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Wesllainy Dias Martins MAPEAMENTO E REDESENHO DE PROCESSO: Estudo de caso do processo de financiamento habitacional

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Wesllainy Dias Martins

MAPEAMENTO E REDESENHO DE PROCESSO: Estudo de caso do

processo de financiamento habitacional

Palmas – TO2012

Page 2: Tcc Wesllainy Dias Martins

Wesllainy Dias Martins

MAPEAMENTO E REDESENHO DE PROCESSO: Estudo de caso do

processo de financiamento habitacional

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) elaborado e apresentado como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Administração pelo Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA).

Orientadoras: Profª Drª. Msc. Ângela Ruriko Sakamoto e Profª Esp. Adm. Keila Ayres Santiago Neves

Palmas – TO

2012

Page 3: Tcc Wesllainy Dias Martins

Wesllainy Dias Martins

MAPEAMENTO E REDESENHO DE PROCESSO: Estudo de caso do processo

de financiamento habitacional

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) elaborado e apresentado como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Administração pelo Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA).

Orientadora: Profª Drª. Msc. Angela Ruriko Sakamoto..

Aprovada em ____/_______/_____

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________

Profª. Drª. M.Sc. Angela Ruriko Sakamoto

Centro Universitário Luterano de Palmas

___________________________________________________

Profª. Esp. Keila Ayres Soares Santiago Neves

Centro Universitário Luterano de Palmas

___________________________________________________

Prof. Esp. Sidney Soares de Sousa Sândheskinny

Centro Universitário Luterano de Palmas

Palmas – TO

2012

Page 4: Tcc Wesllainy Dias Martins

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente ao meu

Deus, que é o meu tudo. Ao meu pai, Hilton pelo

companheirismo e minha guerreira mãe, Altair

por compartilhar da fé em Deus e esperança no

amanhecer. Ao meu Irmão Weldisley com quem

compartilhei momentos de tristeza e alegrias

nesta trajetória.

Dedico a vocês minha admiração e meu amor.

Page 5: Tcc Wesllainy Dias Martins

AGRADECIMENTOS

À meu Deus, por ter permitido que realizasse

este sonho.

À minha família que mesmo há 360 km de

distância, sempre estiveram presente na minha

vida, acreditando em mim e investindo nos meus

sonhos.

A meus todos os professores que ao longo da

academia contribuíram com suas experiências

profissional e de vida, em especial a minha

orientadora, pelo comprometimento e amizade.

Aos meus colegas e amigos pelos bons e maus

momentos juntos, enfim crescemos juntos. Em

especial, Ana Cléia, Iris, Ivoneide, Romilson,

Márcia Cunto e Marcela Campelo.

Page 6: Tcc Wesllainy Dias Martins

“Uma organização é tão eficaz quanto seus

processos”.

Lee J. Krajewski

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RESUMO

MARTINS, Wesllainy Dias. Mapeamento e Redesenho de Processo: estudo de caso do processo de financiamento habitacional. 2012. 61 f. Monografia (Graduação em Administração) CEULP/ULBRA – Centro Universitário Luterano de Palmas, Palmas – TO.

A crescente demanda por financiamentos habitacionais se justifica por politicas de redução da taxa de juros no país, o aumento da renda familiar, além das iniciativas governamentais para a habitação, o que tem gerado um grande desafio para quem trabalha com a concessão do crédito: atender a procura cada vez maior, com qualidade, conformidade e no tempo correto. Tal desafio foi motivo de criação desteTrabalho, onde foram utilizadas as ferramentas encontradas na gestão das operações e processos para agilizar ao máximo os processos inerentes à concessão do financiamento. O processo mapeado e redesenhado inicia-se com a manifestação do cliente pelo financiamento e conclui-se com a liberação do recurso em conta bancária do vendedor. Na pesquisa em campo encontrou-se ainda em fase de implantação um novo modelo, com o uso da tecnologia para gerar negócios através dos canais parceiros. Conclusivamente percebe-se a necessidade do uso da informação para facilitar a comunicação entre os parceiros (instituição e correspondentes), bem como a politica de treinamentos contínuo da rede parceira, para garantir além de um atendimento ao cliente, conformidade e no prazo correto será alcançado, através da redução de trabalhos desnecessários e redução do tempo da operacionalização da concessão.

PALAVRAS-CHAVE: demanda, financiamento habitacional, redesenho de processos.

Page 8: Tcc Wesllainy Dias Martins

ABSTRACT

MARTINS, Wesllainy Day. Mapping and Process Redesign: a case study of the process of home financing. 2012. 61 f. Monograph (Graduate Management) CEULP / ULBRA - Lutheran University Center of Palmas, Palmas - TO.

The growing demand for housing finance policies for intensified by reducing the interest rate in the country, increased family income, in addition to government initiatives for housing, has generated a great challenge for anyone working with the granting of credit: meet demand increasing, quality, compliance, and at the correct time. This challenge was a reason for creating thisWork, where we used the tools found in the management of operations and processes to streamline the processes involved in the maximum grant funding. The process mapped and redesigned begins with the manifestation of customer financing and concludes with the release of funds in the bank account of the seller. In field research found himself still in the implementation phase a new model, with the use of technology to generate business through channel partners. Conclusively realizes the need to use the information to facilitate communication between partners (and corresponding institution) as well as the policy of continuous training partner network to ensure beyond a customer service, and compliance will be achieved at the right time through reduction of unnecessary work and reduction of the operation time of grant.

KEYWORDS: demand, housing finance, process redesign.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Visão básica de processos.........................................................................19

Figura 2: Visão de atividade tradicional X visão com foco no processo....................20

Figura 3: Visão por processos..................................................................................20

Figura 4: Blueprint para análise de processos...........................................................25

Figura 5: Modelo de fluxograma................................................................................27

Figura 6: Síntaxe do Diagrama Blueprint...................................................................28

Figura 7: Diagrama causa efeito................................................................................29

Figura 8: Comportamento Histórico de Montante......................................................38

Figura 9: Comportamento Histórico de Quantidade...................................................38

Figura 10: Taxa de Crescimento................................................................................39

Figura 11: Fluxograma do Processo Existente..........................................................44

Figura 12: Modelo de Negocios.................................................................................46

Figura 13: Fluxograma Modelo de Negocios.............................................................48

Figura 14: Fluxograma vertical Processo Existente...................................................50

Figura 15: Fluxograma proposto pela Acadêmica.....................................................52

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Matriz de contato cliente x processo.........................................................24

Quadro 2: Protocolo de Pesquisa..............................................................................37

Page 11: Tcc Wesllainy Dias Martins

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CAIXA – CAIXA ECONMICA FEDERAL

CAIXA AQUI – CORREPONDENTE BANCÁRIO DA CAIXA

GIRET– RETAGUARDA DA CAIXA

SIOPI – SISTEMA DE OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS

SICAQ – SISTEMA CAIXA AQUI

SIC – SISTEMA DE CONTROLE

Page 12: Tcc Wesllainy Dias Martins

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................14

1.1 Problemática..................................................................................................15

1.2 Hipótese.........................................................................................................15

1.3 Justificativa....................................................................................................16

1.4 Objetivos........................................................................................................17

1.4.1 Objetivos Gerais......................................................................................17

1.4.2 Objetivos Específicos...............................................................................17

2 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................18

2.1 Administração de Operações.........................................................................18

2.2 Inter-relacionamentos entre Clientes e Fornecedores...................................19

2.3 Cadeia de Valor.............................................................................................20

2.3.1 Processos Essenciais..............................................................................21

2.3.2 Processos de Apoio.................................................................................21

2.3.3 Processo de Gestão................................................................................22

2.4 Prestação de Serviço.....................................................................................22

2.4.1 Classificação dos Processos de Serviço.................................................23

2.4.2 Estruturação dos Processos de Serviço..................................................24

2.5 Análise de Processos Existente.....................................................................25

2.6 Documentação e Avaliação do Processo......................................................26

2.6.1 Fluxogramas............................................................................................27

2.6.2 Blueprints.................................................................................................28

2.6.3 Diagramas de Processo...........................................................................29

2.7 Redesenho de Processos..............................................................................30

2.7.1 O Brainstorming.......................................................................................30

2.7.2 Agilizando a Dinâmica do Processo.........................................................31

3 METODOLOGIA..................................................................................................34

3.1 Quanto à Natureza.........................................................................................34

3.2 Tipo................................................................................................................34

3.3 Técnica..........................................................................................................35

3.4 Objeto de Estudo...........................................................................................35

3.5 Universo e Amostra.......................................................................................35

3.6 Coleta de Dados............................................................................................35

Page 13: Tcc Wesllainy Dias Martins

3.7 Tratamento dos Dados..................................................................................36

4 APRESENTAÇÃO DO CASO.............................................................................38

5 MAPEAMENTO DO PROCESSO EXISTENTE..................................................41

5.1 Identificação do Processo..............................................................................41

5.1.1 Processo Habitacional Vigente................................................................41

5.1.2 Sequência Operacional............................................................................42

5.2 Novo Modelo Institucional..............................................................................45

5.2.1 Resumo do Modelo..................................................................................46

5.2.2 Sequencial Operacional Novo Modelo.....................................................47

5.3 Modelo Proposto pela Acadêmica.................................................................49

5.3.1 Identificação dos subprocessos críticos...................................................49

5.3.2 Otimização da Operação.........................................................................51

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................53

REFERÊNCIAS.........................................................................................................54

Page 14: Tcc Wesllainy Dias Martins

14

1 INTRODUÇÃO

Desde 2002, segundo a Associação Brasileira de Entidades de Crédito –

ABECIP (2012) o volume e valores de crédito imobiliário emprestado no Brasil vêm

sofrendo um grande avanço. Entretanto, atender as necessidades de um mercado

promissor com recursos limitados constitui-se o principal desafio do processo.

Atualmente o considerado Banco da Habitação tem reposicionado sua

estratégia da CAIXA para atingir um grande percentual desta demanda instituindo

redes parceiras de atendimento CAIXA AQUI e Lotéricos além de ampliação de

serviços bancários online e em salas de autoatendimento. E no corrente ano um

novo modelo está sendo instaurando voltado para prospecção de novos clientes e

geração de negócios através dos parceiros.

Entretanto, o entendimento das necessidades e expectativas dos clientes tem

sido um dos maiores desafios para o banco. Todo processo de aprimoramento dos

serviços e fidelização dos clientes dependem do sucesso do entrosamento das

partes envolvidas com o cliente.

Isso porque com o passar dos tempos e o serviços funcionando

adequadamente, e por processos, percebe-se que se encontram falhas e erros nos

processos que implicam na insatisfação por partes dos clientes. Isso com base no

aumento considerado de reclamações em órgãos competentes o que ocasionam

uma perda de clientes e alto custo de fidelização.

A solução está em detectar as falhas e ter uma ação corretiva em relação às

falhas encontradas. Este processo de redesenho ou aperfeiçoamento do processo

existente que é um estudo sistêmico das atividades e fluxos objetivando melhora-lo.

O presente trabalho de conclusão de curso tem como objetivo analisar o

processo de financiamento habitacional da instituição financeira Caixa Econômica

Federal através da técnica de mapeamento de processo. E ainda propõe identificar

lacunas no atual processo que atualmente é fator gerador de insatisfação dos

clientes e em segundo plano sugerir melhorias através de um redesenho.

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15

1.1 Problemática

A instituição financeira em estudo caracteriza-se pela morosidade na

liberação de operações de crédito, hipoteticamente isso é ocasionado pela falta

informação precisas acompanhamento assíduo dos processos, falta de funcionários,

dentre outros entraves, provocando desgastes entre o banco e seus clientes e

consequentemente percas de negócios.

Nos últimos anos a instituição financeira, objetivando minimizar esta

problemática propôs a abertura de canais de atendimento denominados CAIXA

AQUI, que são agentes externos que prestam serviços de captação e prospecção de

clientes para a instituição oferecendo no mercado diversos produtos oferecidos pela

instituição. Dentre os produtos comercializados pelo canal de atendimento destaca-

se o financiamento habitacional, produto que obteve grande procura em função de

programas governamentais que auxiliam na contratação das operações.

Inicialmente a proposta atendeu toda a demanda, porém nos últimos dois

anos esta demanda cresceu através dos canais de atendimento e a instituição não

acompanhou em tempo hábil tal crescimento. O que resultou em acúmulos de

processos e clientes insatisfeitos com o atendimento entre os agentes bancários

CAIXA e CAIXA AQUI.

Diante do exposto, propõe-se responder o seguinte questionamento:

Quais fatores são responsáveis pela morosidade no processo de

financiamento habitacional?

1.2 Hipótese

Em consonância com a problemática, que busca a identificação de quais os

fatores são responsáveis pelas inúmeras reclamações por parte de clientes da

instituição financeira nos últimos períodos, em especial ao processo de

financiamento habitacional, sugere-se que supostamente estes fatores dar-se-á por:

Falta de funcionários: A maioria das reclamações por parte dos clientes é

por falta de funcionários no setor operacional, isso porque houve um aumento

na demanda pelo produto financiamento habitacional.

Page 16: Tcc Wesllainy Dias Martins

16

Falhas na comunicação: fatores críticos internos como as falhas e falta

comunicação entre as partes (clientes, correspondente e instituição

financeira) tem dificultado o andamento dos processos em tempo hábil

provocando acúmulos de processos.

1.3 Justificativa

Tendo em vista a diversidade de processos e as complexidades que

envolvem a ação de desenvolver pessoas e vantagens operacionais nas

organizações, buscou-se identificar um tipo de projeto que fosse mais adequado às

necessidades da instituição. Através dos pontos chaves: processos, clientes internos

e externos e satisfação. É proposto então, um estudo de caso que partisse da

âncora da instituição: os clientes.

Em consonância com as principais preocupações da organização, elegeu-se

o processo de financiamento habitacional como objeto de estudo neste projeto. Para

balizar as ações, enfatizar-se-á em uma amostragem da instituição através de um

estudo de caso em uma das agências da Caixa Econômica Federal – CAIXA situada

no município de Palmas Tocantins, via canal de atendimento CAIXA AQUI.

Com a análise dos dados obtidos, evidenciam-se os principais critérios

técnicos e restrições do processo de atendimento através do canal de atendimento,

a identificação dos pontos de gargalos do processo, tendo como referencial a

interação da instituição com seus clientes.

As informações extraídas a partir da pesquisa documental e de campo serão

uma fonte rica para o aprimoramento dos bancos de dados e geração de subsídios

para tomadas de decisões no nível estratégico e operacional no processo de

financiamento habitacional, além de uma aplicação do conhecimento teórico na

prática empresarial.

Com isso, com a conclusão deste projeto, a instituição terá em mãos uma

análise capaz de auxiliá-la como um novo modelo operacional para auxiliá-los nas

decisões estratégicas, visto que será proposto através de um redesenho melhorias a

serem implementado no processo de financiamento habitacional pela instituição

financeira. E ainda a utilização dos dados obtidos poderá ser utilizada nas

pesquisas, para outros fins.

Page 17: Tcc Wesllainy Dias Martins

17

1.4 Objetivos

1.4.1 Objetivos Gerais

Mapear o processo de financiamento habitacional existente comparando-o

com o novo modelo proposto pela instituição, e propor melhorias por meio de um

redesenho.

1.4.2 Objetivos Específicos

Mapear o procedimento atual do processo de financiamento habitacional;

Apresentar um diagnóstico inicial, sinalizando dificuldades, gargalos e

oportunidades percebidas na instituição;

Propor por meio de um redesenho do processo ações efetivas que gerem

melhorias no processo de atendimento ao cliente.

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18

2 REFERENCIAL TEÓRICO

O conceito de processo pode ser muito amplo, pois um processo pode ter seu

próprio conjunto de objetivos (resultados), onde envolvem um fluxo de trabalho

(pessoas), que cruze fronteiras departamentais (interrelações) e que necessitam de

recursos de vários departamentos.

De modo que a análise de um processo parte das diferentes visões das

partes envolvidas, identificação de gargalos através de técnicas especificas, e por

fim uma proposta de melhoria através de um redesenho do processo existente.

Conforme referencias a seguir.

2.1 Administração de Operações

A administração de operações, segundo Krajewski (2009) “refere-se ao

projeto, direção e controle dos processos que transformam insumos em serviços e

produto” e ainda acrescenta que atende tanto para os clientes externos quando para

os internos. Na concepção de Krajewski (2009) a administração de operações lida

diretamente com processos.

A função de operações estabelece interfaces com diversos outros

subsistemas necessários para o funcionamento da empresa (GIANESI, 1994, p. 30).

Assim, para compreender administração de operações é necessário ter uma visão

da empresa a partir dos processos que envolvem toda a organização e os agentes

externos a ela: os stakholders.

Krajewski (2009) define um processo como qualquer atividade ou grupo de

atividade que toma um ou mais insumos (inputs), transforma-se e fornece um ou

mais resultados (output) a seus clientes. Ter uma visão da empresa por processos

proporciona que todos tenha bem definido o seu conjunto de objetivos, envolver

fluxo de trabalho que tenha interface com outros departamentos. Vide figura 1.

Page 19: Tcc Wesllainy Dias Martins

19

Figura 1. Visão básica de processos. Fonte: Tachiszawa (1997) adaptada pela Autora.

No mundo atual os clientes passam a ser o motor dos mercados, a

concorrência muda sua estratégia com maior flexibilidade e as mudanças ocorrem

com maior dinamismo, às atividades orientadas para a tarefa estão obsoletas. Em

seu lugar, as empresas precisam organizar seu trabalho em torno dos processos, se

não perdem a competividade no mercado ou até mesmo a falência.

2.2 Inter-relacionamentos entre Clientes e Fornecedores

Os processos fornecem resultados ou saídas (outputs) que muitas vezes

podem ser serviços, na forma de informação aos clientes. Alguns componentes

destes processos são clientes externos (como fabricantes, instituições financeiras ou

varejistas). Outros são clientes internos que podem ser um funcionário do

departamento de vendas que depende de outro funcionário do departamento de

produção para realizar uma venda (KRAJEWSKI, 2009, p. 5).

Em uma organização flexível o cliente ganha destaque, pois constitui em

elemento comum para a existência da organização. As atividades básicas seriam

desenvolver atividades de identificação das necessidades dos clientes,

transformando-as em requisitos para qualidade para os produtos ou serviços

oferecidos pela empresa, bem como a busca pela inovação dos produtos ou

processos (TACHIZAWA, 1997, p. 100 – 101).

Ainda Tachizawa (1997) enfatiza que nesta nova concepção de organização,

a qualidade pelos serviços prestados e pela qualidade dos processos, produtivo ou

Page 20: Tcc Wesllainy Dias Martins

20

de apoio seria resultado da responsabilidade dos gestores dos processos, deixando

de ser uma tarefa de uma pessoa ou departamento para ser responsabilidade de

todos na organização. Vide figura 2.

Figura 2: Visão de atividade tradicional X visão de atividade por processo. Fonte: Tachizawa (1997).

2.3 Cadeia de Valor

Toda organização existe para realizar trabalhos que agregam valor, sendo

que todo trabalho é realizado por uma rede de processos. Numa organização, a rede

de processo é bastante complexa e não uma simples estrutura sequencial

(CAMPOS, 2010).

A inter-relação das atividades é útil para entender como os serviços ou

produtos são produzidos e por que tem que haver sincronia entre os colaboradores

para que a empresa consiga benefícios estratégicos nos processos (KRAJEWSKI,

2009, p. 6). Conforme figura 3.

Page 21: Tcc Wesllainy Dias Martins

21

Figura 3: Visão por processos. Fonte: Krajewski (2009) adaptada pela Autora.

Krajewski (2009) define cadeia de valor como sendo uma “série de processos

inter-relacionados que produz serviço ou produto para satisfação dos seus clientes”.

Ou seja, cada atividade de um processo deve agregar valor as atividades

procedentes e os custos desnecessários, o retrabalho e desperdícios de todos os

cunhos devem ser eliminados.

2.3.1 Processos Essenciais

“Um processo essencial (core process) é uma cadeia de atividades que

entrega valor a cliente externo” (KRAJEWSKI, 2009, p. 6). No processo essencial há

um maior grau de interação dos gerentes desses processos e funcionários com os

clientes externos o que resulta em relacionamentos e ainda proporciona uma

interação com fornecedores externos, com eles desenvolvem novos produtos e

serviços para o cliente externo.

Neste sentido Krajewski (2009) concentra-se em quatro processos essenciais:

Processo de Relacionamento com o Cliente: responsáveis por identificar,

atrair e construir relacionamento com cliente externo e facilitam para o cliente

a elaboração de pedidos.

Processo de desenvolvimento de um novo serviço ou produto: projetam

e desenvolvem novos serviços e produtos que podem ser desenvolvidos com

base nas informações dos clientes, fornecedores e tendências do mercado.

Processo de execução de pedido: são as atividades necessárias para

produzir e entregar o serviço ou produto ao cliente externo.

Processo de relacionamento com fornecedores: selecionam os

fornecedores de serviços, matérias primas e informações e facilitam o fluxo

eficiente e em tempo hábil desses itens dentro da empresa.

2.3.2 Processos de Apoio

Os processos de apoio são responsáveis por prover recursos e insumos vitais

aos processos essenciais e são importantes para a gestão da empresa

(KRAJEWSKI, 2009, p. 6). Hronec (1994) acrescenta que “se houver falha num

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22

processo de apoio os cliente não perceberam imediatamente” e justifica “entretanto,

eventualmente a falha se tonará óbvia, porque fará com que os processos primários

se deteriorem”.

2.3.3 Processo de Gestão

Na visão de Hronec (1994) o processo de gestão é necessário para que haja

a coordenação e sincronia do processo de apoio e processos essenciais. Faz se

uma parte importantíssima do resultado final da empresa, pois incluem diferenciais

no mercado ante a concorrência, planejamento estratégico e definição de metas

dentre outros.

E ainda acrescenta que “a organização deve utilizar o benchmarking para

estabelecer metas para que os processos de gestão sejam restritos e discretos”.

Campos (2010) vai além e diz que:

A Gerência de Processo é uma metodologia que nos permite maximizar a habilidade de satisfazer e exceder os requisitos dos Clientes, alcançar o resultado esperado de maneira mais simples e pelo menor custo, aumentar a capacidade do processo de atender as mudanças das necessidades dos Clientes e do negócio, sem reduzir a efetividade e a eficiência do processo. Observe que a gerência de processos é o método pelo qual se podem alcançar as metas de qualidade. (CAMPOS, 2010)

2.4 Prestação de Serviço

Krajewski (2009) cita dois tipos de processos que são mais usuais: os de

serviço (intangíveis) e os de manufatura (tangíveis). Os processos de serviços

segundo estatísticas tem um grande e expressivo percentual no mundo dos

negócios principalmente em países industrializados.

Os processos de serviços tendem a produzir resultados intangíveis e

perecíveis, ou seja, são de difícil mensuração e não podem ser mantidos em

estoques de bens acabados. Outra característica importante é o grau de contato

com cliente, pois torna o cliente como um agente ativo no processo e na busca por

satisfazê-lo, que por sua vez estão mais exigentes, promove uma competição entre

as empresas de serviços.

Gianesi (1994) cita três características das operações de serviços:

Page 23: Tcc Wesllainy Dias Martins

23

Intangibilidade: a intangibilidade dos serviços tornam difícil para os gerentes,

funcionários e os próprios clientes avaliar o resultado e a qualidade do

serviço.

Interação com o cliente: o cliente é considerado o elemento que dispara a

operação, em termos quantitativos, metodológicos e qualitativo, constituindo

assim uma entrada (input) do processo.

Produção e consumo simultâneos: os serviços não podem ser estocados,

eliminando a possibilidade de isolamento de falhas no sistema de operações

e o controle de qualidade final, além da imprevisibilidade da demanda

(oscilações durante períodos).

2.4.1 Classificação dos Processos de Serviço

Em uma proposta, Gianesi (1994) para buscar uma tipologia de operações ele

referia que a identificação das dimensões seria importantes para essa classificação,

são estas as dimensões:

A ênfase dada à pessoa ou equipamento;

O grau de contato com o cliente;

O grau de participação do cliente no processo;

O grau de personalização do serviço;

O grau de julgamento pessoal dos funcionários; e

O grau de tangibilidade dos serviços.

Entendendo que existe enorme variedade serviços diferentes e que os

conceitos poderiam ser muito amplos e não são generalizados a todos os tipos,

Gianesi (1994) buscou adotar uma classificação de processos de serviços, conforme

abaixo:

Serviços profissionais: são os serviços que o cliente geralmente busca

quando não dispõe da capacidade. Ex. serviços médicos ou de assistência

jurídica;

Loja de serviços: é um processo intermediário entre os serviços profissionais

e os serviços de massa. Caracteriza-se pelo volume maior de clientes

atendidos por dia. Ex. Atendimento em agências bancárias e postos de

gasolina.

Page 24: Tcc Wesllainy Dias Martins

24

Serviços de massa: atende ao maior numero de clientes por unidade de

tempo. Caracteriza-se por serviços poucos personalizados, com alto grau de

padronização das operações. Ex. estádios de futebol e grandes

hipermercados.

2.4.2 Estruturação dos Processos de Serviço

Esta estruturação segundo Krajeswski (2009) mostra como efetivamente o

ciente conecta o produto do serviço do processo. E existem três estruturas,

conforme Quadro 1, das quais os gestores podem escolher:

Quadro 1: Matriz de contato cliente X processo. Fonte: Krajewski (2009) adaptada pela autora.

Front Office: um processo tem muito contato com o cliente quando o

provedor de serviço interage diretamente com o cliente externo e interno. O

fluxo do processo é flexível e depende das exigências do cliente:

Hybrid Office: o processo tem níveis moderados de contado com o cliente e

serviços padronizados, com algumas opções disponíveis para escolha do

cliente.

(1) grande interação comclientes, serviço altamentepersonalizado

(2) Alguma interaçãocom clientes, serviçospadrao com algumasopções

(3) Pouca interaçãocom clientes, serviçospadronizados

(1) Fluxos flexiveis,trabalho complexo muitasexecçoes

FRONT OFFICE (LINHA DE FRENTE)

(2) Fluxos flexiveis comalguns caminhosdominantes, complexiadede trabalho moderadacom algumas execcoes

HYBRID OFFICE (LINHA HÍBRIDA)

(3) Fluxos de linha,trabalho de rotinafacilmente compreensivelpelos funcionarios

BACK OFFICE (LINHA DE

RETAGUARDA)

CARACTERISTICA DO PROCESSO

PROCESSO DE SERVIÇO

MATRIZ DE CONTATO CLIENTE X PROCESSO

Page 25: Tcc Wesllainy Dias Martins

25

Back Office: tem pouco contato com o cliente e pouca personalização de

serviços. O processo é quase completamente padronizado, repetido

frequentemente e exige poucas variações.

2.5 Análise de Processos Existente

Krajeswski (2009) ressalta que a maioria dos processos podem ser

aperfeiçoadas se alguém pensar de modo de fazê-lo e implementá-lo de maneira

eficaz. Esta etapa mais amadurecida chama-se análise de processos se faz

necessária tanto para um redesenho ou reengenharia como para o aperfeiçoamento

de processos, como também é parte do monitoramento do desempenho

organizacional em longo prazo.

Essa análise é capaz de identificar oportunidades para aperfeiçoamentos,

documentação do processo atual, avaliação o processo objetivando localizar falhas

no desempenho, e por fim, por meio de um redesenho é capaz de eliminar as falhas

e implementa as alterações desejadas. KRAJESWSKI (2009, p. 125).

Em uma abordagem sistêmica a análise de processos é a documentação e a

compreensão detalhada de como o trabalho é executado e de como pode ser

redesenhado. Krajeseswki (2009) demonstra isso em 6 passos conforme Figura 4.

Figura 4: Blueprint para análise de processos. Fonte: Krajewski (2009)

Page 26: Tcc Wesllainy Dias Martins

26

Passo 1: Identificar Oportunidades – focando a atenção nos quatros

processos essenciais da organização: relacionamento com fornecedor,

desenvolvimento de novos produtos ou serviços, execução do pedido e

relacionamento com os clientes.

Passo 2: Definir o Escopo - estabelece limites do processo a ser analisado,

em função da amplitude e as partes envolvidas faz-se necessários as delimitações

objetivas para gerar resultados satisfatórios.

Passo 3: Documentar o Processo – a documentação inclui fazer uma lista

dos insumos do processo, fornecedores (internos e externos) e produtos e

clientes(internos e externos). Isso pode ser feito com o uso de diagramas, gráficos,

tabelas dentre outros para maior compreensão dos dados obtidos.

Passo 4: Avaliar o Desempenho- definição de indicadores para medir o

desempenho. Esses indicadores devem refletir as prioridades competitivas e se

possível contemplando o cliente e suas percepções.

Passo 5: Redesenhar o Processo – através de uma análise detalhada e

criteriosa do processo é possível revelar, incoerências, ou lacunas, entre o

desempenho real e o desejado. Um novo projeto deve ser documentado como

“proposto”. O novo processo deve deixar evidente como o processo revisado

funcionará e o desempenho esperado para os diversos indicadores usados.

Passo 6: Implementar as Mudanças – é uma etapa importantíssima no

processo, pois para isso é necessário o comprometimento das pessoas desde o

Passo 1. A implementação é responsável por dar vida as etapas necessárias para

colocar o processo redesenhado em operação.

2.6 Documentação e Avaliação do Processo

O Mapeamento de processos desempenha o papel essencial de desafiar os

processos existentes, criando oportunidades de melhoria do desempenho

organizacional ao identificar interfaces críticas, criando as bases para implantação

de novas e modernas tecnologias de informação e de integração empresarial (DATZ;

MELO; FERNANDES, 2004 apud Oliveira).

Adair (1996) enfatiza que o mapa do processo é útil para adquirir uma visão

geral do processo e edificar as principais etapas, pois em geral ele evita os detalhes

e concentra-se na apresentação de uma descrição gráfica e compreensível de um

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27

processo. O mapa detalhado do processo diz tudo como acontece com uma unidade

de trabalho ou um procedimento em estudo.

Krajeswski (2009) cita três técnicas ou ferramentas consideradas eficazes

para documentas e avaliar processos: (1) fluxogramas; (2) Blueprints de serviço: e

(3) diagramas de processo. Estas servem para encontras falhas de desempenho,

geração de ideias de aperfeiçoamento e documentar o aspecto de um processo

redesenhado.

2.6.1 Fluxogramas

Em suma um fluxograma tem a finalidade de esboçar o fluxo de informações

através das diversas etapas de um processo. São também conhecidos como

diagramas de fluxo, mapas de processos, mapas de relacionamentos ou blueprints

(esquemas) vide figura 5.

Figura 5: Modelo de fluxograma.

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Fonte: Pinho (2007)

Os fluxogramas podem ser criados para vários níveis da organização, mais

em especial no nível operacional é mais útil para agregar valor competitivo ao

negocio em função apresenta muitos detalhes e muitas inter-relações com outros

departamentos, áreas e pessoas.

Os fluxogramas permitem que os analistas e os administradores do processo

observem a organização horizontalmente, pois os fluxos mostram como as

organizações geram seus produtos por meio de processos interfuncionais e permite

que visualize as interfaces criticas entre funções e departamentos. KRAJESWSKI

(2009, p. 131).

2.6.2 Blueprints

Um blueprint de serviço é um fluxograma especial por permite visualizar quais

as etapas tem maior contato com o cliente (KRAJESWKI, 2009 p. 131). Santos 2000

apud Oliveira, ainda acrescenta que Blueprint de serviços é uma técnica

desenvolvida para o mapeamento dos processos de serviços, diferenciando-se dos

fluxogramas por considerar a interação com o cliente, do serviço e identificando as

atividades de linha de frente e as atividades de retaguarda, separadas pela

denominada linha de visibilidade. Vide figura 6.

Figura 6: Sintaxe do Diagrama Blueprint

. Fonte: Krajeswski (2009) adaptada pela autora.

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29

É utilizado cores, sombreamento ou figuras de caixas e linhas desde que

deixa claro ao futuro leitor a interpretação do fluxo. De forma a identificar quais

etapas são visíveis para o cliente (front Office) e quais não são (Back Office).

(KRAJESWKI, 2009 p. 131)

A adoção do blueprint também oferece aos gerentes a oportunidade de

identificar potenciais pontos de falha e projetar procedimentos à prova de erros. No

caso de um banco, pode ser utilizadas listas de verificação antes de encaminhar um

cliente erroneamente para uma fila (Fitzsimmons e Fitzsimmons, 2000 apud Leal).

2.6.3 Diagramas de Processo

Krajeswki (2009) define um diagrama de processo como sendo “ um modo

organizado de documentar todas as atividades executadas por uma pessoa ou

grupo de pessoas em uma estação de trabalho, envolvendo cliente ou materiais”.

Normalmente é utilizado para descer ao nível de tarefas de um individuo, de uma

equipe ou de um subprocesso.

Neste sentido, apresenta-se 3 tipos de diagramas:

Diagrama de inter-relações – consideram se uma ideia, questão ou

problema central e delineiam-se as relações logicas ou sequenciais entre todos os

aspectos envolvidos. É utilizado normalmente quando o assunto ou processo tem

um grau de complexidade maior e a tempo suficiente para que um processo de

reiteração seja empreendido. (TACHIZAWA, 1997, p. 233)

Ainda Tachizawa (1997) cita Diagrama de rede de atividades – é

empregado para programar uma atividade, tarefa ou subtarefas. Constitui-se uma

ferramenta para gerenciamento de determinado projeto ou serviço em geral.

Diagrama de Causa Efeito – é uma ferramenta para análise das causas de

um problema, também chamada de diagrama de Ishikawa, em homenagem ao seu

autor, ou ainda diagrama de espinha de peixe porque quando completo lembra um

esqueleto de peixe (HORNEC, 1994). Esta ferramenta é usada por pequenas

equipes para identificar as causas de um problema no processo. Vide figura 7.

Figura 7: Diagrama causa efeito

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30

. Fonte: Honrnec (1994) adaptada pela autora.

2.7 Redesenho de Processos

Adair (1996) diz que “com o passar dos tempos, o plano inicial do processo

continua evoluindo, em relação às necessidades dos clientes, as variações

individuais, aos crescimento e às mudanças da empresa, e as modificações nas

inter-relações de processo”. E ressalta que quando se considerar os processos da

empresa percebera que a maioria delas precisa ser redesenhada.

Harringtom (1993) enfatiza que os processos empresariais não evoluíram com

o ambiente empresarial. Isso porque na visão de um dos presidentes da IBM

destaca que um processo tem que “ser capaz de agregar valor, ser preciso e eficaz

nas complexidades, que seja voltado para o futuro e, portanto possa se desenvolver

com a empresa, e não ficar para trás, como tem acontecido”.

Em primeira instância a organização tem que acreditar que a mudança é

importante e valiosa para o seu futuro, em sequencia os obstáculos atuais ou

potenciais devem ser identificados e compreendidos por todos e uma constante

opinião deve ser dados a todos (HARRINGTOM, 1993).

Neste sentido destaca-se a participação de todos neste processo de

redesenho com seus diferentes pontos de vistas e ainda a criação de um ambiente

organizacional flexível às mudanças, conforme veremos a seguir.

2.7.1 O Brainstorming

Krejaswki (2009) destaca que a participação de todos neste redesenho é importante, pois:

“Algumas vezes, ideias para reengenharia ou aperfeiçoamento de um processo se tornam aparentes depois de se documentar o processo cuidadosamente e examinar as áreas de desempenho abaixo do padrão, as interfaces entre departamentos e os passos nos quais o contato com o cliente é alta”.

Na visão de Krejaswki (2009) as ideias podem ser descobertas, pois em

alguns casos a melhor solução é a menos evidente e como também há sempre um

modo melhor. Para isso fazem-se seis perguntas sobre cada passo do processo e

sobre o processo como um todo, que são:

1. O que está sendo feito?

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31

2. Quando está sendo feito?

3. Quem está fazendo?

4. Onde está sendo feito?

5. Como esta sendo feito?

6. Como se sai em relação aos diversos indicadores de desempenho?

As respostas para todas essas perguntas vão ser dadas através da

criatividade que também pode ser estimulada pelo brainstorming, fazendo com um

grupo de pessoas com conhecimento sobre o processo proponha ideias de

mudanças, dizendo tudo que vier a mente. (KREJAWSKI, 2009. P. 140).

Sendo como o objetivo principal o aperfeiçoamento do processo o

encorajamento da criatividade para conseguir tantas ideias quanto possível não

importando o quanto elas possam ser compatíveis. Ou seja, os participantes não

precisam ser limitados à equipe do processo deste que tenham conhecimento

detalhado sobre o processo a ser redesenhado.

Após o término da sessão de brainstorming, a equipe de projetos se move

para a fase de “tornar reais” as diferentes ideias. Nesta fase a equipe identifica as

mudanças que oferecem as melhores compensações para a revisão do processo.

Este processo envolvem questões de capacidade, layout, tecnologia ou ate mesmo

a localização. (KREJAWSKI, 2009 p. 141)

Com o processo redesenhado ele é documentado novamente, mas desta vez

tem uma visão “após” processo. Considerando riscos e os impactos sobre as

pessoas (habilidades, grau de mudança, requisitos de treinamentos e resistência à

mudança) bem como devem ser decompostos em fatores que possam ser avaliados

no novo projeto. (KREJAWSKI, 2009 p. 141).

Redesenhar um processo não é tudo, pois na visão de Krejawski (2009)

“implementar um processo muito bem redesenhado é apenas o início para monitorar

e aperfeiçoar continuamente os processos”. Considerando as metas dos indicadores

que devem ser avaliadas continuamente e recompostas para ajustar as mudanças

futuras.

2.7.2 Agilizando a Dinâmica do Processo

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32

A agilização dinâmica sugere enxugar os excessos e os desperdícios, rigor

continua a cada pequeno detalhe que pode levar a um melhor desempenho e

qualidade (HARRINGTON, 1993, p. 158).

O objetivo principal do processo de agilização dinâmica é propiciar um

sistema menos resiste de esforços e que permita deixar o sistema operacional no

limite mínimo de esforços para obtenção de eficácia, eficiência e adaptabilidade.

(HARRINGTON 1993, p 158).

Ainda Harrington (1993) cita doze ferramentas fundamentas para agilizar a

dinâmica do processo, a seguir:

1. Eliminação da burocracia: remoção de tarefas administrativas e

aprovações de papeladas desnecessárias;

2. Eliminação da duplicidade: remoção de atividades idênticas, que são

executadas em partes diferentes do processo;

3. Avaliação do valor agregado: avaliação de todas as atividades do

processo empresarial determinando sua contribuição no atendimento

as exigências dos clientes;

4. Simplificação: redução das complexidades do processo;

5. Redução do tempo de ciclo do processo: determinação de maneiras

para o comprimento do tempo de ciclo objetivando atender ou superar

as expectativas dos clientes e minimizas os custos de armazenagem;

6. Tornar o processo a prova de erros: Dificultar a execução errônea

de uma atividade;

7. Modernização: Fazer uso efetivo de equipamentos que auxiliam a

execução das tarefas para melhorar o desempenho geral;

8. Linguagem simples: Redução da complexidade da maneira como se

escreve e se fala, criando documentos de fácil compreensão aos

usuários;

9. Padronização: seleciona-se uma única maneira de fazer uma

atividade e exigir-se que todos os usuários a executem daquela forma.

10.Parcerias com os fornecedores: melhorar o relacionamento com os

fornecedores, pois o desempenho geral de qualquer processo

melhoram quando as entradas fornecidas pelos fornecedores

melhoram;

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33

11.Aperfeiçoamento do quadro geral: objetiva-se para que as dez

primeiras ferramentas de fluxo dinâmico dão o resultado desejado; e

12.Automação e/ou mecanização: o uso de ferramentas, equipamentos

e computadores para executar tarefas rotineiras e tediosas, a fim de

liberar os recursos humanos na execução de atividades mais criativas

e que agregam maior valoração ao negocio.

Harrington (1993) conclui que o processo de agilização irá eliminar muitos

problemas, à mediada que o processo for reorganizado, portando há motivos para

aperfeiçoar uma tarefa que logo será eliminada.

E ainda acrescenta que a caminhada em direção à satisfação do cliente e

adiante dele é constituída de quatro fases, a saber:

1. Agilização: a aplicação das ferramentas básicas possibilitará um

processo mais dinâmico;

2. Ação preventiva: deve haver uma alteração no processo a fim de

assegurar que os erros nunca transpareça e atinja ao cliente;

3. Ação corretiva: reparação do que este errado na execução do

processo estacando o fluxo de erros; e

4. Busca pela excelência: o processo é considerado satisfatório quando

ele funciona e atende as exigências dos clientes, compete as empresa

a busca continua para exceder a essas exigências e ainda reduzir os

custos operacionais e aumentar os lucros.

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35

3 METODOLOGIA

Para qualificar e classificar o projeto de pesquisa tomou-se a estrutura

proposta por Gil aput Bertucci (2011), que propõe a divisão do tipo de pesquisa em

quanto à natureza, o tipo, a técnica, o universo e a amostra, o objeto de estudo, a

coleta dos dados e o tratamento dos dados.

3.1 Quanto à Natureza

A presente pesquisa é classificada como aplicada, pois, serão gerados

conhecimentos para, na prática, solucionar problemas específicos, neste caso,

proposta de melhoria no processo “Financiamento Habitacional” da instituição

financeira.

E ainda a pesquisa terá abordagem qualitativa, pois o pesquisador tem um

contato direto com a realidade existente na instituição, através da observação direta

e pelas entrevistas, aplicada as partes envolvidas, que serão posterior representado

através de dados tabulados.

3.2 Tipo

Segundo Gil apud Bertucci (2011) as pesquisas explicativa visam identificar

os fatores que determinam ou contribuem para ocorrência do fenômeno e é o tipo de

pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razão.

Outro tipo citado é a pesquisa descritiva, que tem como objetivo principal a

descrição das características de determinadas população ou fenômeno

estabelecendo relações entre as variáveis (GIL apud BERTUCCI, 2011 p. 50).

Classifica-se este estudo como uma pesquisa explicativa e descritiva, pois

pretende descrever através de um mapeamento do processo de financiamento

habitacional e ainda classifica-se como explicativa, pois, objetiva encontrar as

possíveis causas de problemas se encontrados, bem como através de um

redesenho propor mudanças no processo.

.

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36

3.3 Técnica

A técnica utilizada para este projeto foi um estudo de caso do processo de

financiamento habitacional na instituição financeira CAIXA, tendo em vista um

aprofundamento melhor e a obtenção de um conhecimento detalhando a respeito do

objeto de estudo.

Estudo de caso na visão de Gil apud Bertucci (2011) “é caracterizado pelo

estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos de maneira que permita

seu amplo de detalhando conhecimento”. E ainda Bertucci (2011) acrescenta que

quando se identifica um problema específico relativo a uma organização e esse

problema é analisado em profundidade a técnica utilizada é o estudo de caso.

3.4 Objeto de Estudo

O objeto a ser estudado foi o processo de financiamento habitacional da

CAIXA através do canal de atendimento CAIXA AQUI. Representando-o através de

fluxogramas como são os procedimentos operacionais, todas as etapas e interação

do cliente com o processo. E por fim, através de uma análise detalhada pretende

apontar sugestões de melhorias ao processo em estudo.

3.5 Universo e Amostra

Por se tratar de um estudo de caso, o universo de pesquisa são os atores que

diretamente interagem e atuam no processo de concessão de financiamento

habitacional. A pesquisa foi realizada na cidade de Palmas TO. Tendo como

amostra dois: A Agência Serra do Carmo – CAIXA, cujo atendimento aos cliente

interage com o canal de atendimento correspondente CAIXA AQUI.

3.6 Coleta de Dados

Serão utilizadas as seguintes técnicas para coleta de dados:

Pesquisa documental: Pesquisa documental será focada nos arquivos

gerados na operacionalização do processo, fluxograma operacional e na

definição dos papéis e responsabilidades das partes envolvidas.

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Observação direta: Observação dentro de um processo do início à sua

finalização, desta forma será possível identificar e comparar fatores

expressos e relatados em entrevistas, com fatores e situações reais do

cotidiano.

Pesquisas diversas: Pesquisa em livros, revistas especializadas e sites

da internet que possam agregar valor ao tema de estudo.

3.7 Tratamento dos Dados

Para os dados coletados pela pesquisa bibliográfica, documental e pesquisa

de campo, cumpra os objetivos definidos o método adotado para seu tratamento

será analítico e sistêmico, procurando identificar os fatores e relações relevantes aos

temas desta pesquisa.

Além disso, com as possíveis entrevistas gerencias as situações observadas

e a pesquisa documental, permitirão captar informações sobre a efetividade do

processo vigente e abstrair considerações sobre os aspectos organizacionais, para a

compreensão e esclarecimento do fluxo do processo de financiamento habitacional

já que tais informações dependerão de fatores do contexto econômico e histórico

vivido pela organização.

E a fim de obter dados qualitativos que colaborem com os objetivos desta

pesquisa, adotou-se o uso de estudo de caso e elaborou-se um protocolo de

pesquisa (vide Quadro 2) para facilitar a busca de evidências para a construção de

proposta de soluções para o modelo de operacional de financiamento habitacional

pela CAIXA. .

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Quadro 2 – Protocolo de pesquisa

Visão Geral do Projeto de Estudo de Caso

Objetivos: Fazer uma pesquisa explorando as práticas operacionais e os processos de financiamento habitacional, confrontando com o referencial teórico e propor melhorias operacionais para as Agências da CAIXA no Tocantins.

Assuntos do estudo de caso: processos, financiamento habitacional, canais de atendimento e novo modelo funcional.

Leituras relevantes: administração de operações, prestação de serviço, análise e redesenho de processos.

Procedimentos de Campo

Apresentação das credenciais: Apresentação como estudante do curso de Administração de Empresas do CEULP/ULBRA, solicitando permissão para acompanhar o cotidiano operacional e a disponibilidade gerencial para responder e participar de entrevistas.

Acesso aos Locais: Negociado com a gerência geral da agência bancaria, que autorizou o acesso e forneceu as informações requisitadas.

Fonte de Dados: Fonte primária obtida junto à gerencia e colaboradores por meio de entrevistas e observações, além do acesso às informações secundárias disponíveis na internet e de domínio público.

Advertências de Procedimento: Mencionar o código de ética da Universidade, equiparando com o código de ética da instituição financeira. Explicitando que as respostas são confidenciais e garantindo o sigilo.

Questões de estudo de caso

Levantamento das práticas atuais de concessão de financiamento habitacional Observação das atividades operacionais Identificação das dificuldades operacionais e gargalos vigentes Relacionamento da agencia com os canais de atendimento Implantação do novo modelo Visão de futuro e planejamento estratégico da instituição

Esboço para o relatório do estudo de caso

Além da tabulação dos itens investigados, apresentar a relação entre: Modelo operacional de vigente e os gargalos observados Implantação do novo modelo e adaptação dos canais de atendimento

Fonte: Wesllainy (2012).

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4 APRESENTAÇÃO DO CASO

Desde 2002, o volume de crédito imobiliário emprestado no Brasil vem

sofrendo um grande avanço. Segundo a Associação Brasileira de Entidades de

Crédito - ABECIP (2012), entre 2002 e 2011 o crédito imobiliário cresceu mais de 17

vezes em quantidade de financiamentos e ainda mais de 45 vezes o valor do

montante financiado. Este crescimento vivenciado é comprovado pelos números e

na figura 8 e 9, a seguir.

Figura 8: Comportamento Histórico de Montante de financiamento habitacional no Brasil, em

R$ bilhões

Fonte: ABECIT e Banco Central (2012)

Figura 9: Comportamento Histórico de quantidade de financiamento habitacional no Brasil,

em mil unidades

Fonte: ABECIT e Banco Central (2012)

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40

A instituição financeira CAIXA exerce um papel fundamental na promoção do

desenvolvimento urbano e da justiça social do país, uma vez que priorizam setores

como habitação, saneamento básico, infraestrutura e prestação de serviços,

contribuindo significativamente para melhorar a vida das pessoas, principalmente as

de baixa renda.

É principalmente tem o reconhecimento nacional de “banco da habitação”. E

estatisticamente deste de 2008 esta acima da taxa de crescimento do mercado,

conforme figura Z. Somente no primeiro semestre de 2012 os contratos

habitacionais somaram R$ 45,9 bilhões, encerrando o período com saldo de R$

177,2 bilhões, o que correspondia a 72,6% de todo o crédito imobiliário do país. Vide

figura 10.

Figura 10. Taxa de Crescimento das Operações de Crédito Mercado versus CAIXA

. Fonte: Relatório de Administração da CAIXA (2011)

Ao final de junho de 2012, todos os segmentos da CAIXA representavam uma

carteira de 62 milhões de clientes, entre correntistas e poupadores, apresentando

um crescimento de 11,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. E para

atender a todos os cidadãos que utilizam seus serviços, a CAIXA disponibiliza uma

rede de 45,6 mil pontos de atendimento, entre unidades próprias, parceiros (CAIXA

AQUI E LOTÉRICOS) e rede compartilhada, além de 15 unidades itinerantes e 1

agência-barco, marcando a sua presença em todos os municípios brasileiros.

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A necessidade cada vez maior de atender uma demanda crescente da

população brasileira unida ao número reduzido de recursos de mão de obra e tempo

foram fatores fundamentais para a busca da melhoria na operacionalização da

concessão de financiamento habitacional, tema objeto deste estudo.

Como solução inicial, a Gestão da Instituição, há 5 anos instituiu os Canais de

Atendimento denominados Correspondentes CAIXA AQUI e Correspondentes

Lotéricos (Lotéricas). A primeira para prospecção de novos negócios e a segunda

para operações repetitivas e de menor valor agregado à instituição.

Entretanto, com a abertura da rede de distribuição e poucos funcionários

para finalização das operações de crédito, acarreta-se em um acúmulo operações e

consequentemente perca de negócios já prospectados por insatisfação no

atendimento.

Reavaliando o conceito inicial, a gestão da CAIXA a partir do segundo

semestre de 2012 está em processo de implantação de um novo modelo de canais,

passando de distribuição para um canal de negócios, cujo foco além da prospecção

de novos clientes, passa a ser também a operacionalização de alguns produtos

comercializados, e o principal deles é o financiamento habitacional.

Nesse momento foi gerada a grande oportunidade de criar um padrão de

operacionalização, bem como otimização dos processos, afim de cumprir as metas

estabelecidas, garantir a conformidade da documentação, evitando-se assim riscos

inerentes da concessão e a insatisfação dos clientes, através da qualidade e maior

interação dos serviços das partes envolvidas.

Desafiando em mapear o funcionamento do processo de financiamento

habitacional, que se inicia na manifestação do interesse do cliente até a

concretização do “sonho da casa própria”.

Através da identificação dos itens críticos no processo atual, comparando-o

com um novo modelo em fase de implantação pela instituição e, por fim, propor

através de um redesenho, sugestões de melhoria contínua que permita um melhor

desempenho operacional.

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5 MAPEAMENTO DO PROCESSO EXISTENTE

Este capítulo iniciar-se-á com a identificação do processo já existente, porém

ainda não documentado, feita através da observação direta de 10 processos

habitacionais de diferentes modalidades e em diversas etapas. E ainda entrevistas

com a gerência e funcionários da CAIXA e do Parceiro CAIXA AQUI.

Em sequência relata-se o novo modelo proposto pela instituição, bem como

as novas políticas e diretrizes em fase de implantação e adaptação pela rede

parceira. E por fim, com base na referencial teórico, um modelo operacional

proposto pela acadêmica para o processo em estudo.

5.1 Identificação do Processo

5.1.1 Processo Habitacional Vigente

Os procedimentos de concessão habitacional seguem uma ordem lógica que

é definida normativamente pela CAIXA. Entretanto, essa ordem não é sempre

seguida pelos funcionários e agentes externos envolvidos, além de que, da forma

em que está orientada, essa seqüência não é a de menor tempo.

Atualmente, para a efetivação do processo além da estrutura organizacional

da agência bancária, que em suma constitui de Gerência Geral, Gerência de

Atendimento, Técnico Bancário e Técnico de Retaguarda. Envolve vários agentes

externos, como Secretária Municipal de Finanças, Serventia de Cartório de Imóveis

local, Engenheiros Terceirizados e Correspondentes CAIXA AQUI.

O Processo inicia-se (input) com contato inicial do cliente com o

Correspondente CAIXA AQUI e finaliza (output) com a liberação do recurso

financeiro alocado em conta bancária do vendedor do imóvel. Entretanto, na

proposta de melhoria do presente trabalho, focalizará na interação entre o tripé:

Cliente, Correspondente CAIXA AQUI e a instituição financeira CAIXA.

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43

O contato inicial com os proponentes é feito agente de Atendimento no

Correspondente ou através do Gerente de Atendimento da Agência, ficando a cargo

da equipe de habitação o processo operacional do financiamento. E finaliza na

entrega do contrato habitacional registrado na Serventia de Cartório de Imóveis e

conformidade do processo.

5.1.2 Sequência Operacional

A seguir a rotina operacional é descrita. No entanto, o manual normativo da

instituição não relata quais atividades são responsabilidades das pessoas

envolvidas, principalmente as áreas de avaliação, análise e de atendimento. Essa

diferenciação será proposta posteriormente juntamente com a otimização do

processo.

1º procedimento: no Correspondente CAIXA AQUI inicia-se com o

agendamento da entrevista com todos os proponentes. Na entrevista, é

verificada a modalidade de financiamento adequada à necessidade do

proponente, e efetuada a simulação de valores, onde o resultado é repassado

ao solicitante. Além disso, a documentação necessária para se dar

prosseguimento ao processo é solicitada. E ainda esclarece-se ao proponente

as condições, direitos e obrigações decorrentes do financiamento, bem como

da importância do pagamento dos encargos mensais. E por fim as condições

para utilização dos recursos do FGTS são informadas, e entregas ao

proponente o check list na modalidade pleiteada e demais formulários

preenchimento.

2º procedimento: ainda no Correspondente CAIXA AQUI, os documentos

são recebidos, autenticados e os formulários conferidos. Depois de recebidos,

a taxa de cadastro é recolhida. Efetua-se pesquisa cadastral nos órgãos de

proteção ao crédito e bancários, bem como dívidas ativas nas esferas

municipais, estatuais e federais.

3º procedimento: No Correpondente CAIXA AQUI, coloca-se em ordem,

conforme check list, capeia-se, identifica-se com o nome e CPF do cliente e

modalidade pleiteada, e por fim, protocoliza-se na agência de vinculação do

cliente.

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4º procedimento: Na CAIXA, o Gerente de Atendimento recepciona o dossiê

habitacional e entrega ao Técnico Bancário. Este por sua vez, solicita através

de ordem de serviço (OS) a avaliação de imóvel pela engenharia da CAIXA.

Para isso, a documentação do imóvel é fornecida ao engenheiro, com um

prazo de entrega de até sete dias uteis.

5º Procedimento: Na CAIXA, Recebe-se o Laudo de Avaliação, emitido pela

engenharia e verifica-se o prazo de validade do Laudo, que pode ser de até

180 dias.

6º Procedimento: Confirma-se o atendimento dos limites definidos para as

modalidades. Definida a taxa de juros, a Avaliação de Risco de Crédito (PF2)

deve ser feita. Para isso, a renda dos proponentes é apurada. Confirma-se o

resultado da Avaliação de Risco de Crédito com o laudo de Avaliação, e se

houver divergência com os resultados simulados incialmente, os informa aos

proponentes, sugerindo alternativas, se não, segue.

7º procedimento: Análise de Risco aprovada, envia-se o Dossiê ao Comitê

de Crédito da Agencia, que são responsáveis pela conferencia da idoneidade

e veracidade das informações inseridas no sistema com as apresentadas

oralmente e documental. Se não apto, devolve-se a documentação ao

correspondente, bem como a justificativa, e se apto segue.

8º Procedimento: A partir daí, o Técnico Bancário solicita a reserva

orçamentária no sistema de acordo com o valor do financiamento proposto.

Verifica-se toda a documentação está correta, todo o relacionamento do

cliente e vendedor com a CAIXA (conta corrente, cartão de crédito, limite,

salário, seguro, dentre outros). Sendo apto o check-list é conferido e

assinado. Não sendo, o Técnico bancário providencia a regularização com o

cliente e vendedor. Agendando a data de assinatura do contrato.

9ª Procedimento: no dia da assinatura, com as partes presentes, o contrato

é emitido e os dados conferidos, inclusive da planilha de cálculo do CET e o

pagamento da taxa À Vista (taxa referente à operação de crédito). As partes

assinam as 4 vias do contrato, testemunhas e por fim a assinaturas do

representante legal da agência, normalmente Gerente de Atendimento. E no

mesmo dia, confirma-se a sua assinatura no sistema.

10º Procedimento: Arquiva-se no processo uma via do contrato devidamente

assinado e entregam-se três vias do contrato ao proponente para providenciar

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45

o registro no Registro de Imóveis, devidamente protocolado. No dia seguinte

a assinatura, os extratos das contas dos vendedores envolvidos são

conferidos, verificando a regularidade dos créditos. Nesta verificação, se

houver a ocorrência de crédito indevido, comanda-se o estorno imediato do

valor na conta envolvida ou no relatório de conta acerto.

11º procedimento: Um dos últimos procedimentos é a recepção do contrato

e a Certidão de Matrícula do cartório competente, conferindo o registro da

alienação fiduciária e a utilização dos recursos da CV do FGTS, se for o caso.

Após recebê-los, os dados do registro do contrato são inseridos no sistema e

comanda a liberação dos recursos na conta do vendedor.

12º procedimento: Arquiva-se ao dossiê uma via do contrato registrado

devidamente assinado, e então o processo de concessão do financiamento se

dá por encerrado.

As demais atividades posteriores serão consideradas atividades de

administração e manutenção da concessão, que não serão alvo de estudo neste

trabalho. A seguir, na figura 11, encontra-se o fluxograma do processo.

Figura 11. Fluxograma do Processo de Financiamento existente.

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46

Fonte: Wesllainy (2012).

Percebe-se no modelo atual um dos grandes agravantes é o tempo total da

liberação do financiamento. Segundo relatos de clientes, teriam processos com mais

de 65 dias em análise. Fatores como falta de funcionários, falha e falta na

comunicação entre os agentes, falhas no controle gerencial e operacional, bem

como acompanhamento diário dos processos pelos correspondentes seriam os

principais motivos apontados nesta observação direta e entrevistas com as partes

envolvidas.

Outro fator evidenciado foi a redundância de atividades em todos os

processos, principalmente em âmbito de conferencia do dossiê, justificado pelos

muitos entes envolvidos: gerência, técnico bancário, retaguarda e no

correspondente.

E principalmente as falhas e falta de comunicação tem dificuldade o controle

dos processos tanto em fase inicial, pela falta de acesso à informações manuais

normativos correspondente. E na fase de andamento, pois não tem nenhum sistema

que interligue a situação do processo na agência com o correspondente, sendo que

esta etapa é feita semanalmente indo até a agência.

5.2 Novo Modelo Institucional

Como uma das estratégias de expansão a intuição financeira decidiu-se em

terceirizar parte do processo operacional, a empresas do ramo imobiliárias

denominadas Correspondente CAIXA AQUI. Inicialmente tendo como o objetivo

principal a prospecção de novos clientes e fidelização de novos produtos.

Incrementando tal estratégia a instituição criou um novo modelo, em fase de teste no

município em estudo, que possibilitará a efetivação de negócios pelo próprio

Correspondente.

Essa estratégia tem como objetivo melhorar a gestão do crédito imobiliário,

principalmente com foco na redução do prazo de atendimento, permitindo ao

proponente a opção de contratar o financiamento com o atendimento integral no

ambiente do Correspondente, bem como proporcionar mais comodidade ao cliente e

estreitar o relacionamento CAIXA com o nicho imobiliário.

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47

As atividades que integrarão o Modelo proposto de concessão de crédito

imobiliário no ambiente dos Correspondentes CAIXA AQUI dará maior autonomia,

para apuração e inserção de dados no sistema fornecido pela CAIXA, bem como

avaliação e confecção dos contratos referentes a liberação desse crédito.

Figura 12:Modelo de Negócios com Integração em Canais Parceiros

Fonte: Rezende (2011)

No segundo semestre de 2012, o correspondente Imobiliário estudado,

enquadrou-se neste novo modelo. E neste momento de transição de um modelo

voltado à prospecção de cliente, para outro, que possibilitará também a

operacionalização de algumas etapas, deixou tanto a instituição como o

correspondente apreensivo, quanto ao ritmo dos negócios.

5.2.1 Resumo do Modelo

O atendimento ao proponente será feito integralmente no ambiente do

Correspondente, exceto quando houver a opção pela assinatura no ambiente da

CAIXA. Quando houver opção pela assinatura no ambiente do Correspondente, ele

fica responsável por orientar o cliente quanto à necessidade de reconhecimento de

firma em cartório, além das demais informações necessárias ao registro do contrato.

A concessão é realizada com apoio do help desk, estruturada para atender às

demandas do Correspondente. Os cadastros e avaliações, realizados no ambiente

Page 48: Tcc Wesllainy Dias Martins

48

do Correspondente, serão posteriormente homologados pela CAIXA, após a análise

de toda documentação exigidas no check list pelo setor de conformidade, e só a

partir deste momento poderão ser considerados válidos.

As atividades de responsabilidade da CAIXA serão executadas em dias úteis

durante horário comercial, o que não impedirá o atendimento pelo Correspondente

em horários diferenciados.

5.2.2 Sequencial Operacional Novo Modelo

A seguir a rotina operacional é descrita, conforme diretriz deste novo modelo.

Porém, a instituição deixou em aberto nesta fase de implantação, para possíveis

melhorias na ordem sequencial.

1º Processo: Informação Negociação e Venda – no Correspondente efetua-

se entrevista com todos os participantes (vendedor, comprador, corretor),

verifica-se a modalidade de financiamento, simulação de valores, entregada

documentação necessária, esclarecimento das condições, direitos e

obrigações decorrentes do financiamento, bem como da importância do

pagamento dos encargos mensais. Autenticados dos documentos e

conferência do preenchimento dos formulários. Depois de recebidos, a taxa

de cadastro é recolhida.

2º processo: Financiamento Habitacional – no correspondente esta sendo

disponibilizado um único portal denominado SICAQ - Sistema CAIXA AQUI,

será necessário apenas o computador com acesso à internet. Este sistema

possibilitará a realização de avaliações, abertura de contas, solicitação de

avaliação técnica do imóvel, reserva orçamentaria, ressarcimento do Fundo

de Garantia do Trabalhador (FGTS) e inclusão do contrato habitacional no

sistema.

3º processo: Inclusão de dados no Sistema – efetua-se o cadastro do

comprador, faz pesquisas cadastrais, Avaliação de Crédito e de Risco,

Solicitação de Ordem de Serviço para avaliação de imóveis, dentre outros.

4º Processo: Montagem Dossiê – Imprimem todos os formulários e

avaliação, anexando as cópias conferidas, recepciona o laudo técnico do

imóvel. Coloca-se em ordem conforme check list da modalidade pleiteada,

Page 49: Tcc Wesllainy Dias Martins

49

carimba e assinaturas do correspondente e encaminha à Centralizadora

(GIRET).

5º Processo: Verificação Previa de Conformidade – a Centralizadora

verifica-se a conformidade do dossiê apresentado, com as instruções

normativas da CAIXA. Se conforme gera a Minuta Contratual e encaminha

para agência de Vinculação para assinaturas.

6º Registro do contrato – o comprador encaminha ao Cartório de Registro

de Imóveis para registro do contrato e averbação da Alienação junto ao

banco. O Correspondente devolve o Contrato Registrado na agência de

Vinculação (PV).

7° Liberação e Arquivamento – a agência de vinculação (PV) libera o

recurso na conta do vendedor e encaminha a Centralizadora (GIRET). A

Centralizadora recebe o contrato registrado da agência, Confere a

conformidade total e encaminha o dossiê para arquivo.

Figura 13: Fluxograma do Modelo de Negócios com Integração em Canais Parceiros

Fonte: Rezende (2011.)

Page 50: Tcc Wesllainy Dias Martins

50

5.3 Modelo Proposto pela Acadêmica

5.3.1 Identificação dos subprocessos críticos

Como parte da metodologia para coleta de dados, para identificação de

subprocessos críticos foi necessário a observação direta durante uma semana de

processos em andamentos na agência, em todas suas fases, sendo 3 processos em

fase de iniciação, 3 processos em fase de análise e 4 processos em fase conclusiva.

E ainda para obter uma visão da interação dos parceiros foi feitas entrevistas

abertas com um funcionário técnico e um gerencial do setor habitacional da

respectiva agência e um agente de atendimento do Correspondente CAIXA AQUI.

O fluxograma 14 refere-se a análise do processo atual, onde se pode

observar uma redundância nas etapas analíticas para quase todas as etapas

executada. Fator que não garante a conformidade do processo, que é somente feita

na 19ª etapa. Redundância esta justificada pelas diversas pessoas que manuseiam

um único dossiê (Funcionário CAIXA, Agente de Atendimento, Engenheiro Civil,

Gerente do Setor e Analista de Retaguarda).

Segundo relatos da equipe entrevistada um dos fatores que mais dificultam a

agilidade dos processos é a falta de controle da etapa do processo de forma

informatizada e que possa ser compartilhada com todos os parceiros e com as

partes do dossiê (vendedores, compradores, corretores dentre outros). Justificado

pelo tempo gasto em localização física do dossiê, identificação do andamento do

mesmo, atendimento de clientes em andamento em horário de atendimento e idas

as agencias em horário de atendimento para verificar processos.

Em relação ao novo modelo que está em fase de implantação a equipe

entrevistada ressaltou a diminuição destes principais gargalos, por se tratar de um

modelo voltado, não somente para prospecção mais também para o operacional

(negócios) pelo próprio Correspondente CAIXA AQUI. Entretanto apontam-se

questões pontuais que devem ser trabalhadas, tais como reestruturação da equipe

de prospecção para também negócios, treinamentos contínuo da equipe, logística de

Page 51: Tcc Wesllainy Dias Martins

51

entrega e devolução de processos, padronização do processo em todas as agencias

dentre outros.

Figura 14: Fluxograma Vertical do Processo de Financiamento existente.

Fonte: Wesllainy (2012)

Rotina: Atual xProposta

Efetuado por:Data:

Ordem

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

PREENCHER FICHA CADASTRO E RECOLHER ASSINATURAS

TAXAS DE TRANSFERENCIA E REGISTRO

RETAGUARDA

Fluxograma Vertical Processo de Financiamento Habitacional

LIBERAÇÃO DO RECURSO NA CONTA DO VENDEDOR

CONFORMIDADE DO DOSSIÊ

ARQUIVAMENTO DO DOSSIÊ

RESERVA DO RECURSO FINANCEIRO

INCLUSÃO DO CONTRATO

IMPRESSÃO E CONFERÊNCIA DO CONTRATO

CHECK LIST DO DOSSIÊ

ASSINATURA DO CONTRATO

DEVOLUÇÃO DE CONTRATO

ENTREVISTA INICIAL e SIMULAÇÃO

SOLICITAR DOCUMENTOS

CONFERIR DOCUMENTOS COM ORIGINAL

PESQUISAS CADASTRAIS

MONTAGEM E IDENTIFICAÇÃO DO DOSSIÊ

SOLICITAR ENGENHARIA IMOVEL E RECOLHIMENTO DE TARIFAS AVALIAÇÃO

CONFERENCIA DO LAUDO DA ENGENHARIA COM A SIMULAÇÃO INCIAL

PF2 - AVALIAÇÃO DE RISCO DO CLIENTE E CONJUGUE

COMITÊ DE CRÉDITO

CAIXA

CAIXA

CAIXA AQUICAIXA AQUI

CAIXA

RETAGUARDA

CAIXA

CAIXA

CAIXA

CAIXA

CAIXA

CAIXA

CAIXA AQUICAIXA AQUICAIXA AQUICAIXA AQUICAIXA AQUI

CAIXA

Tipo de RotinaHabitacional

Descrição dos passosCAIXA AQUI

Setor

Wesllainy Dias Martins10 de Set. 2012 à 14 de Set. 2012

Símbolos

Sím

bo

los Análise ou operação

TransporteExecução ou InspeçãoArquivo provisórioArquivo definitivo

To

tais

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52

5.3.2 Otimização da Operação

O primeiro ponto para otimizar a operação de financiamento habitacional via

Correspondente CAIXA AQUI é a utilização da tecnologia, conforme proposto pelo

novo modelo institucional. Com a implantação dos sistemas de Análise (SICAQ) e de

Contratações (SIOPI) trará maior agilidade aos processos aja vista o aumento da

mão de obra para assim faze-las.

Entretanto, falta ainda um sistema de controle (SIC) do dossiê físico e das

propostas online, para facilitar o andamento do processo tanto por parte do

Corresponde quando pela instituição e ainda servir como mensurador para identificar

quantitativamente os prazos de concessão, os principais gargalos, dentre outros.

Atualmente a comunicação entre os parceiros ainda é falha, sendo feita

principalmente por telefone e em alguns casos e-mail, o que é passível de desvio de

mensagem entre o emissor e o receptor.

O segundo ponto para aperfeiçoar principalmente na fase de implantação e

reajustes, seria a capacitação contínua dos parceiros (CAIXA, CAIXA AQUI e

GIRET) com a criação de um Centro de Treinamento Contínuo , vinculados com

uma política de Certificação e Valorização do profissional para os agentes de

atendimento, analista de crédito e funcionário CAIXA.

E ainda padronizar as práticas e rotinas operacionais em todas as

contratações via Corresponde, pois atualmente com a autonomia e flexibilidade que

cada Gestor das agências tem, o modelo prático difere do estabelecido pelo

normativo, o que acarreta uma disputa interna entre as agências em função da

agilidade da concessão do financiamento.

Assim, com o uso da tecnologia já existente, implantação de um sistema de

controle e política de treinamento contínuo e certificação dos profissionais, garantirá

maior agilidade nas concessões e domínio de informações tanto para fins

operacionais (acompanhamento) quando para fins gerenciais (relatórios) e

consequentemente a satisfação dos clientes e de toda cadeia do setor (construtoras,

imobiliárias, corretores dentre outros). O fluxograma 15, expressa um modelo

proposto pela acadêmica para o processo de financiamento habitacional.

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Figura 15: Fluxograma do processo de financiamento habitacional proposto pela acadêmica

Fonte: Wesllainy (2012)

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Percebe-se que o modelo de financiamento existente a falta de funcionários

se considerado quantitativamente, não se configura um fator responsável pela

morosidade, haja vista que a abertura de parceiros. Contudo, analisando

qualitativamente, percebe-se que o modelo de parceria existente (prospecção de

novos clientes) não atende a necessidade eficaz, ou seja, tem muito recursos

humanos, porém sem qualificação apropriada para dar agilidade no processo. Sendo

os principais gargalos apontados, os fatores tempo e comunicação.

Na implantação de um novo modelo (tecnológico) os sistemas trouxeram

maior autonomia para avaliações e contratação, além da participação ativa da

conformidade no início do processo, do qual no modelo existente compreendia a

penúltima etapa. Entretanto, é necessário inserir neste modelo sistemas de controle

e ainda política de treinamentos contínuos dos usuários com certificação e

valorização profissional.

O modelo proposto serve como diretriz para a instituição, para padronização

do processo de financiamento em todos os pontos de vendas (CAIXA, CAIXA AQUI,

Lotéricas). Modelo este, passível de aprimoramento contínuo com o conhecimento e

experiência dos parceiros.

E como sugestão aos trabalhos futuros tem se a analise do processo

agregando outros setores parceiros da CAIXA, como as prefeituras, cartórios de

Registro de imóveis (para melhorar ainda mais os prazos para registros e

averbações), construtoras e imobiliárias (com a criação uma cadeia de negócios)

dentre a participação de outros agentes que lidam diretamente com o mesmo cliente

do setor imobiliário.

Page 55: Tcc Wesllainy Dias Martins

55

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