UFCSPA

Curso de Biomedicina – Disciplina de Fisiologia II

EFEITO DA OCITOCINA SOBRE A GLÂNDULA MAMÁRIA DA RATA

Nomes: Everton Rafael Campos INTRODUÇÃO

A ocitocina, hormônio liberado pela neuro-hipófise no período da amamentação, tem um

efeito sobre as células mioepiteliais que circundam os ductos mamários, promovendo a ejeção do

leite. Além deste, também atua durante o parto nas contrações uterinas, facilitando a expulsão do

feto.

Quando o bebê mama, as terminações nervosas presentes no mamilo geram impulsos que são

levados até o hipotálamo promovendo a inibição da dopamina e, desta forma, liberando a

produção de prolactina pela hipófise anterior, que sendo liberada na corrente sanguínea seguirá

aos alvéolos mamários ativando as células epiteliais secretoras de leite.

Este reflexo neuroendócrino desencadeado pela sucção do mamilo estimula o núcleo

supraóptico do hipotálamo a produzir ocitocina que, sendo liberada pela hipófise posterior na

corrente sanguínea, chegará às células mioepiteliais que envolvem os alvéolos mamário as

provocando a sua contração e a ejeção do leite.

A ocitocina estimula outros hormônios que levam a mãe a ficar calma, relaxada e mais

amorosa com o seu bebê.

OBJETIVO

Demonstrar o efeito da ocitocina sobre a glândula mamária da rata no período de

amamentação.

PROCEDIMENTO

- Incubar as glândulas mamárias de ratas em fase de amamentação em solução

de Ringer-Locke (R-L) conforme o quadro abaixo.

OBS: - Deixar os tubos 1,2 e 4 em banho-maria (37oC) por 10 minutos.

- No tubo 3, adicione a adrenalina e coloque-o em banho-maria por 10 minutos,

após acrescente ocitocina e incube novamente por mais 10 minutos.

RESULTADOS :

Indique os resultados esperados para cada tubo segundo a seguinte convenção:

(-) nenhuma liberação de leite

(+) liberação moderada de leite

(++) intensa liberação de leite

Obs.: Como as ratas são lactantes, as glândulas mamárias contêm leite. Resultado

esperado

Tubo 1 ( - )

Tubo 2 ( ++ )

Tubo 3 ( + )

Tubo 4 ( - )

CONCLUSÕES:

Após incubar as glândulas mamárias de ratas em fase de amamentação em solução de Ringer-Locke (R-L), ocitocina e adrenalina nas suas devidas proporções, observou-se o seguinte:

No tubo 1, devido à ausência de ocitocina, as células mioepiteliais que envolvem os alvéolos mamário não se contraíram e, por isso, a glândulas mamárias não liberaram leite. Já no tubo 2, há uma quantidade significativa e, diante disso, houve uma intensa liberação de

Leite.

No tubo 3, a presença de 0,2 ml de adrenalina, hormônio de luta ou fuga liberado em situações de estresse que é um vasoconstritor das extremidades do corpo e inclusive da

glândula mamária, não permitirá a liberação de leite. Entretanto, após a adição de 0,8ml de

Tubo 1 Tubo 2 Tubo 3 Tubo 4

R-L 2,0 ml 1,2 ml 1,0 ml 1,8 ml

Adrenalina - - 0,2 ml (OBS) 0,2 ml

Ocitocina - 0,8 ml 0,8 ml (OBS) -

ocitocina, haverá uma liberação moderada de leite. No tubo 4, a adrenalina inibirá a liberação de leite.

Portanto, neste experimento, fica evidente o efeito do hormônio ocitocina na contração das células mioepiteliais que circundam os ductos mamários promovendo a ejeção do leite e, pode observar também, como a adrenalina pode inibir a ejeção de leite devido ao feed back negativo.