tablóides do pet educação popular - 2
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A cada publicação, um pouquinho de nós!TRANSCRIPT
UNIFESP BS |Boletim Informativo PET Educação Popular Fevereiro2014
Volume 2 | http://www.educacao-popular.blogspot.com 1 Criação e Edição: Fabrício G. Leonardi, Brenda Barbosa, Raiane Assumpção e Valéria Ribeirinho
PET Educação Popular:
criando e recriando a realidade social
Em geral, as metodologias tradicionais de educação
terminam por favorecer as classes dominantes porque
reforçam e aprofundam vários “mitos” que são legitimadores
das relações de opressão existentes na sociedade. Ou, no
contrário, trabalhar com a Educação Popular, que implica
uma clara opção filosófica, social e política, bem como uma
escolha ética: estar do lado dos oprimidos. Os adeptos
dessa metodologia querem transformar a sociedade para
que ela não mais tenha opressão. É por isso que ela leva em
consideração a cultura, os direitos humanos, o compromisso
com a classe trabalhadora, a luta contra a desigualdade
social, etc.
Além disso, as práticas de educação popular partem
da realidade concreta dos sujeitos e, através da
dialogicidade, valorizam o saber popular apostando no
desenvolvimento crítico para a tomada de consciência. É
uma necessidade de consciência histórica, isto é, todos
devem assumir o papel de sujeitos que fazem e refazem o
mundo. Assim, mais do que nunca deve provocar a
mudança nas relações entre as pessoas para não deixar
prevalecerem os preconceitos, a discriminação, o sexismo, o
individualismo, etc. Assim, cada um de nós é protagonista
de sua vida e pode ser protagonista na construção de outro
mundo, um mundo justo.
Certa vez, Paulo Freire disse que “Ensinar não é transferir
conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua
produção ou a sua construção. Quem ensina aprende
ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”.
Desse jeito, nos damos conta de que somos seres
incompletos, humanos em busca. O conhecimento não é
propriedade apenas de uns poucos “iluminados”, mas uma
atividade humana acessível e potente em todos.
Figura 1 de Maria Helena e Fabrício Leonardi
É quase que consensual e recorrente ser atribuída
à educação a responsabilidade e a tarefa de “salvar” a
sociedade. Através dela povos e pessoas se desenvolverim
e escaparim dos problemas advindos dos estigmas e
desigualdades sociais. Facilmente utilizamos de argumentos
referentes à ausência ou ao fracasso na educação para
justificamos situações como dificuldades em encontrar
emprego, salário baixo, atitudes violentas, etc. Essa ideia é
amplamente divulgada e referenciada, quase tida como
inquestionável. Quem há de questionar a educação como
algo importante ao ser humano?
Todavia, não podemos pensar educação como
unidade e homogeneidade. Existem várias maneiras de
conceber, trabalhar e vivenciar a educação, justamente
porque ela está marcada pelo tempo e pela sociedade
em que vivemos. E mesmo admitindo que a educação
hoje seja diferente de outras épocas, que a educação no
Brasil seja diferente de outros lugares no mundo, não
podemos esquecer o fim a que ela se destina.
Isto significa refletir a educação e o conjunto de
aspectos teóricos, culturais, sociais e institucionais que são
utilizados para afirmar e reafirmar as relações e a produção
existente, bem como a sua continuidade.
Nesse sentido, a educação pode encorpar os
processos de dominação e subjugação de uns por outros.
Por que Educação Popular? Por Fabrício Gobetti Leonardi
UNIFESP BS |Boletim Informativo PET Educação Popular Fevereiro2014
Volume 2 | http://www.educacao-popular.blogspot.com 2 Criação e Edição: Fabrício G. Leonardi, Brenda Barbosa, Raiane Assumpção e Valéria Ribeirinho
O presente artigo foi elaborado a partir de um estudo realizado no
contexto da extensão universitária do PET (Programa de Educação
Tutorial) de “Educação Popular: Criando e Recriando a Realidade Social”
da UNIFESP/ BS, que buscou sistematizar a compreensão que os sujeitos
em situação de privação de liberdade possuem sobre o universo prisional, a
partir da análise dos seus discursos. A pesquisa teve como fonte as 114
redações premiadas no concurso literário “Escrevendo a Liberdade”,
realizado no ano de 2005, em âmbito nacional1.
Para análise das redações foi utilizada a metodologia do discurso do
sujeito coletivo (DSC), que é uma forma de coleta, organização, tabulação e
análise de dados qualitativos de natureza verbal, obtidos através de
depoimentos, ou por meio de artigos de jornal, matérias em revistas
semanais, cartas, papers e revistas especializadas, entre outros. Essa
metodologia permite a compreensão coletiva como uma variável empírica,
de natureza qualitativa e quantitativa, pela interposição de um sujeito de
discurso ao mesmo tempo individual e coletivo.
A partir da leitura e análise das redações foi possível uma
aproximação ao universo prisional. A metodologia utilizada na análise das
redações permitiu elencar aspectos importantes do discurso dos sujeitos
privados de liberdade. Os dados levantados e a análise realizada
apresentaram contribuições para gerar cenários de reflexão sobre a política
pública de segurança e a justiça criminal no Brasil, bem como contribuíram
com a problematização e a perspectiva de construção de propostas
alternativas para a efetivação do sistema de garantia, promoção e defesa dos
direitos humanos.
No processo de leitura das redações evidenciou-se como tema
central a tristeza e o sofrimento gerados com a perda da liberdade. A
liberdade é algo sonhado por todos. Porém, há várias maneiras de
compreendê-la.
Nas redações estão presentes vários significados de liberdade,
desde o direito de ir e vir até o direito político. No entanto, muitos
identificam a liberdade dentro do cárcere através de pequenos atos: um dos
autores cita que o voo da coruja à noite no pátio do presídio é “um gesto de
liberdade pulsante”. Outro identifica a liberdade no simples fato de sentir o
vento em seu rosto. Para alguns seria possível vivenciá-la em momentos
específicos, mesmo dentro da prisão, através do pensamento. Para outros a
prisão acaba com qualquer possibilidade de vida. O presídio é descrito
como um “mar de concreto”, “cadeias materiais de frios concretos”,
refletindo a sensação de um lugar sem vida, sem perspectivas para quem se
encontra aprisionado.
Os sujeitos privados de liberdade projetam suas vidas para além do
muro dos presídios, vivem o passado e o futuro, dessa forma anulam o
presente. A maioria das redações deixa claro que as pessoas privadas de
liberdade têm grande interesse em construir uma vida nova. Porém, isso só
é possível fora da prisão, porque lá não se pode viver de fato. Muitos
relatam que a prisão é um lugar de morte e não de vida: a solidão do
ambiente retira qualquer possibilidade de ação humana. Nesse ambiente
Uma Compreensão Sobre o Universo Prisional a partir da Análise do Discurso dos Sujeitos Privados de Liberdade
por Marília Marques Nunes, Marilyn Satiko, Lilian Rocha, Talita Miranda e Raiane Assumpção
hostil, muitos buscam forças na família, na religião, na educação e até
mesmo na imaginação de ser alguém reconhecido socialmente. A
família é vista como o maior apoio, a relação com a mãe é evidenciada
como um vínculo, em alguns casos o único que os motivam a continuar
lutando pela liberdade. Em uma das redações um jovem se apega a
uma aranha como sua única companhia. A solidão é tamanha que ele
conversa e observa ela o dia todo. Muitos não têm o que fazer e
passam a noite acordado, aguardando o dia amanhecer, com a
esperança de se libertar algum dia de tamanho sofrimento. O ócio no
sistema prisional é visto como uma tortura. Os autores reivindicam
atividades e ocupação, não só preencher o tempo, mas como
alternativa de crescimento e oportunidade no mundo externo. Por outro
lado, alguns relatam que dentro do presídio tiveram pela primeira vez a
oportunidade de concluírem os estudos, pois em liberdade tinham a
necessidade de se dedicarem a outras coisas e não podiam priorizar a
formação escolar. Alguns citam a educação como algo capaz de
modificar a sociedade e acreditam que por meio dela se aproximarão
da liberdade que tanto desejam.
Outro ponto que aparece em quase todas as redações é a auto-
culpabilização por ter perdido a liberdade e ter se envolvido com o
mundo do crime. O discurso dos autores analisados demonstra que
apesar da realidade hostil em que se encontram, acreditam que diante
de sua culpa merecem estar ali. Neste sentido, o sofrimento faz parte
do processo de “regeneração”.
Muitos relatam terem entrado no crime em busca de autonomia
financeira e desejo de sair da casa dos pais. Outros, apesar desse
sentimento de culpa, relatam que sempre viveram de maneira difícil e
que o mundo nunca ofereceu a eles grandes oportunidades. Alguns
afirmam que nunca tiveram liberdade, saíam do presídio e iam viver
em ambientes miseráveis onde a fome, a dor, a violência e a
humilhação se faziam presentes. O crime muitas vezes era uma saída
financeira, porém os aprisionava neste mundo permeado por vícios.
Os autores se expressam de várias formas - através de poemas,
metáforas e letras de música; contando histórias e relatando
experiências de dentro e fora do sistema prisional. Buscam uma forma
de dizer ao leitor aquilo que guardam para si e que poucos se
interessam em saber, como por exemplo, seus sentimentos, seus
sonhos e sua
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Referências Bibliográficas:
Educação em Prisões na América Latina: Direito,
Liberdade e Cidadania. Brasília, UNESCO, OEI,
AECID, 2009.
Lefevre F; Lefevre AMC. O Discurso do Sujeito
Coletivo. Um novo enfoque em pesquisa
qualitativa.Desdobramentos. Caxias do Sul, Educs 2003
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir – História das
violências nas prisões., Tradução de Raquel Ramalhete,
13 ed. Petrópolis, Vozes, 1996.
GOFFMAN, Erwing. Manicômios, Prisões e Conventos,
São Paulo, Perspectiva, 1974.
WACQUANT, Loic. As Prisões da Miséria. Tradução,
André Telles. – Rio de Janeiro, Jorge Zahar Ed., 2001.
A liberdade é algo sonhado por todos. Porém, há
várias maneiras de compreendê-la.
situação de privação da liberdade. Foi possível identificar que a maioria tinha grande
desejo de se expressar e falar da situação em que vive. Dirigem-se diretamente ao leitor,
pedindo para que sua mensagem vá além do papel, que seu relato seja lido e não
esquecido.
Alguns demonstram compreender as desigualdades existentes em nossa
sociedade e criticam a postura do sistema judiciário, que na maioria das vezes beneficia
a classe dominante. Escrevem sobre a complexidade do mundo, a partir da análise de
suas próprias realidades. Entendem que para acabar com as desigualdades presentes em
nossa sociedade é preciso investir em educação. A maior parte dos sujeitos privados de
liberdade acredita que alcançará a felicidade quando estiver fora do presídio junto aos
seus familiares, tendo garantidos o acesso a educação e ao trabalho. É interessante
perceber que em todos os discursos está presente a necessidade do trabalho como forma
de se constituir enquanto participante da sociedade.
Os sujeitos privados de liberdade tendem a incorporar o discurso do senso
comum, disseminado pelas instituições sociais e pelos principais meios de
comunicação, que direcionam a responsabilidade pela criminalidade aos pobres, e
assim, por consequência, a eles próprios. Isso se dá tanto no sentido da crença de que o
sistema penal irá de fato “reeducá-los”, ou “regenerá-los”, como na incorporação da
culpa pelo fato de terem sido presos (mesmo entre os que não acreditam na eficácia do
sistema penal).
Essa relação entre cenários de desigualdade social e crescimento da população
carcerária foi estudada por Wacquant (1999). Segundo o autor, que estudou a situação
na Europa e nos Estados Unidos, o crescimento da população carcerária está associado
ao desenvolvimento do Estado “liberal paternalista” – liberal porque se utiliza de
mecanismos econômicos geradores de desigualdades sociais e paternalista porque
realiza ações paliativa frente a precarização do trabalho e da proteção social.
No Brasil, segundo dados do Depen (2007), a população carcerária, em sua
maioria, é composta por jovens, pobres e negros. É fundamental compreender que os
problemas existentes no sistema carcerário, estão em alguma medida relacionados à
sociedade desigual em que vivemos. O Brasil é o quarto país que mais prende no
mundo, sendo que o Estado de São Paulo está em uma posição mais crítica, contêm
40% da população prisional do país. Geralmente, esses presídios são superlotados e
estão em péssimas condições estruturais. Esta situação é geradora de constante
violência, e demonstra a crise que o sistema prisional brasileiro vem passando. Diante
disso, o que percebemos é o não cumprimento das leis previstas na Constituição Federal
e/ou na Lei de Execução Penal e dos tratados de direitos humanos, que garantem a
dignidade e a integralidade de qualquer ser humano, seja ele privado ou não de sua
liberdade.
Assim, podemos afirmar que não é a pobreza que produz a criminalidade, porém
ela é criminalizada e isso acaba por legitimar atitudes arbitrárias contra as classes
subalternas. O fato de a imensa maioria dos encarcerados pertencer à classe
desfavorecida da sociedade não é um mero acaso.
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“A educação como prática de liberdade, ao contrário daquela que é prática de dominação, implica na negação do homem abstrato, isolado, solto, desligado no mundo, assim também na negação do mundo como uma realidade ausente nos homens.”
(Paulo Freire, Educação como prática da liberdade).
TABLOÍDE 3 “NOV(e/i)DADES” – Cesar Inoue e Thiago Polli
Primeira visita à escola. Rodoviária. 193. Ansiedade e descontração se confundiam. “É aqui que desce?” “tem
certeza?” “É no outro”. Caminhada até a porta da escola. Ambiente pouco familiar misturado com lembranças da
infância. “Eu cresci ali”. Cigarros acesos. Parecia haver dois mundos, um interno e um externo, separados pelo portão
da escola. Bitucas jogadas, entrada na escola. “Cadê a Rose?” “Já já a gente conversa, na sala dos professores tem ar
condicionado, quando bater o sinal a gente entra”. Jantar. Comida muito gostosa. Bate o sinal. O resto de comida do
prato é devorado. Sala dos professores. Ar condicionado. Choque de temperaturas. Flavia, café, bolachas, Cesar, Rose,
ar condicionado, Danilo, Thiago, copos descartáveis, água, televisão, armários, uma grande mesa, Ana Carol, Lurdes e
Gisele. Justificativas pela demora de contato. Alterações quanto à proposta do ano passado. Abaixo a
obrigatoriedade, agora entra em cena a voluntariedade “A voluntariedade pode ser bacana, pois quem for chama os
outros”. Aumento de responsabilidade em fazer dar certo. Euforia, frustração, cautela, exemplos de outros projetos
que deram certo. “Nossa, que legal, é que nem o teatro do oprimido.” “Vai fazer com todas?” ”Essa 8° é diferente”
“Mas eles se formam e não voltam mais” O que é se formar? Estar pronto? Não aceitar mais nada? Não se deixar
influenciar? “Mas com quem fica a responsabilidade?” “Passamos uma lista de presença?” “Não se preocupe, aqui é
tudo organizado, a gente passa uma lista.” “NÃO TO ENTENDENDO”! “Como vocês vão fazer o ano inteiro? Já estamos
em novembro.”. Explicações quanto à greve. “Ficaremos em aula até abril.” Desejo de continuar o trabalho nas férias.
Utopia? Devemos parar nas férias? Voltamos só em fevereiro? Teremos só 4 encontros? “Vamos construir isso com o
grupo. Se o grupo quiser continuar nas férias, continuamos, se quiser parar e retornar em fevereiro, retornamos em
fevereiro. Tudo vai ser construído junto, desde as atividades até os dias de trabalho. É difícil pré – ver o que vai
acontecer, porque tudo vai depender do grupo.”
Divulgação das atividades:
Cartazes para divulgar. Onde colocar? Qual o lugar mais visível? Cartazes colados em lugares mais impactantes.
Nove salas para passar. Nove momentos parecidos. Nove momentos distintos: “Toc, Toc. Da licença, a gente pode
conversar com a sala um pouco?” Estranhamento, cochichos, risadas, descaso, pouca abertura ao novo, vontade de
copiar o que estava na lousa. “Somos alunos de psicologia e serviço social da UNIFESP – alguém sabe o que é
UNIFESP?” Silêncio. “Já ouvi falar, mas não sei o que é.” “Nunca ouvi falar” “Trabalho na 95” “É a Universidade Federal
de São Paulo. Este trabalho já é realizado aqui desde o ano passado, mas este ano tem algumas diferenças. Não será
mais obrigatório, porque ninguém gosta de fazer nada obrigado, e ao invés de fazer para uma única sala, abrimos
para todas do noturno. Trata-se de um projeto de educação popular, que teve início com a morte de Felipe boladão.
Isto gerou inquietação em um de nós e a morte de Careca realçou a importância do projeto. Nossa proposta é criar
uma roda de conversa, sem lição de casa, sem provas, para pensarmos juntos onde está o conhecimento. O
conhecimento ensinado na escola é real, mas não é o único. Nossa proposta é pensar o porque que ele é dado assim,
como ele poderia ser dado de forma diferente, para que ele serve, quais conhecimentos trazemos de casa, por que
estes conhecimentos não estão na escola? Dúvidas?” Silêncio. “Vocês falaram um monte, mas eu não cheguei a
nenhuma resposta, só mais um monte de questionamentos.” Felicidade empolgação e sorrisos. “Essa pergunta foi muito
boa e é isso que a gente tá querendo. Não existe uma única resposta, mas sim vários questionamentos.” “Nossa
proposta é que nos encontrem às 19 horas na biblioteca na segunda-feira.”
Interrupção “Não pode ser nas duas últimas? É aula de história. Segunda nunca tem ninguém, o melhor dia é
terça” “Interessante isso, vou levar meus alunos.” “Só lembrando que é voluntário” “Não, mas eles gostam disso”.
“Mesmo que não seja um bom dia, aqueles que se interessaram venham nesta segunda para dizer isto, e para
pensarmos juntos o melhor dia para nos encontrarmos. Não deu para vir no primeiro, pode vir no segundo, não gostou
do primeiro, não precisa vir mais, está todo mundo livre. Mais alguma dúvida? Muito obrigado, até segunda” .
E assim foram as nove divulgações, com nove salas para passar, nove momentos parecidos e nove momentos
distintos. Fim dos encontros. Cansaço físico e mental “Vocês falam hein?”. Expectativa, dúvida, como fazer? Quantos
virão? “Segunda nos encontramos”.
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TABLOÍDE 3 Dança das cadeiras – Cesar Inoue e Thiago Polli
Segunda visita. Silva jardim – rodoviária – Leonardo Nunes. Ansiedade pela primeira formação de grupo, o
primeiro encontro determinaria o sucesso dos demais. Muitas incertezas: “Quantas pessoas viriam?”. “Como seria o
grupo?”. “Daria tudo certo?”. “O que é dar certo?”.
“Béééééééééééé”. “Todos para a biblioteca!”. Livros, bibliotecária, alunos chegando, espaço pequeno. “vamos
para uma sala maior?”. Confusão. “Qual sala que é mesmo?”. Enfim conseguimos uma sala. Muita gente, sala lotada.
“Pega mais cadeiras!”. Universidade e escola se misturavam espacialmente dentro daquela sala. “Posso participar?”.
“Claro, professora!”. Euforia e muito barulho. “Vamos começar?”. Assim iniciaram-se os acordos: respeito nas falas e
celulares no vibrador. “Como o grupo é novo, gostaríamos de que ficassem a vontade para se apresentar com o
nome, o que gosta de fazer e suas expectativas”. Cadeiras se mexiam, muitas pessoas saiam da sala. “Achei que ia ser
legal...”. Por que não quereriam se apresentar, já dissemos que nada seria obrigatório. “Meu nome é... Gosto de
cozinhar, gosto de ler a bíblia, gosto de jogar futebol, gosto de contato com os outro... Minhas expectativas são que
hajam bons encontros!”. Cadeiras se mexiam: se apresentava alguém da frente, se apresentava alguém do lado, se
apresentavam alguém atrás. Dificuldade em ouvir as pessoas. “Galera, porque será que tá tão difícil ouvir as pessoas?”.
“Eu já tinha percebido isso, acho que vocês que tão falando tinha que ir lá na frente.”. “Mas só a gente tá falando?”
“Então quem for falar vai lá na frente.” “Mas não é ruim, toda vez que alguém for falar ter que ir lá na frente?”. ”Que tal
a gente sentar em roda?!”. Rostos desconfiados e dúvidas, mas as cadeiras voltaram a se mexer! Agora estávamos em
roda. “Por que será que sentamos em fileira?”. “Pra escutar melhor o professor e aprender o que ele tem pra
ensinar.”.“O professor é o único que tem a ensinar?”. “ A gente também aprende com a vida, mas dentro da escola, é
o professor quem sabe.”. “Será que a escola foi sempre assim?”. “Sim!”. “Não!’.
O encontro se estendeu por duas horas e muitos temas surgiram:
“A escola é fundamental, é a base.”. Esse ponto parece ter sido a única unanimidade da discussão.
“Falta disciplina na escola, culpa do tal do ECA, hoje em dia não pode mais bater. Na minha época era na
palmatória, no milho...”. “Nunca apanhei e me considero um bom aluno.”. “Já eu apanhei muito e não tenho nenhum
respeito por quem me bateu.”. “Como corrigir os alunos que fazem bagunça?”. “Tem que ter polícia na porta da
escola.”. “Pra isso serve o psicólogo.”. “Bons professores!”. “A educação vem de casa.”. Êxtase e felicidade pelo
volume de discussão e crítica se misturavam à angústia, ??????? de a professora possivelmente estar intimidando
algumas críticas. Por outro lado sua presença pode complementar a discussão levanto em conta mais um ponto de
vista. “ A escola só vai mudar quando o vestibular mudar.”.
“Pra que a gente aprende?”. “Pra passar na prova!”, “Pra pegar diploma.”, “Pra passar no vestibular.”.
“E por que fazer prova?”. “Imagina se a pessoa passa sem saber, a prova vai dizer se ela sabe ou não.”. “Será
que a prova realmente vai avaliar se a pessoa sabe ou não? Será que não há formas melhores de avaliação?”. “É
verdade, às vezes a gente não tá bem no dia!”. “Tá vendo como isso aqui é bom, de uma questão vai indo, indo...”.
A empolgação da conversa começava a dar lugar ao cansaço. “Quais suas impressões da reunião de hoje?”.
“Bacana, gostei.”. Marcamos a próxima reunião para quinta feira dia 22. “As bailarinas falam que as palmas são tão
gratificantes que representam abraços, então vamos nos abraçar ou fazer uma salva de palmas pelo encontro de
hoje“ Clap, clap, clap. As pessoas se levantaram e começaram a partir. “Pessoal, pessoal, antes de irem embora
ajudem-nos a arrumar as carteiras de volta.” E pela última vez as cadeiras voltaram a se mexer.
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I Fórum de Educação Popular da Baixada Santista
Primeira oficina com terceirizados da UNIFESP junto com
abertura do I Fórum de Extensão da Baixada Santista.
Coincidência ou falta de agendas? Agendas são sempre
problemáticas para agendamentos. O coração dividido realiza
a oficina com os trabalhadores (o olho no peixe) e pensa no
Fórum (o olho no gato). Acordando tão cedo, preocupado com
a organização da mesa de abertura, arrumação das cadeiras,
instalação do som, microfone, recepção de convidados,
barulho da obra do prédio faraônico ao lado. Ninguém chega!
Cadê a galera? Ausência. Correria. “Olá!”. “Olha, fulano
chegou!”. “Alguém toca violão?”. “Cadê o resto?”. “Olá!”.
Aproximações tímidas. “Vamos fazer uma roda?” “Somos o
PET Educação Popular.” Apresentações. Dança circular.
Cantoria tímida. Mais alto. Olhares curiosos. Valéria segura às
pontas? Nada disso poderia ser acompanhado como o
desejado. Seja o que deus quiser (ou o que os outros
organizadores quiserem), vai que dá certo e esse frio na
barriga não vale o perrengue? “Vamos falar um pouco da
Educação Popular, da nossa experiência”. Tempo. Escutas
aguçadas, cabeças em aceno. Olhares atentos. Cafezinho. “Ele
se animou nos 30min!”. Falas. “Como fazer educação
popular?”. Quem chegou e não acompanhou o começo corre o
risco de sentar na janelinha se resolver perguntar, mesmo
assim vale o risco para a resposta que diz "Paulo Freire é uma
leitura em disputa e, é claro, que dela existem muitas más
apropriações, mas não consigo conceber fora de uma
perspectiva marxista". Eita leitura pedagógica que ultrapassa
para as relações cotidianas, para a relação com a sociedade de
maneira geral, relações entre as pessoas. Perspectiva que vai
contra a maré, mas não é ortodoxa. Liberalismo ou
Socialismo? Socialismo... Almoção, bancada grande de garfos
e pratos, pessoal lá da rede extremo sul, pessoal do cursinho
de São Vicente, pessoal do PET. Sorrisos e entrosamento,
conversa, garfo, digestão das ideias da manhã, a preparação
da tarde. “Alguém pode “emprestar” o número de matrícula?”.
Junção de mesas; mesa gigante. “Conta, como é o trabalho de
vocês?”. “Huum, esse peixe tá uma delícia!”. Garfos e facas
batendo contra o prato. “A experiência no cursinho caiçara é
incrível. A estrutura familiar que eu não tenho, consegui lá”. “E
a militância?”. “Vamos descer?”. Roda maior. “Quem
começa?”. “Resolvemos montar o cursinho. Fizemos grupos
de estudos sobre educação popular e acabamos caindo em
Marx também!”. “Quando falarmos “coisado”, significa
interdisciplinar. É muito difícil essa palavra!”. “Nos sentimos
iguais, podemos discutir, trazer ideias.”. – “Eles nem precisam
falar de resultados, né? Os resultados estão aqui!”. “Quem
agora?”. “A gente gosta de fazer, não falar”. Teatro. O moço
dos porcos, a moça do leite. “Sou vegetariana!”.
“Vegetarianismo é pra burguês!”. Mais-valia. “Entendeu?”.
(Karl) Marx e Max (Weber) – te peguei! Não adianta falar, é
fazer na prática. “Trabalhamos assim.” “Bacana!”. Panfleto de
trabalho. “E agora?”. Rede Extremo Sul. “Tamo junto, lá na
perifa!”. “Não nos misturamos com partidos, ou questões
políticas. Trabalhamos sem patrão, seguindo nossos ideais”.
“Condições de habitação precárias, despejos em massa”.
“Fazemos uso do audiovisual como ferramenta.” “Canta uma
pra gente, Robsoul?”. Som, hip hop. Palmas. “Uhuu!”.
Sorrisos. Cafezinho e lanche. “Falta o MULP”. “Estamos no
Jardim Pantanal faz tempo!”. “Muita luta, conscientização.
Direito a moradia, melhores condições”. “Conseguimos
colocar a água”. “E hoje?” “Cursinho popular do Jd. Pantanal!”.
“Muitas conquistas, construção conjunta.” Teatro. O primeiro
grupo a divertir dentro do prédio que a amante do ex-reitor
fez pior que um TCC nota 5. A ameaça de bomba já sujou o
teto. Ihhhhh, sujou... “É tudo arrumadinho”, da trupe Olho da
Rua, e muitas risadas da empresa que quer que os
empregados não sejam vendedores, mas vencedores. No final
todo mundo chapado de ansiolítico porque aprende a viver
passando a perna nos outros. Vida selvagem, mas que parece
tudo bem arrumadinho. Festa Julina cheia de comes e bebes
e, finalmente, travesseiro. Fabrício Leonardi e Betina Dauch
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ESTRATÉGIA METODOLÓGICA:
A partir de situações que envolvem as temáticas, vividas pelos educadores (ou seus pares) no cotidiano do trabalho
em educação do município, pretendeu-se estimular reflexões a partir da prática e estimular a elaboração de um plano
para desenvolvimento de, pelo menos, uma ação envolvendo as temáticas da Oficina em seus locais de trabalho na
SEDUC (Secretaria de Educação).
OBJETIVO GERAL:
Oferecer subsídios conceituais e metodológicos para que os profissionais da Secretaria de Educação tenham uma
aproximação com as temáticas de gênero, diversidade e direitos.
QUESTÃO DISPARADORA
"Você já se deparou com alguma questão sobre sexualidade em sua escola? Como lidou?"
Exibição dos Vídeos: TV Piá e
Identidades, gênero e diversidade
sexual - parte 4
O vídeo é uma das estratégias (junto com os cartões) que serviu para fomentar a
discussão no grupo já a partir de experiências e compreensões conceituais sobre a
temática
Jogo/Debate dos CARTÕES
com palavras/expressões
relacionados ao tema das oficinas
(Gênero, Diversidade e Direitos) para
que os educadores expliquem o
motivo pelo qual escolheram estes e
também o que entendem sobre a
expressão escolhida.
Espalhar os cartões no chão e pedir para que cada participante escolha uma
palavra e expressão, explicando que deverá compartilhar com o grupo as razões
por ter feito esta escolha.
Cada participante fala os motivos (serão anotados no quadro pelo/a facilitador/a)
da escolha da palavra/expressão;
Os/as facilitadores/as, após apresentação de todos/as, fazem conexões entre as
escolhas das palavras/expressões, conexões com o vídeo e com a resposta à
questão disparadora, solicitando a participação dos/as educadores/as neste
debate
Apresentar e discutir ideias sobre
possibilidade de ações que podem
ser desenvolvidas na escola
A partir das etapas anteriores, espera-se ter mobilizado os/as educadores/as para
proposição de pelo menos uma ação para ser desenvolvida na escola.
A discussão deve ser feita em grupo e deve gerar propostas compartilhadas a serem
apresentadas em plenária.
Questão orientadora:
“O que pode ser feito na minha escola para que todos/as possam entender e lidar
melhor com as temáticas?”
Apresentação de síntese do trabalho
de discussão do grupo e das
propostas de ação discutidas e
definidas na etapa anterior.
Leitura, ajustes e aprovação do trabalho de relatoria
Oficina do Centro de Referência em Direitos Humanos da Unifesp BS
Gênero, Diversidade e Direitos
Resumo: Experiência protagonizada pelo “Centro de Referência em Direitos Humanos” em parceria com o “Núcleo de Estudos Heleieth
Saffioti: relações de gênero, sexualidades e movimentos sociais”, ambos da UNIFESP/Baixada Santista. A realização da Oficina “Gênero,
Diversidade e Direito” com profissionais da Secretaria Municipal de Educação do município de Santos (parte da Programação da I
Semana da Diversidade Sexual de Santos/2012) gerou subsídios para compreender o lugar das temáticas Gênero e Sexualidades na
formação profissional e mostrou que ainda são incipientes nas atividades de ensino, pesquisa e extensão no campus sobre esta
temática. O cotidiano de educadores (as) nas relações estabelecidas na Universidade e nas escolas revela dificuldades no
cumprimento do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, já que a Educação é marcada pela linguagem do gênero e pela
crença na hegemonia da sexualidade heterossexual. A experiência implicou no estabelecimento de um processo
(ensino/extensão/estágio) comprometido com uma formação universitária que rompe com a reprodução da violação dos direitos. Os
processos educativos devem garantir uma formação que concebe as pessoas como sujeitos detentores de direitos, inclusive para o
exercício da sexualidade, e as instituições de Educação devem estar comprometidas com o horizonte ético-político dos
direitos humanos. Coordenação Profa. Cristiane Gonçalves
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Gostei muito de ter participado dessa experiência. Aprendi
bastante com as discussões do grupo em sala de aula, debatendo as
ideias de autores sobre a temática e com as experiências de cada
um que foram compartilhadas durante os encontros. A minha
identificação com tudo o que foi discutido durante esse processo de
formação da oficina de diversidade sexual, se deu pelo fato de que
vivenciei momentos muito difíceis de uma pessoa muito importante
pra mim, que passou por situações de discriminação e não aceitação
da própria família após ter assumido ser homosexual.
Pude conviver com alguém que passou pela dor de não ser
aceito pela sua família, julgado pelas roupas que vestia, os lugares
que frequentava, sendo reprimido pela sociedade, principalmente
em Santos, local que ele achava que o preconceito era ainda maior.
Por isso, ainda muito jovem saiu da casa dos pais e foi tentar uma
vida independente. Sua família não tinha um bom esclarecimento
sobre sua orientação sexual, e tiveram dificuldades em lidar com a
situação, talvez por falta de conhecimento, já que ainda vivemos em
uma sociedade que impõe padrões de comportamento regulados
pela heteronormatividade.
Considero um avanço que hoje exista uma semana de
diversidade sexual com formação e oficinas para os educadores. As
pessoas estão mais receptivas para discutir a temática e por mais que
mostrem resistência, ainda assim, é algo que está em construção.
Não se elimina valores introjetados por toda uma vida de uma hora
para outra, mas aos poucos é possível construir uma nova sociedade.
Durante a oficina foi explícito que muitos educadores não
conseguem separar de sua atuação os valores morais e religiosos que
os guiam. Porém, a oficina pode contribuir para o início de reflexões e
propostas a serem desenvolvidas nas unidades de ensino do
município de Santos.
Participar do PET Educação Popular como sistematizadora das
atividades realizadas pelo Centro de Referência em Direitos Humanos
foi um grande aprendizado. Ao mesmo tempo em que observava o
trabalho dos estagiários e extensionistas, aprendi com os assuntos
discutidos nos encontros, pude refletir sobre alguns conceitos ligados
à temática, enfim, me acrescentou como pessoa e profissional.
Por fim, agradeço a oportunidade e espero que o produto final
deste processo contribua para os registros das atividades do CRDH.
Acredito muito na Educação Popular como método de
transformação social. Como disse Freire: “Educação não transforma o
mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo”.
Rafaela Andrade
Participar do PET Educação Popular, foi uma experiência
bastante interessante, principalmente porque, antes de eu entrar
no projeto desconhecia a prática da educação popular. É um
projeto que permite uma transmissão mútua de conhecimento, que
possui muito conteúdo para ser acrescentado, tanto na vida
acadêmica quanto na profissional e pessoal, ensinando, de certa
forma, a lidar com as diferenças do outro sem fazer o uso de
estereótipos e pré-julgamentos.
A frente pela qual eu fiquei responsável, junto com mais
duas alunas, foi a do Centro de Referência em Direitos Humanos. O
assunto é muito interessante, e acima de tudo, muito importante,
pois trata, especialmente, da diversidade sexual e da diversidade
de gênero.
No início do trabalho, eu ainda estava um pouco perdida.
Havia dificuldade para enxergar claramente a relação da
educação popular com essa questão da diversidade sexual e tudo
o que isto implica. Aos poucos, com a participação dos encontros
e das rodas de conversa, percebi que era uma temática bastante
abrangente e pertinente.
Passei a perceber a relação da educação popular com a
questão da diversidade sexual e de gênero, quando comecei a
notar coisas pequenas e micro processos que ocorrem no nosso
cotidiano, e que por muitas vezes nos passam despercebidos
características machistas e conservadoras que ainda estão
presente em nossa sociedade, desde sua gênese.
Através desse trabalho, foi possível constatar que, ainda que
vivqmos em uma sociedade democrática, na qual os cidadãos
devem ter seus direitos garantidos, na prática, não é isso que
acontece. As pessoas não respeitam as escolhas das outras, por
muitas vezes passando por cima dos direitos gerando preconceito
seguido por violência.
As escolas, por ser um aparelho ideológico, deveriam
produzir trabalhos que vão além da educação convencional, para
assim, poderem conscientizar as novas gerações de que a
diversidade de gênero e a diversidade sexual é algo singular,
característico de cada ser humano, e que cabe às outras pessoas,
apenas aceitar e respeitar, acima de qualquer coisa.
O trabalho que o Centro de Referência em Direitos Humanos
realizou, foi justamente isso. Uma oficina que promoveu o encontro
de todos os professores do ensino infantil e fundamental da rede
municipal de Santos, para participar de uma discussão que
pudesse encontrar caminhos diferentes para inserir na educação
trabalhos que conscientizem os alunos de que preconceito não
pode existir se quisermos viver em uma sociedade democrática.
Eu, particularmente, como relatora da oficina fiquei um
pouco indignada com os pensamentos conservadores de algumas
professoras. É difícil aceitarmos que ainda hoje, dentro das escolas,
essa questão do preconceito seja forte. Pois é, também, dentro
dessas instituições que a personalidade e a visão de mundo dos
indivíduos enquanto cidadãos começam a se formar.
Marina Stracini
Através desse trabalho, foi possível
constatar que, ainda que vivamos em
uma sociedade democrática, na qual os
cidadãos devem ter seus direitos
garantidos, na prática, não é isso que
acontece. As pessoas não respeitam as
escolhas das outras, por muitas vezes
passando por cima dos direitos gerando
preconceito seguido por violência. (Marina Stracini)
O que Papai
CONTATOS DO PET
Reflexões dos que vivenciaram...