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Edward Hermann Haeusler Prof. do
Departamento de Informática
PUC/RJ
Teoria da Computação e Fundamentação da
Matemática : Um pouco de história
Prof. Edward Hermann Haeusler TECMF-DI-PUC-Rio
Teoria da Computação: e Fund. Matemática
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Qual a relação entre a Lógica e a Computação ?
- O que é a (Teoria da) Computação ?
- O que é Lógica ?
(Tentativa de) conceituação do Computável
(Tentativa de) conceituação do Razoável
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Computável Toda tarefa que pode ser realizada por um ser burro com um mínimo de conhecimento/capacidade.
burro = Incapaz de Aprender
conhecimento = ?
Antes de 1900 d.c ====> Máquina de Raciocinar (Leibniz 1667) Máquina de Calcular de Pascal (Pascal sec.XVII) Máquina de Babbage (Ch. Babbage sec. XIX)
.
.
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Razoável
Todo evento que é passível de uma explicação, na forma argumentativa, construída sobre fatos iniciais inquestionáveis.
Antes de 1879 ====>
Lógica Aristotélica e Escolástica (a partir de 300 a.c.) Álgebras Booleanas (Boole 1847) Álgebra Relacional (DeMorgan, Schroeder, C.S.Peirce XIX)
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Panorama da Matemática no Século XIX
- Problemas da Física Matemática (Sec. XVIII-XIX): - Equação da Onda
- Equação do Calor - Equação de Poisson - Técnicas de Fourier
- Séries Infinitas são usadas na solução de Eq. Dif. Parciais - Problemas de Fundamentação:
- Séries divergentes x Séries Convergentes
- Conceito de infinito não era preciso
- O próprio conceito de número real não era preciso. - Definição de convergência não existia
- Conceito de função não era preciso
Necessidade de teoria mais abrangente e abstrata
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Panorama da Matemática no Século XIX (cont.)
Dedekind (1831-1916) Estabelece o princípio de indução e define conceito de número real
Cauchy (1789-1857) Bolzano(1781-1848)
Weierstrass (1815-1897)
Riemman(1826-1866)
Aritmetização da Análise, definição dos conceitos de limite, funções e funções contínuas, convergência de sequências e séries infinitas
Definição do conceito de integral e Teorema Fundamental do Cálculo. Geometrias Não-Euclidianas
Estabelece critérios para a diferenciação e integração, termo a termo, de séries infinitas
Hilbert (em 1898-1899) Estabelece a fundamentação da geometria
Peano (em 1889) Define os axiomas da aritmética
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Teoria Ingênua dos Conjuntos
Cantor (de 1867 a 1871) define a teoria de conjuntos e prova a existência de conjuntos infinitos com cardinalidades diferentes. Conceitos de números cardinais e ordinais transfinitos.
Bolzano concebe a noção (abstrata) de conjuntos (finitos e infinitos)
Resistência aos principais resultados em função do “receio do infinito”
Os paradoxos:
- Burali-Forti (1897) “Não há o ordinal de todos os ordinais”
- Russell (1902) “Não há o conjunto de todos os conjuntos”
R = { x / x ∉ x} ==> R ∉ R se e somente se R ∈ R
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Evolução da Lógica como assunto matemático
Frege (1879) estabele a lógica como um sistema formal que tem sua linguagem particular e distinta da natural. O conceito de prova matemática passa a ser formal.
Frege (1884) busca a fundamentação da aritmética em bases puramente lógicas , com a adição do conceito de pertinência (∈) como primitivo.
===> Os paradoxos aparecem novamente !!
DeMorgan (1830) Observa que a álgebra não necessita lidar tão somente com conceitos numéricos.
Boole (1854) Descreve uma álgebra a partir de operações entre conjuntos e relações lógicas, confirmando DeMorgan.
===> Paradoxos associados ao axioma da escolha
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As 3 Abordagens para a Fundamentação da Matemática
Logicismo (Frege) - Toda a Matemática é consequência de princípios puramente lógicos.
Formalismo (Hilbert) - A Matemática é fundamentada por sistemas formais cujo único requisito é a consistência
Intuicionismo (Brouwer) - A Matemática é uma atividade humana funda- mentada em processos construtivos, sendo assim todo objeto matemático tem sua existência expressa por construção.
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O Programa de Hilbert
=> Obtenção de uma prova da consistência da matemática, observando-se que:
- As teorias mais complexas são extensões das mais simples.
- Tais extensões são, na sua maior parte, obtidas por operações básicas (classes de equivalência, completamento por simetria, por compactação, completamento algébrico, etc)
Th(N) ⊆ Th(Z) ⊆ Th(Q) ⊆ Th(R) ⊆ Th(C)
=> Prova da consistência da Aritmética ( Th(N)) com o uso de técnicas finitárias.
=> Provar que não existe prova de 0 = 1 usando ............
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Principais Resultados em Lógica/Metamatemática no início do século XX
- Teoria dos Tipos como solução ao paradoxo em Russell
- Presburger (1929) prova que a aritmética sem a multiplicação é decidível.
- Russell e Whitehead publicam o Principia Mathematica.
- Skolem (1931) prova que a aritmética sem a adição e o sucessor é decidível
- Herbrand (1931) prova a consistência de um fragmento fraco da aritmética (só o sucessor).
-Tarski (1930) formaliza a semântica adequada para a lógica de primeira ordem
- Gödel (1930) prova a completude do cálculo de primeira ordem
- Gödel (1931) introduz a idéia de aritmetizar (codificar na forma numérica) a linguagem de um sistema formal de forma que (meta) teoremas do sistema possam ser vistos como teoremas aritméticos e prova seu famoso teorema da incompletude. Obs: #α é o código de α. - Gödel (1931) prova a não-provabilidade da consistência.
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Os Teoremas de Gödel
Lema da diagonal (Gödel/Tarski): ( Th(N) ⊆ T)
T |- diagx1(#ϕ,#ϕ(ϕ)) se e somente se x1 é a única variável livre em ϕ e ϕ(t) indica sua substituição por t
Seja ϕ(x1) uma fórmula com somente x1 livre, então existe σ tal que T |- σ↔ ϕ(#σ)
Teorema de Tarksi: Não existe uma fórmula Verd(x1) em T capaz de definir a verdade aritmética, isto é, T |- Verd(#α) se e somente se α é verdadeira na aritmética.
Paradoxo do mentiroso: “Eu estou mentindo”
Teorema de Gödel: Qualquer axiomatização de Th(N) onde seja possível aritmetizar o conceito de prova é incompleta.
Prova: Seja Γ ⊆ Th(N) e uma fórmula Pr(x,y) tal que Γ |- Pr(#π, # α) se e somente se π é uma prova com axiomas Γ de α. Aplique o lema da diagonal a ¬∃p Pr(p,x1)
Segundo Teorema de Gödel: Seja Γ uma axiomatização como acima, então a fórmula ¬∃p Pr(p,#(0=1)) não é demonstrável a partir de Γ
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Codificando Pr em uma definição recursiva
Prova
formada por
Regras de Inferência formada por
Premissas conclusão são
Sentenças
Átomos conectivos/ quantificadores
Sentenças Compostas
Axiomas
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Leitura computacional do teorema de Gödel • Todas as funções computáveis são representáveis em [N, <, 0, suc, +, *].
• Toda computação pode ser expressa em forma de Dedução a partir de um conjunto de axiomas (ΓA) que defina as operações aritméticas básicas.
⇒ Gödel define o conceito de função primitivamente recursiva e relaciona com aquelas que são representáveis em aritmética.
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• Γ ⊆ Τh( [N, <, 0, suc, +, *]) • diag é computável.
• Como ΓΑ é r.c. então Ded é computável ⇒ Ded é representável em Cn(ΓΑ).
Qualquer axiomatização r.c. ΓΑ para [N, <, 0, suc, +, * ] é incompleta, i.e, Cn(Γ) é incompleta.
⇓
Existem funções não computáveis
⇒
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Seja T = fórmulas válidas
T ser r.c
fórmula β repr. f em Cn(T∪ ΓΑ)
Cn(T ∪ Γ) é r.c.
função f computável que reconhece Cn(T∪ Γ)
Diag. sobre ~β
α ↔ ~β(#α) ∈ Cn(T∪ ΓΑ)
Contradição
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A Computação do ponto de vista das funções prim. recursivas
1931 - Gödel define as funções prim. recursivas associando-as a provas em aritmética
1927/1928 - Ackermann define uma função que necessita de recursão simultânea
1934 - Rózsa Péter - Prova que as funções prim. recursivas formam a classe definida por recursão simples e “nested” a partir de funções iniciais constantes, identidade e a função sucessor. Prova que a função de Ackermann é na realidade definida por recursão em duas variáveis e não é portanto primitivamente recursiva, mas é computável.
1936 - A. Turing - Define uma máquina formal a partir de princípios simples (ler , apagar e escrever símbolos em uma fita) e define o conceito de Máquina Universal. Prova que não existe máquina capaz de verificar se outra máquina pára ou não. Desde o início a sua máquina com versão Não-Determinística
1936 - A. Church Define o λ-Calculus e mostra que este é capaz de definir todas as funções para as quais existe uma Máquina de Turing.
1938 - Kleene Define, aceitando que o computável inclui a parcialidade funcional, as funções parcialmente recursivas e lança a Tese de Church. 1954 - Markov Estabele o conceito de computável com base em identificação de palavras e símbolos (algoritmos de Markov) e justifica o ponto de vista finitista da computação.
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Sxyz (xy)xz Kxy x Ix x (I≡ SKK)
Tese de Church: f: N → N é computável se e somente se existe um combinador F≡C1 C2... Cn tal que para todo n∈N (F:n: :m:) ⇔ f(n) = m)
:0: ≡ I :1: ≡ P0K :2: ≡ P1K ..... :n: ≡ P:n-1:K ....
P ≡
f é recursiva
existe uma máquina de Turing M , tal que M com 11.......111 na fita de entrada M pára com 11.....11111 na saída sss f(n) = m
m
n
existe um algoritmo de Markov A , t.q. A lendo 11.......111 pára e produz o string 11.....11111 na saída sss f(n) = m
m
n
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A Tese de Church é um enunciado científico, portanto não possui demonstração matemática.
Evidência Forte para a Tese de Church
Teorema de Rogers (1958): Sejam duas FAA’s (φi)i∈N e (Ψi)i∈N então existe f recursiva tal que φi = Ψf(i)
Obs: Uma FAA é um conjunto de funções parciais (φi)i∈N, tal que: 1- As funções parc. recursivas estão todas em (φi)i∈N
2- Existe u∈ N com φu parc. recursiva tal que para todo i e x φu(i,x) = φi(x) 3- Existe c recursiva tal que φc(i,j) = φi φj
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A Tecnologia e a Construção do Computador 1890-1900: Hollerith cria o cartão perfurado e o utiliza na sua máquina eletromecânica de processamento de dados (Censo de 1890). Criação da perfuradora de cartões (usada até fins dos anos 70 do século XX). 1900-1919: Invenção do diodo a vácuo (rádio-com)- Flemming, Invenção do tríodo (válvula eletrônica)- De Forest, Invenção do CRT- Swinton, descoberta da supercondutividade- Onnes, descoberta da semicondutividade (germânio) -Benedicts, invenção do FLIP-FLOP (unid. armazenamento de 1 bit)- Jordan 1925 : Primeiro computador analógico é construído para resolver equações dif. Bush
1931 : Konrad Zuse constrói a primeira calculadora elétrica digital Z1.
1937 : Claude Shannon aplica lógica booleana a circuitos de chaveamento. Primeiro somador em base binária (Dissert. Mestrado em matemática). G. Stibitz desenvolve o somador usando relés elétricos (na Bell Labs). 1937 : Zuse define o circuito para o teste de igualdade entre números binários.
1938 : Zuse constrói a Z2 que refina a Z1 com aritmética binária em relés. É o primeiro computador eletromecânico
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1941 : Primeiro computador eletrônico (não-programável) , o ABC, Clifford & Berry
1941 : Zuse desenvolve o Z3, primeira máquina controlada por programa. Memória de 64 palavras e 3 sec por multiplicação.
1942 : John Mauchly introduz a válvula eletrônica como substituta do relé.
1942 : Computador Britânico Collossus (quebra do código alemão ??)
1943 : Computador Mark I na IBM
1943 : ENIAC (Eletronic Numeric Integrator and Computer) (30 ton e 18000 válvulas). 1944 : Visita de John von Neuman às instalações do ENIAC. Após esta visita é iniciado o projeto do EDVAC (computador com programa armazenado). 1945 : Um inseto (bug) nos contatos de um relé do Mark II é descoberto ser a causa de seu mal funcionamento.
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1947 : Invenção do Transistor (Bardeen, Brattain & Schokcley).
1947 : Início da construção do EDSAC em Cambridge.
1948 : Introduzido o uso de disco magnético como memória secundária.
1948 : Mark I passa a ser o primeiro computador digital com armazenamento de programas. Limitado porém.
1949 : Primeiro computador pleno com armazenamento de programas (EDSAC)
1950 : Zuse instala o Z4 na universidade de Zurique.
1951 : Primeiro UNIVAC é vendido ao departamento de demografia americano. Pesava cerca de 20 tons e realizava 1000 operações por segundo. 1951 : Primeiro computador americano com arm. de programa EDVAC finalizado e operacional (Univ. Pensilvânia). O conceito de microprogramação é introd.
1954 : UNIVAC equipado com memória de núcleo de ferrite. Em 1955 UNIVAC com transistores no lugar das válvulas.
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1956 : FORTRAN é desenvolvido por J. Backus na IBM. 1957 é o ano do primeiro compilador comercial da linguagem.
1958 : John McCarthy desenvolve LISP. ALGOL 58 é desenvolvido pela equipe de Backus.
1959 : Desenvolvimento de FLIP-FLOP em circuitos integrados.
1959 : PDP-1 desenvolvido pela Digital. 4k de RAM, palavras de 18 bits, fita de papel e CRT.
1960-1962 : Desenvolvido o princípio de comunicação por pacotes de dados, P. Baran.
1960 : COBOL é distribuído para instalações comerciais. Consórcio Americano- Europeu especifica o padrão ALGOL 60. 1963 : Programa ELIZA escrito por J. Weinzenbaum (MIT).
1960-1964 : Computadores IBM pós série 700: s. 1400, 7090, projeto do System/360
1961 : Conceito de “time-sharing”, multiusuário e multiprogramação são introd.
1964 : Linguagem BASIC (Beginners All Purpose Language), PL/I (IBM)
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1964-1965 : PDP-8 (Digital) é o primeiro mini-computador.
1965 : Projeto Multics (MIT). Linguagem APL (IBM).
1967 : SIMULA-67, primeira linguagem orientada a objeto (Nyygard)
1967 : Primeiro artigo sobre uma rede integrada de computadores (Arpanet)
1967 : Desenvolvimento de PASCAL (N. Wirth).
1968 : Programação Estruturada (goto’s are out) , Dijkstra.
1968 : Primeiro computador feito somente com circuitos integrados (B2500 e B3500)
1969 : Primeira rede não local operacional UCLA, UC Santa Barbara, SRI, U. Utah.
1969 : Padrão RS-232 de comunicação com periféricos.
1970 : UNIX. Linguagem C em 1967. 1971 : Primeiro microprocessador 4004 (4 bits), F. Fagin (Intel). 8008 (1972)
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E a história se repete........................
1968 : Conferência Internacional (NATO conf. on Prog) discute a crise do software e cunha o termo “Engenharia de Software”.
Duas exceções e outros desenvolvimentos:
1970 : Codd define o modelo relacional e sua álgebra, enquadrando BD em uma abordagem com fundamentação matemática e formal.
1960-1970 : Desenvolvimento da teoria de linguagens formais (Chomsky) coloca a área de implementação de linguagens de programação em bases mat. e formais (YACC e etc).
1978- : Uso de álgebra e lógica em modelos de concorrência e de desenvolvimento de software. Introdução do conceito de prova de correção de programa, validação de modelos, etc.......
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P : Encontra solução em tempo polinomial
NP : Verifica solução em tempo polinomial
CoNP : Verifica que não é solução, em tempo polinomial
Sat ∈ NP Taut ∈ CoNP
Obs: Se CoNP ≠ NP então NP ≠ P
Verificação de Modelos Prova de Teoremas
A Ciência da Computação Hoje : NP = P ? (Cook 1970)
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Def. Seja C uma classe de problemas (linguagens). Diz-se que um problema (ling.) P é C-completo (a) se e somente se todo problema (ling) de C é redutível a P. Isto é resolver P é tão difícil quanto resolver qualquer outro problema em C.
- Saber se um programa pára (via outro programa) é Rec-Completo, onde Rec é o conjunto dos problemas (ling) recursivos.
Exemplos:
- Saber se dado uma solução para um problema esta é verificável em tempo polinomial é tão difícil quanto decidir se uma sentença da lógica proposicional é “verdadeira”. Sat é NP-completa.
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Como SAT é NP-Completo então Taut é CoNP-Completo
===> Se existe um sistema dedutivo onde todas as provas tem tamanho polinomial em função do tamanho da conclusão, então CoNP = NP. Senão existe tal sistema então CoNP ≠ NP e portanto NP ≠ P.
- Já se tentou técnicas de construção de modelos via “forcing” (funcionou com a hipótese generalizada do continum) mas a crença geral é que não funciona.
===> P = NP é um problema genuinamente matemático.
===> P = NP é um problema genuinamente de ciência da computação.
===> P = NP é um problema genuinamente de fundamentação e lógica.
- Técnicas de diagonalização e relativização (tradição lógico-matemática) tem sido extensivamente usadas no estudo de questões relacionadas a NP=P.
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Alguns Fatos Importantes :
Fato 1: Se P≠NP então NP-NPC ≠ ∅.
Fato 2: Existe um oráculo B tal que PB = NPB
Fato 3: Existe um oráculo C tal que PC ≠ NPC
Prova: Diagonalização
Prova: NPSPACE=PSPACE e B um problema NPSPACE completo
Prova: Diagonalização
conjectura-se que isograph está em NPI
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Lema: Sejam C1 e C2 duas classes de Linguagens, tais que :
1- C1 e C2 são construtivamente enumeráveis
2- C1 e C2 são fechadas para variação finita
3-Existe L1∉ C1 e L2 ∉ C2
nestas condições existe L, tal que:
L ∉ C1 ∪ C2
Teorema: Se P≠NP, então Sat ∉ P e ∅ ∉ NPC então existe L ∉ P ∪ NPC
Prova: Diagonalização
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Teorema do Razborov (1985-1989)
Indício de que NP ≠ P
Obs: A prova do teorema de Razborov usa a técnica de ultraprodutos introduzida em 1938 por Lós para provar a compacidade da lógica de primeira ordem
Fato: Se L ∈ P então existe uma família de circuitos booleanos (Cn)n∈N e um polinômio p(x) tal que Ln é aceita por Cn e | Cn | ≤ p(n).
Corolário: Se existe L tal que toda família de circuitos para Ln não é limitada por polinômio então NP ≠ P.
Teorema (Razborov): Circuitos monotônicos para CLIQUEn,k quando k = 4√n tem cota inferior :
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Lembretes:
Computação ⊆ (Matemática/Lógica) ⊆ Computação
Tecnologia não é a essência da Ciência da Computação
Engenharia = Conjunto de Técnicas ≠ Ciência
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O que são técnicas finitárias ???
- Operações efetivas sobre objetos concretos
Objetos concretos: |, ||, |||, ||||, ||||||, .... �, � �, � � �, � � � �, ........
Operações efetivas: ????????
juntar símbolos apagar símbolos escrever símbolos reconhecer um símbolo
(visão a posteriori)
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Consistência
Def. Uma Teoria é consistente se não sustenta fatos falsos.
Def. Uma Teoria é consistente se não prova fatos falsos.
Def. Uma Teoria é consistente se não prova todos os fatos.
Def. Uma Teoria é consistente se não prova algum absurdo.
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Daniel Bernouli 1753
u(x,t) = F(x+ct)+G(x-ct) D’Alembert 1747 + Euler 1748
u
x t
ut(x,0) = g(x) e u(x,0) = f(x)
u(x,t) = 2 ∫0 Σ (sinnπysinnπxcosnπct)f(y)dy + 2 ∫0 (1/n) Σ (sinnπysinnπxsinnπct)g(y)dy
Lagrange 1759
Equação da onda
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Equação do calor
u(0,t) = u(L,t) = 0
u(x,0) = f(x)
u(x,t) = Σ cne-n π Kt/L sin(nπx/L) n=1
∞ 2 2 2
f(x) = Σ cnsin(nπx/L) n=1
∞
cn= (2/L) ∫ f(x) sin(nπx/L)dx 0
L
Fourier 1811
==> Toda “função” tem expansão em série de senos ?????
L
Dirichlet (1829,1837) + Fund. Análise (Bolzano, Cauchy, Weierstrass) + Riemann (def. integral, 1900’s)
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3 x + = 9
x = 6
Manipulação com séries infinitas (I) : Resolvendo equações
C
1 + aC = C
C(1-a) = 1
C = 1/(1-a)
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38
Diferenciação de uma série (termo a termo)
dx
Integração de uma série (termo a termo)
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Geometrias Não-Euclidianas
Hiperbólica Bolyai-Lobachevsky
1820
Elíptica Riemman
1800’s
Plana Euclides
400’s
Axiomas de Euclides 1. Para cada par de pontos P1 e P2 com P1 ≠ P2 existe uma única reta que incide em ambos. 2. Para todos segmentos AB e CD existe um ponto E t.q. E está entre A e B e CD≈BE 3. Para todo par de pontos O e A com O ≠ A existe um única circ. com centro O e raio OA 4. Todos os ângulos retos são congruentes 5. Dados uma reta R e um ponto A fora desta, existe uma única R’ paralela e R e incidente em A.
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O método da diagonal de Cantor
a0= 0, aoo ao1 ao2 ao3 ao4....... aon.............. a1= 0, a1o a11 a12 a13 a14....... a1n..............
an= 0, ano an1 an2 an3 an4....... ann..............
suponha que |(0,1)| = |N|
b = 0,b0 b1 b2 b3 b4....... bn.........
bj=
5 se ajj = 9
9 senão
|(0,1)| ≠ |N|
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41
Teorema de Cantor
==> Seja B um conjunto, então |B| < |2B|
S = { x / x ∉ f(x) }
Prova: Suponha que |B| = |2B| então existe f: B → 2B
f-1(S) ∈ S se e somente se f-1(S) ∉ S
Paradoxo do Barbeiro: Em uma cidade existe um barbeiro que faz a barba de todos os homens que não barbeiam a sí próprios e somente estes.
{A / A ⊆ B}
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42
T |- σ↔ ϕ(#σ)
Seja t = #(∀x2(diagx1(x1,x2) → ϕ(x2)))
então σ será ∀x2(diagx1(t,x2) → ϕ(x2)))
∀x2(substx1(t,x2) → ϕ(x2))) → (diagx1(t, #σ) → ϕ(#σ))
σ T |- diagx1(t, #σ) T |- σ → ϕ(#σ)
ϕ(#σ)
diagx1(t,x2)
T |- diagx1(t, #σ) T |- x2= #σ
T |- ϕ(x2)
T |- diagx1(t,x2) → ϕ(x2)
T |- ∀x2 (diagx1(t,x2) → ϕ(x2))
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Não provabilidade da consistência em Cn(Γ)
• α ↔ ~Pr(#α) ∈ Cn(Γ) • se α ∈ Cn(Γ) então Provavel(#α) ∈ Cn(Γ) ⇒ Cn(Γ) é inconsistente.
⇒ se Cn(Γ) é consistente então α ∉ Cn(Γ).
~Provavel(#(0=1)) ∈ Cn(Γ) ~Provavel(#α) ∈ Cn(Γ)
α ∈ Cn(Γ)
[Diag]
⇒ Portanto se ~Provavel(#(0=1)) ∈ Cn(Γ) então Cn(Γ) é inconsistente
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S
v
S ⊕ C
ρ-1(S ⊕ C)
ρ-1
ρ = Rotação de 1/10 de radiano
C = ⊕ ρn(v) n ∈N
S ⊕ C ⊕ ρ-1(v) =
Paradoxos associados ao Axioma da Escolha
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Paradoxo de Banach-Tarski (1924) e Paradoxo de Hausdorf (1914)
Rotações e Translações
Divisão da esfera em 5 partes
(uso do axioma da escolha)
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Existência de um conjunto sem medida em Rn
- Medida como Comprimento, Área ou Volume (desde a Grécia antiga)
- Medida como associada a integral de Riemman
- Medida de Jordan (contempla somente conjuntos limitados) - 1890
- Medida de Lebesque generaliza a de Jordan e contempla conjuntos ilimitados incluindo os Riemman integráveis - 1902
- Vitali usa o axioma da escolha para mostrar a existência de um conjunto sem medida (1905)
- Solovay (1960’s) prova que substituindo-se o axioma da escolha pelo axioma da determinância (“Todo jogo infinito tem estratégia vencedora”) tem-se que todo subconjunto do Rn é mensurável.