sistema de sinalizaÇÃo para aprefeitura municipal de barra mansa

151
FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO LUCAS PAMPLONA DE ALMEIDA SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA A PREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA VOLTA REDONDA 2011

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Page 1: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

1

FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

LUCAS PAMPLONA DE ALMEIDA

SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA A

PREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

VOLTA REDONDA

2011

Page 2: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

2

FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA A

PREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

VOLTA REDONDA

2011

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao curso de Design do

UniFOA como requisito à obtenção

do título de bacharel em Design

com ênfase em Gráfico.

Aluno:

Lucas Pamplona de Almeida

Orientador:

Prof. Bruno Corrêa

Page 3: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

3

FOLHA DE APROVAÇÃO

Aluno: Lucas Pamplona de Almeida

Sistema de Sinalização para

a Prefeitura Municipal de Barra Mansa

Orientador: Prof. Bruno Corrêa

Banca Examinadora:

Prof.

Prof.

Prof.

Page 5: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

5

Dedico este projeto a Maritza, que em

nenhum momento mediu esforços para

realização dos meus sonhos, que me

guiou pelos caminhos corretos, me

ensinou a fazer as melhores escolhas, me

mostrou que a honestidade e o respeito

são essenciais à vida. A ela devo a

pessoa que me tornei, sou extremamente

feliz e tenho muito orgulho por chamá-la

de mãe.

Page 6: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

6

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus e a minha família, por

estarem constantemente na minha vida.

Aos meus amigos, em especial a Fabiana,

pela ajuda quando foi necessário.

A todos os meus professores, em especial,

Bruno Corrêa e Ana Paula Zarur, pelas

orientações no projeto.

A Prefeitura Municipal de Barra Mansa,

pela oportunidade de elaborar este projeto.

Page 7: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

7

RESUMO

O projeto aqui apresentado consiste na criação de um novo sistema de

sinalização para a sede da Prefeitura Municipal de Barra Mansa.

A metodologia aplicada segue a proposta de Löbach (2001). O levantamento

de dados foi constituído por estudos: tipográfico, cromático, pictográfico, materiais e

processos.

A partir da análise e síntese dos dados obtidos pela pesquisa, foram geradas

alternativas para pictogramas (diagramados por malhas construtivas com os textos)

e componentes de sinalização, avaliados por critérios estabelecidos em uma matriz

de decisão. Além disso, determina-se a fonte, disponibilidade dos elementos de

sinalização e também o layout.

O detalhamento técnico constitui-se por materiais, medidas e montagem dos

elementos de sinalização. E, para conclusão deste projeto, foram feitas simulações

de aplicação para cada tipo de componente sinalizador na Prefeitura Municipal de

Barra Mansa.

Palavras chave: sinalização, prefeitura, acessibilidade

Page 8: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

8

ABSTRACT

The project presented here is the creation of a new signaling system for the

headquarters of the Municipality of Barra Mansa.

The methodology follows the proposal of Lobach (2001). The survey consisted

of studies: typography, color, pictorial, materials and processes.

From the analysis and synthesis of data obtained from the study were

generated alternative pictograms (diagrammed by constructive meshes with the

texts) and signaling components, measured by criteria established in a decision

matrix. Also, determine the source, availability of signaling elements and also the

layout.

The technical detail is made up of materials, measurement and assembly of

signaling elements. And to complete this project, simulations were made for each

application component type flag in the Municipality of Barra Mansa.

Keywords: signs, city, accessibility

Page 9: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

9

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 15

2 OBJETIVO .......................................................................................................... 16

2.1 Geral ................................................................................................................ 16

2.2 Operacionais .................................................................................................... 16

3 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 17

4 METODOLOGIA ................................................................................................. 18

5 BRIEFING ........................................................................................................... 21

5.1 Natureza do Projeto e Contexto ....................................................................... 21

5.2 Análise Setorial ................................................................................................ 21

5.3 Público-alvo ..................................................................................................... 23

6 CRONOGRAMA ................................................................................................. 24

7 PROBLEMATIZAÇÃO ........................................................................................ 25

7.1 Problemas Interfaciais ...................................................................................... 25

7.2 Problemas Informacionais ................................................................................ 27

7.3 Problemas Ambientais ..................................................................................... 29

7.4 Problemas Espaço Arquiteturiais ..................................................................... 30

7.5 ProblemasTemáticos ....................................................................................... 31

8 LEVANTAMENTO DE DADOS ........................................................................... 32

8.1 Levantamento Tipográfico ................................................................................ 32

8.1.1Anatomia do tipo ..................................................................................... 32

8.1.2 Fontes e famílias tipográficas ................................................................. 36

8.1.3 Proporção (largura x altura) ................................................................... 40

8.1.4 Altura-x e altura-versal ........................................................................... 40

8.1.5 Contraste e stress .................................................................................. 41

8.1.6 Espaçamento entre letras ...................................................................... 41

Page 10: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

10

8.1.7 Tipografia na sinalização........................................................................ 42

8.2 Levantamento Cromático ................................................................................. 44

8.2.1 Cores primárias ...................................................................................... 44

8.2.2 Cores secundárias ................................................................................. 45

8.2.3 Cores complementares .......................................................................... 46

8.2.4 Os setes contrastes de cor ..................................................................... 47

8.2.5 Legibilidade de cor ................................................................................. 49

8.2.6 Caracteristicas Psicodinâmicas .............................................................. 50

8.2.7 Aplicação de cor em ambiente de trabalho ............................................ 53

8.3 Levantamento Pictográfico ............................................................................... 54

8.3.1 Famílias Clássicas de Pictograma e Sistema Moderno ISOTYPE ......... 55

8.3.2 Estrutura de Pictograma......................................................................... 57

8.3.3 Processo de Simplificação ..................................................................... 59

8.4 Levantamento de Materiais e Processos ......................................................... 60

8.4.1 Polímeros ............................................................................................... 60

8.4.2 Metais..................................................................................................... 69

8.4.3 Madeiras ................................................................................................ 72

8.4.4 União de materiais ................................................................................. 76

8.6 Levantamento Ergonômico .............................................................................. 77

9 ANÁLISE DE DADOS ......................................................................................... 82

10 SÍNTESE ............................................................................................................ 84

11 ESPAÇO ARQUITETURAL .................................................................................. 87

12 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS ........................................................................ 95

12.1 Sistema de Informações ................................................................................ 98

12.1.1 Pitogramas ........................................................................................... 98

12.1.2 Parte Textual ...................................................................................... 108

Page 11: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

11

12.2 Elementos de Sinalização ............................................................................ 111

12.3 Disponibilidade dos elementos de sinalização ............................................. 131

12.2 Layout .......................................................................................................... 132

13 DETALHAMENTO TÉCNICO ........................................................................... 134

13.1 Materiais ...................................................................................................... 134

13.2 Vistas ortográficas dos elementos de sinalização ........................................ 135

13.3 Montagem e fixação dos elementos de sinalização em perspectiva ............ 145

15 CONCLUSÃO ................................................................................................... 148

16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 149

Page 12: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

12

LISTA DE TABELAS

Tabela 001 - Cronograma ......................................................................................... 24

Tabela 002 – Propriedades de tipos de madeira maciça .......................................... 73

Tabela 003 – Definição da geometria de madeiras transformadas e aplicações. ..... 74

Page 13: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

13

LISTA DE FIGURAS

Figura 001 – Marca do atual governo da Prefeitura Municipal de Barra Mansa ........ 22

Figura 002 – Linhas que definem proporções e larguras de caracteres .................... 32

Figura 003 – Nomenclatura nas partes de letras ....................................................... 33

Figura 004 – Ênfase nos tipos ................................................................................... 34

Figura 005 – Tipos de serifas e aplicações em fontes. ............................................. 35

Figura 006 – Caracteristicas de construção de tipos ................................................. 36

Figura 007 – Variações da fonte Myriad Pro ............................................................. 39

Figura 008 – Exemplo de família com a fonte Arno Pro ............................................ 39

Figura 009 – Indicação de altura-x e altura-versal. ................................................... 40

Figura 010 – Contraste e inclinação dos eixos .......................................................... 41

Figura 011 - Tracking. ............................................................................................... 41

Figura 012 –Kerning. ................................................................................................. 42

Figura 013 – Famílias tipográficas das fontes Univers e Helvetica. .......................... 43

Figura 014 – Cor-luz primárias. ................................................................................. 45

Figura 015 – Cor-pigmento primárias. ....................................................................... 45

Figura 016 – Formação de cores secundárias pela cor pigmento ............................. 45

Figura 017 – Formação de cores secundárias pela cor-luz ....................................... 46

Figura 018 – Círculo cromático ................................................................................. 46

Figura 019 – Contraste de cores puras ..................................................................... 47

Figura 020 – Contraste de claro-escuro. ................................................................... 48

Figura 021 – Contraste de quente-frio. ...................................................................... 48

Figura 022 – Contraste cor-complementar ................................................................ 48

Figura 023 – Contraste simultâneo. .......................................................................... 49

Figura 024 – Contraste de saturação ........................................................................ 49

Figura 025 – Constraste de quantidade/extensão. .................................................... 49

Page 14: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

14

Figura 026 – Legibilidade de cores ........................................................................... 50

Figura 027 – Bandeira Espanha ................................................................................ 51

Figura 028 – Pôr-do-sol ............................................................................................. 51

Figura 029 - Fogo ...................................................................................................... 52

Figura 030 - Trevo. .................................................................................................... 52

Figura 031 – Mar e céu ............................................................................................. 52

Figura 032 - Pomba ................................................................................................... 53

Figura 033 – Céu noturno ......................................................................................... 53

Figura 034 – Pictogramas pelo Olimpíadas de Munique. .......................................... 55

Figura 035 – Olimpíada de Montreal ......................................................................... 56

Figura 036 – Sistema ISOTYPE ................................................................................ 57

Figura 037 – Sistema ISOTYPE identificando a figura do homem. ........................... 57

Figura 038 – Sistema ISOTYPE em relação a quantidade. ...................................... 57

Figura 039 – Símbolos gráficos básicos. ................................................................... 58

Figura 040 – Junção de símbolos. ............................................................................ 58

Figura 041 – Variações de setas ............................................................................... 58

Figura 042 – Processo de RTM ................................................................................. 66

Figura 043 – Processo de laminação ........................................................................ 67

Figura 044 – Processo de vacuumforming. ............................................................... 67

Figura 045 – Processo de twinsheet. ........................................................................ 68

Figura 046 – Máquina para corte de madeiras. ......................................................... 75

Page 15: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

15

1 INTRODUÇÃO

Sinalizar significa informar, orientar. Nesta perspectiva integradora, o conceito

de sinalização se refere como uma união de informações distribuídas em um espaço

físico e vincula-se a aspectos consideráveis como a legibilidade de elementos

sinalizadores e a solução dos problemas aos acessos em determinados ambientes

(CHAMMA E PASTORELO, 2007).

Segundo Salem (2011) atualmente a sede da Prefeitura Municipal de Barra

Mansa localiza-se no centro da cidade. O prédio, que antes era um moinho de

farinha da Companhia Fluminense S.A., possui cinco andares e um pátio externo

utilizados para instalações de outros setores.

A Prefeitura recebe uma grande quantidade de pessoas por dia, além de seus

próprios funcionários que circulam no ambiente diariamente. Devido a esses

números de pessoas, a sede do governo sofre uma ausência perante as

informações de acessibilidade para os departamentos públicos. Nota-se algumas

pessoas, podendo ser até funcionários, confusas em relação à localidade de

ambientes devido à estrutura ser ampla e constar diversas formas de locomoção.

Vilarinho (2010) considera a linguagem visual – visualização direta da pessoa

para uma imagem - para ser adotada na elaboração de um sistema sinalizador. Essa

linguagem constitui-se de símbolos (pictogramas, representando diversas situações)

e textos, aplicados em um suporte.

Conforme Chamma e Pastorelo (2007) o projeto de sinalização avalia-se

como um processo complexo de design, iniciando desde a proposta até a fase de

concorrência e implantação. Mas para este projeto, avaliou-se somente até a etapa

de detalhamento técnico e confecção de mock-ups.

Embora o projeto de sinalização envolva áreas no design gráfico, assim como

design de produto, necessita-se de ser um sistema eficiente a fim de orientar as

pessoas nesse ambiente físico, que no caso foi a Prefeitura.

Page 16: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

16

2 OBJETIVOS

2.1 GERAL

- Desenvolver um novo sistema de sinalização na sede da Prefeitura Municipal de

Barra Mansa para acesso pessoal aos departamentos públicos.

2.2 OBJETIVOS OPERACIONAIS

- Elaborar briefing para pesquisa básica;

- Avaliar a estrutura do local e suas características por meio de registros fotográficos;

- Buscar informações de tipologia, cores e pictogramas para aplicação no projeto;

- Pesquisar materiais e processos para confecção dos elementos de sinalização;

- Levantar e analisar aspectos ergonômicos, especialmente dados antropométricos

relativos a campos visuais em vista sagital e superior;

- Gerar alternativas para soluções dos elementos de sinalização;

- Detalhar tecnicamente o projeto;

- Confeccionar os mock-ups dos elementos de sinalização;

- Elaborar o manual do sistema de sinalização da Prefeitura Municipal de Barra

Mansa;

- Desenvolver a apresentação final.

Page 17: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

17

3 JUSTIFICATIVA

O termo comunicação visual entende-se por toda a forma de comunicar e

interagir com as pessoas através de elementos visuais como imagens, símbolos,

desenhos, ou seja, tudo aquilo que é visível aos próprios olhos. Nota-se essa

comunicação nas ruas, no comércio, nas empresas e nas casas, sendo um campo

onde se expande e não se limita ao único tema.

Segundo a Secretaria de Planejamento (1984, p.60) “a comunicação visual

tem no próprio conceito do termo, um único e fundamental objetivo: dizer alguma

coisa. Definir um local, uma situação, dar uma orientação a quem olha”.

O projeto de um sistema de sinalização visual tem como principal função

orientar e organizar o acesso das pessoas, em lugares complexos, de forma prática

e direta. Consequentemente necessita-se de um amplo processo de design que para

o sociólogo e designer alemão Bernd Löbach em seu livro Design Industrial: Bases

para a Configuração dos Produtos Industriais (2001) é um processo criativo e

solucionador de problemas. Pode-se afirmar ainda que o processo de design

compreende-se desde a coleta de informações básicas até a apresentação da

solução final.

Considerando a insuficiência e, em alguns casos, a inexistência de

informações que foram constatadas na sinalização da Prefeitura Municipal de Barra

Mansa, um novo projeto para sinalizar o ambiente visa suprir uma necessidade tanto

dos servidores do estabelecimento, quanto da população que procura pelos serviços

oferecidos no local.

Tendo em vista de que uma comunicação visual bem feita, clara e objetiva é

de fundamental importância para acessibilidade das pessoas, um novo sistema que

solucione possíveis problemas de informação em um local, seja ele público ou

privado, pode ser um instrumento valioso na busca de melhorar essa insuficiência e

inexistência do sistema de sinalização.

Page 18: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

18

4 METODOLOGIA

A metodologia utilizada por este projeto baseou-se nas recomendações de

Löbach (2001), sendo dividida em quatro fases distintas (de preparação, de geração,

de avaliação e de realização) que foram úteis para a percepção do processo

projectual como um todo.

1ª. Fase de preparação

Como para Löbach “todo processo de design é tanto um processo criativo

como um processo de solução de problemas” (2001, p. 141) a primeira fase de sua

metodologia consiste no conhecimento do problema em questão. Após o

conhecimento, o processo prossegue em levantamento de dados e análise,

envolvendo as seguintes atividades projetuais: coleta de informações e análise das

informações.

Para tomar o conhecimento do problema, ou seja, a problematização

adotou-se um processo fotográfico na Prefeitura Municipal de Barra Mansa,

avaliando a sinalização existente e também casos de inexistência em alguns

ambientes. Classificaram-se em três etapas: registro do problema por fotografias;

classificação em problemas interfaciais, informacionais, ambientais, espaços

arquiteturais e temáticos, e ainda sugerir possíveis soluções referente aos registros

fotográficos obtidos.

A etapa de coleta de informações compreendeu-se pelo levantamento de

dados obtidos através de pesquisas, seguido de análises de informações,

conforme abaixo:

Análise da configuração (funções estéticas): levantamento de dados

tipográfico (tipos de letras), cromático (cores) e pictográfico (símbolos), sendo

fundamentais para o estudo e construção dos elementos de sinalização. A

pesquisa obteve referências de autores específicos de cada área em livros

publicados e artigos relacionados com os temas.

Page 19: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

19

Análise de materiais e processos de fabricação: os materiais como plásticos,

metais e madeiras foram investigados, consequentemente, suas

características relevantes para o projeto são extraídas para análises de

possíveis soluções para o desenvolvimento do produto final. Além disso, o

processo de fabricação das peças dos materiais também foi relatado neste

projeto. O método de pesquisa baseou-se nas recomendações dos autores

Jim Lesko e Marco Antônio Magalhães Lima.

Análise da função (funções práticas): através do estudo ergonômico do

designer americano Henry Dreyfuss, analisou-se o ângulo dos manequins

antropométricos relativos a campos visuais em vista sagital e superior

(cranial), com percentis 99 (noventa e nove) para homem e 1 (um) para

mulher.

Distribuição, montagem, serviço, manutenção: compreender pela síntese de

dados.

Exigências para com o novo produto: a mesma descrição de distribuição,

montagem, serviço, manutenção.

Para este projeto algumas análises não foram observadas, por não haver

compatibilidade com o mesmo. Tais análises como: necessidade, relação com o

ambiente, mercado, sistema de produtos e também fatos como desenvolvimento

histórico, patentes, legislação, normas e descrição de características do novo

produto.

2ª. Fase de geração

O processo de geração entende-se por idéias esboçadas para os elementos

de sinalização. A criatividade nessa etapa esteve presente sem limitações de

quantidade para as possíveis soluções, assim como os conceitos de design

pesquisados. O autor ainda diz que tentar, errar e também aguardar inspiração são

procedimentos para escolha da solução do problema.

Page 20: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

20

3ª. Fase da avaliação

Compreende-se por avaliar das melhores alternativas. Após a segunda fase,

ou seja, a geração de alternativas escolhe-se as melhores alternativas para o

projeto, incorporando características através das mesmas idéias.

4ª. Fase de realização

Coloca-se em prática o projeto. Nesta etapa, apresenta-se a construção de

protótipos para chegar o máximo possível dos resultados finais, utilizando-se

materiais alternativos. O detalhamento técnico atua na quarta fase, levando em

consideração todos os aspectos informativos. Assim, a solução do problema está

concluída através de um processo amplo de design gráfico e produto.

Page 21: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

21

5 BRIEFING

De acordo com Phillips (2009), alguns elementos de um briefing são

fundamentais para o desenvolvimento de projetos. O autor divide em tópicos básicos

e seus respectivos conteúdos como: natureza do projeto e contexto; análise setorial;

público-alvo; portfólio da empresa; objetivos do negócio e estratégias de design;

objetivo, prazo e orçamento do projeto; aprovação, implementação e avaliação;

informações de pesquisas e apêndice. Para este projeto, analisa-se apenas alguns

desses tópicos, conforme descrição abaixo:

5.1 Natureza do projeto e contexto

Resultados desejáveis:

O sistema de sinalização resolverá um problema na comunicação visual,

informando o acesso aos departamentos públicos da autarquia de forma fácil para o

entendimento das pessoas.

Responsabilidades pelo projeto:

Projeto será desenvolvido pelo aluno Lucas Pamplona de Almeida, que irá

fazer todas as etapas até a apresentação final.

5.2 Análise setorial

Lista de Produtos:

A sede da Prefeitura Municipal de Barra Mansa responsabiliza-se em cuidar

não só da cidade, mas também da população em geral. O prédio, situado no centro

da cidade, é composto por diversas secretarias e outros órgãos públicos que

atendem necessidades das pessoas e fazem projetos de obras para melhoria de

Barra Mansa. Os principais departamentos da autarquia são:

- Secretaria de Administração;

- Secretaria de Desenvolvimento Econômico;

- Secretaria de Educação;

- Secretaria de Fazenda;

- Secretaria de Esporte e Lazer;

- Secretaria de Planejamento Urbano;

Page 22: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

22

- Fundação de Cultura;

- Gabinete do Prefeito e Vice-Prefeito;

- Consultoria Jurídica;

- Coordenadoria de Comunicação Social.

Outras secretarias, como Saúde e Meio Ambiente, são externas e se

localizam em outros locais da mesma cidade.

Marca:

Figura 01. Marca do atual governo da Prefeitura Municipal de Barra Mansa.

O ex-prefeito Marcello Fonseca Drable, no site oficial da Prefeitura (2010),

explica sobre as composições do brasão da cidade. O brasão se divide em quatro

partes, chamadas de quartel, conforme figura 01. O primeiro quartel com fundo

vermelho e três setas amarelas refere-se ao padroeiro da cidade que é o São

Sebastião. O vermelho seria a cor dos militares romanos, cujo santo fazia parte, e

amarelo as setas que sacrificaram o mesmo.

O segundo quartel significa o rio Barra Mansa encontrando com o Rio Paraíba

do Sul. Já o terceiro que possui três faixas mostra as fases econômicas de Barra

Mansa: agrícola, pecuária e industrial, respectivamente.

A cor azul predomina o último quartel informando lealdade, juntamente com

um escudo com uma cruz, referindo aos barões da época. Acima do brasão, nota-se

um castelo amarelo, com torres. Possui ainda um lema escrito em latim, que traduz

em Paz-Justiça-Labor. Em cada lado do brasão a dois ramos. Um ramo representa o

café, produto cultivado na época, e o outro representa canas em flor.

Page 23: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

23

Estratégia da empresa:

Tratando-se de um órgão público, a Prefeitura de Barra Mansa presta

serviços à população. Cada secretaria ou outro tipo setor tem o objetivo de analisar

o que a população ou a cidade precisa. Fatores como melhoria nas ruas, escolas,

bairros, etc., geram solicitações de serviços, por exemplo: pedido de obras em

bairros. A autoridade é pelo atual prefeito José Renato, em seguida encaminhado

para os secretários responsáveis que irão realizar a tarefa.

8.6 Público-alvo

O público-alvo se compreende de adolescentes a idosos. Existem duas

origens para definir esse público: funcionários e contribuintes. Os funcionários se

definem por quem trabalha para a Prefeitura. São secretários, coordenadores,

gerentes, assistentes, estagiários, faxineiros, etc. Os contribuintes são aquelas

pessoas que procuram os serviços da Prefeitura. A faixa etária de ambas as origens

variam entre 18 e 75 anos.

Page 24: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

24

6 CRONOGRAMA

Page 25: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

25

7 PROBLEMATIZAÇÃO

Para o conhecimento do problema, necessitou-se de uma análise direta nos

locais a serem sinalizados, por meio de registros fotográficos. A definição do

problema precisou de uma especificação, com precisão.

As fotografias, acompanhadas de legendas, foram analisadas e classificadas

em problemas: interfaciais, informacionais, ambientais, espaços arquiteturais e

temáticos.

7.1 Problemas Interfaciais

Os problemas interfaciais referem-se aos problemas encontrados na

sinalização existente, sendo analisados em relação aos aspectos visuais. Neste

problema, ocorrem casos como termos com caixas-altas, excessos textuais, falta de

cores, confecção com materiais de baixa qualidade ou em papéis impressos. Segue

exemplos:

Problema: Materias inadequados, como cartolina e adesivo contact. Nota-se esse problema na identificação dos setores do terceiro andar. Contém pouco arejamento entre os textos e setas. Solução: Desenvolver elementos de sinalização com materiais ideais, visando o arejamento de informações contidas em um mesmo elemento.

Problema: Excesso textual e pouco espaçamento entre as palavras. Os termos estão em caixas-altas, o que atrapalha a legibilidade. Esse problema também é notado no primeiro andar e no terceiro andar. Solução: Desenvolver elementos com limites no espaçamento do texto. O texto precisa estar apenas com primeira letra em caixa-alta.

Page 26: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

26

Problema: Elemento sinali- zador em folha A4. O mesmo problema ocorre no setor de Bolsa Família, Dívida Ativa, Informática e Arquivo Geral. Solução: Criar um elemento de sinalização com materiais apropriados e resistentes, além de desenvolver um novo layout.

Problema: Materiais como quadro branco com moldura de alumínio sã inadequados. As letras estão em caixas-altas, o que não está apropriado devido à ilegibilidade. Solução: Materiais resistentes e as palavras com caractere em caixa-alta e o resto em caixa-baixa.

Problema: Texto desalinhado, com pouco espaço entre as linhas. Além disso, o material é feito em madeira compensado. Solução: Materiais resis- tentes e o texto precisa conter espaço de arejamento.

Problema: Termos em caixas-altas atrapalha quando a leitura estiver distante. Solução: Recriar o elemento sinalizador com texto em caixa-alta, para as primeiras letras, e o restante em caixas-baixas.

Page 27: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

27

7.2 Problemas Informacionais

São os problemas encontrados na sinalização existentes ou em locais que

precisam ser sinalizados, analisando os aspectos de informações. Casos como

setas indicando locais diferentes e falta de identificação em alguns setores foram os

mais observados, com frequencia.

Problema: As setas apontam diferentes caminhos. Solução: Corrigir a direção

das setas.

Problema: A identificação para a escada está totalmente em caixa-alta, podendo causar ilegibilidade ao texto. Solução: Fazer um elemento com a letra inicial caixa-alta e as restantes caixas-baixas.

Problema: Falta de identificação em diversos setores, exemplo da Cantina. Solução: Desenvolver elementos de sinalização para locais que possuem essa ausência de informação.

Page 28: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

28

Problema: Não existe identificação dos andares e seus respectivos setores. Solução: Desenvolver e aplicar um elemento sinalizador para identificar os andares e seus setores.

Problema: Direções das setas podem transmitir outras direções. Solução: Corrigir as posições das setas, a fim de direcionar corretamente os ambientes.

Problema: Os setores do primeiro e segundo andar contêm somente número nas portas para identificar os setores. Solução: Desenvolver placas de identificação com nome dos setores e pictograma.

Problema: Falta de informação sobre o andar e seus setores, na saída dos elevadores. O problema é notado no primeiro, segundo, quarto e quinto andar. Solução: Desenvolver elementos de sinalização para solucionar esse problema na inexistência de infor- mações.

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29

7.3 Problemas Ambientais

Referem-se aos problemas encontrados na sinalização existentes ou em

locais que precisam ser sinalizados, analisados em relação aos aspectos que o

ambiente pode apresentar, como por exemplo, lugares que o sol permanece durante

o dia, causando reflexos nos mesmos.

Problema: Falta de identificação para o Arquivo Geral. Solução: Desenvolver um elemento de sinalização para orientação do setor.

Problema: As informações apresentadas não apontam o acesso para os setores. Solução: Desenvolver um elemento de sinalização com setas indicativas.

Problema: Inexistência para orientar acesso as escadas. Problema ocorrido também no primeiro e quinto andar. Solução: Desenvolver elementos de sinalização orientando o acesso a escada.

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7.4 Problemas Espaço Arquiteturais

Problemas encontrados onde a sinalização foi aplicada. Foram analisados

pelos aspectos da estrutura do ambiente em relação à sinalização.

Problema: O ambiente possui muita claridade, além do elemento estar aplicado atrás de um vaso de plantas, o que impede a visão da placa. Sugestão: Aplicar o elemento a um local adequado, onde não ocorra claridade e não esteja outro elemento atrapalhando a visão.

Problema: A identificação do Auditório Campla se localiza em um ambiente com pouca luz. Solução: Aplicar em um local adequado com iluminação mediana.

Problema: Aplicação acima do para-peito e em local alto. Solução: Aplicar o elemento em um lugar que seja visível.

Problema: A parede dificulta a leitura lateral do elemento sinalizador. Solução: Aplicar o elemento sinalizador lateralmente.

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7.5 Problemas Temáticos

Os problemas temáticos são aqueles que não contêm relação nenhuma com

a marca da Prefeitura. Todos os elementos de sinalização existentes sofrem esse

tipo de problema temático, como mostra as fotografias acima, pois não seguem um

padrão a partir da marca.

Problema: O corredor pode impossibilitar a visualização das identificações nas portas. Solução: Desenvolver ele- mentos sinalizadores visíveis a longa distância.

Problema: Colunas podem atrapalhar a implantação da sinalização. Solução: Implantar uma simples e objetiva sinalização, por ser um andar que consta somente o Arquivo Geral da Prefeitura.

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8 LEVANTAMENTO DE DADOS

O levantamento de dados é uma investigação onde o designer aprimora seus

conhecimentos em relação ao sistema de sinalização. As referencias de pesquisas

são de obras específicas para cada tipo de levantamento como: tipográfico,

cromático, pictográfico, materiais e processos e ergonômico. Além disso, um

questionário para um público voluntário e entrevista com um profissional relacionado

ao projeto também completam essa etapa.

8.1 LEVANTAMENTO TIPOGRÁFICO

Basicamente, o termo tipografia refere-se aquilo que estrutura um texto

manuscrito ou digitalizado. Porém, outro termo semelhante é tipologia, que significa

estudos para criarem novos tipos de letras.

8.1.1 Anatomia do tipo

Para Finizola (2010), antes da criação de fontes necessita-se traçar linhas

horizontais, estabelecendo a proporção e largura de cada letra. Essas linhas (figura

02) são as ascendentes, capitulares, altura-x, base e descendentes posicionadas da

seguinte forma:

Figura 02. Linhas que definem proporções e larguras de caracteres (FINIZOLA, 2010).

Para definir cada detalhe na estrutura de um caractere (figura 03), Fonseca

(2008) denomina da seguinte forma:

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33

Haste ou fuste: traço principal e longo de um caractere;

Travessa: traço horizontal que liga duas hastes (exemplo H) ou origina-se de

uma haste (exemplo T);

Bojo ou barriga: são as partes de formatos arredondados de uma letra, como

o P, ou a parte de cima do g;

Ombro: traço com curva originando-se de uma haste, por exemplo, o

caractere h;

Olho: área fechada que se gera através do traço de algumas letras, como o e;

Lágrima: possui o formato de uma lágrima ou gota, geralmente notado no

topo de uma letra;

Gancho: parte inferior de caracteres, podendo ser nomeado de perna da letra

(exemplo j);

Espora: curva pequena em alguns caracteres exempla a base do t;

Versalete: possui formato de letra maiúscula, mas na verdade é letra

minúscula;

Ênfase: é a formação do ângulo gerado pela diagonal de orientação das letras

maiúsculas e minúsculas, como C ou c (figura 04). Não significa letras em

itálico;

Figura 03. Nomenclaturas nas partes de letras – Exemplo de fonte: Times New Roman

(FONSECA, 2008).

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Figura 04. Ênfase – Exemplo de fontes em ordem: Prístina, Times New Roman,

Mirarae, High Tower Text e Freestyle Script (FONSECA, 2008).

Serifa: pequeno detalhe notado nos extremos de uma letra, com formato de

linhas horizontais ou verticais. Elas são bem úteis a textos corridos, pois

facilitam a leitura. São muitos os tipos de serifas, incluindo o estilo moderno;

Sem serifa ou sans serif: são as letras que não constam serifas, podendo ser

chamadas de grotescas ou góticas. Não são indicadas para textos grandes.

Exemplo dessas fontes é Arial e Verdana. Possui boa leitura em monitores

digitais. Na página seguinte, consta uma figura 05 com variados tipos de

serifas e exemplos de fontes serifadas ou não.

Com a mesma referência, ainda é válido ressaltar sobre caixas de tipos.

Geralmente se usa o termo caixa-alta ou caixa-baixa, referindo ao termo de letra

maiúscula ou minúscula. Alguns elementos também fazem parte de caracteres. A

pontuação, espaços vazios, algarismos modernos, algarismos antigos e caracteres

especiais compõem esse aspecto na tipografia:

Pontuação: Pontos, vírgulas, dois-pontos, travessões, entre outros sinais

podem participar de um tipo de fonte;

Espaços vazios: espaços entre caracteres, palavras, ou seja, tudo que

apresenta um espaço em branco;

Algarismos modernos: assemelham-se a letras maiúsculas pelo tamanho e

alinhamento serem os mesmos;

Algarismos antigos: não são alinhados e possui variação no tamanho, com

estrutura em letras minúsculas;

Caracteres especiais: Diversos tipos de sinais como símbolos matemáticos (+

= %), sinais especiais (@ * ª), elementos de moedas ($), entre outros

existentes.

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Figura 005. Tipos de serifas e aplicações em fontes

(FONSECA, 2008).

Outros atributos formais de uma letra podem ser divididos em dois aspectos:

intrínsecos ou extrínsecos. Os intrínsecos é a forma de cada letra formando conjunto

especial de caracteres, por exemplo, a espessura de cada letra. E os extrínsecos é a

ligação entre letras e a páginas impressas, ou seja, a diagramação e pode-se dar o

exemplo de alinhamento textual (FINIZOLA, 2010).

Aspectos intrínsecos:

Construção: pode ser contínua quando não possui „‟cortes‟‟ na letra e nada

que mude sua forma natural; descontínua que pode ser „‟cortadas‟‟ ou

alteradas de sua forma natural; modular quando aparecem elementos

repetidos; amorfa quando as partes aparecem deformadas e referência a

ferramentas como exemplo a pena ou pincel. Entende-se melhor através da

figura 06 a seguir:

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Figura 06. Características de construção de tipos: contínua, descontínua, modular,

amorfa e referência a ferramentas, respectivamente (FINIZOLA, 2010).

Forma: os elementos fundamentais para formas são curvas e as retas;

Proporção: medida da largura e altura dos tipos;

Modulação: diferença na espessura nas hastes de um caractere;

Peso: observado em variações nas letras light, bold, regular, semibold e

extrabold;

Serifas / terminais: detalhe em forma de traços que aparecem nos extremos

de cada letra, às vezes assume forma de bola, lágrima ou bico;

Decoração: referente a letras fantasias, que constitui também por sombras,

riscos, texturas, entre outros meios decorativos.

Aspectos extrínsecos:

Uso da cor: cores aplicadas e relação com figura-fundo;

Alinhamento horizontal: justificado, centralizado à esquerda ou à direita;

Colocação das letras: horizontal ou vertical, diagonal, linear ou com curvas e

regular ou irregular;

Aplicação: de elementos pictográficos ou de esquemas.

8.1.2 Fontes e famílias tipográficas

Para o estudo de tipo de fontes, basea-se em Fonseca (2008) o qual admite

que atualmente se possa modificar uma fonte através de técnicas digitais.

As fontes são denominadas por um próprio nome. Geralmente, a fonte

clássica origina-se do nome de seu criador como Bodoni ou Garamond. Os tipos são

classificados de a forma:

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37

Letras Negras: são as capitulares detalhadas, serifas com formato de losangos e

traços grossos. Utiliza-se em diplomas, documentos religiosos, etc. Exemplo:

Estilo Antigo (Old Style): em caracteres minúsculos, nota-se formação de ângulos

nas linhas, tem o traçado de grosso para fino e ênfase diagonal. Geralmente usada

no corpo de textos grandes. Exemplo:

Estilo Transicional (Barroco): contrastes altos ligados a serifas horizontais, podendo

ser útil em títulos e textos corridos. Exemplo:

Estilo Moderno: serifas ou traços horizontais finos, ênfase vertical e variações de

grosso e fino nas linhas. Não são úteis para textos longos, mas são bem

destacadas. Exemplo:

Sem serifa (gótico ou grotesco): espessuras são iguais, não possui variações.

Devido a esse aspecto, não são legíveis para textos. São divididas em neo-

grotescas, geométricas e humanistas. Exemplos:

Neo-grotescas:

Geométricas:

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Humanistas:

Serifa retangular (egípcias): serifas grossas e horizontais, com ênfase vertical e

quase não possui diferença nas linhas grossas e finas. São ideais para títulos.

Exemplo:

Decorativas (Fantasia): caracteres que são separados dos outros grupos, devido ao

seu formato e design. Usada para títulos estilizados ou algo semelhante. Exemplo:

Caligráficas (Script): letras que se refere à escrita humana. Nota-se em convites ou

comunicados pessoais. Exemplo:

Pincel: semelhante aos traços de pincéis, servindo para pequenos textos estilizados.

Exemplo:

Existem variações de tipos que resumidamente, as letras normais são

padrões da fonte, diferente de negrito (bold) onde os traços ficam grossos. O itálico

inclina totalmente a fonte para o lado esquerdo. Pode-se utilizar o sublinhado,

deixando um traço bem fino abaixo da palavra. O tachado corta a palavra ao meio

com um fino traço também. O vazado quando somente contorna a letra, sem

preenchimento. Ainda existe o sombreamento e efeito de negativo nas letras.

Exemplo de variações de famílias da fonte Myriad Pro (figura 07):

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Figura 07. Variações da fonte Myriad Pro (FONSECA, 2008).

Embora existam vários tipos de letras, os mesmos são organizados em

famílias, pela suas características e variações. Basicamente, uma família tipográfica

une todas as semelhanças de uma fonte. Existem famílias pequenas somente com

estilo romano, itálico ou negrito, e grandes, como Helvetica, contendo muitas

variações.

Como as fontes, as famílias também obtêm o nome de seu criador. Por

exemplo, Times New Roman, dentre outras e também possui variações de normal,

negrito, expandido, etc.

O tipo de família sem serifa é mais variável em relação ao peso e seu

tamanho, como fino, claro, negro, comprido, etc. O autor destaca ainda a fonte

Univers que possui 21 versões em quatro pesos e cinco larguras. Abaixo, outro

exemplo da família Arno Pro (figura 08):

Figura 08. Exemplo de família com a fonte Arno Pro (FINIZOLA, 2008).

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8.1.3 Proporção (Largura x Altura)

Conforme as proporções de Lupton (2006) a busca de um padrão para medir

as alturas iniciou-se no século XVIII. Hoje em dia, adotam-se as medidas em

polegadas, milímetros ou pixels. Os softwares atuais admitem escolher a unidade

desejada. O método de pontos para medir letras pode ser utilizado também na

medida de distância entre as linhas, adotado mais precisamente nos EUA e se

define como um ponto = 0,35 mm e doze pontos = uma paica (unidade para medidas

de larguras de colunas).

Para obter a altura de uma fonte, mede-se da parte superior, onde localiza a

linha da ascendente, até a parte inferior da linha descendente mais baixa.

Destaca-se também a largura de uma letra, em medidas horizontais, e o

também o espaço entre cada caractere, podendo ser estreito ou com espaçamento

adequado para uma boa visibilidade.

As fontes, em certos casos, podem parecer maiores que as outras. Na

verdade, estão do mesmo tamanho e o que altera é a altura-x, peso e proporção.

8.1.4 Altura-x e altura-versal

A definição de altura-x é a altura total de letra minúscula, ao contrário de

altura-versal que a altura da base até a parte superior de letra maiúscula. A altura-x

invade um pouco mais da metade de uma altura-versal, conforme figura 09

(LUPTON, 2006).

Figura 09. Traços vermelhos indicam altura-x e altura-versal, segundo Lupton (2006).

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8.1.5 Contraste e stress

O contraste (figura 10) pode ser variado de acordo com a fonte, caracterizado

como nenhum, médio, alto ou exagerado. Para observar esse aspecto, analisam-se

as linhas da letra, observado no exemplo abaixo. Outro fato importante é o stress,

que significa a inclinação de eixo, caracterizado em ausente, vertical ou oblíquo

(FINIZOLA, 2010).

Figura 10. Contraste e inclinações dos eixos (FINIZOLA, 2010).

8.1.6 Espaçamento entre letras

Com um espaçamento adequado nas letras, a legibilidade de um texto pode

melhorar. A ampliação da largura entre uma palavra e outra em um texto trata-se de

tracking, e kerning refere-se à redução entre as letras de uma palavra (FONSECA,

2008). O mesmo autor relata esses dois termos como:

Tracking: ajuste entre letra e palavra, aparentemente mais próximas ou afastadas,

notado na figura 11. Se aumentar um pouco o tracking em um bloco de texto, cria-

se uma boa visibilidade. Necessita-se de cuidado em relação ao ajuste, pois com a

composição afastada, a quantidade de palavras por linhas será menor e a

composição estreita mais letras por linhas.

Kerning: espaçamento entre letras de uma palavra (figura 12), podendo ou não ficar

com boa aparência na leitura.

Figura 11. Exemplo de tracking, segundo Fonseca (2008).

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Figura 12. Exemplo de kerning, segundo Fonseca (2008).

8.1.7 Tipografia na sinalização

De acordo com a Secretaria de Planejamento (1984) os tipos de letra

apropriados para um sistema de sinalização são Univers e Helvética (figura 13). Elas

foram estudadas por desenhistas e obtiveram um resultado satisfatório em relação à

leitura distante, também capazes de combinar em qualquer situação por serem

simples e modernas.

Iida (2005) afirma também que a legibilidade de texto na sinalização depende

do tipo de letra e suas proporções. Assim, o autor recomenda que as letras precisam

conter as seguintes propriedades:

Letras simples;

As palavras não podem estar em caixas altas, somente a primeira. Exemplo:

Sinalização. Além disso, a dimensão depende da distância visual;

Bom contraste (letra clara em fundo escuro, ou vice-versa);

O espaço entre as linhas pode ser proporcional ao comprimento,

recomendado em 1/30. Exemplo: 15 cm = distância das linhas de 0,5 cm;

Recomenda-se para as letras maiúsculas a altura de 60% em relação a

largura.

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Figura 13. Famílias tipográficas das fontes Univers e Helvética

(SECRETARIA DE LANEJAMENTO, 1984).

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8.2 LEVANTAMENTO CROMÁTICO

A pesquisa cromática é fundamental para um projeto de comunicação visual

devido à relação de cores certas e ao ambiente onde serão apresentadas. A cor, o

elemento mais importante dessa etapa envolve as pessoas de maneira que

identifique uma linguagem ideal das cores (SECRETARIA DE PLANEJAMENTO,

1984).

Como base no estudo de Pedrosa (2009) a cor é basicamente uma sensação

ótica causada pelo fenômeno da luz sob os olhos das pessoas. Com ela, pode-se

diferenciar tudo o que é visível no ambiente com clareza. Suas características que

causam as percepções de cores estão separadas em dois grupos que são de cores-

luz e cores-pigmentos. Basicamente, a cor-luz são raios luminosos visíveis que tem

como síntese aditiva a luz branca. E entende-se cor-pigmento uma substância

natural que absorve, refrata e reflete os raios luminosos da luz que se espalha sobre

ela.

Ainda na mesma referência, compreende-se que para perceber as cores são

determinados três fatos importantes como: o comprimento de onda, luminosidade e

saturação, respectivamente matiz, valor e croma.

As cores se classificam em dois grupos principais, segundo Secretaria de

Planejamento (1984), nomeados de cores primárias e cores secundárias.

8.2.1 Cores primárias

São cores puras, sem conter misturas de outras, e misturadas em

intensidades diferentes geram todas as outras cores. Aqueles que utilizam à cor-luz

(figura 14), as primárias são compostas por vermelho, verde e azul-violeta e,

misturadas, produzem a cor branca referindo ao fenômeno síntese aditiva, citado no

início do mesmo capítulo. E para quem usa a cor-pigmento (figura 15) – também

citada como cor-tinta – as cores compreendem-se pelo vermelho, amarelo e o azul.

(PEDROSA, 2009)

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45

Figura 14. Vermelho, verde e azul respectivamente.

Cor-luz primária (PEDROSA, 2009).

Figura 15. Vermelho, amarelo e azul respectivamente.

Cor-pigmento primária (PEDROSA, 2009).

Vale ressaltar também que em processos gráficos, as primárias são

representadas pelo magenta, amarelo e ciano. Pela conseqüência de síntese de

subtrativa, a junção dessas três obtém o cinza-neutro.

8.2.2 Cores Secundárias

Entende-se por cores secundárias aquelas que são resultadas de misturas de

primárias, ou seja, primária + primária = secundária. Por exemplo, em cor-pigmento

(figura 16), a mistura da cor azul e amarelo resulta em verde. Porém, em caso de

impressos gráficos (sistema CMYK), o vermelho e azul produz o magenta, conforme

figura 17 (PEDROSA, 2009).

Figura 16. Formação de cores secundárias, pela cor-pigmento

(PEDROSA, 2009).

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46

Figura 17. Formação de cores secundárias, pela cor-luz

(PEDROSA, 2009).

8.2.3 Cores complementares

A cor complementar é derivada por uma secundária. Ela é representada no

círculo cromático como a cor que está do outro lado à colocação primária de uma

cor. Para Pedrosa (2009, p. 22) “em física a formulação de que cores

complementares são aqueles cuja mistura produz o branco”, e a parte artística uma

cor com a outra obtém tonalidade cinza.

O circulo cromático (figura 18) é de fato um elemento importante ao artista.

Johannes Itten, professor da Bauhaus, ressalta que a construção desse círculo é

válida para qualquer trabalho cromático, porque através de suas misturas, as cores

se classificam. Sua construção é através de três etapas em que a primeira

compreende de localizar as primárias, a segunda é a produção das secundárias

através das primárias e a terceira e última, preenche o restante do círculo pelas

cores terciárias (BARROS, 2006).

Figura 18. Círculo cromático, desenvolvido por Itten (BARROS, 2006).

Page 47: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

47

Para combinação harmônica no circulo cromático, Itten defende que essas

combinações variam nas formas e são utilizadas figuras geométricas para realizar

essa operação harmônica. Figuras essas que podem ser quadrados, retângulos,

triângulos eqüiláteros, triângulos isósceles, podendo ser aplicadas em qualquer lugar

no círculo. Em combinações expressivas as misturas não produzem o cinza-médio,

fazendo com que Itten não concorde ou considere expressiva (BARROS, 2006).

8.2.4 Os sete contrastes de cor

Com base em Barros (2006) afirma-se que Itten fazia com que seus alunos

exercitassem os efeitos de contrastes perante as discussões sobre fundamentos da

cor, luz e sombra, texturas, entre outras. Com isso, acreditava que a visibilidade e a

sensibilidade dos alunos eram estendidas. Define-se também que “Itten nos convida

a estudar isoladamente cada contraste, observando seu efeito visual, expressivo e

simbólico, por considerar essa pesquisa fundamental para o design cromático”.

Podem-se classificar os sete contrastes como:

1. Cores puras: contraste entre as cores vivas, puras e saturadas. O preto e

branco também fazem parte desse aspecto de cor (figura 19);

Figura 19. Contraste de cores puras (BARROS, 2006).

2. Claro-escuro: através de uma escala de tons de cores, que utiliza branco para

clarear, e preto para escurecer. Como exemplo no qual o amarelo,

considerado uma cor forte, tem a intensidade mais elevada do que a cor

vermelha na escala claro-escuro (figura 20);

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Figura 20. Contraste claro-escuro (BARROS, 2006).

3. Quente-frio: destaca-se quando o contraste está entre laranja-vermelho e

azul-verde, podendo acontecer com outras cores também (figura 21);

Figura 21. Contraste quente-frio (BARROS, 2006).

4. Complementar: ocorre pela junção de matizes diametralmente opostos no

círculo das cores. Quando mistura as complementares, as duas se apagam,

gerando tonalidade cinza (figura 22);

Figura 22. Contraste cor-complementar (BARROS, 2006).

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5. Simultâneo: seu resultado – podendo ser chamado às vezes de ilusionismo

de visão – é gerado através conseqüências de cores complementares (figura

23);

Figura 23. Contraste simultâneo (BARROS, 2006).

6. Saturação: entre cores vivas ou acinzentadas (figura 24);

Figura 24. Contraste de saturação (BARROS, 2006).

7. Quantidade/extensão: contraste de extensão caracteriza-se no espaço

ocupados por mais de uma cor (figura 25);

Figura 25. Contraste de quantidade/extensão (BARROS, 2006).

8.2.5 Legibilidade de Cor

O resultado de legibilidade em um elemento gráfico é através do contraste

entre uma figura e o um fundo, pode-se observar na figura 26. Nos letreiros, por

exemplo, se utiliza cores puras no temas e um fundo de cor clara. Para letreiros

longos, a mesma cor pode ser utilizada para figura e fundo, porém o fundo precisa

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ser mais escuro. Se a letra for menor, maior será a adição de preto no fundo para

escurecer.

O elemento ainda depende da tipografia aplicada com proporções e da

iluminação relativa ao elemento e a pessoa. Muitos estudos resultam a legibilidade

de acordo com a figura abaixo, em ordem decrescente (IIDA, 2005):

Azul sobre branco;

Preto sobre amarelo;

Verde sobre branco;

Preto sobre branco;

Verde sobre vermelho;

Vermelho sobre amarelo;

Vermelho sobre branco;

Laranja sobre preto;

Preto sobre magenta;

Laranja sobre branco.

Figura 26. Aplicação de cores e fundos, em ordem decrescente –

legibilidade de cores (IIDA, 2005).

8.2.6 Características Psicodinâmicas

A pesquisa dessas características trata-se do modo em que à cor atinge o

psicológico das pessoas. Barros (2006) afirma que a mente humana percebe as

cores e relaciona a situações do cotidiano. Cada cor tem significado, o qual se avalia

para aplicar em projetos. Um exemplo é a cor azul, que se considera uma cor fria,

mas também ligada à nobreza.

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Ainda em IIDA (2005) e também Secretaria de Planejamento (1984)

destacam-se características de cores tradicionais da seguinte maneira:

Vermelha: agressiva, estimulante, quente. É a cor do sangue, fogo ou da dinâmica.

Bastante útil em tema de festividade ou ambiente quente. Nota-se em várias

bandeiras, como a da Espanha (figura 27). Não recomendado em fundo verde;

Figura 27. Predominância da cor vermelha na bandeira de Espanha.

Amarelo: luminosa, materialista, espiritual. Significa para muitos, a cor do sol (figura

28), calor ou do ouro, também relaciona a desespero ou traição. Embora com a cor

vermelha idealize cor masculina, a verde ou azul pode parecer femininas;

Figura 28. Cor amarela observada pela

luz do sol.

O homem apresenta diversas reações a cores, que o podem deixar triste

ou alegre, calmo ou irritado. O vermelho, o laranja e o amarelo sugerem

calor, enquanto o verde, o azul e o verde-azul sugerem frio. Cores

avermelhadas sugerem alegria e satisfação. O preto, quando usado só, é

depressivo e sugere melancolia.

Itiro Iida (2005, p. 482)

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52

Laranja: cor viva, saliente, significando também sol, fogo (figura 29) ou força.

Desenvolvida pelo vermelho e amarelo. Nas aplicações, pode parecer mais extensa

em relação a seu tamanho original;

Figura 29. Cor laranja predomina o fogo.

Verde: harmoniza o sistema nervoso, cor calma. Bastante usada em áreas de

saúde. Também ligada à felicidade, liberação ou natureza (figura 30);

Figura 30. Imagem do trevo de quatro folhas.

Azul: cor extremamente fria, calma, podendo significar o mar (figura 31) ou a

verdade. Também caracterizada uma cor inteligente e sensação de frescor;

Figura 31. Azul predominante na figura, exemplo

no mar e céu.

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Branco: cor pura, inocente, modesta. Idealiza a paz (figura 32), ausência, o bem e o

otimismo.

Figura 32. Pomba representando a paz, no caso,

a cor branca.

Preto: sombra, o nada, noite (figura 33), mal, tristeza. Embora signifique luto, pode

representa elegância em certas ocasiões.

Figura 33. Figura de céu noturno, visando cor preta.

8.2.7 Aplicação de cor em ambiente de trabalho

Conforme Iida (2005), pesquisas apontam que um planejamento cromático

adequado em locais de trabalhos junto com planejamento de iluminação tem gerado

economia de até 30% na energia e uma média de 80 a 90% no aumento da

produtividade. Muitos estudos relatam o predomínio da cor nas ações humanas.

Apesar da cor azul se referir a impressão de frescor no sentindo psicológico, a

mesma aplicada em banheiros atribui o fato de serem locais limpos. Ao contrário de

cores escuras, proporcionando sensações sujas.

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8.3 LEVANTAMENTO PICTOGRÁFICO

A palavra pictograma refere-se a símbolos gráficos que possui o objetivo de

orientar as pessoas dentro de um espaço qualquer. Os primeiros pictogramas foram

criados pelos homens pré-históricos, onde através de desenho nas paredes de

cavernas mostravam seu cotidiano (SECRETARIA DE PLANEJAMENTO, 1984).

Para Chamma e Pastorelo (2007), a utilidade de pictogramas em projeto de

sinalização se iniciou na década de 70 a fim de mostrar sinteticamente e

simbolicamente elementos como sanitários, cafés, informações, entre outros. Ainda

na mesma época, a sinalização com elementos pictográficos era desenvolvida para

eventos de grande importância, como por exemplo, os Jogos Olímpicos, onde

participavam pessoas de várias partes do mundo. O objetivo disso era obter uma

linguagem padrão e compreensível. Os cuidados máximos eram indispensáveis para

que todas as culturas pudessem entender os ícones aplicados.

Ainda com a mesma referência, pode-se dizer que os pictogramas eram

usados para tudo: de máquinas copiadoras a serviços médicos. Embora o idioma

inglês predominasse os meios de comunicação, no Brasil também se desenhavam

pictogramas. O fator principal era escolher a estrutura gráfica básica que

desenvolveria outros pictogramas da mesma família, com pouca ligação entre outros

ícones. Uma observação válida também para defender a implantação de um sistema

sinalizador no Brasil era devido à elevada proporção de analfabetos. Com uma

linguagem visual através de desenhos, ou seja, os pictogramas visavam atender a

grande quantidade da população que não sabia ler e escrever.

Atualmente, notam-se os pictogramas em sinalizações de ambientes como

empresas privadas ou públicas, rodovias, entre outras. Eles precisam ser objetivos e

claros para o entendimento das pessoas, evitando transtornos. Para isso, é válido

pesquisar o público-alvo de onde será implantado e fazer uma avaliação perante o

elemento gráfico. Segundo Secretaria de Planejamento (1984), o pictograma se

desenvolve através de um processo em que possui cinco etapas as quais estão

descritas a seguir:

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55

1 – Avaliar a mensagem que será transmitida;

2 – Escolher desenhos que possam representar a mensagem;

3 – Simplificar os desenhos, reduzindo traços;

4 – Fazer a escolha de alternativas adequadas;

5 – Definir o pictograma ideal.

8.3.1 Famílias Clássicas de Pictogramas e Sistema Moderno ISOTYPE

Para definir essa questão, são apresentadas duas famílias clássicas de

pictogramas que foram desenvolvidas para Jogos Olímpicos e obtiveram valiosos

resultados.

Olimpíada de Munique – 1972

O sistema pictográfico para essa olimpíada (figura 34) criado pelo designer

alemão Ulm Otl Aicher, é considerado um dos maiores projetos pictográficos da

história e algo inovador. O projeto quase virou um alfabeto visual padrão para

eventos mundiais (CHAMMA E PASTORELO, 2007).

Segundo o artigo publicado por Neves (2002) foi criado um manual de

identificação que obtinha as regras de uso do sistema sinalizador. Vários

pictogramas foram desenhados em uma rede quadrada com linhas horizontais,

verticais e diagonais. Para cada modalidade de esporte, foi criado um símbolo que

representasse o movimento corporal do atleta na própria modalidade.

Figura 34. Pictogramas desenvolvidos para Olimpíada de Munique,

criado pelo designer Ulm Olt Aicher (CHAMMA E PASTORELO, 2007).

Page 56: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

56

Olimpíada de Montreal – 1976

Segundo o autor Cojo, em sua obra Games of the XXI: Olympiad

Montréal 1976 (Jogos da XXI: Olimpíada Montreal 1976), desenvolve-se um sistema

cujos pictogramas estão seguidos um texto explicativo em vários idiomas. O manual

possui instruções necessárias sobre o projeto sinalizador. Os tipos e formatos foram

reduzidos por serem uniformes e pelos custos de fabricação. Os pictogramas de

esportes eram brancos sobre um fundo vermelho, observado na figura 35, e os de

serviços eram brancos sobre um fundo verde.

Figura 35. Foto da Olimpíada de Montreal onde

o exemplo apresenta-se ao fundo do atleta.

ISOTYPE: Sistema Moderno Pictográfico

Os pictogramas atuais são desenhados por Gerd Arntz, o qual gerou o

sistema de Isotype (Sistema Internacional de Tipografia e Figuras Educativas –

figura 36) em 1936, na equipe de Otl Neurath. Essas equipes produziram um

sistema pictográfico para informações fáceis de serem entendidas, destacando

apenas os símbolos. Gerd criou mais de 4.000 símbolos objetivas e informativas.

Para os pictogramas, quanto mais detalhados, melhor de serem compreendidos

(exemplo na figura 37). O objetivo é reconhecer diretamente o significado. Os

símbolos podiam obter significados diferentes com algumas alterações

pequenas. Por exemplo, pictogramas referentes a homens podiam conter modelo

de chapéus. (MOTTA, 2011).

Page 57: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

57

Figura 36. Sistema Isotype, por Gerd Arntz.

Figura 37. Sistema Isotype com mínimos detalhes para identificar

figura do homem, por Gerd Arntz.

8.3.2 Estrutura de pictograma

Símbolos básicos: são muitos os pictogramas que as pessoas já conhecem,

devido ao dia a dia nas ruas, praças, aeroportos, etc. Alguns desenhos

podem se juntar e obter uma nova mensagem, como exemplo na figura 40

(SECRETARIA DE PLANEJAMENTO, 1984).

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58

Figura 39. Símbolos gráficos básicos (SECRETARIA DE PLANEJAMENTO, 1984).

Figura 40. Junção de símbolos, obtendo novas mensagens (SECRETARIA

DE PLANEJAMENTO, 1984).

Setas: ainda com a referência da Secretaria de Planejamento (1984, p. 19) a

seta refere-se a um símbolo que a maioria das pessoas já sabe o significado

e, por conseqüência, indica o caminho em varias situações, de acordo com a

figura 41.

Figura 41. Variações de setas (SECRETARIA DE PLANEJAMENTO, 1984).

Page 59: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

59

Mensagens: o texto é um elemento fundamental na sinalização, pois

transmite a mensagem rápida. Pode ocorrer a insignificância perante pessoas

analfabetas. Embora o texto possa ficar ilegível de longe devido ao tamanho,

junto com o pictograma fica uma linguagem mais fácil de ser avistar. O

símbolo entra em ação quando o texto não foi identificado. Pode-se destacar

também que o texto precisa ser o mais objetivo possível. O cuidado é

fundamental na hora de desenvolver essa questão. (SECRETARIA DE

PLANEJAMENTO, 1984).

Para saber se a mensagem está apropriada ao público, é válida uma

pesquisa perante as pessoas para saber suas reações diversas. A intuição, os

testes, e principalmente, a criatividade são elementos indispensáveis para o projeto

de sinalização.

8.3.3 Processo de simplificação

O processo de simplificar o pictograma baseado em critérios adotados por Otl

Aicher. São seis passos, descritos a seguir (SECRETARIA DE PLANEJAMENTO,

1984):

1 – O pictograma necessita ser apenas um símbolo;

2 – O pictograma precisa de um padrão, de modo que possa atingir diversas

culturas;

3 – O pictograma deve conter uma linguagem formal, não pode ser agressivo;

4 – O pictograma deve ser desenvolvido para todas as escolaridades, de ensino

fundamental a curso superior, lembrando também dos analfabetos;

5 – Não pode ser difíceis em sua leitura verbal ou não-verbal;

6 – Devem ser elaborados.

É preciso ficar bastante claro que uma sinalização deve ser usada para

informar ao público, orientá-lo, tornar mais eficiente a sua movimentação

por um determinado local, e não pode ser utilizada para exercer qualquer

tipo de pressão sobre ele (SECRETARIA DE PLANEJAMENTO, 1984

p.20).

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60

8.4 LEVANTAMENTO DE MATERIAIS E PROCESSOS

Considerando vários tipos de materiais existentes para a fabricação de

produtos em geral, a pesquisa para o projeto de sinalização resumiu-se em

plásticos, metais e madeiras, cujos foram possíveis materiais para a construção dos

elementos de sinalização. Os elementos de sinalização podem possuir união de

dois, ou mais, materiais.

8.4.1 Polímeros

Conforme o autor Jim Lesko, em seu livro Design Industrial: materiais e

processos de fabricação (2004), os polímeros são materiais resistentes e fáceis de

modificar seu formato. Para a definição desses materiais, avalia-se critérios como:

- ser constituído por um polímero orgânico de alto peso molecular;

- no estado final, ser um material concreto, que seja possível pegar;

- pode ser transformado por escoamento em algum momento da fabricação.

Os termos resina ou polímeros são utilizados para falar de materiais plásticos

básicos, enquanto o termo plástico reúne compostos plastificantes, entre outros que

se assemelham os plásticos.

O mesmo autor ainda descreve que os plásticos são materiais nos quais

grandes moléculas se juntam em unidades iguais, formando uma extensa cadeia.

Atualmente, muitos produtos no mercado são derivados de plásticos tais como:

tintas, plásticos estruturais, fibras, etc. Os polímeros são divididos em dois grupos:

termoplásticos e termofixos.

Termoplásticos

Michael Ashby, em sua obra Materiais e Design: arte e ciência da seleção de

materiais no design de produto (2011), afirma que esse tipo de plástico amolece

quando são aquecidos e depois eles voltam à sua forma inicial, ou seja, endurecem,

quando ficam resfriados. Os termoplásticos mais utilizados para fabricação de

produtos em geral atualmente são:

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PE – Polietileno

PC – Policarbonato

tpPU – Poliuretano

tpPVC – Polivinilcloreto

OS – Poliestireno

PP – Polipropileno

PMMA – Polimetilacrilato, acrílico

PET, PBT, PETE – Poliésteres

Termofixos

São plásticos rígidos e pouco resistentes. Em relação à temperatura, são

estáveis. Não pode mais ser alterado após mudança de formato, portanto, pode ser

difíceis de serem reciclados. São bastante utilizados em artesanatos e fragmentos

de construções civis. (LESKO, 2004).

Para Ashby (2011), os polímeros termofixos são classificados como:

Epóxi

Fenólicos

Poliéster

tsPU – Poliuretano

tsPVC – Cloreto de polivinila

Resumindo, entende-se termoplásticos e termofixos a maneira que os

polímeros correspondem à presença de calor, caracterizando esses termos. Quando

se molda o termoplástico, consequentemente amolece e funde seu formato e

quando esfria, fica endurecido. Devido a essa observação, podem ser modificados

por injeção, extrudadas ou outros meios de moldagem. O termofixo quando exposto

ao calor, não se funde, possuindo resistência química (LESKO, 2004).

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62

Abaixo, apresenta-se um resumo dos principais tipos de polímeros,

destacando características e utilidades, de acordo com Ashby (2011):

Polietileno (PE)

Esse tipo de polímero é resistente a água doce e salgada, alimentos e a

maioria das soluções a base de água. Recomenda-se para usos com produtos

domésticos, recipientes para alimentos, cones de sinalização, sacolas plásticas,

entre outros.

O material possui baixo custo. Uma de suas principais características é que

são fáceis de serem moldados e fabricados, além disso, são duráveis. Não é um

material tóxico. Possui facilidade de ser reciclado, se não for envolvido com outros

materiais.

Polipropileno (PP)

O material é barato e leve, mas com pouca resistência. Porém é mais rígido e

pode ser usado em temperaturas elevadas. É mais fácil de moldar, tem uma boa

transparência e se aceita uma gama enorme de cores mais vivas. Um material

durável e de baixo custo.

Em sua forma pura, é inflamável e se degrada à luz do sol. Excepcionalmente

inerte (não age, não interage), é fácil de reciclar e estirar-se em fios.

Utiliza-se em: cordas, tanques de máquina de lavar, engradados para

garrafas de cerveja, isolamento de cabos e estruturas de cadeiras.

Poliestireno (PS)

É um material muito frágil, fácil de espumar, porém de baixo custo. Muito

utilizados para fabricarem-se recipientes e embalagens, são fáceis de moldar, são

oticamente límpidos e tem grande capacidade de coloração. Adapta-se bem a

baixas temperaturas e não danificam objetos delicados. Em sua forma pode ser

reciclado, mas é irritante aos olhos e a garganta.

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63

Utiliza-se em: copos descartáveis, brinquedos, azulejos, caixas de CD, vidro

descartável e copos para bebidas quentes.

Polimetilacrilato (PMMA), acrílico

É um material muito semelhante ao vidro (tem certa fragilidade, por isso risca

com mais facilidade). Pela visão é límpido, fácil de colorir, duro e rígido. São

verdadeiramente transparentes, muito resistentes a UV e poucos resistentes a

ácidos ou bases fortes (solventes e acetonas). Em sua forma, são atóxicos e pode-

se reciclar.

Utiliza-se em: lentes de todos os tipos, sinalização, embalagens, recipientes,

materiais de desenho e cartazes publicitários.

Policarbonato (PC)

É um material com uma ótima transparência ótica, boa aderência e rigidez

(forte e duro). Alta resistência ao impacto, material fácil de colorir. Não causam dano

ao ambiente, e pode-se reciclar se não for reforçado. Torna-se um material flexível e

de fácil revestimento.

Utiliza-se em: cds, carcaças para secadores de cabelo, ferramentas elétricas,

impressoras, painéis de instrumento e capacetes de motocicleta.

Polivinilcloreto (PVC)

É um material de baixo custo e versátil, porém frágil. Em sua forma pura é

pesado, rígido e duro. Incorporam-se outros materiais, torna-se flexível (elástico e

macio como uma borracha), pode-se ser espumado para criar-se outros materiais

(estofamentos de carros e uso doméstico). Bem resistente à corrosão de ácidos e

bases, mas pouca a alguns solventes, têm-se boas propriedades de vedação contra

gases atmosféricos. Em sua forma, não tem nenhum efeito nocivo, se inserido em

alta temperatura.

Utiliza-se em: tubos, sinalização rodoviária, janelas, chapas, discos,

embalagem de cosméticos, acessórios e perfis.

Page 64: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

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Poliuretano (PU)

É um material, que pode ser tecidos macios que esticam (flexíveis) ou

também pode ser semelhante ao couro (duro e rígido), são fáceis de espumar, assim

torna-se um material bem versátil. Tem-se ampla faixa de durezas, pontos de

amolecimento e alta capacidade de absorção de água. Tem-se boa resistência, boa

degradação e queima lentamente ao fogo. Em sua forma pura, torna-se inerte (não

age, não interage) e não tóxico, não causando nenhum dano à camada de ozônio.

Utiliza-se em: acolchoados e assentos, solas de calçados de corrida, pneus,

móveis, isolante térmico em refrigeradores e freezers e adesivos.

Poliésteres (PET, PBT, PETg)

É um material que resiste bem a altas temperaturas e ambiente, a óleos e

fluidos, é límpida (como um cristal), impermeável à água. Duro, forte e de baixo

custo, fácil de unir e esterilizar, permite-se assim a sua reutilização. Resistentes e

versáteis, responde bem a flexibilidade e a facilidade de colorir. Consome menos

energia que o vidro, são mais leves e recicláveis.

Utiliza-se em: filme fotográfico, cartões de credito, tapetes, vestuários,

recipientes de bebidas, escovas, painéis internos de automóveis e varas de pescar.

Fenólicos

É um material rígido, quimicamente estável, resistentes ao fogo e à maioria

dos produtos químicos. Tem boas propriedades elétricas, são baratos e

retardadores de chamas (incêndios). Alta durabilidade, são fortes e duros, aceitam a

coloração (tinta). Fácil modelagem, porém não podem ser reciclados.

Utiliza-se em: tomadas e interruptores domésticos, telefones, tomadas e

interruptores residências, cabos e alças de frigideiras e panelas e assentos para

vasos sanitários.

Page 65: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

65

Processo de conformação de polímeros (plásticos)

O designer Marco Antônio Magalhães Lima descreve em seu livro Introdução

aos Materiais e Processos para Designers (2006) os processos mais utilizados para

conformação de polímeros:

Compressão

Processo mais antigo para obter peças plásticas. O processo inicia em

colocar a matéria com uma quantidade definida na cavidade fixa do molde. Depois

desloca a parte de cima do molde, apertando a peça até obter o formato. O calor

também ajuda na forma do elemento com a pressão. Abre o molde, retirando a peça

finalizada;

Laminação manual

Prepara-se o molde; aplica gel coat (ajuda a verificar a qualidade,

identificação e pintura da peça concluída) sobre a base do molde; aplica fibra de

vidro; aplica resina para uniformizar o material; extrai as sobras de materiais ainda

úmidas e por fim, a peça é retirada do molde e encaminha para acabamentos;

Laminação à pistola

Prepara-se o molde; aplica o gel coat; aplica resina e fibra de vidro; extração

das sobras de materiais; a peça é retirada e enviada para acabamentos;

Pultrusão

Encaminha os fios e mantas de fibra de vidro para um ambiente onde fica

reserva de resina poliéster, deixando-os molhados pela mesma. Passa também por

uma cavidade em aço onde obtém o formato desejado. Para concluir o processo, o

material está formado saindo por puxadores e depois cortados de acordo com o

desejado;

RTM

Utilizado com o processo de injeção. Dispõe o material no tamanho desejado,

antes do molde ser trancado para o processamento. A figura a seguir resume o

processo de RTM;

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66

Figura 042. Processo de RTM (LIMA, 2006).

Moldagem por injeção e reação

Aplica-se a mistura de componentes para moldagem de acordo com o formato

no interior do molde. Caracteriza-se também por baixa pressão, indicados para

assentos de poltronas, ou de alta pressão para produção de maçanetas.

Laminação

Compreende-se em colocar primeiro a matéria-prima em um funil, que envia para

a parte de extrusão. Assim, a maneira que o parafuso roda no interior da máquina, o

termoplástico vai se formando de acordo com o atrito e resistências elétricas, em

chapas. No final, a lâmina de plástico é puxada por rolos e resfriadas para cortar

como desejado. Entende-se melhor pela figura abaixo:

Page 67: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

67

Figura 43. Processo de laminação (LIMA, 2006).

Extrusão

Os plásticos na forma de grânulos são colocados em um funil da maquina

onde deposita a matéria-prima, indo depois para o êmbolo da mesma. Com os rolos

em ação, o material se aquece, ficando amolecidos. Quando chega nesse ponto,

pressiona-se contra uma peça da maquina que limita o material a forma desejada.

Resfria-se o material e depois corta conforme desejado.

Vacuumforming

Com uma chapa de plástico aquecida, consiste em aplicar sobre um molde,

que com a ação de vácuo e força contra esse molde, resulta em um formato. Após o

formato, resfria-se e retira as sobras em torno da peça.

Figura 044. Processo de vacuumforming (LIMA, 2006).

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68

O mesmo processo pode ocorrer variações, porém uma delas se destaca por ser

útil a placas de sinal arredondadas. A variação twinsheet se baseia em aquecimento,

moldagem por meio de vácuo e duas lâminas, conforme a figura.

Figura 45. Processo de twinsheet (LIMA, 2006).

Rotomoldagem

Possui três etapas. A primeira coloca a matéria-prima dentro de um molde de

metal. O molde é trancado e começa um aquecimento em forno, ocorrendo uma

rotação, fazendo com que a peça comece a ganhar o seu formato. A conclusão é

obtida após resfriamento da peça, o qual ainda é feito com a rotação da máquina por

meio de ventilação.

Injeção

O material é colocado dentro do funil por dosagens. Após a aplicação, a

matriz se fecha, para iniciar o processo de transformação. O material pressiona-se

no interior da cavidade, com a pressão que a máquina gera. O preenchimento da

cavidade faz com que obtenha seu formato, após abrir a matriz. Segue figura 47

para detalhar o processo.

Page 69: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

69

8.4.2 Metais

Lima (2006) descreve que o metal é um elemento químico possui uma

estrutura semelhante cristalina em seu estado concreto. Algumas propriedades são

pesquisas juntamente com exemplos de níquel, magnésio, titânio e zircônio com o

objetivo de reduzir o peso, entre outros.

A composição de um metal puro é formada por átomos do mesmo tipo, mas

são achados em forma de ligas por outras químicas compostos, sendo que um

considera-se metal. Os metais se dividem em dois grupos: ferrosos e não-ferrosos.

Para este projeto, foram considerados dois tipos de aço: aço (metal ferroso) e

alumínio (metal não-ferroso).

Aço

Aços-carbono

É um material, ao mesmo tempo, forte, duro e barato. São fáceis de laminar

(em placas), endurece rapidamente quando esfriado em água.

Recicláveis, em sua produção a energia consumida é menor e tem-se um grande

desempenho.

Utiliza-se em: chapas para telhado e coberturas, ferramentas de corte,

manivelas e eixos, molas, facas, machados de alpinismo e patins para patinação no

gelo.

Aços inoxidáveis

É um material altamente resistente à corrosão, altas e baixas temperatura,

possui alta robustez, porém de alto custo. Alto poder de durabilidade, resistência

mecânica e facilidade de fabricação. Recicláveis, pode-se implantar no corpo

humano. Rígidos, fortes, muito procurados.

Utiliza-se em: vagões ferroviários, caminhões, pias, fogões, utensílios de

cozinha, cutelaria, louças e detalhes arquitetônicos em metal.

Page 70: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

70

Aços de baixa liga

Material excepcionalmente forte, elevado a altas temperaturas. Rígidos,

duros, resistentes ao desgaste, tenacidade altíssima, porém relativamente barato.

Pouco recicláveis, pouca energia para sua fabricação.

Utiliza-se em: molas, ferramentas, roletes, engrenagens, bielas, rolamento de

esferas.

Alumínio

É um material leve, pode-se ser forte e fáceis de trabalhar. Relativamente barato,

é um material reativo (vira-se pó pode ocorrer à explosão), porém em massa torna-

se resistente a corrosão por água e ácidos. Recicláveis, abundante e baixo custo de

energia.

Utiliza-se em: engenharia aeroespacial, chapas para recipientes e embalagens,

latas para bebidas, condutores elétricos e térmicos.

Processo de conformação de metais

Os processos indicados para conformação dos materiais em peças de metal,

segundo Lima (2006), são:

Estamparia de corte

Com uma espécie de facão, ocorre um movimento vertical contra a lâmina

metálica na mesa, fazendo o corte desejado.

Perfuração – prensa hidráulica

Movimento vertical de um punção de metal (com a forma desejada) contra a

lamina na superfície, fazendo as perfurações.

Conformação mecânica

Utilizado para vincos (dobras). A máquina pressiona a chapa lisa em uma

base com formato V, gerando seu formato.

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Conformação de chapas/estampagem

O processo consiste na pressão do molde, onde fica na peça superior, contra

o material ainda sem formato em uma base.

Cunhagem

Formatos redondos como moedas, medalhas, etc. Obtido pela pressão da

parte superior contra a base onde está o material para formatar;

Recalque

Produção de pregos, parafusos, entre outros. Formado por meio de punção

do material e do molde;

Furação

Processo para furar uma peça. O molde com um furo central é aplicado no

material, originando as peças furadas, como buchas.

Curvamento de tubos

Processo que formata os metais em curvas pequenas ou grandes, por meio

de máquinas que fazem movimentos giratórios através de rolos.

Extrusão

Pressiona o material contra o molde, e junto com a ação da temperatura, é

formado de acordo com o desenho do molde.

Page 72: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

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8.4.3 Madeira

Considera-se madeira um material natural, ou seja, aquele que é extraído da

natureza e transformado em produtos. A mesma se encaixa no grupo dos vegetais

superiores, podendo ser de formato maciço ou em fibras. Vale ressaltar que as

madeiras possuem resistência na flexibilidade, na tração e em impactos, mas em

alguns casos, são sensíveis a insetos, como cupins (LIMA, 2006).

A madeira é constituída em várias partes, além dos planos de corte. O tronco

refere-se como o pedaço retirado de uma árvore, protegido por uma casca. Nota-se

na composição interna o alburno, cerne e a medula. Alguns aspectos relevantes

como brilho ou textura na madeira pode ser observado intensamente em algumas

partes.

A transformação de madeira já se apresenta em outro formato do que seu

natural. Pode ser transformadas em tábuas, lâminas, fibras, etc. Segue abaixo

alguns exemplos dessa modificação.

Madeira maciça

Características: subdividas em madeiras reflorestáveis e madeiras nativas

(exploradas em florestas naturais). De acordo com a tabela 03, verifica-se algumas

propriedades relativas dessa subdivisão.

Madeira aglomerada

Características: resistente, estável, fácil pintura. Utilizados em fabricação de

móveis.

MDF – Medium Density Fiberbord

Características: resistentes, estável, ótimo acabamento. Adequado para

brinquedos, móveis, displays, etc.

Madeira reconstituída

Características: resistência mecânica, flexível, sensível à água. Pode ser útil para

artigos escolares e escritório, ônibus, entre outros.

Page 73: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

73

Compensados

Algumas lâminas de madeira são capazes de produzir compensados,

classificados em:

Compensado (madeira compensada)

Características: rígido, resistente, flexível e estável.

Compensado laminado comum

Características: aplicados em produtos leves, como prateleiras de armários.

Compensado estrutural

Características: laminação nobre, resistentes. Utilizados em indústrias, como naval.

Compensado sarrafeado

Características: geralmente usado para fabricar portas, com resistência mediana.

Compensado blockboard

Características: apropriado para composições resistentes, podendo ser usado com

ou sem acabamento.

Tabela 02. Tabela com propriedades de tipos de madeira maciça (LIMA, 2006).

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Tabela 03. Tabela definindo geometria, madeiras transformadas

e aplicações (LIMA, 2006)

Processo de conformação de madeiras

Os compensados também passam por processo de transformação. Não

obtém bons resultados perante o lixamento, e às vezes, pode ser “dobrados”.

Adesivos ou colagem não são considerados para fixação.

O processo de transformação se define como duas etapas para madeira

maciça e derivados. As indústrias que transformam as madeiras maciças em

produtos, geralmente compram as madeiras em forma de pranchas, onde ficam em

um local adequado para protegê-las. O processo se inicia cortando essas pranchas

e transformando em pedaços menores. Os cortes são através de máquinas que

contem uma serra especifica de corte.

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Figura 46. Exemplo de máquina para corte de madeiras (LIMA, 2006).

Existem também equipamentos como a tupia, que deixa bordas das peças de

madeira decoradas, como moldura de quadros. A furadeira, máquina que faz

perfurações pode ser utilizada em muitas peças assim como a respigadeira, onde

faz respigas para certas fixações das peças.

O processo de lixamento é necessário para acabamento e retirar os excessos

que ficam em volta de uma peça, por exemplo, as farpas. Existem outras formas

para acabamento, baseado em poliéster, nitrocelulose ou poliuretano. Nesse

quesito, destaca-se o poliuretano devido fácil aplicação de brilho, resistente perante

as químicas e boa elasticidade. As madeiras podem ainda ser em transformadas em

objetos geométricos, desempenhando outros tipos de processo (LIMA, 2006).

Page 76: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

76

8.4.4 União de materiais

O processo de união consiste em juntar os materiais em uma só parte para

finalizar o produto. Pode parecer um fácil processo, mas às vezes, pode ser

complicado. Alguns aspectos são relevantes como: montagem, desmontagem e

segurança na utilização. Lima (2006) afirma que para unir os materiais, pode ser

sobre forma térmica, adesiva ou mecânica.

A forma mecânica pode servir também para fixação dos suportes de

sinalização sobe uma base: parede, teto ou chão.

Térmica

Metais – soldagem;

Polímeros – resistência e soldagem.

Adesiva

Metais – colas e fitas de adesivos;

Madeiras – colas e fitas de adesivos;

Polímeros – colas e fitas de adesivos.

Mecânica

Metais – parafusos, rebites, cavilhas, pinos e estamparias;

Madeiras – parafusos, rebites e cavilhas;

Polímeros – parafusos, rebites e pinos.

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77

8.6 LEVANTAMENTO ERGONÔMICO

O levantamento ergonômico consiste em uma representação dos ângulos por

manequins antropométricos em relação a elementos de sinalização aplicados a duas

distâncias, de 3 (três) metros e 5 (cinco) metros. A escolha dessas duas distâncias

são adotadas obedecendo as características espaciais do local a ser sinalizado. O

percentil masculino é avaliado em 99 (noventa e nove) e feminino em 1 (um), de

acordo com Tilley (2005, p.29 e p.31). A escala de redução dos desenhos é 1:30.

Essa representação consiste somente na visão, o que seria necessário para

compreender a visibilidade diante de cada item da sinalização. Esse estudo é

através dos planos sagitais e craniais feitos separadamente para cada sexo, sendo

que após essa etapa eles são sobrepostos com o objetivo de identificar a área que

ambos se sobrepõe.

Plano Sagital – 3 metros

Homem – percentil 99

Percentil 99

Rotação máxima

do olho de 25°

para cima

25°

35°

Rotação máxima do olho

para baixo de 35°

3 metros

Page 78: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

78

Mulher – percentil 1

Sobreposição – 3m

Percentil 99 e 1

3 metros

Percentil 1

Rotação máxima

do olho de 25°

para cima

25°

35°

Rotação máxima do

olho para baixo de 35°

Percentil

99

Percentil

1

3 metros

Page 79: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

79

Plano Sagital – 5 metros

Homem – percentil 99

Mulher – percentil 1

5 metros

Percentil 99

25°

35°

Rotação máxima do

olho para baixo de 35°

5 metros

Percentil 1

Rotação máxima do

olho de 25° para

cima

25°

35°

Rotação máxima do

olho para baixo de 35°

Rotação máxima do

olho de 25° para

cima

Page 80: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

80

Sobreposição – 5m

Percentil 99 e 1

5 metros

Percentil

99

Percentil

1

Page 81: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

81

Plano Cranial – 3 metros (homem e mulher)

Plano Cranial – 5 metros (homem e mulher)

3 metros

62°

62°

5 metros

62°

62°

Limite visual do olho

direito de 62° limitado

pelo nariz

Limite visual do olho

esquerdo de 62°

Limite visual do olho direito de 62°

limitado pelo nariz

Limite visual do olho esquerdo de 62°

Page 82: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

82

9 ANÁLISE DE DADOS

Os dados relevantes do levantamento de fontes, cores, pictogramas e

matérias e processos foram divididos em pontos positivos (+) e pontos negativos (-).

Essa análise teve uma grande importância para o desenvolvimento da síntese dos

dados, onde constam todas as recomendações para a construção do sistema

sinalizador.

Dados tipográficos:

+

- Fontes sem serifa apresenta boa legibilidade na leitura a distância;

- Letras simples;

- Univers ou Helvética são recomendadas para sinalizações;

- Variações como itálico e bold, podem diferenciar textos em alguns casos.

- Kerning para afastar das letras de uma mesma palavra

-

- Letras negras, estilo antigo/transicional/moderno, decorativas, caligráficas e pincel

são inadequadas para leitura à distância, podendo ser empregadas a textos

corridos, como no caso de jornais ou revistas;

- Letras que contém vários formatos e detalhes, pode gerar conflito de leitura;

Dados cromáticos:

+

Figura (claro) e fundo (escuro), ou vice-verso são recomendadas para aplicação;

-

-Figura aplicada em fundo escuro causa ilegibilidade;

-Contraste forte não é recomendado.

Page 83: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

83

Dados pictográficos:

+

- Pictogramas orientam pessoas em um ambiente qualquer, até pessoas

analfabetas;

- Precisam emitir mensagens claras e objetivas;

- Sistema ISOTYPE moderno é bem detalhado e fácil de ser compreendidos;

-

- Geram transtornos de informações se o público-alvo não for definido;

Dados de materiais:

+

- Aço e PVC são os materiais mais utilizados para a fabricação dos componentes de

sinalização;

- Plásticos podem ser modificados, sendo que termoplástico pode ser mais de uma

vez;

- Metal possui resistência e durabilidade maior do que dos plásticos;

- Aço são fortes, duros e baixo custo;

- Aço inoxidável obtem alto índice de durabilidade;

-

-Termofixos pode ser modificado apenas uma vez, e possui uma difícil reciclagem;

- Alumínio, em contato constante com água, pode se tornar corrosivo.

Page 84: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

84

10 SÍNTESE

Devido a uma grande quantidade de pessoas que circulam diariamente na

Prefeitura Municipal de Barra Mansa, as informações dos elementos de sinalização

precisaram ser totalmente referenciais. A acessibilidade para cada setor público foi

informada de maneira simples e objetiva. Mas para a elaboração do projeto, para a

fabricação e também a instalação dos elementos de sinalização externa e interna,

necessitou-se respeitar às recomendações gerais e outras normas.

Recomendações gerais:

- Implantação do novo sistema de sinalização em toda a sede da Prefeitura,

incluindo o pátio externo onde se encontra outros setores públicos e o

estacionamento;

- Observação de possíveis obstáculos físicos e visuais no ambiente;

- Análise das dimensões dos elementos de sinalização e suas fixações em relação

ao ambiente que será aplicado;

- Sistema informativo constituído de termos e pictogramas (símbolos);

- Padronização as cores dos componentes sinalizadores;

- Escolha dos tipos de materiais mais adequados às condições do ambiente;

- Os elementos de sinalização não podem ser aplicados em lugares associados à

sujeira.

- Facilidade para a montagem, instalação e limpeza dos elementos de sinalização.

Tipografia:

- Famílias tipográficas: Helvética ou Univers, apropriadas em leitura à distância e

adequadas para sistema de sinalização;

- Tamanho das fontes nos componentes de sinalização: 2,5 cm de altura x - medida

recomendada por Grandjean (1998) para distância a 5 metros, conforme a análise

ergonômica;

- Fonte em negrito (bold) para o termo em português;

- Fonte em itálico (light) para idioma em inglês e altura-versal com 2,5 cm de altura;

- Caixa-alta somente no início da palavra, sendo caixa-baixa para o restante da

mesma;

- Espaçamento entre textos e linhas, ou seja, tracking e kerning.

Page 85: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

85

Cores:

- Analisar das características psicodinâmicas das cores;

- Letra com cor escura sobre fundo de cor clara, ou vice-versa, obtendo uma boa

legibilidade na relação figura-fundo;

- Cor única para texto e pictograma;

- Incluir cores institucionais da marca da Prefeitura.

- Cores sólidas, sem a possibilidade de degradê;

Pictogramas:

- Pictogramas simples, com fácil entendimento;

- Monocromáticos, ou seja, de uma cor;

- Obedecer à função de cada setor no momento de criação dos símbolos;

- Representação em preenchimento;

- Evitar sobreposições de linhas.

- Aplicação de setas para orientar caminhos.

Localização e tamanho dos elementos de sinalização:

- Boa visibilidade por diversos ângulos, baseado no estudo ergonômico apresentado

no projeto, com relação à distância de 5 metros entre a pessoa e os elementos;

- Tamanho dos elementos definidos a partir da margem de arejamento da

composição tipografia + pictograma.

Elementos de sinalização:

- Painéis diretórios;

- Painéis diretórios aéreos;

- Painéis informativos;

- Placas de identificação;

- Placas de orientação: sanitários e escadas.

- Todos os elementos obtiveram estrutura interna de metalon.

Page 86: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

86

Materiais

- Desenvolvimento dos elementos de sinalização em materiais resistentes e

duráveis;

- Os materiais para a elaboração dos elementos de sinalização foram:

Chapa de aço galvanizado – para a base e suporte;

Vinil adesivo – para layout;

Vinil adesivo transparente fosco– para proteção da superfície;

Metalon – para estrutura interna dos elementos sinalizadores;

Fita adesiva dupla face – para união da chapa de aço no metalon;

Parafusos e buchas – para fixação dos elementos sinalizadores.

Processos de confecção dos elementos de sinalização

- Soldagem – para estrutura do metalon;

- Conformação mecânica – para dobras das chapas de aço galvanizado;

- Recorte eletrônico – para cortes dos vinis adesivos.

- Parafusagem – para fixação dos elementos em paredes, chão e teto.

Fixação

- Placas de identificação – fixadas nas paredes, do lado de portas;

- Painéis diretórios – em paredes e fixados no chão;

- Painéis diretórios aéreos – fixados no teto;

- Painéis informativos – fixados nas paredes;

- Placas de orientação – fixadas nas paredes;

- Foram utilizados parafusos e buchas para todas as fixações, com acabamentos

superficiais. Em alguns casos, como de fixações nas paredes, utilizou-se também

fita adesiva dupla face.

Page 87: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

87

11 ESPAÇO ARQUITETURAL

Este capítulo teve a função de analisar as plantas baixas da Prefeitura de

Barra Mansa. Com essa análise, notou-se onde o fluxo de circulação é intenso e

também onde foi feita a aplicação dos novos elementos sinalizadores, definindo o

tipo de cada elemento (exemplo: placas de identificação, painel, etc.).

Atualmente, o espaço arquitetônico da Prefeitura está distribuido da seguinte

forma:

Pátio externo;

Térreo;

1º andar;

2° andar;

3° andar;

4° andar;

5° andar.

Analisaram-se duas vezes cada planta baixa. Na primeira análise, se observou o

fluxo de intensidade representado por setas de cores diferentes, vermelho para

maior fluxo e preto para menor fluxo. E na segunda análise, verificaram-se onde os

elementos poderiam ser instalados, além de ser definir o melhor tipo de elemento,

conforme as representações a seguir:

Page 88: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

88

Pátio Externo

Fluxo de circulação:

Aplicação dos elementos de sinalização:

Page 89: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

89

Térreo

Fluxo de circulação:

Aplicação dos elementos de sinalização:

Page 90: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

90

1º andar

Fluxo de circulação:

Aplicação dos elementos de sinalização:

Page 91: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

91

2° andar

Fluxo de circulação:

Aplicação dos elementos de sinalização:

Page 92: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

92

3º andar

Fluxo de circulação:

Aplicação dos elementos de sinalização:

Page 93: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

93

4º andar

Fluxo de circulação:

Aplicação dos elementos de sinalização:

Page 94: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

94

5º andar

Fluxo de circulação:

Aplicação dos elementos de sinalização:

Page 95: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

95

12 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS

Na geração de alternativas, foram desenvolvidas as traduções das soluções

determinadas pela síntese em representações gráficas. Ela foi dividida em duas

partes:

Sistema de informação – parte visual, onde transmite/informa a mensagem

as pessoas, composta de figuras (pictogramas; símbolos) e textos;

Elementos de sinalização – definição dos formatos e tamanhos para os

componentes do sistema de sinalização.

Primeiramente, foram esboçadas as ideias dos pictogramas para cada setor

da Prefeitura, respeitando as funções e os significados. Em seguida, os melhores

desenhos foram selecionados para a criação de duas famílias pictográficas, obtendo

uma padronização em cada família.

Os pictogramas para os setores Fundação Leão XIII, SAAE e JUCERJA

foram as próprias marcas. E para a Secretaria de Governo, foi representada pelo

brasão de Barra Mansa.

Através de uma matriz de avaliação, definiu-se a melhor família de

pictogramas para aplicação no projeto. Critérios como: mensagem, legibilidade,

visibilidade, inteligibilidade e simplificação foram estabelecidos nessa matriz. Os

critérios foram avaliados e pontuados por um público voluntário, e nota total maior foi

a vencedora. A figura 49 abaixo mostra resumidamente o processo para a geração

de alternativa pictográfica.

Page 96: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

96

Depois de estabelecida a solução pictográfica, seguiu-se para a parte textual,

listando-se os termos para observar a composição dos nomes. A finalidade dessa

observação foi de, caso necessário, possíveis abreviações fossem feitas para

aqueles termos que possuem nomes compostos.

Apresentou-se um exemplo da composição entre um pictograma, da família

definida, e seu respectivo nome para definição da fonte tipográfica. As possíveis

fontes, determinadas na síntese, foram aplicadas para escrita do nome do setor. O

resultado final se obteve através da matriz de avaliação decisiva. Na figura a seguir

apresenta um resumo do processo da definição para a parte textual (figura 50).

Após as soluções do sistema de informação determinadas, iniciou-se a etapa

para a criação dos elementos de sinalização.

A medida dos termos e as distâncias entre si (tracking e kerning), entre

símbolos e também entre margens dos suportes de sinalização foram definidas com

a ajuda da malha construtiva. A estrutura desta malha constitui-se por vários

quadrados pequenos, cada um com medida de 2,5 cm.

Grandjean (1998) afirma que o tamanho de fonte se proporciona a distância

de leitura. Entende-se que a distância, de acordo com o levantamento de dados

ergonômico, foi de 5 metros, portanto, ainda nas recomendações do autor, o

tamanho de letra padrão estabelecido foi de 2,5 cm. Além disso, o tamanho dos

pictogramas proporciona-se ao tamanho do texto, incluindo o texto em itálico com

idioma inglês.

Page 97: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

97

Para elaborar os formatos dos elementos de sinalização e os meios de

fixação, o processo foi iniciado pelos desenhos livres para cada tipo de elemento.

Depois, ocorreu a seleção dos melhores desenhos para a criação de duas famílias.

A matriz de avaliação definiu a família de elementos, através dos votos do público

voluntário. Observe os passos necessários essa etapa na figura 51.

Uma representação ergonômica da distância visual (5 metros) entre a visão

de homem (percentil 99) e mulher (percentil 1) resultou a disponibilidade dos

elementos de sinalização para a implantação do sistema sinalizador. Os

componentes de sinalização foram aplicados na área que o ângulo de visão, de

ambos os sexos, foram sobrepostos.

Para a finalização do capítulo de geração de alternativas, cada tipo de

elemento sinalizador apresentou-se o layout final, considerando a cor e formato dos

componentes sinalizadores.

Page 98: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

98

12.1 Sistema de Informação

12.1.1 Pictogramas

Desenhos dos pictogramas

- Guarita

- Estacionamento

- Protocolo Geral

- Bolsa Escola

- Almoxarifado

- Caixas Eletrônicos

Page 99: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

99

- Cantina

- Atendimento Secretaria Fazenda

- Gerência de Dívida Ativa

- Sala de Reuniões

- Recursos Humanos

- Informática

- Habitação

Page 100: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

100

- Igualdade Racial

- Secretaria de Planejamento Urbano

- Geoprocessamento

- Xerox

- Coortran

- Telefonista

- Consultor Jurídico

Page 101: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

101

- Orçamento

- Gabinete Prefeito

- Gabinete vice Prefeito

- Secretaria de Desenvolvimento Econômico

- Secretaria de Educação

- Gerência Pedagógica

Page 102: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

102

- Supervisão Escolar

- Merenda Escolar

- Secretaria de Esporte e Lazer

- Auditório

- Fundação de Cultura

- Comunicação Social

Page 103: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

103

- Ouvidoria

- Monitoramento

- Arquivo Geral

- Elevador

- Escadas

- Copa

Page 104: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

104

- Recepção

- Sanitários (masculino/feminino)

Page 105: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

105

Famílias pictográficas:

Com a finalização dos desenhos, duas famílias pictográficas foram geradas

para escolha da melhor solução.

Família I

Page 106: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

106

Família II

Page 107: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

107

Matriz de avaliação e decisão da família pictográfica:

As famílias foram avaliadas por critérios estabelecidos na matriz. Obteve-se o

resultado pela maior pontuação somada. A nota de cada alternativa se resultou pela

multiplicação do peso e valor.

Peso dos critérios em relação à tabela – até 3 pontos

Valor dos critérios em relação à aplicação no projeto – até 5 pontos

3

3

2

2

2

3

3

2

2

2

52

5

5

4

3

4

15

15

8

6

8

39

4

3

2

4

3

12

9

4

8

6

Page 108: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

108

12.1.2 Parte textual

As famílias tipográficas Helvética e Univers podem ser utilizadas no projeto de

sinalização, de acordo com a síntese de dados. Abaixo, apresentam-se os termos

que foram aplicados nos componentes sinalizadores. Algumas palavras com mais de

um nome, foram feitas abreviações.

Guarita

Estacionamento

Secretaria Municipal de Administração – Administração

Protocolo Geral – Protocolo

Almoxarifado

Bolsa Escola

Cantina

Fundação Leão XIII – Leão XIII

Caixas Eletrônicos

Atendimento Secretaria de Fazenda – Atend. Fazenda

Atendimento Serviço Autônomo de Água e Esgoto – Atend. SAAE

Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro – JUCERJA

Gerência Dívida Ativa – Dívida Ativa

Sala de reuniões - Reuniões

Recursos Humanos – R. Humanos

Telefonista

Igualdade Racial – Igual. Racial

Secretaria de Planejamento Urbano – Planej. Urbano

Geoprocessamento – Geop

Informática

Habitação

Coordenadoria de Trânsito – Coortran

Xerox

Consultor Jurídico – Jurídico

Orçamento

Gabinete do Prefeito – Prefeito

Gabinete do vice Prefeito – Vice Prefeito

Page 109: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

109

Secretaria de Desenvolvimento Econômico – Desenv. Econômico

Secretaria de Governo - Governo

Secretaria Municipal de Educação – Educação

Gerência Pedagógica – Pedagogia

Supervisão Escolar – Super. Escolar

Merenda Escolar - Merenda

Secretaria de Esporte e Lazer – Esporte e Lazer

Fundação de Cultura – Cultura

Auditório

Ouvidoria

Monitoramento

Coordenadoria de Comunicação Social – Comunicação

Arquivo Geral - Arquivo

Sanitários

Elevadores

Escadas

Copa

Recepção

Page 110: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

110

Fontes tipográficas:

Para escolher a fonte ideal, foi feita uma combinação de um exemplo de

pictograma da família definida com as duas possíveis fontes. A matriz de avaliação

também foi utilizada para a decisão final.

- Pictograma + Termo (Helvética)

- Pictograma + Termo (Univers)

Matriz de avaliação e decisão da fonte tipográfica:

Peso dos critérios em relação à tabela – até 3 pontos

Valor dos critérios em relação à aplicação no projeto – até 5 pontos

3

2

2

3

3

48

4

3

3

3

5

12

6

6

9

15

3

2

2

3

3

57

5

3

3

5

5

15

6

6

15

15

Page 111: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

111

12.2 ELEMENTOS DE SINALIZAÇÃO

Malhas construtivas

Os componentes de sinalização classificaram-se em cinco tipos, sendo dois

tipos de placas e três de painéis:

Placas de identificação dos ambientes

Aplicação: paredes, do lado das portas | Tamanho: pequeno

Placas de orientação

Aplicação: paredes | Tamanho: pequeno

Painel diretório

Aplicação: paredes ou fixados no chão | Tamanho: médio

Painel diretório aéreo

Aplicação: suspensos (fixados no teto) | Tamanho: médio

Painel informativo

Aplicação: paredes em frente aos elevadores | Tamanho: grande

Todo o sistema de informação (pictograma + texto) foi aplicado nas malhas

construtivas, e cada mini quadrado de uma malha obteve a medida de 2,5 cm. Com

essa informação, observou-se as seguintes medidas:

Distância entre informações e os elementos: dois quadrados - 5 cm;

Distância entre pictograma e texto: dois quadrados – 5 cm;

Altura das informações (pictograma + texto): 4 quadrados – 10 cm;

Distância entre textos: 1 quadrado – 2,5 cm;

Altura-x do termo em português: 1 quadrado – 2,5 cm;

Altura-versal do termo em inglês: 1 quadrado – 2,5 cm;

Altura-x do termo referente às identificações dos andares nos painéis

de informação – 5 cm.

Page 112: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

112

Pátio externo

Placas de identificação:

Painel diretório:

Page 113: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

113

Térreo

Placas de identificação:

Painel diretório:

Page 114: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

114

Painel diretório aéreo (frente e verso):

Painel informativo:

Page 115: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

115

1º andar

Placas de identificação:

Painel informativo:

Page 116: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

116

Painel diretório:

Painel diretório aéreo:

Page 117: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

117

2º andar

Placas de identificação:

Painel diretório:

Painel informativo:

Page 118: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

118

3º andar

Placas de identificação:

Painel informativo:

Page 119: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

119

Painel diretório aéreo I (frente e verso):

Painel diretório aéreo II:

Page 120: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

120

4º andar

Placas de identificação:

Painel informativo:

Painel diretório:

Page 121: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

121

5º andar

Placa de identificação:

Painel diretório aéreo:

Placa de identificação para Sanitários:

Placa de identificação para Copa:

Page 122: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

122

Placa de orientação para Escadas:

Placa de orientação para Sanitário:

Page 123: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

123

Desenho dos elementos de sinalização:

- Placas de identificação:

Page 124: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

124

- Placas de orientação:

Page 125: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

125

- Painel informativo:

Page 126: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

126

- Painel diretório (fixados em parede e chão):

Page 127: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

127

- Painel diretório aéreo:

Page 128: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

128

Famílias dos elementos de sinalização:

Após o término dos desenhos, gerou-se duas famílias para os componentes

sinalizadores. Cada família possui os cinco tipos de elementos, definidos

anteriormente.

Família I

Page 129: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

129

Família II

Page 130: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

130

Matriz de avaliação e decisão dos elementos de sinalização:

Os tipos de elementos sinalizadores foram avaliados por critérios

estabelecidos na matriz, e a solução foi definida pela maior nota total.

Peso dos critérios em relação à tabela – até 3 pontos

Valor dos critérios em relação à aplicação no projeto – até 5 pontos

3

3

2

3

2

67

4

5

5

4

5

20

15

10

12

10

3

3

2

3

2

51

3

4

4

4

5

9

12

8

12

10

0

Page 131: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

131

12.3 Disponibilidade dos elementos de sinalização

Page 132: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

132

12.4 Layout

O layout finalizado dos elementos de sinalização obteve características da

própria marca da Prefeitura, conforme descrição abaixo. Essa composição foi feita

através de recortes eletrônicos nos vinis adesivos, e aplicados nos elementos de

sinalização que foram produzidos.

Pode-se observar que os pictogramas e as setas ficam na parte laranja, e a

parte textual aplicou-se na parte do vinil prata.

Cores

Laranja – cor institucional predominante;

Preto – cor do contorno da palavra Barra Mansa;

Prata – cor utilizada no brasão.

Design do layout

Extremidades redondas – parte branca da marca, onde contém o brasão;

Extremidades retas – extremidade da marca original da Prefeitura.

Page 133: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

133

Page 134: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

134

13 DETALHAMENTO TÉCNICO

13.1 Materiais

Metalon

Aplicação: estrutura interna dos elementos sinalizadores

Espessura: 20x20mm

Parafuso nº. 10

Aplicação: fixação dos elementos sinalizadores em parede, chão e teto

Cabeça: sextavada (6 lados) – diámetro: 1,4 cm

Espessura: 0,6 cm

Comprimento: 6,5 cm

Bucha n°. 8

Aplicação: fixação dos elementos sinalizadores, encaixada no parafuso

Diâmetro: 0,8 cm

Comprimento: 4 cm

Fita Dupla Face de Alta Aderência - VST

Aplicação: fixação das pontas arredondadas dos elementos de sinalização nas

paredes e união da estrutura interna de metalon com a chapa de aço de todos os

elementos

Espessura: 12mm

Chapa de Aço Galvanizado nº. 28

Aplicação: base de todos os elementos de sinalização

Espessura: 43mm

Vinil adesivo

Aplicação: layouts dos elementos de sinalização

Cores: laranja, preto (fosco), prata e transparente (para proteção – evita reflexo)

Gramatura: 95g

Page 135: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

135

13.2 Vistas ortográficas e medidas dos elementos de sinalização –

Escala 1:10

Placa de identificação:

Para todas as placas de identificação, adotou-se um tamanho padrão,

baseado na placa que contém a palavra maior, no caso, a Secretaria de

Desenvolvimento Econômico. Exemplo:

Tamanho: 75x20 cm – para todas as placas de identificação

Espessura: 2cm

Placa de orientação:

- Escada (1º, 2º, 3º, 4° e 5º andar)

Tamanho: 58x18 cm

Espessura: 2cm

Page 136: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

136

- Sanitários (2º andar)

Tamanho: 83x33 cm

Espessura: 2cm

- Arquivo (5º andar)

Tamanho: 60x20 cm

Espessura: 2cm

Page 137: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

137

Painel diretório

- Pátio

Tamanho: 78x95 cm

Espessura: 2cm

Page 138: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

138

- Térreo

Tamanho: 78x80 cm

Espessura: 2cm

Aéreo (frente/verso)

Tamanho: 80x44 cm

Espessura: 2cm

Page 139: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

139

- 1º andar

Tamanho: 143x78 cm

Espessura: 2cm

Aéreo

Tamanho: 95x44 cm

Espessura: 2cm

Page 140: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

140

- 2º andar

Tamanho: 163x63 cm

Espessura: 2cm

- 3° andar

Aéreo

Tamanho: 70x44 cm

Espessura: 2cm

Page 141: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

141

Aéreo (frente/verso)

Tamanho: 166x78 cm

Espessura: 2cm

- 4º andar

Tamanho: 81x63 cm

Espessura: 2cm

Page 142: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

142

- 5º andar

Aéreo

Tamanho: 60x38 cm

Espessura: 2cm

Page 143: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

143

Painel informativo

- 1º andar

Tamanho: 278x93 cm

Espessura: 2cm

- 1º, 2º e 3º andar

Para todos os painéis informativos, adotou-se também um tamanho padrão,

baseado no maior painel, no caso, do segundo andar. Exemplo:

Tamanho: 190x63 cm

Espessura: 2cm

Page 144: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

144

- 4 ° andar

Tamanho: 68x63 cm

Espessura: 2cm

Page 145: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

145

13.4 Montagem e fixação dos elementos de sinalzação em perspectiva

Placa de identificação:

- fixação: parede

Placa de orientação:

- fixação: parede

Page 146: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

146

Painel diretório e/ou informativo

- fixação: parede

- fixação: teto

Page 147: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

147

- fixação: chão

Page 148: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

148

14 CONCLUSÃO

Tendo em vista os objetivos gerais delimitados neste projeto, de implantar um

novo sistema de sinalização na Prefeitura Municipal de Barra Mansa, evidenciou-se

que o design de informação é uma ferramenta de extrema importância na

comunicação visual, com a intuição de orientar as pessoas em devidos ambientes.

O projeto mostrou o quanto sinalizar um local é essencial para fornecer

determinadas informações em um órgão público.

Contudo, as expectativas foram alcançadas. No caso de implantação do sistema

sinalizador na Prefeitura Municipal de Barra Mansa, consequentemente, o local

obterá melhorias de informações, orientando as pessoas - funcionário e/ou

contribuintes – aos determinados caminhos.

Page 149: SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

149

16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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