ti - mÉtodos de avaliaÇÃo da usabilidade ii

8/6/2019 TI - MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA USABILIDADE II

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1.5 – ESTUDO DE CASO DO SITE DO IFPA ATRAVÉS DAINSPEÇÃO DE USABILIDADE (PERCURSO COGNITIVO)

O WebSite a ser analisado através da Inspeção de Usabilidade, método

percurso cognitivo, como visto anteriormente é o site do Instituto Federal de Educação,Ciência e Tecnologia do Pará, www.ifpa.edu.br.

No site do Instituto é possível obter informações diversificadas, sobre cursos,pesquisas, concursos e etc. Dessa forma, pode-se classificar o público da seguinteforma:

• Público Interno: Podem ser alunos dos cursos técnico e superior oufuncionários do Instituto.• Público Externo: Pessoas que querem se tornar alunas do Instituto oupessoas que utilizam os serviços prestados à comunidade.

FIGURA 18: IFPA



Fonte: www.ifpa.edu.br

Para a avaliação através do percurso cognitivo, foram escolhidas quatrotarefas, sendo duas pertinentes ao público interno do Instituto e duas pertinentes aopúblico externo.

1.5.1 – Fase Preparatória

• Quem são os usuários do sistemas?

o Público Interno (alunos ou funcionários) que utilizam o site do Institutopara obter informações on-line;

o Público Externo, para obter informações dos cursos e serviçosoferecidos pelo Instituto.

•

Qual tarefa deve ser analisada?o TAREFA 1: Público Interno : Acessar Organização Curricular do curso

Técnico em Informática.

o TAREFA 2: Público Externo : Acessar resultado de concurso públicopara Técnico Administrativo – Pará

o TAREFA 3: Público Interno: Acessar o WebMail do Instituto.

o TAREFA 4: Público Externo: Como entrar em contato com o IFPA?

• Qual é a correta sequência de ações para cada tarefa e como pode serdescrita?

o TAREFA 1: Público Interno :

PASSO 1: Menu Ensino

PASSO 2: Selecionar a Opção Técnicos

PASSO 3: Selecionar a Opção Área – Informação eComunicação

PASSO 4: Selecionar a Opção Técnico em Informática

PASSO 5: Clicar no item Leia Mais.

o TAREFA 2: Público Externo :

PASSO 1: Menu Concursos e Processos Seletivos

PASSO 2: Selecionar a opção Concursos.

PASSO 3: Clicar na Opção CONCURSO PÚBLICO TEC.ADMINISTRATIVO - 2010 - IFPA – PARÁ

PASSO 4: Na opção Informações, selecionar o item ResultadoFinal.




PASSO 1: Menu Serviços

PASSO 2: Selecionar a opção WebMail.

PASSO 3: Inserir Nome de Usuário e Senha para efetuar o logonno sistema de e-mail.

o TAREFA 4: Público Externo :

PASSO 1: Menu Serviços

PASSO 2: Selecionar a opção Fale Conosco.

PASSO 3: Inserir Informações da mensagem.

PASSO 4: Clicar no botão Enviar.

• Como é definida a Interface?


FIGURA 19: INTERFACE TAREFA 1


o TAREFA 2: Público Externo:





o TAREFA 3: Público Interno



o TAREFA 4: Público Externo FIGURA 22: INTERFACE TAREFA 4




1.5.2 – Fase de Análise

•

Os usuários farão a ação correta para atingir o resultado desejado?o TAREFA 1: Público Interno :

QUADRO 1: TAREFA 1: OS USUÁRIOS FARÃO A AÇÃO CORRETA PARA ATINGIR ORESULTADO DESEJADO?

Questões/PassosOs usuários farão a ação corretapara atingir o resultado desejado?

PASSO 1: Menu Ensino Sim

PASSO 2: Selecionar a OpçãoTécnicos

Sim

PASSO 3: Selecionar a OpçãoÁrea – Informação e

ComunicaçãoSim

PASSO 4: Selecionar a OpçãoTécnico em Informática

Sim

PASSO 5: Clicar no item LeiaMais

Sim



o TAREFA 2:


Questões/Passos Os usuários farão a ação corretapara atingir o resultado desejado?

PASSO 1: Menu Concursos eProcessos Seletivos

Sim

PASSO 2: Selecionar a opçãoConcursos

Sim

PASSO 3: Clicar na OpçãoCONCURSO PÚBLICO TEC.

ADMINISTRATIVO - 2010 - IFPA

– PARÁ

Sim

PASSO 4: Na opção Informações,selecionar o item Resultado Final

Sim

o TAREFA 3:


Questões/PassosOs usuários farão a ação corretapara atingir o resultado desejado?

PASSO 1: Menu Serviços Sim

PASSO 2: Selecionar a opçãoWebMail

Sim

PASSO 3: Inserir Nome de

Usuário e Senha para efetuar ologon no sistema de e-mail

Sim

o TAREFA 4:


Questões/PassosOs usuários farão a ação correta

para atingir o resultado desejado?



PASSO 1: Menu Serviços Sim

PASSO 2: Selecionar a opçãoFale Conosco

Sim

PASSO 3: Inserir Informações da

mensagemSim

PASSO 4: Clicar no botão Enviar Sim

• Os usuários perceberão que a ação correta está disponível?

o TAREFA 1:

QUADRO 5: TAREFA 1: OS USUÁRIOS PERCEBERÃO QUE A AÇÃO CORRETA ESTÁDISPONÍVEL?

Questões/PassosOs usuários perceberão que aação correta está disponível?

PASSO 1: Menu EnsinoSim, mas o usuário precisa varrer

os menus até chegar no menuEnsino.


Sim


ComunicaçãoSim


Sim


Não, o usuário não tem certezaque a informação sobre as

disciplinas estão no item LeiaMais.

o TAREFA 2:



QUADRO 6: TAREFA 2: OS USUÁRIOS PERCEBERÃO QUE A AÇÃO CORRETAESTÁ DISPONÍVEL?


PASSO 1: Menu Concursos eProcessos Seletivos

Sim, mas o usuário precisa varreros menus até chegar no menuConcursos.


Sim


ADMINISTRATIVO - 2010 - IFPA – PARÁ

Sim

PASSO 4: Na opção Informações,selecionar o item Resultado Final

Sim, mas este item não encontra-se destacado, é necessário que o

usuário faça uma busca dentrodesta opção Concursos.

o TAREFA 3:

QUADRO 7: TAREFA 3: OS USUÁRIOS PERCEBERÃO QUE A AÇÃO CORRETAESTÁ DISPONÍVEL?


PASSO 1: Menu ServiçosNão, o usuário precisa percorrertodos os menus para encontrara

a opção desejada.


Sim

PASSO 3: Inserir Nome deUsuário e Senha para efetuar o

logon no sistema de e-mailSim

o TAREFA 4:

QUADRO 8: TAREFA 4: OS USUÁRIOS PERCEBERÃO QUE A AÇÃO CORRETA ESTÁDISPONÍVEL?

Questões/Passos Os usuários perceberão que aação correta está disponível?



PASSO 1: Menu ServiçosNão, o usuário precisa percorrertodos os menus para encontrara

a opção desejada.

PASSO 2: Selecionar a opção

Fale Conosco

Sim

PASSO 3: Inserir Informações damensagem

Sim


• Os usuários irão associar a ação correta com o efeito desejado?

o TAREFA 1:

QUADRO 9: TAREFA 1: OS USUÁRIOS IRÃO ASSOCIAR A AÇÃO CORRETA COMO EFEITO DESEJADO?

Questões/PassosOs usuários irão associar a ação

correta com o efeito desejado?PASSO 1: Menu Ensino Sim.


Sim


ComunicaçãoSim


Sim


Não.

o TAREFA 2:

QUADRO 10: TAREFA 2: OS USUÁRIOS IRÃO ASSOCIAR A AÇÃO CORRETA COMO EFEITO DESEJADO?

Questões/Passos Os usuários irão associar a açãocorreta com o efeito desejado?



mensagem


• Se a ação correta for executada, os usuários perceberão que foi feito umprogresso em relação a tarefa desejada?

o TAREFA 1:

QUADRO 13: TAREFA 1: SE A AÇÃO CORRETA FOR EXECUTADA, OS USUÁRIOSPERCEBERÃO QUE FOI FEITO UM PROGRESSO EM RELAÇÃO A TAREFA

DESEJADA?

Questões/Passos

Se a ação correta for executada,

os usuários perceberão que foifeito um progresso em relação atarefa desejada?

PASSO 1: Menu Ensino Sim.


Sim


ComunicaçãoSim


Sim


Sim.

o TAREFA 2:

QUADRO 14: TAREFA 2: SE A AÇÃO CORRETA FOR EXECUTADA, OS USUÁRIOS

PERCEBERÃO QUE FOI FEITO UM PROGRESSO EM RELAÇÃO A TAREFA DESEJADA?



Questões/Passos

Se a ação correta for executada,os usuários perceberão que foifeito um progresso em relação atarefa desejada?

PASSO 1: Menu Concursos eProcessos Seletivos Sim.


Sim


ADMINISTRATIVO - 2010 - IFPA – PARÁ

Sim

PASSO 4: Na opção Informações,

selecionar o item Resultado Final

Sim

o TAREFA 3:

QUADRO 15: TAREFA 3: SE A AÇÃO CORRETA FOR EXECUTADA, OS USUÁRIOSPERCEBERÃO QUE FOI FEITO UM PROGRESSO EM RELAÇÃO A TAREFA DESEJADA?

Questões/Passos

SE A AÇÃO CORRETA FOR

EXECUTADA, OS USUÁRIOSPERCEBERÃO QUE FOI FEITO UMPROGRESSO EM RELAÇÃO A

TAREFA DESEJADA?

PASSO 1: Menu Serviços Sim.


Sim

PASSO 3: Inserir Nome deUsuário e Senha para efetuar o

logon no sistema de e-mail

Sim

o TAREFA 4:

QUADRO 16: TAREFA 4: SE A AÇÃO CORRETA FOR EXECUTADA, OS USUÁRIOSPERCEBERÃO QUE FOI FEITO UM PROGRESSO EM RELAÇÃO A TAREFA DESEJADA?

Questões/Passos

SE A AÇÃO CORRETA FOREXECUTADA, OS USUÁRIOS

PERCEBERÃO QUE FOI FEITO UM

PROGRESSO EM RELAÇÃO ATAREFA DESEJADA?



PASSO 1: Menu Serviços Sim.

PASSO 2: Selecionar a opçãoFale Conosco

Sim

PASSO 3: Inserir Informações da

mensagemSim


1.5.3 - Resultados

o TAREFA 1: Público Interno : Acessar Organização Curricular do cursoTécnico em Informática.

No geral, o Passo 1 desta tarefa está bem resolvido na interfacedo website, os menus se encontram bem divididos e quando umdos menus é selecionado, sua cor sofre alteração, assim ousuário tem certeza do que está sendo escolhido.

FIGURA 23: MENUS DO WEBSITE DO IFPA


Para os passos 2, 3 e 4, o usuário também não terá problemas,pois todos os itens do Menu Ensino estão bem detalhados.

Já para o passo 5, o usuário encontrará problemas ao identificaronde encontra-se a opção de visualização da disciplina. Não hánenhum campo explicitando onde deve ser clicado para obter asinformações desejadas. O usuário clicará na única opçãodisponível: Leia Mais, mas esta opção não sugere a ação a ser

realizada.

FIGURA 24: TELA DO CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA




o TAREFA 2: Público Externo : Acessar resultado de concurso públicopara Técnico Administrativo – Pará

o Passo 1 desta tarefa está bem resolvido na interface dowebsite, os menus se encontram bem divididos e quando umdos menus é selecionado, sua cor sofre alteração, assim ousuário tem certeza do que está sendo escolhido

Para os passos 2 e 3, o usuário também não terá problemas,pois todos os itens do Menu Concurso e Processo Seletivoestão bem detalhados

Já para o passo 4, o item que deve ser acessado não possui odevido destaque, por estar inserido entre outras opções do itemInformações.

FIGURA 25: OPÇÃO CONCURSOS PÚBLICOS




o TAREFA 3: Público Interno : Acessar o Serviço de WebMail do Instituto.

O passo 1 desta tarefa não está explícito no site, para isso ousuário precisa percorrer todos os menus, em busca da opçãoWebmail.

Para os passos 2 e 3, o usuário não terá problemas, pois todosos itens estão bem detalhados e induzem o usuário a nãocometer erros.



FIGURA 26: TELA DE LOGIN DO WEBMAIL.


o

TAREFA 4:Público Externo

: Acessar o Serviço de Fale Conosco. O passo 1 desta tarefa não está explícito no site, para isso o

usuário precisa percorrer todos os menus, em busca da opçãoWebmail.

Para os passos 2, 3 e 4 o usuário não terá problemas, pois todosos itens estão bem detalhados e induzem o usuário a nãocometer erros.

Baseado nesta análise, o designer agora é capaz de identificar onde estão os

gargalos de seu site. Claro que apenas algumas tarefas foram analisadas, para obteruma análise completa, deve ser feito um estudo detalhado de cada ação que pode serrealizada dentro do website do IFPA.

1.6 – ESTUDO DE CASO DE USABILIDADE EM TELEVISÃODIGITAL

Não apenas em sites e sistemas web é que deve se preocupar com ausabilidade e como o usuário irá reagir ao utilizar este recurso. Outros produtostambém podem ter sua usabilidade testada ou planejada, para ser absorvida por umamaior quantidade de pessoas. Um desses produtos é a televisão digital.



Pois a rápida disseminação da informação traz novas características no cenáriomundial, tornando o acesso aos recursos tecnológicos uma necessidade que emergeprincipalmente em lugares onde crescentes desigualdades sociais são cada vez maislatentes. No Brasil, a desigualdade social ainda é um fardo ao considerar a inclusãodigital/social. No processo de evolução, dois aspectos estão diretamente ligados: a

exclusão tecnológica e a inclusão digital. Após estar difundida em vários países pelo mundo, emerge no Brasil uma

padronização para a transmissão de Televisão Digital, chamada de Sistema Brasileirode TV Digital (SBTVD). Uma alternativa bastante promissora quando se fala deinclusão digital, pois, além da televisão estar presente em mais de 90% dos laresbrasileiros (IBGE, 2000), também é acessível a praticamente todas as classes sociais,em todas as regiões do Brasil, o que já não ocorre com o computador.

Conforme o (Ministério do Planejamento, 2007), a classe “A” ainda é a maiorusuária dos serviços de e-gov. Segundo as pesquisas entre os internautas dessa

classe que usaram a internet nos 12 meses de 2007, os serviços mais usados foram aconsulta ao CPF (66%) e entrega de declaração de imposto de renda (48,1%).

Deste modo, um dos principais objetivos atuais é possibilitar à população,principalmente localizada em áreas de difícil acesso e baixa renda, que não possuemacesso à serviços oferecidos por exemplo pelo governo, a possibilidade de usufruto detecnologias que possuam alta capilaridade e de fácil acesso, visando incluirdigitalmente o maior número de pessoas.

Segundo (Becker, 2007), assim como a Internet, a TV digital interativarepresenta a possibilidade de acesso a um mundo virtual de informações e serviços.

A grande vantagem da TV Digital interativa é a não obrigatoriedade de umcomputador. Apesar disto, a TV digital interativa "esconde" em si um sistemainformatizado que é operado como uma TV, por meio de um controle remoto.

Interatividade na TV é a possibilidade do telespectador atuar junto ao programatelevisivo que está assistindo, enviando pedidos de informação adicional à emissorade televisão via controle remoto da TV e/ou do conversor digital. Em seguida oemissor é capaz de receber as informações solicitadas, ou seja, a televisão digitalinterativa proporcionará diversas facilidades aos telespectadores, dentre elas, jogosinterativos, realização de compras, gravação de um programa de televisão, acesso àprogramação do canal, multiprogramação e etc.

Essa funcionalidade oferecida com a implantação da televisão digital interativapode ser classificada em interatividade local ou remota, sendo esta última divididaentre intermitente e permanente (Arnoldo, 2008).

Na Interatividade local se pode ter a configuração de legendas, jogosresidentes, guia de programação eletrônica, etc.; enquanto na remota se pode ter ocomércio eletrônico, acesso a contas bancárias, serviços de saúde, aplicações paraeducação à distância, etc.

A interatividade remota pode ser dividida em dois sub-grupos: intermitente,onde se pode realizar votações e pesquisas de opinião, por exemplo; e permanente,

onde se tem a navegação na internet, e-mail, chat, competições interativas (jogosmultiusuários em tempo real), compras, homebanking, EAD, comunicação entre os



usuários, etc

Esta nova tecnologia representa o mais significativo avanço em direção de umainformática imperceptível e onipresente, na medida em que a televisão é um meio dedifusão de informação e de entretenimento de massa. Contudo, vale ressaltar que estatecnologia (TV Digital interativa) não pretende substituir, a curto prazo, a utilização doscomputadores para acessos a recursos mais exigentes.

Conforme (Souza e Pereira, 2008), a usabilidade torna-se um fator crítico paraprogramas e aplicações em TV Digital Interativa, tal necessidade mostra-se aindamaior, pois o conversor digital poderá ser utilizado por milhões de pessoas com perfisvariáveis, com hábitos e expectativas cristalizados sobre o que é “assistir televisão”.

Portanto há a necessidade de se preocupar com a questão acessibilidade eusabilidade em TVD, um padrão poderá ser criado para as aplicações e serviços, jáque cerca de 35 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência e cerca de9,6% da população é analfabeta (IBGE, 2000).

Entretanto antes de determinar como será desenvolvido a aplicação/serviço énecessário conhecer o futuro usuário da televisão digital, já que este recurso alcançatantas classes sociais, deve-se partir do pressuposto da utilização por pessoas comdificuldades de cognição e/ou dificuldade de utilização de recurso áudio visuais, taiscomo: deficientes visuais (diminuição quanto à resposta visual); deficientes auditivos(incapacidade total ou parcial de audição); deficientes mentais (redução da capacidadeintelectual - QI); daltônicos (incapacidade de diferenciar todas ou algumas cores);analfabetos funcionais (capacidade de entender letras e números, mas não deinterpretá-los) e analfabetos digitais (dificuldade de manusear um computador ou outrosistema informatizado).

Existem diversas soluções que podem ser adotadas para usuários comdificuldade de interação, tais como programas desenvolvidos com legendas, interaçãocom cores do controle remoto, aplicação narrada, guia de navegação, e/oupadronização de textos e imagens mostrados no monitor, etc.

Segue abaixo algumas recomendações de usabilidade para a televisão digitalinterativa: (Becker, 2006)

• Elementos Textuais de Usabilidade

A tipografia empregada na interface do Portal de Usabilidade, apresentado tem

como base as aplicações da SKY (2006), televisão por assinatura via satélite, e daBBCi (2006). Mediante uma análise tipográfica das aplicações veiculadas pelaprogramadora de satélite brasileira, é possível perceber que seus elementos textuaisfazem uso de tipos que muito se assemelham com a variante condensada da famíliade tipos Frutiger, do designer suíço Adrian Frutiger (Frutiger 2005). Já a emissorabritânica sugere o uso dos tipos Gill Sans, de Eric Gill (Gill 2005), e Tiresias, projetadapelo núcleo de pesquisas liderado pelo Dr. John Gill, do Royal National Institute for theBlind (Tirésias 2005). O quadro abaixo, em escala 1:2, traz exemplos de tipos destasfamílias em corpos 36, 24 e 18 pontos.



FIGURA 27: FAMÍLIA DE TIPOS UTILIZADOS PELAS EMISSORAS BBCi E SKY

Fonte: (Becker, 2006)

É importante ressaltar que a fonte Tiresias foi projetada pelo Royal NationalInstitute for the Blind para que tivesse caracteres facilmente distinguíveis uns dosoutros. Segundo o instituto britânico, “o projeto foi realizado com atenção específica àspessoas com deficiências visuais, com a filosofia de que um bom projeto paradeficientes visuais é um bom projeto para todos”. Devido a essas características, o tipoTiresias foi adotado como fonte padrão para as aplicações em MHP e, por essa razão,

já vem sendo implementada nos set-top boxes de diversos fabricantes europeus.Em seu styleguide (BBCi 2005), a BBC traz sete importantes considerações a

respeito da legibilidade em monitores de televisão. Segundo a emissora britânica:

• O corpo dos textos, na maioria dos casos, não deve usar tipos menores que 24pontos;

• Nenhum texto, em qualquer circunstância, deve ter tipos menores que 18pontos;

• Textos claros em fundos escuros são ligeiramente mais legíveis na tela;• Textos na tela necessitam de entrelinhas maiores que textos impressos;• Quanto tecnicamente possível, o espaço entre os caracteres deve ser

aumentado em 30%;



• Uma tela completa de textos deve conter o máximo de 90 palavrasaproximadamente;

• Os textos devem ser divididos em pequenos blocos para que possam ser lidosinstantaneamente;

Ao analisar a programação da SKY interativa veiculado no Brasil, é possívelperceber que diversas sugestões da emissora britânica não estão sendo seguidas noBrasil, como se pode observar a imagem a seguir:

FIGURA 28: INTERFACES DE APLICAÇÃO


De um modo geral, os textos principais e os menus de opções sãoapresentados com 20 pontos, ou seja, 15% menores do indicado. Já os títulos deseções variam entre 20 e 24 pontos, ficando também, em alguns casos, abaixo dopadrão britânico. Porém, o caso mais grave fica por conta dos botões que indicamações importantes como sair, retornar, confirmar e ajuda. Na grande maioria dasinterfaces analisadas, esses botões eram representados com 16 pontos. Em muitasaplicações os textos dos botões eram diminuídos a apenas 12 pontos e raramentechegavam a 18 pontos – tamanho mínimo sugerido pela BBCi.

Outra regra a ser também desconsiderada em solo brasileiro é a do empregode textos claros em fundos mais escuros, pois em muitas das interfaces analisadasestes são apresentados de forma justamente oposta.

• Texto, cores e acessibidade

As observações feitas na seção anterior possibilitaram um ajuste dos textos emrelação aos tamanhos sugeridos pela BBCi, buscando um equilíbrio entre o que éproposto pela emissora britânica e o que é efetivamente aplicado no pela SKY

interativa no Brasil. Assim, visando à otimização do espaço disponível na tela sem,



contudo comprometer a legibilidade dos elementos textuais chegou-se aos seguintestamanhos de textos:

FIGURA 29: TAMANHO DOS TEXTOS


• Código de Cores

Com o objetivo de otimizar os botões coloridos – destinados a funçõesespecíficas das aplicações e presentes nos controles remotos dos três padrões de TV

digital interativa - o projeto da interface do portal faz uso de um código cromáticoassociado diretamente às cores desses botões. Assim, as quatro seções previstaspara o portal – TV digital, como usar, enviar dúvidas e dúvidas freqüentes – sãoassociadas respectivamente às cores vermelho, verde, amarelo e azul, como éilustrado abaixo.

FIGURA 30: TELA DE SEÇÃO




Do ponto de vista do usuário, a principal vantagem dos botões coloridos é oacesso direto e simplificado às funções a eles associadas. Assim, a manutenção deum código de cores constantemente visível na tela revela-se um elemento estratégicode apoio ao processo de memorização dessas funções. Porém, apesar da eficiência

da cor no processo de memorização, é importante evitar excessos. Uma interfacecompletamente ocupada por qualquer uma das quatro cores, devido à sua saturação,poderia rapidamente causar fadiga visual em seus usuários. Por essa razão, o projetode interface do portal reserva apenas 1/3 da área visível da tela para a cor associada acada uma das quatro seções. No restante da tela predominam tons de cinza de baixaluminosidade que, além de evitar a fadiga visual, promovem a legibilidade dos textossobre eles apresentados.

• Acessibilidade

Um ponto a ser seriamente considerado no processo de inclusão digital é aquestão da acessibilidade por usuários portadores de deficiências; sejam elas físicas,visuais, auditivas, intelectuais ou mentais. No que diz respeito às deficiências visuais,a interface do portal busca dar continuidade à proposta – fruto de discussõesrealizadas nas jornadas de integração e validação, realizadas com a participação dosoutros consórcios com temas correlatos a este no ano de 2005, durante odesenvolvimento do SBTVD – de associar forma aos botões coloridos.

A relevância de tal proposta mostra-se evidente no momento em que usuárioscom daltonismo são levados em consideração. As imagens no quadro a seguirsimulam respectivamente a visão de um indivíduo normal, de portadores do tipo mais

comum de daltonismo e de indivíduos com a variante mais rara da doença (ColourBlindness 2005).

FIGURA 31: VISÃO DE INDIVÍDUOS NORMAIS E DE PORTADORES DE DALTONISMO



em que a baixa alfabetização é tônica recorrente, principalmente com os objetivos dogoverno de usar a TV digital para promover inclusão social.

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