testes laboratoriais para avaliar a funÇÃo renal
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TESTES LABORATORIAIS PARA AVALIAR A FUNÇÃO RENAL
Determinantes da TFG
Pressão hidrostáticaglomerular
Pressão coloidosmótica
glomerular
Pressão na cápsula de Bowman
Membrana glomerular
A. aferente
A. eferente
Glomérulo
Incapacidade súbita do rim para manter a sua função excretória, devida a uma redução significativa da Taxa de Filtração Glomerular (TFG)
TFG Normal: entre 80 e 140 mL/min
TFG na IRA: <50 mL/min
Insuficiência Renal Aguda (IRA)
• Pré-renais (hipoperfusão)
• Renais (tubulares/glomerulares)
• Pós-renais (obstrutivas)
Causas de IRA
IRA PRÉ-RENAL (Hipofluxo glomerular)
• HIPOVOLEMIA -hemorragias -vômitos, diarréias -seqüestro líquido em 3º espaço: ascite, pancreatite, grandes traumatismos musculares, obstrução intestinal
• SHOCK SÉPTICO OU CARDIOGÊNICO
• INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DESCOMPENSADA
• OCLUSÃO DA ARTERIA RENAL
Causas de IRA
IRA PÓS-RENAL (obstrução aguda)
- Hiperplasia prostática benigna com retenção urinária aguda (bexigoma)- Tumores de bexiga- Cálculos ureterais com rim único- Bexiga neurogênica
Causas de IRA
IRA RENAL
- NECROSE TUBULAR AGUDA . Isquêmica (choque, sepse) . Medicamentos nefrotóxicos (aminoglicosídeos)
- LESÃO GLOMERULAR . Glomerulonefrites . Rabdomiólise, hemólises intravasculares
Causas de IRA
Obs.: pode ser secundária a IRA pré ou pós-renal
Redução da Taxa de Filtração Glomerular (TFG)
<50 mL/min (N: 80-140)
Azotemia - Uréia plasmática > 40 mg/dL (N: 20-40) - Creatinina >1,5 mg/dL (N para h:<1,4; m: <1,2)
Oligúria (na maioria dos
casos)< de 400 mL/dia
Insuficiência Renal Aguda
Conseqüências
NA MAIORIA DOS CASOS, PACIENTE COM:
• OLIGO-ANÚRIA• HIPERTENSÃO• HIPERVOLEMIA• AZOTEMIA• ACIDOSE• ALTERAÇÕES ELETROLÍTICAS
Diagnóstico das IRA
Avaliação da Filtração Glomerular
1) Cálculo da TFG em mL/minuto “Clearance” da creatinina
2) Indiretamente, verificando no sangue o acúmulo de substâncias cuja eliminação depende da filtração glomerular: - Uréia - Creatinina - Cistatina C
Diagnóstico e avaliação laboratorial de IRA
Uréia plasmáticaN: 20-40 mg/dL
Aumentos não devidos a IRA (falso-positivos):- Hipovolemia sem IRA (> reabsorção tubular de uréia)- Sangramento digestivo (catabolismo da Hb por bactérias)- Estados hipercatabólicos (ex: neoplasias)- Dieta hiper-protéica- Corticoterapia prolongada
SÍNDROME URÊMICA (UREMIA): - TFG < 15-30 mL/min - Uréia plasmática >120 mg/dL
Creatinina plasmática N Homem:<1,4 mg/dL; N Mulher: <1,2 mg/dL)
Vantagens sobre a uréia:- Produção diária constante - Não é reabsorbida nos túbulos (não aumenta na hipovolemia) - Não é influenciada pela dieta ou sangramentos digestivos
Porém:- Varia significativamente de acordo com a massa muscular- Só apresenta alteração significativa quando a TFG está muito diminuída
10 -
9,0 -
8,0 -
7,0 -
6,0 -
5,0 -
4,0 -
3,0 -
2,0 -
1,0 -
0 -20 40 60 80 100 120 140 160
Até 50% de indivíduos com baixa TFG têm creatinina dentro dos valores de referência. TFG de 30 ml/min podem apresentar creatinina sérica inferior a 2 mg/dL .
Creatinina plasmática/ TFG
Creatinina plasmática
mg/dL
Taxa de filtração glomerular (mL/min)
Valor de referência
Cistatina plasmáticaN:0,5 a 1,0 mg/dL
É uma proteína inibidora da protease da cistina, envolvida na síntese de pró-hormônios e no catabolismo do colágenoVantagens sobre a uréia e a creatinina:- Produção diária constante pelas células em geral - Não é reabsorbida nos túbulos (não aumenta na hipovolemia) - Não é influenciada pela dieta ou sangramentos digestivos- Não depende da massa muscular- Não varia com o sexo- Aumenta com pequenas diminuições da TFG
5,0 -
4,5 -
4,0 -
3,5 -
3,0 -
2,5 -
2,0 -
1,5 -
1,0 -
0,5 -
0 -20 40 60 80 100 120 140 160
Cistatina plasmática/ TFG
Cistatina C plasmática
mg/dL
Taxa de filtração glomerular (mL/min)
Valor de referência
“CLEARANCE” DE CREATININA
É a quantidade de plasma depurado de creatinina por minuto, representando, assim, o FLUXO GLOMERULAR.
1) se calcula o volume minuto urinário (normalmente em torno de 1 mL/minuto) 2) se calcula a razão entre as concentrações de Creatinina urinária e plasmática (entre 80 e 120)3) o Fluxo glomerular se obtêm multiplicando o fluxo urinário pela razão entre as concentrações de creatinina.
Normal: entre 80 e 120 mL/min, variando com a massa corporal (geralmente inferior em mulheres e idosos)
Medida da Taxa de Fluxo Glomerular
Medida da Taxa de Fluxo Glomerular
Clearance de Creatinina = Cr urinária x Vol. Urin. 24 h Cr plasmática 1440 minutos
Cr urinária: 110 mg/dL; Cr plasmática: 0,9 mg/dL
Volume urinário de 24 h: 1.200 mL
Clearance de Creatinina =110 mg/dL X 1200 mL 0,9 mg/dL 1440 min 122,22 X 0,83 mL/min =101,4 mL/min
Exemplo
Medida da Taxa de Fluxo GlomerularCLEARANCE DE CREATININA
ESTIMADO (Sem colheita de urina)
Clear. de Creatinina = (140 – idade) x peso (x 0,85 em mulher) 72 x Cr plasmática
Exemplos 1) Cr plasmática: 1,3 mg/dL; idade: 70 anos; peso: 60 kg; mulherClearance de Creatinina = (140 – 70) x 60 x 0,85=38 mL/minuto 72 x 1,32) Cr plasmática: 1,3 mg/dL; idade: 25 anos; peso: 70 kg; homemClearance de Creatinina = (140 – 70) x 70 = 86 mL/minuto 72 x 1,3
Avaliação da TFG pelo Clearance de Creatinina
UTILIDADE
- Diagnóstico da Insuficiência Renal Aguda (fase inicial)
- Estagiamento e Controle da Insuficiência Renal Crônica
- Ajuste na administração de medicamentos de eliminação renal, para evitar sobredoses tóxicas
- Como parte dos Exames de Rotina
Funções no Nefron
Tubo proximal(reabsorção de glicose, 70% do Na, Cl, H2O, β-2-microglobulina)
Tubo distal(secreç. de K, bicarbonato e creatinina, reabs. de Na e H2O -Aldosterona- )
Ansa de Henle (concentração pelos vasa recta)
Ducto coletor (reabs. de H2O e uréia – ADH)
Filtrado
Capilaresglomerulares
Pré-renal• Aumenta a reabsorção de água e Na• Aumento da reabsorção de uréia• Aumento da osmolalidade• Oligúria
Renal (tubular)• Deficiências na reabsorção de água, Na e Uréia• Aumento de Na urinário• Diminuição da osmolalidade• Em alguns casos, diurese normal
O Laboratório na IRA
Outros achados freqüentes na IRA • Acidose metabólica• Hiponatremia• Hipocalcemia• Hiperpotassemia• Hiperfosfatemia
O Laboratório na IRA
Pré-renal Renal Ureia/ Cr sérica >20 <20 Na urin (mEq/ L) <20 > 40 Dens. urinária alta baixa
Testes para avaliar Doença glomerular
Determinação da Albuminúria
- Proteinúria de 24 h Avaliação e seguimento de grandes perdas protéicas (síndrome nefrótica)
- Micro-albuminúria em urina de 12 ou 24 h Monitoramento de doenças com dano glomerular progressivo (Diabetes, Hipertensão, Lupus Eritematoso), onde mesmo perdas pequenas ou moderadas devem ser mensuradas
Determinação do Fluxo Urinário para calcular a massa ou volume de uma substância eliminada na unidade de tempo, minimizando variações circadianas e/ou aleatórias- Clearance de Creatinina - Proteinúria de 24 h- Micro-albuminúria- Eletrólitos (Na, K, Cl)- Metabólitos
Massa por 24 h = Concentração/mL de Urina x Vol Urin de 24 h
Exemplo
Proteinúria de 24 h= 1,4 mg/mL x 2.500 mL = 3,5 g/24 h
Urina de “24 horas”
COLHEITA
- Esvaziar a bexiga e marcar a hora exata- Juntar todas as micções num recipiente grande durante 24 ou, pelo menos, 12 horas- Anotar o horário exato da última micção recolhida (pode não ser exatamente 12 ou 24 h após o início)
Erros mais freqüentes: - Incluir a primeira micção no volume colhido - Perda de alguma das micções
Urina de “ 24 horas”
1) Testes para avaliar a capacidade de concentração renal • Diurese• Densidade urinária• Osmolalidade
2) Dosagem de β-2 Microglobulina urinária
Avaliação da Função Tubular