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Órgão de divulgação da Sociedade Espírita Bezerra de Menezes DE UTILIDADE PÚBLICA MUNICIPAL - LEI 2.665 Nº 24 - OUTUBRO/NOVEMBRO DE 2007 - LAGOA SANTA - MG "Vós sois o sal da terra.(...)" Sal da T Sal da T Sal da T Sal da T Sal da T erra erra erra erra erra IMPRESSO REUNIÕES PÚBLICAS ÀS QUINTAS FEIRAS (19:30 hs) DOMINGO (9:30 hs) SEBEM - Semeand SEBEM - Semeand SEBEM - Semeand SEBEM - Semeand SEBEM - Semeando o Bem! o o Bem! o o Bem! o o Bem! o o Bem! Na jornada evolutiva Dos quatro cantos da Terra diariamente partem viajores humanos, aos milhares, demandando o país da Morte. Vão-se de ilustres centros da cultura européia, de tumultuárias cidades americanas, de velhoscírculosasiáticos,deásperosclimasafricanos. Raros viveram nos montes da sublimação, vinvulados aos deveres nobilitantes. A maioria constitui-se de menores de espírito, em luta pela outorga de títulos que lhes exaltem a personalidade. Não chegaram a ser homens completos. Atravessaram o “maré magnum” da humanidade em contínua experimentação. Muita vez, acomodaram-se com os vícios de toda a sorte, demorando voluntariamente nos trilhos da insensatez. Apesar disso, porém, quase sempre se atribuíram a indébita condição de “eleitos da Providência”; e, cristalizados em tal suposição, aplicavam a justiça ao próximo, sem se compenetrarem das próprias faltas, esperando um paraíso de graças para si e um inferno de intérmino formento para os outros. Quando perdidos nos intrincados meandros do matrerialismo cego, fiavam, semjustificativa,quenotúmuloselhesencerrariaamemória;e,sefiliadosaescolasreligiosas,raros excetuados,contavam, levianos e inconseqüentes, com privilégios que jamais nada fizeram por merecer. Onde albergar a estranha e infinita caravana? Como designar a mesma estação de destino a viajantes de cultura, posição e bagagens tão diversas? Perante a Suprema Justiça, o malgache e o inglês fruem dos mesmos direitos. Provavelmente, porém, estarão distanciados entre si, pela conduta individual, diante da Lei Divina, que distingue, invariavelmente, a virtude e o crime, o trabalho e a ociosidade, a verdade e a simulação, a boa vontade eaindiferença.Dacontínuaperegrinaçãodosepulcro,participam,todavia,santosemalfeitores,homens diligentes e homens preguiçosos. Como avaliar por bitola única recipientes heterogêneos? Considerando, porém, nossa origem comum, não somos todos filhos do mesmo Pai? E por que motivo fulminar com inapelável condenação os que motivo fulminar com inapelável condenação os delinqüentes, se o dicionário divino inscreve a letras de fogo as palavras “regeneração”, “amor” e “misericórdia”? Determinaria o Senhor o cultivo compulsório da esperança entre as criaturas, ao passo que Ele mesmo, de Sua parte, desesperaria? Clorificaria a boa vontade, entre os homens, e conservar-se-ia no cárcere escuro da negação? O selvagem que haja eliminado os semelhantes, a flechadas, teria recebido no mundo as mesmas oportunidades de aprender que felicitam o europeu supercivilizado, que extermina o próximo à metralhadora? Estariam ambos preparados ao ingresso definitivo no paraíso de bem-aventurança infindável tão somente pelo batismo simbólico ou graças a tardio arrependimento no leito de morte? A lógica e o bom – senso nem sempre se compadecem com argumentos teológicos imutáveis. A vida nunca interrompe atividades naturais, por imposição de dogmas estatuídos de artifício. E, se mera obra de arte humana, cujo termo é a bolorenta placidez dos museus, exige a paciência de anos para ser empreendida e realizada, que dizer da obra sublime do aperfeiçoamento da alma, destinada a glóriasimarcescíveis? Vários companheiros de ideal estranham a cooperação de André Luis, que nos tece informações sobre alguns setores das esferas mais próximas ao comum dos mortais. Iludidos na teoria do menor esforço, inexistente nos círculos elevados, contavam com preeminência pessoal, sem nenhum testemunho de serviço e distantes do trabalho digno, em um céu de gozos contemplativos, exuberante de conforto melifico. Prefeririam a despreocupação das galerias, em beatitude permanente, onde a grandeza divina se limitaria a prodigiosos espetáculos, cujos números mais surpreendentesestariama cargodosEspíritosSuperiores,convertidosemjograisdevestidurabrilhante. A missão de André Luis é, porém, a de revelar os tesouros de que somos herdeiros felizes na Eternidade, riquezas imperecíveis, em cuja posse jamais entraremos sem a indispensável aquisição de sabedoria e de Amor. Para isto, não lidamos em milagrosos laboratórios de felicidade improvisada, onde se adquiram dotes de vil preço e ordinárias asas de cera. Somos filhos de Deus, em crescimento. Seja nos campos de forças condensadas, quais os da lutafísica,sejanasesferasdeenergiassutis,quais as do plano superior, os ascendentes que nos presidem os destinos são de ordem evolutiva, pura esimples,comindefectíveljustiçaaseguir-nosde perto,àclaridadegloriosaecompassivadoDivino Amor. A morte a ninguém propiciará passaporte gratuito paraaventura celeste. Nunca promoverá compulsoriamente homens a anjos. Cadacriatura transporá essaaduana daeternidade com a exclusiva bagagem do que houver semeado, e aprenderá que a ordem e a hierarquia, a paz do trabalhoedificante,sãocaracterísticosimutáveis da Lei, em toda parte. Ninguém, depois do sepulcro, gozará de um descanso a que não tenha feito jus, porque “O Reino do Senhor não vem com aparências externas”. Os companheiros que compreendem, na experiência humana, a escada sublime, cujos degraus há que vencer a preço de suor,comoproveitodasbênçãoscelestiais,dentro da prática incessante do bem, não se surpreenderão com as narrativas do mensageiro interessado no servir por amor. Sabem eles que não teriam recebido o dom da vida para matar o tempo, nem a dádiva da fé para confundir os semelhantes, absorvidos, que se acham, na execução dos Divinos desígnios. Todavia, aos crentes do favoritismo, presos à teia de velhas ilusões, ainda quando se apresentem com os mais respeitáveistítulos,asafirmativasdoemissário fraternal provocarão descontentamento e perplexidade. É natural, porém: cada lavrador respira o arado campo que escolheu. Para todos, contudo, exoramos a bênção do Eterno: tanto para eles, quanto para nós. EMMANUEL - NO MUNDO MAIOR – ANDRÉ LUIZ - FRANCISCO C. XAVIER

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Órgão de divulgação daSociedade Espírita Bezerra de MenezesDE UTILIDADE PÚBLICA MUNICIPAL - LEI 2.665

Nº 24 - OUTUBRO/NOVEMBRO DE 2007 - LAGOA SANTA - MG"Vós sois o sal da terra.(...)"

Sal da TSal da TSal da TSal da TSal da TerraerraerraerraerraIMPRESSO

REUNIÕES PÚBLICAS ÀS QUINTAS FEIRAS (19:30 hs) DOMINGO (9:30 hs)

S E B E M - S e m e a n dS E B E M - S e m e a n dS E B E M - S e m e a n dS E B E M - S e m e a n dS E B E M - S e m e a n d o o B e m !o o B e m !o o B e m !o o B e m !o o B e m !

Na jornada evolutivaDos quatro cantos da Terra diariamente partem viajores humanos, aos milhares, demandando o

país da Morte. Vão-se de ilustres centros da cultura européia, de tumultuárias cidades americanas, develhos círculos asiáticos, de ásperos climas africanos.

Raros viveram nos montes da sublimação, vinvulados aos deveres nobilitantes. A maioriaconstitui-se de menores de espírito, em luta pela outorga de títulos que lhes exaltem a personalidade.Não chegaram a ser homens completos. Atravessaram o “maré magnum” da humanidade em contínuaexperimentação. Muita vez, acomodaram-se com os vícios de toda a sorte, demorando voluntariamentenos trilhos da insensatez. Apesar disso, porém, quase sempre se atribuíram a indébita condição de“eleitos da Providência”; e, cristalizados em tal suposição, aplicavam a justiça ao próximo, sem secompenetrarem das próprias faltas, esperando um paraíso de graças para si e um inferno de intérminoformento para os outros. Quando perdidos nos intrincados meandros do matrerialismo cego, fiavam,sem justificativa, que no túmulo se lhes encerraria a memória; e, se filiados a escolas religiosas, rarosexcetuados,contavam, levianos e inconseqüentes, com privilégios que jamais nada fizeram por merecer.

Onde albergar a estranha e infinita caravana? Como designar a mesma estação de destino aviajantes de cultura, posição e bagagens tão diversas?

Perante a Suprema Justiça, o malgache e o inglês fruem dos mesmos direitos. Provavelmente,porém, estarão distanciados entre si, pela conduta individual, diante da Lei Divina, que distingue,invariavelmente, a virtude e o crime, o trabalho e a ociosidade, a verdade e a simulação, a boa vontadee a indiferença. Da contínua peregrinação do sepulcro, participam, todavia, santos e malfeitores, homensdiligentes e homens preguiçosos.

Como avaliar por bitola única recipientes heterogêneos? Considerando, porém, nossa origemcomum, não somos todos filhos do mesmo Pai? E por que motivo fulminar com inapelável condenaçãoos que motivo fulminar com inapelável condenação os delinqüentes, se o dicionário divino inscreve aletras de fogo as palavras “regeneração”, “amor” e “misericórdia”? Determinaria o Senhor o cultivocompulsório da esperança entre as criaturas, ao passo que Ele mesmo, de Sua parte, desesperaria?Clorificaria a boa vontade, entre os homens, e conservar-se-ia no cárcere escuro da negação? Oselvagem que haja eliminado os semelhantes, a flechadas, teria recebido no mundo as mesmasoportunidades de aprender que felicitam o europeu supercivilizado, que extermina o próximo àmetralhadora? Estariam ambos preparados ao ingresso definitivo no paraíso de bem-aventurança infindáveltão somente pelo batismo simbólico ou graças a tardio arrependimento no leito de morte?

A lógica e o bom – senso nem sempre se compadecem com argumentos teológicos imutáveis.A vida nunca interrompe atividades naturais, por imposição de dogmas estatuídos de artifício. E, semera obra de arte humana, cujo termo é a bolorenta placidez dos museus, exige a paciência de anospara ser empreendida e realizada, que dizer da obra sublime do aperfeiçoamento da alma, destinada aglórias imarcescíveis?

Vários companheiros de ideal estranham a cooperação de André Luis, que nos teceinformações sobre alguns setores das esferas mais próximas ao comum dos mortais.

Iludidos na teoria do menor esforço, inexistente nos círculos elevados, contavam compreeminência pessoal, sem nenhum testemunho de serviço e distantes do trabalho digno, em um céu degozos contemplativos, exuberante de conforto melifico. Prefeririam a despreocupação das galerias, embeatitude permanente, onde a grandeza divina se limitaria a prodigiosos espetáculos, cujos números maissurpreendentes estariam a cargo dos Espíritos Superiores, convertidos em jograis de vestidura brilhante.

A missão de André Luis é, porém, a de revelar os tesouros de que somos herdeiros felizes naEternidade, riquezas imperecíveis, em cuja posse jamais entraremos sem a indispensável aquisição desabedoria e de Amor.

Para isto, não lidamos em milagrososlaboratórios de felicidade improvisada, onde seadquiram dotes de vil preço e ordinárias asas decera. Somos filhos de Deus, em crescimento. Sejanos campos de forças condensadas, quais os daluta física, seja nas esferas de energias sutis, quaisas do plano superior, os ascendentes que nospresidem os destinos são de ordem evolutiva, purae simples, com indefectível justiça a seguir-nos deperto, à claridade gloriosa e compassiva do DivinoAmor.

A morte a ninguém propiciarápassaporte gratuito para a ventura celeste. Nuncapromoverá compulsoriamente homens a anjos.Cada criatura transporá essa aduana da eternidadecom a exclusiva bagagem do que houver semeado,e aprenderá que a ordem e a hierarquia, a paz dotrabalho edificante, são característicos imutáveisda Lei, em toda parte.

Ninguém, depois do sepulcro, gozaráde um descanso a que não tenha feito jus, porque“O Reino do Senhor não vem com aparênciasexternas”.

Os companheiros quecompreendem, na experiência humana, a escadasublime, cujos degraus há que vencer a preço desuor, com o proveito das bênçãos celestiais, dentroda prática incessante do bem, não sesurpreenderão com as narrativas do mensageirointeressado no servir por amor. Sabem eles quenão teriam recebido o dom da vida para matar otempo, nem a dádiva da fé para confundir ossemelhantes, absorvidos, que se acham, naexecução dos Divinos desígnios. Todavia, aoscrentes do favoritismo, presos à teia de velhasilusões, ainda quando se apresentem com os maisrespeitáveis títulos, as afirmativas do emissáriofraternal provocarão descontentamento eperplexidade.

É natural, porém: cada lavradorrespira o arado campo que escolheu.

Para todos, contudo, exoramos abênção do Eterno: tanto para eles, quanto paranós.

EMMANUEL - NO MUNDO MAIOR – ANDRÉ LUIZ -FRANCISCO C. XAVIER

PÁG. 02 Sal da Terra/2007

Agentes da InfelicidadeAgentes da InfelicidadeAgentes da InfelicidadeAgentes da InfelicidadeAgentes da Infelicidade

Um veículo em desabalada, espaço restrito de circulação na viapública, pessoas na calçada aguardam a oportunidade de se deslocar. Derepente, um infausto avassalador. Desgovernada a carroça metálica criadapara prover conforto e segurança, sobe abruptamente na calçada e intervémna trajetória de duas crianças causando um déficit de vidas em seualvorecer, levando um pai aos estertores da agonia íntima.

Lágrimas incontidas, lamentos que ecoam pelas almas clamandojustiça, misericórdia, questionando a existência de Deus quando defrontadascom a infelicidade avassaladora que instaura o caos, o desalento, adesesperança e a inconformidade.

Agentes do sofrimento, interferimos na trilha dos semelhantes,causando danos que exigem múltiplas jornadas de refazimento ereconstrução. Somos o retrato vivo da impiedade conosco mesmos ecom os que de nós se aproximam. Vivendo em conflitos continuados,vamos deixando registros vivos para o contato impiedoso da consciênciadesperta que um dia se nos depara na jornada, trazida pela maturidaderelativa ou pela mudança na jornada, ensejada pela senectude, pelavizinhança do portal da morte, impulsionada pela inevitável exaustão dociclo vital do corpo físico.

Números estarrecedores mostram que 4% dos acidentes de trânsitosão ocasionados por problemas nos veículos, 6% decorrem de máscondições das vias e 90% originam-se de comportamentos dos motoristas,escoimados em atos inseguros que externam imprudência – quando ocondutor do veículo tem consciência dos riscos –, imperícia – quando omotorista não tem consciência do seu ato inseguro –, ou negligência –quando ao conduzir o carro deixa de ter comportamento seguro. Desde1989, o Brasil ostenta o título de líder mundial em acidentes de trânsito.

Após um desastre, vendo o mal ocasionado, é comum ao agentecausador buscar eximir-se, evocando condições adversas da via ou dasvítimas, esquivando-se do chamusco ou da revolta de testemunhas,conduzindo-se interiormente para a margem da Lei. Fugindo do tribunalíntimo, implacável, a ser acionado pelo tempo.

Na questão 639 de O Livro dos Espíritos, muito antes do tempoaçodado em que vivemos, os espíritos infomaram a Kardec que cada umserá penalizado, não só pelo mal que haja feito, mas também pelomal a que tenha dado lugar.

Quando por atitudes ou gestos intervimos na vida do próximo,intervimos na caminhada das criaturas, nas jornadas de outros, mudandoos seus itinerários. E os espíritos lembraram a Kardec a propósito quandona questão 781 lhes foi perguntado: Tem o homem o poder de paralisara marcha do progresso? Não, mas tem, às vezes, o de embaraçá-la.

Emmanuel diz que consciências encarnadas em desvario fazem osdesvarios da esfera humana1, alertando para as vantagens do auto-aprimoramento capaz de tornar-nos mais infensos às mazelas dacontemporaneidade. Afinal, como viver em paz, se somos ainda agentesdo mal em múltiplas circunstâncias, distanciando-nos das trilhas segurasda harmonia e da convivência fraterna?

Narcisa2 referindo-se às escolhas miseráveis que às vezes fazemos,sentenciou com extraordinário senso de oportunidade: Deus criou serese céus, mas nós costumamos transformar-nos em espíritos diabólicos,criando nossos infernos individuais.

A aura do amor modifica tudo, substituindo a desgraça, pela graça.A infelicidade pela feliz idade. A miséria pela misericórdia. O desgosto,pelo gosto. O semblante contraído pelo gesto amigo. O cenho franzidopelo sorriso aberto. O punho fechado, pela mão estendida.

Se dirigir, ame. Não dirija sem amor.

SE DIRIGIR, AME.

1 Justiça Divina – Cap Problema Conosco– pág. 83 – FEB2 Nosso Lar – Cap 30 – André Luiz / Chico Xavier – FEB

Antônio Carmo [email protected]

Uma família que se constitui após as tsunamis que atingiu diversospaíses do Oceano Índico, no dia 26 de dezembro de 2004, chamou atençãodo mundo não só pelo exemplo de amor, mas pelo inusitado dos envolvidos.A família é constituída por um filhote de hipopótamo, chamado Owen, euma tartaruga-macho gigante de 130 anos, de nome Mzee. O bebêhipopótamo, que na ocasião pesava cerca de 300 quilos, vivia no rio Sabakie foi afastado dos pais naturais pelas ondas gigantes, as mesmas que ceifarama vida de mais de cem mil pessoas. Arrastado para o oceano, o filhoteacabou preso num recife, sendo socorrido por moradores da região, com oauxílio de uma rede de pesca. Foi então levado para o Parque MombasaHaller, no Quênia, onde encontrou a tartaruga Mzee, que no início relutouum pouco em aceita-lo, mas acabou cedendo à pressão, uma vez que ocarente Owen o seguia, insistentemente, de um lado para outro, talvez atraídopor sua cor também acinzentada. O fato é que um ano depois desse encontroos jornais noticiavam que os membros daquela inusitada família permaneciammais unidos do que nunca, continuando a dormir inclusive juntos, e que osimpático hipopótamo, agora um tanto maior, estava prestes a conheceruma namorada e ser transferido para uma área comum, na companhia, éclaro, do seu centenário padastro Mzee.

-*-*-*-

Toda criatura traz em si a centelha divina, mesmo quando ainda estejanos primórdios do seu processo evolutivo, como é o caso dos animais.Com base nisso é que o poeta Casimiro Cunha, por intermédio do saudosomédium Francisco Cândido Xavier, escreveu a belíssima poesia “Os animais”,inserida no livro “Cartilha da Natureza”, publicação da Federação EspíritaBrasileira. A seguir, a poesia na íntegra:

“Na casa da Natureza, /O Pai espalhou com arte/As bênçãos de luzda vida, / Que brilham em toda a parte.

Essas bênçãos generosas, /Tão ricas, tão naturais, / São notas deamor divino/Na esfera dos animais.

Não te esqueças: no caminho, /praticando o bem que adores, /Buscaver em todos eles/Os nossos irmãos menores.

A Providência dos Céus/Jamais esquece a ninguém; /Deus que é Paidos homens sábios, / Deus que é Pai dos homens sábios; / É Pai do animaltambém.

A única diferença, /Em nossa situação, / É que o animal não chegou/às vitórias da Razão.

Entretanto, observamos/ Em toda a sua existência/ Os princípiossacrossantos/ De amor e de inteligência.

Vejamos a abelha amiga/ No grande armazém do mel, / A galinhaafetuosa, /O esforço do cão fiel.

O boi tão útil a todos, /É bondade e temperança; / O muar de forçahercúlea/Obedece a uma criança.

Ampara-os, sempre que possas, /Nas horas de tua lida./ O animal detua casa/ Tem laços com tua vida.

A lei é conjunto eterno/ De deveres fraternais: /Os anjos cuidam doshomens, /Os homens dos animais.

Os animais

BANHO E TOSAAtendimento à Domicilio

Banho Carrapaticida, Banho Higiênico, Tosa comMáquina e Tesoura, Cauterização de Pêlos, tinturas eClareamento, Limpeza de Tártaro e Corte de Unhas.

Contato: André Luiz31 – 9235 – 4007 / 31 – 3681 – 4675

Dedé Estética Animal

PÁG. 03Sal da Terra/2007

CRIMINALIDADE E DELINQUÊNCIAANÁLISE DO CRIME SOB AS ÓTICAS DA JUSTIÇA HUMANA E DA JUSTIÇA DIVINA

Marcelo Henrique Pereira - Revista Reformador – 01/2006

As dificuldades de entendimentointerpessoal e a busca desenfreadapelo “ter” configuram os maioresproblemas da modernidade.Havendo a previsão de regras legaispara o bom convívio social, todosos dias, pessoas que não seadaptam aos modelos de condutaválidos acabam delinqüindo, isto é,desrespeitando (através da açãopessoal ou coletiva), as normasvigentes. O Direito funciona comoo freio de harmonização ouadequação das práticas humanasao padrão socialmente eleito,calcado nas penas, que são“castigos” de natureza monetária(multas ou indenizações), ou decerceamento da liberdade de ir e vir(detenção ou reclusão). Por maisdesenvolvida seja uma Sociedade,entretanto, a justiça aplicável nãoé perfeita, absoluta,definitiva. Háentre a justiça humana e a divinaum hiato proporcional à distânciaentre o nível evolutivo dos homense a perfeição da Divindade.

A Constituição Brasileira(artigo 5%,XXXV a XLI e LV)disciplina as regras gerais deaplicação da justiça em nosso país:nenhum ato escapa à análise dojudiciário e as condutas humanassó podem ser consideradascriminosas havendo lei anterior àprática daquelas que assim asdefinam. Crime, portanto, é o atodelituoso, fato individual que violaa lei, conduta humana que infringea lei penal. Da lição dos estudiosos,temos os princípios básicos: o crimeé um fenômeno natural e social; aresponsabilidade penal cabe àsociedade; a pena é meio de defesada sociedade e visa recuperar oscriminosos recuperáveis e isolar osirrecuperáveis; o método de estudodo Direito Penal é o experimental;o criminoso é um indivíduo anormal,e essa anormalidade decorre decausa física ou moral; oscriminosos são classificados emocasionais, habituais, natos,passionais e doentes mentais.

A pena é, assim, a retribuiçãojurídica para o restabelecimento daordem jurídica violada. Funda-sena culpa. Há, no Direito, a célebredistinção entre atos culposos edolosos, ou, entre culpa e dolo.Neste último, manifesta está aintenção na ação, e o agenteefetivamente quis o resultado. Noprimeiro, ao contrário, o agentenão queria o resultado, mas, decerta forma, sua atitude –negligente, imprudente, ou imperita– conduziu a ele.

Os bens jurídicos tuteladossão, em ordem de importância: 1)vida; 2) integridade física;3)liberdade; 4)propriedadematerial. De acordo com estagradação, são estabelecidos osníveis de penalidades. A apreciaçãojurisdicional enquadra a açãocriminosa, a intenção do agente, oresultado obtido e a relação crime-vítima e crime-sociedade,fixando assentenças condenatórias, conformea “dosimetria da pena” (dosagemdo remédio jurídico para o mal[crime] existente).

Interessa à Doutrina Espíritaa configuração do criminoso. Emrelação à análise da condutahumana, são princípiosfundamentais: 1) o mal é a ausênciado bem: 2) o ato contrário às LeisDivinas denota o primitivismo moraldo ser, que é superado à medidaque o Espírito evolui; 3) o livre-arbítrio – DIREITO do ser espiritual– condiciona a responsabilidade e,quanto mais esclarecido o Espírito, maiores são a culpa/merecimentodeste; 4) as punições da Lei Divinatêm apenas o caráter educativo; 5)o resumo da Lei está no axioma:AMAR AO PRÓXIMO COMO ANÓS MESMOS( questão 876 de OLivro dos Espíritos).

Para o conceito espiritual decrime, lembra-se aqui a questão 358de O Livro dos Espíritos, quepontua: Há crime sempre quetransgredis a lei de Deus (quandoos Espíritos respondem acerca deser ou não, o aborto,crime).Ademais, nesta obra, sãomencionados como crimes: matarum semelhante para se alimentar;e o assassínio (homicídio).Há,entretanto, atenuantes comomatar em virtude do império daforça, como no caso das guerras(vide questão 709,746 e 749).

Num corpo são (semanomalias mentais), a vontadeespiritual é que governa, e aresponsabilidade pelo ato é doEspírito, sempre. Com otolhimento(parcial) da razão, ograu (maior ou menor) deconsciência do ato e devoluntariedade determinará aculpabilidade espiritual, fechandoqualquer possibilidade deocorrência de crime totalmenteinvoluntário, mesmo que emdecorrência de distúrbios orgânicos(mentais). É o axioma: “Em tudovede a intenção)”.

A responsabilidade (tanto dohomem – doutrina penal – quantodo Espírito) funda-se no livre-

arbítrio. Daí decorre aimputabilidade da ação. Assimsendo, se o agente, no momento daprática do ato, não reuniacapacidade ou condições pessoaisque permitiam a consciência daprática e/ou de sua ilicitude, não épossível puni-lo. Psicologicamentefalando, há tendências criminosase grande parte delas estádiretamente ligada à educação (ouà ausência dela) nas fases iniciaisda vida humana, à aquisição dehábitos ou vícios, aorelacionamento com outros homense, em essência, ao próprio ambientesocial em que o indivíduo se achainserido. Isto, do ponto de vistaeminentemente material(vida atual).

No aspecto espiritual,considera-se: 1) é o Espírito – esomente ele – o responsável diretopela prática de seus atos; 2) aambiência(meio) pode ser umfacilitador ou um dificultador desua conduta normal e isto configuraespécie de prova à qual o Espíritose acha sujeito para, em últimaanálise, “domar as suas másinclinações”; 3) a relação Espírito-meio-Espírito é maior ou menor deacordo com a vontade espiritual,tanto em contribuir quanto emprejudicar; 4) a conduta criminosaserá sempre uma resultante doestágio espiritual do Ser e de suacapacidade (prova) de resistênciaao mal.

Não podemos convir quealguém reencarne com a “missão decometer crimes, mas a escolha deambientes, relacionamentos,companhias, e o resgate de débitosanteriores como proposta, podemcolocar as pessoas frente àpossibilidade de cometimento dosmesmos. Isto justifica a chamadatendência “espiritual” para acriminalidade. Em tudo impera olivre-arbítrio do ser, a consciênciae escolher os meios adequados paraa sua experiência reencarnatória.Não há, pois, de nenhum modo, odeterminismo para o crime.Todavia, uma personalidade“habituada”, por váriasencarnações, ao convívio com ocrime, estará mais propensa à suareiterada prática, em novaexistência corporal. Relacionandocriminalidade e lei de causa e efeito,há o resgate dos males cometidos(crimes) em vidas pregressas,Entretanto, ao contrário do que sepossa imaginar, o resgate nãoobedece à antiqüíssima lei de Talião(“olho por olho dente por dente”)

e o “carma” (se assim podemoschamá-lo), não significará que odelinqüente da vida anterior tenhade ser a vítima nesta, ou vice-versa.Não se paga o mal com o mal.

Em termos espirituais, aobsessão pode levar ao cometimentode crimes, pela maior ou menorinfluenciação espiritual de um (oumais) ser (es) sobre outros(s). Emmuitos criminosos, numa análiseclínica e psicológica, tem-sepercebido a existência do que aMedicina chama de “múltiplaspersonalidades”, grupos deEspíritos que “apossam-se” do serencarnado, sugestionando-o evalendo-se do necessário meiofísico para a prática de atos(criminosos) no plano da matéria.Espiritualmente, podemos estardiante dos seguintesdesdobramentos: 1) vingança do(s)em relação ao encarnado(s) emrelação ao encarnado criminoso,influenciando-o na execução dedelitos; 2) vingança do(s) Espírito(s)desencarnado (s) em relação a um(ou mais) encarnados, utilizando-sede outro agente – o criminoso; 3)sintonia mental/vibratória/psicológica entre o(s) Espírito(s)desencarnado(s) e o(s)encarnado(s), que se comprazem,ambos, na prática da delinqüência.Fala-se, aqui, na formação defalanges espirituais, e apermanência – mesmo temporária –de um ou mais elementos desta, noplano da carne, pode ser um fatorprovidencial para o cometimentodos atos desejados por todos.

Mas as sintonias tambémocorrem na sendo do Bem. Apregoa-se muito, em nossos dias, ainfluência do Espiritismo noprogresso da Humanidade. Emlinhas gerais, a filosofia espíritacontém – no nosso entender – asexplicações necessárias everdadeiras dos fatos espirituais/humanos. Conhecer a Doutrina,com seus princípios e teorias, éprimordial para a melhoraindividual e coletiva. Não devemosfechar os olhos para o crime, paraa violência, para a iniqüidade, sóporque não está acontecendoconosco, naquele momento... Se noscalamos ante a injustiça, aintolerância, quem sabe não serátarde, para nós, sairmos do silêncioquando formos a vítima. Talvez nãopossamos sequer nos manifestar emvida, porque até esta já pode tersido ceifado pela criminalidade.

PENSE NISSO!

PÁG. 04 Sal da Terra/2007

Mudança de sexoA constituição do ser orgânico é

decorrência das suas necessidadesevolutivas, que são trabalhadas peloperispírito na condição de modeloorganizador biológico.

Trazendo impressos osmecanismos da evolução nos tecidossutis da estrutura íntima, plasma, a partirdo momento da concepção, o corpo,no qual o Espírito se movimentarádurante a vilegiatura humana, a fim deaprimorar o caráter e resgatar oscompromissos, negativos que ficaramna retaguarda.

Trabalhando nos códigosgenéticos do DNA,aciona as moléculasfornecedoras das células queprogramarão a forma, enquanto oEspírito se encarrega de produzir osfenômenos emocionais e as faculdadespsíquicas.

Assim sendo, é herdeiro de simesmo, promovendo os meios decrescer interiormente através dasexperiências que ocorram numa comonoutra polaridade sexual.

Em se considerando as gravesfinalidades do aparelho genésico, na suafunção reprodutora, ele é repositório dehormônios especiais, que trabalhamconjuntamente com os outros dasdemais glândulas de secreção endócrinade forma que o equilíbrio físico,emocional e intelectual se expressenaturalmente, sem traumas oudisfunções que decorrem dosproblemas que ficaram por solucionar.

A libido impulsiona o indivíduopara a realização criativa e produtiva,quando se expressa com moderação,sendo natural decorrência ancestral doinstinto por cuja faixa o ser transitoudurante largo período e cujas marcaspermanecem dominadoras.

A qualquer distonia de sua parte,logo surgem distúrbios neuróticos ecomportamentais que afetamperturbadoramente o processoreencarnatório, a ela fortementevinculado.

Essa poderosa energia motoraexige cuidadosa canalização, a fim deproduzir fenômenos harmônicos, queestimulem à ordem, à realizaçãodignificadora, porquanto, assim nãosendo, a sua força irrompe como caudaldesordenado que passa deixandoescombros.

O uso adequado da função sexual– sintonia entre a psicologia e a fisiologiada polaridade – proporciona bem estare facilita o crescimento espiritual, semgerar amarras com a retaguarda doinstinto, assim com, também com asEntidades perversas e viciadas que a elase vinculam.

A sua abstinência, quando aenergia que exterioriza é trabalhada etransformada em força inspirativa eatuante pelos ideais de beleza, de cultura,de sacrifício pessoal, igualmentepropicia equilíbrio e empatia, já que oimportante é o direcionamento dos seuselementos psíquicos, que têm de serm o v i m e n t a d o sincessantemente,porquanto para issosão produzidos.

Joanna de Angelis / Dias Gloriosospsicografia de Divaldo P. Franco

Em decorrência, é defundamental importância que o Espíritoreencarnado se sinta identificado coma sua anatomia sexual, mantendo osestímulos psicológicos em consonânciacom a mesma.

Quando a ocorrência é diversa –função emocional diferente da formafísica – encontra-se em reajustamento,que deverá ser disciplinado, evitando apermissão do uso indevido, queproporciona agravantes mais severospara o futuro.

Eis porque o respeito que os paisdevem manter em relação ao sexo dosfilhos, evitando interferir psiquicamenteno processo da sua formação, quandoo zigoto começa a definir a futura formaconsoante o mapa cármico doreencarnante.

É natural que se tenha opção poressa ou aquela expressão sexual para oser amado; no entanto, não deve ser tãopreponderante que, em se apresentandodiferente do que se deseja, o amor sofraefeitos negativos. Outrossim, ainvigilância que pode originar-se nagenitora optando e impondo o seu desejosobre o ser em desenvolvimento, poderácontribuir para alterar a constituiçãomolecular, atendendo-lhespsicocineticamente a aspiração. Nãoobstante, porque fora da programaçãoevolutiva do Espírito, essa mudançapode trazer-lhe prejuízos emocionais ecomportamentais.

A estrutura genética emelaboração do corpo é constituída porelementos poderosos embora sutis, queatendem aos planos energéticos queagem sobre ela. Assim, a mente doreencarnante – conscientemente ou não– como a dos seus genitores, interferemexpressivamente na construção da suaanatomia, agindo diretamente nos genese seus cromossomos, se a vontadeatuante se fizer forte e constante. Essaação psíquica pode alterar, na estruturado DNA os pares de purinas epirimidinas, modificando as disposiçõesestabelecidas e em formação. Talocorrência não é rara, antes é muitomais numerosa do que se tem detectado,particularmente nas vezes em que oEspírito imprime sinais que traz deexistências transatas – suicídios,homicídios, acidentes – ou de condutasque se fixaram profundamente no cernedo ser, ressurgindo agora na formanova.

Da mesma maneira, filhos comanatomia diferente da herança espiritual– em alguns casos como efeito dapreferência dos pais, especialmente damãe que a trabalhou psiquicamentemantendo a aspiração exagerada do quecultivou durante a gestação –apresentam transtornos de expressão ecomportamento que devem sercorrigidos na infância, a fim de se nãotornarem afligentes no período daadolescência, quando da definição dosórgãos e caracteres anexos ao sexo.

A orientação cuidadosa eenriquecedora de amor reestrutura obinômio forma-emoção, facultando aexistência saudável, sem angústias nem

desassossegos De maneira mais grave poderá

acontecer quando os estudiosos daengenharia genética, nos seus ensaiosambiciosos, pretendendo interferir nasvidas, reprogramarem, através doscódigos genéticos do DNA, os sexos jáem vias de formação, para que sealterem, mudando a anatomia e a função.

Nesses casos, permanecendo aprogramação espiritual, que passaria asofrer ingerência externa, surgirãoindivíduos com complexos problemasde conduta nessa área ,desde quefortemente necessitados da experiênciana polaridade primitiva que foimodificada. Encontrando-se noutra, quelhe não responde aos anseios dossentimentos nem às necessidadespsíquicas, desarticulam-seinteriormente.

Existem já incontáveis ocorrênciasdessa natureza, que terminam em fugasterríveis para as drogas que geramdependência, que desgastam e levam àconsumpção, quando não se atiram aossuicídios desesperados para fugirem doconflito que os aturdem e dilaceram,acreditando não terem solução nemrazão para viverem.

A questão sexual é muito delicada eprofunda, estando a exigir estudossérios, sem as soluções da vulgaridade,apressadas e levianas, que pretendemresolver as situações conflitivasmediante sugestões paracomportamentos insensatos, queviolentam as estruturas morais dopróprio ser, que passa então aexperimentar distonia psíquica íntimaou desprezo por si mesmo, emboramantendo aparência de triunfo que seencontra distante de o haverconseguido.

No momento da concepção operispírito é atraído por uma forçaincomparável, às células que vãoformando, nelas imprimindoautomaticamente, por força da Lei decausa e efeito, o que é necessário à suaevolução, incluindo, sem dúvida, o sexoe suas funções relevantes.

A ingerência externa, alterando-lhe a formação somente traráinconvenientes, prejuízos e distoniasmorais

A engenharia genética, à medidaque penetra nas origens da vida física,poderá oferecer uma contribuiçãovaliosíssima, desde que não se imponhaa vacuidade de interferir nos quadros

PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DA SOCIEDADEESPÍRITA BEZERRA DE MENEZES

Editor: Nascip GomesReuniões públicas toda quinta feira às 19:30 hs e aos Domingos 9:30hs.R. Castro Figueiredo, 633 - Brant - LAGOA SANTA - 33400000- MG

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superiores da realização e construçãodo ser humano.

O corpo produz o corpo, que éherdeiro de muitos caracteres ancestraisda família, mas só o Espírito produz ocaráter, as tendências, as qualidadesmorais, as realizações intelectuais, odestino...

Eis porque, na vã tentativa demudar-se o sexo, na formaçãoembrionária ou noutro período qualquerda existência física, desafia-se a lei deharmonia vigente na criação, o queprovocará distúrbios sem nome napersonalidade e na vida mental de quemlhe sofre a ingerência.

Todo o corpo merece respeito ecuidados, carinho e zelo contínuos, porser a sede do Espírito, o santuário davida em desenvolvimento. No entanto,na área sexual, tendo-se em vista afinalidade reprodutora, o intercâmbio dehormônios poderosos quão relevantes,o ser é convidado a maior vigilância edisciplina.

Educar o sexo medianteconveniente disciplina mental é o desafiopara a felicidade, que todos enfrentame devem vencer.

As amarras aos vícios sexuais vêmretendo milhões de homens e mulheresna retaguarda das paixões,reencarnando-se com difíceis edesafiadores problemas que aguardamdolorosas soluções. E porque se nãoquerem sacrificar, a fim de equacioná-los, permanecem em situações penosasquanto aflitivas.

Todo abuso ao corpo eparticularmente ao sexo perpetradoconscientemente, gera dano equivalente,que permanecerá aguardandocorrespondente solução por aquele quese infligiu a desordem, passando asofrê-la.

Diante, portanto, de qualquerdificuldade que se experimente, ou faceàs decisões graves que aguardamatitude decisória, sempre se poderáperguntar ao Amor como resolvê-las, eesse Amor que se manifesta em todaparte, sem os condimentos das paixõesperturbadoras, responderá comsabedoria meridiana que, atendida comcuidado, proporcionará equilíbrio e paz,impulsionando o Espírito pelo rumo bemorientado, pelo qual atingirá a meta paracujo fim se encontra reencarnado.

PÁG. 05Sal da Terra/2007

Os seres pluricelulares são constituídos de diferentes tipos decélulas,originarias das células-mãe,células estaminais ou células-tronco(stemcells). São células que produzem os tecidos orgânicos pelo processo biológico dediferenciação celular, geneticamente regulado por genes específicos. As célu-

las-tronco são, na atualidade, objeto de complexas e onerosas pesquisas científi-cas, consideradas úteis no controle de doenças neurodegenerativas, cardíacas,cardíacas, metabólicas,hematológicas, renais, acidentes vascularescerebrais(AVCs).

As células-tronco são classificadas em dois tipos básicos: embrionárias eadultas. As embrionárias são denominadas totipontentes porque podem originarqualquer tecido do organismo, além da placenta e dos anexos placentários. Nafase inicial de desenvolvimento, o embrião é conhecido como blastocisto, o qualpossui células pluripotentes com a propriedade de formar todos os tecidos, excetoa placenta e anexos. As células-tronco adultas, de diferenciação limitada, sãoencontradas nos órgãos do corpo, sendo que as mais utilizadas nas terapias sãoas da medula óssea, placenta e do cordão umbilical.

É mais apropriado o uso de células-tronco adultas cuja terapia, além denão contrariar os princípios da bioética, revela mínima possibilidade de rejeiçãobiológica. Neste sentido, é oportuno destacar a impressionante capacidade dascélulas-tronco localizadas na medula óssea: elas podem diferenciar-se nos novetipos celulares que circulam no sangue e, também, nas células localizadas nosórgãos linfóides (envolvidos nos mecanismos de imunidade). A renovação celu-lar no sangue é tão intensa que, diariamente, entram na corrente sanguínea cer-ca de oito mil células novas, provenientes da medula óssea.

O processo de extração de células-tronco embrionárias encontra barrei-ras éticas devido à morte dos embriões (blastocistos). Esses embriões, quandocongelados em nitrogênio líquidos por mais de três anos, são considerados exce-dentes ou inviáveis pelas clínicas de fertilização in vitro, ou são formados espe-cificamente para fins de terapias médicas. No Brasil, a Lei Federal 11.105, de 24de março 2005, regulamenta as pesquisas na área, permitindo o uso de células-tronco embrionárias para pesquisas e terapia. Durante os trâmites de elabora-ção dessa lei, causou-nos surpresa a afirmação de alguns colegas da área desaúde que, na tentativa de justificarem a realização de pesquisas com embriõescongelados, alegavam (e alegam), como pretensa verdade absoluta, a não-exis-tência de vida no blastocisto, reduzido a mero conceito de simples agrupamentode células, um pré-embrião.

Em sentido diametralmente oposto, o Espírito André Luiz informa:É importante considerar, todavia, que nós, os desencarnados, na esfera

que nos é própria, estudamos, presentemente, a estrutura mental das células, demodo a iniciarmo-nos em aprendizado superior, com mais amplitude de conheci-mento, acerca dos fluidos que nos integram o clima de manifestação, todos elesde origem mental e todos entretecidos na essência da matéria primária, o HaustoCorpuscular de Deus, de que se compõe a base do Universo Infinito”.

Ora, se uma célula, germinal ou somática tem estrutura mental, é óbvioque, onde há elementos mentais, existe também vida.

A discussão sobre a destruição dos embriões congelados não é,portanto, banal, que deva ser relegada a plano secundário, sobretudo pelo espíri-ta que, a priori, sabe que a união do Espírito ao corpo começa na concepção:

“[...] Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar

CÉLULAS-TRONCO E CONGELAMENTODE EMBRIÕES

Marta Antunes Moura – Revista Reformador – Fevereiro/2007

certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertan-do até o instante em que a criança vê a luz [...]”.

Os Espíritos Superiores também esclarecem que a ligação, do laçofluídico perispiritual ao corpo em formação, não é tão superficial como se supõeà primeira vista:

“[...] à medida que o gérmen [embrião] se desenvolve, o laço se encurta.Sob a influência do princípio vito-material do gérmen, o perispírito, que possuicertas propriedades da matéria, se une, molécula a molécula, ao corpo em for-mação, donde o poder dizer-se que o Espírito, por intermédio do seu perispírito,se enraíza, de certa maneira, nesse gérmen, como uma planta na terra [...]”.

É preferível, do ponto de vista espiritual, que os casais inférteis, desejososde serem pais, adotem uma criança ou, se fizerem opção pelos métodos dareprodução assistida, faça a inseminação de todos os embriões congelados, nãose comprometendo com a morte de nenhum deles. É preferível, igualmente, queos enfermos se fortaleçam moralmente e suportem as suas doenças provacionais,do que serem beneficiados por terapias responsáveis pela destruição de embri-ões.

Devemos ter fé em Deus e em Jesus, guia e modelo da Humanidade. OsBenfeitores espirituais trabalham incessantemente em benefício do progressoterrestre, nos diferentes campos do saber humano. É por isso que recebemoscomo auspiciosa a recente publicação da revista Nature (julho de 2006) que fazreferência aos promissores resultados de pesquisa realizada por uma equipe decientistas americanos. Esses pesquisadores conseguiram produzir duas linha-gens de células-tronco embrionárias sem causar a morte dos embriões utiliza-dos. O método empregado está em fase experimental, ainda revela-se incipiente,mas representa um avanço científico de valor. Trabalhos dessa natureza de-monstram que não nos encontramos no Planeta por conta e risco próprios, massubmetidos a uma direção de ordem superior, sábia, amorosa e justa. Deus con-cede a todos nós, em caráter particular e coletivo, a proteção de Espíritos guardiõesque, sob a orientação de Jesus, velam pelo progresso humano, guiando-nos comofaz um pai em relação aos filhos; protegendo-nos na senda do bem, consolando-nos nas aflições e nos levantando o ânimo nas provas da vida.

Aguardemos, pois, confiantes, os avanços da Ciência. É medida de bomsenso deixar de lado discussões infrutíferas que questionam a existência, ouinexistência, de um Espírito ligado ao embrião congelado, assim como consultarmédiuns para solucionar tal dúvida. Os métodos científicos não fornecem garanti-as a respeito. Detectam apenas se os embriões são viáveis ou inviáveis, do pontode vista biológico. O Espiritismo, por outro lado, esclarece que há, sim, possibilida-de de ser rompida a ligação que mantém unidos a alma e o corpo, caso oreencarnante, por vontade própria, recuar por temer as provas que escolheu. Nes-se sentido, ocorre um aborto espontâneo ou nascimento de natimorto, se a desis-tência ocorreu respectivamente, no primeiro ou últimos trimestres da gestação. Nasituação dos embriões congelados, deduzimos que a integridade (higidez) e a via-bilidade do blastocisto, detectadas por técnicas científicas apropriadas, são evidên-cias que falam a favor da presença de um Espírito unido ao corpo em formação.

Necessitamos, na verdade, estudar com mais afinco os postulados da Dou-trina Espírita, orientação segura que nos auxilia agir como pessoas de bem, res-ponsáveis e conscientes, aptas a fazer escolhas mais acertadas sem medo dedenegrir a consciência e de comprometer a felicidade que nos aguarda nos diasfuturos. É preciso, em suma, saber exercitar o “[...] daí, pois, a César o que é deCésar e a Deus, o que é de Deus” (Mateus, 22:21), pois como nos lembra, acerta-damente, o apóstolo Paulo: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas ascoisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam”. (I Conrítios, 10:23).

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PÁG. 06 Sal da Terra/2007

Em toda e qualquer empreitada em que nos engajamos em nossas vidas,urge, acima de tudo, a motivação. Ela é a mola propulsora que nos impulsionaadiante, encorajando-nos a prosseguir, mesmo que as condições se façamadversas aos objetivos traçados. Considerando-se a metodologia espírita para aprática do Culto do Evangelho no Lar como um dos nossos possíveis projetospara nossas vidas, devemos crer que, igualmente nesse caso, precisamosencontrar a motivação.

O Culto deve ser descomplicado, aprazível, tranqüilizador para o espírito,de sorte que, após realizá-lo, possamos nos sentir mais fortalecidos, esclarecidose consolados. Seria conveniente que encontrássemos, em analogias simples, oestímulo a que nos afeiçoemos ao seu exercício em família. Vejamos, pois, algunsexemplos: Temos o hábito rotineiro de tomar o banho diário de chuveiro após umdia de trabalho, com o fito de retirar as impurezas que cobrem o corpo e limparo suor, causando uma sensação física de bem-estar. Ao abrirmos a torneira,geralmente colocamos nossa mão para medir a temperatura da água, porque nocérebro está registrada nossa preferência, que é uma referência de temperaturapercebida pela pele. Se a água estiver mais fria ou mais quente do que o desejado,reajustamos o seu fluxo, a fim de obtermos o resultado esperado. O processo detomar uma referência e ajustar o que se está medindo de acordo com ela chama-se realimentação. De modo semelhante, quando nos sentamos para almoçar elevamos o garfo com a comida à boca, podemos nos valer dos condimentoscolocados à mesa para moldar o tempero do prato ao nosso gosto, mais oumenos salgado, mais ou menos apimentado. Novamente, a realimentação.

Deixando de lado esses exemplos materiais, raciocinemos agora sobre asnossas carências morais, porque, afinal de contas, são as leis morais que regemo espírito e não as leis físicas ou químicas. A moral, que é a regra de bemproceder, que são os bons costumes, tem a ver com nossos relacionamentoscom o próximo. O amor ao próximo é o maior mandamento da lei de Deus,pois é semelhante ao amor a Deus, segundo Jesus. Sendo assim, o espíritoque se preocupa com sua moral, cuida dos seus relacionamentos interpessoais,para que sejam cada vez melhores e, conseqüentemente, zela pelos “próximos”com quem trava contato. Ou seja, está atento ao seu relacionamento comDeus. Mas como é possível saber se seus pensamentos e ações estão de acordocom a Lei Divina? Como “medir” se sua moralidade está precisando de passarpor um processo de realimentação, sofrer um “reajuste”? Para isso, éimprescindível o essencial: a referência correta. E a referência precisa paranossa conduta ética e moral são os ensinos crísticos, que foram capitulados noEvangelho do Senhor.

Deduzimos, portanto, que precisamos conhecer essa referência tãoimportante, a fim de que tenhamos condições de estimar o quanto estamospensando e agindo dentro ou fora dos seus preceitos. Nada melhor para isso doque nos aderirmos, por obediência e humildade para com Deus, a uma disciplinade estudo e reflexão, que conhecemos como Culto do Evangelho no Lar.Realizando o Culto semanalmente em família, ou a sós, podemos conhecer aospoucos os princípios da Lei, conforme foram transmitidos pelo Mestre Jesus,para posterior meditação acerca de nossa posição moral com relação a ela. OCulto se pratica de trinta a sessenta minutos por semana, sempre no mesmo diae horário. Ora, a semana possui 10.080 minutos, dos quais estamos dedicandoapenas 0,6% para nosso encontro com o Evangelho. Será que esse cálculo nosdá alguma motivação? Mas números são apenas números. Precisamos de maiscombustível mental para apoiar nossa decisão pelo Culto. Aí entram alguns dosprincípios fundamentais do Espiritismo, como imortalidade da alma, vida futura,plano espiritual, lei de causa e efeito e reencarnação, todos apontando paraum futuro em que vamos herdar felicidade ou descontentamento, de acordocom nossa conduta na Terra ainda encarnados. É isso mesmo: o que vamosreceber de herança somos nós mesmos! O grau evolutivo dos nossos espíritosindicará os lugares que habitaremos após nosso desencarne, assim como o tipode entidade espiritual que irá conviver conosco. É a lei de atração e de afinidade.Neste ponto, vamos agregar outro princípio importantíssimo trazido por Kardec:a fé raciocinada. Precisamos dela para compreendermos, com inteligência, asrazões pelas quais devemos nos esforçar para modificar nosso íntimo para melhor.Que recompensa teremos, se nos dedicarmos a este esforço, que exigirá muitode nós? O apóstolo Pedro perguntou isso a Jesus1 e ele lhe prometeu a vidaeterna, que podemos compreender como sendo a felicidade de estar imantadoao Cristo em vibração.

O espírita inteligente, estudioso e fiel aos princípios doutrinários age emseu próprio benefício, transformando-se numa pessoa melhor. Se, ao ser

Motivação para o Culto no Lar acometido de uma dor de cabeça encontra razões para ingerir o analgésico, éporque está diante de um fato palpável e encontra uma solução igualmentefactível. Não obstante, quando se fala em vida futura, realidade abstrata paramuitos, só mesmo a fé pode ser a verdadeira motivadora da inconformidade doespírito com seu estado de imperfeição. Estar vivendo no mundo material éestar sendo desafiado a deixá-lo, por não mais sintonizar-se com ele, por desapegomental e emocional. Vale a pena aceitar o desafio, pois o prêmio é uma felicidadeainda desconhecida dos espíritos terrestres.

Sintamo-nos, portanto, motivados a praticar o Culto do Evangelho no Lar.Procuremos saber a respeito desse exercício em nossa casa espírita. Se precisofor, peçamos apoio dos companheiros abnegados para nos auxiliar a implantar oCulto em nosso lar. Envolvamos as crianças, para que auxiliemos seu progressoespiritual.

Jesus abençoará nossos propósitos, desde que edificantes.

Marcelo de Oliveira Orsini

1 Mateus 19:27

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PÁG. 07Sal da Terra/2007

FICHAJoão Mateus, distinto pregador do Evangelho na seara espírita, na noite

em que atingiu mio século de idade no corpo físico, depois de orarenternecidamente com os amigos, foi deitar-se. Sonhou que alcançava as portasda vida espiritual, e, deslumbrado com a leveza de que se via possuído, intentavaalçar-se para melhor desfrutar a excelsitude do Paraíso, quando um funcionárioda passagem Celeste se aproximou, a lembrar-lhe, solícito:

- João, para evitar qualquer surpresa desagradável no avanço, convémuma vista d’olhos em sua ficha...

E o viajante recebeu primoroso documento, em cuja face leu, espantadiço:- João Mateus.- Renascimento na terra em 1904.- Berço manso.- Pais carinhosos e amigos.- Inteligência preciosa.- Cérebro claro.- Instrução digna.- Bons livros.- Juventude folgada.- Boa saúde.- Invejável noção de conforto.- Sono calmo.- Excelente apetite.- Seguro abrigo doméstico.- Constante proteção espiritual.- Nunca sofreu acidentes de importância.- Aos 20 anos de idade, empregou-se no comércio.- Casou-se aos 25, em regime de escravização da mulher.- Católico romano até os 26.- Presenciou, sem maior atenção, 672 missas.- Aos 27 de idade, trasnferiu-se para as fileiras espíritas.- Compareceu a 2.195 sessões de Espiritismo, sob a invocação de Jesus.- Realizou 1.602 palestras e pregações doutrinárias.- Escreve cartas e páginas comoventes.- Notável narrador.- Polemista cauteloso.- Quatro filhos.- Boa mesa em casa.- Não encontra tempo para auxiliar os filhos na procura do Cristo.- Efetuou 106 viagens de repouso e distração.- Grande intolerância para com os vizinhos.- Refratário a qualquer mudança de hábitos para a prestação de serviço

aos outros.- Nunca percebe se ofende o próximo, através da sua conduta, mas revela

extrema suscetibilidade ante a conduta alheia.- Relaciona-se tão-somente com amigos do mesmo nível.- Sofre horror às complicações da vida social, embora destaque

incessantemente o imperativo da fraternidade entre os homens.- Sabe defender-se com esmero em qualquer problema difícil.- Além dos recursos naturais que lhe renderam respeitável posição e

expressivo reconforto doméstico, sob o constante amparo de Jesus, através demúltiplos mensageiros, conserva bens imóveis no valor de 600.000,00 e guardaem conta de lucro particular a importância de 300.000,00.

- Para Jesus, que o procurou na pessoa de mendigos, de necessitados edoentes, deu durante toda a vida 50,00 reais.

- Para cooperar no apostolado do Cristo, já ofereceu 100,00 reais emobras de assistência social.

***Débito

Quando ia ler o item referente às próprias dívidas, fortementeimpressionado, João acordou.

Era manhãzinha.À noite, bem humorado, reuniu-se aos companheiros, relatando-lhes a

ocorrência.Estava transformado, dizia. O sonho modificara-lhe o modo de pensar.

Consagrar-se-ia doravante a trabalho mais vivo no movimento espírita. Pretendiarenovar-se por dentro, reuniria agora palavra e ação.

Para isso, achava-se disposto a colaborar substancialmente na construçãode um lar destinado à recuperação de crianças desabrigadas que, desde muito,desejava socorrer.

A experiência daquela noite inesquecível era, decerto, um aviso precioso.E, sorridente, despediu-se dos irmãos de ideal, solicitando-lhes novo reencontropara o dia seguinte. Esperava assentar as bases da obra que se propunha levara efeito.

Contudo, na noite imediata, quando os amigos lhe bateram à porta, vitimadopor um acidente das coronárias, João Mateus estava morto.

Sem registro de data, deve fazer mais de vinte anos que ouvi do Chicoeste caso.

A notável médium espanhola Amália Dimgos Soler ficou cega. Emextrema penúria, freqüentava uma casa de caridade em que se distribuíasopa. Ali, as pessoas eram antes cadastradas ou fichadas, exigênciaburocrática que a ocasião tornava impiedosa e que talvez se destinasse aproduzir estatísticas, como se estas tivessem importância nesses casos.

Certo dia, recolhida em seu aposento, orou pedindo Jesus que lhedevolvesse a visão. Em comovedora lembrança dos companheiros infortúnios,prometeu que trabalharia para construir uma casa onde os desvalidosrecebessem o prato de sopa sem que lhes fosse perguntado qualquer coisa,nem mesmo o nome.

Ainda sentada na cama, decorridos alguns instantes, começou a ouvirvozes. Claramente ouviu que pediam em coro. “luz , Senhor, luz para Amália,luz para Amália”.

Fechada na escuridão ficou algo confusa, julgou ouvir vozes humanas.Levantando-se começou a tatear, perguntando quem estava no quarto.

Enganava-se. As vozes vinham do Mundo Espiritual. De móvel, suasmãos a levaram até o velho guarda-roupa, que tinha um espelho.

Os olhos sem vida encheram-se de luz e ela se viu, refletida, com todaa nitidez da visão que lhe fora restituída pelo Mestre. Daí em diante nuncamais deixou de servir sopa a uma legião de sofredores.

Nosso Lar e o Barbeiro

Chico estava psicografando “Nosso Lar”. Numa das raras pausasque se permitia, saiu para fazer a barba. O barbeiro era dos antigos. Metódico,colocou-lhe a toalhinha sob o queixo, ensaboou-lhe o rosto. Esta rotina ordeirafoi interrompida na primeira raspada:

- Chico, estou sentindo muita tonteira. Parece que vou desmaiar.Posto em descanso no relativo conforto da cadeira, olhos cerrados,

Chico inquietou-se, abriu os olhos e viu um espírito trevoso que enleava obarbeiro, dizendo-lhe aos ouvidos:

- Corta a garganta dele, corta!Com o fio da navalha sobre o pescoço do Chico, o pobre homem não

via nem ouvia o espírito, mas sofria as influências. Daí, aquelas sensaçõesestranhas, o afrouxamento dos controles. Voltou a dizer:

- Chico, não sei se vou dar conta de terminar a sua barba.- Não se preocupe, meu irmão. Barba é assim mesmo, a gente faz

quando dá certo. Se não der hoje, a gente faz amanhã.Naquele momento, conta o Chico depois de uma pausa na conversa,

tudo o que queria era que tirasse a navalha de seu pescoço.Concluindo, explicou que eram as trevas querendo impedir que “Nosso

Lar” fosse concluído e viesse à luz espargir luz.

Adelino da Silveira – Livro: Momentos com Chico Xavier

MOMENTMOMENTMOMENTMOMENTMOMENTOS COM CHICO XAOS COM CHICO XAOS COM CHICO XAOS COM CHICO XAOS COM CHICO XAVIERVIERVIERVIERVIER

Luz Para Amália

PÁG. 08 Sal da Terra/2007

Garimpo de amorNarra antiga lenda persa que um homem residia em prospera herdade, na

cidade Golconda, com sua família, alguns camelos e outros animais, um pomargeneroso e um rio de águas cantantes que lhe passava pelos fundos dapropriedade.

A existência sorria-lhe bênçãos e nenhuma outra preocupação o afligia.Oportunamente passou pela sua vivenda um homem religioso, que viajava

convidando as almas à reflexão e à fé. Pediu-lhe hospedagem e foi recebidocom carinho.

Após o jantar, na primeira noite da sua estada, o visitante indagou-lhe:- És feliz, homem? Observo que sorris e desfrutas de algumas regalias da

vida. Gostaria de saber se possuis diamantes ou pedras outras preciosas, quesão as bases da felicidade?

O anfitrião, algo surpreendido, respondeu-lhe:- Em realidade, sinto-me muito feliz. Tenho uma família saudável, que amo e

pela qual sou amado, desfrutamos todos de saúde e confiamos em Deus. Sounegociante próspero, mas não ambicioso, dispondo do necessário para prover olar de tudo quanto se faz indispensável. Mas não tenho jóias, nem mesmo quaisqueroutras pedras preciosas. Apesar disso, sou feliz.

- Lamento decepcionar-te – redargüiu o viajante. – Se não possuis diamantes,talvez jamais os hajas visto, não sabes o que é a felicidade, tampouco és realmentefeliz.

Passando a outros temas, logo depois, recolheram-se ao leito.O homem, que se sentia feliz, começou a pensar na informação que recebera,

e pôs-se a ponderar a respeito do valor dos diamantes. Passou uma noitemaldormida.

No dia seguinte, o hóspede foi-se adiante, e, ao despedir-se, insistiu, sugerindo:-Pensa nos diamantes, conforme te falei.A partir dali, o homem tranqüilo passou a cobiçar diamantes. Procurou

conhecer alguns, e perdeu a paz.Resolveu, por fim, vender a propriedade, deixou uma grande parte do dinheiro

com um cunhado, a quem confiou a família, enquanto seguiu em longa viagemna busca de diamantes.

Vadeou rios, atravessou florestas, visitou montanhas e vales, venceu desertos,buscando sempre diamantes, sem jamais os conseguir.

Passaram-se anos, ele envelheceu procurando diamantes, a enfermidade ovitimou e a morte arrebatou-o, sem que houvesse alcançado a felicidade atravésdas pedras famosas.

Sua família, que houvera perdido o contato com ele, dispersou-se e sofreuamargamente o abandono, a miséria, a separação...

Aquele que lhe houvera comprado a propriedade, vivia feliz e era generosopara com todos.

Mais de um decênio transcorrido, o religioso viajante retornou à propriedadee procurou informar-se a respeito do antigo generoso anfitrião. Foi informadode que já não residia ali, de que houvera vendido a casa e as terras, sem que sesoubesse do destino que elegera.

Convidado a pernoitar, na mesma residência, após o jantar, enquantoconversava com o senhor que o hospedava, observou sobre a lareira algumaspedras que brilhavam ao crepitar das labaredas. Levantou-se, segurou algumasdelas, aproximou-as da claridade, e perguntou, emocionado:

-Onde encontraste estas gemas?- Entre os seixos e outras pedras no riacho – respondeu-lhe o anfitrião,

desinteressado. – Os animais pisam-nas, enquanto sorvem a água transparente,e porque me pareceram muito originais, trouxe algumas para decorar a lareira.

- Homem de Deus! – exclamou o religioso, trêmulo, quase a desvairar. –Estas pedras são diamantes. Amanhã, muito cedo, leva-me ao córrego...

... E passou uma noite inquieto, aflito.Pela alva, seguiu com o proprietário na direção do regato, e quando lá

chegaram, o religioso, com olhar de lince, constatou que as águas transparentesdeslizavam sobre um leito de diamantes brutos, negros, brancos, amarelos,desprestigiados entre calhaus sem valor.

Desse modo, descobriu-se uma das maiores minas de diamantes do mundo,de onde saíram pedras fabulosas, algumas denominadas como Príncipe Orloff,Ko-i-Noor, etc., que dormem em museus famosos do mundo ou brilham nascoroas de muitos reis.

O homem, que era feliz sem conhecer diamantes, deixou-os no quintal daresidência para ir procura-los, mundo afora, sem nunca os encontrar...

***O mesmo fenômeno ocorre com o amor.As vidas possuem o amor no seu imo, mas não o conhecem. Necessitam de

alguém que as desperte para o significado profundo e o valor incomparáveldesse tesouro. No entanto, muitos se referem ao amor como algo que está emtal ou qual lugar, apresenta-se nesta ou naquela situação, sob uma ou outracondição, indicando lugares onde raramente pode ser encontrado.

O amor radica-se no imo de todos os seres pensantes, esperando somenteser identificado, para realizar o mister para o qual se destina.

Não exige sacrifício nem qualquer imposição externa, pois que pulsa, mesmoquando ignorado, realizando o seu mister até o momento em que estua de belezae harmonia, dominando as paisagens que o agasalham.

La fontaine escreveu que “nada tem poder sobre o amor; o amor tem-nosantificado e libertadores”.

O amor converte os sentimentos humanos e sublima-os, tornando-os,santificados e libertadores.

Gandhi afirmava que “por mais duro que alguém seja, derreterá no fogo doamor; se não derreter, é porque o fogo não é bastante forte”.

O amor espera pacientemente no leito do rio existencial humano até o momentoem que seja descoberto, passando pelo período de desbaste da ganga externa, afim de que a sua luminescência esplenda em toda a sua glória estelar.

Não surge completo, acabado. Necessita ser trabalhado, aprimorado, bemorientado.

Quanto mais é aplicado, mais se aformoseia, e quanto mais é repartido, maisse multiplica em poder, valor e significado.

É o grande desafio para a existência humana, para a conquista do Espíritoimortal.

***

O amor é um garimpo de diamantes estelares que deve ser explorado.Possui gemas de diferentes qualidades e valores muito diversos.De acordo com a coragem e a decisão de quem busca encontrar as suas

riquezas insuperáveis, sempre oferece novos matizes e configurações especiaisO amor é um tesouro que mais se multiplica à medida que se reparte.Alcança-se a plenitude humana quando se consegue amar, pois que o amor

é o alimento mais importante de nossas vidas; onde for semeado e florescerá.Pode ser comparado a um diamante que, para poder brilhar em sua plenitude,necessita ser escavado com o máximo de cuidado, sendo assim extraído dapedra bruta que o envolve no seu estágio primário.

Faz-se necessário aprender a amar, porquanto o amor também seaprende,aprimorando-se incessantemente. A mais poderosa expressão dosentimento é o amor. Força incoercível, a tudo transforma e enriquece com apujança de que se constitui.

Não foi por outra razão que Jesus o transformou no mandamento maior,aquele de mais alto significado, que abrange todas as aspirações e ideais dacriatura humana.

Livro : Garimpo de Amor – Divaldo P. Franco – Joanna de Ângelis – Espírito

A Sociedade Espírita Bezerra de Menezes, estará realizando peloterceiro ano consecutivo o “Natal das Crianças”. É um evento voltado aatender as crianças de famílias carentes, com doação de brinquedos e lanches.

O ano passado foi doado cerca de 400 brinquedos, entre cestas básicas,bicicletas e outros. Esse ano mais uma vez estaremos trabalhando em parceriacom a “Pastoral da Criança” Nossa Senhora de Fátima da Vila Fagundes.

Estaremos também atendendo as “Cartinhas do Correio”. Neste trabalhonós vamos com nossa equipe levar o brinquedo para a criança na sua própriacasa. O PAPAI NOEL vai a caráter entregar pessoalmente o brinquedo.

Vamos fazer a entrega dos brinquedos no dia 15 de dezembro na Sebem,realizando uma grande festa para as crianças e seus familiares.

Todas as doações podem ser entregues na Sebem (Rua CastroFigueiredo 633-Brant – toda quinta-feira 19:30 horas e domingo 9:00 horas).Também na Livraria Boa Nova em frente a Autopeças Lagoa Santa(86230767– Nacip – Helena -87440738).

AJUDE-NOS A AJUDAR DOANDO UM BRINQUEDO OU UMACESTA BÁSCA!!!

SEBEM – SEMEANDO O BEM!

***

CURSO DE PASSES

Estaremos realizando no dia 03 de novembro na Sebem, mais um cursode passe, com o objetivo de aprimorar conhecimentos e preparar cada maisnossa equipe para atender os freqüentadores.

O curso será aplicado pelo nosso companheiro Olavo da União EspíritaMineira.

EVENTOS:NATAL DA SEBEM

PÁG. 09Sal da Terra/2007

Aborto e obsessãoCerto professor, querendo provar aos alunos o quanto pode ser falho o

raciocínio humano, propôs à classe a seguinte situação:“Baseados nas circunstâncias que mencionarei a seguir, que conselho daria

a uma certa senhora, grávida do quinto filho? O marido sofre de sífilis; ela, detuberculose. Seu primeiro filho nasceu cego. O segundo morreu. O terceiro nas-ceu surdo, e o quarto é tuberculoso. Ela está pensando seriamente em abortar aquinta gravidez. Que caminho a aconselhariam a tomar?

Com base nos fatos apresentados, a maioria dos alunos concordou emque o aborto seria a melhor alternativa. O professor, então, disse aos estudantes:“Se vocês disserem sim à idéia do aborto, acabaram de matar o grande compo-sitor Ludwig Van Beethoven”. (De “Be Alert to Spiritual Danger – Institute inBasic Youth Conflictis”, apud Cecília Passarelli, “Em Defesa da Vida – UmManifesto contra o Aborto”).

Não é de hoje que as mensagens mediúnicas vêm alertando os espíritasacerca do perigo do aborto, mas, ultimamente, diante, ao que parece, da possibi-lidade de ser aprovada uma reforma do Código Penal ampliando o elenco decasos permitidos, as advertências surgem não só em maior número, como maisveementes. (Consta, aliás, que Francisco C. Xavier sustentou a tese de que se oaborto fosse consentido, como esboçado no anteprojeto da citada reforma penal,a sociedade brasileira estaria atraindo um carma milenar!).

Compreende-se a preocupação da Espiritualidade com o futuro do Brasil– destinado, em tese, ao desempenho de especial missão junto às demais comu-nidades do orbe -, quando se observa de perto, realisticamente, o que já ocorre.

De efeito:a)Costa que em recente levantamento de opinião, a maioria dos deputa-

dos federais é a favor do aborto;b)Pesquisa pública recente dá notícia de que a maioria dos entrevistados

era a favor do aborto;c)O exemplo das nações ditas mais civilizadas, a repercutir entre nós, é

dos mais nefastos: nos Estados Unidos, onde o aborto é legal desde 1973, foramrealizados, nos 20 anos seguintes, 31 um milhões de abortos (o Centro de SaúdeSexual de Nova York chegou a realizar na década de 70, trabalhando, inclusive,sábados e domingos, cerca de 120 abortos diários...); na Rússia, o aborto élegalizado desde 1920; no Japão, desde 1948; na maioria dos países europeus, foisendo liberalizado a partir da década de 60; na América Latina, o número maisalto de abortos ocorre no Peru e no Chile – uma mulher em cada 20, na idadeentre 15 e 49 anos, conforme estatísticas de publicações norte-americanas econgressos médicos – e o mais baixo é no México, uma em cada 40; no Brasil,onde, inclusive, cresce assustadoramente o número de abortos entre adolescen-tes, dados de 1991, informam que uma mulher em cada 30, realizaria o aborto(!); pesquisa datada de 1993 em Fortaleza indica que em 53% dos casos, asmulheres nunca tinham casado ou tido uma união estável, e 9% eram separadas,divorciadas ou viúvas (na Bolívia, Colômbia, Peru e Venezuela, 51% das mulhe-res eram casadas e já possuíam um ou dois filhos), e dados de recente pesquisada Faculdade de Saúde Pública da USP, permitem estimar que sejam praticados2,5 milhões de abortos por ano, ou um total de 6.850 abortos por dia, 285 porhora, 5 por minuto (!); em todo o mundo, enfim, somente em 4% dos países étotalmente proibido o aborto e, em 35% dos casos, basta uma simples solicita-ção...;

d)O próprio Poder Judiciário tem, ultimamente, autorizado abortos seleti-vos: o geneticista Marcos Frigério (segundo noticiado pela revista “Época”,ed.13.09.00), analisando 249 sentenças prolatadas por 48 juízes (calcula-se quehoje já existam mais de 400 alvarás expedidos), mostrou que em 70% dos casos,o feto, segundo os laudos médicos, apresentava anencefalia e nos demais, “obebê não teria vida depois do parto...”;

e)Margeando o direito fundamental à vida (art.quinto da Constituição) eas construções sempre atuais da corrente concepcionista, que assegura o direitodos nasciturnos desde a concepção (art.quarto, Código Civil), propõe-se na árealegislativa alteração do Diploma Penal (arts. 124 a 128) no sentido de: suavisar aaplicação da pena nos crimes de eutanásia; excluir a ortotanásia (“deixar demanter a vida de alguém por meio artificial”) do rol das figuras delituosas; ino-var, incluindo no elenco das ações que fogem à tipificação (não criminosas), asque forem realizadas com a finalidade de “preservar a saúde” da gestante – enão quando houver perigo de vida da mulher, como dita a lei vigente e como,aliás, admite em hipótese única a Doutrina Espírita (item 359,” O Livro dosEspíritos”) -, as que forem dirigidas à interrupção da gravidez resultante da “vi-

Revista Visão Espírita – 02- julho 2000Zalmino Zimmermann

olação da liberdade sexual” (não só, pois, no caso de estupro, propriamente) oudo emprego não consentido de técnica de reprodução assistida, e as que foremrealizadas naquelas ocorrências em que houver “fundada probabilidade” de onasciturno apresentar graves e irreversíveis anomalias físicas ou mentais, medi-ante constatação e atestado firmado por dois médicos (caso do chamado abortoeugênico, quando se detecta malformações graves, como na anencefalia, ou malformações funcionais responsáveis pelo retardamento mental...);

f)A igreja, quiçá por falta de unanimidade interna, não tem se feito ouvir,como requisita este momento tão grave para a Nação, nem no Congresso,nemfora dele.

Como se vê, o quadro é triste e perigoso.Mas como explicar aos não espíritas, principalmente aos que têm a res-

ponsabilidade de governar, de legislar ou de julgar, que as Leis da Reencarnaçãoe de Causa e Efeito (Carma), governam a vida, impulsionando a evolução? Comofaze-los entender que o ser humano é um ser interexistencial, ou seja, que existesimultaneamente nas dimensões física e espiritual, e que sua aprendizagemevolutiva será muito dolorosa se não usar o seu livre-arbítrio na construção daamorosidade?

Como mostrar que somos alma-perispírito-corpo e que nossos pensamen-tos, nossas intenções,nossos desejos, influem diretamente no equilíbrio doperispírito, nos centros vitais, que respondem por toda a fisiologia orgânica, cons-truindo ou comprometendo a higidez psíquica e física?

Como tornar claro que a maioria dos Espíritos que recebemos como filhossão nossos credores de pretéritas existências e com quem assumimos responsa-bilidades graves?

Como convencer que o aborto reconhecido pelos Espíritos rejeitados comoinfame ato de traição, produz as mais graves inimizades espirituais, transforman-do os “ex-filhos” em obsessores terríveis, que, sob impulso da vingança, perse-guem e minam, especialmente, as energias psíquicas e físicas da “ex-mãe” e“ex-pai”, como demonstra a prática mediúnica em todos os cantos?

Como fazer compreender que um Espírito rejeitado – dilacerado, muitasvezes, seu corpo em formação e rompidos abruptamente os liames perispirituais– passa a atuar na mulher que o expulsou de seu ventre e nos demais envolvidos,fragilizados, todos, pelo sentimento de culpa, produzindo um complexo catálogode moléstias que os levam a infrutíferos tratamentos psiquiátricos e outros, senão, ao internamento prisional?

O que fazer, para que seja entendido o fato de a taxa de ódio, de poluiçãoafetiva, presente na psicosfera terrestre já é suficiente para nos atormentar pormuitas décadas ou, até, séculos, e que o aborto só contribuirá para que a nossasituação se agrave?

Realmente, situação tão complexa e delicada (haja vista, que o tema abortorelaciona-se, necessariamente, com outros dois, que são a assistência à gestantecarente e a adoção), apresenta-se como um enorme desafio.

Imperativo, então, que ações individuais.

Foi realizado no dia 15 de agosto, na Esplanada dos Ministérios, emfrente ao Congresso Nacional, em Brasília, a Primeira Marcha Cívica Naci-onal em Defesa da Vida – Brasil sem Aborto. Promovida por representan-tes da sociedade civil e entidades religiosas, com o apoio da FederaçãoEspírita Brasileira (FEB) e da Associação Médico-Espírita do Brasil (AME-BRASIL), buscou chamar a atenção da nação para a inconstitucionalidadeda descriminalização do aborto, já que a própria Constituição Brasileira es-tabelece em seu Artigo quinto, como cláusula pétrea (que só pode ser mu-dada com uma nova constituinte), a “inviolabilidade do direito à vida”.

Embora pouco se noticie sobre o assunto, desde 1991 está tramitandona Câmara dos Deputados, em Brasília, o Projeto de Lei 1.135 propondo aliberação do aborto a qualquer tempo da gestação. E no Senado Federal oProjeto de Decreto Legislativo (PDL) 1494/2004, reivindica a realização deum plebiscito, ou seja, uma consulta popular, sobre diversos temas, estando oaborto no topo da lista deles, o que requer cautela já que nem todos sabem quea vida humana começa a se desenvolver a partir do momento da fecundaçãodo óvulo pelo espermatozóide, como comprova a ciência na atualidade.

MARCHA NACIONAL PELA VIDA

O pavor ao inevitável fenômeno da morte vem conduzindo o ser humano amecanismos audaciosos uns lamentáveis outros, mediante os quais pensa que seriapossível burlar a fatalidade biológica, seja pelos recursos da Ciência trabalhandopela longevidade das células e automática reparação dos órgãos danificados ouatravés das fugas espetaculares que se dão pelos transtornos neuróticos.

Atemorizado, sob a carga de enfermidades depurativas, recorre à eutanásia,acreditando evitar as dores, ou ao suicídio, na vã tentativa do absurdo mergulho norio do esquecimento absoluto.

Normalmente, iludindo-se quanto à transitoriedade do arquipélago molecularno qual habita, aliena-se dessa realidade, anestesiado os centros do discernimentoe supondo-se livre da futura disjunção orgânica.

Felizmente, a Medicina concluiu que a morte real é a que decorre dainutilização do tronco encefálico e não mais apenas a aparente dos neurônioscerebrais.

Portadores de morte cerebral, vitalizados através de aparelhos, têm despertadoperiodicamente, demonstrando que havia irrigação de oxigênio mantenedor dosneurônios, o que lhes permitiu a reconquista da consciência e das funçõesfisiológicas aparentemente desorganizadas.

Essa salutar ocorrência ensejou estudo e avaliação mais profundos da vidabiológica e da sua cessação, oferecendo a possibilidade de novas conclusões naárea, que contribuíram para mais segura definição da ocorrência da morte.

Enquanto o Espírito se encontre vinculado ao corpo à vida nele se manifestará,mesmo que sob a insuficiência funcional de muitos dos seus órgãos.

A interrupção dos batimentos cardíacos e a conseqüente destruição do troncoencefálico é que caracterizarão a separação da alma do seu invólucro material,ocorrência, portanto, propiciatória da morte do último.

Graças às incontáveis conquistas do conhecimento e do sentimento, o homeme a mulher já merecem ter as suas dores diminuídas, realizando o processo deevolução mediante os inestimáveis recursos do amor, que é a fonte geradora devida e de felicidade.

A inevitabilidade do progresso tem auxiliado os seres a encontrar os meiosmais eficazes para alcançar essa meta anelada, que é a libertação do sofrimento.

Por esse empenho, à medida que a ciência e a tecnologia ampliam o númerode instrumentos para melhores maneiras de viver, também facultam a diminuiçãode muitos sofrimentos, a superação de alguns, a anulação de terríveis flagelos queperiodicamente dizimavam milhões de vidas. Ao mesmo tempo, essas conquistasampliaram o período de existência útil no planeta, facultando aos seres humanosmais valiosa oportunidades para usarem com sabedoria a reencarnação.

Banida lentamente a dor física e atenuadas as aflições morais na terra, cabeaos seus habitantes realizar profundas mudanças de comportamento ético e espiritual,a fim de que a sua conduta não dê surgimento a novos comprometimentos, adiferentes processos depurativos, a doenças desconhecidas e devastadoras conformeainda vem acontecendo...

Não raro, quando são vencidas etapas físicas e não se dá a transformaçãomoral efetiva do ser, permanecem seqüelas que contribuem para o surgimento denovos processos de advertência pela dor, recurso natural da Vida para promover aevolução, que é inestancável.

Desse modo o progresso científico alcançou a técnica dos transplantes deórgãos, facultando a muitos enfermos a possibilidade de se recuperarem das doençase do desgaste a que se encontram submetidos.

Verdadeira bênção, o transplante de órgão concede oportunidade deprosseguimento da existência física, na condição de moratória, através da qual oEspírito continua o périplo orgânico. Afinal, a vida no corpo é meio para a plenitude– que é a vida em si mesma, estuante e real.

Aquele que oferece conscientemente os órgãos que podem ser úteis, tendoem mente o benefício que podem proporcionar aos seus irmãos enfermos, realizauma doação de alto teor moral, verdadeira caridade no seu sentido profundo,contribuindo em favor da diminuição das dores na terra.

O receptor por sua vez, atenuadas as causa cármicas do padecimento quesofre, já merece essa concessão divina, tendo ampliada a existência física, a fim dereparar os males causados pelo bem que realize, ao mesmo tempo melhorando ascondições de vida no planeta.

As ocorrências normais de insucesso estão perfeitamente desenhadas nomapa das ocorrências da lei de causa e efeito, moral, que ainda predomina nopaciente, impedindo-lhe a atual recuperação, o que não significa impropriedade oudesqualificação da técnica.

Pode suceder alguma interferência obsessiva, na terapia do transplante, porparte do doador rebelde, que não foi consultado antes, e ainda permanece vinculadoaos despojos materiais. Esse processo porém, somente se dará se houverpermanência de débito por parte do receptor e ocorrer uma sintonia vibratóriaentre ambos, como conseqüência da situação psíquica inferior predominante nocaráter dos mesmos.

A rejeição, portanto, igualmente ocorre como fator de demérito dobeneficiário, cujo perispírito não reestruturou o órgão recebido, adaptando-o à sua

TRANSPLANTE DE ÓRGÃOSnecessidade e gerando substâncias reativas, que expulsaram o corpo estranho aosseus equipamentos

Ninguém se encontra no mundo condenado ao sofrimento sem remissão. Oamor é sempre o bálsamo luarizante que está ao alcance de todo aquele que sedisponha a usá-lo. Mesmo os seres mais empedernidos, quando alteram a disposiçãomental e a emocional, procurando romper os fortes grilhões da impiedade ou dovício, de imediato se beneficiam com vibrações do bem que está sempre ao seualcance.

A Divindade, por sua vez, acompanha o esforço humano pelo progresso epela libertação das dores, faz que periodicamente mergulhem nas pesadas camadasda psicosfera terrestre, os missionários do amor, da sabedoria, da ciência e dasartes, para que sejam melhoradas as condições ambientais e evolutivas dos seushabitantes.

Nesse investimento do Divino Amor, cabe aos homens observar os requisitosbásicos para tornar dignos os seus labores, credores de respeito, evitando descambarpara os interesses mesquinhos e vergonhosos a que são conduzidos por pessoasinescrupulosas e inconseqüentes.

A venda indiscriminada de órgãos é um descaminho, que abre portas a umcomércio ignominioso, gerador de crimes hediondos, que devem estarrecerhumanidade, levando-a a abominá-los.

Tal comportamento favorece os ricos e anula os pobres, discrimina ascriaturas, elegendo-as pelos valores materiais em detrimento do significado dassuas existências.

Ao mesmo tempo, enseja a retirada apressada de órgãos antes da ocorrênciada morte real – a do tronco encefálico. Ademais, faculta que quadrilhas criminosasseqüestrem crianças ou mendigos sem identidade, tomando-lhes os órgãos para onefando comércio. Esse recurso poderá responder por terríveis obsessões em queo ser lesionado, que não foi consultado para o transplante, cobre o órgão que lhefoi tomado sem anuência ou sofra as excruciantes dores da cirurgia a que foisubmetido, após o homicídio de que foi vítima.

Torna-se urgente uma bio-ética para os transplantes de órgãos e umaconsciente preparação dos doadores que devem ser voluntários e não compulsórios,ficando à mercê de legisladores desinteressados dos valores reais e apenaspreocupados com as suas próprias conquista, longe do conhecimento espiritualque é a base da vida.

O corpo é patrimônio que Deus elaborou para servir de veículo ao Espíritona suas multifárias reencarnações, saindo da treva para a conquista da luz.Merecedor de todo respeito, toda dignidade é instrumento-luz que a ignorância oua persistência no mal transforma em sombra ou depósito de miasmas para a suaprópria aflição.

Todo investimento de amor a ele direcionado enriquece de sutis vibraçõesos seus equipamentos que se sutilizam e se tornam mais energizados, desenvolvendoforças que o equilibram e revigoram.

Quando o ser está consciente da sua imortalidade e compreende a quãovalioso para as outras vidas será a doação de órgãos que lhe têm sido úteis epreciosos, caminhando para a dissolução, podendo, no entanto, salvar outras vidas,diminuir as angústias do seu próximo, a mesma se lhe apresenta como formadignificante de crescimento íntimo.

Olhos que viram belezas e irão arrancar das trevas pessoas que tateiam semluz; rins que filtraram o sangue da vida e poderão libertar das pesadas e perigosasinjunções das máquinas de hemodiálise; pele saudável que substituirá tecidosqueimados ou dilacerados rudemente... coração, pulmão, fígado glândulas que aciência poderá utilizar em momento próprio, serão incomuns benefícios para ahumanidade, desde que haja ocorrido a morte real dos doadores...

Os avanços científicos alcançarão esse patamar e outros ainda maisdesafiadores, como já ocorre com as micro cirurgias cerebrais e outrasequivalentes,prolongando a existência física para mais rápido processo de evoluçãoespiritual do ser humano.

Transferindo o órgão para outro corpo, automaticamente o perispírito doencarnado passa a influenciá-lo, moldando-o às suas necessidades, o que exigirádo paciente beneficiado a urgente transformação moral para melhor, a fim de queseu mapa de provações seja também modificado pela sua renovação interior, gerandonovas causas desencadeadoras para a felicidade que busca e talvez ainda não mereça.

O Espírito, à medida que pensa e age, está sempre alterando a existênciacorporal, porque, gerando causas, experimentará os inevitáveis efeitos que virãooportunamente,exigindo cumprimento.

O transplante de órgãos direcionado à dignificação da vida humana e realizadosob os auspícios de uma bio-ética trabalhada na Lei do Amor, representa grandiosopasso da humanidade que ruma para o futuro melhor, apesar de a morte, que atodos aguarda, continuar inevitável como processo de libertação do corpo, para aexistência espiritual, esta sim, a verdadeira e eterna.

Joanna de Angelis / Dias Gloriosos / psicografado por Divaldo P. Franco

PÁG. 10 Sal da Terra/2007

O quase total desconhecimento da vida espiritual ou a ignorância a seurespeito, respondem pelas estranhas práticas do exorcismo desde recuadasépocas.

A presunção e vacuidade das pessoas que se acreditamcredenciadas para imporem a sua falsa autoridade sobre outrem, fazem quetransfiram o mesmo sentimento para os Espíritos sofredores ou perversos queinvestem contra aqueles a quem afligem com insistente crueldade.

A obsessão é resultado do intercâmbio psíquico, emocional ou físicoentre dois seres que se amam ou que se detestam.

Na raiz do fenômeno turbulento encontram-se os componentes daidentificação vibratória que faculta o processo perturbador.

Aquele que se sentiu enganado ou traído, vitimado pelo seu opositor,busca retribuir o mal que lhe sofreu, impondo-lhe a crueldade da perseguiçãosem quartel procedente do mundo espiritual onde hoje se encontra.

Dispondo de maior campo de compreensão mental e de técnicassofisticadas para impor a sua vontade sobre aquele a quem detesta e desejamartirizar, estabelece o intercâmbio nefasto, que culmina com a instalação dosdistúrbios, que se convertem em sofrimento de breve ou longo curso, sempre,porém, afligentes.

Outras vezes, são vinculações amorosas de qualidade inferior, nasquais ambos os cômpares intercambiam sentimentos vulgares, que os levam auma convivência mental de torpes satisfações ou de desejos inconfessáveis, quea morte de um deles não mais permite realizar-se.

A obsessão somente se instala porque há receptividade do pacienteque lhe tomba nas malhas constritoras.

Qualquer tentativa de tratamento deverá iniciar-se peloconhecimento das razões que desencadearam o acontecimento infeliz. Comonão há razão para alguém impor a sua vontade sobre a de outrem, particularmenteno que diz respeito às ingratas obsessões, também a ninguém é facultado odireito de afligir ao seu próximo sem incorrer em penalidade que a si mesmo seimpõe, face às soberanas leis que estabelecem o respeito à vida de todos.

A imprudência e as paixões que predominam em a natureza humanalevam o ser a tresvariar no cumprimento dos seus deveres, transformando-seem insensato inimigo do seu companheiro de jornada, que então lhe sofre acrueza ou a perseguição sistemática, afligindo-o, gerando-lhe situaçõesembaraçosas mediante as quais se sente feliz...

Essa conduta nefasta, que muitas vezes passa desconhecida pelavítima, após o decesso tumular, mediante processos de sintonia e afinidade,vincula-a ao seu algoz, que passa a entender o que lhe ocorrera e, não possuindovalores ético-morais satisfatórios para compreender e perdoar toma a clava dajustiça nas mãos e se acredita com o direito de desforçar-se naquele que oinfelicitou. Tivesse outro conhecimento da vida, das suas leis e da Justiça Divinaque jamais se engana ou desvia, e se apoiaria no olvido do mal para tornar-sefeliz, liberando-se mentalmente de quem o haja atormentado e sido responsávelpela sua desdita.

A inferioridade moral da vítima, no entanto, qualidade essa peculiarà maioria dos temperamentos humanos, impõe a vingança como sendo o melhormecanismo para cobrar o mal que padeceu, tornando-se, por sua vez, operseguidor, quando poderia continuar sendo credora de respeito pela sua situaçãode credor compassivo.

Assim sendo, a prática do exorcismo redunda inútil, particularmenteno que tange aos chamados gestos sacramentais e às palavras cabalísticas, queproduzem zombaria nos Espíritos perseguidores, tanto quanto nos Espíritos nosgalhofeiros, que se comprazem acompanhando o ridículo daqueles que pretendemexpulsá-los com comportamentos esdrúxulos, sem qualquer requisito moral queos credencie à terapêutica curativa.

Quando ocorrem resultados positivos no tratamento de obsessõespor meio desse recurso, defrontam-se as qualidades espirituais do terapeuta enão os comportamentos estanhos que se permite, porquanto, somente as energiaselevadas, que decorrem das condutas moral e mental podem afastar os espíritosinfelizes daqueles que lhes padecem a injunção penosa. Apesar disso, para queo processo curativo se dê corretamente, são indispensáveis a transformaçãoética do paciente, as suas atividades de beneficência e de fraternidade, ocompromisso com o amor e a oração, a fim de revestir-se de valores elevadosque lhe facultem a sintonia com outras faixas vibratórias, evitando a urdidura denovas perturbações.

EXORCISMO Eis por que, no tratamento das obsessões, o diálogo com o enfermoespiritual se torna essencial, a fim de elucidá-lo quanto ao mal que executa,quando poderia ser feliz liberando o seu opositor e entregando-o à própria e àConsciência Divina.

Prosseguindo na obstinação de fazer o mal a quem o prejudicou,permanece sofrendo, desse modo, afligindo-se sem cessar, quando tem o direitoa desfrutar de paz e de renovação, já que todos rumamos para a felicidade quenos está destinada.

O processo de iluminação interior é a meta fundamental de todasas ocorrências espirituais, por proporcionar direcionamento saudável e equilibradoa quem experimenta infortúnio, resvalando pelas rampas do ódio e das paixõesmais primitivas.

Quando Jesus exortava os Espíritos imundos e Legião a queabandonassem aqueles a quem atormentavam, havia no Mestre a energialibertadora que interrompe o fluxo da obsessão. Ademais, sabia o Senhor quandose encerrava o débito do antigo algoz, liberando-o do prosseguimento na dor.Por sua vez, as Entidades infelizes viam-no aureolado de luz e tocavam-se antea Sua irradiação, alterando a conduta e descobrindo a necessidade de mudançade comportamento.

Através dos tempos, alguns seguidores da doutrina cristã,enfrentando os Espíritos doentes e vingativos, tentaram repetir as façanhas doNazareno, muito distantes porém das qualidades vibratórias indispensáveis parao cometimento superior, fracassando de imediato nos objetivos. E quando issoacontecia, sem possuírem resistências psíquicas próprias, irritavam-se, passandoa exigências descabidas, quando não se entregavam a gritarias e pugnas verbaisinjustificáveis com os obsessores, que mais se fortaleciam nos combatesestabelecidos.

Com o conhecimento do Espiritismo, graças às seguras informaçõesfornecidas pelos próprios desencarnados, pôde-se descobrir as saudáveis terapiaspara atendimento das obsessões e das suas vítimas, atendendo-se não apenasao encarnado, mas também ao irmão que sofre além da cortina carnal, que lhesofreu a injunção perversa e ainda continua experimentando dissabores eamarguras.

A criatura humana, sedenta sempre de novidades, sofrendo asconseqüências da conduta arbitrária, derrapa em profundos fossos de obsessõesna atualidade, mas desejando receber ajuda sem maior esforço, adere aosprocessos de exorcismo, em cenas grotescas de debates entre os presunçososterapeutas e os Espíritos, provocando admiração e crescente fascínio. Sucedeque, em muitos casos, aqueles que aturdem os imprevidentes, a fim de retornaremà carga posteriormente, fingem-se de modificados e arrependidos do mal queestão praticando, e abandonam o seu parceiro espiritual, apenas por algum tempo,volvendo depois com maior soma de aflição e de rebeldia.

Em quaisquer situações de enfermidades espirituais as condutasterapêuticas a adotar-se são a da compaixão e da caridade, do amor e do perdãoem relação à vítima assim como ao seu perseguidor, ambos incursos nos mesmossoberanos códigos da Vida dos quais ninguém consegue fugir.

Com o conhecimento do Espiritismo, graças às segurasinformações fornecidas pelos próprios desencarnados, pôde-sedescobrir as saudáveis terapias para atendimento das obsessões edas suas vítimas, atendendo-se não apenas ao encarnado, mastambém ao irmãos que sofre além da cortina carnal.

Manoel P. Miranda – Divaldo Pereira Franco

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SEBEM – Socied. Esp. B.MenezesR. Castro Figueiredo 633 – BrantQuarta-feira – Estudo doEvangelho e costura – 14:00 horasReuniões públicas: quinta-feira –19:30 horas - Domingo: 9:30 horascom Evangelização Infantil

GESCAL – G. E. A Caminho daLuzR. 170 – Conjunto R. Lagoa SantaReunião pública - quarta-feira –19:30 horas - EvangelizaçãoInfantil – domingo 9:30 horas

Fraternidade Lar de JesusR. Bom Jesus – 150 . Stos DumontReunião pública - quinta-feira –20:00 horas - EvangelizaçãoInfantil – sábado – 10:00 horas

GEJEN – G. Esp. Jesus oNazarenoR. Vereador Geraldo Avelar – 289Santos DumontReunião pública - terça-feira –19:00 horas - Sábado – 17:00horas

Grupo Espírita Raio de LuzR. São João 50 – CentroReunião pública - quinta-feira-20:00 horas - Evangelização Infantil– sábado – 10:00 horas

Casa Espírita de JesusR. Ismar Francisco Santos – 206Bairro Vila RicaReunião pública segunda-feira19:30 horas - Evangelização Infantil– sábado 9:30 horas