sistemas de informacoes is integracao de sistemas interorganizacionais via xml
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FERNANDO HADAD ZAIDAN
SISTEMAS DE INFORMAES EMPRESARIAIS:
Integrao de sistemas interorganizacionais utilizando troca de documentos
eletrnicos via XML
BELO HORIZONTE
2006
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FERNANDO HADAD ZAIDAN
SISTEMAS DE INFORMAES EMPRESARIAIS:
Integrao de sistemas interorganizacionais utilizando troca de documentos
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Monografia de concluso de cursoapresentada disciplina Trabalho deConcluso de Curso da UniversidadeFUMEC como requisito parcial paraobteno do ttulo de Bacharel em Cinciada Computao, sob orientao dosProfessores Doutores RoberleiPanasiewicz e George Leal Jamil.
BELO HORIZONTE
2006
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FERNANDO HADAD ZAIDAN
SISTEMAS DE INFORMAES EMPRESARIAIS:
Integrao de sistemas interorganizacionais utilizando troca de documentos
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Monografia de concluso de cursosubmetida Universidade FUMEC comorequisito parcial para obteno do ttulode Bacharel em Cincia da Computao eaprovada pela seguinte bancaexaminadora:
_____________________________________________
Professor Doutor Roberlei Panasiewicz (Professor TCC)
Universidade Fumec
________________________________________
Professor Doutor George Leal Jamil (Orientador)
Universidade Fumec
Belo Horizonte, 04 de Dezembro de 2006
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minha esposa Barruba e aos meus
filhos Tiago e Daniel, pela pacincia nos
momentos difceis, pelo companheirismo,
pela vibrao e pelo amor.
minha me, Penha, por sempre confiar
e me apoiar.
Ao meu pai, Jos Zaidan, pelo grande
exemplo de vida que foi.
Amo vocs.
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AGRADECIMENTOS
Agradeo a Deus, por sempre me guiar e iluminar, pelo refgio e pela fortaleza,
responsvel por tudo da minha vida.
Ao Prof. Jamil, mais que orientador, me mostrando os caminhos, me dirigindo para a
realizao dos sonhos.
Ao Prof. Roberlei, pela pacincia e sugestes.
Ao Prof. Marden, pelo desprendimento e pelo novo rumo para o meu futuro.
Ao Prof. Baroni, que no momento da definio da escolha de um novo curso, sua
presteza foi imprescindvel para minha vinda para a FUMEC.
Ao Prof. Marcos Antnio Nunes, pelas valiosas crticas.
Aos demais professores, que sempre tiveram disposio para sanar as minhas
dvidas.
Aos meus irmos, em troca do convvio para os meus estudos.
Aos colegas, na luta da caminhada, em busca de um objetivo comum.
A todos, que direta ou indiretamente contriburam para a realizao deste trabalho.
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Educar-se fazer uma imagem ideal de si e pr-se a esculpi-la em si mesmo na
dura labuta da vida, a fim de unir-se o sonhado e o realizado.
Joo Batista Libnio
A auto-satisfao inimiga do estudo. Se queremos realmente aprender alguma
coisa devemos comear por libertar-nos dela. Com relao a ns mesmos, devemos
ser insaciveis na vontade de aprender e com relao aos outros insaciveis em
ensinar.
Mao Ts-Tung
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RESUMO
A carncia de integrao de sistemas de informao crescente entre as empresas.
Aumentam o nmero de plataformas e arquiteturas diferentes. Os ambientes esto
cada vez mais heterogneos e difceis de integrar. A XML, e todas as tecnologias
que a circunda, surgiu como facilitadores, promovendo um padro de integrao na
troca de documentos eletrnicos interorganizacionais, de forma textual, simples,
estruturada, extensvel, flexvel, semanticamente rica e com uma segurana
adequada. O projeto da nota fiscal eletrnica, nascendo nos dias atuais, no poderiadeixar de utilizar estas tecnologias. A XML totalmente aderente a este cenrio. O
resultado ser a reduo de custos e a acelerao da diminuio do consumo de
papel nas organizaes.
PALAVRAS CHAVES: Sistemas de informao interoganizacionais; Integrao de
sistemas; Troca de documentos eletrnicos; XML.
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LISTA DE ABREVIATURAS
SAX - Simple API forXML
B2B - Business to business(Negcios entre empresas)
B2C - Business to consumers(Negcios entre empresas e consumidores)
BI - Business intelligence
BPM - Business process modeling(Modelagem de processos de negcio)
BSD - Business System Domain(Domnio de sistema de negcios)
COTS - Commercial off-the-shelf (Sistemas pacotes)CRM - Customer relationship management(Gerenciamento das relaes com
clientes)
DOM - Document Object Model
DTD - Document Type Definition (definio de tipo de documento)
EAI - Enterprise application integration(Integrao de aplicaes corporativas)
EDI - Electronic data interchange(troca de dados eletrnicos)
EFT - Eletronic funds transfer(Transferncia eletrnica de fundos)ERP - Enterprise resouce planning(Sistemas de planejamento de recursos
empresariais)
HTML - Hypertext markup language(Linguagem de marcao de hipertexto)
HTTP - Hyper text markup language(Linguagem de marcao de hiper texto)
IA - Inteligncia artificial
IOS - Interorganizational information system(Sistemas de informaes
interorganizacionais)
ISO - International Organization for Standardization (Organizao internacional para
padronizao)
Nfe - Nota fiscal eletrnica
RH - Recursos humanos
SAD - Sistema de apoio deciso
SAE - Sistema de apoio ao executivo
SGC - Sistema de gesto do conhecimento
SGML - Standard Generalized Markup Language(Linguagem padro de marcaes
genricas)
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SIA - Sistema de inteligncia artificial
SIG - Sistema de informaes gerenciais
SIM - Sistema de informao de marketing
SOA - Service-oriented architecture(arquitetura orientada a servios).
SOAP - Simple object access protocol
SPT - Sistema de processamento de transaes
SQL - Structure Query Languange
TI - Tecnologia da informao
TCP/IP - Transfer control protocol/Internet Protocol
W3C - World wide web consortium(consrcio da www)
WSDL- Web services description language(linguagem de definio de servios web)XML - Extensible markup language(linguagem de marcao extendida)
XSL - Extensible stylesheet language(linguagem de estilo extendida)
XSLFO Objetos de formatao XSL
XSLT - XSL transformation(transformao XSL)
UDDI - Universal description, discovery and integration - descrio, descoberta e
integrao universais
URI - Uniform Resource Identifier
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LISTA DE FIGURAS
Figura 01: Ciclo de vida dos sistemas de informao ............................................ 21
Figura 02: Nveis organizacionais, reas funcionais e quem os sistemas referem .. 23
Figura 03: Modelo de armazenamento de dados corporativos ................................ 39
Figura 04: Cenrio da integrao corporativa .......................................................... 43
Figura 05: Exemplo de um documento XML ............................................................ 50
Figura 06: Exemplo de uma DTD ............................................................................. 51
Figura 07: Exemplo de um XML Schema................................................................. 52
Figura 08: Exemplo de um documento XML utilizando XInclude ............................. 55
Figura 09: Exemplo de um documento DOM .......................................................... 57
Figura 10: Exemplo de WSDL ................................................................................. 61
Figura 11: Trade de tecnologias que compe os web services .............................. 62
Figura 12: Esquema XML de validao do cabealho da mensagem de Web Service
.................................................................................................................................. 67
Figura 13: Trecho de um documento XML com a NFe da Souza Cruz ................... 68
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LISTA DE TABELAS
Tabela 01: Resumo dos padres tcnicos para a NFe ........................................... 69
Tabela 02: Arquivo texto txt versus documento XML .............................................. 71
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SUMRIO
INTRODUO..........................................................................................................13CAPTULO I - SISTEMAS DE INFORMAES EMPRESARIAS.............................16
1.1. CONCEITOS INTRODUTRIOS ............................................................16a. Dado, Informao e Conhecimento.........................................................16b. Sistema ...................................................................................................17c. Sistemas de Informao..........................................................................17d. Sistemas de Informao Empresariais....................................................18
1.2. SISTEMAS DE INFORMAO PARA UMA META ESTRATGICA DAEMPRESA..........................................................................................................19 1.3. CICLO DE VIDA DOS SISTEMAS DE INFORMAES.........................201.4. NVEIS ORGANIZACIONAIS ..................................................................21
a. Sistemas do Nvel Operacional ...............................................................21b. Sistemas do Nvel de Conhecimento.......................................................22c. Sistemas do Nvel Gerencial ...................................................................22d. Sistemas do Nvel Estratgico.................................................................23
1.5. TIPOS DE SISTEMAS DE INFORMAES...........................................23a. SPT .........................................................................................................24b. SGC.........................................................................................................24c.
SIG ..........................................................................................................25
d. SAD.........................................................................................................25e. Sistemas IA .............................................................................................26
1.6. SISTEMAS FUNCIONAIS, SISTEMAS DE INFORMAO E SISTEMASINTEGRADOS ...................................................................................................27
a. Sistemas Funcionais ...............................................................................27b. Sistemas de Informao..........................................................................28c. Sistemas Integrados................................................................................29
1.7. SISTEMAS DE INFORMAES INTERORGANIZACIONAIS................30CAPITULO II - INTEGRAO DE SISTEMAS DE INFORMAO ..........................33
2.1. SISTEMAS LEGADOS E COTS..............................................................332.2. EAI - INTEGRAO DE APLICAES CORPORATIVAS.....................342.3. ESTRATGIA DE INTEGRAO...........................................................352.4. DISCIPLINAS DO CONHECIMENTO PARA INTEGRAO..................372.5. MODELOS DE INTEGRAO................................................................382.6. BSD DOMNIO DE SISTEMA DE NEGCIO.......................................402.7. UM CENRIO PARA INTEGRAO CORPORATIVA ...........................422.8. INTERCMBIO DE DADOS....................................................................44
CAPITULO III O MUNDO XML...............................................................................453.1. HISTRIA DA XML .................................................................................453.2. AS PRINCIPAIS UTILIZAES DA XML................................................47
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3.3. ALGUNS CONCEITOS DA XML .............................................................483.4. A VALIDAO DE DOCUMENTOS XML ...............................................50
a. DTD.........................................................................................................51b. XML Schema...........................................................................................51
3.5. O QUE H EM TORNO DA XML ............................................................53a. XPath.......................................................................................................53b. XPointer...................................................................................................54c. XInclude ..................................................................................................54d. XQuery ....................................................................................................55e. XSL..........................................................................................................56f. APIS XML................................................................................................56g. SAX .........................................................................................................56h. DOM........................................................................................................57
CAPTULO IV TROCA DE DOCUMENTOS ELETRNICOS VIA XML..............584.1. CONCEITOS INICIAIS DAS ARQUITETURAS DE COMUNICAO.....58
a. Web Services ..........................................................................................58b. SOAP ......................................................................................................59c. WSDL......................................................................................................60d. UDDI........................................................................................................61e. SOA.........................................................................................................61f. BPM.........................................................................................................62
4.2. CONTEXTO PARA TROCA DE DOCUMENTOS....................................634.3. TROCA DE DOCUMENTOS ELETRNICOS COM XML.......................664.4. O FIM DO PAPEL UTILIZADO NA TROCA DE DOCUMENTOS............694.5. OUTRAS TECNOLOGIAS PARA TROCA DE DOCUMENTOSELETRNICOS .................................................................................................70
a. Arquivos Texto TXT (flat file) ...................................................................70b. EDI ..........................................................................................................72c. ebXML.....................................................................................................72
4.6. TCNICAS DE SEGURANA NA TROCA DE DOCUMENTOSELETRNICOS VIA XML ..................................................................................73
a. XML Signature.........................................................................................73b. XML Encryptron.......................................................................................74
CONCLUSO........................................................................................................75
BIBLIOGRAFIA......................................................................................................76
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INTRODUO
De um modo geral, as empresas de todo o mundo necessitam de sistemas de
informaes, usando ou no tecnologia da informao. Do menor negcio, at a
mais diversificada multinacional, os dados precisam ser alimentados, processados,
armazenados e apresentados, tornando-se informaes confiveis, para atingir os
objetivos estabelecidos. So visveis os resultados positivos: produtos de alta
qualidade, servios entregues nos prazos, preciso no armazenamento das
informaes, reduo de custos, pequena carga de trabalho manual, aumento da
produtividade, tomadas de decises mais direcionadas e acertadas.As empresas no vivem isoladas, elas precisam trocar informaes. A
integrao dos sistemas interorganizacionais o grande desafio. Os padres so
diferentes, as tecnologias so criadas, utilizadas e s vezes, caem no desuso. Nem
sempre os sistemas conseguem se comunicar. A integrao envolve a
transformao dos dados. Os sistemas legados, ainda em grande uso nas
empresas, necessitam trocar informaes com os novos sistemas, com arquitetura
diferente. As aplicaes COTS (commercial off-the-shelf sistemas pacotes)tambm necessitam de integrao.
Todo este cenrio de carncia de integrao, poder ser contemplado com a
troca de documentos eletrnicos. O intercmbio de dados em um ambiente EAI
(enterprise application integration - integrao de aplicaes empresariais), na
mesma empresa ou interorganizacionais, tem hoje muitas facilidades, dentre elas o
uso da XML (extensible markup language -linguagem de marcao extensvel), que
se tornou a sintaxe preferida para troca de mensagens corporativas.O tema escolhido para este estudo Sistemas de Informaes
Empresariais: Integrao de sistemas interorganizacionais utilizando troca de
documentos eletrnicos via XML.
Os sistemas de informao podem contribuir para a soluo de vrios
problemas empresariais. Porm a manipulao de um grande volume de
informaes, a complexidade nos processamentos, a convivncia com sistemas no
integrados e a falta de padres entre os clientes e fornecedores envolvidos, torna-
se um complicador.
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A XML atende a uma falha que os tradicionais arquivos textos (txt) tm: no
indicar o significado dos campos, tampouco mostrar se os dados fazem parte de
uma ou mais tabelas. Com isso, a XML capaz de representar os dados de uma
maneira muito mais rica e estruturada.
A XML um padro aberto. Foi recomendada em 1998 pelo W3C (world wide
web consortium- consrcio da www) . No incio, achava-se que a XML iria substituir
o HTML (hyper text markup language- linguagem de formatao de hipertexto). Isto
ficou claro, quando se percebeu que a XML no era para o desenvolvimento de
pginas da internet. O grande impulso para aceitao da XML, foi a adoo por
grandes do setor, como a IBM, Microsoft, Sun e SAP.
A proposta bsica da XML estruturar documentos de forma textual, comuma simplicidade sinttica e forte semntica contida na sua hierarquia. Sua
aplicao troca de dados, e a interface com os usurios est bem definida. Existe
a possibilidade de implementar tecnologias de segurana nas trocas de documentos.
A populao mundial cresce em ritmo acelerado, e junto com ela, a
quantidade e diversidade nos negcios, em especial os negcios envolvendo
tecnologia. A relevncia deste estudo consiste em apresentar para as organizaes
a importncia dos sistemas de informaes, bem como os sistemasinterorganizacionais. A troca de documentos deixou de ser um problema interno das
organizaes, mas uma demanda de todo o mercado.
Observa-se um retardo na eliminao dos papis como troca de informaes
entre organizaes. Existe um grande nmero de re-trabalho, ocasionado pela
redundncia na digitao dos dados. No incio da era da informtica, dizia-se que
haveria reduo do consumo de papel. Aconteceu o contrrio, o consumo aumentou
nos ltimos anos. Ser demonstrado para a sociedade que, com o aumento da trocade documentos eletrnicos interorganizacionais, poder ser reduzido o uso do papel.
uma realidade que grande nmero de empresas tem a gesto ambiental como
parte dos objetivos estratgicos. Elas desejam dar sua contribuio para uma melhor
qualidade de vida do nosso planeta. A diminuio do uso do papel trar uma
iniciativa de preveno do meio ambiente.
Embora as empresas necessitem projetar sistemas diferentes para atender a
diferentes nveis e funes empresariais, elas esto enxergando as vantagens da
integrao dentro delas, e entre elas. Esta integrao, se utilizada
inadequadamente, poder ser bastante complexa e com altos gastos. Entretanto,
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usando tecnologias j afirmadas, como XML, e com a internet, as vantagens
podero ser relevantes. Desta forma, o objetivo geral desta monografia demonstrar
como pode ser feita a troca de documentos eletrnicos, via XML, na integrao de
sistemas de informao interorganizacionais.
A metodologia a ser utilizada ser constituda da pesquisa terica. Constitui-
se de um levantamento bibliogrfico em livros, revistas, dissertaes, artigos e sites
da Internet, sobre a temtica escolhida. Bem como os pressupostos tericos
apresentados, que sustentaro os argumentos e concluses.
Ser realizada uma escolha detalhada da bibliografia bsica, para dar suporte
terico e conceitual ao estudo. Ser levada em conta a diversidade das obras, para
analisar diferentes vises do assunto.No primeiro captulo sero mostrados os conceitos introdutrios e sero
expostas as vises sobre os sistemas de informaes nos nveis organizacionais, os
tipos de sistemas de informaes, e os sistemas interorganizacionais.
No segundo captulo sero expostos os conceitos de integrao de sistemas
de informao. Ser mostrado como os diversos aplicativos podem interoperar, ou
seja, trocar dados. Os diversos modelos de integrao sero expostos e como os
padres so importantes no momento da integrao. Ser mostrado um cenrio paraintegrao corporativa.
No terceiro captulo entraremos no mundo XML. Veremos a histria da XML e
as principais utilizaes desta tecnologia. Mostraremos que a XML necessita de
outras tecnologias que a completa. Ser exposto como a XML semanticamente
muito mais rica do que a maioria dos os tipos de documentos textuais.
No quarto e ltimo captulo ser mostrado uma introduo arquitetura de
comunicao. Ser exposto como poder ser feita a integrao de sistemasutilizando a XML, e, num contexto atual para troca de documento
interorganizacionais utilizando XML, a nota fiscal eletrnica, como so aplicados
todos os conceitos que sero vistos neste estudo. A segurana tornou-se um
assunto importante na computao, principalmente quando envolve a troca de dados
e entre organizaes, com isso, sero avaliadas as tcnicas de segurana da XML.
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CAPTULO I - SISTEMAS DE INFORMAES EMPRESARIAS
1.1. CONCEITOS INTRODUTRIOS
a. Dado, Informao e Conhecimento
Para conceituao inicial, entende-se por dadoum padro, a menor unidade
possvel. Uma letra, nmero ou dgitos, que isoladamente no tem nenhum
significado claro. No consegue nos informar nada. A anlise de um dado no nos
leva a nenhuma concluso. De acordo com Davenport e Prusak (1998, p. 3):
Dados descrevem apenas parte daquilo que aconteceu; no fornecem julgamento nem interpretao e nem qualquer base sustentvel para atomada de ao. Embora a matria-prima do processo decisrio possaincluir dados, eles no podem dizer o que fazer. Dados nada dizem sobre aprpria importncia ou irrelevncia. Porm, os dados so importantes paraas organizaes em grande medida certamente, porque so matria-primaessencial para a criao da informao.
A informao o dado trabalhado, tratado, inserido num contexto. umconjunto de dados que tem algum significado. Pense em informao como dados
que fazem diferena. (DAVENPORT; PRUZAK, 1998, p. 4). Esclarecendo melhor,
Jamil (2001, p. 161):
A informao, portanto, algo mais trabalhado e trabalhoso. Envolveusualmente diversas medies e obteno de dados associados como odo ambiente a que se aplicam as medies feitas. A informao ter umcarter menos restrito que o dado, posto que podemos estabelecer critriosvariados de coleta, converso e armazenamento para a mesma, envolvendocomo j dissemos, um conjunto de dados. Desta forma surgem trabalhos deconverso, comparao e padronizao para o seu uso.
O conhecimento a capacidade de interpretar. Pode fazer sentido para uns, e
para outros no. Quando a informao trabalhada por pessoas e pelos recursos
computacionais, pode gerar cenrios, simulaes e oportunidades. (REZENDE;
ABREU, 2003).
Segundo Davenport e Prusak (1998, p. 3):
O conhecimento deriva da informao da mesma forma que a informaoderiva de dados. Para que a informao se transforme em conhecimento, os
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seres humanos precisam fazer virtualmente todo o trabalho. Taltransformao ocorre atravs de palavras iniciadas com C tais como asseguintes: Comparao: de que forma as informaes relativas a estasituao se comparam a outras situaes conhecidas? Conseqncias: queimplicaes estas informaes trazem para as decises e tomadas de
ao? Conexes: quais as relaes deste novo conhecimento com oconhecimento j acumulado? Conversao: o que as outras pessoaspensam desta informao?
Tomemos um exemplo: a taxa de juros de 0,5% (dado). Ainda no
chegamos a nenhuma concluso. Se dissermos que 0,5% a taxa de juros do
Brasil, no ms de agosto de 2006, estamos inserindo o dado num contexto, e j nos
traz algum significado (informao). Porm, se complementarmos dizendo que esta
taxa de juros a mais baixa os ltimos 10 anos, estamos fazendo uma interpretao(conhecimento).
b. Sistema
Atribui-se a sistema, um conjunto de partes que esto constantemente
interagindo e integrando, sempre com o propsito de atingirem objetivos, e alcanar
resultados. (REZENDE; ABREU, 2003).
Nenhum sistema sozinho pode fornecer todas as informaes que uma
empresa necessita. Os sistemas formam um todo unificado. Eles recebem insumos,
e como trabalham em um propsito comum, seus componentes inter-relacionados
produziro resultados atravs de um processo organizado de transformao.
K. Laudon e J. Laudon (2004) nos explicam que estes sistemas podem
contribuir para a soluo de vrios problemas empresarias, independente do seu
tipo ou do seu uso. bastante difcil termos sistemas que no gere algum tipo de
informao.
c. Sistemas de Informao
De um modo geral, as empresas de todo o mundo necessitam de sistemas de
informao, usando ou no a tecnologia da informao. Os sistemas de informao
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so para facilitar a gesto das empresas. So relatrios, relato de processos,
conjunto de procedimento e normas da empresa, que geram informao.
Os sistemas de informao utilizando tecnologia da informao so um
conjunto de telas e relatrios, que atravs de recursos de processamento de dados
podem gerar informaes para clientes, fornecedores e usurios, utilizando um
hardware, um software, procedimentos e pessoas.
d. Sistemas de Informao Empresariais
Nos sistemas de informao empresariais, est implcito o uso de tecnologiada informao. Pode-se definir como o processo de entrada dos dados, a
transformao, o armazenamento e gerao de informaes. Daro o alicerce para a
rea administrativa, sempre objetivando resultados e a tomada de decises. Eles
podem ser subdividido em sub-sistemas.
Os sistemas de informaes empresariais tm o foco para o principal negcio
da organizao, por exemplo, numa indstria de automveis, eles estaro
direcionados ao processo de fabricao, gerando produtividade, qualidade ecompetitividade.
Segundo Rezende e Abreu (2003), os atuais sistemas de informao tm
alguns pontos em comum, independente do negcio da empresa:
o lidar com grande volume de informao;
o processamentos complexos;
o clientes, usurios e fornecedores em grande nmero;
o interligao de diversas tecnologias;o suporte a tomada de decises empresariais;
o auxlio na qualidade, produtividade e competitividade organizacional.
Como benefcios que as empresas procuram atravs dos sistemas de
informao, podemos citar:
o auxlio no suporte tomada de deciso;
o valor agregado nos produtos, bens e servios;
o vantagens competitivas;
o produtos de melhor qualidade;
o oportunidade nos negcios;
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o aumento da rentabilidade;
o mais preciso nas informaes, ocasionando menos erros;
o sistemas mais eficientes e com maior eficcia;
o carga de trabalho reduzida;
o diminuio de desperdcios, gerando menos custos.
1.2. SISTEMAS DE INFORMAO PARA UMA META ESTRATGICA DA
EMPRESA
A existncia de um sistema de informao deve ser motivada por uma
demanda de uma necessidade de uma organizao. A partir da meta estratgica1
que poderemos iniciar o processo de desenvolvimento de um sistema. Precisamos
saber claramente quais os benefcios estratgicos sero contemplados com a
implantao de um sistema. Confirmando tal fato, citando Jamil (2006, p. 6):
Em Kearns e Lederer (2003) verifica-se a observao sobre o alinhamento
estratgico da tecnologia da informao, a partir do fato que a computaoproveria recursos fundamentais para a elaborao de estratgiasempresariais, incluindo a tanto o provimento de infra-estrutura de hardwaree conectividade, quanto o projeto de sistemas de informaes, no caso justificando uma linha de estudo interdisciplinar como a defendida nestetexto. Concluindo, cita-se a contribuio de Tavares (2000) ao analisar aimportncia dos sistemas da informao na prpria construo daadministrao estratgica, que compreende tanto o planejamento quanto aexecuo acompanhada e reviso sistmica da estratgia empresarial. Taisidias so discutidas tambm por Kroll, Parnell e Wright (2000), chamandoadicional ateno para a relevncia da formao do conhecimento nasdecises de cunho estratgico e a orientao na formulao dos planostticos, que leva a apreciao a ser desenvolvida a seguir, para outras
reas de estudo interdisciplinares.
As metas estratgicas so baseadas em nmeros, numa base dados bem
definida. Tomemos um exemplo: num prazo de um ano, pretende-se aumentar a
lucratividade de uma empresa em 15%, na regio do sul de Minas Gerais, elevando
o mark-up para 80%, nos produtos derivados do leite.
1 Meta estratgia so aes que as empresas devem buscar. uma forma organizada que gerar oplano estratgico. So formas coordenadas de pensar no futuro da organizao. (JAMIL, G. L.Engenharia Software II, Belo Horizonte: Cincia da Computao, FACE-FUMEC, 2006, notas deaula).
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Uma motivao sem dados concretos e relevantes, sem uma estratgia, pode
acarretar numa dificuldade para se adotar um sistema de informao. Dentre eles:
acreditar que o sistema melhorar algo que na empresa faz; que o sistema ir
corrigir erros que a empresa est cometendo; que a implantao de um sistema far
que a empresa resolva todos os seus problemas.
1.3. CICLO DE VIDA DOS SISTEMAS DE INFORMAES
De acordo com Resende e Abreu (2003, p. 69), normalmente, um sistema deinformao que utiliza recursos de TI tem um ciclo de vida curto, de no mximo cinco
anos, quando no sofre implementaes. Os sistemas precisam ser bem zelados,
pois seno podem morrer. Eles morrem quando esto em desuso ou foram
substitudos. Tambm os sistemas mal estruturados e mal construdos esto mais
facilmente destinados morte, bem como se as informaes da sua base forma mal
selecionados. Porm, os sistemas como parte de uma funo empresarial, no
morrem. aceitvel que ao longo da vida dos sistemas, existam manutenes para
atender a legislao, melhorias ou implementaes e eventuais correes de erros,
para acompanhar o dinamismo empresarial. O sistema de informao tem um ciclo
de vida semelhante aos seres humanos, obedecendo aos princpios vitais de
concepo e morte. (DIAS; GAZZENO, 1975 e YOURDON, 1989 apud REZENDE;
ABREU, 2003, p. 70).
A figura 01 nos mostra as fases do ciclo de vida dos sistemas de informao.
Segundo Resende e Abreu (2003), vale ressaltar a fase de implementao, onde
agregamos melhorias opcionais ou necessrias, sempre no sentido de agregar valor,
ainda assim esta implementao questionada. A maturidade plena quando o
sistema est sedimentado, com todos os requisitos funcionais sendo atendidos, com
a satisfao do cliente e usurios. No declnio vem-se dificuldades de continuidade,
impossibilidade de agregar funes necessrias e insatisfao do cliente ou
usurios. Na manuteno, observam-se tentativas de sobrevivncia do sistema,
corrigindo erros por exigncias legais. E a morte a descontinuidade do sistema.
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Figura 01: Ciclo de vida dos sistemas de informao.Fonte: REZENDE; ABREU, 2003, p. 71
1.4. NVEIS ORGANIZACIONAIS
K. Laudon e J. Laudon (2004), enumeram os principais sistemas de
informaes que atendem aos diferentes nveis organizacionais:
o sistemas do nvel operacional
o sistemas do nvel de conhecimento
o sistemas do nvel gerencial
o sistemas do nvel estratgico
Os nveis organizacionais abrangem desde a alta gerncia das organizaes,
at os trabalhadores operacionais.
a. Sistemas do Nvel Operacional
Estes sistemas acompanham atividades e transaes elementares da
organizao, como: venda, financeiro, folha de pagamento, fluxo de matria prima
dentro de uma fbrica. Iro dar suporte aos gerentes operacionais, oferecendo
respostas a perguntas de rotina: como o cliente pagou? Como est o nosso
estoque? Como foi a produo dos funcionrios?
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b. Sistemas do Nvel de Conhecimento
O propsito de integrar novas tecnologias ao negcio, e o controle do fluxo dedocumentos, deve ser uma meta a ser alcanada nas organizaes. Segundo K.
Laudon e J. Laudon (2004, p. 40):
Sistemas do nvel do conhecimento do suporte aos trabalhadores doconhecimento e de dados da organizao. O propsito desses sistemas donvel auxiliar a empresa comercial a integrar novas tecnologias ao negcioe ajudar a organizao a controlar o fluxo de documentos. Aplicaesdesses sistemas, especialmente sob a forma de estaes de trabalho esistemas de automao de escritrio, esto entre as que mais crescem no
ambiente empresarial de hoje.
Existem diversas categorias de softwares de gesto do conhecimento.
Carvalho (2003) as enumera: Ferramentas baseadas na Internet; Gerenciamento
Eletrnico de Documentos; Groupware; Workflow; Sistemas para Construo de
Bases Inteligentes de Conhecimento; Business Intelligence; Mapas do
Conhecimento; Ferramentas de Apoio a Inovao; Ferramentas de Inteligncia
Competitiva; Portais do Conhecimento.
c. Sistemas do Nvel Gerencial
Segundo K. Laudon e J. Laudon (2004), a principal resposta principal destes
sistemas : as coisas ento indo bem? Eles so endereados aos gerentes mdios.Atendem s atividades de monitorao, controle, tomada de decises e
procedimentos administrativos. Produzem relatrios peridicos sobre as operaes e
no de informao instantnea. Tambm respondem as perguntas do tipo: E se?
Respostas a estas perguntas quase sempre exigem novos dados de fora da
organizao, bem como dados internos.
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d. Sistemas do Nvel Estratgico
Estes sistemas ajudam a gerncia do mais alto escalo da empresa a atacare enfrentar questes estratgicas e tendncias de longo prazo, na empresa e fora
dela. Faz a compatibilizao das mudanas do ambiente externo com a capacidade
da organizao. As principais perguntas so: quais sero os nveis de emprego em
cinco anos? Quais so as tendncias de longo prazo do custo do setor e onde nossa
empresa se encaixa? Que produtos deveremos estar fazendo dentro de cinco anos?
(LAUDON, K.; LAUDON, J., 2004).
Existem outras aplicaes empresarias que os sistemas de informao
atendem, so as reas funcionais, como vendas e marketing, fabricao,
contabilidade, recursos humanos e finanas.
Figura 02: Nveis organizacionais, reas funcionais, e que os sistemas atendem.Fonte: LAUDON, K.; LAUDON, J., 2004, p. 40. (Figura adaptada)
1.5. TIPOS DE SISTEMAS DE INFORMAES
Para cada um dos nveis organizacionais temos tipos de sistemas de
informao correspondentes. Os sistemas de cada nvel atendem as principais reas
funcionais. Os trabalhadores ou gerentes sero atendidos por estes sistemas. A
figura 02 nos mostra esta diviso.
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a. SPT
Os SPTs (sistemas de processamento de transaes) so os maioresprodutores de informaes, e so requisitados pelos outros sistemas. Automatizam
funes do nvel operacional, na linha de frente do negcio da organizao. Tem
como caracterstica processar um grande volume de dados, tanto de entrada, quanto
de sada, bem como muita necessidade de armazenamento. Necessita de um
processamento preciso. Pelo fato de muitos usurios acessarem, tem-se problemas
com a segurana dos dados. So chamados tambm de sistemas de misso crtica.
Como exemplo, temos: contas a pagar, contas a receber, controle de materiais, folha
de pagamento e contabilidade.
b. SGC
Os SGCs (sistemas de gesto do conhecimento) atendem s necessidades
no nvel de conhecimento, aos trabalhadores do conhecimento. Estes sistemasauxiliam na captura e estruturao do conhecimento de indivduos, possibilitando
compartilhar toda a base de dados para todos da organizao. Obter o
conhecimento que se encontra disperso o grande desafio. O conhecimento tem
que existir, porm precisa estar acessvel. A TI um instrumento para facilitar esta
captura, armazenamento e distribuio para outras pessoas usarem. Citando
Davenport e Prusak (1998, p. 84):
A principal dificuldade encontrada no trabalho de codificao a questo decomo codificar o conhecimento sem perder suas propriedades distintivas esem transform-lo em informaes ou dados menos vibrantes. Em outraspalavras, o conhecimento precisa de alguma estruturao, mas no emexcesso, para no mat-lo. As empresas que quiserem fazer umacodificao bem-sucedida de seu conhecimento devem, portanto, ter emmente os seguintes princpios: os gerentes devem decidir a que objetivos oconhecimento codificado ir servir (por exemplo, empresa cujo propsitoestratgico envolva aproximar-se do cliente podem optar por codificar oconhecimento ligado a clientes); os gerentes devem ser capazes deidentificar o conhecimento existente nas vrias formas apropriadas paraatingir tais objetivos; gerentes do conhecimento devem avaliar o
conhecimento segundo sua utilidade e adequao codificao; oscodificadores devem identificar um meio apropriado para a codificao e adistribuio.
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Destacam-se tambm os sistemas de automao de escritrio. Segundo K.
Laudon e J. Laudon (2004), estes sistemas auxiliam os trabalhadores de dados,
embora sejam usados pelos trabalhadores do conhecimento. Os trabalhadores de
escritrio tendem a processar e no criar informao, por isso, os sistemas de
automao de escritrio manipulam e gerenciam documentos, por meio de
processadores de textos, editorao eletrnica e tratamento de imagem,2
comunicao por meio de correio eletrnico e correio de voz, programao por meio
de agendas eletrnicas.
c. SIG
Os SIGs (sistemas de informaes gerenciais) tm o foco no usurio de
gerncia intermediria. Os exemplos dos SIGs so: sistemas financeiros, industrial,
marketing e de recursos humanos. De acordo com Stair (1998, p. 226):
O sistema de informaes gerenciais um conjunto organizado de pessoas,procedimentos, banco de dados e dispositivos que fornecem aos
administradores e tomadores de decises as informaes para ajud-los aatingir as metas da empresa. O SIG pode ajudar a organizao a atingirsuas metas, fornecendo aos administradores uma viso das operaesnormais da empresa, de modo que possam controlar, organizar e planejarde forma mais eficiente3 e eficaz.4 A diferena principal entre os relatriosgerados pelo SPT e os gerados pelo SIG que os relatrios de SIG doapoio s tomadas de decises gerenciais nos nveis mais altos daadministrao.
Os SIGs propem uma anlise bastante complexa e sofisticada, utilizandomuitos recursos grficos.
d. SAD
Os SADs (sistemas de apoio deciso) so tambm chamados de sistemas
de informaes estratgicas e de SAEs (sistemas de apoio ao executivo). Segundo
2 Digitalizao de imagem.3 Eficiente fazer correto aquilo que precisa ser feito, nem mais, nem menos.4 Eficaz atingir com sucesso o objetivo de uma tarefa, no momento certo, na hora apropriada.
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Rezende e Abreu (2003), eles iro processar grupo de dados das operaes
operacionais e transaes gerenciais, transformando-as em informaes
estratgicas. Trabalha com dados no nvel macro, considerando o ambiente interno
e externo, visando auxiliar o processo de tomada de deciso da alta administrao,
tal como presidentes, diretores, scios e acionistas. Tem caracterstica de
processamento on-line, muitas informaes grficas com uma interface amigvel.
e. Sistemas IA
Apesar de estarmos vendo a aplicao direta de muitos sistemas utilizando
conceitos de IA (inteligncia artificial), ainda estamos distantes de criar sistemas
computacionais que substituiro os tomadores de decises humanos. Segundo Stair
(1998, p. 256):
Os sistemas de inteligncia artificial incluem as pessoas, procedimentos,hardware, software, dados e conhecimento necessrios para desenvolversistemas computacionais e mquinas que demonstram caractersticas de
inteligncia. [...] O objetivo no desenvolvimento contemporneo de sistemasIA no substituir completamente a tomada de decises humana, e simreaplic-la em certos tipos de problemas bem-definidos. Assim como emoutros sistemas de informao, o propsito maior das aplicaes dainteligncia artificial nas empresas auxiliar as organizaes a alcanarsuas metas.
A IA um campo amplo e contm diversos componentes, como:
o Sistemas especialistas: Age ou comporta-se como um ser humano experiente
em um campo ou rea. Os sistemas especialistas computadorizados tm sido
desenvolvidos para diagnosticar problemas, prever eventos futuros e auxiliarem novos sistemas.
o Robtica: Envolve o desenvolvimento de dispositivos mecnicos ou baseados
em computadores. Aplica-se sofisticados softwaresde controle em robs.5
o Sistemas de viso: Engloba sistemas (hardware e software) que possibilita
computadores capturar, armazenar e manipular imagens visuais e figuras.
o Processamento de linguagem natural: Possibilita que o computador reaja a
instrues e comandos emitidos em linguagem natural, por exemplo, ingls.
5 Software de controle em robs tem um importncia bastante relevante em IA.
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Converte a fala do microfone em arquivos para processadores de texto ou
instrues.
o Redes neurais: So sistemas de computador que podem funcionar como o
crebro humano ou similar ao seu funcionamento. Podem processar muitos
dados de uma vez e aprender a reconhecer padres.
1.6. SISTEMAS FUNCIONAIS, SISTEMAS DE INFORMAO E SISTEMAS
INTEGRADOS
a. Sistemas Funcionais
Podemos classificar os sistemas de informao pela funo organizacional
especfica. Na figura 01 temos na base da pirmide os principais sistemas
funcionais. Outros sistemas funcionais podem ter uma grande importncia nas
organizaes modernas. Descreveremos os SIMs (sistemas de informao de
marketing) e os sistemas de logsticas:
SIM: So sistemas da linha de frente do pensamento administrativo em todo o
mundo, decidindo sobre um acervo crescente e inovador. Destinam-se a possibilitar
aos executivos e gerentes das reas tticas das empresas a apreciar fenmenos
diversos para tomada de deciso de marketing, envolvendo informaes para um
produto ou servio. Podemos destacar como as decises a serem tomadas:
o lanamento de um produto ou servio
o concorrncia, competitividade e comportamento do pblico alvo
o benchmarketing6de aes dos concorrentes
o receptividade e campanhas publicitrias
o realizao de promoes
o alterao na forma de ofertar produtos ou servios
Segundo Jamil (2001), os sistemas de marketing no se resumem numa
simples coleo de dados e relacionamentos, mas de programas que permitam ao
6 Processo de comparao de produtos ou servios com os oferecidos pela concorrncia, ou emempresas consideradas excelentes em algo determinado. O benchmarking tem como objetivoconhecer o que os outros esto fazendo de melhor, e for se possvel, incorporar.
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usurio fazer seus questionamentos e a consulta base de dados, com interfaces
de acesso e distribuio das informaes via internet.
Sistemas de logstica: Gerenciar a logstica significa tratar com preciso as
atividades de emisso de pedidos, de compras, de recebimento e expedio de
mercadorias. Os centros de distribuio, cadeia de suprimentos e o sistema de
transporte, possibilitam ao fabricante o acesso rpido aos insumos necessrios,
montagem de estratgias de obteno e o uso destes insumos, e da entrega do
produto aos clientes.
Confirmando tal fato, Jamil (2001, p. 523):
Esta insero da logstica no agressivo ambiente dos dias atuais terminoupor provocar um efeito de retroalimentao, fazendo com que a TI e dastelecomunicaes fosse cada vez mais usada para a efetivao destacadeia. Atualmente, os operadores de logstica esto atuando de formaintegrada, tanto no lado B2C de venda ao consumidor, quanto no B2B de suprimento via interao negcio a negcio.
Com a crescente concorrncia do comrcio eletrnico, o cumprimento do
prazo entrega (normalmente reduzido), passa a ser um diferencial das empresas
envolvidas.
b. Sistemas de Informao
Os sistemas de informao so para coordenar atividades, e auxiliar na
tomada de decises por toda a empresa. Como exemplos destes sistemas temos oCRM (customer relationship management - gerenciamento das relaes com
clientes) e os sistemas de cadeia de suprimentos.
CRM: Existe um esforo de toda a organizao para conquistar e conservar
clientes. O CRM reconhece que os clientes so a alma da organizao, e o sucesso
depende do bom gerenciamento das relaes com estes clientes. (GREENBERG
apud TURBAN et al, 2005). CRM destina-se a construir relaes duradouras e
sustentveis, que agregam valor para o cliente e para a empresa. (ROMANO;FJERNESTAD apud TURBAN et al, 2005). Observa-se que, com a Internet, os
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clientes esto a um click do concorrente, podendo romper rapidamente com o
fornecedor atual, buscando outros que o atenda satisfatoriamente (CARVALHO,
2006).
Segundo Turban (et al, 2005), CRM um campo interdisciplinar (marketing e
gerenciamento). O CRM muito mais amplo que o marketing de relacionamento.
Tem o propsito de tratar diferentemente clientes diferentes. Exemplos de
aplicaes de CRM: call center; gerenciamento de campanha e comrcio eletrnico;
salas de chat7e grupos de discusso e e-CRM.8
Cadeia de suprimentos: A cadeia de suprimentos integra os processos
logsticos do fornecedor, do fabricante, do distribuidor e do cliente para reduzir
tempo, esforos redundantes e custos de estoque. Segundo K. Laudon e J. Laudon(2004), cadeia de suprimentos uma rede de organizaes e processos de
negcios para selecionar matrias-primas, transform-las em produtos
intermedirios e acabados e distribuir os produtos acabados aos clientes. A cadeia
interliga fornecedores, instalaes industriais, centrais de distribuio, meios de
transporte, lojas de varejo, pessoas e informaes por meio de processos como
seleo de matrias-primas, controles de estoque, distribuio e entrega com a
finalidade de fornecer mercadorias e servios desde a fonte at o ponto deconsumo.
c. Sistemas Integrados
So destinados a integrao dos setores da organizao e automao dos
processos de negcio. Tem com caracterstica a unificao de cadastros, reduzindoa redundncia de dados. Requerem um alto grau de parametrizaes. A implantao
um desafio, e demanda tempo e dedicao dos envolvidos (empresa e parceiros).
Como exemplo de sistemas integrados temos o ERP (enterprise resouce planning-
sistemas de planejamento de recursos empresarias).
ERP: Permite automatizar e integrar grande parte dos processos de negcios,
finanas, controles, logstica e RH (recursos humanos). As reas de implantao do
7 Softwares que possibilitam bate papo pelo computador.8 Uso de navegadores web , internet, e outros pontos eletrnicos para gerenciar o relacionamentocom o cliente.
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ERP so: contabilidade, contas a pagar/receber, tesouraria, oramentos, custos, RH,
suprimentos, administrao de materiais, custos de produo, pedidos, vendas,
faturamento. Os dados de uma rea iro alimentar automaticamente os dados de
outra rea.
Deve-se considerar que a implantao de um ERP precisa de um esforo de
toda a organizao, do diretor aos funcionrios, com um grande comprometimento.
(CARVALHO, 2006).
Citando Jamil (2001, p. 517):
Estes sistemas surgiram em decorrncia das carncias informacionaispromovidas pela desagregao de dados provocada pelos processos de
descentralizao de tecnologia da informao no planejada e motivadapela facilidade de acesso aos recursos de informtica (redes, micros,software de aplicao, etc), agravada pela concentrao em nveisoperacionais, de sistemas distintos. Nestes casos, os ERPs ofereceram orecurso de integrarem sob sua coordenao os diversos ambientes desistemas base de transao para que formem base de dados, mdulos deacesso e sistemas analticos nicos, que suportem de modo mais direto osprocessos de deciso, s custas de reorganizao dos processos de gestoe definio de responsabilidades e instncias na sua execuo.
Com a implantao do ERP, as organizaes tero maior competitividade
com a unificao dos processos, diferenciao junto aos concorrentes e preparaopara um crescimento das operaes.
1.7. SISTEMAS DE INFORMAES INTERORGANIZACIONAIS
Segundo Rezende a Abreu (2003), uma empresa classifica-se como um
conjunto de pessoas, equipamentos, dados, recursos, polticas e procedimentos que
existem para suprir seus produtos e servios, com o objetivo de obter lucro.
Classificamos as aplicaes dos sistemas no nvel organizacional em duas
categorias: aplicaes localizadas e sistemas interdepartamentais.
A categoria de sistemas de informao de aplicaes localizadas inclui
sistemas pessoais e de grupo. Estes sistemas tm a caracterstica que os usurios
de um grupo de trabalho conhecem cada um dos membros pessoalmente. Envolvem
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pouco mais de dzias de usurios, gerenciando poucos dados, s vezes simples e
poucos heterogneos. Envolve apenas sub-funes da empresa.
J a proposta de sistemas interdepartamentais integrar as atividades de
diferentes departamentos em um s sistema de negcio, produzindo respostas
apropriadas e coordenadas para o meio ambiente da empresa. Permitem a
integrao de atividades de departamentos separados de modo que os
departamentos respondam de maneira consistente e coordenada. Envolvem bases
de dados centralizadas e compartilhada pelos departamentos, permitindo que cada
departamento registre resultados de seu trabalho. Aconselha-se uma padronizao
nestes sistemas, e um controle das mudanas, exigindo um gerenciamento dos
sistemas organizacionais. Os usurios envolvidos destes sistemas, s vezescentenas ou milhares, podem estar distncia continentais, utilizando um grande
volume de dados complicados e heterogneos.
Tanto os sistemas localizados quanto os interdepartamentais, envolvem muito
pouco redesign9 dos processos de negcios. Eles do suporte s atividades da
empresa do modo como elas j existiam anteriormente.
Segundo Turban (et al, 2005), durante muitos anos, os sistemas de
informao so usados dentro das organizaes. A conexo de duas ou maisorganizaes feita atravs dos sistemas de informao interorganizacionais, que
suporta o fluxo de informaes. Mesmo assim, eram restritos a empresas de
viagens, bancos e grandes corporaes. Os sistemas envolvendo duas ou mais
organizaes podem ser bastante complexos, porm as vantagens so significativas
com a internet e a XML (extensible markup language - linguagem de marcao
extendida). Como objetivo desses sistemas temos o processamento eficiente de
transaes, como a transmisso de pedidos, faturas e pagamentos. Um IOS(interorganizational information system - sistemas de informaes
interorganizacionais) pode ser local ou global, voltado a uma nica atividade
(transferncia de fundos) ou a vrias (facilitar as negociaes, a comunicao e a
colaborao).
9 Alm de automatizar os processos existentes numa organizao, o redesign (redesenho) de
processos de negcio est surgindo como um passo para melhor explorar as potencialidades da TI,reprojetando estes processos, para tirar vantagens das oportunidades proporcionadas pelatecnologia. Referem-se a aplicaes nas quais o processo a ser automatizado redesenhado medida que o sistema desenvolvido.
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Conectando organizaes, duas presses comerciais foram satisfeitas:
reduo de custos e aumento da eficincia e oportunidade dos processos
empresariais. Por conseqncia, com a melhora da qualidade, diminuiu-se o tempo
de ciclo de realizao das transaes empresariais, eliminando o uso de papis,
suas ineficincias e custos associados, e acima de tudo, eliminando erros.
Necessita-se de uma determinao prvia da relao entre cliente/fornecedor,
com expectativa de continuidade, e um acordo entre as organizaes acerca da
natureza e do formato dos documentos a serem trocados. A rede de comunicao10
tambm precisa ser conhecida por ambas as partes, onde um acordo prvio
estabelecido para a padronizao.
Tipos de sistemas interorganizacionais:o Sistemas de negociao B2B: Projetados para facilitar a negociao entre
parceiros comerciais. Podem estar no mesmo pas ou em pases diferentes.
o Sistemas globais: Conectam duas ou mais empresas, em dois ou mais
pases, por exemplo, empresas multinacionais de reservas de passagens
areas. Tambm as empresas internacionais ou empresas virtuais globais.
o EFT: (Eletronic funds transfer - transferncia eletrnica de fundos).
Transferncia de dinheiro entre instituies financeiras.o Groupware: Tecnologia para facilitar a colaborao entre organizaes.
o Envio integrado de mensagens: Atravs de um nico sistema de transmisso,
ocorre a remessa de correio eletrnico e documentos de fax, entre
organizaes.
o Banco de dados compartilhados: Banco de dados que podem ser
compartilhados entre parceiros comerciais, permitindo a atividade
colaborativa.o Sistemas que suportam corporaes virtuais: Dois ou mais parceiros
comerciais em diferentes locais, compartilhando custos e recursos para
fornecer um produto ou servio.
10 As redes podem ser de acesso pblico ou privado.
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CAPITULO II - INTEGRAO DE SISTEMAS DE
INFORMAO
2.1. SISTEMAS LEGADOS E COTS
Sistemas legados: Ainda em grande uso nas organizaes, so os sistemas
criados com uma tecnologia antiga, que no evoluram com o passar dos anos. Com
as mudanas das tecnologias, eles se tornam desatualizados, de difcil operao e
integrao. Segundo Cummins (2002), impossvel compreender o impacto das
novas tecnologias sem levar em conta os sistemas legados. A evoluo tecnolgica
contribuiu para a fragmentao de sistemas. A arquitetura cliente/servidor11 muitas
vezes piorou esta fragmentao. Os sistemas utilizando tecnologia mais antiga no
podem ser implantados utilizando as tecnologias de ponta dos sistemas modernos.
Existir um retrabalho ou redesenvolvimento que torna invivel a atualizao.
Os sistemas legados incluem quaisquer aplicaes existentes e que precise
estar vinculada a outros sistemas. As arquiteturas so as mais variadas e abrangemum grande nmero de tecnologias. Com relao integrao dos sistemas legados,
os requisitos necessrios so exclusivos.
COTS: (commercial off-the-shelf - sistemas pacotes). So sistemas
comerciais que so comprados nas prateleiras das lojas de venda de programas de
computador. Num primeiro momento os COTS podem representar uma reduo de
custos de aquisio e manuteno. Cummins (2002, p. 121) explica que:
Atualmente, a maioria das aplicaes COTS fornece acesso Web. [...] Emgeral, as aplicaes COTS esto projetadas para integrao corporativa eescalabilidade. No entanto, como as aplicaes legadas, cada aplicaoCOTS traz uma soluo predefinida e pode no atender s necessidadesatuais da empresa ou se adaptar a necessidade futura. [...] se houverrequisitos especiais, ento a aplicao COTS no a melhor soluo.
11 Cliente/servidor uma arquitetura com uma unidade central de registro, servios e contedo
(servidor), de alta performace, e vrios clientes de menor performace. Os clientes somente fazemrequisies, solicitanto contedo, ou tambm a execuo de servios para o servidor, porm nocompartilham nenhum dos seus recursos.
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No recomendvel que sejam feitas alteraes nem extenses para
personalizar os COTS, evitando trabalho adicional para cada nova verso,
comprometendo a confiabilidade.
2.2. EAI - INTEGRAO DE APLICAES CORPORATIVAS
Segundo Cummins (2002), o surgimento de EAI (enterprise application
integration- integrao de aplicaes corporativas) foi guiado pela necessidade de
integrar aplicaes, dentre elas os COTS. E com o surgimento de vrias aplicaes
especficas de negcio, como fabricao, pessoal, contabilidade, etc, a necessidade
de integrao aos sistemas legados e COTS era eminente. EAI a prtica de
vinculao destes sistemas.
A abordagem bsica a transferncia de dados store-and-forward
(armazenar e mandar)entre sistemas. Outras tecnologias so usadas, como fila de
espera de mensagens. EAI pode incorporar estes recursos, fornecendo adaptadorespara vrias aplicaes de negcio, que fazem a conexo com as filas de mensagens
e pem realizar algum tipo de transformao nos dados. Os produtos EAI tambm
podem fornecer ferramentas e componentes para facilitar a implementao de
adaptadores a sistemas legados. Ainda que novos sistemas sejam adquiridos e
desenvolvidos pelas organizaes, sempre haver sistemas legados a integrar.
A implementao de EAI um incio de um processo em melhoria progressiva
e no uma transformao nica. Os detalhes da arquitetura, durante o processo deimplementao, podero estar em mudana contnua. As vantagens sero
percebidas quando a sinergia de vrias aplicaes comearem a aparecer. A seguir
temos alguns fatores de sucesso para uma implantao de sucesso da EAI:
o viso da integrao compartilhada todos da empresa, inclusive o alto escalo
o comprometimento com os padres
o empresas orientadas a servio a fim de concretizar suas responsabilidades
corporativaso infra-estrutura compartilhada para dar suporte a todas as aplicaes
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o conhecimento de dados acessveis podem ser acessados a qualquer
momento e de qualquer parte que seja necessrio, para dar suporte s
necessidades comerciais do alto escalo de gerenciamento para operadores
de produo. Os dados devero ser comunicados entre sistemas em tempo
hbil, sem a necessidade de interpretao ou interveno humana.
2.3. ESTRATGIA DE INTEGRAO
A integrao corporativa far com que as empresas dependam mais de seus
sistemas, pois seus processos estaro mais automatizados, as funes de negcio
estaro mais dinmicas. Para tal, como estratgia de integrao corporativa,
devemos utilizar economias de escala. No basta simplesmente interligar sistemas,
precisamos, dentre outras coisas: tornar a empresa mais produtiva; ir em busca de
novas solues; minimizar as falhas; eliminar esforos repetitivos; reduzir a
complexidade; aproveitar ao mximo os conhecimentos dos profissionais que serotreinados. Uma empresa bem integrada dever ter um custo menor para operar e
adaptar-se s necessidades comerciais em constante mudana.
Segundo Cummins (2002), temos vrias oportunidades importantes que
devem ser observadas para obteno de economia de escala:
o Padres: os padres so os fatores que mais contribuem para a economia de
escala. Eles resultam do compartilhamento de recursos, que podem ser:
materiais, pessoas, equipamentos, sistemas ou instalaes. Os padres paraintegrao corporativa devem se concentrar nos dados, nas interfaces e nas
prticas. Se no forem definidos padres para troca de dados - dados usados
entre os sistemas e para ter informaes para gerenciar a empresa eles no
estaro prontos para serem utilizados para finalidade ad hoc,12 o que far
com que exista possibilidade de incompatibilidade, gerando resultados
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uma expresso latina que significa literalmente: para isto. Em um mbito maior, podemos traduzircomo especfico ou especificamente. Pessoa ou coisa preparada para determinada misso oucircunstncia.
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incorretos, e gastando esforo desnecessrio para manter programas de
converso. Os padres de interface incorporam especificaes de dados e
incluem: modo de comunicao assncrono ou sncrono; protocolo de
comunicao; seqncia e forma de troca de informao; formato e
significado de entrada e sadas.
o Reutilizao de software: envolve o uso de um componente ou sistema de
software para solucionar o mesmo problema em contexto distinto. Precisamos
usar mais de uma vez para obtermos economia de escala.
o Infra-estrutura comum: o complexo de computadores, redes, softwares e
servios associados que do suporte operao e interconexo de muitos
sistemas, visando a reduzir a carga e promover a sinergia entre os sistemas.Uma infra-estrutura deste tipo pode gerar economias substanciais de escala.
o Operaes de sistemas consolidados: tradicionalmente, as aplicaes
corporativas eram executadas em centro de dados centralizados. Estes
centros de dados permitiam o compartilhamento do computador, cujo custo
era elevado, para obter grande utilizao. Com a tecnologia dos
microprocessadores, tem-se uma alternativa com um custo menor,
possibilitando a implantao mais rpida e sistemas mais amistosos. O focomudou de computao corporativa para sistemas cliente-servidor. Mas, a
internet e o comrcio eletrnico reverteram esta tendncia de reduo de
custo. Sistemas que precisam operar 24 horas, 7 dias por semana,
interconectados, com segurana, demandaram profissionais cada vez mais
valorizados. Os micro-computadores passaram a desempenhar papeis
especficos: servidores de banco de dados, servidores de diretrios,
servidores de segurana, servidores web, dentre outros. Neste caso, aeconomia provm da consolidao de servios, tanto operacionais quanto
sistemas. Algumas economias de escalas sero obtidas em detrimento da
flexibilidade.
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2.4. DISCIPLINAS DO CONHECIMENTO PARA INTEGRAO
Segundo Parreiras (2006), as disciplinas do conhecimento necessrias
para execuo da integrao de sistemas corporativos, so:
o Gesto de projetos: Identificar os riscos pertinentes na integrao de
sistemas, fundamentado nas reas de gerncia de projetos.
o Segurana de sistemas: Basear nos conceitos de segurana para a
implementao de sistemas integrados.
o Aplicaes baseadas em componentes: Abordar conceitos de objetos
distribudos.
o Desenvolvimento de documentos estruturados: Oferecer conhecimento
aprofundado das principais tecnologias derivadas da XML.
o Gesto de fluxo de trabalho: Aborda os aspectos gerenciais da gesto de
fluxo de trabalho.
o Sistemas avanados de gesto: Apresentar conceitos que envolvem os
temas, processos para implantao, das opes disponveis, como ERP,
CRM, Data Warehouse e BI (business intelligence).
o Servios web: Apresentar o modelo de integrao por servios web e
trabalhar nesta arquitetura.
o Integrao de bancos de dados: Trazer tcnicas, mtodos e ferramentas para
a integrao de bancos de dados heterogneos.
o Inteligncia empresarial: Fornecer uma viso estratgica da organizao e
abordar a inteligncia competitiva, gesto do conhecimento e capital
intelectual.o Modelo e ferramentas de integrao: Apresentar os diversos modelos de
integrao disponveis, como: modelo de infra-estrutura de integrao,
modelo de rede, modelo de armazenamento de dados corporativos, servios
de mensagens e portais corporativos.
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2.5. MODELOS DE INTEGRAO
Necessita-se definir a arquitetura de integrao corporativa, baseando-se nas
tecnologias atuais, e levando-se em conta o surgimento de tendncias do setor.
Apresentaremos alguns dos principais modelos:
Modelo da infra-estrutura de integrao: Entende-se por infra-estrutura de
integrao como o conjunto de recursos compartilhados, que permitem o trabalho
em conjunto de vrios sistemas. Segundo Cummins (2002, p. 60):
A empresa incorporar muitos sistemas. Esses sistemas tero diversasformas e tamanhos. Algumas sero aplicaes legadas, algumas seroaplicaes COTS (commercial-off-the-shelf) adquiridas e outras seroaplicaes personalizadas desenvolvidas para satisfazer as necessidadesespecficas. Ainda que esses sistemas possam ser desenvolvidosindependentemente, existe a possibilidade de fornecer recursos comunsque dem suporte sua integrao e obtenham economias de escala.Esses recursos comuns fornecero flexibilidade na operao global donegcio, reduziro o custo de desenvolvimento e implementao de novasaplicaes e possibilitaro o uso de diversas tecnologias para a soluo deproblemas de negcio especficos.
possvel o suporte a integrao de sistemas, mesmo em arquiteturas
distintas.
Modelo de rede: Os elementos corporativos devem ser vinculados atravs de
redes. O modelo de rede subdividido em trs domnios: sistemas internos,
aplicaes Web pblicas e a internet pblica. Como exemplos de categorias, numa
perspectiva de rede, encaixando nestes domnios, podemos citar: recursos de
internet, servios de troca de mensagens, servio de segurana, troca de
mensagens HTTP (hyper text markup language - linguagem de marcao de hipertexto), firewall, servidor de acesso remoto.
Modelo de processo de fluxo de trabalho: Segundo Cummins (2002), os
processos de negcios executam aes no nvel da empresa, como preenchimento
de um pedido de cliente, e alguns processos que automatizam processos triviais,
como aprovao de uma passagem. Os sistemas de gerenciamento de fluxo de
trabalho que automatizam tais processos de negcio. Os componentes desse
modelo so: definio do processo, instncia do processo, atividade, solicitador, listade trabalho pessoal, gerente do processo e interoperabilidade do processo.
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Modelo BSD: O modelo BSD est num nvel central da hierarquia de sistemas
de negcio. Ele est presente na integrao corporativa e no comrcio eletrnico e
incorpora processos, aplicaes e componentes de negcio. O BSD pode incluir
aplicaes legadas, COTS ou aplicaes para novas funes de negcio.
Modelo de armazenamento de dados corporativos: Segundo Cummins (2002),
o modelo de armazenamento de dados corporativos a base para observao do
estado atual da empresa e tambm as atividades histricas. D suporte
monitorao, planejamento e tomada de deciso. A figura 03 nos mostra os
componentes desse modelo.
Figura 03: Modelo de armazenamento de dados corporativosFonte: CUMMINS, 2002, p. 78
o Aplicaes de negcio: So SW que realizam o negcio, contm as
informaes mais atuais do estado da empresa.
o Gerenciamento de documentos: Controla arquivos que contm documentos
ou estruturas mais complexas como especificaes de produtos ou modelos.
o Armazenamento de dados operacionais: Oferece acesso a dados
relativamente atualizados no que se refere ao estado das operaes de
negcios em lugar do acesso direto das aplicaes. Pode reunir dados de
diversas aplicaes de modo a oferecer uma viso integrada da situao atual
da empresa. Pode ser requerida a tradues e limpeza de dados, para
garantir a consistncia de dados.
o Banco de dados corporativos principais: Dados relativamente estveis podem
ser compartilhados por vrios setores da empresa ou replicados para outros
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locais, a fim de evitar o overhead e evitar falha. Neste caso um banco de
dados ser definido como corporativo principal.
o Arquivos e documentos principais: Esses documentos sero expressos em
XML e devero preservar o mesmo formato em que foram assinados.
o Metadados:13 Dentro deste contexto, h dois tipos de metadados: o tcnico e
o comercial. Os tcnicos definem tipos e estruturas de dados armazenados,
com o objetivo de gerenciamento de dados. J os metadados comerciais
fornecem informaes sobre a origem, preciso e confiabilidade dos dados.
o Data warehouses (armazm de dados): Armazena o acmulo de dados
histricos. Pode conter dados por muitos anos, com tamanho de
armazenamento muito grande. Normalmente depois de completadas astransaes comerciais na aplicao ou no armazenamento de dados
operacionais, elas so transferidas para o warehouse.
o Data marts: A anlise de dados histricos pode envolver o exame e
reestruturao de dados de vrias maneiras. A anlise normalmente no
feita a partir do data warehouse. Os dados selecionados so extrados
periodicamente a partir de um warehousepara vrios datamarts.
Modelo de acesso ao conhecimento: Conhecimento so as informaes sobrea empresa e suas tecnologias. Podem ser armazenadas em bancos de dados.
Muitas vezes no so armazenadas de forma estruturada, e so mantidas nas
memrias dos trabalhadores. O grande desafio da gesto do conhecimento a
captura e preservao do conhecimento corporativo, de modo que ele fique
acessvel e no se perca quando houver apagamento de memria ou sada de
pessoas da empresa.
2.6. BSD DOMNIO DE SISTEMA DE NEGCIO
Cummins (2002, p. 111), nos explica os BSDs (domnios de sistemas de
negcio):
13 Dados que definem dados.
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Os BSDs so o local em que o verdadeiro trabalho de computao daempresa acorre. neles que os dados so capturados, os clculos sofeitos, os registros so atualizados e os resultados so produzidos. Muitasaplicaes atuais podem ser caracterizadas como BSDs. Em geral, essasaplicaes corporativas desempenham funes de negcio primrias, como
contabilidade, gerenciamento de recursos humanos, planejamento deproduo, agendamento e controle. Normalmente, esses sistemas soaltamente integrados entre si e parcialmente integrados com outrasaplicaes da empresa.
Classificam-se os BSDs como um nvel central da hierarquia de sistemas de
negcio. Ele est presente na integrao corporativa, que fornece um ambiente
comum de integrao e suporte aos BSDs. Os BSDs podem ser aplicaes legadas,
COTS ou aplicaes para novas funes de negcio. Um BSD pode ser um sistema
bem simples, mas espera-se que inclua processos de negcio e que coordenem osdiversos segmentos da empresa.
Para dar suporte infra-estrutura coorporativa, de acordo com Cummins
(2002), os seguintes componentes se relacionam com o BSD:
o Intranet: Principal meio que os usurios, outros BSDs e servios de infra-
estrutura, dispem para comunicar com outros BSDs.
o Computadores pessoais: So uma plataforma para interfaces de usurios e
BSDs.o Troca de mensagens: As mensagens so transformadas, conforme
necessrio, e so roteadas para os destinatrios.
o Gerenciamento de sistemas: O gerenciamento de sistemas da infra-estrutura
deve coordenar a resoluo de problemas e alteraes que afetam os BSDs.
o Segurana: O BSD usar certificados digitais.
o Organizao: O BSD se basear no diretrio organizacional da infra-estrutura
para poder fazer uma representao atual da empresa e de seus funcionrios.o Arquivamento: Um BSD no pode ter documentos eletrnicos para serem
arquivados; do contrrio, poderia arquiv-los localmente.
o Repositrio de metadados: Nem todos BSDs necessitaro de metadados. Se
forem usados com muita freqncia, pode ser utilizados data warehouses.
o Gesto do conhecimento: Um BSD dever fornecer mecanismos para captura
de conhecimento, como parte do processo de negcio, e torn-los
disponveis.
o Portais: Os usurios externos (por exemplo, clientes, colaboradores e
investidores), os BSDs devero dar acesso em portais apropriados.
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o B2B: Devero ser utilizados o servio de troca de mensagens da infra-
estrutura. Para fins de compatibilidade, aconselha-se que as mensagens
devero estar no formato XML.
2.7. UM CENRIO PARA INTEGRAO CORPORATIVA
Com o intuito de abandonar a abstrao da integrao corporativa, e vincular
os conceitos com o mundo real, segundo Cummins (2002), conforme a figura 04
tem-se um cenrio de negcios de uma empresa dedicada a vendas no varejo. Um
cliente acessa o portal de vendas da empresa, seleciona um produto para a compra.
O portal de vendas uma aplicao acessvel publicamente que possui informaes
sobre produtos e preos. Aceita-se os pedidos dos clientes. O portal no vinculado
a outras aplicaes devido ao risco de intrusos comprometerem a segurana dos
sistemas corporativos. O pedido preenchido e comunicado para o BSD de
processamento de pedidos. Esse BSD interno da empresa. O BSD deprocessamento de pedidos valida o pedido e envia uma solicitao para o BSD de
warehouse. O pedido que o cliente recebe um contrato de compra. O BSD de
warehouseverifica o estoque e envia uma resposta que est disponvel, e prepara
para a remessa. O funcionrio da remessa prepara o pacote para uma
transportadora. O status do pedido poder ser alterado. O BSD de processamento
de pedidos, quando recebe o aviso da remessa, enviar ao servio de cobrana
externo empresa para a fatura. Isto feito atravs da internet pbica. A cobranaexterna notifica o setor de contas a receber. O cliente poder entrar em contato e
indagar sobre o status do pedido. O pedido tambm poder ser rastreado, para ver
mais detalhes. Neste caso acima, o produto encontra-se em estoque, mas, se o
produto estiver esgotado, este dever ser solicitado ao fornecedor, onde o BSD de
warehouseinicia uma solicitao de compra.
Quando o processamento do pedido se completar, o BSD de processamento
registrar a transao como completada, mantendo os histricos para anlise futura.
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Figura 04: Cenrio da integrao corporativaFonte: CUMMINS, 2002, p. 84
Muitos requisitos de integrao corporativas esto implcitos neste exemplo,
assim como uma infra-estrutura de integrao. Os mais importantes so:
o Mensagens entre BSDs: os BSDs podem se comunicar entre si. Os linksentre
sistemas foram se desenvolvendo conforme a necessidade, variando os
recursos e tecnologias.
o Solicitaes e eventos: a comunicao por solicitao feita atravs do
preenchimento e processamento do pedido e requerem uma resposta. Os
eventos so enviados para fornecer informaes sobre alteraes de estado.
o Comunicaes confiveis: as comunicaes, na forma de solicitaes ou
eventos, devero se confiveis. Caso os eventos se perderem, o cliente no
poder ser cobrado, e as faturas dos fornecedores podero no ser pagas.
o Terceirizao potencial: o servio de cobrana representa uma terceirizao
em potencial, deixando de ser, tradicionalmente, interna das organizaes.
o Integrao da cadeia de abastecimento: fica claro a necessidade de incluir
fornecedores e transportadoras no design da integrao corporativa. Uma boa
integrao com fornecedores, permitir que a empresa trabalhe com estoques
reduzidos, sem a necessidade de armazenar produtos.
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o Gerenciamento de relacionamento com clientes: a interface com o cliente
um elemento fundamental para a sua satisfao. O processo dever ser
agilizado, reconhecendo os clientes antigos, no pedindo novamente dados j
cadastrados. O cliente poder conferir status do pedido ou de sua conta. Um
banco de dados de gerenciamento dos clientes torna-se imprescindvel.
o Informaes de gerenciamento: inclui-se anlise de desempenho, das
tendncias e dos relacionamentos. Essa integrao de informaes requer
uma definio consistente dos dados.
o Registros legais: a troca de registros com entidades externas representa os
documentos legais. Por exemplo, o pedido do cliente e do fornecedor,
representam os contratos. Estes documentos podem tornar-se assunto delitgio. So necessrias assinaturas eletrnicas para estabelecer a validade e
os documentos devem ser preservados na forma original.
2.8. INTERCMBIO DE DADOS
A arquitetura de integrao corporativa depende da adoo e da aplicao de
padres. Os melhores padres so os definidos por um consrcio, que representa
um grupo distinto de participantes, e no uma nica empresa. Mostrando que a XML
o padro mais aceitvel para a troca de dados, citamos Cummins (2002, p. 448):
A XML (Extensible Markup Language) est rapidamente se tornando oformato dominante para o intercmbio de dados entre sistemas, sejamtrocas EAI e B2B. A utilizao de documentos XML fornece uma melhorflexibilidade e um formato que pode ser trocado facilmente na Internet eatravs de firewalls usando o protocolo HTTP (HyperText Transfer Protocol).Alm disso, existem funes comuns de software disponveis para amanipulao e a transformao de documentos XML
Vrias empresas de padronizao esto definindo especificaes com base
na XML, para diversos tipos de troca de documentos eletrnicos. Se as
organizaes no explorarem estes padres, a longo prazo podem-se ter custosadicionais e flexibilidade reduzida.
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CAPITULO III O MUNDO XML
3.1. HISTRIA DA XML
A histria da XML foi iniciada nos anos 70, quando a IBM inventou a
linguagem GML (General Markup Language linguagem de marcao genrica).
Surgiu com a necessidade da empresa em armazenar uma grande quantidade de
informaes. Com a GML, a IBM conseguiria classificar e processar rapidamente
todos os documentos. A ISO14 (international organization for standardization organizao internacional para padronizao), em 1986, trabalhou para padronizar
esta linguagem. Neste momento, foi criada a SGML (Standard Generalized Markup
Language- Linguagem Padro de Marcaes Genricas), que era a GML, porm,
com padro. A SMGL uma linguagem poderosa, com bastante adaptabilidade.
Em 1989, foi criado o HTML (Hypertext Markup Language - linguagem de
marcao de hipertexto). Linguagem para a criao de pginas em um site. A HTML
foi derivada da SGML. Utiliza-se um conjunto de tags15
(etiquetas ou marcas), entreos smbolos < >, que informam o que ir determinar a funo de cada elemento.
Em 1994, surge uma entidade chamada W3C16 (world wide web consortium-
consrcio da www). Ela cuidou de colocar em ordem o HTML, e de formalizar suas
regras, para que fosse um padro. Mesmo assim, o HTML no cumpriu tudo o que
propunha e planejava para a Internet, crescendo de uma maneira descontrolada e
desordenada. O HTML est em constante evoluo, porm, ele no consegue suprir
tudo que as aplicaes necessitam. Surge, em 1996, a XML.Citando Marchal apud Pinheiro (2003, p. 22):
A XML foi proposta com o objetivo de suprir as limitaes da HTML,complementando-a. Ao ser publicada como uma recomendao do W3C(world wide web consortium), em 1998, depois revisada em 2000, a XML
14 uma organizao de mbito internacional (148 pases no momento), que cuida da padronizao enormalizao. O ISO aprova normas vlidas internacionalmente, em todos os campos tcnicos, comexceo de eletrnica.15 As tags formam o conjunto de comandos ou formatao da linguagem HTML.16 Consrcio de mbito mundial, criado em 1994. Desenvolve novas tecnologias, promovendo aconstante evoluo da Web.
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rapidamente incorporou ferramentas que a colocam em um nvel muitoacima da simples publicao de documentos na Internet.
Quando foi criada, pensou-se que o propsito da XML seria de substituio da
HTML. Este pensamento errneo estende-se, em meios desinformados, at os dias
atuais. A XML no incorpora nada de apresentao17 nas suas tags. As carncias
que se pretendia solucionar, e que o HTML no resolvia, eram:
o no HTML, o contedo das pginas se mistura com as tagse estilos que se
deseja apresentar;
o no HTML, no permite compartilhar informaes, seja entre computadores,
telefones celulares ou os dispositivos mveis portteis;
o no HTML, a apresentao depende do visor.Complementando os pontos acima, XML em 10 pontos (2006), nos mostra outras
vantagens da XML:
o XML para estruturar dados;
o XML parece um pouco com HTML;
o XML texto, mas no para se ler;
o XML prolixo de propsito;
o XML uma famlia de tecnologias;o XML modular;
o XML a base da Web Semntica18;
o XML livre de licenas, independente de plataforma e bem suportada.
Como caractersticas bsicas da XML, segundo Pinheiro (2003): a proposta da
XML bastante simples; o objetivo estruturar documentos; utiliza-se tags que
podem ser criadas indefinidamente, tornado a linguagem com uma grande
extensibilidade; grande disponibilidade de ferramentas desenvolvidas para ouniverso XML, que facilitam seu uso e implementao, auxiliando sua popularizao
(TOLENTINO apud PINHEIRO, 2003); facilidade de uso por ser uma linguagem
legvel, e at certo ponto compreensvel pelo ser humano (YOUNG apud PINHEIRO,
2003); XML de fcil validao e leitura por programas, ou seja, a construo de
analisadores de dados XML, geralmente chamados de parsers (TOLENTINO apud
17 Mais adiante, no item 3.5, mostraremos a XSLT, encarregada da transformao e apresentao dedocumentos XML.
18Conceito criado por Tom Berners Lee, criador da world wide web. O objetivo, ainda em andamento, estruturar o contedo disponvel da Internet, permitindo, dentre outras coisas, uma busca maiseficiente que as atuais. A XML a linguagem pela qual os dados sero estruturados.
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PINHEIRO, 2003);tem-se uma simplicidade sinttica das marcaes e a forte carga
semntica contida na estrutura hierrquica (MARCHAL apud PINHEIRO, 2003).
Daum e Merten (2002) nos explicam que a XML uma mistura explosiva. Ela
est localizada entre a trade: Internet processamento de documentos e banco de
dados. Sua tecnologia passa maciamente para a rea de banco de dados e
tecnologias de TI nas empresas, e sua aplicao estabelecer comunicao entre
as partes que esto em colaborao. A XML uma tecnologia bsica para a troca
de documentos eletrnicos. Seu crescimento e adoo pelas organizaes foi muito
rpido, mesmo aps a onda inicial. Agora a XML atingiu o status central no mundo
da TI nas empresas. A questo de hoje para a XML no se, mas como.