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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
EZEQUIEL ESPÓSITO
TÊNIS DE MESA: A MOTIVAÇÃO PARA A PRÁTICA DO TÊNIS DE MESA NAS
AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E NOS JOGOS COMPETITÍVOS
PONTA GROSSA 2012
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
EZEQUIEL ESPÓSITO
TÊNIS DE MESA: A MOTIVAÇÃO PARA A PRÁTICA DO TÊNIS DE MESA NAS
AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E NOS JOGOS COMPETITÍVOS
Artigo apresentado como exigência para conclusão de curso ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, Universidade Estadual de Ponta Grossa. Orientador : Profº. Ms Alfredo Cesar Antunes.
PONTA GROSSA 2012
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A motivação do Tênis de Mesa nas aulas de Educação Física e nos jogos competitivos
Autor: Ezequiel Espósito1
Orientador: Dr. Alfredo Cesar Antunes2
RESUMO
O foco de reflexão deste artigo é a importância da motivação para a prática do Tênis de Mesa nas aulas de Educação Física e nos jogos competitivos. O trabalho que aqui se apresenta tem como objetivo principal refletir a motivação como base para o desenvolvimento do ensino aprendizagem na prática do Tênis de Mesa. Essa modalidade é de um valor inigualável para a socialização de indivíduos, pois através dessa implementação, espera-se que haja melhor conscientização das pessoas no ambiente escolar, possibilitando aos alunos mais participação e o estímulo na prática deste esporte. Pelos dados colhidos o Tênis de Mesa é pouco praticado na escola de pesquisa, tanto em jogos escolares quanto nas aulas, os índices menores encontra-se nos 6º anos e 8º anos de alunos que já tinham praticado o Tênis de Mesa. O público alvo desta intervenção foram alunos do Ensino Fundamental de uma escola pública de Santana do Itararé, no Estado do Paraná. No decorrer da implementação surgiram dificuldades no enfrentamento das competições de escola com outro município, em função do tempo para a recepção e permanência dos alunos competidores, porém isso não afetou o desenvolvimento da implementação, tendo sua continuidade conforme estão expostas ao longo do texto de maneira a dispor os contextos das análises; as resistências que existiram e as rupturas necessárias para tornar o Tênis de Mesa mais socializado dentro da escola. Palavras-chave: Motivação, competição e Tênis de Mesa.
1 Professor PDE 2010-2012,NRE Wenceslau Braz, Área Educação Física (FAFIJA), Pedagogia
(FAFITI), lotado no Colégio Estadual do Campo Humberto de Alencar Castelo Branco-Ensino Fundamental e Médio do Município de Santana do Itararé - PR. ² Doutor em Ciências do Desporto (UNICAMP). Docente do Departamento de Educação Física – UEPG. E-mail: [email protected]
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ABSTRACT
The focus of this paper is to reflect the importance of motivation for the practice of Table Tennis in Physical Education classes and competitive games. The work presented here aims to reflect the main motivation as basis for the development of teaching learning in the practice of the Table Tennis. This mode is a unique value for the socialization of the individuals, because through of this implementation, it is expected that there is better awareness of people in the school environment, enabling students and encouraging more participation in this sport. Data collected by the table tennis is an uncommon practice in the school of research, both in school plays and in class, the lower rates found in the 6th grade and 8th grade students who had played table tennis. The target of this intervention were elementary school students in a public school in the Santana do Itararé, State of Parana. During the implementation difficulties have arisen in coping with of the school competitions with another municipality, in function of time for the receipt and retention of students competing, but this did not affect the development of implementation, and its continuity as they are exposed to throughout the text so the contexts have the analyzes; the resistance that existed and the breaks necessary to make table tennis more socialized into the school. Keywords: Motivation, competition and Table Tennis.
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1 Introdução
O Tênis de Mesa, como modalidade esportiva, é uma atividade que parte da
avaliação constituída em decorrência das experiências vividas em quadras ou
espaço específico para sua prática. Trabalhar o Tênis de Mesa valorizando a
motivação e não a competição com acepção de atletas permite uma participação
mais efetiva dos alunos.
Espera-se que no desenvolvimento deste trabalho, o Tênis de Mesa se torne
mais popular dentro da escola de modo que, a direção, equipe pedagógica,
professores e alunos tenham oportunidades de juntos conhecerem melhor este
esporte e seus benefícios. E que a equipe pedagógica e professor revejam a prática
das aulas de Tênis de Mesa, e se está sendo aplicada de maneira que incentive os
alunos a participar e aderir a esta modalidade esportiva.
O Tênis de Mesa é um meio/instrumento para construção e desenvolvimento
do conhecimento em obter resultados dentro e fora das competições visto que
proporciona maior agilidade, concentração e poderá contribuir no desenvolvimento
do aluno em sala de aula.
Este artigo apresenta reflexão acerca do papel que desempenha o professor
de Educação Física no seu cotidiano escolar, respaldada numa concepção
democrática. São nestes espaços que professores e alunos se encontram de forma
efetiva e direta, onde a percepção torna-se o foco das atenções ligadas ao
comportamento esportivo.
Ao definir o Tênis de Mesa como objeto de estudo, pretende-se inserir os
alunos neste momento como parte desta ação e assim os estimular para uma nova
visão e materialização daquilo que é o Tênis de Mesa.
É bom salientar que nunca é tarde para começar a prática do Tênis de Mesa,
podendo iniciar em qualquer idade e ter a sensação de jogar um bom mesatenismo.
Para ser campeão é algo um pouco mais complexo, precisa começar cedo,
treinar muito, dominar com maestria as técnicas e contar com o respaldo de bons
técnicos e jogadores.
As crianças que iniciam no mesatenismo brasileiro, quase sempre são
incentivadas pelos pais, que um dia tiveram a oportunidade de praticá-lo de alguma
forma (na Escola, no Clube, no Centro Comunitário, casa de amigos). Como esta
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modalidade é pouco praticada na escola, com a implementação deste trabalho
percebeu-se o interesse de outros alunos pelo esporte e passaram a ter um olhar
diferente para o Tênis de Mesa, atingindo assim o seu objetivo de socializá-lo na
escola.
2 A importância da motivação para o desenvolvimento do Tênis de Mesa
A educação deve abranger as diferentes classes sociais de forma processual
e crítica e que seja contextualizada. É direito do cidadão ter educação plena e de
qualidade, mas isso requer uma metodologia de trabalho pedagógico que propicie
ao educando domínio de conhecimentos. Nesta perspectiva, é necessário que se dê
mais atenção a modalidade do Tênis de Mesa na escola, expressando e discutindo
em conjunto as dificuldades de motivar os alunos para esta prática.
Considerando que o Tênis de Mesa não possui grandes quantidades de
pesquisas bibliográficas como outros esportes, acaba por dificultar a pesquisa.
Assim afirma Lima (1997, p.69), que “Para elaborar um trabalho que envolva a
modalidade esportiva do Tênis de Mesa, esbarra-se na escassez de bibliografia”.
No entanto existem as motivações através das experiências vividas e
postadas de forma a superar as faltas teóricas. Isso se dá a permanência de
projetos, os quais motivam as crianças a terem oportunidades de um convívio social,
conhecendo novas realidades que antes estavam restritas ao convívio familiar e as
tarefas dentro da sala de aula.
Entende-se que com a prática do Tênis de Mesa, promove-se benefícios
como: percepção, equilíbrio, lateralidade e outras valências que venham a contribuir
para a socialização e motivação do aluno.
Para que isso aconteça, segundo Vasconcellos (2002, p.57) “deve possibilitar
o confronto de conhecimento entre o sujeito e o objeto, onde o educando possa
penetrar no objeto, compreendê-lo em suas relações internas e externas, captar-lhe
a essência”.
Recorremos há alguns autores que destacam a importância que a motivação
tem para o desenvolvimento da aprendizagem dos (as) alunos (as).
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Segundo Bergamini (1997, p.30) “motivação deriva originalmente da palavra
latina movere, que significa mover.” Essa origem da palavra encerra a noção de
dinâmica ou de ação que é a principal tônica dessa função particular da vida
psíquica.
Vergara (2000, p.42), diz que a “motivação é uma força, uma energia que nos
impulsiona na direção de alguma coisa que estamos de acordo, ela é,
absolutamente intrínseca”, isto é: está dentro de nós, nasce de nossas necessidades
interiores.
Sendo assim, a motivação está dentro das pessoas a qual precisa de
estímulos para produzir interesses em fazer algo. Com a motivação, as pessoas
criam suas próprias iniciativas no intuito de aprender sempre algo mais. Ela é
necessária para aquisição de qualquer processo e é originada por algum estímulo. O
papel do professor é estimular a motivação já presente em cada aluno. De acordo
com Cunningsworth (1992, p.63), “se os alunos são motivados, eles provavelmente
aprenderão melhor”; o que para muitos é impossível conseguir bons resultados
quando não são estimulados.
Na construção do conhecimento, encontra-se a sensação, a percepção e a
imaginação. A dinâmica emocional (afetividade) permeia o desenvolvimento da
cognição e a motivação para aprender.
Existem dois tipos de motivação que permitem ao professor Educação Física
conhecer o real interesse do aluno pelos esportes: motivação extrínseca e
intrínseca.
A motivação extrínseca compreende fatores externos que levam os jovens a
prática da atividade física, como, por exemplo a influência de colegas, dos pais e do
professor. Já a intrínseca requer fatores internos, como o prazer, satisfação, força de
vontade em realizar as aulas de Educação Física.
Portanto, a motivação está dentro das pessoas, as quais precisam de
estímulos para produzir interesse em fazer algo.
Segundo Vergara (2000, p. 42):
Motivação é uma força, uma energia que impulsiona na direção de algumas coisas que estamos de acordo, ela é absolutamente intrínseca, isto é, está dentro de nós, nasce de nossas necessidades interiores.
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Diante disso a função dos psicólogos, técnicos e atletas relacionados a
Psicologia do Esporte, é de trabalhar a auto estima dos atletas de modo a mantê-los
motivados para enfrentar os desafios de uma competição. Manter esta energia,
coloca o atleta equilibrado emocionalmente, visto que existem fatores internos e
externos que estabelecem tal comportamento, capaz de levar a um bom
desempenho no momento do jogo.
Com relação ao ensino, existe sintonia entre a motivação e aprendizagem,
pois os alunos precisam da motivação do professor para gerar estímulo em
aprender.
De acordo com Vigotsky o professor é quem direciona a construção da
motivação do aluno:
A construção da motivação é um dos pilares para um bom clima da sala de aula. O professor tem que conhecer como o aluno aprende e usar de estratégias de ensino que lhe dê a sensação de estar conquistando algo importante no ato simples de cumprir tarefas que estão de acordo com a sua zona proximal de desenvolvimento. (VIGOTSKY, 1993, p. 102)
Apesar de sua importância na valorização da aprendizagem, a motivação
raramente recebe a devida atenção de professores e pesquisadores. É preciso que
se discuta o valor do conhecimento e aplicação de conceitos motivacionais na
prática pedagógica da Educação Física.
No planejamento, o docente deve levar em consideração, além de outros
elementos educacionais, a dimensão emocional e motivacional do estudante.
Segundo Caetano e Januário (2009, p. 1) a motivação é compreendida como
um componente essencial na Educação Física, pois auxilia no envolvimento do
aluno e na qualidade do cumprimento da tarefa.
Um aluno motivado mostra-se ativamente envolvido no processo de aprendizagem, engajando-se e persistindo em tarefas desafiadoras, despendendo de esforços, usando estratégias adequadas e buscando desenvolver novas habilidades de compreensão e domínio” (RUFINI; BORUCHOVITCH, 2004 apud CAETANO e JANUÁRIO, 2009, p. 4)
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Ainda, de acordo com os autores supracitados o sucesso na execução da
atividade aumenta a autoconfiança, pois proporciona o sentimento de satisfação.
Assim, o educando que não tem vivências positivas também não terá sentimento
positivo de competência. Portanto, o aprendizado do educando é “[...] influenciado
pela qualidade e quantidade de prática, assim como pela seleção de tarefas
adequadas ao seu nível de desenvolvimento e conhecimento atual” (CAETANO e
JANUÁRIO, 2009, p.7).
Ainda com Caetano e Januário:
No Brasil há um caminho a percorrer no âmbito da investigação sobre os processos de pensamento do aluno e do professor, no sentido de percebermos as motivações e intenções que ocasionam a dimensão externa do comportamento durante a prática pedagógica. Este conhecimento é também necessário para a introdução de reformas e inovações curriculares, dado ser primordial conhecer o impacto das medidas nos agentes, não os considerando como sujeitos passivos e inertes. (CAETANO e JANUÁRIO, 2009, p.7)
3 O fator psicológico para o Tênis de Mesa
A compreensão de uma nova atitude em relação ao ensino do Tênis de Mesa
vai sendo construída na medida em que o professor e equipe pedagógica se
envolvam no processo de reflexão sobre a prática pedagógica dos esportes contido
na Proposta Pedagógica Curricular dosando de forma não priorizar um, em
detrimento de outro conteúdo.
O Tênis de Mesa ou qualquer outra modalidade esportiva, seja em escolas ou
clubes, pode ganhar muito, quando acompanhado de profissionais da área de
Psicologia. Essas modalidades esportivas possuem características e especificidades
de treino próprias. Para isso o professor deve conhecer as modalidades esportivas
que irá ensinar, pois desta forma desenvolverá um planejamento de ensino
adequado aos objetivos dos alunos.
No Tênis de Mesa, a psicologia do exercício pode proporcionar aos
praticantes, inúmeros benefícios como o bem estar físico e emocional. É difícil
encontrarmos esses profissionais trabalhando o esporte como um meio/instrumento
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para a socialização, o desenvolvimento psicomotor e o mental. Imaginem quanto à
educação ganharia se nas escolas houvesse psicólogos dando suporte psicológico
para os alunos e para os professores, isso melhoraria muito o desempenho da
aprendizagem e da qualidade de vida para todos. Destacando o Tênis de Mesa, por
exemplo, com ajuda do psicólogo melhoraria o trabalho do professor de Educação
Física no desempenho de atividades que envolvam o desenvolvimento psicomotor e
a socialização entre os alunos.
Nesse sentido o Tênis de Mesa é uma modalidade que pode oferecer ao
jogador oportunidades para ser um grande mesatenista ou até mesmo como esporte
de entretenimento. Viviane (2009, p.1) diz que “A alma da motivação é nunca
desistir: de tentar, realizar, crescer, mudar, melhorar e principalmente sonhar, pois
tudo que existe hoje surgiu de um sonho e você vai conseguir realizar”!
Para Borges (2009, p.1) a motivação está vinculada a dez mandamentos.
Estes mandamentos podem ser analisados para a prática do tênis de mesa.
- Não seja um procrastinador
Não adie as tarefas de hoje. Também não adie suas decisões. Faça isso por
você. Evite acumular afazeres, pois alguns tentam dedicar-se a muitas coisas ao
mesmo tempo, além de estressante, é um convite para o fracasso. (BORGES,
2009).
A ideia aqui é fazer com que o aluno comece a gostar do Tênis de Mesa, já
nos anos inicias do Ensino Fundamental, visto que é um esporte calmo e ajuda
melhorar o comportamento dos alunos.
- Comece algo e termine
Se você começar algo, termine, a menos que o sentimento de frustração seja
bom para você (BORGES, 2009). O Tênis de Mesa proporciona isto, jogá-lo causa
uma boa sensação para as pessoas.
- Confie em você mesmo
O segredo do êxito é apenas "confiar no seu taco" e ter "bala na agulha". A
"Todos possuem os recursos que necessitam, basta acessá-los". "Sim, eu posso. Eu
me permito. Eu vou". (BORGES, 2009).
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A princípio o Tênis de Mesa leva a este desafio, não desistir na primeira
raquetada.
- Valorize o que realmente importa
Defina suas metas, suas prioridades e valores. Equilibre seu tempo, não viva
só para o trabalho, por exemplo. Desfrute de momentos felizes ao lado de seus
familiares. Pratique atividades físicas, leia bons livros, ouça boas músicas, exercite a
sua fé. (BORGES, 2009).
Eu acrescento o Tênis de Mesa como mais um recurso para as pessoas se
distraírem e esquecer seus problemas do dia-a-dia.
- Tenha grandes planos
Você quer ser grande? Ande com os grandes. Quer ter grandes realizações e
um grande sucesso? Tenha objetivos e metas, e corra atrás. Não seja medíocre.
(BORGES, 2009).
O esporte ajuda o ser humano a crescer, porque qualquer modalidade
esportiva leva a competição e conflitos, praticando um esporte permite ao jogador ter
autocontrole, assim agir na sociedade de maneira mais equilibrada.
- Agradeça sempre
Pense nisso: "Sempre reclamei dos meus sapatos, até que um dia, ao dobrar
uma esquina, avistei um homem sentado sem os dois pés". Reveja seus conceitos
de necessidades. (BORGES, 2009).
O esporte muitas vezes rompe as barreiras do preconceito, do desânimo,
ajuda na autoconfiança das pessoas.
- Ame-se muito
O maior amor que podemos sentir é o amor próprio. Este sentimento profundo
acerca de nós mesmos nos fará amar incondicionalmente o próximo e o Arquiteto do
Universo. Quando temos uma boa autoestima nossos relacionamentos são mais
saudáveis. (BORGES, 2009).
A prática de um esporte, em especial o Tênis de Mesa, leva o aluno ter
confiança em si mesmo e domínio de seus movimentos.
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- Não tenha medo de fracassar
O fracasso é uma ação, não é uma pessoa. É apenas uma oportunidade de
fazer diferente, de recomeçar de outra forma. Portanto, mesmo que você caia,
levante-se com classe, e saiba que os tombos te ensinarão novas manobras.
(BORGES, 2009).
O fracasso faz parte de qualquer atividade, o medo pode ser o principal fator
para ocorrer o fracasso, por isso não desista de seus sonhos.
- Seja disciplinado
Nem sempre é possível fazer o que se quer. Nem todos ganham o quanto
gostariam ou fazem o que sabem ou amam. Disciplina é plantar para colher, só que
o plantio é árduo. (BORGES, 2009).
O Tênis de mesa exige disciplina, assim como qualquer esporte. Por isso não
dê pulos maior que sua perna, planeje suas ações e metas.
- Persista, persista, persista
Olhe para seu alvo, fixe os olhos nele e prossiga até tocá-lo. Será fácil? É
bem provável que não, mas ainda que você seja surrado, não seja nocauteado.
Fomos criados para sonhar e são eles - os sonhos - que abastecem a nossa alma.
Não venda os seus sonhos, não desista deles, não deixem roubá-lo de você.
(BORGES, 2009).
Para aprender a jogar o Tênis de Mesa precisa de paciência e persistência, e
acima de tudo equilíbrio emocional.
Em suma, a motivação é um fator preponderante na realização de qualquer
esporte, um forte instrumento para aumentar a motivação intrínseca dos alunos, o
sentimento de competência e atitudes positivas favorecem a participação dos alunos
nas aulas de Educação Física e também na prática do Tênis de Mesa.
A próxima etapa será apresentação e análise dos resultados obtidos com os
questionários aplicados aos alunos participantes das atividades.
4 Análise da pesquisa
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A implementação do projeto de intervenção transcorreu durante o ano letivo
de 2011 e teve como objetivo principal refletir sobre a motivação, em especial dos
alunos do oitavo ano do Ensino Fundamental, da participação em jogos
competitivos, fazendo-os parte de escola pública. A intervenção teve seu início na
Semana Pedagógica no ano de 2011, na formação continuada, com a participação
da equipe pedagógica, docentes e demais funcionários da escola. O tema foi
apresentado a todos, através de um Banner confeccionado especialmente para esta
atividade e colocado em discussão. O presente estudo optou por usar a metodologia
de pesquisa qualitativa por esta ser um caminho que possibilita fazer descobertas,
encontrar novos significados a respeito do tema estudado, discutir e avaliar
alternativas ou confirmar o que já é conhecido, reconhecendo o conhecimento como
algo não acabado, ou seja, como uma construção que se faz e se refaz
continuamente (LUDKE; ANDRÉ, 1986, p. 66).
A coleta dos dados ocorreu no segundo semestre de 2011, no Colégio
Estadual do Campo Humberto de Alencar Castelo Branco-Ensino Fundamental e
Médio, envolvendo os alunos de 8ª série de 13 a 14 anos do Ensino Fundamental.
Para representação dos dados optou-se por agrupar as respostas por
segmentos em Eixos temáticos e Tópicos de Análise. A pesquisa partiu da
observação e aplicação de questionários para quarenta e três alunos com questões
abertas e fechadas formuladas para este fim, com consentimento dos pais através
de um termo de autorização, além de reuniões com os alunos. Como representação
do tema orientando a percepção de maneira condensada através de um sistema de
categorias produto das inferências realizadas.
Após recolher os questionários respondidos pelos alunos, realizou-se a
tabulação onde poderemos obter algumas interpretações que nos leva ao
enriquecimento deste artigo.
Segue a análise dos dados levantados neste trabalho.
Com intuito de realizar um diagnóstico com os alunos sobre o conhecimento
da prática do Tênis de Mesa, optou-se por estas questões que dariam subsídios do
real conhecimento dos alunos sobre o Tênis de Mesa para iniciar a implementação
do projeto.
EIXO TEMÁTICO 1 - Participação dos alunos no Tênis de Mesa
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1.1 Em que séries você praticou Tênis de Mesa?
Série Número de alunos
5º Ano 06
6º Ano 21
7º Ano 13
8º Ano 03
TOTAL 43
Podemos perceber que houve um desequilíbrio de interesses em relação às
séries apresentadas. No meu ponto de vista faltou mais incentivo por parte dos
professores para execução desta modalidade esportiva nestas séries em que
poucos alunos tiveram acesso a este esporte. Isto só veio confirmar o quanto o
Tênis de Mesa é esquecido nas aulas de Educação Física.
1. 2 Você pratica o Tênis de Mesa fora da escola?
Sim Não Às vezes
05 23 01
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Neste caso observa-se que a maioria dos alunos não pratica o Tênis de Mesa
fora da escola pela influência da classe social, pois muitos não têm condições
financeiras para se apropriar do material dessa modalidade e por ser pouco
trabalhada no contexto escolar. O futebol acaba ganhando força por ter a maior
popularidade entre os alunos, basta uma bola e um terreno vazio para que uma
pelada aconteça.
1. 3 Você acha importante a prática de esporte?
Sim Não
26 03
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Percebe-se que os alunos são conscientes da influência saudável que o
esporte proporciona para a vida. Ao praticar um esporte expressamos sentimentos,
crenças, valores, enfim nosso modo de sentir e perceber o mundo.
Conforme disponível no artigo científico: Contribuições sobre causas de
aderência as práticas esportivas na perspectiva do lazer no Rio de Janeiro [PDF] de
fpjournal.org.br AM de Freitas… - Fitness & Performance Journal, 2003 -
fpjournal.org.br:
O esporte como instrumento de saúde, revigoramento e lazer, oferece ao homem reações importantes aos sintomas negativos da sociedade. O esporte é sem dúvida, uma das variáveis mais ponderáveis no estilo de vida atual. Para que se compreenda a prática esportiva, deve-se compreender seu significado e sentido, tentando sempre envolver valores que assegurem o bem social.
EIXO TEMÁTICO 2 - Interesse em participar numa competição
2.1 O que você mais gosta nas aulas de Tênis de Mesa?
Competir Atacar Participar Jogar em dupla
17 05 03 04
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Partindo da idéia que o esporte ajuda ter uma vida saudável, o Tênis de
Mesa além de estimular a competição conforme demonstra o gráfico é um
entretenimento e ajuda na atividade física para obter resultados no equilíbrio mente-
corpo, tendo por exemplo o relaxamento.
2. 2 O que você acha de participar numa competição de Tênis de Mesa?
Bom Ótimo Regular
29 - -
Há de desenvolver no contexto escolar uma cultura mais voltada a esta
modalidade esportiva, visto que os alunos gostam deste esporte. É preciso que
socialize mais na escola e no município, pelas pessoas que detém o poder e
possam fornecer recursos materiais e físicos para que realmente este esporte seja
devidamente valorizado e socializado.
2.3 Já participaram de Jogos Escolares?
Sim Não
06 23
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As respostas apontam que precisa de mais motivação nas escolas para uma
participação efetiva desta modalidade em jogos escolares. Média de 0,1% de alunos
da escola de pesquisa participa nesta modalidade em jogos escolares. Sabemos da
importância que o Tênis de Mesa traz para o desenvolvimento do ser humano como:
disciplina, responsabilidade, noções sociais e auto-estima frente aos desafios, e de
lidar com as perdas e com as conquistas de maneira equilibrada. Assim justifica
todas as ações desenvolvidas pelo projeto com intuito de incentivar a prática do
Tênis de Mesa na escola que atuo.
5 Considerações Finais
Segundo VEIGA (2005, p. 191) as relações educativas que ocorrem no
cotidiano escolar são amplas, complexas e em permanente construção
/reconstrução. No entanto, qualquer mudança construída em um dado momento de
forma coletiva são ingredientes necessários para que haja uma transformação
comprometida.
Antes de apresentar as considerações deste trabalho, faz-se necessário que
a pesquisa respondeu aos objetivos traçados: elaboração e aplicação.
Pelos resultados apresentados através da pesquisa, o Tênis de Mesa passou
ter outro significado para os alunos, este projeto mexeu com a rotina das aulas de
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Educação Física, visto que outros colegas passaram a aplicar em suas aulas a
pedidos dos alunos esta modalidade. Temos um depoimento muito interessante de
um colega de trabalho.
“Meus alunos não dão sossego, entro na sala de aula, já cobram aulas de
tênis, dizendo por que outro professor dá e o senhor não. Acabei aderindo a este
projeto e o resultado disciplinar da turma foi outro”.
Outro ponto relevante desta pesquisa foi a adaptação e validação de
instrumento para a fidedignidade da avaliação destes comportamentos, percepções
e escolha de público alvo para a responsabilidade da pesquisa.
A compreensão de uma nova atitude em relação a prática do Tênis de Mesa,
vai sendo construído à medida que professores, alunos e diretores são envolvidos
no processo de reflexão, da importância do esporte na vida do aluno e aqui em
especial; o Tênis de Mesa.
“O aluno é aquele que, em linhas gerais, está sendo avaliado pelo
desenvolvimento formal de suas habilidades. Cada um é singular, daí qualquer
tentativa de homogeneização do ensino se traduz em fracasso” (CHALITA, 2004
p.136).
Através deste artigo, deixo minha colaboração como fonte de motivação a
todos aqueles que desejarem despertar como estímulo aos praticantes do Tênis de
Mesa, sejam em aulas, Clubes ou até mesmo como recreação.
Este trabalho poderá ser usado como fonte de pesquisa para todos os
professores que atuam na área de Educação Física e demais interessados.
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REFERÊNCIAS
BERGAMINI, Cecília Whitaker. Motivação nas Organizações. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1997. BORGES, Rudson Os dez mandamentos da motivação. Disponível em: www.rh.com.br/Portal/motivação/artigo 6258.html. CAETANO, Angélica; JANUÁRIO, Carlos. Motivação, teoria das metas discentes e competência percebida. Pensar a prática, v.12, n.12, mai/ago, 2009. CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Editora Gente, 2001 1ª Edição. CUNNINGSWORTH, Alan. Evaluating and selecting EFL teaching materiais. London: Heb, 1992. FREITAS, A. M. Contribuições sobre causas de aderência às práticas esportivas na perspectiva do lazer no Rio de Janeiro. Fitness & Performance Journal, 2003. Disponível em fpjournal.org.br. LIMA, Fernando Vitor. Temas atuais em Educação Física e Esportes. Aspectos em Pedagogia do Treinamento de Tênis de Mesa. Belo Horizonte: Health, 1997. LUDKE, M.; ANDRE, M. E. D. A. Pesquisa em Educação abordagens qualitativa. São Paulo: EPU, 1986. VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Construção do conhecimento em sala de aula. 13ª edição.São Paulo: Libertad, 2002. VEIGA, Ilma Passos A. Projeto Político- Pedagógico da Escola: Uma construção possível. Campinas, SP: Papirus, 2005. VERGARA, Sylvia. Gestão de pessoas. 2ª Ed. São Paulo: Atlas, 2000. VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
A importância do esporte na vida das pessoas. Disponível em www.blogers.com.br/a-importancia-do-esporte-na-vida-das-pessoas/. Acesso dia 07/07/2012.