terracap 0 - agronomia concursos · ciclo tem duração entre 12 e 24 meses, entram nesta classe a...
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Leonardo e equipe
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Terracap
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AULA 0
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SUMÁRIO pg
INTRODUÇÃO............................................................................. 04
1. Apresentação......................................................................... 05
2. O que vamos estudar neste curso?............................................ 07
3.Introdução a fitotecnia ............................................................ 09
4. Cultura do milho .................................................................... 11
5 . Ecofisiologia da cultura do milho ............................................... 19
6. Estádio de desenvolvimento do milho................... ................... 25
7 . Estádio reprodutivo do milho .............................................. 28
8 . Cultura da soja ................................................................. 42
9 . desenvolvimento da soja ..................................................... 44
10. Questões comentadas...................................... 44
7. Lista de questões................................................................ 91
8. Gabarito.............................................................................. 104
9. Bibiografia.......................................................................... 106
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Olá, meus amigos e amigas!
Estamos inaugurando este novo espaço para concursos e é muito bom
tê-los aqui. Nossas aulas visam preencher uma lacuna no mundo dos
concursos com relação as áreas agrícolas, onde faltam materiais de
qualidade para que possamos estudar os temas pedidos nos editais, nosso
objetivo e preencher esta lacuna e preparando os alunos a disputar uma
vaga, e estar entre os classificados. Assim, teremos aulas voltadas para os
principais concursos nacionais como: FISCAL AGROPECUÁRIO - (MAPA)
(Agronomia, veterinária, zootecnia), PERÍTO DA POLÍCIA FEDERAL
(Agronomia, engenharia florestal, engenharia elétrica, etc),
POLÍCIA CIENTÍFICA, INCRA E MUITOS OUTROS. Estaremos
elaborando aulas de acordo com os editais, com muitos exercícios, para que
possamos gabaritar estas provas. Queremos abordar várias áreas, como
engenharia agrícola, florestal, ambiental, engenharia civil, engenharia
elétrica, arquitetura etc.
ENTÃO, NÃO SE ESQUEÇA: ESTE É O NOSSO ESPAÇO
O curso de fitotecnia é compõem-se de quatro aulas em pdf totalmente
explicadas contemplando vários exercícios de concursos anteriores visando
o treinamento do candidato, esse material objetiva ser a única fonte do aluno
contemplando toda a matéria solicitada no edital Terracap. Então, não
precisará de livros, apostilas, ou qualquer outro material. Em caso de
dúvidas, teremos um FÓRUM diretamente ligado aos professores, no
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qual você pode entrar em contato, quando julgar necessário, para
esclarecimento de pontos da aula que não ficaram tão claros ou precisam de
um aprofundamento. O site foi feito pensando em você, para que alcance
seus sonhos, passar em um bom concurso. Para isso precisamos de
excelentes materiais, o que era uma raridade nas áreas específicas, hoje
temos AGRONOMIACONCURSOS vindo a preencher está lacuna.
Acompanhe nossa página no Facebook com as novidade no mundo dos
concurso.
Agronomia concursos
APRESENTAÇÃO
Meu nome é Leonardo, sou Engenheiro Agrônomo formado na
Universidade Federal de Lavras. Trabalho há 10 anos na Emater-MG
(Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas
Gerais). Tenho pós-graduação Lato Sensu em Extensão Ambiental para o
Desenvolvimento Sustentável e em Gestão de Agronegócio. Iniciei o
mestrado em Agricultura Tropical, na área de conservação de solos. Fui
professor do curso técnico agrícola Pronatec, ministrei aulas de nutrição e
forragicultura, fertilidade do solo e culturas anuais e olericultura. Sou
professor de matemática e física do ensino médio. Ministro vários cursos
para agricultura familiar, entre eles fertilidade do solo, culturas anuais,
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olericultura, mecanização agrícola, cafeicultura e manejo da bovinocultura
de leite. Trabalho com crédito rural (custeio e investimento), elaborando
projeto e prestando orientação aos agricultores há 10 anos. Sou responsável
pela elaboração da Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP) e correspondente bancário pelo
sistema COPAN.
Já fiz vários concursos, como Adagro-Pe (agência de fiscalização
agropecuária de Pernambuco), Perito da Policia Federal área 4 – agronomia,
Ministério Público e Ibama. Logrei êxitos em alguns e fui reprovado em
outros, mas assim é a vida do concurseiro. Passei na Emater-MG, onde estou
até hoje. O AGRONOMIA CONCURSOS tornou-se o nosso ponto de encontro,
nosso espaço de estudo para gabaritar todas as provas de agronomia.
Aproveite todas as oportunidades. Solicitamos que os alunos que adquirirem
nossos cursos avaliem-nos no final, para que possamos melhorar a
linguagem e os temas que não ficarem tão claros. Espero que vocês também
aprovem e gostem do nosso material, e que ele possa ajudar na sua
aprovação!
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O QUE VAMOS ESTUDAR NESTE CURSO?
ANÁLISE DO EDITAL
Analisemos agora a fitotecnia, solicitado no edital terracap, conforme transcrito abaixo.
ENGENHEIRO AGRÔNOMO
9 Fitotecnia. 9.1 Técnicas de cultivo de grandes culturas. 9.2 Técnicas de
cultivo de culturas olerícolas. 9.3 Técnicas de cultivo de espécies frutíferas.
9.4 Técnicas de cultivo de plantas ornamentais. 22 Árvores nativas de cerrados
Assim, vamos montar nosso cronograma.
Cronograma das aulas
AULA PROGRAMA DATA
0 Técnicas de cultivo de grandes culturas
30 QUESTÕES 28/03/2017
1 Técnicas de cultivo de grandes culturas
60 QUESTÕES 31/03/2017
2 Técnicas de cultivo de culturas olerícolas
100 QUESTÕES 07/03/2017
3 Técnicas de cultivo de espécies frutíferas.
100 QUESTÕES 14/04/2017
4 Técnicas de cultivo de plantas ornamentais
Paisagismo e arborização em áreas urbanas
50 QUESTÕES
21/04/2017
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Árvores nativas de cerrados, Caracterização das
fitofisionomias do cerrado, Espécies mais
abundantes no cerrado - 50 QUESTÕES
28/04/2017
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INTRODUÇÃO À FITOTECNIA
INTRODUÇÃO:
A Fitotecnia trabalha para o desenvolvimento e aprimoramento dos
sistemas de produção das culturas, dividindo-as em anuais ou de ciclo curto
sendo aquelas que concluem seu ciclo produtivo em um ano ou em até menos
tempo, tendo a necessidade após a colheita, iniciar um novo plantio, assim,
temos alguns exemplos deste tipo de culturas: a soja, o feijão, o milho, o
trigo, o arroz a mandioca. Ainda temos as Culturas perenes são aquelas que
permanecem no campo por vários anos, mas a cada ano ocorre um ciclo
produtivo, temos como exemplos o café, uva, frutíferas em geral, mamão,
algodão, seringueira sendo São Paulo um dos maiores produtores de
borracha natural do Brasil etc. As culturas semi-perenes são aquelas que o
ciclo tem duração entre 12 e 24 meses, entram nesta classe a Cana-de-
açúcar e mandioca sendo o maior produtor de mandioca industrializada é o
Pará e da farinha artesanal é a Bahia (fig. 1).
Fig.1 –divisões da fitotecnia
FITO
TEC
NIA
GRANDES CULTURAS
refere-se à exploração das culturas anuais ouperenes, normalmente cultivadas em grandesáreas para produção de grãos, fibras, etc.Exemplos:milho, soja, café, cana de açúcar,arroz, feijão e o algodão, entre outras
FORRAGICULTURA
SILVICULTURA
HORTICULTURA
FLORICULTURA
FRUTICULTURA
OLERICULTURA
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Abordaremos neste curso as seguintes culturas anuais (fig.2):
Fig. 2 – culturas anuais a serem estudas no curso
Vamos começar estudando hoje a cultura do milho e da soja, e com
relação as doenças e as pragas juntamente com a adubação destas culturas
veremos no curso de fitossanidade e fertilidade do solo.
cultura anuais
milho
feijão
soja
algodão
arroz
mandioca
trigo
café
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CULTURA DO MILHO
O milho é uma espécie da família das gramíneas, sendo o único cereal
nativo do Novo Mundo e não proveniente do Brasil e sim originado no México
e na Guatemala, sendo o terceiro mais cultivado no planeta podendo atingir
altitudes que vão desde o nível do mar até 3 mil metros.
A mais antiga espiga de milho foi encontrada no vale do Tehucan, na
região onde hoje se localiza o México, datada de 7.000 a.C. O Teosinte ou
“alimento dos deuses”, como era chamado pelos maias, deu origem ao milho
por meio de um processo de seleção artificial. O Teosinte ainda é encontrado
na América Central.
Com as grandes navegações do século XVI e o início do processo de
colonização da América, a cultura do milho se expandiu para outras partes
do mundo. Hoje é cultivado e consumido em todos os continentes e sua
produção só perde para a do trigo e do arroz.
Cristóvão Colombo, descobridor da América, foi quem observou pela
primeira vez a existência do milho na costa oeste de Cuba. Ao longo do
tempo, houve uma crescente domesticação do milho por meio da seleção
visual no campo, considerando importantes características, tais como
produtividade, resistência a doenças e capacidade de adaptação, dentre
outras, dando origem às variedades hoje conhecidas
Assim, nós temos disponível atualmente cerca de 478 cultivares de
milho, sendo 292 cultivares transgênicas e 186 cultivares convencionais,
atualmente está sendo comercializados dois híbridos duplos transgênicos,
aumentando a escolha dos agricultores com menor capacidade de
investimento. Atualmente, existem no Brasil produtores que já estão obtendo
rendimentos de milho superiores a 12 t/ha-1 (200 sacos/ha-1) e ainda
existem outros grupos de produtores que utilizam melhor tecnologia
levando-os a produzirem acima de 14 t/ha-1. Mas, ainda no Brasil as margens
de produtividades médias alcançadas são variadas sendo que tem
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agricultores ainda produzindo bem abaixo 7000 t/ha-1, demonstrando uma
grande variação entre os sistemas de produção em uso no Brasil, o que
proporciona grande variabilidade no potencial produtivo e no rendimento por
área. Além disso, várias tecnologias ligadas à cultura foram implementadas,
ou ainda estão sendo implementadas no setor agrícola brasileiro. Dentre
elas, destacam-se:
Utilização de cultivares de alto potencial genético (híbridos simples e
triplos) e de cultivares não transgênicas e transgênicas com
resistência a lagartas e ao uso do herbicida glifosato.
Espaçamento reduzido associado à maior densidade de plantio,
permitindo melhor controle de plantas daninhas, controle de erosão,
melhor aproveitamento de água, luz e nutrientes, além de permitir
uma otimização das máquinas plantadoras.
Melhoria na qualidade das sementes associada ao tratamento dos
grãos, especialmente o tratamento industrial, máquinas e
equipamentos de melhor qualidade, que garante boa plantabilidade
boa distribuição das plantas emergidas, garantindo assim maior índice
de sobrevivência do plantio à colheita.
Uso intensivo do Manejo Integrado de Pragas, Doenças e Plantas
Daninhas (MIP).
Correção do solo baseando-se em dados de análise e levando em
consideração o sistema, e não a cultura individualmente.
Além dessas, atualmente novas tecnologias estão sendo implementadas
entre elas o sistema de plantio direto, a integração lavoura-pecuária, a
agricultura de precisão e melhores técnicas de irrigação, que têm permitido
uma melhoria do potencial produtivo das lavouras.
Com relação a produção de milho no Brasil é possível fazer uma
distinção de duas épocas de plantio sendo a primeira chamada de safra (ou
safra de verão) e segunda safrinha. Os plantios de verão são realizados em
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todos os estados, na época tradicional, durante o período chuvoso, que
ocorre no final de agosto, na região Sul, até os meses de outubro/novembro,
no Sudeste e Centro-Oeste. Na região Nordeste, esse período ocorre no início
do ano.
A safrinha refere-se ao milho de sequeiro, plantado
extemporaneamente, geralmente de janeiro a março ou até, no máximo,
meados de abril, quase sempre depois da soja precoce e predominantemente
na região Centro-Oeste e nos estados do Paraná, São Paulo e Minas Gerais.
Contudo, nos últimos anos houve um decréscimo nas áreas plantadas
da primeira safra, mas compensado pelo aumento do plantio no período da
safrinha e no aumento do rendimento de grãos das lavouras de milho, tanto
na primeira safra quanto na safrinha. Apesar das condições desfavoráveis de
clima, os sistemas de produção da safrinha têm sido aprimorados e
adaptados a essas condições, o que tem contribuído para elevar os
rendimentos das lavouras também nessa época.
BOTÂNICA DO MILHO
Iniciamos agora com uma descrição da planta de milho começando por
sua semente, sendo essa lançada ao solo, havendo condições favoráveis de
unidade e temperatura, germina após 5 ou 6 dias. A semente do milho é um
tipo especial de fruto, botanicamente classificado como cariopse,
apresentando basicamente três partes:
Pericarpo
endosperma
embrião
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O pericarpo é a camada mais externa, fina resistente, constituindo a
parede externa da semente. O endosperma é a parte mais volumosa da
semente, é envolvida pelo pericarpo e constituída de substâncias de reserva
principalmente o amido e outros carboidratos. A parte mais externa do
endosperma e em contato com o pericarpo denomina-se camada de
aleurona, rica em proteínas e enzimas, que desempenham papel importante
no processo de germinação. O embrião e a planta em miniatura, possuindo
os primórdios de todos os órgãos da planta desenvolvida, ele encontrado ao
lado do endosperma.
Com relação ao sistema radicular no início da germinação, a parte do
embrião correspondente à radícula desenvolve-se em uma raiz, rompendo
as camadas externas da semente, aprofunda-se no solo, em sentido vertical.
Logo em seguida surgem as raízes secundárias que se ramificam
intensamente e a raiz primária se desintegra. Posteriormente, há o
aparecimento das raízes adventícias que partindo dos primeiros nós do colmo
orientam-se no sentido de atingir o solo, atingindo–o ramificam
intensamente contribuindo para melhor fixação. As raízes secundárias e
adventícias (fig.1), intensamente ramificadas num sistema radicular
denominado fasciculado, esse sistema raramente penetram mais que 40
cm no solo e plenamente desenvolvido atinge um raio de cerca de 50 cm em
torno da planta.
Fig. 3 – estrutura de sustentação do milho
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A parte aérea da planta recém germinada apresenta cerca de 15 cm
de altura, o caule já se encontra completamente formado, possuindo todas
as folhas, os primórdios da inflorescência feminina que se constituirá na
espiga, localizada na axila das folhas e também primórdios da inflorescência
masculina (flecha ou pendão), situada no ápice do caule. Desse ponto em
diante, o crescimento da planta é resultante do aumento das células em
número e volume.
A parte aérea da planta atinge a altura em torno de 2 metros, podendo
variar em função da variedade ou híbrido, condições climáticas, fertilidade
do solo, etc. Os colmos são eretos, via de regra, não ramificado,
apresentando nós e inter-nós também denominados meritalos, de natureza
esponjosa, relativamente ricos em açúcares o que lhes confere sabor
adocicado. As folhas dispõem-se alternadamente e inserem-se nos nós. São
constituídas de uma bainha invaginante, pilosa de cor verde clara e limbo-
verde escuro, estreito e de forma lanceolada, possuindo bordos serrilhados
com uma nervura central vigorosa e em forma de canaleta. Entre a bainha e
o existe a lígula que é estreita e de natureza membranosa.
A planta do milho é monoica, isto é, possui os dois sexos na mesma
planta, separados em inflorescências diferentes. Assim, as flores masculinas
estão numa panícula terminal, conhecida pelo nome de flecha ou pendão e
as femininas em espigas axilares. A panícula, que contém as flores
masculinas, é formada por um central que termina num ramo principal,
abaixo do qual partem lateralmente ramificações secundárias, que podem
ramificar-se dando as terciárias. A região de ligação da panícula com o caule
constitui o pedúnculo. Essa inflorescência pode atingir de 50 a 60cm de
comprimento possuindo coloração variável podendo ser esverdeada, marrom
ou vermelho escuro.
As flores masculinas dispõem-se ao longo do ramo principal e das
ramificações. Cada flor é constituída de 3 estames protegidos por duas
formações membranosas chamadas lema e palea. Dois desses conjuntos são
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protegidos por duas plumas formando uma espigueta. Essas espiguetas são
inseridas nos ramos das inflorescências em grupo de duas, sendo uma
pedunculada e outra séssil, ou seja, sem pedúnculo. Essas duas flores
amadurecem seus grãos de pólen em períodos diferentes, sendo que a
produção de pólen dura cerca de 8 dias e cada panícula pode produzir até 50
milhões de grãos de pólen.
A inflorescência feminina, ou espiga, é constituída por um eixo ou
ráquis (sabugo) ao longo do qual dispõem-se as reentrâncias ou alvéolos.
Nesses alvéolos, desenvolvem-se as espiguetas aos pares como na
inflorescência masculina. Cada espigueta é formada por duas flores, sendo
uma fértil e outra estéril. Cada flor é coberta por duas glumelas e o conjunto
de duas flores é recoberto por um par de glumas. Cada flor feminina é
constituída de um ovário unilocular, ou seja, com uma única loja no interior
da qual existe um único óvulo. Saindo do ovário desenvolve-se o estilo-
estigma bífido, dividido em dois na sua extremidade livre. O conjunto de
estilo-estigma é que vem a constituir o cabelo, barba ou boneca do milho. A
espiga externamente é protegida pelas palhas.
A polinização consiste na transferência do grão de pólen da antera da
flor masculina ao estigma das flores femininas. A planta de milho, pela sua
organização morfológica, impede que haja autofecundação, ou seja, a
polinização de uma espiga por grãos de pólen da mesma planta. O grão de
pólen de uma planta, normalmente através de agentes naturais
principalmente correntes aéreas, atinge a barba da espiga de outras plantas.
Ocorre normalmente apenas cerca de 2% de autofecundação, razão pela qual
se diz que o milho é tipicamente uma planta de polinização cruzada. Para
que haja polinização, há necessidade que as flechas estejam soltando pólen
e a receptividade das barbas seja coincidente com essa soltura de pólen.
Normalmente as barbas ficam receptivas por vários dias, assim como a flecha
também solta pólen por vários dias. Essa situação garante a polinização de
todas as espigas e se algum fator estranho ocorrer, pode haver queda da
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produção devido a uma polinização deficiente.
Uma vez processada a polinização, ocorre a fecundação propriamente
dita, que é um fenômeno complexo, resultando a formação do fruto
comumente denominado grão.
1 - FUNDEP - IFSP - Agronomia - 2014
Na cultura do milho, o grão de pólen germina logo após entrar em contato
com o estigma, dando início ao desenvolvimento do tubo polínico. Sobre as
condições climáticas que favorecem o desenvolvimento do tubo polínico,
assinale a alternativa CORRETA.
a) Alta umidade e/ou baixa temperatura.
b) Baixa umidade e/ou baixa temperatura.
c) Alta umidade e/ou alta temperatura.
d) Baixa umidade e/ou alta temperatura.
SOLUÇÃO
Tempo seco na época do florescimento é prejudicial porque o cabelo da
boneca do milho seca e pode não conter umidade suficiente para suportar a
germinação do pólen e o crescimento do tubo polínico até o ovário. Dois dias
de estresse hídrico no florescimento diminuem o rendimento em mais de
20%. Durante a floração, 4 a 8 dias de seca diminuem a produção em mais
de 50%. O efeito do estresse hídrico sobre o crescimento da planta será
diretamente no alongamento celular, enquanto a divisão celular não é tão
afetada. Isso equivale dizer que a planta, mesmo sob condições de falta de
água, continua sua divisão celular, porém o alongamento é reduzido ou até
paralisado, dependendo da duração e da intensidade do estresse. Submetida
a déficit hídrico, as plantas fecham estômatos, eliminam mecanismo de
resfriamento e aumentam a temperatura da folha, afetando a respiração.
Com isso, vai haver maior consumo de reservas, o que vai reduzir não só o
crescimento como a produção de matéria seca de uma maneira geral. A
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redução na fotossíntese se dá por: fechamento estomático e diminuição da
área foliar. Plantas em condições de estresse hídrico passam mais tempo
respirando do que fotossintetizando. Água é de fundamental importância,
porém sua falta é o fator mais inibidor da produção, após a luz: se não tem
água, não tem fotossíntese.
Com relação a temperatura, considerando as fases da emergência à
polinização, a elevação da temperatura acelera o pendoamento, enquanto na
polinização o efeito da temperatura (acima de 30 °C) vai reduzir a viabilidade
do pólen. Da polinização à maturidade fisiológica, a elevação de temperatura
vai provocar o encurtamento da fase de enchimento de grãos, com
consequente menor taxa de acúmulo de matéria seca nos grãos e menor teor
de proteína. Com a redução da temperatura abaixo de 12 °C, vai haver
redução da germinação, e o desenvolvimento será reduzido da emergência
ao pendoamento, uma vez que o metabolismo diminui com a baixa da
temperatura. Após a maturação fisiológica, o metabolismo vai continuar
lento, com baixa perda de umidade nos grãos e comprometimento na
qualidade de grãos.
Assim, o desenvolvimento das sementes pode ser afetado por fatores
ambientais tais como temperatura do ar e umidade do solo. O estresse
hídrico, durante o enchimento da semente, afeta a deposição de amido nas
células do endosperma, de maneira semelhante ao efeito de altas
temperaturas sobre a conversão de sacarose em amido, que ocorre no
interior das células do endosperma. Por outro lado, altas temperaturas
reduzem o tempo em que a semente deveria estar em enchimento.
RESPOSTA A
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ECOFISIOLOGIA DA CULTURA DO MILHO
FENOLOGIA DO MILHO
A fenologia das plantas tem diversas aplicações importantes no campo
da agricultura, definida como o ramo da Ecologia que estuda os fenômenos
periódicos dos seres vivos e suas relações com o ambiente (BERGAMASCHI,
2007). Em razão de suas múltiplas aplicações, pode-se dizer que a fenologia
das plantas é fundamental em todo o grande espectro da Biologia, tanto
vegetal como animal.
Na Agrometeorologia a fenologia das plantas é indispensável sob vários
aspectos. Ela é indispensável em estudos e aplicações que envolvem as
interações clima-planta, como zoneamentos agroclimáticos, calendários de
semeadura e plantio, modelagem de cultivos, monitoramento de safras,
avaliação de riscos climáticos, cultivos protegidos, irrigação, entre outras. A
fenologia das culturas é fundamental na avaliação de impactos da
variabilidade climática em escala espaço-temporal ou de futuros cenários, à
luz das relações clima-planta.
A caracterização dos eventos fenológicos permite identificar todo
desenvolvimento das plantas, a fim de estabelecer relações com as condições do
ambiente em particular o clima, sob diferentes ambientes (anos, épocas ou locais).
Sendo possível assim, avaliar e descrever com precisão o impacto de eventuais
fenômenos adversos. A caracterização das necessidades e sensibilidades das
espécies também necessita descrever suas etapas fenológicas. A determinação de
períodos críticos é um aspecto particular na definição das necessidades e
sensibilidades das espécies, visando reduzir danos por eventos climáticos extremos.
Classificar genótipos segundo sua precocidade também é fundamental e requer
precisão na descrição fenológica. Com a duração do ciclo e seus períodos críticos é
possível planejar a implantação e o manejo das espécies, para diluir prejuízos por
estresses climáticos e racionalizar atividades de condução das lavouras. A
elaboração e a utilização adequada de zoneamentos é outra importante aplicação
da fenologia, visando adequar as necessidades das plantas às disponibilidades do
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ambiente. Por fim, a escolha de genótipos, épocas e locais para cultivo e o manejo
das espécies também exigem detalhes de fenologia, pois suas demandas variam
durante o ciclo. Isto tudo permite o uso mais racional dos recursos naturais, da
mão-de-obra e insumos (BERGAMASCHI, 2007).
ESCALAS FENOLÓGICAS PARA MILHO
Escala de Hanway (1963)
Durante as últimas décadas do Século XX, a escala fenológica descrita
por Hanway (1963, 1966) foi a mais utilizada em todo o mundo. Ela consta
de uma sequência de estádios numerados em ordem crescentes, da
emergência das plântulas à maturação fisiológica dos grãos. Sua clareza e
simplicidade tornaram esta escala amplamente conhecida e adotada,
internacionalmente.
No Brasil, Fancelli (1986) fez adaptações à clássica escala de Hanway
(1963, 1966); e Nel e Smith (1976). Foi acrescentada a duração média dos
intervalos entre os estádios da cultura, considerando uma ampla faixa de
genótipos e climas brasileiros. A representação gráfica de cada estádio
também deu mais clareza e praticidade ao uso da escala, para caracterizar
com mais precisão a fenologia do milho no campo. A fig. 4, apresenta a
adaptação feita por Fancelli (1986) à fenologia do milho, baseada na escala
de Hanway (1963).
Fig. 4 – escala fenológica do milho
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Escala de Ritchie, Hanway e Benson (1993)
Ao final do Século XX, a escala de Ritchie, Hanway e Benson (1993)
passou a ser adotada na descrição da fenologia do milho. Ela manteve grande
parte dos critérios da escala de Hanway (1963), sobretudo nos estádios
reprodutivos. Porém, os estádios vegetativos passaram a ter maior
detalhamento. A cada nova folha totalmente expandida corresponde um
estádio vegetativo. Os símbolos que representam os estádios vegetativos são
formados pela letra V e um algarismo que corresponde ao número de folhas
totalmente expandidas. Os estádios reprodutivos passaram a ter símbolos
formados pela letra R e um algarismo correspondente à sequência dos
mesmos estádios da escala de Hanway (1963). A fig 3 apresenta a escala
fenológica de Ritchie, Hanway e Benson (1993).
O avanço nos recursos digitais, sobretudo de fotografia e acesso à
Internet, permitiu melhorar a visualização e o detalhamento da escala
fenológica de Ritchie, Hanway e Benson (1993). Com os avanços em critérios
de observação e as facilidades em sua visualização pela Internet, o emprego
de escalas fenológicas padronizadas tem-se expandido, muito além do uso
em trabalhos científicos.
Ecofisiologia e Fenologia
O milho, sendo uma planta de origem tropical, exige, durante o seu
ciclo vegetativo, calor e umidade para se desenvolver e produzir
satisfatoriamente, proporcionando rendimentos compensadores. Os
processos da fotossíntese, respiração, transpiração e evaporação, são
funções diretas da energia disponível no ambiente, comumente designada
por calor; ao passo, que o crescimento, desenvolvimento e translocação de
fotoassimilados encontram-se ligados à disponibilidade hídrica do solo, sendo
que seus efeitos são mais pronunciados em condições de altas temperaturas
onde a taxa de evapotranspiração é elevada. Independentemente da
tecnologia aplicada, o período de tempo e as condições climáticas em que a
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cultura é submetida constituem-se em preponderantes fatores de produção.
Dentre os elementos do clima conhecidos para se avaliar a viabilidade e a
estação para a implantação das mais diversas atividades agrícolas, a
temperatura e a precipitação pluvial são os mais estudados.
Para a cultura do milho, muito se tem estudado sob o ponto de vista
de suas exigências climáticas, sempre objetivando o aumento do rendimento
agrícola. Assim, algumas condições ideais para o desenvolvimento desse
cereal podem ser apontadas:
(i) por ocasião da semeadura, o solo deve apresentar-se com temperatura
superior a 10oC, aliado à umidade próxima à capacidade de campo,
possibilitando o desencadeamento dos processos de emergência;
(ii) durante o crescimento e desenvolvimento das plantas, a temperatura do
ar deverá girar em torno de 25oC e encontrar-se associada à adequada
disponibilidade de água no solo e abundância de luz;
(iii) temperatura e luminosidade favoráveis, elevada disponibilidade de água
no solo e umidade relativa do ar, superior a 70%, são requerimentos básicos
durante a floração e enchimento dos grãos
(iv) ocorrência de período predominantemente seco por ocasião da colheita.
Temperaturas do solo inferiores a 10°C e superiores a 42° C prejudicam
sensivelmente a germinação, ao passo que, aquelas situadas entre 25 e 30°C
propiciam as melhores condições para o desencadeamento dos processos de
germinação das sementes e emergência das plântulas. Por ocasião do
período de florescimento e maturação, temperaturas médias diárias
superiores a 26°C podem promover a aceleração dessas fases, da mesma
forma que temperaturas inferiores a 15,5oC podem prontamente retardá-las.
Com relação à luz, a cultura do milho responde com altos rendimentos
a crescentes intensidades luminosas, em virtude de pertencer ao grupo de
plantas “C4”, o que lhe confere alta produtividade biológica. O milho é,
originalmente, uma planta de dias curtos, embora os limites dessas horas de
luz não sejam idênticos e nem bem definidos para os diferentes cultivares.
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Com a redução de 30 a 40% da intensidade luminosa, ocorrerá um atraso na
maturação dos grãos, principalmente em cultivares tardios, que mostram-se
mais sensíveis à carência de luz.
A incidência de ventos no milharal pode aumentar a demanda de água
por parte da planta, tornando-a mais suscetível aos períodos curtos de
estiagem, além de promover o acamamento da cultura. Da mesma forma,
ventos frios ou quentes podem ocasionar falhas na polinização, constituindo-
se, frequentemente, em importante fator limitante na produção de milho de
algumas regiões.
Plantas de milho apresentando de quatro a 10 folhas, quando
submetidas a ventos, podem ser significativamente prejudicadas quanto ao
crescimento e desenvolvimento. A evidência de folhas apresentando bordas
esbranquiçadas e secas, bem como enrolamento pode ser atribuído à
incidência de ventos. Ainda, plantas instaladas em solos arenosos e sem
cobertura, podem sofrer o efeito abrasivo de partículas deslocadas pela ação
do vento.
Com relação a exigência por água, as fases mais críticas são a de
emergência, florescimento e formação do grão. No período compreendido
entre 15 dias antes e 15 dias após o aparecimento da inflorescência
masculina, o requerimento de um suprimento hídrico satisfatório aliado a
temperaturas adequadas tornam tal período extremamente crítico. A cultura
exige um mínimo de 350-500 mm de precipitação no verão para que produza
a contento, sem a necessidade da utilização da prática de irrigação. O
consumo de água por parte do milho, em um clima quente e seco, raramente
excede 3,0 mm/dia, enquanto a planta estiver com altura inferior a 30 cm.
Todavia, durante o período compreendido entre o espigamento e a
maturação, o consumo pode se elevar para 5,0 a 7,5 mm diários.
O milho é uma planta de ciclo vegetativo variado, evidenciando desde
genótipos extremamente precoces, cuja polinização pode ocorrer 30 dias
após a emergência, até mesmo aqueles cujo ciclo vital pode alcançar 300
24
dias. Contudo, nas condições brasileiras, o ciclo é variável entre 110 e 180
dias, em função da caracterização dos genótipos (superprecoce, precoce e
tardio), período este compreendido entre a semeadura e a colheita.
De forma geral, o ciclo da cultura compreende as seguintes etapas de
desenvolvimento:
(i) germinação e emergência: período compreendido desde a semeadura até
o efetivo aparecimento da plântula, o qual em função da temperatura e
umidade do solo pode apresentar de cinco a 12 dias de duração;
(ii) crescimento vegetativo: período compreendido entre a emissão da
segunda folha e o início do florescimento. Tal etapa apresenta extensão
variável, sendo este fato comumente empregado para caracterizar os tipos
de cultivares de milho, quanto ao comprimento do ciclo;
(iii) florescimento: período compreendido entre o início da polinização e o
início da frutificação, cuja duração raramente ultrapassa 10 dias;
(iv) frutificação: período compreendido desde a fecundação até o enchimento
completo dos grãos, sendo sua duração estimada entre 40 e 60 dias;
(v) maturidade: período compreendido entre o final da frutificação e o
aparecimento da camada negra, sendo este relativamente curto e indicativo
do final do ciclo de vida planta.
Entretanto, para maior facilidade de manejo e estudo, bem como
objetivando a possibilidade do estabelecimento de correlações entre
elementos fisiológicos, climatológicos, fitogenéticos, entomológicos,
fitopatológicos, e fitotécnicos, como desempenho da planta, o ciclo da cultura
do milho foi dividido em 11 estádios distintos de desenvolvimento:
Estádio 0: da semeadura à emergência;
25
ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILHO
ESTÁDIOS VEGETATIVOS
ESTÁDIO VE – GERMINAÇÃO E EMERGÊNCIA
•A emergência ocorre quando as primeiras folhas, chamadas de coleóptilos, aparecemacima da superfície do solo. A semente absorve água (aproximadamente 30% de seupeso) e oxigênio para germinação. A radícula emerge rapidamente próximo à ponta dasemente, dependendo das condições de temperatura e umidade do solo. O coleóptiloemerge a partir do embrião da semente e é empurrado para a superfície do solo por meioda elongação do mesocótilo. O mesocótilo encontra-se anexo à plúmula que se abre aomesmo tempo que a estrutura atinge a superfície do solo.
•MANEJO
•As condições de temperatura do solo (acima de 10 – 12°C) e umidade adequada promovem a rápida emergência (5 a 7 dias). A profundidade ótima de plantio da semente varia de 2,5 a 5,0 cm. A profundidade adequada é crítica para uma boa emergência. Frio, seca e maior profundidade de plantio podem atrasar a emergência por vários dias.
V1– PRIMEIRA FOLHA
•Primeira folha Primeira folha com colar visível (estrutura encontrada na base da folha) eponta arredondada. A partir desse ponto até o florescimento (R1), os estádiosvegetativos são definidos a partir da última folha desenvolvida com colar visível. O pontode crescimento (meristema apical) da planta é localizado abaixo da superfície do solo atéo estádio V5.
•MANEJO
•Acompanhamento para uma emergência apropriada (por exemplo, 6 plantas por metroem um espaçamento entre linhas de 76 cm, totalizando aproximadamente 72 mil plantaspor hectare), com controle de plantas daninhas, pragas e doenças, além de outrospossíveis problemas durante o desenvolvimento do milho.
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V2 – SEGUNDA FOLHA
•Raízes nodais começam a crescer abaixo do solo, e as raizesseminais começam a senescer. Geadas não apresentam riscos dedanos para as plântulas de milho, a menos que o frio seja extremoou o plantio tenha sido muito raso.
V4 – Quarta folha
•As raízes nodais são dominantes, ocupando maior volume de soloem comparação com as raízes seminais. As folhas ainda sedesenvolvem no meristema apical (ponto de crescimento daplanta).
V6 – SEXTA FOLHA
• Seis folhas com colar visível. A primeira folha com pontaarredondada apresenta-se em senescência, mas mesmo assim deveser levada em consideração na contagem. Nesta fase, o ponto decrescimento emerge e encontra-se acima da superfície do solo.Todas as estruturas da planta já tiveram seu crescimento iniciado.Entre V6 e V10, o potencial do número de fileiras por espiga édeterminado. O número de fileiras por espiga pode ser afetado pelopotencial genético e pelos fatores ambientais, e esse número podeser reduzido se a planta for submetida a condições de estresseambiental. A altura da planta aumenta conforme o alongamento docaule e raízes nodais se desenvolvem nos nós localizados abaixo dasuperfície do solo.
•MANEJO
•Acompanhamento de plantas daninhas, pragas e doenças. Rápidaabsorção de nutrientes começa nesse estádio. Adubações devem sermanejadas de maneira a aproveitar essa fase de rápida absorçãopela planta e assim promover a ótima eficiência de uso dosnutrientes, particularmente para nutrientes móveis, como onitrogênio
27
V10 – DÉCIMA FOLHA
• Raízes aéreas começam a se desenvolver nos nós da planta, logoacima da superfície do solo. Até esse estádio a taxa de desenvolvimentodas folhas é de aproximadamente 2 a 3 dias por folha.
•MANEJO
• A demanda por nutrientes (Potássio – K > Nitrogênio – N > Fósforo –P) e água (6 mm por dia) pela cultura é alta. Calor, seca e deficiência denutrientes podem afetar o número de grãos e o tamanho da espiga. Énecessária atenção para possíveis problemas de raízes (acamamento) edoenças (por exemplo, ferrugem comum - Puccina sorghi ou mancha porPhysoderma - Physoderma maydis). O controle de plantas daninhas éessencial, uma vez que o milho não tolera competição por água, luz enutrientes no começo do seu desenvolvimento.
V14 – DÉCIMA QUARTA FOLHA
• Rápido crescimento, aproximadamente duas semanas antes doflorescimento. Nessa fase o milho é altamente sensível ao estresse poraltas temperaturas e seca. Mais 4 ou 6 folhas devem se expandir a partirdesse estádio até VT.
•MANEJO
•Atenção para possíveis problemas radiculares, que podem favorecer oacamamento das plantas, quebra de colmo (comum entre os estádiosV10 e VT) e doenças (por exemplo, ferrugem ou mancha porPhysoderma). Pode ocorrer o aparecimento de espigas anormais entreesse estádio e o florescimento.
VT – PENDOAMENTO
•O potencial de grãos por fileira na espiga é definido e, consequentemente, o potencial donúmero final de grãos (a partir do número de óvulos). O potencial do tamanho das espigascomeça a ser definido. O último ramo do pendão é visível no topo da planta. O estilo-estigma (“cabelos”) do milho pode ou não ter aparecido nesta fase. A planta apresenta-sepróxima à sua altura máxima.
•MANEJO
•A demanda por nutrientes (K > N > P) e água (7,5 mm por dia) está próxima do seumáximo. O calor em excesso e a seca podem afetar o potencial do número de grãos. Énecessário o acompanhamento do ataque de pragas como por exemplo, pulgão do milho– Rhopalosiphum maidis, lagarta-rosca – Striacosta albicosta, lagarta da espiga –Helicoverpa zea, lagarta do cartucho – Spodoptera frugiperda) e doenças (por exemplo,cercosporiose – Cercospora zeaemaydis, ferrugem polissora – Puccinia polysora,helmintosporiose – Exserohilum turcicum). A perda de folhas pode afetar severamente aprodução final.
28
R1 – EMBONECAMENTO E POLINIZAÇÃO
•O florescimento comeca quando os “cabelos” se projetam para fora da palha, os primeirosa emergirem são responsáveis pela polinização dos grãos da base da espiga. Os “cabelos”se mantêm ativos até a polinização. O pólen vai do pendão até o “cabelo” do milho,fertilizando o óvulo e, assim, produzindo um embrião. O potencial do número dos grãos édeterminado nesta fase. A altura máxima da planta é atingida neste estádio. Após afertilização, a divisão celular começa a ocorrer dentro do embrião.
•MANEJO
•A demanda por nutrientes (acúmulo de N e P ainda está em progresso, K está quasecompleto) e água (8 mm por dia) atinge seu pico. O calor e a seca podem afetar apolinização e o número final de grãos. Desfolha por granizo ou outros fatores, comoinsetos, podem reduzir drasticamente a produtividade.
•R2 – GRÃO BOLHA D’ÁGUA•O “cabelo” do milho escurece e começa a secar (aproximadamente 12 dias após R1). O
grão se assemelha a uma bolha com coloração branca e fluido transparente em seuinterior. Nesta fase o grão apresenta 85% de umidade; os embriões se desenvolvem emcada grão. A divisão celular está completa. Inicia-se o enchimento de grão.
•MANEJO
•Estresses podem reduzir o potencial de produção através da redução do número final degrãos (abortamento).
ESTÁDIOS REPRODUTIVOS DO MILHO
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O plantio de qualquer cultura deve ser bem planejado, pois durará
deste a germinação até a colheita cerca de 120 a 130 dias afetando todas as
operações envolvidas, além de determinar as possibilidades de sucesso ou
insucesso da lavoura. É por ocasião do plantio que se define o espaçamento
entre linhas e a densidade de plantio para garantir uma boa produtividade .
Esta característica não é tão importante em outras culturas com grande
•R3 – Grão Leitoso
• “Cabelo” do milho seca (aproximadamente 20 dias após R1). O grãotorna-se amarelado e um fluido semelhante ao leite pode ser extraídoquando este é esmagado com os dedos. Este fluído é o resultado doprocesso de acúmulo de amido dentro do grão.
•MANEJO
•Estresses ainda podem causar abortamento. Iniciando-se pela ponta daespiga.
•R4 – GRÃO PASTOSO .
• Pelo acúmulo de amido o grão apresenta consistência pastosa(aproximadamente 26 a 30 dias após R1). Nesta fase, ocorre um rápidoacúmulo de nutrientes e amido; o grão possuí 70% de umidade ecomeça a se apresentar dentado no topo. Material extraído do grãoapresenta uma consistência pastosa.
•MANEJO
•Estresses ainda podem causar abortamento. Iniciando-se pela ponta daespiga.
R6 – Maturidade Fisiológica
•A camada preta se forma na base do grão, bloqueando o movimento de matéria seca e nutrientes da planta para os grãos (50 a 60 dias após R1). O grão atinge a sua maior massa seca (30 a 35% de umidade) e estão maduros fisiologicamente.
•MANEJO
•O grão não está pronto para um armazenamento seguro. Nenhumestresse (biótico ou abiótico) como o frio é capaz de impactar aprodutividade depois deste estádio. O acamamento das plantas afetadaspor doenças, insetos ou granizo aumenta perdas na produtividade. Acolheita pode ser iniciada, porém para um longo período dearmazenamento é recomendado uma umidade de 14,5%. Atentar paraas pragas como a Broca Europeia do milho (Ostrinia nubilalis), que podecausar a queda de espiga.
PLANTIO DO MILHO
30
capacidade de perfilhamento, como arroz, trigo, aveia, sorgo e outras
gramíneas, ou de maior habilidade de produção de floradas, como feijão e
soja. Neste contexto, a escolha e o cuidado com as plantadoras representam
um importante elemento dentro do processo de produção, uma vez que
afetam a distribuição e a localização do adubo, a distribuição de sementes
nas fileiras e a profundidade de plantio, o espaçamento entre fileiras,
determinando a qualidade do plantio e seu efeito sobre as operações
subsequentes e a produtividade da lavoura. O milho também desempenha
importante papel em sistema de plantio direto, na integração lavoura-
pecuária, possuindo muitas aplicações dentro da propriedade agrícola, deste
a alimentação animal na forma de grãos ou de forragem verde ou
conservada, na alimentação humana ou na geração de receita mediante a
comercialização da produção excedente.
O período de crescimento e desenvolvimento do milho é limitado pela
água, pela temperatura e pela radiação solar, ou luminosidade. A cultura do
milho necessita que alguns índices dos fatores climáticos, especialmente a
temperatura, precipitação pluviométrica e o fotoperíodo, atinjam
níveis ótimos, para que o potencial genético de produção da cultura se
expresse ao máximo. Assim, temperatura possui uma relação complexa com
o desempenho da cultura, uma vez que a condição ótima varia com os
diferentes estádios de crescimento e desenvolvimento da planta.
A temperatura da planta de milho é basicamente a mesma do ambiente
que a envolve. Devido a esse sincronismo, flutuações periódicas influenciam
nos processos metabólicos que ocorrem no interior da planta. Nos momentos
em que a temperatura é mais elevada, o processo metabólico é mais
acelerado e nos períodos mais frios, o metabolismo tende a diminuir. As
temperaturas ideais do solo para a cultura de milho estariam entre 25 e 30
ºC, sendo que temperaturas do solo inferiores a 10 ºC ou superiores a 40 ºC
ocasionam prejuízo sensível à germinação. Por ocasião da floração,
temperaturas médias superiores a 26 ºC aceleram o desenvolvimento dessa
31
fase, e as inferiores a 15,5ºC o retardam. Cada grau acima da temperatura
média de 21,1 ºC nos primeiros 60 dias após a semeadura pode acelerar o
florescimento entre dois e três dias. Quando a temperatura é superior a 35
ºC ocorre diminuição da atividade da enzima redutase do nitrato, podendo
alterar o rendimento e a composição proteica dos grãos. Durante a
polinização, temperaturas acima de 33 ºC reduzem sensivelmente a
germinação do grão de pólen. Verões com temperatura média diária inferior
a 19 ºC, e noites com temperatura média inferior a 12,8 ºC não são
recomendados para a produção de milho. Por outro lado, temperaturas
noturnas superiores a 24 ºC proporcionam um aumento da respiração,
ocasionando uma diminuição da taxa de fotossimilados e uma consequente
redução da produção, além de provocar senescência precoce das folhas.
Temperaturas inferiores a 15ºC retardam a maturação dos grãos.
A planta de milho precisa acumular quantidades distintas de energia
ou simplesmente unidades calóricas (U.C.) necessárias a cada etapa de
crescimento e desenvolvimento. A unidade calórica é obtida através da soma
térmica necessária para cada etapa do ciclo da planta, desde o plantio até o
florescimento masculino. O somatório térmico é calculado através das
temperaturas máximas e mínimas diárias, sendo 30ºC e 10ºC,
respectivamente, as temperaturas referenciais para o cálculo.
Com relação ao ciclo, as cultivares são classificadas pelas empresas
produtoras de sementes em normais ou tardias, semiprecoces, precoces e
superprecoces. As cultivares normais apresentam exigências térmicas
correspondentes a 890-1200 graus-dia (G.D.), as precoces, de 831 a 890, e
as superprecoces, de 780 a 830 G.D. Essas exigências calóricas se referem
ao cumprimento das fases fenológicas compreendidas entre a emergência e
o início da polinização.
De acordo com o Zoneamento Agrícola para a cultura de milho, as
cultivares eram classificadas, em função do ciclo, em três grupos:
32
Grupo I - necessita até 780 U.C. (precoce).
Grupo II - necessita entre 780 e 860 U.C. (ciclo médio).
Grupo III - necessita mais que 860 U.C. (ciclo tardio).
A partir da safra 2009/10, para efeito de simulação, o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento classifica as cultivares em três grupos
de características homogêneas: Grupo I (n < 110 dias); Grupo II (n = 110
dias e = 145 dias); e Grupo III (n > 145 dias), onde “n” expressa o número
de dias da emergência à maturação fisiológica.
Outro fator de grande importância e a altitude que tem um efeito direto
na temperatura, tanto diurna como noturna, afetando tanto a fotossíntese
como a respiração. Para as condições brasileiras, o milho plantado em
maiores altitudes apresenta maior número de dias para atingir o
pendoamento, aumentando o ciclo e apresentando maior rendimento de
grãos. Aumentando o período de enchimento de grãos, consequentemente
aumentará a produtividade, em temperaturas máximas menores e mais
próximas da temperatura ótima. E menores temperaturas noturnas reduzem
a taxa de respiração, o que resultará na redução do ponto de compensação
sendo esse o ponto em que a fotossíntese e a respiração são idênticas, o que
também implica no aumento da produtividade. Uma análise sobre avaliação
de cultivares em diferentes regiões do Brasil mostrou que os ensaios
plantados em regiões com altitude superior a 700 m apresentaram maior
rendimento (7.429 kg/ha) e florescimento masculino de 65 dias, comparados
com os ensaios plantados em altitudes abaixo de 700 m, que apresentaram
rendimento de 6.473 kg/ha e florescimento masculino de 65 dias.
A umidade do solo também influência na cultura do milho que muito
exigente em água. Entretanto, pode ser cultivado em regiões onde as
precipitações vão desde 250 mm até 5.000 mm anuais, sendo que a
quantidade de água consumida pela planta, durante seu ciclo, está em torno
33
de 600 mm. O consumo de água pela planta, nos estádios iniciais de
crescimento, num clima quente e seco, raramente excede 2,5 mm/dia.
Durante o período compreendido entre o espigamento e a maturação, o
consumo pode se elevar para 5 a 7,5 mm diários. Mas se a temperatura
estiver muito elevada e a umidade do ar, muito baixa, o consumo poderá
chegar até 10 mm/dia.
A ocorrência de déficit hídrico na cultura do milho pode ocasionar danos
em todas as fases. Na fase do crescimento vegetativo, o dano se verifica pelo
menor elongamento celular e pela redução da massa vegetativa, com
diminuição na taxa fotossintética. Após o déficit hídrico, a produção de grãos
também é afetada diretamente, pois com menor massa vegetativa a planta
possui menor capacidade fotossintética. Na fase do florescimento, a
ocorrência de dessecação dos estilos-estigmas aumentando o grau de
protandria, abortos dos sacos embrionários, de distúrbios na meiose, e
aborto das espiguetas e de morte dos grãos de pólen resultando em redução
no rendimento. O déficit hídrico na fase de enchimento de grãos afetará o
metabolismo da planta e o fechamento de estômatos, reduzindo a taxa
fotossintética e, consequentemente, a produção de fotossimilados e sua
translocação para os grãos.
O fotoperíodo e um dos componentes climáticos que afetam a
produtividade do milho, representado pelo número de horas de luz solar, o
qual é um fator climático de variação sazonal, mas que não apresenta muita
variação de ano para ano. O milho é considerado uma planta de dias curtos,
embora algumas cultivares tenham pouca ou nenhuma sensibilidade às
variações do fotoperíodo. Um aumento do fotoperíodo faz com que a duração
da etapa vegetativa aumente e proporcione também um incremento no
número de folhas emergidas durante a diferenciação do pendão e do número
total de folhas produzidas pela planta.
34
Nas condições brasileiras, o efeito do fotoperíodo na produtividade do milho
é praticamente insignificante.
A radiação solar é de extrema importância para a planta de milho, sem
a qual o processo fotossintético é inibido e a planta é impedida de expressar
o seu máximo potencial produtivo. Grande parte da matéria seca do milho,
cerca de 90%, provém da fixação de CO2 pelo processo fotossintético. O
milho é uma planta do grupo C4 , altamente eficiente na utilização da luz.
Uma redução de 30% a 40% da intensidade luminosa, por períodos longos,
atrasa a maturação dos grãos ou pode ocasionar até mesmo queda na
produção.
A época de semeadura embora não tenha custo adicional, o plantio de
milho feito na época correta afeta diretamente a produção e a produtividade
da lavoura e, consequentemente, o lucro do agricultor. O atraso no plantio
dificulta também diversas operações agrícolas, como o controle de pragas e
plantas daninhas, além de aumentar a ocorrência e a severidade de doenças,
e é apontado como um dos principais fatores responsáveis pela baixa
produtividade, principalmente do pequeno e médio produtor.
O período de crescimento e desenvolvimento é afetado pela umidade
do solo, pela temperatura, pela radiação solar e pelo fotoperíodo. A época de
plantio é em função destes fatores, cujos limites extremos são variáveis em
cada região agroclimática. A época de semeadura mais adequada é aquela
que faz coincidir o período de floração com os dias mais longos do ano, e a
etapa de enchimento de grãos com o período de temperaturas mais elevadas
e alta disponibilidade de radiação solar. Isto, considerando satisfeitas as
necessidades de água pela planta. Nas condições tropicais, devido a menor
variação da temperatura e do comprimento do dia, a distribuição de chuvas
é que, geralmente, determina a melhor época de semeadura.
No sul do Brasil, o milho, geralmente, é plantado de agosto a setembro
e à medida que se caminha para os estados do Centro-Oeste e do Sudeste,
a época de semeadura na safra varia de outubro a novembro. A época de
35
semeadura afeta várias características da planta, ocorrendo um decréscimo
mais acentuado no número de espigas por planta e no rendimento de grãos.
Em publicações nas literaturas vemos que o atraso na semeadura pode
resultar em perdas que podem ser superiores a 60 kg/ha/dia. Essa tendência
pode ser revertida se não houver déficit hídrico e ocorrer uma redução na
temperatura do ar, nos meses de fevereiro - março.
Na região Sudeste, as épocas de plantio das lavouras de milho de alta
produtividade concentram-se nos meses de outubro e novembro, chegando
a cerca de 80% das lavouras com produtividade acima de 8.000 kg ha-1. O
mesmo ocorre nos estados da região Centro-Oeste, onde as melhores
lavouras de milho são plantadas, principalmente, nos meses de outubro e
novembro. Já para os estados da região Nordeste, para as lavouras de alta
produtividade na Bahia e no Piauí, principalmente, à época de plantio
concentra-se no final do mês de novembro e principalmente no mês de
dezembro. Assim, podemos concluir que a análise dos levantamentos das
diferenças edafoclimáticas de cada região influenciam muito na tomada de
decisão da época de plantio da cultura de milho, na safra normal.
Por ser plantado no final da época recomendada, o milho safrinha tem
sua produtividade bastante afetada pelo regime de chuvas e por fortes
limitações de radiação solar e temperatura na fase final de seu ciclo. Além
disso, como o milho safrinha é plantado após uma cultura de verão, a sua
data de plantio depende da época do plantio dessa cultura e de seu ciclo.
Assim, o planejamento do milho safrinha começa com a cultura do verão,
visando liberar a área o mais cedo possível. Quanto mais tarde for o plantio,
menor será o potencial e maior o risco de perdas por seca e/ou geadas.
A profundidade da semeadura e outra variável que está condicionada
aos fatores temperatura do solo, umidade e tipo de solo. A semente deve ser
colocada em uma profundidade que possibilite um bom contato com a
umidade do solo. Entretanto, a maior ou menor profundidade de semeadura
vai depender do tipo de solo. Naqueles mais pesados (argilosos), com
36
drenagem deficiente ou com fatores que dificultam o alongamento do
mesocótilo, dificultando a emergência de plântulas, as sementes devem ser
colocadas entre 3 e 5 cm de profundidade. Já em solos mais leves ou
arenosos, as sementes podem ser colocadas mais profundas, entre 5 e 7 cm
de profundidade, para se beneficiarem do maior teor de umidade do solo.
No Sistema Plantio Direto, onde há sempre um acúmulo de resíduos
na superfície do solo, especialmente em regiões mais frias, a cobertura morta
pode retardar a emergência, reduzir o estande e, em alguns casos, pode até
causar queda no rendimento de grãos da lavoura, dependendo da
profundidade em que a semente foi colocada.
Contrário a uma crença popular, a profundidade de semeadura tem
influência mínima na profundidade do sistema radicular definitivo, que se
estabelece logo abaixo da superfície do solo.
A densidade de plantio, ou estande, definida como o número de plantas
por unidade de área, tem papel importante no rendimento de uma lavoura
de milho, uma vez que pequenas variações na densidade têm grande
influência no rendimento final da cultura. O milho é a gramínea mais sensível
à variação na densidade de plantas. Para cada sistema de produção, existe
uma população que maximiza o rendimento de grãos. A população
recomendada para maximizar o rendimento de grãos de milho varia de
40.000 a 80.000 plantas.ha-1, dependendo da disponibilidade hídrica, da
fertilidade do solo, dá cultivar, da época de semeadura e do espaçamento
entre linhas. Vários pesquisadores consideram o próprio genótipo como
principal determinante da densidade de plantas. O aumento da densidade de
plantas até determinado limite é uma técnica usada com a finalidade de
elevar o rendimento de grãos da cultura do milho. Porém, o número ideal de
plantas por hectare é variável, uma vez que a planta de milho altera o
rendimento de grãos de acordo com o grau de competição intraespecífica
proporcionado pelas diferentes densidades de planta.
37
O rendimento de uma lavoura aumenta com a elevação da densidade
de plantio, até atingir uma densidade ótima, que é determinada pela cultivar
e por condições externas resultantes de condições edafoclimáticas do local e
do manejo da lavoura. A partir da densidade ótima, quando o rendimento é
máximo, aumento na densidade resultará em decréscimo progressivo na
produtividade da lavoura. A densidade ótima é, portanto, variável para cada
situação e, basicamente, depende de três condições: cultivar, disponibilidade
hídrica e do nível de fertilidade de solo. Qualquer alteração nesses fatores,
direta ou indiretamente, afetará a densidade ótima de plantio.
Além do rendimento de grãos, o aumento da densidade de plantio
também afeta outras características da planta. Dentre essas características,
merecem destaque a redução no número de espigas por planta (índice de
espigas) e o peso médio da espiga. Também o diâmetro do colmo é reduzido
e há maior susceptibilidade ao acamamento e ao quebramento. Além disso,
é reconhecido que pode haver um aumento na ocorrência de doenças,
especialmente as podridões de colmo, com o aumento na densidade de
plantio. Esses aspectos podem determinar o aumento de perdas na colheita,
principalmente quando esta é mecanizada. Por estas razões, às vezes, deixa-
se de recomendar densidades maiores, que embora em condições
experimentais apresentem maiores rendimentos, não são aconselhadas em
lavouras colhidas mecanicamente.
A densidade de plantio, dentre as técnicas de manejo cultural, é um
dos parâmetros mais importantes. Geralmente, a causa dos baixos
rendimentos de milho é o baixo número de plantas por área. Entretanto, para
que haja um aumento da produtividade, é necessário que vários outros
fatores, como o nível de fertilidade do solo, o nível de umidade e as cultivares
estejam em consonância com o número de plantas por área. A velocidade de
semeadura deve se basear no conhecimento do produtor sobre as condições
de operação do equipamento, as condições do solo e as características da
plantadeira, e deve ser definida, visando a uniformidade na produtividade e
38
na distribuição da semente.
A densidade de plantio e a distribuição de sementes são também
afetadas pela velocidade de plantio. Para plantadeiras a disco recomenda-se
velocidades não superiores a 5 Km/h. Plantadeiras a dedo ou a vácuo podem
realizar operações de semeadura com velocidade de até 10 Km/h, desde que
as condições de topografia do terreno, umidade e textura do solo permitiam
a operação nesta velocidade. De um modo geral, não se recomenda a
semeadura em velocidades superiores a 7 Km/h quando se utilizar essas
plantadeiras. Aconselha-se que se faça um teste antes da semeadura,
operando a plantadeira em diferentes velocidades para, então se escolher a
melhor opção, tendo em vista principalmente a uniformidade da
profundidade das sementes.
A velocidade acima do recomendado aumenta o número de falhas e
duplas e prejudicam a uniformidade da profundidade das sementes. Esses
dois fatores reduzem a população de plantas e aumentam o número de
plantas dominadas, prejudicando dois dos principais componentes do
rendimento: o número de espigas por área e o número de grãos por espiga.
Em termos genéricos, verifica-se que cultivares precoces, as de ciclo
mais curto exigem maior densidade de plantio em relação a cultivares
tardias, para expressarem seu máximo rendimento. A razão desta diferença
é que cultivares mais precoces, geralmente, possuem plantas de menor
altura e menor massa vegetativa. Essas características morfológicas
determinam um menor sombreamento dentro da cultura, possibilitando, com
isto, menor espaçamento entre plantas, para melhor aproveitamento de luz.
Mesmo dentre os grupos de cultivares (precoces ou tardios), há diferenças
quanto à densidade ótima de plantio.
As faixas de densidades mais frequentemente recomendadas para os
híbridos duplos variam de 50 a 60 mil plantas por ha, havendo casos de
recomendação até de 70 mil plantas por ha. Para os híbridos triplos e
simples, é frequente a densidade de 55 a 70 mil plantas por ha, havendo
39
casos de recomendação de até 80 mil plantas por ha, principalmente entre
os híbridos simples. Por outro lado a ideia tradicional de se utilizar um saco
de sementes para o plantio de um hectare já não é verdadeira, havendo
necessidades de se utilizar 1,2 a 1,4 sacos de sementes (com 60.000
sementes) para o plantio de um hectare.
A maioria das empresas já estão recomendando densidades de plantio
em função da região, da altitude e da época de plantio. Além disso, já
existem empresas recomendando a densidade em função do espaçamento,
o que representa uma evolução. O aumento e o arranjo da população de
plantas podem contribuir para a correta exploração do ambiente e do
genótipo, com consequências no aumento do rendimento de grãos. O arranjo
de plantas basicamente pode ser manipulado através de alterações na
densidade de plantas e no espaçamento entre fileiras.
A interceptação da radiação fotossinteticamente ativa pelo dossel
exerce grande influência sobre o rendimento de grãos da cultura do milho,
quando outros fatores ambientais são favoráveis. Uma forma de aumentar a
interceptação de radiação e, consequentemente, o rendimento de grãos, é
através da escolha adequada do arranjo de plantas. Teoricamente, o melhor
arranjo de plantas de milho é aquele que proporciona distribuição mais
uniforme de plantas por área, possibilitando melhor utilização de luz, água e
nutrientes. Atualmente, a redução no espaçamento entre linhas e o aumento
da densidade de plantio é uma realidade na cultura de milho, no Brasil,
encontrando-se, no mercado, inclusive, plataformas adaptáveis às
colhedoras que realizam a colheita em espaçamentos de até 0,45 m.
Na ocasião do plantio e posterior colheita a densidade adequada e
uniforme de plantas (Figura 4) deverá tomar uma série de cuidados, entre
eles:
(i) utilizar sementes de alta qualidade em termos de poder germinativo
e vigor;
(ii) realizar o plantio com máquinas e equipamentos de maior qualidade
40
e precisão que, aliados a uma mão de obra melhor qualificada, possibilitará
um plantio cada vez mais uniforme, minimizando a ocorrência de falhas, de
duas sementes juntas (duplas) e de plantas dominadas;
(iii) fazer o tratamento de sementes;
(iv) se necessário, fazer aplicação de fungicidas na sementes,
especialmente em regiões mais frias onde o processo de germinação e
emergência é retardado;
(v) plantar na época certa e quando o solo tiver com teor de umidade
adequado
(vi) promover a melhoria das condições químicas, físicas e biológicas
do solo, facilitando o desenvolvimento e sobrevivência das plântulas.
Figura 4. Plantio com boa distribuição e plantas, CRUZ et al. (2010).
Figura 5. Erros no estabelecimento de uma lavoura de milho
Assim, o espaçamento entre fileiras de milho ainda e muito variado,
embora seja nítida a tendência de sua redução, na literatura nos mostram
vantagens do espaçamento reduzido (45 a 50 cm entre fileiras) comparado
41
ao espaçamento convencional (80 a 90 cm), especialmente quando se
utilizam densidades de plantio mais elevadas.
Entre as vantagens potenciais da utilização de espaçamentos mais
estreitos, podem ser citados o aumento do rendimento de grãos, em função
de uma distribuição mais equidistante de plantas na área, aumentando a
eficiência de utilização de luz solar, água e nutrientes, melhor controle de
plantas daninhas, devido ao fechamento mais rápido dos espaços
disponíveis, diminuindo, dessa forma, a duração do período crítico das
plantas daninhas, redução da erosão, em consequência do efeito da
cobertura antecipada da superfície do solo, melhor qualidade de plantio,
através da menor velocidade de rotação dos sistemas de distribuição de
sementes e maximização da utilização de plantadoras, uma vez que
diferentes culturas, como, por exemplo, milho e soja, poderão ser plantadas
com o mesmo espaçamento, permitindo maior praticidade e ganho de tempo.
Tem sido também mencionado que os espaçamentos reduzidos permitem
melhor distribuição da palhada de milho sobre a superfície do solo, após a
colheita, favorecendo o sistema de plantio direto.
Ficaremos por aqui, e veremos na sequência a cultura da soja
42
CULTURA DA SOJA
A soja cujo o nome cientifico e Glycine max L. é uma leguminosa de
grande importância econômica para o Brasil, segundo o levantamento da
safra 2015/16, realizado pela Conab, a produção de grãos do Centro-Oeste
alcançou a marca de 75,3 milhões de toneladas, correspondente a 40% da
colheita nacional, de 186 milhões de toneladas. Para a safra 2016/17, está
sendo projetada para a referida Região, uma colheita de 91,6 milhões de
toneladas de grãos, ou seja, aproximadamente 43% da safra, de 215 milhões
de toneladas que na safra 2011/12 produziu 65,8 milhões de sacas (FAO,
2014), apesar de ser naturalmente sensível ao fotoperíodo, a soja com a
participação do melhoramento genético foi adaptada a diversas condições de
cultivo, o que permitiu que a cultura se estabelecesse desde a região sul até
o norte do país. O Paraná (fig 7), na safra 2011/12, foi o segundo maior
estado produtor de soja do Brasil, produzindo 10,9 milhões de sacas (CONAB,
2014)
Fig. 7 – Estimativa da Produção de Grãos – Safra 2016/2017
Grande parte da capacidade operacional e administrativa, instalada nas
principais plataformas exportadoras de Santos, de Paranaguá, de Vitória e
de São Luís, é utilizada pelos estados produtores do Centro-Oeste – Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Estima-se, para 2017, que a produção
dessa Região de soja e de milho alcance um total de 87,7 milhões de
43
toneladas. Para se ter uma noção da relevância do Centro-Oeste na
agricultura, do total de 188,3 milhões de toneladas estimadas de soja e milho
para serem colhidas no país, 47% deverão corresponder à safra dessa
Região. A produção de soja é a maior do país, e esta Região lidera as
remessas internacionais da commoditie. Em 2017, espera-se que as
exportações alcancem à marca de 30,6 milhões de toneladas, ou seja, maior
em 7% quando comparada a realizada em 2016. O destaque do Centro-Oeste
se deve à produção de soja no Mato Grosso. Em 2016, colheu-se 26,0
milhões de toneladas, correspondendo a 59% da safra da Região. Para 2017
projeta-se uma colheita no estado de 29,1 milhões de toneladas, ou seja,
61% da safra do Centro-Oeste.
O complexo soja é responsável por quase 9% das exportações do país,
registrando US$ 17,115 bilhões em vendas em 2010 contra US$ 5,297
bilhões em 2001, perfazendo uma alta de 227% no período. Resultados como
esse posicionam o Brasil no terceiro lugar mundial em exportações de
produtos agrícolas, atrás dos Estados Unidos e da União Europeia. Originária
da China, a soja ocupa hoje cerca de 120 milhões de hectares no planeta.
Ao lado, do trigo, arroz e milho, são as culturas com maior área plantada
atualmente. No Brasil, os primeiros cultivos registrados datam de 1900 e
1901, quando foram distribuídas as primeiras sementes em São Paulo e no
Rio Grande do Sul. E é a cultura agrícola que mais cresceu nas últimas três
décadas, respondendo hoje pela metade da área nacional cultivada com
grãos.
44
Fig.5 - cultura da soja no cerrado
Estádios de Desenvolvimento da soja
Dividiremos o desenvolvimento da cultura da soja em duas fases:
Vegetativa (V)
Reprodutiva (R)
ESTÁDIOS VEGETATIVOS ESTÁDIOS REPRODUTIVOS
VE - Emergência R1 - Início do florescimento
VC - Cotilédone R2 - Pleno florescimento
V1 - Primeiro nó R3 - Início da formação das vagens
V2 - Segundo nó R4 - Plena formação das vagens
V3 - Terceiro nó R5 - Início do enchimento das sementes
* R6 - Pleno enchimento das vagens
* R7 - Início da maturação
V(n) - enésimo nó R8 - Maturação plena
fig. 5 - Estádios vegetativos e reprodutivos da soja.
Este sistema identifica exatamente os estádios da planta de soja. Porém, nem todas as plantas em um
dado campo estarão no mesmo estádio ao mesmo tempo. Quando se divide em estádios um campo de
soja, cada estádio específico V ou R é definido somente quando 50% ou mais das plantas no campo estão
nele ou entre aquele estádio.
45
Subdivisões da fase vegetativa são designadas numericamente como
V1, V2, V3, até Vn, menos os dois primeiros estádios que são designados como
VE (emergência) e VC (estádio de cotilédone). O último estádio vegetativo é
designado como Vn, onde “n” representa o número do último nó vegetativo
formado por um cultivar específico. O valor de “n” varia em função das
diferenças varietais e ambientais. A fase reprodutiva apresenta oito
subdivisões ou estádios, cujas representações numéricas e respectivos
nomes são apresentados na fig. 5. A partir do estádio VC, os estádios
vegetativos (V) são definidos e numerados à medida que as folhas dos nós
superiores se apresentam completamente desenvolvidas. Um nó vegetativo
com folha completamente desenvolvida é identificado os folíolos não estão
enrolados e nem dobrados. Em outras palavras, quando as extremidades dos
folíolos não mais se tocam, em oposição ao ilustrado na Figura 2. O estádio
V3, por exemplo, é definido quando os folíolos do 1º nó vegetativo
(unifoliolado) ao 4º nó foliar estão desenrolados. Semelhantemente, o
estádio VC ocorre quando as folhas unifolioladas desenrolaram-se. O nó da
folha unifoliolada é o primeiro nó ou ponto de referência a partir do qual
começa-se a contagem para identificar o número de nós foliares superiores.
Nesse único nó, as folhas unifolioladas (simples) são produzidas em
lados opostos da haste e com pecíolos pequenos. Todas as outras folhas
verdadeiras formadas pela planta são trifolioladas (compostas), com pecíolos
longos, e são produzidas unicamente (em nós diferentes) e alternadamente
(de lado a lado) no caule.
Os cotilédones, que são considerados como órgãos de armazenamento
na forma de folhas modificadas, também surgem de maneira oposta na
haste, abaixo do nó unifoliolado. Quando as folhas unifolioladas são perdidas
por dano ou envelhecimento natural, a posição do nó unifoliolado ainda pode
ser determinada, localizando-se as duas cicatrizes dessas folhas na região
mais baixa do caule, que permanentemente marcam o local onde as folhas
unifolioladas cresceram. Essas cicatrizes das folhas unifolioladas estão
46
localizadas exatamente sobre as duas cicatrizes opostas que marcam a
posição do nó cotiledonar. Qualquer cicatriz de folha acima das cicatrizes das
folhas unifolioladas opostas aparece de maneira única e alternada na haste
principal, e marca as posições dos nós onde as folhas trifolioladas cresceram.
Fig. 6 – Plântulas em estágio VE (emergência)
47
ESTÁDIOS VEGETATIVOS E DESENVOLVIMENTO
GERMINAÇÃO E EMERGÊNCIA - VE
• O cotilédones estão acima da superficie do solo. Observando a cor abaixo da região dos cotilédones teremos a cor verde indentificando a soja de flor branca e a cor roxa ou verde arroxeado a cultivar de soja de flor roxa
•MANEJO
• A soja deve semeada a um aprofundidade de 2,5 a 4,0 cm e nunca em profundidade acima de 5,0 cm. A habilidade da plantula de soja em romper a crosta do solo durante a emergência diminiu com semeadura mais profunda, alem de que a temperatura mais amenas do solo, em maiores profundidades, causam crescimento mais lento e diminui a disponibilidade de nutriente.
48
V2
•A primeira folha trifolada está estendida, isto é, com os seus trêsfoliolos expandidos e a segunda folha trifoliada já se apresenta aberta,portanto os bordos de cada foliolo não estão se tocando, inicio daformação dos primeiros. Neste estágio as plantas estão com 15 a 20 cmde altura e três nós .
•As raizes de soja são naturalmente infectadas com bactérias deBradyrhizobium japonicum que desenvolvem estruturas na raizeschamadas de nodulos
•MANEJO•A adubação nitrogenada da soja não é recomendada porque geralmentenão aumenta o rendimento dos graus, diminuindo a quandidade denodulos com quantidade cresccente de Nitrogenio aplicado.
•A soja deve semeada a um aprofundidade de 2,5 a 4,0 cm e nunca emprofundidade acima de 5,0 cm. A habilidade da plantula de soja emromper a crosta do solo durante a emergência diminiu com semeaduramais profunda, alem de que a temperatura mais amenas do solo, emmaiores profundidades, causam crescimento mais lento e diminui adisponibilidade de nutriente.
V3
As plantas em V3 possuem 18 a 13 cm de altura e quatro nós, cujas a folhas apresentam foliolos desdobrados
V5
As plantas em V5 apresentam-se com aproximadamente 25 a 30 cm de altura e possuem seis nós, nos quais as folhas estão com foliolos desdobrados
•MANEJO V3 - V5
•As gemas axilares das folhas unifolioladas e trifolioladas e dos cotilédones permite à planta de soja uma grande capacidade para se recuperar de danos, tais como os causados pelo granizo. O ápice da haste principal, ou gema apical de crescimento, normalmente exibe dominância sobre as gemas axilares laterais durante o crescimento vegetativo da planta. Se o ápice da haste é cortado ou quebrado, as gemas axilares restantes ficam livres dessa dominância apical e os ramos crescem profusamente. Portanto, a planta possui a habilidade de produzir novos ramos e folhas após a destruição pelo granizo, recuperando praticamente toda folhagem. Cortando-se a planta abaixo do nó cotiledonar ela morrerá, isto porque não há nenhum broto axilar abaixo desse nó
49
ESTÁDIOS REPRODUTIVOS E DESENVOLVIMENTO
Os oito estádios R (reprodutivos) são divididos em quatro partes: R1 e
R2 descrevem o florescimento; R3 e R4 o desenvolvimento da vagem; R5 e
R6 o desenvolvimento da semente e R7 e R8 a maturação da planta. O
crescimento vegetativo e a produção de novos nós continuam durante alguns
estádios reprodutivos, de modo que, nestes, os estádios de R1 a R6
descrevem melhor o desenvolvimento da planta. Neste artigo, a descrição
para cada estádio R refere-se apenas ao início do respectivo estádio. O
desenvolvimento geral e a duração dos períodos de crescimento vegetativo,
florescimento, desenvolvimento da vagem e enchimento da semente,
durante os estádios reprodutivos.
50
R1
•As plantas em R1 estão com 38 a 46 cm de altura (7 a 10 nóscompletamente desenvolvidos). O florescimento começa entre oterceiro e o sexto nó da haste principal, dependendo do estádio V nomomento do florescimento, progredindo para cima e para baixo.
•Em R1, as taxas de crescimento vertical da raiz aumentamincisivamente e permanecem relativamente altas nos estádios R4 aR5.
R2
•As plantas em R2 têm 43 a 56 cm de altura. Nessa fase, a plantaacumulou somente cerca de 25% de sua matéria seca final e nutrientes,atingiu aproximadamente 50% de sua altura final e desenvolveu cercade metade do número total de nós.
•Esse estádio marca o início de um período de rápido e constanteacúmulo diário das taxas de matéria seca e de nutrientes pela planta,que continuará até logo após o estádio R6.
•Essa rápida acumulação de matéria seca e nutrientes pela planta inteirainicia-se nas partes vegetativas (folhas, hastes, pecíolos e raízes),deslocando-se gradualmente para as vagens e sementes em formação,enquanto as partes vegetativas finalizam o seu desenvolvimento. Alémdisso, a taxa de fixação de nitrogê- nio pelos nódulos radicularestambém aumenta rapidamente no estádio R2
•Se 50% de folhas forem perdidas no estádio R2, o rendimento seráreduzido em aproximadamente 6%.
ESTÁDIO R5 (início da formação da semente)
semente com 3 mm de tamanho em um dos quatro nóssuperiores da haste principal com folha completamentedesenvolvida. Plantas em R5 têm 75 a 110 cm de altura. Esseperíodo é caracterizado pelo rápido crescimento ou início doenchimento das sementes e redistribuição da matéria seca enutrientes das partes vegetativas para as sementes emformação.
No início de R5, o desenvolvimento reprodutivo apresenta desdeflores quase abertas até vagens contendo sementes com 11 mmde comprimento. Entre os estádios R5 e R6, vários eventosacontecem quase ao mesmo tempo.
Manejo
A demanda por água e nutrientes é alta ao longo do período deenchimento das sementes
51
ESTÁDIO R6 (semente cheia)
vagem contendo sementes verdes que preenchem totalmente acavidade da vagem localizada em um dos quatro nós superioresda haste principal com folha completamente desenvolvida. Plantasem R6 têm 80 a 120 cm de altura e encontram-se nos estádiosV16 a V25. Devido à altura da planta e ao número de nósatingirem os valores máximos em R5.5, pequenos acréscimosnessas características são evidentes entre R5 e R6.
ESTÁDIO R7 (início da maturidade)
Uma vagem normal na haste principal que tenha atingido a cor devagem madura, normalmente marrom ou palha, dependendo docultivar. A maturidade fisiológica de uma semente de sojaacontece quando cessa o acúmulo de matéria seca. Isso ocorrequando a semente (e geralmente a vagem) torna-se amarela outenha perdido completamente a cor verde. Embora nem todas asvagens numa planta em R7 tenham perdido a sua cor verde, aplanta essencialmente se encontra na maturidade fisiológicaporque muito pouca matéria seca adicional será acumulada. Asemente de soja na maturidade fisiológica possui
ESTÁDIO R8 (maturidade completa)
Neste estádio 95% das vagens apresentam-se maduras. Sãonecessários de 5 a 10 dias de clima seco após R8 para que asoja atinja menos de 15% de umidade A Figura abaixo ilustra asmudanças de cor e de tamanho das vagens e grãos de soja apartir do estádio R6, com vagens e sementes verdes até grãosmaduros prontos para a colheita. Na mesma figura, a segundavagem e respectivos grãos, a partir da direita, apresentam corcaracterística para colheita, porém não atingiram a forma e ograu de umidade para a realização desta. Assim, cor de vagemmadura nem sempre indica ponto de colheita para os grãos emseu interior. Com ambiente seco favorável a soja perderáumidade rapidamente.
52
Na próxima aula teceremos mais alguns comentários sobre essas culturas, e
estudaremos as demais.
Bons estudos.
53
QUESTÕES COMENTADAS
1 - FUNDEP - IFSP - Agronomia - 2014
Na cultura do milho, o grão de pólen germina logo após entrar em contato
com o estigma, dando início ao desenvolvimento do tubo polínico. Sobre as
condições climáticas que favorecem o desenvolvimento do tubo polínico,
assinale a alternativa CORRETA.
a) Alta umidade e/ou baixa temperatura.
b) Baixa umidade e/ou baixa temperatura.
c) Alta umidade e/ou alta temperatura.
d) Baixa umidade e/ou alta temperatura.
SOLUÇÃO
Tempo seco na época do florescimento é prejudicial porque o cabelo da
boneca seca e pode não conter umidade suficiente para suportar a
germinação do pólen e o crescimento do tubo polínico até o ovário. Dois dias
de estresse hídrico no florescimento diminuem o rendimento em mais de
20%. Durante a floração, 4 a 8 dias de seca diminuem a produção em mais
de 50%. O efeito do estresse hídrico sobre o crescimento da planta será
diretamente no alongamento celular, enquanto a divisão celular não é tão
afetada. Isso equivale dizer que a planta, mesmo sob condições de falta de
água, continua sua divisão celular, porém o alongamento é reduzido ou até
paralisado, dependendo da duração e da intensidade do estresse. Submetida
a déficit hídrico, as plantas fecham estômatos, eliminam mecanismo de
resfriamento e aumentam a temperatura da folha, afetando a respiração.
Com isso, vai haver maior consumo de reservas, o que vai reduzir não só o
crescimento como a produção de matéria seca de uma maneira geral. A
redução na fotossíntese se dá por: fechamento estomático e diminuição da
área foliar. Plantas em condições de estresse hídrico passam mais tempo
respirando do que fotossintetizando. Água é de fundamental importância,
54
porém sua falta é o fator mais inibidor da produção, após a luz: se não tem
água, não tem fotossíntese.
Com relação a temperatura, considerando as fases da emergência à
polinização, a elevação da temperatura acelera o pendoamento, enquanto na
polinização o efeito da temperatura (acima de 30 °C) vai reduzir a viabilidade
do pólen. Da polinização à maturidade fisiológica, a elevação de temperatura
vai provocar o encurtamento da fase de enchimento de grãos, com
consequente menor taxa de acúmulo de matéria seca nos grãos e menor teor
de proteína. Com a redução da temperatura abaixo de 12 °C, vai haver
redução da germinação, e o desenvolvimento será reduzido da emergência
ao pendoamento, uma vez que o metabolismo diminui com a baixa da
temperatura. Após a maturação fisiológica, o metabolismo vai continuar
lento, com baixa perda de umidade nos grãos e comprometimento na
qualidade de grãos.
Assim, o desenvolvimento das sementes pode ser afetado por fatores
ambientais tais como temperatura do ar e umidade do solo. O estresse
hídrico, durante o enchimento da semente, afeta a deposição de amido nas
células do endosperma, de maneira semelhante ao efeito de altas
temperaturas sobre a conversão de sacarose em amido, que ocorre no
interior das células do endosperma. Por outro lado, altas temperaturas
reduzem o tempo em que a semente deveria estar em enchimento.
RESPOSTA A
2 - Analista de Projetos Agronomia - BRDE - FUNDATEC– 2015
As Dicotiledôneas são um grande grupo de plantas. A esse respeito,
assinale a alternativa a seguir que apresenta uma planta desse grupo.
(A) Milho.
(B) Arroz.
55
(C) Feijão
(D) Trigo
(E) Sorgo
SOLUÇÃO
As angiospermas foram subdivididas em duas classes:
- As angiospermas monocotiledôneas: capim, cana-de-açúcar, milho, arroz,
trigo, aveias, cevada, bambu, centeio, lírio, alho, cebola, banana, bromélias
e orquídeas.
- As angiospermas dicotiledôneas: feijão, amendoim, soja, ervilha, lentilha, grão-de-bico, pau-brasil, ipê, peroba, mogno, cerejeira, abacateiro, acerola,
roseira, morango, pereira, macieira, algodoeiro, café, jenipapo, girassol e
margarida.
RESPOSTA C
56
3 – EXATUSPR - BANPARÁ Engenheiro Agrônomo - 2015
Trigo e milho são consideradas, respectivamente, plantas com
metabolismo:
a) C4 e C3.
b) Ambas C3.
c) Ambas C4.
d) C3 e C4.
e) CAM e C4.
SOLUÇÃO
PLANTAS C3
As plantas C3 recebem este nome por conta do ácido 3-fosfoglicérico
formado após a fixação das moléculas de CO2. Estes vegetais compreendem
a maioria das espécies terrestres, ocorrendo principalmente em regiões
tropicais úmidas.As taxas de fotossíntese das plantas C3 são elevadas à todo
o momento, tendo em vista que a planta atinge as taxas máximas de
fotossíntese (TMF) em intensidades de radiação solar relativamente baixas.
É por isso que são consideradas espécies esbanjadoras de água. Ainda assim,
este grupo vegetal é altamente produtivo, contribuindo significativamente
para o equilíbrio da biodiversidade terrestre. O trigo (Triticum aestivum), o
centeio (Secale cereale), a aveia (Avena sativa) e o arroz (Oryza sativa) são
exemplos de gramíneas C3.
PLANTAS C4
As plantas C4 possuem grande afinidade com o CO2. Elas recebem este
nome devido ao fato do ácido oxalacético possuir 4 moléculas de carbono,
formado após o processo de fixação de carbono. Devido à alta afinidade com
o CO2, as plantas C4 apresentam uma grande vantagem em relação às
plantas C3: elas podem sobreviver em ambientes áridos. Isto se dá porque
as plantas C4 só atingem as taxas máximas de fotossíntese sob elevadas
57
intensidades de radiação solar, fazendo com que fixem mais CO2 por unidade
de água perdida. Ou seja, elas são mais econômicas quanto ao uso da água,
elas perdem menos água que as C3 durante a fixação e a fotossíntese. As
plantas C4 são também conhecidas como “plantas de sol” por ocorrerem em
áreas muitas vezes sem sombra alguma. Elas também ocorrem em áreas
áridas com menores quantidades de água disponível nos solos. Algumas
plantas, principalmente gramíneas (cana-de-açúcar e milho p.ex.) e parte
das bromélias, são alguns exemplos de planta C4
PLANTAS CAM
As plantas CAM são ainda mais econômicas quanto ao uso da água do
que as plantas C4, elas ocorrem em áreas desérticas ou intensivamente
secas. A abertura dos estômatos (estruturas que controlam a entrada e saída
de gases nas plantas) durante a noite, evitam a grande perda de água, ao
mesmo tempo em que o CO2 é fixado, por meio do ácido málico. Durante o
dia, os estômatos se fecham (não há grande perda de água) e o CO2 fixado
é então utilizado na realização da fotossíntese sob elevadas intensidades de
radiação solar. São também “plantas de sol”, assim como as C4.
RESPOSTA D
4 - FGV - IBGE - Analista - Engenharia Agronômica- 2016
A maior área plantada com grandes culturas no Brasil é ocupada por soja,
milho, cana-de-açúcar, mandioca e arroz, sendo que nas culturas que
ocupam de 250 mil a 1 milhão de hectares os grandes destaques são o milho
forrageiro e o algodão. Sobre o tema, e correto afirmar que:
diferentemente do milho em grão, o milho forrageiro é destinado
exclusivamente à pecuária, para a alimentação de gado leiteiro e de corte,
sobretudo na forma de silagem, que utiliza a planta integralmente, antes da
maturação completa dos grãos.
58
CERTO
ERRADO
SOLUÇÃO
É muito grande o número de cultivares de milho existentes no mercado.
Uma cultivar permanece cinco a seis anos no mercado e só as melhores
permanecem por mais de dez anos. Em geral, as empresas produtoras de
sementes indicam as cultivares de milho para silagem. A cultivar para
silagem deve ser adaptada à região de plantio, com alta produção de grãos,
os quais devem ser do tipo dentado (grãos amarelos e macios quando secos),
boa produção de massa verde, alta estabilidade, resistência às principais
doenças foliares, resistência ao acamamento e com pouco "stay green". Essa
última característica mantém a planta verde por mais tempo durante a
maturação dos grãos, sendo importante para evitar o acamamento das
plantas em culturas para colheita de grãos. Assim, quando os grãos
estiverem no ponto ótimo de colheita, a planta estará ainda com o caule
verde e com muita umidade. Também está ficando cada vez mais comum
indicar cultivares de milho para silagem com base na digestibilidade da
parede celular (FDN), que é um dos parâmetros relacionados com a
qualidade da fração verde da planta (caule e folhas) e com o consumo
voluntário da silagem pelos animais.
5 - Analista do MPU - Engenharia Agronômica – MPU – CESPE - 2013
Com relação às técnicas de cultivos, julgue o item a seguir.
Atualmente, no Brasil, é comum a obtenção de culturas de milho com
produtividade acima de 10.000 kg/ha. A obtenção desses índices de
produtividade decorre da adoção da tecnologia Bt e no aumento substancial
na quantidade de nutrientes aplicados no solo
RESPOSTA CERTO
59
SOLUÇÃO
A teoria econômica preconiza que há pelo menos três tipos de efeitos
causados pelas tecnologias na produção de um determinado bem. O primeiro
efeito está relacionado com o aumento da produtividade dos fatores de
produção, gerando um adicional de renda para o produtor e para o
consumidor, pois eleva o nível de produção do produto, aumentando a oferta
deste e, consequentemente, reduzindo seu preço de mercado. O segundo
efeito está associado à redução dos custos de produção, o que, no primeiro
momento, eleva a renda do produtor e, a partir daí, pode resultar em
diminuição do preço de mercado, beneficiando os consumidores. E o terceiro
efeito diz respeito ao aumento da produção por diminuição das perdas
causadas no processo de produção, o que resulta também em acréscimo de
renda para o produtor, uma vez que há diminuição dos custos unitários dos
produtos e aumento da renda pela maior quantidade ofertada, o que também
beneficiará os consumidores. Na agropecuária, todos os três efeitos podem
ser sentidos de forma individual ou conjugados. O lançamento de uma nova
cultivar pode ser o caminho para se conseguir um nível mais alto de
produtividade, bem como ter como característica ser mais resistente a
determinado fator edafoclimático, o que redundará em um menor risco de
perdas e, consequentemente, em aumento da oferta do produto. Por outro
lado, a cultivar pode ter características que reduzam a necessidade de uso
de um insumo específico, diminuindo assim a necessidade de compra deste
insumo e de gastos com sua aplicação, o que resulta em diminuição dos
custos sem perda de produtividade. Então, o erro da questão e sugerir o
aumento de adubação.
RESPOSTA ERRADO
60
6 - Analista do MPU - Engenharia Agronômica – MPU – CESPE – 2013
Cada vez mais produtivos, os híbridos de milho demandam práticas de
manejo adequadas para a otimização da produtividade da cultura. Desse
modo, em híbridos de milho de porte baixo, a redução de espaçamento e o
aumento da densidade populacional da cultura podem aumentar o
rendimento dos grãos.
SOLUÇÃO
A densidade de plantio, ou estande, definida como o número de plantas
por unidade de área, tem papel importante no rendimento de uma lavoura
de milho, uma vez que pequenas variações na densidade têm grande
influência no rendimento final da cultura. O milho é a gramínea mais sensível
à variação na densidade de plantas. Para cada sistema de produção, existe
uma população que maximiza o rendimento de grãos. A população ideal para
maximizar o rendimento de grãos de milho varia de 30.000 a 90.000 plantas
por hectare, dependendo da disponibilidade hídrica, da fertilidade do solo, do
ciclo da cultivar, da época de semeadura e do espaçamento entre linhas.
Vários pesquisadores consideram o próprio genótipo como principal
determinante da densidade de plantas. O aumento da densidade de plantas
até determinado limite é uma técnica usada com a finalidade de elevar o
rendimento de grãos da cultura do milho. Porém, o número ideal de plantas
por hectare é variável, uma vez que a planta de milho altera o rendimento
de grãos de acordo com o grau de competição intra-específica proporcionado
pelas diferentes densidades de planta. O rendimento de uma lavoura
aumenta com a elevação da densidade de plantio até atingir uma densidade
ótima, que é determinada pela cultivar e por condições externas resultantes
de condições edafoclimáticas do local e do manejo da lavoura. A partir da
densidade ótima, quando o rendimento é máximo, aumento na densidade
resultará em decréscimo progressivo na produtividade da lavoura. A
densidade ótima é, portanto, variável para cada situação e, basicamente,
61
depende de três condições: cultivar, disponibilidade hídrica e do nível de
fertilidade de solo. Qualquer alteração nesses fatores, direta ou
indiretamente, afetará a densidade ótima de plantio.
Além do rendimento de grãos, o aumento da densidade de plantio
também afeta outras características da planta. Dentre essas características,
merecem destaque a redução no número de espigas por planta (índice de
espigas) e o tamanho da espiga. Também o diâmetro do colmo é reduzido e
há maior susceptibilidade ao acamamento e ao quebramento. Além disso, é
reconhecido que pode haver um aumento na ocorrência de doenças,
especialmente as podridões de colmo, com o aumento na densidade de
plantio.
RESPOSTA ERRADO
7 - Analista do MPU - Engenharia Agronômica – MPU – CESPE – 2013
Julgue os itens seguintes, acerca das técnicas de cultivo de espécies
agrícolas.
A adição de hidrometentores (hidrogel) no solo otimiza a
disponibilidade de água e reduz as perdas por lixiviação de nutrientes.
SOLUÇÃO
Polímeros hidro-retentores, também chamados de hidrogel ou
polímeros retentores de água, são produtos naturais (derivados do amido)
ou sintéticos (derivados do petróleo), valorizados por sua capacidade de
absorver e armazenar água. Quebradiços quando secos, eles se tornam
macios e elásticos depois de expandidos em água. Muito embora,
exteriormente, um polímero hidro-retentor possa parecer semelhante a
outro, a composição química e estrutura física de cada um podem ser
diferentes, o que afeta a maneira como eles absorverão, reterão e liberarão
água (MORAES et al., 2001). Capazes de armazenar muitas vezes o próprio
62
peso em água, os polímeros hidro-retentores produzem numerosos ciclos de
secagem-irrigação, por longo tempo de duração (MELO et al., 2005). A
adição dos polímeros hidro-retentores ao solo contribui para germinação de
sementes, desenvolvimento do sistema radicular, crescimento e
desenvolvimento das plantas, redução das perdas de água de irrigação por
percolação e melhoria na aeração e drenagem do solo, além de redução das
perdas de nutrientes por lixiviação (CÂMARA et al., 2011; AZEVEDO et al.,)
RESPOSTA CERTO
8 - INSTITUTO IESES-IF INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE - IF
A cultura do Milho é uma das mais antigas da humanidade, tendo seu início
nas Américas onde antes da colonização os nativos que aqui viviam já
possuíam o cultivo do milho de diversas variedades. Na atualidade o Milho é
amplamente utilizado na alimentação humana, fabricação de óleos,
alimentação de animais entre outros. Como toda cultura existem pragas que
afetam as lavouras, entre as alternativas a seguir assinale a alternativa
correta que representa uma das principais pragas do Milho.
a) Lagarta do Cartucho (Spodoptera frugiperda).
b) Lagarta enroladeira (Omiodes indicatus).
c) Broca-do-Rizoma (Cosmopolites sordidus).
d) Mandarová (Erinnys ello ).
SOLUÇÃO
A lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda é a principal praga da
cultura do milho no Brasil, ocorrendo em todas as regiões produtoras, tanto
nos cultivos de verão como nos de segunda safra ("safrinha"). O inseto está
sempre presente a cada ano de cultivo e ataca a planta desde sua
emergência até a formação de espigas. Mas a grande preocupação no
momento é o desenvolvimento de populações resistentes a produtos
63
químicos, já verificado em algumas regiões, e a diminuição sensível da
diversidade de agentes de controle biológico, em consequência do mau uso
dos agrotóxicos. Portanto, é a hora de os agricultores pensarem em adotar
um programa de manejo integrado, principalmente para restabelecer o
equilíbrio ecológico dentro do sistema de produção.
A mariposa fêmea, de coloração geral acinzentada, com cerca de 25
mm de envergadura, coloca seus ovos em massa, em média cerca de cem a
cada vez. Em temperaturas ao redor de 25oC, ocorre a eclosão das lagartas
em três dias. Os insetos recém-nascidos geralmente permanecem juntos nas
primeiras horas de vida, iniciando sua alimentação pela casca dos próprios
ovos. Depois raspam a folha da planta hospedeira, propiciando um sintoma
típico do dano da praga, mas sem perfurar a folha, deixando a epiderme
membranosa intacta. As larvas maiores, especialmente a partir do segundo
instar, começam a migrar para outras plantas. Elas tecem uma teia e pela
ação do vento são levadas para áreas ou plantas adjacentes. Posteriormente
dirigem-se, em menor número, para a região do cartucho, onde se
alimentam das partes mais tenras.
Preencha as lacunas e assinale a alternativa correta “O/A _______________ é a
principal praga da cultura do milho, por sua ocorrência generalizada e por atacar
em todos os estádios de desenvolvimento da planta. São inimigos naturais dessa
praga: _________________ (parasitoides de ovos) e ____________________,
conhecido como tesourinha (predadores de ovos).”
(A) Lagarta do cartucho ( Spodoptera frugiperda) / Vespa (Trichogramma spp) /
Dorus luteipes
(B) Lagarta do cartucho ( Spodoptera frugiperda) / Vespa (Campoletis flavicincta)
/ Dorus luteipes
(C) Lagarta elasmo (Elasmopalpus lignosellus) / Vespa (Trichogramma spp.) /
Chelonus insularis
RESPOSTA A
9 - Analista de Projetos – Agronomia- BRDE /AOCP-2012
64
(D) Lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda) / Tripes (Franklinilla williansi) /
Trichogramma spp
(E) Pulgão do Milho (Rhopalosiphum maidis Fitch) / Trichogramma spp / Mocis
latipes
SOLUÇÃO
A lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda é a principal praga da
cultura do milho no Brasil, os Trichogramma sp é um gênero de vespas
parasitoides de ovos de inúmeras espécies de praga da
ordem Lepidoptera (mariposas e borboletas), sendo importantes e
reconhecidos agentes de controle biológico em sistemas de produção
agrícola. Esse gênero tornou-se um dos grupos de insetos mais utilizados no
mundo no controle de lepidópteros em algodão, cana-de-açúcar, frutíferas,
hortaliças, trigo, milho e florestas.
No Brasil, os estudos com D. luteipes têm indicado essa espécie como
um dos inimigos naturais mais importantes na supressão de pragas na
cultura do milho. Essa planta apresenta como condição fundamental para a
sobrevivência do inseto a alta umidade que é mantida dentro do seu
cartucho, seja pela precipitação ou mesmo pelo orvalho. Portanto, antes do
pendoamento, é neste local que os ovos são depositados. Na ausência do
cartucho, os ovos são observados nas primeiras camadas de palha da espiga,
que também é um local de alta umidade. O inseto é de metamorfose
incompleta, ou seja, passa pelos estágios de ovo, de ninfa e de adulto.
Apresenta um ciclo de vida longo, com o adulto apresentando longevidade
próxima a um ano. Ninfas e adultos são predadores de ovos e lagartas
pequenas de S. frugiperda e H. zea e também de pulgões.
65
Dorus luteipes – tesorinha Vespa (Trichogramma spp)
RESPOSTA A
10 - Analista de Projetos – Agronomia – BRDE / AOCP-2012
São doenças principais do milho:
(A) Cercosporiose (cercospora zea-maydis) e Ferrugem Polissora (Puccinia
polysora).
(B) Cercosporiose (cercospora zea-maydis) e Mancha Angular
(Phaeoisariopsis griseola).
(C) Mancha de Phaeosphaeria e Murcha de Fusarium (Fusarium
oxysporum).
(D) Ferrugem Polissora (Puccinia polysora) e Oídio (Erysiphe polygoni).
(E) Ferrugem Tropical (Physopella zeae) e Podridão Radicular seca
(Fusarium solani).
SOLUÇÃO
Cercosporiose (Cercospora zea-maydis e C. sorghi f. sp. maydis) Importância e
Distribuição: A doença foi observada inicialmente no Sudoeste do estado de Goiás
em Rio Verde, Montividiu, Jataí e Santa Helena, no ano de 2000. Atualmente a
doença está presente em praticamente todas as áreas de plantio de milho no Centro
Sul do Brasil. A doença ocorre com alta severidade em cultivares suscetíveis, com
as perdas podendo ser superiores a 80%.
Ferrugem Polissora (Puccinia polysora) Importância e Distribuição Geográfica: No
Brasil, foram já determinados danos de 44,6% à produção de milho pelas ferrugens
branca e polissora, sendo a maior parte atribuída a P. polysora e parte a Physopella
66
zeae. A doença está distribuída por toda a região CentroOeste, Noroeste de Minas
Gerais, São Paulo e parte do Paraná.
Voltaremos nesta parte no curso especifico de fitossanidade onde aprofundaremos
mais nas doenças das principais culturas .
RESPOSTA A
11 - Analista de Apoio - Engenheiro Agrônomo - SGA/DF - 2004
De forma geral, um grande percentual do milho produzido no Brasil é obtido
em sistema de consórcio com feijão, mandioca, café etc. Com referência à
exploração comercial do consórcio milho-feijão, julgue os próximos itens.
Os cultivares de milho modernos do tipo híbrido simples ou triplo modificados
foram desenvolvidos exclusivamente para cultivo consorciado.
o CERTO
o ERRADO
SOLUÇÃO
Os híbridos existentes no mercado brasileiro podem ser assim definidos:
Híbrido Simples - obtido pelo cruzamento de duas linhagens endogâmicas.
Em geral, é mais produtivo que os demais tipos de híbridos, apresentando
grande uniformidade de plantas e espigas. A semente tem maior custo de
produção, porque é produzida a partir de linhagens, que, por serem
endógamas, apresentam menor produção.
Híbrido Simples Modificado - neste caso, é utilizado como progenitor
feminino um híbrido entre duas progênies afins da mesma linhagem e, como
progenitor masculino, uma outra linhagem.
Híbrido Triplo - é obtido do cruzamento de um híbrido simples com uma
terceira linhagem.
Híbrido Triplo Modificado - O híbrido triplo pode também ser obtido sob
forma de híbrido modificado, em que a terceira linhagem é substituída por
um híbrido formado por duas progênies afins de uma mesma linhagem. Para
67
esta safra está listado apenas um híbrido triplo modificado no mercado
Híbrido duplo - obtido pelo cruzamento de dois híbridos simples,
envolvendo, portanto, quatro linhagens endogâmicas. É o tipo de híbrido
mais utilizado no Brasil.
RESPOSTA ERRADO
12 - Professor de Fitotecnia - IF/SC - 2012
O processo para a obtenção de milho híbrido consiste na obtenção de
linhagens endogâmicas, seleção das linhagens mais promissoras para a
capacidade de combinação e cruzamento entre essas linhagens. Os híbridos
triplos de milho (Zea mays) são obtidos pelo cruzamento de:
A) Um híbrido simples (A/B) como genitor feminino com uma terceira
linhagem C como genitor masculino.
B) Dois híbridos simples (A/B) // (C/D).
C) Um híbrido simples (A/B) como genitor masculino com uma terceira
linhagem C como genitor feminino.
D) Duas linhagens endogâmicas (Linhagem A / Linhagem B).
E) Três híbridos simples (A/B) // (C/D) // (D/E).
SOLUÇÃO
Os híbridos obtidos a partir do cruzamento de linhagens podem ser divididos
em: Simples, Simples Modificado, Triplo, Triplo Modificado, Duplo e Outros.
O híbrido simples é obtido pelo cruzamento de duas linhagens. No
geral é mais produtivo que os demais e apresenta uniformidade de ciclo,
altura de plantas e altura de espigas. A semente tem custo mais elevado,
pois é produzida em uma linhagem.
Para produção do híbrido simples modificado, utiliza-se como
parental feminino um híbrido entre duas linhagens aparentadas (A x A’),
cruzando-se este híbrido com a linhagem B. Este cruzamento (A x A’) visa
68
recuperar um pouco o vigor da planta onde vai ser produzida a semente,
sem grandes perdas de uniformidade dos demais caracteres.
O híbrido triplo é o resultado do cruzamento de um híbrido simples (A
x B) com uma terceira linhagem (C). É uma alternativa ao híbrido simples,
pois a produção de semente é realizada em um material vigoroso e produtivo
que é o híbrido simples. Por isso a linha polinizadora deve produzir pólen
suficiente para garantir a adequada fertilização das espigas do híbrido
simples.
O híbrido triplo modificado é obtido quando a linhagem utilizada
como macho apresenta pouca produção de pólen, pode ser realizado um
cruzamento entre ela e uma linhagem aparentada para recuperar um pouco
o vigor. O cruzamento seria (A x B) x (C x C’).
O híbrido duplo é resultante do cruzamento de quatro linhagens (A x B) x
(C x D). Em geral, é o menos produtivo, maior desuniformidade e melhor
estabilidade, quando comparado com híbridos simples e triplos. A obtenção
do híbrido duplo é mais trabalhosa e demorada, exigindo mais campos
isolados e maior número de anos para a produção de sementes. Entretanto,
ainda é muito utilizada pois a semente é produzida com material vigoroso e
produtivo, o mesmo ocorrendo com o polinizador, pois ambos são híbridos
simples.
RESPOSTA C
13 - Engenheiro Agrônomo - Pref. Cambará/PR
Organismos transgênicos são aqueles que tiveram seu material genético
modificado, pois receberam DNAs de um ou mais seres com os quais não se
cruzariam de formas naturais. Essa alteração é feita por intervenção de
técnicas da engenharia genética. A geração de transgênicos visa obter
características novas ou melhoradas em relação ao objeto original. Sobre a
cultura Zea mays:
69
É o chamado milho Bt, devido à introdução de genes da bactéria de solo
Bacillus thuringiensis, que promove a produção de uma proteína tóxica na
planta, específica para o combate a determinados tipos de insetos, tornando
o alimento resistente a essas espécies.
CERTO
ERRADO
SOLUÇÃO
É o milho geneticamente modificado, no qual foram introduzidos genes
específicos da bactéria de solo, Bacillus thuringiensis (Bt), que promovem na
planta a produção de uma proteína tóxica específica para determinados
grupos de insetos. Assim, o milho Bt é uma cultivar de milho resistente a
determinadas espécies de insetos sensíveis a essa toxina. O milho Bt não
controla todas as pragas da lavoura de milho, as toxinas produzidas pelo Bt
são específicas para determinados grupos de insetos. No caso do milho Bt
disponível hoje no mercado brasileiro, a proteína expressa a ação inseticida
apenas contra os insetos da ordem lepidóptera, como, por exemplo, a
lagarta-do-cartucho-do-milho, a broca-do-colmo, a lagarta-da-espiga e a
lagarta-elasmo. Já existe em outros países outra toxina Bt com ação
específica a Diabrotica spp., por exemplo.
RESPOSTA C
14 - Engenheiro Agrônomo – IFAP – 2016
O uso da técnica de dessecação com os herbicidas Glifosato e 2,4-D em áreas
antes da semeadura de soja precoce na safra é muito difundida pelos
agricultores e tem como o objetivo eliminar as plantas daninhas para
favorecer o crescimento da cultura sem a mato competição inicial. Quando
se usa em dessecação o herbicida 2,4-D, que tem ação sistêmica e hormonal
devido ser um mimetizador de auxina (ácido indol acético - AIA), para se
70
fazer a semeadura da soja em plantio direto sobre palhada recomenda-se o
seguinte:
(A) aplicar e plantar imediatamente, sem espera de prazo para a
semeadura.
(B) esperar no mínimo 2 dias para realizar a semeadura.
(C) esperar no mínimo 20 a 30 dias para realizar a semeadura.
(D) esperar no mínimo 30 a 40 dias para realizar a semeadura.
(E) esperar no mínimo 7 a 15 dias para realizar a semeadura.
SOLUÇÃO
A utilização de herbicidas residuais como o glifosate, na dessecação, têm
proporcionado bons resultados. No entanto, é importante ressaltar que para perfeito
funcionamento desses herbicidas residuais há necessidade de ocorrência de boas
precipitações pluviais (acima de 20 mm) para deslocar os herbicidas residuais que
ficaram retidos na palha para o solo. Outra estratégia é a dessecação da área 25 a
30 dias antes do plantio, com herbicida sistêmico. Imediatamente após o plantio,
utiliza-se um herbicida residual com o herbicida dessecante de contato, à base de
paraquat ou diquat, visando eliminar o primeiro fluxo de plantas daninhas que
emergem após a dessecação, bem como controlar novas emergências através do
efeito do herbicida residual.
RESPOSTA C
15 - Professor - Fitotecnia II – IFTM - 2015
A temperatura é o fator ambiental que influencia vários eventos metabólicos
e fenológicos das culturas agrícolas, principalmente na cultura do milho (Zea
mays L.). Diante disto é correto afirmar que:
A) A cultura do milho pode ser cultivada em todas as regiões do Brasil no
período da safrinha, independente da latitude e altitude;
B) A fotossíntese líquida depende da temperatura, sendo esta, variável com
a altitude, o que pode influenciar no crescimento e desenvolvimento das
plantas de milho;
71
C) As noites quentes favorecem o aumento da taxa de fotorrespiração do
milho, reduzindo a fotossíntese líquida;
D)A altitude não tem influência alguma no ciclo do milho, pois a atividade
enzimática da planta fica comprometida em temperaturas altas.
SOLUÇÃO
A) A cultura do milho pode ser cultivada em todas as regiões do Brasil no
período da safrinha, independente da latitude e altitude;
Não podemos fazer este plantio desprezando a latitude e altitude, pois
em áreas tropicais abaixo de 1.000 m de altitude, a planta de milho acumula
considerável matéria seca no colmo, bainhas de folhas, sabugo e brácteas
após florescimento. Parte dessa matéria seca é translocada para o grão mais
tarde, no período de enchimento de grãos (Palmer et al., 1973). Resultados
experimentais relatados por Goldsworthy et al. (1974) apontam que o
rendimento de milho é limitado principalmente pelo tamanho do grão-dreno,
embora sob algumas perdas ambientais de área foliar (fonte) próximo da
maturidade pode reduzir o rendimento de grãos. Milhos tropicais geralmente
tem maturação tardia, porte alto e grande pendão. Eles mostram um nível
maior de dominância apical, baixo índice de colheita, e, são menos eficientes
em retranslocar para os grãos a matéria seca previamente depositada no
colmo. Tais características têm provável importância para a adaptação do
milho em ambientes tropicais, em competição vantajosa com plantas de
rápido crescimento, e minimizado efeito da perda de folhas por insetos. Ou
seja, milho tropical tem abundância de folha (fonte) e possivelmente tem
mais problemas de partição e dreno (grão) do que milhos temperados.
Reservas de açúcares no colmo pode ser, evolutivamente, resultado da
tolerância a seca e pode ser associada com resistência para podridões do
colmo.
Em altitudes superiores a 1.000m, os cultivares de milho tropical
apresentam a duração do crescimento mais longa que em terras baixas
72
tropicais e é limitado ou por baixas temperaturas ou disponibilidade de
umidade para plantio (Wilson et al., 1973).
Embora os rendimentos em terras altas tropicais sejam maiores que
aqueles em terras baixas tropicais, Goldsworthy & Colegrove (1974) e
Yamaguchi (1974) concluíram que rendimentos em ambas as áreas foram
limitadas pela capacidade do grão-dreno em acumular fotoassimilados.
Algumas dessas diferenças em partição são devidas ao ambiente e
interação genótipo x ambiente. Entretanto, há consideráveis variações
genéticas quando diferentes genótipos crescem em um mesmo ambiente.
Por causa da sensibilidade ao fotoperíodo de genótipos tropicais,
especialmente para faixas de latitudes superiores a 33º Sul, uma
comparação não pode ser feita em ambientes temperados.
B) A fotossíntese líquida depende da temperatura, sendo esta, variável
com a altitude, o que pode influenciar no crescimento e desenvolvimento das
plantas de milho;
Segundo Badu-Apraku et al. (1983), uma redução no rendimento está
associada com o período de enchimento de grãos mais curto. Durante um
rápido enchimento de grãos, o aumento na matéria seca do grão resulta da
utilização dos efeitos combinados de assimilados temporariamente estocados
em partes vegetativas da planta e produzidos através da fotossíntese. Em
altos regimes de temperatura diurna/noturna a acumulação de matéria seca
durante o enchimento de grãos é reduzida. Rendimentos de grãos por planta
também é menor sob altas temperaturas. Com o explicado acima concluímos
que está correta essa alternativa, e podemos concluir também que a letra D
e incorreta, pois altitude tem influência também.
C) As noites quentes favorecem o aumento da taxa de fotorrespiração do
milho, reduzindo a fotossíntese líquida;
O rendimento do milho pode ser reduzido, bem como pode ser alterada
a composição protéica dos grãos, quando da ocorrência de temperaturas
acima de 35-37°C (>3 horas), por ocasião do período de formação do grão.
73
Tal efeito, na maior parte das vezes, pode estar relacionado à diminuição da
atividade da redutase do nitrato, a qual afeta o processo de transformação
do nitrogênio disponível para a planta. De igual forma, a elevação da
temperatura contribui para a redução da taxa fotossintética líquida em
função do aumento da respiração, afetando diretamente a produção. Por
essa razão, temperaturas elevadas prevalecentes no período noturno
(>24°C) promovem um consumo energético demasiado, em função do
incremento da respiração celular, ocasionando menor saldo de
fotoassimilados, com conseqüente queda no rendimento da cultura. Cumpre
salientar que a queda de rendimento em grãos, na condição mencionada
(temperatura noturna elevada), pode ser também determinada pela redução
acentuada do ciclo da planta, em função do incremento da somatória
térmica, conforme citado por Fancelli & Dourado-Neto (2000).
É compreensível que uma mais ampla variação estacional
experimentada por uma planta ou comunidade de plantas pudesse ser a
temperatura foliar noturna. A temperatura diária de plantas está fortemente
condicionada pela radiação, dissipação de calor por convecção, re-radiação
e evaporação que a temperatura do ar torna uma variante menor. A noite, o
maior controle sobre a temperatura da planta deve ser a re-radiação devido
a temperatura do ar.
Resultados experimentais e observações empíricas em áreas de
produção mostram que altas temperaturas noturnas reduzem o rendimento
de grãos. Altas temperaturas noturnas tem também associação com precoce
senescência e maturidade; consequentemente, o período de enchimento de
grãos é reduzido. Embora a respiração devesse ser aumentada sob altas
temperaturas noturnas, isto não é completamente confirmado por medidas
experimentais. A possibilidade existe de que os tratamentos de alta
temperatura noturna pudesse ter produzido estresse hídrico
atmosfericamente induzido. A umidade relativa é usualmente monitorada,
mas não controlada. Experimentos, em condições controladas, ainda
74
precisam produzir um estudo compreensivo do efeito de várias temperaturas
do ar nos parâmetros de respiração, níveis de metabólitos e
enzimas, temperatura foliar, e potencial de água na folha.
A organização morfológica do milho em suas estruturas reprodutivas, estão
dispostas de forma a evitar que grãos de pólen da mesma planta atinjam a
espiga, sendo estas apenas polinizadas por plantas distintas através de
agentes naturais, normalmente o vento o qual carrega pólen de uma planta
para outra. Com base nisso assinale a alternativa correta que corresponde
a forma de polinização do milho.
a) Auto fecundação.
b) Polinização cruzada.
c) Hibridismo.
d) Polinização controlada.
SOLUÇÃO
A polinização consiste na transferência do grão de pólen da antera da
flor masculina ao estigma das flores femininas. A planta de milho, pela sua
organização morfológica, impede que haja autofecundação, ou seja, a
polinização de uma espiga por grãos de pólen da mesma planta. O grão de
pólen de uma planta, normalmente através de agentes naturais
principalmente correntes aéreas, atinge a barba da espiga de outras plantas.
Ocorre normalmente apenas cerca de 2% de autofecundação, razão pela qual
se diz que o milho é tipicamente uma planta de POLINIZAÇÃO CRUZADA.
RESPOSTA B
RESPOSTA B
16 - INSTITUTO IESES-IF INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE - IFC
75
17 - Professor - Fitotecnia II – IFTM - 2015
A lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda J.E. Smith, 1974) é a principal
praga chave na cultura do milho, além de estar presente em mais de 100
culturas agrícolas diferentes. Escolha a alternativa incorreta:
A) O uso de plantas transgênicas de milho Bt revolucionou o cultivo do milho
no mundo todo, todavia, atualmente os agricultores podem ter que fazer
mais de seis aplicações de inseticidas químicos nas lavouras para o controle
da lagarta do cartucho, devido à quebra de resistência;
B) A adoção de áreas de refúgio cultivadas com milho convencional é
primordial para o acasalamento de insetos resistentes e insetos suscetíveis,
haja vista que a maioria dos insetos da geração heterozigota resultante
apresenta suscetibilidade às proteínas Bt;
C)Nas áreas de refúgio em que se utiliza milho convencional não devem ficar
a mais de 800 m de distância de área com milho Bt e para o manejo da
lagarta do cartucho nas áreas de refúgio os agricultores devem aplicar
inseticidas à base de Bt, pois outras formas químicas aumentam a pressão
de seleção de insetos resistentes às proteínas Bt;
D)Atualmente a piramidação gênica é a técnica utilizada para que o milho Bt
expresse mais de uma proteína Bt, aumentando o tempo de duração do
evento de resistência nas cultivares de milho.
SOLUÇÃO
A área de refúgio é a semeadura de 10% da área cultivada com milho Bt,
utilizando híbridos não Bt, de porte e ciclo vegetativo similar, de preferência
os seus isogênicos. A área de refúgio não deve estar a mais de 800 m de
distância das plantas transgênicas. Essa é a distância máxima verificada pela
dispersão dos adultos da lagarta-do-cartucho-do-milho no campo. A área de
refúgio funciona preservando indivíduos suscetíveis à toxina para cruzar com
possíveis adultos sobreviventes na área de milho Bt. Assim, retarda e, se
bem manejada, pode evitar a evolução de uma raça pura capaz de causar
dano no milho Bt. Todas essas recomendações têm o intuito de sincronizar o
ciclo dos insetos, para evitar o cruzamento entre dois indivíduos
76
sobreviventes no milho Bt. O refúgio estruturado deve ser desenhado de
acordo com a área cultivada com o milho Bt. Para glebas com dimensões
acima de 800 m, cultivadas com milho Bt, serão necessárias faixas de refúgio
internas nas respectivas glebas. Ainda, segundo a recomendação da CTNBio,
na área de refúgio, é permitida a utilização de outros métodos de controle,
desde que não sejam utilizados bioinseticidas à base de Bt. Convém salientar
que, na área de refúgio, é necessário que parte da população da lagarta-do
cartucho-do-milho sobreviva, de modo a não comprometer o equilíbrio
natural, não se justificando, portanto, o uso exagerado de inseticidas nessa
área. Para a utilização do milho Bt, basta o produtor cumprir duas regras: a
de coexistência, exigida por lei, para evitar a contaminação de lavouras
vizinhas não Bt, e a regra do Manejo da Resistência de Inseto (MRI),
recomendada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio),
para reduzir a chance de seleção de raças de lagartas resistentes às toxinas
do Bt. As regras de coexistência baseiam-se no direito de outros produtores
vizinhos produzirem milho convencional livre de contaminação de milho
transgênico, via polinização ou mistura de grãos em lavouras vizinhas. O
plantio de milho Bt demanda o isolamento da lavoura de pelo menos 100 m
de distância da lavoura do milho não Bt (convencional) ou uma distância de
20 m acrescida de uma bordadura de 10 linhas de milho convencional, de
porte e ciclo vegetativo similar ao milho geneticamente modificado. Com
esse isolamento, o milho colhido na área convencional é considerado livre de
transgênico.
18 - Professor - Fitotecnia II – IFTM - 2015
Na autoincompatibilidade ocorre uma interação entre o grão de pólen e o
estigma, que impede que o pólen germine no estigma da mesma planta.
Este evento facilita a obtenção de plantas híbridas em milho, por exemplo.
Escolha a alternativa incorreta:
A)No sistema gametofítico a incompatibilidade é controlada por um único
alelo S e o grão de pólen somente germinará em um estigma que não
RESPOSTA C
77
contém o mesmo alelo, impedindo a autofecundação;
B) No sistema esporofítico o que determinará a ocorrência ou não a
incompatibilidade não será o alelo que o pólen carrega, mas sim os alelos
presentes no tecido diploide da planta mãe;
C) A macho-esterilidade é a incapacidade de uma planta em produzir flores
masculinas;
D)A autoincompatibilidade pode ser dividida em gametofítica e esporofítica.
SOLUÇÃO
A reprodução sexual em milho é um processo que envolve a expressão
de genes específicos em células do tecido reprodutivo masculino e feminino
da planta. Assim, alterações em qualquer fase desse processo podem levar
à falta de fertilidade. A macho-esterilidade ocorre quando não há a produção
de gametas masculinos viáveis, apesar de os órgãos florais femininos e as
estruturas vegetativas não apresentarem qualquer anomalia.
A macho-esterilidade é uma característica que pode ser empregada
como valiosa ferramenta para a produção comercial de sementes e já foi
identificada em muitas espécies vegetais, sendo um componente estratégico
para a produção comercial de híbridos em muitas culturas como sorgo, arroz,
soja e girassol, pois pode ser empregada para evitar que ocorram
autofecundações nas linhas onde estão sendo produzidas as sementes
(linhas fêmeas). Em geral, um genótipo restaurador homozigoto é
empregado como o parental masculino do híbrido. Além disso, a garantia da
pureza genética das linhagens parentais e dos próprios híbridos é um pré-
requisito fundamental para a expressão de todo o potencial deste tipo de
cultivar. Portanto, a utilização da esterilidade masculina na produção de
sementes híbridas apresenta importância econômica, além de assegurar a
pureza das sementes genéticas.
Em milho, existem dois tipos distintos de macho-esterilidade, a nuclear
e a citoplasmática. A macho-esterilidade nuclear ocorre quando existem
78
mutações recessivas em genes nucleares que interrompem a gametogênese
masculina. A macho-esterilidade citoplasmática é uma característica que
envolve genes mitocondriais, herdados maternalmente, e restauradores da
fertilidade de natureza nuclear. Os genes indutores da macho-esterilidade
citoplasmática são gerados pelo rearranjo do genoma mitocondrial que
resulta em produtos gênicos aberrantes e/ou níveis alterados de produtos
gênicos normais.
FONTE: http://www.cnpms.embrapa.br/grao/26_edicao/grao_em_grao_artigo_01.htm
RESPOSTA C
19 - Professor de Fitotecnia - IF/SC – 2012
A rotação de culturas consiste em alternar, anualmente, espécies vegetais
numa mesma área agrícola, trazendo como benefícios, além da melhora
nas condições físicas, químicas e biológicas do solo, o controle de pragas e
doenças. Para aumentar a ciclagem de Potássio e Nitrogênio para a cultura
do milho (Zea mays) é recomendado:
A) Efetuar a rotação com soja ou o plantio de soja em 50% da lavoura.
B) Efetuar a rotação com aveia, soja e nabo forrageiro.
C) Efetuar o plantio de girassol na safrinha.
D) Efetuar a rotação com feijão ou amendoim.
E) Efetuar a rotação com o plantio de nabo forrageiro no outono.
SOLUÇÃO
Sendo o objetivo minimizar a ocorrência de pragas, nematóides e doenças,
deve-se considerar o ciclo e os hábitos destes, o tipo de patógeno e o sistema
de culturas implantado. Algumas sucessões, além de melhorar o rendimento
da cultura principal, proporcionam condições específicas:
aveia preta - milheto - soja (para produção de palha);
79
aveia - soja - nabo forrageiro - milho (para elevada reciclagem de nutrientes
K e N para o milho);
rotação soja - soja - milho ou soja (2/3) e milho (1/3) (para controle de
doenças na soja);
nabo forrageiro - milheto na primavera - soja (boa descompactação
superficial do solo, alta produção de palha reciclagem de potássio e controle
de invasoras);
soja - girassol safrinha - milho (bom para a produtividade do milho e
estruturação do solo).
O esquema de rotação deve permitir variações entre as culturas envolvidas,
pois além dos benefícios advindos dos aspectos técnicos, os aspectos
econômicos também são muito importantes, já que influenciam e podem
variar num curto espaço de tempo.
SOJA
20 - PERITO CRIMINAL – AGRONOMIA - PI - 2008
O bom resultado da semeadura não depende apenas da semente, é um
conjunto de ações, entre elas a maneira como foi executada a regulagem da
semeadora-adubadora. Assim sendo, quais as quantidades de semente e
adubo que o implemento bem regulado deverá apresentar em uma das
linhas, quando acionado por um espaço de 15m, tendo que semear soja na
quantidade de 50kg/ha e aplicar adubo na quantidade de 200kg/ha
(espaçamento de 0,6m entre linhas)
a) 4,5kg de sementes e 1,8kg de adubo
b) 450g de sementes e 0,18kg de adubo
c) 45g de sementes e 180g de adubo
RESPOSTA E
80
d) 4,5g de sementes e 1,8g de adubo
e) 45kg de sementes e 18kg de adubo
SOLUÇÃO
Calcular a quantidade de adubo por m² e na linha de plantio. 1) cálculo da quantidade por m².
Fórmula de adubo X = 200 kg/ha
10.000 m2................ 200 kg 1 m² ..................... X
𝑋 =(1 . 200)
10.000= 𝑂, 𝑂2
X = 0,020 kg = 20 g/m²
2) na linha ou no sulco:
precisamos saber:
quantidade de adubo: 200 kg/ha
espaçamento entre linhas: por exemplo, o Milho 60 cm entrelinhas.
Cálculo a ser usado:
g/m linear de sulco = (Q x e) / 10 Onde:
Q = quantidade de adubo em kg/ha;
e = espaçamento entre sulcos em metro.
Então, Q = 200 kg/ha
e = 60 cm ou 0,60 m
g/m linear de sulco = (200 x 0,60) / 10
g/m linear de sulco = 12 gramas. Portanto, a cada m linear percorrido pela adubadeira deve cair 12 g de
adubo. Para isto, marca-se uma distância de 15 metros conforme nosso
exercício, e nesse percurso da máquina deve cair 180 g de adubo (12 x
12). Para regular essa quantidade, coloca-se um saco plástico na ponta do
tubo que vai distribuir o produto, e pesa-se a quantidade colhida nesses 15 m até acertar o peso ideal (180 g).
com relação numero de semente, podemos calcular assim:
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑠𝑢𝑙𝑐𝑜 𝑝𝑜𝑟 ℎ𝑒𝑐𝑡𝑎𝑟𝑒 =1 ℎ𝑎
𝑒𝑠𝑝𝑎ç𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜=
10000 𝑚2
0,6 16.666 𝑚 𝑠𝑢𝑙𝑐𝑜 𝑝𝑜𝑟 ℎ𝑎
81
Agora pegamos a quantidade de semente por há (50 kg/ha), e dividimos pela
quantidade de sulcos/m (16.666)
50000/16666 = 3 sementes/ metro
Como nós vamos percorrer 15 metros, então, gastaremos 15 . 3= 45 gramas
de sementes
RESPOSTA C
21 - Analista do MPU - Engenharia Agronômica – MPU – CESPE - 2013
Com relação às técnicas de cultivos, julgue o item a seguir.
A inoculação da bactéria Bradyrhizobium em sementes de soja é uma prática
recomendada previamente ao plantio, pois possibilita uma fixação adequada
de nitrogênio atmosférico nas plantas. No entanto, ainda que a inoculação
seja realizada, a cultura da soja deve ser suplementada com nitrogênio
mineral para aumentar a eficiência da nodulação.
SOLUÇÃO
A principal fonte de N para a cultura da soja são as bactérias do gênero
Bradyrhizobium, quando em contato com as raízes da soja, infectam as
raízes, via pêlos radiculares, formando os nódulos. A FBN pode, dependendo
de sua eficiência, fornecer todo o N que a soja necessita.
Resultados obtidos em todas as regiões onde a soja é cultivada mostram que
a aplicação de fertilizante nitrogenado na semeadura ou em cobertura em
qualquer estádio de desenvolvimento da planta, em sistemas de semeadura
direta ou convencional, além de reduzir a nodulação e a eficiência da FBN,
não traz nenhum incremento de produtividade para a soja. No entanto, se
as fórmulas de adubo que contêm nitrogênio forem mais econômicas do que
as fórmulas sem nitrogênio, elas poderão ser utilizadas, desde que não sejam
aplicados mais do que 20 kg de N/ha.
Fonte:
https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Soja/SojaCentralBrasil2003/in
82
oculacao.htm
RESPOSTA ERRADO
22 - Analista de Projetos – Agronomia- BRDE / AOCP-2012
Um agricultor decide plantar 5 alqueires paulistas de soja, escolheu a variedade
“X”, que possui 100% de germinação comprovada. O produtor deve utilizar um
espaçamento de 0,45m, 14 plantas viáveis por metro linear. Sabendo que 100
sementes pesam 13g, quantos sacos de sementes de 40kg são necessários para o
plantio da área?
(A) 1 saco de semente.
(B) 12,23 sacos de sementes.
(C) 5,05 sacos de sementes.
(D) 13,5 sacos de sementes.
(E) 40 sacos de sementes.
SOLUÇÃO
Para calcular o número de sementes a serem distribuídas, é necessário que se
conheça o poder germinativo do lote de sementes e a pureza da semente, note
que nosso exemplo só disse que e de 100% a germinação, podemos subentender
que a pureza também e de 100%, certo. O alqueiro paulista e de 2,42, então
temos 5 alqueiro correspondendo a 12,1 hc. Vamos a formula
𝑄 =100000. 𝑃. 𝐴. 𝐷
𝐺. 𝑍. 𝐸
Q= quantidade de semente necessária, em kg
P =peso de 100 sementes, em g - (13 grama)
A=área da lavoura, em ha – (12,1 ha)
D= número de plantas por metro de linha – (14 plantas/m
G=poder germinativo da semente (100%)
Z=pureza da semente (100 % o exercício nem falou desta parte, então se ligue
com este detalhe)
E = espaçamento (45 cm)
𝑄 =100000 . 13 . 12,1 . 14
100 . 100 . 45 = 489,38
83
Um saco de semente de soja tem 40 kg, então:
489,38
40= 12,23 𝑠𝑎𝑐𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑛𝑜𝑠 5 𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑝𝑎𝑢𝑙𝑖𝑠𝑡𝑎
RESPOSTA B
23 - Docente - Agronomia - IF/MT -2012
Um produtor, ao iniciar o cultivo de soja em sua propriedade, considerou as
seguintes informações: Número de plantas por metro: 14 plantas;
Espaçamento entre linhas: 40cm; Emergência: 100%; Peso de 100
sementes: 12g. Marque a quantidade de sementes em kg por hectare
utilizada pelo produtor.
[A] 52
[B] 40
[C] 42
[D] 50
SOLUÇÃO
Vamos fazer novamente:
𝑄 =100000. 𝑃. 𝐴. 𝐷
𝐺. 𝑍. 𝐸
Q= quantidade de semente necessária, em kg
P =peso de 100 sementes, em g - (12 grama)
A=área da lavoura, em ha – (1 ha)
D= número de plantas por metro de linha – (14 plantas/m
G=poder germinativo da semente (100%)
Z=pureza da semente (100 % o exercício nem falou desta parte, então se ligue
com este detalhe)
E = espaçamento (40 cm)
𝑄 =100000 . 12 . 1 . 14
100 . 100 . 40 = 42 ℎ𝑔/ℎ𝑎
RESPOSTA C
84
24 - Docente - Agronomia - IF/MT -2012
Em relação aos fatores que afetam a eficiência da colheita da soja, analise
as afirmativas.
I- O mau preparo do solo não causa prejuízos à colheita, uma vez que a
barra de corte das colheitadeiras não sofre oscilações com os desníveis do
terreno.
II- A semeadura em época não indicada pode acarretar baixa estatura das
plantas e altura de inserção das primeiras vagens, ocorrendo perdas na
colheita.
III- Em lavouras infestadas por plantas daninhas, a velocidade de
deslocamento da colheitadeira deve ser reduzida, causando menor
eficiência operacional.
IV- Soja colhida com teor de umidade entre 13 e 15% tem aumentado os
problemas de danos mecânicos e perdas na colheita.
Estão corretas as afirmativas
[A] II e III, apenas.
[B] I, II e IV, apenas.
[C] III e IV, apenas.
[D] I, II e III, apenas.
SOLUÇÃO
A colheita constitui uma importante etapa no processo produtivo da soja,
principalmente pelos riscos a que está sujeita a lavoura destinada ao
consumo ou à produção de sementes. À medida que as plantas de soja se
aproximam da maturação normal, as folhas tornam-se amarelas e caem, as
vagens secam e as sementes perdem umidade rapidamente; assim, a
operação de colheita deve ser iniciada tão logo 95% das vagens apresentem
coloração marrom ou cinza. A soja, quando colhida com teor de umidade dos
grãos entre 13 e 15%, tem minimizados os problemas de danos mecânicos
e perdas na colheita. Sementes colhidas com teor de umidade superior a
15% estão sujeitas a maior incidência de danos mecânicos latentes (não
aparentes) e, quando colhidas com teor abaixo de 13% estão suscetíveis ao
85
dano mecânico imediato, ou seja, à quebra. Outros fatores que afetam e
prejudicam a colheita da soja:
Época de semeadura: os equipamentos automotrizes geralmente cortam
as plantas de soja rente à superfície do solo. As cultivares de soja
apresentam sensibilidade diferenciada em relação à época de semeadura,
podendo resultar que a inserção das primeiras vagens fique mais próxima do
solo, em função da diminuição da altura das plantas.
Velocidade: a velocidade de deslocamento da colhedora automotriz na
colheita mecanizada é determinada em função do trabalho da barra de corte.
A faixa ideal de velocidade de deslocamento varia de 5 a 6,5 km/h,
verificando se as perdas de grãos estão abaixo dos níveis toleráveis (1 saco
de 60 kg por hectare).
Desníveis no terreno: as irregularidades do terreno causam prejuízos na
colheita pelas oscilações que provocam na plataforma da colhedora, fazendo
com que a altura de corte das plantas seja variável, o que resultará tanto
em vagens cortadas ao meio quanto vagens não colhidas.
Plantas daninhas: A presença de plantas daninhas no momento da colheita
da soja faz com que a umidade permaneça alta por muito tempo,
prejudicando o bom funcionamento da colhedora e exigindo mais do sistema
de trilha, resultando em maior dano mecânico às sementes
Como podemos analisar somente o item III esta incorreto.
RESPOSTA B
25 – IF Farropilha – Agronomia/fitotecnia -2013
Intervalo de teores de umidade nas sementes e intervalo de velocidades do
cilindro de trilha de barra, em que a ocorrência de danos mecânicos na
colheita da soja é mínima:
a) entre 11 e 12% e entre 550 e 650 rpm, respectivamente.
b) entre 13 e 15% e entre 500 e 550 rpm, respectivamente.
c) entre 13 e 15% e entre 550 e 650 rpm, respectivamente.
86
d) entre 13 e 15% e entre 600 e 700 rpm, respectivamente.
e) entre 15 e 18% e entre 500 e 550 rpm, respectivamente.
SOLUÇÃO
É recomendável a colheita da soja quando as sementes atinjam
umidade compatível com a trilha mecânica, ao redor de 13% a 15%, que é
uma faixa de umidade relativamente segura para minimizar injúrias
mecânicas aos grãos pela colhedora. Os danos aumentam quando o teor de
água é superior a 18% ou inferior a 13%.
As perdas no cilindro, geralmente, são baixas. Maior atenção deve ser
dada, quando o objetivo for a produção de sementes, no sentido de diminuir
os danos mecânicos que se manifestam por uma quebra de grãos e queda
no poder germinativo. Uma prática a ser seguida é a constante observância
do aspecto dos grãos trilhados. A primeira medida para diminuir a quebra de
grãos é aumentar a abertura do côncavo, e, a seguir, ajustar a velocidade
do cilindro. A parte da frente da abertura entre o cilindro e o côncavo deve
ter 5 mm a mais do que a parte de trás. Para soja, a rotação do cilindro deve
situar-se entre 500 e 700 rpm, conforme as condições inerentes à cultura e
a colheita. O cilindro de barras, utilizado para a colheita do milho, não é
recomendado para a colheita de soja, para a qual propicia maiores perdas
por quebra dos grãos, por trabalhar com a debulha por atrito e não por
debulha por choque, como no caso do uso do cilindro de dentes utilizado na
colhedora de soja.
Observe que na questão não foi dada a faixa de 500 até 700 rpm,
analisando as alternativas a que melhor encaixa em tudo que foi falado è:
RESPOSTA B
26 - Professor - Agronomia/Ciências Agrárias - IF/AM - 2014
Desde o final do ano de 2012, uma praga até pouco tempo não detectada
no Brasil e nas Américas está provocando enormes prejuízos às culturas de
soja, milho, algodão e citros em diferentes regiões do Brasil.
87
Essa praga é a:
a) Anticarsia gemmatalis.
b) Pseudoplusia includens.
c) Spodoptera frugiperda
d) Diatraea saccharalis.
e) Helicoverpa armigera.
SOLUÇÃO
Helicoverpa armigera é uma lagarta identificada recentemente, que tem
surpreendido produtores e pesquisadores pelo seu poder de destruição,
causando prejuízos, principalmente, às lavouras de milho, soja e algodão.
A Helicoverpa armigera é considerada uma praga polífaga, ou seja, ela se
alimenta de várias culturas, portanto, são mais difíceis de serem controladas,
já que é abundante a oferta de alimentos durante todo o ano. É por isso que
a melhor forma de lidar com essa situação é pensando no manejo integrado
de pragas de todo o sistema agrícola. A utilização inadequada de inseticidas
sem observar outras táticas de manejo pode agravar ainda mais o problema.
A Helicoverpa armigera é uma espécie de lagarta que ataca principalmente
as estruturas reprodutivas das plantas. É uma praga extremamente
agressiva, que costuma estar posicionada nas flores e vagens da soja e se
multiplica muito rapidamente. Em condições de campo é praticamente
impossível identificar a Helicoverpa armigera e separá-la da H. zea ou até
mesmo da Heliothis virescens, que também são insetos-pragas que ocorrem
na soja e podem estar sendo confundidos com H. armigera. Apenas exames
laboratoriais é que têm condições de comprovar a presença da H. armigera.
RESPOSTA E
27 - Analista de Apoio - Engenheiro Agrônomo - SGA/DF - 2004
Concorrem para o êxito do agronegócio da soja no Brasil o conhecimento e
a utilização da tecnologia de inoculação de sementes com bactérias fixadoras
88
de nitrogênio. Considerando que a legislação brasileira prevê que um bom
inoculante deve apresentar, no mínimo, 10 células de bactérias por grama
ou 8 mililitro de inoculante, julgue os itens a seguir.
O tratamento de sementes com fungicidas deve ser realizado logo após a
inoculação e a semeadura, em, no máximo, 24 horas após a inoculação.
o CERTO
o ERRADO
SOLUÇÃO
A incompatibilidade entre o tratamento de sementes com determinados
fungicidas e o uso de inoculantes tem sido considerada um dos maiores problemas
relacionados à bactérias fixadoras de nitrogênio - FBN na cultura da soja no País.
Este fato se deve a diversos resultados de pesquisa mostrarem que, quando a
inoculação é feita juntamente com o tratamento das sementes, mesmo que
imediatamente após o envolvimento destas com os fungicidas, esta prática afeta a
nodulação e a FBN, em diferentes graus, por reduzir a população
de Bradyrhizobium spp. (2, 6, 17). A prática comum no tratamento de sementes,
com combinações de fungicidas sistêmico e de contato, pode aumentar o potencial
de toxicidade às bactérias presentes no inoculante.
RESPOSTA ERRADO
28 - Analista de Apoio - Engenheiro Agrônomo - SGA/DF - 2004
Concorrem para o êxito do agronegócio da soja no Brasil o conhecimento e
a utilização da tecnologia de inoculação de sementes com bactérias
fixadoras de nitrogênio. Considerando que a legislação brasileira prevê que
um bom inoculante deve apresentar, no mínimo, 10 células de bactérias
por grama ou 8 mililitro de inoculante, julgue os itens a seguir.
Em alguns casos, utiliza-se pó de grafite como veículo de dispersão das
bactérias do inoculante. A vantagem desse procedimento é promover maior
aderência das bactérias à semente.
o CERTO
o ERRADO
89
SOLUÇÃO
Os tipos de inoculantes comercializados atualmente no Brasil são os
turfosos e os líquidos. Essas ou outras formulações devem ter comprovada
eficiência agronômica, conforme normas oficiais da RELARE aprovadas pelo
MAPA. A inoculação deve ser feita à sombra e a semeadura deve ser efetuada
no mesmo dia, mantendo-se a semente inoculada protegida do sol e do calor
excessivo. Para melhor aderência do inoculante turfoso, recomenda-se
umedecer a semente com água açucarada a 10 %. Cada 30 g de açúcar
em 300 ml de água, representa quantidade suficiente para inocular 50 kg de
sementes. O inoculante deve ser uniformemente distribuído na superfície da
semente para se obter benefício máximo da fixação biológica do nitrogênio
em todas as plantas.
Se o inoculante utilizado for o inoculante turfoso, as sementes devem
ser umedecidas com uma solução açucarada ou outra substância adesiva,
misturando bem. Adicionar o inoculante, homogeneizar e deixar secar a
sombra. A distribuição da mistura açucarada/adesiva mais inoculante nas
sementes deve ser feita, preferencialmente, em máquinas próprias, tambor
giratório ou betoneira. Mas, se o inoculante utilizado for o inoculante líquido
é necessário apenas aplicar o inoculante nas sementes, homogeneizar e
deixar secar a sombra sem a necessidade de utilização de uma substância
adesiva. E também não deixar a semente inoculada por muito tempo para
ser utilizada se não perde a eficiência, e não expor ao sol (ZILLI et al., 2009).
RESPOSTA ERRADO
29 - Engenheiro Agrônomo - Pref. Cambará/PR
Glycine max é o nome científico da cultura de
A) milho.
B) sorgo.
90
C) trigo.
D) soja.
E) alfafa.
SOLUÇÃO
A soja (Glycine max (L.) Merrill) que hoje é cultivada em todo o mundo
, é muito diferente dos ancestrais que lhe deram origem, espécies de plantas
rasteiras que se desenvolviam na costa leste da Ásia, principalmente ao
longo do Rio Amarelo, na China.
RESPOSTA D
30 - Engenheiro Agrônomo – IFAP - 2016
Na cultura da soja, duas bactérias são utilizadas na produção de estirpes
para a inoculação das sementes, uma delas é a Bradyrhizobium elkanii.
Assinale a alternativa que apresenta a outra bactéria utilizada na fixação
biológica de nitrogênio na soja.
(A) Rhizobium etli
(B) Rhizobium leguminosarum bv. phaseoli.
(C) Bradyrhizobium japonicum.
(D) Rhizobium tropici tipo II A
(E) Rhizobium tropici tipo II B
SOLUÇÃO
Entre os rizóbios mais estudados temos as espécies pertencentes ao gênero
Bradyrhizobium que possuim um grande interesse agronômico,
especialmente para soja (Glycine max (L) Merril). No Brasil apenas linhagens
da espécie B. japonicum e B. elkanii são utilizados comercialmente como
inoculantes para soja
RESPOSTA C
31 - CEFET-BAMBUÍ - ENGENHEIRO AGRÔNOMO 2008
Sobre plantas daninhas é correto afirmar que:
a) a rotação de culturas tem efeito na população e nas espécies de plantas
daninhas.
b) a rotação de culturas não apresenta eficiência sobre o controle de ervas
91
daninhas.
c) as espécies usadas em cobertura do solo e em adubação verde não têm
efeito sobre a infestação de plantas daninhas.
d) o controle mecânico de plantas daninhas no Sistema Plantio Direto(SPD)
não apresenta eficiência em relação ao plantio convencional.
SOLUÇÃO
A rotação tem grande efeitos sobre as plantas daninhas, assim como
o plantio direto no início e complicado sua implantação, mais depois de um
certo tempo consegue o controle mais facilmente as plantas daninhas
RESPOSTA A
92
LISTA DE QUESTÕES
1 - FUNDEP - IFSP - Agronomia - 2014
Na cultura do milho, o grão de pólen germina logo após entrar em contato
com o estigma, dando início ao desenvolvimento do tubo polínico. Sobre as
condições climáticas que favorecem o desenvolvimento do tubo polínico,
assinale a alternativa CORRETA.
a) Alta umidade e/ou baixa temperatura.
b) Baixa umidade e/ou baixa temperatura.
c) Alta umidade e/ou alta temperatura.
d) Baixa umidade e/ou alta temperatura.
2 - Analista de Projetos Agronomia - BRDE - FUNDATEC– 2015
As Dicotiledôneas são um grande grupo de plantas. A esse respeito,
assinale a alternativa a seguir que apresenta uma planta desse grupo.
(A) Milho.
(B) Arroz.
(C) Feijão
(D) Trigo
(E) Sorgo
3 – EXATUSPR - BANPARÁ Engenheiro Agrônomo - 2015
Trigo e milho são consideradas, respectivamente, plantas com
metabolismo:
a) C4 e C3.
b) Ambas C3.
c) Ambas C4.
d) C3 e C4.
e) CAM e C4.
93
4 - FGV - IBGE - Analista - Engenharia Agronômica- 2016
A maior área plantada com grandes culturas no Brasil é ocupada por soja,
milho, cana-de-açúcar, mandioca e arroz, sendo que nas culturas que
ocupam de 250 mil a 1 milhão de hectares os grandes destaques são o milho
forrageiro e o algodão. Sobre o tema, e correto afirmar que:
diferentemente do milho em grão, o milho forrageiro é destinado
exclusivamente à pecuária, para a alimentação de gado leiteiro e de corte,
sobretudo na forma de silagem, que utiliza a planta integralmente, antes da
maturação completa dos grãos.
CERTO
ERRADO
5 - Analista do MPU - Engenharia Agronômica – MPU – CESPE - 2013
Com relação às técnicas de cultivos, julgue o item a seguir.
Atualmente, no Brasil, é comum a obtenção de culturas de milho com
produtividade acima de 10.000 kg/ha. A obtenção desses índices de
produtividade decorre da adoção da tecnologia Bt e no aumento substancial
na quantidade de nutrientes aplicados no solo
6 - Analista do MPU - Engenharia Agronômica – MPU – CESPE – 2013
Cada vez mais produtivos, os híbridos de milho demandam práticas de
manejo adequadas para a otimização da produtividade da cultura. Desse
modo, em híbridos de milho de porte baixo, a redução de espaçamento e o
aumento da densidade populacional da cultura podem aumentar o
rendimento dos grãos.
7 - Analista do MPU - Engenharia Agronômica – MPU – CESPE – 2013
Julgue os itens seguintes, acerca das técnicas de cultivo de espécies
agrícolas.
94
A adição de hidrometentores (hidrogel) no solo otimiza a
disponibilidade de água e reduz as perdas por lixiviação de nutrientes.
8 - INSTITUTO IESES-IF INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE - IF
A cultura do Milho é uma das mais antigas da humanidade, tendo seu início
nas Américas onde antes da colonização os nativos que aqui viviam já
possuíam o cultivo do milho de diversas variedades. Na atualidade o Milho é
amplamente utilizado na alimentação humana, fabricação de óleos,
alimentação de animais entre outros. Como toda cultura existem pragas que
afetam as lavouras, entre as alternativas a seguir assinale a alternativa
correta que representa uma das principais pragas do Milho.
a) Lagarta do Cartucho (Spodoptera frugiperda).
b) Lagarta enroladeira (Omiodes indicatus).
c) Broca-do-Rizoma (Cosmopolites sordidus).
d) Mandarová (Erinnys ello ).
Preencha as lacunas e assinale a alternativa correta “O/A _______________ é a
principal praga da cultura do milho, por sua ocorrência generalizada e por atacar
em todos os estádios de desenvolvimento da planta. São inimigos naturais dessa
praga: _________________ (parasitoides de ovos) e ____________________,
conhecido como tesourinha (predadores de ovos).”
(A) Lagarta do cartucho ( Spodoptera frugiperda) / Vespa (Trichogramma spp) /
Dorus luteipes
(B) Lagarta do cartucho ( Spodoptera frugiperda) / Vespa (Campoletis flavicincta)
/ Dorus luteipes
(C) Lagarta elasmo (Elasmopalpus lignosellus) / Vespa (Trichogramma spp.) /
Chelonus insularis
(D) Lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda) / Tripes (Franklinilla williansi) /
Trichogramma spp
9 - Analista de Projetos – Agronomia- BRDE /AOCP-2012
95
(E) Pulgão do Milho (Rhopalosiphum maidis Fitch) / Trichogramma spp / Mocis
latipes
10 - Analista de Projetos – Agronomia – BRDE / AOCP-2012
São doenças principais do milho:
(A) Cercosporiose (cercospora zea-maydis) e Ferrugem Polissora (Puccinia
polysora).
(B) Cercosporiose (cercospora zea-maydis) e Mancha Angular
(Phaeoisariopsis griseola).
(C) Mancha de Phaeosphaeria e Murcha de Fusarium (Fusarium
oxysporum).
(D) Ferrugem Polissora (Puccinia polysora) e Oídio (Erysiphe polygoni).
(E) Ferrugem Tropical (Physopella zeae) e Podridão Radicular seca
(Fusarium solani).
11 - Analista de Apoio - Engenheiro Agrônomo - SGA/DF - 2004
De forma geral, um grande percentual do milho produzido no Brasil é obtido
em sistema de consórcio com feijão, mandioca, café etc. Com referência à
exploração comercial do consórcio milho-feijão, julgue os próximos itens.
Os cultivares de milho modernos do tipo híbrido simples ou triplo modificados
foram desenvolvidos exclusivamente para cultivo consorciado.
o CERTO
o ERRADO
12 - Professor de Fitotecnia - IF/SC - 2012
O processo para a obtenção de milho híbrido consiste na obtenção de
linhagens endogâmicas, seleção das linhagens mais promissoras para a
capacidade de combinação e cruzamento entre essas linhagens. Os híbridos
triplos de milho (Zea mays) são obtidos pelo cruzamento de:
A) Um híbrido simples (A/B) como genitor feminino com uma terceira
linhagem C como genitor masculino.
96
B) Dois híbridos simples (A/B) // (C/D).
C) Um híbrido simples (A/B) como genitor masculino com uma terceira
linhagem C como genitor feminino.
D) Duas linhagens endogâmicas (Linhagem A / Linhagem B).
E) Três híbridos simples (A/B) // (C/D) // (D/E).
13 - Engenheiro Agrônomo - Pref. Cambará/PR
Organismos transgênicos são aqueles que tiveram seu material genético
modificado, pois receberam DNAs de um ou mais seres com os quais não se
cruzariam de formas naturais. Essa alteração é feita por intervenção de
técnicas da engenharia genética. A geração de transgênicos visa obter
características novas ou melhoradas em relação ao objeto original. Sobre a
cultura Zea mays:
É o chamado milho Bt, devido à introdução de genes da bactéria de solo
Bacillus thuringiensis, que promove a produção de uma proteína tóxica na
planta, específica para o combate a determinados tipos de insetos, tornando
o alimento resistente a essas espécies.
CERTO
ERRADO
14 - Engenheiro Agrônomo – IFAP – 2016
O uso da técnica de dessecação com os herbicidas Glifosato e 2,4-D em áreas
antes da semeadura de soja precoce na safra é muito difundida pelos
agricultores e tem como o objetivo eliminar as plantas daninhas para
favorecer o crescimento da cultura sem a mato competição inicial. Quando
se usa em dessecação o herbicida 2,4-D, que tem ação sistêmica e hormonal
devido ser um mimetizador de auxina (ácido indol acético - AIA), para se
fazer a semeadura da soja em plantio direto sobre palhada recomenda-se o
seguinte:
97
(A) aplicar e plantar imediatamente, sem espera de prazo para a
semeadura.
(B) esperar no mínimo 2 dias para realizar a semeadura.
(C) esperar no mínimo 20 a 30 dias para realizar a semeadura.
(D) esperar no mínimo 30 a 40 dias para realizar a semeadura.
(E) esperar no mínimo 7 a 15 dias para realizar a semeadura.
do efeito do herbicida residual.
15 - Professor - Fitotecnia II – IFTM - 2015
A temperatura é o fator ambiental que influencia vários eventos metabólicos
e fenológicos das culturas agrícolas, principalmente na cultura do milho (Zea
mays L.). Diante disto é correto afirmar que:
A) A cultura do milho pode ser cultivada em todas as regiões do Brasil no
período da safrinha, independente da latitude e altitude;
B) A fotossíntese líquida depende da temperatura, sendo esta, variável com
a altitude, o que pode influenciar no crescimento e desenvolvimento das
plantas de milho;
C) As noites quentes favorecem o aumento da taxa de fotorrespiração do
milho, reduzindo a fotossíntese líquida;
D)A altitude não tem influência alguma no ciclo do milho, pois a atividade
enzimática da planta fica comprometida em temperaturas altas.
A organização morfológica do milho em suas estruturas reprodutivas, estão
dispostas de forma a evitar que grãos de pólen da mesma planta atinjam a
espiga, sendo estas apenas polinizadas por plantas distintas através de
agentes naturais, normalmente o vento o qual carrega pólen de uma planta
para outra. Com base nisso assinale a alternativa correta que corresponde
a forma de polinização do milho.
a) Auto fecundação.
16 - INSTITUTO IESES-IF INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE - IFC
98
b) Polinização cruzada.
c) Hibridismo.
d) Polinização controlada.
17 - Professor - Fitotecnia II – IFTM - 2015
A lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda J.E. Smith, 1974) é a principal
praga chave na cultura do milho, além de estar presente em mais de 100
culturas agrícolas diferentes. Escolha a alternativa incorreta:
A) O uso de plantas transgênicas de milho Bt revolucionou o cultivo do milho
no mundo todo, todavia, atualmente os agricultores podem ter que fazer
mais de seis aplicações de inseticidas químicos nas lavouras para o controle
da lagarta do cartucho, devido à quebra de resistência;
B) A adoção de áreas de refúgio cultivadas com milho convencional é
primordial para o acasalamento de insetos resistentes e insetos suscetíveis,
haja vista que a maioria dos insetos da geração heterozigota resultante
apresenta suscetibilidade às proteínas Bt;
C)Nas áreas de refúgio em que se utiliza milho convencional não devem ficar
a mais de 800 m de distância de área com milho Bt e para o manejo da
lagarta do cartucho nas áreas de refúgio os agricultores devem aplicar
inseticidas à base de Bt, pois outras formas químicas aumentam a pressão
de seleção de insetos resistentes às proteínas Bt;
D)Atualmente a piramidação gênica é a técnica utilizada para que o milho Bt
expresse mais de uma proteína Bt, aumentando o tempo de duração do
evento de resistência nas cultivares de milho.
18 - Professor - Fitotecnia II – IFTM - 2015
Na autoincompatibilidade ocorre uma interação entre o grão de pólen e o
estigma, que impede que o pólen germine no estigma da mesma planta.
Este evento facilita a obtenção de plantas híbridas em milho, por exemplo.
Escolha a alternativa incorreta:
A)No sistema gametofítico a incompatibilidade é controlada por um único
99
alelo S e o grão de pólen somente germinará em um estigma que não
contém o mesmo alelo, impedindo a autofecundação;
B) No sistema esporofítico o que determinará a ocorrência ou não a
incompatibilidade não será o alelo que o pólen carrega, mas sim os alelos
presentes no tecido diploide da planta mãe;
C) A macho-esterilidade é a incapacidade de uma planta em produzir flores
masculinas;
D)A autoincompatibilidade pode ser dividida em gametofítica e esporofítica.
19 - Professor de Fitotecnia - IF/SC – 2012
A rotação de culturas consiste em alternar, anualmente, espécies vegetais
numa mesma área agrícola, trazendo como benefícios, além da melhora
nas condições físicas, químicas e biológicas do solo, o controle de pragas e
doenças. Para aumentar a ciclagem de Potássio e Nitrogênio para a cultura
do milho (Zea mays) é recomendado:
A) Efetuar a rotação com soja ou o plantio de soja em 50% da lavoura.
B) Efetuar a rotação com aveia, soja e nabo forrageiro.
C) Efetuar o plantio de girassol na safrinha.
D) Efetuar a rotação com feijão ou amendoim.
E) Efetuar a rotação com o plantio de nabo forrageiro no outono.
SOJA
20 - PERITO CRIMINAL – AGRONOMIA - PI - 2008
O bom resultado da semeadura não depende apenas da semente, é um
conjunto de ações, entre elas a maneira como foi executada a regulagem da
semeadora-adubadora. Assim sendo, quais as quantidades de semente e
adubo que o implemento bem regulado deverá apresentar em uma das
linhas, quando acionado por um espaço de 15m, tendo que semear soja na
quantidade de 50kg/ha e aplicar adubo na quantidade de 200kg/ha
(espaçamento de 0,6m entre linhas)
100
a) 4,5kg de sementes e 1,8kg de adubo
b) 450g de sementes e 0,18kg de adubo
c) 45g de sementes e 180g de adubo
d) 4,5g de sementes e 1,8g de adubo
e) 45kg de sementes e 18kg de adubo
21 - Analista do MPU - Engenharia Agronômica – MPU – CESPE - 2013
Com relação às técnicas de cultivos, julgue o item a seguir.
A inoculação da bactéria Bradyrhizobium em sementes de soja é uma prática
recomendada previamente ao plantio, pois possibilita uma fixação adequada
de nitrogênio atmosférico nas plantas. No entanto, ainda que a inoculação
seja realizada, a cultura da soja deve ser suplementada com nitrogênio
mineral para aumentar a eficiência da nodulação.
22 - Analista de Projetos – Agronomia- BRDE / AOCP-2012
Um agricultor decide plantar 5 alqueires paulistas de soja, escolheu a variedade
“X”, que possui 100% de germinação comprovada. O produtor deve utilizar um
espaçamento de 0,45m, 14 plantas viáveis por metro linear. Sabendo que 100
sementes pesam 13g, quantos sacos de sementes de 40kg são necessários para o
plantio da área?
(A) 1 saco de semente.
(B) 12,23 sacos de sementes.
(C) 5,05 sacos de sementes.
(D) 13,5 sacos de sementes.
(E) 40 sacos de sementes.
23 - Docente - Agronomia - IF/MT -2012
Um produtor, ao iniciar o cultivo de soja em sua propriedade, considerou as
seguintes informações: Número de plantas por metro: 14 plantas;
Espaçamento entre linhas: 40cm; Emergência: 100%; Peso de 100
sementes: 12g. Marque a quantidade de sementes em kg por hectare
utilizada pelo produtor.
[A] 52
101
[B] 40
[C] 42
[D] 50
24 - Docente - Agronomia - IF/MT -2012
Em relação aos fatores que afetam a eficiência da colheita da soja, analise
as afirmativas.
I- O mau preparo do solo não causa prejuízos à colheita, uma vez que a
barra de corte das colheitadeiras não sofre oscilações com os desníveis do
terreno.
II- A semeadura em época não indicada pode acarretar baixa estatura das
plantas e altura de inserção das primeiras vagens, ocorrendo perdas na
colheita.
III- Em lavouras infestadas por plantas daninhas, a velocidade de
deslocamento da colheitadeira deve ser reduzida, causando menor
eficiência operacional.
IV- Soja colhida com teor de umidade entre 13 e 15% tem aumentado os
problemas de danos mecânicos e perdas na colheita.
Estão corretas as afirmativas
[A] II e III, apenas.
[B] I, II e IV, apenas.
[C] III e IV, apenas.
[D] I, II e III, apenas.
25 – IF Farropilha – Agronomia/fitotecnia -2013
Intervalo de teores de umidade nas sementes e intervalo de velocidades do
cilindro de trilha de barra, em que a ocorrência de danos mecânicos na
colheita da soja é mínima:
a) entre 11 e 12% e entre 550 e 650 rpm, respectivamente.
b) entre 13 e 15% e entre 500 e 550 rpm, respectivamente.
c) entre 13 e 15% e entre 550 e 650 rpm, respectivamente.
d) entre 13 e 15% e entre 600 e 700 rpm, respectivamente.
e) entre 15 e 18% e entre 500 e 550 rpm, respectivamente.
102
26 - Professor - Agronomia/Ciências Agrárias - IF/AM - 2014
Desde o final do ano de 2012, uma praga até pouco tempo não detectada
no Brasil e nas Américas está provocando enormes prejuízos às culturas de
soja, milho, algodão e citros em diferentes regiões do Brasil.
Essa praga é a:
a) Anticarsia gemmatalis.
b) Pseudoplusia includens.
c) Spodoptera frugiperda
d) Diatraea saccharalis.
e) Helicoverpa armigera.
27 - Analista de Apoio - Engenheiro Agrônomo - SGA/DF - 2004
Concorrem para o êxito do agronegócio da soja no Brasil o conhecimento e
a utilização da tecnologia de inoculação de sementes com bactérias fixadoras
de nitrogênio. Considerando que a legislação brasileira prevê que um bom
inoculante deve apresentar, no mínimo, 10 células de bactérias por grama
ou 8 mililitro de inoculante, julgue os itens a seguir.
O tratamento de sementes com fungicidas deve ser realizado logo após a
inoculação e a semeadura, em, no máximo, 24 horas após a inoculação.
o CERTO
o ERRADO
28 - Analista de Apoio - Engenheiro Agrônomo - SGA/DF - 2004
Concorrem para o êxito do agronegócio da soja no Brasil o conhecimento e
a utilização da tecnologia de inoculação de sementes com bactérias
fixadoras de nitrogênio. Considerando que a legislação brasileira prevê que
um bom inoculante deve apresentar, no mínimo, 10 células de bactérias
por grama ou 8 mililitro de inoculante, julgue os itens a seguir.
103
Em alguns casos, utiliza-se pó de grafite como veículo de dispersão das
bactérias do inoculante. A vantagem desse procedimento é promover maior
aderência das bactérias à semente.
o CERTO
o ERRADO
29 - Engenheiro Agrônomo - Pref. Cambará/PR
Glycine max é o nome científico da cultura de
A) milho.
B) sorgo.
C) trigo.
D) soja.
E) alfafa.
30 - Engenheiro Agrônomo – IFAP – 2016
Na cultura da soja, duas bactérias são utilizadas na produção de estirpes
para a inoculação das sementes, uma delas é a Bradyrhizobium elkanii.
Assinale a alternativa que apresenta a outra bactéria utilizada na fixação
biológica de nitrogênio na soja.
(A) Rhizobium etli
(B) Rhizobium leguminosarum bv. phaseoli.
(C) Bradyrhizobium japonicum.
(D) Rhizobium tropici tipo II A
(E) Rhizobium tropici tipo II B
31 - CEFET-BAMBUÍ - ENGENHEIRO AGRÔNOMO 2008
Sobre plantas daninhas é correto afirmar que:
a) a rotação de culturas tem efeito na população e nas espécies de plantas
daninhas.
b) a rotação de culturas não apresenta eficiência sobre o controle de ervas
daninhas.
104
c) as espécies usadas em cobertura do solo e em adubação verde não têm
efeito sobre a infestação de plantas daninhas.
d) o controle mecânico de plantas daninhas no Sistema Plantio Direto(SPD)
não apresenta eficiência em relação ao plantio convencional.
105
GABARITO
1 – A 20 –C
2 – C 21 – ERRADO
3 – D 22 – B
4 – CERTO 23 – C
5 – ERRADO 24 – B
6 – ERRADO 25 – B
7 – CERTO 26 – E
8 – A 27 – ERRADO
9 – A 28 – ERRADO
10 – A 29 – D
11 – ERRADO 30 – C
12 – C 31 – A
13 – C
14 – C
15 - B
16 – B
17 – C
18 – C
19 - E
106
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