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Centro Universitário de Brasília FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADA - FASA CURSO: CIÊNCIAS CONTÁBEIS ÁREA: CONTABILIDADE GERENCIAL FLUXO DE CAIXA - FERRAMENTA DE GESTÃO EMPRESARIAL SILVESTRE QUEIROZ GONÇALVES RA Nº. 2025196/3 PROF. ORIENTADOR: JOÃO AMARAL DE MEDEIROS Brasília-DF, novembro de 2006 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com

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Centro Universitário de Brasília FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADA - FASA CURSO: CIÊNCIAS CONTÁBEIS ÁREA: CONTABILIDADE GERENCIAL

FLUXO DE CAIXA - FERRAMENTA DE GESTÃO EMPRESARIAL

SILVESTRE QUEIROZ GONÇALVES

RA Nº. 2025196/3

PROF. ORIENTADOR: JOÃO AMARAL DE MEDEIROS

Brasília-DF, novembro de 2006

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SILVESTRE QUEIROZ GONÇALVES

FLUXO DE CAIXA - FERRAMENTA DE GESTÃO EMPRESARIAL

Monografia apresentada como um dos requisitos para conclusão do curso de bacharelado em Ciências Contábeis do UniCEUB - Centro Universitário de Brasília Prof.(a). Orientador (a): João Amaral de Medeiros.

Brasília-DF, novembro de 2006

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SILVESTRE QUEIROZ GONÇALVES

FLUXO DE CAIXA - FERRAMENTA DE GESTÃO EMPRESARIAL

Monografia apresentada como um dos requisitos para conclusão do curso de Ciências Contábeis do UniCEUB - Centro Universitário de Brasília. Prof.(a). Orientador (a): João Amaral de Medeiros.

Banca Examinadora

___________________________________________ Prof.(a) João Amaral de Medeiros Orientador

___________________________________________ Prof.(a)

Examinador (a)

___________________________________________ Prof.(a)

Examinador (a)

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“Triunfar em batalhas e por todos ser aclamado como perito não significa o cúmulo da habilidade, já que erguer um pouco de penugem de outono não requer grande força, distinguir entre o sol e a lua não pede grande visão e escutar o ribombar do trovão não mostra grande audição”.

Sun Tu (300-400 a.C.)

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Agradeço a Deus pela vida e por tudo que sou, pois sem Ele não teria chegado até aqui. Ao professor João Amaral pela paciência e compreensão com que se dirigem as seus orientandos, pelo apoio e confiança na orientação deste trabalho, pela sua palavra firme e incentivadora, pessoa que passei a admirar pela forma como conduz a sua missão de professor.

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Dedico aos meus pais que me proporcionaram a chance de concluir o curso de Ciências Contábeis. Aos meus irmãos, e em especial, Sônia pelo apoio nessa trajetória. Agradeço também, Elaine Pimenta por ter dado força e motivação.

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RESUMO Gonçalves, Silvestre Queiroz. Fluxo de caixa – ferramenta de gestão empresarial. Brasília, 2006. Pág. 32 Monografia. Curso de Ciências Contábeis. Centro Universitário de Brasília – UniCEUB. O presente trabalho trata da importância do Fluxo de Caixa como instrumento de gerenciamento financeiro, onde evidencia a estimativa de liquidez como ponto relevante na tomada de decisões. Propõe-se a contribuir para a gestão das empresas, oferecendo uma ferramenta de controle financeiro. O modelo de Fluxo de Caixa adaptado neste trabalho permite uma visualização antecipada das necessidades ou sobras de caixa no curto prazo que, ensejando simulações, auxilia o gestor a planejar seu negócio. Ao final, o estudo dá ao gestor uma visão holística das atividades da organização. Projeta as entradas e saídas do caixa, bem como todo o conjunto de decisões que afetam direta e indiretamente sua saúde financeira. A pesquisa permitiu concluir que o Fluxo de Caixa concede aos gestores estimarem as operações a serem realizadas pela empresa, facilitando a análise e decisão de comprometer recursos financeiros, de selecionar o uso das linhas de crédito menos onerosas, de determinar o quanto à organização dispõe de capital próprio, bem como utilizar as disponibilidades da melhor forma.

Palavras-chave: Fluxo de Caixa – Gestão – Planejamento.

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SUMÁRIO

Assunto PÁG. 1 INTRODUÇÃO ----------------------------------------------------------------------------- 9

2 REVISÃO DA LITERATURA E DISCUSSÃO DOS DADOS-------------------- 12

2.1 A Importância do Fluxo de Caixa---------------------------------------------------- 13

2.2 O Processo de Planejamento ------------------------------------------------------- 15

2.2.1 Importância do Planejamento----------------------------------------------------- 17

2.2.2 Prazo de Planejamento do Fluxo de Caixa------------------------------------ 17

2.3 Elaboração do Fluxo de Caixa------------------------------------------------------ 18

2.3.1 Transações que Aumentam o Caixa (disponível)--------------------------- 20

2.3.2 Transações que Diminuem o Caixa (disponível)---------------------------- 20

2.3.3 Transações que não Afetam o caixa------------------------------------------- 20

2.4 Modelo de Fluxo de Caixa----------------------------------------------------------- 20

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS------------------------------------------------------------ 26

REFERENCIAS ----------------------------------------------------------------------------- 28

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1 INTRODUÇÃO

O cenário empresarial globalizado tem inserido várias mudanças na

economia mundial, forçando nações a reverem suas políticas de desenvolvimento

para se adequarem à realidade mundial. Segundo Porter (1986), esta nova ordem

traz novos desafios à gestão dos negócios, induzindo as empresas a reverem suas

políticas gerenciais.

O acirramento da competitividade exige das empresas maior eficiência na

gestão de seus recursos, e como parte integrante do sistema, busca cumprir seu

papel junto à sociedade. Esta busca pela melhoria e eficiência na aplicação dos

recursos induz os responsáveis pela gestão empresarial a avaliarem suas decisões

embasadas em informações consistentes.

As constantes mudanças, tanto na política como nos negócios, impulsiona

as organizações à busca de qualidade nas informações gerenciais, o que se

transformou em elemento determinante para sua sobrevivência e continuidade no

mercado.

O presente trabalho aborda a necessidade de a gestão empresarial

acompanhar o desempenho da empresa através de sua capacidade de geração de

caixa. Neste contexto, se destaca o fluxo de caixa como instrumento que possibilita

o planejamento e o controle dos recursos financeiros, proporcionando visão clara da

administração do capital de giro.

A pesquisa teve por base o tema Fluxo de Caixa, cuja delimitação ficou

assim estabelecida: Fluxo de Caixa - ferramenta de gestão empresarial.

Para empresas novas ou em fase de desenvolvimento, a projeção do fluxo

de caixa pode significar a diferença entre sucesso e fracasso. Já para as demais,

mostra seu comportamento, podendo detectar se está em crescimento ou

estagnada.

O fluxo de caixa é uma demonstração dinâmica, que oferece ao gerente

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financeiro uma bagagem de informações que o ajudará na tomada de decisões.

Representa a previsão, o controle e o registro de entradas e saídas financeiras

durante determinado período, contendo informações sobre a vida financeira da

empresa.

Segundo Zdanowicz (1998, p.19) “O fluxo de caixa é o instrumento que

permite ao administrador financeiro planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar

os recursos financeiros de sua empresa para um determinado período”.

Através dele, obtêm-se informações sobre o estado de liquidez, capacidade

de a empresa aplicar recursos e/ou se há necessidade de buscar empréstimo. Pois

na circunstância econômica em que a competitividade no mercado está cada vez

mais disputada, o mínimo que se espera de uma empresa é controle do seu fluxo de

caixa.

A limitação de recursos de uma maneira geral, com implicações daí

decorrentes de um lado e, de outro, a necessidade de produzir mais e melhor, a

valores competitivos, para um mercado cada dia mais exigente têm requerido

crescente competência da atividade empresarial, tanto em termo de sobrevivência

dentro dessa realidade, quanto, mais ainda, em termos de alcançar justa

remuneração para os investimentos.

É um trabalho difícil e nem sempre satisfatório, para isso as empresas

buscam resolver esse problema de varias formas, aliando a contabilidade oficial à

informações gerenciais. Essas evidências motivaram a realização deste trabalho

Fluxo de Caixa e sua Importância como ferramenta de gestão.

O objetivo geral do trabalho é demonstrar a importância da utilização do

Fluxo de Caixa nas empresas, como instrumento de gestão para tomada de

decisões. E para esse objetivo, foram utilizados os seguintes objetivos específicos:

explanar a importância do fluxo de caixa, dissertar sobre o processo do

planejamento do Fluxo de Caixa e sua respectiva importância, oferecer modelo

específico de fluxo de caixa demonstrando sua utilidade.

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A metodologia utilizada foi bibliográfica, realizada em revisão de literatura

para comentar o que já foi escrito sobre o tema proposto, analisando os

procedimentos e modelos adotados sobre a elaboração de fluxo de caixa, que

venham ao encontro das necessidades das empresas. Trata também de pesquisa

explicativa que visa à proposição de instrumento que servirá de orientação à gestão

financeira.

O presente trabalho não apresenta algo novo, mas evidencia a existência de

ferramentas eficazes na gestão empresarial. Como exemplo disso, o Fluxo de Caixa,

que quando feito com seriedade na gestão de uma empresa, contribui para o

acompanhamento das diretrizes e para o alcance das metas estabelecidas.

O trabalho esta estruturado em três capítulos. O primeiro com introdução,

contem informações gerais sobre o tema, delimitação, objetivo de pesquisa,

problema e metodologia utilizada para a pesquisa.

O segundo capitulo trata do desenvolvimento propriamente dito e o terceiro

apresenta o desfecho conclusivo evidenciado pela pesquisa.

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2 REVISÃO DA LITERATURA E DISCUSSÃO DOS DADOS

A empresa realiza operações da venda, compras e investimentos todos os

dias que abrem as suas portas. Às vezes, o volume de numerários é maior ou

menor, dependendo do período em que se realizam as compras e as vendas, bem

como do interesse do mercado pelos produtos e serviços da empresa.

Segundo Zdanowicz (1995, p.37), “denomina-se fluxo de caixa de uma

empresa ao conjunto de ingressos e desembolsos de numerários ao longo de um

período determinado”.

Com a realidade de mercado que as empresas estão enfrentando, a

crescente globalização da economia exigindo mais competitividade, a acelerada

evoluções tecnológica tornando cada vez menores os ciclos de produção, a

necessidade de cativar e encantar os clientes, sendo eles diariamente mais

exigentes e conscientes das alternativas que lhe são oferecidas, tem requerido das

empresas e dos indivíduos esforço contínuo de melhoria de seus processos

operacionais e de seus modelos de gestão.

Segundo (Zdanowicz, 1998),

Produzir mais e melhor, a valores competitivos, e, paralelamente, alcançar resultados suficientes para remunerar os investimentos realizados e necessários para manter e alargar a capacidade de reinvestir, essa conjugação de fatores aqui representados é que se reflete na administração do fluxo de caixa, constituindo-se num grande desafio para os administradores e os profissionais da área financeira.

O processo administrativo leva os gestores a buscarem incansavelmente

alternativas para superar os desafios encontrados no seu dia-a-dia.

De acordo com Zdanowicz (1998, p. 35) “o fluxo de caixa é um instrumento

útil ao processo de tomada de decisão, ou seja, através de prévias análises

econômico-financeiras e patrimoniais, obtêm-se as condições necessárias para

definir as decisões corretas”.

A escassez de recursos financeiros e o elevado custo para sua captação,

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juntamente com a falta de planejamento e controle, têm contribuído para que muitas

empresas encerrem suas atividades. Em épocas de crise, o gestor precisa de

informações contábeis precisas e oportunas para apoiar o processo decisório.

2.1 A Importância do Fluxo de Caixa

De acordo com Campos Filho (1997), “Entende-se como Fluxo de Caixa o

registro e controle sobre a movimentação do caixa de qualquer empresa,

expressando as entradas e saídas de recursos financeiros ocorridos em

determinados períodos de tempo”.

O Fluxo de Caixa assume importante papel no planejamento financeiro das

empresas. Portanto, constitui-se num exercício dinâmico, que deve ser

constantemente revisto, atualizado e utilizado na tomada de decisões.

Para Zdanowicz (1998, p. 33), “o fluxo de caixa é o instrumento que permite

demonstrar as operações financeiras que são realizadas pela empresa”, o que

possibilita melhores análises e decisões quanto à aplicação dos recursos financeiros

de que a empresa dispõe.

O Fluxo de Caixa constitui ferramenta importante para a boa administração e

avaliação das organizações. Sua adoção possibilita boa gestão dos recursos

financeiros, evitando situações de insolvência ou falta de liquidez que representam

sérias ameaças à continuidade das organizações.

A conveniente utilização da ferramenta fluxo de caixa também possibilita o

conhecimento do grau de independência financeira das organizações, com base na

avaliação de seu potencial para geração de recursos no futuro, saldar seus

compromissos e remunerar seus empreendedores.

A ferramenta fluxo de caixa viabiliza, ainda, a avaliação da capacidade de

financiamento do seu capital de giro ou se depende de recursos externos, permitindo

conhecer a capacidade de expansão com recursos próprios, gerados a partir de

suas próprias operações e aferir o potencial efetivo das organizações para

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programar decisões de investimento, financiamento, distribuição de lucros e/ou

pagamento de dividendos.

Também, gera indicadores do momento ideal para a realização de

empréstimos ou captações de recursos externos, tanto para a cobertura de

eventuais situações de déficits, como para implementar decisões que dependem de

contribuição adicionais, além de orientar as aplicações dos excedentes de caixa

(superávits) no mercado financeiro. Possibilita maiores ganhos para a organização e

melhor compatibilização dos prazos.

Segundo Frezatti (1997, p. 27), “A geração de caixa é algo fundamental na

organização, em seu estágio inicial, em seu desenvolvimento e mesmo no momento

de sua extinção”.

Considerar o fluxo de caixa de uma organização instrumento gerencial, não

significa que ela vai prescindir da contabilidade e dos relatórios gerenciais por ela

gerados. Ao contrário, com o fortalecimento dos relatórios gerenciais gerados pela

contabilidade, se pretende aliar a potencialidade do fluxo de caixa para melhor

gerenciar suas decisões.

Trata-se de considerar que o fluxo de caixa também deve ser recepcionado

como instrumento que traga subsídios para o processo de tomada de decisões. O

simples reconhecimento disso já é um passo para que os gestores do negócio

possam dispor de informações adequadas.

Segundo Frezatti (1997, p. 24), é muito comum em uma situação crítica de

falta de liquidez de uma empresa, a priorização do caixa. Empresas em dificuldades

de negócios, concordatárias e/ou que estejam tentado evitar a falência, colocam-se

desesperadamente nas mãos do fluxo de caixa para perseguir a saída das situações

de dificuldade. Para uma perfeita análise das informações, o Fluxo de Caixa de uma

organização, deve apresentar estrutura com determinado grau de detalhamento,

para que o administrador possa analisar entender e decidir adequadamente sobre

sua liquidez.

Segundo Yoshitake e Hoji (1997, p. 149), os analistas de balanços com

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visão moderna dão mais importância ao fluxo de caixa:

[...] não é muito importante saber se uma empresa teve lucro ou prejuízo em determinado exercício, pois o resultado pode ter sido maquilado por algum artifício contábil permitido pela lei e, portanto, sem conhecer o fluxo de caixa, não se pode saber que capacidade a empresa tem em gerar receita.

Os Fluxos Operacionais representam todos os gastos relacionados com a

produção e comercialização dos bens e serviços da empresa. Devem conter como

entradas a cobrança das vendas dos produtos/serviços gerados e comercializados,

e como saídas, os elementos que estão ligados à geração, administração e

comercialização de produtos como: pagamentos a fornecedores, gastos com

serviços públicos.

Os Fluxos de Investimentos envolvem a aquisição e venda de ativos que

serão utilizados na produção de bens uso serviços, concessão e recebimento de

empréstimos, movimentações relativas às aplicações financeiras e participações em

outras empresas.

São consideradas entradas de Atividades de Investimentos: recebimento de

empréstimos concedidos, recebimentos por resgate de aplicações financeiras,

recebimento por vendas de participações acionárias em outras empresas dentre

outras. E como saídas: desembolso por concessão de empréstimos, pagamento

para aquisição de título financeiro, pagamentos para aquisição de participação

acionária em outras empresas.

Segundo Campos Filho (1999, p. 27) “A maneira mais fácil de definir

Investimento é por meio da relação descrita e o conceito é, basicamente, o mesmo

que a maioria dos profissionais já tem, em linhas gerais, corresponde ao grupo Ativo

Permanente do Balanço Patrimonial”.

Os Fluxos de Financiamento que fazem o somatório dos demais fluxos, no

caso de sobras dos recursos, existe saída para aplicação. E na falta de caixa, existe

resgate de investimento ou mesmo captação de recursos.

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2.2 O Processo de Planejamento

O processo de planejamento do Fluxo de Caixa da empresa consiste em

implantar estrutura de informações útil, prática e econômica. A proposta é dispor de

mecanismo seguro para estimar os futuros ingressos e desembolsos de caixa da

empresa.

Zdanowicz afirma, (1995, p. 50) “é importante o planejamento do fluxo de

caixa, porque irá indicar antecipadamente as necessidades de numerários para o

atendimento dos compromissos que a empresa costuma assumir com prazos certos

para serem saldados”.

O fluxo de caixa é um dos instrumentos mais eficientes de planejamento e

controle financeiro, o qual poderá ser elaborado de diferentes maneiras, conforme as

necessidades ou conveniências da empresa, a fim de permitir que se visualizem os

futuros ingressos de recursos e os respectivos desembolsos.

O Fluxo de Caixa projetado pode ser expresso de forma genérica pela

seguinte equação, segundo Zdanowicz (1995, p. 49):

SFC = SIC + I – D

Onde:

SFC = Saldo final de caixa;

SIC = Saldo inicial de caixa;

I = Ingressos

D = Desembolsos.

Nestes termos, o fluxo de caixa é o instrumento utilizado pelo administrador

financeiro, com a finalidade de detectar se o saldo inicial de caixa adicionado ao

somatório de ingressos, menos o somatório de desembolsos em determinado

período, apresentará excedentes de caixa ou escassez de recursos financeiros pela

empresas.

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Caso haja excedentes financeiros, permitirá ao administrador financeiro

estudar a destinação mais eficiente dos mesmos. Se houver escassez de recursos

financeiros, possibilitará a ele captar nas fontes menos onerosas do mercado.

Cumpre destacar que, na captação e na aplicação de recursos financeiros por parte

da empresa, deverá ser fixado, entre outros fatores, o prazo de operação.

Por exemplo, na aplicação de recursos no mercado financeiro (fundo de

Aplicações Financeiras), o administrador financeiro deverá levar em consideração

não só a taxa de juros que será paga pela instituição financeira, mas também a

segurança da operação e o período que excede, será aplicado, pois a empresa é

indústria, comércio ou prestadora de serviços, e não uma especuladora no mercado

financeiro.

2.2.1 Importância do Planejamento

É importante o planejamento do fluxo de caixa, porque irá indicar

antecipadamente as necessidades de numerário para o atendimento dos

compromissos que a empresa costuma assumir, considerando os prazos para serem

saldados. Com isso, o administrador financeiro estará apto a planejar com a devida

antecedência, os problemas de caixa que poderão surgir em conseqüência de

reduções cíclicas das receitas ou de aumento no volume dos pagamentos.

Segundo Gitman, (1997, p. 586)

[...] O planejamento de caixa é a espinha dorsal da empresa. Sem ele não se saberá quando haverá caixa suficiente para sustentar as operações ou quando se necessitará de financiamentos bancários. Empresas que continuamente tenham falta de caixa e que necessitem de empréstimos de última hora, poderão perceber como é difícil encontrar bancos que as financie.

Outro papel importante que desempenha o fluxo de caixa é a possibilidade

de evitar a programação de desembolsos vultosos para período em que o ingresso

orçado seja baixo por questões de mercado, por exemplo.

O planejamento do fluxo de caixa permite ao administrador financeiro

verificar se poderá realizar aplicações a curto prazo com base na liquidez, na

rentabilidade e nos prazos de resgate.

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O fluxo de caixa é de vital importância para a eficiência econômico–

financeira e gerencial das empresas, sejam elas, micro, pequenas, médias ou

grandes. Muitas instituições de crédito exigem sua apresentação antes de

concederem empréstimos a seus clientes.

2.2.2 Prazo de Planejamento do Fluxo de Caixa

Segundo Zdanowicz (1995, p. 51),

[...] O período abrangido pelo planejamento do fluxo de caixa depende do tamanho e ramo de atividade da empresa. Em geral, quando as atividades estão sujeitas a grandes oscilações, a tendência é para estimativas com prazos curtos (diário, semanal, mensal), enquanto as empresas que apresentam volume de vendas estável, preferem projetor o fluxo de caixa para período longos (trimestral, semestral ou anual).

A finalidade do planejamento também influi no período abrangido pelo

mesmo. Por exemplo, para um programa de investimento intensivo por parte da

empresa, torna-se conveniente planejamento mais detalhado, referente a um prazo

menor, para se dar idéia aproximada da projeção de saldos mensais durante o

exercício social.

Como toda a empresa tem mais de uma espécie de necessidade financeira,

precisa ter estimativas com prazos variáveis, de acordo com as respectivas

finalidades.

Frezatti (1999) afirma que “É importante à empresa trabalhar com um

planejamento mínimo para três meses. O fluxo de caixa mensal deverá,

posteriormente, transformar-se em semanal e este em diário”.

O modelo diário fornecerá a posição dos recursos em função dos ingressos

e desembolsos de caixa, constituindo-se em poderosos instrumentos de

planejamento e controle financeiros para empresa.

Segundo Zdanowicz (2001, p. 51) “O planejamento do fluxo de caixa em

longo prazo dispensa a apresentação de muitos detalhes, pois tem em vista apenas

relacionar alterações significativas nos futuros saldos de caixa da empresa”.

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2.3 Elaboração do Fluxo de Caixa

Segundo Zdanowicz, (1995) “A projeção do fluxo de caixa depende de vários

fatores, como o tipo de atividade econômica, o porte da empresa, o processo de

produção e/ou comercialização, se é contínuo ou não”.

O fluxo de caixa é um dos instrumentos mais eficientes de planejamento e

de controle financeiro, o qual poderá ser elaborado de diferentes maneiras,

conforme as necessidades ou conveniências de cada empresa, a fim de permitir que

se visualizem os ingressos de recursos e os respectivos desembolsos.

O período ideal para um planejamento de pelo fluxo de caixa é um mínimo

de três meses, segundo Zdanowicz (1995).

O fluxo de caixa mensal deverá, posteriormente, transformar-se em semanal

e este em diário. O modelo diário fornecerá a posição dos recursos em função dos

ingressos e dos desembolsos de caixa, e constitui-se em poderoso instrumento de

planejamento e de controle financeiro para a empresa.

Elabora-se o fluxo de caixa a partir das informações recebidas dos diversos

departamentos, setores, seções da empresa, de acordo com o cronograma anual ou

mensal de ingressos e de desembolsos, remetidos ao departamento ou gerência

financeira.

Segundo Zdanowicz, (1995, p. 52) as seguintes informações ou estimativas,

segundo os períodos de tempo, são úteis para a elaboração do fluxo de caixa:

a) projeção de vendas, considerando-se as prováveis proporções entre as

vendas à vista e a prazo da empresa;

b) estimativa das compras e as respectivas condições oferecidas pelos

fornecedores;

c) levantamento das cobranças efetivas com os créditos a receber de

clientes;

d) determinação da periodicidade do fluxo de caixa, de acordo com as

necessidades, tamanho, organização da empresa e ramo de atividade;

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e) orçamento dos demais ingressos e desembolsos de caixa para o período.

Para se fazer uns fluxos de caixa, devem-se conhecer todas as receitas

(com datas de entrada) e todas as despesas (com datas de vencimento).

As principais receitas são: vendas à vista, recebimento de vendas a prazo,

aumento de capital social, vendas dos itens do Ativo Permanente, receita de

aluguéis e resgate de aplicações no mercado financeiro. As principais despesas são:

custos para financiar o ciclo operacional da empresa (aluguel, mão-de-obra, matéria-

prima, luz, telefone, água), amortizar os empréstimos e/ou financiamentos.

Na elaboração do fluxo de caixa utilizam-se mapas auxiliares que são muito

úteis, eis alguns: mapa auxiliar de recebimento de vendas a prazo, de recebimento

de vendas a prazo com atraso, de pagamentos das compras a prazo, planilha de

recebimentos, planilha de projeção das compras, planilha de pagamentos, planilha

de despesas administrativas.

2.3.1 Transações que Aumentam o Caixa (disponível)

A disponibilidade do caixa aumenta através de algumas transações:

Integralização do capital pelos sócios ou acionistas, empréstimos bancários e

financeiros, venda de itens do Ativo Permanente, vendas à vista e recebimento de

duplicatas a receber, outras entradas, como juros recebidos, dividendos recebidos,

indenizações de seguros.

2.3.2 Transações que Diminuem o Caixa (disponível)

A diminuição da caixa se dá com o pagamento de dividendos a acionistas,

pagamento de juros, correção monetária da dívida e amortização da dívida,

aquisição de itens do Ativo Permanente, compras a vista e pagamento de

despesa/custo conta a pagar e outros pagamento de fornecedores,

2.5.3Transações que não Afetam o Caixa

Há também transações que não afetam o caixa da empresa, depreciação,

amortização e exaustão que são reduções de Ativo, sem afetar o caixa, provisão

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para devedores duvidosos estimativa de prováveis perdas com clientes que não

representa o desembolso ou encaixa, acréscimo (ou diminuição) de itens de

investimentos pelo método de equivalência patrimonial, assim como correção

monetária poderá haver aumentos ou diminuições em itens de investimentos sem

significar que houve vendas ou novas aquisições.

2.4 Modelo de Fluxo de Caixa

O fluxo de caixa é elaborado de acordo com o tipo de atividade econômica,

dependendo também do porte da empresa e de seu processo de comercialização.

Considerando-se a legislação tributária vigente, as empresas de pequeno

porte classificam-se em optantes e não optantes pelo SIMPLES, em nível federal,

segundo o ramo de atividade e faturamento anual, conforme a lei nº. 9.317/96 e

alterações posteriores. Sendo optante pelo SIMPLES elas classificam-se em micro-

empresa ou empresa de pequeno porte, de acordo com o faturamento anual.

Também na esfera estadual, as empresas classificam-se em micro-empresa,

empresa de pequeno porte dependendo da receita bruta e ramo da atividade.

Como modelo, foi usada hipoteticamente uma empresa de pequeno porte

optante pelo simples em níveis federal e estadual, sendo firma individual, que tem

por atividade comercial a venda de produtos farmacêuticos, não possuindo

estabelecimento próprio e com quatro funcionários. Esta empresa denomina-se-a

“Drogaria Remedin”. As transações financeiras da empresa – Drogaria Remedin –

estão a seguir relacionadas.

A entrada de recursos é com recebimentos através de vendas a vista (80%)

e a prazo - 30 dias (20%); Não houve outras entradas de caixa, como venda de ativo

permanente, financiamento e integralização de capital.

Os desembolsos são com: fornecedores (mercadorias – à vista 80% e a

prazo 20% em 30 dias. Já os transportes são a vista). Remuneração de pessoal

(salários, férias, 13º salário) no quinto dia útil, encargos sociais (FGTS) no sétimo dia

do mês seguinte, impostos e taxas (SIMPLES, ICMS, IPTU, alvará de localização e

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de saúde) no 10º dia do mês seguinte, financiamentos bancários no vencimento,

despesas administrativas (aluguel, telefone, honorários “pró-labore”, água, luz) no

quinto dia, despesas financeiras (despesas bancárias no dia 30 e juros a pagar

quando ocorrer), e outros. O saldo inicial de caixa é igual ao de 31.12. X0, no valor

de R$ 2.000,00.

Outros dados da empresa a serem considerados na elaboração do fluxo de

caixa: o nível desejado de caixa para o mês seguinte é de 5% a mais em relação ao

anterior. Em caso de excedentes, será aplicado no mercado financeiro, para resgate

em 30 dias.Havendo escassez de recursos, a empresa captará recursos em Bancos,

com amortização em 60 dias.

De acordo com transações anteriores, projetou-se um período de atividade

de dezembro de x0 a junho x1.

Quadro nº. 1. Demonstrativo das projeções de transações no período considerado.

Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio JunhoVendas mercadorias 15.000,00 12.000,00 18.000,00 15.000,00 17.000,00 20.000,00 23.000,00 Compras mercadorias 7.500,00 6.000,00 9.000,00 7.500,00 8.500,00 10,000,00 11.500,00 Remuneração pessoal 3.000,00 2.500,00 3.200,00 3.000,00 3.000,00 4.000,00 4.200,00 Encargos Sociais 240,00 200,00 256,00 240,00 240,00 320,00 336,00 Financiam.e Emprést,Despesas Administrat.Luz 48,00 40,00 52,00 48,00 50,00 56,00 59,00 Água 25,00 25,00 25,00 25,00 25,00 25,00 25,00 Aluguel 400,00 400,00 400,00 400,00 400,00 400,00 400,00 Telefone 62,00 65,00 61,00 70,00 61,00 72,00 80,00 Honorários 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 Pro-labore 900,00 900,00 900,00 900,00 900,00 900,00 900,00 Material de Escritório 22,00 15,00 18,00 25,00 20,00 30,00 25,00 Despesas Financeiras 55,00 50,00 60,00 55,00 58,00 62,00 65,00 Impostos e taxasSIMPLES(5,4%) 810,00 648,00 972,00 810,00 918,00 1.080,00 1.242,00 ICMS 750,00 600,00 900,00 750,00 850,00 1.000,00 1.150,00 IPTU 35,00 35,00 35,00 35,00 35,00 35,00 35,00 Alvarás localizaç e saúd 320,00 Fonte: Acadêmico Silvestre Q.Gonçalves em pesquisa monográfica.

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Quadro nº. 2. Mapa de recebimento de vendas:

Dezembro 15.000,00 3.000,00 Janeiro 12.000,00 2.400,00 Fevereiro 18.000,00 3.600,00 Março 15.000,00 3.000,00 Abril 17.000,00 3.400,00 Maio 20.000,00 4.000,00 Junho 23.000,00

Venda mês 9.600,00 14.400,00 12.000,00 13.600,00 16.000,00 18.400,00 Somatorio 12.600,00 16.800,00 15.600,00 16.600,00 19.400,00 22.400,00

Receita janeiro fevereiroRecebimento/vendas março abril maio junho

:

Fonte: Acadêmico Silvestre Q.Gonçalves em pesquisa monográfica.

O mapa de recebimento de venda foi disposto na planilha onde o valor de

venda mês é multiplicado pela porcentagem da venda mês.

Quadro nº. 3. Mapa de pagamento de compras: Pagamentos/Compras janeiro fevereiro março abril maio junho

Dezembro 7.500,00 1.500,00

Janeiro 6.000,00 1.200,00

Fevereiro 9.000,00 1.800,00

Março 7.500,00 1.500,00

Abril 8.500,00 1.700,00

Maio 10.000,00 2.000,00

Junho 11.500,00

Compras mês

4.800,00 7.200,00 6.000,00 6.800,00 8.000,00 9.200,00

Somatório 6.300,00 8.400,00 7.800,00 8.300,00 9.700,00 11.200,00

Fonte: Acadêmico Silvestre Q.Gonçalves em pesquisa monográfica.

O mapa de compra de mercadorias foi disposto em planilha onde o

somatório é o desembolso que foi efetuado a fornecedores mês a mês, sendo parte

à vista e parte a prazo. A seguir estes valores foram transportados para o quadro do

fluxo de caixa.

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Quadro nº. 4. Fluxo de Caixa Método Direto.

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho1- ENTRADASReceita de vendas à vista 9.600,00 14.400,00 12.000,00 13.600,00 16.000,00 18.400,00 Receita de vendas a prazo 3.000,00 2.400,00 3.600,00 3.000,00 3.400,00 4.000,00

TOTAL DAS ENTRADAS 12.600,00 16.800,00 15.600,00 16.600,00 19.400,00 22.400,00 2- SAÍDASCompras à vista 4.800,00 7.200,00 6.000,00 6.800,00 8.000,00 9.200,00

Remuneração de pessoal 2.500,00 3.200,00 3.000,00 3.000,00 4.000,00 4.200,00 Encargos Sociais 200,00 256,00 240,00 240,00 320,00 336,00 Financiamentos e empret.Despesas AdministrativasLuz 40,00 52,00 48,00 50,00 56,00 59,00 Agua 25,00 25,00 25,00 25,00 25,00 25,00 Aluguel 400,00 400,00 400,00 400,00 400,00 400,00 Telefone 65,00 61,00 70,00 61,00 72,00 80,00 Honorários 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 Pro-labore 900,00 900,00 900,00 900,00 900,00 900,00 Materiais de escritorio 15,00 18,00 25,00 20,00 30,00 25,00 Despesas Financeiras 50,00 60,00 55,00 58,00 62,00 65,00 Impostos e taxasSIMPLES(5,4%) 648,00 972,00 810,00 918,00 1.080,00 1.242,00 ICMS 600,00 900,00 750,00 850,00 1.000,00 1.150,00 IPTU 35,00 35,00 35,00 35,00 35,00 35,00

TOTAL DAS SAÍDAS 12.398,00 15.579,00 14.458,00 15.157,00 17.980,00 20.017,00 3-Diferença do período(1-2) 202,00 1.221,00 1.142,00 1.443,00 1.420,00 2.383,00

5- Disponib. Acum. (3+4) 2.202,00 3.321,00 3.347,00 3.758,25 3.851,00 4.935,56 6-Nível Desejado 2.100,00 2.205,00 2.315,25 2.431,00 2.552,56 2.680,19 7-Empréstimos a captar8- Aplicações no mercado (102,00) (1.116,00) (1.031,75) (1.327,25) (1.298,44) (2.255,37) 9- Amortizações10- Resgates 102,00 1.116,00 1.031,75 1.327,25 1.298,44

2.431,00 2.552,56 2.680,19 11- SALDO FINAL DE CAIXA

2.100,00 2.205,00 2.315,25

4- SALDO INICIAL DE CAIXA 2.000,00 2.100,00 2.205,00 2.315,25 2.431,00 2.552,56

320,00

1.500,00 1.200,00 1.800,00 1.500,00

Receita de operações bancarias

Financiamentos e empret.

Pagamento de forneced.

Alvarás Localiz e saud

1.700,00 2.000,00

Fonte: Acadêmico Silvestre Q.Gonçalves em pesquisa monográfica.

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Com base nas transações de períodos anteriores, o administrador da

empresa analisada projetou sua atividade para o próximo semestre tendo, com isso,

a possibilidade de tomar decisões em relação ao saldo excedente disponível em

caixa, podendo inclusive modificar sua política de compra e venda.

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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A contabilidade já não pode mais a limitar-se a registrar fatos passados e a

manter livros fiscais escriturados com o único fim de recolhimento de tributos e o

cumprimento de obrigações acessórias. Não que o registro e a boa ordem das

informações passadas não sejam importantes e necessárias, mas porque seu papel,

cada vez mais, passa a ser cobrado como atividade integrada ao todo das

organizações.

Pensar em contabilidade para a empresa atual, significa pensar em sistema

integrado de informações que espelhe a realidade da situação passada e atual, mas

que também seja capaz de fomentar estudos prospectivos e projetivos perfeitamente

sintonizados com todas as demais áreas da empresa (ZDANOWICZ, 2001).

Buscou-se nesse trabalho apresentar ferramentas para evidenciar um dos

ativos mais importantes de uma empresa, o Disponível, pois é ele que supre as

necessidades básicas diárias de uma organização, permitindo a continuidade de seu

funcionamento.

O fluxo de caixa é apresentado como instrumento essencial para a gestão

do disponível. A empresa que mantém continuamente atualizado seu fluxo de caixa

poderá dimensionar a qualquer momento o volume de entradas e saídas de recursos

financeiros, através de mudanças nos prazos de recebimentos e pagamentos, bem

como fixar o nível desejado de disponibilidade para o próximo período.

O estudo voltado para o desenvolvimento de novas ferramentas que

auxiliem o processo de tomada de decisão nas empresas deve ser incentivado.

Dentre os instrumentos gerenciais de caráter mais dinâmicos, o fluxo de caixa

merece destaque, seja por sua estreita relação com a situação de liquidez da

empresa, como pela propriedade de projetor situações futuras.

As dificuldades encontradas na gestão dos recursos financeiros de uma

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empresa, tomando-se por base dados históricos, relatórios elaborados pelo regime

de competência, fizeram, com que surgisse o fluxo de caixa, bastante evidenciado e

indispensável para a boa gestão das empresas.

Foram apresentadas formas e métodos de se elaborar um fluxo de caixa.

Não existe modelo melhor que outro tudo depende da necessidade de informação

do usuário.

É importante ressaltar que apesar de sua validade, o fluxo de caixa

apresenta limitações em oferecer informações que diz respeito ao lucro e aos custos

dos produtos da empresa. Isto porque sua elaboração é feita pelo regime de caixa e

não pelo princípio de competência.

O fluxo de caixa é mais um instrumento que o gestor e o analista de

mercado têm a seu alcance, para que, juntando-o às demais demonstrações

contábeis, possam tomar suas decisões com maior segurança.

O problema inicialmente formulado foi respondido. A pesquisa evidenciou

que a Demonstração de Fluxo de Caixa é importante instrumento de gestão

empresarial.

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REFERENCIAS

CAMPOS FILHO, Ademar. Demonstração dos fluxos de caixa: Uma ferramenta indispensável para administrar sua empresa. 2 ed. São Paulo: Atlas,1999.

FREZATTI, Fábio. Gestão do fluxo de caixa diário: como dispor de um instrumento fundamental para o gerenciamento do negócio. São Paulo: Atlas, 1997.

GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 7 ed. São Paulo: HARBRA 1997.

PORTER, Michael E. Estratégias competitivas. 18 ed. Rio de Janeiro: Campus, 1986.

YOSHITAKE, Mariano; HOJI, Masakazu. Gestão de tesouraria. São Paulo: Atlas, 1997.

TELES, Egberto Lucena. A demonstração do fluxo de caixa como forma de enriquecimento das demonstrações contábeis exigidas por lei. Revista Brasileira de Contabilidade. Brasília: ano XXVI, nº 5, p.64-71, jul.1997, p.69.

ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de caixa: uma decisão de planejamento e controle financeiro. 6 ed. São Paulo: Sagra Luzzatto,1995.

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