s e c r e t a r i a d o d i o c e s a n o d a e d u c a ç ...¢mica quaresmal e pascal... ·...

48
S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o Página1

Upload: vandiep

Post on 21-Jan-2019

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Pág

ina1

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

A luz de Jesus brilha no rosto dos cristãos como num espelho, e assim se difunde che-

gando até nós, para que também nós possamos participar desta visão e refletir para ou-

tros a sua luz, da mesma forma que a luz do círio, na liturgia de Páscoa, acende muitas

outras velas. A fé transmite-se por assim dizer sob a forma de contacto, de pessoa a pes-

soa, como uma chama se acende noutra chama. Os cristãos, na sua pobreza, lançam uma

semente tão fecunda que se torna uma grande árvore, capaz de encher o mundo de fru-

tos».

Encíclica Lumen Fidei 37

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Pág

ina3

0(RE)Nascidos da água caminhemos com Cristo e por

Ele deixemo-nos levar iluminados pelo fogo do seu Es-

pírito

A vida que vivemos e nos é dado viver é marcada por momentos de carácter muito distintos. O

mesmo acontece com o Ano Litúrgico que, assentando nos acontecimentos essenciais da nossa

fé, procura guiar-nos neste caminho constante de crescimento, na companhia d’Aquele que dá

sentido à nossa vida, ou melhor, d’Aquele que é o sentido da nossa vida.

Costuma-se dizer que “o cristão não nasce, o cristão faz-se”, pois sabemos que ninguém nasce

cristão, mas também sabemos que todos nascem com a possibilidade de adesão à vontade de

Cristo. Contudo, ser cristão não é algo que adquirimos e pronto, ser cristão é estar a caminho e

em caminho, alimentando-se de modo constante, vivendo a fé de modo permanente e celebran-

do com entrega e confiança em Cristo o nosso caminho, a nossa verdade e a nossa vida.

Normalmente, quando queremos marcar de maneira clara, e tantas vezes grandiosa, um deter-

minado acontecimento, procuramos prepará-lo, tentando perceber o que exige, tentando desen-

volver todo um esforço que permita assegurar que esse acontecimento seja verdadeiramente e

intensamente vivido. O mesmo acontece na celebração do Mistério de Cristo, o mesmo acontece

na dinâmica imprimida pelo Ano Litúrgico.

À semelhança do Tempo do Natal que é antecedido pelo Tempo do Advento, também a Páscoa

e o Tempo Pascal é antecedida pelo Tempo Quaresmal. O Ano Litúrgico está assim orientado de

modo a permitir ao cristão viver por Cristo, com Cristo e em Cristo.

Todavia, o erro, se assim se pode dizer, está na atenção dada apenas à “preparação” do aconte-

cimento (o que é sem dúvida muito importante) e esquecendo a vivência posterior a ele. Tam-

bém, na vida pastoral cai-se tantas vezes na tentação do mesmo erro de reunir esforços e desen-

volver dinâmicas que insistem na preparação e se esquecem de ajudar a viver os efeitos que

nascem daquilo que se celebra. Assim sendo, é importante preparar o coração para aquilo que se

irá viver, vivendo intensamente, e deixar que do coração surjam constantes sentimentos de

quem sente alegria de estar unido a Cristo.

Por isso, é importante olhar a Quaresma e a Páscoa como dois tempos do Ano Litúrgico distin-

tos mas unitivos, pois não há Páscoa sem Quaresma, nem Quaresma sem Páscoa.

Assim, a dinâmica agora proposta procurará mostrar e atender a essa unidade à luz do caminho

que o cristão é chamado a realizar, desde o Batismo e a partir dele.

A presente dinâmica, tirando partido da exemplaridade do Ano em que estamos (Ano A) e dos

textos propostos, insiste no caminho catecumenal que prepara a pessoa para o Batismo, para

essa Porta da fé e entrada na iniciação cristã, e nos efeitos que este sacramento produz naqueles

que o recebem, ou seja, em todos os cristãos. Isto porque o caminho catecumenal sendo um

caminho de constante preparação e conversão para algo, é o caminho que todos os cristãos estão

chamados e convidados a realizar, e nunca será demais lembrar que é no Batismo que a nossa fé

se enraíza e só com uma fé enraizada se poderá obter frutos.

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Textos bíblicos propostos para a caminhada a realizar

(para além dos textos dominicais)

Quaresma

Salmo 1

«Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios,

não se detém no caminho dos pecadores,

nem toma parte na reunião dos maldizentes:

mas antes se compraz na lei do Senhor

e nela medita dia e noite.

É como árvore plantada à beira das águas:

dá fruto a seu tempo e sua folhagem não murcha.

Tudo quanto fizer será bem sucedido.

Não assim, não, os ímpios:

são como palha que o vento leva.

Os ímpios não se aguentarão em julgamento,

nem os pecadores na assembleia dos justos.

O Senhor vela pelo caminho dos justos,

mas o caminho dos pecadores leva à perdição.».

Páscoa

Gal 5, 16-26

«Mas eu digo-vos: caminhai no Espírito, e não realizareis os apetites carnais. Porque a carne

deseja o que é contrário ao Espírito, e o Espírito, o que é contrário à carne; são, de facto,

realidades que estão em conflito uma com a outra, de tal modo que aquilo que quereis, não o

fazeis. Ora, se sois conduzidos pelo Espírito, não estais sob o domínio da Lei.

Mas as obras da

carne estão à vista. São estas: fornicação, impureza, devassidão, idolatria, feitiçaria, inimizades,

contenda, ciúme, fúrias, ambições, discórdias, partidarismos, invejas, bebedeiras, orgias e coisas

semelhantes a estas. Sobre elas vos previno, como já preveni: os que praticarem tais coisas não

herdarão o Reino de Deus. Por seu lado, é este o fruto do Espírito: amor, alegria, paz, paciência,

benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, auto-domínio. Contra tais coisas não há lei.

Mas os

que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e desejos. Se vivemos no

Espírito, sigamos também o Espírito. Não nos tornemos vaidosos, a provocar-nos uns aos

outros, a ser invejosos uns dos outros».

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Pág

ina5

1Cor 12, 1-11

«A respeito dos dons do Espírito, irmãos, não quero que fiqueis na ignorância. Sabeis que,

quando éreis pagãos, vos deixáveis arrastar, irresistivelmente, para os ídolos mudos. Por isso,

quero que saibais que ninguém, falando sob a acção do Espírito Santo, pode dizer: “Jesus seja

anátema”, e ninguém pode dizer: “Jesus é Senhor”, senão pelo Espírito Santo. Há diversidade de

dons, mas o Espírito é o mesmo; há diversidade de serviços, mas o Senhor é o mesmo;

diversos modos de agir, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. A cada um é dada a

manifestação do Espírito, para proveito comum. A um é dada, pela acção do Espírito, uma

palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência, segundo o mesmo Espírito; a outro, a fé,

no mesmo Espírito; a outro, o dom das curas, no único Espírito; a outro, o poder de fazer

milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, a variedade de

línguas; a outro, por fim, a interpretação das línguas. Tudo isto, porém, o realiza o único e o

mesmo Espírito, distribuindo a cada um, conforme lhe apraz».

(Estas leituras acompanharão, a seu modo, toda a dinâmica)

A dinâmica proposta, e de acordo com as indicações dadas pelo SDEC, procura permitir viver o

Tempo Quaresmal e o Tempo Pascal como um caminho contínuo.

Esta dinâmica propõe atividades simples a realizar em família, em catequese e em comunidade.

Simples para que a seu modo possam ser vividas e realizadas por todos.

Importante: Trata-se de uma proposta cuja execução está aberta à criatividade de cada um.

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Caracterização geral da dinâmica

A dinâmica terá como elemento principal uma ÁRVORE [feita em papel/cartolina/madeira ou

outro material apropriado (que poderá ser pintada ou ilustrada com materiais naturais ou outros

em cada uma das suas partes e no respetivo tempo) e segundo projeto proposto para todos os

âmbitos da dinâmica, em comunidade, em família e em catequese].

A Dinâmica apresentada conta com uma proposta geral (plausível de ser executada a partir de

sugestões diferentes) que se alarga a todos os âmbitos, e com uma ou outra alternativa, sobretu-

do em Família ou em catequese. Em cada situação ou contexto tomar-se-á a dinâmica conside-

rada mais apropriada.

Por outro lado, há que ter sempre em consideração que o que aqui é dado é simplesmente uma

proposta, cuja execução ficará em certa medida aberta à criatividade e aos recursos de cada um

(p.ex. no uso e escolha de materiais, …).

(Outro aspeto: em comunidade a árvore poderá ser NATURAL à qual se adaptará toda a dinâ-

mica proposta)

Desenvolver-se-á a dinâmica em três fases que corresponderão a três zonas distintas da mesma

árvore:

Tempo da Quaresma – Raízes da árvore (nomes + símbolos);

Domingo de Ramos e Tríduo Pascal – Tronco da árvore ao qual se associará uma

CRUZ + os elementos próprios de cada celebração do Tríduo Pascal;

Tempo da Páscoa – Ramos da árvore (folhas + frutos);

Assumir a árvore como elemento e a cada “fase” ou tempo associar uma parte dela, procura

mostrar para além da continuidade, o percurso que o cristão é chamado a fazer. Ninguém pode

querer mudar a partir de cima, é essencial começar pela base, experimentar a conversão con-

templando a cruz e olhando para ela como a árvore da vida da qual surgem e nascem os frutos

quando alimentados e iluminados pelos dons do Espírito.

No geral, cada raiz terá o seu nome (depois com algumas variantes mediante o âmbi-

to/destinatário e o material em que é realizada) e o conjunto dos ramos, ou seja a copa da árvore,

será associado não apenas aos dons do Espírito Santo mas também aos seus frutos e às virtudes

(Teologais e Cardeais).

Cada momento, seja em catequese seja em comunidade ou em família será acompanhado por

uma ORAÇÃO.

Em catequese, a referência à dinâmica e o seu momento ficará ao critério de cada um.

Em Comunidade, propõe-se que o elemento (+ símbolo) entre na procissão de entrada e seja

colocado no lugar ao mesmo tempo que a oração é feita (p.ex. depois da saudação inicial).

Em Família, sugere-se que o caminho quaresmal e pascal seja vivido por todos nos momentos

mais apropriados.

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Pág

ina7

Proposta Geral

A proposta geral pode ser executada, embora em escalas diferentes e com nuances também dife-

rentes (como mostra o quadro sinóptico da dinâmica) quer em comunidade, quer em família,

quer em catequese. Em cada momento reza-se a oração proposta (isto é central e comum a

todos).

Como vimos, a cada uma das três partes da árvore (raízes, tronco e ramos ou copa) corresponde

cada uma das fases ou períodos litúrgicos. Cada uma dessas três partes da árvore poderá ser ou

não ilustrada ou pintada (de acordo com o ritmo do tempo).

Esta proposta geral assenta essencialmente na execução das Sugestões A e B (as sugestões C e

D são alternativas mais fáceis para a execução da dinâmica).

Para a Quaresma

O dia de Quarta-feira de cinzas (em comunidade) fica marcado simplesmente pela colocação da

árvore no lugar, pela oração conjunta do Salmo 1 e por uma simples reflexão a fazer a respeito

desse mesmo Salmo (tal reflexão poderá ser feita no momento pós-comunhão). Neste mesmo

dia, as cinzas ficarão colocadas ao lado da árvore numa estrutura um pouco mais elevada em

relação à base (ou então, colocadas debaixo das raízes centrais, se a estrutura assim o permitir).

Nos domingos da Quaresma (do I ao V Domingo, em catequese, comunidade e família) escre-

vem-se os nomes das raízes em tiras, de papel ou tecido ou outro material, para serem presas à

raiz da árvore (ex. na raiz da árvore faz-se um furo ao qual se amarra uma corda ou outro fio

que cuja outra extremidade estará presa ao dístico com o nome da raiz; ou então simplesmente

se amarra). Na dinâmica em comunidade, a cada raiz associa-se o respetivo símbolo (o conjunto

dos símbolos permitirá ter bem presente o itinerário batismal, o rito batismal).

Os símbolos terão um certo dinamismo, para além do facto de que são acrescentados sucessi-

vamente, cada símbolo correspondente a cada domingo ocupará o lugar central da árvore duran-

te esse domingo e a semana respectiva Terminada a semana será deslocado para trás ou para um

dos lados. O símbolo correspondente ao II Domingo (veste branca, que poderá ser um pano

branco, p.ex.) será colocado em torno do tronco junto às raízes e a prolongar-se pela raiz central.

Para o Domingo de Ramos e Tríduo Pascal

No Domingo de Ramos, enquanto domingo da Paixão do Senhor, assume-se a Cruz como ele-

mento próprio. Coloca-se a Cruz na árvore (Esta cruz a quem considerar oportuno e onde a es-

trutura o permitir, poderá ser a cruz de adoração em Sexta-feira Santa).

Nesta “fase”, e visto que as celebrações obedecem a um ritmo muito próprio, sugere-se que cada

dia seja marcado pela entrega da Oração e pelo elemento específico a acrescentar, e que já esta-

ria colocado desde o início da celebração.

Domingo de Ramos – Coloca-se a Cruz na árvore;

5ª feira Santa – colocam-se ramos de trigo fixos na Cruz;

6ª feira Santa – acrescenta-se uma fita ou um tecido vermelho à Cruz;

Vigília Pascal + Domingo de Páscoa – revestir a cruz com um pano branco (a colo-

car-se por baixo do ramo de trigo e do elemento vermelho)

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Para a Páscoa

No tempo Pascal continua-se a dinâmica e deslocamo-nos para “os ramos da árvore”.

Aqui propõe-se que a cada domingo da Páscoa correspondam um dom do Espírito Santo e dois

frutos (sejam frutos do Espírito sejam virtudes). Os dons estarão escritos em pedaços em forma

de folhas com as quais se revestirão os ramos da árvore, enquanto que os frutos colocar-se-ão

pendurados ou colados, conforme a sugestão assumida. Neste ponto, serão livres de decidir se

querem manter a correspondência entre dom e frutos, colocando num mesmo ramo as folhas

com o dom escrito e os frutos pendurados ou colados; ou então poderão começar a revestir de

modo aleatório a árvore, quer no que diz respeito aos dons, quer aos frutos (esta ultima, talvez

seja a mais interessante; o numero das folhas com os dons ou dos frutos pode ser aleatório pois

tem de ter em atenção ao tamanho da árvore).

A forma dos frutos será ao critério de cada um (podem ser de diversas formas e cores).

Material (são propostas apenas)

Árvore

Mediante o âmbito e a sugestão da dinâmica opta-se pelo material mais apropriado, ou seja, em

comunidade sugere-se a construção da árvore em madeira, PVC, ou em cartão com alguma es-

tabilidade; em família sugere-se em papel com gramagem que permita garantir solidez – pelo

menos 160gr (árvore à escala A4); em catequese sugere-se madeira ou papel (à escala A3).

Dísticos

Em papel, cartolina, tecido, feltro, pequenas tábuas de madeira, (…);

Cruz

Em papel, cartolina ou mesmo madeira, (…).

Folhas

Em papel, cartolina, feltro, espuma, madeira, (…);

Frutos

Em papel, cartolina, ou pequenas bolas (seja de natal ou esferovite), ou outras formas em diver-

sos materiais;

(Para as colagens em papel sugere-se a “Cola de fita permanente”)

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Pág

ina9

Proposta a realizar em Família

simultaneamente à da árvore

Com as folhas das orações propostas (oração para ser feita cada dia), fazer uma espécie de diá-

rio de viagem quaresmal e pascal…onde no verso dessas mesmas folhas ou noutras cada um

(em família) escreverá de que modo poderá viver a atitude proposta (na Quaresma) ou cultivar

os dons e os frutos (na Páscoa), que ação realizar (isto no início da semana) e como foi capaz de

cumprir ou não aquilo que se propôs realizar (isto no final da semana). Este diário colocar-se-á

na base da árvore que cada catequizando levará para casa (se for o caso, pois poder-se-á assumir

a sugestão da “árvore pessoal”) e procurará ilustrá-la de modo sucessivo conforme os passos

propostos.

Proposta alternativa em família

A dinâmica a viver em família tem como objetivo incutir no seio familiar o hábito de rezar.

Neste sentido, desenvolve-se a partir de uma oração inspirada em cada domingo e a ser entregue

a cada catequizando e caso seja possível, também no final das Eucaristias, a cada pessoa. O

desafio será então rezá-la em família todos os dias da semana correspondente.

A atividade será construir uma cruz com as “pagelas” de cada Domingo, começando pela base

até ao topo e tendo como centro a oração correspondente ao Domingo de Páscoa.

Esta sugestão em família fará apenas referência aos domingos.

Pentecostes

VI DP VII DP

IV DP II DP

Domingo

de

Páscoa

III DP V DP

V DQ Domingo

de Ramos

III DQ IV DQ

I DQ II DQ

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Material

A construção pode ser feita em base seja de madeira, seja num quadro de cortiça, seja num lugar

de destaque da casa (ex. Frigorifico – por ser um lugar onde todos acedem com regularidade o

que permite ter consciência do tempo que estamos a viver, …), ou noutro tipo de material. Po-

derão ainda ser as pagelas coladas umas às outras; ou de um outro modo, conforme acharem

oportuno.

Proposta alternativa em Catequese

A dinâmica em catequese procurará possibilitar a cada catequizando fazer e viver o percurso

quaresmal e pascal em grupo.

Para além da dinâmica em geral, sugere-se agora uma dinâmica alternativa.

Nesta proposta, assumimos a árvore como um puzzle que se vai construindo peça a peça, do-

mingo após domingo. O projeto está dado como subsídio, a ideia não é cortá-lo em peças mas

sim sobre o desenho ir ilustrando com os mais variados materiais e conforme indica a legenda

desse mesmo projeto (as linhas tracejadas servem apenas para delimitar o que corresponde a

cada domingo, ou semana).

Cada elemento deverá ser acompanhado pela oração respectiva e pelo texto bíblico proposto.

Para a Quaresma

A cada domingo da Quaresma corresponderá uma raiz apenas (conforme a legenda), e todas elas

em conjunto formarão uma unidade, ou seja, as raízes no seu todo às quais em tempo oportuno

acrescentam-se os elementos das fases seguintes). Teremos assim 5 raízes para 5 nomes.

Para o Domingo de Ramos e Tríduo Pascal

No Domingo de Ramos ilustra-se o tronco e fixa-se nele uma cruz. O período do Tríduo Pascal

constitui um tempo mais difícil de ser vivido em catequese. Neste sentido, propõe-se que seja

realizada logo que se possa. Ou seja, propõe-se que depois do domingo da Páscoa aquando do

regresso à catequese os elementos tenham sido já acrescentados e se proceda a uma identifica-

ção do elemento com o dia respetivo.

Para a Páscoa

Neste ponto temos uma Árvore “puzzle” constituída apenas pelas raízes, tronco e os elementos

correspondentes ao Tríduo Pascal. No Tempo pascal, o objetivo é ilustrar a copa da árvore. Des-

se modo, domingo após domingo, e de uma forma aleatória, colocam-se as folhas (correspon-

dentes aos dons do Espírito Santo e que podem ser de vários formatos) e frutos (correspondentes

aos frutos do Espírito Santo e às virtudes e que podem assumir formas diversas). Cada domingo

terá as suas respetivas folhas (dons) e frutos (frutos e virtudes) e poder-se-ão colocar mais do

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Pág

ina1

1

que uma folha ou um fruto do mesmo dom ou fruto do Espírito. O importante é ter uma árvore

onde tudo na copa se entrelaça (podem-se assumir formas e cores diferentes nos frutos e quem

sabe também nas folhas, dando assim um dinamismo visual ao conjunto).

Material

Árvore, folhas e frutos podem ser feitos em diversos materiais (ex. papel, cartolina, feltro, …).

O Tamanho da árvore sugere-se que no mínimo possua o tamanho de uma folha A3.

Ver anexo 1

Proposta alternativa em Comunidade

A dinâmica em comunidade pretende ajudar a viver o tempo quaresmal e pascal com autentici-

dade e com verdadeiro sentido de Igreja. Juntos vivemos a Quaresma e caminhamos para a Pás-

coa e em Páscoa.

A proposta alternativa em comunidade nada mais é do que referente à árvore enquanto tal. Esta

proposta assenta essencialmente no uso de uma árvore natural ou seca. Todavia, o decurso da

dinâmica segue o mesmo ritmo da proposta geral.

Sugestões para a execução da dinâmica

Sugestão A (sugestão principal)

“Árvore ramificada ou instalada”, construir uma árvore com quatro peças distintas coladas pelos

lados correspondentes como ilustra a maquete (isto caso a execução seja feita em papel); no

caso da árvore ser em madeira bastarão duas encaixadas uma na outra em “X”; A árvore poderá

ser ilustrada a gosto, tendo em atenção o ritmo próprio da dinâmica conforme o descrito na des-

crição geral da proposta.

[Quanto aos materiais ficam ao critério de cada um, considerando neste caso que uma vez feita

em papel sugere-se que seja num papel que garanta alguma estabilidade (que tenha uma grama-

gem considerável, o ideal é 180g, ou mesmo em cartolina; a cola propõe-se que seja “cola de

fita permanente”) procurando pensar no todo da dinâmica, tendo em mente que os ramos terão

de ser capazes de sustentar as folhas e os frutos. É importante que se tenha em atenção a propor-

ção do objeto e o espaço. Esta sugestão orienta-se mais para a dinâmica em comunidade]

Execução - Ver anexo 2 e 3

Sugestão B – “Árvore pessoal”,

Esta sugestão assenta na opção de propor que cada um, que cada destinatário da dinâmica, cons-

trua a sua própria árvore, recorrendo aos mais diversos materiais e que possa de um modo cria-

tivo, ou melhor segundo a criatividade pessoal, construir a sua própria árvore acompanhando os

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

passos sucessivos deste caminho quaresmal e pascal, acrescentando progressivamente os ele-

mentos respetivos (1º uma raiz, depois as raízes sucessivas, posteriormente o tronco e por fim os

ramos, no inicio do Tempo Pascal, ao longo do qual se vão acrescentando os frutos e as folhas),

ou então construir a árvore na sua estrutura total mas ilustrando-a sucessivamente, semana a

semana.

(Esta sugestão orienta-se mais para a dinâmica em Família)

Sugestão C – “Árvore Postal”

Como ilustra a imagem em anexo, em que numa face temos a árvore a ilustrar a gosto [seja pin-

tada, seja com elementos naturais (ex. cascas de pinheiro para o tronco, …), seja com outro tipo

de materiais] e seguindo o ritmo próprio da dinâmica [raízes (que ocuparão a badana da folha

que servirá de base) na quaresma cujos nomes poderão ser preso com um fio (p.ex.), tronco com

a Cruz no Domingo de Ramos, os diferentes elementos a acrescentar no Tríduo Pascal, e os

frutos e as folhas, com os frutos e os dons do Espírito Santo respetivamente, a colar no Tempo

Pascal]. Na outra face teremos o Salmo 1, que serve de mote para toda a dinâmica, e a sua ora-

ção sálmica colocada na badana correspondente.

[Nesta sugestão a escolha de materiais é mais fácil, dado que o projeto apresentado não é exi-

gente no que toca à estabilidade, uma simples folha permiti-lo-á conceber. Uma nota importan-

te, sugere-se que seja feito em tamanho A3 de 120g para que tenha impacto visual e estabilidade

(uma folha A3 dará para dois) Esta sugestão orienta-se mais para a dinâmica em Família]

Ver anexo 4

Sugestão D – “Árvore Puzzle”

(Ver proposta alternativa em catequese nas páginas anteriores)

Qualquer uma das sugestões poderá ser adotada seja em comunidade, seja em família seja em

catequese. O importante é optar para realizar, pois todas elas representam apenas formas dife-

rentes de realizar o mesmo itinerário. Todas elas, embora com um carácter diferente, seguem o

mesmo ritmo.

IMPORTANTE

Nunca é demais dizê-lo, o que aqui se propõe não passa disso mesmo, de propostas, cuja execu-

ção poderá assumir os mais variados contornos conforme a sensibilidade e criatividade de cada

um.

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Pág

ina1

3

DINÂMICA PARA OS DOMINGOS DA QUARESMA

in EDREL 657

«O Tempo da Quaresma destina-se a preparar a celebração da Páscoa: a liturgia quaresmal

prepara a celebração do mistério pascal tanto os catecúmenos, através dos diversos graus da

iniciação cristã, como os fiéis, por meio da recordação do Batismo e das práticas de penitência».

in O Ano Litúrgico e o Calendário 12

«O Tempo da Quaresma decorre desde a Quarta-feira de Cinzas até à Missa da Ceia do Senhor

exclusive».

Leituras dominicais

Domingo 1ª Leitura 2ª Leitura Evangelho

I Gn 2, 7-9; 3, 1-7 Rm 5, 12-19 Mt 4, 1-11

II Gn 12, 1-4a 2Tm 1, 8b-10 Mt 17, 1-9

III Ex 17, 3-7 Rm 5, 1-2.5-8 Jo 4, 5-42

IV (Laetare) 1Sm 16, 1.6-7.10-14 Ef 5, 8-14 Jo 9, 1-41

V Ez 37, 12-14 Rm 8, 8-11 Jo 11, 1-45

VI (Ramos) Is 50, 4-7 Fil 2, 6-11 Mt 27, 11-54

Sob o ponto de vista do itinerário quaresmal, o ciclo A propõe-nos o itinerário batismal ou ca-

tecumenal.

Olhemos para os Evangelhos (no geral dão-nos a temática e a partir dos quais as demais leituras

foram escolhidas):

- Os dois primeiros domingos, em que lemos S. Mateus, são marcados pelos episódios, das tentações

de Jesus (I Domingo) e da Transfiguração (II Domingo);

- Os três domingos seguintes, encontramos três passagens de S. João declaradamente marcadas

pelo espírito batismal: a Samaritana no III domingo, a cura do Cego de nascença no IV domingo

e a ressurreição de Lázaro no V domingo;

- No Domingo de Ramos na paixão do Senhor temos a leitura evangélica da Paixão de Jesus;

O Salmo 1 abrirá o caminho quaresmal. Porquê o Salmo 1? Pela simbologia que possui e

pela centralidade daquilo que condensa.

Em Quarta-feira de cinzas reza-se o Salmo 1 e faz-se uma pequena reflexão.

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

I Domingo da Quaresma

«Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios,

não se detém no caminho dos pecadores,

nem toma parte na reunião dos maldizentes:

II Domngo da Quaresma

mas antes se compraz na lei do Senhor

e nela medita dia e noite.

III Domngo da Quaresma

É como árvore plantada à beira das águas:

IV Domingo da Quaresma

dá fruto a seu tempo e sua folhagem não murcha.

Tudo quanto fizer será bem sucedido.

V Domingo da Quaresma

Não assim, não, os ímpios:

são como palha que o vento leva.

Os ímpios não se aguentarão em julgamento,

nem os pecadores na assembleia dos justos.

O Senhor vela pelo caminho dos justos,

mas o caminho dos pecadores leva à perdição»

A divisão feita deste salmo pretende fazer dele um elemento unificador de toda a dinâmica

Quaresmal. Os versiculos correspondentes a cada domingo servem simplesmente de fonte

de reflexão.

Ver quadro resumo da Dinâmica

para os Domingos da Quaresma no anexo 5

Algumas indicações

A Leitura serve apenas como motivação para o Domingo em causa; a dinâmica em ca-

tequese e em comunidade propõe-se que seja sempre acompanhada da Oração;

A Dinâmica em Família procura ser simples. Será realizada em tempo oportuno a de-

terminar por cada um (ex. Antes de uma refeição de Domingo e dos restantes dias da

semana, …);

Na dinâmica em comunidade ao nome da raiz corresponde vem associado um símbolo

que permitirá recordar o caminho catecumenal (proposto para o Ano A);

Na dinâmica em catequese, ler-se-á a leitura proposta, coloca-se o elemento da árvore

(explicando simplificadamente como é possível viver tal atitude) e lê-se por fim a ora-

ção (talvez os dois primeiros momentos fossem feitos no inicio da catequese e o terceiro

no fim, é só uma sugestão);

Em cada domingo deverá ser entregue a cada catequizando e a cada pessoa que participe

na Eucaristia (se assim for possível) uma folha com a oração e a leitura bíblica proposta.

Na quarta-feira de cinzas, entrega-se o Salmo 1, e apenas o Salmo 1.

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Pág

ina1

5

Rito do Batismo

(que acompanhará a caminhada Quaresmal)

1º Domingo – Unção pré-batismal:

«O poder de Cristo Salvador vos fortaleça. Em sinal desse poder vos fazemos esta unção, em

nome do mesmo Cristo nosso Senhor, que vive e reina por todos os séculos».

Símbolo: Óleo dos Catecúmenos

2º Domingo – Imposição da veste branca

Agora sois nova criatura e estais revestidos de Cristo. Esta veste branca seja para vós símbolo

da dignidade cristã. Ajudados pela palavra e pelo exemplo das vossas famílias, conservai-a ima-

culada até à vida eterna.

Símbolo: Veste Branca ou pano branco

3º Domingo – Batismo

Eu te batizo em nome do Pai, e do filho, e do Espírito Santo.

Símbolo: Água

4º Domingo – Entrega da Vela

A vós, pais e padrinhos, se confia o encargo de velar por esta luz, para que os vossos pequeni-

nos, iluminados por Cristo, vivam sempre como filhos da luz, perseverem na fé e, quando o

Senhor vier, possam ir ao seu encontro com todos os Santos, no reino dos céus.

Símbolo: Luz (vela, um candelabro, …)

5º Domingo – Unção depois do Batismo

Deus todo-poderoso, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que vos libertou do pecado e vos deu

uma vida nova pela água e pelo Espírito Santo, unge-vos com o crisma da salvação, para que,

reunidos ao seu povo, permaneçais, eternamente, membros de Cristo sacerdote, profeta e rei.

Símbolo: Óleo do Crisma

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Folhas a entregar na Quarta-Feira de Cinzas

e nos Domingos da Quaresma

(O que aqui é proposto é simplesmente o conteúdo, a sua elaboração fica ao critério de cada um.

Sugere-se que a folha contemple um espaço para escrita, ou seja, para que cada um possa escre-

ver a sua própria reflexão – Como poderei viver a atitude que me é proposta? Como a vivi ao

longo da semana?...

O paralelismo com o Rito do Batismo por um lado pretende recordar, por outro procura associar

o símbolo ao caminho realizado. É sempre bom recordar o Batismo e perceber que não se trata

de algo que foi e passou mas sim de algo que é e continuará a ser)

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Pág

ina1

7

Quarta-Feira de Cinzas

Salmo 1

«Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios,

não se detém no caminho dos pecadores,

nem toma parte na reunião dos maldizentes:

mas antes se compraz na lei do Senhor

e nela medita dia e noite.

É como árvore plantada à beira das águas:

dá fruto a seu tempo e sua folhagem não murcha.

Tudo quanto fizer será bem sucedido.

Não assim, não, os ímpios:

são como palha que o vento leva.

Os ímpios não se aguentarão em julgamento,

nem os pecadores na assembleia dos justos.

O Senhor vela pelo caminho dos justos,

mas o caminho dos pecadores leva à perdição.».

Reflexão (proposta) Ser feliz é o ideal de toda a vida humana, e o primeiro poema do saltério começa por uma proposta de

felicidade: Feliz o homem. Mais do que nenhum outro, Jesus Cristo foi o Homem que pôs em prática

este salmo. Ele não seguiu o conselho dos ímpios: «O meu alimento é fazer a vontade d’Aquele que

Me enviou» (Jo 4, 34). Toda a tradição cristã viu, na árvore plantada à beira das águas, um símbolo da

cruz de Cristo, árvore da vida, da qual recebemos os frutos. Maria, mãe de Jesus, foi a primeira a

recebê-los, antes mesmo da sua Conceição e por isso é a Imaculada, a «bendita entre as mulheres» (Lc

1, 42), porque realizou, como ninguém, a palavra do seu Filho: «Felizes os que escutam a Palavra de

Deus e a põem em prática» (Lc 11, 28).

Como mais tarde o viria a fazer o Evangelho, também os salmos prometem a felicidade a quem

escolhe o caminho dos justos. Para nós, depois da encarnação do Verbo, esse caminho é Cristo: «Eu

sou o Caminho, a Verdade e a Vida» (Jo 14, 6), que passa pela ‘Árvore da Cruz’.

Oração Senhor, que no vosso Filho nos indicastes o caminho, a verdade e a vida, fazei que, meditando dia e

noite na vossa lei, encontremos a luz da vossa verdade, e a força da água da vida nos faça produzir

frutos de vida eterna. Por Jesus Cristo, nosso Senhor.

Proposta de Atividade Encontra em ti um aspeto mais negativo e procura mudar…

Símbolo Cinzas (“Arrependei-vos e acreditai no Evangelho”)

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

I Domingo da Quaresma

O poder de Deus te fortaleça e CONVERTE-te

«Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores,

nem toma parte na reunião dos maldizentes» (Sl 1, 1)

Leitura Bíblica (Mt 4, 1-2.10-11): Tentações de Jesus no deserto «Então, o Espírito conduziu Jesus ao deserto, a fim de ser tentado pelo diabo. Jejuou durante

quarenta dias e quarenta noites e, por fim, teve fome. (…) Respondeu-lhe Jesus: “Vai-te, Satanás,

pois está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele prestarás culto”. Então, o diabo deixou-o

e chegaram os anjos e serviram-no».

Breve reflexão Jesus de modo firme e confiante recusa as propostas que o tentador lhe faz e lhe dirige. Jesus nega

querer caminhar fora dos caminhos do Pai e apenas manifesta vontade de cumprir o Seu projeto. E

eu? Como me posiciono na vida? Dou mais ouvidos aos meus interesses e projetos e coloco-me à

margem dos de Deus? Quando decido alguma coisa, o que é que para mim tem peso de facto? Na

vida, deixo-me tentar facilmente? Quais e quem são os tentadores de hoje? Estou aberto à Conversão

constante? (…).

Oração Senhor, Tu que me UNGISTE no Batismo e fazes de mim teu filho, sustém-me com a força do teu

olhar e com a grandeza do teu amor. Com a Tua Palavra reaviva em mim a certeza do meu ser cris-

tão. Que a minha CONVERSÃO aconteça todos os dias e possa ser sinal do SIM constante que Te

quero dar. A Ti Senhor me ofereço, a Ti Senhor me converto porque sei que me escolheste.

Proposta de atividade

Coloca o nome da primeira raiz e reza diariamente…

Atitude (Nome da Raiz): CONVERSÃO

Símbolo Óleo dos Catecúmenos (Rito do Batismo – Unção pré-batismal):

«O poder de Cristo Salvador vos fortaleça.

Em sinal desse poder vos fazemos esta unção,

em nome do mesmo Cristo nosso Senhor,

que vive e reina por todos os séculos».

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Pág

ina1

9

II Domingo da Quaresma

Revestido de Cristo, ALEGRA-te

«…mas antes se compraz na lei do Senhor e nela medita dia e noite» (Sl 1, 2)

Leitura Bíblica (Mt 17,4-5): Transfiguração «Tomando a palavra, Pedro disse a Jesus: “Senhor, é bom estarmos aqui; se quiseres, farei aqui três

tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias”.Ainda ele estava a falar, quando uma

nuvem luminosa os cobriu com a sua sombra, e uma voz dizia da nuvem: «Este é o meu Filho muito

amado, no qual pus todo o meu agrado. Escutai-o”».

Breve reflexão Jesus é-nos revelado como Filho Amado do Pai, semelhança do episódio do seu Batismo. É este

Filho amado que Deus coloca no meio dos homens para lhes tocar o coração, para lhes ajudar a er-

guer a cabeça, a colocar de lado as dúvidas e incertezas e fixarem a sua Fé n’Este Salvador que se

manifesta. Enquanto filho de Deus, como lhe correspondo? De que modo, o amor que ele tem por

mim me contagia? A transfiguração de Jesus grita-nos, do alto daquele monte: não desanimeis, pois

a lógica de Deus não conduz ao fracasso, mas à ressurreição, à vida definitiva, à felicidade sem

fim…será que vivo certo disto? De que modo, a manifestação de Cristo é para mim sinal da Alegria?

(…)

Oração Senhor, Tu que me revestiste com a tua VESTE de admirável brancura, fazendo desta tua criatura

um filho digno do teu amor, sustém a minha fraqueza e incapacidade de tantas vezes te ser fiel. Tu,

Senhor Jesus, vieste e vens à terra, falas-me e mais que tudo ofereces-me o teu amor e dás-me a tua

vida. É imensa a minha ALEGRIA ao ver que me estendes a tua mão, me levantas e me exortas:

“Não tenhas medo!”.

Proposta de atividade Coloca o nome da segunda raiz e escreve uma carta a alguém que seja para ti sinal de alegria (amigo,

familiar, …)

Atitude (Nome da Raiz): ALEGRIA

Símbolo Veste Branca (Rito do Batismo – Imposição da veste branca)

«Agora sois nova criatura e estais revestidos de Cristo.

Esta veste branca seja para vós símbolo da dignidade cristã.

Ajudados pela palavra e pelo exemplo das vossas famílias,

conservai-a imaculada até à vida eterna».

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

III Domingo da Quaresma

ESCUTA Aquele que te sacia

«…É como a árvore plantada à beira das águas» (Sl 1, 3a)

Leitura Bíblica (Jo 4, 9-10.13-14): Jesus e a Samaritana «Disse-lhe então a samaritana: “Como é que Tu, sendo judeu, me pedes de beber a mim que sou

samaritana”? É que os judeus não se dão bem com os samaritanos. Respondeu-lhe Jesus: “Se

conhecesses o dom que Deus tem para dar e quem é que te diz: ‘dá-me de beber’, tu é que lhe

pedirias, e Ele havia de dar-te água viva…Todo aquele que bebe desta água voltará a ter sede; mas,

quem beber da água que Eu lhe der, nunca mais terá sede: a água que Eu lhe der há-de tornar-se nele

em fonte de água que dá a vida eterna”».

Breve reflexão Jesus diante da samaritana revela-se como Água viva, aquela água que concede a todo aquele que

dela beber a vida em abundância, a vida eterna. Esta água viva remete-nos claramente para o Batis-

mo, para o nosso Batismo, por meio do qual iniciamos o nosso caminho com Cristo e em Cristo. Só

Cristo nos oferece esta água que sacia para sempre, será que já descobri isto? Será que já tomei

consciência da minha condição de criatura de Deus? O ser cristão em mim torna-me uma pessoa

diferente? Ajo e conformidade com isso? Sou capaz de escutar a voz de Deus e de testemunhar as

maravilhas que Deus opera em mim? (…)

Oração Senhor, Tu és a ÁGUA viva, que sacia a minha sede. Tu me inundas com o teu amor e em mim ages,

como oleiro que molda o barro. Tu me consolas e me transformas desde que nasci da ÁGUA batis-

mal. Fortalece a minha vontade de Te ESCUTAR no íntimo do meu coração para que convicto de

quem sou te possa testemunhar e proclamar como Salvador do Mundo.

Proposta de atividade Coloca o nome da terceira raiz e experimenta escutar o correr das águas (que produz em ti?) ou então

procura estar atento a todos os que durante esta semana se cruzarem contigo e contigo conversarem

(dirige-lhes a tua atenção).

Atitude (Nome da Raiz): ESCUTA(R)

Símbolo Água (Rito do Batismo – Batismo)

«(Nome)., eu te batizo em nome do Pai,

e do filho, e do Espírito Santo».

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Pág

ina2

1

IV Domingo da Quaresma

Cristo é a luz, CONFIA e deixa-te guiar por Ele

«…dá fruto a seu tempo e sua folhagem não murcha.

Tudo quanto fizer será bem sucedido» (Sl 1, 3b)

Leitura Bíblica (Jo 9, 35-38): Jesus e o Cego de nascença «Jesus ouviu dizer que o tinham expulsado e, quando o encontrou, disse-lhe: “Tu crês no Filho do

Homem”? Ele respondeu: “E quem é, Senhor, para eu crer nele”? Disse-lhe Jesus: “Já o viste. É

aquele que está a falar contigo”. Então, exclamou: “Eu creio, Senhor”! E prostrou-se diante dele».

Breve reflexão Diante de Cristo, aquele que havia sido cego, desde a nascença, de um modo muito simples e profundo

profere uma belíssima profissão de fé “Eu creio, Senhor”. Confiando em Jesus, este homem foi capaz de

entrar no caminho da luz, no caminho libertador que o Senhor lhe propõe. No Batismo, é Cristo enquanto

Luz do mundo que recebemos e colocamos como guia do nosso caminho. Terei consciência disso? Será

que olho para Cristo como Luz, como a minha Luz, como a Luz que permite que o meu coração arda e

me mova a agir no mundo? De que modo alimento esta Luz? Ou deixo-a apagar-se? Neste mundo em que

vivo, o que me poderá impedir de ver a Cristo Luz do mundo? (…)

Oração Senhor, Tu que restituis a vista àqueles que a perderam, Tu que Te fazes LUZ no meio da escuridão,

ensina-me a ter CONFIANÇA sem nunca a perder. Que ela se torne contagiante para os outros. Faz

de mim uma pessoa capaz de permanecer de olhos abertos e atentos, pois ao ver-TE e ao acreditar

em Ti, terei a força para amar o meu próximo. Senhor, Tu és a minha Luz, és a Luz que guia o meu

caminho e me aquece o coração…”Coragem, tem CONFIANÇA!”

Proposta de atividade Coloca o nome da quarta raiz e elabora/escreve a tua Oração de confiança em Jesus que te ama.

Atitude (Nome da Raiz): CONFIANÇA

Símbolo Luz (Rito do Batismo – Entrega da vela)

«A vós, pais e padrinhos, se confia o encargo de velar

por esta luz, para que os vossos pequeninos, iluminados por Cristo,

vivam sempre como filhos da luz,

perseverem na fé e, quando o Senhor vier, possam ir ao

seu encontro com todos os Santos, no reino dos céus».

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

V Domingo da Quaresma

Em Cristo encontras a vida, ACREDITA

«Não assim, não, os ímpios: são como palha que o vento leva.

Os ímpios não se aguentarão em julgamento, nem os pecadores na assembleia dos justos. O Senhor vela pelo caminho dos justos, mas o caminho dos pecadores leva à perdição» (Sl 1, 4-6)

Leitura Bíblica (Jo 11, 20-22.25-27): Ressurreição de Lázaro

«Logo que Marta ouviu dizer que Jesus estava a chegar, saiu a recebê-lo, enquanto Maria ficou sentada

em casa. Marta disse, então, a Jesus: “Senhor, se Tu cá estivesses, o meu irmão não teria morrido. Mas,

ainda agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Ele to concederá”. (…) Disse-lhe Jesus: “Eu sou a

Ressurreição e a Vida. Quem crê em mim, mesmo que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e

crê em mim não morrerá para sempre. Crês nisto”? Ela respondeu-lhe: “Sim, ó Senhor; eu creio que Tu és

o Cristo, o Filho de Deus que havia de vir ao mundo”».

Breve reflexão

Jesus ao falar a Marta, ao falar-nos mostra que não há morte para aqueles que acolhem a sua proposta e

que aceitam fazer da sua vida, uma vida de relação de amor com Ele e com os irmãos. A morte física para

o cristão não tem a última palavra, ou seja, essa morte não é destruição e aniquilação, mas sim a passa-

gem para a vida definitiva. É essa vida que pelo Batismo nos vemos participantes. Vivo de modo coerente

com esta realidade? Diante desta vida que o Senhor me propõe, vejo-me como alguém que acredita sem

medo e sem receio? Ou deixo-me alicerçar simplesmente naquilo que passa vivendo angustiado com o

que virá? A nossa existência tem sido uma existência egoísta e fechada, que termina na morte, ou tem

sido uma existência de amor, de partilha, de dom da vida, que aponta para a realização plena do homem e

para a vida eterna? (…)

Oração Senhor, eu ACREDITO e creio em Ti porque me amas e me UNGISTE com o ÓLEO da Salvação. Alguém

falou de Deus, como nosso Pai: chama-se Filho de Deus…Alguém morreu e ressuscitou para nossa salva-

ção: chama-se Salvador…Alguém proclamou a Boa Nova: chama-se Jesus Cristo e eu ACREDITO e creio

n’Ele.

Proposta de atividade Coloca o nome da quinta raiz. Todos os domingos, na eucaristia, os cristãos dizem “Creio em Jesus Cristo”,

escreve por palavras tuas o que tu crês e acreditas em Jesus.

Atitude (Nome da Raiz): ACREDITA(R)

Símbolo Óleo do Crisma (Rito do Batismo – Unção depois do Batismo)

Deus todo-poderoso,

Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,

que vos libertou do pecado

e vos deu uma vida nova pela água e pelo Espírito Santo,

unge-vos com o crisma da salvação, para que, reunidos ao seu povo,

permaneçais, eternamente, membros de Cristo sacerdote, profeta e rei.

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Pág

ina2

3

DINÂMICA PARA O DOMINGO DE RAMOS

E TRÍDUO PASCAL

in O Ano Litúrgico e o Calendário 9

«O Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor inicia-se com a Missa da Ceia do Se-

nhor, tem o seu centro na Vigília Pascal e termina nas Vésperas do Domingo da Ressurreição».

As celebrações do Domingo de Ramos e de todo o Tríduo Pascal são celebrações em si mesmas

cheias de sinais e que obedecem a um ritmo muito próprio.

Neste sentido, a dinâmica proposta, duranta o Domingo de Ramos e o Tríduo Pascal, simples-

mente consistirá em símbolos que se serão acrescentados à árvore progressivamente de modo

que antes de qualquer celebração o elemento próprio já lá estará.

Cada símbolo estará associado ao carácter próprio de cada celebração, desse modo dispensa

qualquer tipo de explicação.

No entanto, é importante que haja uma continuidade não apenas no âmbito visual mas também

no âmbito da oração, assim será oportuno entregar a Oração proposta para cada dia (sobretudo

para que possa ser rezada em família, e também para a execução da proposta alternativa em

família).

Nesta fase, deixamos as raízes (já completas) e voltamo-nos agora para o tronco que deverá ser

previamente ilustrado e decorado (em qualquer das sugestões propostas) e no qual serão coloca-

dos os símbolos respetivos a cada dia (atenção: no caso da “Árvore instalada” a cruz sugere-se

que possa ficar suspensa nos galhos da árvore; no caso da “Árvore Puzzle” ou da “Árvore Pos-

tal” sugere-se que a cruz seja colada ao tronco depois deste ter sido decorado; no caso da “Árvo-

re pessoal” a opção será de cada um.

Símbolos:

Domingo de Ramos – Coloca-se a Cruz na árvore;

5ª feira Santa – colocam-se ramos de trigo fixos na Cruz;

6ª feira Santa – acrescenta-se uma fita ou um tecido vermelho à Cruz;

Vigília Pascal + Domingo de Páscoa – revestir a cruz com um pano branco (a colocar-

se por baixo do ramo de trigo e do elemento vermelho)

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Domingo de Ramos na Paixão do Senhor

Oração

“Acolhei como Jesus”

Vem, Senhor Jesus!

Contigo,

Abro o meu coração aos que vivem comigo!

Procuro olhar com olhos novos para tudo o que se passa à minha volta.

Por isso, quero acolher-Te todos os dias.

Vem, Senhor Jesus!

Contigo,

Quero transformar as minhas dificuldades e instabilidades

Em gesto de humildade, perdão e paz.

Vem, Senhor Jesus!

Contigo,

Encontro as palavras ideais

E me dou conta da que nem sempre penso antes de falar.

Por isso, que as minhas palavras sejam sinais da bondade.

Senhor Jesus, Rei do Universo,

Sinto-me feliz Contigo,

Quero acolher-Te todos os dias,

E todos os dias Contigo desejo viver.

«Hossana ao Filho de David!

Bendito O que vem em nome do Senhor!

Hossana nas alturas!»

Símbolo: Cruz

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Pág

ina2

5

Quinta-Feira da Ceia do Senhor

Oração

“Dai como Jesus!”

Senhor Jesus,

Durante a Tua vida terrena,

Acolhias, curavas, partilhavas,

Perdoavas, encorajavas e aconselhavas.

Tu amaste e amas infinitamente e até ao fim

Os teus que estão neste mundo.

Senhor Jesus,

Tu que dás tudo e tudo partilhas.

Partilhaste com os discípulos

A tua última refeição.

Lavaste-lhes os pés,

Em sinal de serviço e amizade.

Ofereceste-lhes o teu corpo e o teu sangue.

Realizaste uma nova aliança

De amor entre Deus e os homens.

Senhor Jesus,

Os discípulos de hoje somos nós, sou eu!

Hoje é a mim que diriges todos os teus gestos de amor,

É comigo que partilhas a tua refeição.

Senhor Jesus,

Tu me ensinas a crescer na humildade e no serviço.

«Dei-vos o exemplo,

para que, assim como Eu fiz, vós façais também»

Símbolo: Espigas de Trigo (a fixar na cruz)

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Sexta-Feira da Paixão do Senhor

Oração

“Amai como Jesus!”

Senhor Jesus, Rei dos Judeus,

Tu que te deixaste prender

Como se fosses um malfeitor, um criminoso ou um ladrão.

Senhor Jesus, Rei dos Judeus,

Tu que aceitaste os insultos, as troças e a tortura.

Tu que foste condenado à morte.

Senhor Jesus, Rei dos Judeus,

Tu que morreste numa Cruz

E na Cruz ofereceste a Tua vida pelos homens.

Senhor Jesus, Rei dos Judeus,

Tudo fizeste por amor

Para que os homens saibam

Que não há maior amor do que dar a vida

Por aqueles que mais se ama.

Senhor Jesus, Rei dos Judeus,

Ajuda-me a amar

Sem medida,

A amar todos com o mesmo amor.

«Pai, em vossas mãos entrego o meu espírito».

Símbolo: Fita ou tecido de cor vermelho (a colocar em torno do Patíbulo, travessa horizontal da

cruz)

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Pág

ina2

7

Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor

(Vigília Pascal e Domingo de Páscoa)

Oração

“Erguei-vos com Jesus!”

Senhor Jesus, Salvador do Mundo,

Alegre é a noticia da tua Ressurreição,

Uma Boa Nova para o mundo.

Senhor Jesus, Salvador do Mundo,

A tua Palavra canta no coração dos homens.

O teu Pão é o alimento que me fortalece.

A tua Cruz é sinal do Teu amor,

Do amor que me faz erguer do desânimo e do medo.

O teu rosto de ternura ilumina na escuridão da noite.

Senhor Jesus, Salvador do Mundo,

Tu ressuscitaste e estás vivo para sempre.

A esperança renasce

E a morte experimentou o fracasso.

Senhor Jesus, Salvador do Mundo,

A tua ressurreição consola os abatidos,

Alegra os tristes, sacia os famintos,

Protege os perseguidos, acolhe os abandonados

Fortalece os fragilizados e salva os pecadores.

Senhor Jesus, Salvador do Mundo,

É Páscoa, Tu estás vivo!

«O Anjo tomou a palavra e disse às mulheres:

“Não tenhais medo; sei que procurais Jesus, o Crucificado.

Não está aqui: ressuscitou, como tinha dito”».

Símbolo: Cobrir a Cruz com um pano branco (mantendo os elementos anteriores)

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

DINÂMICA PARA OS DOMINGOS

DO TEMPO PASCAL

In O Ano Litúrgico e o Calendário 10

«(Tempo Pascal) Os cinquenta dias que se prolongam desde o Domingo da Ressurreição até ao

Domingo de Pentecostes celebram-se na alegria e na exultação como um único dia de festa,

melhor, como “um grande Domingo”».

Leituras Dominicais

Domingo 1ª Leitura 2ª Leitura Evangelho

I (Domingo de

Páscoa) Act 10, 34a.37-43 Col 3, 1-4 Jo 20, 1-9

II Act 2, 42-47 1Pe 1, 3-9 Jo 20, 19-31

III Act 2, 14.22-33 1Pe 1, 17-21 Lc 24, 13-35

IV Act 2, 14a.36-41 1Pe 2, 20b-25 Jo 10, 1-10

V Act 6, 1-7 1Pe 2, 4-9 Jo 14, 1-12

VI Act 8, 5-8.14-17 1Pe 3, 15-18 Jo 14, 15-21

VII (Ascensão) Act 1, 1-11 Ef 1, 17-23 Mt 28, 16-20

Pentecostes Act 2, 1-11 1 Cor 12, 3b-7.12-13 Jo 20, 19-23

O Tempo Pascal orienta o nosso olhar para a Ressurreição de Jesus, para os frutos que nascem

da Ressurreição do Senhor.

Sob o ponto de vista da dinâmica proposta, depois do que foi desenvolvido em torno das raízes

(na Quaresma) e do tronco (no Domingo de Ramos e Tríduo Pascal), estamos agora nos ramos

da árvore, na copa da árvore.

O objetivo é agora dar cor e forma à árvore despida que possuímos, encher a sua copa.

Normalmente associa-se o Tempo Pascal apenas aos dons do Espírito Santo e muito bem, a

proposta é associar não apenas os dons mas também os frutos do Espírito Santo.

Desta forma, a cada domingo e semana do Tempo Pascal corresponde um dom e dois frutos

(associamos aqui as virtudes teologais, as virtudes cardeais e os frutos do Espírito Santo).

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Pág

ina2

9

Dons do Espírito Santo: Piedade, Temor de Deus, Fortaleza, Ciência, Entendimento, Conselho

e Sabedoria.

(Escritos em pequenos pedaços de papel em forma de folha de árvore e em número variável

conforme as dimensões da árvore).

Frutos do Espirito Santo: Caridade, Alegria, Paz, Paciência, Benignidade, Bondade, Fidelida-

de, Mansidão, Temperança.

Virtudes Teologais: Fé, Esperança e Caridade.

Virtudes Cardeais: Prudência, Temperança, Fortaleza e Justiça.

(Escritos em pequenos pedaços de papel em forma de fruto e em número variável conforme as

dimensões da árvore).

Ver quadro resumo da Dinâmica

para os Domingos da Páscoa no anexo 6

Dons do Espírito Santo

Piedade

Desperta um forte sentido filial nas relações com Deus e de fraternidade nas relações com os

irmãos, vendo neles a presença de Jesus Cristo. Aprofunda a virtude da justiça com o cortejo

das virtudes morais que com ela se relacionam; produz os frutos da bondade, benignidade e

mansidão, levando à bem-aventurança dos “mansos (humildes) de coração, porque possuirão a

terra”.

Temor de Deus

Desperta grande aversão ao pecado e às coisas indignas e passageiras deste mundo, procurando

a plena liberdade para a adesão ao Bem supremo. Aperfeiçoa o exercício da virtude da tempe-

rança; produz os dons da modéstia e da temperança, levando à bem-aventurança dos “pobres de

espírito, porque deles é o Reino dos Céus”.

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Fortaleza

Robustece a alma e assegura-lhe, pela ação do Espírito Santo, o exercício heróico das virtudes,

coragem invencível perante as dificuldades e perigos, e permanente alegria no meio dos maiores

sofrimentos. Aperfeiçoa a virtude da fortaleza; e produz os frutos da paciência e longanimidade,

levando à bem-aventurança dos “que têm sede e fome de justiça (santidade), porque serão saci-

ados” (e à dos “que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus”).

Ciência

Permite julgar retamente as coisas criadas em ordem à salvação, levando a usar santamente dos

bens deste mundo, sem apego a eles. Aperfeiçoa o exercício da virtude da esperança. Produz,

como frutos, também a certeza da fé e o gozo espiritual, levando à bem-aventurança dos “que

choram (os pecados próprios e os do mundo), porque serão consolados”.

Entendimento

Permite, pela ação iluminadora do Espírito Santo, intuir as realidades sobrenaturais e chegar à

sua contemplação. Revela o sentido dos acontecimentos, da Escritura, dos sacramentos, dos

mistérios da fé e dos desígnios salvíficos de Deus. Aperfeiçoa o exercício da virtude da fé. Pro-

duz como frutos do Espírito Santo a certeza da fé e o gozo espiritual; levando à bem-

aventurança dos “puros de coração, que verão a Deus”.

Sabedoria

É o mais excelso de todos. Proporciona uma saborosa experiência de Deus, numa linha de cona-

turalidade e simpatia. Leva ao heroísmo na prática do amor de Deus e dos irmãos. Aperfeiçoa o

exercício da virtude da caridade. Produz como frutos a paz e o gozo espiritual, levando à bem-

aventurança dos “obreiros da paz, porque serão chamados filhos de Deus”.

Conselho

Permite, com as luzes do Espírito Santo, deliberar retamente sobre o que mais convém à salva-

ção e santificação própria e alheia, levando a ver claro nos casos mais difíceis. É especialmente

necessário a quem tiver cargos de governo e aconselhamento (direção espiritual). Aperfeiçoa a

virtude da prudência; produz como frutos do Espírito Santo a bondade e a benignidade, levando

à bem-aventurança dos “misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”.

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Pág

ina3

1

Virtudes Teologias e Cardeais

Virtudes teologais

Assim chamadas porque ordenadas direta e imediatamente para Deus como fim último. Têm

Deus como origem, motivo e objeto. São três: fé, esperança e caridade;

Virtudes cardeais

Polarizam as chamadas virtudes morais, as virtudes que visam os meios conducentes ao fim

último sobrenatural e que são em número variável. As quatro virtudes cardeais são: a prudência,

a justiça, a fortaleza e a temperança.

Dons do Espírito Santo

Frutos do Espírito Santo

+

Virtudes cardeais e teologais

Piedade Bondade e Benignidade

Temor de Deus Temperança e Justiça

Fortaleza Fortaleza e Paciência

Ciência Esperança e Alegria

Entendimento Fé e Fidelidade

Sabedoria Paz e Caridade

Conselho Prudência e Mansidão

II Domingo da Páscoa Entendimento

III Domingo da Páscoa Ciência

IV Domingo da Páscoa Conselho

V Domingo da Páscoa Temor de Deus

VI Domingo da Páscoa Piedade

Domingo da Ascensão do Senhor Fortaleza

Domingo de Pentecostes Sabedoria

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Folhas a entregar em cada Domingo

do Tempo Pascal

(O que aqui é proposto é simplesmente o conteúdo, a sua elaboração fica ao critério de cada um.

Sugere-se que a folha contemple um espaço para escrita, ou seja, para que cada um possa escre-

ver a sua própria reflexão – Como poderei cultivar o dom e fazer nascer os frutos? …).

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Pág

ina3

3

II Domingo da Páscoa

ENTENDER para CRER e SER FIEL

Leitura Bíblica (Jo 20, 26-29): Tomé professa a sua fé

«Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez dentro de casa e Tomé com eles. Estando as

portas fechadas, Jesus veio, pôs-se no meio deles e disse: “A paz seja convosco”! Depois, disse

a Tomé: “Olha as minhas mãos: chega cá o teu dedo! Estende a tua mão e põe-na no meu peito.

E não sejas incrédulo, mas fiel”. Tomé respondeu-lhe: “Meu Senhor e meu Deus”! Disse-lhe

Jesus: «Porque me viste, acreditaste. Felizes os que crêem sem terem visto»!

Breve reflexão

Tomé crê, todavia faz caminho para que assim aconteça. Crê quando vê Cristo e lhe toca. A

experiência de Tomé não é exclusiva das primeiras testemunhas, pois todos os cristãos de todos

os tempos podem fazer esta mesma experiência. No entanto, “Felizes os que creem sem terem

visto”. Será que sou capaz disto? Será que Cristo é verdadeiramente o centro? Será que tudo na

minha vida parte de Cristo e para Cristo tende? Quem procura Cristo, encontra-O em mim? Sou

sinal da presença de Cristo? (…).

Oração

Senhor Jesus, Tu que apareceste aos discípulos, suscita em mim o dom do ENTENDIMENTO,

para que pela ação iluminadora do Espírito Santo, eu possa descobrir-Te e contemplar-Te. E

assim crescer na FÉ e na FIDELIDADE todos os dias da minha vida até à bem-aventurança dos

“puros de coração, que verão a Deus”. Que eu possa como Tomé dizer sempre “Meu Senhor e

Meu Deus”

Proposta de atividade

Elabora o teu livro dos dons e das virtudes e frutos do Espírito. Procura por palavras tuas escre-

ver o que é para ti o Entendimento, a Fé e a Fidelidade.

Dom do Espírito Santo: ENTENDIMENTO

Fruto do Espírito Santo ou Virtude: FÉ E FIDELIDADE

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

III Domingo da Páscoa

CONHECER para ter ESPERARANÇA e SER ALEGRE

Leitura Bíblica (Lc 24, 28-32): Os Discípulos de Emaús

«Ao chegarem perto da aldeia para onde iam, fez menção de seguir para diante. Os outros, porém,

insistiam com Ele, dizendo: “Fica connosco, pois a noite vai caindo e o dia já está no ocaso”. Entrou

para ficar com eles. E, quando se pôs à mesa, tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o

partir, entregou-lho. Então, os seus olhos abriram-se e reconheceram-no; mas Ele desapareceu da sua

presença. Disseram, então, um ao outro: “Não nos ardia o coração, quando Ele nos falava pelo

caminho e nos explicava as Escrituras”?»

Breve reflexão

Os discípulos de Emaús experimentando o desânimo sentem-se como que sozinhos pois a espe-

rança, que depositavam em Jesus, se vê desmoronada. No entanto, Jesus cruza-se no seu cami-

nho, fala-lhes e fica com eles. A presença de Jesus, mais tarde reconhecida depois de tomar o

pão, dissipa o desânimo e dá lugar à consolação, ao ardor do coração. Que lugar é que a Palavra

de Deus desempenha na minha vida? Tenho consciência de que Jesus me fala e me aponta ca-

minhos de esperança através da sua Palavra? Quando encontras Jesus, o que produz em ti? (…).

Oração

Senhor Jesus, Tu que Te colocaste a caminho de Emaús, suscita em mim o dom da CIÊNCIA,

para que pela ação iluminadora do Espírito Santo, eu cultive a capacidade de usar retamente e

santamente os bens deste mundo, sem me apegar a eles. Aperfeiçoa em mim, ó Senhor, a virtude

da ESPERANÇA e o fruto da ALEGRIA, e a certeza de que bem-aventurados são os “que cho-

ram, porque serão consolados”. Tu, Senhor, tornas em mim o meu coração ardente e inflamado

do teu amor.

Proposta de atividade

Elabora o teu livro dos dons e das virtudes frutos do Espírito. Procura por palavras tuas escrever

o que é para ti a Ciência, a Esperança e a Alegria.

Dom do Espírito Santo: CIÊNCIA

Fruto do Espírito Santo ou Virtude: ESPERANÇA e ALEGRIA

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Pág

ina3

5

IV Domingo da Páscoa

ACONSELHAR para SER PRUDENTE e MANSO

Leitura Bíblica (Jo 10, 2-5): Cristo, Bom Pastor

«Aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas. A esse o porteiro abre-a e as ovelhas

escutam a sua voz. E ele chama as suas ovelhas uma a uma pelos seus nomes e fá-las sair.

Depois de tirar todas as que são suas, vai à frente delas, e as ovelhas seguem-no, porque

reconhecem a sua voz. Mas, a um estranho, jamais o seguiriam; pelo contrário, fugiriam dele,

porque não reconhecem a voz dos estranhos».

Breve reflexão

Jesus apresenta-se como Bom Pastor. Para os cristãos, “o Pastor” por excelência é Cristo: Ele

recebeu do Pai a missão de conduzir o “rebanho” de Deus das trevas para a luz, da escravidão

para a liberdade, da morte para a vida. No entanto, Cristo deixa bem claro que as suas ovelhas

escutam a sua voz e o seguem, ao contrário daquilo que fazem com um estranho a quem não

reconhecem a voz e que não as trata pelo nome. O que é que me conduz e condiciona as minhas

opções? Atrevo-me a seguir o meu “Pastor” no caminho exigente do dom da vida, ou estou con-

vencido que esse caminho não leva aonde pretendo ir? Será que os estranhos têm preponderân-

cia no meu agir? (…).

Oração

Senhor Jesus, Tu que te revelaste e te revelas como o Bom Pastor, suscita em mim o dom do CON-

SELHO, para que pela ação iluminadora do Espírito Santo, eu descubra na minha vida de todos os

dias a tua amorosa vontade e cresça nos valores evangélicos de modo a viver uma vida agradável a

vossos olhos. Senhor, faz-me interpretar os acontecimentos com PRUDÊNCIA e MANSIDÃO, e

agir como misericordioso, pois só assim alcançarei misericórdia.

Proposta de atividade

Elabora o teu livro dos dons e das virtudes e frutos do Espírito. Procura por palavras tuas escre-

ver o que é para ti o Conselho, a Prudência e a Mansidão.

Dom do Espírito Santo: CONSELHO

Fruto do Espírito Santo ou Virtude: PRUDÊNCIA e MANSIDÃO

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

V Domingo da Páscoa

Cultivar o TEMOR DE DEUS para crescer na TEMPERANÇA e na JUSTIÇA

Leitura Bíblica (Jo 14, 1-4): Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida

«Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus; crede também em mim. Na casa de meu Pai

há muitas moradas. Se assim não fosse, como teria dito Eu que vos vou preparar um lugar? E

quando Eu tiver ido e vos tiver preparado lugar, virei novamente e hei-de levar-vos para junto

de mim, a fim de que, onde Eu estou, vós estejais também. E, para onde Eu vou, vós sabeis o

caminho».

Breve reflexão

Jesus Ressuscitado dirige hoje uma palavra de consolo a cada um dos membros da sua Igreja. A

nós promete a sua presença e aponta o caminho a seguir. Falar do “caminho” de Jesus é falar de

uma vida dada a Deus e gasta em favor dos irmãos, numa doação total e radical, até à morte. Do

mesmo modo que os discípulos são convidados a percorrer, com Jesus, esse mesmo “caminho”

também a nós nos é dirigido esse mesmo convite. É esse “caminho” que eu tenho vindo a per-

correr? A minha vida tem sido uma entrega a Deus e doação aos meus irmãos? Jesus é o cami-

nho, a verdade e a vida, como me posiciono diante desta certeza e realidade? (…).

Oração

Senhor Jesus, Tu que és o Caminho, a Verdade e a Vida, suscita em mim o dom do TEMOR DE

DEUS, para que pela ação iluminadora do Espírito Santo, consciente da minha fragilidade e fraque-

za, diante da Tua grandeza, eu deseje experimentar de modo constante e permanente a minha con-

versão. Senhor, Tu vens até mim e trazes-me a TEMPERANÇA e a JUSTIÇA. Contagia-me com

tais virtudes e ajuda-me a perceber que sem Ti nada faz sentido porque bem-aventurados são os

“pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus”.

Proposta de atividade

Elabora o teu livro dos dons e das virtudes e frutos do Espírito. Procura por palavras tuas escre-

ver o que é para ti o Temor de Deus, a Temperança e a Justiça.

Dom do Espírito Santo: TEMOR DE DEUS

Fruto do Espírito Santo ou Virtude: TEMPERANÇA e JUSTIÇA

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Pág

ina3

7

VI Domingo da Páscoa

Ter PIEDADE para SER BOM e BENIGNO

Leitura Bíblica (Jo 14, 15-17): Jesus promete o Espírito Santo

«Se me tendes amor, cumprireis os meus mandamentos, e Eu apelarei ao Pai e Ele vos dará

outro Paráclito para que esteja sempre convosco, o Espírito da Verdade, que o mundo não pode

receber, porque não o vê nem o conhece; vós é que o conheceis, porque permanece junto de vós,

e está em vós».

Breve reflexão

A Linguagem do Amor é a linguagem que Cristo nos ensina e nos convida a cultivar, pois quem

ama, conhece e permanece junto dos que vivem à nossa volta e connosco crescem. Quem ama

vê-se inundado da presença do Espírito, do Espírito da Verdade, desse amor eterno e ardente.

Será que cultivo esse amor que me permite ser sinal da presença de Cristo para os outros? Pro-

curo fortalecer a comunhão? (…).

Oração

Senhor Jesus, Tu que prometeste que não nos deixarias sós, suscita em mim o dom da PIEDA-

DE, para que pela ação iluminadora do Espírito Santo, eu encontre a disponibilidade de coração

para solidificar a relação confidente e de confiança Contigo e fraterna com os irmãos. Toca-me

o interior e faz de mim um sinal da tua BONDADE e BENIGNIDADE no meio deste mundo

tantas vezes ferido pela maldade. Conduz-me, Senhor, à bem-aventurança dos “mansos de cora-

ção, porque possuirão a terra”.

Proposta de atividade

Elabora o teu livro dos dons e das virtudes e frutos do Espírito. Procura por palavras tuas escre-

ver o que é para ti a Piedade, a Bondade e a Benignidade.

Dom do Espírito Santo: PIEDADE

Fruto do Espírito Santo ou Virtude: BONDADE e BENIGNIDADE

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

VII Domingo da Páscoa (Ascensão do Senhor)

FORTALECER para SER FORTE e PACIENTE

Leitura Bíblica (Mt 28, 16-20): Jesus envia os discípulos para a missão

«Os onze discípulos partiram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes tinha indicado.

Quando o viram, adoraram-no; alguns, no entanto, ainda duvidavam. Aproximando-se deles,

Jesus disse-lhes: “Foi-me dado todo o poder no Céu e na Terra. Ide, pois, fazei discípulos de

todos os povos, baptizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a

cumprir tudo quanto vos tenho mandado. E sabei que Eu estarei sempre convosco até ao fim dos

tempos”».

Breve reflexão

Jesus enquanto Mestre e Pastor caminha sempre à frente daqueles que guia e os protege. O texto

descreve o encontro final entre Jesus e os discípulos, encontro no qual Jesus envia os discípulos

em missão, para batizar e ensinar, e promete permanecer até ao fim dos tempos. Como cristão

sou chamado a testemunhar. Como me comporto na minha vida? A minha vida tem sido coeren-

te com esse compromisso? Preocupo-me em conhecer bem os ensinamentos de Jesus e em apli-

cá-los à vida de todos os dias? (…).

Oração

Senhor Jesus, Tu que enviaste os discípulos e envias tantos homens para a missão, suscita em

mim o dom da FORTALEZA, para que pela ação iluminadora do Espírito Santo, eu persevere

no caminho da fé e da minha entrega firme e fiel à Tua vontade, ao Teu projeto. Acredito, Se-

nhor, que Tu, pelo amor que me tens, me dás a FORTALEZA e a PACIÊNCIA constantes para

eu não vacilar diante das agruras da vida e me levas até à bem-aventurança dos “que têm sede e

fome de justiça porque serão saciados”.

Proposta de atividade

Elabora o teu livro dos dons e das virtudes e frutos do Espírito. Procura por palavras tuas escre-

ver o que é para ti a Fortaleza e a Paciência.

Dom do Espírito Santo: FORTALEZA

Fruto do Espírito Santo ou Virtude: FORTALEZA e PACIÊNCIA

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Pág

ina3

9

Domingo de Pentecostes

SABER para alcançar a PAZ e a CARIDADE

Leitura Bíblica (Jo 20, 19-23): Jesus aparece aos discípulos

«Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas do lugar onde os

discípulos se encontravam, com medo das autoridades judaicas, veio Jesus, pôs-se no meio

deles e disse-lhes: “A paz esteja convosco”! Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o peito. Os

discípulos encheram-se de alegria por verem o Senhor. E Ele voltou a dizer-lhes: “A paz seja

convosco! Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós”. Em seguida, soprou

sobre eles e disse-lhes: “Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados,

ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos».

Breve reflexão

O “anoitecer”, as “portas fechadas”, o “medo”, são o quadro que reproduz a situação de uma comu-

nidade desamparada que perdeu as suas referências e a sua identidade. É este o cenário que Jesus

encontra, no entanto, coloca-se no meio deles, saúda-os, deseja-lhes a paz e oferece-lhes o Espírito

Santo. A presença de Jesus gera alegria e consolação. Será que Cristo é fonte de consolação na mi-

nha vida? Ou, pelo contrário, não vejo n’Ele a força para superar o desânimo e o meu fracasso? Es-

tou atento às manifestações da presença de Cristo? Como cultivo a paz que a presença de Cristo gera

em mim? (…).

Oração

Senhor Jesus, Tu que trouxeste a paz aos discípulos, suscita em mim o dom da SABEDORIA, para

que pela ação iluminadora do Espírito Santo, irradie em mim o gosto da vida em Ti e a vontade amo-

rosa de Te servir e de servir os irmãos na PAZ e na CARIDDE. Senhor, que eu procure mais a sim-

plicidade pois nela reside a fonte da Sabedoria e assim me torne um obreiro da paz…“Bem aventu-

rados os pacificadores porque serão chamados filhos de Deus”.

Proposta de atividade

Elabora o teu livro dos dons e das virtudes e frutos do Espírito. Procura por palavras tuas escrever o

que é para ti a Sabedoria, a Paz e a Caridade.

Dom do Espírito Santo: SABEDORIA

Fruto do Espírito Santo ou Virtude: PAZ e CARIDADE

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Anexos

Anexo 1 Página 41

"Árvore Puzzle" (possui as partes destacadas e legenda para que seja possível perceber a corres-

pondência entre a parte da árvore e o domingo).

Anexo 2 Página 42

"Árvore instalada" (este modelo representa uma das quatro árvores, todas iguais, de que fala a

sugestão A, devem ser cortadas e dobradas pelo tracejado e coladas entre si nos lados corres-

pondentes)

Anexo 3 Página 43

Fotografias da execução da "Árvore instalada".

1. Árvore recortada;

2. Duas árvores dobradas e coladas;

3. Duas árvores coladas e duas recortadas;

4. Montagem final (4 árvores)

Anexo 4 Página 44

‘Árvores Postal’ (sugestão mais direcionada para dinâmica em família).

Anexo 5 Página 45

Quadro resumo da Dinâmica para os Domingos da Quaresma.

Anexo 6 Página 46

Quadro resumo da Dinâmica para os Domingos da Páscoa.

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Pág

ina4

1

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Pág

ina4

3

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Pág

ina4

5

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o

Pág

ina4

7

O ficheiro da dinâmica em suporte Word assim como os anexos

podem ser retirados do site: wwwcatequesedoporto.com

Dinâmica para a Quaresma e Páscoa 2014

Elaboração

Diácono Paulo Godinho

em parceria com Padre Manuel Mendes e Ricardo Reina

da Paróquia do Salvador de Matosinhos

S e c r e t a r i a d o D i o c e s a n o d a E d u c a ç ã o C r i s t ã - D i o c e s e d o P o r t o