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TRATADOPSÍQUICO WILSONDACUNHA
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ÍNDICE
CONSIDERAÇÕESGERAIS 3
CAPÍTULO01-RENOVAÇÀOMENTAL 3
CAPÍTULO02-ORIGEMDOESPIRITISMO 7
CAPÍTULO03–DESENVOLVIMENTODOESPIRITISMO 20
CAPITÚLO04–RELAÇÕESDOESPIRITISMOCOMACIÊNCIA 27
CAPITULO05–RELIGIÃOECULTOSAFRO-BRASILEIROS 29
CAPÍTULO06–PRINCÍPIOSDOUTRINÁRIOS 30
CAPÍTULO07-ATIVIDADENOTURNADOESPÍRITO 40
CAPÍTULO08-MEDIUNIDADEEMÉDIUNS 45
CAPÍTULO09-AOBSESSÃO 47
CAPÍTULO10-TRATAMENTODEDESOBSESSÃO 54
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CONSIDERAÇÕES GERAIS
Tratado Psíquico para o homem do terceiro milênio, à luz do
espiritismo – essa é a meta mais urgente e está contida no “Livro dos
Médiuns”, número 350, segunda parte – cap. XXIX.
Que importa crer na existência dos Espíritos, se essa crença não
torna aquele que a adotou melhor, mais bondoso e mais indulgente
para os seus semelhantes e mais humilde e paciente diante das
adversidades da vida? (...)Todos os homens poderiam crer nas
manifestações e mesmo assim a humanidade iria continuar
estacionada.
CAPÍTULO 01 - RENOVAÇÀO MENTAL
a) O que é?
b) Quem precisa?
a) O que é? Devemos entender que renovação mental é a aquisição
de novos valores intelectuais e morais que nos conduzirá a
assimilar, ver e sentir coisas que outras pessoas ainda não
conseguem. Já na segunda fase, que é a incorporação em nossos
sentidos, oportuniza vibrações que nos conduzem à produção de
magnetismo útil a nós mesmos e a todos que venham a conviver
conosco.
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Sem a observância dessa necessidade de renovar-se intimamente
durante o curso da existência terrena, os caminhos da evolução se
tornam complicados e difíceis de percorrer, assim o ser humano
tropeçará em muitos obstáculos doutro modo removíveis.
b) Quem precisa? Todos nós, mas imediatamente todos os que
ainda não deram os primeiros passos. Os sintomas dos mais
necessitados são vários, incluindo:
• O que se sente infeliz;
• O que se julga pouco estimado ou rejeitado;
• Não sinta desejo, ou não trabalhe no bem;
• Se afaste dos outros;
• Se irrite ou deprima com frequência;
• Pense em prazer excessivo;
• Acredita que ninguém possa mudar, incluindo a si mesmo;
• Só trabalha por dinheiro ou projeção social;
• Pensa primeiro em si mesmo;
• Não aceita desculpa, pois o que está feito, feito está;
• Reprime os seus sentimentos, nunca os externando;
• Não aceita o sentimento dos outros;
• Precisa falar ou discutir por horas seguidas;
• Não suporta ser criticado ou contestado;
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• Quer mandar sempre;
• Teme ser dominado;
• Não tolera ficar só;
• Padece de fobias ou inibições;
• Usa o próximo para satisfazer desejos ou conseguir
vantagens;
• Fala sem pensar, e nesse caso, não usa a razão;
• Excesso de melindres.
Pessoas desse tipo não são consideradas normais nem pelos
psicólogos, nem pelos mentores espirituais, também devem procurar
ajuda.
Emmanuel, no livro “Justiça Divina” afirma que:
“É necessário reconhecer que todos nós, espíritos encarnados e
desencarnados em serviço na Terra, ante o volume de débitos que
contraímos nas existências passadas, somos doentes em laboriosa
restauração. Todos somos enfermos pedindo ajuda”.
O espírito precisa renovar-se constantemente, fugir à rotina
paralisante por meio do estudo, do trabalho e da prática do bem, senão
cairá no desequilíbrio, na perturbação e na enfermidade. Logo, quem
necessita da reforma íntima somos todos nós – seres inteligentes em
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evolução. Se tudo é dinâmica, se tudo cresce e se aprimora, é natural
que o Espírito precise acompanhar o ritmo do progresso, pois
detendo-se ficará na retaguarda e no desajuste. A escolha é de cada
um!
O iluminado Padre Germano esclarece que, por via de regra o
espírito renasce sem intenção de progredir, mas desejando
simplesmente viver, isto é, passar o tempo sem cuidados com o
próprio adiantamento. E isto porque a indiferença é o estado habitual
do Espírito que ainda não experimentou o sofrimento em grande
escala.
Ninguém poderá deixar de enfrentar o problema do auto
aprimoramento, seja agora ou no futuro, neste ou noutro mundo, e
quando se instalar a silenciosa e solitária luta íntima contra suas
imperfeições, nesse dia, ele será um discípulo do Evangelho. Nesse
momento começa a sua regeneração, não por virtude, mas impelido
pela dor – afirma o Padre Germano. É o momento decisivo que chega
para todos.
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CAPÍTULO 02 - ORIGEM DO ESPIRITISMO
I. As revelações: primeira, Moisés; segunda, Cristo; terceira,
Espiritismo.
II. As manifestações: mediúnicas.
III. Experimentações: as parapsicológicas e as metapsíquicas.
I. As revelações: O Evangelho e o Espiritismo não são códigos de
orientação da vida humana que surgiram de forma abrupta ou
isoladamente na face do planeta. Tais realidades têm o seu espaço
de tempo, e nesse caso, a primeira revelação veio através de
Moisés, entretanto, a preparação e o amadurecimento do
psiquismo do homem à época de Moisés, vieram por intermédio
de muitos precursores, sendo Sócrates o que mais se destacou.
Falamos que as informações e assimilações da orientação Cristã
ao homem em toda a terra foram em intervalos mais ou menos longos,
necessários para o seu amadurecimento psicológico dessas verdades.
Vejamos:
A primeira revelação: Moisés preparou o povo Judeu para
receber, l5 séculos depois dele, o Cristianismo de Jesus. Perambulou
nas areias ardentes do deserto durante 40 anos, período em que os
mais velhos e endurecidos na renovação iam falecendo.
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Durante a permanência no deserto, Moisés sobe ao Monte Sinai
e aí ocorre a primeira revelação por via mediúnica: ele recebe o
DECÁLOGO, um dos mais belos códigos morais da humanidade
(Êxodo 3l:l8 e 32:l6), quando Moisés, descendo do monte, apresenta à
humanidade duas lajes escritas pelo mundo espiritual. O Espírito do
Padre Manoel de Nobrega, hoje conhecido por Emmanuel, informa à
Chico Xavier, que Moisés naquele momento apresenta à humanidade
o primeiro livro de pedra que procedeu do mundo espiritual – se foi
psicografado ou por Escrita Direta, não importa.
A revelação dos chamados Dez Mandamentos, cuja revelação e
ordenação são um tanto variáveis de acordo com os interesses e ideias
das crenças. Para o nosso entendimento, estaremos adotando a
tradução do Padre Antonio P. de Figueiredo (1.896), conforme está
em Êxodo 20 e Deuteronômio 5:
1) Não terás deuses estrangeiros (outros deuses);
2) Não farás nem adorarás imagens e ídolos;
3) Não tomarás em vão o nome de Deus;
4) Não trabalharás no Sábado, bem como teu servo e animal
(Eis o princípio dos direitos humanos ao descanso
semanal, hoje obrigatório na C.L.T.);
5) Honrarás a teu pai e mãe;
6) Não matarás;
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7) Não fornicarás (cometerás adultério);
8) Não furtarás;
9) Não prestará falso testemunho contra o próximo
10) Não cobiçarás a mulher nem qualquer coisa do
próximo.
Foi assim que Moisés preparou os caminhos para a revelação
maior do Evangelho, O Cristianismo de Jesus Cristo, enquanto outros
profetas (médiuns) constantemente lembravam, reforçavam e
ampliavam as leis Divinas de Moisés, entendidas como palavras de
Deus.
A segunda revelação: Jesus, que ocorreu após essas preparações,
oportunidade em que o povo judeu apresentava-se aparentemente
religioso, observando os preceitos da lei de Moisés e os ensinos dos
profetas com extremo vigor. A verdade, porém, era bem outra:
tratava-se no conjunto, de um povo orgulhoso e endurecido, dado a
hipocrisia. Em contrapartida, a inteligência, capacidade de entender as
coisas e manobrar o mundo externo, estava bastante desenvolvida.
Em tal meio, desceu Jesus, o espírito puro que governa a
evolução da terra, o ser mais evoluído de Deus ofereceu aos homens
para guiar os nossos passos.
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Vamos a comparação dos principais ensinamentos de Moisés e
Jesus:
Moisés:
I. Deus antropomórfico: um homem em ponto grande;
II. Deus como ditador ciumento e vingativo, zeloso;
III. Judeus: considerado o povo “eleito”;
IV. Ensina a temer a Deus;
V. Só cuida da vida térrea;
VI. Impõe a fé cega e castiga;
VII. Usa a pena de talião;
VIII. Autoridade absoluta;
IX. Proíbe a comunicação com os espíritos, que pune com a morte;
(essa punição tinha como meta proibir os abusos da época, pois a
tudo se buscava orientação dos espíritos);
X. Determina guerras de conquista que ainda continuam.
Cristo:
I. Deus é a perfeição suprema;
II. Deus como Pai misericordioso;
III. Todos são irmãos;
IV. Ensina a amar Deus, e não o temer;
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V. Trata da vida espiritual;
VI. Prescreve fé racional, não castiga;
VII. Prega misericórdia e fraternidade;
VIII. Autoridade é a racional;
IX. Fala com os espíritos e manifesta-se como tal;
X. Nada pedir de volta ao próximo, fazer ao próximo tudo o que
quiseres que eles vos façam.
Não devemos esquecer a época e as circunstâncias nas quais ]
Moisés atuou, para ter pronunciamentos injustos. A época exigia a
força e a firmeza de Moisés. Ele desempenhou a sua tarefa e o seu
nome é imortal.
Jesus, esse amigo incomparável e bom, para ter a sua doutrina
instalada na terra foi à custa do suor e do sangue. Os seguidores de
Jesus deixavam-se matar e, assim, com o sacrifício de muitos, se
implantou o Evangelho. Durante dois séculos e meio, os primitivos
cristãos viveram em função do momento de testemunhar sua adesão
ao Cristianismo. A perseguição pelas autoridades romanas foi de 64 a
325. Não esquecendo do anti-cristianismo imposto pelo movimento
das cruzadas e da inquisição, oriundos dos altos mandatários do
Catolicismo, promovendo número de mortes acima de muitas guerras.
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As manifestações:
As manifestações dos espíritos entre os homens, dando origem
aos chamados “fenômenos paranormais” – espíritas ou mediúnicos –
ocorreram e ainda ocorrem em todos os tempos e lugares. Seria inútil
determo-nos a esse assunto. Bastam alguns exemplos bem
conhecidos, como os mencionados na Bíblia, que são excelentes
evidências fornecidas pela Antiguidade:
• Sessão de materialização feita não muito depois de Moisés,
por ordem do rei Saul que também havia proibido a
comunicação com os mortos. Aflito, em face de estar
acossado por seus inimigos, procura a famosa pitonisa de
Endor e pede-lhe o trabalho mediúnico; ela, prudente, disse a
Saul disfarçado: por que me armas logo tu um laço à minha
vida, para me matares. Mas, o angustiado rei jurou-lhe “pelo
senhor” que não fará mal algum. A médium pergunta-lhe:
Quem queres, tu que te apareça? E o consulente retruca;
“Faze-me aparecer a Samuel” (que morrera algum tempo
antes).
Caro leitor, por incrível que pareça, declara a Bíblia que o
profeta evocado apareceu e falou ao aniquilado Saul. E a mulher,
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tendo visto aparecer a Samuel, deu um grande grito; assustou-se
porque reconheceu o rei que expulsara os médiuns e encheu-se de
temor. Mas este acalmou-a, dizendo: não temas.
• Jesus, durante a sua romagem terrena, deu origem a
maravilhosos fenômenos espirituais que culminaram em
extraordinárias aparições depois da morte, como o que está
escrito no Ato dos Apóstolos, Cap. II, concernente ao
episódio de Pentecostes. Fenômenos mediúnicos físicos
desencadearam-se subitamente; ouve-se um estrondo
acompanhado de forte ventania e línguas de fogo.
Imediatamente, os apóstolos foram dominados por espíritos
que entraram a falar diversas línguas estrangeiras, fenômeno
conhecido por xenoglossia.
• Paulo, o vigoroso pregador do Evangelho aos povos
estrangeiros, estimava grandemente a mediunidade e as
manifestações, que eram práticas usuais entre os cristãos
primitivos. Em suas cartas há várias menções a isso, em I
Cor. I4:1, diz:
Segui a caridade, anelai os dons do espírito e sobretudo ao da
profecia. Recomendava:
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o Não desprezai as profecias (1 Tessalon, 5:20)
o Examinai, porém, tudo; abraçai tudo que é bom (Rom.11:6)
Paulo, afinal decide suspender a proibição de Moisés: e não
proibais o uso do Dom das línguas (1 Cor. 14:39), decisão
naturalmente derivada dos ensinos do Cristo, que é o Mestre da Terra
e não guia de um único povo.
Prudente e útil mostra-se ainda hoje o conselho secular do
apóstolo João (I João 4:l-2): “Caríssimos, não creais em todo espírito,
mas provai se os espíritos são de Deus, porque são muitos os falsos
profetas que se levantaram no mundo.
• Na Idade Média, encontramos Joana D’Arc, a grande médium
que deixou-se ser conduzida à fogueira após condenada pela
Igreja, por não querer renegar as vozes espirituais que ouvia e
das quais recebia orientação para a difícil missão a
desempenhar em tão árduas circunstâncias. Durante os
séculos medievais, toda pessoa suspeita de atividade
mediúnica era declarada sumariamente discípula do demônio,
torturada para confessar isso e apontar cúmplices, e
executada para que sua alma pudesse ser salva. O Espiritismo
teve aí importantes antecessores, que foram abrindo o
caminho e preparando o terreno para sua edificação.
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As experimentações:
Ø As mediúnicas:
Chegamos ao momento crucial da história da mediunidade, o
momento em que os espíritos se manifestaram às claras por toda
parte. Sobressaem em importância o episódio da Hydesville, com a
família Fox, em 3l/3/l.848. Médiuns adeptos e investigadores
começaram a surgir por toda a parte. Na França, as manifestações
assumem forma e caráter peculiares.
Surgem como movimentos de pequenas mesas que se levantam
e batem no chão, números de pancadas convencionadas. Sob o nome
de mesas girantes ou dançantes, invadem os salões elegantes,
tornando-se modelo durante alguns anos. Era um divertimento
obrigatório nos saraus familiares. Foi nesses acontecimentos de Paris
que Hippolyte Léon Denizard Rrivail teve a sensibilidade em forma
de atenção despertada para entender que os acontecimentos eram de
cunho mediúnico e assim, Allan Kardec nos legou a palavra
espiritismo.
Como ninguém soube se aproveitar desses fenômenos. Em
l8/4/l.857, publica o livro básico da doutrina espírita, denominado de
“O Livro dos Espíritos”. Utilizando não o seu nome, mas o de Allan
Kardec como autor, nome que teria tido numa existência anterior.
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Ø As parapsicológicas:
Em l.930, com Joseph B. Rhine, inicia-se uma nova fase nas
investigações dos fatos supranormais, com emprego de técnicas
originais.
A mediunidade foi excluída de início. Explicava Rhine que os
fenômenos mediúnicos eram difíceis demais de controlar e que a
suposta intervenção de um espírito livre não podia ser demonstrada
com o rigor então desejado.
Inicialmente, iria se ocupar com as faculdades e fenômenos
peculiares à mente humana (isto é, anímico), limitando a
experimentação a um campo possível de dominar, ou seja: estudo das
faculdades normais, não utilizada na vida comum, mas latente na
mente. Exemplo:
• Clarividência ou percepção, à distância de objetos e
acontecimentos sem uso dos sentimentos.
• Telepatia ou recepção do pensamento de outro.
• Precognição ou previsão de fatos futuros.
• Telecinesia (psiconesia) ou movimento de objetos à distância
sem usar veículo físico.
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As três primeiras costumam-se chamar de percepção extra-
sensorial. As pessoas submetidas aos testes eram geralmente
estudantes universitários.
• Clarividência: elas tinham que adivinhar qual era a carta, sem
que ele o instrutor a tivesse visto.
• Telepatia: ler no pensamento do experimentador que carta
ele, tirava.
• Pré-cognição: dom da profecia, o sujeito devia adivinhar a
ordem das cartas antes que fossem embaralhadas, isto é, fazer
uma previsão; desse modo, Rhine concluiu que a precognição
(dom da profecia) é uma realidade.
• Psicocinesia: por último, o cientista quis saber se a mente
humana é capaz de influenciar a matéria de longe, sem usar
meios físicos, ou seja, movimentar objetos sem contato. Para
isso, empregaram-se dados atirados mecanicamente,
enquanto os sujeitos procuravam forçá-los a cair de modo a
dar certo número, isto é, orientar mentalmente a soma das
faces voltadas para cima. Por exemplo, se o número
escolhido fosse sete, os dados acusariam: 1-6, 2-5, 3-4 etc.
Por esse processo, comprovou-se a existência da psicocinesia.
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Ø As Metapsíquicas:
Rhine afirma que a parapsicologia é mais restrita em relação a
metapsiquica, porém é mais precisa. Enquanto Richet apelou sempre
para fantasiosos “poderes latentes” ou “forças ocultas” no
inconsciente (e, afinal, confessou não acreditar nisso). Rhine vai
direto ao cerne da questão e afirma que está demonstrada a existência,
no ser humano, de um fator extra físico ou espiritual: o que se chama
de “alma” é um fato, porque nenhum veículo físico conhecido explica
as ações à distância do organismo.
Hoje já temos realidades maiores para sairmos desses ensaios
científicos e dizer:
Nos últimos tempos, formidáveis cópias de mensagens têm
vindo do Mundo Espiritual trazendo provas intelectuais da
sobrevivência de um sem número de jovens desencarnados, na
maioria, de morte acidental. São escritos consoladores para os pais,
vindos sobretudo pela mãos de Chico Xavier.
O Dr.Raymond Moody em seu livro “Vida Depois da Vida”,
filósofo e psiquiatra norte-americano, investigou as estórias de cem
pessoas que estiveram clinicamente mortas, em vida latente, por
graves acidentes ou ataques cardíacos. Todas elas se desprenderam do
corpo, que passaram a ver como algo à parte, assistiram aos esforços
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dos médicos, às lamúrias dos parentes e puderam observar pequenas
realidades do plano espiritual.
Um desses casos é registrado no livro de J.A Appeman (Poderes
Psíquicos e Imortalidade):
“Vi-me rodeado pela multidão. Pessoas com as fisionomias mais
infelizes que jamais vira. Cada aborrecimento tinha uma aparência
diferente. Vi homens de negócios caminhando pelos corredores dos
seus antigos escritórios, tentando inutilmente conseguir que alguém os
ouvisse. Vi uma mãe que acompanhava um homem de sessenta anos,
que me pareceu ser seu filho, aconselhando-o e ensinando-o; ele,
porém parecia não estar ouvindo.
Aí o relator lembrou-se de si mesmo, até então interessado
somente em conquistas materiais, insensível a tudo o mais. Acontecia
o mesmo àquelas criaturas; seus corações e suas mentes estavam
interessados em coisas terrenas e agora, já fora da Terra, ainda
continuariam ligados desesperadamente a ela?”
Até Garl G. Jung, o grande psicólogo, teve uma experiência de
quase-morte pelo fim dos 60 anos, que teria sido, diz ele, o
acontecimento mais marcante da sua vida até então e que fez os seus
pontos de vista mudarem sensivelmente. Jung interessou-se
sobremaneira por questões parapsíquicas e espirituais.
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CAPÍTULO 03 – DESENVOLVIMENTO DO ESPIRITISMO
Doutrina espírita: moral e religião:
Introdução:
O Espiritismo vem no momento certo, dando cumprimento a
afirmativa de Jesus: eu vou, mas não lhes deixarei só, no momento
certo, mandarei o espírito da verdade para esclarece-los. Assim sendo,
chega o Espiritismo através de Allan Kardec e apresenta-se como o
Cristianismo bem compreendido (espiritismo redivivo) mostrando ao
homem a absoluta necessidade de sua renovação interior.
Porque será ele o arquiteto da sua felicidade ou infelicidade, terá
de enfrentar as consequências de cada um de seus atos, de cada um de
seus pensamentos. O Espiritismo é uma ciência e essencialmente
moral, orientando-nos ao auto aperfeiçoamento, através da
compreensão adquirida, e nos convoca em consequência ao trabalho
no conhecimento de si mesmo e vencendo a si mesmo, ou seja: o
maior inimigo das virtudes, o egoísmo. Esse mal, que leva o indivíduo
a querer tudo para si mesmo, a considerar tudo em função dos
interesses do próprio eu, sem perceber os direitos e necessidades dos
demais.
Consequentemente, no dia em que um dado ser humano, pela
primeira vez, pensa em alguém antes de agir e considera-se
semelhante aos outros, estará despontando o senso moral. Queremos
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observar que para um indivíduo chegar a esse momento, muitos
milênios foram gastos. Mas, felizmente daqui para frente será mais
fácil e mais rápida a nossa evolução.
Como podemos avaliar, esses valores somente despertarão com
o exercício diário, da viagem silenciosa, nascendo no íntimo da nossa
alma, pois as coisas do alto (que transcendem a matéria) só serão
possíveis quando passarem pelo coração.
Essa evolução completa-se com o espiritismo batendo nas
seguintes teclas do progresso espiritual, que é duplo:
• Intelectual (fé esclarecida e racional) e;
• Moral (fé relacionamento interpessoal correto).
O que é espiritismo:
O espiritismo foi organizado e codificado por Allan Kardec, mas
a vertente da sua origem perde-se no tempo.
Em l.855, Kardec é convidado pelo seu amigo Carlot à assistir
os fenômenos clássicos da época, na velha França, das mesas girantes,
ele aceita e exclama: quero ver para crer. Imediatamente após assistir
os fenômenos, Kardec questiona a si mesmo: para que uma mesa de
matéria inerte passe a ter movimento espontâneo aparente, após
magnetizada, somente será possível se existir algo que pense e que
realize o ato.
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Como podemos observar, temos aqui o início da organização
dos métodos do Cristianismo/Espiritismo codificados por Kardec.
Nascendo então a ciência e filosofia do espírito:
• Como ciência, o espiritismo consiste nas relações entre
encarnados e desencarnados.
• Como filosofia, compreende todas as consequências que
emanam dessas relações: encarnados e desencarnados.
Finalizando a pergunta, o espiritismo é a certeza de que somos
imortais, que os laços afetivos não se rompem e que a vida após a
vida é muito mais abundante. Não existe o sono paralisante, o sono
eterno.
Qual a responsabilidade do espiritismo, para com o homem:
Evangelizar é esclarecer, e aí temos o esclarecimento com
relação a:
• Sono eterno;
• Aborto;
• Eutanásia;
• Ateísmo;
• Suicídio, etc.
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Com referência ao ateísmo, o espiritismo chega na hora em que
devemos rever o cristianismo posto em prática, desde antigamente
que era orgulhoso e político. O posivitivismo, criado por Augusto
Comte, chega ao exagero de afirmar que “a ciência aposentou Deus”.
Vindo ao extremo de agradecer a Deus pelos serviços provisoriamente
prestados.
Como o espiritismo entende o fim do mundo:
O entendimento do fim do mundo, não é da forma geralmente
entendida, ou seja:
Não é o fim do mundo, mas sim o fim de tudo que aí está e que
não serve mais para a humanidade do terceiro milênio. Tudo que aí
está e que é prejudicial, será arrancado até a raiz. Eis então o
momento difícil da humanidade em prova e expiação.
O espiritismo aceita o Apocalipse? O que representa o
Apocalipse para a humanidade?
O espiritismo não pode negar o apocalipse, pois é a misericórdia
divina, trazendo o alerta para a humanidade. Não podemos esquecer o
alerta a partir de Sócrates, Platão, João Batista, a voz no deserto que
no seu tempo gritava: arrependei-vos, façais penitências. Jesus
também disse: quando o homem estiver voltado para os seus instintos,
creia de que é chegado o fim.
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O alerta mais recente a nos brasileiros, foi a novela da Globo
“Fim do Mundo”, tema inspirado pela espiritualidade.
O espiritismo, aceita a Bíblia?
Todos que se dizem cristãos devem conhecer a Bíblia,
principalmente os ensinos morais contidos no novo testamento.
Acrescento um detalhe muito importante: o espiritismo oferece ao
espírita a condição de entender os dizeres, as mensagens deixadas por
Jesus à humanidade. A exemplo da parte moral, expressa em O
Evangelho Segundo o Espiritismo.
A Bíblia fala de mediunidade?
Sim. É o próprio apóstulo Paulo aos corintos cap. 2 – versículo
l2 que diz: Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o
espírito que provém de Deus, para que possamos conhecer o que é
dado gratuitamente por Deus.
O espiritismo tem dono?
Não. E se tem são os espíritos superiores, responsáveis por todo
o material didático. Chico Xavier, a expressão máxima do espiritismo,
nunca apresenta o seu ponto de vista pessoal, sempre procede assim:
Os espíritos superiores nos informam (...), nunca ele diz: tal coisa
deve ser assim, assim deve ser.
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O lado Moral:
Com referência ao lado moral, o espiritismo explica e nos
convida a viver e exemplificar as máximas morais de Jesus.
O lado da Religião:
Quanto ao aspecto religioso, Kardec deixou claro que na
acepção tradicional da palavra, o Espiritismo não é uma religião.
Falta-lhe para isso, os implementos característicos. Acrescento: é
ciência, é filosofia transcendental - o sentimento entre o céu e a Terra
que não deve ser entendimento como religião, pois para tal teríamos
que adotar coisa que a doutrina espírita não adota, tais como:
• Ritos;
• Dogmas;
• Sacerdotes;
• Templos, segundo a concepção clássica;
Jesus não tem religião, ele é cumpridor das leis divinas do pai.
Essa é a missão e o entendimento que haverá no seio dos espíritas,
num amanhã bem próximo.
Sendo a doutrina espírita ciência e filosofia espiritual, daremos
um conceito quanto ao aspecto religioso, oriundo do nosso atavismo,
passaremos a entender como religião interior dentro de cada um de
nós, sem templos (igrejas). Obtendo assim, um sentimento de fé, de
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confiança e de união em relação ao Criador. Por outras palavras, a
experiência religiosa é íntima e de natureza exclusivamente pessoal;
os atos exteriores de culto e adoração perdem o significado. “Deus é
Espírito e em espírito e verdade é que o devem adorar os que o
adoram” Jesus (João 4:24).
Assim, chegamos ao conceito Kardeciano de espírita: é a pessoa
que se esforça para ser o melhor, lutando contra suas imperfeições.
Um centro espírita legítimo não se ocupa somente com sessões
mediúnicas, mas possui vários serviços de atendimento aos
necessitados e de cooperação com o próximo. O espírita genuíno é
aprendiz constante do Evangelho e, como tal, estende a mão aos
semelhantes sempre que puder: todo homem é incompleto e precisa
necessariamente da cooperação alheia.
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CAPITÚLO 04 – RELAÇÕES DO ESPIRITISMO COM A CIÊNCIA
Ciência:
É importante lembrarmos que o Espiritismo é produto do clima
de liberdade intelectual que a ciência nos legou desde os tempos e a
partir de Galileu, entretanto no campo da ciência é necessário
delimitar os dois campos, ou seja, Ciência Acadêmica e Ciência do
Espírito:
1. Ciência Acadêmica - investiga os fenômenos da matéria.
2. Ciência do Espírito - investiga os fenômenos espirituais.
Nota: Essas ciências isoladas são incompletas. Vejamos um
exemplo:
A. Para a ciência, a espécie é uma fase do curso da evolução
orgânica.
B. Para o espiritismo, o homem é uma fase do curso da evolução
espiritual.
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Física:
No campo da física, convém lembrar que Kardec nos ensinava
que a solidez da matéria era apenas um estado transitório do fluido
universal, o qual “pode voltar ao estado primitivo”.
Psicologia:
A psicologia dá à mente humana características ou atribuições
derivadas sobretudo das experiências vividas na infância atual, o que
na verdade é muito pouco para explicar um acervo tão grande ali
arquivado através de muitas reencarnações
A psicologia, que investiga a mente ou o conjunto de funções
imateriais do cérebro mantém relações íntimas com o Espiritismo.
Psicanálise:
A Psicanálise surgiu justamente para elucidar seus processos e
conteúdos; pondo de lado os imensos exageros que Freud e seus
seguidores introduziram, ela contribuiu apreciavelmente ao
conhecimento do espírito encarnado.
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CAPITULO 05 – RELIGIÃO E CULTOS AFRO-BRASILEIROS
No Brasil, há vários cultos populares, sendo a Umbanda o mais
conhecido, trazido pelos escravos negros. Estando esses negros sub-
jugados à escravidão, foram forçados a enquadrar os seus rituais aos
moldes impostos pelos seus senhores brancos, que tinham uma
religião rica de imagens e ritos. Assim exposto, não é difícil
compreender a mistura das duas atividades ao longo do tempo – isto
é, o sincretismo religioso: pois o negro absorveu a parte ajustável ao
mediunismo e foi anexando, aos seus rituais, imagens e costumes dos
brancos, cujos nomes dos santos foram trocados por nomes africanos.
Contudo, é importante registrar que, esses manifestos têm um cunho
materialista, razão de tanto apelo a despachos e trabalhos. É claro que
não cabe crítica – e, sim, a compreensão. É lógico que um espírito
superior não bebe e nem fuma, etc. Até porque, se Deus permite tem a
sua razão de ser.
Concluindo, o Espiritismo não tem a ver com os cultos afro-
brasileiros. Mas, veio reforçar e justificar em virtude da mediunidade.
Assim sendo, não possui também, nenhuma prática ligada a objetos
materiais. Seus trabalhos são todos realizados pela força do
sentimento e do pensamento; não recepciona os espíritos com
solenidade, cantos e dádivas, pois objetiva a melhoria dos homens.
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CAPÍTULO 06 – PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS
Introdução à Lei de Deus:
Durante muito tempo, o ser humano acreditou na desordem e na
injustiça, conforme o estado de sua mente atrasada. Mas com o
desenvolvimento espiritual, acaba percebendo a necessidade da
ordem, da justiça e do amor, tornando-se assim, consciente de suas
necessidades, deveres e direitos. O material psicológico e moral, a
humanidade tem com profundidade a partir dos Dez Mandamentos e
os Evangelhos.
Necessário ao entendimento das bases acima mencionadas,
surge em nosso auxílio o Espiritismo, estabelecendo a doutrina do
Evangelho, vejamos, em o Livro dos Espíritos, Kardec propõe dividi-
lo em 10 itens, a saber:
• Adoração;
• Trabalho;
• Reprodução;
• Conservação;
• Destruição;
• Sociedade;
• Progresso;
• Igualdade;
• Liberdade e
• Justiça e amor (caridade).
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A seguir, oferecemos uma visão abreviada dos aspectos da Lei
de Deus, considerando sua importância para o destino de cada um de
nós.
A. O princípio central da Lei Divina é a evolução;
B. Tudo é movimento, renovação, e como tal o espírito não poderia
parar mesmo momentaneamente, sem prejuízo.
C. A terra é um campo experimental, uma oficina de trabalho, onde
os espíritos são colocados para desenvolver-se; daí Jesus chamá-
la de “seara”. Sendo assim, inúmeras vidas são necessárias
Gozam as pessoas normais de liberdade para decidir e agir de
acordo com a decisão. Porém, elas não podem suspender o efeito de
suas ações: a cada ação corresponde uma reação igual e de sentido
contrário, que se volta na direção do autor. A este cabe, pois,
enfrentar as más consequências de seus atos passados por meio da
expiação e da reparação. Tal é o principio da causa e efeito (ou de
causalidade).
O que pensamos e fazemos têm influência sobre os outros. A
semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória, entretanto poderemos
mudar o curso da nossa expiação, ou de terceiros, mas é bom lembrar:
se gozamos do livre arbítrio por ocasião da emissão de pensamentos e
atos, no presente, criamos portanto uma faixa de determinismo, para
um futuro culposo, sobre o qual não podemos aplicar em nosso
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benefício a liberdade de escolher, pois os acontecimentos que daí
resultam são consequências de outros acontecimentos anteriores que
não podemos mudar de acordo com a nossa vontade, mas sim
adquirindo méritos.
Sendo o resgate, - na maioria das vezes assim nos parece – de
problemas decorrentes das agressões interpessoais que caminham por
muitas vidas entre os espíritos comprometidos, cabe perguntar ao
ofendido:
a. Você quer para os outros o que deseja para si?
b. Quer mais para si do que para os outros?
Se a opção for pelo item (a), será oportunizado ao ofensor, o
relacionamento de igualdade, solidariedade e atitude de cooperação,
constituindo o único caminho do progresso real por proporcionar ao
espírito de ambos a não aquisição de reações perturbadoras.
Se a opção for pelo item (b), torna-se impelido a prejudicar o
próximo criando laços inferiores que o prendem aos círculos do mal.
Sintonia vibratória.:
Não podemos, em suma, fugir à companhia espiritual que os
nossos pensamentos e sentimentos atraem para junto de nós – e não
nos é possível escapar à sua influência a menos que mudemos para
melhor (elevando o padrão vibratório)
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Se um espírito perturbado, inconsciente ou mal-intencionado,
entra em sintonia com alguém e consegue influência permanente
sobre ele, temos aí a obsessão.
Corpo e períspirito; fluidos:
O corpo é o instrumento que o espírito usa para atuar nos
mundos materiais. Precisa, portanto, atender às necessidades dele, aos
objetivos que ele traz ao encarnar. O corpo é considerado um produto
ideoplástico do espírito; logo após a fecundação, o espírito
reencarnante une-se por um cordão fluídico ao ovo e, por meio dele
influencia automaticamente a formação do embrião e do feto; por
isso, o estado de perturbação ou embotamento da consciência não
impede que o espírito imprima suas características básicas no novo
ser. Consequentemente, o organismo reflete o estado daquele. As
doenças físicas em suma, não passam de distúrbios do períspirito.
Prova espiritual da realidade da existência do períspirito é:
O desdobramento, pelo qual o indíviduo percebe a si mesmo
afastado do corpo, que se acha entorpecido, e pode manifestar-se a
distância (sob o nome de bicorporeidade ou bilocação).
Quando o espírito se desliga do corpo e o períspirito torna-se
visível, materializando-se costuma receber o nome de duplo ou duplo
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fluídico; nesse estado, pode conversar escrever e realizar trabalhos
vários. Exemplo – um parto problemático.
Nota: A matéria do períspirito pode deixar-se modelar pela
força do pensamento e, assim, os espíritos podem mudar a aparência,
se o quiserem, sem alterar, é claro, a sua natureza íntima.
Faculdades do espírito:
As chamadas faculdades paranormais do encarnado foram
tomadas como objeto de pesquisas da Parapsicologia por Rhine. Os
fenômenos oriundos do exercício dessas faculdades foram
denominados anímicos por Aksakof. Essas faculdades paranormais
foram as de: clarividência, telepatia, precognição e telecinesia. Poucas
pessoas dispõem claramente delas durante a encarnação.
P. O que é fenômeno anímico?
R. Fenômeno anímico é o automatismo psicológico, que
consiste em uma atividade inconsciente, em que o espírito do
indivíduo desempenha por autossugestão induzida por um forte
desejo, em personalidades emotivas, de imaginação viva ou
inclinação mística. Pessoas desse tipo mental podem escrever
automaticamente sem a presença de um desencarnado, visto estar
bloqueado o controle consciente e os conteúdos inconscientes podem
emergir segundo as tendências ocultas da personalidade.
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Vamos dissecar um pouco mais o assunto de clarividência:
P. O que vem a ser clarividência?
R. A propriedade de adquirir conhecimento sem utilizar
influência de pensamento alheio (encarnado ou desencarnado).
P. Esse fenômeno é consciente ou inconsciente?
R. Pode ser consciente ou inconsciente.
P. Esse fenômeno é mediúnico, com atuação do sexto sentido?
R. Não é mediúnico, propriamente tido, pois está contido nos
cinco sentidos a exemplo da telepatia, precognição e telecinesia.
Nota: a clarividência demonstra a existência da alma por ser
uma faculdade do espírito. Exemplo:
Sam Benson, lojista norte-americano que é clarividente, certa
vez à tarde, viu o filho se afogando no reservatório onde fora banhar-
se; já afundara duas vezes e ia perdendo o fôlego. Sam reza e corre
para o local. Encontra o rapaz de volta, e apertando-o, soube que ele
quase morrera afogado.
Nota: A premonição ou precognição é também uma forma de
clarividência
Exemplo: Um dia, Sam estava numa igreja em companhia de um
amigo que era pintor de paredes. De repente, o viu deitado no chão
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quieto e coberto com uma lona manchada de tinta. Ficou tão pálido
que teve que contar ao pastor o que vira. Três dias depois, o pintor
caiu do andaime e morreu.
Telepatia.
É a transmissão do pensamento de um cérebro para outro, entre
vivos; que também poderá ser receptível de uma ideia, ou de algo
acontecido no passado.
Exemplo:
O prof. Gilbert Murray, diplomata e telepata submetia-se a
experiências de transmissão do pensamento. Estava só numa sala.
Noutra sala, a l2 m de distância, alguém murmurava: “Estou pensando
em Thomas Becket ao ser assassinado na Catedral de Cantuária”.
Quando foi chamado, Murray declarou imediatamente: “Isto é algo
horrível... É alguém sendo morto numa igreja, ou coisa assim.
Sugestão pós-hipnótica:
A sugestão pós-hipnótica, além de demonstrar a influência de
uma pessoa sobre outra quando estão sintonizadas, constitui excelente
prova da existência do inconsciente. Realmente, um comando de uma
ideia fica dias e dias, armazenada na mente e num dado momento
emerge para a realização, pondo o indivíduo em atividade – sem que
ele saiba como e porque entrou em ação. Assim sucede, na vida
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diária, com os nossos impulsos, que são também forças inconscientes
para nos obrigar a fazer algo.
Intercomunicação espiritual
Começamos o nosso esclarecimento dizendo que: matéria e
energia são oriundas de uma mesma realidade. Assim sendo, vivemos
num universo de ondas a tal ponto que até as partículas elementares
da matéria, elétrons e prótons originam uma onda ao se deslocarem.
Neste contexto físico, o cérebro surge como um aparelho emissor e
receptor de ondas mentais (matéria mental).
Diante do exposto acima, concluímos que: mediunidade é a
capacidade de sintonia, caso em que todos somos médiuns ou
sensitivos. Todos entram em sintonia com determinados tipos de
espíritos, que se afinam com as suas inclinações, e recebem deles
influência (ondas mentais). Atraímos as mentes que possuem o
mesmo padrão vibratório que o nosso, que estão no mesmo nível
moral.
Dito isso, concluímos que: nós alimentamos mentes de
encarnados e desencarnado e somos também alimentados. É fácil de
entender: o universo é como um grande aquário e nós estamos dentro
dele, unidos não pela água, mas sim pelas matérias correspondentes,
energias ou fluidos – como ficar melhor ao nosso entendimento.
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Importante: estamos unidos por tais energias, mas somos
individuais e como tal responsáveis pelos nossos atos.
P. É o caso de perguntar: como podemos elevar cada vez mais
as nossas vibrações (matéria mental)?
R. Só há um meio: enriquecendo o pensamento e o coração por
meio do desenvolvimento da inteligência (estudo, conhecimento e
compreensão das leis naturais que nos regem) e do sentimento
(prática do bem, serviço prestado, moralidade). Eis as vias do
progresso espiritual e, meios para colocar o sexto sentido a serviço da
mediunidade com Jesus.
Mediunidade com Jesus, utilização do sexto sentido
Para uma mediunidade caminhar com segurança e tornar-se
confiável, é necessário o seguinte: para qualquer candidato ao
desenvolvimento e adestramento da mediunidade em afloração, torna-
se imprescindível, em primeiro lugar transitar da fase de frequentador
do salão doutrinário para a de espírita convicto. Para tanto, ao invés
de querer ser adotado pelo Espiritismo, buscando tão somente
benefícios imediatistas, passar a adotar na sua existência diária a
prática dos postulados espiritistas.
Nesse particular, fica aqui uma advertência para os dirigentes de
Centros Espíritas: não devem permitir o ingresso de pessoas nas
reuniões mediúnicas precipitadamente. As etapas para o médium em
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afloramento mediúnico devem seguir o seu curso paulatinamente. É
um procedimento equivocado dar permissão ao médium para o
exercício mediúnico sem antes deixá-lo conquistar a harmonização
emocional.
Os problemas com que o médium se depara quando eclode a
mediunidade são provenientes das suas imperfeições morais e nunca
provenientes da faculdade em si mesma. A sintonia com os seres
desencarnados enfermiços, inclusive os desafetos, promove todos os
sintomas desagradáveis que o médium passa a sentir.
Prece:
A prece é o momento de nossa humildade junto ao criador, é o
momento de ligação do filho ao pai, é o momento em que nos é
proporcionada a resposta às nossas rogativas.
O assunto é difícil, pois há espíritas e outros cristãos que não
admitem a prece, alegando não ser possível mudar a vontade de Deus.
Ele sabe de antemão o que precisamos e nesse caso as nossas preces
seriam inúteis. Quanto a assunto, acrescento: quem assim pensa,
apena acredita no espiritismo, mas não é espírita e muito menos
cristão, pois orar foi um ensinamento deixado por Jesus.
A prece estabelece a comunhão mental com a Espiritualidade
Superior e atrai o auxílio dela para as nossas reais necessidades
espirituais.
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CAPÍTULO 07 - ATIVIDADE NOTURNA DO ESPÍRITO
Sono:
Durante descanso noturno pelo sono, o espírito desprende-se do
corpo; estando livre para agir, no outro lado da matéria, bruta.
P. Mas não há variação, ou graus de desprendimento e lucidez?
R. Nem todos se afastam do seu corpo, alguns permanecem no
ambiente doméstico; temem fazê-lo, sentem-se constrangido num
meio estranho. Outros se movimentam, de acordo com o seu nível de
elevação. O índio permanece em sua taba, mesmo após o desencarne,
ansioso por voltar à vida física. Pois temem aquilo que não conhece.
O princípio que rege a permanência fora do corpo é o da
afinidade moral, afinidade vibratória ou sintonia. Isso estabelece a sua
caminhada durante o sono, assim, será atraído para regiões e
companhias que se harmonizem com os seus desejos e intenções.
Convivendo assim com as satisfações adequada ao seu estado de
evolução. Aos homens de instintos maus, crimes terríveis são
planejados durante o sono. Aos homens de instintos bons, haverá
intercâmbio de emoções, aprendizado de doutrinas, acertos de
trabalho, sugestões variadas, etc., pois estará relacionando-se com
espíritos, de ideais semelhantes. Assim sendo a escolha é nossa: subir
mais ou descer mais.
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Sonho:
Para a doutrina espírita, o sonho é a recordação de uma parte da
atividade que o espírito desempenhou durante a libertação permitida
pelo sono.
P. Todos sonham durante a noite?
R. Sim. Todos, mas quanto mais dorme o sonhador, terminado o
sonho, menos lembrará do que sonhou.
As informações são de que quase sempre, o sonho começa uma
hora depois de iniciado o sono; poderá haver de três a cinco períodos
de sonho durando 20 a 35 minutos cada um e com intervalo de 90
minutos. Experiências consistentes em acordar pessoas durante o
sonho deram em resultado distúrbios emocionais, como ansiedade,
irritabilidade, aumento de apetite e de peso, logo curados cessando a
interrupção.
No curso do período de sonhos, o cérebro retoma a atividade
como em vigília e os músculos revelam-se flácidos; é então que o
individuo, se acordado, embora esteja consciente, está com as pernas
fracas e tende a cair; vez ou outra, intensos espasmos nos braços e
pernas surgem, donde, no leito, por vezes sentimos forte e súbita
contração muscular (um estremecimento). Os olhos movem-se
TRATADOPSÍQUICO WILSONDACUNHA
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rapidamente de um lado para outro, esses movimentos característicos
do sonho são conhecidos.
Uma informação de relevante importância: enquanto o sujeito
dorme, ocorrem frequentes pausas de respiração O ronco, tão vulgar e
incômodo, é um recurso contra a apneia, que pode durar até perto de
um minuto. Numa noite, algumas pessoas chegam a ter 500 dessas
paradas respiratórias; ao roncar, o tórax aspira ar para dentro dos
pulmões, quem sofre de apneia frequentemente, ronca, mas nem todos
os roncadores têm apneia.
Há três maneiras lógicas de interpretar sonhos: a freudiana, a
adleriana e a espírita:
1. Freudiana:
O sonho satisfaz de algum modo desejos e intenções expressos e
serve para impedir que o impulso acorde o adormecido.
2. Adleriana:
O sonho como voltado para o futuro, encarrando-se como uma
tentativa de manter ou reforçar o estilo de vida de uma pessoa quando
surgem contradições com a realidade ou com o senso comum. O
sonho julgava Adler, é uma criação do estilo de vida, ajuda a
solucionar problemas ligados a ele e tem o papel de agitar
sentimentos.
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3. Espiritismo
O sonho também satisfaz impulsos e é uma expressão do estivo
de vida, com a diferença fundamental de não se processar só no plano
mental, mas ser uma experiência genuína do espírito que se passa
num mundo real com situações concretas.
P. Quais os fatores que interferem para que o sonho não seja
nítido?
R. Há uma série de fatores que interferem tornando-os obscuros
ou incoerentes. No momento em que o espírito retoma o corpo para
acordar, ocorre intensidade maior ou menor de perturbação da
consciência. A intromissão nos sonhos de elementos consciente da
vida comum é frequente, especialmente quando há preocupações.
É difícil para o próprio espírito compreender o que se passou
durante a noite. Outro fator a considerar é composto das lembranças
de vidas anteriores, que emergem do inconsciente e encaixam-se no
sonho, fazendo-o confuso. Por fim, não se deve ignorar o simbolismo
usado por mentores espirituais, objetivando fazer sugestões e
advertências ao encarnado sem violar o livre-arbítrio, o que a Lei não
permitiria; mostrar uma montanha árida e pedregosa, sobre cuja
encosta ele ascende penosamente, simbolizando provas e dificuldades
próximas.
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Tudo isso explica as distorções e disfarces, tão mencionados na
literatura psicológica. Em suma, o sonho é uma expressão da vida real
da personalidade. O espírito procura atender a desejos e intenções
inconscientes e conscientes.
Há mais dois tipos de sonhos e é oportuno expor:
Um é o sonho premonitório, diferente dos expostos, o outro é o
pesadelo, ou seja, o sonho ansioso, em que entra o medo. O sonhador
vê-se acossado por inimigos ou por animais monstruosos, têm de
atravessar zonas tenebrosas, sofrer castigos, etc., que de fato, são
vivências provocadas por agentes voltados ao mal ou por desafetos
desta ou de outras vidas.
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CAPÍTULO 08 - MEDIUNIDADE E MÉDIUNS
Conceitos gerais e classificação:
Mediunidade, no sentido exato e usual da palavra, é a faculdade
que certas pessoas têm de entrar ostensivamente em comunicação
com os espíritos e de transmitir mensagens destes fora do campo
pessoal. Médium é o indivíduo que percebe e transmite a outros a
influência dos espíritos, assim conceituada:
Mediunidade natural:
É a mediunidade que se desenvolveu espontaneamente na
pessoa segundo o seu nível evolutivo e reflete a sua capacidade de
sintonia; é uma conquista pessoal independe de ulterior
desenvolvimento pela prática.
Mediunidade facultativa (mediunidade tarefa):
É a mediunidade que vemos em ação, administrada com relativa
segurança pelo médium; é uma faculdade concedida a espíritos
seriamente endividados como recurso da Misericórdia Divina para
ajudá-los a resgatar dívida e apressar o seu progresso; caracteriza-se
por perturbações iniciais e necessidade de desenvolvimento pelo
exercício metódico, geralmente difícil; não raro, suas manifestações
são violentas.
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Nota: Emmanuel (O Consolador) recomenda distinguir o
mediunismo de mediunidade:
Ø Mediunismo:
É aquela faculdade bruta, em estado natural, que não foi
submetida à disciplina. É o sistema de comunicabilidade dos espíritos
usado pelos povos primitivos.
Ø Mediunidade:
É aquela faculdade que foi submetida à disciplina através do
estudo e prática da doutrina espírita.
Não é fácil organizar um quadro demonstrativo de
características mediúnicas, pois cada médium apresenta
peculiaridades individuais que o tornam distintos um dos outros.
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CAPÍTULO 09 - A OBSESSÃO
O problema, como sabemos é de sintonia, decorrente da
afinidade moral, no presente ou no passado (companheiros,
cumplices). Segundo Emmanuel e Scheila, pela mão de Francisco C.
Xavier, a obsessão torna-se um perigo provável sempre que
permitamos que se torne um hábito através de atitudes como:
Ø Cabeça e mãos desocupadas;
Ø Palavra irreverente;
Ø Boca maledicente;
Ø Conversa inútil e fútil, prolongada;
Ø Atitude hipócrita;
Ø Gesto impaciente;
Ø Inclinação pessimista;
Ø Conduta agressiva;
Ø Apego demasiado a coisas e pessoas;
Ø Comodismo exagerado;
Ø Solidariedade ausente;
Ø Tomar os outros por ingratos e maus;
Ø Considerar o nosso trabalho excessivo;
Ø Desejo de apreço e reconhecimento;
Ø Impulso de exigir mais do outro do que de nós mesmos;
Ø Fugir para o álcool ou drogas estupefacientes.
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P. Quando é que a obsessão está em desenvolvimento numa
pessoa?
R1. Ao surgirem ideias fixas torturantes que interrompem o
curso dos próprios pensamentos, e difíceis de afastar da mente.
R2. Sentir a vontade própria ser dominada por outra vontade
estranha e invisível.
R3. Experimentar inquietação crescente sem causa aparente.
R4. Desejos mais excitados do que o habitual.
R5. Emergirem impulsos adormecidos, mais ou menos
inconscientes.
R6. Surgimento de indisposições agressivas contra alguém sem
motivo aparente.
Em tais circunstâncias, o recomendável é tratar de recorrer à
prece, renovação íntima e após tal decisão, o passe.
Os tipos de obsessão:
A atração por sintonia inferior com o plano inferior:
Toda vez que o encarnado se deixa dominar por pensamentos
viciados e sentimentos inferiores, a lei de afinidade moral faz com
que se estabeleça íntimo relacionamento com entidades dotadas de
idêntico padrão vibratório. Além disso, outro motivo importante é o
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vampirismo, a operação consiste em absorver forças do hospedeiro
terreno.
Influência recíproca de encarnados e, desencarnados:
É a obsessão também denominada bi-direcional, que consiste na
troca de pensamentos, sentimentos e emoções transviados e
desordenados, entre encarnados e desencarnados afins. Vibrações de
ódio, ressentimentos, mágoa, desânimo, maledicência, etc., unem os
espíritos de ambos os planos.
Não há intenção maléfica, pois os desencarnados são geralmente
parentes e amigos cuja consciência está embotada e que pertencem ao
mesmo nível mental. Em tais circunstâncias, é preferível falar em
obsessão passiva, visto que a entidade não empreende nenhuma ação
hostil, contra o seu hóspede. Prejudica-o passando-lhe fluidos
deletérios, pastoso e, escuros.
Sugestão hipnótica durante o sono:
Nesta variedade, o indivíduo, durante o dia, parece ativo e
normal, mas tem a vontade dominada pelas sugestões feitas pelo
obsessor durante o sono. Este aproveita as horas livres, para exercer
sua nefasta influência, considerando a estreita sintonia entre ambos.
Durante o dia, as sugestões emergem no consciente sob a forma
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de impulsos e pensamentos que o obsedado obedece como se fossem
seus. O individuo é um autômato crendo ser independente.
Exemplo: determinada senhora se indispôs com o marido por
questões secundárias; durante a noite, entretém-se no umbral com os
“seus amigos”, que a aconselha constantemente a abandonar “aquele
miserável indigno das suas atenções”. Cada dia, está menos disposta a
tolerar as pequenas coisas que lhe desagradam. E o cavalheiro é
disposto à auto reforma que durante a noite recebe sugestões menos
dignas no sentido de certas inclinações suas; e durante o dia, encontra
grande dificuldade em manter a conduta dentro dos padrões de
dignidade cristã.
Até ações físicas e desastrosa são produzidos por esse
mecanismo, vejamos:
Yvone Pereira (Devassando o Invisível) relata curiosa
experiência pessoal:
Nesse sentido. Estava em visita a um desses grupos voltados ao
mal dos semelhantes, num botequim, em companhia de um guardião
espiritual. Um desses seres, desagradando-se dela, entrou a repetir:
“estás com o braço quebrado”, “serás atropelada amanhã”, “olha o teu
braço, quebrou-se”. E dona Yvone começou a sentir fortes dores no
braço (fluídico) que parecia realmente fraturado.
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Foi preciso que o guardião interviesse. Agora vejam, se o sujeito
comum, sem guardião especial, recebe tais ordens, no dia seguinte
acordará pré-disposto a sofrer o acidente.
Dominação telepática:
Fenômenos telepáticos estão envolvidos na obsessão de maneira
muito geral. Aqui, porém, faz-se referência mais específica a ação,
telepática de encarnados e desencarnados, quando está em sintonia
vibratória (relação fluídica). Esses desencarnados emitem e os
encarnados recebem: pensamentos, emoções e sensações, padecendo
não raras terríveis angústias sem compreender o que se passa.
Acontecem nos lares, escritórios, etc., onde antigos inimigos se
reencontram mantendo as aversões e fugindo ao reajuste; e envolve
ódios e vinganças.
Influência sutil:
Temos aqui uma maneira discreta de minar as energias de um
encarnado. O malfeitor, às vezes há bastante tempo, observa a futura
vítima aguardando um momento favorável para aproximar-se dela e
influi-la prejudicialmente. Não quer ser acintoso e percebido, mas no
momento oportuno age e sem causa aparente a pessoa começa a
experimentar depressão mental e dificuldade súbitas: não consegue
ficar alegre, está tristonho e, cheios de apreensões, enche-se de
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irritação surda e pensamentos deprimentes, não pode ler assuntos
edificantes, nem orar, julga-se vítima, etc.
Mediunidade perturbada:
Na obsessão, há sempre um miasma da mediunidade, mas aqui
ela é específica. Aqui os espíritos imperfeitos “abrem” o canal
mediúnico. O aparecimento da mediunidade costuma-se acompanhar
de muitas perturbações que permanecerão se não houver medidas
adequadas, ao desenvolvimento.
Imantação pela cumplicidade ou conivência. Erros e crimes
cometidos em conjunto unem os espíritos na cadeia do mal (causa e
efeito). Quando um dos sócios delibera melhorar-se e reencarna para
cumprir o programa de provas e provações necessárias a isso, o outro
ou outros, discordando, entram a persegui-lo para que não se liberte e
ascenda. Quer mantê-lo tão inferior e infeliz quanto eles próprios são.
Paixões intensas fazem o mesmo, se um volta a carne, o outro procura
aderir a ele e prejudicá-lo seja como for.
Vingança:
É a grande causa de obsessão e da pior espécie. Aquele que foi
vítima e aparentemente frágil, e indefeso, uma vez posto em liberdade
pela morte do corpo físico, na maioria dos casos empreende severa
perseguição contra o antigo carrasco. Pode durar mais de uma vida,
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criando uma cadeia de erros. O próprio “justiceiro” sofre muito com a
situação de encarniçamento contra o seu inimigo. Tal situação não lhe
traz a alegria que esperava colher.
Obsessão entre vivos:
Comumente, pessoas ligadas por sentimentos enfermiços ou
necessidades neuróticas criam laços de dependência que chegam a
uma como perseguição do outro. Mães super solícitas, dominadas
pelo impulso de domínio, tanto andam atrás de um filho que este
acaba não raro quase manietado
Obsessão coletiva:
Talvez atualmente não haja casos manifestos de uma turba de
entidades votadas ao mal cair sobre uma pequena comunidade,
levando os seus membros a cometer desatinos. Mas já houve vários
exemplos no passado.
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CAPÍTULO 10 - TRATAMENTO DE DESOBSESSÃO
Às vezes, é fácil; com algumas sessões, o espírito percebe o erro
em que vivia e afasta-se. Via de regra, é longo, difícil e cheio de
surpresas. Há obsessões violentas que se curam depressa e há
obsessões tranquilas que parecem incuráveis, pois na maioria dos
casos, o obsedado não pode ajudar a si mesmo, em vista da fraqueza,
ignorância ou subjugação; sua inteligência e vontade estão embotadas,
senão anuladas por completo.
A condição essencial para o sucesso do tratamento é a vontade
de curar-se que tenha o doente. A cura exige que ele se esforce por
renovar a mente. Passe a exercitar o sentimento de amor e prece ao
obsessor, faça do inimigo um amigo.
Depois de melhorados ou controlados, precisam ser induzidos
ao estudo para a obtenção de noções esclarecedora; e em seguida,
influenciados para o serviço ao próximo a prática do bem. Sem
cabeça iluminada e mãos ativas, pouco será alcançado de positivo na
recuperação do paciente. Como vemos, estamos falando de uma
situação de obsessão que é diferente de sensibilidade mediúnica – ou
seja: mediunidade tarefa.
Se estabelecer trabalhos de desobsessão em socorro ao paciente,
este não deverá estar presente, considerando que muitas das vezes é
constrangedor e mesmo ofensivo para os atuais pacientes (verdugos
TRATADOPSÍQUICO WILSONDACUNHA
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de outrora). Os resultados devem ser transmitidos posteriormente, de
maneira hábil e suave.
Nota: Quem não for capaz de alterar o seu estado íntimo, voltará
outras vezes ou persistirá na área de perturbação
Nota: Os espíritos doutrinados frequentemente acompanham
doutrinadores e médiuns com o fito de observar discretamente seus
costumes e hábitos; querem ver se fazem na intimidade do lar o que
pregam em público.
Nota: Se o obsessor for internado para tratamento numa
instituição e se mentalmente vier a aproximar-se do sócio terrestre, é
bem possível que ele venha a sofrer fortes angústias por perceber o
pensamento deste, com o dele sintonizado, sobretudo na relação
homem-mulher. Nutrem-se das emanações mentais um do outro e não
querem a separação. O exposto é de fácil entendimento: Afastando o
obsessor, as duas mentes podem continuar relacionadas pela telepatia,
de modo que a obsedada padece alucinações pela influência do
pensamento à distância do antigo algoz ou cúmplice
Cuiabá, 26/4/2001
Wilson da Cunha.