semiótica e religião

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SEMIÓTICA E RELIGIÃO Caio Carlos de oliveira Isteferson Rosa de Melo RESUMO O presente artigo aborda do entrelaçamento entre uma parte da imensa literatura religiosa e a semiótica, ciência que tem como patrono Charles Sanders Peirce, norte-americano que, dentre outras habilidades, era matemático, filósofo e lógico. No primeiro momento elucida práticas religiosas pré-históricas e traça alguns paralelos com a suma importância da linguagem para seu desenvolvimento, depois aborda conceitos do símbolo peirciano e da simbologia religiosa com a intenção de criar pontos de convergência entre ambos e, por fim, faz uma análise de ressignificações contemporâneas dos símbolos religiosos por meio da música. Palavras-Chave: Religião; Linguagem; Semiótica. INTRODUÇÃO Este artigo tem como intuito apresentar um resumo de algumas das teorias desenvolvidas pelo norte-americano

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Semiótica e Religião - Um estudo do símbolo

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Page 1: Semiótica e Religião

SEMIÓTICA E RELIGIÃO

Caio Carlos de oliveira

Isteferson Rosa de Melo

RESUMO

O presente artigo aborda do entrelaçamento entre uma parte da imensa literatura

religiosa e a semiótica, ciência que tem como patrono Charles Sanders Peirce, norte-

americano que, dentre outras habilidades, era matemático, filósofo e lógico. No primeiro

momento elucida práticas religiosas pré-históricas e traça alguns paralelos com a suma

importância da linguagem para seu desenvolvimento, depois aborda conceitos do símbolo

peirciano e da simbologia religiosa com a intenção de criar pontos de convergência entre

ambos e, por fim, faz uma análise de ressignificações contemporâneas dos símbolos religiosos

por meio da música.

Palavras-Chave: Religião; Linguagem; Semiótica.

INTRODUÇÃO

Este artigo tem como intuito apresentar um resumo de algumas das teorias

desenvolvidas pelo norte-americano Charles Sanders Peirce (1839-1914) - muito embora o

foco seja o símbolo - para, assim, traçar alguns paralelos com uma das formas de

representação mais antigas do ser humano enquanto ser perceptivo, criativo e coletivo, a

religião. Para tanto, teremos como foco alguns símbolos religiosos que nos foram deixados

como legado por nossos ancestrais após milênios como legado por nossos ancestrais após

milênios de significação e subsequente ressignificação. Difícil seria escolher uma

potencialidade característica do ser humano como base principal, então imaginemos uma base

composta por vários blocos que interagem entre si de forma dinâmica, dentre esses blocos

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certamente estariam a potencialidade  religiosa (crença e mito) e a semiose característica da

nossa espécie, pois as duas têm a capacidade de criar linguagens e sociedades. Então,

evidencia-se fundamental todo tipo de abordagem que trace algum paralelo entre essas duas

potencialidades humanas e que cause efeito positivo qualquer.

RELIGIÃO NA PRÉ-HISTÓRIA

A palavra religião deriva do latim relegere, em que re, "de novo", está associado ao

verbo legere, "ler", comportando o sentido de "tomar com atenção". Logo, entende-se que

o momento religioso requer que sejamos tomados por uma atenção plena em sua prática

cotidiana. Existem várias outras definições para o advento da religião, de acordo

com Tiele (1830-1902), "religião significa a relação entre o homem e o poder sobre-humano

no qual ele acredita ou do qual se sente dependente. Essa relação se expressa em emoções

especiais (confiança, medo), conceitos (crença) e ações (culto e ética)". 

Embora talvez uma enorme quantidade de pessoas ainda hoje tenha a concepção de

que o fenômeno da religião seja algo "novo", não muito antes do antigo império egípcio (3200

a. C. ), existem sinais de que ela seja pré-histórica. O ser humano com sua semiose e polifonia

percebia e recodificava a realidade que se apresentava ao redor,  as constelações, as pedras, os

animais, os elementos da paisagem natural e a constatação da morte, tudo isso servia de

combustível para as representações de mundo que nos guiaram até aqui, ou seja, o visível

lançou o homem ao campo da espiritualidade e moralidade, fatores abstratos.  Atualmente

data-se as primeiras atividades religiosas do homem e mulher do Paleolítico por volta

de 35.000 ac. 

 

O indício mais antigo de prática relacionada à religião do homem e mulher pré-histórico, é o sepultamento. Que esta intimamente ligada, as fontes mais antigas e numerosas da pré-história, que são as ossadas. A prática da inumação revela uma preocupação com a vida após a morte. Isso é mais ressaltado ainda, nos detalhes de preparação e adereços encontrados em inúmeras sepulturas. Por exemplo, o ocre vermelho salpicado em cadáveres, é universalmente encontrado, podendo ser substituto ritual do sangue, símbolo da vida. A posição que o corpo é encontrado, também é coberta de significado. Ele é virado para o leste, marcando a intenção de tornar o destino da alma solidário com o curso do Sol, portanto a esperança de um renascimento. E também é posto em forma fetal, tendo a terra, no caso a cova, o simbolismo do útero.  (BEZERRA, 2011, p.2) 

 

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O conceito de religião liga-se fecundamente à linguagem, pois até o surgimento da

escrita, por volta de 3200 ac, crenças e rituais eram disseminados através da oralidade e da

prática ritualística em si. Criar e interpretar os signos é uma atividade que possibilita a

linguagem e a linguagem possibilita a formação das sociedades. O surgimento da escrita

levou o homem pré-histórico ao patamar de homem histórico e, assim, favoreceu o registro e

uma consequente maior preservação das bases religiosas de uma determinada sociedade em

uma determinada época. Barbosa (2013, p. 34) nos diz: 

O homem, através dos tempos, vem buscando comunicar-se com gestos, expressões e a fala. A escrita tem origem no momento em que o homem aprende a comunicar seus pensamentos e sentimentos por meio de signos. Signos que sejam compreensíveis por outros homens que possuem ideias sobre como funciona esse sistema de comunicação. 

  

SÍMBOLO PEIRCIANO – O SIGNO PELO OBJETO

 

Antes de iniciarmos o conceito de símbolo peirciano, faz-se necessário primeiramente

ilustrarmos a concepção de signo. Segundo Pierce (1958, p. 74) signo é "qualquer coisa que

conduz alguma outra coisa (seu interpretante) a referir-se a um objeto ao qual ela mesmo se

refere (seu objeto), de modo idêntico, transformando-se o interpretante, por sua vez, em signo,

e assim sucessivamente ad infinitum".  Visto que o signo é um índice, um ícone ou um

símbolo, este último é um conjunto de signos mais complexos, cujo valor de signo se perderia

caso não houvesse um interpretante, ou seja, não teria a capacidade de produzir

representação na mente do intérprete. Como observa Santaella (1995, p.44), "o signo estará,

nessa medida, sempre em falta com o objeto. Daí sua incompletude e consequente impotência.

Daí sua tendência a se desenvolver num interpretante onde busca se completar". 

Peirce (1958, p.76) define o símbolo como “um signo que se constitui como tal

simplesmente ou principalmente pelo fato de ser usado e entendido como tal, quer o hábito

seja natural ou convencional, e sem se levar em conta os motivos que originalmente

governaram a sua seleção”.  De forma distinta do ícone e índice, o símbolo é um signo que

necessita de uma mediação para estabelecer uma relação para com seu objeto, pois o símbolo

em si mesmo não mostra sobre o que está falando, portanto, são as ideias convencionadas

presentes no símbolo e na mente do usuário que estabelecem e possibilitam a interpretação do

objeto a que ele se refere. 

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[...] qualquer palavra comum, como “dar”, “pássaro”, “casamento”, é um exemplo de símbolo. Ele é aplicável a tudo aquilo que possa concretizar a ideia relacionada à palavra. O símbolo não é capaz de identificar, por si próprio, as coisas às quais se refere ou se aplica. Ele não mostra um pássaro, nem nos faz ver um casamento, mas supõe que somos capazes de imaginar tais coisas, associando a elas a palavra. 

(PEIRCE, 1958, p.73).  

SÍMBOLOS RELIGIOSOS   

Utilizados como forma de materialização e conceituação de crenças e mitos, há

muito tempo os símbolos são utilizados como ferramenta nas práticas religiosas. Assim como

os signos, que possuem capacidade infinita de representação, os símbolos especificamente

também possuem essa capacidade, pois qualquer coisa, tanto natural (mar, rocha, luar, vento,

flores, raios, crepúsculo etc) quanto abstrata (ideia, emoção, formas geométricas,

números, estética etc), pode adquirir valores simbólicos ilimitáveis através do poder de lei. 

Vejamos as seguintes imagens:

Símbolo basilar do que hoje é a religião mais popular e globalizada do planeta Terra,

o cristianismo, a cruz ou o crucifixo nos contam a mesma história de sacrifício e amor de

Jesus Cristo, seja por um viés histórico ou mítico. Embora tanto a cruz quanto o crucifixo

aparentem ter a mesma representatividade para um intérprete desavisado, ambas possuem

valores distintos para a comunidade cristã mais especializada. A Igreja Católica prefere

utilizar o crucifixo (imagem à direita) como forma de símbolo principal de sua doutrina com o

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intuito de ressaltar a valorizar o sacrifício que Cristo fez pela humanidade, enquanto os

protestantes preferem utilizar a cruz (imagem à esquerda) como forma de ressaltar a esperança

e a fé do Cristo ressuscitado e elevado aos céus, o que evidencia a necessidade de uma análise

contextual e intencional da cultura em que o símbolo está imerso. 

Podemos ver nas fotos acima a Suástica, termo que se origina do

sânscrito svastika, que significa “ser afortunado”. A Suástica (imagem à esquerda) foi

utilizada primeiramente nas filosofias orientais hinduísta, no qual representa o balanço dos

opostos e a harmonia universal, e zen budista, que a tem como representante do balanço dos

opostos e a harmonia universal, porém, milênios depois sua imagem foi apropriada pelos

nazistas com o intuito de simbolizar seus preceitos, como a supremacia ariana e consequente

segregação de raças, fato que acarretou aqui no ocidente em interpretantes bastante distintos

dos originais tidos no oriente. Sem o conhecimento do contexto no qual o símbolo constitui

uma representação dotada de sentido, não conseguiremos compreendê-lo, ou seja, só nos

fornece ferramentas para a sua interpretação se nos remeter a um esquema do qual fazemos

parte ou que tenhamos estudado previamente. 

 Essa ocorrência deixa claro a característica mutante que é inerente aos símbolos,

pois não são signos engessados pelo tempo, nem tampouco arbitrários, embora seja possível

encontrarmos símbolos praticamente cristalizados por leis que quase esgotaram suas

possibilidades. Na maior parte das vezes, porém, o símbolo se apresenta vivo e em contínuo

desenvolvimento, alimentado principalmente por metáforas, que são seu combustível primeiro. 

Pierce (1958, p.73) discorre: 

 

“Os símbolos crescem. Retiram seu ser do desenvolvimento de outros signos, especialmente dos ícones, ou de signos misturados que compartilha da natureza dos

ícones e símbolos. Só pensamos com signos. Estes signos mentais são de natureza mista; denominam-se conceitos suas partes-símbolo. Se alguém cria um novo

símbolo, ele o faz por meio de pensamentos que envolvem conceitos. Assim, é apenas a partir de outros símbolos que um novo símbolo pode surgir. 

(PIERCE, 1958, p. 73) 

ABORDAGEM GERAL DA UTILIZAÇÃO DOS SÍMBOLOS RELIGIOSAS E

SEUS DIVERSOS FINS

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A abordagem referente ao uso polêmico das imagens e símbolos religiosos tem

como principal objetivo alavancar discussões e fazer debates acerca dos limites

éticos, políticos e sociais que circundam o mundo religioso tendo em vista a

exaltação, o fanatismo e seus desdobramentos e posteriores consequências na

sociedade atual. Levando em consideração todos os fatos históricos que nortearam e

ainda influenciam a construção do pensamento religioso de determinadas sociedades,

assim como a orientação religiosa de cada indivíduo, podemos afirmar que - nos dias

atuais - vivemos uma espécie de Apocalipse Ideológico, onde os dogmas de cada

crença e principalmente dos seus praticantes prevalecem em relação às condutas

aceitáveis perante a civilidade e as leis impostas pelo Estado em si. Percebemos

ainda a imposição dos ideais claramente radicalistas e incisivos nos

discursos conservadores e de teor “carismáticos”, quando na verdade o seu intuito

por meio destas ações é apenas de caráter participativo e de alcance das massas a fim

de obter algum retorno por parte de quem os segue.  

Sabemos que a Semiótica em si é responsável por analisar em vários

aspectos um determinado seguimento das modalidades de representação, contudo é

necessário afirmar que nesta perspectiva os símbolos religiosos assim como suas

múltiplas interpretações expandem-se e permeiam outras discussões, tornando

fundamental a segmentação e um viés para obter análises capazes de resultar

compreensões sólidas. Logo, para adentrarmos ao foco dessa dissertação, proponho

direcionarmos nossos pensamentos a todo e qualquer tipo de polêmica envolvendo a

utilização de símbolos religiosos que deturpam ou até mesmo denigrem

a arbitrariedade religiosa e a crença de qualquer indivíduo uma vez que a construção

desta pesquisa tomou como base alguns acontecimentos recentes numa escala global,

e alguns fatos históricos pré-concebidos. 

A representatividade dos símbolos religiosos contidos nas análises resultantes

de um longo e minucioso processo de pesquisa apontam para uma infinidade de

acontecimentos relativos à intolerância religiosa por parte dos seus praticantes,

resultando por sua vez numa profunda reflexão acerca de qual é verdadeiro intuito

das mesmas. Percebemos que a grande maioria das pessoas que tratam de assuntos

relacionados à religiosidade são arraigadas de pensamentos irredutíveis e pouco

flexíveis no que diz respeito à sua prática. Como exemplo podemos citar: judeus

Page 7: Semiótica e Religião

versus palestinos, católicos versus evangélicos, evangélicos versus umbandistas,

entre os tipos mais clássicos de confrontos ideológicos sobre a predominância da

forma correta de devoção.  

 

INFLUÊNCIA MIDIÁTICA E SEUS DESDOBRAMENTOS

                           

 

  Seguindo a sequência dos fatos nos deparamos com a influência midiática sobre

os vários segmentos religiosos que existem até então. Toda a prática voltada às

críticas e análises do uso dos símbolos religiosos por parte da cadeia

comunicativa geram pensamentos diversos sobre suas ideologias e condutas, forma

esta bastante perigosa uma vez que é meramente tendencioso o discurso do

interlocutor que emite a mensagem objetivando a alienação, na maioria das vezes.  

No segmento musical e áudio-visual percebemos claramente a influência de

utilização dos discursos ideológicos para abordar e criticar a forma engessada de se

discutir a religião em si. Sabemos que o segmento artístico utiliza-se da liberdade

de expressão para repassar as suas mensagens, possuindo bastante autonomia e

propriedade no que diz respeito à discussão dos assuntos religiosos. A igreja ou

organizações religiosas, por sua vez, combatem esse tipo de prática alegando a

disparidade de conhecimento ou mesmo afirmando que é profano e vão discutir-se

algo divino. Resultado disto é a inúmera variedade de trabalhos realizados com o

objetivo de desmistificar e até mesmo produzir um novo ponto de vista a respeito

do que lhes foi imposto. A utilização de imagens religiosas a fim de produzir novos

debates e desconstruir os ícones já impostos pelas convenções estabelecidas ao

longo da história da humanidade apropria-se de uma característica comum entre

qualquer tipo de expressão até aqui citada: a multifuncionalidade. 

 Podemos perceber numa análise mais profunda das manifestações artísticas que

tratam da temática religiosa ou de crítica social, que todo material produzido se

dispõe a reverter essa imagem pré-concebida, pois aborda uma nova perspectiva ou

um novo olhar sobre o referido ponto de análise. A reflexão artística permite

compreender características às vezes desconhecidas dos seres humanos que são

alcançados por tais expressões fazendo com quê se permita criticar, analisar, buscar

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novas significações e até mesmo compreender todo o contexto cultural, histórico

e religioso em si. São exemplos destes fenômenos de ressignificação religiosa duas

artistas da música pop mundial: Madonna Louise Ciccone (Madonna)

e Stefani Joanne Angelina Germanotta (Lady Gaga), ambas artistas tratam ao seu

modo as questões religiosas e polemizam, cada uma delas, por ir além do que se

propõe pensar sobre o campo religioso. 

Com discursos que generalizam e incitam o debate às condutas cristãs, as artistas

utilizam na composição das suas músicas e na construção dos seus clipes elementos

que incitam a reflexão religiosa com características predominantemente artísticas.

São trabalhos com teor enigmático, arraigados de mistério e obscuridade, que

possuem o intuito de desconstruir a imagem até então sugerida pela igreja e por

seus discípulos. O exemplo do videoclipe Alejandro. (C)

2010 Interscope Records - Lady Gaga, assim como o videoclipe Like A Prayer –

Madonna © 2006 WMG, nos mostra o novo olhar resultante da capacidade de

reflexão e do potencial para uma nova significação para a história já existente. Os

símbolos utilizados em ambos os trabalhos são comuns entre si e reforçam a ideia

dos enigmas, do sombrio e da imagem cabalística. 

Podemos citar diversos elementos religiosos que são utilizados como

instrumentos para crítica social ou conscientização da ideologia religiosa. São

exemplos: O Crucifixo (utilizado na maioria dos protestos de teor crítico), os

Terços, Estátuas representando os Santos, A Bíblia, e as imagens que misturam a

ideia de Sagrado versus Profano (Exemplo: Imagem de Maria interagindo com

um smartphone, elemento da sociedade atual). 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BARBOSA, J. J. Alfabetização e leitura. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2013 

GAARDER, Jostein; HELLERN, Victor; NOTAKER, Henry. O livro das religiões. São Paulo: Companhia das Letras, 2000 

Gabriel perissé, O mistério etimológico da religião. Disponível em:<http://palavraseorigens.blogspot.com.br/2010/09/o-misterio-etimologico-da-religiao.html> Acesso em 29 de agosto de 2015.

Ribeiro, Emílio Soares. Um estudo sobre o símbolo, com base na semiótica de Peirce. Estudos Semióticos. [on-line] Disponível em: http://www.fflch.usp.br/dl/semiotica/es i. Editores Responsáveis: Francisco E. S. Merçon e Mariana Luz P. de Barros. Volume 6, Número 1, São Paulo, junho de 2010, p. 46–53. Acesso em 26/08/2015

PEIRCE, C.S. Semiótica. 3ª ed. São Paulo: Perspectiva, traduzido por J. Teixeira Coelho Netto, 2000. 

SANTAELLA, L. Matrizes da linguagem e pensamento: sonora, visual, verbal. 3. ed. São Paulo: Iluminuras, 2009.