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Secretaria Estadual de Saúde Superintendência de Vigilância em Saúde Gerência de Imunização e Rede de Frio Vacinação Segura Renata Silva Rocha Moraes Janeth Felicíssima Machado Diniz Coordenação de Normatização

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Secretaria Estadual de SaúdeSuperintendência de Vigilância em SaúdeGerência de Imunização e Rede de Frio

Vacinação Segura

Renata Silva Rocha MoraesJaneth Felicíssima Machado DinizCoordenação de Normatização

Segurança do Paciente

PORTARIA Nº 529, DE 1º DE ABRIL DE 2013

Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP).

PORTARIA Nº 529, DE 1º DE ABRIL DE 2013

● Lei Orgânica da Saúde (8.080 de 19 de setembro de 1990);

● Lei n° 9.782 de 26 de janeiro de 1999;

● Considerando a relevância e magnitude que os Eventos Adversos (EA);

● Considerando a prioridade dada à segurança do paciente em serviços de saúde na agenda política dos Estados-Membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) e na Resolução aprovada durante a 57ª Assembleia Mundial da Saúde, que recomendou aos países atenção ao tema "Segurança do Paciente";

● Considerando a necessidade de se desenvolver estratégias, produtos e ações direcionadas aos gestores, profissionais e usuários da saúde sobre segurança do paciente, que possibilitem a promoção da mitigação da ocorrência de evento adverso na atenção à saúde.

PORTARIA Nº 529, DE 1º DE ABRIL DE 2013

Art. 1º Fica instituído o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP).

Art. 2º O PNSP têm por objetivo geral contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional.

Art. 3º Constitui-se objetivo específico do PNSP:

I - promover e apoiar a implementação de iniciativas voltadas à segurança do paciente em diferentes áreas da atenção, organização e gestão de serviços de saúde, por meio da implantação da gestão de risco e de Núcleos de Segurança do Paciente nos estabelecimentos de saúde;

PORTARIA Nº 529, DE 1º DE ABRIL DE 2013

Cultura de Segurança● Todos os profissionais envolvidos no cuidado e gestores, assumem

responsabilidade pela sua própria segurança, pela segurança de seus colegas, pacientes e familiares;

● cultura que prioriza a segurança acima de metas financeiras e operacionais;

● cultura que encoraja e recompensa a identificação, a notificação e a resolução dos problemas relacionados à segurança;

● cultura que, a partir da ocorrência de incidentes, promove o aprendizado organizacional;

● cultura que proporciona recursos, estrutura e responsabilização para a manutenção efetiva da segurança;

Programa Nacional de Imunização

Os impactos positivos das ações do Programa Nacional

de Imunizações são inquestionáveis.

Não temos dúvida de que a população brasileira têm a

vacinação como uma das medidas mais importantes na

prevenção de doenças imunopreveníveis.

Conquistas

✔ Implantação de novas vacinas oferecidas à população;

✔ Investimento cada vez maior na compra e na produção de imunobiológicos devido a ampliação do Calendário de vacinação;

✔ Ampliação na quantidade de salas de vacinas da rede pública.

Entretanto, este aumento da demanda das salas de

vacinação, aliado alta rotatividade de recursos

humanos, especialmente nas equipes municipais,

pode contribuir para a ocorrência de erros em

imunização. Portanto é de fundamental

importância que o quadro profissional da sala de

vacinação esteja atento para prática de vacinação

segura.

Sala de Vacinação

A equipe de vacinação participa da compreensão da situação

epidemiológica da área de abrangência na qual o serviço de

vacinação está inserido, para o estabelecimento de

prioridades, a alocação de recursos e a orientação

programática, quando necessário.

Práticas de Vacinação Segura

Rápida e efetiva investigaçãoComunicação

AutoridadeRegulatória

NacionalCadeia de Frio

Vacinação Segura

Gerenciamentode crise

Produção de vacinas de

alta qualidade

Transporte eArmazenamento

Práticas de injeção segura

Vigilância EAPV

Devemos instituir um Procedimento Operacional Padrão para a administração de vacinas?

● Não provocar dano ao indivíduo vacinado;

● Não produzir resíduo perigoso aos profissionais de saúde, outras pessoas e ao meio ambiente;

● Segurança para a execução dos procedimentos a fim de que o imunobiológico apresente eficácia plena;

● Não expor o vacinador aos riscos evitáveis.

Importância do Profissional da sala de vacina

✔Profissional sensibilizado quanto a importância do seu papel;

✔ Constante aprendizagem do registro e avaliação da cobertura

vacinal;

✔ Desenvolvimento de estratégias para atuação diante da

intensificação;

✔ Estar apto e seguro para orientar à população;

✔ Manutenção das ações de educação continuada aos

profissionais de saúde envolvidos na imunização, sendo

multiplicador efetivo das informações adquiridas de forma

sistemática;

✔ Lançamento de registro permanente no Sistema de

Informação do Programa Nacional de Imunização - SI-PNI.

O profissional que trabalha em salas de vacina deve ter o conhecimento em várias áreas.

● Anatomia

O profissional que trabalha em salas de vacina deve ter o conhecimento em várias áreas.

● Microbiologia

O profissional que trabalha em salas de vacina deve ter o conhecimento em várias áreas.

● ÉTICA ● LEGISLAÇÃO● INFORMÁTICA● REFRIGERAÇÃO● GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

O sucesso da vacinação depende de vários fatoresIndivíduo a ser vacinado● Idade

● Gestação

● Amamentação

● Reação anafilática

● Imunodepressão

Fatores relacionados à vacina● Manipulação do imunobiológico desde a sua produção até a administração

● Dose e esquema de vacinação

● Sítio e via de administração corretos

● Vacina administrada no momento correto

O sucesso da vacinação depende de vários fatores

● Organização e funcionamento da sala de vacina

● Verificar os aprazamentos a fim de separar a quantidade aproximada de imunobiológicos para o dia de trabalho e preparar a caixa térmica de uso diário.

● Organizar mapas e boletins diários para o registro das doses administradas.

Quando o usuário chega...

Quando o usuário chega...

● Acolhimento e triagem● Reconstituição da

vacina

Os certos da Vacinação

Paciente certo

● Identificação (nome, idade, nome da mãe, endereço)

● Histórico de vacinação disponível?

● Foi vacinado em outro serviço recentemente?

● Reações anteriores a outras vacinas?

● Alergia medicamentosa ou alimentar?

● Gravidez?

● Doença aguda?

● Uso de medicamentos?

Os certos da Vacinação

Vacina certa

● Verificação da vacina pelo menos 3 vezes antes da administração;

● Indicação;

● Vacina reconstituída com o diluente correto;

● Validade do produto (prazo de expiração definido pelo fabricante e prazo de expiração após a abertura do frasco e ou reconstituição).

Momento certo

● Idade adequada

● Intervalo adequado

Os certos da Vacinação

Dose certa

● Dose do esquema básico; ● Reforço;● Volume correto.

Preparo e administração certos

● Reconstituição;● Sítio de administração adequado para a idade e o tipo

de vacina;● Agulha correta para a vacina, via, idade do indivíduo e

espessura do tecido; ● Adolescentes e adultos devem ser vacinados sempre

sentados.

Os certos da Vacinação

Orientações certas

● Sobre a vacina que irá receber e seu esquema;

● Sobre o retorno e a importância das doses subsequentes;

● Sobre eventos adversos.

Registro certo

● No comprovante de vacinação e no sistema de informação (SIPNI e livro);

● Nome da vacina;

● Tipo de dose;

● Data em que foi administrada;

● Lote da vacina;

● Unidade de saúde onde a vacina foi administrada;

● Nome e assinatura do vacinador.

Revendo ...

Vias, locais e técnicas de administração

Via Oral

● Administração das vacinas VOP, rotavírus humano.

Via Intradérmica

● Administração da vacina BCG, inserção do deltóide direito.

● Admite apenas pequenos volumes.

● Seringa: 1 mL, graduada em mililitros.

● Agulhas: 13x3,8; 13x4,0; 13x4,5;

Via Subcutânea

● Geralmente utilizada para a administração de vacinas virais atenuadas.

● Sítio: região do deltoide no terço proximal

● Seringa: 1mL e 3 mL

● Agulhas: 13 x 3,8; 13x 4,0; 13 x 4,5; 20 x 5,5 e 20x6,0;

Técnica de administração

● Escolher o local

● Pinçar o tecido

● Introduzir a agulha em ângulo de 90°

● NÃO ASPIRAR

● Injetar a vacina lentamente

● Retirar a agulha e fazer leve compressão sem massagear o local

Via Intramuscular

● Sítio distante dos grandes nervos e vasos sanguíneos

● Vasto lateral da coxa (crianças) e deltóide são os grupos musculares mais utilizados

● A região ventroglútea é uma região segura para administração de imunobiológicos.

● Seringas: 1mL ou 3mL

● Agulhas: 20x5,5; 20 x 6,0; 25x6,0; 25x7,0 e 30x7,0;

Técnica de administração via intramuscular

● Escolher o local.

● Pinçar o tecido.

● Introduzir a agulha em ângulo de 90°

● ASPIRAR. Se não houver retorno venoso, injetar a vacina lentamente.

● Retirar a agulha e fazer leve compressão com algodão seco.

● Caso haja retorno venoso, desprezar a dose bem como a seringa e a agulha e preparar uma nova dose.

● Desprezar a seringa e a agulha utilizadas na caixa coletora de material perfurocortante.

Técnica de administração via intramuscular

● Administrar duas vacinas no mesmo grupo muscular

● Os locais das injeções devem ser sobre o eixo da coxa, separados por 2,5cm de distâncias.

● Ao registrar na caderneta, colocar (D) lado direito ou (E) lado esquerdo do membro em que as vacinas foram administradas, a fim de identificar a ocorrência de evento adverso.

● Múltiplas vacinas em um mesmo músculo não reduz seu poder imunogênico nem aumenta a frequência e a gravidade dos EAPV.

● Minimiza as oportunidades perdidas de vacinação.

Via Intramuscular- Técnica de administração em Z

● Essa técnica proporciona redução da dor e da incidência das lesões, uma vez que minimiza o retorno da vacina injetada para o tecido subcutâneo.

Via Intramuscular- Técnica de administração em Z

● Puxar a pele e tecido subcutâneo 2 a 3 cm

● Introduzir a agulha em ângulo de 90°

● Injetar a vacina lentamente

● Retirar a agulha e soltar a pele

Estabilidade após abertura do Frasco

● Escassez de vacina mundial.

● Todas as vacinas ofertadas pelo PNI atualmente, devem seguir as orientações relativas ao prazo de estabilidade após abertura do frasco, conforme determinações estabelecidas pelo laboratório produtor.

● Manutenção de bulários em sala de vacina.

Erros X Eventos previstosErros de Imunizações Evento Previsto

Injeção não esterilizada:● Reutilização de uma seringa ou agulha descartável.● Uso de seringas que não asseguram uma esterilidade adequada.● Vacina ou diluente contaminado.● Utilização de vacinas liofilizadas além do tempo indicado de uso.

Infecção, como abcesso localizado no local da injeção, sepse, síndrome de choque tóxica ou morte.

Erro de reconstituição:● Reconstituição com o diluente incorreto.● Substituição da vacina ou diluente de outro fármaco.

Abcesso local por agitação indevida.Morte.Vacina Ineficaz.

Injeção no local equivocado:● BCG aplicada por via subcutânea.● DTP/DT/TT muito superficial.● Injeção na nádega.

Reação ou abcesso local.Reação ou abcesso local.Dano ao nervo ciático.

Transporte/armazenamento incorreto de vacinas.

Reação local por vacina congelada.Vacina ineficaz.

Caso omisso das contraindicações. Reação caso grave previsível.

Analisando nossos dados...

Febre Amarela DTP SAT Penta VIP Rota Influenza HPV0

1

2

3

4

5

6

7

8

Erros em Imunização - Regional Central - Goiânia, 2014

Fonte:Gerência de ImunizaçãoCoordenação de EAPV/CRIE

Qu

an

tita

tivo

Analisando nossos dados..

44%

16%

32%

8%

Erros mais frequentes - Regional Central - Goiânia, 2014

Fonte: GIRF/EAPV-CRIE

Fora da idade recomendada

Tipo de imuno

Intervalo inadequado

Acidente com BCG

As boas práticas

● Quais são?????

Boas Práticas para Lavagem das mãos

Boas práticas de armazenamento de seringas

Acesso restrito à área

Na mesma área não deve haver outros materiais, nem alimentos

Armazenar as seringas em uma área:

Sem risco de umidade

Sem risco de comprometer sua esterilidade

Superfícies de fácil limpeza

Boas Práticas para evitar acidentes percutâneos

● Conter a criança de forma

a evitar os movimentos

bruscos.

Boas Práticas para evitar acidentes percutâneos

NÃO REENCAPAR AS AGULHAS após a administração da vacina

Não manipular a agulha

Utilizar as CAIXAS COLETORAS para eliminar as seringas usadas

Considerações para o uso de caixas de segurança

Colocar no local em que se administra a vacina

Encher as caixas coletoras o limite identificado para segurança

Fechar e vedar antes de transportar

Utilizar apenas uma vez

Armazenar as caixas cheias em uma área segura

Nunca realizar esta prática

Esta prática pode resultar na contaminação das doses restantes!

Reflexão

O cuidado, essência da enfermagem, implica em ações éticas, seguras e compromissadas com o êxito.Diante da ocorrência de um erro, a atitude do profissional faz grande diferença, pois as complicações do erro vão depender das condutas adotadas por todos os envolvidos.

Superintendência de Vigilância em SaúdeGerência de Imunização e Rede de Frio

Coordenação de Normatização

Obrigada!