trabalho da 4ª sessão 1ª parte nuno tavares
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O MODELO DE
AUTO-AVALIAÇÃO DAS BE’s AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LUÍS DE CAMÕES
Nuno Tavares
O modelo de auto-avaliação das BE’s está
dividido em quatro anos e tem como
objectivos desenvolver uma abordagem
essencialmente qualitativa, orientada para
uma análise dos processo e dos
resultados e numa perspectiva formativa,
permitindo identificar as necessidades e os
pontos fracos com vista a melhorá-los.
Com este Modelo de Auto-Avaliação das BE’s pretende-se:
Conhecer os resultados da BE que contribuíram de forma
efectiva para os objectivos da Escola em que se insere;
Avaliar a qualidade e eficácia da BE e não o desempenho
individual do Coordenador ou elementos da equipa da BE;
Mobilizar toda a Escola melhorando através da acção
colectiva as possibilidades oferecidas pela BE;
Melhorar o processo ensino/aprendizagem;
Priorizar as necessidades e metas a definir para a melhoria do
ensino; num plano que deve ser comum ao da Escola.
Modelo de Auto-Avaliação das BE’s:Este Modelo de Auto-Avaliação é flexível e
adapta-se à realidade de cada Escola e de cada
BE;
Este Modelo pretende-se que seja exequível e
facilmente integrável nas práticas de gestão da
equipa da BE.
Os Domínios que são objecto de avaliação são:A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular
A.1. Articulação curricular da BE com as estruturas pedagógicas e os docentes;
A.2. Desenvolvimento da literacia da informação;
B. Leitura e Literacias
C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade
C.1. Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento curricular
C.2. Projectos e parcerias
D. Gestão da BE
D.1. Articulação da BE com a Escola/Agrupamento. Acesso e serviços prestados pela BE
D.2. Condições humanas e materiais para a prestação dos serviços
D.3. Gestão da colecção/da informação
Os Domínios:
Nos quatro anos do processo de auto-avaliação pretende-se que em cada ano seja avaliado um dos domínios.
Metodologia a seguir:1. Perfil da BE;
2. Seleccionar o domínio;
3. Recolher evidências: o domínio escolhido será objecto de uma análise que se baseará em evidências que irão permitir traçar o quadro da BE nesse campo específico;
4. Identificar o perfil de desempenho: os resultados da análise efectuada são confrontados com os perfis de desempenho apresentados para cada um dos domínios, para situar em que nível se situará a BE;
5. Registar a auto-avaliação no relatório final: face ao resultado da BE são equacionadas as estratégias e medidas a tomar com vista ao melhoramento do desempenho da BE.
O perfil de desempenho tem quatro níveis de avaliação:
Excelente (nível 4) - O trabalho é de grande qualidade e tem um impacto muito positivo.
Bom (nível 3) - O trabalho é de grande qualidade mas ainda é possível melhorar certos aspectos.
Satisfatório (nível 2) - O trabalho está em desenvolvimento, mas necessita de melhorar para que o seu impacto seja mais efectivo.
Fraco (nível 1) - O trabalho não existe ou é pouco, sendo o seu impacto bastante reduzido. É necessário uma intervenção urgente.
O sucesso do processo de Auto-Avaliação na Escola/Agrupamento
O sucesso do Modelo de Auto-Avaliação das BE’s depende de:
da atitude e reconhecimento do órgão directivo;
dos estilos implicados no processo ensino/ aprendizagem;
do currículo e da forma como está organizado;
dos modelos e das práticas de transmissão/ apropriação do
conhecimento;
da existência de um Professor Coordenador;
que a BE desempenhe um papel de liderança;
O sucesso depende também:da relação directa da BE com a missão da Escola e
da existência de um trabalho contínuo com professores e alunos, adequando o trabalho da BE aos objectivos educativos e ao sucesso dos alunos;
do desenvolvimento sistemático de formação e apoio no âmbito das literacias críticas (professores e alunos);
do desenvolvimento de estratégias de cooperação com outras Bibliotecas;
de uma estrutura tecnológica integrada que suporta as actividades de ensino-aprendizagem.
O sucesso do processo de Auto-Avaliação na Escola/Agrupamento
Processo de Auto-Avaliação da BE:O processo de Auto-Avaliação deverá conduzir à reflexão e deverá
originar mudanças concretas na prática da utilização da BE;
A Auto-Avaliação, através da recolha de evidências, ajudará a BE a
identificar o caminho que deve seguir com vista à melhoria do seu
desempenho.
A Auto-Avaliação deverá contribuir para a elaboração de novo
plano de desenvolvimento, ao possibilitar a identificação mais clara
dos pontos fortes e fracos, o que orientará o estabelecimento de
objectivos e prioridades, de acordo com uma perspectiva realista
face à BE e ao contexto em que se insere.
A integração dos resultados da avaliação da BE na avaliação da Escola:
O relatório de auto-avaliação da BE deve ser discutido e aprovado
em Conselho Pedagógico, bem como o plano de melhoria que vier
a ser delineado. Deste modo a avaliação da BE deve estabelecer
ligações coma avaliação da Escola, já que do relatório de avaliação
da BE deve transitar uma síntese que venha a integrar o relatório
da Escola.
A avaliação da BE deve articular-se com os objectivos do Projecto
Educativo de Escola, porque o objectivo principal da BE é contribuir
para o sucesso do processo ensino-aprendizagem e tal só poderá
ser alcançado quando houver um trabalho articulado.
.
O sucesso da avaliação da Escola depende em
grande medida do sucesso da avaliação da BE.
A avaliação externa da Escola pela inspecção
poderá, assim, avaliar o impacto da BE na Escola,
mencionando-a no relatório final de avaliação da
Escola.
A integração dos resultados da avaliação da BE na avaliação da Escola:
BIBLIOGRAFIA• Bibliotecas Escolares : Modelo de Auto-Avaliação. RBE
• JOHNSON, Doug (2005) “Getting the Most from Your School Library Media Program”, Principal. Jan/Feb 2005
• MCNICOL, Sarah (2004) Incorporation library provision in school self-evaluation. Educational Review” 56 (3) 287-296 Plataforma
• SCOTT, Elspeth (2002) “How good is your school library resource centre? An introduction to performance measurement”. 68th IFLA Council and General Conference August.
• Principal. Jan/Feb 2005 <http://www.doug-johnson.com/dougwri/getting-the-most-from-your-school-library-media-program-1.html
• http://www.ifla.org/IVifla68papers/028-097e.pdf (14/10/2009)
• Texto da sessão, disponibilizado na plataforma