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1 Curso de Segurança do Trabalho (Competência Transversal) do SENAI

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Curso do SENAI de seguranca do trabalho

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Curso de Segurança do Trabalho (Competência Transversal) do SENAI

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Sumário

Desafio 1 - Acidentes e Acidentes de Trabalho ............................................................. 4

1.1 Introdução ........................................................................................................... 4 1.2 Características ..................................................................................................... 4 1.3 Causas e conseqüências ....................................................................................... 5 1.4 Doença ocupacional ............................................................................................. 6 1.5 Gerenciamento de Risco ...................................................................................... 7 1.6 Resumo ............................................................................................................... 7

Desafio 2 - Riscos Ambientais e Prevenções ................................................................. 8

2.1 Introdução ........................................................................................................... 8 2.2 Classificação dos agentes ..................................................................................... 9 2.3 Agentes físicos .................................................................................................... 9 2.4 Agentes químicos .............................................................................................. 10 2.5 Agentes biológicos ............................................................................................ 11 2.6 Riscos ergonômicos ........................................................................................... 11 2.7 Riscos mecânicos............................................................................................... 11 2.8 Resumo ............................................................................................................. 11

Desafio 3 - Organização do Local de Trabalho ............................................................ 12

3.1 Introdução ......................................................................................................... 12 3.2 Iluminação ......................................................................................................... 13 3.3 Transporte e armazenamento de materiais .......................................................... 13 3.4 Sinalização de segurança ................................................................................... 14 3.5 Pisos e escadas................................................................................................... 15 3.6 Resumo ............................................................................................................. 15

Desafio 4 - Higiene e Saúde ........................................................................................ 16

4.1 Introdução ......................................................................................................... 16 4.2 Princípios de Higiene e Saúde Pessoal ............................................................... 16 4.3 Princípios de Higiene Ambiental ....................................................................... 17 4.4 Riscos ambientais .............................................................................................. 18 4.5 Resumo ............................................................................................................. 20

Desafio 5 - Normas Regulamentadoras........................................................................ 20

5.1 Introdução ......................................................................................................... 20 5.2 CIPA ................................................................................................................. 20 5.3 Mapa de risco .................................................................................................... 21 5.4 Outras NRs ........................................................................................................ 23 5.5 Resumo ............................................................................................................. 24

Desafio 6 - Prevenção e combate a incêndio ................................................................ 24

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6.1 Introdução ......................................................................................................... 24 6.2 Fogo .................................................................................................................. 25 6.3 Princípios básicos .............................................................................................. 25 6.4 Métodos de extinção de incêndios ...................................................................... 26 6.5 Classificação dos incêndios ............................................................................... 26 6.6 Providência em caso de incêndio ....................................................................... 28 6.7 Resumo ............................................................................................................. 29

Desafio 7 - Equipamentos de Proteção ........................................................................ 29

7.1 Introdução ......................................................................................................... 29 7.2 Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) ........................................................ 29 7.3 Equipamentos de Proteção Individual (EPI) ....................................................... 30 7.4 Controle e conservação dos EPI’s ...................................................................... 31 7.5 Controle de fornecimento de EPI’s .................................................................... 32 7.6 Limpeza de EPI’s .............................................................................................. 32 7.7 Resumo ............................................................................................................. 33

Desafio 8 - Primeiros Socorros .................................................................................... 34

8.1 Introdução ......................................................................................................... 34 8.2 Parada respiratória ............................................................................................. 34 8.3 Parada cardíaca .................................................................................................. 35 8.4 Hemorragias ...................................................................................................... 37 8.5 Controlando a hemorragia externa ..................................................................... 38 8.6 Queimaduras ..................................................................................................... 40 8.7.1 Transporte de acidentados ............................................................................... 41 8.7.2 Transporte de acidentados ............................................................................... 42 8.8 Resumo ............................................................................................................. 43

Referências ................................................................................................................. 45 Créditos ...................................................................................................................... 46

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Desafio 1 - Acidentes e Acidentes de Trabalho

1.1 Introdução

Um acidente pode ser definido como um acontecimento imprevisto, casual ou não, que resulta em ferimento, dano, estrago, prejuízo, avaria, ruína etc. Nesse sentido, é muito importante observar que um acidente não é simples obra do acaso e pode trazer conseqüências indesejáveis. Em outras palavras: acidentes podem ser previstos. E, se podem ser previstos, podem ser evitados! No ambiente de trabalho, pode ocorrer o mesmo. Hoje, cada vez mais pessoas deixam o serviço por conta de acidentes de trabalho que, com a mínima atenção e cuidado, poderiam ter sido evitados. Mas o conceito de acidente é igual ao de acidente de trabalho? Não. De acordo com a Lei 8213/91, Art. 19 da Legislação de Direito Previdenciário e com o Decreto nº 611/92 de 21 de julho de 1992, do Ministério da Previdência e Assistência Social; acidente de trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte do trabalhador, a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho (invalidez). Quer saber um pouco mais sobre acidente de trabalho? Vamos lá!

1.2 Características

Como vimos, acidente do trabalho é toda ocorrência não programada, não desejada, que pode resultar em danos físicos e/ou funcionais para o trabalhador e danos materiais e econômicos à empresa e ao meio ambiente. Existem diversos tipos de acidente de trabalho, conforme segue abaixo:

Com lesão: deixa marcas nas vítimas provocadas pelos ferimentos; Sem lesão: não promove nenhum tipo de lesão na vítima; Incapacidade permanente total: a vítima fica totalmente inválida para o

trabalho; Incapacidade permanente parcial: a vítima tem uma perda parcial da

capacidade para o trabalho. Ex.: A perda de um dedo ou de uma vista; Acidente com morte: falecimento em função do acidente de trabalho; Acidente típico: aquele decorrente da característica da atividade profissional

desempenhada pelo acidentado; De trajeto: ocorrem durante o deslocamento da vítima de casa para o trabalho

ou vice-versa; Acidente fora do local e da hora do trabalho: na execução de ordem ou na

realização de serviço sob a autoridade da empresa; na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;

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Com perda de materiais: todo acidente que envolve uma perda material não envolve pessoas. Ex.: Queda de uma esmerilhadeira de um andaime sobre o piso de concreto.

Quer saber um pouco mais sobre acidente de trabalho? Vamos lá!

1.3 Causas e conseqüências

Diversos fatores podem provocar acidentes de trabalho como falta de manutenção do maquinário, não utilização de equipamentos de segurança e até mesmo falta de organização. No entanto, as causas desses tipos de acidentes podem ser classificadas em três grupos principais: ato abaixo do padrão, condição abaixo do padrão e fator pessoal de insegurança. Vamos conhecer melhor cada um deles?

Ato inseguro (ato abaixo do padrão): são aqueles que dependem das ações dos homens como fontes causadoras de acidentes. Ex: deixar de usar equipamento de proteção individual, entrar em áreas não permitidas e operar máquinas sem estar habilitado.

Condição insegura (condição abaixo do padrão): são as condições físicas no ambiente de trabalho que podem gerar acidentes. Ex: piso escorregadio, ferramentas em mau estado de conservação e iluminação e ventilação inadequadas.

Fator pessoal de insegurança: As pessoas cometem atos inseguros ou criam condições inseguras ou colaboram para que elas continuem existindo, pelo seu modo de agir. Ex: desconhecimento dos riscos de acidentes, treinamento inadequado, excesso de confiança, etc.

A ocorrência dos acidentes de trabalho, independente do tipo que ele seja, pode gerar conseqüências para a empresa, o trabalhador e a sociedade. Para o trabalhador, por exemplo, pode causar sofrimento físico, desamparo à família e incapacidade para o trabalho. Já a empresa pode sofrer com a perda de faturamento, gasto com serviços médicos e perda de tempo e produtos. Quanto à sociedade, podem existir impactos como: aumento de impostos e do custo de vida e perda de elementos produtivos.

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1.4 Doença ocupacional

A doença ocupacional está diretamente ligada à modificação na saúde do trabalhador por causa da atividade desempenhada por ele ou da condição de trabalho às quais ele está submetido. Dessa forma, ela pode ser classificada como Doença Profissional ou Doença do Trabalho.

A Doença Profissional é a modificação na saúde do trabalhador, desencadeada pelo exercício da sua atividade profissional. Por exemplo, um motorista de caçamba que fica com um problema de coluna por causa de problemas de postura ao conduzir o veículo.

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A Doença do Trabalho é a modificação na saúde do trabalhador, desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relaciona diretamente. Por exemplo, um motorista de caminhão que adquire um problema respiratório, porque trabalha em uma mineradora e acaba respirando muita poeira.

1.5 Gerenciamento de Risco

Para controlar a ocorrência de acidentes de trabalho e, dessa forma, preservar a saúde dos funcionários e, conseqüentemente, a produtividade da empresa; é necessário fazer o gerenciamento de risco. Esse tipo de gerenciamento visa à identificação e avaliação de todos os perigos atuais e futuros ocorridos no ambiente de trabalho. Atualmente, diversas técnicas de identificação de perigos e avaliações de riscos são utilizadas em todo o mundo. As mais conhecidas são:

Análise preliminar de riscos (APR); Hazard and Operability Studies (HAZOP); Análise de Árvore de Falhas (AAF).

Essas metodologias vão auxiliar a descobrir que tipo de riscos o funcionário da empresa corre no ambiente de trabalho, bem como o que fazer para eliminar esses riscos e diminuir as possíveis situações de perigo. A identificação de perigo e a avaliação de riscos são de fundamental importância para a empresa, pois, se mal feitas, todas as ações decorrentes serão realizadas de forma inadequada ou incompleta. E isso pode significar perdas materiais e/ou pessoais.

1.6 Resumo

Acidente de trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte do trabalhador, a perda ou redução,

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permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho (invalidez). É muito importante observar que um acidente não é simples obra do acaso e pode trazer conseqüências indesejáveis. Em outras palavras: acidentes podem ser previstos. E, se podem ser previstos, podem ser evitados!

Desafio 2 - Riscos Ambientais e Prevenções

2.1 Introdução

Sabendo de tudo que aconteceu com João e seus colegas de trabalho na oficina, nesta unidade, você vai precisar identificar que tipo de riscos ele correu ao circular pelo local sem atender às medidas de segurança e o que ele precisaria fazer para evitar os acidentes. Para isso, é necessário que você aprenda a identificar os riscos de uma tarefa; perceba a possibilidade de existência desses riscos; quantifique-os e, por fim, aprenda como minimizá-los e eliminá-los do local. Mas o que são riscos? Que tipo de coisas podem causar acidentes como o sofrido por João e os colegas de trabalho na oficina? De acordo com o minidicionário Houaiss, o termo risco significa probabilidade de perigo ou probabilidade de insucesso. Aqui, você vai aprender um pouco mais sobre os riscos ambientais existentes nos locais de trabalho. Os riscos ambientais são aqueles causados por agentes físicos, químicos ou biológicos que, a depender de sua natureza, concentração, intensidade ou tempo de exposição, podem comprometer a segurança e a saúde dos funcionários, bem como a produtividade da empresa. Quando não são controlados ou previamente avaliados, os riscos ambientais afetam o trabalhador a curto, médio e longo prazo, podendo provocar acidentes com lesões imediatas e/ou doenças chamadas profissionais ou do trabalho, que se podem ser comparadas aos acidentes do trabalho. Os riscos ambientais são classificados segundo a sua natureza e forma com que atuam no organismo humano. Dessa forma, podem ser físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes.

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2.2 Classificação dos agentes

Levando em consideração a natureza dos riscos, bem como a forma como eles atuam no organismo humano, confira exemplos de agentes que podem ser encontrados no ambiente de trabalho.

2.3 Agentes físicos

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Os agentes de riscos físicos podem ser definidos como os diversos tipos de energia aos quais o trabalhador é exposto durante a realização de suas atividades. Por exemplo, uma temperatura muito baixa ou extremamente alta. Além desse, podem ser considerados agentes físicos:

Ruído - as máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que podem atingir níveis excessivos, podendo provocar graves prejuízos à saúde. Os principais efeitos do ruído excessivo sobre uma pessoa pode ser a surdez total ou parcial, o stress e/ou a redução do apetite sexual.

Vibrações mecânicas - na indústria, é comum o uso de máquinas e equipamentos que produzem vibrações (movimentos) que podem prejudicar o trabalhador. As vibrações podem ser localizadas ou generalizadas

Radiações ionizantes - os operadores de aparelhos de Raios X freqüentemente estão expostos a esse tipo de radiação que pode afetar o organismo ou se manifestar nos descendentes. Alguns dos efeitos produzidos por este agente são anemia, leucemia, câncer e/ou alterações genéticas.

Radiações não ionizantes - as radiações infravermelho (presentes em operações de fornos e de solda oxiacetilênica), raios laser e ultravioleta (produzida pela solda elétrica) podem causar ou agravar problemas visuais, além de provocar sobrecarga térmica, queimaduras, câncer de pele e aumento da atividade da tireóide.

2.4 Agentes químicos

Os agentes de riscos químicos podem ser definidos como as substâncias ou compostos que possam penetrar no organismo do trabalhador. Esses agentes, quando entram em contato com a pessoa, podem provocar danos à saúde de forma imediata, há médio ou longo prazo. O contato dos agentes químicos com as pessoas pode ocorrer de três formas:

Por via respiratória – os agentes penetram pelo nariz e boca, afetando a garganta e chegando aos pulmões. Através da circulação sanguínea, podem seguir para outros órgãos, onde manifestam os seus efeitos tóxicos, tais como asma, bronquites, pneumoconiose etc.

Por via cutânea - os ácidos, álcalis e solventes, ao atingirem a pele, podem ser absorvidos e provocar lesões como alterações na circulação e oxigenação do sangue, nos glóbulos vermelhos e problemas na medula óssea.

Por via digestiva - a contaminação do organismo ocorre pela ingestão acidental ou não de substâncias nocivas, presentes em alimentos contaminados, deteriorados ou na saliva. Hábitos inadequados como o de alimentar-se ou ingerir líquidos no local de trabalho, umedecer lábios com a língua, usar as mãos para beber água e a falta de higiene contribuem para a ingestão desse tipo de agente. Conforme o tipo de produto ingerido, pode ocorrer queimadura na boca, queimadura do esôfago e estômago etc.

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2.5 Agentes biológicos

Os agentes de riscos biológicos surgem do contato do homem com certos micróbios e animais no ambiente de trabalho. Algumas atividades facilitam o contato dos trabalhadores com esse tipo de agentes como atividades em hospitais, a coleta do lixo, as indústrias de alimentação, laboratórios, dentre outros. Esses agentes podem causar doenças como tuberculose, intoxicação alimentar, brucelose, malária, febre amarela etc. As medidas preventivas mais comuns para esse tipo de agentes são o controle médico permanente, o uso de equipamentos de proteção individual, a higiene rigorosa nos locais de trabalho, os hábitos de higiene pessoal, o uso de roupas adequadas, a vacinação e o treinamento.

2.6 Riscos ergonômicos

Os riscos ergonômicos estão relacionados às condições de trabalho dos funcionários como cadeiras e mesas adequadas, maquinário moderno, conscientização dos trabalhadores etc. Esses agentes podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos como fadiga, dores musculares, fraquezas, hipertensão arterial, úlcera duodenal, doenças do sistema nervoso, alterações do ritmo normal de sono e da libido, acidentes, problemas de coluna, taquicardia, angina, infarto, diabetes, asma etc. Para evitar que essas situações comprometam a atividade, é necessário adequar as condições de trabalho ao homem. Essa adequação pode ser obtida por meio de modernização de máquinas e equipamentos, uso de ferramentas adequadas, alterações no ritmo de tarefas, postura adequada, simplificação e diversificação do trabalho, entre outros.

2.7 Riscos mecânicos

Os riscos mecânicos estão relacionados às condições físicas (do ambiente físico de trabalho) e tecnológicas impróprias, capazes de colocar em perigo a integridade física do trabalhador. São considerados riscos geradores de acidentes: arranjo físico deficiente, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, eletricidade, incêndio ou explosão, animais peçonhentos e armazenamento inadequado. A principal medida para prevenir os acidentes por riscos mecânicos é realizar um programa de inspeções de segurança. Por meio de exame criterioso de todas as máquinas e instalações, é possível evitar acidentes e reparar as situações de risco potencial. A manutenção preventiva eficiente e sistemática é a melhor, para eliminar os riscos mecânicos de acidente.

2.8 Resumo

Os riscos ambientais são aqueles causados por agentes físicos, químicos ou biológicos que, a depender de sua natureza, concentração, intensidade ou tempo de

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exposição, podem comprometer a segurança e a saúde dos funcionários, bem como a produtividade da empresa. Quando não são controlados ou previamente avaliados, os riscos ambientais afetam o trabalhador a curto, médio e longo prazo, podendo provocar acidentes com lesões imediatas e/ou doenças chamadas profissionais ou do trabalho, que podem ser comparadas aos acidentes do trabalho.

Desafio 3 - Organização do Local de Trabalho

3.1 Introdução

Nesta unidade, você ficou responsável por reorganizar o ambiente da oficina em que João trabalha. Dessa forma, você vai precisar saber como identificar os aspectos que podem ser melhorados, além de como fazer para melhorá-los. Para conseguir solucionar mais esse desafio, é necessário que você aprenda a aplicar a política do “5 S”, a realizar o manuseio de materiais de forma segura, bem como identificar o ambiente a partir das cores e sinalizações de segurança, como também fazer a orientação das pessoas sobre a forma correta de como usar escadas e andar em segurança. Vamos começar! Um local de trabalho limpo e organizado, com pessoas conscientes de suas responsabilidades, é fundamental para minimizar os acidentes de trabalho e impactos ao Meio Ambiente. No entanto, por incrível que pareça, essa não é uma tarefa fácil. A pressa, os prazos curtos e o estresse do dia-a-dia, muitas vezes, colaboram para que cada vez mais as pessoas deixem de lado coisas simples, mas que podem colaborar com a limpeza e organização do local de trabalho, como limpar a mesa antes de ir para casa, separar o lixo antes de jogá-lo fora, dentre outras coisas. Para ajudar nessa difícil tarefa, os orientais desenvolveram um programa que auxilia na melhoria da qualidade, produtividade, segurança e saúde do trabalho em equipe e da satisfação dos funcionários no ambiente de trabalho. É o famoso “5 S” ou Programa dos Cinco Sensos. Este programa é a porta de entrada para uma boa Gestão Integrada de Segurança, Qualidade e Meio Ambiente, visto que possibilita uma maior motivação para a qualidade e apresenta resultados rápidos e visíveis. A prática contínua do “5 S” permite uma mudança interior que resulta em hábitos de organização e limpeza saudáveis. Para começar esta mudança, devemos considerar alguns aspectos importantes como iluminação do local de trabalho, transporte, armazenamento e manuseio de materiais, sinalização de segurança, e pisos e escadas. Vamos lá? Dicas!

Cuidado para não descartar materiais importantes. Tão ou mais importante do que organizar, é conseguir manter o padrão

acordado.

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Manter a organização só depende da ação de todos Comece por você, dê o exemplo. Por fim, comece a praticar hoje e agora. Não deixe para amanhã!

3.2 Iluminação

Os locais de trabalho devem ter iluminação adequada, natural ou artificial, apropriada à natureza da atividade. Ou seja, o tipo de iluminação utilizada no ambiente de trabalho deve estar relacionado ao tipo de atividade que é realizada ali. Além de ser distribuída e difusa de maneira uniforme (igual), a iluminação deve ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos. No ambiente de trabalho, é comum encontrar alguns problemas que precisam ser evitados como:

Nível insuficiente de iluminação – esse tipo de problema pode causar percepção inadequada dos detalhes, queda de rendimento do trabalhador, além de erros, cansaço etc.;

Claridade excessiva ou de ofuscamento – gera a fadiga visual; Tamanho inadequado de letras e objetos – ocasiona fadiga visual e posturas

forçadas, para enxergar melhor; Inexistência de bom contraste dos limites do objeto; Uso de lâmpadas de baixa reprodutibilidade cromática como lâmpadas de

vapor de sódio para atividades em que a percepção de cores é fundamental.

3.3 Transporte e armazenamento de materiais

O procedimento de Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais estabelece os requisitos de segurança a serem observados nos locais de trabalho, tanto de forma mecânica quanto manual, e tem o objetivo de prevenir acidentes. Veja alguns dos requisitos estabelecidos pelo procedimento na lista abaixo:

Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de advertência sonora (buzina).

Todos os transportadores industriais serão permanentemente inspecionados e as peças defeituosas, ou que apresentem deficiências, deverão ser imediatamente substituídas.

O peso do material armazenado não poderá exceder a capacidade de carga calculada para o piso.

O armazenamento deverá obedecer aos requisitos de segurança especiais a cada tipo de material.

O material armazenado deverá ser disposto de forma a evitar a obstrução de portas, equipamentos contra incêndio, saídas de emergências etc.

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3.4 Sinalização de segurança

A sinalização de segurança é fundamental para estabelecer a padronização das cores a serem utilizadas para classificar o nível de perigo das áreas e, dessa forma, preservar a saúde e a integridade física dos trabalhadores. Em função dessa necessidade, através da Norma Regulamentadora NR-26, padronizou-se a aplicação das cores, de modo que o seu significado seja sempre o mesmo na área de segurança do trabalho, permitindo, assim, uma identificação imediata do risco existente.

Vermelho

O vermelho é usado para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio. Não deverá ser usado na indústria para assinalar perigo, por ser de pouca visibilidade em comparação com o amarelo (de alta visibilidade) e o alaranjado (que significa Alerta). É empregado para identificar, por exemplo, caixa de alarme de incêndio; hidrantes; bombas de incêndios entre outros.

Amarelo

O amarelo deverá ser empregado para indicar "Cuidado!", assinalando, por exemplo, partes baixas de escadas portáteis, corrimões, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas que apresentem risco, entre outros.

Branco

O branco será empregado em passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas (localização e largura); direção e circulação, por meio de sinais - localização e coletores de resíduos; zonas de segurança etc.

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Verde

O verde é a cor que caracteriza "segurança". Serve para identificar canalizações de água; caixas de equipamento de socorro de urgência; caixas contendo máscaras contra gases; chuveiros de segurança; macas; entre outros.

O uso de cores deverá ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador. Além disso, o uso de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes. OBS: Além destas cores citadas, existem também outras cores como: azul, lilás, púrpura, preto, laranja, cinza, alumínio e marrom.

3.5 Pisos e escadas

Quando se fala em organização e segurança do ambiente de trabalho, é preciso ter uma atenção especial no que diz respeito ao piso e às escadas. Muitos acidentes, nos locais de trabalho, são causados por causa de algumas falhas nesses dois itens do ambiente. Vamos saber que tipo de precauções, com esses dois fatores de risco, podemos ter? Os pisos dos locais de trabalho não devem apresentar saliências nem depressões que prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimentação de materiais. As aberturas nos pisos e nas paredes devem ser protegidas de forma que impeçam a queda de pessoas ou objetos. Os pisos devem oferecer resistência suficiente para suportar as cargas móveis e fixas para as quais a edificação se destina. As escadas devem ser construídas de acordo com as normas técnicas oficiais e mantidas em perfeito estado de conservação. As escadas provisórias de uso coletivo devem ser dimensionadas em função do fluxo de trabalhadores, respeitando-se a largura mínima de 0,80 cm (oitenta centímetros), devendo ter pelo menos a cada 2,90m (dois metros e noventa centímetros) de altura um patamar intermediário. Os patamares intermediários devem ter largura e comprimento, no mínimo, iguais à largura da escada. A escada de mão deve ter seu uso restrito para acessos provisórios e serviços de pequeno porte. É proibido o uso de escada de mão junto a redes e equipamentos elétricos desprotegidos.

3.6 Resumo

O Programa dos Cinco Sensos ou “5 S” é a porta de entrada para uma boa Gestão Integrada de Segurança, Qualidade e Meio Ambiente, visto que possibilita uma

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maior motivação para a qualidade e apresenta resultados rápidos e visíveis. A prática contínua do “5 S” permite uma mudança interior que resulta em hábitos de organização e limpeza saudáveis. Para que essa mudança ocorra, é preciso considerar alguns aspectos importantes como iluminação do local de trabalho; transporte, armazenamento e manuseio de materiais; sinalização de segurança; e pisos e escadas.

Desafio 4 - Higiene e Saúde

4.1 Introdução

Os trabalhadores não devem adoecer por conta das atividades que eles exercem em seu local de trabalho. No entanto, situações de risco são comuns no dia-a-dia dos trabalhadores, principalmente daqueles que trabalham na indústria ou qualquer outro lugar que envolva situações ou objetos de trabalho perigosos, quando mal utilizados. Diante disso, é muito importante ter um ambiente de trabalho sadio. Isso vai contribuir tanto para o funcionamento da empresa quanto para a saúde do trabalhador. A oficina em que João trabalha, como você pôde ver, não é um ambiente de trabalho sadio. Dessa forma, você precisa ajudar Pedro a fazer algumas modificações. Para isso, é necessário conhecer os princípios básicos de higiene e saúde pessoal e ambiental. Vamos lá?

4.2 Princípios de Higiene e Saúde Pessoal

Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a falta de uma alimentação balanceada, de exercícios físicos regulares e o tabagismo são os três principais fatores de risco à saúde, mas podem ser evitados com hábitos de vida saudáveis. Algumas medidas simples podem ser adotadas no dia-a-dia para garantir saúde há longo prazo. Alimentação Para ter uma vida saudável, você precisa consumir alimentação saudável e equilibrada, à base de frutas, verduras e legumes; reduzir o consumo de alimentos

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gordurosos, optando por alimentos cozidos ou assados, ao invés de fritos. Além disto, é preciso diminuir a ingestão de sal e alimentos ricos em açúcar, e sempre preferir água ao invés de refrigerantes e bebidas alcoólicas. Atividade Física

A atividade física regular tem como finalidade preservar o bem-estar físico, psíquico e social da pessoa. A falta de atividade física é reconhecida como um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares. A atividade física deve ser praticada pelo menos três vezes por semana, com sessões de, pelo menos, 30 minutos de duração.

Vacinação

A vacinação pode prevenir as doenças como tétano, febre amarela, hepatite, gripe, entre outros. Essa é uma importante medida para manutenção da saúde. Para ter maiores informações, é importante procurar um posto de saúde mais próximo de sua casa.

Dicas Importantes!

Conheça alguns cuidados que você deve ter para manter a sua saúde: - Escovar os dentes pelo menos três vezes ao dia, após as refeições; - Ir ao dentista semestralmente; - Não fumar; - Não ingerir bebidas alcoólicas em grandes quantidades; - Não usar drogas como maconha, crack e cocaína; - Beber sempre água filtrada ou fervida; - Lavar as mãos após usar o sanitário e antes das refeições; - Não andar descalço e usar roupas limpas; - Manter as unhas limpas e curtas; - Não tomar remédios por conta própria.

4.3 Princípios de Higiene Ambiental

Higiene Ambiental é a ciência e a arte dedicada à antecipação, reconhecimento, avaliação e controle de fatores e riscos ambientais originados nos postos de trabalho e que podem causar enfermidades, prejuízos para a saúde ou bem-estar dos trabalhadores, sem perder de vista, claro, o impacto na comunidade e no meio ambiente em geral. Vamos conhecer melhor cada uma das etapas do processo de higiene ambiental. A antecipação serve para determinar os riscos potenciais existentes, estudando as modificações das instalações e verificando a introdução de novos processos ou alterações dos já existentes, incluindo medidas para redução ou eliminação dos riscos.

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A avaliação designa os monitoramentos que serão conduzidos no ambiente de trabalho para saber a que tipo de riscos os empregados são expostos durante um período de tempo. A terceira etapa é o reconhecimento. Nela, é feita toda análise e observação do ambiente de trabalho, a fim de identificar os agentes existentes, os potenciais de risco a ele associados e qual a prioridade de controle existe no local. O controle, por sua vez, está associado à eliminação ou minimização dos potenciais de exposição, antecipados, reconhecidos e avaliados no ambiente de trabalho considerado. É importante deixar claro que a Higiene Ambiental de uma empresa, como pôde ser visto por você, está diretamente ligada à administração dos riscos existentes no ambiente de trabalho e, conseqüentemente, à saúde do trabalhador e ao sucesso da empresa. Mas você lembra o que são riscos ambientais?

4.4 Riscos ambientais

Como você aprendeu na Unidade 2 deste curso, os riscos ambientais são aqueles causados por agentes físicos, químicos e biológicos, que, presentes nos ambientes de trabalho, podem provocar danos à saúde do trabalhador em função de sua natureza, concentração, intensidade ou tempo de exposição. Prevenção de Doenças Causadas por Agentes Químicos

Os agentes químicos podem causar intoxicações nos trabalhadores se usados sem os cuidados necessários. Dentre as medidas preventivas das intoxicações ocupacionais pode-se considerar: o armazenamento; a utilização e o descarte de produtos químicos da forma correta; a manutenção de ordem e limpeza rigorosa nos locais de trabalho e de permanência dos trabalhadores; higiene pessoal rigorosa e o uso de EPIs. Os agentes químicos tendem a se expandir no ar e atingir as vias respiratórias dos trabalhadores. Estes agentes químicos, após serem inalados, podem ser absorvidos, atingir a circulação sanguínea e provocar danos à saúde. A absorção digestiva pode resultar da ingestão de resíduos de produtos químicos presentes nas mãos e unhas sujas, da alimentação no local de trabalho e de ingestão acidental. A pele pode ser porta de entrada de agentes químicos no estado líquido pelo contato direto, ou pelo uso de roupas impregnadas por resíduos químicos.

Prevenção de Doenças Causadas por Agentes Físicos

Agentes físicos são as diferentes formas de energia presentes no local de trabalho como por exemplo: ruídos, radiações ionizantes e não ionizantes e temperaturas anormais. Veja abaixo um destes exemplos e seus efeitos à saúde. Quando uma pessoa é exposta a um ruído com intensidade superior ao limite de 85 decibéis/8h, como prevê a legislação vigente, poderá perder sua capacidade auditiva para sempre. O ruído põe em risco a segurança do trabalhador, interfere na sua

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comunicação, dificulta a concentração, causa irritabilidade, cansaço e alterações no sono. Medida preventiva adotada nos locais que tenha muito ruído: em primeiro lugar o isolamento do ruído na fonte de emissão do agente. Caso não seja possível, a utilização do equipamento de proteção auditiva pelo trabalhador. Dica: Quando o trabalhador realizar atividades por um longo período exposto ao sol, ele deve utilizar fardamento de manga comprida, creme protetor com filtro solar e chapéu.

Prevenção de Doenças Causadas por Agentes Biológicos Os agentes biológicos são microorganismos causadores de doenças, com os quais pode o trabalhador entrar em contato, no exercício de diversas atividades profissionais. Os exemplos são: vírus, bactérias, parasitas, fungos, etc. Alguns profissionais ficam mais expostos devido a característica de suas atividades, são eles: médicos, enfermeiros, funcionários de laboratórios, lixeiros, açougueiros, etc. Dentre inúmeras doenças profissionais causadas por agentes biológicos, incluem-se, por exemplo: a tuberculose, o tétano, a malária, a febre tifóide e a febre amarela. Tais doenças só devem ser consideradas profissionais, quando estiverem diretamente relacionadas com exposições ocupacionais aos microorganismos patológicos, isto é, quando causadas diretamente pelas condições de trabalho. As medidas preventivas mais usuais são:

limpeza nos locais de trabalho; controle médico permanente; ventilação adequada; rigorosa higiene pessoal; controle dos sistemas de ar condicionado; controle dos resíduos.

Formas de prevenção das doenças relacionadas ao trabalho As medidas preventivas das doenças relacionadas ao trabalho podem ser aplicadas em 3 níveis:

Na fonte de emissão do agente – Isolamento acústico de um equipamento ruidoso; contenção de uma fonte emissora de gases e vapores; ventiladores de exaustão.

Na trajetória dos materiais e energias – Aumento da distância entre o agente e o trabalhador; sinalização.

No corpo do trabalhador – Disciplina rigorosa no trabalho; uso de equipamento de proteção Individual (EPI); higiene pessoal

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Juntando esse conceito e tudo que você aprendeu sobre reconhecer, prevenir e eliminar riscos, você está pronto para fazer Higiene Ambiental na empresa onde trabalha. Lembre-se que essas coisas são bastante importantes para garantir a saúde e segurança do trabalhador. Um local de trabalho limpo com pessoas orientadas quanto à preservação da Saúde e do Meio Ambiente é essencial para manter seu conforto físico e o equilíbrio mental. Portanto, fique atento e, se ainda tiver alguma dúvida, volte ao conteúdo sempre que você achar necessário.

4.5 Resumo

Os trabalhadores não devem adoecer por conta das atividades que eles exercem em seu local de trabalho. No entanto, situações de risco são comuns no dia-a-dia dos trabalhadores, principalmente daqueles que trabalham na indústria ou qualquer outro lugar que envolva situações ou objetos de trabalho perigosos, quando mal utilizados. Diante disso, é muito importante ter um ambiente de trabalho sadio. Isso vai contribuir tanto para o funcionamento da empresa quanto para a saúde do trabalhador.

Desafio 5 - Normas Regulamentadoras

5.1 Introdução

As Normas Regulamentadoras (NR), no Brasil, são de cumprimento obrigatório por todas as empresas privadas e públicas que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Diante disso, essas normas se aplicam tanto a empresas públicas quanto privadas de qualquer setor, incluindo aí a oficina onde João trabalha. Sabendo disso e de tudo que aconteceu na oficina, você vai precisar destacar quais NR’s deveriam ser cumpridas para que João e seus colegas de trabalho fiquem em segurança. Para isso, no entanto, é preciso que você consiga identificar as Normas Regulamentadoras e suas áreas de aplicação. Vamos aprender como fazer isso?

5.2 CIPA

Como você pôde ver, as Normas Regulamentadoras (NR) são de cumprimento obrigatório por todas as empresas privadas e públicas que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Dessa forma, estão inclusas ações de Segurança e Saúde no Trabalho. Atualmente, existem cerca de 33 NRs previstas para a área de Segurança e Saúde no Trabalho. Dentre elas, é possível destacar como uma das principais a NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA. A NR-05 (CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) estabelece que as empresas organizem e mantenham uma comissão constituída, exclusivamente, por empregados com o objetivo de prevenir acidentes no ambiente de trabalho. Essa comissão é responsável por apresentar sugestões e recomendações ao empregador para

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que este melhore as condições de trabalho, eliminando as possíveis causas de acidentes e doenças ocupacionais. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 163 a 165 da CLT. 33 NRs

NR1 - Disposições Gerais NR2 - Inspeção Prévia NR3 - Embargo ou Interdição NR4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho NR5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA NR6 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI NR7 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional NR8 - Edificações NR9 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais NR10 - Instalações e Serviços em Eletricidade NR11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais NR12 - Máquinas e Equipamentos NR13 - Caldeiras e Vasos de Pressão NR14 - Fornos NR15 - Atividades e Operações Insalubres NR16 - Atividades e Operações Perigosas NR17 - Ergonomia NR18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção NR19 – Explosivos NR20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis NR21 - Trabalho a Céu Aberto NR22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração NR23 - Proteção Contra Incêndios NR24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho NR25 - Resíduos Industriais NR26 - Sinalização de Segurança NR27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no Ministério do Trabalho NR28 - Fiscalização e Penalidades NR29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário NR30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário NR31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aqüicultura NR32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde NR33 - Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados Para conhecer detalhadamente as NR’s, acesse o site do Ministério do Trabalho e Emprego (www.mte.gov.br).

5.3 Mapa de risco

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Depois de formada, uma das primeiras ações da CIPA é elaborar um mapa de risco do local de trabalho. Para isso, a Comissão deve ouvir os trabalhadores da área e receber orientação do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT. O mapa de risco é a representação gráfica dos riscos existentes nos locais de trabalho por meio de círculos de diferentes tamanhos e cores. Esse mapa tem o objetivo de informar e conscientizar dos riscos existentes na empresa para, dessa forma, prevenir acidentes de trabalho. Veja um exemplo do Mapa de Risco, clicando no diagrama ao lado. A CLT determina que todas as empresas com CIPA devem ter o mapa de risco. Por essa razão, se uma empresa com CIPA contratar uma empreiteira que não tem CIPA, por exemplo, ela deve fazer um mapa de risco do canteiro de obras onde trabalham os funcionários dessa contratada.

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5.4 Outras NRs

Embora a CIPA seja uma das normas mais conhecidas, existem outras NR’s que também são muito importantes para a manutenção da Saúde e da Segurança do Trabalhador. Seguem algumas delas: NR4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho: Estabelece que as empresas organizem e mantenham em funcionamento os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT. Este serviço tem a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 162 da CLT. NR6 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI: Estabelece e define as formas de proteção, requisitos de comercialização e responsabilidades em relação ao empregado, empregador, fabricante, importador e MTE. Tem objetivo de proteger os trabalhadores dos riscos capazes de ameaçar a segurança e a saúde no local de trabalho.

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A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 166 e 167 da CLT. NR7 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional: Estabelece que as empresas elaborem e implementem o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO. Esse programa tem o objetivo de promover e preservar a saúde do conjunto dos seus trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 168 e 169 da CLT. NR9 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais: Estabelece que as empresas elaborem e implementem o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 175 a 178 da CLT. NR15 - Atividades e Operações Insalubres: Descreve as atividades, operações e agentes insalubres, inclusive seus limites de tolerância. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 189 e 192 da CLT. NR17 - Ergonomia: Visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às condições psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 198 e 199 da CLT. NR23 - Proteção Contra Incêndios: Estabelece as medidas de proteção contra incêndios, visando à prevenção da saúde e da integridade física dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200, inciso IV, da CLT.

5.5 Resumo

As Normas Regulamentadoras (NR), no Brasil, são de cumprimento obrigatório por todas as empresas privadas e públicas que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Diante disso, essas normas se aplicam tanto a empresas públicas quanto privadas de qualquer setor. Atualmente, existem cerca de 33 NR’s previstas para a área de Segurança e Saúde no Trabalho. Dentre elas, é possível destacar, como uma das principais, a NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA.

Desafio 6 - Prevenção e combate a incêndio

6.1 Introdução

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No acidente ocorrido na oficina de Pedro, um dos funcionários foi atingido com produto inflamável, pegando fogo em seu fardamento. Como esse fogo poderia ter sido controlado, que tipo de precauções deveria ter sido tomado para que um acidente desse tipo (com fogo) não ocorresse? Essas são as principais questões que você vai precisar responder nesta unidade do curso. Para isso, no entanto, você vai precisar aprender o que é um incêndio, como identificar os pontos de risco de ocorrência de incêndios, além de como combatê-los e qual é a ferramenta adequada para isso em cada situação. Vamos lá?

6.2 Fogo

Antes de se saber como prevenir e combater um incêndio, é preciso que fique claro qual é o conceito de fogo e qual a sua importância para humanidade. O fogo é uma reação química de oxidação (utilizando oxigênio) com a liberação de luz e calor, que é chamada de combustão ou queima. Essa reação tem uma importância muito grande para a sobrevivência humana, pois é através dela que preparamos os alimentos, aquecemos alguns ambientes e, em muitos casos, realizamos os processos industriais. Você pode até imaginar a vida do ser humano sem muitos elementos considerados indispensáveis como o celular, o automóvel e, até mesmo, a internet. Mas você consegue pensar como viveríamos sem o fogo? Não dá! Em todas as situações que falamos acima, mostra-se a utilização do fogo pelo homem, ou seja, o controle do fogo. Quando nos descuidados ou de alguma forma as chamas saem de controle, acontece um incêndio. Dessa forma, o fogo se transforma em incêndio, quando não é controlado, tendendo a se alastrar e causar muita destruição. Vamos aprender um pouco mais!

6.3 Princípios básicos

Para compreendermos os princípios em que se baseia a ciência de prevenção e combate a incêndio, é preciso conhecer as condições que determinam a ocorrência ou não do fogo. A existência do fogo só é possível se houver a combinação de quatro elementos essenciais:

Fonte de ignição: representa a energia térmica (fagulha, calor, faísca) necessária para ativar a reação química entre um material combustível (papel, madeira) e o comburente (oxigênio).

Comburente: é qualquer substância que mantém uma combustão (queima). O comburente mais comum é o oxigênio, pois é o mais abundante. O ar é composto de aproximadamente 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e 1% de outros gases.

Material Combustível: é toda e qualquer substância sólida, líquida e gasosa que arde com formação de calor e luminosidade, após atingir a temperatura de ignição. Como exemplo: gasolina, álcool, madeira, papel etc.

Reação em Cadeia: se observarmos o fogo depois de iniciado, o mesmo passa a alimentar a si próprio, ou seja, o fogo se mantém aceso. Durante a combustão a reação em cadeia é formada pela liberação de radicais livres que são os responsáveis pela transferência de energia à molécula ainda intacta, provocando

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a propagação do fogo. Temos como exemplo uma vela, que ao iniciar sua combustão as chamas liberam calor, consequentemente evapora a cera e essa por sua vez alimenta novamente as chamas, esse ciclo é chamado de reação em cadeia.

Atenção!

Para que haja combustão, é necessário que o oxigênio contido no ar atmosférico esteja na concentração mínima de 13%. Abaixo dessa concentração, até atingir o limite mínimo de 6%, não haverá mais chama e a combustão de um material pode se manifestar de maneira lenta.

6.4 Métodos de extinção de incêndios

Como você viu, o fogo só vai existir com a presença de quatro elementos essenciais: fonte de ignição, comburente, material combustível, reação em cadeia. Com a retirada de pelo menos um desses elementos, a combustão não vai acontecer e, dessa forma, o fogo será apagado. Tendo essa informação como base, foram desenvolvidos quatro métodos para a extinção de um incêndio:

1. Resfriamento: é o método da retirada do calor. Significa baixar a temperatura (resfriando) até que não haja mais a combustão. Este é o método de extinção mais usado e a água, o agente extintor mais utilizado no resfriamento. Uma dica importante nesses casos é interromper o fogo, resfriando as áreas que ainda não foram atingidas, isolando e limitando o fogo do incêndio até extingui-lo.

2. Abafamento: é o método de extinção que consiste em reduzir a concentração do oxigênio presente no ar, situado acima da superfície do combustível. Exemplo: abafar com cobertores de tecido especial (anti-chama). Qualquer meio de abafamento que consiga reduzir a quantidade de oxigênio em menos de 13% terá sucesso na extinção.

3. Interferência na Reação em Cadeia: é o método conhecido, também, como extinção química, em que o agente extintor evita a reação das substâncias, impedindo a continuidade da combustão.

4. Isolamento (Remoção do Combustível): é a retirada do material ou controle do combustível. É o método de extinção mais simples na sua realização, pois não existem aparelhos especializados. Consiste na retirada, diminuição ou interrupção dos materiais combustíveis que alimentam o fogo e daquele que ainda não foi atingido por este. Tudo isso com bastante segurança.

6.5 Classificação dos incêndios

Para facilitar os estudos de prevenção e combate a incêndio, é necessário o entendimento de como o incêndio é classificado. Para isto, considera-se a existência de quatro classes gerais de incêndios: A, B, C, D. Vamos conhecer melhor cada uma delas?

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Classe A - São os incêndios que ocorrem em material de fácil combustão com a propriedade de queimarem em sua superfície e profundidade e que deixam resíduos. Por exemplo: tecido, papel, madeira etc. Para sua extinção, é necessário o resfriamento, isto é, água ou soluções que reduzam a temperatura do material em combustão abaixo do seu ponto de ignição.

Classe B - São os que ocorrem em produtos considerados inflamáveis (gasolina, álcool), que queimam somente em sua superfície, não deixando resíduo. Para sua extinção, é necessário isolar o material combustível do ar (abafamento) ou fazer uma interferência na reação em cadeia.

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Classe C - São os que ocorrem em materiais elétricos energizados, por exemplo, motores, transformadores etc. Pra sua extinção, é necessário usar um agente não condutor de eletricidade como o CO2 e o Pó químico.

Classe D - São os que ocorrem em metais pirofóricos (material que entra em ignição espontaneamente em contato com o ar em condições normais). Por exemplo, zinco, alumínio em pó, magnésio, titânio, potássio etc. Essa classe de incêndio exige, para sua extinção, agentes especiais que se fundem em contato com o metal combustível, formando uma capa que os isola do ar atmosférico, interrompendo a combustão.

6.6 Providência em caso de incêndio

Se a prevenção falhar e o fogo estiver fora de controle, existem algumas regras de ações que podem ser tomadas para evitar maiores danos, pondo fim às chamas. A primeira regra no ataque ao fogo é combatê-lo logo no início, evitando a sua propagação. Tão cedo o fogo se manifeste, deve-se:

Acionar o sistema de alarme; Chamar imediatamente o corpo de bombeiros;

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Desligar as máquinas e aparelhos elétricos, quando a operação do desligamento não envolver riscos adicionais;

Atacá-lo o mais rapidamente possível, pelos meios adequados.

6.7 Resumo

O fogo é uma reação química de oxidação (utilizando oxigênio) com a liberação de luz e calor, que é chamada de combustão ou queima. O fogo só vai existir com a presença de quatro elementos essenciais: fonte de ignição, comburente, material combustível, reação em cadeia. Com a retirada de pelo menos um desses elementos, a combustão não vai acontecer e, dessa forma, o fogo será apagado. Tendo essa informação como base, foram desenvolvidos quatro métodos para a extinção de um incêndio: Resfriamento, Abafamento, Interferência na Reação em Cadeia e Isolamento (Remoção do Combustível).

Desafio 7 - Equipamentos de Proteção

7.1 Introdução

Para que os trabalhadores se protejam de forma correta na realização de suas atividades, foram criados equipamentos de proteção, que podem ser coletivos ou individuais. Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) são usados com o objetivo de modificar as condições de trabalho em um determinado ambiente, promovendo a proteção de todo o grupo. Já os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) são usados por cada trabalhador e se destinam à proteção do funcionário durante a realização do trabalho. Diante disso e, com base nas coisas que aconteceram na oficina, você vai precisar identificar quais EPC’s e EPIs poderiam ter sido usados para evitar ou diminuir os efeitos do tropeço de João. Vamos lá! Basta ter atenção a tudo que for dito que rapidinho você vai conseguir identificar qual é o equipamento adequado para cada atividade e profissional, bem como os equipamentos funcionam, são conservados e armazenados.

7.2 Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC)

Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) são usados com o objetivo de modificar as condições de trabalho em um determinado ambiente, promovendo a proteção de todo o grupo. São exemplos bastante utilizados de EPC’s, os chuveiros e lava olhos de emergência, o isolamento acústico de um equipamento ruidoso, os extintores de incêndio, o guarda corpo, a capela, o lava olhos, o corrimão e os exaustores. Do ponto de vista de proteção aos trabalhadores, as medidas de proteção coletiva são sempre mais eficientes que os equipamentos de proteção individual. Apesar disso, os EPI’s são mais utilizados, pois, normalmente, há curto prazo, eles são mais baratos do que fazer modificações no ambiente. No entanto, há longo prazo, os custos com a

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manutenção desses equipamentos podem se tornar mais elevados que as medidas de ordem ambiental e coletiva.

Extintor Capela Lava olho Corrimão Exaustor

7.3 Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) são usados por cada trabalhador e se destinam à proteção do funcionário durante a realização do trabalho. Esse tipo de equipamentos deve ser usado para atender situações de emergência e sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis, estiverem em fase de implantação ou não oferecerem completa proteção. Para atender às necessidades das empresas e garantir, de fato, a segurança dos trabalhadores, os EPI’s devem apresentar inscrição do Cadastro de Registro do Fabricante (CRF) e do Certificado de Aprovação (CA). Além disso, é ideal que eles se ajustem comodamente ao usuário e ofereçam proteção efetiva contra os riscos para os quais foi fabricado. No entanto, para realmente garantir a segurança do trabalhador, é necessário que os funcionários da empresa sejam treinados para saber como e quando usar o EPI e quais são suas limitações, que modelo e tipo de equipamento escolher a depender da situação, além de como limpá-los e armazená-los. Existem, também, os EPI’s para proteção respiratória; proteção do tronco; proteção dos membros superiores; proteção dos membros inferiores; proteção do corpo inteiro; proteção contra quedas com diferença de nível, dentre outros.

Protetor Auricular

Existem diversos tipos de Protetores Auditivos: a) Protetor Auditivo circum-auricular (abafadores tipo concha); b) Protetor Auditivo de inserção (plugs de inserção); c) Protetor Auditivo semi-auricular.

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Capacete

O capacete é o principal equipamento de segurança para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio. Existem diversos tipos de capacete, como os usados para proteção contra choques elétricos; capacete de segurança para proteção do crânio e face contra riscos provenientes de fontes geradoras de calor nos trabalhos de combate a incêndio etc. Ainda como proteção para a cabeça, podemos usar o capuz de segurança para pescoço e crânio.

Óculos

Os óculos são os principais equipamentos de segurança para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes, ou seja, soltas no ar. Existem diversos tipos de óculos de segurança como os que servem para a proteção dos olhos contra luminosidade intensa; óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação ultravioleta; óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação infravermelha; óculos de segurança para proteção dos olhos contra respingos de produtos químicos; Como proteção dos olhos e da face, existem, ainda, os protetores faciais de segurança; as máscaras de solda de segurança etc.

7.4 Controle e conservação dos EPI’s

A recomendação do EPI adequado ao risco existente nas atividades realizadas pela empresa cabe à CIPA ou ao SESMT, quando for o caso. No entanto, cumprida essa etapa, tanto os funcionários quanto os patrões ainda têm tarefas a cumprir. Vamos ver? Cabe ao empregador:

Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade; Exigir o uso de EPI’s;

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Fornecer ao trabalhador somente o EPI aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de Segurança e Saúde no Trabalho;

Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação do EPI;

Substituir imediatamente o EPI, quando este for danificado ou extraviado; Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica dos EPI’s; Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada nos EPI’s.

Cabe ao funcionário:

Usar o EPI, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; Responsabilizar-se pela guarda e conservação do EPI; Comunicar ao empregador qualquer alteração que torne o EPI impróprio para

uso; Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado dos EPI’s.

Saiba Mais!

De acordo com a CLT - Art. 462, § 1º, se o trabalhador causar qualquer tipo de dano ao EPI, o patrão pode descontar o valor no salário do funcionário desde que isso tenha sido acordado anteriormente ou em caso de o funcionário tentar enganar o patrão.

7.5 Controle de fornecimento de EPI’s

Quando o funcionário é admitido na Empresa, o Departamento de Segurança fornece os EPI’s necessários à sua função, inclusive os requeridos para trânsito nas áreas de risco, e providencia o treinamento para sua utilização. O controle de entrega desses EPI’s é feito através do formulário Ficha Individual - Equipamento de Segurança. Ocorrendo transferência ou demissão do funcionário, bem como danos aos equipamentos, estes devem ser devolvidos ao Departamento de Segurança, que providenciará os registros necessários na Ficha Individual - Equipamento de Segurança. O registro da entrega e devolução dos EPI’s é feito para permitir um maior controle por parte da empresa e para atender às Normas Regulamentadoras e a Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho.

7.6 Limpeza de EPI’s

Cada funcionário é responsável pela limpeza dos equipamentos que estão sob sua responsabilidade e a melhor forma de fazer isso é utilizando água e sabão. No caso das máscaras, a higienização é feita pelo Departamento de Segurança ou empresa especializada. A Área de Segurança mantém um controle para higienização dos EPI’s, onde consta o tipo de equipamento, sua localização, o nome do funcionário responsável pela sua utilização e a periodicidade para higienização. Para verificar se os funcionários

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estão fazendo a limpeza dos equipamentos de forma correta, o pessoal responsável pela segurança percorre as áreas fazendo inspeções. É importante lembrar que o empregador fornece os EPI’s gratuitamente e ainda se responsabiliza pelo treinamento dos funcionários em como utilizá-los. Cabe ao trabalhador usar os equipamentos de maneira correta, para que ele possa ser protegido e corra menos riscos de sofrer algum tipo de acidente de trabalho. Saiba os procedimentos que você deve seguir para higienizar os seus EPI’s.

7.7 Resumo

Para que os trabalhadores se protejam de forma correta na realização de suas atividades, foram criados equipamentos de proteção, que podem ser coletivos ou individuais. Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) são usados com o objetivo de modificar as condições de trabalho em um determinado ambiente, promovendo a proteção de todo o grupo. Já os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) são usados por cada trabalhador e se destinam à proteção do funcionário durante a realização do trabalho.

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Desafio 8 - Primeiros Socorros

8.1 Introdução

No acidente ocorrido na oficina em que João trabalha, uma das vítimas foi lançada sobre as partes rotativas de um dos equipamentos e teve seu fardamento incendiado. Se estivesse no local, como você reagiria para prestar socorro a ele, sem colocá-lo em risco de morte? Este é o seu desafio. Para conseguir solucioná-lo, você vai precisar saber como diferenciar um acidentado com parada respiratória, cardíaca ou hemorragia, bem como realizar o procedimento adequado em cada uma dessas situações. Além disso, você vai ter que aprender, também, como cuidar de pessoas que sofreram queimaduras e como realizar o transporte de acidentados. Vamos lá? Os Primeiros Socorros são os atendimentos que antecedem a chegada da equipe médica especializada, prestados a uma vítima de acidente ou portador de mal súbito, para mantê-lo com vida. Estes atendimentos, quando aplicados de maneira correta, podem fazer a diferença entre a vida e a morte do acidentado, já que nas duas primeiras horas, depois de ocorrido o acidente, são de fundamental importância para a sobrevivência da vítima. Conheça alguns procedimentos básicos de Primeiros Socorros que podem ajudar você numa situação de emergência.

8.2 Parada respiratória

O ar que respiramos é essencial para nos mantermos vivo. A parada respiratória se caracteriza pela interrupção da respiração, ou seja, da entrada e saída de ar dos pulmões. A vítima para de respirar. Pode acontecer, por exemplo, a partir da obstrução da via respiratória com engasgo por alimentos, prótese dentária, vômito etc. Numa situação de emergência, para verificar se a vítima está respirando é preciso que o socorrista (quem está prestando socorro à vítima) aproxime-se do rosto da vítima e observe se há movimento do tórax, saída de ar do nariz ou boca e sons de respiração. Se nenhum desses aspectos for encontrado e os lábios, línguas e unhas estivem azulados (cianose), o socorrista pode concluir que a vítima sofreu uma parada respiratória. Sabendo disso, cabe ao socorrista realizar as ações de primeiros socorros como: Desobstrução das vias aéreas Incline a cabeça da vítima para trás. Observe se há qualquer objeto ou queda da língua, obstruindo a passagem do ar.

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Método boca-a-boca (boca - máscara) Deve ser aplicado enquanto a vítima não respirar. Somente deve ser interrompido quando chegar um profissional de saúde.

Atenção: Há casos em que o socorrista não poderá aplicar esse método. Por exemplo, quando a vítima apresentar traumatismo na boca. Nestes casos, o socorrista pode fechar a boca e soprar pelo nariz.

8.3 Parada cardíaca

A Parada Cardíaca se caracteriza como a parada dos batimentos do coração. Ela pode provocar , por exemplo, infarto agudo do miocárdio. Os casos de parada cardíaca exigem ação imediata e podem ser constatados pela observação dos seguintes sintomas: inconsciência, ausência de pulso, palidez intensa, extremidades frias e dilatação das pupilas. Numa situação de emergência, para saber se o coração da vítima está batendo, o socorrista deve verificar o pulso dele, colocando os dedos, indicador e médio, bem no meio do pescoço da vítima e deslizando-os para o lado até encontrar o vão entre a traquéia e o músculo do pescoço. Se a vítima não apresentar pulsação, pode ter acontecido uma parada cardíaca.

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Tento verificada a ausência de pulsação, a primeira ação que precisa ser tomada pelo socorrista é a realização da Compressão Cardíaca (massagem cardíaca). 1. Escolha um dos lados do corpo para se posicionar;

2. Localize o osso esterno, posicionando dois dedos;

3. Logo acima dos dedos, posicione a palma da mão e coloque a outra mão por cima;

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4. Realize a compressão cardíaca com bastante vigor, empurrando o esterno para baixo, cerca de três centímetros, a fim de comprimir o coração de encontro à coluna vertebral e, depois, descomprima.

Atenção! Quando há uma parada cardíaca, a respiração também se interrompe. Dessa forma, se a vítima não for socorrida a tempo, a falta de oxigênio pode levá-la à morte ou causar lesões permanentes.

8.4 Hemorragias

Hemorragia é a saída de sangue das artérias ou veias, provocados por cortes, esmagamentos, amputações, fraturas, etc. Chamamos de hemorragia externa, quando ocorre a saída de sangue dos vasos para fora do corpo.Ex: Ferimentos, cortes, esmagamentos, etc. Já a hemorragia interna ocorre a saída do sangue dos vasos, porém o sangue permanece dentro do corpo. Ex: Ferimentos nos órgãos internos do corpo. Em geral, a gravidade de uma hemorragia é determinada pelos seguintes fatores:

rapidez e quantidade com que o sangue sai dos vasos; se o sangramento é externo ou interno; local de origem do sangue; quantidade de sangue perdida; peso, idade e condição geral da vítima; se o sangramento afeta a respiração da vitima (vias aéreas)

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Mas você sabe o que fazer para socorrer uma vítima com hemorragia? Como o sangramento pode ser controlado? Vamos ver!

8.5 Controlando a hemorragia externa

Existem diversas formas de controlar uma hemorragia externa. Umas são mais simples e oferecem pouco risco à vítima, e outras mais complexas, com sérios riscos e contra-indicações. Algumas requerem muito pouco treinamento ou equipamento, e outras necessitam de material muitas vezes não facilmente disponível. No entanto, cada uma delas está relacionada a uma situação, a um caso específico de sangramento. Vamos conhecer alguns desses procedimentos? Compressão sobre a lesão Compressão sobre a lesão é feita de forma simples, coloca-se um pano limpo, gaze ou bandagem sobre o ferimento, comprimindo-o, essa é a forma mais simples e eficaz.

Compressão dos pontos arteriais Existem artérias que podem ser apalpadas por estarem mais próximas a superfície da pele. Através da compressão nos pontos em que se encontram essas artérias, interrompemos o sangramento do local afetado. Deve-se comprimir a artéria atingida acima do ferimento. Veja algumas das regiões recomendadas para compressão das artérias:

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Resfriamento Consiste em resfriar o local da lesão utilizando saco plástico com gelo. Esse método diminui a dor e edemas(inchaço) quando ocorre lesão com contusão. Obs: Esse método é utilizado em combinação com uma das técnicas mencionadas.

Elevação do membro lesado Após ter feito a compressão sobre a lesão, deve-se elevar o membro ferido para que o fluxo sangüíneo diminua naquela região em que houve o ferimento.

Imobilização A hemorragia pode ocorrer quando o osso perfura a musculatura, tecidos ou pele. Deve-se imobilizar a vítima para reduzir o risco de hemorragia. Portanto não

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deverá haver movimentação contínua nesse local, pois se isso ocorrer, poderá agravar a hemorragia. Nuca tente colocar o osso de uma fratura exposta para dentro do ferimento.

A imobilização reduz o sangramento e ajuda na redução da hemorragia.

8.6 Queimaduras

As queimaduras são lesões causadas quando a pele entra em contato com temperaturas extremas (fogo ou gelo), produtos químicos (como soda caustica), eletricidade e radiações. Em casos de queimaduras, o socorrista deve realizar algumas ações imediatas como:

resfriar o local com soro fisiológico ou com água corrente; proteger o local da lesão com gaze, pano limpo ou lenço para aliviar a dor e

impedir o contato com o ar; retirar relógio, pulseiras, brincos, cintos e adornos em geral, pois, esses objetos

armazenam calor; em queimaduras elétricas, verificar a possível presença de parada

cardiorespiratória; encaminhar a vítima imediatamente para atendimento médico especializado.

A depender do agente causador da queimadura, existem ações específicas que devem ser adotadas. Queimaduras térmicas Em caso de queimaduras por temperaturas extremas:

Utilizar água para apagar o fogo na vítima ou utilizar um cobertor para abafa-la. Cobrir o local queimado com um pano limpo ou papel alumínio. Retirar anéis, pulseiras, relógios, cintos, etc. Não remover as roupas queimadas que grudaram na pele, corte ao redor do local

e retire o restante da roupa que não grudou na pele. Não deixar a vítima correr se houver fogo em suas vestes.

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No caso de queimadura nos olhos, cobrir o local com gaze umedecida em soro. Queimaduras químicas Em caso de queimaduras por agentes químicos:

Lave o local com água corrente por 30 minutos. Identifique qual o produto químico que causou a queimadura. Remover a roupa da vítima. Caso os olhos forem atingidos, lavar em água corrente (chuveiro, torneira,

bebedouro, etc). Verificar via aérea, respiração, circulação, e nível de consciência.

Queimaduras elétricas Em caso de queimaduras por agentes elétricos:

Não toque na vítima. Desligue a corrente elétrica. Queimaduras elétricas graves exigem atenção às vias aéreas e à respiração. Todas as lesões elétricas necessitam de atenção médica.

NUNCA USE pasta de dente, pomadas, ovo, manteiga, óleo de cozinha ou qualquer outro ingrediente, pois eles podem complicar a queimadura e dificultar o diagnóstico. Em queimaduras de 2º grau, NÃO rompa as bolhas.

Saiba Mais!

Metade das pessoas internadas com queimaduras são crianças de 0 a 15 anos. A maioria dos acidentes que provocam queimaduras ocorre na cozinha, onde as

crianças menores de 4 anos são as mais atingidas. No período de festas juninas, com as fogueiras, fogos e balões, há um aumento

de 20% no número de queimados. Quando a pessoa sofre grandes queimaduras, ela corre risco de vida. As queimaduras deixam cicatrizes e deformações e podem provocar perda de

movimento nos braços e pernas. O tratamento de queimaduras é extremamente doloroso e longo, com muitas

cirurgias.

8.7.1 Transporte de acidentados

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Ao transportar um acidentado alguns cuidados devem ser tomados para não agravar lesões existentes. No primeiro momento parece ser fácil transportar uma vítima, porém, se não for feito corretamente pode deixar seqüelas no acidentado para o resto de sua vida. O transporte da vítima só deverá ser feito se for absolutamente necessário, ou seja, se a vítima estiver em local de perigo iminente como o de desabamento, incêndio, explosão, etc. caso contrário, deve-se esperar o atendimento médico no local. Na existência de várias vítimas no local, o socorrista deve pedir ajuda o mais rápido possível. O transporte de vítimas mais seguro é o que é feito através de maca, porém, não tendo uma maca no local, deve-se improvisar utilizando porta, prancha, tábua, varas e lençóis bem resistentes. Antes de realizar o transporte, deve-se fazer uma inspeção geral na vítima. Inspeção geral na vítima

Verificar a existência de lesões, sangramentos, fraturas na vítima. Se não tiver conhecimento da gravidade da lesão, não movimentar a vítima.

Dica importante!

Deve existir preparo técnico e psicológico por parte das pessoas que estão prestando primeiros socorros, para que vidas não sejam colocadas em perigo.

8.7.2 Transporte de acidentados

Existem várias maneiras de se transportar uma vítima. Irá depender de vários fatores como: quantidade de pessoas que possam ajudar no transporte; a situação em que a vítima se encontra; as condições do local, etc. No entanto, antes de remover uma vítima, é necessário alguns cuidados especiais:

controlar a hemorragia; manter a respiração; imobilizar o pontos de suspeitos de fratura, lembrando de que nunca devemos

colocar ossos em sua posição normal em caso de fraturas exposta; evitar ou controlar o estado de choque;

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Se o ferido estiver em local de perigo, ele deve ser puxado pela direção da cabeça ou pelos pés, nunca pelos lados;

Se o ferido estiver em local de perigo, ele deve ser puxado pela direção da cabeça ou pelos pés, nunca pelos lados, protegendo sempre a cabeça.

Existem vários métodos de transporte de acidentados, entre eles:

Transporte de apoio

Transporte em "cadeirinha"

Transporte em cadeira

Transporte em braços

Transporte em tábua com imobilização do pescoço (suspeita de fratura de coluna)

8.8 Resumo

Os Primeiros Socorros são os atendimentos que antecedem a chegada da equipe médica especializada, prestados a uma vítima de acidente ou portador de mal súbito, para mantê-lo com vida. Estes atendimentos, quando aplicados de maneira correta, podem fazer a diferença entre a vida e a morte do acidentado, já que nas duas primeiras horas, depois de ocorrido o acidente, são de fundamental importância para a sobrevivência da vítima.

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Referências

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Créditos

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