setembro 2012 - ciências naturais com tic pressa de ver passar dom quixote e sancho pança. ao...
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Setembro 2012 seg ter qua qui sex sáb dom
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Os Moinhos de São Félix
De braços abertos ao mar,
Moem sonhos na lembrança,
Sem pressa de ver passar
Dom Quixote e Sancho Pança.
Ao largo, fitam castelos,
Que o horizonte escondeu
Da sereia de olhos belos
Que os marinheiros perderam.
Do vento, que os faz girar.
Em seco, fica o sinal,
De que não podem parar
De moer eiras de sal.
Virgílio dos Santos
Francisco e Eduardo, 8ºE
Outubro 2012 seg ter qua qui sex sáb dom
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Criei a alma. A vegetação de países
irrepetíveis. Vastos bosques orlam os caminhos. Os muros
dão para o mar. as aves pontuam o céu. As ondas arremessam-se
sobre o litoral. O poema é cruel,
indeciso.
Preparei a nostalgia violenta da criação. Sentei-me
nos bares marítimos de cidades inglesas, esperando barcos
que não vieram. Invoquei regressos, longas
viagens, percursos espirituais. Cada dia me trouxe
uma diferente sensação
As folhas juncam o chão. O terror
assola o planalto, as populações mórbidas
do poente. Uma voz canta as mulheres obscuras
de Southampton. Chove no poema
há alguns anos. O poeta abre, finalmente,
o chapéu-de-chuva.
Nuno Júdice
Outono
Diogo e Fernando, 8ºE
Novembro 2012 seg ter qua qui sex sáb dom
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David, 8ºE
Ambiente no Inverno
Vamos cuidar
Da mãe Natureza
Preservando a vida
Do nosso Planeta.
Não desperdicem água
Para não faltar
Separe todo lixo
Para reciclar.
Não destruam as matas
Árvores e flores
Que enfeitam o mundo
Com as suas cores.
Não poluam o ar
Isso não é legal
Na certa vai causar
O aquecimento global.
Vamos trabalhar
Nessa tarefa urgente
Para preservar no Inverno
O nosso meio ambiente.
Leila Maria Grillo
Dezembro 2012 seg ter qua qui sex sáb dom
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Num dia de Sol no Inverno
Vou por entre as árvores despidas,
cheias de sons e movimentos,
de passarinhos contentes com a vida,
que pululam e chilreiam,
em alegres momentos.
Até o Liz,
que carrega os pecados dos homens,
hoje brilha, e corre feliz,
flúi em águas rasteiras,
reflectindo o céu e as nuvens.
Neste dia, em tudo o que contemplo,
vejo sorridentes paisagens.
Serão mesmo reais?
Ou imaginárias miragens?
Voltei a ter vontade,
de esvaziar as ideias em papel!
Havia de ser eterno,
o sentimento que me trouxe este dia de Inverno
Marco
Carolina e Iara, 8ºE
Janeiro 2013 seg ter qua qui sex sáb dom
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Poema de um dia frio
Aqui aguardo o Sol como quem espera
o pão que mata a fome.
O Sol é bom. Aquece e ilumina,
dizem os livros, mas não dizem tudo.
Quando assoma no céu, quase líquido, em sangue,
a Natureza inteira aos gritos o aclama,
e o galo, esse concentrado de vida, truculento e imoral,
finca os pés no poleiro,
entesa-se e dispara
o seu clarim de guerra.
É uma explosão de amor,
o encontro dos amantes que há muito não se viam,
que se apertam com as unhas
e se comem com os dentes.
O Sol é bom.
Aos jovens dá cansaço e aos velhos energia.
Quando vier o Sol
levantarei a fronte destemida
como os heróis da banda desenhada,
e cantarei de galo.
Tudo estremecerá à minha volta,
mas eu, modesto,
a todos falarei com modos brandos
e continuarei a tricotar a minha túnica
como se o Sol estivesse no ocaso.
António Gedeão
Andreia e Bernardo, 8ºE
Fevereiro 2013 seg ter qua qui sex sáb dom
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Mar Sonoro
Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim,
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho,
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Catarina Mestre, Carolina Mestre e Cláudia Costa, 8ºE
Março 2013 seg ter qua qui sex sáb dom
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Tatiana e Rita Caetano, 8ºE
Primavera
Ó cuco lá da roseira
Quantos anos faltam
P’ra deixar de ser solteira?
Ó cuco lá do pinhal,
Quantos anos faltam
P’ró meu enxoval?
Ó cuco lá do pomar,
Quantos anos faltam
P’ra me eu casar?
E eu escondi, nas mãos,
A luz do meu rosto
E fiquei à espera;
E o cuco cantou,
Uma vez só:
Primavera!
Matilde Rosa Araújo
Abril 2013 seg ter qua qui sex sáb dom
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José Augusto e Rui Martins, 8ºE
Meio ambiente
O meio ambiente agoniza!
A natureza pede socorro!
As matas pedem conservação
Os bichos pedem preservação
O ar não quer poluição
A água não quer contaminação
E o homem quer solução
Ele não sabe que é a solução!
Para melhorar a situação
Para a próxima geração!
Com muitas árvores para refrescar
Variedade de animais para admirar
Ar puro para respirar
Água cristalina para tomar.
Tudo isso depende de mim
Tudo isso depende de você
Tudo isso depende de nós...
Vamos nos conscientizar
De que nossos hábitos devemos mudar
Novas atitudes devemos tomar.
Aprender a conservar
Aprender a respeitar
Aprender a reciclar
Para o meio ambiente preservar
E a vida melhorar...
Mena Moreira
Maio 2013 seg ter qua qui sex sáb dom
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Poema da Minha Natureza
Crescem as flores no seu dever biológico,
e as cores que patenteiam, por sua natureza,
só podem ser aquelas, e não outras.
Vermelhas, amarelas, cor de fogo,
lilazes, carmezins, azuis, violetas,
assim, e só assim,
tudo conforme a sua natureza.
Ásperas são as folhas, macias, recortadas
ou não, tudo conforme;
e o aprumo como tal,
ou rasteiras, ou leves, ou pesadas,
tudo no seu dever,
por sua natureza.
António Gedeão
Mariana e Rita Lourenço, 8ºE
Junho 2013 seg ter qua qui sex sáb dom
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Rodrigo e Paulo, 8ºE
Lenda da Cidade
A floresta tinha árvores
As árvores tinham ninhos.
Os ninhos tinham aves.
Os ovos tinham aves.
As aves tinham o canto,
No canto toda beleza.
Hoje não tem floresta,
Poucas são as árvores,
Poucos são os ninhos,
Poucas são as aves,
E é triste seu cantar.
. . . E a ave da cidade,
por falta de árvores,
fez seu ninho no telhado
ao lado da antena de tv . . .
Célio Albuquerque
Julho 2013 seg ter qua qui sex sáb dom
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José Raul e José Lopes, 8ºE
Natureza
Já viste uma pedra coberta de musgo?
Parece uma tela de grande pintor.
E é com certeza
pois quem a pintou foi a natureza.
Já ouviste a chuva, já ouviste o vento,
num rio, na fonte, a água a correr,
o cantar das aves ao entardecer?
Uma tal melodia
é obra de artista de muito valor.
O compositor foi a natureza,
que enche a nossa vida de som e de cor
e nunca se cansa de tanto pintar
e de tanto compor.
Regina Gouveia
Agosto 2013 seg ter qua qui sex sáb dom
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Faz de Conta
Faz de conta que sou abelha.
Eu serei a flor mais bela
Faz de conta que sou cardo.
Eu serei somente orvalho.
Faz de conta que sou potro.
Eu serei sombra em Agosto.
Faz de conta que sou choupo.
Eu serei pássaro louco,
Pássaro voando e voando
Sobre ti vezes sem conta.
Faz de conta, faz de conta.
Eugénio de Andrade
Soraya e Maria, 8ºE