos ou de serviços, mas também assumem riscos em uma

economia cheia de transformações e crescimento. E com isso inauguram novos

negócios por sua própria conta e acrescentam a liderança dinâmica que os levam ao

desenvolvimento econômico e ao progresso do país. E desta maneira impulsionam a

economia.

Nesse contexto, o presente capítulo, tem como objetivo principal estabelecer

as diretrizes teóricas que irão servir de base para a pesquisa empírica. Nesse

sentido, foram apresentadas as discussões sobre o termo empreendedor e seu

desenvolvimento ao longo da historia. Do mesmo modo foram considerados os

principais conceitos e definições sobre o tema empreendedorismo e empreendedor,

tomando por base as principais correntes teóricas que debatem o tema. Discorreu-se

ainda sobre as características do empreendedor e as dimensões que compõem o

seu perfil Também, abordou-se o desenvolvimento e as ações envolvendo o

empreendedorismo e o empreendedor na esfera mundial e nacional. Por fim, foi

estabelecida a conclusão do capitulo evidenciado o conceito que norteará o trabalho

e qual corrente teórica balizará a pesquisa.

3.2 A evolução histórica do empreendedorismo

Page 22: Trabalho de conclusao de curso

22

O primeiro exemplo de empreendedor foi Marco Pólo, que formou rotas

comerciais para o Extremo Oriente. Ele era o intermediário, pois assinava os

contratos com o precursor, capitalista de riscos, para vender suas mercadorias,

desse modo ele vendia a mercadoria oferecendo toda a garantia da mercadoria para

o investidor, pois pagava seguro. Ao final das viagens o comerciante aventureiro,

após uma bem sucedida venda de mercadorias chegara para fazer os acertos, onde

o comerciante de riscos é quem ficava com a maior parte (HISRICH; PETERS 2004).

Na idade média, para Dornelas (2001) e Hisrich e Peters (2004) o termo

empreendedor era utilizado para definir pessoas que administravam grandes

projetos, não assumiam grandes riscos, apenas gerenciavam projetos geralmente

custeado pelo governo do país. Era “um típico empreendedor da Idade Média era

clérigo a pessoa encarregada de obras arquitetônicas, como castelos e fortificações,

prédios públicos, abadias e catedrais” (HISRICH; PETERS, 2004, p. 27).

No século XVII, Dornelas (2001) e Hisrich e Peters (2004) demonstram que

começam a aparecer os primeiros indícios da relação entre assumir riscos e o

empreendedorismo. Dessa forma, o empreendedor realizava um acordo com o

governo através de contrato em que cumpriria alguns serviços ou forneceria

produtos com preços pré-, desse modo qualquer lucro ou prejuízo era do

empreendedor, começa-se, então, a diferenciar o empreendedor que era aquele que

assumia risco, do capitalista, aquele que só fornece o capital.

Já no século XVIII, conforme Dornelas (2001) e Hisrich e Peters (2004)

começaram a diferenciar o capitalista do empreendedor, possivelmente devido ao

inicio da industrialização que ocorreu no mundo, muitas das realizações ocorridas

nesse período foram reações tais mudanças ocorridas.

No final do século XIX e no início do século XX conforme Dornelas (2001) e

Hisrich e Peters (2004), os empreendedores eram repetidamente confundidos com

gerentes ou administradores, o que ocorre até nos dias atuais, ou seja, aquelas

pessoas que organizam a empresa, pagam funcionários e controlam e desenvolvem

ações, sempre a serviço do capitalista.

Conforme Dornelas (2001, p.28), “todo empreendedor necessariamente deve

ser um bom administrador para obter sucesso, no entanto, nem todo bom

administrador é um empreendedor”. O empreendedor tem algo a mais, nas suas

atitudes e características que o diferenciam do administrador habitual, para entender

essas característica tem que entender o que o administrador faz.

Page 23: Trabalho de conclusao de curso

23

Para Hisrich e Peters (2004) a verdadeira função do empreendedor é utilizar

algo que já existe e inovar, explorando de maneira a estar sempre inovando as

tecnologias existentes, trazendo assim novos produtos e organizando novos setores.

Para tanto o conceito de inovação e novidade, é uma parte complementar do

empreendedorismo, desse modo o fato de inovar e lançar um novo produto é a parte

mais difícil para empreendedor, não exigindo somente o fato de inventar e

conceituar, mas ainda ter a competência de entender todas as forças em

funcionamento no ambiente.

Hisrich e Peters (2004, p.29), definiram

essa capacidade de inovar pode ser observada no decorrer da história, desde os egípcios, que criaram e construíram grandes pirâmides com blocos de pedra que pesavam muitas toneladas, até o módulo lunar Apolo e os raios laseres. Embora as ferramentas tenham mudado com os avanços na ciência e na tecnologia, a capacidade de inovar está presente em todas as civilizações.

3.3 Conceituando o empreendedorismo

Dornelas (2001) destaca que a palavra empreendedor (entrepreneur) tem

procedência francesa e quer dizer aquele que tem ousadia de começar algo novo e

não tem receio de correr risco. Hisrich e Peters (2004) assinalam que a palavra

entrepreneur é de origem francesa e, literalmente expressa aquele que “está entre

ou intermediário”.

Dolabela (2006) aproveitou a tradução da expressão Entrepreneurship, para

denominar os conceitos de ação e inovação. O termo equivalente sugere uma forma

de ser, uma visão de mundo, uma forma de se relacionar.

Conforme Moeller (2002) o empreendedorismo é abordado sob o ponto de vista de

duas linhas conceituais: a econômica e a comportamentalista. A abordagem

econômica uniu o empreendedor à característica de inovação, pois criam novos

produtos e serviços ou aperfeiçoaram os que já existem. Schumpeter um antigo

pensador dizia que a essência do empreendedorismo é a inteligência e a exploração

de novas oportunidades de formato inovador, com isso se tornou uma característica

predominante entre os economistas. Uma afirmação forte descreve que o

empreendedorismo teve início pelas ciências econômicas, mas dois grandes autores

como Cantillon e Jean-Baptiste Say que se consagraram por meio da abordagem do

Page 24: Trabalho de conclusao de curso

24

tema, verificaram através de pesquisas, que além da economia, ainda eram

preocupados na ampliação de novos empreendimentos, através de práticas

gerenciais adotadas. Cantillon através de suas obras foi estimado como sendo um

indivíduo que buscava oportunidades, seu objetivo maior era buscar mudanças

constantes, atraia fontes geradoras de lucro para investimentos novos e antigos.

Para Moeller (2002) a escola Comportamentalista oferece como

conhecedoras pessoas acopladas ao desempenho humano e a finalidade é

examinar o desempenho dos indivíduos em relação ao assunto empreendedorismo.

David C. McClelland foi o precursor nessa apreciação e estudos.

Portanto, estudos feitos pelo autor identificaram alguns heróis na literatura, contudo,

as próximas gerações tenderiam a copiar os líderes através dos seus

comportamentos. Por meio de estudo da história procuravam determinar quais eram

os prováveis esclarecimentos para existência das grandes civilizações, perante essa

análise constatou a presença de heróis literários, assim, as origens futuras

proporcionariam adequada disposição em imitar esses heróis, ou seja, aspectos

relacionados ao seu comportamento. Deste modo os povos eram educados sob

influência desses líderes e apresentavam uma ampla necessidade de realização

(MOELLER 2002).

Para Moeller (2002) a definição de empreendedor é um indivíduo que exerce

influência sobre uma produção que não seja só para o seu consumo pessoal.

Desta forma o ponto principal da pesquisa desse autor foi de apontar que o ser

humano é um produto social (MOELLER 2002).

Hisrich e Peters (2004) destacam que o termo empreendedorismo exprime

acontecimentos diferentes para indivíduos diferentes e tem capacidade de ser aceito

sob aspectos conceituais diversos. Todavia, apesar dos vários aspectos diferentes

pode-se observar que existe algo em comum em todas as definições como: riscos,

criatividade, independência e recompensa. Hisrich e Peters (2004) demonstram que

esses aspectos permanecerão como a energia impulsionadora subjacente do

conhecimento do empreendedorismo no futuro.

Para Pinchot (1989 apud BRIDI; SOUZA 2005, p. 3) a importância do

“empreendedorismo encontra-se na necessidade de realizar, que não é

necessariamente estabelecido na infância e pode ser desenvolvida em qualquer

ponto da vida, dados o desejo e a oportunidade”.

Page 25: Trabalho de conclusao de curso

25

Para Gimenez e Silva Júnior (2002 apud CUNHA; STAINER NETO, 2005),

empreendedorismo é um método complexo e multifacetado, no qual as variáveis

sociais, como mobilidade social, culturas econômicas, como apoios de mercado,

políticas públicas, capital de risco e psicológicas, entusiasmam o ato de empreender.

Desta forma, ainda conforme os autores, entre as distintas peculiares do

empreendedorismo, as mais citadas são: necessidade de realização, propensão ao

risco, criatividade, visão, alta energia, postura estratégica e segurança.

Conforme Fillion (1999 apud CUNHA; STAINER NETO, 2005), o

empreendedorismo é a conseqüência tangível ou intangível de um indivíduo com

capacidades criadoras, incidi no difícil emprego de conhecimentos da vida,

oportunidades e habilidades individuais que, durante seu aprendizado, é inerente à

variável risco, tanto na vida como na carreira do empreendedor. Desse modo,

conforme o autor, o empreendedor é apresentado como:

[...] um indivíduo criativo, marcado pela capacidade de estabelecer e atingir objetivos, possuindo um alto nível de consciência do contexto de referência para detectar oportunidades de negócios, buscando uma aprendizagem continuada a respeito de oportunidades de negócios e revelando um processo de tomada de decisões com risco moderado visando à inovação (FILLION 1999 apud CUNHA; STAINER NETO, 2005, p. 40).

Portanto, em todas as definições de empreendedorismo foi estabelecido um

consenso de que o comportamento empreendedor engloba: tomar iniciativa,

organizar e reorganizar mecanismos sociais e econômicos a fim de transformar

recursos e condições para proveito prático, aceitar o riscos ou o fracasso (HISRICH;

PETERS 2004).

3.4 O empreendedor: estabelecendo as definições, as características e as

dimensões do perfil

Neste item se abordará as discussões sobre as definições, as características

e as dimensões de perfil relacionadas ao mundo do empreendedor.

Em relação às definições será apresentado o empreendedor, pois é aquele que se

envolve no processo de criação se dedica totalmente em algo que ele acredita,

Page 26: Trabalho de conclusao de curso

26

assume riscos calculados, e com isso adquiri sua independência financeira e seu

contentamento pessoal, o lucro obtido para empreendedor é um indicador de

sucesso (DORNELAS, 2001).

Sobre as características demonstrar-se-á, que os empreendedores são

indivíduos que possuem aptidões de observar e então analisar oportunidades de

mercados, fornecendo soluções necessárias para colocá-los em vantagens, para

garantir o sucesso. São pessoas altamente orientadas para a ação, sempre

motivadas e assumindo riscos calculados para chegarem ao seu objetivo (ALVES;

NATAL 2007). Desta forma podem-se identificar os empreendedores natos através

das suas características principais de inovação que são elas: visionários, sabem

tomar decisões, são indivíduos que fazem a diferença, sabem explorar ao máximo

as oportunidades, são determinados e dinâmicos, são dedicados, são otimistas e

apaixonados pelo que fazem, são independentes e constroem o próprio destino,

ficam ricos, são líderes e formadores de equipes, são bem relacionados (networking)

são organizados, planejam, planejam, planejam, possuem conhecimento, assumem

riscos calculados e criam valor para sociedade (DORNELAS 2001).

Dornelas (2008) demonstra que assumir riscos calculados é umas das

características mais presentes nos empreendedores é uma das mais conhecidas. O

verdadeiro empreendedor é aquele que tem a sabedoria para correr riscos

calculados e sabe como ninguém administrá-las, considerando quais são suas

verdadeiras oportunidades de sucesso. O ato de assumir riscos para empreendedor

tem semelhança com desafios, deste modo, para o empreendedor quanto maior for

o desafio, mais excitante fica a jornada empreendedora.

As dimensões do perfil empreendedor abrangem a capacidade de definir o

perfil através dos sentimentos dos empreendedores, pois demonstram os

conhecimentos educacionais, momentos familiares e experiências profissionais

variadas. Um empreendedor em potencialidade pode trabalhar em qualquer campo

de atuação e desenvolver qualquer função, tal competência pode ser homem ou

mulher de qualquer raça ou nacionalidade (HISRICH; PETERS 2004).

Contudo, os verdadeiros empreendedores são aqueles que acreditam que há

sempre uma maneira melhor de fazer o que já está pronto, transformando valores e

idéias e assumindo riscos calculados. Os empreendedores acreditam que

continuamente existem chances surgindo no ambiente, e essas informações são

recebidas através de contatos com sua rede de amigos (CRUZ, 2005).

Page 27: Trabalho de conclusao de curso

27

Para Chiavenato (2004) o empreendedor é aquele reconhecido por exercer

diferentes funções, eles possuem habilidades para os negócios, instinto financeiro e

facilidades para identificar oportunidades. Deste modo, transformam idéias em algo

real, trazendo melhorias não só pra si, como para toda a sociedade.

Lócus de controle é uma das principais dimensões de perfil dos

empreendedores, pois para ampliar um empreendimento novo os indivíduos

apresentam consciência ter conhecimento se serão competentes de sustentar as

forças indispensáveis para desenvolver algo novo, além disso, deve administrar a

nova empresa e fazê-la desenvolver (HISRICH; PETERS 2004).

3.4.1 Definições

Dolabela (2006) relata que todos nasceram empreendedores. A condição

humana é empreendedora. Empreendedorismo não é qualquer tema novo ou

modismo, ele existe desde sempre, desde o início da atuação humana sendo

inovadora, com o finalidade de aperfeiçoar as relações do individuo com os outros e

com a natureza. Esse fenômeno não é apenas econômico, mas sim social. O

empreendedor é encontrado em qualquer área de atuação, por isso o verdadeiro

empreendedor não são apenas pessoas que abre um empreendimento. O

empreendedorismo é qualquer manifestação da liberdade humana. Todavia não é

um acontecimento particular, não é um dom que todos apresentam é coletivo e

comunitário. Dessa forma a sociedade tem o empreendedor que merece, visto que

compete a ela criar o espaço favorável. Portanto, o tema que o empreendedor é

produto de herança genética não encontra mais seguidores (DOLABELA, 2006).

Conforme Filion (1993) a desenvolvimento do perfil empreendedor nasce

através das relações que o individuo alimentam ao longo da sua vida, isso acontece

desde a família, à escola e experiências profissionais.

Para Filion (1999) o empreendedor é um indivíduo criativo, identificado por

sua competência de constituir e atingir seus objetivos, mantendo um elevado grau

de consciência no ambiente em que vive, utilizando-o para identificar oportunidade

de negócios. O empreendedor que permanece a estudar a importância de prováveis

oportunidades de negócios e a tomar decisões razoavelmente arriscadas tem por

objetivo à inovação, permanecerá a desempenhar um papel empreendedor.

Page 28: Trabalho de conclusao de curso

28

Dornelas (2001) define o empreendedor, como aquele que se envolve no

processo de criação, se dedica totalmente para desenvolver algo novo, assume

riscos calculados, e com isso consegue sua independência financeira e sua

satisfação pessoal, para ele o lucro é um indicador do grau do sucesso.

Conforme Cruz (2005) o empreendedor é o indivíduo que continuamente

acredita que há sempre um jeito melhor de se fazer o que já está pronto,

transformando valores e assumindo riscos calculados. Eles crêem que existem

oportunidades surgindo constantemente no ambiente, buscam agir com base nas

informações recebidas de sua rede de amigos. São estes atributos que fazem os

empreendedores de sucesso, uma vez que são precedidos dos seus princípios e

crenças, são esses valores que motivam vida dessas pessoas. Nesse sentido, a

importância desses indivíduos empreendedores pode indicar maior ou menor

amplitude de inovação.

Para definir o empreendedor Chiavenato (2004) esclarece que, ele é

conhecido por desempenhar varias funções, apresentam capacidades para os

negócios, instinto financeiro e facilidade em identificar oportunidades. Dessa forma,

transforma idéias em algo real, originando melhoramentos não apenas para si, mas

para toda sociedade. Desse modo, por possuir capacidades criativas e um potencial

abundante, o empreendedor demonstra perseverança, conciliando e transformando

idéia mal estruturada em um negócio real e bem sucedida (CHIAVENATO, 2004).

Conforme Chiavenato (2004), pesquisas evidenciam que os empreendedores

de fato são indivíduos destacados e não apenas visualizam problemas que seguem

um novo negócio, além disso, irá resolvê-los.

Para Hisrich e Peters (2004) a definição de empreendedor ficou mais apurada

através de princípios e termos de um aspecto empresarial, administrativa e pessoal.

Contudo, ficou específica a importância do empreendedorismo neste século. Desta

forma as definições de empreendedorismo entram em acordo, pois foi falado de uma

espécie de desempenho que compreende em tomar iniciativa, estabelecer e

restabelecer mecanismos igualitários e econômicos a fim de converter recursos e

condições para proveito pratica e aceitar o risco ou o fracasso.

Para Hisrich e Peters (2004, p. 29) “empreendedorismo é o processo de criar

algo novo com valor dedicando o tempo e o esforço necessários, assumindo riscos

financeiros, psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as conseqüentes

recompensas das satisfações e independência econômica e pessoal”.

Page 29: Trabalho de conclusao de curso

29

Hisrich e Peters (2004) asseguram que os empreendedores não têm um

“padrão” eles originam-se de seus conhecimentos educacionais, profissionais e

situações familiares.

3.4.2 Características

Para Alves e Natal (2007) os empreendedores têm como características

habilidades para criar, renovar, modificar, programar e administrar empreendimentos

de inovação.

Conforme Cielo (2006) os empreendedores têm várias características que os

levam ao sucesso, reunindo qualidades pessoais e um alto nível de captação de

informação, pois eles sempre estão estudando e se atualizando para sempre

estarem atendo ao mercado. Os empreendedores têm sido peças chaves para

economia de vários países em desenvolvimento, este motivo despertou estudiosos e

profissionais para definirem o empreendedor, suas características e estilos,

aumentando assim, os estudos sobre empreendedorismo. Entre esses estudos, uma

das definições apresentadas sobre o empreendedor está relacionada à identificação

da oportunidade, unindo recursos necessários, responsável pelo fortalecimento da

empresa, enquanto o empreendedorismo vem desenvolvendo novas empresas

trazendo riquezas através dos recursos trazidos pelo empreendedor (CIELO, 2006).

Dolabela (1999) demonstra que para um empreendimento ter sucesso ele

está com certeza aliado ao comportamento dos seus empreendedores, pois

combinam talento, conhecimento e perseverança para manter seu empreendimento

como também fortalecê-lo e fazer com que cresça e conquiste novos mercados.

Para Dornelas (2008) o sucesso de um empreendedor está vinculado a

características extras, como as de administrador, e outras qualidades pessoais

somadas a características sociológicas e ambientais que permitem o surgimento de

novas empresas. Além de idéias, surgem inovações e destas novas empresas.

Segundo Dornelas (2008) algumas características comuns em

empreendedores de sucesso são:

são visionários, eles tem visão de como será o futuro do seu negocio e de sua

vida, e o que mais importa é sua desenvoltura de idealizar seus sonhos;

Page 30: Trabalho de conclusao de curso

30

sabem tomar decisões, essa é umas das características mais importantes dos

empreendedores, pois não de sentem inseguros, sabem tomar decisões certas

na hora determinada, sendo esse um fator chave para originar seu sucesso, além

do mais, são determinados e conseguem implementar suas ações rapidamente;

são indivíduos que fazem a diferença, pois conseguem modificar algo difícil em

uma idéia abstrata, que funcione e que possa ser transformado em realidade.

Sabem agregar a verdadeira importância ao produto e serviço que alocam no

mercado;

sabem explorar ao máximo as oportunidades, pois consegue ver oportunidade

aonde outras pessoas não vêem, pois, são visionários e sempre atualizados, os

empreendedores conseguem quebrar a ordem corrente e inovar, pois cria

mercado através de uma oportunidade gerada. O empreendedor consegue inovar

onde existe um clima de confusão e turbulência, ou seja, identifica oportunidade

na ordem presente. Desta forma o empreendedor é identificado como um

exemplo de identificador de oportunidades, pois sabem que suas chances

aumentam quando seu conhecimento é aguçado;

são determinados e dinâmicos, eles se comprometem e inovam suas ações.

Derrubam adversidades, quebrando obstáculos, e fazendo acontecer, são

decididos e não se conformam com a rotina;

são dedicados, pois trabalham 24 horas por dia 7 dias por semana, ao seu

negócio. Comprometem-se inteiramente, deixando sua família e amigos de lado,

não se importando com sua saúde. Eles são exemplo de trabalhadores, são

motivados e encontram energia para continuar, mesmo com muitos problemas

pela frente. São incansáveis e dedicados ao trabalho;

são otimistas e apaixonados pelo que fazem, amam seu trabalho, e esse é a

peça chave para manterem-se cada vez mais otimistas e autodeterminados,

dessa forma são os melhores vendedores de seus produtos e serviços, pois

sabem como ninguém como realizá-lo. Seu entusiasmo faz com que os

empreendedores sempre enxerguem o sucesso e nunca o fracasso;

são independentes e constroem seu próprio destino, eles almejam estar sempre

a frente das transformações e ser donos do seu destino. Querem ser

independentes ter seu próprio negócio e preferem dar seus próprios passos e

preferem ser patrão e gerar empregos;

Page 31: Trabalho de conclusao de curso

31

ficam ricos, ficar ricos para os empreendedores não é sua principal finalidade,

mas acreditam que a riqueza é a resultado do sucesso dos negócios;

são lideres e formadores de equipes, os empreendedores são lideres natos e

seus funcionários os respeitam e os adoram, pois sabem como ninguém dar valor

aos seus colaboradores, estimulando e valorizando e recompensando, pois com

isso sabem que eles vão produzir cada vez mais e melhor, e sempre terá uma

equipe motivada para dar o apoio necessário, pois sabe como ninguém recrutar

pessoas para assessorá-los nos áreas onde não detém maiores conhecimentos;

são bem relacionados (networking), são organizados, os empreendedores sabem

construir uma rede de contato onde auxilie no ambiente externo da empresa,

junto a clientes fornecedores e entidades de classe. Os empreendedores têm os

conhecimentos necessários para obterem os recursos matérias, humanos,

tecnológicos e financeiros, de forma lógica para o melhor desenvolvimento do

seu negocio;

planejam, planejam e planejam, os empreendedores de sucesso planejam cada

passo a ser percorrido, desde o rascunho do plano de negócios até sua aula do

plano aos investidores, definindo todos os passos a serem tomados para o bom

andamento dos negócios, sempre tendo como alicerce a forte visão para os

negócios;.

possuem conhecimento, os empreendedores sempre estão se atualizando são

sedentos pelo conhecimento, pois sabem que quanto maior for o domínio pelo

empreendimento escolhido maior vai ser o êxito. Poderá esse conhecimento vir

de experiências pratica de informações conseguidas em revistas especializadas,

em cursos, ou com aconselhamento com pessoas que tem experiências em

empreendimentos semelhantes;

assumem ricos calculados, essa é umas das características mais evidente dos

empreendedores, pois o verdadeiro empreendedor é aquele que assumi riscos

calculados e sabe como ninguém gerenciar os riscos. Analisando as chances

reais de sucesso. Assumir ricos tem relação com desafios, isso para

empreendedor estimula a sua jornada empreendedora;

criam valor para sociedade, através do seu capital intelectual eles criam valor

para sociedade, gerando empregos, dinamizando a economia e inovando,

Page 32: Trabalho de conclusao de curso

32

sempre utilizando sua criatividade em busca de recursos para melhorar a vida

das pessoas;

3.4.3 Sentimentos do empreendedor

Conforme Hisrich e Peters (2004) os sentimentos dos empreendedores

evidenciam a conhecimentos educacionais, ocasiões familiares e vivencias

profissionais variadas. Um empreendedor em potencial pode trabalhar em qualquer

área de atuação e desenvolver qualquer função, podendo ser homem ou mulher de

qualquer raça ou nacionalidade.

Para Blos (2005) os sentimentos em comum encontrados nos

empreendedores, independente da área de atuação, idade e gênero são: os

sentimentos de independência e realização própria, que nada mais é do que o

desejo de uma pessoa ser seu próprio patrão, sendo essa uma das características

mais fortes entre os empreendedores, assim como o reconhecimento de assumir

riscos calculados, podendo ser estes financeiros, psicológicos e sociais.

Dornelas (2008) identifica os sentimentos empreendedores, como curiosos,

pelo fato de sempre estarem atentos ao que ocorre a sua volta, acabam

identificando idéias de outras pessoas que são criativas, mas que não tem a visão

empreendedora. Como já foi dito, o melhor do que ser o individuo que produz idéias

é ser aquele que obtém resultados através de suas idéias ou de idéias de outras

pessoas. O desempenhar, implementar e colocar em prática as idéias obtidas é o

que espera-se dos indivíduos empreendedores.

3.4.3.1 Lócus de controle

Para desenvolver um empreendimento novo as pessoas têm que ter a

consciência de saber se serão capazes de sustentar as forças necessárias para

desenvolver algo novo, e também conduzir a nova empresa e fazê-la crescer

(HISRICH; PETERS 2004).

Dessa Maneira pode-se definir o empreendedor como um medidor que

influência, uma pessoa que apresenta controle sobre sua vida. É comum que um

Page 33: Trabalho de conclusao de curso

33

indivíduo que se sinta inseguro apresente receio sobre a origem do novo

empreendimento, se serão apropriados, e se apresentarão disposição para

atravessar pelas barreiras e, além disso, administrá-lo e fazê-lo desenvolver

(HISRICH; PETERS, 2004).

Phares e Spector (1976, 1982 apud SOLER, 2009, p. 34), observam que o

lócus de controle é “uma variável importante que descreve diferenças individuais e

prediz comportamentos frente a ajustes organizacionais”. Desse modo, Rotter (1966

apud SOLER, 2009), enfatiza o que característica do empreendedor da população é

o alto grau de influência interno. Sobre o lócus de controle Rotter (1966 apud

SOLER, 2009, p. 35) comenta que:

costumam atribuir seu sucesso pessoal e o curso de sua vida às suas próprias ações e características pessoais, sendo os fatores externos, como sorte ou ajuda de terceiros, considerados pouco efetivos. Assim baseados nesta crença, aventuram-se em ações empreendedoras, apostando em suas competências como fatores chave de sucesso para o novo empreendimento – se julgam capazes de controlar seu destino, de influenciar seu meio. Gurol e Atsan (2006, apud COSTA; LUCIO, 2007, p. 2) explicam que o lócus de controle “é um traço, uma variável da personalidade que esta relacionada com as expectativas que um indivíduo tem de controlar os eventos de sua própria vida”.

Dessa forma Shane (2003 apud SOLLER, 2009 p. 35) destaca que “as

crenças dos empreendedores no valor das oportunidades empreendedoras

dependem, em parte, da avaliação das suas próprias capacidades para explorar as

oportunidades”. Shane (2003 apud SOLLER, 2009) ressalta a importância do lócus

de controle quando se observa as características do empreendedor, um exemplo

ocorre quanto ele controla o seu ambiente, quando aumenta planos estratégicos

com a finalidade de conduzir a empresa ao sucesso.

Para c quando determinada à pessoa apresenta aspectos de um

empreendedor ela é assim conduzida pelo controle interno e quando essa motivação

não permanece, ela é orientada pelo controle externo apagando assim os aspectos

empreendedores.

3.4.3.2 Sentimentos independência e necessidade de realização

Page 34: Trabalho de conclusao de curso

34

Hisrich e Peters (2004) os sentimentos de independência e necessidade de

realização está relacionado ao sentimento de controle, através da necessidade de

ser livre. O empreendedor é na maior parte das vezes uma pessoa que precisa fazer

as coisas ao seu tempo, por isso não consegue trabalhar para alguém.

O empreendedor possui varias característica e com isso necessita de

realização. McClelland desenvolveu um trabalho que identificou as peculiaridades

psicológicas que os empreendedores possuem. Dessa forma apontou três

características de necessidade de realização como sendo: responsabilidade pessoal

para solucionar problemas, estabelecer metas e atingi-las com seu adequado

empenho; aceitar riscos moderados como uma função de habilidade, e não por

acaso, possuir informações dos resultados de sua decisão ou tarefa (HISRICH;

PETERS, 2004).

Os empreendedores no início de suas carreias procuram romper com a forma

atual em que vive, pois buscam realizar seus sonhos, querem atender as

expectativas dos outros e, contudo ser agentes de inovação para chegar à sua

realização pessoal e contribuir para aprimorar a sociedade onde vive e encontram no

empreendedorismo a fonte de negócio para sua família (BERNHOEFT 1996).

3.4.3.3 Assumir riscos

O termo assumir risco conforme Hisrich e Peters (2004) e Chiavenato (2004)

estão relacionados aos empreendedores, pois estes arriscam valores financeiros

envolvidos no seu empreendimento, seu bem estar psicológicos, oportunidades de

carreira e relações familiares.

Após análise de pesquisas chegou à conclusão que a aceitação de riscos em

empreendedores reúne um elemento de capacidade geral pra riscos. Desta forma

não foram definidos relações causais conclusivas, ainda não foi empiricamente

formado uma propensão para riscos, pois é uma característica do

empreendedorismo (HISRICH; PETERS 2004).

Segundo Dornelas (2008) assumir riscos calculados é umas das características mais

evidentes nos empreendedores e umas das mais conhecidas. O verdadeiro

empreendedor é aquele que sabe correr riscos calculados e sabe como ninguém

gerenciá-los, analisando quais são suas verdadeiras chances de sucesso. O ato de

Page 35: Trabalho de conclusao de curso

35

assumir riscos para empreendedor tem relação com desafios, desta forma, para o

empreendedor quanto maior for o desafio, mais estimulante fica a jornada

empreendedora. Halloran (1994) destaca que qualquer empreendedor tem

capacidade para correr riscos, sejam eles pequenos ou grandes, quanto maior for o

risco, maior será a sua possibilidade de lucro ou fracasso.

3.4.4 Histórico do empreendedor

Conforme Hisrich e Peters (2004) dentre as várias competências do histórico

do empreendedor, apenas alguns podem ser diferenciadas da população dos

administradores. Pois os diversos campos descobertos abrangem o clima familiar na

infância, a criação, a importância individual, a idade e histórico profissional.

Para Chiavenato (2004) o empreendedor é o indivíduo que faz as coisas

acontecerem, apresenta sensibilidade para os negócios, tendo conhecimento para

identificar oportunidades, criativos podem modificar uma simples idéia em algo real e

bem-sucedido no mercado.

Hisrich, Peters e Shepherd (2009) destacam que muitas vezes o histórico

profissional de um empreendedor influência na abertura do seu próprio negócio.

Fatores como não ter o crescimento esperado na organização, a empresa não

oferecer plano de carreira, a insatisfação, a falta de desafios, a frustração, o tédio,

são motivos para deixar o antigo trabalho e aliado à experiência e conhecer todo o

andamento da empresa o motive ao dar inicio a um empreendimento, fazendo com

que o individuo tome a decisão de empreender.

3.4.4.1 Ambiente familiar na infância

Hisrich e Peters (2004) demonstram entre outros assuntos relativos ao clima

familiar do empreendedor a ordem de nascimento, profissão e status social dos pais

e o relacionamento com os pais. Conforme resultados dos estudos sobre a ordem do

nascimento, apontam que os primogênitos ou filho único tendem a ter uma criação

com uma atenção especial, aumentando sua autoconfiança.

Page 36: Trabalho de conclusao de curso

36

Sobre as análises feitas para apontar quando os pais são empreendedores de

certa formas os filhos serão também. Conclui-se que quando o pai trabalha por conta

própria, existe a possibilidade que o filho desenvolva o espírito empreendedor.

Dessa forma, a flexibilidade e a independência do trabalho do pai são absorvidas

pelo filho quando criança (HISRICH; PETERS 2004).

Para Hisrich e Peters (2004) o relacionamento dos pais com seus filhos,

sejam esses empreendedores ou não, é provavelmente o aspecto mais admirável no

ambiente familiar, na infância este poderá desenvolver o desejo pela atividade

empresarial em uma pessoa. Os pais que já conseguem identificar a independência

do filho devem estimular a atração e a responsabilidade.

Para Filion (2010) grandes partes dos empreendedores sofreram influência e

exemplos no seu ambiente familiar, ou de pessoas próximas, tomando um modelo

com o qual ele se identificou. Pode-se dizer que o meio familiar para os

empreendedores os envolve então para uma cultura empreendedora pela sua

prática e convivência com a família.

Conforme Aidar (2007) o convívio com os pais empreendedores ou que tem

um trabalho por conta própria, influenciam tanto os empreendedores como as

empreenderas a desenvolver o espírito empreendedor. Para Aidar (2007) a

flexibilidade do trabalho autônomo dos pais, parece inspirar ainda na infância o

desejo de ser independentes dos filhos.

3.4.4.2 Educação

Em relação às pesquisas realizadas para analisar o nível educacional dos

empreendedores, desmentiu-se o mito de que os empreendedores têm menos

estudo que a maioria da população, as pesquisas indicaram que esse não é o caso

(HISRICH; PETERS 2004).

Conforme Franzini, Sela e Sela (2006) vêem aumentando os estudos sobre

empreendedorismo em todas as nações, até mesmo no Brasil, ganhou maior

importância no final da década de 90. Um fator que evidencia a questão do

empreendedorismo como prioridade nas discussões acadêmicas e econômicas foi

através de estudos realizados em vários países comprovam a influência da cultura

empreendedora no desenvolvimento econômico da sociedade. Estudos comprovam

Page 37: Trabalho de conclusao de curso

37

que quanto maior for à quantidade de pessoas com características empreendedoras

maiores será as chances do país ou sociedade crescer e gerar riquezas. Dessa

forma, a sociedade e sobre tudo os educadores precisam ficar alerta para este dever

e se perguntar se estão formando empreendedores ou profissionais que

desenvolverão bem a função de funcionário ou colaborador (FRANZINI, SELA;

SELA, 2006)

A educação é primordial no desenvolvimento do empreendedor. Tal valor

reflete não só no grau educacional recebido, como também em função de continuar

a exercer um papel importante para assessorar e auxiliar com as dificuldades que os

empreendedores enfrentam (HISRICH; PETERS 2004).

Neste sentido, para Franzini, Sela e Sela (2006) a entrada de disciplinas de

empreendedorismo no ensino básico tem como objetivo revolucionar. Com isto,

haverá uma quebra de padrões na tradição didática, uma vez que atinge o saber

como objetivo dos atributos do ser. Especialmente na sala de aula como elementos

de atitudes, comportamento, emoção, sonho, entre outros, receberam a atenção dos

professores, que antes era tomada apenas pelo saber.

Nesse contexto, a formação empreendedora precisa incluir necessariamente

a acrescente capacidade de gerar capital social e capital humano. Assim sendo, é

possível afirmar que a formação empreendedora deve ter inicio o mais cedo

possível, porque diz respeito à cultura, que tem a capacidade de levar ou não a

capacidade empreendedora. Diante dessa realidade, passa a existir a necessidade

de estudar e dar maior ênfase no ensino do empreendedorismo no ensino básico,

voltado para o desenvolvimento econômico, social e sustentável (FRANZINI, SELA;

SELA, 2006).

Por outro lado, a educação formal pode não ser primordial para uma pessoa

que queira iniciar seu negócio, pois existem vários exemplos de empreendedores

que se saíram bem sem terem concluído o ensino secundário, realmente o ensino

oferece uma boa base de experiência, quando o ensino e voltado para a área

empreendedorismo (HISRICH; PETER, 2004).

Entretanto existem segmentos em que os empreendedores identificam uma

necessidade educacional constante, como áreas de finanças, planejamentos

estratégicos, marketing e administração, uma vez que promove a desenvoltura para

lidar com as pessoas e se comunicar com clareza, oralmente e por escrito e isso

Page 38: Trabalho de conclusao de curso

38

com certeza é importante em qualquer atividade empresarial (HISRICH; PETER;

SHEPHERD, 2009).

3.4.4.3 Valores pessoais

Hisrich e Peters (2004) evidenciam que os valores pessoais recomendados

são essenciais para os empreendedores, pois muitas vezes os estudos não

conseguem indicar se os empreendedores podem se diferenciar dos gerentes e da

população em geral e dos empreendedores sem sucesso. Deste modo, embora os

empreendedores possam ser líderes eficientes isso não os diferencia dos gerentes

competentes. Por outro lado, com as pesquisas podem-se identificar duas escalas

de valores, a primeira como sendo a pessoal para liderança e a segunda sendo

como a de apoio, agressividade, bondade, harmonia, capacidade criadora, confiança

e a busca de recursos. Essas duas escalas definem e identificam os

empreendedores, e com isso podem identificar pessoas bem sucedidas. Análises

feitas apontam que os empreendedores têm conjuntos diversos de estilos quanto à

classe de procedimentos administrativos e quanto aos interesses em geral.

Conforme Mori (2004) os valores dos empreendedores são distintos, muitas

vezes são variadas dependendo da sociedade ou grupo social em que vivem, e

mesmo com a diferença de importância ética são imprescindíveis para a organização

de uma comunidade. Os valores dos empreendedores estão ligados a valores éticos

seja no lar ou no de trabalho, a valores intelectuais que irão motivar o ritmo das

inovações da capacidade criadora e a postura e principalmente dos valores éticos

que deverão originar seu desempenho perante a sociedade.

Dessa forma a natureza do empreendimento, senso de oportunidade,

instituição e individualidade do empreendedor discordam expressivamente da

empresa burocrática e do projeto, racionalidade e previsibilidade de seus

gerenciadores. Esses atributos, não avaliados separadamente, definem um conceito

para entender com o empreendedor faz para originar um novo empreendimento.

Dessa forma, uma maneira de definir o empreendedor de sucesso é que ele sempre

é o vencedor, e sua vitória seja um requisito para que ele continuamente se

destaque no que ele faz (HISRICH; PETER E SHEPHERD, 2009).

Page 39: Trabalho de conclusao de curso

39

3.4.4.4 Idade

Em pesquisas Hisrich e Peters (2004) ressaltam que a carreira empresarial foi

avaliada e como resultado diferenciou-se a idade empresarial, que é aquela

relacionada à experiência do empreendedor no mundo dos negócios, a idade

cronológica. Desta forma o conhecimento empresarial é uma das melhores

referências para prever o sucesso, principalmente se o novo negocio for no ramo em

que o empreendedor já têm experiência.

Conforme Aidar (2007) a atividade empreendedora estabelece de alguma

forma, alguns critérios que combinam a energia e as características da juventude,

mas com experiência e condições financeiras já estabelecidas que são qualidades

de indivíduos de meia idade. Desta forma, ficou evidente que a maior parte dos

empreendimentos será iniciada por pessoas de 22 a 45 anos.

Em relação à idade cronológica, a maior parte dos empreendedores inicia

suas carreiras entre 22 e 45 anos (ver Gráfico 1), embora possa acontecer antes ou

depois, isso não é tão provável, pois um empreendedor necessita de conhecimento,

ajuda financeira, e um alto nível de energia para se lançar e gerir uma nova empresa

com sucesso (HISRICH; PETER E SHEPHERD, 2009).

Figura 1 – Taxa de empreendedorismo por faixa etária no Brasil no período de 2002 a 2009.

Fonte: Pesquisa GEM 2009

Page 40: Trabalho de conclusao de curso

40

3.4.4.5 Histórico profissional

Conforme Aidar (2007) o histórico profissional de um indivíduo pode ter

grande influência na escolha da atividade empreendedora. Um dos aspectos que

mais desmotivam as pessoas é a falta de desafios e oportunidades de promoção nas

empresas em que trabalham, com isso acabam identificando chances de negócios

na sua área de atuação, fora da empresa que atua. Essas pessoas com a ajuda de

amigos, sócios ou administradores profissionais, começam seu empreendimento, em

tempo parcial, até que se sintam seguros para sair de seus empregos e se

dedicarem ao seu negócio em tempo integral.

Para Hisrich, Peters e Shepherd (2009) o histórico profissional não é um

mobilizador negativo na decisão de lançar algo novo, e desempenha um papel

fundamental no crescimento e sucesso final do novo negócio. Dessa forma, muitas

vezes a descontentamento em diversos aspectos do trabalho, como falta de

oportunidades, novos desafios podem levar ao inicio de um novo empreendimento.

Conhecimentos técnicos e industriais de empregos anteriores muitas vezes são

essenciais para se começar a empreender, pois experiências em finanças,

desenvolvimento de produtos ou serviços, fabricação e marketing entre outros serão

muito importantes no inicio das atividades e ajudará no bom andamento da empresa

(HISRICH; PETER; SHEPHERD, 2009).

Conforme o novo empreendimento vai se estabelecendo no mercado, o

conhecimento e as habilidades administrativas tornam-se cada vez mais importante.

No inicio muitas vezes são os empreendedores que fazem toda a administração das

atividades ou as tarefas são desenvolvidas por funcionários de meio período ou

integral. Quando a empresa cresce em todos os sentidos é cada vez mais exigida as

habilidades administrativas é necessário que o empreendedor perceba que é a hora

de serem contratados novos administradores (HISRICH; PETERS 2004).

Segundo Dantas (2003) colocado em prática, as experiências de sucesso que

se obtêm no dia-a-dia têm confirmado que, a especialidade no gerenciamento de

negócios e os estímulos a atividades empreendedoras são as condições principais

para empreender.

No decorrer do desenvolvimento da empresa além das experiências em

administrar será cada vez mais importante a experiência empresarial, à medida que

cresce a complexidade do empreendimento. Contudo, os empreendedores

Page 41: Trabalho de conclusao de curso

41

descrevem que nem sempre o primeiro empreendimento foi o que mais lucrativo no

decorrer de suas carreiras, pois estão expostos a oportunidades de empreendimento

mais que outros profissionais em outras carreiras (HISRICH; PETER E SHEPHERD,

2009).

Para Mori (2004, apud SOLER, 2009) a experiência é algo que não pode ser

transmitido, trabalhos anteriores têm capacidade de trazer conhecimentos prévios de

alguns departamentos em uma futura empresa, ou seja, facilidade maior nos

aspectos organizacionais.

3.4.4.6 Modelos de desempenho

Segundo Hisrich e Peters (2004) um dos fatores mais importantes que

influenciam as decisões e a carreira de um empreendedor é a escolha de um modelo

de desempenho. Ainda para os autores os modelos de desempenho são as pessoas

que influenciam o empreendedor ao longo de sua carreira podem ser os pais, irmãos

ou irmãs, parentes ou outros empreendedores. Os empreendedores em potencial

distinguem os empreendedores de sucesso como catalisadores, servindo de mestres

em todas as etapas de um novo empreendimento.

3.4.5 Sistemas de Apoio

Conforme Hisrich, Peters e Shepherd (2009) à medida que aumenta os

contatos e conexões iniciais. Como em uma rede social, a densidade, é para

demonstrar a ligação entre dois indivíduos, e a centralidade, é a distância total do

empreendedor em relação a todas as outras pessoas e ao número de pessoas da

rede. A eficácia da ligação entre o empreendedor e qualquer pessoa na rede esta

sujeito a presença, ao grau e da harmonia do relacionamento. Quanto mais próximo

for o relacionamento, será mais forte e durável a relação entre eles. Ainda que a

maioria das redes não seja, formalmente estabelecida, uma rede informal para apoio

moral e profissional ainda traz beneficio ao empreendedor.

O sistema de apoio fornece recomendação sobre vários temas como a

estrutura organizacional alcançando todos os recursos necessários como:

Page 42: Trabalho de conclusao de curso

42

financeiros; marketing. Logo que se aumentam as conexões iniciais, desenvolvem-

se redes sendo estas: moral e profissional (HISRICH; PETERS, 2004).

3.4.5.1 Rede de apoio moral

Hisrich e Peters (2004) comparam a rede de apoio moral de familiares e

amigos como uma espécie de torcida organizada. Esse estímulo tem papel

fundamental durante os diversos períodos difíceis e solitários que irão ocorrer no

processo empreendedor. Dentre os integrantes da rede de apoio moral os

empreendedores indicam que seus cônjuges são seus maiores defensores e

permitem trabalhar o tempo que for necessário no novo empreendimento.

O papel do amigo é de estremo valor para o desempenho da rede de apoio

moral, pois eles podem dar conselhos que muitas vezes tem mais valor do que os

recebido de terceiros, além de terem a capacidade de estimular, compreender e até

mesmo dar assistência. Os empreendedores podem acreditar nos amigos, sem

receio de criticas (HISRICH, PETERS E SHEPHERD, 2009).

Portanto os parentes são de extrema importância na rede de apoio moral,

principalmente se forem empreendedores, pois eles deverão auxiliar estimular e

apoiar os empreendedores nas dificuldades encontradas (HISRICH, PETERS E

SHEPHERD, 2009).

Por outro, lado Aidar (2007) relata que por mais que seus familiares muitas

vezes não acreditam em seu novo empreendimento, o empreendedor consegue

superar esses obstáculos. Entretanto o autor ressalta, para que o futuro

empreendedor tenha um bom desempenho, é importante possuir uma rede de apoio

moral entre cônjuge, familiares e amigos desde o inicio do empreendimento para que

obtenha sucesso.

3.4.5.2 Rede de apoio profissional

Hisrich e Peters (2004) evidenciam que os empreendedores necessitam de

orientações para a implantação do novo empreendimento. Dessa forma, eles

precisam de um mentor, alguém que os auxilie. Isso pode ocorrer através de

Page 43: Trabalho de conclusao de curso

43

associados, associações comerciais ou filiações pessoais, os membros de uma rede

de apoio profissional. Para que o empreendedor se sinta apoiado ele precisa de um

mentor que lhe garanta aconselhamento profissional necessário, maior que o dá

rede de apoio moral. É comum os empreendedores terem mentores.

Para Hisrich e Peters (2004) há diversas maneiras de se estabelecer uma

rede de apoio profissional uma delas é participar de associações. Através delas

ocorrem reuniões de grupos compostos de indivíduos autônomos que tiveram

experiência em iniciar um novo negócio. Esses profissionais podem ser clientes,

compradores de serviços ou produtos, especialistas, como consultores, advogados

ou contadores e os fornecedores. Os clientes ou compradores são outro grupo que

devem ser cultivados, pois através deles é tem-se uma fonte de renda e a verdadeira

propaganda boca a boca. Dessa forma não há nada melhor do que a propaganda de

clientes satisfeitos para nos auxiliar e estabelecer uma reputação e um

empreendimento fortalecido. Assim, os clientes entusiasmados com os produtos e

serviços oferecidos que atendam suas necessidades fornecem um feedback valioso

sobre seus produtos e serviços atuais e os que estão em desenvolvimento

(HISRICH; PETERS, 2004).

Outro importante grupo de rede de apoio profissional são os fornecedores. É

através deles que se consegue credibilidade entre credores e clientes. Um novo

negócio precisa de um caminho consistente com seus fornecedores para

estabelecer um bom relacionamento e garantir a apropriada disponibilidade de

produtos e outros suprimentos. Eles também podem dar boas informações sobre a

natureza e novas tendências e os concorrentes de setor (HISRICH, PETERS e

SHEPHERD, 2009).

Nesse sentido, o empreendedor necessita constituir uma rede de apoio moral

e uma rede de apoio profissional. Essas relações lhe oferecem confiança, amparo,

conselhos e informações (HISRICH; PETERS, 2004).

Para Aidar (2007) os empreendedores precisam trocar experiências com pessoas

que já estão no mercado ou que possuem experiência no ramo. É importante obter

essas redes de apoio profissional. As associações de profissionais são de

importância, pois podem dar informações importantes sobre o setor onde querem

atuar, inclusive fornecendo dados de clientes, concorrências e demanda de

mercado. Um organismo de apoio ao micro e pequeno empresário que se pode

Page 44: Trabalho de conclusao de curso

44

destacar, é o SEBRAE em nível nacional e estadual, que proporcionam apoio e

capacitação aos empreendedores iniciantes.

3.5 O contexto mundial para o empreendedorismo e o empreendedor

Em um mundo globalizado e altamente competitivo, negócios são realizados

dentro e fora das fronteiras nacionais. O empreendedorismo mundial é o processo

de cumprimento de atividades comerciais fora das fronteiras nacionais. A

capacidade consistir em exportação, licenciamento, abertura de escritórios de

negócios em outros países. Saber quais as necessidades de atividades que possam

definir e satisfazer os desejos dos consumidores-alvos é constante e ocorrem em

vários países. Ao se determinar quando um empreendedor comercializa em mais de

um país, trata-se do empreendedorismo internacional (HISRICH; PETERS, 2004).

Para Hisrich, Peters e Shepherd (2009) os mercados internacionais estão

cada vez mais importantes para as empresas de todos os tamanhos, especialmente

nos dias de hoje onde estamos em uma economia globalizada e super competitiva.

Hoje não há duvida que um empreendedor tenha que saber se movimentar no

mundo dos comércios internacionais, pois difere toda a economia de uma empresa

onde era simplesmente doméstica agora passa a fazer negócios com o mundo todo.

O empreendedor que conseguir se destacar conseguirá fazer sua empresa se

desenvolver e aumentará seu faturamento.

Nesse sentido, existe uma vasta concordância a respeito do valor do

empreendedorismo para o desenvolvimento econômico. Dessa forma, terá domínio

para identificar características da atividade empreendedora e os aspectos de

inovação na estrutura produtiva que motiva a velocidade das transformações

estruturais na economia, introduzindo uma nova concorrência e colaborando para a

produtividade (GEM 2009).

Foram feitas outras comparações prováveis quanto ao número de

empreendedores considerado para cada país (figura 2). Dessa forma, quando se

analisa essa abordagem, o alinhamento dos países no topo e na base do ranking se

altera. A Índia foi o país com a maior população de indivíduos exercendo alguma

atividade empreendedora. Conforme figura, o Brasil ocupa o terceiro lugar, atrás

somente da Índia e Estados Unidos. Os Estados Unidos vêem em segundo lugar e é

Page 45: Trabalho de conclusao de curso

45

único país desenvolvido que figura entre os cinco primeiros no quesito de número de

empreendedores, com mais de 20 milhões de pessoas em atividades

empreendedoras (GEM 2008).

Figura 2 - Avaliação da população empreendedora.

Fonte: Pesquisa GEM 2008

Nesse sentido, conforme Aidar (2007) pode-se estimar 90% dos novos

negócios iniciados nos Estados Unidos começam no mesmo setor, ou estão

diretamente relacionados ao setor que os empreendedores tiveram alguma

experiência como funcionário. Pode-se dizer que isso não é motivo de surpresa, é

presumível pensar que as idéias transformadas em oportunidades, foram identificas

com fundamento em problemas e deficiências que apenas quem trabalha no ramo

pode identificar.

Em relação ao Brasil, ele se encontra no grupo dos países efficiency-driven

(direção-eficiente) (composto por 22 países), apresenta a sexta maior TEA nominal

(15,3%), porém, diferem expressivamente somente Colômbia, Peru e China, com

22,4%, 20,9% e 18,8% simultaneamente (Figura 3). É curioso observar, que a partir

de uma análise apontada por esse grupo de países, a diferença na taxa de

empreendedorismo entre países europeus e latinos americanos, se diferencia de

forma muito evidente. Desta forma, dos sete países europeus que pertencem a esse

grupo, seis permanecem no meio de dos dez que tem a menor taxa. Contudo, dos

Page 46: Trabalho de conclusao de curso

46

nove da America Latina oito ficam entre as dez maiores taxas. Adicionalmente, o

Brasil oferece diferença expressiva em relação a todos os países europeus (GEM

2009).

Figura 3- Empreendedores por taxa inicial (TEA) por países (2009)

Fonte: Pesquisa GEM 2009

3.6 O contexto nacional para o empreendedorismo e o empreendedor

Dolabela (2006) evidencia que alguns empreendedores de sucesso abriram

suas empresas sem ao menos saber formular um plano de negocio, entretanto, é

correto afirmar que milhares de outros alcançaram insucessos inevitáveis por conta

de falhas simples poderiam ter sido impedidos. Com certeza, um negócio de elevado

potencial pode tornar-se inviável em virtude do despreparo dos empreendedores. No

entanto, milhares de indivíduos abrem e continuarão a abrir novas empresas,

estando preparados ou não. Dessa forma a finalidade é tentar reduzir a elevada taxa

de mortalidade dessas ações.

Para Bridi (2005) um dos motivos que levam as pessoas a abrirem suas

empresas é por necessidade e não oportunidade, esse colocação aparece nos

primeiros lugares em relação aos demais países do mundo em termos de

Page 47: Trabalho de conclusao de curso

47

empreendedorismo. Pesquisas assinalam que 55,4% dos empreendedores por

dificuldade de encontrar trabalho, são forçados abrirem uma empresa.

Pode-se observar que a motivação para empreender, tanto o

empreendedorismo por oportunidade quanto o empreendedorismo por necessidade

registrou avanço em suas taxas em 2009 no Brasil, seguindo o aumento da TEA

(figura 3). Entretanto, como se pode verificar nos últimos 4 anos a taxa de

empreendedores por oportunidade vem se mantendo a frente da taxa por

necessidade o que demonstra uma avanço nas atividades empreendedoras no país.

Figura 4 – Empreendedores por necessidade e oportunidade no período de 2001 a 2009.

Fonte: Pesquisa GEM 2009

Nesse sentido, pode-se destacar que em países com um clima político de

estabilidade, os empreendedores por necessidade terão melhor qualidade de vida

para suas famílias, dessa forma, poderão fortalecer a educação de seus filhos.

Portanto, pode-se oferecer uma melhor colocação no mercado de trabalho ou uma

melhor qualificação para se tornarem futuros empreendedores por oportunidade.

Desse modo, a idéia de um negócio que seja sustentável em longo prazo é

admirável não somente para a atividade econômica local, contudo, para garantir

melhor qualidade de vida para as próximas gerações (BOSMA; LEVIE, 2009 apud

GEM, 2009).

Page 48: Trabalho de conclusao de curso

48

Nesse contexto, Bosma e Levie, (2009 apud GEM, 2009, p.32) destaca que

para as economias mais desenvolvidas efficiency-driven progredirem cada vez mais, outras condições, chamadas catalisadores de eficiência, são necessárias para garantir o bom funcionamento do mercado, gerando maior atratividade econômico-financeiro em ser empregado do que em se empreendedor por necessidade, em uma perspectiva individual, e mais eficiência, em uma perspectiva nacional. O fomento ao desenvolvimento de uma economia de escala favorece o aparecimento de empreendedores e empreendimentos mais intensos em conhecimento e tecnologia e de crescimento acelerado. Mesmo essas condições (catalisadores de eficiência) não estão diretamente relacionadas com o empreendedorismo no sentido schumpeteriano, contudo, apresentam uma relação indireta ao desenvolver melhor os mercados, atraindo assim mais empreendimentos por oportunidade. Para os países ricos, com altos custos trabalhistas, cujo desenvolvimento econômico e orientado principalmente a inovação, as EFCs são mais importantes como alavancas do desenvolvimento econômico do que a presença dos requisitos básicos ou dos catalisadores de eficiência.

Bridi (2005) destaca que o Brasil é um dos países que mais apóiam o

empreendedorismo, entretanto existe um alto índice de mortalidade, cerca de 70%

das empresas fecham sem completar um ano de vida. Dessa forma, é de suma

importância que os empreendedores tenham educação desenvolvida em sala de

aula, contudo sem essa política, a geração de empregos não ocorrerá como se

espera, essa adoção está inteiramente ligada a políticas públicas que confiam nisso.

Dolabela (2006) demonstra que em estatísticas do SEBRAE 60% das 500 mil

pequenas e microempresas que são abertas todos os anos no Brasil, fecham as

portas antes mesmo de completar cinco anos.

Conforme Filion (2010) o Brasil necessita de estímulos para a geração de

uma cultura de empreendedores espontâneos. Para o autor, a potencialidade

empreendedora dos brasileiros é pouco explorada e com apoio do governo poderia

se tornar um amplo campo para a disseminação do empreendedorismo. Caberá,

também, animar e apoiar a implantação de associações de dirigentes de pequenas

empresas e de trabalhadores autônomos. Dessa forma, desenvolver também a

criação de grupos de influência para respaldar a importância desses pequenos

atores sociais que, analisados isoladamente, não dispõem de força e influência, no

entanto, são aqueles que fazem o desenvolvimento de um país (Filion, 2010).

Page 49: Trabalho de conclusao de curso

49

3.7 Conclusões do capítulo

A estrutura teórica estabelecida aqui destacou os conhecimentos necessários

para aperfeiçoar a compreensão da análise proposta no objetivo geral e nos

específicos. Dessa maneira, procurou-se iniciar primeiramente estabelecendo um

panorama histórico a respeito do empreendedorismo, permitindo a construção da

evolução do termo empreendedorismo ao longo do tempo. Possibilitando uma

melhor análise dos conjuntos e fatores que evidenciam o empreendedor, permitindo

assim, uma exploração sobre o assunto empreendedorismo, enfatizando sua

importância, características, dimensões, ambiente.

Como foi explanado anteriormente além do conceito do empreendedorismo foi

discutida a definição do conceito de empreendedor, abordando suas dimensões e

características, ou seja, suas limitações, desejos, conquistas, ambiente familiar,

valores pessoais, idade, o nível educacional e seus valores que na maioria das

vezes são utilizados nas tomadas de decisões.

Nos itens seguintes foi abordado o empreendedorismo no mundo, dando

destaque em planos, ações e pesquisas desenvolvidas pelos governos para

estimular a atividade empreendedora. No Brasil não foi diferente indicando um

desenvolvimento importante na concepção de novos projetos tendo contribuição de

instituições como o SEBRAE, para alcançar resultados positivos.

Desta forma, obteve-se uma visão ampla sobre o empreendedorismo, e o

empreendedor, abordando os sistemas de apoio, apontando o valor que o mesmo

tem na vida do empreendedor, especialmente no começo do empreendimento sendo

analisada em rede de apoio moral e profissional, permitindo que as pessoas em seu

círculo de contados (família, amigos, fornecedores e associações) bem como as

dimensões que compõem o seu perfil, pois os mesmos são pessoas dinâmicas,

independentes, que não temem ariscar.

Page 50: Trabalho de conclusao de curso

50

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

4.1 Caracterizações dos entrevistados

O entrevistado A, Rômulo de Aguiar Beninca, inaugurou sua empresa Vasto

Tecnologia da Informação em 2010, com o nome fantasia Vasto T.I.. Trabalhando

com desenvolvimento e implantação de software para todas as áreas de informação.

Esta situada na Avenida Colombo, 5790, zona 7 em Maringá- Pr. A empresa como

está no seu inicio possui apenas quatro funcionários.

O entrevistado B, Bruno Pereira Ponces, inaugurou sua empresa Enterprise

Engenharia e Automações em 2009, com o nome fantasia Enterprise, trabalhando

com engenharia e automação, desenvolvemos projetos para geração de Eco

Energia, ecoiluminação, automação e sistemas, desenvolvimento de projetos,

sistema de tratamento utilizando ozônio e consultoria e suporte de informática. Esta

situada na Rua Pioneira José Augusto Gaspar, 976, zona 45 em Maringá- Pr. A

empresa conta com cinco funcionários.

O entrevistado C, Thiago Nunes da Cruz, inaugurou sua empresa Tecfrota -

Solução em Controle de Frota em 2010, com o nome fantasia Tecfrota. Trabalhando

no ramo de comércio e prestação de serviço de software, vendendo software para

empresas de logísticas. Está situada na Avenida Parigot de Souza, 554 - sala 01 –

Centro em Maringá- Pr. A empresa conta com apenas um funcionário.

Após a caracterização dos entrevistados iniciar-se-á a análise e discussão

dos dados tendo como parâmetro as características e dimensões do empreendedor

levantadas durante a revisão da literatura.

4.2 As dimensões do empreendedor

4.2.1 Ambiente familiar na infância

Page 51: Trabalho de conclusao de curso

51

Pode-se dizer que os entrevistados A, B e C foram influenciados pelo

ambiente familiar conforme Hisrich e Peters (2004) o relacionamento dos pais com

seus filhos, sejam esses empreendedores ou não, é provavelmente o aspecto mais

admirável no ambiente familiar, na infância este poderá desenvolver o desejo pela

atividade empresarial em uma pessoa. Os pais que já conseguem identificar a

independência do filho devem estimular a atração e a responsabilidade. Isso foi

evidenciado pelos entrevistados A, B e C. O entrevistado A comenta “que a forma de

administrar e minhas tomadas de decisões são baseadas nos conhecimento

fornecido pelas experiências vivenciadas em boa parte no ambiente familiar”. O

entrevistado B evidencia que “foi a partir dos ensinamentos visto em casa que eu

criei todo um modelo de trabalho na minha empresa”. E o entrevistado C relata que

“na parte da educação e respeito de saber como lidar com as pessoas sim, já na

parte administrativa não, pois eu gosto de inovar e meu pai já preferia continuar

sempre na mesma, ele achava que onde esta dando certo não tem que mexer”. Para

Filion (2010) grande partes dos empreendedores sofreram influência e exemplos no

seu ambiente familiar, ou de pessoas próximas, tomando um modelo com o qual ele

se identificou. Pode-se dizer que o meio familiar para os empreendedores os envolve

então para uma cultura empreendedora pela sua prática e convivência com a família.

4.2.2 Educação

Em relação à educação os entrevistados A, B e C concordam que os pais

sempre os apoiavam nos estudos ligados a educação formal. Para Hisrich e Peters

(2004) educação é primordial no desenvolvimento do empreendedor. Tal valor reflete

não só no grau educacional recebido, como também em função de continuar a

exercer um papel importante para assessorar e auxiliar com as dificuldades que os

empreendedores enfrentam. O entrevistado A conta que “meus pais sempre me

estimularam a estudar para conseguir um bom emprego, hoje ainda penso que eles

estão certos, mas não tinha como eles saberem que eu recusaria a idéia de um

emprego e um salário fixo”. O entrevistado B relata que “sim, sempre me

incentivaram a estudar, e sim sempre fui um bom aluno, aprendo para usar e não

para ser apenas mais um diplomado”. O entrevistado C conta “meus pais sempre me

incentivaram a estudar. Mas eu nunca fui um aluno muito dedicado, sempre tirei à

Page 52: Trabalho de conclusao de curso

52

média e passei no final”. Os entrevistados sempre tiveram apoio para estudar, pois

seus pais sabiam que o estudo seria algo que ninguém lhe pode tirar.

4.2.3 Idade

Com relação à idade os entrevistados A e B começaram a trabalhar cedo

fazendo trabalhos relacionados à manutenção computadores, mas não levaram isso

como um trabalho, era uma forma de ser independentes e não pedirem auxilio

financeiro para seus pais. Já o entrevistado C começou cedo ajudando seu pai em

seu negócio. O entrevistado A relata que

“meu primeiro trabalho foi como técnico em manutenção de computadores e redes tinha 15 anos, vejo como um negócio apesar de que na época não tivesse encarado com tal, provavelmente ainda tinha medo de iniciar algo próprio, precisava talvez de um incentivo que tive que buscar mais tarde, após começo da faculdade veio à idéia de abrir meu atual negocio, surgiu logo que comecei a fazer estágio. Observei que todo o trabalho de criação e inovação ficava em minha responsabilidade e os lucros provenientes ficavam para o proprietário, com essa experiência surgiu à idéia de abrir a empresa de desenvolvimento de software e revende-los, e assim obter meu próprio lucro e não dar os lucros para outras pessoas eu tinha 23 anos”.

O entrevistado B ressalta que

“comecei a trabalhar com manutenção de computadores, depois de começar fazer faculdade e estagiar em diversas empresas observei que tinha potencial de abrir meu próprio negocio foi quando me vi com meu primeiro contrato assinado com uma empresa de grande porte eu tinha 24 anos”.

O entrevistado C conta que

“desde os meus 10 anos eu gostava de ficar no comércio ajudando o meu pai, com isso após ter feito faculdade e especialização, no ano passado no meu último trabalho, fiz algo bom para empresa e vi que o mercado tinha espaço para esse tipo de atividade, portanto montei um plano de negócios e abri minha empresa depois de seis meses eu tinha 25 anos”.

Hisrich e Peters (2004) ressaltam que o conhecimento empresarial é uma das

melhores referências para prever o sucesso, principalmente se o novo negócio for

em um ramo em que o empreendedor já têm experiência. Hisrich, Peters e Shepherd

Page 53: Trabalho de conclusao de curso

53

(2009) relatam que em relação à idade cronológica, a maior parte dos

empreendedores inicia suas carreiras entre 22 e 45 anos embora possa acontecer

antes ou depois, isso não é tão provável, pois um empreendedor necessita de

conhecimento, ajuda financeira, e um alto nível de energia para se lançar e gerir

uma nova empresa com sucesso.

4.2.4 Valores pessoais

Em relação aos valores pessoais pode-se dizer que os entrevistados A, B e C

possuem valores parecidos, pois ambos estão atentos ao mercado. Conforme

Hisrich, Peters e Shepherd (2009) a natureza do empreendimento, senso de

oportunidade, instituição e individualidade do empreendedor discordam

expressivamente da empresa burocrática e do projeto, racionalidade e

previsibilidade de seus gerenciadores. Esses atributos, não avaliados

separadamente, definem um conceito para entender com o empreendedor faz para

originar um novo empreendimento. Dessa forma, uma maneira de definir o

empreendedor de sucesso está relacionada à sua trajetória vencedora, desse modo,

suas vitórias acabam sendo um requisito para que ele continuamente se destaque

no que faz. O entrevistado A nos relata

“que a forma de administrar e minhas tomadas de decisões são baseadas nos conhecimento fornecido pelas experiências vivenciadas em boa parte no ambiente familiar, e sempre que é necessário faço um exercício mental de prever e me preparar para as piores e mais inesperadas situações, se mesmo assim não conseguir ter algo planejado tomo uma atitude se for estritamente necessário com base nos meus conceitos morais e em meus objetivos”.

O entrevistado B “foi a partir dos ensinamentos visto em casa que eu criei

todo um modelo de trabalho na minha empresa, com isso procuro sempre estar

preparado para situações inesperadas, com isso sempre tenho minhas reservas de

capital se isso acontecer”. O entrevistado C relata que

“na parte da educação e respeito de saber como lidar com as pessoas sim, já na parte administrativa não, pois eu gosto de inovar e meu pai já preferia continuar sempre na mesma, ele achava que onde esta dando certo não tem que mexer, dessa forma sempre planejo tudo que eu faço, por menos

Page 54: Trabalho de conclusao de curso

54

que pareça às vezes, estou planejando. Hoje eu tenho planejamentos pensando em 2013 e 2014. Não gosto desses negocia de deixa rolar. Nos imprevistos eu procuro ajuda de pessoas certas e quase sempre consigo superar os imprevistos”.

Mori (2004) os valores dos empreendedores são distintos, muitas vezes

variando dependendo da sociedade ou grupo social em que vivem, e mesmo com a

diferença de importância ética são imprescindíveis para a organização de uma

comunidade. Os valores dos empreendedores estão ligados a valores éticos seja no

lar ou no de trabalho, a valores intelectuais que irão motivar o ritmo das inovações

da capacidade criadora e a postura e principalmente dos valores éticos que deverão

originar seu desempenho perante a sociedade. O entrevistado A comenta “que a

forma de administrar e minhas tomadas de decisões são baseadas nos

conhecimento fornecido pelas experiências vivenciadas em boa parte no ambiente

familiar”. O entrevistado B evidencia que “foi a partir dos ensinamentos visto em

casa que eu criei todo um modelo de trabalho na minha empresa”. E o entrevistado

C relata que “na parte da educação e respeito de saber como lidar com as pessoas

[...]”

4.2.5 Características Empreendedoras

Os entrevistados A, B e C deixam em evidência que não se sentiam

satisfeitos sendo funcionários, eles sempre queriam algo há mais do que ser

funcionários. Eles possuem iniciativa, gostam de inovar, buscam algo novo que no

mercado ainda não existe, gostam do que fazem, mas preferem lutar pelo que

acreditam sendo patrões. Os entrevistados possuem característica empreendedora,

descritas em suas entrevistas. Conforme Alves e Natal (2007) os empreendedores

têm como características habilidades para criar, renovar, modificar, programar e

administrar empreendimentos de inovação. O entrevistado A relata

“que o mercado em que eu atuo exige inovação, é um mercado altamente competitivo dependente de inovação e tecnológica de soluções. Acredito que nenhum mercado é estático, todos eles requerem inovação contínuas. Eu sempre tento manter claro meus objetivos. Compreendo que para chegar neles provavelmente terei decepções, derrotas, ou seja, passarei por crises. Se estas chegarem não agirei com uma pessoa sem perspectiva ou

Page 55: Trabalho de conclusao de curso

55

puramente acadêmica, não ficarei sentado reclamando ou elaborando uma tese ou artigo para acrescentar ao meu currículo. Sairei do problema buscando alternativas e soluções inovadoras viáveis para sair rapidamente da crise.”

O entrevistado B afirma que o mercado em que ele atua é

“altamente competitivo, entretanto, vence quem tem o melhor produto através de desenvolvimento tecnológico e oferecendo o melhor preço, pois nessa área inovação é a fonte do negócio. Costumo ficar calmo e analisar o que está acontecendo, e nessas épocas de crises que me apego mais ao trabalho buscando não desistir, pois toda crise passa e é nessas horas que serve os ensinamentos aprendidos, pois me dá base para saber os passos a serem tomados”.

O entrevistado C nos conta que vê o mercado em que atua

“com grande potencial devido às características de nosso país (Brasil). Um país estruturado em uma base de logística rodoviária. O mercado é bem inovador e muito disputado. A concorrência é grande e bem preparada. Empresas com muitos anos de atuação neste ramo, umas com mais de 20 anos no mercado, porém acredito na praticidade, o que acho que a concorrência falhe um pouco. No quesito inovação que é algo que invisto muito, eu ainda estou atrás de meus concorrentes. Essas são as melhores horas para se rever os custos e planejar o futuro. As melhores oportunidades aparecem em épocas de crise. O grande diferencial é estar preparado para enfrentá-las e abraçar as boas oportunidades”.

Segundo Dornelas (2008) algumas características comuns em empreendedores de

sucesso são: visionários; sabem tomar decisões; são indivíduos que fazem a

diferença; sabem explorar ao máximo as oportunidades; são determinados e

dinâmicos; são dedicados; são otimistas e apaixonados pelo que fazem; são

independentes e constroem seu próprio destino; são lideres e formadores de

equipes; planejam, planejam e planejam; possuem conhecimento.

Os entrevistados A, B e C possuem várias características podendo citar algumas

delas que são visionários, assumem riscos calculados, gostos do fazem, são

dedicados, são independentes, possuem conhecimentos e são formadores de

equipes, foram essas características encontradas após as analises feitas.

4.2.6 Lócus de controle

Page 56: Trabalho de conclusao de curso

56

Os entrevistados A, B e C acreditam que eles são responsáveis pelo seu

sucesso não vendo que a sorte tem algum fator que tivesse ajudado. Para Hisrich e

Peters (2004) desenvolver um empreendimento novo as pessoas têm que ter a

consciência de saber se serão capazes de sustentar as forças necessárias para

desenvolver algo novo, e também conduzir a nova empresa e fazê-la crescer. O

entrevistado A

“acredita que a sorte não tem nada que favoreça suas conquistas. Acredito que sou responsável pelo que eu tenho hoje, tantos os fracassos como as vitórias, não acredito na existência da sorte, pois acredito que sem objetivo traçando nunca iremos alcançar o que almejamos”.

O entrevistado B também acredita em si e ressalta, “sou responsável pelas

minas conquistas, pois foi a partir de tudo o que trabalhei para construir o que tenho

hoje, não tive sorte, pois tudo o que eu conquistei foi fruto do meu trabalho”. O

entrevistado C afirma que “acredito na “boa sorte”, aquela que acontece quando nos

dedicamos e vamos atrás, as boas coisas aparecem e acontecem. Aquela sorte de

ganhar na mega sena, eu ainda não tive (risos)”.

4.2.7 Sentimentos independência e necessidade de realização

Para Bernhoeft (1996) os empreendedores no início de suas carreiras

procuram romper com a forma atual em que vive, pois buscam realizar seus sonhos,

querem atender as expectativas dos outros e, contudo ser agentes de inovação para

chegar à sua realização pessoal e contribuir para aprimorar a sociedade onde vive e

encontram no empreendedorismo a fonte de negócio para sua família. Os

entrevistados A, B e C deixam em evidência que não se sentiam satisfeitos sendo

funcionários, eles sempre queriam algo ha mais do que ser funcionários. Eles

possuíam iniciativa, gostam de inovar, buscar algo novo que no mercado ainda não

existe, gostam do que fazem, mas preferem lutar pelo que acreditam sendo patrões,

pois podem criar e inovar, lutar pelo que eles acreditam. O entrevistado A relata que

“sempre gostei de ter minha liberdade de fazer as coisas ao meu tempo, sem

ninguém para mandar em mim, com isso sempre tive objetivo de ser meu próprio

patrão, de fazer meu próprio horário”. O entrevistado B relata que “não se sentia

Page 57: Trabalho de conclusao de curso

57

realizado completamente como funcionário, pois gosto de estar à frente dos

negócios tomando decisões, buscando algo mais, pois sendo funcionário eu não

poderia”. O entrevistado C nos conta que “gosto de fazer as coisas quando eu

quero, gosto de buscar algo novo, e sei que se for empregado se eu tiver uma boa

idéia quem lucra é o dono da empresa, então eu preferi abrir minha empresa e ficar

com os lucros das minhas idéias para mim”. Hisrich e Peters (2004) os sentimentos

de independência e necessidade de realização está relacionado ao sentimento de

controle, através da necessidade de ser livre. O empreendedor é na maior parte das

vezes uma pessoa que precisa fazer as coisas ao seu tempo, por isso não consegue

trabalhar para alguém.

4.2.8 Assumir riscos

Dornelas (2008) afirma que assumir riscos calculados é umas das

características mais evidentes nos empreendedores e umas das mais conhecidas. O

verdadeiro empreendedor é aquele que sabe correr riscos calculados e sabe como

ninguém gerenciá-los, analisando quais são suas verdadeiras chances de sucesso.

O ato de assumir riscos para empreendedor tem relação com desafios, desta forma,

para o empreendedor quanto maior for o desafio, mais estimulante fica a jornada

empreendedora. Os entrevistados A, B e C possuem estas características, pois não

têm medo de assumir riscos. Sobe abrir outros negócios o entrevistado A relata que

“atualmente não possuo outros negócios, pretendo sim diversificar no futuro meus

negócios, vejo que um ramo diferente de atividade é sempre uma forma diferente de

ganhar dinheiro”. O entrevistado B tem o mesmo objetivo quando fala “no momento

não possuo outros negócios, mas diversificar é a idéia principal para que não haja

crise total”. O entrevistado C fala que

“não, no momento esse é minha única atividade. Até um tempo atrás eu tinha investimentos na bolsa de valores, hoje tudo que eu tenho esta investida em meu negocio. Estou de portas abertas para novas oportunidades, desde que não me atrapalhe nesta fase difícil, que é a fase inicial de meu empreendimento”.

Page 58: Trabalho de conclusao de curso

58

4.2.9 Histórico profissional

Em relação ao histórico profissional os entrevistados A, B e C tiveram

algumas experiências como funcionários, mas não se sentiam realizados, o

entrevistado A relata que

“sempre gostei de ter minha liberdade de fazer as coisas ao meu tempo, sem ninguém para mandar em mim, com isso sempre tive objetivo de ser meu próprio patrão, de fazer meu próprio horário, meu primeiro trabalho foi como técnico em manutenção de computadores e redes tinha 15 anos, vejo como um negócio apesar de que na época não tivesse encarado com tal, provavelmente ainda tinha medo de iniciar algo próprio, precisava talvez de um incentivo que tive que buscar mais tarde, após começo da faculdade veio à idéia de abrir meu atual negocio, surgiu logo que comecei a fazer estágio. Observei que todo o trabalho de criação e inovação ficava em minha responsabilidade e os lucros provenientes ficavam para o proprietário, com essa experiência surgiu à idéia de abrir a empresa de desenvolvimento de software e revende-los, e assim obter meu próprio lucro e não dar os lucros para outras pessoas eu tinha 23 anos”.

O entrevistado B relata que não se sentia realizado completamente como

funcionário

“pois gosto de estar à frente dos negócios tomando decisões, buscando algo mais, pois sendo funcionário eu não poderia, comecei a trabalhar com manutenção de computadores, depois de começar fazer faculdade e estagiar em diversas empresas observei que tinha potencial de abrir meu próprio negocio foi quando me vi com meu primeiro contrato assinado com uma empresa de grande porte eu tinha 24 anos”.

O entrevistado C nos conta que

“gosto de fazer as coisas quando eu quero, gosto de buscar algo novo, e sei que se fosse empregado e eu tiver uma boa idéia quem lucra é o dono da empresa, então eu preferi abrir minha empresa e ficar com os lucros das minhas idéias para mim, trabalho desde os meus 10 anos eu gostava de ficar no comércio ajudando o meu pai, com isso após ter feito faculdade e especialização, no ano passado no meu último trabalho, fiz algo bom para empresa e vi que o mercado tinha espaço para esse tipo de atividade, portanto montei um plano de negócios e abri minha empresa depois de seis meses eu tinha 25 anos”.

Page 59: Trabalho de conclusao de curso

59

Aidar (2007) o histórico profissional de um indivíduo pode ter grande

influência na escolha da atividade empreendedora. Um dos aspectos que mais

desmotivam as pessoas é a falta de desafios e oportunidades de promoção nas

empresas em que trabalham, com isso acabam identificando chances de negócios

na sua área de atuação, fora da empresa que atua. Essas pessoas com a ajuda de

amigos, sócios ou administradores profissionais, começam seu empreendimento, em

tempo parcial, até que se sintam seguros para sair de seus empregos e se

dedicarem ao seu negócio em tempo integral.

4.2.10 Modelos de desempenho

Em relação aos modelos de desempenho os entrevistados A, B e C foram

influenciados pelos pais, amigos e outras pessoas. O entrevistado A teve influência

de várias pessoas, pois ele tira o melhor de cada um, para usar em seu

empreendimento. O entrevistado B e C tiveram influência dos pais de seu irmão dos

parentes e amigos, pois todos o incentivaram e deram maior apoio na abertura de

seu negócio. Para Hisrich e Peters (2004) os modelos de desempenho são as

pessoas que influenciam o empreendedor ao longo de sua carreira podem ser os

pais, irmãos ou irmãs, parentes ou outros empreendedores. Os empreendedores em

potencial distinguem os empreendedores de sucesso como catalisadores, servindo

de mestres em todas as etapas de um novo empreendimento.

4.2.11 Sistemas de Apoio

Em relação aos sistemas de apoio os entrevistados A, B e C tiveram apoio de

familiares e amigos e suas respostas condizem com o que Hisrich, Peters e

Shepherd (2009) descrevem à medida que aumenta os contatos e conexões iniciais.

Como em uma rede social, a densidade, é para demonstrar a ligação entre dois

indivíduos, e a centralidade, é a distância total do empreendedor em relação a todas

as outras pessoas e ao número de pessoas da rede. A eficácia da ligação entre o

empreendedor e qualquer pessoa na rede esta sujeito a presença, ao grau e da

harmonia do relacionamento. Quanto mais próximo for o relacionamento, será mais

Page 60: Trabalho de conclusao de curso

60

forte e durável a relação entre eles. Os sistemas de apoio se dividem em apoio

moral e apoio profissional que serão tratados a seguir.

4.2.11.1 Rede de Apoio Moral

Após analisar as respostas foi observado que os entrevistados A, B e C

tiveram algum tipo de rede de apoio moral. O entrevistado A demonstra que seus

pais não incentivaram muito, pois acreditam que ter um emprego fixo é mais

importante do que se arriscar em ter seu próprio negocio, mas ele teve outros que o

incentivaram. Sua vontade de empreender também o influenciou muito. Já o

entrevistado B teve o maior apoio de seus pais de seu irmão e do seu tio, pois eles

acreditavam que quando uma pessoa tem vontade e capacidade de abrir seu próprio

negócio tem que acreditar e ir atrás dos seus objetivos. O entrevistado C não teve

grande apoio de sua família, pois eles preferem algo com maior segurança, mas ele

teve apoio de seus amigos, quando se tem vontade de crescer e buscar o que

acredita tem que ir atrás dos objetivos. Hisrich e Peters (2004) comparam a rede de

apoio moral de familiares e amigos como uma espécie de torcida organizada. Esse

estímulo tem papel fundamental durante os diversos períodos difíceis e solitários que

irão ocorrer no processo empreendedor. Portanto, para Hisrich, Peters e Shepherd

(2009) os parentes são de extrema importância na rede de apoio moral,

principalmente se forem empreendedores, pois eles deverão auxiliar estimular e

apoiar os empreendedores nas dificuldades encontradas. O papel do amigo é de

estremo valor para o desempenho da rede de apoio moral, pois eles podem dar

conselhos que muitas vezes tem mais valor do que os recebido de terceiros, além de

terem a capacidade de estimular, compreender e até mesmo dar assistência. Os

empreendedores podem acreditar nos amigos, sem receio de criticas (HISRICH;

PETERS; SHEPHERD, 2009).

4.2.11.2 Rede de Apoio Profissional

Em relação à rede de apoio profissional os entrevistados A, B e C tiveram

apoio de outros empreendedores. Sobre apoio profissional o entrevistado A ressalta

que “sim, meus sócios e funcionários e outras empresas que trabalhei e meus

Page 61: Trabalho de conclusao de curso

61

concorrentes, muitos podem criticar, mas quando eles não falam nada eles dizem

muito”. O entrevistado A, sobre utilizar serviços de profissionais como consultorias

ou organizações com o SEBRAE e ACIM, relata que “não, apesar de ler os

conteúdos que eles fornecem em sites, discuto o conteúdo com outras pessoas,

buscando sempre o aprimoramento continuo”. Já o entrevistado B quando foi

assinala que “sim, minha irmã que é administradora, meu pai que é engenheiro e

amigos que também são engenheiros, estão sempre dando idéias para que meu

negócio se fixe no mercado”. Sobre utilizar serviços de profissionais como

consultorias ou organizações com o SEBRAE e ACIM o entrevistado B respondeu

que

“não costumo utilizar consultorias e matérias fornecidas por essas instituições, pois na grande maioria eles oferecem apenas produtos que favorecem a sim mesmo, com produtos de alto custo e apenas com conteúdo acadêmico sem experiência na área de atuação, procuro ler livros da minha área de atuação quando surge algo novo para estar sempre atualizado”.

O entrevistado C sobre apoio profissional afirme que “não diretamente, porém meus

professores de MBA me ajudaram muito”. E em relação a serviços de profissionais

como consultorias ou organizações com o SEBRAE e ACIM, ele responde que “no

momento não. Mas acredito que um dia sim, pois o mercado pede que a gente

sempre se atualize”. Hisrich e Peters (2004) evidenciam que os empreendedores

necessitam de orientações para a implantação do novo empreendimento. Dessa

forma, eles precisam de um mentor, alguém que os auxilie. Para que os

empreendedores se sintam apoiados eles precisam de um mentor que lhes

garantam aconselhamento profissional, maior que o da rede de apoio moral. É

comum os empreendedores terem mentores. Para Aidar (2007) os empreendedores

precisam trocar experiências com pessoas que já estão no mercado ou que

possuem experiência no ramo. É importante obter essas redes de apoio profissional.

As associações de profissionais são de importância, pois podem dar informações

importantes sobre o setor onde querem atuar, inclusive fornecendo dados de

clientes, concorrências e demanda de mercado.

4.2.12 Conclusão do Capítulo

Page 62: Trabalho de conclusao de curso

62

Após a análise e discussão dos dados foi possível compreender que algumas

características evidenciadas por Chiavenato (2007), Hisrich e Peter (2004), Dolabela

(2006) e Dornelas (2008) como, identificação de oportunidades, assumirem riscos

calculados, determinação, disposição de aceitar idéias, inovação, criatividade é uma

das mais importantes é a autoconfiança, estão presentes nos entrevistados, o que

demonstra um forte perfil empreendedor.

Portanto, pode-se concluir que apesar das dificuldades que os entrevistados

encontraram durante a abertura e durante os andamentos de seus negócios, eles

não perderam o otimismo para conseguir se fixar no mercado, repassando esse

sentimento a todos que os cercavam especialmente, os seus funcionários e jamais

desistindo de seus objetivos.

Page 63: Trabalho de conclusao de curso

63

5. CONCLUSÕES, LIMITAÇÕES E SUGESTÕES

Durante a realização desse trabalho foi considerado o tema perfil

empreendedor em jovens prestadores de serviços na cidade de Maringá. Foram

apresentados o referencial teórico construído por meio de literatura disponível junto

aos dados coletados por meio de entrevistas cedidas pelos jovens prestadores de

serviço de Maringá, podendo ser confrontadas, e analisadas e comparada, para

atender ao principal objetivo proposto, que foi identificar se os jovens empresários

possuem perfil empreendedor.

Nesse sentido, primeiro foi preparado um arcabouço teórico que deu suporte

analítico aos objetivos apresentados, sendo feitas considerações sobre as

características sobre o empreendedor, suas definições, suas limitações e suas

características. Posteriormente, foi preparado um questionário com questões abertas

que deram origem aos dados coletados por meio de entrevistas gravadas, desse

modo, podendo ser comparados, com a teoria apresentada no arcabouço teórico, a

fim de elaborar as conclusões que serão apresentadas a seguir.

Em relação à metodologia apresentada está se mostrou adequada, uma vez

que pesquisa qualitativa visa compreender os sujeitos objetos de estudo e suas

motivações, sem generalizar os resultados. À pesquisa de campo também se

mostrou adequada para coleta dados apresentados para posterior análise e

interpretação, sendo que as transcrições das entrevistas encontram-se como anexos

A, B e C. A gravação das entrevistas permitiu a posterior transcrição, originou um

maior entendimento na interpretação e possibilitou compreender como os

empreendedores de distintas atividades dirigem seus negócios, conseguindo assim

atingir os objetivos propostos.

Em relação ao objetivo geral pode-se concluir que todos os entrevistados

possuem o perfil empreendedor, por meio das análises dos dados coletados

comparando com as características mencionadas no referencial teórico, pode

garantir que todas são empreendedores, possuindo uma ampla parte das

características e podendo ampliar as que não estão em evidência. Com relação aos

objetivos específicos todos foram alcançados conforme descritos a seguir.

Primeiramente, ao analisar a história de vida dos jovens empresários, pode-se

constatar que os entrevistados A, B e C começaram a trabalhar desde cedo não

necessariamente com seus pais, mas em estágios observando e aprendendo como

Page 64: Trabalho de conclusao de curso

64

era o funcionamento das empresas para sim ter experiência para abrirem seu

próprio negócio e com essas características e como assumir riscos calculados,

pode-se concluir sem dúvida através da coleta de dados que suas famílias e as

experiências em empresas tiveram um efetivo impacto sobre os mesmos, fazendo

parte de suas atitudes e interagindo com eles.

Após identificar as características empreendedoras, citadas pelos autores

como, confiança, determinação, assumir riscos, inovação, otimismo e a busca por

oportunidades, a disposição, se fizeram presentes nas entrevistas. Concluí-se que

os entrevistados possuem características empreendedoras, alguns com mais

destaque do que em outros, identificando entre ambos as características mais

distintas e mais comuns que como influências familiares, histórico profissional,

confiança. Através das análises pode-se perceber que os entrevistados A e B

demonstraram ter perfil empreendedor, mediante sua história de vida, como surgiu a

idéia do empreendimento, os riscos assumidos e sua a determinação.

Por fim, foi possível atender ao último objetivo específico proposto que foi

avaliar o perfil dos jovens empresários na cidade de Maringá-Pr e constatou-se a

existência de práticas empreendedoras entre os entrevistados. Observou-se que o

entrevistado A demonstrou através de suas práticas de como assumir riscos, aceitar

sugestões de funcionários, trabalho em equipe e procurando buscar informações na

faculdade na internet em livros e revistas para sempre estar inovando seu negócio,

se considerando uma pessoa de sucesso.

Em relação ao entrevistado B pode-se identificar as seguintes características:

influência e apoio da família, confiança, otimismo, assumir riscos, estar atualizado e

realizado no mercado em que atua e se considerar uma pessoa de sucesso.

O entrevistado C demonstrou as características e o perfil através de suas

atitudes de assumir riscos calculados, trabalho em equipe, buscar sempre estar se

atualizando em seu ramo de trabalho, apesar de todos as dificuldades passadas na

abertura da sua empresa se considera uma pessoa de sucesso.

Nessa pesquisa as limitações relacionaram-se aos objetivos propostos, uma

vez que os resultados apresentados não pretendem ser generalizados, mas sim

compreender e analisar o sujeito da pesquisa em profundidade em seus motivos e

razões. Outra limitação relaciona-se a quantidade de material disponível sobre o

tema, especialmente na internet, onde as fontes são pouco confiáveis. Ainda o

assunto tratado não estar em destaque nas pesquisas no país, observou-se que as

Page 65: Trabalho de conclusao de curso

65

pesquisas sobre o tema empreendedor não focam o universo do empreendedor

jovem no país, o que dificultou a coleta de material bibliográfico.

De posse das informações adquiridas durante o estudo e das análises

apresentadas incluo como sugestões para estudos futuros, as seguintes propostas:

Impacto do perfil do jovem empreendedor no Brasil;

Perfil do jovem empreendedor no setor de tecnologia;

O perfil do jovem empreendedor em incubadoras tecnológicas;

Impacto do perfil do jovem empreendedor na economia nacional x internacional;

Page 66: Trabalho de conclusao de curso

66

REFERÊNCIAS

AIDAR, Marcelo Marinho. Empreendedorismo: Coleção e debates e administração.

São Paulo: Thomson, 2007.

ALVES, C.; NATAL, J. C. Empreendedorismo e plano de negócios. In: SANTOS R.

C. (Org.). Manual de gestão empresarial. São Paulo: Atlas, 2007.

ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho cientifica:

elaboração de trabalhos na graduação. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho cientifica:

elaboração de trabalhos na graduação. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

BERNHOEFT, Renato. Como tornar-se empreendedor em qualquer idade. São

Paulo: Nobel, 1996.

BLOS, André Luiz Fialho. Empreendedorismo e desenvolvimento do turismo:

caso Caçapava do sul- RS. Santa Maria, 2005.

Books do Brasil, 1994.

BRIDI, João Vitor; SOUZA, Ozinil Martins de: Empreendedorismo: Associação

Educacional Leonardo da Vinci (ASSELVI). Indaial: Asselvi, 2005.

CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: Dando asas ao espírito

empreendedor. São Paulo: Saraiva, 2004.

CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: Dando asas ao espírito

empreendedor. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2007.

CIELO I. D. ; Perfil empreendedor: Uma investigação das características

empreendedoras nas empresas de pequena dimensão. In: PREVIDELLI, J. J. ;

SELA, V. M. (Org.). Empreendedora e educação empreendedora. Maringá:

Unicorpore, 2006.

COOPER, Donald R.; SCHINDLER, Pâmela S. Métodos de pesquisas em

administração. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2003.

CRUZ, Rosane: Valores dos empreendedores e inovatividade em pequenas

empresas de base tecnológicas. Porto alegre, 2005.

CUNHA, Roberto de Araújo Nascimento; STEINER NETO, Pedro José:

Considerações sobre a formação da cultura empreendedora dentro da universidade.

Rev. Cent. Ciênc. Admin., Fortaleza, v. 11, n. 1, p. 39-50, ago. 2005.

DANTAS Fátima L. C.G. Empreendedorismo ou Subsistência na floresta? O

caso do iratapuru/comaru no Amapá, 2003. 172f. Dissertação (Mestrado em

Page 67: Trabalho de conclusao de curso

67

Desenvolvimento Sustentável) Programa de Pós-Graduação em Gestão e Política

Ambiental- Universidade de Brasília, Brasília, 2003. Disponível em: <http://

unbcds.pro.br> Acesso em 10 jul. 2010.

DEGEN, Ronald Jean. O empreendedor: fundamentos da iniciativa empresarial.

São Paulo: McGraw-Hill, 1989.

DOLABELA, Fernando. O segredo de Luisa. São Paulo: Cultura de editores

associados Prentice Hall, 2006.

DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando idéias em

negócios. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001.

DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo Corporativo. 2. ed. Rio de

Janeiro: Elsevier, 2008.

DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando idéias em

negócios. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

FERREIRA, Paulo Gitirana Gomes; MATTOS, Pedro Lincoln Carneiro Leão:

Empreendedorismo e práticas didáticas nos cursos de graduação e

administração: os estudantes levantam o problema. 2001.

FILION, Jacques Louis. O Empreendedorismo como Tema de Estudos

Superiores: Palestra proferida no Seminário "A Universidade Formando

Empreendedores". Disponível em:

<http://inf.unisul.br/~ingo/emoreendedorismo.pdf>. Acessado em 10 jun. 2010.

FILION, L J. Visão e Relações: elementos para um metamodelo empreendedor.

São Paulo: Revista de Administração de Empresas, v.33, n. 6, p. 50-61, nov./dez.

1993.

FILION, L. J. Empreendedorismo: empreendedores e proprietários-gerentes de

pequenos negócios. RAUSP. São Paulo, v. 3, n. 2, p. 05-28, abril/jun. 1999 a.

FRANZINI, D. Q.; SELA V. M.; SELA, F. E. R. Ensino do empreendedorismo na

educação básica: estudo da metodologia “pedagogia empreendedora” de Fernando

Dolabela. In: PREVIDELLI, J. J. ; SELA, V. M. (Org.). Empreendedora e educação

empreendedora. Maringá: Unicorpore, 2006.

GEM -Global Entrepreneurship Monitor. Empreendedorismo no Brasil 2008.

Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/customizado/estudos-e-

pesquisas/estudos-e-pesquisas/empreendedorismo-no-brasil-pesquisa-gem>.

Acessado em 13 jun. 2010.

Page 68: Trabalho de conclusao de curso

68

GEM -Global Entrepreneurship Monitor. Empreendedorismo no Brasil 2009.

Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/customizado/estudos-e-

pesquisas/estudos-e-pesquisas/empreendedorismo-no-brasil-pesquisa-gem>.

Acessado em 15 jul. 2010.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas,

1991.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas,

2002.

GIMENEZ F. A. P.; INÁCIO JÚNIOR, E. Potencial empreendedor: um instrumento

para mensuração. In: Simpósio da impósio da gestão da inovação tecnológica, 22,

2002, Salvador. Anais Eletrônicos... Salvador, 2002.

GRESSLER, Lori Alice. Introdução á pesquisa: projetos e relatórios. São Paulo:

Edições Loiola, 2003.

HALLORAN, James W. Porque os Empreendedores Falham. São Paulo: Makron,

1994.

HISRICH, Robert D.; PETERS, Michel P. Empreendedorismo. 5. ed. Porto Alegre:

Bookman, 2004.

HISRICH, Robert D.; PETERS, Michel P; SHEPHERD, Dean A.

Empreendedorismo. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de

metodologia cientifica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1991.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Técnicas de pesquisas:

planejamento e execução de pesquisa, amostragens e técnicas de pesquisa, análise

e interpretação de dados. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

LEITE, Emanuel F. Formação de empreendedores e o papel das incubadoras.

Cadernos de Administração, v. 1, n. 2, jul./dez. 2008

LEITE, José Alfredo A. Metodologia de elaboração de teses. São Paulo: McGraw-

Hill do Brasil, 1978.

MOELLER, Jaques Enrique. A resiliência no perfil do empreendedor catarinense,

a partir da aplicação das cinco características identificadas por Daryl R.

Conner. 2002. 110p. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção).

Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, UFSC, Florianópolis.

Disponível em < http://www.tede.ufsc.br/teses/PEPS2427.pdf>. Acessado em 21

de jun 2010.

Page 69: Trabalho de conclusao de curso

69

MORI, Flavio de. Empreender identificando, avaliando e planejando um novo

negócio. Florianópolis: Escola de Novos Empreendedores, 2004.

PEREIRA, Júlio Cesar Rodrigues. Análise de dados qualitativos: estratégias

metodológicas para as ciências da saúde, humanas e sociais. São Paulo: Editora da

Universidade de São Paulo, 1999.

RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo:

Atlas, 1999.

ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estágio e de pesquisa em

administração: guia para estágios, trabalhos de conclusão, dissertações e estudo

de caso. 2. Ed. São Paulo: Atlas, 1999.

RUIZ, João Álvaro. Metodologia cientifica: guia para eficiência nos estudos. 4. ed.

São Paulo: Atlas, 1996.

SAMARA, Beatriz Santos; BARROS, José Carlos de: Pesquisa de marketing:

conceitos e metodologia. 3. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002

SOLER, Aparecida Antônia. O perfil empreendedor em pequenas empresas na

cidade de Maringá. 2009. 94 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em

Administração)-Unifamma, Maringá, 2009.

Page 70: Trabalho de conclusao de curso

70

APÊNDICE

Page 71: Trabalho de conclusao de curso

71

Apêndice A

Caracterização

Nome:

Idade:

Estado civil:

Função na empresa:

Nível Educacional:

Ramo de atividade

Nome da Empresa

Número de funcionários

ENTREVISTA

1. Na sua família tem algum empresário? Seus pais são empresários?

(Ambiente familiar)

2. Como foi a sua infância, as experiências que teve,teve alguma que lhe

marcou? (Origem)

3. Você teve alguém que te inspirou para iniciar seu negocio? Quem foi?

Quantos anos você tinha? (Origem/ idade)

4. Você acha que a maneira como você administra o seu negocio foi

influenciada pela suas experiências familiares? (Valores\ Ambiente familiar)

5. Como foi sua formação educacional, seus pais apoiavam o estudo, você era

bom aluno? (Educação)

6. Você acredita que estudar contribuiu para a melhoria da administração do seu

negocio?

7. Hoje como você se mantém atualizado, com busca informação e

conhecimento? (Educação)

8. Quando e Como surgiu à idéia de abrir seu próprio negocio?(Iniciativa,

autoconfiança)

9. Suas experiências anteriores de trabalho te influenciaram para abertura do

seu próprio negocio?

Page 72: Trabalho de conclusao de curso

72

10. Você se sentia realizado quando era empregado?

11. Você pediu conselhos a alguém quando foi começar seu negocio, quais foram

às pessoas que o apoiaram, e hoje você tem alguém que você se aconselha

quanto tem alguma idéia interessante para um negocio? (Ambiente familiar)

12. Esse é seu primeiro negocio, quantos anos tinha?

13. Você acredita que o responsável pelo que você tem hoje a sorte contribuiu?

(lócus de controle)

14. Como você vê o mercado em que você atua?(Característica/ inovador)

15. Com você analisa a concorrência na sua área atuação?

(Característica/criativa)

16. Que atitudes você costuma tomar em tempo de crise? (Característica)

17. Você costuma planejar as suas ações, quando acontece um imprevisto como

você lida com isso? (Proatividade, dimensão entre o perfil e as características/

intuição/ Valores pessoais)

18. Você tem outros negócios ou pretendem abrir outros? (assumir riscos)

19. Como é o seu relacionamento com seus funcionários, como você costuma

contratá-los, você costuma ouvi-los, aceitar sugestões? (Formação de equipe).

20. Quanto tempo você se dedica ao seu empreendimento?

21. Como sua família encara essa dedicação, eles te apoiam?

22. Você teve algum profissional que o auxiliou na criação de seu(s)

negocio(s)?(redes de apoio profissional)

23. Você utiliza serviços de profissionais como consultorias ou organizações com

o SEBRAE e ACIM? (rede de apoio profissional)

24. Você se considera uma pessoa de sucesso? (autoconfiança)

25. O que é necessário para se ter sucesso? (autoconfiança)

26. Você já teve algum negocio que fracassou? Como você lida com o fracasso.

27. Você gostaria de acrescentar algo que não foi abordado?

Page 73: Trabalho de conclusao de curso

73

ANEXOS

Page 74: Trabalho de conclusao de curso

74

ANEXO A

Transcrição da entrevista de Rômulo de Aguiar Beninca, Sócio

proprietário no ramo de Desenvolvimento de software da empresa Vasto

Tecnologia da Informação.

Caracterização

Nome: Rômulo de Aguiar Beninca

Idade: 24

Estado civil: Solteiro

Função na empresa: Administrador/Analista de sistemas

Nível Educacional: Superior incompleto

Ramo de atividade Desenvolvimento de software

Nome da Empresa Vasto Tecnologia da Informação

Número de funcionários 4

ENTREVISTA

[Rômulo na sua família tem algum empresário? Seus pais são empresários?

(Ambiente familiar) Não, na minha família não tem nenhum empresário e meus pais

são funcionários públicos. [Como foi a sua infância, as experiências que teve,teve

alguma que lhe marcou? (Origem)] Minha infância foi o que se pode dizer de uma

infância normal de classe média, filhos de pais funcionários públicos, com religião

protestante, e ensino superior. Com certeza a minha personalidade e minha opinião

são próprias, construída com base nas experiências vivenciadas, algumas boas

outras ruins. Não vejo que nenhuma delas tenha me marcado de forma diferenciada.

[Você teve alguém que te inspirou para iniciar seu negocio? Quem foi? Quantos

anos você tinha? (Origem/ idade)]. Nunca me inspirei em uma única pessoa, sempre

me guiei em atitudes de pessoas do meu convívio, acredito que todas as pessoas

possuem atitudes que podemos considerar positivas e negativas, sempre tentei

analisar as atitudes das pessoas, mesmo que algumas vezes fossem contrários ao

Page 75: Trabalho de conclusao de curso

75

que eu achava ser certa. Com certeza nesse processo reciclo alguns conceitos que

antes acreditava que eram certos, vejo isso como uma forma de evoluir. A primeira

vez que me peguei realizando esse processo eu tinha cerca de seis anos, pois foi

quando eu falei par aminha mãe que gostaria de ter um shopping, sempre fui

audacioso. [Você acha que a maneira como você administra o seu negocio foi

influenciada pela suas experiências familiares? (Valores\ Ambiente familiar)] Com

certeza, tomo decisões e administro meu negocio com base nos conhecimento

fornecida pelas experiências vivenciadas boa parte no ambiente familiar. [Como foi

sua formação educacional, seus pais apoiavam o estudo, você era bom aluno?

(Educação)] Meus pais sempre me estimularam a estudar para conseguir um bom

emprego, hoje ainda penso que eles estão certos, mas não tinha como eles saberem

que eu recusaria a idéia de um emprego e um salário fixo. [Você acredita que

estudar contribuiu para a melhoria da administração do seu negocio?]

Sim, com certeza acredito que é impossível evoluir sem ter uma boa base de

conhecimento, por isso através dos estudos podemos sempre estar inovando e

obtendo maiores experiências. [Hoje como você se mantém atualizado, como busca

informação e conhecimento? (Educação)] Busco conhecimento na faculdade através

de artigos, livros e documentação fartamente disponíveis, artigo na minha área de

atuação onde eu posso estar sempre me atualizando e aprendendo algo a mais. E

sempre me mantenho informado através, revistas e jornais na internet. [Quando e

Como surgiu à idéia de abrir seu próprio negocio? (Iniciativa, autoconfiança)] A idéia

de abrir meu atual negocio, surgiu logo que comecei a fazer estágio, observei que

todo o trabalho de criação e inovação ficava em minha responsabilidade e os lucros

provenientes ficavam para o proprietário, com essa experiência surgiu à idéia de

abrir a empresa de desenvolvimento de software e revende-los, e assim obter meu

próprio lucro e não dar os lucros para outras pessoas. [Suas experiências anteriores

de trabalho te influenciaram para abertura do seu próprio negocio?] Sim, pois foi

através dos meus estágios que aprendi e observei que eu tinha potencial para abrir

meu próprio negócio, eu sei, pois faço faculdade e ciência da computação e minha

empresa desenvolve software. [Você se sentia realizado quando era empregado?]

Não. Pois sempre gostei de ter minha liberdade de fazer as coisas ao meu tempo,

sem ninguém para mandar em mim, com isso sempre tive objetivo de ser meu

próprio patrão, de fazer meu próprio horário. [Você pediu conselhos a alguém

quando foi começar seu negocio, quais foram às pessoas que o apoiaram, e hoje

Page 76: Trabalho de conclusao de curso

76

você tem alguém que você se aconselha quanto tem alguma idéia interessante para

um negocio? (Ambiente familiar)] Não diretamente, pois somos três sócios, sempre

analisamos o que iremos fazer antes de começar algo novo, pois analisamos o

mercado e com isso vemos o que está em falta, e ai buscamos supri essas

necessidades que faltam. [Esse é seu primeiro negocio, quantos anos tinha?]

Trabalhei como técnico em manutenção de computadores e redes tinha 15 anos,

vejo como um negócio apesar de que na época não tivesse encarado com tal,

provavelmente ainda tinha medo de iniciar algo próprio, precisava talvez de um

incentivo que tive que buscar mais tarde. [Você acredita que o responsável pelo que

você tem hoje foi à sorte que contribuiu? (lócus de controle)] Não, acredito que sou

responsável pelo que eu tenho hoje, tantos os fracassos como as vitórias, não

acredito na existência da sorte, pois acredito que sem objetivo traçando nunca

iremos alcançar que almejamos. [Como você vê o mercado em que você atua?

(Característica/ inovador)] O mercado em que eu atuo exige inovação, é um

mercado altamente competitivo dependente de inovação e tecnológica de soluções.

Acredito que nenhum mercado é estático todos eles requerem inovação continuas.

[Com você analisa a concorrência na sua área atuação? (Característica/criativa)] Eu

vejo a concorrência não como algo que me prejudique, mas sim com uma fonte de

alternativas para que eu possa sempre estar me atualizando e fornecendo algo novo

que o mercado não oferece. [Que atitudes você costuma tomar em tempo de crise?

(Característica)] Eu sempre tento manter claros meus objetivos. Compreendo que

para chegar neles provavelmente terei decepções, derrotas, ou seja, passarei por

crises. Se estas chegarem não agirei com uma pessoa sem perspectiva ou

puramente acadêmica, não ficarei sentado reclamando ou elaborando uma tese ou

artigo para acrescentar ao meu currículo. Sairei do problema buscando alternativas e

soluções inovadoras viáveis para sair rapidamente da crise. [Você costuma planejar

as suas ações, quando acontece um imprevisto como você lida com isso?

(Proatividade, dimensão entre o perfil e as características/ intuição/ Valores

pessoais)] Faço um exercício mental de prever e me preparar para as piores e mais

inesperadas situações, se mesmo assim não conseguir ter algo planejado tomo uma

atitude se for estritamente necessário com base nos meus conceitos morais e em

meus objetivos. [Você tem outros negócios ou pretendem abrir outros? (assumir

riscos)] Atualmente não possuo outros negócios, pretendo sim diversificar no futuro

meus negócios, vejo que um ramo diferente de atividade é sempre uma forma

Page 77: Trabalho de conclusao de curso

77

diferente de ganhar dinheiro. [Como é o seu relacionamento com seus funcionários,

como você costuma contratá-los, você costuma ouvi-los, aceita sugestões?

(Formação de equipe)] Apesar de existir a idéia que eu seja o patrão, tento manter

uma relação de amizade, sem a idéia de falsidade de “família organização”, sou

amigo dos meus funcionários, acho que isso mantém eles ligados a mim e a

empresa, mais do que contratos, isso cria um clima agradável de trabalho. Aceito

sugestões e idéias, pois quando os funcionários estão dispostos a ajudar é porque

acreditam na empresa e no seu desenvolvimento, quando eles sentem essa

cumplicidade eles se dedicam cada vez mais. [Quanto tempo você se dedica ao seu

empreendimento?] Atualmente dedico-me quase todo período fora a universidade.

Mas na verdade pela manhã, tarde, noite de madrugada sempre estou pensando em

formas de encontra soluções para a melhoria do empreendimento. [Como sua

família encara essa dedicação, eles te apóiam?] Eles acham que eu deviria focar

mais nos estudos, para garantir um bom emprego, para eles é difícil entender a idéia

de eu não querer ser funcionário, e sim buscar, autocontrole. Eles acham que estou

tentando abraçar o mundo. [Você teve algum profissional que o auxiliou na criação

de seu(s) negocio(s)? (redes de apoio profissional)] Sim, Meus sócios e funcionários

e outras empresas que trabalhei e meus concorrentes, muitos podem criticar, mas

quando eles não falam nada, eles dizem muito. [Você utiliza serviços de profissionais

como consultorias ou organizações com o SEBRAE e ACIM? (rede de apoio

profissional)] Não, apesar de ler os conteúdos que eles fornecem em sites, discuto o

conteúdo com outras pessoas, buscando sempre o aprimoramento continuo. [Você

se considera uma pessoa de sucesso? (autoconfiança)] Sim me considero, pois os

objetivos que já alcancei foram obtidos com êxitos, mas terei que trabalhar muito

para chegar ao tão almejado sucesso. [O que é necessário para se ter sucesso?

(autoconfiança)] É preciso ter conhecimento e idéias e determinar objetivos e

projetar caminhos para alcançar o sucesso, com muito trabalho para chegar onde se

deseja. [Você já teve algum negocio que fracassou? Como você lida com o

fracasso?] Não tive nenhuma experiência com o fracasso, mas certamente buscaria

a melhor forma para superá-lo. [Você gostaria de acrescentar algo que não foi

abordado?] Não

Page 78: Trabalho de conclusao de curso

78

ANEXO B

Transcrição da entrevista de Bruno Pereira Ponces, Sócio proprietário

no ramo de Engenharia e Automação da empresa Enterprise Engenharia e

Automações.

Caracterização

Nome: Bruno Pereira Ponces

Idade: 25

Estado civil: Solteiro

Função na empresa: Diretor de Projetos

Nível Educacional: Superior

Ramo de atividade Engenharia e Automação

Nome da Empresa Enterprise Engenharia e Automações

Número de funcionários 5

ENTREVISTA

[Na sua família tem algum empresário? Seus pais são empresários? (Ambiente

familiar)] SIM, Meu Pai e meu irmão. [Como foi a sua infância, as experiências que

teve,teve alguma que lhe marcou? (Origem)] Durante minha infância vivi diversa

experiências em viagens de negócios com meu pai, e tiveram lugares novos que me

marcou. [Você teve alguém que te inspirou para iniciar seu negocio? Quem foi?

Quantos anos você tinha? (Origem/ idade)] Sim, meu tio, desde que comecei a

faculdade quando eu tinha meus 19 anos, ele sempre me incentivava a usar meu

conhecimento em prol de algo mais do que apenas ser um trabalhador, ele sempre

me incentivou para que eu buscasse abrir meu próprio negocio. [Você acha que a

maneira como você administra o seu negocio foi influenciada pela suas experiências

familiares? (Valores\ Ambiente familiar)] Com certeza, foi a partir dos ensinamentos

visto em casa que eu criei todo um modo de trabalho da minha empresa. [Como foi

sua formação educacional, seus pais apoiavam o estudo, você era bom aluno?

Page 79: Trabalho de conclusao de curso

79

(Educação)] Sim, sempre me incentivaram a estudar, e sim sempre fui um bom

aluno, aprendo para usar e não para ser apenas mais um diplomado. [Você acredita

que estudar contribuiu para a melhoria da administração do seu negocio?] Sim, hoje

com certeza ter uma fonte de informação é muito importante para poder administrar

os negócios e estar sempre inovando. [Hoje como você se mantém atualizado, com

busca informação e conhecimento? (Educação)] Procuro sempre estar me

atualizando através cursos na minha área de atuação, busco noticias em jornais e

internet, revistas e catálogos de Workshops. [Quando e Como surgiu à idéia de abrir

seu próprio negocio? (Iniciativa, autoconfiança)] Quando me vi com meu primeiro

contrato assinado com uma empresa de grande porte. [Suas experiências anteriores

de trabalho te influenciaram para abertura do seu próprio negocio?] Com certeza, foi

através das minhas experiências de trabalho que aprendi muito do que uso

atualmente. [Você se sentia realizado quando era empregado?] Não completamente,

pois gosto de estar à frente dos negócios tomando de cisões, buscando algo mais,

pois sendo funcionário eu não poderia fazer. [Você pediu conselhos a alguém

quando foi começar seu negocio, quais foram às pessoas que o apoiaram, e hoje

você tem alguém que você se aconselha quanto tem alguma idéia interessante para

um negocio? (Ambiente familiar)] Não, simplesmente conversei a respeito, mas

todos me incentivaram, meus familiares e amigos, pois virão que o ramo de negócios

que eu estava interessado é inovador que será valorizado, pois agride menos a

natureza.[Esse é seu primeiro negocio, quantos anos tinha?] Sim, eu tinha 24 anos

quando comecei meu empreendimento.[Você acredita que o responsável pelo que

você tem hoje a sorte contribuiu? (lócus de controle)] Sou responsável, pois foi a

partir de tudo o que trabalhei para construir o que tenho hoje, não tive sorte, pois

tudo o que eu conquistei foi fruto do meu trabalho. [Como você vê o mercado em

que você atua? (Característica/ inovador)] É altamente competitivo, entretanto vence

quem tem o melhor produto através de desenvolvimento tecnológico e oferecendo o

melhor preço, pois nessa área inovação é a fonte do negócio. [Com você analisa a

concorrência na sua área atuação? (Característica/criativa)] No momento a

competitividade esta baixa, contudo, concorro com empresas de grande porte, mas

no momento aqui na região somos os únicos e temos que aproveitar, pois o mercado

esta em plena expansão. [Que atitudes você costuma tomar em tempo de crise?

(Característica)] Costumo ficar calmo e analisar o que está acontecendo, e nessas

épocas de crises que me apego mais ao trabalho buscando não desistir, pois toda

Page 80: Trabalho de conclusao de curso

80

crise passa e é nessas horas que serve os ensinamentos aprendidos, pois me dá

base para saber os passos a serem tomados. [Você costuma planejar as suas

ações, quando acontece um imprevisto como você lida com isso? (Proatividade,

dimensão entre o perfil e as características/ intuição/ Valores pessoais)] Sim, procuro

estar sempre preparado para situações inesperadas, com isso sempre tenho minhas

reservas de capital se isso acontecer. [Você tem outros negócios ou pretendem abrir

outros? (assumir riscos)] No momento não possuo outros negócios, mas diversificar

é a idéia principal para que não haja crise total. [Como é o seu relacionamento com

seus funcionários, como você costuma contratá-los, você costuma ouvi-los, aceitar

sugestões? (Formação de equipe)] Com certeza, um patrão que não escuta seus

colaboradores não sabe comandar seu próprio negócio, porque idéias têm que ser

escutadas e analisadas, pois todas as idéias são bem vindas, com mais cabeças

pensando e mais fácil chegar a um objetivo. [Quanto tempo você se dedica ao seu

empreendimento?] Costumo ficar o tempo que for necessário na empresa mesmo

que isso seja o meu dia todo, pois a empresa tem que estar apta para novos

negócios. [Como sua família encara essa dedicação, eles te apóiam?] Com alegria,

tendo em vista que estou dando o máximo de mim, por algo que eu acredito e quero

que de certo. [Você teve algum profissional que o auxiliou na criação de seu(s)

negocio(s)? (redes de apoio profissional)] Sim, minha irmã que é administradora,

meu pai que é engenheiro e amigos que também são engenheiros, estão sempre

dando idéias para que meu negócio se fixe no mercado. [Você utiliza serviços de

profissionais como consultorias ou organizações com o SEBRAE e ACIM? (rede de

apoio profissional)] Não costumo utilizar consultorias e matérias fornecidas por essas

instituições, pois na grande maioria eles oferecem apenas produtos que favorecem a

sim mesmo com produtos de alto custo e apenas com conteúdo acadêmico sem

experiência na área de atuação, procuro ler livros da minha área de atuação quando

surge algo novo para estar sempre atualizado. [Você se considera uma pessoa de

sucesso? (autoconfiança)] Sim, me considero uma pessoa de sucesso, pois estou

conseguindo ótimos resultados em minha empresa, mas preciso melhorar

continuamente para chegar ao resultado esperado. [O que é necessário para se ter

sucesso? (autoconfiança)] Confiança, competência acima de tudo perspicácia, são

ingredientes necessários para se obter sucesso. [Você já teve algum negocio que

fracassou? Como você lida com o fracasso?] Não, mas acredito que o fracasso pode

Page 81: Trabalho de conclusao de curso

81

ser encarado como um aprendizado. [Você gostaria de acrescentar algo que não foi

abordado?] Não.

Page 82: Trabalho de conclusao de curso

82

ANEXO C

Transcrição da entrevista de Thiago Nunes da Cruz, Sócio proprietário

no ramo de Comércio e Prestação de Serviço de Software.

Caracterização

Nome: Thiago Nunes da Cruz

Idade: 26

Estado civil: Solteiro

Função na empresa: Proprietário

Nível Educacional: MBA

Ramo de atividade Comércio e Prestação de Serviço de Software

Nome da Empresa Tecfrota

Número de funcionários 2

ENTREVISTA

[Na sua família tem algum empresário? Seus pais são empresários? (Ambiente

familiar)] Meu pai tinha comércio de material de construção por 20 anos, chegou

uma hora que não deu mais como continuar ai ele vendeu o material de construção

e como ele e formado, começou a dar aulas como professor universitário. [Como foi

a sua infância, as experiências que teve,teve alguma que lhe marcou? (Origem)]

Minha Infância foi boa e agitada, como meu pai tinha empresa eu sempre tive o que

queria. Não me lembro nada que tenha me marcado. [Você teve alguém que te

inspirou para iniciar seu negocio? Quem foi? Quantos anos você tinha? (Origem/

idade)] Sim, sempre gostei de conversar com pessoas amigas e da família que são

empreendedoras. Sempre soube que um dia eu abriria meu próprio negócio. Não sei

a origem bem ao certo, mas desde os meus 10 anos eu gostava de ficar no comércio

ajudando o meu pai. [Você acha que a maneira como você administra o seu negocio

foi influenciada pela suas experiências familiares? (Valores\ Ambiente familiar)] Na

parte da educação e respeito de saber como lidar com as pessoas sim, já na parte

administrativa não, pois eu gosto de inovar e meu pai já preferia continuar sempre na

Page 83: Trabalho de conclusao de curso

83

mesma ele achava que onde esta dando certo não tem que mexer. [Como foi sua

formação educacional, seus pais apoiavam o estudo, você era bom aluno?

(Educação)] Meus pais sempre me incentivaram a estudar. Mas eu nunca fui um

aluno muito dedicado, sempre tirei à média e passei no final. [Você acredita que

estudar contribuiu para a melhoria da administração do seu negocio?] Sim, acredito

que hoje sem uma boa base de estudo não conseguiria ter a cabeça que tenho hoje,

pois nessa área que estou atuando que é área de comércio e prestação de serviço

de software tenho que estar por dentro das inovações do mercado para poder

oferecer o que o meu cliente precisa. [Hoje como você se mantém atualizado, com

busca informação e conhecimento? (Educação)] Eu busco informação em artigos na

internet, revistas em livros da minha área de atuação, e sempre quando fico sabendo

de cursos onde posso me atualizar procuro fazer. [Quando e Como surgiu à idéia de

abrir seu próprio negocio? (Iniciativa, autoconfiança)] No ano passado no meu último

trabalho, fiz algo bom pra empresa e vi que o mercado tinha espaço para esse tipo

de atividade, portanto montei um plano de negócios e abri minha empresa depois de

seis meses. [Suas experiências anteriores de trabalho te influenciaram para abertura

do seu próprio negocio?] Sim, me atribuiu bastante conhecimento administrativo e o

meu negócio hoje, é fruto de meu último trabalho como empregado. [Você se sentia

realizado quando era empregado?] Não, pois gosto de fazer as coisas ao quando eu

quero, gosto de buscar algo novo, e sei que se for empregado se eu tiver uma boa

idéia quem lucra é o dono da empresa, então eu preferi abrir minha empresa e ficar

com os lucros das minhas idéias para mim. [Você pediu conselhos a alguém quando

foi começar seu negocio, quais foram às pessoas que o apoiaram, e hoje você tem

alguém que você se aconselha quanto tem alguma idéia interessante para um

negocio? (Ambiente familiar)] Basicamente conversei com meus amigos e meus pais

posteriormente, falei também com uns professores de desenvolvimento de software,

algumas pessoas da área de transporte (que é meu ramo de atuação) e obtive

alguns conselhos das quais eu precisava primeiramente. Olha apoiar todos acabam

apoiando. Porém, financeiramente que é o apoio mais importante, eu obtive o apoio

de meu pai e de um amigo meu. Muitos com que conversei não me apoiaram

financeiramente. [Esse é seu primeiro negócio, quanto anos tinha?] Sim é meu

primeiro negócio. Minha empresa foi aberta recentemente eu tinha 26 anos. [Você

acredita que o responsável pelo que você tem hoje a sorte contribuiu? (lócus de

controle)] Acredito na “boa sorte”, aquela que acontece quando nos dedicamos e

Page 84: Trabalho de conclusao de curso

84

vamos atrás, as boas coisas aparecem e acontecem. Aquela sorte de ganhar na

mega sena, eu ainda não tive (risos). [Como você vê o mercado em que você atua?

(Característica/ inovador)] Com grande potencial devido às características de nosso

país (Brasil). Um país estruturado em uma base de logística rodoviária. O mercado é

bem inovador e muito disputado. [Com você analisa a concorrência na sua área

atuação? (Característica/criativa)] A concorrência é grande e bem preparada.

Empresas com muitos anos de atuação neste ramo, umas com mais de 20 anos no

mercado, porém acredito na praticidade, o que acho que a concorrência falhe um

pouco. No quesito inovação que é algo que invisto muito, eu ainda estou atrás de

meus concorrentes. [Que atitudes você costuma tomar em tempo de crise?

(Característica)] Essas são as melhores horas para se rever os custos e planejar o

futuro. As melhores oportunidades aparecem em épocas de crise. O grande

diferencial é estar preparado para enfrentá-las e abraçar as boas oportunidades.

[Você costuma planejar as suas ações, quando acontece um imprevisto como você

lida com isso? (Proatividade, dimensão entre o perfil e as características/ intuição/

Valores pessoais)] Sempre planejo tudo que eu faço, por menos que pareça às

vezes, estou planejando. Hoje eu tenho planejamentos pensando em 2013 e 2014.

Não gosto desses negocia de deixa rolar. Nos imprevistos eu procuro ajuda de

pessoas certas e quase sempre consigo superar os imprevistos. [Você tem outros

negócios ou pretendem abrir outros? (assumir riscos)] Não, no momento esse é

minha única atividade. Até um tempo atrás eu tinha investimentos na bolsa de

valores, hoje tudo que eu tenho esta investida em meu negocio. Estou de portas

abertas para novas oportunidades, desde que não me atrapalhe nesta fase difícil,

que é a fase inicial de meu empreendimento. [Como é o seu relacionamento com

seus funcionários, como você costuma contratá-los, você costuma ouvi-los, aceitar

sugestões? (Formação de equipe).] Sempre ouço as idéias do meu funcionário hoje

tenho apenas um, penso em como transformá-las em realidade, caso sejam boas.

Gosto disto vejo que sozinho não conseguimos nada. [Quanto tempo você se dedica

ao seu empreendimento?] O dia todo. Tenho meus momentos de folga, porém estou

sempre pensando em meu negócio. [Como sua família encara essa dedicação, eles

te apóiam?] Não me apóiam totalmente. Quando se está em sua fase inicial e difícil,

todos te olham meio torto e preocupado, dizem que você é um sonhador e falam

como é bom trabalhar para uma grande empresa e ter um salário garantido, porém

se o seu negócio der certo, todos te olham como um visionário, um empreendedor

Page 85: Trabalho de conclusao de curso

85

de sucesso, alguém que eles sempre sabiam que iam vencer. É sempre assim, toda

família é assim, pelo menos as que eu conheço. Hoje eu vivo a fase inicial da minha

empresa, mas acredito que vou ser um vencedor. [Você teve algum profissional que

o auxiliou na criação de seu(s) negocio(s)? (redes de apoio profissional)] Não

diretamente, porém meus professores de MBA me ajudaram muito. [Você utiliza

serviços de profissionais como consultorias ou organizações com o SEBRAE e

ACIM? (rede de apoio profissional)] No momento não. Mas acredito que um dia sim,

pois o mercado pede que a gente sempre se atualize. [Você se considera uma

pessoa de sucesso? (autoconfiança)] Essa é uma pergunta bem difícil, pois eu me

considero uma pessoa de sucesso sim, pois sempre conquistei meus objetivos e fiz

muita coisa boa até aqui, porém ainda não me sinto realizado profissionalmente,

gostaria de estar melhor posicionado hoje. [O que é necessário para se ter sucesso?

(autoconfiança)] Correr atrás de seus objetivos e seus sonhos. Sempre com muita

determinação e inteligência. Seja o motorista do carro de sua vida. Não desista

nunca, pois o caminho é difícil demais. [Você já teve algum negocio que fracassou?

Como você lida com o fracasso.] Não tive nenhum negocio que fracassou, mas

acredito que tem que tirar proveito do fracasso, e rever no que errou e levar isso

como um aprendizado. [Você gostaria de acrescentar algo que não foi abordado?]

Não