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Edição de Fevereiro de 2010

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João Freitas ganhou “Ecodriver Challenge”UE altera Convenção TIRTacógrafo digital obrigatório nos países AETR 4Nissan Diesel é agora UD TrucksIveco fornece 2 044 veículos ao exército brasileiro 5João Coelho ao TRANSPORTES & NEGÓCIOSAC MAN lidera distribuição MAN na Península 6/7Ulf Grevesmühl ao TRANSPORTES & NEGÓCIOSScania quer crescer em Portugal 8Novo Transporter à venda em PortugalVito eléctrico começa a ser produzido este ano 9Renault lança novo Master em Abril 10/11Produção de comerciais “made in Portugal” sobe 32%Mitsubishi foi a marca mais penalizada em 2009PSA Mangualde concentra-se nos “eléctricos” 12MAN trabalha 55 dias no semestreScania lucra mais de 100 milhões 13Volvo registou perdas de 1,4 mil milhõesLeif Johansson prevê mais concentrações no sector400 milhões de reais para o Brasil 14Daimler reforça participação na KamazPaccar lucra mais de 100 milhões 15Luís Andrada ao TRANSPORTES & NEGÓCIOSKnorr-Bremse Bost Ibérica atenta aos PALOP 16/17AdBlue falsificado à venda a EuropaKrone alarga assistência com MANMichelin X Energy SaverGreen premiadoTRW Proequip amplia gamaBP Portugal “muda-se” para Madrid 18

FICH

A T

ÉCN

ICA

Índice

Nota Abertura

Registo na D.G.C.S. Nº 123054Depósito Legal N.º 164047/01

T&NTRANSPORTES & NEGÓCIOS

Redacção, administração,assinaturas e publicidade:Apartado 304580 RecareiTel: 22 433 91 60/1. Fax 22 433 91 [email protected]

Propriedade: José Fernando Araújo GonçalvesApartado 30 • 4580 RecareiEditora: Riscos - Sociedade Editora, LdaDirecção: Fernando GonçalvesRedacção: João Cerqueira, Susana MarvãoEdição Electrónica: Paulo CostaDepartamento comercial: Ana Paula Oliveira

Eu quero umcarro eléctricoAo contrário do que começa a verificar-senoutros mercados, em Portugal as estatísti-cas de matrículas de pesados de mercado-rias – e de passageiros também – continu-am tingidas de vermelho vivo neste arran-que de 2010.Porquê? Porque por cá a retoma do cresci-mento económico se faz esperar (e será maisténue do que noutras paragens, já se sabe).Porque a nossa vizinha Espanha enfrentatambém sérias dificuldades. E porque acrise das empresas transportadoras nacio-nais não teve a sua origem em 2008, pelocontrário vem muito de trás.Sem mercadorias para transportar, não hárazão para renovar as frotas, e muito me-nos para as ampliar. Sem clientes para osveículos novos, resta às marcas, e a quemcom elas trabalha, apostar no após-venda,na manutenção dos veículos e nas peças…enquanto os operadores não encostarem osveículos ou fecharem as portas.Às dificuldades dos transportadores – e,logo, de todos quantos com eles trabalham- o Estado diz nada. Um silencio ensurde-cedor que contrasta, e de que maneira, coma sucessão de anúncios de iniciativas eapoios à utilização dos futuros veículos eléc-tricos, como se fossem eles a panaceia paraos males do transporte rodoviário e damobilidade urbana.

FERNANDO GONÇALVES

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A partir do próximo 16 de Junho, os trans-portadores rodoviários registados em paísesnão comunitários aderentes ao acordo AETR(acordo europeu relativo ao trabalho dastripulações de veículos afectos ao transpor-te rodoviário internacional) serão obrigadosa instalar tacógrafos digitais em todos osveículos novos postos ao serviço pela primei-ra vez e utilizados à luz das regras desteacordo.Em muitos desses países verificam-se aindaatrasos substanciais nos preparativos neces-sários à introdução do tacógrafo digital.

UE alteraConvençãoTIRO Conselho da União Europeia apro-vou uma decisão relativa à posiçãoa adoptar pela UE no que respeitaàs alterações da Convenção Adua-neira relativa ao Transporte Interna-cional de Mercadorias efectuado aoabrigo das Cadernetas TIR (Conven-ção TIR).Estas alterações prendem-se, nomea-damente, com a melhoria do proce-dimento que habilita as associaçõesa emitirem cadernetas TIR e a servi-rem de fiadoras, procedimento esseque é assim reorganizado, tendo emvista tornar-se mais fácil de compre-ender e de aplicar.

oão Freitas, motorista da Ces-pa Portugal, uma empresa detransporte de resíduos urba-

nos da Área Metropolitana do Porto,foi o vencedor da finalíssima do “Eco-driver Challenge”, prova organizadapela AC MAN, nas instalações da em-presa em Aveiro. Este evento contoucom a participação de 72 motoristasde 40 empresas transportadoras, ten-do sido realizadas três provas de qua-lificação, em Novembro, nas instala-ções da AC MAN de Viseu, Leiria eAveiro, donde saíram os nove finalis-tas.

João Freitasganhou“EcodriverChallenge”

O principal objectivo do “EcodriverChallange” foi demonstrar que a con-dução económica pode ser mais se-gura, ecológica e confortável. Todasas provas foram realizadas em parâ-metros idênticos em termos de percur-sos e condições atmosféricas. JoãoFreitas obteve um consumo médio de34 l/100 km, num percurso de 42 km,a bordo dum MAN TGX 18.400 4x2BLS, equipado com caixa de veloci-dades automatizada.Ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS,João Coelho, administrador da ACMAN, destacou que “o que foi extra-

ordinário nesta prova foi ser realiza-da por um concessionário indepen-dente, levando a cabo um evento quenem os próprios fabricantes têm cora-gem de fazer”. Quanto aos objectivos,“quis provar aos motoristas que gran-de parte dos consumo tem a ver coma sua forma de conduzir”. E conse-guiu, uma vez que nas classificativaschegou a haver diferenças de consu-mo na casa dos 12 l/100 km. Aindasegundo o responsável da AC MAN,“esta iniciativa é para continuar nospróximos anos, mantendo o mesmomodelo base”.

J

Tacógrafodigitalobrigatórionos paísesAETR

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esde 1 de Fevereiro, o cons-trutor japonês Nissan DieselMotor Co. foi rebaptizado como nome UD Trucks Corporati-

on. Esta alteração implica igualmentea mudança de nome da marca Nis-san Diesel para UD Trucks, recebendoa partir de agora os camiões destefabricante um novo logo com a novadenominação.

D A Nissan Diesel é uma das mais im-portantes marcas japonesas de cami-ões, tendo no ano passado alcança-do uma quota de mercado de cercade 25% na gama pesada.A empresa foi criada em 1935, sob adenominação Diesel Nihon Industries,integrando actualmente o grupo Vol-vo. A marca também produz e vendeno mercado chinês, graças à joint-ven-

O Exército brasileiro e a Iveco Amé-rica Latina rubricaram um contratopara o fornecimento de 2 044 uni-dades da versão base da nova fa-mília de veículos blindados de trans-porte de pessoal (VBTP-MR). Estesveículos irão substituir os modelosUrutu, utilizados actualmente pelasForças Armadas do Brasil.O contrato está avaliado em 6 mil

milhões de reais (cerca de 2,5 milmilhões de euros) e terá uma dura-ção de 20 anos.O arranque da produção do lote de2 044 unidades está planeado parao início de 2012, terminando em2030. A construção dos veículos, in-cluindo os motores, será feita no Bra-sil, para o que a Iveco irá prepararuma área de produção exclusiva-

mente dedicada a este projecto.A cadeia de fornecimento irá envol-ver mais de 100 fornecedores direc-tos e algumas centenas de indirec-tos.O VBTP-MR é uma família de veícu-los com motor diesel e um peso bru-to de 18 toneladas, tracção integral6x6, capacidade anfíbia e lotaçãoaté 11 soldados.

Iveco fornece2044 veículosao exército brasileiro

Nissan Dieselé agoraUD Trucks

ture com a Dongfeng Motor Corporati-on.A introdução no Japão de uma lei queproporciona um desconto ambientalaos camiões mais eficientes do pontode vista energético veio favorecer ocrescimento das vendas da Nissan Di-esel, que neste momento é a marcalíder em termos de eficiência de con-sumo combustível.

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português o maior distribuidorda MAN na Península Ibérica.Chama-se AC MAN e é lide-rada por João Coelho. O su-

cesso é explicado pelo forte investimen-to na marca. A crise do ano passadotambém ali se fez sentir, mas a que-bra nas vendas de veículos foi parci-almente compensada pelo incrementodo pós-venda, uma aposta de raizque é para manter e reforçar.A AC MAN é distribuidor oficial daMAN nos distritos de Leiria, Aveiro,Viseu, Guarda, Coimbra e CasteloBranco. Nos últimos seis anos construiuna sua área de concessão cinco mo-dernos MAN Center Truck & Bus Servi-ce, de acordo com os padrões mode-lares da marca, onde, para além davenda de camiões e autocarros, pres-ta aos veículos da marca alemã todoo tipo de serviços de assistência após-venda.“No espaço de meia dúzia de anosinvestimos 17,5 milhões de euros no ne-gócio MAN”, adianta João Coelho,administrador da AC MAN, ao TRANS-

PORTES & NEGÓCIOS. “Neste momen-to já somos o maior distribuidor ibéricoda MAN, em parte também devido àgrande crise que está implantada emEspanha, duma forma ainda mais in-tensa do que no nosso país. Em Portu-gal temos 50% de quota de mercadodas vendas da MAN, e em termos deassistência andaremos entre os 60% eos 70%”, acrescentou.Para a AC MAN também 2009 foi umano atípico, com as vendas de pesa-dos a sofrerem uma queda na ordemdos 50%. Isto depois de um exercíciode 2008 muito positivo. “Em 2008, ti-vemos um volume de negócios globalde cerca de 55 milhões de euros, coma AC MAN a facturar aproximadamen-te 40 milhões e a registar um cresci-mento homólogo superior a 25%”, re-corda João Coelho. “Em 2009, tivemosuma quebra muito forte, provocadapela crise nas vendas de camiões no-vos”.Apesar deste cenário pouco risonho,no ano passado a empresa cresceucerca de 30% no negócio do após-ven-

AC MAN lideradistribuição da MANna Península Ibérica

da, com um volume de facturação naordem dos 15 milhões de euros, “querepresentou pela primeira vez mais de50% do nosso volume de negócios”.Caso para dizer que a aposta de sem-pre no após-venda deu inegáveis fru-tos. “Nós não quisemos apostar sim-plesmente na venda de camiões, masantes agarrar toda a actividade deretalho. Sempre acreditei que paravender camiões precisava dum bomserviço de assistência”. Hoje a oficinada Guarda já é utilizada como plata-forma de assistência para Espanha eFrança.O plano estratégico de negócios dogrupo para 2010 prende-se em cercade 90% com as actividades relaciona-das com o após-venda. “Queremoscrescer mais 10% em facturação nestesegmento. No que diz respeito às ven-das de camiões, as nossas previsõesde crescimento para este ano situam--se entre os 25 e os 30%. Neste mo-mento já temos muitas encomendas oque nos abre boas expectativas”, su-blinha João Coelho.

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Reforçando a aposta na prestação deserviços de assistência após-venda, o gru-po ACXXI acaba de criar uma nova em-presa, a Expert Eficaz.A nova entidade tem um contrato com aBosch Car Service, ao abrigo do qual“desenvolvemos já um projecto para 15oficinas mistas espalhadas por todo oPaís, onde teremos o conceito tradicio-nal Bosch Car Service (que compreendea reparação automóvel multimarca) jun-tamente com o Bosch Truck Service”,avança João Coelho.A Expert Eficaz será a primeira empre-sa a implantar este sistema a nível euro-peu. O Bosch Truck Service é um concei-to de serviço que existe presentementeapenas no continente americano, comparticular incidência no Brasil. A ideia éreparar qualquer camião, de qualquermarca, com a garantia Bosch. As ofici-nas oferecerão também o serviço Assi-vepe, de reparação de semi-reboques.“Este ano deverão abrir já as duas pri-meiras oficinas desta nova rede – anun-cia João Coelho -, a primeira em Viseu ea segunda no Entroncamento. Nos pró-ximos anos pretendemos cobrir todo oterritório nacional, desde o Minho atéao Algarve”.

Mais dequatro décadasde históriaA ACXXI é a marca que reúne empre-sas como a AC MAN, ActoRent, Trai-dAC, Assivepe e A. Coelho, todas elasdesenvolvendo actividades distintas nouniverso dos veículos pesados.A empresa-mãe da ACXXI é a A. Coe-lho, fundada pelos pais do actual lí-der, que contabiliza já mais de quatrodécadas de história no sector da ven-da de camiões usados. “Em 2003,senti que tinha muito mais potencialpara crescer e que o sector dos usa-dos não me deixava evoluir como em-presário”, recorda João Coelho. Nes-sa altura, “a MAN teve um problemacom o anterior concessionário em Lei-ria, que acabou por fechar, e nós agar-rámos essa oportunidade”.Em 2006, foi criada a ActoRent, umaempresa de renting que opera comuma frota de cerca de 300 camiõesem regime de aluguer de longo prazocom semi-reboques, e cujo volume denegócios ultrapassou os três milhões deeuros no ano passado. “Estamos acomeçar agora com o aluguer de cur-to prazo: por exemplo, uma empresaque tenha um camião avariado podealugar um veículo nosso por um mêsou quinze dias, consoante as suas ne-cessidades”.Em 2007, nasceu a TraidAC, que ven-de equipamentos pesados com ca-mião, nomeadamente betoneiras, gru-as, básculas, carroçamentos especiais,enfim, toda a espécie de equipamen-tos especiais para actividades de trans-porte específicas. No seu segundo anode actividade a TraidAC atingiu um vo-lume de negócios de 4,9 milhões deeuros.Nesse mesmo ano, o grupo entrou nocapital da Assivepe, na qualidade deagente reparador de semi-reboques,especializando-se em sistemas de tra-vagem, sistemas pneumáticos, carro-çarias, etc., e operando com duas ofi-cinas exclusivas para a marca. Em2009, o negócio Assivepe gerou parao grupo uma facturação próxima domilhão de euros.

Ainda no segmento da assistência, o gru-po pretende aperfeiçoar o seu modelode negócio, definindo bem as parceri-as, e optimizando a gestão oficinal, depeças, etc. O negócio de peças parapesados rende cerca de seis milhões deeuros por ano.“Neste momento temos cerca de 450 con-tratos de manutenção e reparação efec-tivos. Pretendemos também desenvolverparcerias com os clientes, nomeadamen-te através da assistência ao domicílio.Estamos a negociar duas parcerias paratomarmos conta das oficinas de duas em-presas transportadoras, um operador deautocarros e outro de camiões”, revela.No âmbito do negócio AC MAN, a em-presa pretende também construir ofici-nas em Pombal, Castelo Branco e naGuarda. “Em Pombal e Castelo Brancojá adquirimos os terrenos”, conclui JoãoCoelhoA empresa opera igualmente o MANService (assistência 24 horas), possuin-do cinco carros-oficina para a marca (umem cada filial) e mais dois para a Assi-vepe. Tem ainda acordos com algumasempresas internacionais de assistência24 horas, em Espanha, na Alemanha ena Holanda.

Aposta no após-vendapassa pelo Bosch Truck Service

João Coelho ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS

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umentar as vendas, à boleiada nova Série R, e reforçar aproximidade aos clientes

transportadores são as apostas daScania Ibérica para o mercado por-tuguês, avançou ao TRANSPORTES &NEGÓCIOS Ulf Grevesmühl, director-geral da empresa.O principal objectivo da marca para2010 “é crescer. Vamos tentar cres-cer com a economia portuguesa. Te-mos um novo camião - a nova Série Rfoi eleita Truck of the Year 2010 - eestamos agora a apresentar esta no-vidade junto dos clientes dos diferen-tes mercados”, afirmou.Ulf Grevesmühl acredita que a eco-nomia mundial “vai melhorar” e quea Série R tem um enorme potencialpara alavancar as vendas da marcanos mercados ibéricos. “A Scania é oúnico fabricante que está a apresen-

tar alguma coisa realmente nova nes-tes tempos difíceis”, acrescentou.Quanto ao reforço da proximidadeaos clientes e da rede de assistência,o novo director-geral da marca suecaem Portugal é peremptório: “estamosa investir no futuro. Vamos construiruma nova oficina em Leiria, já temostodas as licenças necessárias parapodermos iniciar as obras no terreno”.Desde o passado 1 de Janeiro, os mer-cados de Portugal e Espanha passa-ram a integrar uma única unidade denegócio, com a constituição da ScaniaIbérica. Por sua vez, a rede de distri-buidores e de serviços pós- -vendada Scania Portugal foi concentrada emtrês centros regionais: Scania PortugalNorte (Porto, Viseu e Vilar Formoso), Sca-nia Portugal Centro (Coimbra e Leiria),e Scania Portugal Sul (Lisboa e Madei-ra). Em Espanha, a Scania vai continu-

ar a operar com 21 concessionários, trêsdos quais são de rede própria.A nova estrutura ibérica da Scania foidada a conhecer nas jornadas de Por-tas Abertas que se realizaram nas ins-talações da Scania do Porto, Leiria eSanta Iria da Azóia, iniciativas quecontaram com a participação de maisde 1 200 pessoas, na esmagadoramaioria empresários transportadorese respectivos familiares.Sob o lema “Já vi a Nova Série R”, osmuitos participantes puderam ficar aconhecer não só o novo camião, mastambém o inovador sistema ScaniaDriver Support, o programa de forma-ção contínua Scania Driver Training,os novos carros oficina de assistênciana estrada Scania Assistance e umaloja de roupa, com ampla oferta deartigos das linhas Scania Truck Geare Scania Selection.

ULF GREVESMÜHL AO TRANSPORTES & NEGÓCIOS

Scaniaquer crescerem PortugalA

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novo Volkswagen Transporterjá se encontra à venda emPortugal, disponível na rede

de distribuição da Volkswagen Veícu-los Comerciais.Proposto em duas distâncias entre-ei-xos, e em configurações furgão decarga com três alturas distintas, com-bi e chassis cabina simples e dupla,de dois a seis lugares, a nível de ex-

Novo Transporterà venda em Portugal

teriores, entre as principais novidadespatentes no novo modelo, destaca-seum visual imprimido por alterações nagrelha, nos faróis e nas linhas do ca-pot.A nova família de motores de 2 litros“common-rail” de injecção directa TDIdesenvolvem 84, 104, 140 e 180 cv.Passa igualmente a estar disponívelna gama uma caixa automatizada de

A variante 100% eléctrica do Vito foi apre-sentada pela Mercedes-Benz em San Se-bastian, Espanha, no decurso do Conse-lho da Competitividade informal, quereuniu os 27 ministros da Indústria daUnião Europeia.A montagem do equipamento eléctri-co será feita na fábrica da Mercedesde Vitória, no País Basco. Este ano se-rão produzidos mais de 100 furgõesVito Eléctrico, destinados a cerca deuma vintena de clientes, sobretudo fro-tistas e instituições públicas que efec-tuam operações de transporte em zo-nas ambientalmente sensíveis.

Vito Eléctricocomeça a serproduzido esteano

Equipado com baterias de iões de lí-tio, com uma tensão de 400 volts, umaintensidade de 16 ampéres e uma ca-pacidade de 32 kWh, o Vito eléctricoterá uma autonomia média de 130 km.O motor eléctrico proporciona uma po-tência máxima de 90 kW, permitindoatingir uma velocidade máxima limita-da a 80 km/h, com uma capacidadede carga superior a 900 kg.O Vito eléctrico vem equipado de sé-rie com ESP, ABS e ASR. A cadeia ci-nemática funciona apenas com a ener-gia das baterias, não existindo qual-quer motor de combustão interna.

A variante eléctrica do Vito nasce dumacordo subscrito o ano passado entrea Mercedes-Benz España e o Depar-tamento da Indústria, Comércio e Tu-rismo do governo basco. O investimentopara a transformação tecnológica domotor de combustão em motor eléctri-co ascende a nove milhões de euros.O acordo abrange igualmente o com-promisso, por parte da Mercedes-BenzEspaña, de colaborar activamentecom a indústria basca de componen-tes automóveis em projectos comuns naárea da investigação e inovação emequipamentos para veículos eléctricos.

O sete velocidades de dupla embraia-gem, desenhada para as motoriza-ções de 140 e 180 cv.A capacidade de carga foi reforça-da nas versões furgão, sendo parale-lamente o novo Transporter propostocom três níveis distintos de equipamen-to (Entry, Extra e Extra AC), a par deduas séries limitadas (City e Sportli-ne).

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Salão Internacional das Solu-ções de Transporte (Solutrans),que se realiza na cidade fran-

cesa de Lyon entre 2 e 6 de Março,servirá de palco à estreia mundial donovo utilitário Renault Master, nascidoda cooperação entre a Renault e a Re-nault Trucks, cuja comercialização teráinício a partir do próximo mês de Abril,através das duas redes do construtorfrancês na Europa.Produzido na unidade fabril Sobab(Societé des Véhicules Automobiles deBatilly) da Renault, em França, o novoMaster cobre o segmento entre as 2,8e as 4,5 toneladas de peso bruto,patenteando como principais novida-

des o design, a cabina, o motor e tam-bém novos modelos de propulsão.Ao longo do ano serão comercializa-das sucessivamente as versões furgão,chassis-cabina (simples e dupla) e ca-bina dupla-plataforma. O volume decarga útil do Master pode chegar aos17 m3 na versão longa e até 2 254kg de capacidade de carga em fur-gão e 2 495 kg em chassis-cabina.Proposto em três distâncias entre-eixos,quatro comprimentos úteis e três altu-ras de cabina, as versões chassis-ca-bina, tracção (optimizada em cargaútil no eixo traseiro) e propulsão demontagem simples apresentam váriaslongitudes carroçáveis.

Renault lançanovo Master em Abril

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Conduçãomaisconfortávele seguraNo interior do Master destacam-se oposto de condução melhorado, no-vos espaços de arrumação e equipa-mentos como o GPS Tom-Tom integra-do.O acesso à plataforma de carga be-neficia de portas laterais e traseiraslargas e dum umbral de carga bai-xo (até 542 mm). Como opcional, oMaster disponibiliza também umaporta traseira que se abre a 270º euma guarnição interior de madeira.A nível de segurança, destacam-seequipamentos oferecidos de série nal-guns modelos, como o ESP e o ASR,o ABS o AFU (sistema de travagemde emergência) e o airbag de con-dutor em toda a gama.O Master poderá ser adquirido com“serviço incluído”, e com contratos demanutenção Start & Drive e Expan-dys, oferecendo o primeiro um con-trato standard de revisões regularesprogramadas e um contrato que co-bre a totalidade da manutenção edas reparações do veículo; enquan-to o segundo cobre todos os riscostécnicos durante um período de doisa quatro anos, em função da opçãodo cliente. A Renault pratica tambémna nova gama uma política de pre-ços globais de manutenção e de tari-fas fixas determinadas por antecipa-ção.A gama de utilitários Renault é com-posta pelo Master e pelo Maxity, mo-delo que já vendeu 15 mil unidadesdesde 2007, ano em que foi lança-do. A Renault vende cerca de 25 milutilitários por ano, através duma redede cerca de 1 500 pontos de vendaem mais de 100 países.

MotormaiseconómicoEquipado com um novo motor Euro 4de cilindrada mais pequena (2,3 litrosdCi), proposto em versões de potênciade 100, 125 e 150 cv, a marca fran-cesa garante para o Master ganhosde consumo de combustível na ordemdos 7% em relação ao anterior bloco.Por exemplo, a motorização de 125 cvem versão L2H2 “consome menos de8 l/100 km”. Os intervalos de substi-tuição do óleo do motor situam-se en-tre cada 30 000 a 40 000 km, conso-ante as versões. As motorizações de125 e 150 cv podem ser acopladas auma caixa de velocidades automati-zada. Por sua vez, a caixa manual éfornecida de série em toda a gama, eincorpora o indicador luminoso “Fre-eshift” no painel de instrumentos, umdispositivo que recomenda a mudan-ça de velocidade sempre que neces-sário.A nova gama também disponibilizauma versão Euro 5, equipada com umnovo filtro de partículas, que tem comoprincipal especificidade o facto de virequipado com um quinto injector nalinha de escape.

Para o mês de Abril está tambémagendada a ampliação da gamaRenault Kangoo Express com umanova variante, a Maxi, que se vemjuntar à Compact e à Normal.O Kangoo Express Maxi, como o pró-prio nome indica, passará a ser aversão mais longa da gama, com 4,6metros de comprimento, disponibili-zando um volume útil de até 4,6 m3,graças ao aumento de 39 centíme-

Nova varianteKangoo Express

tros no compartimento de carga, emrelação à variante Normal. A capa-cidade de carga máxima é de 800kg.Proposto em versões furgão de doislugares e furgão misto de cinco luga-res, na Kangoo Express Maxi nãoexiste versão de tecto alto, o que per-mite a sua entrada na maioria dosparques subterrâneos existentes naEuropa.

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Mitsubishi foia marca maispenalizadaem 2009No ano passado, os construtores ins-talados em Portugal produziram 24335 veículos, menos 43,3% do queno ano anterior. A quebra foi maissentida nos pesados.No ano passado, os quatro fabri-cantes “nacionais” de veículos co-merciais, ligeiros e pesados, produ-ziram 24 335 unidades, númeroque contrasta com os 42 913 de háum ano e que é de longe o pior re-sultado da década.Entre Janeiro e Dezembro produzi-ram-se 22 172 comerciais ligeiros(contra 36 178 em 2008). Comerci-ais pesados foram produzidos 2163 (6 735 há um ano), sendo 2079 de mercadorias (contra 6 609)e 84 de passageiros (126).A Mitsubishi Fuso Truck Europe foi amais penalizada, com uma quebrade quase 74%, tendo passado de10 886 unidades, em 2008, paraapenas 2 850 em 2009. A ToyotaCaetano, por seu turno, teve umaquebra de produção de 67%, ten-do passado de 5 947 para 1 967veículos construídos.A Peugeot-Citroën conseguiu o me-lhor resultado, com uma perda de19%, tendo produzido 18 848 co-merciais ligeiros (foram 23 218 em2008).

A fábrica da Peugeot Citroën (PSA)de Mangualde vai passar a produ-zir apenas as versões eléctricas doscomerciais ligeiros Berlingo e Partner,a partir do segundo semestre de2011.Ainda este ano, a fábrica portugue-sa deverá produzir cerca de sete milunidades convencionais. Mas a par-

tir de meados de 2011 a produçãodeverá ser exclusiva dos Berlingo ePartner de tracção eléctrica.As novas encomendas asseguram ofuturo da fábrica nos próximos seisanos, garantiu ao “DN” fonte oficialda empresa.Os novos veículos estão já a ser de-senvolvidos nas unidades espanho-

PSA Mangualde concentra-se nos “eléctricos”

m Janeiro, a produção nacio-nal de veículos comerciais recu-perou praticamente das perdasregistadas no início de 2008.

Mas o resultado, apesar de represen-tar um sinal positivo, é ainda assim osegundo pior Janeiro da década.A produção de comerciais ligeiros atin-giu os 3 089 veículos, uma subida de32,6% face aos 2 329 de há um ano.Já a produção de pesados aumentou22.2%, para as 325 unidades, sendo316 camiões (mais 23%) e nove auto-carros (igual a 2008).Nos comerciais ligeiros, a Peugeot-Ci-troën cresceu 33,9%, tendo passadode 1 999 para 2 677 veículos produ-zidos. A Mitsubishi Fuso, segundo cons-trutor, subiu 9,1%, de 186 para 203unidades. A Toyota Caetano, por seu

turno, passou de 132 para 185 uni-dades produzidas (mais 40,2%) e aVN Automóveis construiu 24, o dobrode há um ano.Nos pesados, a liderança é de longeda Mitsubishi Fuso, com 205 unidades(mais 17,1%), mas foi a VN Automó-veis que mais progrediu em Janeiro,em termos relativos: 33,3%, para as96 unidades Isuzu. A Toyota Caetanoaumentou a produção em 26,3% ten-do atingido as 24 unidades.Nos ligeiros de passageiros, os fabri-cantes nacionais atingiram em Janeirouma produção de 8 174 veículos, mais4,1% que há um ano. A subida de6,8% da Autoeuropa, com 6 974 car-ros fabricados, foi em parte mitigadapela quebra de 9,2% da Peugeot-Ci-troën, para as 1 200 unidades.

Produção de comerciais“made in Portugal” sobe 32%

las do Grupo PSA. A produção emPortugal exigirá a ampliação das ins-talações de Mangualde, um proces-so que terá de estar concluído den-tro de um ano.O projecto de investimento envolve,além do grupo automóvel francês, aautarquia de Mangualde, o Gover-no e o AICEP.

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té ao final de Junho, as fá-bricas europeias da MAN sótrabalharão o equivalente a55 dias, por causa da crise.

Ao invés, no Brasil a marca alemãprepara um terceiro turno para au-mentar a produção.A MAN Veículos Comerciais registouem 2009 uma quebra de facturaçãode 40%, tendo passado de 10,6 milmilhões de euros, em 2008, para 6,4mil milhões em 2009, anunciou a com-panhia. As vendas de camiões caí-ram 55%, para as 46 767 unidades.No mesmo período, os resultados ope-racionais foram negativos em 91 mi-lhões de euros, valor que compara

com os ganhos de 1,062 mil milhõesregistados no exercício anterior.No final de 2009 a carteira de enco-mendas totalizava 37 984 veículos (me-nos 50% em termos homólogos), equi-valentes a 5,224 mil milhões de euros(menos 42,7%). No entanto, a empre-sa sublinhou o aumento experimenta-do no último trimestre, tanto em númerocomo em valor de encomendas.Para 2010, a MAN espera ainda umano difícil, razão por que decidiu man-ter a redução do horário de trabalhonas unidades produtivas europeias,pelo menos até ao final do primeirosemestre. Na prática, o trabalho efecti-vo nestes primeiros seis meses do ano

A Scania anunciou uma quebra de87% nos lucros de 2009. As entregasde veículos retrocederam 41% e asencomendas caíram 24%.Apesar de apenas ter entregue 43443 veículos, contra 73 973 em 2008,a Scania logrou atingir em 2009 umresultado líquido superior a 100 mi-lhões de euros, sublinhou Leif Ostling,CEO do construtor sueco, agora con-trolado pela VW.Em 2009, o volume de negócios daScania recuou 30%, em termos homó-logos, para perto dos seis mil milhõesde euros. Os resultados operacionaisafundaram 80% mas foram ainda as-sim positivos em 239 milhões de euros.Desde Setembro de 2008, e tentandoadaptar a sua estrutura de custos à novarealidade do mercado, a Scania dis-pensou 3 900 trabalhadores, maiorita-riamente na área da produção.

MANtrabalha55 dias nosemestre

A

As encomendas de novos veículos bai-xaram 24%, de 51 mil para perto de39 mil, mas no quarto trimestre (e aocontrário do verificado nas entregas)o saldo já foi claramente positivo, ten-do passado de 2 400 para 13 800unidades.As entregas de camiões recuaram 51%na Europa Ocidental, 74% na EuropaCentral e de Leste, 11% na AméricaLatina e 28% na Ásia. O Brasil confir-mou-se como o maior mercado nacio-nal, a subir 3,9% para as 8 324 uni-dades matriculadas em 2009. A mar-ca sueca recuou 44% no Reino Unido,38% na Alemanha, 48% em França e18% em casa.Em volume de negócios, o Brasil é, delonge, o maior mercado da Scania, avaler mais de nove mil milhões de co-roas suecas, quase o dobro do ReinoUnido e mais do dobro da Suécia.

Scania lucra mais de 100 milhões

corresponderá apenas a 55 dias detrabalho normal. A redução da pro-dução permitiu reduzir os inventáriospara cerca dos seis mil veículos. Eoutras medidas de contenção permiti-ram poupanças de 700 milhões.Mas nem tudo é mau. Na AméricaLatina, em particular no Brasil, a ac-tividade da MAN está em alta. Tan-to assim que a companhia prevê in-troduzir um terceiro turno a partir deMarço, elevando a capacidade deprodução de 50 mil para 72 mil veí-culos. No país de Lula da Silva, amarca alemã detém uma quota demercado de mais de 30% nos pesa-dos de mercadorias.

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Retoma na Europa e EUA esperada para 2010

eif Johansson prevê que esteano o mercado de camiõescrescerá 10% na Europa e

20% a 30% na América do Norte. Ogrupo Volvo acumulou em 2009 per-das de 1,4 mil milhões de euros.As vendas do grupo caíram 28%, paraa casa dos 21 mil milhões de euros,fortemente penalizadas pelo “afun-danço” do mercado de veículos pesa-dos. O resultado líquido negativo de1,44 mil milhos de euros contrasta comos lucros de mil milhões em 2008.Apesar disso, as perdas operacionaisforam limitadas, sublinhou o CEO da

L

A Volvo prevê investir 400 milhões dereais no Brasil, nos próximos dois anos.Isto depois de em 2009 ter consegui-do ali o segundo melhor resultado desempre, que confirmou o país como oprincipal destino dos camiões e auto-carros da marca sueca. Uma presta-ção explicada pela empresa com ofacto das medidas de incentivo dogoverno de Lula da Silva terem aju-dado o mercado a recuperar.

400 milhõesde reais parao Brasil

Para aumentar a presença no merca-do interno e o crescimento nas expor-tações de camiões e autocarros, a Vol-vo do Brasil irá investir nos próximosdois anos cerca de 400 milhões dereais em novos produtos e na expan-são da rede de concessionários.Segundo o presidente da marca sue-ca no Brasil, Tommy Svensson, no anopassado a multinacional investiu cer-ca de 60 milhões de reais na fábricade Curitiba para aumentar a capaci-dade de produção. Actualmente, aunidade produz diariamente cerca de70 camiões, em dois turnos de produ-ção, um volume que já suporta o au-mento de vendas esperado para ospróximos anos.No ano passado, o Brasil conseguiu

igualmente superar os EUA no núme-ro de camiões Volvo vendidos, tornan-do-se no maior mercado do mundopara o construtor sueco.Em entrevista a um jornal económi-co brasileiro, Tommy Svensson expli-cou que este posto deverá ser man-tido por mais dois anos. Isso porquea perspectiva de crescimento domercado norte-americano é de 20%,o que fará as vendas saltarem de6,6 mil unidades para cerca de 7,8mil camiões. “Enquanto no Brasil [asvendas] devem ser superiores a 10,5mil veículos. Isso demonstra a confi-ança da matriz em nossa subsidiá-ria. 2010 será um ano muito bompara a companhia”, afirmou o exe-cutivo.

companhia, pelo programa de redu-ção de custos e de incremento da pro-dutividade.Mas se o ano de 2009 foi muito mau,2010 pode revelar-se francamentemelhor. Leif Johansson sublinhou queo arranque do novo exercício está ain-da a ser lento, mas que irá melhoran-do ao longo do ano, devendo atingirum crescimento de 10% na Europa ede entre 20% e 30% na América doNorte.Estas previsões, sublinhou a companhiasueca, estão em linha com as da in-dústria.

Leif Johansson, CEO da Volvo, o se-gundo maior grupo fabricante de ca-miões do mundo, acredita que den-tro em breve iremos assistir a novasfusões e aquisições na indústria mun-dial dos camiões.“Face à crise actual, não iremos as-sistir apenas a uma aliança entre aMAN e a Scania. A crise é de talmodo grave, a mais grave que co-nhecemos até hoje, que um movi-mento de concentração será perfei-tamente natural, sobretudo na Chi-na, onde existem demasiados cons-trutores” – afirmou o CEO do GrupoVolvo AB.Ainda segundo Johansson, a retomade vendas de camiões Volvo deverácifrar-se este ano num crescimento en-tre os 10% e os 15%, “mas o impac-to da crise não poderá ser digeridoantes de 2012, 2013, ou até mes-mo 2014”.Johansson acredita também que, gra-ças à reestruturação efectuada peloconstrutor sueco nos últimos anos, arentabilidade do grupo irá crescerpara níveis recorde a médio prazo.

Leif Johanssonprevê maisconcentraçõesno sector

Volvo registouperdas de 1,4 mil milhões

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O grupo Paccar registou um resultadolíquido de 119,9 milhões de dólaresem 2009, apresentando assim lucrospelo 71.º ano consecutivo. As vendasconsolidadas geraram uma receita de8,09 mil milhões de dólares. No últi-mo trimestre do exercício, a Paccar lu-crou 46,1 milhões de dólares.O grupo vendeu 61 mil camiões a ní-vel mundial, das marcas DAF, Kenworthe Peterbilt.Na Europa Ocidental e Central, nomercado de pesados acima das 15toneladas, que representou vendas na

ordem das 168 mil unidades, a DAFalcançou uma quota de 14,8%.Por sua vez, a Kenworth e a Peterbiltconseguiram uma quota conjunta de25,1% nos mercados dos EUA e doCanadá no segmento pesado (Classe8) e de 15,3% nos segmentos intermé-dios (Classes 6 e 7). As vendas decamiões da Classe 8 nos dois merca-dos norte-americanos foram de 108 milunidades em 2009, contra as 153 milregistadas em 2008.O grupo Paccar investiu quase 300milhões de euros na rede europeia de

concessionários DAF nos últimos doisanos, tendo-a implantado em 85 no-vas localidades.A aposta da Paccar em veículos “ami-gos do ambiente” torna-se cada vezmais uma evidência, com a entregade 300 veículos híbridos eléctricosKenworth à Coca Cola Entreprises noano passado, e o desenvolvimento daoferta de camiões com propulsão a gásnatural liquefeito (GNL) e gás naturalcomprimido (GNC) nas duas marcaspresentes nos mercados norte-america-nos.

Paccar lucra mais de 100 milhões

Daimler AG e o banco de in-vestimento Troika Dialog assi-naram um memorando de en-tendimento para o reforço da

posição da Daimler no fabricante rus-so de camiões Kamaz, através da aqui-sição de 5% das acções detidas peloTroika Dialog.A compra dos títulos será feita em par-ceria pelo grupo alemão e pelo BERD(Banco Europeu de Reconstrução eDesenvolvimento). A Daimler acrescen-tará 1% aos 10% da Kamaz que ad-

BERD fica com 4% doconstrutor russo

Daimlerreforçaparticipaçãona Kamaz

quiriu em 2008, enquanto o BERDpassará a deter 4% e terá um lugarno conselho de admnistração da com-panhia russa.Em Novembro de 2009, a Daimler Tru-cks e a Kamaz assinaram acordos paraa criação de duas joint-ventures russas,nas quais os alemães detêm participa-ções de 50%.A Mercedes-Benz Trucks Vostok está aconstruir uma fábrica em NaberezhnyeChelny, que deverá ser inaugurada nosegundo trimestre do ano corrente e

onde serão produzidas as gamas pe-sadas de camiões Actros e Axor.A Fuso Kamaz Trucks Rus já iniciou aimportação do Japão dos kits SKD doscamiões Fuso Canter, cuja montagemdeverá arrancar em Março, na fábri-ca da Kamaz localizada também emNaberezhnye Chelny. A sede comer-cial da nova companhia localiza-seem Kazan.A sede comercial da Mercedes-BenzTrucks and Buses, e bem assim da Se-tra permanecerá em Moscovo.

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as jantes de alumínio forjado da Alcoa,os engates Orlandi e as patolas daHaacon.Luís Andrada, licenciado em Engenha-ria Mecânica pelo IST, aceitou o desa-fio de tomar conta dos negócios dacompanhia no mercado português noinício de 2007, na qualidade de Coun-try Manager Portugal. A Civiparts é odistribuidor oficial dos produtos da Knorrno nosso país.

s PALOP, em especial Ango-la, e os países do Norte deÁfrica são mercados emer-

gentes que a Knorr-Bremse Bost Ibéri-ca segue com particular atenção,adiantou ao TRANSPORTES & NEGÓ-CIOS o country manager da compa-nhia para Portugal, Luís Andrada.A Knorr-Bremse é líder mundial em sis-temas de travagem para veículos pe-sados e veículos ferroviários, segmen-

to onde lidera também na área dossistemas de bordo. Tem 19 fábricas e10 centros de pesquisa e desenvolvi-mento e está presente em mais de 20países.A Bost Ibérica foi fundada em 1983. AKnorr-Bremse entrou no seu capital em2002 e em 2005 passou a única pro-prietária. Hoje, a Knorr-Bremse Bost Ibé-rica representa em toda a Península ossistemas de travagem do grupo alemão,

Knorr-Bremse Bost Ibéricaatenta ao evoluir dos PALOP

O

Luís Andrada, Country Manager Portugal, ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS

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T&N - Como é que a Knorr-Bremse vi-veu a crise em 2009?Luís Andrada - O ano de 2008 foi ex-celente, mesmo se o último trimestre foimau. No ano fiscal de 2009, o gruposofreu uma quebra nas suas vendasconsolidadas de 18%, passando de3,384 mil milhões para 2,77 mil mi-lhões de euros.A empresa beneficiou, todavia, da forteaposta estratégica em duas divisões,

a de veículos ferroviários e a de veí-culos industriais, cujos mercados evo-luíram de formas diferentes. Na divi-são de veículos ferroviários, assistiu-sea um ligeiro crescimento (de 1,43 milmilhões em 2008 para 1,55 mil mi-lhões de euros em 2009), principal-mente devido ao mercado asiático. Ogrupo inaugurou novas unidades in-dustriais na Áustria e Hungria.Na divisão de veículos industriais, de-vido à grave crise económica, regis-tou-se um decréscimo de vendas, de1,97 mil milhões de euros em 2008para 1,22 mil milhões em 2009. Pro-cedeu-se à implementação de um pro-grama de redução de custos e inau-gurou-se uma nova unidade industrialna Republica Checa. Mesmo assim, éde destacar o sucesso relativo do mer-cado asiático: por exemplo, na Chinacrescemos 80%.

T&N - Quais são as perspectivas para2010 na divisão de veículos industri-ais?Luís Andrada - Apesar do ponto maisbaixo já ter sido atingido, o melhorque se poderá esperar será o regres-so a um ritmo crescente e estável dasencomendas, mas que dificilmenteatingirá os níveis registados antes deOutubro de 2008. Para 2010, a divi-são de veículos industriais da Knorrespera uma situação económica glo-bal ainda difícil, apenas com possí-veis recuperações em mercados muitoespecíficos.

T&N - Em que mercados existem pers-pectivas de crescimento, estagnaçãoou continuidade de recessão?Luís Andrada - A divisão dos veículosindustriais prevê que a América do Sulsaia mais rapidamente da crise, quea América do Norte continue a decres-cer, e que na Rússia se registe umaestagnação. Na Rússia, o grupo estámuito consolidado, fruto também dasua joint-venture com a Kamaz.A esperança reside na Ásia e princi-palmente na China, onde algunstakeovers por parte de construtores eu-ropeus de camiões poderão facilitara entrada de tearones europeias.

T&N - Existem planos de expansão

para a Bost Ibérica?Luís Andrada - A Knorr-Bremse BostIbérica vai estar atenta à evoluçãode mercados emergentes, nomeada-mente a nível dos PALOP, com espe-cial foco em Angola, o que já está aser feito em parte, e também algumenfoque no Norte de África.Os modelos práticos de crescimentopassarão sempre pelo apoio a distri-buidores oficiais.

T&N - A Knorr-Bremse é uma empre-sa certificada pelas marcas para ofornecimento de subsistemas de ca-mião, autocarro e semi-reboque.Quais foram as principais novidadeslançadas recentemente?Luís Andrada - Lançámos o sistemaelectrónico de travagem EBS 5, dequinta geração, montado de série nospesados novos da Volvo, Renault, Sca-nia e MAN. Foi lançada também asegunda geração dos Electronic AirControl (EAC) - sistemas de gestãoelectrónica de processamento do arcomprimido dos travões -, e ainda osOil Separated Cartriges (OSC): filtroscom separação de óleo contido noar comprimido. Desenvolvemos ain-da um compressor com embraiagem,de controlo inteligente através da im-plementação de sistemas de controloelectrónico, que permitirá poupançaenergética ao motor, diminuir o des-gaste do próprio compressor e as fu-gas de óleo e aumentar a vida útildo compressor.

T&N - E para o ano em curso estáprevista alguma novidade?Luís Andrada - A Knorr desenvolveuo Trailer Road-train Module (TRM),um sistema inovador que permite li-gar o camião a atrelados de gran-des dimensões que tenham linhasCAN com mais de 18 metros, ou umacabeça tractora a mais de um semi-reboque - principalmente para osmegacamiões, será uma solução alançar ainda em 2010.Estamos a preparar o lançamento doTyre Pression Monotiring System(TPMS) nos atrelados. É um sistemaque já existe nos camiões mas quepretendemos também alargá-lo aossemi-reboques.

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AdBluefalsificadoà vendana EuropaA VDA, associação alemãda indústria automóvel, lan-çou um alerta para a ven-da de aditivo AdBlue falsifi-cado na Europa.O aditivo proposto por essasempresas infractoras para oscamiões Euro 4 e 5 com ca-talisador SCR é alguns cên-timos mais barato, mas podecausar danos severos no ca-talizador, avisa a VDA.A marca AdBlue deve satis-fazer a norma DIN 70070 eas regras ISO e CEFIC paraum bom funcionamento dosistema SCR. A patente épropriedade da própriaVDA que, após efectuar osrespectivos controlos de qua-lidade, atribui uma licençaaos produtores para fabricoe venda de AdBlue.A utilização de soluções deureia mais baratas, com ou-tra marca comercial, podeser causa de danos irrever-síveis no catalisador SCR, umequipamento que custa cer-ca de 6 500 euros, paraalém de o transportadorpoder ver anulada a garan-tia dada ao veículo peloconstrutor.

BP Portugal “muda-se”para MadridA BP Portugal vai transferir o seu centro de decisão para ohub ibérico sedeado em Madrid, e o seu bussiness supportcenter será deslocalizado para um país do Leste da Europa.No âmbito deste processo de reorganização, a empre-sa informou a sua Comissão de Trabalhadores da inten-ção de reduzir o número de funcionários, dos actuais305 para 252 ou mesmo 219 até 2012.O director de comunicação da BP Portugal desmente odesinvestimento em Portugal, justificando a intenção desediar o hub em Madrid, como uma forma “de criarsinergias e dar suporte aos negócios”, tornando assimmais competitivo o modelo de negócio.

Kronealargaassistênciacom MANA Fahrzeugwerk BernardKrone GmbH e a MAN Tru-ck &Bus Deutschland GmbH(MTBD) estão a negociaracordos de serviço com oobjectivo de forneceremmelhor qualidade na assis-tência após-venda aos clien-tes de semi-reboques doconstrutor alemão.Estes acordos proporciona-rão todos os tipos de servi-ços de manutenção e repa-ração para semi-reboquesda Krone na rede de assis-tência da MAN na Alema-nha. A parceria autoriza

Michelin XEnergySaverGreenpremiadoO Michelin X Energy Sa-verGreen foi galardoadocom o prémio “Pneu do

TRW Proequip amplia gamaA TRW Automotive Aftermarket efectuou a primeira exten-são da gama de direcção e suspensão em 2010, paraveículos pesados com a marca TRW Proequip.A extensão abrange um total de 73 novas referências dedirecção e suspensão, que incluem 17 barras radiais, quatrokits de reparação, seis barras estabilizadoras, um terminalde direcção e seis articulações em V.O responsável europeu de marketing do programa TRWProEquip, Mark Thorpe, refere a propósito: “com poucomais de um ano de idade, o programa de direcção e sus-pensão TRW Proequip soma, agora, o impressionante nú-mero de 894 referências. Estamos totalmente empenhadosem investir no crescimento da marca e absolutamente foca-dos no serviço ao cliente.”

igualmente a MTBD a efec-tuar reparações oficinaiscom garantia Krone.O fabricante lançou mesmouma ferramenta na sua pá-gina da web, o Krone Servi-ce Locator, que para alémde servir de suporte ao ser-viço europeu de assistênciaem viagem Krone 24h Euro-Help-Service, permite ao cli-ente localizar a oficina maispróxima com apenas um cli-que, podendo mesmo, se

necessário, solicitar veículosde substituição.Segundo o Chefe de Servi-ço ao Cliente da Krone, Di-eter Rolfes, “esta colabora-ção vai ajudar os nossos cli-entes a poupar tempo e di-nheiro”. Só na Alemanha, aMAN tem uma rede de as-sistência em 153 localida-des, e nas negociações emcurso estes acordos poderãotambém vir a estender-se aoutros países.

ano em Espanha 2010”, nacategoria de pneus de ca-mião, atribuído pela revistaespecializada “NeumáticosMecânica Rápida”.O júri integrou distribuidoresde pneus, profissionais domundo da mecânica rápidae jornalistas especializados,e destacou a contribuiçãodo pneu distinguido para aeconomia de combustível epara o respeito pelo meio

ambiente. Testes de estra-da efectuados com estanova família de pneumáti-cos nos eixos direccional emotriz revelaram “uma eco-nomia de 0,4 l/100 km”.Em 11 anos de atribuiçãodestes troféus a Michelin jáarrecadou dez galardões.Na presente edição foitambém premiada na ca-tegoria 4x4, com a suagama Latitude Cross.

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