técnica e ciência desvalorização do trabalho braçal (servos/escravos); romanos otium:...
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Técnica e ciência Desvalorização do
trabalho braçal (servos/escravos);
Romanos Otium: valorização do trabalho intelectual (ciências, artes, governo, trato social);
Fim da Idade Média: valorização da técnica meio para ser “mestre e senhor da natureza”;
Contexto histórico Ascensão econômica da burguesia: ligada ao
artesanato/comércio, precisava da técnica para ampliar os negócios;
A valorização da técnica alterou o conceito de ciência: o novo homem (moderno) busca o
saber ativo (não mais contemplativo), capaz de transformar o mundo
Revolução Científica do século XVII
Técnica: torna a ciência cada vez mais precisa e objetiva o termômetro mede a temperatura melhor do que o faz a nossa pele.
Ciência: é um conhecimento rigoroso capaz de provocar a evolução das técnicas; a tecnologia moderna nada mais é do que ciência aplicada os estudos de termologia dão condições para a construção de termômetros mais precisos.
A tecnologia provocou profundas alterações no modo de vida humano, em apenas 300 anos (do século XVIII ao XX).
Técnica e sociedade As técnicas alteraram as relações sociais uso das
máquinas, crescimento das cidade, aparecimento da classe proletária (assalariada) e do patrão dono dos meios de produção;
O setor secundário (indústria) passa a definir as características dos países industrializados (modernos):
urbanização, utilização de várias formas de energia, organização hierarquizada da empresa, técnico especializado versus
operário semiqualificado;
Meados do século XX: crescimento do setor
terciário (serviços) na sociedade pós-industrial
saúde, educação, recreação, comunicação, publicidade,
empresas de comércio e finanças informatização
perpassando-os
Técnica e alienação Técnica: um poder cujas
consequências não são claras no início do processo é preciso discutir sobre os fins a que ela se destina;
O técnico não pode ser apenas técnico deve ser capaz de refletir a respeito dos valores que envolvem a aplicação da técnica;
Ex.: a industrialização não-planejada transforma o mito do progresso no pesadelo da poluição e do desequilíbrio ecológico
Os frutos da tecnologia não têm sido distribuídos de modo equânime;
Artesanato X Mecanização divisão do trabalho linha de montagem perda do saber técnico;
Surgimento do “técnico especialista” (engenheiro, administrador);
No capitalismo, o operário perde os instrumentos do trabalho, a posse do produto e, por fim, a autonomia;
Inversão: o produto passa a valer mais que o operário determina as condições de trabalho deste, as demissões e contratações;
O que é inerte (a coisa, o produto) passa a "ter vida" e o que tem vida (o homem) se transforma em "coisa".
Assim se configura o que chamamos trabalho alienado
Alienação: do latim alienare, alienus "que pertence a um outro“;
Alienar é tomar alheio, é transferir para outrem o que é seu.
Se admitirmos que, pelo trabalho, ao mesmo tempo que o homem faz uma coisa também se faz a si mesmo, o trabalho alienado é condição de desumanização
os trabalhadores perdem o controle do produto e consequentemente de si mesmos,
tornando-se incapazes de atuar no mundo de forma crítica.
Tecnocracia Desenvolvimento acelerado da técnica o mito do
progresso; Se tudo evolui para melhor, o desenvolvimento da
ciência e da tecnologia faria só acelerar esse processo. Aumento crescente da produção (ideal de
produtividade) X competitividade (a fim de que cada empresa seja melhor naquilo que produz) X especialização (cada vez mais as grandes decisões são deixadas a cargo de especialistas na área).
Formas de controle de produção e divisão do trabalho se tornam mais rigorosas métodos científicos de "racionalização" do trabalho;
O mundo da produção assim configurado leva fatalmente à tecnocracia o domínio dos técnicos e da técnica.
na civilização tecnicista e cientificista, a última palavra é sempre dada ao
especialista, ao técnico competente.
Crise o ideal do progresso é desmistificado quando constatamos que o desenvolvimento da ciência e da técnica nem sempre vem acompanhado pelo progresso moral.
Razão louca e razão sábia O Iluminismo e o ideal de
racionalidade do século XVIII;
A modernidade é laica e busca a autonomia do homem o desenvolvimento técnico-científico é expressão desse desejo;
Que razão?
Razão instrumental: aquela que serve para o desenvolvimento da técnica;
Razão vital: por ela, o homem se torna capaz de compreender criticamente a situação em que vive;
O homem contemporâneo sabe o que fazer e como fazer, mas perdeu de vista o para que fazer;
desequilíbrio entre riqueza e miséria, violência das guerras com seus armamentos sofisticados, níveis
insuportáveis de competição, consumo desenfreado criando necessidades artificiais, desordens morais
da sociedade centrada nos valores de posse
Século XX: crise a razão se acha "enlouquecida".
O trabalho da filosofia consiste em recuperar a razão sábia, a razão vital, como instrumento para resgatar o sentido humano do mundo.