testes de diagnóstico de português língua não materna
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Testes de diagnóstico de Português Língua Não Materna
Introdução Geral
Testes de diagnóstico de Português Língua Não Materna – Introdução Geral
1
Este trabalho foi desenvolvido pelo grupo Língua e Diversidade Linguística do Instituto
de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC).
Coordenação: Maria Helena Mira Mateus
Realização: Fausto Caels
Nuno Carvalho
Consultoria: Dulce Pereira
Colaboração: Ana de Sousa
Ilustração: François Caels
Testes de diagnóstico de Português Língua Não Materna – Introdução Geral
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Índice
Introdução......................................................................................................................... 3
1. O processo de avaliação diagnóstica ........................................................................ 4
1.1 Recolha de informação ......................................................................................... 4
1.2 Avaliação inicial dos alunos ................................................................................. 8
1.3 Testes de diagnóstico............................................................................................ 9
Objectivo geral ............................................................................................... 9
Objectivos específicos .................................................................................. 10
Organização dos testes em função dos anos de escolaridade ....................... 10
Caracterização geral dos testes ..................................................................... 10
2. Bibliografia............................................................................................................. 12
Testes de diagnóstico de Português Língua Não Materna – Introdução Geral
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Introdução
A existência de uma evidente diversidade linguística na escola portuguesa justifica a
necessidade de fazer uma avaliação diagnóstica dos alunos que não têm o Português
como língua materna, quanto ao domínio que possuem desta língua. O conhecimento do
nível em que se encontram e das dificuldades que manifestam permitirá adequar o
ensino do Português às suas necessidades, contribuindo também para a sua integração
escolar.
A avaliação diagnóstica deve ser seguida da elaboração de um plano de apoio no que
respeita ao ensino do Português, considerando os resultados dos testes, sem o que essa
avaliação não teria razão de existir.
A avaliação diagnóstica deve ser efectuada, sempre que possível, pelo professor titular
de turma no primeiro ciclo e pelo professor de Português nos restantes ciclos. O
processo deverá ser acompanhado pelo director de turma que se encarregará de dar
conhecimento dele a todos os outros professores da turma. Esta recomendação justifica-
-se pela importância de manter informado o conselho de turma do resultado da
avaliação e também do plano de apoio que for concebido. Note-se que a avaliação
diagnóstica resulta não só da aplicação de um teste de diagnóstico, mas também da
observação do comportamento do aluno no grupo ou na turma, o que exige uma
presença próxima que apenas o professor titular de turma ou o professor de Português
estão em condições de garantir.
É aconselhável, ainda, que o professor avaliador receba a ajuda de um professor da sua
escola ou agrupamento ligado às questões do ensino do português como língua não
materna. A avaliação diagnóstica é uma actividade nova para o corpo docente e a ajuda
de um colega pode tornar a tarefa mais fácil e eficiente.
Finalmente, é importante que a avaliação diagnóstica seja coordenada a nível da escola
ou do agrupamento a fim de assegurar um tratamento homogéneo de todos os alunos de
Português Língua Não Materna (PLNM).
Estas recomendações sobre a realização da avaliação diagnóstica vêm reforçar a
necessidade de uma formação de professores na área do ensino do Português como
língua não materna.
Testes de diagnóstico de Português Língua Não Materna – Introdução Geral
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1. O processo de avaliação diagnóstica
A avaliação diagnóstica tem as seguintes componentes:
1. uma recolha inicial de informação sobre a situação sociolinguística dos alunos;
2. uma selecção dos alunos que, não tendo o Português como língua materna e
mostrando completa incapacidade de comunicar nesta língua, precisam de ter
acompanhamento especial até à sua integração plena na turma a que pertencem;
3. uma aplicação de um teste de diagnóstico aos alunos que não têm o Português
como língua materna mas podem ser posicionados num nível de proficiência do
Português que permita adequar o ensino ao desenvolvimento do seu domínio na
língua.
1.1 Recolha de informação
A recolha de informação para identificar os alunos que não têm o Português como
Língua Materna pode conseguir-se a partir dos dados de uma ficha sociolinguística
individual, que deve ser aplicada a todos os alunos. Esta ficha deve ser preenchida pelos
pais dos alunos ou pelos encarregados de educação no momento da inscrição ou, mesmo,
numa reunião a ter lugar no início do ano escolar em que se promova o contacto entre
professores e pais dos alunos. Essa ficha deve conter as informações incluídas no
modelo que a seguir se apresenta (a ficha encontra-se em páginas separadas para
facilitar o seu uso nas escolas):
Testes de diagnóstico de Português Língua Não Materna – Introdução Geral
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Ficha sociolinguística
Identificação do aluno
Nome: …………………………………………………………………………………..
Data de nascimento: ……………………………………………………………………
Masculino □ Feminino □
País onde nasceu: ………………………………………………………………………
País(es) onde viveu: ……………………………………………………………………
Ano de chegada a Portugal (caso tenha nascido fora de Portugal): …………………...
Percurso escolar
� Alunos que ingressam no primeiro ano do Ensino Básico:
O aluno frequentou alguma creche/jardim de infância/ATL?
Em Portugal: Sim □ Não □ Quanto tempo? ……………………………………
No estrangeiro: Sim □ Não □ Quanto tempo? ……………………………………
� Alunos que ingressam em outros anos:
Anos de escolaridade na escola portuguesa: …………………………………………..
Anos de escolaridade no estrangeiro: …………………………………………………
Em que país(es)? …………………………………………………………………..
Identificação linguística
Línguas faladas pelo aluno:
Com o pai: …………………………………………………………………………..
Com a mãe: …………………………………………………………………………
Com os irmãos: ……………………………………………………………………...
Com outros adultos com quem vive…………………………………………………
Com os amigos e colegas: …………………………………………………………..
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Pessoas com quem vive (indicar grau de parentesco)
…………………………………………………………………………………………
………………………………………………………………………………………….
Identificação dos pais/encarregados de educação/outros adultos com quem vive
Nome: ………………………………………………………………………………….
Grau de parentesco: Pai □ Mãe □ Outro: …………………………………………...
Telefone: ………………………………………………………………………………
Morada: ………………………………………………………………………………..
País onde nasceu: ………………………………………………………………………
Ano de chegada a Portugal (caso tenha nascido fora de Portugal): ……………………
Língua(s) que fala:
Com o(s) filho(s)/educando(s): ……………………………………………………….
Com o/a cônjuge e/ou outro(s) adulto(s) com quem vive: ……………………………
Outras línguas: ……………………………………………………………………….
Nome: …………………………………………………………………………………..
Grau de parentesco: Pai □ Mãe □ Outro: ……………………………………………
Telefone: ……………………………………………………………………………….
Morada: …………………………………………………………………………………
País onde nasceu: ……………………………………………………………………….
Ano de chegada a Portugal (caso tenha nascido fora de Portugal) ……………………..
Língua(s) que fala:
Com o(s) filho(s)/educando(s): ………………………………………………………
Com o/a cônjuge e/ou outro(s) adulto(s) com quem vive: ……………………………
Outras línguas: ………………………………………………………………………..
Gostaria(m) que o (seu) vosso filho/educando recebesse apoio na aprendizagem do
Português? Sim □ Não □
Testes de diagnóstico de Português Língua Não Materna – Introdução Geral
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A ficha sociolinguística deve ser preenchida pelos pais/encarregados de educação.
Caso tenha sido preenchida parcial ou integralmente pela escola, o professor deve
indicar se isso se deve às seguintes razões:
� Domínio insuficiente da língua portuguesa por parte dos pais/encarregados de
educação: Sim □ Não □
� Não sabem escrever: Sim □ Não □
� Outras: …………………………………………………………………………..
Testes de diagnóstico de Português Língua Não Materna – Introdução Geral
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Na identificação dos alunos de PLNM a partir dos dados constantes da ficha
sociolinguística, devem considerar-se os seguintes campos, pela ordem adiante
apresentada:
� Língua falada pelo aluno com os pais/outros adultos com quem vive
� Língua falada pelos pais/encarregados de educação com o aluno
� Tempo de escolaridade no estrangeiro e país em que decorreu
� País de nascimento
Com base na ficha sociolinguística preenchida, compete ao professor perceber se o
aluno não tem o Português como Língua Materna e precisa de ser avaliado quanto aos
conhecimentos que possui nesta língua.
1.2 Avaliação inicial dos alunos
A selecção dos alunos que necessitam de acompanhamento especial por não terem
qualquer capacidade de comunicação em Português (designados, adiante, como alunos
de grau zero) deve ser feita pelos professores titulares de turma (1.º ciclo do Ensino
Básico) ou pelo professor de Português (restantes ciclos do Ensino Básico e Ensino
Secundário). Não é aconselhável fazer o diagnóstico inicial imediatamente após a
chegada do aluno à escola. Deve haver um período de “instalação”, de adaptação, de
uma a duas semanas.
A avaliação inicial deve resultar: (i) da observação informal do comportamento do
aluno na escola – na sala de aula, no recreio, no refeitório; em interacção com o
professor, com colegas (O aluno interage verbalmente com o professor? Com os colegas?
Parece compreender quando estão a falar com ele? Parece sentir-se seguro?) – e (ii) de
uma pequena conversa informal e espontânea, entre o professor avaliador e o aluno, que
deve incidir sobre aspectos básicos da socialização e não durar mais do que cinco a dez
minutos.
A conversa para identificação dos alunos de grau zero pode incluir informação sobre:
� os dados pessoais do aluno (nome, idade, local de nascimento, altura em que
veio para Portugal);
Testes de diagnóstico de Português Língua Não Materna – Introdução Geral
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� os dados sobre a família (composição do agregado familiar, nome dos pais,
irmãos, pessoas com quem vive);
� os interesses pessoais (amigos, jogos, histórias, televisão/computadores).
A identificação dos alunos de grau zero pode fazer-se com base na resposta às seguintes
perguntas:
Sim/não
O aluno compreende apenas palavras isoladas e mensagens simples
apresentadas de forma repetida e muito pausada?
O aluno dá, sobretudo, respostas não verbais – através, por exemplo, de
expressões faciais ou de linguagem corporal?
O aluno não fala, ou fala muito pouco de forma espontânea?
A resposta negativa à primeira pergunta deve ser considerada o indicador principal do
conhecimento que o aluno tem da língua portuguesa. Uma resposta negativa às restantes
duas perguntas pode dever-se a factores que não são exclusivamente linguísticos, como,
por exemplo, ansiedade, vergonha, timidez, …
Os alunos de grau zero são provavelmente alunos recém-chegados a Portugal. No
primeiro ano do Ensino Básico, podem também estar incluídos alunos que já estão há
mais tempo em Portugal, mas que tiveram um contacto muito limitado com a língua
portuguesa (por exemplo, não frequentaram o ensino pré-escolar e estiveram sempre
numa comunidade onde se falava outra língua). Os alunos de grau zero não devem ser
submetidos aos testes de diagnóstico que a seguir se apresentam.
1.3 Testes de diagnóstico
Objectivo geral
Com estes testes pretende-se:
(a) avaliar os conhecimentos de Português que possuem os alunos de PLNM a fim
de os posicionar num dos seguintes três níveis de proficiência linguística: Inicial,
Intermédio e Avançado;
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(b) obter informações que permitam desenvolver formas diferenciadas de actuação
pedagógica e didáctica no ensino da língua portuguesa e no ensino em geral, de
acordo com os resultados do diagnóstico.
Objectivos específicos
No que respeita aos conhecimentos de Português, os testes permitem avaliar:
• o domínio do vocabulário básico e do vocabulário escolar próprio do nível de
ensino em que o aluno está inserido;
• o domínio de diferentes áreas da gramática;
• a capacidade de adequação pragmática dos alunos a diversas situações de
comunicação.
Organização dos testes em função dos anos de escolaridade
Os testes são elaborados de acordo com três grupos de anos de escolaridade:
− 1.º e 2.º anos do Ensino Básico
− 3.º a 6.º ano do Ensino Básico
− 7.º, 8.º e 9.º anos do Ensino Básico e 10.º, 11.º e 12.º anos (Ensino Secundário).
Caracterização geral dos testes
Os testes de diagnóstico encontram-se organizados em duas partes: (i) compreensão,
produção e interacção oral e (ii) compreensão e produção escrita1. As duas partes dos
testes são autónomas e devem ser aplicadas em momentos distintos, a fim de não
sobrecarregar os alunos. As duas partes têm sistemas de avaliação independentes, uma
vez que os alunos podem ter diferentes níveis de proficiência linguística no domínio da
oralidade e no domínio da escrita.
Os testes englobam diversas actividades, que visam avaliar aspectos diferentes do uso
da língua portuguesa. Na apresentação das actividades, seguiu-se a seguinte estrutura:
1 Note-se que o teste para alunos de primeiro e segundo ano é predominantemente oral, uma vez que os alunos que ingressam no primeiro ano do Ensino Básico ainda não têm necessariamente contacto com a escrita. Foram, no entanto, incluídas algumas actividades que incidem sobre a escrita para serem aplicadas a crianças que ingressam no segundo ano.
Testes de diagnóstico de Português Língua Não Materna – Introdução Geral
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1. Objectivo
2. Descrição da actividade
3. Instruções para a realização da actividade
4. Material para a realização da actividade (estímulos visuais, textos, fichas de
trabalho, …)
5. Instruções para o preenchimento das folhas de registo
6. Folhas de registo
7. Avaliação
O material para a realização da actividade e as folhas de registo são apresentadas
sempre em folhas separadas, para que possam ser impressas e utilizadas na aplicação
dos testes.
É fundamental lembrar que o posicionamento dos alunos num dos três níveis de
proficiência (Inicial, Intermédio ou Avançado) decorre dos resultados obtidos pela
aplicação do teste no seu todo. O resultado de cada uma das actividades não deve ser
tomado como conclusivo em relação ao conhecimento da língua portuguesa que
possuem os alunos.
O tempo previsto para a aplicação dos testes é:
� 65 minutos – alunos do 1.º e 2.º anos do Ensino Básico;
� 90 minutos – alunos do 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico;
� 120 minutos – alunos do terceiro ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário.
Testes de diagnóstico de Português Língua Não Materna – Introdução Geral
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2. Bibliografia
Apresenta-se, nesta secção, a bibliografia relativa ao presente documento, bem como a
bibliografia relativa aos testes de diagnóstico.
Antoine, Héloïse e Ingrid Gordon (1995). O Grande Livro dos Pequenos Curiosos.
Porto: Porto Editora.
Ashworth, Julie e John Clark (1993). The Nelson Picture Dictionary. Edinburgh:
Thomas Nelson and Sons Ltd.
Bacchini, Sylvia e outros (2005). Duizend-en-een-woorden – De allereerste
Nederlandse woorden voor anderstalige peuters en kleuters. Enschede: Stichting
Leerplanontwikkeling (SLO).
Beaumont, Émilie (concepção) (1999). Dicionário por Imagens Vamos Aprender. Paris:
Éditions Fleurus.
Beaumont, Émilie (concepção) (2001). Dicionário por Imagens Português-Inglês. Paris:
Éditions Fleurus.
Bosz, Laura Quintus e Sylvia Bacchini (2008). Taallijn aanvulling NT2 – Werken met
beginnende tweedetaalverwervers. Utrecht: Sardes.
European Language Institute – ELI (1996). Dicionário Ilustrado ELI. Loreto: ELI.
Fernandes, Ventura, Querido & Morais (2007). Plano Nacional de Leitura – Estudo
Psicolinguístico. Testes a aplicar
Gottlieb, Margo (coord.) (1999). Language Proficiency Handbook: A practicioner’s
guide to instructional assessment.
IILT (2003) English language proficiency benchmarks for non-English-speaking pupils
at primary level, Version 2.0.
Ministério da Educação – Departamento da Educação Básica (1999). Teste Bilingue –
Livro de Imagens. Lisboa: Ministério da Educação.
Ministério da Educação/GAERI (coord.) (2001). Quadro Europeu Comum de
Referência para as Línguas – Aprendizagem, ensino, avaliação. Porto: Edições
ASA.
Testes de diagnóstico de Português Língua Não Materna – Introdução Geral
13
Ministry of Education (2004). ESOL Funding Assessment Guidelines – English
Language Learners in New Zealand Schools. Wellington: Learning Media Limited.
Pereira, Dulce (2006). Crescer Bilingue. Lisboa: ACIME.
Ramalho, Manuel (2006). Fichas de Avaliação Contínua 1 – Diagnóstico, Formativa,
Trimestral, Sumativa. Porto: Porto Editora.
Ramalho, Manuel (2007). Fichas de Avaliação Contínua 4 – Diagnóstico, Formativa,
Trimestral, Sumativa. Porto: Porto Editora.
Ramalho, Silvério (2007). Actividades Interdisciplinares 1 – Língua Portuguesa,
Matemática, Estudo do Meio, Educação Artística. Porto: Porto Editora.
Ramalho, Silvério (2007). Actividades Interdisciplinares 4 – Língua Portuguesa,
Matemática, Estudo do Meio, Educação Artística. Porto: Porto Editora.
Sim-Sim, Inês (2006). Avaliação da Linguagem Oral – Um contributo para o
conhecimento do desenvolvimento linguístico das crianças portuguesas. Lisboa:
Fundação Calouste Gulbenkian.
Sim-Sim, Inês & Fernanda Viana (2007). Para a avaliação do desempenho de leitura.
http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/upload/estudos/pdf_versao2_def.pdf
University of Cambridge ESOL Examinations (2007). Cambridge Young Learners
English Test – Handbook for teachers. Cambridge: UCLES.
University of Cambridge ESOL Examinations (2007). Certificate in Advanced English
– Handbook for teachers. Cambridge: UCLES.
University of Cambridge ESOL Examinations (2007). First Certificate in English –
Handbook for teachers for examinations from December 2008. Cambridge:
UCLES.
University of Cambridge ESOL Examinations (2007). Key English Test – Handbook for
teachers. Cambridge: UCLES.
University of Cambridge ESOL Examinations (2007). Preliminary English Test –
Handbook for teachers. Cambridge: UCLES.
Victorian Curriculum and Assessment Authority – VCCA (2005). English as a Second
language (ESL) Companian to the Victorian Essential Learning Standards.
Victoria: VCCA.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna
Alunos do primeiro e do segundo anos do Ensino Básico
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
1
Este trabalho foi desenvolvido pelo grupo Língua e Diversidade Linguística do Instituto
de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC).
Coordenação: Maria Helena Mira Mateus
Realização: Fausto Caels
Nuno Carvalho
Consultoria: Dulce Pereira
Colaboração: Ana de Sousa
Ilustração: François Caels
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
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Índice
Introdução......................................................................................................................... 3
PARTE I — Produção, compreensão e interacção oral.................................................... 6
ACTIVIDADE I — Nomeação lexical com recurso a imagens................................... 7
ACTIVIDADE II — Descrição oral de diferenças observadas em imagens ............. 22
ACTIVIDADE IIa — Compreensão do oral (expressões de lugar e de quantidade). 35
ACTIVIDADE III — Reconto de uma narrativa oral ................................................ 44
ACTIVIDADE IIIa — Compreensão de uma narrativa oral...................................... 51
ACTIVIDADE IV — Interacção oral com base em imagens .................................... 59
AVALIAÇÃO GLOBAL — PARTE I ...................................................................... 69
PARTE II — Compreensão e produção escrita.............................................................. 70
ACTIVIDADE I — Leitura de palavras isoladas....................................................... 71
ACTIVIDADE II — Leitura de frases simples .......................................................... 82
AVALIAÇÃO GLOBAL — PARTE II..................................................................... 88
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
3
Introdução
O teste de diagnóstico para alunos do primeiro e do segundo ano do Ensino Básico é
constituído por duas partes. A primeira parte do teste incide sobre a oralidade e, mais
especificamente, sobre a produção, a compreensão e a interacção oral. A segunda parte
do teste incide sobre a compreensão escrita. As duas partes do teste são autónomas e
devem ser aplicadas em momentos distintos.
Parte I
A primeira parte do teste tem quatro actividades: I — Nomeação lexical com recurso a
imagens, II — Descrição de diferenças observadas em imagens, III — Reconto de uma
narrativa e IV — Interacção oral com base em imagens. Com estas actividades
pretende-se avaliar a capacidade de o aluno produzir determinados enunciados
linguísticos. Evidentemente, esta produção implica que o aluno compreenda
(descodifique) as perguntas e as instruções do professor.
Caso se verifique que o aluno tem muita dificuldade em executar as actividades de
produção, existem estratégias de verificação da compreensão dos enunciados
linguísticos em questão. A inclusão destas estratégias deve-se ao facto de pode haver
compreensão sem que exista uma produção linguística correspondente. Não foram
incluídas estratégias de verificação da compreensão para a actividade IV, uma vez que
tem por objectivo avaliar a interacção oral, que requer necessariamente produção por
parte do aluno.
As actividades da primeira parte do teste têm um grau de dificuldade crescente. Caso o
aluno não consiga realizar uma determinada actividade, é provável que não consiga
também realizar as actividades subsequentes. Nessas situações, o professor poderá parar
a aplicação da primeira parte do teste, a fim de não sobrecarregar o aluno.
O tempo de aplicação estimado da primeira parte do teste é de 45 minutos.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
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Parte II
A segunda parte do teste tem duas actividades: I — Leitura de palavras isoladas e II —
Leitura de frases simples. Estas actividades devem ser aplicadas apenas a alunos de
PLNM que ingressam no segundo ano.
As actividades da segunda parte do teste têm um grau de dificuldade crescente. Caso o
aluno não consiga realizar a primeira actividade, é provável que não consiga também
realizar a segunda. Nessa situação, o professor poderá parar a aplicação da segunda
parte do teste, para não sobrecarregar o aluno.
O tempo de aplicação estimado da segunda parte do teste é de 20 minutos.
Avaliação
Todas actividades do teste são acompanhadas de uma grelha de avaliação e de
instruções para o seu preenchimento. Sugerimos que as grelhas de avaliação sejam
preenchidas durante a realização das actividades. Outros cenários de preenchimento, no
entanto, são possíveis. Assim, o professor aplicador poderá fazer-se acompanhar por um
colega para a tarefa ou gravar as produções dos alunos para registar posteriormente o
resultado da sua análise e avaliação.
As duas partes do teste têm avaliações independentes. No final de cada parte do teste, o
professor dispõe de uma grelha de avaliação global onde deverá preencher os resultados
obtidos pelo aluno nas diferentes actividades. É com base nestas grelhas, que são
determinados os níveis de proficiência oral e escrita do aluno em Português.
Algumas observações
A aplicação do teste requer um trabalho de preparação por parte do professor. Deverá
ler o documento na sua totalidade a fim de se inteirar dos objectivos e da estrutura do
teste de diagnóstico e, quando possível, discuti-lo com colegas. Para aplicar o teste, o
professor deve imprimir o material para a realização das actividades (estímulos visuais,
textos, folhas de enunciado) e as folhas de registo. Note-se que, idealmente, essa
impressão deve ser feita a cores, de forma a tornar as actividades mais claras e mais
apelativas para o aluno e as folhas de registo mais inteligíveis para o professor. Para os
professores que tenham dificuldade em imprimir a totalidade do material e das folhas de
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
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registo a cores, deixamos aqui a indicação das páginas que devem necessariamente ser
impressas a cores. Trata-se de folhas que contêm imagens que se tornam imperceptíveis
quando impressas a preto e branco ou estímulos visuais que visam avaliar o
conhecimento das cores.
pág. 13 e 14 Imagens relativas a cores
pág. 19 Folha de registo relativa à nomeação das cores
pág. 27 e 28 Segundo e terceiro par de imagens
pág. 54 e 55 Imagens da criança com sangue no braço e na perna
pág. 62 a 64 Fotografias para interacção oral
pág. 84 Ficha para testar a compreensão de frases simples.
É aconselhável que o professor aplique o teste a um ou dois alunos de Língua Materna
Portuguesa antes de fazer a avaliação dos seus alunos de PLNM, a fim de se familiarizar
com as actividades propostas.
O professor deverá ter o cuidado de deixar o aluno à vontade durante a realização do
teste e permitir que siga o seu próprio ritmo. Todas as respostas do aluno devem ser
tomadas em consideração, visto que o objectivo final do teste é posicioná-lo no nível de
proficiência que se lhe adequa.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
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PARTE I
PRODUÇÃO, COMPREENSÃO e INTERACÇÃO ORAL
Nota: Grande parte das actividades da primeira parte do teste envolvem o uso de
estímulos visuais. Os estímulos visuais devem ser recortados antes da realização
das actividades.
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ACTIVIDADE I
Nomeação oral com recurso a imagens
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ACTIVIDADE I — Nomeação oral com recurso a imagens
1. Objectivo
Testar conhecimento lexical em Português.
2. Descrição da actividade
Esta actividade consiste na nomeação oral de um conjunto de imagens.
Os estímulos visuais apresentam-se sob a forma de 40 cartões correspondentes a itens
fundamentais do quotidiano, pertencendo às seguintes áreas temáticas: alimentação,
vestuário, lazer, higiene, casa, meio envolvente (meios de transporte, mundo animal,
mundo vegetal, o tempo) e cores.
O ponto de partida para a escolha das imagens foi a lista de palavras abaixo apresentada
por ordem alfabética:
amarelo calças lápis pêra
árvore camisola livro prato
autocarro cão mão preto
azul carro mesa saia
baloiços casa mochila sanita
bananas chapéu-de-chuva nuvens sapato
bicicleta escorrega óculos sol
bola flores papel higiénico telemóvel
branco garfo pássaro tesoura
cadeira gato peixe vermelho
Note-se que, em relação a algumas imagens, os alunos não têm necessariamente de usar
as palavras que constam da lista, podendo haver, por exemplo, casos de sinonímia (por
exemplo: carro/automóvel, chapéu-de-chuva/guarda-chuva).
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3. Instruções para a realização da actividade
1) Colocar os cartões em cima uns dos outros com as imagens viradas para baixo (é
aconselhável que os cartões respeitem a ordem representada nas folhas de registo,
a fim de facilitar o preenchimento da mesma).
2) Pedir ao aluno para tirar um cartão e dizer o nome do item lá representado.
3) Repetir para os restantes cartões, fazendo um montinho com os cartões que têm
as imagens que o aluno conseguiu nomear espontaneamente e outro com os
restantes cartões.
4) Juntar os cartões com as imagens que o aluno não conseguiu nomear e dispô-los
lado a lado, com as imagens viradas para cima (máximo de 10 cartões de cada
vez). Verificar se o aluno compreende (reconhece) o nome do item representado
nas imagens. Começar com uma pergunta como: “Onde está o sapato?” e
gradualmente simplificá-la, caso o aluno não a compreenda: “Sapato, onde está o
sapato?” (destaque da informação-chave) ou simplesmente: “Sapato?”
Outras formas de desencadear a compreensão podem ser: “Vês algum sapato
aqui? Onde?”, “Aponta o sapato” ou “Mostra-me o sapato”.
5) Preencher as folhas de registo de acordo com as instruções, à medida que o
aluno realiza a actividade.
4. Material para a realização da actividade
Apresenta-se, de seguida, os estímulos visuais em páginas separadas, para que possam
ser recortados e utilizados durante a realização da actividade.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
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5. Instruções para o preenchimento das folhas de registo
No primeiro quadro, o professor deve indicar se o aluno realizou a actividade. Caso não
a tenha realizado, o professor deve indicar a razão. Por exemplo: “Não foi possível
realizar a tarefa, porque o aluno não compreendeu as instruções”.
Por baixo do quadro encontra-se uma grelha, onde o professor deve indicar se o aluno é
capaz de nomear, de forma adequada, as imagens representadas nos cartões. Caso o
aluno não nomeie correctamente uma determinada imagem, o professor deve
transcrever a resposta do aluno na coluna “desvios lexicais”. Existem pelo menos três
tipos de problemas que podem ocorrer:
(i) uso de palavras relacionadas com a palavra correcta, como por exemplo
“fruta” em vez de “banana” ou “dedo” em vez de “mão”;
(ii) uso de palavras não relacionadas com a palavra correcta, como por
exemplo “árvore” em vez de “sapato”;
(iii) uso de descrições do significado da palavra, como por exemplo “para
escrever” em vez de “lápis”.
No que diz respeito à compreensão, o professor deve indicar, na coluna do lado direito,
se o aluno é capaz de compreender (reconhecer) os nomes correspondentes às imagens
que não conseguiu nomear espontaneamente.
Por baixo da grelha, o professor deve indicar o número total de palavras que o aluno
conseguiu nomear.
A seguir à grelha, encontra-se uma secção designada “Observações gerais”, onde o
professor deve indicar:
(i) como decorreu a aplicação da tarefa (de forma sumária) — por exemplo,
“Não foi possível realizar a actividade, porque o aluno não compreendeu
as instruções”;
(ii) se o aluno demonstrou problemas a nível da articulação, quer em termos
gerais quer em termos da pronúncia de palavras específicas — por
exemplo, o aluno tem uma pronúncia muito marcada, ao ponto de
dificultar a comunicação ou o aluno diz “biquete” em vez de “bicicleta”;
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(iii) se o aluno demonstrou dificuldades a nível da compreensão das
perguntas e/ou instruções do professor — por exemplo, o professor teve
sistematicamente de falar mais devagar ou o professor teve de repetir,
parafrasear e/ou simplificar a maior parte das instruções e das perguntas.
6. Folhas de registo
Apresenta-se, de seguida, as folhas de registo em páginas separadas, para que possam
ser utilizadas pelo professor na aplicação do teste.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
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Actividade I — Folhas de registo
O aluno realizou a actividade? SIM □ NÃO □
Caso o aluno não tenha realizado a actividade, indique a razão:
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
PRODUÇÃO COMPREENSÃO
O aluno nomeia
correctamente
a imagem?
Desvios lexicais
O aluno não nomeia
a imagem, mas
reconhece a palavra
associada a ela?
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
18
PRODUÇÃO COMPREENSÃO
O aluno nomeia
correctamente
a imagem?
Desvios lexicais
O aluno não nomeia
a imagem, mas
reconhece a palavra
a ela associada?
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
19
PRODUÇÃO COMPREENSÃO
O aluno nomeia
correctamente
a imagem?
Desvios lexicais
O aluno não nomeia
a imagem, mas
reconhece a palavra
a ela associada?
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Total de imagens correctamente nomeadas: ……………………..
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
20
Observações gerais:
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………………...
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
21
7. Avaliação Concluída a actividade, o professor deve fazer a contagem das imagens nomeadas pelo
aluno. Para efeitos de avaliação são considerados os seguintes níveis de desempenho e
respectivas classificações:
Nível de desempenho Classificação
O aluno não realizou a tarefa 0 valores
1-9 imagens nomeadas 4 valores
10-29 imagens nomeadas 8 valores
30-35 imagens nomeadas 12 valores
36-40 imagens nomeadas 16 valores
O professor deve preencher a classificação obtida pelo aluno nesta actividade na grelha
de avaliação global da página 69.
Nota I: A informação contida nas colunas “desvios lexicais” e “compreensão” não
deve ser levada em conta na determinação do nível de proficiência do aluno,
servindo exclusivamente para dar um conhecimento mais aprofundado da
sua situação linguística.
Nota II: Não esquecer que esta é apenas uma das actividades a ter presente na
avaliação global do aluno. A indicação de nível nesta actividade não deve ser
tomado como conclusiva em relação ao seu conhecimento da língua
portuguesa.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
22
ACTIVIDADE II
Descrição de diferenças observadas em imagens
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
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ACTIVIDADE II — Descrição oral de diferenças observadas em imagens 1. Objectivo
Testar a capacidade de produzir, em Português, locuções prepositivas de lugar,
adjectivos e respectivos graus, numerais cardinais, quantificadores, numerais
ordinais e locuções que permitem exprimir ordem.
2. Descrição da actividade
Esta actividade consiste na descrição de diferenças observadas em estímulos visuais.
Os estímulos visuais utilizados nesta actividade apresentam-se sob a forma de três pares
de imagens e cada par de imagens contém entre cinco e sete diferenças. Os itens
representados nas imagens (pessoas, animais e objectos) podem diferir em termos de
localização espacial, de atributos físicos, de estados anímicos, de quantidade e de ordem.
A escolha do tipo de diferenças acima mencionadas tem como objectivo avaliar o
conhecimento de aspectos fundamentais da produção linguística, nomeadamente a
utilização de locuções prepositivas de lugar, adjectivos e respectivos graus, numerais
cardinais, quantificadores, numerais ordinais e locuções que permitem exprimir ordem.
O ponto de partida para a elaboração das diferenças foi a seguinte lista de locuções e
palavras:
Locuções
prepositivas de lugar
Em cima de, debaixo de, à frente de, atrás de, dentro de, fora
de, à esquerda de, à direita de, de um lado de, do outro lado de
Adjectivos e
respectivos graus
Aberto, fechado, pequeno, grande, comprido, curto, redondo,
quadrado, triste, alegre, gordo, magro, maior, mais pequeno
Números cardinais e
quantificadores
Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, muito(s),
pouco(s)
Números ordinais e
locuções de ordem
Primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto, último, penúltimo
Note-se que os alunos não têm de usar todas as palavras e locuções que constam desta
lista para descrever as diferenças entre as imagens. A diferença na localização da árvore
no primeiro par de imagens, por exemplo, pode ser descrita da seguinte forma: “Aqui a
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
24
árvore está à esquerda da casa e aqui está à direita da casa” (apontando as imagens).
Diversas outras descrições, no entanto, são possíveis:
“Aqui a árvore está do lado esquerdo da casa e ali está do lado direito da casa”
“Aqui a árvore está de um lado da casa e ali está do outro lado da casa”
“Aqui a árvore está ao pé das flores e ali está ao pé da menina”
“Aqui a árvore está deste lado” — apontando a árvore na primeira imagem —
“E aqui a árvore está deste lado” — apontando a árvore na segunda imagem.
3. Instruções para a realização da actividade
1) Apresentar o primeiro par de imagens.
2) Pedir ao aluno para descrever as diferenças que existem entre as duas imagens.
Começar com uma instrução genérica do tipo: “Olha, tens aqui duas imagens,
que têm sete diferenças.” Para assegurar que o aluno compreende o exercício, o
professor deve verbalizar a seguinte diferença: “Aqui há uma nuvem e aqui há
um sol” (apontando).
3) Esperar que o aluno refira todas as diferenças. Caso não o faça de forma
espontânea, caberá ao professor intervir e trabalhar as diferenças uma a uma
com o aluno. Por exemplo: “Olha bem para aqui.” — apontando a janela à
direita da porta numa imagem e na outra — “São iguais? E aqui?” — apontando
as flores — “Vês alguma diferença?”.
4) Caso o aluno não seja capaz de descrever as diferenças no primeiro par de
imagens, ou caso o faça com muita dificuldade, deve passar-se à actividade IIa,
criada especificamente para esta circunstância.
5) As instruções para o segundo par de imagens são idênticas às instruções para o
primeiro par de imagens.
6) O terceiro par de imagens apresenta apenas diferenças na ordem dos carros. A
fim de testar a capacidade de verbalização das diferentes expressões de ordem
(primeiro, segundo, terceiro, quarto/penúltimo, quinto/último), o professor deve
apontar para um carro de cada vez. Por exemplo: “Olha aqui para este carro
vermelho. Em que lugar está?” (apontando o carro vermelho na primeira
imagem). “E aqui, está no mesmo lugar? Em que lugar está?” (apontando o carro
vermelho na segunda imagem).
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
25
7) Preencher as folhas de registo de acordo com as instruções à medida que o aluno
realiza a actividade.
4. Material para a realização da actividade
Apresenta-se, de seguida, os estímulos visuais em páginas separadas, para que possam
ser recortados e utilizados durante a realização da actividade.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
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Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
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5. Instruções para o preenchimento das folhas de registo
No primeiro quadro, o professor deve indicar se o aluno realizou a actividade. Caso não
a tenha realizado, o professor deve indicar a razão. Por exemplo: “Não foi possível
aplicar a tarefa, porque o aluno não compreendeu as instruções”.
Por baixo do quadro encontra-se uma grelha. Na primeira coluna dessa grelha, o
professor deve indicar se o aluno consegue descrever as diferenças entre as imagens.
Não se deve distinguir entre as diferenças espontaneamente identificadas e as diferenças
identificadas na sequência de uma pergunta do professor, uma vez que o que se pretende
é verificar se o aluno é capaz de empregar determinadas estruturas linguísticas e não se
procurar saber se o aluno é capaz de — de ponto de vista cognitivo — encontrar
diferenças em imagens.
As diferenças podem ser descritas de diversas formas, não havendo respostas “ideais”.
Não se espera, por exemplo, que o aluno use frases completas, como: “Aqui tem duas
janelas e aqui só tem uma” (apontando). Pode acontecer que diga simplesmente: “Duas
janelas, uma janela” (apontando), não significando isso que tenha um menor
conhecimento da língua portuguesa.
Na segunda coluna da grelha, o professor deve indicar se o aluno emprega palavras,
locuções e/ou frases adequadas. Alguns problemas que podem surgir prendem-se com:
o uso de artigos, como em: “Vejo casa branca”;
o estabelecimento de concordâncias nominais, como em: “Há cinco flor”;
o estabelecimento de concordâncias verbais, como em: “A menina estar triste”;
o uso de preposições e/ou locuções prepositivas, como em: “O pássaro está em
cima à casa” ou “O pássaro está cima casa”.
Na coluna “desvios gramaticais”, o professor pode optar por transcrever a resposta do
aluno ou identificar a natureza dos problemas linguísticos ocorridos (por exemplo: falta
de concordância, troca de preposições, etc.).
Por baixo da grelha, o professor deve indicar o total de diferenças referidas pelo aluno e,
em relação a essas, o total de respostas constituídas por unidades linguísticas adequadas.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
30
6. Folhas de registo
Apresenta-se, de seguida, as folhas de registo em páginas separadas, para que possam
ser utilizadas pelo professor na aplicação do teste.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
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Actividade II — Folhas de registo
O aluno realizou a actividade? SIM □ NÃO □
Caso o aluno não tenha realizado a actividade, indique a razão:
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
O aluno …
… descreve a
diferença?
… emprega
palavras e locuções
adequadas?
Desvios gramaticais
Árvore SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Loca
lizaç
ão
espa
cial
Pássaro SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Formato da janela à direita da porta
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Porta SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Qua
lidad
es fí
sica
s e
psic
ológ
icas
Expressão facial da menina
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Flores SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □ Pr
imei
ro p
ar d
e im
agen
s
Qua
ntid
ade
Janelas à esquerda da porta
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
32
O aluno …
… descreve a
diferença?
… emprega
palavras e locuções
adequadas?
Desvios gramaticais
Homem de chapéu azul
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Loca
lizaç
ão
espa
cial
Árvore SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Cauda do cão castanho
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Tamanho do cão deitado
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Qua
lidad
es fí
sica
s
Homem à esquerda
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Segu
ndo
par d
e im
agen
s
Qua
ntid
ade
Nuvens SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Carro
vermelho SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Carro branco SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Carro azul SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Carro amarelo SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Terc
eiro
par
de
imag
ens
Ord
em
Carro verde SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Total de diferenças descritas: ……………………..
Total de respostas gramaticalmente adequadas: ……………………...
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
33
Observações gerais:
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
34
7. Avaliação
Concluída a actividade, o professor deve fazer a contagem das diferenças que o aluno
conseguiu descrever e, em relação a essas, as respostas gramaticalmente correctas. Para
cada diferença descrita, o professor deve contar 3,5 pontos e sempre que essa diferença
seja descrita por meio de palavras, locuções e/ou frases gramaticalmente correctas deve
acrescentar 2 pontos.
Por exemplo, o aluno descreveu dez diferenças, seis das quais por meio de palavras e
locuções gramaticalmente correctas: 10 x 3,5 = 35 || 6 x 2 = 12 || 35 + 12 = 47 pontos.
Para efeitos de avaliação são considerados os seguintes níveis de desempenho e
respectivas classificações:
Nível de desempenho Classificação
O aluno não realizou a tarefa 0 valores
1-15 pontos O aluno deve ser encaminhado para a actividade IIa.
16-55 pontos 12 valores
56-85 pontos 18 valores
>85 pontos 24 valores
O professor deve preencher a classificação obtida pelo aluno nesta actividade na grelha
de avaliação global da página 69.
Nota I: Os alunos que não sejam capazes de realizar a tarefa ou que obtiveram
menos de 15 pontos (ver coluna da esquerda da tabela acima) devem ser
encaminhados para a actividade IIa.
Nota II: Não esquecer que esta é apenas uma das actividades a ter presente na
avaliação global do aluno. A indicação de nível nesta actividade não deve
ser tomada como conclusiva em relação ao seu conhecimento da língua
portuguesa.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
35
ACTIVIDADE IIa
Compreensão de expressões de lugar e de quantidade
NOTA: Esta actividade destina-se apenas a alunos que não consigam realizar a
actividade II.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
36
ACTIVIDADE IIa — Compreensão de expressões de lugar e de quantidade
1. Objectivo
Testar a compreensão, em Português, de locuções prepositivas de lugar e de
numerais cardinais.
2. Descrição da actividade
Esta actividade consiste na composição de um cenário de uma casa com jardim.
Recorrendo a estímulos visuais. O cenário é composto passo a passo, de acordo com
instruções dadas pelo professor. A execução das instruções requer a compreensão dos
numerais cardinais de 1 a 10 e de diversas locuções prepositivas de lugar.
Os estímulos visuais para a composição do cenário da casa com o jardim apresentam-se
sob a forma de:
uma imagem grande com uma casa ao centro;
um conjunto de cartões que contêm uma menina, uma árvore, um sol, uma flor,
um pássaro e uma nuvem.
3. Instruções para a realização da actividade
1) Apresentar a imagem grande.
2) Entregar o cartão com a imagem do sol e pedir ao aluno que o coloque por cima
da casa.
3) Entregar o cartão com a imagem da menina e pedir ao aluno que a coloque ao pé
da porta.
4) Entregar os dois cartões com as imagens dos pássaros e pedir ao aluno que
coloque um pássaro em cima da casa e um pássaro no chão.
5) Entregar os quatro cartões com as imagens das flores e pedir ao aluno que
coloque uma flor debaixo das janelas e duas flores ao lado da casa (deixando
uma flor de lado).
6) Entregar os dois cartões com as imagens das árvores e pedir ao aluno que
coloque uma árvore do outro lado da casa — em relação às flores (deixando uma
árvore de lado).
7) Entregar os cinco cartões com as imagens das nuvens e pedir ao aluno que
coloque quatro nuvens junto do sol (deixando uma nuvem de lado).
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
37
8) Preencher as folhas de registo de acordo com as instruções à medida que o aluno
realiza a actividade.
4. Material para a realização da actividade
Apresenta-se, de seguida, os estímulos visuais em páginas separadas, para que possam
ser recortados e utilizados durante a realização da actividade.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
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Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
39
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
40
5. Instruções para o preenchimento das folhas de registo
Nas folhas de registo encontra-se uma grelha onde o professor deve indicar se o aluno é
capaz de colocar os cartões no lugar certo e na quantidade pedida (caso se aplique).
Na coluna “Dificuldades de compreensão”, pode indicar se o aluno teve dificuldade em
compreender as perguntas e/ou as instruções. São alguns factores indicativos dessa
dificuldade: o professor ter de falar mais devagar, o professor ter de repetir, ter de
parafrasear, ter de simplificar as instruções e/ou as perguntas.
6. Folhas de registo
Apresenta-se, de seguida, as folhas de registo em páginas separadas, para que possam
ser utilizadas pelo professor na aplicação do teste.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
41
Actividade IIa — Folhas de registo
O aluno coloca o cartão /
os cartões …
… no lugar
certo?
… na quantidade
certa?
Dificuldades de compreensão
Sol por cima da casa SIM □ NÃO □ …
Menina ao pé da
porta SIM □ NÃO □ …
Uma flor debaixo das
janelas SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Duas flores ao lado
da casa SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Uma árvore do outro
lado da casa (em
relação às flores)
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Um pássaro em cima
da casa SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Um pássaro no chão SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Quatro nuvens junto
do sol SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Total de instruções correctamente executadas (total de cartões colocados no lugar certo
+ total de cartões colocados em quantidade certa): ……………………...
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
42
Observações gerais:
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
43
7. Avaliação
Para obter a avaliação do aluno nesta actividade, o professor deve fazer a contagem do
total de instruções correctamente executadas e multiplicar o valor apurado por 0,75.
Por exemplo, o aluno executou correctamente 12 instruções: 12 x 0,75 = 9 valores
O professor deve preencher a classificação obtida na grelha de avaliação global da
página 69.
Nota: O aluno que foi encaminhado para a actividade IIa, foi-o porque não
conseguiu realizar a actividade II. A classificação obtida na actividade IIa
é necessariamente inferior, em mais de 50%, à classificação máxima da
actividade II. Por exemplo: o aluno que executa a actividade II poderá
obter uma classificação máxima de 24 valores; o aluno que não é capaz
de executar a actividade II, e que realiza a actividade IIa, poderá obter
uma classificação máxima de 10,5 valores.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
44
ACTIVIDADE III
Reconto de uma narrativa
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
45
ACTIVIDADE III — Reconto de uma narrativa
1. Objectivo
Testar a capacidade de recontar, em Português, uma narrativa apresentada
oralmente.
Testar a capacidade de construir, em Português, enunciados frásicos.
2. Descrição da actividade
Esta actividade consiste na audição de uma narrativa oral e no seu reconto.
Apresenta-se, de seguida, a narrativa que o aluno deve ouvir e recontar. As sequências
separadas por ponto final representam os diversos eventos da narrativa.
Era uma vez uma menina que estava a andar de bicicleta. De repente atrapalhou-se
e foi contra uma árvore. A menina caiu e começou a chorar, porque tinha sangue
na perna. Felizmente, a mãe da menina apareceu e ajudou-a. Depois a mãe e a
menina foram comer um gelado.
3. Instruções para a realização da actividade
1) Explicar ao aluno que lhe vai ser contada uma pequena história.
2) Contar ou ler a história.
3) Pedir ao aluno para recontar a história.
4) Se o aluno não for capaz de recontar a história, ou se o fizer de forma muito
insuficiente, deve passar-se à actividade IIIa. São factores indicativos: o aluno
ficar em silêncio, o aluno não ter vocabulário para descrever os eventos, o aluno
construir frases até três palavras, o aluno não usar artigos, preposições,
pronomes pessoais, verbos conjugados e plurais.
5) Preencher as folhas de registo de acordo com as instruções, à medida que o
aluno realiza a actividade.
4. Material para a realização da actividade
Não tem.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
46
5. Instruções para o preenchimento das folhas de registo
No primeiro quadro, o professor deve indicar se o aluno realizou a actividade. Caso não
a tenha realizado, o professor deve indicar a razão. Por exemplo: “O aluno não foi capaz
de realizar as actividades I e II e, como tal desistiu-se da aplicação das restantes
actividades da primeira parte do teste”.
Por baixo do quadro encontra-se uma grelha, onde o professor deve indicar se o aluno é
capaz de: (i) referir os eventos da história, (ii) utilizar um vocabulário adequado e (iii)
construir frases em Português, devendo ser especificado o grau de elaboração sintáctica.
A parte da grelha que diz respeito à construção de frases prevê diferentes graus de
complexidade sintáctica. O professor deve assinalar com uma cruz o grau de
complexidade sintáctica que melhor se adequa à produção do aluno.
Na coluna das observações, o professor deve especificar os problemas encontrados.
6. Folhas de registo
Apresenta-se, de seguida, as folhas de registo em páginas separadas, para que possam
ser utilizadas pelo professor na aplicação do teste.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
47
Actividade III — Folhas de registo
O aluno realizou a actividade? SIM □ NÃO □
Caso o aluno não tenha realizado a actividade, indique a razão:
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
O aluno … Dificuldades de
produção e de compreensão
Iden
tific
ação
de e
vent
os
… refere os diferentes eventos da
história? SIM □ NÃO □
Voca
bulá
rio
… mostra ter palavras e expressões para
identificar os intervenientes na história e
as suas acções?
SIM □ NÃO □
… constrói enunciados semelhantes aos
de falantes de português língua materna
da mesma faixa etária, no que diz
respeito à sua extensão e correcção
gramatical?
… constrói enunciados gramaticalmente
articulados, embora com inconsistências
várias (por ex. incorrecções no uso de
preposições, artigos e no estabelecimento
de concordâncias verbais)?
Con
stru
ção
de e
nunc
iado
s frá
sico
s
… constrói enunciados sincopados com
pouca articulação gramatical,
essencialmente constituídos por nomes e
formas verbais de uso mais frequente
frases de cerca de três palavras?
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
48
Observações gerais:
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
49
7. Avaliação
Para efeitos de avaliação são considerados os seguintes níveis de desempenho e
respectivas classificações:
Nível de desempenho Classificação
O aluno não realizou a actividade 0 valores
O aluno não é capaz de recontar a história, ou fá-lo de forma
muito insuficiente. São factores indicativos: o aluno ficar em
silêncio, o aluno não ter vocabulário para descrever os eventos,
o aluno construir enunciados sincopados sem articulação
gramatical.
O aluno deve ser
encaminhado para a
actividade IIIa
O aluno descreve a maior parte dos eventos, por meio de
enunciados gramaticalmente articulados, embora com
inconsistências várias a nível lexical, morfológico e sintáctico.
14 valores
O aluno descreve todos ou quase todos os eventos, por meio de
enunciados gramaticalmente articulados. As frases podem ainda
apresentar inconsistências de ordem lexical, morfológica e
sintáctica.
21 valores
O aluno descreve todos os eventos, emprega um vocabulário
adequado e constrói enunciados semelhantes aos de falantes de
português língua materna da mesma faixa etária, no que diz
respeito à extensão e correcção gramatical
28 valores
O professor deve preencher a classificação obtida pelo aluno nesta actividade na grelha
de avaliação global da página 69.
Nota I: Os alunos que não conseguiram recontar a história ou que o fizeram de
forma muito insuficiente devem ser encaminhados para a actividade IIIa.
Nota II: Não esquecer que esta é apenas uma das actividades a ter presente na
avaliação global do aluno. A indicação de nível nesta actividade não deve
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
50
ser tomada como conclusiva em relação ao seu conhecimento da língua
portuguesa.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
51
ACTIVIDADE IIIa
Compreensão de uma narrativa
NOTA: Esta actividade destina-se apenas a alunos que não consigam realizar a
actividade III.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
52
ACTIVIDADE IIIa — Compreensão de uma narrativa
1. Objectivo
Testar a compreensão dos eventos da narrativa apresentada na actividade III.
2. Descrição da actividade
Esta actividade consiste na verificação da compreensão dos eventos que constituem a
narrativa apresentada na actividade III.
O professor deve contar a narrativa evento a evento. Depois de contar cada evento,
apresenta ao aluno uma imagem que representa o evento enunciado e uma imagem que
representa uma situação diferente. O aluno deve apontar as imagens correspondentes
aos eventos da história e não as imagens que representam as situações alternativas.
Exemplo para o primeiro evento:
O que é que a menina estava a fazer? Aponta a imagem certa.
Foram elaboradas as seguintes perguntas, que permitem verificar a compreensão de
cada evento:
(i) O que é que a menina estava a fazer?
(ii) O que é que aconteceu?
(iii) Onde é que a menina tinha sangue?
(iv) Quem veio ajudar a menina?
(v) O que é que a mãe e a menina foram fazer?
3. Instruções para a realização da actividade
1) Contar o primeiro evento da história.
2) Apresentar a imagem que retrata o primeiro evento da história, juntamente com
a imagem que retrata o evento alternativo.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
53
3) Perguntar: “O que é que a menina estava a fazer?”, pedindo ao aluno que aponte
a imagem correcta.
4) Repetir o procedimento para os restantes eventos da história.
5) Preencher a folha de registo de acordo com as instruções, à medida que o aluno
realiza a actividade.
4. Material para a realização da actividade
Apresenta-se, de seguida, os estímulos visuais em páginas separadas, para que possam
ser recortados e utilizados durante a realização da actividade.
Note-se que as imagens do lado esquerdo representam sempre os eventos da história e
as imagens do lado direito, as situações alternativas.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
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Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
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5. Instruções para o preenchimento da folha de registo
Na folha de registo encontra-se uma grelha, onde o professor deve indicar se o aluno é
capaz de apontar os cartões que correspondem aos eventos da história.
Na coluna das observações, o professor deve indicar se o aluno teve dificuldade em
compreender as perguntas e/ou as instruções. São alguns factores indicativos dessa
dificuldade: o professor ter de falar mais devagar, o professor ter de repetir, ter de
parafrasear, ter de simplificar as instruções e/ou as perguntas.
6. Folha de registo
Apresenta-se, de seguida, a folha de registo numa página separada, para que possa ser
utilizada pelo professor na aplicação do teste.
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Actividade IIIa — Folha de registo
O aluno aponta a
imagem certa? Observações
O que é que a menina estava a
fazer? SIM □ NÃO □
O que é que aconteceu? SIM □ NÃO □
Onde é que a menina tinha
sangue? SIM □ NÃO □
Quem veio ajudar a menina? SIM □ NÃO □
O que é que a mãe e a menina
foram fazer depois? SIM □ NÃO □
Total de eventos identificados: ……………………..
Observações gerais:
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
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7. Avaliação
Para obter a avaliação do aluno nesta actividade, o professor deve fazer a contagem dos
eventos identificados e multiplicar o valor obtido por 2,4.
Por exemplo, o aluno identificou três eventos: 3 x 2,4 = 7,2 valores.
O professor deve preencher a classificação obtida na grelha de avaliação global da
página 69.
Nota: O aluno que foi encaminhado para a actividade IIIa, foi-o porque não
conseguiu realizar a actividade III. A classificação obtida na actividade
IIIa é necessariamente inferior, em mais de 50%, à classificação máxima
da actividade III. Por exemplo: o aluno que executa a actividade III
poderá obter uma classificação máxima de 28 valores; o aluno que não é
capaz de executar a actividade III, e que realiza a actividade IIIa, poderá
obter uma classificação máxima de 12 valores.
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ACTIVIDADE IV
Interacção oral com base em imagens
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ACTIVIDADE IV — Interacção oral com base em imagens
1. Objectivo Testar a capacidade de interacção oral, em Português, com base em imagens.
2. Descrição da actividade
Esta actividade consiste num diálogo entre o aluno e o professor avaliador,
desenvolvido a partir de um conjunto de estímulos visuais.
Os estímulos visuais apresentam-se sob a forma de três fotografias que retratam
situações em sala de aula e três fotografias que retratam situações em casa e na rua. As
fotografias permitem leituras diferentes, que por sua vez estão associadas a diferentes
graus de complexidade linguística. Ao longo do diálogo, o aluno deve:
identificar espaços físicos (ex. sala de aula, recreio), pessoas (ex. professora,
alunos, mãe, irmã) e os objectos (ex. livro, folhas, bola);
descrever acções (ex. escrever, ler, brincar) e situações de interacção (ex.
trabalhar em grupo, brigar);
falar sobre a sua experiência pessoal, relacionada com a situação retratada nas
fotografias (ex. actividades desenvolvidas na escola, brincadeiras com amigos).
3. Instruções para a realização da actividade
1) Seleccionar (apenas) uma fotografia de uma situação em sala de aula.
2) Orientar uma conversa com o aluno a partir do conteúdo da fotografia tentando
abranger os vários aspectos nela contidos. Apresenta-se, abaixo, a título
exemplificativo, um possível guião para a conversa sobre a primeira imagem.
3) Preencher a grelha de avaliação.
4) Seleccionar (apenas) uma fotografia de uma situação em casa ou na rua.
5) Orientar uma conversa com o aluno a partir do conteúdo da fotografia tentando
abranger os vários aspectos nela contidos.
6) Preencher as folhas de registo de acordo com as instruções, à medida que o
aluno realiza a actividade.
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Exemplo de um guião para a conversa sobre a primeira imagem:
Identificação dos intervenientes e do espaço:
Quem é que está aqui? (apontar a professora)
Quem é que está à volta da professora? (apontar os alunos)
Os meninos estão no recreio ou na sala de aula?
Descrição de acções e de situações de interacção:
O que é que a professora está a fazer?
O que é que os meninos estão a fazer? (referir cada um dos alunos)
Os alunos estão a trabalhar sozinhos ou em grupo?
E tu, como gostas mais de trabalhar? Porquê?
Extrapolação:
Gostas desta sala? (apontar a sala na fotografia) Porquê?
Esta sala é parecida com a nossa? Porquê?
O que é que tu gostas mais de fazer na escola? E menos?
4. Material para a realização da actividade
Apresenta-se, de seguida, as fotografias em páginas separadas, para que possam ser
recortadas e utilizadas durante a realização da actividade.
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5. Instruções para o preenchimento das folhas de registo
No primeiro quadro, o professor deve indicar se o aluno realizou a actividade. Caso não
a tenha realizado, o professor deve indicar a razão. Por exemplo: “O aluno não foi capaz
de fazer as actividades I e II e, como tal, desistiu-se da aplicação das restantes
actividades da primeira parte do teste”.
Por baixo do quadro encontra-se uma grelha, onde o professor deve indicar se o aluno é
capaz de: (i) identificar pessoas e objectos, (ii) descrever acções e situações de
interacção e (iii) falar sobre a sua experiência pessoal, relacionada com a situação
retratada na fotografia.
Na coluna das observações, o professor deve indicar se o aluno teve dificuldade em
compreender as perguntas e/ou em responder-lhes. São alguns factores indicativos da
dificuldade de compreensão: o professor ter de falar mais devagar, o professor ter de
repetir, ter de parafrasear, ter de simplificar as perguntas. Factores indicativos de
dificuldades na resposta são: hesitações, reformulações, pausas, vocabulário vago (ex.
isto, aquilo).
6. Folhas de registo
Apresenta-se, de seguida, as folhas de registo em páginas separadas, para que possam
ser utilizadas pelo professor na aplicação do teste.
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Actividade IV — Folhas de registo
O aluno realizou a actividade? SIM □ NÃO □
Caso o aluno não tenha realizado a actividade, indique a razão:
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
Grau de interacção Observações
Identificação de
pessoas e de objectos
Elementar □
Médio □
Desenvolvido □
Descrição de acções e
de situações de
interacção
Elementar □
Médio □
Desenvolvido □
Foto
graf
ia d
e si
tuaç
ão e
m sa
la d
e au
la
Extrapolação para a
experiência pessoal do
aluno
Elementar □
Médio □
Desenvolvido □
Identificação de
pessoas e de objectos
Elementar □
Médio □
Desenvolvido □
Descrição de acções e
de situações de
interacção
Elementar □
Médio □
Desenvolvido □
Foto
graf
ia d
e si
tuaç
ão e
m c
asa
ou n
a ru
a
Extrapolação para a
experiência pessoal do
aluno
Elementar □
Médio □
Desenvolvido □
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Observações gerais:
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
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7. Avaliação
Para efeitos de avaliação são considerados os seguintes níveis de desempenho e
respectivas classificações:
Nível de desempenho Classificação
O aluno não realizou a actividade. 0 valores
O aluno identifica pessoas e objectos por meio de palavras isoladas.
Sente muita dificuldade em compreender e produzir enunciados mais
extensos. O aluno hesita muito nas respostas, o que obriga o professor
a repetir e reformular as perguntas com frequência. O professor pode
ter dificuldade em perceber o que o aluno pretende dizer (por
exemplo: informação muito incompleta, pronúncia muito marcada).
8 valores
O aluno identifica pessoas e objectos, e descreve acções, por meio de
frases curtas (cerca de 5 palavras). O aluno tem uma capacidade de
produção bastante limitada em Português (pausas, hesitações,
dificuldade na construção de frases, ausência de morfologia nominal e
verbal). O aluno necessita do apoio regular do professor.
16 valores
O aluno identifica pessoas e objectos, descreve acções e é capaz de
falar sobre a sua vida pessoal, embora com dificuldades tanto na
compreensão como na produção.
24 valores
O aluno interage verbalmente com o professor com naturalidade. 32 valores
O professor deve preencher a classificação obtida pelo aluno nesta actividade na grelha
de avaliação global da página 69.
Nota: Não esquecer que esta é apenas uma das actividades a ter presente na avaliação
global do aluno. A indicação de nível nesta actividade não deve ser tomada
como conclusiva em relação ao seu conhecimento da língua portuguesa.
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AVALIAÇÃO GLOBAL — PARTE I
Determinação do nível de proficiência oral a partir da avaliação das actividades
1. Grelha de avaliação global
O professor deve preencher, na grelha seguinte, as classificações obtidas pelo aluno em
cada uma das actividades:
Classificação do aluno
Classificação
máxima
Actividade I 16 valores
Actividade II ou IIa1 24 valores
Actividade III ou IIIa2 28 valores
Actividade IV 32 valores
Total 100 valores
2. Determinação do nível de proficiência oral do aluno
Considerando a classificação global obtida na Parte I do teste, o professor poderá
determinar o nível de proficiência oral do aluno a partir da tabela abaixo. A tabela
apresenta ainda os níveis do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas
(QECR) equivalentes.
Nível de proficiência oral do aluno em Português: ……………………………...
Nível do QECR equivalente: ……….……………………..
1 O aluno que tiver realizado a actividade IIa nunca poderá obter uma classificação superior a 10,5 valores. 2 O aluno que tiver realizado a actividade IIIa nunca poderá obter uma classificação superior a 12 valores.
Valor da classificação global Nível de proficiência Nível do QECR
0-35 valores …………...… Iniciação ………………. A1
36-59 valores …………...… Iniciação ……………..... A2
60-84 valores …………...…. Intermédio ……………… B1
85-100 valores ………...…… Avançado ……………….. B2, C1
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PARTE II
COMPREENSÃO e PRODUÇÃO ESCRITA
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ACTIVIDADE I
Leitura de palavras isoladas
Nota: Esta actividade envolve o uso de estímulos visuais, que devem ser recortados
antes da realização da actividade.
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ACTIVIDADE I — Leitura de palavras isoladas
1. Objectivo
Testar a capacidade de ler palavras em Português.
Testar o conhecimento da ortografia do Português.
2. Descrição da actividade
Esta actividade é constituída por duas etapas. Na primeira etapa, pede-se ao aluno para
ler um conjunto de palavras, apresentadas em cartões individuais. Na segunda etapa, o
aluno recebe uma folha com imagens que representam as palavras lidas, sendo-lhe
pedido para colocar os cartões com as palavras em cima das imagens correspondentes.
As palavras que o aluno deve encontram-se divididas em dois grupos de oito palavras:
Primeiro grupo Sol, bola, gato, bananas, garfo, livro, cadeira, tesoura
Segundo grupo Saia, cão mão, calças, carro, árvore, pássaro, bicicleta
Por um lado, a leitura correcta destas palavras implica que o aluno saiba descodificar a
escrita alfabética. Por outro lado, é necessário que conheça regras específicas da
correspondência grafo-fonémica do Português, como por exemplo o valor da letra <o>
em final de palavra (gato, garfo, pássaro) ou o valor da letra <c> antes das vogais <a>
ou <i> (cadeira, cão, bicicleta).
3. Instruções para realização da actividade
1) Colocar os cartões em cima uns dos outros com as palavras viradas para baixo
(1.º grupo de palavras).
2) Pedir ao aluno para tirar um cartão de cada vez e ler a palavra lá escrita.
3) Apresentar ao aluno a folha com as imagens.
4) Pedir ao aluno para colocar os cartões com as palavras em cima das imagens
correspondentes.
5) Repetir o procedimento para o segundo grupo de palavras, desde que o aluno
tenha lido correctamente pelo menos quatro palavras do primeiro grupo.
6) Preencher as folhas de registo de acordo com as instruções, à medida que o
aluno realiza a actividade.
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4. Material para a realização da actividade
Apresenta-se, de seguida, os cartões com as palavras e as folhas com as imagens em
páginas separadas, para que possam ser recortados (os cartões apenas) e utilizados
durante a realização da actividade.
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5. Instruções para o preenchimento das folhas de registo
No primeiro, o professor deve indicar se o aluno realizou a actividade. Caso não a tenha
realizado, o professor deve indicar a razão. Por exemplo: “O aluno não sabe ler”.
Por baixo do quadro encontra-se uma grelha. Na primeira coluna dessa grelha, o
professor deve anotar se a forma como o aluno lê as palavras se aproxima da pronúncia
adequada em Português. Não se espera que o aluno leia as palavras com uma pronúncia
perfeita. O professor deve estar atento, sobretudo, à existência de dificuldades
relacionadas com especificidades da ortografia do Português. Por exemplo: o aluno
pode ser um leitor proficiente numa língua que emprega o alfabeto latino, mas nunca ter
visto a letra <ç> e, como tal, não saber descodificá-la.
Note-se, porém, que pode haver problemas de pronúncia, que não tenham nada a ver
com dificuldades de leitura. Por exemplo: o aluno pode saber que a sequência <ão>
implica nasalidade e ainda assim não ser capaz de a pronunciar correctamente.
Na segunda coluna da grelha, o professor deve identificar os problemas de pronúncia
ocorridos. Por exemplo: o aluno lê “bolha” em vez de “bola”.
Na terceira coluna, o professor deve indicar se o aluno é capaz de colocar os cartões
com as palavras em cima das imagens correspondentes, ou seja, se reconhece o
significado das palavras lidas.
6. Folhas de registo
Apresenta-se, de seguida, as folhas de registo em páginas separadas, para que possam
ser utilizadas pelo professor na aplicação do teste.
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Actividade I — Folhas de registo
O aluno realizou a actividade? SIM □ NÃO □
Caso o aluno não tenha realizado a actividade, indique a razão:
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
1.ª etapa da actividade 2.ª etapa da
actividade
O aluno lê a
palavra?
Problemas de leitura
e/ou de pronúncia
O aluno coloca o
cartão em cima da
imagem
correspondente?
Bola SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Garfo SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Cadeira SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Saia SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Cão SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Calças SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Pássaro SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □ Prim
eiro
gru
po d
e pa
lavr
as
Bicicleta SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
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1.ª etapa da actividade 2.ª etapa da
actividade
O aluno lê a
palavra?
Problemas de leitura
e/ou de pronúncia
O aluno coloca o
cartão em cima da
imagem
correspondente?
Saia SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Cão SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Mão SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Calças SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Carro SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Árvore SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Pássaro SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □ Segu
ndo
grup
o de
pal
avra
s
Bicicleta SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Total de palavras lidas: ……………………..
Total de cartões colocados nas imagens correspondentes: ………………………
Observações gerais:
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………………....
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
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7. Avaliação
Concluída a actividade, o professor deve fazer a contagem: (i) das palavras lidas com
uma pronúncia que se aproxima da pronúncia adequada em Português e (ii) das palavras
colocadas em cima das imagens correspondentes. Para cada palavra lida, o professor
deve contar 2 valores; por cada palavra colocada em cima da imagem correspondente,
deve contar 1,5 valores.
Por exemplo, o aluno leu cinco palavras com uma pronúncia razoável e colocou quatro
cartões em cima das imagens correspondentes: 5 x 2 = 10 || 4 x 1,5 = 6 || 10 + 6 = 16
valores.
O professor deve preencher a classificação obtida pelo aluno nesta actividade na grelha
de avaliação global da página 88.
Nota I: O professor deve ter particular cuidado na interpretação do desempenho do
aluno nesta actividade. Sempre que possível, deve procurar saber se o aluno
aprendeu a ler na sua língua materna e se essa língua emprega o alfabeto
latino. Da mesma forma, é fundamental saber se o aluno tem algum tipo de
dificuldade de leitura na sua língua materna (por ex. problemas de dislexia).
Nota II: Não esquecer que esta é apenas uma das actividades a ter presente na
avaliação global do aluno. A indicação do nível nesta actividade não deve
ser tomada como conclusiva em relação ao seu conhecimento da língua
portuguesa.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
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ACTIVIDADE II
Leitura de frases simples
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
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ACTIVIDADE II — Leitura de frases simples
1. Objectivo
Testar a compreensão, em Português, de frases simples relativas a
actividades quotidianas.
2. Descrição da actividade
Esta actividade consiste na observação de um estímulo visual, seguido da leitura e da
resposta a um conjunto de perguntas sobre o conteúdo do mesmo. O desempenho do
aluno é registado numa grelha de avaliação.
O estímulo visual apresenta-se sob a forma de uma imagem de uma sala de aula. A
imagem foi retirada do Teste Bilingue (Ministério da Educação, Departamento da
Educação Básica: 1999), tendo sido feitas algumas adaptações.
3. Instruções para a realização da actividade
1) Apresentar ao aluno o estímulo visual e as afirmações sobre o conteúdo do
mesmo.
2) Pedir ao aluno que leia, em voz alta, os exemplos. É importante que o professor
se assegure de que o aluno compreenda a actividade.
3) Pedir ao aluno que leia, em voz alta, as restantes afirmações e que as classifique
como verdadeiras ou falsas, escrevendo “SIM” ou “NÃO” no espaço indicado.
Caso o aluno não saiba escrever, o professor deve pedir-lhe para indicar
oralmente se as afirmações são verdadeiras ou falsas.
4) Preencher a folha de registo de acordo com as instruções após a conclusão do
teste. Os registos relativos a eventuais dificuldades de leitura devem ser feitos,
de preferência, durante a realização da actividade.
4. Material para a realização da actividade
Apresenta-se, de seguida, a folha com o estímulo visual e as perguntas de verdadeiro e
falso numa página separada, para que possa ser utilizada durante a realização da
actividade.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
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Observa a imagem.
Lê e responde com SIM ou NÃO. Exemplos: a) A professora está a escrever no quadro. …..SIM…..
b) Os meninos estão a dançar. ….NÃO….
1) A professora está sentada. ……………
2) A menina de cabelos louros está a escrever. ……………
3) Na parede há muitos desenhos. ……………
4) A professora tem cabelo ruivo. ……………
5) Um dos meninos está com a mão levantada. ……………
6) O rapaz da camisola às riscas deixou cair as folhas. ……………
7) Há quatro alunos na sala. ……………
8) Há um relógio pendurado por cima do quadro. ……………
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5. Instruções para o preenchimento da folha de registo
No primeiro quadro, o professor deve indicar se o aluno realizou a actividade. Caso não
a tenha realizado, o professor deve indicar a razão. Por exemplo: “O aluno não sabe ler”.
No segundo quadro, o professor deve indicar o total de afirmações correctamente
classificadas pelo aluno. São consideradas correctas tanto as respostas escritas como as
respostas orais, uma vez que o objectivo desta actividade é testar a capacidade de
compreensão escrita e não a capacidade de produção escrita.
No terceiro quadro, o professor deve classificar o desempenho global do aluno no que
diz respeito (i) à acuidade leitora e (ii) à velocidade leitora. Deverá assinalar uma cruz
num dos quatro níveis de desempenho apresentados para cada um destes tópicos, sendo
o nível 1 o mais baixo e o nível 4 o mais elevado (o nível 4 corresponde à capacidade de
leitura de um aluno de língua materna portuguesa da mesma faixa etária). Na
classificação do desempenho do aluno, o professor deve ter atenção a factores como:
hesitações, falsas partidas, desconhecimento de determinadas regras de correspondência
grafo-fonémica do Português, omissão ou adição de sons, sílabas ou palavras, rapidez
de reconhecimento das palavras, fluência leitora, entre outros. Na coluna referente às
observações, o professor deve especificar as dificuldades manifestadas pelo aluno.
Por fim, existe um quadro onde o professor poderá fazer observações gerais sobre o
desempenho do aluno em toda a actividade.
6. Folha de registo
Apresenta-se, de seguida, a folha de registo numa página separada, para que possa ser
utilizada pelo professor na aplicação do teste.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
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Actividade II — Folha de registo
O aluno realizou a actividade? SIM □ NÃO □
Caso o aluno não tenha realizado a actividade, indique a razão:
…………………………………………………………………………………………….
…………………………………………………………………………………………….
Total de afirmações correctamente classificadas: …………………………………….
Nível de
desempenho Observações
1
2
3
Acu
idad
e le
itora
4
1
2
3
Vel
ocid
ade
leito
ra
4
Observações gerais:
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………………....
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
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7. Avaliação
Concluído o teste, o professor deve fazer a contagem das afirmações correctamente
classificadas pelo aluno e multiplicar o valor obtido por 2,5.
Por exemplo, o aluno classificou correctamente quatro afirmações: 4 x 2,5 = 10.
De seguida, o professor deverá somar os níveis de desempenho relativamente à
acuidade e à velocidade leitora e multiplicar o valor obtido por 3.
Por exemplo, o professor assinalou o nível 3 na acuidade leitora e o nível 4 na
velocidade leitora: 3 + 4 = 7 || 7 x 3 = 21.
Por fim, o professor deve somar os valores apurados nos passos anteriores de forma a
obter a classificação global do aluno nesta actividade.
Por exemplo: 10 + 21 = 31.
O professor deve preencher a classificação obtida pelo aluno nesta actividade na grelha
de avaliação global da página 88.
Nota I: O professor deve ter particular cuidado na interpretação do desempenho do
aluno nesta actividade. Sempre que possível, deve procurar saber se o aluno
aprendeu a ler na sua língua materna e se essa língua emprega o alfabeto
latino. Da mesma forma, é fundamental saber se o aluno tem algum tipo de
dificuldade de leitura na sua língua materna (por ex. problemas de dislexia).
Nota II: Não esquecer que esta é apenas uma das actividades a ter presente na
avaliação global do aluno. A indicação do nível nesta actividade não deve
ser tomada como conclusiva em relação ao seu conhecimento da língua
portuguesa.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna — 1.º e 2.º ano do Ensino Básico
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AVALIAÇÃO GLOBAL — PARTE II
Determinação do nível de proficiência escrita a partir da avaliação das actividades
1. Grelha de avaliação global
O professor deve preencher, na grelha seguinte, as classificações obtidas pelo aluno em
cada uma das actividades:
Classificação do aluno
Classificação
máxima
Actividade I 56 valores
Actividade II 44 valores
Total
100 valores
2. Determinação do nível de proficiência escrita do aluno
Considerando a classificação global obtida na Parte II do teste, o professor poderá
determinar o nível de proficiência escrita do aluno a partir da tabela abaixo. A tabela
apresenta ainda os níveis do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas
(QECR) equivalentes.
Nível de proficiência escrita do aluno em Português: ……………………………...
Nível do QECR equivalente: ……………………………...
Valor da classificação global Nível de proficiência Nível do QECR
0-35 valores …………...… Iniciação ………………. A1
36-59 valores …………...… Iniciação ……………..... A2
60-84 valores …………...…. Intermédio ……………… B1
85-100 valores ………...…… Avançado ……………….. B2, C1
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna
Alunos do terceiro e do quarto anos do Ensino Básico
Alunos do quinto e do sexto anos do Ensino Básico
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
1
Este trabalho foi desenvolvido pelo grupo Língua e Diversidade Linguística do Instituto
de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC).
Coordenação: Maria Helena Mira Mateus
Realização: Fausto Caels
Nuno Carvalho
Consultoria: Dulce Pereira
Colaboração: Ana de Sousa
Ilustração: François Caels
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
2
Índice
Introdução.......................................................................................................................... 3
PARTE I — Produção, compreensão e interacção oral..................................................... 6
ACTIVIDADE I — Nomeação oral com recurso a imagens ........................................ 7
ACTIVIDADE II — Descrição de diferenças observadas em imagens...................... 22
ACTIVIDADE IIa — Compreensão de expressões de lugar e de quantidade............ 35
ACTIVIDADE III — Reconto de uma narrativa ........................................................ 44
ACTIVIDADE IIIa — Compreensão de uma narrativa.............................................. 51
ACTIVIDADE IV — Compreensão de instruções orais............................................. 59
ACTIVIDADE V — Interacção oral com base em imagens....................................... 67
AVALIAÇÃO GLOBAL — PARTE I ....................................................................... 78
PARTE II — Compreensão e produção escrita............................................................... 79
ACTIVIDADE I — Leitura de palavras isoladas........................................................ 80
ACTIVIDADE II — Nomeação escrita com recurso a imagens................................. 90
ACTIVIDADE III — Compreensão de instruções escritas......................................... 98
ACTIVIDADE IV — Legendagem de imagens........................................................ 107
ACTIVIDADE V — Compreensão de uma narrativa escrita ................................... 119
ACTIVIDADE VI — Elaboração de uma narrativa escrita ...................................... 127
AVALIAÇÃO GLOBAL — PARTE II.................................................................... 135
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
3
Introdução
O teste de diagnóstico para alunos do terceiro ao sexto ano do Ensino Básico é
constituído por duas partes. A primeira parte do teste tem por objectivo avaliar a
proficiência oral do aluno em Português; a segunda parte visa a avaliação da proficiência
escrita nessa mesma língua. As duas partes do teste são autónomas e devem ser
aplicadas em momentos distintos.
Parte I
A primeira parte do teste é constituída por cinco actividades: I — Nomeação lexical com
recurso a imagens, II — Descrição de diferenças observadas em imagens, III — Reconto
de uma narrativa, IV — Compreensão de instruções orais e V — Interacção oral com
base em imagens.
As actividades I, II, e III são de produção oral, a actividade IV é de compreensão do oral
e a actividade V é de interacção oral.
Caso se verifique que o aluno tem muita dificuldade em executar as actividades de
produção (I, II e III), existem estratégias de verificação da compreensão dos enunciados
linguísticos em questão. A inclusão destas estratégias deve-se ao facto de poder haver
compreensão do oral sem que exista uma produção linguística correspondente.
As actividades da primeira parte do teste têm um grau de dificuldade crescente. Caso o
aluno não consiga realizar uma determinada actividade, é provável que não consiga
também realizar as actividades subsequentes. Nessas situações, o professor poderá parar
a aplicação da primeira parte do teste, a fim de não sobrecarregar o aluno.
O tempo de aplicação estimado da primeira parte do teste é de 45 minutos.
Parte II
A segunda parte do teste é constituída por seis actividades: I — Leitura de palavras
isoladas, II — Nomeação escrita com recurso a imagens, III — Compreensão de
instruções escritas, IV — Legendagem de imagens, V — Compreensão de um texto
narrativo e VI — Elaboração de uma narrativa escrita.
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4
As actividades I, III e V são actividades de compreensão escrita e as actividades II e VI
são actividades de produção escrita. A actividade IV tem uma componente de
compreensão escrita e uma componente de produção escrita.
As actividades da segunda parte do teste têm um grau de dificuldade crescente. Caso o
aluno não consiga realizar uma determinada actividade, é provável que não consiga
também realizar as actividades subsequentes. Nessas situações, o professor poderá parar
a aplicação da segunda parte do teste, para não sobrecarregar o aluno.
O tempo de aplicação estimado da segunda parte do teste é de 45 minutos.
Avaliação
Todas actividades do teste são acompanhadas de uma folha de registo e de instruções
para o seu preenchimento. Sugerimos que as folhas de registo relativas à oralidade e à
compreensão escrita sejam preenchidas durante a realização das actividades. Outros
cenários de preenchimento, no entanto, são possíveis. Assim, o professor aplicador
poderá fazer-se acompanhar por um colega para a tarefa ou gravar as produções dos
alunos para registar posteriormente o resultado da sua análise e avaliação. As folhas de
registo relativas à produção escrita (actividades II, IV e V da segunda parte do teste)
devem ser preenchidas após a conclusão do teste.
As duas partes do teste têm avaliações independentes. No final de cada parte, o professor
dispõe de uma grelha de avaliação global onde deverá preencher os resultados obtidos
pelo aluno nas diferentes actividades. É com base nestas grelhas, que são determinados
os níveis de proficiência oral e escrita do aluno em Português.
Algumas observações
A aplicação do teste requer um trabalho de preparação por parte do professor. Deverá ler
o documento na sua totalidade a fim de se inteirar dos objectivos e da estrutura do teste
de diagnóstico e, quando possível, discuti-lo com colegas. Para aplicar o teste, o
professor deve imprimir o material para a realização das actividades (estímulos visuais,
textos, folhas de enunciado) e as folhas de registo. Note-se que, idealmente, essa
impressão deve ser feita a cores, de forma a tornar as actividades mais claras e mais
apelativas para o aluno e as folhas de registo mais inteligíveis para o professor. Para os
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5
professores que tenham dificuldade em imprimir a totalidade do material e das folhas de
registo a cores, deixamos aqui a indicação das páginas que devem necessariamente ser
impressas a cores. Trata-se de folhas que contêm imagens que se tornam imperceptíveis
quando impressas a preto e branco ou estímulos visuais por intermédio dos quais se visa
avaliar o conhecimento das cores.
pág. 13 e 14 Imagens relativas ao material escolar
pág. 19 Folha de registo relativa ao material escolar
pág. 27 e 28 Segundo e terceiro par de imagens
pág. 54 e 55 Imagens da criança com sangue no braço e na perna
pág. 71 a 73 Fotografias para a interacção oral
É aconselhável que o professor aplique o teste a um ou dois alunos de Língua Materna
Portuguesa antes de fazer a avaliação dos seus alunos de PLNM, a fim de se familiarizar
com as actividades propostas.
O professor deverá ter o cuidado de deixar o aluno à vontade durante a realização do
teste e permitir que siga o seu próprio ritmo. Todas as respostas do aluno devem ser
tomadas em consideração, visto que o objectivo final do teste é posicionar o aluno no
nível de proficiência que se lhe adequa.
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6
PARTE I
PRODUÇÃO, COMPREENSÃO e INTERACÇÃO ORAL
Nota: Grande parte das actividades da primeira parte do teste envolve o uso de
estímulos visuais. Os estímulos visuais devem ser recortados antes da realização das
actividades.
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ACTIVIDADE I
Nomeação oral com recurso a imagens
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ACTIVIDADE I — Nomeação oral com recurso a imagens
1. Objectivo
Testar conhecimento lexical em Português.
2. Descrição da actividade
Esta actividade consiste na nomeação oral de um conjunto de imagens. As respostas do
aluno são anotadas numa folha de registo.
As imagens que o aluno deve nomear apresentam-se sob a forma de 40 cartões
correspondentes a itens fundamentais do quotidiano. Os itens pertencem às seguintes
áreas temáticas: alimentação, vestuário, lazer, higiene, casa, meio envolvente (meios de
transporte, mundo animal, o tempo) e materiais escolares.
O ponto de partida para a escolha das imagens foi a lista de palavras abaixo apresentada
por ordem alfabética:
afia calças gato peixe
árvore camisola giz pêra
autocarro caneta lápis de cor régua
baloiços cão mão saia
bananas carro mesa sanita
bicicleta casa mochila sapato
bola chapéu-de-chuva nuvens sol
borracha computador óculos telemóvel
cadeira estojo papel higiénico tesoura
caderno garfo pássaro tintas (guache)
Note-se que, em relação a algumas imagens, os alunos não têm necessariamente de usar
as palavras que constam da lista, podendo haver, por exemplo, casos de sinonímia (ex.
carro/automóvel, chapéu-de-chuva/guarda-chuva).
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3. Instruções para a realização da actividade
1) Colocar os cartões em cima uns dos outros com as imagens viradas para baixo (é
aconselhável que os cartões respeitem a ordem representada na folha de registo, a
fim de facilitar o preenchimento da mesma).
2) Pedir ao aluno para tirar um cartão e dizer o nome do item lá representado.
3) Repetir o procedimento para os restantes cartões, fazendo um montinho com os
cartões que têm as imagens que o aluno conseguiu nomear espontaneamente e
outro com os restantes cartões.
4) Juntar os cartões com as imagens que o aluno não conseguiu nomear e dispô-los
lado a lado, com as imagens viradas para cima (máximo de 10 cartões de cada
vez). Verificar se o aluno compreende (reconhece) o nome do item representado
nas imagens. Começar com uma pergunta como: “Onde está o sapato?”, e,
gradualmente, simplificá-la, caso o aluno não a compreenda: “Sapato, onde está o
sapato?” (destaque da informação-chave) ou simplesmente: “Sapato?”
Outras formas de desencadear a compreensão podem ser: “Vês algum sapato aqui?
Onde?”, “Aponta o sapato” ou “Mostra-me o sapato”.
5) Preencher a folha de registo de acordo com as instruções, à medida que o aluno
realiza a actividade.
4. Material para a realização da actividade
Apresenta-se, de seguida, os estímulos visuais em páginas separadas, para que possam
ser recortados e utilizados durante a realização da actividade.
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5. Instruções para o preenchimento das folhas de registo
No primeiro quadro, o professor deve indicar se o aluno realizou a actividade. Caso não
a tenha realizado, o professor deve indicar a razão. Por exemplo: “Não foi possível
realizar a tarefa, porque o aluno não compreendeu as instruções”.
Por baixo do quadro, encontra-se uma grelha. Na primeira coluna dessa grelha, o
professor deve indicar se o aluno é capaz de nomear, de forma adequada, as imagens
representadas nos cartões. Caso o aluno não nomeie correctamente uma determinada
imagem, o professor deve transcrever a resposta do aluno na coluna “desvios lexicais”.
Existem pelo menos três tipos de problemas que podem ocorrer:
(i) uso de palavras relacionadas com a palavra correcta, como por exemplo
“fruta” em vez de “bananas” ou “dedo” em vez de “mão”;
(ii) uso de palavras não relacionadas com a palavra correcta, como por
exemplo “árvore” em vez de “sapato”;
(iii) uso de descrições do significado da palavra, como por exemplo “para
escrever” em vez de “caneta”.
No que diz respeito à compreensão, o professor deve indicar na coluna do lado direito se
o aluno é capaz de compreender (reconhecer) os nomes correspondentes às imagens que
não conseguiu nomear espontaneamente.
Por baixo da grelha, o professor deve indicar o número total de palavras que o aluno
conseguiu nomear.
A seguir à grelha, encontra-se um quadro designado “observações gerais”, onde o
professor deve indicar:
(i) se o aluno demonstrou problemas a nível da articulação, quer em termos
gerais quer em termos da pronúncia de palavras específicas — por
exemplo, “o aluno tem uma pronúncia muito marcada, ao ponto de
dificultar a comunicação” ou “o aluno diz biquete em vez de bicicleta”;
(ii) se o aluno demonstrou dificuldades a nível da compreensão das perguntas
e/ou instruções do professor — por exemplo, o professor teve,
sistematicamente, de falar mais devagar ou o professor teve de repetir,
parafrasear e/ou simplificar a maior parte das instruções e das perguntas.
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6. Folhas de registo
Apresenta-se, de seguida, as folhas de registo em páginas separadas, para que possam ser
utilizadas pelo professor na aplicação do teste.
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Actividade I — Folhas de registo
O aluno realizou a actividade? SIM □ NÃO □
Caso o aluno não tenha realizado a actividade, indique a razão:
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
PRODUÇÃO COMPREENSÃO
O aluno nomeia
correctamente
a imagem?
Desvios lexicais
O aluno não nomeia
a imagem, mas
reconhece a palavra
a ela associada?
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
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PRODUÇÃO COMPREENSÃO
O aluno nomeia
correctamente
a imagem?
Desvios lexicais
O aluno não nomeia
a imagem, mas
reconhece a palavra
a ela associada?
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
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PRODUÇÃO COMPREENSÃO
O aluno nomeia
correctamente
a imagem?
Desvios lexicais
O aluno não nomeia
a imagem, mas
reconhece a palavra
a ela associada?
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Total de imagens correctamente nomeadas: ……………………..
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Observações gerais:
……………………………………………………………………………………………..
……………………………………………………………………………………………..
…………………………………………………………………………………………......
……………………………………………………………………………………………..
……………………………………………………………………………………………..
……………………………………………………………………………………………..
……………………………………………………………………………………………..
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7. Avaliação
Concluído o teste, o professor deve fazer a contagem das imagens correctamente
nomeadas pelo aluno. Para efeitos de avaliação são considerados os seguintes níveis de
desempenho e respectivas classificações:
Nível de desempenho Classificação
O aluno não realizou a tarefa 0 valores
1-9 imagens nomeadas 3 valores
10-29 imagens nomeadas 6 valores
30-35 imagens nomeadas 9 valores
36-40 imagens nomeadas 12 valores
O professor deve preencher a classificação obtida pelo aluno na grelha de avaliação
global da página 78.
Nota I: A informação contida nas colunas referentes aos desvios lexicais e à
compreensão não deve ser levada em conta na determinação do nível de
desempenho do aluno, servindo exclusivamente para dar um conhecimento
mais aprofundado da sua situação linguística.
Nota II: Não esquecer que esta é apenas uma das actividades a ter presente na
avaliação global do aluno. A indicação do nível de desempenho nesta
actividade não deve ser tomada como conclusiva em relação ao seu
conhecimento da língua portuguesa.
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ACTIVIDADE II
Descrição de diferenças observadas em imagens
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ACTIVIDADE II — Descrição de diferenças observadas em imagens
1. Objectivo
Testar a capacidade de produzir, em Português, locuções prepositivas de lugar,
adjectivos e respectivos graus, numerais cardinais, quantificadores, numerais
ordinais e locuções que permitem exprimir ordem.
2. Descrição da actividade
Esta actividade consiste na descrição de diferenças observadas em estímulos visuais.
Os estímulos visuais utilizados nesta actividade apresentam-se sob a forma de três pares
de imagens, contendo cada um entre cinco e sete diferenças. Os itens representados nas
imagens (pessoas, animais e objectos) podem diferir em termos de localização espacial,
de atributos físicos, de estados anímicos, de quantidade e de ordem. A escolha do tipo de
diferenças acima mencionadas tem como objectivo avaliar o conhecimento de aspectos
fundamentais da produção linguística, nomeadamente a utilização de locuções
prepositivas de lugar, adjectivos e respectivos graus, numerais cardinais, quantificadores,
numerais ordinais e locuções que permitem exprimir ordem.
O ponto de partida para a elaboração das diferenças foi a seguinte lista de locuções e
palavras:
Locuções
prepositivas de lugar
Em cima de, debaixo de, à frente de, atrás de, dentro de, fora
de, à esquerda de, à direita de, de um lado de, do outro lado de
Adjectivos e
respectivos graus
Aberto, fechado, pequeno, grande, comprido, curto, redondo,
quadrado, triste, alegre, gordo, magro, maior, mais pequeno
Números cardinais e
quantificadores
Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, muito(s),
pouco(s)
Números ordinais e
locuções de ordem
Primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto, último, penúltimo
Note-se que os alunos não têm de usar todas as palavras e locuções que constam desta
lista para descrever as diferenças entre as imagens. A diferença na localização da árvore
no primeiro par de imagens (ver página 26), por exemplo, pode ser descrita da seguinte
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24
forma: “Aqui a árvore está à esquerda da casa e aqui está à direita da casa” (apontando
as imagens). Diversas outras descrições, no entanto, são possíveis:
“Aqui a árvore está do lado esquerdo da casa e ali está do lado direito da casa.”
“Aqui a árvore está de um lado da casa e ali está do outro lado da casa.”
“Aqui a árvore está ao pé das flores e ali está ao pé da menina.”
“Aqui a árvore está deste lado” — apontando a árvore na primeira imagem —
“e aqui a árvore está deste lado” — apontando a árvore na segunda imagem.
3. Instruções para a realização da actividade
1) Apresentar o primeiro par de imagens.
2) Pedir ao aluno para descrever as diferenças que existem entre as duas imagens.
Começar com uma instrução genérica do tipo: “Olha, tens aqui duas imagens,
que têm sete diferenças. Consegues dizer-me quais são as diferenças?” Para se
assegurar de que o aluno compreende o exercício, o professor deve descrever a
seguinte diferença: “Aqui há uma nuvem e aqui há um sol” (apontando).
3) Esperar que o aluno refira todas as diferenças. Caso não o faça de forma
espontânea, caberá ao professor intervir e trabalhar as diferenças uma a uma com
o aluno. Por exemplo: “Olha bem para aqui.” — apontando a janela à direita da
porta numa imagem e na outra — “São iguais? E aqui?” — apontando as flores
— “Vês alguma diferença?”.
4) Caso o aluno não seja capaz de descrever as diferenças no primeiro par de
imagens, ou caso o faça com muita dificuldade, deve passar-se à actividade IIa,
criada especificamente para esta circunstância
5) As instruções para o segundo par de imagens são idênticas às instruções para o
primeiro par de imagens.
6) O terceiro par de imagens apresenta apenas diferenças na ordem dos carros. A
fim de testar a capacidade de verbalização das diferentes expressões de ordem
(primeiro, segundo, terceiro, quarto/penúltimo, quinto/último), o professor deve
apontar para um carro de cada vez. Por exemplo: “Olha aqui para este carro
vermelho. Em que lugar está?” — apontando o carro vermelho na primeira
imagem. “E aqui, está no mesmo lugar? Em que lugar está?” — apontando o
carro vermelho na segunda imagem.
7) Preencher as folhas de registo de acordo com as instruções, à medida que o aluno
realiza a actividade.
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4. Material para a realização da actividade
Apresenta-se, de seguida, os estímulos visuais em páginas separadas, para que possam
ser recortados e utilizados durante a realização da actividade.
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5. Instruções para o preenchimento das folhas de registo
No primeiro quadro, o professor deve indicar se o aluno realizou a actividade. Caso não
a tenha realizado, o professor deve indicar a razão. Por exemplo: “Não foi possível
aplicar a tarefa, porque o aluno não compreendeu as instruções”.
Por baixo do quadro encontra-se uma grelha. Na primeira coluna da grelha, o professor
deve indicar se o aluno consegue descrever as diferenças entre as imagens. Não se deve
distinguir entre as diferenças espontaneamente identificadas e as diferenças identificadas
na sequência de uma pergunta do professor, uma vez que se pretende verificar se o aluno
é capaz de empregar determinadas estruturas linguísticas. Não se procura saber, com esta
actividade, se o aluno é capaz de — do ponto de vista cognitivo — encontrar diferenças
em imagens.
As diferenças podem ser descritas de diversas formas e não há respostas “ideais”. Não se
deve exigir que o aluno use frases completas, como: “Aqui tem duas janelas e aqui só
tem uma” (apontando). Pode acontecer que diga simplesmente: “Duas janelas, uma
janela” (apontando), não significando isso que tenha um menor conhecimento da língua
portuguesa.
Na segunda coluna da grelha, o professor deve indicar se o aluno emprega palavras,
locuções e/ou frases gramaticalmente correctas. Alguns problemas que podem surgir
prendem-se com:
o uso de artigos, como em: “Vejo casa branca”;
o estabelecimento de concordâncias nominais, como em: “Há cinco flor”;
o estabelecimento de concordâncias verbais, como em: “A menina estar triste”;
o uso de preposições e/ou locuções prepositivas, como em: “O pássaro está em
cima à casa” ou “O pássaro está cima casa”.
Na coluna “desvios gramaticais”, o professor pode optar entre transcrever a resposta do
aluno ou identificar a natureza dos problemas linguísticos ocorridos (por exemplo, falta
de concordância, troca de preposições, etc.).
Por baixo da grelha, o professor deve indicar o total de diferenças descritas pelo aluno e,
em relação a essas, o total de respostas em que o aluno emprega palavras e locuções
gramaticalmente correctas.
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6. Folhas de registo
Apresenta-se, de seguida, as folhas de registo em páginas separadas, para que possam ser
utilizadas pelo professor na aplicação do teste.
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Actividade II — Folhas de registo
O aluno realizou a actividade? SIM □ NÃO □
Caso o aluno não tenha realizado a actividade, indique a razão:
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
O aluno …
… descreve a
diferença?
… emprega
palavras e
locuções
adequadas?
Desvios gramaticais
Árvore SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Loca
lizaç
ão
espa
cial
Pássaro SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Formato da janela à direita da porta
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Porta SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Qua
lidad
es fí
sica
s e
psic
ológ
icas
Expressão facial da menina
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Flores SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □ Pr
imei
ro p
ar d
e im
agen
s
Qua
ntid
ade
Janelas à esquerda da porta
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
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O aluno …
… descreve a
diferença?
… emprega
palavras e
locuções
adequadas?
Desvios gramaticais
Homem de chapéu azul
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Loca
lizaç
ão
espa
cial
Árvore SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Cauda do cão castanho
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Tamanho do cão deitado
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Qua
lidad
es fí
sica
s
Homem à esquerda
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Segu
ndo
par d
e im
agen
s
Qua
ntid
ade
Nuvens SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Carro
vermelho SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Carro branco SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Carro azul SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Carro amarelo SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Terc
eiro
par
de
imag
ens
Ord
em
Carro verde SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Total de diferenças descritas: ……………………..
Total de respostas gramaticalmente adequadas: ……………………...
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Observações gerais:
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
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7. Avaliação
Concluído o teste, o professor deve fazer a contagem das diferenças que o aluno
conseguiu descrever e, em relação a essas, das respostas gramaticalmente correctas. Para
cada diferença descrita, o professor deve contar 3,5 pontos e sempre que essa diferença
seja descrita por meio de palavras e locuções gramaticalmente correctas deve acrescentar
2 pontos.
Por exemplo, o aluno descreveu dez diferenças, seis das quais por meio de palavras e
locuções gramaticalmente correctas: 10 x 3,5 = 35 || 6 x 2 = 12 || 35 + 12 = 47 pontos.
Para efeitos de avaliação são considerados os seguintes níveis de desempenho e
respectivas classificações:
Nível de desempenho Classificação
O aluno não realizou a tarefa 0 valores
1-15 pontos O aluno deve ser encaminhado para a actividade IIa.
16-55 pontos 10 valores
56-85 pontos 15 valores
>85 pontos 20 valores
O professor deve preencher a classificação obtida pelo aluno na grelha de avaliação
global da página 78.
Nota I: Os alunos que não consigam descrever as diferenças existentes no primeiro
par de imagens, ou que o façam com muita dificuldade (classificação inferior
a 15 pontos na tabela acima) devem ser encaminhados para actividade IIa,
criada especificamente para esta circunstância.
Nota II: Não esquecer que esta é apenas uma das actividades a ter presente na
avaliação global do aluno. A indicação do nível nesta actividade não deve ser
tomada como conclusiva em relação ao seu conhecimento da língua
portuguesa.
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ACTIVIDADE IIa
Compreensão de expressões de lugar e de quantidade
NOTA: Esta actividade destina-se apenas a alunos que não consigam realizar a
actividade II.
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ACTIVIDADE IIa — Compreensão de expressões de lugar e de quantidade
1. Objectivo
Testar a compreensão, em Português, de locuções prepositivas de lugar e de
numerais cardinais.
2. Descrição da actividade
Esta actividade consiste na composição de um cenário de uma casa com jardim,
recorrendo a estímulos visuais. A composição do cenário é feita passo a passo, de acordo
com instruções do professor. A execução das instruções requer a compreensão dos
numerais cardinais de 1 a 10 e de diversas locuções prepositivas de lugar.
Os estímulos visuais para a composição da imagem da casa com jardim apresentam-se
sob a forma de:
uma imagem grande com uma casa ao centro;
um conjunto de cartões que contêm uma menina, uma árvore, um sol, uma flor,
um pássaro e uma nuvem.
3. Instruções para a realização da actividade
1) Apresentar a imagem grande com a casa.
2) Entregar ao aluno o cartão com a imagem do sol e pedir-lhe que o coloque por
cima da casa.
3) Entregar ao aluno o cartão com a imagem da menina e pedir-lhe que a coloque ao
pé da porta.
4) Entregar ao aluno os dois cartões com as imagens dos pássaros e pedir-lhe que
coloque um pássaro em cima da casa e um pássaro no chão.
5) Entregar ao aluno os quatro cartões com as imagens das flores e pedir-lhe que
coloque uma flor debaixo das janelas e duas flores ao lado da casa (deixando
uma flor de lado).
6) Entregar ao aluno os dois cartões com as imagens das árvores e pedir-lhe que
coloque uma árvore do outro lado da casa — em relação às flores (deixando uma
árvore de lado).
7) Entregar ao aluno os cinco cartões com as imagens das nuvens e pedir-lhe que
coloque quatro nuvens junto ao sol (deixando uma nuvem de lado).
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8) Preencher as folhas de registo de acordo com as instruções, à medida que o aluno
realiza a actividade.
4. Material para a realização da actividade
Apresenta-se, de seguida, os estímulos visuais em páginas separadas, para que possam
ser recortados e utilizados durante a realização da actividade.
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5. Instruções para o preenchimento das folhas de registo
Nas folhas de registo, encontra-se uma grelha onde o professor deve indicar se o aluno é
capaz de colocar os cartões no lugar certo e na quantidade indicada (caso se aplique).
Na coluna “Dificuldades de compreensão”, o professor deve indicar se o aluno teve
dificuldade em compreender as perguntas e/ou as instruções. São alguns factores
indicativos dessa dificuldade: o professor ter de falar mais devagar, o professor ter de
repetir, ter de parafrasear, ter de simplificar as instruções e/ou as perguntas.
6. Folhas de registo
Apresenta-se, de seguida, as folhas de registo em páginas separadas, para que possam ser
utilizadas pelo professor na aplicação do teste.
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41
Actividade IIa — Folhas de registo
O aluno coloca o cartão /
os cartões …
… no lugar
certo?
… na quantidade
certa?
Dificuldades de compreensão
Sol por cima da casa SIM □ NÃO □ …
Menina ao pé da
porta SIM □ NÃO □ …
Uma flor debaixo das
janelas SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Duas flores ao lado
da casa SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Uma árvore do outro
lado da casa (em
relação às flores)
SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Um pássaro em cima
da casa SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Um pássaro no chão SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Quatro nuvens junto
do sol SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Total de instruções correctamente executadas (total de cartões colocados no lugar certo +
total de cartões colocados em quantidade certa): ……………………...
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Observações gerais:
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
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7. Avaliação
Para obter a avaliação do aluno nesta actividade, o professor deve fazer a contagem do
total de instruções correctamente executadas e multiplicar o valor apurado por 0,5.
Por exemplo, o aluno executou correctamente 12 instruções: 12 x 0,5 = 6 valores
O professor deve preencher a classificação obtida na grelha de avaliação global da
página 78.
Nota: O aluno que foi encaminhado para a actividade IIa, foi-o porque não
conseguiu realizar a actividade II. A classificação obtida na actividade IIa
é necessariamente inferior, em mais de 50%, à classificação máxima da
actividade II. Por exemplo: o aluno que executa a actividade II poderá
obter uma classificação máxima de 20 valores; o aluno que não é capaz de
executar a actividade II, e que realiza a actividade IIa, poderá obter uma
classificação máxima de 7 valores.
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44
ACTIVIDADE III
Reconto de uma narrativa
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ACTIVIDADE III — Reconto de uma narrativa
1. Objectivo
Testar a capacidade de recontar, em Português, uma narrativa apresentada
oralmente.
Testar a capacidade de construir, em Português, enunciados frásicos.
2. Descrição da actividade
Esta actividade consiste na audição de uma narrativa oral e no seu reconto.
Apresenta-se, de seguida, a narrativa que o aluno deve ouvir e recontar. As sequências
separadas por ponto final representam os diversos eventos da narrativa.
Era uma vez uma menina que estava a andar de bicicleta. De repente atrapalhou-se
e foi contra uma árvore. A menina caiu e começou a chorar, porque tinha sangue na
perna. Felizmente, a mãe da menina apareceu e ajudou-a. Depois a mãe e a menina
foram comer um gelado.
3. Instruções para a realização da actividade
1) Explicar ao aluno que lhe vai ser contada uma pequena história.
2) Contar ou ler a história.
3) Pedir ao aluno para recontar a história.
4) Se o aluno não for capaz de recontar a história, ou se o fizer de forma muito
insuficiente, deve passar-se à actividade IIIa, criada especificamente para esta
circunstância. São factores indicativos: o aluno ficar em silêncio, o aluno não ter
vocabulário para descrever os eventos, o aluno construir enunciados sincopados
sem articulação gramatical (artigos, preposições, pronomes pessoais, verbos
conjugados, plurais).
5) Preencher as folhas de registo de acordo com as instruções, à medida que o aluno
realiza a actividade.
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
46
4. Material para a realização da actividade
Não tem.
5. Instruções para o preenchimento das folhas de registo
No primeiro quadro, o professor deve indicar se o aluno realizou a actividade. Caso não
a tenha realizado, o professor deve indicar a razão. Por exemplo: “O aluno não foi capaz
de realizar as actividades I e II e, como tal, desistiu-se da aplicação das restantes
actividades da primeira parte do teste”.
Por baixo do quadro encontra-se uma grelha, onde o professor deve indicar se o aluno é
capaz de: (i) referir os eventos da história, (ii) utilizar vocabulário adequado e (iii)
construir enunciados frásicos em Português, devendo ser especificado o grau de
elaboração sintáctica desses mesmos enunciados frásicos.
A parte da grelha que diz respeito à construção de enunciados frásicos prevê três graus
diferentes de complexidade sintáctica. O professor deve assinalar com uma cruz o grau
de complexidade sintáctica que melhor se adequa à produção do aluno.
Na coluna das observações, o professor pode especificar eventuais problemas
encontrados.
6. Folhas de registo
Apresenta-se, de seguida, as folhas de registo em páginas separadas, para que possam ser
utilizadas pelo professor na aplicação do teste.
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Actividade III — Folhas de registo
O aluno realizou a actividade? SIM □ NÃO □
Caso o aluno não tenha realizado a actividade, indique a razão:
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
O aluno … Dificuldades de
produção e de compreensão
Iden
tific
ação
de e
vent
os
… refere os diferentes eventos da
história? SIM □ NÃO □
Voca
bulá
rio
… mostra ter palavras e expressões para
identificar os intervenientes na história e
as suas acções?
SIM □ NÃO □
… constrói enunciados semelhantes aos
de falantes de português língua materna
da mesma faixa etária, no que diz
respeito à sua extensão e correcção
gramatical?
… constrói enunciados gramaticalmente
articulados, embora com inconsistências
várias (por ex. incorrecções no uso de
preposições, artigos e no estabelecimento
de concordâncias verbais)?
Con
stru
ção
de e
nunc
iado
s frá
sico
s
… constrói enunciados sincopados com
pouca articulação gramatical,
essencialmente constituídos por nomes e
formas verbais de uso mais frequente
frases de cerca de três palavras?
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
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Observações gerais:
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
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7. Avaliação
Para efeitos de avaliação são considerados os seguintes níveis de desempenho e
respectivas classificações:
Nível de desempenho Classificação
O aluno não realizou a actividade. 0 valores
O aluno não é capaz de recontar a história, ou fá-lo de forma
muito insuficiente. São factores indicativos: o aluno ficar em
silêncio, o aluno não ter vocabulário para descrever os eventos,
o aluno construir enunciados sincopados sem articulação
gramatical.
O aluno deve ser
encaminhado para a
actividade IIIa
O aluno descreve a maior parte dos eventos, por meio de
enunciados gramaticalmente articulados, embora com
inconsistências várias a nível lexical, morfológico e sintáctico.
12 valores
O aluno descreve todos ou quase todos os eventos, por meio de
enunciados gramaticalmente articulados. As frases podem ainda
apresentar inconsistências de ordem lexical, morfológica e
sintáctica.
18 valores
O aluno descreve todos os eventos, emprega um vocabulário
adequado e constrói enunciados semelhantes aos de falantes de
português língua materna da mesma faixa etária, no que diz
respeito à extensão e correcção gramatical.
24 valores
O professor deve preencher a classificação obtida pelo aluno nesta actividade na grelha
de avaliação global da página 78.
Nota I: Os alunos que não sejam capazes de recontar a história, ou que o façam de
forma muito insuficiente devem ser encaminhados para a actividade IIIa,
criada especificamente para esta circunstância.
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
50
Nota II: Não esquecer que esta é apenas uma das actividades a ter presente na
avaliação global do aluno. A indicação do nível nesta actividade não deve ser
tomada como conclusiva em relação ao seu conhecimento da língua
portuguesa.
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51
ACTIVIDADE IIIa
Compreensão de uma narrativa
NOTA: Esta actividade destina-se apenas a alunos que não consigam realizar a
actividade III.
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52
ACTIVIDADE IIIa — Compreensão de uma narrativa
1. Objectivo
Testar a compreensão dos eventos da narrativa apresentada na actividade III.
2. Descrição da actividade
Esta actividade consiste na verificação da compreensão dos eventos que constituem a
narrativa apresentada na actividade III.
O professor deve contar a narrativa evento a evento. Depois de contar cada evento,
apresenta ao aluno uma imagem que representa o evento enunciado e uma imagem que
representa uma situação diferente. O aluno deve apontar as imagens correspondentes aos
eventos da história e não as imagens que representam as situações alternativas.
Exemplo para o primeiro evento:
O que é que a menina estava a fazer? Aponta a imagem certa.
Foram elaboradas as seguintes perguntas, que permitem verificar a compreensão de cada
evento:
(i) O que é que a menina estava a fazer?
(ii) O que é que aconteceu?
(iii) Onde é que a menina tinha sangue?
(iv) Quem veio ajudar a menina?
(v) O que é que a mãe e a menina foram fazer?
3. Instruções para a realização da actividade
1) Contar o primeiro evento da história.
2) Apresentar a imagem que retrata o primeiro evento da história, juntamente com a
imagem que retrata o evento alternativo.
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
53
3) Perguntar: “O que é que a menina estava a fazer?” e pedir ao aluno que aponte a
imagem correcta.
4) Repetir o procedimento para os restantes eventos da história.
5) Preencher a folha de registo de acordo com as instruções, à medida que o aluno
realiza a actividade.
4. Material para a realização da actividade
Apresenta-se, de seguida, os estímulos visuais em páginas separadas, para que possam
ser recortados e utilizados durante a realização da actividade.
Note-se que as imagens do lado esquerdo representam sempre os eventos da história e as
imagens do lado direito, as situações alternativas.
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
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5. Instruções para o preenchimento da folha de registo
Na folha de registo encontra-se uma grelha onde o professor deve indicar se o aluno é
capaz de apontar os cartões que correspondem aos eventos da história.
Na coluna das observações, o professor deve indicar se o aluno teve dificuldade em
compreender as perguntas e/ou as instruções. São alguns factores indicativos dessa
dificuldade: o professor ter de falar mais devagar, o professor ter de repetir, ter de
parafrasear, ter de simplificar as instruções e/ou as perguntas.
6. Folha de registo
Apresenta-se, de seguida, a folha de registo numa página separada, para que possa ser
utilizada pelo professor na aplicação do teste.
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Actividade IIIa — Folha de registo
O aluno aponta a
imagem certa? Observações
O que é que a menina estava a
fazer? SIM □ NÃO □
O que é que aconteceu? SIM □ NÃO □
Onde é que a menina tinha
sangue? SIM □ NÃO □
Quem veio ajudar a menina? SIM □ NÃO □
O que é que a mãe e a menina
foram fazer depois? SIM □ NÃO □
Total de eventos identificados: ……………………..
Observações gerais:
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
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7. Avaliação
Para obter a avaliação do aluno nesta actividade, o professor deve fazer a contagem dos
eventos identificados e multiplicar o valor obtido por 1,8.
Por exemplo, o aluno identificou três eventos: 3 x 1,8 = 5,4 valores.
O professor deve preencher a classificação obtida na grelha de avaliação global da
página 78.
Nota: O aluno que foi encaminhado para a actividade IIIa, foi-o porque não
conseguiu realizar a actividade III. A classificação obtida na actividade
IIIa é necessariamente inferior, em mais de 50%, à classificação máxima
da actividade III. Por exemplo: o aluno que executa a actividade III
poderá obter uma classificação máxima de 24 valores; o aluno que não é
capaz de executar a actividade III, e que realiza a actividade IIIa, poderá
obter uma classificação máxima de 9 valores.
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ACTIVIDADE IV
Compreensão de instruções orais
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ACTIVIDADE IV — Compreensão de instruções orais 1. Objectivo
Testar a capacidade de compreensão, em Português, de instruções orais
relacionadas com a matemática e a realização de trabalhos manuais.
2. Descrição da actividade
Esta actividade é constituída por duas etapas. Na primeira etapa, é pedido ao aluno para
colorir um estímulo visual de acordo com instruções do professor. Na segunda etapa, o
aluno recebe instruções para construir um porta-lápis.
O estímulo visual que o aluno deve colorir apresenta-se sob a forma de uma imagem
com as seguintes figuras geométricas: um quadrado, um rectângulo, um triângulo e um
círculo. A realização da actividade requer ainda os seguintes materiais:
um cilindro de cartão, preferencialmente de um rolo de papel higiénico;
uma cartolina de 10 cm x 10 cm (aproximadamente);
cola;
tesoura;
canetas de feltro ou lápis de cor (preto, cor-de-laranja, cor-de-rosa e cinzento).
A execução correcta desta actividade implica que o aluno seja capaz de compreender um
vocabulário diversificado, referente nomeadamente:
às figuras geométricas representadas no estímulo visual;
às cores utilizadas para colorir as figuras geométricas;
aos materiais utilizados para a construção do porta-lápis;
aos verbos empregues nas instruções.
3. Instruções para a realização da actividade
1) Colocar todos os materiais em cima da mesa (lápis de cor ou canetas de feltro,
cilindro de cartão, tesoura, cola, cartolina).
2) Entregar ao aluno a folha com a imagem das figuras geométricas.
3) Pedir ao aluno para:
a. pegar no lápis preto e pintar uma bolinha no quadrado;
b. pegar no lápis cor-de-rosa e pintar uma bolinha no rectângulo;
c. pegar no lápis cor-de-laranja e pintar uma bolinha no círculo;
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
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d. pegar no lápis cinzento e pintar uma bolinha no triângulo.
4) Pedir ao aluno para:
a. pegar na tesoura e recortar a imagem das figuras geométricas pela linha
vermelha;
b. colocar a folha recortada com a imagem virada para baixo;
c. pegar na cola e aplicá-la no verso da folha recortada;
d. colar a folha recortada à volta do cilindro.
5) Entregar ao aluno a cartolina e pedir ao aluno para:
a. desenhar uma estrela em cada canto da cartolina;
b. colar o cilindro no meio da cartolina.
6) Preencher a folha de registo de acordo com as instruções, à medida que o aluno
realiza a actividade.
4. Material para a realização da actividade
Apresenta-se, de seguida, a imagem com as figuras geométricas numa página separada,
para que possa ser colorida e recortada pelo aluno durante a realização da actividade.
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
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5. Instruções para o preenchimento das folhas de registo
No primeiro quadro, o professor deve indicar se o aluno realizou a actividade. Caso não
a tenha realizado, o professor deve indicar a razão. Por exemplo: “O aluno não foi capaz
de realizar as actividades I e II e, como tal, desistiu-se da aplicação das restantes
actividades da primeira parte do teste.”
Por baixo do quadro encontra-se uma grelha. Na primeira coluna da grelha, o professor
deve indicar se o aluno é capaz de executar as instruções do professor. Na coluna das
observações, deve indicar se o aluno teve dificuldade em compreender as instruções. São
alguns factores indicativos dessa dificuldade: o professor ter de falar mais devagar, o
professor ter de repetir, ter de parafrasear, ter de simplificar as instruções e/ou as
perguntas.
6. Folhas de registo
Apresenta-se, de seguida, as folhas de registo em páginas separadas, para que possam ser
utilizadas pelo professor na aplicação do teste.
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Actividade IV — Folhas de registo
O aluno realizou a actividade? SIM □ NÃO □
Caso o aluno não tenha realizado a actividade, indique a razão:
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
O aluno executa a
instrução? Observações
Pegar no lápis preto SIM □ NÃO □
Pintar uma bolinha no
quadrado SIM □ NÃO □
Pegar no lápis cor-de-rosa SIM □ NÃO □
Pintar uma bolinha no
rectângulo SIM □ NÃO □
Pegar no lápis cor-de-
laranja SIM □ NÃO □
Pintar uma bolinha no
círculo SIM □ NÃO □
Pegar no lápis cinzento SIM □ NÃO □
Pintar uma bolinha no
rectângulo SIM □ NÃO □
Pegar na tesoura SIM □ NÃO □
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
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O aluno executa a
instrução? Observações
Recortar a imagem das
figuras geométricas pela
linha vermelha
SIM □ NÃO □
Colocar a folha recortada
com a imagem virada para
baixo
SIM □ NÃO □
Pegar na cola SIM □ NÃO □
Aplicar a cola no verso da
folha recortada SIM □ NÃO □
Colar a folha recortada à
volta do cilindro SIM □ NÃO □
Desenhar uma estrela em
cada canto da cartolina SIM □ NÃO □
Colar o cilindro no meio da
cartolina SIM □ NÃO □
Total de instruções correctamente executadas: ……………………..
Observações gerais:
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
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7. Avaliação
Concluído o teste, o professor deve fazer a contagem das instruções correctamente
executadas. O total de instruções correctamente executadas corresponde à classificação
obtida nesta actividade.
Por exemplo: O aluno que executou bem 13 instruções conclui a actividade com 13
valores.
O professor deve preencher a classificação obtida pelo aluno na grelha de avaliação
global da página 78.
Nota: Não esquecer que esta é apenas uma das actividades a ter presente na
avaliação global do aluno. A indicação do nível nesta actividade não deve ser
tomada como conclusiva em relação ao seu conhecimento da língua
portuguesa.
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ACTIVIDADE V
Interacção oral com base em imagens
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ACTIVIDADE V — Interacção oral com base em imagens
1. Objectivo Testar a capacidade de interacção oral em Português.
2. Descrição da actividade
Esta actividade consiste num diálogo entre o aluno e o professor avaliador, desenvolvido
a partir de um conjunto de estímulos visuais.
Os estímulos visuais apresentam-se sob a forma de duas fotografias que retratam
situações em sala de aula e uma fotografia que retrata uma situação em casa. As
fotografias permitem leituras diferentes, que por sua vez estão associadas a diferentes
graus de complexidade linguística. Ao longo do diálogo, o aluno deve:
identificar pessoas e objectos;
descrever acções e situações de interacção;
falar sobre a sua experiência pessoal, relacionada com a situação retratada nas
fotografias.
Para cada fotografia, foi elaborado um cartão com vocabulário que pode ser explorado
durante os diálogos. A informação que consta dos cartões destina-se ao professor e não
deve ser vista pelo aluno. Os cartões devem ser utilizados como guia. Nem todo o
vocabulário que figura nos cartões deve ser abordado durante os diálogos. Na utilização
dos cartões, é preciso ter cuidado para não transformar a actividade numa simples
nomeação de palavras isoladas.
3. Instruções para a realização da actividade
1) Seleccionar (apenas) uma fotografia de uma situação em sala de aula e apresentá-
-la ao aluno.
2) Orientar uma conversa com o aluno a partir do conteúdo da fotografia, tentando
abranger os vários aspectos nela contidos. Apresenta-se a seguir, a título
exemplificativo, um possível guião para a conversa sobre a primeira imagem.
3) Tomar notas à medida que se desenvolve a conversa, visando o posterior
preenchimento da folha de registo.
4) Apresentar ao aluno a fotografia da situação em casa.
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
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5) Orientar uma conversa com o aluno a partir do conteúdo da fotografia tentando
abranger os vários aspectos nela contidos.
6) Tomar notas à medida que se desenvolve a conversa, visando o posterior
preenchimento da folha de registo.
Exemplo de um guião para a conversa sobre a primeira imagem:
Identificação dos intervenientes e do espaço:
Quem é que está aqui? (apontar a professora)
Quem é que está à volta da professora? (apontar os alunos)
O que é que os meninos têm vestido?
Os meninos estão no recreio ou na sala de aula?
O que vês em cima da mesa?
Descrição de acções e de situações de interacção:
O que é que a professora está a fazer?
O que é que os meninos estão a fazer? (referir cada um dos alunos)
Os alunos estão a trabalhar sozinhos ou em grupo?
Extrapolação para a vida pessoal do aluno:
Gostas desta sala? (apontar a sala na fotografia) Porquê?
Esta sala é parecida com a tua? Porquê?
O que é que tu gostas mais de fazer na escola? E menos?
Lembras-te do que fizeste ontem na escola? Podes contar-me?
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
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4. Material para a realização da actividade
Apresenta-se, de seguida, as fotografias e os cartões de vocabulário em páginas
separadas, para que possam ser recortados e utilizados durante a realização da actividade.
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
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Espaço físico: sala de aula, escola, janela, parede.
Objectos e materiais: livro, caderno, lápis, caneta, marcador, desenho, cartaz, caixa, folha, mesa,
quadro, cartaz, estante, prateleira.
Pessoas: professora, aluno, aluna, menino, menina.
Vestuário: t-shirt, camisola, óculos, pulseira, anel, calções, bandolete, relógio, fio/(colar).
Aspecto físico: moreno, louro, cabelo curto, cabelo comprido, cabelo escuro, cabelo claro, cabelo
rapado, franja, cabelo liso, bonito, feio.
Cores: azul, branco, preto, amarelo, castanho, às riscas.
Acções: escrever, desenhar, ler, falar, conversar, olhar, ouvir, explicar, segurar, estar sentado, estar
em pé, estar com atenção, estar distraído, mostrar, dar, trabalhar, estudar, pesquisar, estar à
procura de, perguntar, compreender/perceber/entender, folhear.
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
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Espaço físico: sala de aula, escola, chão.
Objectos e materiais: mesa, cadeira, tapete, caixa.
Pessoas: professora, aluno, aluna, menino, menina.
Vestuário: saia, t-shirt, sapatos de salto alto, meias, sapatos, ténis.
Aspecto físico: moreno, louro, cabelo curto, cabelo comprido, cabelo escuro, cabelo claro, cabelo
rapado, franja, cabelo liso, bonito, feio.
Cores: azul, branco, preto, amarelo, vermelho, castanho.
Posição: estar sentado, estar de frente para, estar de costas para, pernas cruzadas, braços cruzados,
braços abertos, perto, longe, roda, fila.
Acções: falar, bater palmas, cantar, contar histórias, explicar, estar com atenção, ouvir, olhar.
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Espaço físico: casa, sala, chão, janela.
Objectos e materiais: sofá, mesa, cortina, planta, almofada, caixa, jogo, peças, tubo, base.
Vestuário: camisola, brinco, manga comprida, manga curta.
Pessoas: pai, mãe, filho, filha, menino, menina, irmão, irmã, mais pequena, mais nova, mais velho,
família.
Aspecto físico: cabelo curto, cabelo comprido, cabelo escuro, caracóis, carapinha, tranças.
Cores: azul, branco, preto, amarelo, vermelho, castanho.
Acções: construir, rir, olhar, mexer, segurar, tirar, pôr, encaixar, montar, fazer, descobrir, sorrir,
saber, tentar, conseguir, ensinar, mostrar.
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5. Instruções para o preenchimento das folhas de registo
No primeiro quadro, o professor deve indicar se o aluno realizou a actividade. Caso não
a tenha realizado, o professor deve indicar a razão. Por exemplo: “O aluno não foi capaz
de fazer as actividades I e II e desistiu-se da aplicação das restantes actividades do teste”.
Debaixo do quadro encontra-se uma grelha, onde o professor deve indicar se o aluno é
capaz de: (i) identificar pessoas e objectos, (ii) descrever acções e situações de
interacção e (iii) falar sobre a sua experiência pessoal, relacionada com a situação
retratada na fotografia.
Na coluna das observações, o professor deve indicar se o aluno teve dificuldade em
interagir oralmente. São alguns factores indicativos da dificuldade de compreensão: o
professor ter de falar mais devagar, o professor ter de repetir, ter de parafrasear, ter de
simplificar as perguntas. Factores indicativos de dificuldades de produção são:
hesitações, reformulações, pausas, vocabulário vago (por exemplo: isto, aquilo).
6. Folhas de registo
Apresenta-se, de seguida, as folhas de registo em páginas separadas, para que possam ser
utilizadas pelo professor na aplicação do teste.
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
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Actividade V — Folhas de registo
O aluno realizou a actividade? SIM □ NÃO □
Caso o aluno não tenha realizado a actividade, indique a razão:
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
Grau de interacção Observações
Identificação de
pessoas e de objectos
Elementar □
Médio □
Desenvolvido □
Descrição de acções e
de situações de
interacção
Elementar □
Médio □
Desenvolvido □
Foto
graf
ia d
e si
tuaç
ão e
m sa
la d
e au
la
Extrapolação para a
experiência pessoal do
aluno
Elementar □
Médio □
Desenvolvido □
Identificação de
pessoas e de objectos
Elementar □
Médio □
Desenvolvido □
Descrição de acções e
de situações de
interacção
Elementar □
Médio □
Desenvolvido □
Foto
graf
ia d
e si
tuaç
ão e
m c
asa
Extrapolação para a
experiência pessoal do
aluno
Elementar □
Médio □
Desenvolvido □
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
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Observações gerais:
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
77
7. Avaliação
Para efeitos de avaliação são considerados os seguintes níveis de desempenho e
respectivas classificações:
Nível de desempenho Classificação
O aluno não realizou a actividade. 0 valores
O aluno identifica pessoas e objectos por meio de palavras isoladas.
Sente muita dificuldade em compreender e produzir enunciados mais
extensos. O aluno hesita muito nas respostas, o que obriga o professor
a repetir e reformular as perguntas com frequência. O professor pode
ter dificuldade em perceber o que o aluno pretende dizer (por
exemplo: informação muito incompleta, pronúncia muito marcada).
7 valores
O aluno identifica pessoas e objectos, e descreve acções, por meio de
frases curtas (cerca de 5 palavras). O aluno tem uma capacidade de
produção bastante limitada em Português (pausas, hesitações,
dificuldade na construção de frases, ausência de morfologia nominal e
verbal). O aluno necessita do apoio regular do professor.
14 valores
O aluno identifica pessoas e objectos, descreve acções e é capaz de
falar sobre a sua vida pessoal, embora com dificuldades esporádicas
tanto na compreensão como na produção.
21 valores
O aluno interage verbalmente com o professor com naturalidade. 28 valores
O professor deve preencher a classificação obtida pelo aluno na grelha de avaliação
global da página 78.
Nota: Não esquecer que esta é apenas uma das actividades a ter presente na avaliação
global do aluno. A indicação do nível nesta actividade não deve ser tomada
como conclusiva em relação ao seu conhecimento da língua portuguesa.
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78
AVALIAÇÃO GLOBAL — PARTE I
Determinação do nível de proficiência oral a partir da avaliação das actividades
1. Grelha de avaliação global O professor deve preencher, na grelha seguinte, as classificações obtidas pelo aluno em
cada uma das actividades:
Classificação do aluno
Classificação
máxima
Actividade I 12 valores
Actividade II ou IIa1 20 valores
Actividade III ou IIIa2 24 valores
Actividade IV 16 valores
Actividade V 28 valores
Total 100 valores
2. Determinação do nível de proficiência oral do aluno
Considerando a classificação global obtida na Parte I do teste, o professor deverá
determinar o nível de proficiência do aluno a partir da seguinte tabela. A tabela
apresenta ainda os níveis equivalentes do Quadro Europeu Comum de Referência para
as Línguas (QECR).
Nível de proficiência oral do aluno em Português: …………………………......
Nível equivalente do QECR: ……………………………..
1 O aluno que realiza a actividade IIa nunca poderá obter uma classificação superior a 7 valores. 2 O aluno que realiza a actividade IIIa nunca poderá obter uma classificação superior a 9 valores.
Valor da classificação global Nível de proficiência Nível do QECR
0-35 valores …………...… Iniciação ………………. A1
36-59 valores …………...… Iniciação ……………..... A2
60-84 valores …………...… Intermédio ……………… B1
85-100 valores ………...…… Avançado ……………….. B2, C1
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79
PARTE II
COMPREENSÃO e PRODUÇÃO ESCRITA
Nota: Grande parte das actividades da segunda parte do teste envolve o uso de
estímulos visuais. Os estímulos visuais devem ser recortados antes da realização das
actividades.
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80
ACTIVIDADE I
Leitura de palavras isoladas
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
81
ACTIVIDADE I — Leitura de palavras isoladas
1. Objectivo
Testar a capacidade de ler palavras em Português
Testar o conhecimento da ortografia do Português
2. Descrição da actividade
Esta actividade é constituída por duas etapas. Na primeira etapa pede-se ao aluno para
ler um conjunto de palavras, apresentadas em cartões individuais. Na segunda etapa, o
aluno recebe uma folha com imagens que representam as palavras lidas, sendo-lhe
pedido para colocar os cartões com as palavras em cima das imagens correspondentes.
As palavras que o aluno deve ler são:
Bola, sapato, garfo, cadeira, saia, cão, calças, pássaro, bicicleta.
Por um lado, a leitura correcta destas palavras implica que o aluno saiba descodificar a
escrita alfabética. Por outro lado, é necessário que conheça regras específicas da
correspondência grafo-fonémica do Português, como por exemplo o valor da letra <o>
em final de palavra (sapato, garfo, pássaro) ou o valor da letra <c> antes das vogais <a>
ou <i> (cadeira, cão, bicicleta).
3. Instruções para realização da actividade
1) Colocar os cartões em cima uns dos outros com as palavras viradas para baixo.
2) Pedir ao aluno para tirar um cartão de cada vez e ler a palavra lá escrita.
3) Apresentar ao aluno a folha com as imagens.
4) Pedir ao aluno para colocar os cartões com as palavras em cima das imagens
correspondentes.
5) Preencher as folhas de registo de acordo com as instruções, à medida que o aluno
realiza a actividade.
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
82
4. Material para a realização da actividade
Apresenta-se, de seguida, os cartões com as palavras que o aluno deve ler e a folha com
as imagens em páginas separadas, para que possam ser recortados (os cartões) e
utilizados durante a realização da actividade.
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83
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
84
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85
5. Instruções para o preenchimento das folhas de registo
No primeiro quadro, o professor deve indicar se o aluno realizou a actividade. Caso não
a tenha realizado, o professor deve indicar a razão. Por exemplo: “O aluno não sabe ler”.
Por baixo do quadro encontra-se uma grelha. Na primeira coluna da grelha, o professor
deve anotar se a forma como o aluno lê as palavras se aproxima da pronúncia adequada
em Português. Não se espera que o aluno leia as palavras com uma pronúncia perfeita. O
professor deve estar atento, sobretudo, à existência de dificuldades relacionadas com
especificidades da ortografia do Português. Por exemplo: o aluno pode ser um leitor
proficiente numa língua que emprega o alfabeto latino, mas nunca ter visto a letra <ç> e,
como tal, não saber descodificá-la.
Note-se, porém, que pode haver problemas de pronúncia, que não tenham nada a ver
com dificuldades de leitura. Por exemplo: o aluno pode saber que a sequência <ão>
implica nasalidade e ainda assim não ser capaz de a pronunciar correctamente.
Na segunda coluna da grelha, o professor deve identificar os problemas de pronúncia
ocorridos. Por exemplo: o aluno lê “bolha” em vez de “bola”.
Na terceira coluna, o professor deve indicar se o aluno é capaz de colocar os cartões com
as palavras em cima das imagens correspondentes, ou seja, se reconhece o significado
das palavras lidas.
6. Folhas de registo
Apresenta-se, de seguida, as folhas de registo em páginas separadas, para que possam ser
utilizadas pelo professor na aplicação do teste.
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
86
Actividade I — Folhas de registo
O aluno realizou a actividade? SIM □ NÃO □
Caso o aluno não tenha realizado a actividade, indique a razão:
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
1.ª etapa da actividade 2.ª etapa da actividade
O aluno lê a
palavra?
Problemas de leitura
e/ou de pronúncia
O aluno coloca o cartão
em cima da imagem
correspondente?
Bola SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Sapato SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Garfo SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Cadeira SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Saia SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Cão SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Calças SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Pássaro SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Bicicleta SIM □ NÃO □ SIM □ NÃO □
Total de palavras lidas: ……………………..
Total de cartões colocados nas imagens correspondentes: ………………………
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
87
Observações gerais:
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………………....
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
88
7. Avaliação
Concluído o teste, o professor deve fazer a contagem das palavras lidas com uma
pronúncia que se aproxima da pronúncia adequada em Português e das palavras
colocadas em cima das imagens correspondentes. Para cada palavra lida, o professor
deve contar 7 pontos e por cada palavra colocada em cima da imagem correspondente,
deve contar 4 pontos.
Por exemplo, o aluno leu cinco palavras com uma pronúncia razoável e colocou quatro
cartões em cima das imagens correspondentes: 5 x 7 = 35 || 4 x 4 = 16 || 35 + 16 = 51
pontos.
Para efeitos de avaliação são considerados os seguintes níveis de desempenho e
respectivas classificações:
Nível de desempenho Classificação
O aluno não realizou a tarefa 0 valores
1-15 pontos 2,5 valores
16-55 pontos 4 valores
56-85 pontos 6,5 valores
>85 pontos 9 valores
O professor deve preencher a classificação obtida pelo aluno nesta actividade na grelha
de avaliação global da página 135.
Nota I: O professor deve ter particular cuidado na interpretação do desempenho do
aluno nesta actividade. Sempre que possível, deve procurar saber se o aluno
aprendeu a ler na sua língua materna e se essa língua emprega o alfabeto
latino. Da mesma forma, é fundamental saber se o aluno tem algum tipo de
dificuldade de leitura na sua língua materna (por exemplo, problemas de
dislexia).
Nota II: Não esquecer que esta é apenas uma das actividades a ter presente na
avaliação global do aluno. A indicação do nível nesta actividade não deve ser
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
89
tomada como conclusiva em relação ao seu conhecimento da língua
portuguesa.
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
90
ACTIVIDADE II
Nomeação escrita com recurso a imagens
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ACTIVIDADE II — Nomeação escrita com recurso a imagens
1. Objectivo
Testar a capacidade de escrever palavras em Português.
Testar o conhecimento da ortografia do Português.
2. Descrição da actividade
Esta actividade consiste na nomeação escrita de um conjunto de 16 imagens.
As palavras que o aluno deve escrever são:
baloiços carro leão queijo
bananas casa mão sapato
borracha coração mesa sol
caneta gato peixe tesoura
Note-se que a escrita correcta destas palavras implica que o aluno saiba utilizar o
alfabeto latino. Além disso, é necessário que conheça regras específicas da ortografia do
Português — tem de saber, por exemplo, como se representa o som [R] na palavra
“borracha”. Em alguns casos, são ainda necessários conhecimentos lexicais — por
exemplo, o aluno tem de saber que o som [ ] se representa de forma diferente nas
palavras borracha e peixe.
3. Instruções para a realização da actividade
1) Apresentar ao aluno a folha com as imagens.
2) Pedir ao aluno para dizer em voz alta o nome da primeira imagem e, em seguida,
para escrever a palavra no espaço indicado.
3) Repetir o procedimento para as restantes imagens. Caso o aluno não saiba o
nome de uma determinada imagem, o professor deve ditá-la.
4) Preencher a folha de registo de acordo com as instruções, após a conclusão do
teste.
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
92
4. Material para a realização da actividade
Apresenta-se, de seguida, as folhas com as imagens em páginas separadas, para que
possam ser utilizadas durante a realização da actividade.
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
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…………………………………. …………………………………. ………………………………….
………………………………….
………………………………….
…………………………………. …………………………………. ………………………………….
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
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…………………………………. …………………………………. ………………………………….
………………………………….
………………………………….
…………………………………. …………………………………. ………………………………….
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5. Instruções para o preenchimento da folha de registo
No primeiro quadro, o professor deve indicar se o aluno realizou a actividade. Caso não
a tenha realizado, o professor deve indicar a razão. Por exemplo: “O aluno não sabe
escrever”.
No segundo quadro, o professor deve indicar o número total de palavras bem escritas.
Mais abaixo, o professor deve especificar os desvios ortográficos encontrados. Deve
estar atento, sobretudo, à existência de desvios ortográficos que se devam à influência da
língua materna e/ou ao desconhecimento das regras da ortografia do Português. Por
exemplo: “kaaza” em vez de “casa” ou “purasja” em vez de “borracha”.
6. Folha de registo
Apresenta-se, de seguida, a folha de registo numa página separada, para que possa ser
utilizada pelo professor na aplicação do teste.
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96
Actividade II — Folha de registo
O aluno realizou a actividade? SIM □ NÃO □
Caso o aluno não tenha realizado a actividade, indique a razão:
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
Total de palavras bem escritas: ………………………………
Especificação de dificuldades de escrita e/ou de desvios ortográficos encontrados:
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
Observações gerais:
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………………....
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
97
7. Avaliação
Para obter a avaliação do aluno nesta actividade, o professor deve fazer a contagem das
palavras bem escritas e multiplicar o valor obtido por 0,5.
Por exemplo, o aluno escreveu correctamente doze palavras: 12 x 0,5 = 6 valores.
O professor deve preencher a classificação obtida pelo aluno na grelha de avaliação
global da página 135.
Nota I: A informação relativa à natureza dos desvios ortográficos não deve ser
levada em consideração na determinação do nível de desempenho. Trata-se,
no entanto, de um dado importante no momento da elaboração de um
programa de apoio adaptado à situação linguística do aluno.
Nota II: O professor deve ter particular cuidado na interpretação do desempenho do
aluno nesta actividade. Sempre que possível, deve procurar saber se o aluno
aprendeu a escrever na sua língua materna e se essa língua emprega o
alfabeto latino. Da mesma forma, é fundamental saber se o aluno tem algum
tipo de dificuldade de escrita na sua língua materna (por exemplo, problemas
de disgrafia).
Nota III: Não esquecer que esta é apenas uma das actividades a ter presente na
avaliação global do aluno. A indicação do nível nesta actividade não deve ser
tomada como conclusiva em relação ao seu conhecimento da língua
portuguesa.
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ACTIVIDADE III
Compreensão de instruções escritas
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
99
ACTIVIDADE III — Compreensão de instruções escritas
1. Objectivo
Testar a capacidade de compreensão, em Português, de instruções escritas
que ocorrem com frequência em manuais escolares do 3.º ao 6.º ano do
Ensino Básico.
2. Descrição da actividade
Esta actividade consiste na compreensão e na execução de instruções escritas. A
execução das instruções não envolve produção escrita por parte do aluno.
Para elaborar as instruções, foi feito um levantamento de verbos que ocorrem com
frequência em instruções de manuais escolares do 3.º ao 6.º ano. Por exemplo: “Observa
as imagens” ou “Lê os nomes.” Os verbos e expressões seleccionados foram os seguintes:
assinalar fazer um círculo à volta de completar ler copiar observar desenhar olhar dizer responder fazer a correspondência entre sublinhar
3. Realização da actividade
1) Entregar ao aluno a ficha com as instruções que incluem os verbos e as
expressões acima indicados e pedir-lhe para executar essas instruções.
2) Preencher a folha de registo enquanto o aluno realiza a actividade.
4. Material para a realização da actividade
Apresenta-se, de seguida, a ficha com as instruções em páginas separadas, para que
possa ser utilizada durante a realização da actividade.
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
100
1. Desenha uma flor.
2. Lê as palavras em voz alta.
gato casa filho
3. Copia as palavras.
mesa: …………………….....
bola: ………………………..
escola: ………………………..
4. Completa a sequência.
1 2 3 4 5 6 7 …… 10
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101
5. Diz o que vês na imagem.
5.1. Faz um círculo à volta da maçã.
5.2 Assinala as bananas com um X.
6. Faz a correspondência entre a coluna da esquerda e a coluna da direita.
Olha bem para o exemplo.
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102
7. Olha para a imagem e responde à pergunta.
Quantos carros há?
8. Lê a frase. Sublinha os nomes dos animais.
O João tem um cão, dois gatos e um peixe.
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
103
5. Instruções para o preenchimento das folhas de registo
No primeiro quadro, o professor deve indicar se o aluno realizou a actividade. Caso não
a tenha realizado, o professor deve indicar a razão. Por exemplo: “O aluno não sabe ler”.
Debaixo do quadro, encontra-se uma grelha onde o professor deve anotar se o aluno é
capaz de executar correctamente as instruções.
Na coluna das observações, o professor deve indicar se o aluno teve dificuldade em
compreender as instruções. São alguns factores indicativos dessa dificuldade: o aluno
não executar as instruções conforme solicitado (por exemplo, desenha uma casa quando
lhe é pedido para desenhar uma flor) ou o aluno pedir ajuda ao professor, porque
desconhece o significado de determinas palavras (por exemplo, a palavra “sequência” na
frase “Completa a sequência”).
6. Folhas de registo
Apresenta-se, de seguida, as folhas de registo em páginas separadas, para que possam ser
utilizadas pelo professor na aplicação do teste.
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
104
Actividade III — Folhas de registo
O aluno realizou a actividade? SIM □ NÃO □
Caso o aluno não tenha realizado a actividade, indique a razão:
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
O aluno executa a
instrução? Dificuldades de compreensão
Desenhar uma flor SIM □ NÃO □
Ler as palavras em voz alta SIM □ NÃO □
Copiar as palavras SIM □ NÃO □
Completar a sequência SIM □ NÃO □
Dizer o que vê na imagem SIM □ NÃO □
Fazer um círculo à volta da
maçã SIM □ NÃO □
Assinalar as bananas com um
X SIM □ NÃO □
Fazer a correspondência entre
a coluna da esquerda e a
coluna da direita
SIM □ NÃO □
Olhar para a imagem e
responder à pergunta SIM □ NÃO □
Ler a frase e sublinhar os
nomes dos animais SIM □ NÃO □
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
105
Observações gerais:
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………………....
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
106
7. Avaliação
Concluído o teste, o professor deve fazer a contagem das instruções bem executadas pelo
aluno e multiplicar o valor obtido por 1,6.
Por exemplo, o aluno executou correctamente 6 instruções: 6 x 1,6 = 9,6 valores.
O professor deve preencher a classificação obtida pelo aluno na grelha de avaliação
global da página 135.
Nota: Não esquecer que esta é apenas uma das actividades a ter presente na
avaliação global do aluno. A indicação do nível nesta actividade não deve ser
tomada como conclusiva em relação ao seu conhecimento da língua
portuguesa.
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107
ACTIVIDADE IV
Legendagem de imagens
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108
ACTIVIDADE IV — Legendagem de imagens
1. Objectivo
Testar a compreensão de frases simples, em Português, sobre actividades
quotidianas.
Testar a produção de frases simples, em Português, sobre actividades
quotidianas.
2. Descrição da actividade
Esta actividade é constituída por duas etapas: uma de compreensão e outra de escrita de
frases sobre actividades do dia-a-dia. Ambas as etapas têm por base estímulos visuais
que representam actividades que têm a ver com a rotina diária de uma criança. Existem
estímulos visuais diferentes para cada uma das etapas.
Compreensão
Para a parte de compreensão, os estímulos visuais consistem em quatro cartões com
imagens de actividades relacionadas com a rotina matinal de uma criança: acordar,
tomar banho, tomar o pequeno-almoço e ir para a escola. À parte, existem quatro cartões
com frases que descrevem cada uma dessas actividades para que o aluno possa fazer as
devidas correspondências.
Produção
Para a parte de produção, os estímulos visuais consistem em quatro cartões com imagens
que representam actividades da criança ao longo do resto do dia: ter aulas, brincar com
os amigos, jantar e deitar-se. Sob as imagens que representam estas acções há espaços
para que o aluno possa legendá-las.
3. Instruções para a realização da actividade
Compreensão:
1) Apresentar ao aluno os estímulos visuais para a componente da compreensão e os
cartões com as legendas.
2) Pedir ao aluno que leia, em voz alta, as frases que se encontram nos cartões.
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
109
3) Pedir ao aluno para fazer a correspondência entre as imagens e os cartões escritos.
Caso o aluno não compreenda as instruções, o professor deve exemplificar a
actividade, colocando uma das legendas na imagem correspondente.
4) Preencher as folhas de registo de acordo com as instruções logo que o aluno dê
por terminada a colocação dos cartões.
Produção:
5) Apresentar os estímulos para a componente de produção.
6) Explicar ao aluno que deve escrever legendas por baixo das imagens, usando
frases o mais completas possível. Caso o aluno não compreenda as instruções, o
professor deve exemplificar a actividade, escrevendo uma legenda debaixo da
primeira imagem.
7) Depois de terminado o teste, preencher as folhas de registo de acordo com as
instruções.
4. Material para a realização da actividade
Apresenta-se, de seguida, os estímulos visuais para componente da compreensão, as
legendas e os estímulos visuais para a componente da produção em páginas separadas,
para que possam ser recortados e utilizados durante a realização da actividade
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
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Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
111
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
112
O Wilson levanta-se todos os dias às sete da manhã, porque a escola dele começa cedo.
Logo depois de acordar, o Wilson toma um banho com água quentinha.
Às sete e meia, o Wilson toma o pequeno-almoço com a irmã e a mãe. Ele gosta muito de leite com cereais.
Depois de tomar o pequeno-almoço, o Wilson vai para a escola a pé. A escola fica perto da sua casa.
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Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
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115
5. Instruções para o preenchimento das folhas de registo
No primeiro quadro, o professor deve indicar se o aluno realizou a actividade. Caso não
a tenha realizado, o professor deve indicar a razão. Por exemplo: “O aluno não
conseguiu realizar as actividades I e II da segunda parte do teste e, como tal, desistiu-se
da aplicação das restantes actividades”.
Relativamente à componente de compreensão, o professor deve indicar se o aluno é
capaz de fazer a correspondência entre as legendas e as imagens. Se porventura o aluno
colocar uma ou mais legendas erradamente mas corrigir de imediato, o professor deve
considerar a última colocação como a definitiva. Na coluna “observações” pode indicar
se o aluno teve muitas hesitações e também se teve dificuldades na leitura das frases.
Relativamente à componente de produção, o professor deve indicar o total de imagens
legendadas. Embora o objectivo da actividade seja a produção de frases, é possível que o
aluno não tenha os conhecimentos linguísticos necessários para o fazer, nomeando
apenas a situação representada nas imagens. Por exemplo: “jantar”, “aula”. Nesses casos,
deve considerar-se que o aluno legendou a imagem.
Mais abaixo, o professor deve indicar o total de legendas em que o aluno empregou
frases (ou seja, em que não se limitou a usar vocabulário isolado, como se esperaria, por
exemplo, numa actividade de nomeação). E, posteriormente, se essas frases estão
correctas do ponto de vista gramatical. Alguns problemas que podem surgir prendem-se
com:
a supressão de artigos, como em: “Wilson está em escola”;
o estabelecimento de concordâncias nominais, como em: “O Wilson brinca com
as amigo”;
o estabelecimento de concordâncias verbais, como em: “Os meninos está na
aula”;
o uso de preposições e/ou locuções prepositivas, como em: “O Wilson vai na
cama” em vez de “O Wilson vai para a cama”.
6. Folhas de registo Apresenta-se, de seguida, as folhas de registo em páginas separadas, para que possam ser
utilizadas pelo professor na aplicação do teste.
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
116
Actividade IV — Folhas de registo
O aluno realizou a actividade? SIM □ NÃO □
Caso o aluno não tenha realizado a actividade, indique a razão:
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
1. Compreensão
O aluno faz a
correspondência entre a
legenda e a imagem?
Observações
Levantar-se SIM □ NÃO □
Tomar banho SIM □ NÃO □
Tomar o pequeno-almoço SIM □ NÃO □
Ir para a escola SIM □ NÃO □
2. Produção
Total de imagens legendadas …………………….
Total de legendas em que o aluno constrói frases: ………………………
Total de legendas com frases gramaticalmente adequadas: ……………………...
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Observações gerais:
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
118
7. Avaliação
Concluído o teste, o professor deverá atribuir um ponto a cada:
correspondência bem efectuada (componente de compreensão);
imagem legendada (componente de produção);
legenda em que o aluno constrói frases (componente de produção);
legenda com frases gramaticalmente adequadas (componente de produção).
De seguida, deverá fazer a soma dos valores apurados. O valor obtido por meio desta
soma corresponde à classificação do aluno nesta actividade.
Por exemplo, o aluno efectuou duas correspondências, legendou duas imagens por meio
de palavras isoladas (ou seja, não construiu frases): 2 + 2 = 4 valores.
O professor deve preencher a classificação obtida pelo aluno na grelha de avaliação
global da página 135.
Nota: Não esquecer que esta é apenas uma das actividades a ter presente na
avaliação global do aluno. A indicação do nível nesta actividade não deve ser
tomada como conclusiva em relação ao seu conhecimento da língua
portuguesa.
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
119
ACTIVIDADE V
Compreensão de uma narrativa escrita
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
120
ACTIVIDADE V — Compreensão de uma narrativa escrita
1. Objectivo
Testar a capacidade de compreensão de uma narrativa escrita em Português.
2. Descrição da actividade
Esta actividade consiste na leitura de uma narrativa escrita, seguida da resposta a um
conjunto de perguntas de compreensão. A resposta às perguntas de compreensão não
envolve produção escrita por parte do aluno.
A narrativa seleccionada para esta actividade consiste numa adaptação da história “A
Nuvem e o Caracol” de António Torrado.
A narrativa é acompanhada de 12 perguntas de compreensão, que têm uma
complexidade crescente.
3. Realização da actividade
1) Entregar o texto ao aluno e pedir-lhe que o leia em silêncio. A leitura não deve
exceder os 10 minutos.
2) Entregar ao aluno a folha com as perguntas de compreensão e pedir-lhe que
responda.
3) Preencher a folha de registo após a conclusão do teste.
4. Material para a realização da actividade
Apresenta-se, de seguida, a narrativa e as perguntas de compreensão em páginas
separadas, para que possam ser utilizadas durante a realização da actividade.
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
121
A nuvem e o caracol
Era uma vez uma nuvem chamada Elisa e um caracol chamado Filipe. A nuvem
estava no céu, muito preguiçosa. O caracol andava cá por baixo, a correr muito
devagar, porque não sabia correr mais depressa.
Lá no céu, a nuvem, que não tinha nada para fazer, dizia:
— Ah, como é aborrecido não ter nada para fazer!
Cá em baixo, o caracol, que tinha muitas coisas para fazer, dizia baixinho:
— Ah, que dia tão atarefado… Tenho de limpar a casa, ir às compras, visitar a minha
mãe...
A nuvem Elisa começou a brincar ao faz-de-conta. Como não havia mais nuvens,
tinha de brincar sozinha.
— Faz de conta que sou um cavalo — disse a nuvem para si própria e lá aparecia um
cavalo no céu.
— Agora, faz de conta que sou um palhaço — e via-se no céu a cara de um palhaço.
Depois, a nuvem esticou-se mais e mais para imitar um comboio grande. Sem saber, a
nuvem tapou o sol e o dia escureceu. Cá em baixo, o caracol disse aborrecido:
— Esta nuvem só faz disparates! É o que acontece a quem não tem nada para fazer!
Parece que a nuvem ouviu o caracol, porque passado algum tempo, ela escureceu e
começou a choramingar sobre a terra. Caíram umas gotinhas, uns chuviscos, pois ela
também era pequenina. Quando a chuva foi embora, o Sol voltou a aparecer. O
caracol saiu de casa, deitou os pauzinhos para fora e disse muito satisfeito:
— Assim, sim!
O caracol virou a cabeça para o céu para agradecer à nuvem, mas ela já tinha
desaparecido.
António Torrado, A Nuvem e o Caracol (texto adaptado)
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
122
Responde às perguntas.
1. Qual é o título da história?
A nuvem e o cavalo □
A nuvem e o caracol □
2. Como se chama a nuvem?
Maria □
Elisa □
3. Onde está a nuvem?
No céu □
Na terra □
4. Como andava o caracol?
Depressa □
Devagar □
5. “Ah, que dia tão atarefado este.” Quem disse esta frase?
A nuvem □
O caracol □
6. A nuvem estava sozinha no céu ou havia lá outras nuvens?
Copia a frase do texto que justifica a tua resposta.
…………………………………………………………………………..
…………………………………………………………………………..
…………………………………………………………………………..
7. A expressão “brincar ao faz-de-conta” quer dizer …
Fazer contas de somar □
Imitar uma pessoa, um animal ou uma coisa □
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
123
8. A nuvem fez de conta que era várias coisas. Uma das seguintes respostas está
errada. Indica-a:
Um cavalo □
Uma árvore □
Um palhaço □
9. O que aconteceu quando a nuvem imitou um comboio?
A nuvem tapou o sol □
A nuvem fez uma viagem □
A nuvem escondeu-se □
10. Completa a frase. A nuvem ficou triste, porque …
… se sentia muito sozinha. □
… o sol tinha desaparecido. □
… o caracol estava zangado com ela. □
11. Choveu muito ou choveu pouco?
Copia a frase do texto que justifica a tua resposta.
…………………………………………………………………………..
…………………………………………………………………………..
…………………………………………………………………………..
12. A expressão “deitou os pauzinhos de fora” quer dizer …
Pôr os pezinhos de fora □
Pôr os corninhos de fora □
Pôr os bracinhos para fora □
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
124
5. Instruções para o preenchimento da folha de registo
No primeiro quadro, o professor deve indicar se o aluno realizou a actividade. Caso não
a tenha realizado, o professor deve indicar a razão. Por exemplo: “O aluno não sabe ler”.
No segundo quadro, o professor deve anotar o número de respostas correctas.
6. Folha de registo
Apresenta-se, de seguida, a folha de registo numa página separada, para que possa ser
utilizada pelo professor na aplicação do teste.
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
125
Actividade V — Folha de registo
O aluno realizou a actividade? SIM □ NÃO □
Caso o aluno não tenha realizado a actividade, indique a razão:
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
Total de perguntas correctamente respondidas: ………………………………
Observações gerais:
………………………………………………………………………………………………
………………………………………………………………………………………………
………………………………………………………………………………………………
………………………………………………………………………………………………
………………………………………………………………………………………………
………………………………………………………………………………………………
………………………………………………………………………………………………
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
126
7. Avaliação
Concluído o teste, o professor deve fazer a contagem das perguntas correctamente
respondidas e multiplicar o valor obtido por 2.
Por exemplo, o aluno respondeu correctamente a 6 perguntas: 6 x 2 = 12 valores.
O professor deve preencher a classificação obtida pelo aluno na grelha de avaliação
global da página 135.
Nota: Não esquecer que esta é apenas uma das actividades a ter presente na avaliação
global do aluno. A indicação do nível nesta actividade não deve ser tomada como
conclusiva em relação ao seu conhecimento da língua portuguesa.
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
127
ACTIVIDADE VI
Elaboração de uma narrativa escrita
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
128
ACTIVIDADE VI — Elaboração de uma narrativa escrita
1. Objectivo
Testar a capacidade de produzir um texto narrativo em Português.
2. Descrição da actividade
Esta actividade consiste na escrita de uma narrativa com base num estímulo visual.
O estímulo visual é composto por um conjunto de seis imagens organizadas numa
sequência de forma a representarem uma história.
3. Instruções para a realização da actividade
1) Dar ao aluno a folha com as imagens da história.
2) Dizer ao aluno que estas imagens representam uma história e pedir-lhe para ele
escrever essa história, no espaço designado para o efeito, usando as suas próprias
palavras. Dar ao aluno 15 minutos para escrever a história e esclarecer possíveis
dúvidas.
3) Depois de decorrido este tempo, ou depois de o aluno dar a tarefa por concluída
(se demorar menos), pedir-lhe que leia a história que escreveu em voz alta.
4) Preencher as folhas de registo após a conclusão do teste.
4. Material para a realização da actividade Apresenta-se, de seguida, a folha com as imagens da história numa página separada, para
que possa ser utilizada durante a realização da actividade.
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
129
Observa as imagens. Conta a história por palavras tuas.
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
130
5. Instruções para o preenchimento das folhas de registo
No primeiro quadro, o professor deve indicar se o aluno realizou a actividade. Caso o
aluno não tenha realizado a actividade, o professor deve indicar a razão. Por exemplo:
“O aluno não foi capaz de realizar as actividades I, II e III e, como tal, desistiu-se da
aplicação das restantes actividades da segunda parte do teste”.
A grelha para o texto narrativo divide-se em quatro partes: (i) características essenciais
do texto narrativo, (ii) coesão textual, (iii) construção frásica e (iv) vocabulário.
A nível das características essenciais do texto narrativo, o professor deve indicar, por um
lado, se o aluno é capaz de construir linguisticamente o tempo e o espaço da história e,
por outro, se refere os diversos eventos retratados nas imagens. Os eventos são:
1. O pássaro está no ninho com os filhos.
2. O pássaro vai-se embora.
3. Chega um gato.
4. O gato observa os filhos do pássaro.
5. O gato sobe à árvore.
6. Chega um cão.
7. O cão impede o gato de apanhar os passarinhos.
8. A mãe dos passarinhos volta.
9. O cão corre atrás do gato.
10. O pássaro e os filhos ficam no ninho.
No que diz respeito à coesão textual, o professor deve indicar se o aluno emprega
processos variados que asseguram a ligação linguística entre os elementos que ocorrem
no texto. Pode distinguir-se entre mecanismos de:
coesão referencial (introdução de personagens e substituições nominais e
pronominais);
coesão temporal (articulação de diferentes tempos verbais ao longo do texto);
coesão interfrásica (uso de conectores entre as frases, por exemplo de
sequencialidade, de causa ou de consequência).
Na tabela relativa à construção de frases, o professor deve indicar se o aluno faz a
concordância entre os diferentes elementos constituintes da frase e se usa palavras
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
131
funcionais para articular de forma adequada os constituintes da frase (por exemplo,
artigos e preposições).
Por fim, o professor deve indicar se o aluno dispõe de vocabulário para identificar as
entidades da história e as situações retratadas nas imagens.
6. Folhas de registo
Apresenta-se, de seguida, as folhas de registo em páginas separadas, para que possam ser
utilizadas pelo professor na aplicação do teste.
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
132
Actividade VI — Folhas de registo
O aluno realizou a actividade? SIM □ NÃO □
Caso o aluno não tenha realizado a actividade, indique a razão:
…………………………………………………………………………………………….
………………………………………………………………………………………….…
Características essenciais da narrativa
O aluno faz a localização temporal inicial? Sim □ Não □
O aluno faz a localização espacial inicial? Sim □ Não □
O aluno refere os eventos da história? Todos □ A maior parte □ Alguns □
Coesão textual
O aluno introduz as personagens de forma adequada e faz substituições nominais e/ou pronominais?
Sempre □ Às vezes □ Nunca □
O aluno mantém a coerência no uso dos tempos verbais ao longo do texto?
Sempre □ Às vezes □ Nunca □
O aluno usa conectores diversos entre as frases (de sequencialidade, de causa, de consequência)?
Sempre □ Às vezes □ Nunca □
Construção de frases
O aluno faz a concordância entre os diferentes elementos constituintes da frase (concordância entre sujeito e verbo, concordância a nível dos sintagmas nominais)
Sempre □ Às vezes □ Nunca □
O aluno usa artigos e preposições de forma adequada?
Sempre □ Às vezes □ Nunca □
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
133
Vocabulário
O aluno mostra ter palavras e expressões para identificar os intervenientes na história e as suas acções?
Sempre □ Às vezes □ Nunca □
Total de respostas Sim, Todos ou Sempre: ………………
Total de respostas A maior parte ou Às vezes: ………………
Observações gerais:
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………………………
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
134
7. Avaliação
Para obter a avaliação do aluno nesta actividade, o professor deve fazer a contagem das
respostas em que assinalou:
Sim, Todos ou Sempre e multiplicar o valor obtido por 3;
A maior parte ou Às vezes e multiplicar o valor obtido por 1,5.
Por exemplo, o professor assinalou 2 respostas com Sim, 4 com Sempre e 2 com Às
vezes: 6 x 3 = 18 || 2 x 1,5 = 3 || 18 + 3 = 21 valores
O professor deve preencher a classificação obtida pelo aluno na grelha de avaliação
global da página 135.
Nota: Não esquecer que esta é apenas uma das actividades a ter presente na
avaliação global do aluno. A indicação do nível nesta actividade não deve ser
tomada como conclusiva em relação ao seu conhecimento da língua
portuguesa.
Teste de Diagnóstico de Português Língua Não Materna — 3.º ao 6.º ano do Ensino Básico
135
AVALIAÇÃO GLOBAL - PARTE II
Determinação do nível de proficiência escrita a partir da avaliação das actividades
1. Grelha de avaliação global
O professor deve preencher, na grelha seguinte, as classificações obtidas pelo aluno em
cada uma das actividades:
Classificação do aluno Classificação
máxima
Actividade I 9 valores
Actividade II 8 valores
Actividade III 16 valores
Actividade IV 16 valores
Actividade V 24 valores
Actividade VI 27 valores
Total
100 valores
2. Determinação do nível de proficiência escrita do aluno
Considerando a classificação global obtida na Parte II do teste, o professor poderá
determinar o nível de proficiência do aluno a partir da seguinte tabela. A tabela
apresenta ainda os níveis equivalentes do Quadro Europeu Comum de Referência para
as Línguas (QECR).
Nível de proficiência escrita do aluno em Português: ……………………………...
Nível equivalente do QECR: ……………………………..
Valor da classificação global Nível de proficiência escrita Nível do QECR
0-35 valores …………...… Iniciação ………………. A1
36-59 valores …………...… Iniciação ……………..... A2
60-84 valores …………...…. Intermédio ……………… B1
85-100 valores ………...…… Avançado ……………….. B2, C1
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna
Alunos do terceiro ciclo do Ensino Básico
Alunos do Ensino Secundário
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna – 3.º ciclo do EB e Ensino Secundário
1
Este trabalho foi desenvolvido pelo grupo Língua e Diversidade Linguística do Instituto
de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC).
Coordenação: Maria Helena Mira Mateus
Realização: Fausto Caels
Nuno Carvalho
Consultoria: Dulce Pereira
Colaboração: Ana de Sousa
Ilustração: François Caels
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna – 3.º ciclo do EB e Ensino Secundário
2
Índice Introdução.......................................................................................................................... 3
PARTE I — Produção, compreensão e interacção oral..................................................... 5
ACTIVIDADE I — Entrevista ...................................................................................... 6
ACTIVIDADE II — Compreensão de textos orais..................................................... 13
ACTIVIDADE III — Apresentação oral..................................................................... 24
AVALIAÇÃO GLOBAL — PARTE I ....................................................................... 36
PARTE II — Compreensão e produção escrita............................................................... 37
ACTIVIDADE I — Compreensão de uma informação escolar .................................. 38
ACTIVIDADE II — Compreensão de pequenos textos narrativos ........................... 45
ACTIVIDADE III — Compreensão de um texto informativo.................................... 52
ACTIVIDADE IV — Gramática................................................................................. 61
ACTIVIDADE V — Elaboração de uma carta informal ............................................ 70
AVALIAÇÃO GLOBAL — PARTE II...................................................................... 79
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna – 3.º ciclo do EB e Ensino Secundário
3
Introdução
O teste de diagnóstico para alunos do terceiro ciclo do Ensino Básico e alunos do Ensino
Secundário é constituído por duas partes. A primeira parte do teste tem por objectivo
avaliar a proficiência oral do aluno em Português; a segunda parte visa a avaliação da
proficiência escrita e do conhecimento de aspectos gramaticais dessa mesma língua. As
duas partes do teste são autónomas e devem ser aplicadas em momentos distintos.
Procurou-se neste teste avaliar quer a compreensão quer a produção de dois tipos de
linguagem: uma linguagem simples de uso quotidiano e uma linguagem mais próxima da
utilizada em manuais escolares e em sala de aula. Espera-se que os professores sejam
sensíveis a esses dois tipos de linguagem nas diferentes actividades propostas.
Parte I
A primeira parte do teste é constituída por três actividades: I — Entrevista, II —
Compreensão de textos orais e III — Apresentação oral.
O tempo de aplicação estimado da primeira parte do teste é de 25 minutos.
Parte II
A segunda parte do teste é constituída por cinco actividades: I — Compreensão de uma
informação escolar, II — Compreensão de pequenos textos narrativos, III —
Compreensão de um texto informativo, IV — Gramática e V — Elaboração de uma
carta informal.
As três actividades de compreensão têm um grau de dificuldade crescente. Caso o aluno
não consiga realizar uma determinada actividade, é provável que não consiga também
realizar a(s) actividade(s) subsequente(s). Nesse caso, o professor deve avançar para as
actividades de produção (actividades IV e V), a fim de não sobrecarregar o aluno.
A aplicação da segunda parte do teste pode ser feita a vários alunos em simultâneo. Para
tal, o professor deve imprimir e fotocopiar os materiais necessários à aplicação das
diferentes actividades, formar cadernos de teste e entregar um exemplar a cada aluno.
Antes de os alunos começarem a sua prova, o professor deve indicar o tempo de que
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna – 3.º ciclo do EB e Ensino Secundário
4
dispõem e disponibilizar-se para esclarecer eventuais dúvidas que os alunos venham a
ter durante a resolução do teste.
O tempo de aplicação estimado da segunda parte do teste é de 95 minutos.
Avaliação
Todas as actividades do teste são acompanhadas de folhas de registo e de instruções para
o seu preenchimento. Sugerimos que as folhas de registo relativas à oralidade sejam
preenchidas durante a realização das actividades. Outros cenários de preenchimento, no
entanto, são possíveis. Assim, o professor aplicador poderá fazer-se acompanhar por um
colega para a tarefa ou gravar as produções dos alunos para registar posteriormente o
resultado da sua análise e avaliação. As folhas de registo relativas à escrita devem ser
preenchidas após a conclusão do teste.
As duas partes do teste têm avaliações independentes. No final de cada parte do teste, o
professor dispõe de uma grelha de avaliação global onde deverá preencher os resultados
obtidos pelo aluno nas diferentes actividades. É com base nestas grelhas que são
determinados os níveis de proficiência oral e escrita do aluno em Português.
Algumas observações
A aplicação do teste requer um trabalho de preparação por parte do professor. Deverá ler
o documento na sua totalidade a fim de se inteirar dos objectivos e da estrutura do teste
de diagnóstico e, quando possível, discuti-lo com colegas. Para aplicar o teste, o
professor deve imprimir o material para a realização das actividades (estímulos visuais,
textos, folhas de enunciado) e as folhas de registo. Note-se que, idealmente, essa
impressão deve ser feita a cores, de forma a tornar as actividades mais claras e mais
apelativas para o aluno e as folhas de registo mais inteligíveis para o professor.
É aconselhável que o professor aplique o teste a um ou dois alunos de Língua Materna
Portuguesa antes de fazer a avaliação dos seus alunos de PLNM, a fim de se familiarizar
com as actividades propostas.
O professor deverá ter o cuidado de deixar o aluno à vontade durante a realização do
teste e permitir que siga o seu próprio ritmo. Todas as respostas do aluno devem ser
tomadas em consideração, visto que o objectivo final do teste é posicionar o aluno no
nível de proficiência que se lhe adequa.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna – 3.º ciclo do EB e Ensino Secundário
5
PARTE I
PRODUÇÃO, COMPREENSÃO e INTERACÇÃO ORAL
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna – 3.º ciclo do EB e Ensino Secundário
6
ACTIVIDADE I
Entrevista
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna – 3.º ciclo do EB e Ensino Secundário
7
ACTIVIDADE I — Entrevista
1. Objectivo
Testar a capacidade de interacção oral em Português.
2. Descrição da actividade
Esta actividade consiste numa pequena conversa entre o aluno e o professor avaliador,
desenvolvida sob a forma de uma entrevista.
O tema a ser abordado na entrevista é: os amigos e a amizade. A entrevista não tem uma
estrutura fixa, cabendo ao professor desenvolvê-la de acordo com os interesses e a
proficiência linguística do aluno. Ao longo da entrevista, o aluno deve:
responder a algumas perguntas sobre o seu círculo de amigos;
descrever física e psicologicamente um amigo ou uma amiga;
reflectir sobre a importância da amizade na sua vida.
A actividade tem uma duração estimada de quatro minutos.
3. Instruções para a realização da actividade
1) Explicar ao aluno que lhe vai ser feita uma pequena entrevista sobre os amigos e
a amizade. Apresenta-se a seguir, a título exemplificativo, um possível guião
para essa entrevista.
2) Preencher as folhas de registo, à medida que o aluno realiza a actividade. Se o
professor preferir, pode tomar notas numa folha à parte e preencher as folhas de
registo após a conclusão da entrevista.
Exemplo de um guião para a entrevista:
Quem é o teu melhor amigo / a tua melhor amiga?
É aqui de Portugal?
Se não é de Portugal, tens muitas saudades dele/dela? Ainda tens contacto com ele/ela?
Como? (no caso de o amigo / a amiga ser do país de origem)
O que é que costumam fazer quando estão juntos?
Podes descrever-me esse teu amigo/tua amiga?
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna – 3.º ciclo do EB e Ensino Secundário
8
Como é que ele/ela é fisicamente?
Como é que se costuma vestir?
Como é a maneira de ser dele/dela?
De uma forma geral, os amigos são importantes na tua vida?
Consegues explicar-me porquê?
4. Material para a realização da actividade
Não tem.
5. Instruções para o preenchimento das folhas de registo
No primeiro quadro, o professor deve indicar se o aluno realizou a actividade. Caso não
a tenha realizado, o professor deve indicar a razão. Por exemplo: “Não foi possível
realizar a tarefa, porque o aluno não compreendeu nenhuma das perguntas”.
No segundo quadro, o professor deve verificar o desempenho do aluno, tendo em conta:
(i) a capacidade de compreensão das perguntas, (ii) a capacidade de interacção, (iii) a
fluência e (iv) a acuidade lexical e a correcção gramatical.
Para cada um destes tópicos foram definidos três níveis distintos, que se organizam por
ordem crescente de desempenho. Cabe ao professor escolher, em cada tópico, o nível
que mais se aproxima do desempenho que verifica no aluno, assinalando-o com uma
cruz. O preenchimento deste quadro deve ser feito à medida que o aluno realiza a tarefa
ou logo após a sua conclusão. Sugere-se que o professor vá tirando apontamentos (na
coluna das observações ou numa folha em branco) para que seja mais fácil a escolha das
opções apresentadas. Estes dados servirão para a avaliação da tarefa, que se descreve em
7 e que poderá ser feita mais tarde.
Note-se que o desempenho do aluno nesta actividade deve ser visto à luz das
especificidades do discurso oral. Qualquer falante, mesmo de língua materna, tem
hesitações, faz pausas e reformulações e, por vezes, desrespeita determinadas regras
gramaticais, sem que isso signifique um menor conhecimento do Português.
No último quadro, o professor pode anotar eventuais observações que não estejam
abrangidas pelos descritores acima enunciados.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna – 3.º ciclo do EB e Ensino Secundário
9
6. Folhas de registo
Apresenta-se, de seguida, as folhas de registo em páginas separadas, para que possam ser
utilizadas pelo professor na aplicação do teste.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna – 3.º ciclo do EB e Ensino Secundário
10
Actividade I — Folhas de registo
O aluno realizou a actividade? SIM □ NÃO □
Caso o aluno não tenha realizado a actividade, indique a razão:
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
O aluno… Observações
… está muito dependente de repetições e
reformulações do professor.
… tem dificuldades em compreender o
suficiente para manter o decurso
da conversa.
Cap
acid
ade
de c
ompr
eens
ão
das p
ergu
ntas
… é capaz de compreender o suficiente
para manter o decurso da conversa.
… responde a questões fechadas de
forma breve.
… responde a perguntas curtas e a
perguntas abertas e reage a declarações
simples.
Cap
acid
ade
de in
tera
cção
… responde a todo tipo de perguntas que
lhe são feitas desenvolvendo as
respostas. Toma iniciativa na conversa.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna – 3.º ciclo do EB e Ensino Secundário
11
O aluno… Observações
… usa enunciados curtos, muitas vezes
sem ligação entre si e com muitas pausas.
… usa sequências de enunciados curtos.
Faz pausas e reformulações evidentes.
Fluê
ncia
… usa enunciados longos. Faz algumas
pausas para planeamento e
reajustamentos.
… usa sequências frásicas básicas para
comunicar informação limitada. Há erros
gramaticais básicos frequentes.
… tem vocabulário suficiente para
desenvolver o seu raciocínio, embora com
hesitações, busca de palavras e alguns
problemas gramaticais.
Acu
idad
e le
xica
l e c
orre
cção
gra
mat
ical
… tem um vocabulário vasto que permite
produzir descrições claras e exprimir
pontos de vista sem busca visível de
palavras. Bom controlo gramatical.
Observações gerais:
……………………………………………………………………………………………..
…………………………………………………………………………………………..…
…………………………………………………………………………………………..…
…………………………………………………………………………………………..…
…………………………………………………………………………………………..…
…………………………………………………………………………………………..…
…………………………………………………………………………………………..…
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna – 3.º ciclo do EB e Ensino Secundário
12
7. Avaliação
Para efeitos de avaliação são considerados os seguintes níveis de desempenho e
respectivas classificações:
Nível de desempenho Classificação
O aluno não realizou a actividade. 0 valores
O aluno é capaz de interagir de maneira elementar. Não é capaz de
compreender o suficiente para manter a conversa por sua iniciativa. A
comunicação é fortemente marcada pela necessidade de repetição a
ritmo lento, de reformulações e de correcções.
8,5 valores
O aluno é capaz de interagir com razoável à-vontade. É capaz de se
fazer compreender e comunicar ideias e algumas informações desde
que possa pedir, ocasionalmente, esclarecimentos e seja ajudado a
exprimir aquilo que pretende dizer.
17 valores
O aluno é capaz de manter a conversa por sua iniciativa. Por vezes,
pode ser confuso, tendo dificuldade em formular exactamente aquilo
que gostaria de dizer. É capaz de exprimir o que pensa sobre questões
genéricas, como a importância da amizade.
25,5 valores
O aluno é capaz de manter e participar activamente no diálogo, sem
que o professor seja obrigado a um comportamento diferente daquele
que teria com um aluno de Português Língua Materna da mesma faixa
etária (por exemplo, falando mais devagar, repetindo as perguntas,
ajudando o aluno a construir as suas respostas).
34 valores
O professor deve preencher a classificação obtida pelo aluno na grelha de avaliação
global da página 36.
Nota: Não esquecer que esta é apenas uma das actividades a ter presente na avaliação
global do aluno. A indicação do nível nesta actividade não deve ser tomada
como conclusiva em relação ao seu conhecimento da língua portuguesa.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna – 3.º ciclo do EB e Ensino Secundário
13
ACTIVIDADE II
Compreensão de textos orais
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna – 3.º ciclo do EB e Ensino Secundário
14
ACTIVIDADE II — Compreensão de textos orais
1. Objectivo
Testar a capacidade de compreensão, em Português, de pequenos textos orais.
2. Descrição da actividade
Esta actividade consiste na audição de dois pequenos textos, seguida da resposta a um
conjunto de perguntas de compreensão. A resposta às perguntas de compreensão não
envolve produção escrita.
O primeiro texto que o aluno deve ouvir é um comunicado sobre um jogo de futebol
organizado pela escola. A linguagem utilizada é simples e não envolve conteúdos
associados ao currículo escolar. O texto tem um total de cento e vinte palavras. O
segundo texto explica o papel desempenhado pelas vitaminas no organismo humano.
Trata-se de um texto de carácter mais académico com uma linguagem mais especializada.
O texto tem um total de cento e setenta palavras.
Os textos devem ser lidos pelo professor. É importante que o professor os leia com um
ritmo natural e uma dicção clara e projectada, salientando as informações-chave.
A actividade tem uma duração estimada de seis minutos.
3. Instruções para a realização da actividade
1) Explicar ao aluno que lhe vai ser lido um pequeno texto.
2) Ler o texto I. Se desejar, o aluno pode tirar apontamentos durante a primeira
leitura.
3) Entregar ao aluno as perguntas do texto I e pedir-lhe para responder a essas
mesmas perguntas.
4) Voltar a ler o texto I. Durante a segunda leitura, o aluno deve rever as suas
respostas e/ou responder às perguntas que deixou em branco após a primeira
leitura.
5) Repetir o procedimento para o texto II, desde que o aluno tenha respondido a
pelo menos três perguntas sobre o texto I.
6) Preencher as folhas de registo após a conclusão do teste.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna – 3.º ciclo do EB e Ensino Secundário
15
4. Material para a realização da actividade
Apresenta-se, de seguida, os textos que o professor deve ler e as perguntas de
compreensão em páginas separadas, para que possam ser utilizados durante a realização
da actividade.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna – 3.º ciclo do EB e Ensino Secundário
16
TEXTO I
Como já deves ter ouvido falar, a escola vai organizar um jogo de futebol entre professores e alunos.
O jogo vai ser na quarta-feira da próxima semana, às três da tarde. O local escolhido é o campo de
futebol da escola.
A equipa dos professores já está completa. Tem sete professores e quatro professoras, de diferentes
disciplinas. O presidente do Conselho Executivo vai ser o árbitro.
Se quiseres fazer parte da equipa dos alunos, tens de falar com o professor de Educação Física. Tens
de te despachar porque já só há cinco vagas.
A equipa que ganhar o jogo leva para casa um prémio surpresa. A escola oferece lanche a todos os
alunos e professores que participarem no jogo.
TEXTO II
Para sermos saudáveis e resistentes, a nossa alimentação deve fornecer-nos todos os dias um
conjunto de nutrientes. Alguns dos principais nutrientes de que precisamos são: a água, as fibras e as
vitaminas. Vou falar-te um pouco das vitaminas.
As vitaminas são nutrientes de que o organismo necessita em quantidades muito pequenas. No
entanto, têm um papel muito importante na nossa vida. Se o nosso corpo não receber diariamente as
quantidades necessárias, a nossa saúde fica comprometida. Alguns dos problemas que podem surgir
são: cansaço, pele seca ou olhos inflamados.
Vou agora apresentar-te duas vitaminas: a vitamina A e a vitamina C.
A vitamina A encontra-se sobretudo na gema de ovo e em derivados de leite gordo, como as natas, a
manteiga e os queijos gordos. Algumas das suas funções são: ajudar a proteger os olhos e manter a
pele em bom estado.
A vitamina C encontra-se principalmente em limões e laranjas. Desempenha um papel importante na
formação dos ossos e dos dentes. Além disso, favorece a absorção de ferro.
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17
TEXTO I — Perguntas de compreensão
1. A escola vai organizar …
um jogo de ténis entre professores do Conselho Executivo □
um jogo de futebol entre professores e alunos □
um jogo de basquetebol entre professores e alunos □
2. O jogo vai ser …
esta semana, na quarta feira, às três da tarde □
na próxima semana, na quarta-feira, às três da tarde □
na próxima semana, na quarta-feira, às três e meia da tarde □
3. Para fazer parte da equipa dos alunos, é preciso falar com …
o professor de Educação Física □
o presidente do Conselho Executivo □
o professor de Matemática □
4. Quantos alunos podem ainda inscrever-se?
três □
quatro □
cinco □
5. A equipa que ganhar o jogo leva para casa …
um taça dourada □
uma bola de futebol assinada pelo Cristiano Ronaldo □
um prémio surpresa □
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6. A escola oferece lanche a …
todos os alunos que participam no jogo □
todos os professores que participam no jogo □
todos os alunos e professores que participam no jogo □
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TEXTO II — Perguntas de compreensão
1. Quais são os três nutrientes indispensáveis que foram referidos?
água, fibras e lípidos □
água, vitaminas e minerais □
água, fibras e vitaminas □
2. O nosso organismo precisa de vitaminas em quantidades …
muito grandes □
muito pequenas □
3. São referidos três problemas que podem ser causados pela falta de vitaminas. Quais são?
cansaço, pele seca e olhos inflamados □
cansaço, diarreia e queda de cabelo □
cansaço, dor de barriga e queda de cabelo □
4. A vitamina A encontra-se sobretudo em …
limões e laranjas □
gema de ovo e derivados de leite gordo □
hambúrgueres e batatas fritas □
5. A vitamina C encontra-se sobretudo em …
limões e laranjas □
gema de ovo e derivados de leite gordo □
hambúrgueres e batatas fritas □
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6. A vitamina C desempenha um papel importante …
na digestão de pão e cereais □
na formação dos ossos e dos dentes □
no crescimento do cabelo □
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5. Instruções para o preenchimento da folha de registo
No primeiro quadro, o professor deve indicar se o aluno realizou a actividade. Caso não
a tenha realizado, o professor deve indicar a razão. Por exemplo: “O aluno não foi capaz
de realizar a actividade I e, como tal, desistiu-se da aplicação das restantes actividades
da primeira parte do teste”.
No segundo quadro, o professor deve indicar o total de perguntas respondidas
correctamente pelo aluno.
No terceiro quadro, o professor pode anotar eventuais observações.
6. Folha de registo
Apresenta-se, de seguida, a folha de registo numa página separada, para que possa ser
utilizada pelo professor na aplicação do teste.
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Actividade II — Folha de registo
O aluno realizou a actividade? SIM □ NÃO □
Caso o aluno não tenha realizado a actividade, indique a razão:
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
Total de perguntas respondidas correctamente:
Texto I: ………………………………
Texto II: ………………………………
Observações gerais:
……………………………………………………………………………………………..
…………………………………………………………………………………………..…
…………………………………………………………………………………………..…
…………………………………………………………………………………………..…
…………………………………………………………………………………………..…
…………………………………………………………………………………………..…
…………………………………………………………………………………………..…
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7. Avaliação
Concluído o teste, o professor deve fazer a contagem das perguntas correctamente
respondidas pelo aluno e multiplicar o valor obtido por 2,5.
Por exemplo, o aluno que respondeu correctamente a 9 perguntas, conclui a actividade
com 22,5 valores (9 x 2,5 = 22,5).
O professor deve preencher a classificação obtida pelo aluno na grelha de avaliação
global da página 36.
Nota: Não esquecer que esta é apenas uma das actividades a ter presente na
avaliação global do aluno. A indicação do nível nesta actividade não deve ser
tomada como conclusiva em relação ao seu conhecimento da língua
portuguesa.
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ACTIVIDADE III
Apresentação oral
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ACTIVIDADE III — Apresentação oral
1. Objectivo
Testar a capacidade de fazer uma apresentação oral em Português.
2. Descrição da actividade
Esta actividade é constituída por duas etapas. Na primeira etapa, o aluno deve fazer uma
apresentação oral sobre um tema proposto pelo professor. Na segunda etapa, o aluno
deve conversar com o professor sobre o conteúdo dessa apresentação.
O aluno pode optar por fazer a sua apresentação sobre um dos seguintes temas: (i) a
poluição ou (ii) o tabaco. Para cada um dos temas, foi elaborado um estímulo visual e
uma folha de instruções. Os estímulos visuais apresentam-se sob a forma de duas folhas
com fotografias — numa folha estão retratados diferentes aspectos da poluição; noutra
diferentes aspectos do uso de tabaco. As folhas de instruções contêm um conjunto de
tópicos sobre os quais o aluno deve falar, bem como um espaço onde pode escrever
algumas ideias que pretende desenvolver durante a sua apresentação.
Após seleccionar um tema, o aluno tem cerca de três minutos para preparar a sua
apresentação. A apresentação propriamente dita, feita em seguida, deve ser realizada de
forma autónoma (isto é, sem a intervenção do professor) e durar cerca de três minutos.
Na segunda etapa da actividade, o professor deve colocar algumas perguntas sobre o
conteúdo da apresentação. Esta segunda etapa deve demorar aproximadamente três
minutos.
A actividade tem uma duração estimada de dez minutos.
3. Instruções para a realização da actividade
1) Explicar ao aluno que vai fazer uma apresentação autónoma de cerca de três
minutos.
2) Apresentar a folha com as fotografias sobre a poluição e a folha com as
fotografias sobre o uso de tabaco e pedir ao aluno para seleccionar (apenas) um
tema.
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26
3) Entregar ao aluno a folha com os tópicos correspondentes ao tema escolhido.
Pedir-lhe para preparar a sua apresentação durante três minutos. Explicar-lhe que
pode anotar algumas palavras ou frases que pretende usar, mas que não deve
escrever um texto. Caso o aluno tenha dificuldade em compreender um ou mais
tópicos, o professor deve explicá-los.
4) Pedir ao aluno para fazer a sua apresentação oral.
5) Depois de o aluno dar por concluída a sua apresentação, conversar com ele sobre
os assuntos abordados.
6) Preencher as folhas de registo, à medida que o aluno realiza a actividade. Se o
professor preferir, pode tomar notas numa folha à parte e preencher as folhas de
registo após a conclusão da entrevista.
4. Material para a realização da actividade Apresenta-se, de seguida, os estímulos visuais sobre a poluição e o tabaco e as folhas
para o planeamento da apresentação em páginas separadas, para que possam ser
utilizados durante a realização da actividade.
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A POLUIÇÃO — planeamento da apresentação
Imagina que vais fazer uma apresentação aos teus colegas sobre “a poluição”. Alguns dos assuntos
de que deves falar são:
Quais são as diferentes formas de poluição que conheces?
Quais são as causas da poluição?
O que acontece à natureza, aos animais e às pessoas se houver muita poluição?
O que tu podes fazer para diminuir a poluição?
A apresentação deve durar cerca de três minutos. Há uma folha com fotografias que podes utilizar
durante a preparação e/ou durante a apresentação.
Em baixo, podes anotar algumas ideias que queres desenvolver durante a tua apresentação. Atenção,
não deves escrever um texto!
…………………………………………………………………………………………………………
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O TABACO — planeamento da apresentação
Imagina que vais fazer uma apresentação aos teus colegas sobre “o tabaco”. Alguns dos assuntos de
que deves falar são:
Porque é que as pessoas fumam?
Porque é que o tabaco faz mal à saúde?
O que tu achas sobre o uso de tabaco em locais públicos (na escola, no trabalho, nos
restaurantes) e ao pé de crianças?
A apresentação deve durar cerca de três minutos. Há uma folha com fotografias que podes utilizar
durante a preparação e/ou durante a apresentação.
Em baixo, podes anotar algumas ideias que queres desenvolver durante a tua apresentação. Atenção,
não deves escrever um texto!
…………………………………………………………………………………………………………
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…………………………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………………………………
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…………………………………………………………………………………………………………
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…………………………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………………………………
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5. Instruções para o preenchimento das folhas de registo
No primeiro quadro, o professor deve indicar se o aluno realizou a actividade. Caso não
a tenha realizado, o professor deve indicar a razão. Por exemplo: “O aluno não foi capaz
de realizar as actividades I e II e, como tal, foi cancelada a actividade III da primeira
parte do teste”.
No segundo quadro, o professor deve verificar o desempenho do aluno, tendo em conta
os seguintes tópicos: (i) desenvolvimento do tema, (ii) fluência, (iii) acuidade lexical e
correcção gramatical e (iv) capacidade de compreensão das perguntas
Para cada um dos tópicos foram definidos três níveis distintos, que se organizam por
ordem crescente de desempenho. Em cada tópico, o professor deverá escolher o nível
que mais se aproxima do desempenho que verifica no aluno, assinalando-o com uma
cruz. O preenchimento deste quadro deve ser feito à medida que o aluno realiza a tarefa
ou logo após a sua conclusão. Sugere-se que o professor vá tirando apontamentos (na
coluna das observações ou numa folha em branco) para que seja mais fácil a escolha das
opções apresentadas. Estes dados servirão para a avaliação da tarefa, que se descreve em
7 e que poderá ser feita mais tarde.
Note-se que o desempenho do aluno nesta actividade deve ser visto à luz das
especificidades do discurso oral. Qualquer falante, mesmo de língua materna, tem
hesitações, faz pausas e reformulações e, por vezes, desrespeita determinadas regras
gramaticais, sem que isso signifique um menor conhecimento do Português.
No último quadro, o professor pode anotar eventuais observações que não estejam
abrangidas pelos descritores acima enunciados.
6. Folhas de registo
Apresenta-se, de seguida, as folhas de registo em páginas separadas, para que possam ser
utilizadas pelo professor na aplicação do teste.
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Actividade III — Folhas de registo
O aluno realizou a actividade? SIM □ NÃO □
Caso o aluno não tenha realizado a actividade, indique a razão:
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
1.ª parte da actividade
O aluno… Observações
… refere ideias soltas sobre o tema
tratado, demonstrando muitas
dificuldades em ligar os enunciados.
… faz uma apresentação com uma
estrutura definida, mas sente dificuldades
em desenvolver a suas ideias e em
justificar a sua opinião.
Des
envo
lvim
ento
do
tem
a
… respeita as indicações dadas. Expõe e
desenvolve as ideias de forma clara e bem
estruturada. Dá a sua opinião e justifica-a.
… usa enunciados curtos, muitas vezes
sem ligação entre si e com muitas pausas.
… usa sequências de enunciados curtos.
Faz pausas e reformulações evidentes.
Fluê
ncia
… usa enunciados longos. Faz algumas
pausas para planeamento e
reajustamentos.
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33
O aluno… Observações
… usa sequências frásicas básicas para
comunicar informação limitada. Há erros
gramaticais básicos frequentes.
… tem vocabulário suficiente para
desenvolver o seu raciocínio, embora com
hesitações, busca de palavras e alguns
problemas gramaticais.
Acu
idad
e le
xica
l e c
orre
cção
gra
mat
ical
… tem um vocabulário vasto que permite
produzir descrições claras e exprimir
pontos de vista sem busca visível de
palavras. Bom controlo gramatical.
2.ª etapa da actividade
O aluno… Observações
… está muito dependente de repetições e
reformulações do professor.
… tem dificuldades em compreender o
suficiente para manter o decurso
da conversa.
Cap
acid
ade
de c
ompr
eens
ão
das p
ergu
ntas
… é capaz de compreender o suficiente
para manter o decurso da conversa.
… responde a questões fechadas de
forma breve.
… responde a perguntas curtas e a
perguntas abertas e reage a declarações
simples.
Cap
acid
ade
de in
tera
cção
… responde a todo tipo de perguntas que
lhe são feitas de, desenvolvendo as
respostas. Toma iniciativa na conversa.
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Observações gerais:
……………………………………………………………………………………………..
.…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………..
……………………………………………………………………………………………..
……………………………………………………………………………………………..
……………………………………………………………………………………………..
……………………………………………………………………………………………..
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna – 3.º ciclo do EB e Ensino Secundário
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7. Avaliação
Para efeitos de avaliação, são considerados os seguintes níveis de desempenho e
respectivas classificações:
Nível de desempenho Classificação
O aluno não realizou a actividade. 0 valores
O aluno é capaz de produzir enunciados muito curtos e isolados. O
discurso é fortemente marcado por pausas para procurar expressões,
articular palavras menos familiares e proceder a reajustamentos na
comunicação.
9 valores
O aluno é capaz de fazer uma descrição simples constituída por uma
série curta de expressões e de frases relacionadas entre si. O discurso é
marcado por pausas, falsas partidas e reformulações muito evidentes.
18 valores
O aluno é capaz de manter com fluência a exposição, apresentando-a
como uma sucessão linear de tópicos. São ainda evidentes as pausas
para planeamento gramatical e lexical e os reajustamentos.
27 valores
É capaz de fazer uma exposição pormenorizada, desenvolvendo ou
defendendo ideias, fazendo notar questões secundárias e dando
exemplos relevantes. É capaz de falar a um ritmo bastante regular.
Existem poucas pausas longas.
36 valores
O professor deve preencher a classificação obtida pelo aluno na grelha de avaliação
global da página 36.
Nota: Não esquecer que esta é apenas uma das actividades a ter presente na avaliação
global do aluno. A indicação do nível nesta actividade não deve ser tomada
como conclusiva em relação ao seu conhecimento da língua portuguesa.
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36
AVALIAÇÃO GLOBAL - PARTE I
Determinação do nível de proficiência oral a partir da avaliação das actividades
1. Grelha de avaliação global
O professor deve preencher, na grelha seguinte, as classificações obtidas pelo aluno em
cada uma das actividades:
Classificação do aluno
Classificação
máxima
Actividade I 34 valores
Actividade II 30 valores
Actividade III 36 valores
Total
100 valores
2. Determinação do nível de proficiência oral do aluno
Considerando a classificação global obtida na Parte I do teste, o professor deverá
determinar o nível de proficiência do aluno a partir da tabela abaixo. A tabela apresenta
ainda os níveis equivalentes do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas
(QECR).
Nível de proficiência oral do aluno em Português: ……………………………...
Nível equivalente do QECR: ………………………………
Valor da classificação global Nível de proficiência Nível do QECR
0-35 valores …………...… Iniciação ………………. A1
36-59 valores …………...… Iniciação ……………..... A2
60-84 valores …………...…. Intermédio ……………… B1
85-100 valores ………...…… Avançado ……………….. B2, C1
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PARTE II
COMPREENSÃO e PRODUÇÃO ESCRITA
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ACTIVIDADE I
Compreensão de uma informação escolar
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ACTIVIDADE I — Compreensão de uma informação escolar
1. Objectivo
Testar a capacidade de compreensão, em Português, de uma informação escolar.
2. Descrição da actividade
Esta actividade consiste na leitura de uma informação escolar, seguida da resposta a um
conjunto de perguntas de compreensão. A resposta às perguntas de compreensão não
envolve produção escrita.
A informação escolar contém:
as condições de funcionamento de uma cantina escolar, incluindo o horário, o
preço das senhas e as condições de aquisição das mesmas;
a ementa escolar relativa a uma semana.
O texto é acompanhado de onze perguntas de verdadeiro e falso.
A actividade tem uma duração estimada de dez minutos.
3. Instruções para a realização da actividade
1) Entregar ao aluno a informação escolar e as perguntas de compreensão e pedir-
-lhe para as ler com atenção.
2) Pedir ao aluno para responder às perguntas de compreensão.
3) Preencher a folha de registo após a conclusão do teste.
4. Material para a realização da actividade
Apresenta-se, de seguida, o aviso escolar e as perguntas de compreensão em páginas
separadas, para que possam ser utilizados durante a realização da actividade.
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CANTINA
Horário: 12h00-14h00 Preço da refeição: Alunos: €1,50 Professores e funcionários: €3,60 Nota: As senhas têm de ser obtidas no dia anterior. Caso sejam obtidas no próprio dia há uma
multa no valor de €0,25.
Ementa semanal
22 de Setembro a 26 de Setembro
2.ª FEIRA Sopa Prato Sobremesa 3.ª FEIRA Sopa Prato Sobremesa 4.ª FEIRA Sopa Prato Sobremesa 5.ª FEIRA Sopa Prato Sobremesa 6.ª FEIRA Sopa Prato Sobremesa
Feijão Carne de porco à portuguesa Mousse de chocolate Espinafres Filetes de pescada com salada russa Fruta variada Caldo verde Frango assado com batata frita Arroz doce Feijão verde Carapau frito com arroz de tomate Fruta variada Juliana Hambúrguer com arroz e salada Gelatina
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Observa as seguintes afirmações. Indica se são verdadeiras ou falsas.
Verdadeiro Falso
1. A cantina abre ao meio dia. □ □
2. A cantina fecha às três da tarde. □ □
3. Os alunos pagam menos do que os professores e os funcionários. □ □
4. Os professores pagam tanto como os funcionários. □ □
5. As senhas de almoço devem ser compradas no dia anterior. □ □
6. Todos os dias há fruta para sobremesa. □ □
7. Todos os dias há uma sopa diferente. □ □
8. À quinta-feira, a cantina está fechada. □ □
9. Na quarta-feira, há frango assado com arroz de tomate. □ □
10. Na sexta-feira, a cantina serve comida vegetariana. □ □
11. Na terça-feira, o prato principal inclui peixe. □ □
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5. Instruções para o preenchimento da folha de registo
No primeiro quadro, o professor deve indicar se o aluno realizou a actividade. Caso não
a tenha realizado, o professor deve indicar a razão. Por exemplo: “O aluno desconhece o
alfabeto latino”.
No segundo quadro, o professor deve indicar o total de perguntas respondidas
correctamente pelo aluno.
No terceiro quadro, o professor pode anotar eventuais observações.
6. Folha de registo
Apresenta-se, de seguida, a folha de registo numa página separadas, para que possa ser
utilizada pelo professor na aplicação do teste.
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Actividade I — Folha de registo
O aluno realizou a actividade? SIM □ NÃO □
Caso o aluno não tenha realizado a actividade, indique a razão:
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
Total de perguntas respondidas correctamente: ………………………………
Observações gerais:
……………………………………………………………………………………………..
.…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………..
……………………………………………………………………………………………..
……………………………………………………………………………………………..
……………………………………………………………………………………………..
……………………………………………………………………………………………..
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7. Avaliação
Concluído o teste, o professor deve fazer a soma das perguntas correctamente
respondidas. O valor obtido por meio desta soma corresponde à classificação do aluno
nesta actividade.
Por exemplo, o aluno que respondeu correctamente a 6 perguntas conclui a actividade
com 6 valores.
O professor deve preencher a classificação obtida pelo aluno na grelha de avaliação
global da página 79.
Nota: Não esquecer que esta é apenas uma das actividades a ter presente na avaliação
global do aluno. A indicação do nível nesta actividade não deve ser tomada como
conclusiva em relação ao seu conhecimento da língua portuguesa.
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ACTIVIDADE II
Compreensão de pequenos textos narrativos
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ACTIVIDADE II — Compreensão de pequenos textos narrativos
1. Objectivo
Testar a capacidade de compreensão, em Português, de textos narrativos de
pequena dimensão.
2. Descrição da actividade
Esta actividade consiste na leitura de cinco pequenos textos, seguida da resposta a um
conjunto de perguntas de compreensão.
Os textos apresentam-se sob a forma de pequenas narrativas, contadas na primeira
pessoa — trata-se de cinco mulheres que descrevem o contacto que tiveram com animais
de estimação durante a sua infância. Os textos foram retirados do sítio www.animalia.pt
(consultado em 25-09-2008), tendo sido ligeiramente adaptados em alguns casos. Os
textos têm uma dimensão aproximada de cem palavras cada e contêm sobretudo
linguagem simples.
Os textos são acompanhados de quinze perguntas de compreensão.
A actividade tem uma duração estimada de quinze minutos.
3. Instruções para a realização da actividade
1) Entregar ao aluno a folha com os textos narrativos e a folha com as perguntas de
compreensão.
2) Pedir ao aluno para ler os textos e responder às perguntas de compreensão.
3) Preencher a folha de registo após a conclusão do teste.
4. Material para a realização da actividade
Apresenta-se, de seguida, os textos narrativos e as perguntas de compreensão em páginas
separadas, para que possam ser utilizados durante a realização da actividade.
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Margarida:
Tive um cão em pequena, um Pinsher anão, espertíssimo e muito nervoso, que se atirava ao pescoço de todos os cães grandes com quem se cruzava na rua. Chamava-se Pic — abreviatura de Piccollo, “pequeno” em italiano —, e só a boa sorte lhe poupou a vida. Era tão pequeno que os cães grandes nem o levavam a sério. Como é habitual em cães que vivem em casa, ele assimilou os piores defeitos dos donos: era impaciente e mandão, dado a crises existenciais.
Andreia:
Desde que me lembro que tenho animais em casa, principalmente cães. Os gatos vieram mais tarde, tinha eu sete anos, e esta é uma das histórias de que me lembro sempre. Foi durante uma noite de verão, estava a brincar na rua com os meus primos quando ouvi um gatinho a miar. O som vinha de uma casa velha ali perto. Fiquei impressionada com tal angústia e não hesitei em entrar na casa. Lá dentro, vi um gatinho muito pequenino que miava desesperado. Estava cheio de fome e levei-o para casa.
Ana:
Nasci em Lisboa, cidade onde sempre vivi e estudei. Na minha família o respeito pelos animais é enorme e, talvez por isso, ninguém se atreva a enfiá-los num apartamento tendo consciência da falta de tempo que existe para cuidar deles como merecem. Só me lembro de um cão — o Pantufa — que era da minha tia quando eu era muito pequena mas, quando esse desapareceu, também não se lhe seguiu nenhum. Hoje moro no campo e já não consigo viver sem os meus cães, os meus gatos, os meus patos e o meu porco.
Carla:
Nasci na Bélgica e, apesar de ter vindo para Portugal com seis anos, recordo-me bem de sempre ter vivido rodeada de cães. Em Lisboa, vivíamos com os meus avós e, apesar de termos quintal, eles não queriam animais, por isso, durante alguns anos, vi-me privada dessa companhia. Mas um dia lá levei a melhor e o Rex entrou nas nossas vidas. Um cãozito preto muito desconfiado e com mau feitio, mas que sempre adorei. Um dia resolvi que ele havia de falar ao telefone com os meus pais ... e levei uma dentada.
Jenny:
Desde que me lembro, os animais de estimação sempre foram uma constante em minha casa e uma parte muito importante na minha vida. Os primeiros animais de que tenho memória são três porquinhos-da-índia. Um era meu e os outros eram dos meus irmãos. O meu chamava-se “Snowy”, o do meu irmão “Ginger” e o da minha irmã “Minty”. Eu tinha por volta de quatro anos e, como ainda não ia à escola, o meu porquinho-da-índia era uma fonte de brincadeira e distracção.
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Responde às seguintes perguntas:
1. Quem teve um gato em pequena? ……………………
2. Quem tentou que o seu cão falasse ao telefone? ……………………
3. Quem teve um porquinho-da-índia? ……………………
4. Quem teve um cão preto com mau feitio? ……………………
5. Quem não teve animais quando era pequena? ……………………
6. Quem entrou numa casa para salvar um animal? ……………………
7. Quem nasceu no estrangeiro? ……………………
8. Quem teve um animal pequeno e nervoso? ……………………
9. Quem brincava com o seu animal quando ainda não andava na escola? ……………………
10. Quem fala dos animais que tem agora? ……………………
11. Quem tinha avós que não queriam ter animais em casa? ……………………
12. Quem cresceu numa família que tinha muito respeito pelos animais? ……………………
13. Quem foi mordida pelo seu próprio animal de estimação? ……………………
14. Quem recorda uma tia que tinha um cão? ……………………
15. Quem teve um cão que atacava outros cães? ……………………
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5. Instruções para o preenchimento da folha de registo
No primeiro quadro, o professor deve indicar se o aluno realizou a actividade. Caso não
a tenha realizado, o professor deve indicar a razão. Por exemplo: “O aluno desconhece o
alfabeto latino”.
No segundo quadro, o professor deve indicar o total de perguntas respondidas
correctamente pelo aluno.
No terceiro quadro, o professor pode anotar eventuais observações.
6. Folha de registo
Apresenta-se, de seguida, a folha de registo numa página separada, para que possa ser
utilizada pelo professor na aplicação do teste.
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Actividade II — Folha de registo
O aluno realizou a actividade? SIM □ NÃO □
Caso o aluno não tenha realizado a actividade, indique a razão:
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
Total de perguntas respondidas correctamente: ………………………………
Observações gerais:
……………………………………………………………………………………………..
.…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………..
……………………………………………………………………………………………..
……………………………………………………………………………………………..
……………………………………………………………………………………………..
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7. Avaliação
Concluído o teste, o professor deve fazer a soma das perguntas correctamente
respondidas. O valor obtido por meio desta soma corresponde à classificação do aluno
nesta actividade.
Por exemplo, o aluno que respondeu correctamente a 6 perguntas conclui a actividade
com 6 valores.
O professor deve preencher a classificação obtida pelo aluno na grelha de avaliação
global da página 79.
Nota: Não esquecer que esta é apenas uma das actividades a ter presente na avaliação
global do aluno. A indicação do nível nesta actividade não deve ser tomada
como conclusiva em relação ao seu conhecimento da língua portuguesa.
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ACTIVIDADE III
Compreensão de um texto informativo
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna – 3.º ciclo do EB e Ensino Secundário
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ACTIVIDADE III — Compreensão de um texto informativo
1. Objectivo
Testar a capacidade de compreensão, em Português, de um texto informativo.
2. Descrição da actividade
Esta actividade consiste na leitura de um texto informativo, seguida da resposta a um
conjunto de perguntas de compreensão. A resposta às perguntas de compreensão não
envolve produção escrita por parte do aluno.
O texto seleccionado chama-se “Descoberta espécie de formiga tão estranha que podia
ser de Marte”. Trata-se de um texto autêntico (ligeiramente adaptado), retirado da edição
em linha de 16 de Setembro de 2008 do jornal Público. O texto tem um total de
quatrocentas e oitenta palavras e contém linguagem científica.
O texto é acompanhado de treze perguntas de compreensão, que têm por objectivo
verificar se o aluno é capaz de ter um entendimento geral do texto, encontrar informação
específica e relacionar informação entre diferentes partes do texto.
A actividade tem uma duração estimada de vinte minutos.
3. Instruções para a realização da actividade
1) Entregar o texto ao aluno e pedir-lhe que o leia em silêncio. A leitura não deve
exceder os 10 minutos.
2) Entregar ao aluno a folha com as perguntas de compreensão e pedir-lhe que
responda a essas mesmas perguntas.
3) Preencher a folha de registo após a conclusão do teste.
4. Material para a realização da actividade
Apresenta-se, de seguida, o texto e as perguntas de compreensão em páginas separadas,
para que possam ser utilizadas durante a realização da actividade.
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Descoberta espécie de formiga tão estranha que podia ser de Marte Nicolau Ferreira
Não se sabe se existiu vida em Marte, mas na Amazónia foi encontrada uma formiga tão diferente do que se conhece que poderia ter vindo de lá. A descoberta obrigou a
equipa de investigadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos da América, a criar uma nova sub-família de formigas.
Os dois primeiros espécimes da Martialis heureka (Martialis por causa de Marte e heureka do mesmo eureka, “Eu descobri!”, que foi utilizado por Arquimedes) que se encontraram, foram obtidos em 1998 em amostras de solo mas perderam-se. Só passados cinco anos, em 2003, é que se descobriu a nova formiga trabalhadora que permitiu confirmar a existência de uma nova espécie.
A Martialis heureka tem características suficientes para ser considerada uma formiga, mas é tão diferente de tudo o que já se viu que os cientistas criaram uma nova sub-família, a Martialinae, só para ela. Há 85 anos, desde 1923, que não se criava uma nova sub-família de uma espécie de formiga viva. As que foram criadas, foram-no a partir de formigas fósseis.
“Esta descoberta indicia que existe uma riqueza de espécies, possivelmente com uma enorme importância evolutiva, que está escondida nos solos das florestas tropicais ainda existentes”, escreve Christian Rabeling, um dos autores de um artigo sobre este assunto que saiu esta semana na revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences”.
A espécie tem dois ou três milímetros de comprimento, não tem olhos, tem duas grandes mandíbulas, as patas dianteiras são finas e mais compridas que o normal. Todas estas características indicam que habita no solo, raramente vê a luz do dia e alimenta-se de outros animais.
Posteriormente, a análise genética confirmou que esta formiga é diferente de tudo o que se conhece, e que está na base da árvore evolutiva das formigas, ou seja, é muito antiga. ”Esta descoberta suporta a ideia de que as formigas cegas dos subterrâneos que são predadoras apareceram no início da evolução das formigas”, disse Rabeling, investigador em evolução e comportamento.
As formigas apareceram há 120 milhões de anos a partir dos antepassados das vespas. A evolução foi rápida e deu lugar a muitas linhagens, com as espécies a adaptarem-se a vários ambientes.
“Com base na nossa informação e no registo dos fósseis, assumimos que o antepassado desta formiga era parecido com uma vespa, talvez similar ao Sphecomyrma, o fóssil de âmbar do Cretácico que é conhecido como sendo o elo perdido entre as vespas e as formigas”, disse Rabeling.
O investigador defende que as adaptações a um estilo de vida subterrâneo e sem luz apareceram numa primeira fase da evolução das formigas e que se mantiveram ao longo dos anos.
“A nova espécie de formiga está escondida no solo, num ambiente tropical estável, que é potencialmente menos competitivo. Esta espécie pode ser uma relíquia que reteve características morfológicas ancestrais”, conclui.
In Público, 16-09-2008 (adaptado)
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Observa as seguintes perguntas. Assinala com X as respostas certas.
1. Segundo o texto foi descoberta uma nova espécie de formigas. Onde se deu esta descoberta?
Em Marte □
Nos Estados Unidos da América □
Na Amazónia □
2. Quem descobriu a nova espécie de formigas?
Uma equipa de investigadores da Universidade do Texas □
Arquimedes □
Uma equipa de investigadores da Universidade da Amazónia □
3. Como se chama a nova espécie de formigas?
Formica novus □
Martialis heureka □
Martialis formica □
4. Em que ano foram obtidos os dois primeiros espécimes da nova formiga?
Em 1923 □
Em 1998 □
Em 2003 □
5. Porque foi criada uma nova sub-família para a formiga Martialis heureka?
Porque a Martialis heureka é parecida com um fóssil. □
Porque a Martialis heureka é diferente de todas as outras formigas. □
Porque a Martialis heureka é muito trabalhadora. □
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6. O que indicia a descoberta desta nova sub-família de formigas?
Que já não existem mais espécies de formigas no mundo. □
Que existem muitas espécies escondidas nos solos das florestas tropicais. □
Que existem formigas em Marte. □
7. Quantos olhos e mandíbulas tem a Martialis heureka?
A Martialis heureka tem dois olhos e duas mandíbulas. □
A Martialis heureka tem duas mandíbulas e não tem olhos. □
A Martialis heureka não tem mandíbulas e tem dois olhos. □
8. Como são as patas dianteiras da formiga Martialis heureka?
São mais compridas do que as patas dianteiras de uma formiga normal. □
São mais curtas do que as patas dianteiras de uma formiga normal. □
São do mesmo tamanho do que as patas dianteiras de uma formiga normal. □
9. O que mostrou a análise genética?
Que a Martialis heureka é muito antiga. □
Que a Martialis heureka vive na base das árvores. □
Que a Martialis heureka necessita de luz do dia para encontrar alimento. □
10. Qual é a profissão de Christian Rabeling?
O texto não diz. □
Cientista □
Veterinário □
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11. Há quanto tempo existem formigas?
Há 120 milhões de anos. □
Há 85 anos. □
Não se sabe. □
12. Quando é que a Martialis heureka se adaptou a viver debaixo da terra e sem luz?
Há muito tempo. □
Há pouco tempo. □
Nunca □
13. Em que meio de comunicação foi publicado o texto “Descoberta de formiga tão estranha que
podia ser de Marte”?
Público □
Proceedings of the National Academy of Sciences □
Sphecomyrma □
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5. Instruções para o preenchimento da folha de registo
No primeiro quadro, o professor deve indicar se o aluno realizou a actividade. Caso não
a tenha realizado, o professor deve indicar a razão. Por exemplo: “O aluno não foi capaz
de realizar as actividades I e II da segunda parte do teste e, como tal, desistiu-se da
aplicação da actividade III”.
No segundo quadro, o professor deve indicar o total de perguntas respondidas
correctamente pelo aluno.
No terceiro quadro, o professor pode anotar eventuais observações.
6. Folha de registo
Apresenta-se, de seguida, a folha de registo numa página separada, para que possa ser
utilizada pelo professor na aplicação do teste.
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Actividade III — Folha de registo
O aluno realizou a actividade? SIM □ NÃO □
Caso o aluno não tenha realizado a actividade, indique a razão:
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
Total de perguntas correctamente respondidas: ………………………………
Observações gerais:
……………………………………………………………………………………………..
.…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………..
……………………………………………………………………………………………..
……………………………………………………………………………………………..
……………………………………………………………………………………………..
……………………………………………………………………………………………..
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7. Avaliação
Concluído o teste, o professor deve fazer a soma das perguntas correctamente
respondidas. O valor obtido por meio desta soma corresponde à classificação do aluno
nesta actividade.
Por exemplo, o aluno que respondeu correctamente a 6 perguntas conclui a actividade
com 6 valores.
O professor deve preencher a classificação obtida pelo aluno na grelha de avaliação
global da página 79.
Nota: Não esquecer que esta é apenas uma das actividades a ter presente na avaliação
global do aluno. A indicação do nível nesta actividade não deve ser tomada
como conclusiva em relação ao seu conhecimento da língua portuguesa.
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ACTIVIDADE IV
Gramática
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ACTIVIDADE IV — Gramática
1. Objectivo
Verificar o conhecimento gramatical da língua portuguesa.
2. Descrição da actividade
Esta actividade consiste na resolução de um conjunto de exercícios sobre algumas
características importantes da gramática do Português.
Os exercícios pretendem avaliar a capacidade que o aluno tem de utilizar adequadamente
tempos verbais, pronomes pessoais átonos e advérbios interrogativos, bem como de
formar frases em discurso indirecto, o que envolve conhecimentos sobre a formação de
orações subordinadas completivas, pronomes demonstrativos, utilização dos verbos,
entre outros. Propõem-se exercícios de preenchimento de espaços e de reescrita de frases
que contemplam os aspectos específicos que se pretendem testar.
A actividade tem uma duração estimada de vinte minutos.
3. Realização da actividade
1) Entregar as folhas com os exercícios ao aluno. Pedir-lhe que os resolva e
esclarecê-lo sempre que necessário sobre o que é pedido ou sobre eventuais
dúvidas de vocabulário.
2) Preencher a folha de registo após a conclusão do teste.
4. Material para a realização da actividade
Apresenta-se, de seguida, os exercícios de gramática que o aluno deve resolver em
páginas separadas, para que possam ser utilizados durante a realização da actividade.
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1. Preenche os espaços em branco com as formas verbais adequadas.
1. Vocês __________ (tocar) muito bem guitarra.
2. Na escola, nós ____________ (aprender) sempre coisas novas.
3. Eu __________ (subir) esta rua todos os dias para ir para a escola.
4. O meu pai _________ (ler) o jornal todas as manhãs.
5. A Joana ____________ (trazer) sempre o material todo para a escola.
6. A Maria gosta muito de teatro, mas eu __________ (preferir) o cinema.
7. Ontem à noite, o meu vizinho _______ (fazer) muito barulho.
8. Na semana passada, nós __________ (ir) ao cinema três vezes.
9. Ontem à noite, eu _________ (ficar) em casa com os meus pais.
10. Quando eu ________ (ser) pequenino, ____________ (ter) uma bicicleta amarela.
11. Ontem, a Teresa não _________ (vir) à escola porque ___________ (estar) doente.
12. Eu e a Maria _____________ (encontrar) o João na rua, esta manhã. Ele __________ (trazer)
dois sacos na mão e ________ (estar) com pressa.
13. Ontem, quando eu_________ (chegar), a festa já _________________ (acabar).
14. Está mesmo muito frio. ________ (ser) que vai nevar?
15. Espero que amanhã não ___________ (chover).
16. A minha mãe gostaria muito que eu ___________ (fazer) sempre os trabalhos de casa, mas às
vezes não ___________ (fazer).
17. Quando eu __________ (ter) 18 anos, vou tirar a carta de condução.
18. Se nós _____________ (estudar) bem, vamos tirar boas notas.
19. É melhor ___________ (levar) o casaco, se não vais ter frio.
20. Joana, não __________ (tirar) as luvas! Está muito frio.
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2. Completa as perguntas abaixo.
1. __________ horas são?
São dez e meia.
2. __________ custa este bolo?
90 cêntimos.
3. __________ moras?
Moro em Lisboa.
4. __________ é a tua cor preferida?
A minha cor preferida é o azul.
5. __________ vives?
Vivo com os meus pais e o meu irmão.
6. __________ são os teus passatempos preferidos?
Ler, jogar à bola e ver televisão.
7. __________ queres ser quando fores grande?
Quero ser médico.
3. Substitui a expressão sublinhada pelo pronome adequado e faz alterações na frase
quando achares necessário. Observa o exemplo.
Exemplo: Viste a Joana?
Viste-a?
1. O João come o bolo.
_______________________________________________________
2. Amanhã vou trazer o livro de português e o livro de matemática.
_______________________________________________________
3. Eu disse ao João que ia comprar os livros esta noite.
_______________________________________________________
4. Ontem emprestei o dicionário ao João.
_______________________________________________________
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5. Deste os parabéns ao Miguel?
_______________________________________________________
4. Completa as frases abaixo. Observa o exemplo.
Exemplo: Maria: Vou ao cinema.
A Maria disse que ia ao cinema.
1. José: Como sempre neste restaurante.
O José disse ___________________________________________________________
2. Maria: Queres ir ao teatro, João?
A Maria perguntou ao João _______________________________________________
3. Teresa: Joana, vai buscar a manteiga que está no frigorífico.
A Teresa pediu à Joana ___________________________________________________
4. António: Espero que não chova!
O António disse _________________________________________________________
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5. Instruções para o preenchimento da folha de registo
No primeiro quadro, o professor deve indicar se o aluno realizou a actividade. Caso não
a tenha realizado, o professor deve indicar a razão. Por exemplo: “O aluno não foi capaz
de realizar as actividades I e II da segunda parte do teste e, como tal, desistiu-se da
aplicação das restantes actividades”.
No segundo quadro, o professor deve anotar o número de respostas adequadas nos
diferentes exercícios, de acordo com as seguintes directrizes:
Exercício 1: contar todos os verbos conjugados correctamente. Note-se que algumas
frases têm mais do que um verbo para conjugar. Nestes casos, o professor deverá contar
cada um dos verbos individualmente.
Exercício 2: contar todas as expressões interrogativas que foram utilizadas
adequadamente.
Exercício 3: contar todas as substituições pronominais efectuadas de forma adequada.
Exercício 4: contar todas as alterações, exigidas para transformar o discurso directo em
discurso indirecto, realizadas correctamente. Note-se que em cada frase, o aluno deve
fazer três alterações, que envolvem normalmente a utilização do complementador (‘que’,
‘se’ ou ‘para’), a transformação dos tempos verbais e a transformação dos pronomes
demonstrativos . O professor deverá contar cada alteração individualmente.
As alterações que o aluno deve fazer estão assinaladas a negrito abaixo:
1. José: Como sempre neste restaurante.
O José disse que comia sempre naquele restaurante.
2. Maria: Queres ir ao teatro, João?
A Maria perguntou ao João se ele queria ir ao teatro.
3. Teresa: Joana, vai buscar a manteiga que está no frigorífico.
A Teresa pediu à Joana para ir buscar a manteiga que estava no frigorífico;
OU
A Teresa pediu à Joana que fosse buscar a manteiga que estava no frigorífico.
4. António: Espero que não chova!
O António disse que esperava que não chovesse.
No terceiro quadro, o professor pode anotar eventuais observações.
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6. Folha de registo
Apresenta-se, de seguida, a folha de registo numa página separada, para que possa ser
utilizada pelo professor na aplicação do teste.
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Actividade IV — Folha de registo
O aluno realizou a actividade? SIM □ NÃO □
Caso o aluno não tenha realizado a actividade, indique a razão:
…………………………………………………………………………………………….
…………………………………………………………………………………………….
Indicação do desempenho do aluno:
Exercício 1 — verbos correctamente conjugados: ……..…. / 26
Exercício 2 — expressões interrogativas utilizadas correctamente : ………… / 7
Exercício 3 — substituições pronominais adequadas: ……....… / 5
Exercício 4 — alterações bem efectuadas (discurso directo → indirecto) : ..….…… / 12
Observações gerais:
……………………………………………………………………………………………..
.…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………..
……………………………………………………………………………………………..
……………………………………………………………………………………………..
……………………………………………………………………………………………..
……………………………………………………………………………………………..
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7. Avaliação
Após a conclusão da actividade, o professor deve:
somar os verbos correctamente conjugados e multiplicar o valor obtido por 0,5;
somar as expressões interrogativas utilizadas correctamente e multiplicar o valor
obtido por 0,5;
somar as substituições pronominais adequadas e multiplicar o valor obtido por
0,5;
somar as alterações bem efectuadas para transformar o discurso directo em
discurso indirecto e multiplicar o valor obtido por 0,5.
Por exemplo, o aluno conjugou correctamente dois verbos no primeiro exercício,
utilizou adequadamente três expressões interrogativas no segundo exercício e não fez o
terceiro e o quarto exercício. 2 x 0,5 = 1 || 3 x 0,5 = 1,5
De seguida, o professor deve somar os valores apurados em cada um dos exercícios. O
valor obtido por meio desta soma corresponde à classificação do aluno nesta actividade.
Por exemplo: 1 + 1,5 = 2,5 valores.
O professor deve preencher a classificação obtida pelo aluno na grelha de avaliação
global da página 79.
Nota: Não esquecer que esta é apenas uma das actividades a ter presente na avaliação
global do aluno. A indicação do nível nesta actividade não deve ser tomada como
conclusiva em relação ao seu conhecimento da língua portuguesa.
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ACTIVIDADE V
Elaboração de uma carta informal
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ACTIVIDADE IV – Elaboração de uma carta informal
1. Objectivo
Testar a capacidade de elaboração de uma carta informal em Português.
2. Descrição da actividade
Esta actividade consiste na elaboração de uma carta informal de acordo com um
conjunto de indicações fornecidas numa folha de enunciado.
Na carta, o aluno deve convidar um amigo do seu país de origem a passar umas férias
em Portugal. Algumas das funções discursivas que devem estar contidas na carta são:
cumprimentar, convidar, descrever factos, dar a opinião, sugerir e aconselhar.
A actividade tem uma duração estimada de vinte minutos.
3. Instruções para a realização da actividade
1) Dar ao aluno a folha de enunciado juntamente com a folha em que deve escrever
a sua carta.
2) Pedir ao aluno que leia o enunciado e esclarecer eventuais dúvidas que ele possa
ter.
3) Pedir ao aluno para escrever a carta, explicando que tem vinte minutos para o
fazer.
4) Preencher as folhas de registo depois de o aluno ter concluído o teste.
4. Material para a realização da actividade
Apresenta-se, de seguida, a folha de enunciado e a folha em que o aluno deve escrever a
sua carta em páginas separadas, para que possam ser utilizadas durante a realização da
actividade.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna – 3.º ciclo do EB e Ensino Secundário
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Nasceste em que país? Tens lá muitos amigos? Pensa num deles.
Escreve uma carta ao teu amigo. Convida-o para passar uns dias em Portugal. Indica-lhe a melhor
altura para ele vir e explica porquê. Diz-lhe como é o clima em Portugal e que tipo de roupas ele
deve trazer. Sugere algumas actividades que podem fazer juntos (pelo menos três) e alguns sítios
que podem visitar (pelo menos dois). A carta deve ter entre 130 e 150 palavras.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna – 3.º ciclo do EB e Ensino Secundário
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………………………………………………………………………………………… ………………………………………………………………………………………… ………………………………………………………………………………………… ………………………………………………………………………………………… ………………………………………………………………………………………… ………………………………………………………………………………………… ………………………………………………………………………………………… ………………………………………………………………………………………… ………………………………………………………………………………………… ………………………………………………………………………………………… ………………………………………………………………………………………… ………………………………………………………………………………………… ………………………………………………………………………………………… ………………………………………………………………………………………… ………………………………………………………………………………………… ………………………………………………………………………………………… ………………………………………………………………………………………… ………………………………………………………………………………………… ………………………………………………………………………………………… ………………………………………………………………………………………… ………………………………………………………………………………………… ………………………………………………………………………………………… ………………………………………………………………………………………… ………………………………………………………………………………………… ………………………………………………………………………………………… ………………………………………………………………………………………… ………………………………………………………………………………………… ………………………………………………………………………………………… …………………………………………………………………………………………
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5. Instruções para o preenchimento das folhas de registo
No primeiro quadro, o professor deve indicar se o aluno realizou a actividade. Caso não
a tenha realizado, o professor deve indicar a razão. Por exemplo: “O aluno não foi capaz
de realizar as actividades I e II da segunda parte do teste e, como tal, desistiu-se da
aplicação das restantes actividades”.
Para descrever o desempenho do aluno na escrita da carta, o professor dispõe de três
grelhas: (i) pertinência da informação, (ii) competência pragmática e (iii) competência
linguística. A nível da pertinência da informação, o professor deve indicar se o aluno
obedece às diferentes indicações fornecidas na folha de enunciado (convidar um amigo,
descrever o clima, sugerir três actividades, etc). No que diz respeito à competência
pragmática, pretende-se verificar se o aluno é capaz, por um lado, de elaborar um texto
que respeita as características inerentes ao género epistolar e, por outro, se desenvolve as
suas ideias de forma lógica, sem repetições desnecessárias e/ou pormenores pouco
relevantes. A nível da competência linguística, deve examinar-se o grau de correcção
gramatical da escrita do aluno nos níveis ortográfico, lexical, morfológico e sintáctico.
Nesta mesma competência, o professor deve ainda estar atento ao nível supra-frásico,
registando o uso de conectores discursivos e de mecanismos que permitem retomar
informação, tais como o uso de pronomes e deícticos.
As grelhas têm três colunas. Na primeira coluna encontram-se explicitados os diferentes
parâmetros de análise. Na segunda coluna, deve classificar o desempenho do aluno com
um simples “sim” ou “não”. Na terceira coluna, dispõe de espaço para registar
observações mais pormenorizadas.
No último quadro, o professor pode anotar eventuais observações que não estejam
abrangidas pelos descritores acima enunciados.
6. Folhas de registo
Apresenta-se, de seguida, as folhas de registo em páginas separadas, para que possam ser
utilizadas pelo professor na aplicação do teste.
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna – 3.º ciclo do EB e Ensino Secundário
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Actividade IV – Folhas de registo
O aluno realizou a actividade? SIM □ NÃO □
Caso o aluno não tenha realizado a actividade, indique a razão:
…………………………………………………………………………………………….
……………………………………………………………………………………………
O aluno … Sim / Não Observações
convida um amigo?
indica-lhe a melhor altura para vir?
explica porque é que essa é
a melhor altura para vir?
diz-lhe como é o clima em Portugal?
diz-lhe que tipo de roupas deve trazer?
sugere três actividades que podem fazer juntos?
sugere dois sítios que podem visitar? PE
RT
INÊ
NC
IA D
A IN
FOR
MA
ÇÃ
O
respeita o limite de palavras indicado?
O aluno … Sim / Não Observações
redige uma carta?
adopta um registo informal?
CO
MPE
TÊ
NC
IA
PRA
GM
ÁT
ICA
apresenta as suas ideias de forma lógica sem repetições desnecessárias e/ou pormenores pouco relevantes?
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna – 3.º ciclo do EB e Ensino Secundário
76
O aluno … Sim / Não Observações
emprega conectores discursivos (de causa, de sequencialidade, de consequência, …)?
emprega recursos linguísticos para retomar a informação sem repetir o dito anteriormente (pronomes e deícticos)?
faz a concordância entre os diferentes elementos constituintes da frase (concordância entre sujeito e verbo, concordância a nível dos sintagmas nominais)?
emprega artigos e
preposições de forma
adequada?
dispõe de vocabulário suficiente para transmitir as suas ideias?
emprega uma pontuação adequada?
CO
MPE
TÊ
NC
IA L
ING
UÍS
TIC
A
respeita a ortografia?
Observações gerais:
…………………………………………………………………………………………….
…………………………………………………………………………………………….
…………………………………………………………………………………………….
…………………………………………………………………………………………….
…………………………………………………………………………………………….
…………………………………………………………………………………………….
…………………………………………………………………………………………….
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7. Avaliação
Para efeitos de avaliação são considerados os seguintes níveis de desempenho e
respectivas classificações:
Nível de desempenho Classificação
O aluno não realizou a actividade. 0 valores
O aluno escreve uma carta confusa, em que apenas apresenta
superficialmente as informações solicitadas. O aluno constrói
enunciados sincopados marcados pela ausência de articulação
gramatical.
9 valores
O aluno escreve uma carta sobre o tema proposto, em que apresenta a
maior parte das informações solicitadas. O aluno pode não respeitar o
registo e o limite de palavras indicado. Constrói enunciados
gramaticalmente articulados, embora com inconsistências sistemáticas a
nível sintáctico, lexical, morfológico e ortográfico.
18 valores
O aluno escreve uma carta sobre o tema proposto, em que apresenta a
maior parte das informações solicitadas. O discurso é globalmente claro
e coeso e as ideias estão articuladas de modo linear, com recurso a um
leque restrito de conectores. O aluno revela razoável correcção
gramatical. Há inconsistências a nível sintáctico, lexical, morfológico
e/ou ortográfico, mas estas não afectam a inteligibilidade do texto.
27 valores
O aluno escreve uma carta clara e coerente sobre o tema proposto,
apresentando e desenvolvendo as informações solicitadas. Respeita o
registo e o limite de palavras indicado. As ideias desenvolvem-se
logicamente com recurso a conectores vários. O aluno revela uma boa
correcção gramatical, havendo apenas desvios esporádicos a nível
sintáctico, lexical, morfológico e/ou ortográfico.
(O desempenho do aluno é comparável ao de um aluno português da
mesma faixa etária.)
36 valores
Teste de diagnóstico de Português Língua Não Materna – 3.º ciclo do EB e Ensino Secundário
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O professor deve preencher a classificação obtida pelo aluno na grelha de avaliação
global da página 79.
Nota: Não esquecer que esta é apenas uma das actividades a ter presente na
avaliação global do aluno. A indicação do nível nesta actividade não deve ser
tomada como conclusiva em relação ao seu conhecimento da língua
portuguesa.
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AVALIAÇÃO GLOBAL - PARTE II
Determinação do nível de proficiência escrita a partir da avaliação das actividades
1. Grelha de avaliação global
O professor deve preencher, na grelha seguinte, as classificações obtidas pelo aluno em
cada uma das actividades:
Classificação do aluno
Classificação
máxima
Actividade I 11 valores
Actividade II 15 valores
Actividade III 13 valores
Actividade IV 25 valores
Actividade V 36 valores
Total
100 valores
2. Determinação do nível de proficiência escrita do aluno
Considerando a classificação global obtida na Parte II do teste, o professor poderá
determinar o nível de proficiência do aluno a partir da tabela seguinte. A tabela
apresenta ainda os níveis equivalentes do Quadro Europeu Comum de Referência para
as Línguas (QECR).
Nível de proficiência escrita do aluno em Português: ……………………………...
Nível equivalente do QECR: ………………………………
Valor da classificação global Nível de proficiência escrita Nível do QECR
0-35 valores …………...… Iniciação ………………. A1
36-59 valores …………...… Iniciação ……………..... A2
60-84 valores …………...…. Intermédio ……………… B1
85-100 valores ………...…… Avançado ……………….. B2, C1
Processo de validação dos testes de diagnóstico de PLNM –
Relatório final
Maio 2009
2
I. Introdução .................................................................................................................. 3
II. Análise dos dados .................................................................................................... 5
1. Trabalho preparatório ............................................................................................. 5
2. Teste de Diagnóstico .............................................................................................. 8
III. Conclusões ............................................................................................................ 15
3
I. Introdução
Os alunos de Português Língua Não Materna (PLNM), inseridos no nosso
sistema de ensino, são provenientes de diversos países e têm diferentes níveis de
conhecimento da língua portuguesa. Para estes alunos, a avaliação diagnóstica1
constitui-se como uma medida fundamental, na medida em que permite conhecer as
dificuldades e os “pontos fortes” dos alunos nas competências de
compreensão/expressão oral e escrita. Por outro lado, este diagnóstico permitirá a
inserção do aluno num nível de proficiência linguística – Iniciação, Intermédio ou
Avançado – e, consequentemente, o desenvolvimento de actividades adequadas ao
seu desenvolvimento linguístico.
Assim, a DGIDC, em colaboração com o Instituto de Linguística Teórica e
Computacional (ILTEC), elaborou um modelo de testes de diagnóstico de PLNM, que
poderá ser adaptado pelas instituições de ensino públicas e privadas, de acordo com
as suas necessidades.
Os testes de diagnóstico de PLNM encontram-se estruturados de acordo com
as diferentes competências em Língua Portuguesa e organizam-se do seguinte modo:
um modelo de teste destinado aos alunos do 1.º e 2.º anos, um modelo de teste para
os alunos do 3.º ao 6.º ano e outro para os alunos do 3.º ciclo e ensino secundário. A
divulgação da versão de trabalho foi feita através da página da DGIDC, na área da
Língua Portuguesa - Português Língua Não Materna. As escolas solicitaram à Equipa
de Português o envio do documento de trabalho para aplicação aos seus alunos
oriundos de outros sistemas educativos, sob compromisso de procederem ao
preenchimento de um inquérito de aplicação que permitisse aferir as fragilidades e as
vantagens da proposta inicial.
Os testes de diagnóstico foram solicitados por um total de 163 escolas. O envio
ocorreu de forma faseada, à medida que os três modelos de teste foram sendo
disponibilizados, tendo decorrido a fase de aplicação entre os meses de Outubro e
Novembro de 2008.
O inquérito, preparado pela equipa que elaborou os testes, destinava-se a ser
preenchido pelo(s) professor(es) aplicador(es) e tinha como objectivo recolher 1 Vide Despacho-Normativo nº 7/2006, de 6 de Fevereiro de 2006 (para o ensino básico) e o Despacho-Normativo nº 30/2007, de 10 de Agosto de 2007 (para o ensino secundário).
4
informações relativas à aplicabilidade dos testes, bem como às fragilidades, lacunas
ou dúvidas em pontos específicos.
87 escolas enviaram o retorno da aplicação dos testes (25 inquéritos relativos
aos testes para os 1.º e 2.º anos; 47 para o 3.º - 6.º anos; e 68 para o 3.º ciclo e ensino
secundário), num total de 140 inquéritos. Esta diferença entre o número de escolas e o
total de inquéritos deve-se ao facto de algumas escolas terem procedido ao envio de
mais do que um inquérito. De referir que 15 escolas indicaram não ter aplicado os
referidos testes, tendo apresentado como principal razão o facto de terem já procedido
ao diagnóstico dos alunos, no início do ano lectivo, previamente ao envio dos testes.
O inquérito era composto por cinco partes: Trabalho preparatório, Ficha
sociolinguística, Teste diagnóstico, Avaliação e Existência de testes de diagnóstico na
escola.
No documento agora apresentado optou-se, por questões organizacionais, por
apresentar a análise dos dados recolhidos seguindo a seguinte estrutura:
1. Trabalho preparatório, onde se abordará não só o trabalho prévio à
aplicação dos testes (leituras de apoio realizadas e tempo gasto), como a aplicação da
ficha sociolinguística (como primeiro passo no diagnóstico dos alunos com português
língua não materna);
2. Testes de diagnóstico, parte que se centrará em questões como a
metodologia usada, o tempo gasto, as dificuldades sentidas na aplicação das
actividades e no preenchimento das grelhas de avaliação. Por fim, pretende-se
também conhecer as vantagens/desvantagens do recurso a este modelo em
comparação com os já existentes na escola.
Como a estrutura global dos testes é semelhante, sendo distintas as
actividades propostas, de acordo com a faixa etária a que se destinam, procedeu-se a
uma análise comparativa da informação.
5
0 10 20 30 40 50 60
consulta dedocumentos
discussão comcolegas
leitura individual
3ºciclo/sec.
3º-6º anos
1º-2º anos
II. Análise dos dados
1. Trabalho preparatório
Quanto ao modo como os professores dos vários ciclos de ensino prepararam
a aplicação do teste de diagnóstico, estes apontaram como principal metodologia a
leitura individual do documento (vide fig.1). Segue-se a «discussão com os colegas» e
a «consulta de outros documentos» como complemento do trabalho preparatório. De
destacar que, nos 1.º e 2.º anos, é notória a preponderância da «leitura individual do
documento» (58,5%) sobre a opção «consulta de outros documentos» (7,3%). Esta
opção teve o maior número de respostas no 3.º ciclo e ensino secundário (18,3%). De
referir que, nesta questão, era possível seleccionar várias opções, o que sucedeu com
frequência.
Figura 1: Percentagem de respostas relativas ao modo de preparação da aplicação do teste.
À pergunta “que documentos foram consultados?”, a leitura de legislação foi a
resposta mais assinalada, seguida de outra documentação sobre o PLNM e, por fim, o
Quadro Europeu Comum de Referência (QECR). Também aqui houve professores que
assinalaram mais do que um item ou que não especificaram os documentos
consultados.
Quanto às dúvidas decorrentes da leitura do documento, e tendo em
consideração o total de respostas nos três inquéritos, apenas 8% manifestou ter tido
algumas dificuldades, estando estas relacionadas com questões práticas da aplicação
dos testes.
6
8%
92%
sim
não
0 10 20 30 40 50 60 70
< 1h1-3h3- 6h6-9h> 9h
1-3 dias 8 - 15 diasnão indica
3º/sec.
3º-6º
1º-2º
Figura 2: Dúvidas decorrentes da leitura do documento (%)
Relativamente ao tempo2 investido no trabalho preparatório, as respostas
obtidas foram muito díspares, variando entre menos de uma hora e quinze dias. Não
obstante, a opção mais assinalada nos 1.º- 2.º anos (64%) e nos 3.º-6.º anos (31,9%)
foi a opção 1-3h. Já no 3.º ciclo e ensino secundário (33,8%) a opção mais
seleccionada foi a de 3-6h (vide fig. 3).
Figura 3: Estimativa do tempo investido no trabalho preparatório (%)
Na opção destinada às observações relativas ao trabalho preparatório, e como
esta era opcional, a percentagem de respostas neste item foi muito reduzida (14%).
No entanto, os professores que responderam assinalaram essencialmente a
complexidade/morosidade do trabalho preparatório.
No que respeita à aplicação da ficha sociolinguística3, esta coube
essencialmente ao professor titular de turma, no caso do 1.º ciclo, e ao professor de
Português/PLNM nos restantes graus de ensino. Quando questionados sobre a forma
como identificaram os alunos de PLNM a quem foi aplicada a ficha sociolinguística, os
professores assinalaram:
2 As questões relativas ao tempo gasto, como eram de resposta aberta, foram muito díspares, pelo que se considerou necessário criar parâmetros que permitissem o trabalho das mesmas em termos percentuais e a elaboração de conclusões. 3 A ficha sociolinguística visa a recolha de informação sobre os alunos - dados pessoais, país de origem, línguas faladas no contexto familiar e outras informações relativas aos Encarregados de Educação.
7
processo individual do aluno/matrícula 49 nacionalidade (alunos ou alunos e pais) 29 informações dos professores (Conselho de Turma, professor de Língua Portuguesa; Director de Turma, etc.)
20
informações obtidas através do contacto directo com os alunos 16 informações obtidas através de diagnóstico/inquérito 11 informações dos Encarregados de Educação 7
O preenchimento da ficha sociolinguística foi normalmente feito na escola,
pelos alunos e sem a presença dos pais. Na verdade, constata-se que à medida que
aumenta o nível de escolaridade, diminui a necessidade da presença dos pais na
escola para o preenchimento da mesma.
Por fim, no espaço destinado às observações gerais (opcionais) relativas à
ficha sociolinguística, mais uma vez se observou um número muito reduzido de
comentários (14%). Os professores que deram uma resposta neste item salientaram o
facto de não terem utilizado a ficha facultada pela DGIDC dado recorrerem à existente
na Escola. Nos comentários à ficha, salienta-se a data de recepção da mesma.
8
31%
69%
sim
não40%
60%
sim
não
11%
45%
44%
1º-2º
3º-6º
3ºciclo-secundário
2. Teste de Diagnóstico
A aplicação do teste de diagnóstico, à semelhança do que aconteceu com a
ficha sociolinguística, foi da responsabilidade do professor titular, no caso do 1.º ciclo,
e do professor de Português/PLNM nos restantes ciclos de ensino.
Relativamente à experiência do professor quer na aplicação dos testes de
diagnóstico, quer no ensino do PLNM, como se pode ver através das figuras 4 e 5,
69% dos professores indicou ter experiência na aplicação dos testes de diagnóstico e
60% referiu não ter experiência no ensino do PLNM.
Figura 4: Experiência do professor na aplicação
dos testes (%)
Figura 5: Experiência do professor aplicador no ensino do PLNM (%)
No que toca ao público-alvo destes testes, pode constatar-se que o teste foi
aplicado a uma percentagem reduzida de alunos dos 1.º e 2.º anos, mas a taxa de
alunos dos 3.º-6.º anos e do 3.º ciclo e ensino secundário é muito semelhante (vide fig.
6).
Figura 6: Percentagem de alunos de PLNM, por ano/ciclo de ensino, que realizaram o teste de diagnóstico
Quanto à metodologia usada, é notória a predominância da aplicação do teste
individualmente (vide fig.7). No entanto, vários docentes do 3.º ciclo e ensino
9
010203040506070
sim não
1.º-2.º
3.º-6.º
3.º-sec.
secundário referiram que a parte relativa à escrita4 foi realizada em grande grupo. As
razões apresentadas para esta opção prendem-se com questões directamente
relacionadas com o horário dos professores e alunos.
Figura 7: Metodologia usada na aplicação do teste de diagnóstico (%)
No que diz respeito à duração dos testes de diagnóstico, mais uma vez as
respostas foram muito variáveis. De uma maneira geral, a aplicação do teste para os
1.º e 2.º anos demorou menos de 90 minutos (76%), para os 3.º a 6.º anos entre 90 e
120 minutos (24.6%) e para o 3.º ciclo e ensino secundário entre 120 e 180 minutos
(41.2%). Portanto, apenas na aplicação do teste destinado aos alunos do 3.º ciclo e
ensino secundário se verificou ter sido necessário mais tempo do que o previsto (110
minutos).
Deste modo, enquanto os docentes dos 1.º e 2.º ciclos (1.º- 2.º anos e 3.º -6.º
anos) consideram que o teste e as actividades deste estão adequados à sua
disponibilidade horária (respectivamente, 64% e 55%), os do 3.º ciclo e ensino
secundário têm uma opinião contrária (59%) (vide fig. 8).
Figura 8: Adequação do teste/actividades à carga horária do professor avaliador (%)
Quando questionados sobre a adequação dos testes à capacidade de
concentração dos alunos, a percentagem de «sim», em todos os modelos de teste, foi
manifestamente superior ao «não» (vide fig. 9).
4 Na Introdução ao Teste de diagnóstico de PLNM – alunos do 3.º ciclo e ensino secundário, refere-se que «a aplicação da segunda parte do teste pode ser feita a vários alunos em simultâneo» (pág.3).
1.º-2.º anos 3.º-6.º anos 3.º ciclo/secundário individual 100% 97,9% 74,5% em grupo 2,1% 25,3%
10
13%
86%
1%
simnãonão responde
0
20
40
60
80
100
sim não
1.º-2.º
3.º-6.º
3.º- sec.
Figura 9: Adequação do teste/actividades à capacidade de concentração dos alunos (%)
Quanto às dificuldades manifestadas pelos professores na aplicação de alguma
actividade, a maior percentagem de respostas apontou para o «Não» (vide fig. 10).
Figura 10: Dificuldades na aplicação de alguma actividade (%)
No que toca às dificuldades apontadas (8%), os professores responsáveis pela
aplicação dos testes referiram questões relacionadas com as imagens e as instruções,
indicando que estas, por vezes, são pouco claras; a morosidade e a complexidade de
algumas tarefas; a extensão do teste; e dificuldades na aplicação de questões
relacionadas com a expressão/compreensão oral. Os professores mencionaram ainda
aspectos relacionados com a irregularidade na assiduidade destes alunos e a
complexidade do trabalho preparatório. À medida que avançamos no ciclo de ensino e
as actividades se vão complexificando, aumenta a percentagem de dúvidas.
Relativamente às Observações feitas aos testes de diagnóstico, mais uma vez,
e por se tratar de uma resposta facultativa, a percentagem dos professores que
deixaram sugestões não foi muito significativa (25%). De uma maneira geral, os
professores afirmaram que o teste está bem elaborado, na medida em que contempla
todas as competências, incluindo a oralidade, permite um posicionamento rigoroso dos
11
14%
85%
1%sim
não
não responde
alunos em níveis de proficiência linguística e o conhecimento da situação linguística
(dificuldades e “pontos fortes”) dos discentes, auxiliando na elaboração do plano de
apoio individual. Contudo, além dos aspectos já referidos nas dificuldades, salientaram
a necessidade de pormenorizar mais os critérios de avaliação.
Observando-se a figura 11, pode constatar-se que a percentagem de
professores que indicaram sentir dúvidas no preenchimento das grelhas de avaliação
é bastante reduzida, à semelhança do que aconteceu com a aplicação das actividades
do teste.
Figura 11: Dificuldades de preenchimento das grelhas de avaliação (%)
As dificuldades assinaladas prendem-se essencialmente com o preenchimento
das grelhas durante a realização da actividade, com a compreensão de determinados
critérios de avaliação, com a falta de clareza de alguns quadros, com a morosidade e
a extensão.
Seguidamente, os professores eram questionados sobre a funcionalidade
destes testes no que diz respeito a dois pontos: primeiro, se permitem o
posicionamento dos alunos num dos níveis de proficiência linguística (iniciação,
intermédio e avançado); segundo, se possibilitam um melhor conhecimento da
situação linguística do aluno, podendo servir de base à elaboração do plano de apoio
individual. Em ambas as questões, se pedia para justificarem as opções assinaladas.
12
0
20406080
100
sim não nãoresponde
o posicionamento num nívelde proficiênciaconhecer a situaçãolinguística
Figura 12: Funcionalidade do teste de diagnóstico para posicionamento em nível de proficiência
linguística e para conhecimento da situação linguística do aluno com vista à elaboração do plano de apoio individual (%)
De uma maneira geral, todos consideram que estes testes permitem o
posicionamento correcto do aluno num grupo de nível (vide fig.12), dotando o docente
de informações sobre as competências linguísticas dos alunos e as suas dificuldades,
de forma a adequar/reformular as estratégias de ensino-aprendizagem e (re)elaborar
os planos de apoio individual. Mais uma vez, foram destacados os seguintes aspectos
positivos: o teste contempla todas as competências, apresenta actividades
diversificadas, incluindo a entrevista, e oferece instrumentos de registo completos, o
que permite maior rigor e objectividade na avaliação. É ainda referido como positivo o
facto de se estabelecerem níveis de desempenho na avaliação.
Como aspectos menos positivos, quer no teste para 3.º-6.º anos quer no dos
alunos do 3.º ciclo e secundário, é referida a possibilidade de existência de alguma
discrepância entre os resultados obtidos e o conhecimento real dos alunos. Quanto à
complexidade do teste, as opiniões, não sendo significativas em número, divergem,
distribuindo-se o reduzido número de respostas pelo “demasiado fácil” e pelo
“demasiado difícil”.
Comparando as vantagens/desvantagens do modelo disponibilizado com o
existente na escola, os professores referiram que o facultado pela DGIDC está mais
bem elaborado relativamente a actividades, estímulos visuais e avaliação (vide fig.13).
Observando atentamente esta figura, será ainda de destacar que a percentagem de
escolas que já dispunha de testes (49,3%) está muito próxima das que afirmam ainda
não os ter (48,6%) e que a percentagem de respostas que aponta o modelo agora
disponibilizado como mais vantajoso (45,7%) é semelhante à de pessoas que não
responderam à questão (47,1%).
13
0
10
20
30
40
50
sim não não responde
existência de testes naescola
modelo da escola maisvantajoso?
Figura 13: Existência de testes de diagnóstico de PLNM nas escolas e suas vantagens em relação aos disponibilizados pela DGIDC (%)
Relativamente às vantagens do modelo facultado pela DGIDC face ao teste existente
na escola, elaborou-se o quadro abaixo, esquematizando algumas das ideias
apresentadas pelos professores.
Teste de diagnóstico existente na
escola5 Teste de diagnóstico disponibilizado pela DGIDC
Desvantagens N.º Vantagens N.º Desvantagens N.º Generalista e simples
3
mais adequado e apelativo;
5
longo, exigindo muita preparação
2
desadequação do antigo modelo ao nível de aprendizagem do aluno e à faixa etária
6
científica e pedagogicamente mais completo
2
modelo demasiado burocrático
1
mais incompleto (não englobava todas as competências) e menos estruturado e rigoroso
7
mais bem elaborado e fundamentado
7
imagens 1
não permitia um fácil posicionamento dos alunos em grupos de nível
1
mais estímulos visuais 4
mais-valia das grelhas de avaliação
11
obedece a critérios de progressão
5
transversalidade do modelo apresentado
1
permite recolher dados de forma mais abrangente e sistematizada
1
Total de respostas 17 36 4
5 Muitas escolas indicaram que os testes de diagnóstico de que dispunham eram baseados no primeiro modelo fornecido pela DGIDC, ou em modelos fornecidos em acções de formação ou no Teste de Língua Portuguesa para obtenção de nacionalidade.
14
Por fim, no último ponto do inquérito, pedia-se aos professores que
elaborassem algumas observações relativamente à existência de testes de diagnóstico
na escola, caso assim o entendessem. Dada a natureza facultativa da pergunta,
apenas se obteve 13% de respostas. Estas recuperam algumas das ideias já
apresentadas ao longo das várias questões, nomeadamente a fiabilidade deste
documento no posicionamento do aluno num grupo de nível, o facto de contemplar
todas as competências e a necessidade de as escolas disporem de um modelo de
testes para orientar o trabalho dos professores.
15
III. Conclusões
1. O primeiro ponto do inquérito incidia sobre o trabalho preparatório,
nomeadamente a metodologia adoptada, o tempo necessário para aplicação e
as dúvidas decorrentes desse exercício. No geral, os professores indicaram ter
preparado a aplicação do teste através da leitura individual do documento,
seguida da discussão entre colegas, e, por último, da consulta de outros textos
como a legislação existente na área. Não tendo suscitado grandes dúvidas,
este processo foi, contudo, considerado extenso e complexo, o que provocou,
na opinião dos professores, alguma morosidade no trabalho inicial.
2. A ficha sociolinguística, que acompanha a documentação e que tem como
objectivo uma primeira caracterização dos alunos, foi normalmente aplicada
pelo professor titular ou pelo professor de Língua Portuguesa. A nacionalidade,
a língua falada pelo aluno e outras informações pessoais constantes do registo
biográfico daquele foram alguns dos critérios usados para sinalizar os alunos
de PLNM. A ficha foi aplicada na presença dos Encarregados de Educação, no
caso dos alunos dos 1.º e 2.º ciclos, mas os mais velhos, do 3.º ciclo e ensino
secundário, procederam ao seu preenchimento na escola.
3. A aplicação do teste de diagnóstico de PLNM coube essencialmente ao
professor titular ou de Língua Portuguesa e ocorreu sobretudo entre os meses
de Outubro e Novembro, logo após a sua recepção pelas escolas. O teste foi
aplicado sobretudo individualmente e a sua duração, bem como a das
actividades, foi variável. De um modo geral, as actividades não causaram
dúvidas e a maioria dos docentes que preencheu o espaço dedicado às
observações considerou o teste bem elaborado, permitindo um posicionamento
rigoroso dos alunos num nível de proficiência linguística.
4. No que diz respeito à Avaliação, pode dizer-se que, embora fossem
apresentadas algumas dificuldades no uso das grelhas em certas actividades,
a grande percentagem de docentes aplicadores respondeu não ter sentido
dúvidas na sua utilização. Por outro lado, considerou-se que estes testes não
só permitem o posicionamento dos alunos num nível de proficiência como, ao
possibilitar a identificação das principais dificuldades destes, facilitam a
percepção da sua real situação linguística, podendo servir de base à
elaboração de planos de apoio individual.
5. Sobre a existência prévia de testes de diagnóstico na escola, as respostas
distribuem-se equilibradamente, na medida em que as percentagens de «sim»
e «não» são muito equivalentes. Quanto às vantagens do modelo agora
16
disponibilizado face ao existente na escola, os docentes que responderam
indicaram que este é mais útil, pois cobre todas as competências, incluindo a
oralidade, está mais bem estruturado, é mais completo e tem, entre outras
mais-valias, as grelhas de avaliação.
Conclusão final:
• Dado conhecimento do retorno da aplicação destes testes à equipa de
autores, esta procedeu a alterações e aperfeiçoamentos,
nomeadamente para melhorar os aspectos relacionados com as
grelhas, com os critérios de avaliação e com as instruções para a
realização das actividades, tendo elaborado a versão final dos testes de
diagnóstico, que se encontra disponível na página da Internet da
DGIDC, na área de Língua Portuguesa, Português Língua Não Materna.
• Os testes de diagnóstico de PLNM, contemplando os diferentes
domínios da Língua Portuguesa e apresentando actividades com um
nível de dificuldade crescente, bem como critérios de avaliação
precisos, permitem um maior rigor no posicionamento dos alunos num
determinado nível de proficiência linguística, objectivo primordial deste
documento.
• Por fim, convém salientar a importância destes testes enquanto modelo
estruturado da prática do diagnóstico, sem que se esgotem no
apresentado.