sistema diagnóstico das doenças metabólicas de ruminantes€¦ · contagem...
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Sistema diagnSistema diagnóóstico das doenstico das doençças as metabmetabóólicas de ruminanteslicas de ruminantes
Rafael Rafael TonietoTonietoEduardo SchmittEduardo Schmitt
PopulaPopulaççãoão
• Suspeita de desequilíbrio na dieta
• Elevada incidência de transtornos metabólicos
• Controle do balanço energia-proteína
• Balanço de minerais
• Problemas Produtivos
• Problemas de fertilidade
IndivIndivííduoduo
• Ferramenta para diagnóstico clínico
Quando Utilizar ???Quando Utilizar ???
Sistema de Diagnóstico das Doenças Metabólicas em Ruminantes
• Anamnese – análise de registros – análise da dieta
• Exame físico do animal – coleta de amostras
• Análise das amostras em nível de campo e
laboratório
• Interpretação dos resultados
Provas de Campo
Análise de liquido ruminal• Exame organoléptico• Determinação do pH• Atividade redutiva da flora
Análise da urina• Exame organoléptico• Determinação do pH• Proteínas• Fitas reativas – acetona, bilirrubina...
Análise de Leite• Exame organoléptico • Prova de Califórnia (CMT) - mastite
Exames LaboratoriaisExames Laboratoriais
SangueSangue
Pato
logi
a C
línic
aPa
tolo
gia
Clín
ica
Hemograma
LeucócitosLeucócitosContagemDiferenciação
AnAnáálises Bioqulises Bioquíímicasmicas
BalanBalançço Energo Energééticotico• Glicose
– Pouca variação – mecanismos de homeostase• ( cetose, idade, diabetes, subnutrição)
• β-hirdoxibutirato– Mobiloização de gordura
• ( ruminantes ↑ 1,00mMol/L)
• Colesterol– Total de lipídeos no plasma – correspondem a 30% do total– hormônios tiroidianos hipofisários e adrenais
• ↓ Deficiência de alimentos energéticos, lesão hepática, periparto• ↑ hipotireoidismo, diabetes e pancreatite
• AGL ou NEFA– Oscilações diárias
• ↑ periparto
BalanBalançço o ProteicoProteicoUréia
– Proteína na dieta (Indicador a curto prazo de ingestão proteica)– Funcionamento Renal– Jejum
Proteínas Totais– Desidratação– Falhas hepáticas, transtorpos intestinais, estado nutricional (periparto)
Albumina– Indicador a longo prazo de ingestão proteica
Hemoglobina– Aumenta com a idade e desidratação– Diminuição deficiência de minerais, proteínas, hemólise, hematozoários
Globulinas– Totais – Albumina– Inflamação– Vacinações– Correlação negativa com a Albumina– Verificar as adaptações ao estresse – maior, mais estressados
Perfil de Perfil de MacromineraisMacrominerais
• Cálcio (Ca)
• Fósforo inorgânico (Pi)
• Magnésio (Mg)
• Sódio (Na)
• Potássio (K)
Perfil de Perfil de MicromineraisMicrominerais
• Cobre
• Glutation-peroxidase (GSH-Px)
• Se
• Zinco
Perfil EnzimPerfil Enzimááticotico
• Asparto Amino transferase (AST)– Fígado, Tec. Musc. Cardíaco e esquelético,
eritrócitos
• Gama-glutamiltransferase (GGT)– Lesão hepática ou renal
• Glutamato desidrogenase (GDH)– Enzima hepato-específica
UrináliseUrinUrinááliselise
Importância da Coleta e Análise de Urina
• Principal fluído de excreção de substâncias nocivas ao organismo
• Produto de seletiva e específica filtração do sangue pelos rins
• Importante no diagnóstico de algumas enfermidades metabólicas (acetonemia e acidose ruminal)
• Taxa de filtração, reabsorção e excreção de alguns nutrientes e catabólitos pelos rins
Coleta das Amostras
• Fácil coleta - sem estresse ao animal
• Sonda uretral - vacas de grande porte
• Diuréticos – Furosemida (0,8 – 1,5 mg/Kg/PV)
• Urina mais ácida e menor osmolaridade
• Maior excreção de NH4+, reabsorção diminuída na alça de
henle
Conservação da Amostras
• Colhida e analisada rapidamente
• Volatilização de substâncias – acetona
• Instabilidade química do ß-hidróxibutirato e acetoacetato
• Análise 30 min após coleta – perda 40% concentrações
• Degradação da uréia – bactérias contaminantes - ↓pH
• Refrigeração á 4°c até 12 horas
• Adição ácidos fortes (sulfúrico ou clorídrico)
• Bloqueio da urease – uréia → amônio → amônia
Exame de Urina1. 1. CorCor• Amarela clara a escura leve - normal• Incolor • Amarela ouro• Vermelha-marron a vemelha-escura2. 2. ViscosidadeViscosidade• Líquido aquosa - normal• Mucosa – muco ou pus3. 3. CheiroCheiro• Levemente aromático – normal• Adocicado – acetonemia• Amoniacal - infecções bacterianas
Proteínas na Urina
• Ausentes ou muito baixas concentrações (<10mg/l)
• Prova de precipitação - Àcido Sulfosalicílico
• Concentração de proteína = grau de turbidez da mescla
• Avaliar a mudança
• Comparando amostra problema com outra amostra sem
reagente do mesmo animal
• Fazer uma marca na parte posterior do tubo
Critério de Leitura e Interpretação
ResultadoResultado SignificadoSignificado DiagnDiagnóósticosticonegativo não hnão háá turbidezturbidez
+ turbidez leveturbidez leve Lesão localizada crônica
+ + turbidez elevadaturbidez elevada Lesão traumática localizada aguda
+ + + precipitaprecipitaççãoão hepatite e esplenite traumática
+ + + + coagulacoagulaçção ão imediataimediata
Inflamação difusa
pH Urinário
• Balanço de íons H+ e de bicarbonato na urina
• Reflete o estado de acidose ou alcalose do organismo
• Não espelha o que acontece no sangue - compensatório do
íon oposto
• Utilizado como rotina para avaliar a eficiência da
administração de sais aniônicos para prevenir a hipocalcemia
da parturiente em vacas secas no final da gestação
• Aferição através de potenciômetro
Variação do pH
• Ao longo do dia - mais ácido após alimentação
• Dieta ↑↓[Na+ e K+] em relação aos ↑↓[Cl- e S-- ] =↑↓pH
• Dieta ricas em carboidratos – Maior formação de AGV
• Acidose e alcalose metabólica ou respiratória
• pH urinário e concentração ácido-base do sangue
2. Corpos Cetônicos
• Formados pelos metabolismo das gorduras
• Existência CC são insignificantes <7mg/ml
• 4 moles CC na urina = 1 mol sangue e 0,5 mol
no leite
• Prova de triagem = outros fluidos
Provas para detecção de Corpos Cetônicos
1. Fitas Reativas
Sensível e específica - ác.acetoacético
Reação positiva rosa ++++ púrpura
Indicativos de Estado de Cetose
• Ovelha prenhe de dois fetos = 1mM/L (8mg/dl) – risco
• Jejum e estado de anorexia por 24 horas• Vacas leiteiras em lactação
• Ovelhas e cabras em bom estado nutricional
• ++ não deve ser considerado estado de cetose
Toxemia da prenhez ovinos= 12 mM/LCetose em bovinos = 8 mM/L
Análise do Fluído Ruminal
Análise do Fluído Ruminal
Obtenção e Análise do fluído Ruminal
• Sonda ruminal
• Ruminocentese
• 3 a 5 horas após a alimentação
• Eliminar primeiros 100-200 ml
Exame do Líquido Ruminal
corcor cheirocheiro consistênciaconsistência pHpH transtornotranstornoVerde oliva-marron-cinzento
aromático viscosa 6,0 – 7,0 normal
Leitoso cinza ácido aquosa 3,8 – 5,05,1 – 5,9
acidose ruminalsubclínica
Verde escuro pútrido amoniacal
- - - 7,3 – 8,5 putrefação ruminal/alcalose
1.1. SedimentaSedimentaçção e Flutuaão e Flutuaççãoão- Esperado 4-8 min- Anormalidade – ausência ou retardo- Ausência de flutuação = acidose/ indigestão simples
2.2. Atividade Redutiva BacterianaAtividade Redutiva Bacteriana- Reação com azul de metileno- 3 – 6 min = normal- + 8 min = Indigestão simples- + 30 min = acidose aguda
3. Avalia3. Avaliaçção de Protozoão de Protozoááriosrios- Densidade da população- Intensidade dos movimentos
DoenDoençças e mas e méétodos todos diagndiagnóósticossticos
Indigestão SimplesIndigestão Simples
Diagnóstico
• Complementação provas de líquido ruminal e urina
Cor Marrom-verde pH 6,8 - 7,2Cheiro Mofado Atividade
redutiva> 8 min
Viscosidade Aquosa Protozoários DiminuídosSedimentação Diminuída Ac.graxos
voláteisDiminuídos (propiônico)
flutuação Aumentada Urina pH 7,0 – 7,5C.cetônicos
Alterações do líquido ruminal e urina
Alcalose RuminalAlcalose Ruminal
Diagnóstico
• Complementação prova de líquido ruminal, urina e leite
Cor Marrom-verde pH 7,2-8,0 aguda7,2-7,5 subclínica
Cheiro Amoniacal Atividade redutiva
> 10 min
Viscosidade Aumentada Protozoários Diminuídos
Sedimentação Retardada Ac.graxos voláteis
↓Propiônico↑Butírico
Flutuação Retardada-variável
Alterações no líquido ruminal
pH 7,0 - 7,5 Excesso de substâncias nitrogenadas (corpos cetônicos ocasionais)
8,5 - 9,0 Excesso compostos alcalinizantes
Alterações na Urina
Acidez Diminuída Uréia Aumentada
Proteínas e lactose
Diminuída Celularidade Diminuída
Alterações no Leite
IntoxicaIntoxicaçção por Urão por Urééiaia
Diagnóstico
• Avaliação da dieta
• Ingestão de uréia independente da quantidade
deve ser levada em conta em casos sem adaptação
prévia
• pH ruminal pode achegar à 8,0
• Forte cheiro amoniacal no ar expirado
Acidose Ruminal Acidose Ruminal SubclSubclíínicanica
Distribuição dos parâmetros no líquido ruminal segundo o nível de produção
Nível produtivo
pH** ORAM**(min) Sedimentação* (min)
Protozoários**/ml
Alto 5,90 4:00 5 163.800
Médio 6,28 5:30 7,8 200.600
Baixo 6,67 6:40 5,9 260.500
*P < 0,05; **P < 0,01
DiagnDiagnóóstico diferencial dos transtornos stico diferencial dos transtornos ruminaisruminais
Fonte: Jan Bouda & Gerardo Rorcha
Lipidose Hepática e CetoseLipidose Hepática e Cetose
Provas de CampoProvas de Campo
• Corpos Cetônicos na urina• “Condição Corporal”
LaboratLaboratóóriorioSangue– β-hirdoxibutirato (Sangue)– Glicose– AGL– AST e GGT
HipocalcemiaHipocalcemia
Provas de campoProvas de campo• PH da urina• “Diagnóstico Terapêutico”
LaboratLaboratóóriorio• Níveis Cálcio• Diferencial com Hipomagnesemia
Interpretação de Dados
Alterado ????
– 19% de indivíduos com valores superior a média da população
– O desvio padrão é maior que o da referência;
– Confrontar estas informações com Manejo (nutricional, sanitário etc.)
– Avaliar o “TODO”
Whitaker e Kelly (1995)
Animal Peso C.C.Estado
Fisio. PESOCa
mg/dl
27 40 2,5 prenha 53 6,57
294 47 2 prenha 52 7,27
20 42 2,5 prenha 43 7,71
10 39 2 prenha 35 7,44
21 55 2,5 prenha 56 7,83
9 50 2,5 prenha 51 8,13
14 65 3 prenha 58 8,49
23 52 3 prenha 53 7,33
28 41 2,5 prenha 42 8
31 40 2 vazia 44 6,68
30 48 2,5 vazia 46 6,89
36 38 2 vazia 40 7,55
38 24 2 vazia 38 7,83
8 43 2,5 vazia 43 7,89
17 47 2 vazia 55 7,88
33 52 2 vazia 55 8,08
22 45 2,5 vazia 50 7,9
Média DPGrupo 7,62 0,53
População 12,5 4,53
100% dos animais estão com Padrões Alterados
FisiolFisiolóógico = 11,5 gico = 11,5 -- 12,8 12,8 mgmg//dldl
Obrigado Obrigado Pela Pela
AtenAtençção!!!ão!!!