rural tecnoshow discute saídas para agroinflação · pecuário leste passarão a vacinar seus...

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Leite: Aumento da oferta e queda no consumo reduzem os preços pagos ao produtor. Pág. 5. Um celeiro de informações para o homem do campo! Nº 10, Ano 1 - Setembro de 2008 www.agroredenoticias.com.br Divulgação Castrolanda Paranaense é campeão da 53ª Festa de Barretos. Pág. 12. Procura por etanol aumenta safra de cana. Pág. 3. Avicultores esperam crescimento de 8%. Pág. 10. EVENTO – LONDRINA VAI REUNIR PRODUTORES, LIDERANÇAS E ESPECIALISTAS DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO Rural Tecnoshow discute saídas para agroinflação Palestra do ministro da Agricultura Reinhold Stephanes, com o tema “Agroinflação: Saídas e Perspectivas”, é um dos destaques do 3º Rural Tecnoshow, evento téc- nico que será promovi- do pela Sociedade Rural do Paraná, no Parque de Exposições Gover- nador Ney Braga, em Londrina/PR. Pág. 7. Safra brasileira de grãos cresce quase 10% Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e 530 municípios da região leste de Minas Gerais terão, no segundo semes- tre, novo calendário de vacinação contra a febre aftosa. Os estados, que junto com Sergipe, fazem parte do Circuito Pecuário Leste passarão a vacinar seus rebanhos bovinos e bubalinos nos meses de maio e novembro. Pág. 6. Aftosa: Circuito Leste tem nova data de vacinação Produtores londrinenses vão criar a COAFAS Agricultores fami- liares da região de Londrina, no Norte do Paraná, já promove- ram seis reuniões téc- nicas para a formação da primeira COAFAS – Cooperativa de Agri- cultura Familiar Soli- dária. Pág. 4. Suínos: C. Vale promove ampliação de UPL A C.Vale concluiu as obras de ampliação da Unidade Produtora de Leitões na região de Palotina/PR. A coopera- tiva investiu mais de R$ 8 milhões com a cons- trução de cinco novos galpões e um quarente- nário. Pág. 8. Práticas podem reduzir risco de mosca-das- frutas O comércio de fru- tas e vegetais poderá contar com um sistema internacional de práticas para minimizar os riscos de introdução da mosca- das-frutas. A proposta foi feita durante reunião técnica promovida na FAO. Pág 9. A safra de grãos de 2008 no Bra- sil deve ser 9% maior do que no ano passado, chegando a uma produ- ção de 145,1 milhões de toneladas. Novamente, a maior contribuição é dos produtores rurais do Paraná, lí- deres da produção, responsáveis por 21,1% do total, seguidos pelos agricultores do Mato Grosso (19,7%), Rio Grande do Sul (15,6%) e Goiás (9,1%). Pág. 11.

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Page 1: Rural tecnoshow discute saídas para agroinflação · Pecuário Leste passarão a vacinar seus rebanhos bovinos e bubalinos nos meses de maio e novembro. Pág. 6. ... O AgroRede

Leite: Aumento da oferta e queda no consumo reduzem os preços pagos ao produtor. Pág. 5.

Um celeiro de informações para o homem do campo! Nº 10, Ano 1 - Setembro de 2008www.agroredenoticias.com.br

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Paranaense é campeão da 53ª Festa de Barretos. Pág. 12.

Procura por etanol aumenta safra de cana. Pág. 3.

Avicultores esperam crescimento de 8%. Pág. 10.

EvEnto – Londrina vai reunir produtores, Lideranças e especiaListas do agronegócio brasiLeiro

Rural tecnoshow discute saídas para agroinflação

Palestra do ministro da Agricultura Reinhold Stephanes, com o tema “Agroinflação: Saídas e Perspectivas”, é um dos destaques do 3º Rural Tecnoshow, evento téc-nico que será promovi-do pela Sociedade Rural do Paraná, no Parque de Exposições Gover-nador Ney Braga, em Londrina/PR. Pág. 7.

Safra brasileira de grãos cresce quase 10%

Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e 530 municípios da região leste de Minas Gerais terão, no segundo semes-tre, novo calendário de vacinação contra a febre aftosa. Os estados, que junto com Sergipe, fazem parte do Circuito Pecuário Leste passarão a vacinar seus rebanhos bovinos e bubalinos nos meses de maio e novembro. Pág. 6.

Aftosa: Circuito Leste tem nova data de vacinação

Produtores londrinenses vão criar a CoAFAS

Agricultores fami-liares da região de Londrina, no Norte do Paraná, já promove-ram seis reuniões téc-nicas para a formação da primeira COAFAS – Cooperativa de Agri-cultura Familiar Soli-dária. Pág. 4.

Suínos: C. vale promove ampliação de

UPL

A C.Vale concluiu as obras de ampliação da Unidade Produtora de Leitões na região de Palotina/PR. A coopera-tiva investiu mais de R$ 8 milhões com a cons-trução de cinco novos galpões e um quarente-nário. Pág. 8.

Práticas podem reduzir risco de mosca-das-

frutas

O comércio de fru-tas e vegetais poderá contar com um sistema internacional de práticas para minimizar os riscos de introdução da mosca-das-frutas. A proposta foi feita durante reunião técnica promovida na FAO. Pág 9.

A safra de grãos de 2008 no Bra-sil deve ser 9% maior do que no ano passado, chegando a uma produ-ção de 145,1 milhões de toneladas. Novamente, a maior contribuição é dos produtores rurais do Paraná, lí-deres da produção, responsáveis por 21,1% do total, seguidos pelos agricultores do Mato Grosso (19,7%), Rio Grande do Sul (15,6%) e Goiás (9,1%). Pág. 11.

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2 setembro de 2008

EDItoRIAL ChARgE

Um celeiro de informações para o homem do campo!

Edição 10 – Ano I - Setembro de 2008

Circulação Nacional

O AgroRede Notícias é uma publicação mensal.

Conselho EditorialLeonardo MariOlavo AlvesSérgio Mari Jr.

Editor-ChefeOlavo AlvesMtb 4285/17E-mail: [email protected]

Editoria de ArteCedilha Comunicação e Design

ColaboradorAngelo Cesar Baroto (arte)

Cristiano Mazzo (comercial)

Rogers Alberto Fernades (arte)

Departamento ComercialRua Foz do Iguaçu, 90 – sala 7CEP 86061-000 Londrina - PRTelefones: (43) 3025-3230 / (43) 3338-6367 (43) 9978-9388 E-mail: [email protected]

ImpressãoGráfica Gazeta do Povo - Londrina

Textos de articulistas e colaboradores não representam necessariamente a opinião dos edi-tores. O AgroRede Notícias não se responsabiliza por produtos e serviços divulgados.

ExPEDIEntE

opinião

A economia agrí-cola está no cen-

tro das atenções como ja-mais esteve antes. Depois das commodities terem al-cançado novos recordes, em abril deste ano, as co-tações do arroz, trigo, mi-lho, entre outras, foram corrigidas, mas ainda assim continuam acima dos pata-mares de 2000. Os preços dos alimentos caíram cerca de 75% desde 1970, graças ao aumento da produtivi-dade agrícola, e só volta-ram a subir em 2005.

O aumento do preço dos alimentos é o resulta-do direto de uma alta de-manda aliada à oferta limi-tada: número crescente de pessoas a serem alimenta-das e área de plantio que na melhor das hipóteses continua igual. Enquanto o Brasil ainda dispõe de al-ternativas para aumentar a área plantada, sem com-prometer as florestas, o es-paço agricultável disponí-vel no mundo diminui à medida que a desertifica-

Enquanto o Brasil ainda dispõe de alternativas para aumentar a área plantada, o espaço agricultável disponível no mundo diminui à medida que a desertificação cresce e que as cidades e a produção industrial se expandem

Por que precisamos de uma nova revolução verde?ção cresce e que as cida-des e a produção industrial se expandem. Além disso, a população mundial au-menta na proporção de cerca de 80 milhões de pessoas/ano.

A demanda por maté-rias-primas agrícolas tam-bém é intensificada pelas mudanças nos hábitos ali-mentares. A Ásia apresen-ta uma crescente demanda por produtos derivados de carne. Na China, por exem-plo, o consumo de carne dobrou em 15 anos. O au-mento de renda nos mer-cados emergentes é um catalisador para a substi-tuição do consumo de ve-getais pelo de proteína animal. Além disso, outro fator crucial é a forte ele-vação do custo de energia nos últimos anos. O cons-tante aumento do preço do petróleo fez com que o custo da produção agríco-la subisse muito.

O vertiginoso aumen-to de preço das matérias-primas agrícolas, a partir

de 2007 é, sem dúvida, re-sultado da especulação do mercado financeiro. Nos últimos dois anos, outros fatores também impacta-ram os preços, entre eles a perda de colheitas por ra-zões climáticas (exemplo a pior seca do século ocorri-da na Austrália) somada à demanda extra por bio-combustíveis. Não se pode,

as emissões desses gases, se comparadas aos com-bustíveis derivados de pe-tróleo, mesmo que com efi-ciência variada.

A cana-de-açúcar, por exemplo, é uma das opções de maior eficiência energé-tica. Com o uso de boas práticas agrícolas como a rotação de culturas e técni-cas de melhora de rendi-

CropScience realiza inten-sas pesquisas para aumen-tar ainda mais a produtivi-dade agrícola de cultivos importantes, esforço este sustentado por um forte aumento no orçamento de P&D, cerca de 20%, ele-vando seu valor para € 750 milhões até 2015.

As tendências do mer-cado agrícola indicam au-mento de preço dos ali-mentos no futuro. É, portanto, vital elevar a oferta de longo prazo das matérias-primas agrícolas. Precisamos de uma nova revolução verde: investir intensamente em pesquisa, tecnologia e infra-estrutura agrícola para melhorar a produtividade para alimen-tar a crescente população mundial. Necessitamos de uma abordagem holística com técnicas otimizadas de rotação de culturas e irrigação, assim como no-vas soluções em defensi-vos agrícolas e de semen-tes com maior potencial rendimento.

Hoje, 30% a 40% das colheitas globais se perde-riam, não fosse o uso de so-luções modernas em defen-sivos agrícolas. Considerando a mudança climática, o per-centual total de perda das culturas deverá aumentar ainda mais no futuro.

Um importante ele-mento que no futuro pode-rá aumentar a produtivida-de é a biotecnologia vegetal. Segundo as esti-mativas do Consultative Group on International Agri-cultural Research, a biotec-nologia pode aumentar o potencial de rendimento em aproximadamente 25%. Não conseguiremos enfren-tar os futuros desafios do setor apenas com a produ-ção de pequena escala e a agricultura orgânica. Não podemos fechar os olhos para as oportunidades ine-rentes à engenharia genéti-ca. Precisamos fazer uma nova revolução verde.

Autor: Friedrich Berschauer - presidente mundial da Bayer

CropScience

”no entanto, considerar este último como única razão para o aumento dos preços das commodities.

Embora nossa primei-ra prioridade é a produção de alimentos, os biocom-bustíveis podem atender à crescente demanda global por energia, reduzindo as emissões globais dos gases estufa. Mais do que isso, o uso dos biocombustíveis de “primeira geração”, reduz

mento, a cana brasileira pode se tornar um modelo sustentável.

É evidente que en-contrar meios para aumen-tar a produtividade das culturas utilizadas na pro-dução de energia, como a cana, deve ser um dos principais objetivos do se-tor da biociência, para equilibrar a produção de alimentos e de combustí-veis. Para isso, a Bayer

O Brasil retomou este mês as exportações de carne bovina para os Estados Uni-dos. Além de um importante parceiro comercial para o País, a iniciativa representa uma grande conquista para o ma-rketing do produto brasileiro. Certamente, outros mercados em breve tomarão decisões favoráveis à aquisição de pro-teína vermelha oriunda do ter-ritório nacional.

Entretanto, deveres de casa – como os cuidados com a sanidade do rebanho – precisam ser feitos e segui-dos à risca para evitar que novas barreiras comerciais ou sanitárias sejam imple-mentadas pelas autoridades internacionais. Entidades do setor agropecuário, lideran-ças governamentais e produ-tores rurais devem evitar qualquer descuido e cobrar um dos outros uma postura extremamente profissional para garantir o cumprimento

Carne para o mercado norte-americano

dos acordos comerciais. Em algumas regiões do

Brasil, por exemplo, no Cir-cuito Leste – formado pelos Estados da Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro e também por municípios do Leste de Minas Gerais, hou-ve mudanças no calendário de vacinação contra a febre aftosa (veja matéria comple-ta na nossa seção Pecuária de Corte). Os criadores em dúvida com os novos proce-dimentos de controle sanitá-rio devem procurar a unida-de da secretaria de agricultura mais próxima da sua região.

Essas medidas e ou-tros esclarecimentos por parte do agropecuarista vão fortalecer ainda mais a imagem da carne brasileira no mercado internacional, garantindo assim, ao nosso País a manutenção da lide-rança mundial nas exporta-ções do produto.

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3setembro de 2008

UN

ICA

Produção já é considerada a maior da história

A indústria sucroal-cooleira vai es-

magar 558,72 milhões de to-neladas de cana-de-açúcar na safra 2008. De acordo com o segundo levantamen-to feito pela Conab, a quan-tidade é recorde, ou 11,4% superior ao volume proces-sado no ano passado, que foi de 501,54 milhões de t. O resultado foi anunciado no início de setembro, pelo pre-sidente da estatal, Wagner Rossi, durante a XVI Feira In-ternacional da Indústria Su-croalcooleira (Fenasucro), em Sertãozinho/SP.

Somadas as 151,56 mi-lhões de t que serão colhidas no próximo período e desti-nadas atualmente à fabrica-ção de rapadura, cachaça, ração animal e mudas, esta safra já se consolida como a maior da história do Brasil,

CAnA-DE-AçúCAR – o resuLtado se deve à ampLiação do pLantio por mais de 30 novas usinas

Preferência por etanol aumenta safracom produção total de 710,28 milhões de t. “Esse crescimento é registrado, principalmente, pela amplia-ção do plantio por cerca de 35 novas usinas e o aumento da produtividade obtido com as boas condições cli-máticas”, explica Rossi.

A área cultivada passou de 7,08 milhões para 8,98 mi-lhões de hectares, expansão que se deu basicamente em áreas degradadas. “Dos 276 milhões de ha de terras culti-váveis no país, 72% são ocu-pados por pastagens natu-rais/cultivadas, 15,5% por grãos e apenas 3,2% por ca-na-de-açúcar. O restante está com culturas perenes, como frutas e café”, informa.

Do volume apresenta-do, 317,82 milhões de t serão destinadas à fabricação de álcool etílico (etanol), o que

significa 17,29% a mais que em 2007. Isso vai gerar 27,08 bilhões de litros do combus-tível, sendo 63,76% de álcool hidratado (vendido nos pos-tos) e o restante de álcool anidro (misturado à gasoli-na). Já a fabricação de açú-car vai consumir 240,89 mi-lhões de t de cana, crescimento de 4,48% e re-sultará em 32,78 milhões de t do produto.

REgiõEs

O Centro-Sul responde por 487,38 milhões de t da cana que vai para o setor su-croalcooleiro. Isso corres-ponde a 87,23% do total que será industrializado. São Paulo segue como o estado mais importante, com 325,61 milhões de t (58,28%), segui-do do Paraná com 47,01 mi-lhões de t (8,41%).

Já o Norte/Nordeste destinará 71,33 milhões de t para a indústria. A colheita na região começou em

agosto e segue até março. O destaque destas localida-des é Alagoas, com a quarta maior fabricação de açúcar

A Conab divulgou o estudo “O etanol como um novo combustível univer-sal”. O trabalho, inédito, faz projeções do mercado até 2011. “A demanda in-terna pelo produto deve saltar de 16,47 bilhões de litros no ano passado para 24,78 bilhões de litros em 2011, ou seja, um incremen-to de 50,46%”, diz o analis-

Consumo interno de etanol será 50% maior em 2011

e álcool do país, onde serão esmagadas 30,19 milhões de t de cana.

Da Redação

A adoção do etanol em veículos de tarefas pesadas que operam na zona rural, como tratores e colheitadei-ras, poderá servir como in-centivo e referência para a implantação desta tecnolo-gia nos veículos pesados que trafegam nos grandes cen-tros urbanos. A avaliação foi feita pelo consultor de tec-nologias e emissões da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Alfred Szwarc, ao comentar o possível lan-çamento de um trator bi-combustível no mercado brasileiro.

O anúncio foi feito pela fabricante e distribuidora de equipamentos agrícolas AGCO, que, em parceria com as empresas MWM In-ternacional, Massey Fergu-son e Delphi, apresentou um protótipo bicombustível do Massey Ferguson 275, com

trator bicombustível pode incentivar até despoluição urbana

Setenta representantes de mais de 30 países da Amé-rica Latina, Caribe e África vie-ram conhecer a experiência brasileira na produção e utili-zação sustentável do etanol produzido a partir da cana-de-açúcar. Promovido pelo Minis-tério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o programa de treinamento (em inglês, 1st Ethanol Week: sha-ring the Brazilian experience) foi realizado no Centro de Ci-ências Agrárias, da Universi-dade Federal de São Carlos (Ufscar), em Araras/SP.

O Brasil, referência mundial no assunto, tem fro-ta estimada em seis milhões de veículos flex fuel. “Houve grande receptividade dos países convidados e o Brasil

Mapa promove treinamento em etanol para delegações estrangeiras

75 cavalos de potência, que opera com até 70% de eta-nol misturado ao diesel. O trator utiliza tanques indivi-duais para cada um dos dois combustíveis.

“Implementar a tecno-logia bicombustível em veí-culos pesados no meio urba-no, como ônibus para transporte de passageiros ou caminhões de carga dimi-nuiria sensivelmente as emis-sões de CO2 e de outros po-luentes, como partículas e óxidos de nitrogênio, o que melhoraria a qualidade do ar nas grandes cidades”, avalia o consultor da Unica.

PossibilidadEs

Além da versão com 75 cv, existe a possibilidade de a empresa adotar a tecnolo-gia bicombustível em outras linhas de produto, “inclusive nos tratores mais vendidos

para o setor sucroenergéti-co, como os modelos 600 HD e 6000 HD”, anunciou o gerente de marketing da Massey Ferguson, Eduardo Sousa. O gerente disse que, atualmente, do total de tra-tores produzidos pela em-presa 40% são vendidos para as usinas de cana-de-açúcar.

Além dos tratores, Sou-za também confirmou o inte-resse da empresa em ampliar a sua participação no setor sucroenergético com a pro-dução de outros produtos. Segundo informou, já está em fase de desenvolvimento uma colheitadeira de cana-de-açúcar também bicom-bustível.

O protótipo foi exposto na Expointer , evento agrope-cuário e de maquinário que reuniu expositores da América Latina, no município de Esteio, no Rio Grande do Sul.

tem interesse em transmitir informações para que o eta-nol se consolide como uma commodity e gere investi-mentos não só internamen-te, mas também nesses paí-ses parceiros”, declarou o diretor de Cana-de-açúcar e Agroenergia do Mapa, Lucas Tadeu Ferreira.

Ferreira disse que os in-vestimentos externos no se-tor industrial do açúcar e do álcool brasileiro estão em torno de 15%. “Assim como há grupos brasileiros inves-tindo em outros países cari-benhos, africanos e asiáti-cos”, acrescentou. Segundo o diretor, o consumo do eta-nol já é maior do que o da gasolina e o que os veículos brasileiros flex fuel permitem

a utilização de até 100% do etanol hidratado. O álcool anidro é misturado, atual-mente, à gasolina na propor-ção de 25%. O País, desde 1925, faz testes utilizando etanol misturado à gasolina.

As oportunidades do etanol foram citadas pelo pro-fessor da Ufscar, Octávio Valse-chi, em palestra sobre o inter-câmbio do conhecimento e a tecnologia para a produção de etanol. Ele ressaltou o multiuso da cana-de-açúcar com rela-ção às outras culturas usadas para fabricação do etanol, como a vinhaça na ferti-irriga-ção, o bagaço para energia e o caldo para produção de açúcar e álcool. Mais informações e troca de conhecimentos no site: www.etanol.ufscar.br

ta responsável pela pesqui-sa, Ângelo Bressan.

As exportações tam-bém seguem em ritmo de crescimento. Até o final de 2008 serão enviados a ou-tros países 4,17 bilhões de litros, ou 18,21% a mais que os 3,53 bilhões de litros de 2007. Já em 2011 as expor-tações devem chegar a 6,10 bilhões de litros, um aumen-

to de 72,85% sobre o resul-tado do ano passado.

Segundo a análise, essa mudança reflete a opção de indústrias, produtores, gover-no e consumidores por uma matriz energética limpa. “Após quatro safras positivas, a frota de veículos em circula-ção no país, movidos exclusi-vamente à gasolina, caiu de 45% para 8%”, diz Bressan.

A Servspray, pioneira na fabricação de pulveri-zadores automotrizes no Brasil e a Sermag, espe-cialista há 30 anos em im-plementos para cana, de-senvolveram a Tropicana, primeira plantadora auto-motriz de cana picada do mundo.

A máquina, que apre-senta um novo conceito por ser automotriz, foi lan-çada em 2007 e hoje está em operações nos estados de Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Por possuir um chassi único, a Tropicana é de fá-cil manobra e por isso não

tropicana é a primeira plantadora automotriz de cana picada

há efeito vagão, ou seja, a carreta não escorrega, já que a tração está sobre a máquina, garantindo um plantio com melhor aca-bamento.

Outro aspecto a ser destacado é a qualidade do paralelismo das linhas entre os sulcos que a má-quina automotriz obtém, por otimizar o resultado do uso do piloto automático, que é opcional. “A margem de erro entre as linhas da Tropicana é três vezes me-nor que o erro das planta-doras tracionadas, uma melhora de até 20% do pa-ralelismo, resultando em total aproveitamento e fa-

cilitando o trabalho da co-lheitadeira na colheita fu-tura”, explica o gerente de vendas da Servspray, Cris-tiano Barbosa.

A Tropicana possui tam-bém duas esteiras que garan-tem uma distribuição mais ho-mogênea, melhor qualidade do plantio, maior integridade das gemas e menor índice de ‘embuchamento’. Por isso, o consumo de mudas ton/ha (to-letes) pode ser reduzido em até 20%, a critério de cada usi-na. “Mesmo com a muda de cana em condição desfavorá-vel, a uniformidade é garanti-da”, acrescenta Barbosa.

Mais informações: www.servspray.com.br

“Perspectivas do mer-cado brasileiro e sulameri-cano de biocombustíveis” é um dos temas a ser dis-cutido no Conbien – Con-gresso Brasileiro de Agro-bioenergia e Simpósio Internacional de Biocom-bustíveis. O evento será re-alizado no Center Conven-

Congresso discute o mercado de biocombustíveis na América do Sul

tion, em Uberlândia, Minas Gerais, entre os dias 28 de setembro e 3 de outubro. Neste período, a cidade mineira irá receber espe-cialistas do Brasil e de ou-tros países para debater sobre a produção e o uso do biodiesel.

O Cobien é promovido

pela Universidade Federal de Uberlândia e organizado pela Sion Eventos. O encontro vai concentrar aproximadamente 60 conferencistas nacionais e internacionais do mais alto ní-vel em fontes de energia re-nováveis. Para outras informa-ções sobre o congresso no website: www.conbien.com.br

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4 setembro de 2008

Agricultores familiares da região de Londri-

na/PR já promoveram, durante o mês de agosto, seis reuniões técnicas para a formação da primeira COAFAS – Coopera-tiva de Agricultura Familiar So-lidária. Os encontros, que reu-niram mais de 100 produtores rurais interessados pelo proje-to, foram realizados nos distri-tos de São Luiz, Maravilha, Guaravera e Paraíso.

“Nosso objetivo é que o agricultor familiar comercialize o seu produto direto para o

CooPERAtIvISMo – dias: “o objetivo é vender o produto direto ao consumidor com um preço mais atrativo”

Produtores de Londrina vão criar a CoAFASconsumidor, com um preço mais atrativo, além de baratear o seu custo de produção”, afir-ma Daniel Dias, presidente da Cresol Londrina – uma das en-tidades idealizadoras da COA-FAS e que vai colaborar no for-necimento de crédito rural. A nova cooperativa de comercia-lização conta também com o apoio da Secretaria de Agricul-tura, Pecuária e Abastecimen-to do Paraná (SEAB-PR) e de suas vinculadas.

A Assembléia Geral para a criação da COAFAS e a elei-

ção da diretoria está marcada para o dia 11 de outubro, no distrito de São Luiz – região metropolitana de Londrina. Os agricultores familiares interes-sados em participar da COA-FAS podem procurar a equipe da Cresol Londrina (Av. Duque de Caxias, 1.629 ou pelo tele-fone: 43 3329 8290).

Plantio dE Mudas

Outra iniciativa da Cre-sol Londrina, para o mês de setembro, é o plantio de mu-das de árvores silvestres na

região de Londrina. Com o apoio da Seab/PR e dos coo-perados, a entidade quer dar prosseguimento ao projeto Agroecologia-Cresol, que busca ajudar na preservação do meio ambiente.

“Como em setembro comemoramos o dia da ár-vore, a Cresol Londrina quer também dar a sua contribui-ção para a preservação das florestas e dos rios da nossa região”, finaliza o presidente da Cresol Londrina.

Da Redação

A Expo Verde 2008 (21ª Feira do Verde e Exposição Agropecuária, Comercial e Industrial de Adamantina) – realizada entre os dias 10 e 14 de setembro, em Ada-mantina – se consolidou como o maior evento regio-nal sem cobrança de ingres-so. Segundo os organizado-res, o recinto poliesportivo recebeu mais de 80 mil pes-soas nos cinco dias de festa.

A Cooperativa Camda mais uma vez marcou pre-sença no evento com um stand interativo. Neste ano, além da exposição fotográfi-ca sobre o Mosaico Teatral –

Camda marca presença na Expo verde 2008

cedido pelo Sescoop – que mostrou diversas etapas do projeto em outras cidades, além dos bastidores; a equi-pe realizou um concurso com as crianças presentes na Expo Verde. Diversos dese-nhos do boneco Pinóquio – peça que será apresentada em Adamantina como es-tréia do Mosaico na cidade - foram disponibilizados aos presentes para que eles pu-dessem colorir e expor no stand da Camda sua pintura. Como prêmio, a equipe da cooperativa realizou a distri-buição de brindes como lá-pis, bexigas, entre outros.

A relação entre BRDE e a cooperativa Coasul está ganhando um novo reforço. Cliente do banco há 30 anos, a cooperativa possui quatro contratos em vigor com a agência em Curitiba e, no início de setembro, anunciou que, além desses, está em fase de contratação um ou-tro que disponibilizará R$ 70 milhões para o grupo, tor-nando-o o maior projeto da história da Coasul.

A cooperativa possui 39 anos de vida e soma mais de 3.500 cooperados em 21 entrepostos, localizados em 18 municípios do sudoeste do Paraná, com um patri-mônio que inclui ainda qua-

BRDE libera R$ 70 milhões e reforça parceria com a Coasultro supermercados e uma fábrica de rações.

O dinheiro, proveniente dos quatro contratos em vi-gor com o BRDE, foi investi-do na construção da Unidade de Armazenagem de Rio Bo-nito do Iguaçu, na ampliação de mais quatro unidades nos municípios de Francisco Bel-trão, Renascença, Marmeleiro e em São João. No último município, onde está a sede da cooperativa, o dinheiro proveniente do Banco foi uti-lizado na ampliação da Uni-dade de Armazenagem, e na construção de um sementei-ro e da fábrica de rações, com capacidade de produzir 12 toneladas por hora.

oRgulho

Paulo Starke, gerente de operações da agência de Curitiba é um entusiasta deste projeto. “Nós que trabalha-mos para ajudar a desenvolver a economia do Estado nos or-gulhamos com o crescimento da Coasul. Acompanhamos a cooperativa crescer à custa de muito trabalho, e o banco está aqui para apoiá-lo”.

O contrato de R$ 70 mi-lhões prevê, também em São João, a implantação de um fri-gorífico de frango, com capa-cidade de abater 120 mil aves por dia. O investimento desti-na-se ainda à construção de mais uma fábrica de rações, no

município, com condições de produzir 60 toneladas de ração por hora. A diferença dessa fá-brica é que sua produção é destinada aos cooperados e não ao mercado externo.

Os projetos da Coasul não param por aí. Os produto-res também se beneficiam des-ta parceria. Em agosto, o banco assinou um termo de coopera-ção técnica com a cooperativa. Os cooperados, que antes só produziam cereais e não se de-dicavam à criação das aves, re-ceberão recursos para a cons-trução de aviários. Para a 1ª fase do empreendimento, o banco já aprovou um limite de 7 mi-lhões e já há 11 propostas sen-do encaminhadas.

A Cooperativa Coca-mar planeja aumentar pelo menos R$ 100 mi-lhões no faturamento do setor de varejo em 2008, totalizando R$ 350 mi-lhões, contra os R$ 250 milhões obtidos no ano passado. Isto se deve, se-gundo o vice-presidente da cooperativa, José Fer-nandes Jardim Júnior, à expansão da demanda dos produtos industriali-zados, principalmente o óleo de soja.

O leque de varejo da Cocamar é distribuído para milhares de pontos de ven-das no Paraná, toda a re-gião Sul e Centro-Oeste do País. Só o interior do Esta-do de São Paulo responde por 40% das vendas desse segmento.

A Cooperativa Coca-mar produz óleos comestí-veis de soja, milho, girassol e canola, café torrado e moído, cappucino, café gourmet, maioneses, ca-tchup, mostarda, álcool doméstico nas formas gel e líquido, bebidas a base de soja, sucos e néctares de frutas e farinha de trigo.

Cocamar projeta venda

de R$ 350 milhões no

varejoA Coopermibra - Coo-

perativa Mista Agropecuária do Brasil, em parceria com a Sementes Mourão, Embra-pa, Iapar, Fundação Meridio-nal e Coodetec, realizou na manhã de 9 de setembro, o Dia de Campo de Trigo 2008. A Vitrine Tecnológica monta-da no campo experimental da Fazenda Record contou com 23 parcelas formadas por 8 cultivares da Embrapa, 8 da Coodetec e 7 do Iapar.

Entre as variedades apresentadas durante o Dia de Campo, estava a BRS Par-

Coopermibra: Dia de Campo apresenta novidades sobre o trigo

Mais uma vez, as coo-perativas do Paraná confir-maram presença entre os vencedores do Prêmio Co-operativa do Ano 2008. Das nove cooperativas brasileiras que conquista-ram o prêmio este ano, quatro são do Paraná: C.Vale, que venceu em duas categorias - Educação Co-operativista e Qualidade e Produtividade -, com os projetos “Programa de educação C. Vale” e “Pro-grama de qualidade C. Vale”; Lar, também pre-miada em duas categorias - Gestão Profissional e

Cooperativas do Paraná conquistam Prêmio oCBGestão Inovação Tecnoló-gica -, com os projetos “Gestão Lar em tempos de crise” e “Aproveitamento térmico no processamento de grãos”; Coopavel, pre-miada na categoria Meio Ambiente, com o projeto “Água viva - proteção e re-cuperação de nascentes”; e a Unimed Londrina que, dentro dos Ramos afins ao Agropecuário, venceu na categoria Saúde com o projeto Bosque da Vida.

O Prêmio Cooperativa do Ano foi criado pela Or-ganização das Cooperati-vas Brasileiras (OCB) e pelo

dela, da Embrapa, que tem ciclo precoce e porte médio, é resistente ao acamamento, à ferrugem do colmo e mo-deradamente resistente à brusone. Outra cultivar que chamou a atenção foi a IPR 130, do Iapar, um trigo pão/melhorador de boa produti-vidade, que foi desenvolvida pelo Iapar em parceria com a Fundação Meridional. Da Coodetec o lançamento foi a CD 114, que tem como des-taque a tolerância a doenças, além de ótima qualidade in-dustrial (trigo/pão).

Serviço Nacional de Apren-dizagem do Cooperativis-mo (Sescoop), com o obje-tivo de identificar, divulgar e valorizar as iniciativas de sucesso das cooperativas vinculadas ao Sistema OCB. É realizado em par-ceira com a revista Globo Rural, e conta com o patro-cínio do Banco do Brasil. Esta é a quinta edição do Prêmio. Ao todo, 118 pro-jetos foram inscritos por 82 cooperativas de 14 estados brasileiros para duas cate-gorias gerais: Ramo Agro-pecuário e ramos afins ao Agropecuário.

Com a participação de centenas de produtores ru-rais cooperados da Coamo Agroindustrial Cooperativa foi realizado no início de se-tembro, em Campo Mourão, na administração central da Coamo, o lançamento nacio-nal do programa “BM&F Bo-vespa vai ao campo”. O pro-grama representa um novo módulo da popularização das operações do mercado futuro e tem como objetivo levar conhecimento aos pro-dutores por profissionais da própria Bolsa sobre os mer-cados futuros e derivativos.

Durante o evento, fo-ram apresentadas diversas palestras abrangendo temas como “Gerenciamento de riscos no agronegócio”, “A contribuição dos mercados futuros para o agronegócio”, “Novas alternativas para o financiamento do agronegó-cio” e “Oportunidades de investimento e o mercado de ações”.

agRocaPitais

“O evento na Coamo foi um sucesso, trouxemos informações importantes para a Coamo e para os seus cooperados. Escolhemos a Coamo para lançar o pro-grama BM&F Bovespa por-

Programa “BM&F Bovespa vai ao campo” é lançado na Coamo

que esta região e a coope-rativa representam o que temos de melhor no agro-negócio brasileiro. Planta-mos aqui em Campo Mou-rão esta semente que será estendida para outras agro-capitais de várias regiões do país”, explica Ivan Wedekin, diretor de Commodities da Bolsa de Valores de São Paulo, que fez a palestra inaugural do evento presti-giado por diretores da Coa-mo e da BM&F Bovespa.

infoRMaçõEs

Para o presidente da Coamo, José Aroldo Gallas-sini, o evento foi importante na medida em que trouxe informações aos coopera-dos sobre os mercados futu-ros e derivativos. “Ficamos felizes e agradecemos a BM&F Bovespa pela Coamo ter sido escolhida para se-diar este evento que apre-sentou os mecanismos dis-poníveis para o mercado futuro. A Coamo já pratica essa modalidade há 30 anos, principalmente com a Bolsa de Chicago, que firmou par-ceria com a BM&F Bovespa, a qual ampliará as opera-ções gerando maior liquidez para as mesmas”, destaca Gallassini.

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Frutas, verduras e legumes para o varejo

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5setembro de 2008

O aumento da ofer-ta e a queda no

consumo, tanto no ambiente doméstico quanto no interna-cional, têm provocado signifi-cativa redução nos preços do litro de leite pago ao produtor nacional. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Ce-pea) da Universidade de São Paulo, o valor recebido pelos pecuaristas, em agosto, foi de R$ 0,71, cifra 4,66% inferior ao preço nacional pago em julho e 7% menor em relação a agosto de 2007.

Para o presidente da Comissão Nacional de Pecu-ária de Leite da Confedera-ção da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Al-vim, esse quadro se deve a fatores como a redução da importação por países que são tradicionais compradores e do poder de compra da po-pulação brasileira, diante da alta dos preços dos alimentos de forma geral. “Este fator é terrível em um momento que temos alta dos custos de pro-dução”, afirma.

QuEstão tRibutáRia

Em Minas Gerais, prin-cipal produtor de leite no País, há ainda a questão tri-butária. Alvim explica que

PECUáRIA DE LEItE – aumento da oferta e queda do poder de compra estão entre os principais fatores

Consumo em baixa reduz preços do produto

São Paulo, destino de boa parte da produção do leite cru para industrialização, adotou medidas tarifárias que inviabilizaram a venda do produto mineiro para aquele Estado. “Perdemos a competitividade”, diz Alvim, que também é vice-presi-dente da Federação de Agri-cultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), onde foi realizada uma reu-nião na qual ficou definida a criação de um grupo de tra-balho para elaborar uma proposta ao governo esta-dual para minimizar as per-das do setor com a questão tributária. Alvim informa, ain-da, que foi retomada no en-contro a discussão sobre um programa de marketing para o leite, que envolve toda a

cadeia produtiva e visa incre-mentar o consumo de pro-dutos lácteos no País, para ajudar a conter a queda dos preços, além da busca por novos mercados.

Segundo Alvim, os prin-cipais Estados produtores de leite já começam a tomar providências em razão do cenário desfavorável à pro-dução leiteira. O presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA disse, ainda, que houve re-centemente uma reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Pecuária de Lei-te e Derivados, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para discutir o quadro do setor no âmbito nacional.

Da Redação

Estamos num momento de grande virada no merca-do de commodities, em par-ticular dos lácteos. Observa-mos uma queda acentuada nos preços do leite no mer-cado interno, queda esta bem maior do que no merca-do externo. Isso está sendo motivado principalmente pela grande produção nacio-nal, com um aumento de quase 10% em relação ao ano passado. Teoricamente, este “excedente” tem de ser tirado do mercado, e a via é a exportação. Porém, quan-do convertemos os preços lá fora, que estão atrativos, em real, observamos uma defa-

sagem muito grande, geran-do a baixa.

Por isso, o momento é de cautela. Ainda não che-gamos na safra e muita coisa pode acontecer. Neste mo-mento, quanto mais leite ti-ver, maior será a necessidade de exportação. A Confepar vem apostando neste merca-do. Esperamos consolidar as exportações cada vez mais, buscando parcerias com ou-tras empresas e contribuin-do, desta forma, para tirar os possíveis excedentes. Isso irá garantir maior estabilida-de nos preços.

Por outro lado, produ-tores têm de estarem ainda

mais atentos aos custos e aos investimentos, tomando decisões bem pensadas e maduras. O Brasil está cada vez mais entrando neste novo mercado, que é muito grande, lucrativo e também bastante competitivo. É por essa razão que nós, produto-res de leite, temos de partici-par diretamente desta inser-ção, buscando um projeto de longo prazo, em que o principal ganhador deverá ser a pecuária leiteira nacio-nal. Neste mercado, não dá para entrar sozinho. Temos de unir forças - produtores, indústrias e governo.

Autor: Renato José Beleze - presidente da Confepar

ARtIgo:

Unir forças para participar do mercado externo

Com o objetivo de bus-car uma aproximação com o setor cooperativista do Para-ná, estiveram no início de se-tembro, na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, o dire-tor do Dairy Austrália para as Américas e Caribe, Robert Pettit, e o líder dos produto-res de leite da Austrália, Nick Renyard. Acompanhados do chefe do Epagri/Cepa de Santa Catarina, Airton Spies, os australianos foram recep-cionados pelo superinten-dente adjunto, Nelson Cos-ta, que fez um breve relato

Australianos visitam cooperativas do Paranádo setor leiteiro no Paraná e da participação das coope-rativas no processo produti-vo. A missão visitou também as cooperativas Batavo e Castrolanda, na região dos Campos Gerais, e a Frimesa.

Segundo Nelson Costa, o interesse da missão é ana-lisar os impactos da queda de preços do leite no merca-do internacional, após um período de preços elevados. “Na avaliação dos visitantes, os preços ainda vão cair mais, pois a Nova Zelândia é formadora de preços do lei-

te em pó e está sinalizando uma redução de 15% no pre-ço de referência de hoje que é de 3.500 dólares a tonela-da”, diz. A Austrália produz anualmente 10 bilhões de li-tros de leite, é o 14º maior produtor mundial. O Brasil produz 26 bilhões de litros é o 6º maior produtor, seguido da Nova Zelândia com 15 bi-lhões de litros. Os Estados Unidos são os maiores pro-dutores com 84 bilhões de litros anuais, seguidos da Ín-dia com 41 bilhões e da Chi-na com 39 bilhões de litros.

Atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação que contribuam com a com-petitividade das cadeias pro-dutivas do leite e da carne bovina contarão com investi-mentos da ordem de R$ 9,9 milhões, até 2010. Os recur-sos serão aplicados pelo Mi-nistério da Agricultura, Pecu-ária e Abastecimento (Mapa), por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agropecu-ário e Cooperativismo (SDC) e o Fundo Setorial do Agro-negócio (CT- Agronegócio). Serão financiados itens de

Projetos para produção têm investimentos de R$10 milhões

custeio, capital e bolsas com valor máximo de R$ 500 mil para cada proposta.

Podem participar da se-leção, pesquisadores e pro-fessores com vínculo empre-gatício ou funcional em instituições de nível superior públicas, privadas ou sem fins lucrativos, de centros e institutos de pesquisa e de-senvolvimento, além de em-presas públicas que execu-tem atividades de pesquisa em ciência, tecnologia ou inovação. Os interessados têm até o dia 9 de outubro

para encaminhar as propos-tas. A previsão é que os re-sultados sejam publicados no Diário Oficial da União (DOU) no dia 17 de novem-bro de 2008 e a contratação dos projetos inicie em 8 de dezembro.

As propostas encami-nhadas devem ser inovado-ras, ter caráter estruturador e integrador, com prazo má-ximo de 36 meses para exe-cução. Mais informações pelo e-mail: [email protected] ou pelo telefone (61) 2108-9004.

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Produtores discutem alternativas para crise

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6 setembro de 2008

Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e 530

municípios da região leste de Minas Gerais terão, a partir do segundo semestre, novo calendário de vacinação con-tra a febre aftosa. Os estados, que junto com Sergipe, fa-zem parte do Circuito Pecuá-rio Leste passarão a vacinar seus rebanhos bovinos e bu-balinos nos meses de maio e novembro. As datas são as mesmas adotadas no Circuito Pecuário Centro-Oeste, que abrange os estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Tocan-tins, parte de Minas Gerais e Distrito Federal.

“O calendário foi unifica-do pelo Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) a pedi-do do Fórum Nacional de Exe-cutores de Sanidade Animal (FONESA), que representa os serviços veterinários estaduais

PECUáRIA DE CoRtE – mudança permitirá que a imunização seja feita na mesma época na maior parte do país

Circuito Leste tem nova data de vacinaçãoe faz parte dos esforços das autoridades sanitárias brasilei-ras para a erradicação da febre aftosa no Brasil até 2010”, afir-mou o Secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz. A mudança permitirá que as eta-pas de vacinação na maior par-te do Brasil sejam promovidas na mesma época, o que facili-tará o trânsito de animais.

tRânsito

Durante o mês de outu-bro, os animais com origem nos locais que tiveram o ca-lendário alterado deverão ser imunizados quando destina-dos a trânsito interestadual, respeitando os prazos de ca-rência para movimentação, previstos na IN nº 44/2007, sendo dispensados da vaci-nação os animais destinados ao abate imediato, desde que comprovem três últimas vacinações consecutivas.

Da Redação

O manejo da vacinação é uma prática necessária e bastante comum na bovino-cultura. Todavia, os procedi-mentos rotineiramente utili-zados durante o manejo do gado nesse processo acabam promovendo e/ou potenciali-zando interações aversivas entre o trabalhador do cam-po e os animais, empobre-cendo o bem-estar de ambos e aumentando os riscos de acidentes de trabalho.

Os resultados encon-trados com o manejo racio-nal demonstram claramente que o uso de procedimentos embasados na biologia do bovino como, por exemplo, a contenção adequada, du-rante o procedimento de va-cinação, reduz a freqüência

ARtIgo:

Manejo racional na vacinação de bovinosde respostas adversas dos animais à ação humana, tra-zendo múltiplos benefícios, dentre os quais a diminuição do estresse (para animais e humanos) e a menor proba-bilidade de acidentes com animais e trabalhadores, re-sultando assim numa melho-ra significativa da qualidade do trabalho.

Entretanto, quando ma-nejamos os bovinos, condu-zindo-os geralmente para os currais, produzimos uma de-sorganização em suas ativi-dades sociais, dificultando a manutenção do espaço indi-vidual e provocando a que-bra do equilíbrio na hierar-quia de dominância, sendo difícil minimizar esses efeitos dado os equipamentos e as

estratégias que usamos roti-neiramente.

Muitas vezes, lidamos com o gado como verdadei-ros predadores: galopamos, gritamos e acuamos, e às ve-zes, agredindo os animais fisi-camente. Nessas condições, que reação nós podemos es-perar dos animais? Medo!!! Levando-os a fugir ou a ata-car quando acuados...

Do ponto de vista práti-co as conseqüências do ma-nejo agressivo são dificulda-des no trabalho com o gado (retardando-o), lesões nos animais (fraturas, cortes, he-matomas, entre outras), da-nos nas instalações e riscos de acidentes para os traba-lhadores. A intensidade de-penderá das circunstâncias.

Os ganhos com a utiliza-ção de um manejo racional são: eficiência; animais sem estresse; menores riscos para animais e funcionários; maior produtividade homem/hora; maior qualidade de carne no pré-abate; e acesso a merca-dos mais exigentes justificam o manejo racional de animais.

A condução dos ani-mais até o curral deve sem-pre ser realizada com calma, sem correrias ou gritos, des-locando os animais de prefe-rência ao passo. Use sempre um cavaleiro em frente ao gado “chamando” os ani-mais (ponteiro). Não use fer-rão e evite empregar o bas-tão elétrico.

Autor: Jefferson Campos - médico veterinário da Campos &

Carrer

A arroba do boi gordo teve um reajuste de 40,8%, nos últimos 12 meses, de julho de 2007 a junho de 2008, segundo o Indicador da Escola Superior de Agri-cultura Luiz de Queiroz (Esalq). Ao avaliar o com-portamento dos preços da carne bovina ao longo da cadeia produtiva, incluindo o varejo e o atacado, cons-tata-se que os preços no atacado foram os que so-freram maiores aumentos no período de fevereiro de 2003 a junho de 2008.

O aumento maior dos preços no atacado em rela-

Preços da carne sobem mais na indústria

ção aos da arroba do boi gordo demonstra que as indústrias frigoríficas vêm aumentando seus preços em proporção superior aos valores pagos aos produto-res rurais. Segundo a Con-federação Nacional da Agricultura (CNA), consi-derando o comportamento dos preços ao longo da ca-deia produtiva, observa-se que a indústria frigorífica é o segmento que vem ob-tendo maiores ganhos com a alta dos preços da carne bovina, o que pode ser ex-plicado pela maior concen-tração desse segmento.

O filé mignon das expor-tações de carnes bovinas brasi-leiras está na chamada Cota Hilton, de 5.000 toneladas de carne de qualidade, que o Bra-sil possui para fornecimento de grandes redes de hotéis e con-sumidores de alto padrão na Europa, com taxa de importa-ção reduzida de apenas 20%.

Há uma perspectiva de elevação para 47.500 tonela-das, segundo reunião reali-zada em maio na cidade de Bruxelas, na Bélgica, na ro-dada de negociações com o

Abrafrigo contesta critério de rateio da Cota hiltonMercosul. Estas 42,5 mil to-neladas de incremento se-riam a fatia reservada ao Bra-sil devido à ampliação de 100 mil toneladas oferecidas pelos europeus aos países do bloco sul-americano.

Entretanto, o critério de rateio somente privilegia os grandes frigoríficos bovinos brasileiros. Atualmente, das 5.000 toneladas da cota, cada planta industrial com SIF (Serviço de Inspeção Fe-deral) detém cerca de 24 to-neladas, somando em torno

de 1.000 toneladas para o conjunto das empresas. O restante de 4.000 toneladas é rateado segundo as expor-tações medidas em dólares do ano anterior.

distoRção

De acordo com a direto-ria da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), os grandes frigoríficos recebem sempre as maiores cotas, não permitindo que os demais aumentem suas cotas no ra-teio. Se a cota for elevada

para 47.500 toneladas para o Brasil conforme a reunião em Bruxelas, esta distorção vai aumentar ainda mais. A Abra-frigo está solicitando as auto-ridades brasileiras um sistema de rateio mais justo e demo-crático, de forma a contem-plar todas as empresas habili-tadas e melhorar a distribuição destes ganhos por toda a ca-deia produtiva da pecuária de corte, beneficiando princi-palmente os produtores bra-sileiros. Mais informações: Abrafrigo - (41) 3021-3221.

Os cinco leilões oficializados pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebuínos (ABCZ), durante a ExpoGenética, realizada entre os dias 17 e 22 de agosto, em Uberaba/MG, alcançaram um faturamento total de R$ 6.191.240,00. Os re-mates tiveram como diferencial o fato de ofertarem apenas animais avaliados geneticamente, capazes de transmitir ao rebanho do comprador características como precocidade produtiva, bom acabamento de carcaça e maior produção.

A ExpoGenética, realizada juntamente com o 7º Con-gresso Brasileiro das Raças Zebuínas, reuniu no Parque de Exposições Fernando Costa, os principais programas de me-lhoramento genético de bovinos do País para discutir os no-vos rumos da genética zebuína. Um público de mais 700 pes-soas de vários estados do Brasil formado por pecuaristas, pesquisadores, estudantes e profissionais da área de Ciências Agrárias, prestigiaram o evento que contou ainda com a par-ticipação de mais de 40 visitantes estrangeiros de países como Guatemala, África do Sul e Nicarágua.

Leilões da Expogenética faturam mais de 6 milhões

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Governo quer erradicar a febre aftosa do País até 2010

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7setembro de 2008

Uma palestra do mi-nistro da Agricultu-

ra Reinhold Stephanes, com o tema Agroinflação: Saídas e Perspectivas, será o desta-que da abertura do 3º Rural Tecnoshow, evento técnico promovido pela Sociedade Rural do Paraná (SRP), de 29 de setembro a 5 de outubro, no Parque de Exposições Governador Ney Braga, em Londrina/PR.

A terceira edição do evento tem uma programa-ção movimentada e conta com atividades da própria Rural e de entidades parcei-ras. O ministro participa tam-bém do lançamento do Cen-tro de Difusão de Tecnologia Agrícola (CDTA). A solenida-de contará com a presença do secretário estadual da Agricultura Valter Bianchini.

A grade de palestras, de acordo com o coordenador geral do 3º Rural Tecnoshow, Luigi Carrer Filho, é diversifi-cada e abrange as necessida-des práticas dos produtores. “O nosso foco é disponibili-zar ao produtor informações que possam ajudá-lo a obter um aumento na produção

AgRoDEStAqUE – programação terá ainda even-tos técnicos, exposições e agenda de remates

tecnoshow debate saídas para agroinflação

sem a necessidade de cresci-mento da área, utilizando as tecnologias disponíveis para obter ganho de produtivida-de”, ressalta Carrer.

A programação conta com eventos técnicos e ex-posições. A área industrial vai abrigar a Exposição do Pro-grama de Máquinas e Equi-pamentos Solidários do Leite e o Showroom de Madeira.

agEnda técnica

Na agenda técnica, es-tão previstas as seguintes ati-vidades: seminários de Inte-gração Lavoura e Pecuária e de Cultivos Florestais, Simpó-sio sobre Produção de Leite com Qualidade, encontro téc-nico do programa de Manejo Integrado de Pragas (MIP), Simpósio de Avicultura da So-ciedade Rural do Paraná.

Também serão realiza-dos eventos paralelos, como a Exposição Internacional do Nelore (Expoinel), o Simpro-tec Carnes 2008, que vai tratar da produção, processamento e mercado de carnes para o setor de alimentos, o 4º Royal Canin Dog Show e a 3ª Copa Rural Tecnoshow de Hipismo.

Em parceria com o Ser-viço Nacional de Aprendiza-gem Rural (Senar), a Socieda-de Rural do Paraná vai promover a realização de cur-sos voltados aos produtores. As inscrições já estão abertas e as vagas são limitadas. Se-rão ministradas aulas dos se-guintes cursos: Aplicação de Agrotóxico – RN 31, Análise de Custos e Mercado Futuro e Jardinagem – Implementa-ção e Manutenção.

A programação inclui ainda a realização dos leilões Nelore Peso, 10 Marcas, Elite Nelore Pontal, 3 de Ouro, Al-batroz Embryo, Estação Pri-mavera e Genética Albatroz (Virtual). Mais informações: (43) 3378-2000.

Da Redação

A agropecuária foi a principal responsável pela elevação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no se-gundo trimestre de 2008. Do ponto de vista da produ-ção, o setor cresceu 3,8% em relação aos três primei-ros meses do ano, acima da taxa de crescimento do PIB, que foi de 1,6% no mesmo período. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Es-tatística (IBGE), no início de setembro.

Na comparação com o segundo trimestre de 2007, o PIB cresceu 6,1% e, mais uma vez, o setor agropecuá-rio foi destaque, com alta de 7,1%. Nos dois casos, a agro-pecuária ficou à frente de in-dústria e serviços, de acordo com o resultado das Contas Nacionais Trimestrais – Indi-cadores de Volume e Valores Correntes divulgadas.

Segundo a economista da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE, Cláudia

Agropecuária impulsiona crescimento do PIBDionísio, alguns produtos importantes tiveram concen-tração na safra de abril a ju-nho de 2008. “Café em grão, milho, arroz em casca e soja têm uma projeção de cresci-mento para este ano e, du-rante o segundo trimestre, tiveram uma colheita rele-vante”, explicou. O Levanta-mento Sistemático da Pro-dução Agrícola estima que, em 2008, a colheita daqueles produtos deverá crescer res-pectivamente 27,7%, 12,8%, 9,6% e 3,6%.

O ministro da Agricul-tura, Pecuária e Abasteci-mento, Reinhold Stephanes, acredita que o bom resulta-do do PIB reflete a capacida-de do Brasil em dar respos-tas às necessidades mundiais de alimentos. “Basta o mer-cado se manter com preços adequados e o governo ado-tar as políticas de estímulos necessários. Estes resultados coincidem com a queda do índice de inflação verificada nos últimos dois meses. Hou-

ve maior oferta de alimentos, o que já pressionou a infla-ção para baixo”, destacou.

sEguRo RuRal

Outro fator que tem contribuído para o cresci-mento da agropecuária na-cional é a expansão do segu-ro agrícola impulsionado pelos programas federal e estaduais de subvenção ao prêmio. O Ministério da Agri-cultura é responsável pelo Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural, que se compromete a pagar de 30% a 60% do prêmio con-tratado pelo produtor. Em 2006, o orçamento do pro-grama foi de R$ 61 milhões, dos quais foram usados R$ 30 milhões. No ano seguinte, foram aproveitados R$ 61 milhões dos R$ 99,5 milhões reservados. Para 2008, R$ 160 milhões estão à disposi-ção do produtor rural. Atual-mente, 45 culturas fazem parte do programa, dentre elas soja, trigo e milho.

A FertBio 2008 - Reunião Brasileira de Fertilidade e Bio-logia do Solo – realizada no Centro de Eventos e Exposi-ções de Londrina, entre os dias 15 e 19 de setembro, contou com a presença de centenas de autoridades, profissionais e estudantes da área. Promovida pela Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, a FertBio este

FertBio reúne especialistas de solos em Londrinaano foi organizada em parceria com o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Embrapa e Universidade Estadual de Lon-drina (UEL).

O tema da FertBio 2008 abordou “Os desafios para o uso do solo com eficiência e qualidade ambiental’’. Durante os cinco dias de eventos foram apresentados 1.269 trabalhos

das diferentes áreas de solos. Ao todo, 33 palestrantes oriun-dos de diversas instituições e empresas do Brasil e do exte-rior estiveram no encontro. Sete conferências, 12 simpósios e 16 mini-cursos - sendo oito deles ministrados pelo Iapar, dois pela Embrapa e seis pela UEL fizeram parte da agenda técni-ca. Também foram programa-

das 4 visitas técnicas, sendo uma delas no Iapar.

cREdibilidadE

De acordo com o diretor técnico do Iapar, Arnaldo Co-lozzi, realizar este evento em Londrina coloca o Paraná no centro das discussões e isso é muito importante, pois mostra a credibilidade dos grupos de

pesquisa aqui existentes. ‘’O Iapar está focado na questão do solo, desenvolvendo pro-gramas por um grupo de pes-quisadores que tem contribuí-do para a produção sustentável do Estado. Sendo um Estado eminentemente agrícola todo esse sistema de produção de-pende do componente básico que é o solo’’, complementou.

Permitir o acesso dos produtores a técnicas de preparo do solo, sistema de plantio, utilização de fertilizantes, semen-tes, agroquímicos e demais práticas empregadas na produ-ção agrícola e pecuária estão entre os objetivos do convênio assinado em 18 de setembro, entre o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Embrapa e Sociedade Rural do Paraná (SRP) para a criação da Rural Dinâmica - Difusão de Tecnologia Agrícola. A iniciativa da SRP tem o objetivo criar um espaço para difundir tecnologias e fomentar o desenvolvimento da agroindústria nas regiões de produção de culturas básicas.

O convênio foi assinado na Sociedade Rural do Paraná pelo diretor-presidente do Iapar, José Augusto Teixeira de Freitas Picheth, pelo chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre José Catellan e pelo presidente da SRP, Alexandre Kireeff. O Iapar e a Embrapa terão uma área de aproximadamente 15 mil metros quadrados no parque de Exposições de Londrina para demonstração e aplicação de novas tecnologias para di-versos produtos.

Iapar, Embrapa e SRP assinam convênio para acesso à tecnologia agropecuária

Incra vai regularizar áreas

em faixas de fronteira no PR

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrá-ria (Incra) vai apresentar, nos próximos dias, um plano de ação para destinação de cerca de 30 mil processos de ratifica-ção de títulos de propriedade rurais em regiões de faixas de fronteira no Paraná. A medida decorre da publicação no Diá-rio Oficial da União, da Instru-ção Normativa (IN) nº 48, que dispõe sobre o procedimento administrativo de ratificação das alienações e concessões de terras devolutas feitas pelos Estados na faixa de fronteira.

A Faixa de Fronteira é uma área de 150 quilômetros de lar-gura ao longo de mais de 15 mil quilômetros de fronteira nos es-tados que possuem limites terri-toriais com outros países. Com a IN nº 48, o Incra vai regularizar os títulos de propriedade emitidos pelos Estados nessa Faixa, cujos processos de ratificação tenham sido iniciados até 31 de dezem-bro de 2003.

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8 setembro de 2008

A C. Vale concluiu as obras de am-

pliação da Unidade Produto-ra de Leitões do distrito de Floresta, interior de Palotina. A cooperativa investiu mais de R$ 8 milhões para implan-tar a segunda etapa da UPL, com a construção de três no-vos galpões para gestação e maternidade, dois novos gal-pões para creche e um qua-rentenário. A estrutura ga-nhou mais 9 mil metros quadrados de área construí-da e já está abrigando 3.470 fêmeas. Elas irão produzir 1.600 leitões por semana ou 84.000 animais por ano. Esse número representa a duplicação da capacidade inicial de produção da UPL, que está em funcionamento desde 2003.

O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, explica que o investimento estava progra-

SUInoCULtURA – projeto de cooperativa paranaense vai produzir 1.600 Leitões por semana

ovInoS / CAPRInoS

C. vale promove ampliação de UPLmado no Plano de Moderni-zação da cooperativa que prevê a criação de alternati-vas de renda para ajudar a fixar o produtor no campo. “Dos nossos 8.129 associa-dos, mais de 80% possuem até 20 alqueires. Esses pro-dutores são os que mais pre-cisam de apoio para manter a família na propriedade e melhorar sua qualidade de vida”, comenta. Os leitões das matrizes alojadas na nova estrutura serão entre-gues aos produtores a partir de novembro. Os associados receberão os animais com aproximadamente 21 quilos e farão a engorda e os entre-garão à Frimesa com 100 a 110 quilos. Lang explica que a produção será industriali-zada pela Frimesa, coopera-tiva da qual a C.Vale é sócia. O frigorífico foi ampliado em 2007, com investimentos de

R$ 52 milhões, e a capacida-de de abate passou de 2.500 para 6.000 suínos/dia.

incEntivo

O associado Cesar Luiz Dassi vai aproveitar a amplia-ção da produção de leitões pela C.Vale para diversificar as atividades de uma área de 7 alqueires, na Linha São Roque, interior de Palotina. Depois de adquirir a propriedade, em 2007, e iniciar a produção de leite, ele agora está construin-do uma unidade de termina-ção para 480 suínos. Dassi está investindo R$ 144 mil em um galpão de 598 metros quadra-dos e também na terraplena-gem e na construção de ester-queiras para outra granja do mesmo tamanho, que já está nos planos.

Dassi, que também é comerciante, compreende que uma pequena proprie-

dade não pode ficar depen-dente da produção de grãos. “A diversificação é a saída. Não dá para ficar só produzindo grãos”, avalia.

Dos 5,6 alqueires aproveitá-veis, três serão destinados a pastagens e o restante à produção de grãos. Para otimizar o aproveitamento

dos recursos da proprieda-de, ele vai usar o esterco dos suínos na adubação da pastagem.

Da Redação

“A cadeia produtiva gera riqueza para continuar crescendo e este espaço re-presenta a consolidação des-se processo de desenvolvi-mento”. A afirmação é do presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul, Valdecir Folador, durante a reinaugu-ração da sede da entidade na Expointer, em Esteio/RS.

Ele salientou ainda a parceria com diversas em-

Produtores reinauguram sede em Esteiopresas que representam o crescimento conjunto de toda a cadeia produtiva. Para o secretário da agricultura, João Carlos Machado, o de-senvolvimento da suinocul-tura colabora para o cresci-mento do Rio Grande do Sul. “Este prédio veio ainda qua-lificar mais o parque”, evi-denciou o secretário afir-mando ainda que para iniciativas desta natureza não faltará apoio.

De acordo com o presi-dente da comissão executiva da Expointer deste ano, An-tônio Alves, a reinauguração da sede da ACSURS repre-senta o fortalecimento da união da cadeia produtiva.

O Centro de Convívio da Associação tem como parceiras as empresas Ali-bem, Généticporc, Tortu-ga, Ceva, Fatec, Mig-Plus, Multimix, Nutrifarma, Ve-tanco e Bioplus.

A poucos dias do maior evento da suinocul-tura mundial, produtores e profissionais do setor, de todos os cantos do mundo, estão se organi-zando em caravanas para participar da PorkExpo 2008 e do IV Fórum Inter-nacional de Suinocultura – em Curitiba/PR. “Esta-mos com mais de 40 ôni-bus de criadores de vários Estados brasileiros, e de várias regiões do sul do País”, garantiu o presi-

PorkExpo 2008 espera 46 caravanas de países diferentes

dente do IV Fórum Inter-nacional de Suinocultura, Luciano Roppa.

Ele acrescentou que suinocultores estrangeiros também estão se organi-zando. “Estamos esperan-do 46 caravanas de países diferentes. A maior surpre-sa deve ser da Espanha, com 120 técnicos”.

aRgEntinos

Contudo, ele reforça que a maior participação de estrangeiros costuma

mesmo ser da Argentina, que levou mais de 200 pes-soas na última edição. “Tal-vez continue sendo maior, mas a Espanha realmente surpreendeu”, falou.

Ele também destacou a participação da Holanda, com um grupo de técnicos, que vai ministrar palestras no congresso nas áreas de nutrição e manejo de suí-nos, trazendo suas experi-ências ao nosso mercado.

Mais informações: www.porkexpo.com.br

Tecnologia muito utili-zada na suinocultura e na pe-cuária de corte, a ultra-sono-grafia para avaliação de cruzamento de animais co-meça a ser empregada, de forma pioneira, na ovinocul-tura de Mato Grosso do Sul. O objetivo é melhorar a qua-lidade da carne e reduzir custos de produção. Por meio do projeto Aprisco, co-ordenado pelo Sebrae esta-dual, produtores rurais de Fátima do Sul e Dourados estão testando a ferramenta que deve ser aplicada, ainda, nos municípios de Anaurilân-dia, Santa Rita do Pardo, Ponta Porã e Maracaju.

A metodologia possibi-lita descrever com precisão os níveis de musculosidade e acabamento de carcaças para verificar o potencial ge-nético dos animais. O equi-pamento avalia a área de olho de lombo do animal, que está relacionada com os tipos de cortes da carne; a gordura de acabamento, que é responsável pela proteção da carcaça na garantia da maciez; e a gordura entre-meada ou marmoreio, que determina a suculência e o sabor da carne.

“A ultra-sonografia foi bastante aplicada na criação

Ultra-som avalia genética de ovinos no MS

de suínos, principalmente quando o mercado consu-midor disse não ao porco tipo banha. Assim, as em-presas começaram a usar o ultra-som para buscar os melhores reprodutores, pois uma das grandes responsá-veis pelas características da carne é a genética do ani-mal”, explica Liliane Sugui-sawa, da Designer Genes Technologies Brasil, em Campo Grande.

MElhoRaMEnto

Suguisawa explica que este melhoramento genético permitiu que, nos dias atuais, se produza o suíno light, com o mínimo possível de gordu-ra. “A avaliação evita a perda de tempo em usar um repro-

dutor que não tenha as ca-racterísticas de carcaça que o mercado precisa, além de evitar manter em sistema de confinamento com uso de ração um animal que não possui genética para atender aquele dado sistema de pro-dução”, diz.

Segundo Liliane Sugui-sawa, não há dificuldade em utilizar o ultra-som, mas o produtor precisa ter um sis-tema de produção organiza-do para que os ganhos se-jam mais representativos. “Para o aumento da produ-tividade, a propriedade tem que ter bom manejo e boa nutrição, de modo que po-demos aconselhar a melhor genética para esse sistema de produção”.

“Perspectivas para a Ovi-nocultura no Novo Cenário Mundial” foi o tema da mesa-redonda, que fez parte da pro-gramação da 31ª Exposição Internacional de Animais, Má-quinas, Implementos e Produ-tos Agropecuários (Expointer). O objetivo foi avaliar a ovino-cultura e estabelecer os pontos que serão levados em conta na

ovinocultores analisam perspectivas durante a Expointer

elaboração de políticas publi-cas e privadas que promovam o desenvolvimento sustentável do setor.

O encontro reuniu pro-dutores, profissionais e estu-dantes em palestras sobre a estrutura da produção regio-nal, cenários e tendências do mercado ovino, oportunida-des para produtos industria-

lizados, como carne e lã. O coordenador-geral

para Pecuária e Culturas Per-manentes, da Secretaria de Política Agrícola (SPA), João Antônio Fagundes Salomão, apresentou a política agrícola para ovinocultura estabeleci-da pelo Ministério da Agricul-tura, Pecuária e Abastecimen-to, com enfoque nacional.

O secretário da Agricul-tura do Paraná, Valter Bian-chini fez em Curitiba a aber-tura oficial do Encontro Nacional das Lideranças de Ovinocaprinocultura. O evento foi realizado entre os dias 17 e 18 de setembro, na sede da Emater e promovido pela Confederação Nacional da Agricultura e pelo Minis-tério da Agricultura, com apoio da Secretaria da Agri-cultura, Iapar e Emater. Fo-ram debatidos temas como o cenário da ovinocaprino-cultura no Paraná, o progra-ma paranaense de estrutura-ção das cadeias produtivas dos ovinos e caprinos, multi-plicação genética, projetos de capacitação e o papel da extensão rural na organiza-ção das cadeias produtivas.

“Esse apoio entre as entidades é fundamental para o bom andamento da cadeia produtiva. A cultura de caprinos e ovinos é a oportunidade de diversifica-ção nas propriedades. O me-lhoramento da produção pa-ranaense é uma das prioridades do Governo do Paraná”, afirmou Bianchini.

Neste ano a ovinocapri-nocultura foi incluída no pro-grama “Mais Alimentos” do Governo Federal, com uma linha de crédito criada no Plano Safra 2008/09 para re-forçar a infra-estrutura das unidades produtivas da agri-cultura familiar.

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Segundo um dos coor-denadores do encontro, Ari-zone Mendes Araújo, o Para-ná vive um estado de graça quando o assunto é a ovino-caprinocultura. “O Estado

Paraná é sede de Encontro nacional das Lideranças da ovinocaprinocultura

tem participado ativamente no desenvolvimento da ca-deia produtiva nacional. Hoje os programas realizados pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento têm forta-lecido esse crescimento”, disse Araújo.

O presidente das câma-ras setoriais da caprinocultu-ra e ovinocultura da Confe-deração Nacional da Agricultura, Edilson Maia, quer ampliar a participação dessas duas culturas na eco-nomia nacional. “Trabalho há dez anos com essa cadeia produtiva. No início a cadeia era desarticulada, hoje já conseguimos muitos avan-ços. Queremos acabar com a imagem que os ovinos e ca-prinos são animais ‘boniti-nhos’. Nossa intenção é in-cluí-los na economia nacional”, disse.

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Os participantes do encontro seguiram para um dia de campo no município de Castro, na região dos Campos Gerais. Lá eles co-nheceram a estrutura da ca-deia de ovinocultura da co-operativa Castrolanda e mais duas propriedades que

são referência na produção de ovinos e cordeiros.

A ovinocultura e a ca-prinocultura estão presentes em praticamente todos os municípios paranaenses, mas com um rebanho ainda pe-queno, estimado em 602 mil cabeças de ovinos e 81 mil de caprinos. O Paraná é con-siderado um Estado com um plantel ovino de elevado pa-drão genético. Porém, o sis-tema de produção sente a falta de um padrão, assim como de controle sanitário e um manejo produtivo ade-quado às condições de cli-ma, solo e topografia, se-gundo o zootecnista José Antonio Baena, coodenador do programa “Apoio à Es-truturação das Cadeias Pro-dutivas de Ovinos e Capri-nos do Paraná”.

Para facilitar as condi-ções de produção, de mane-jo, de organização e integra-ção dessa cadeia produtiva, no final de 2007 foi criada a Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos. Uma forma de for-malizar mais uma atividade econômica geradora de renda para a pequena pro-priedade da agricultura fa-miliar do Paraná.

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Produtores recebem animais com aproximadamente 21kg

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9setembro de 2008

O comércio de fru-tas e vegetais

poderá contar com um siste-ma internacional de práticas para minimizar os riscos de introdução da mosca-das-frutas. A proposta foi feita du-rante a reunião do Painel Téc-nico de Moscas-das-Frutas, da Convenção Internacional de Proteção dos Vegetais (CIPV), da Organização das Nações Unidas para Agricul-tura e Alimentação (FAO), re-alizada no início de setembro, em Viena (Áustria). As moscas são uma das principais barrei-ras à exportação.

O sistema resultará em menos riscos para consumi-dores e importadores em re-lação à presença de larvas das moscas nos frutos, que muitas vezes nem existem no país comprador. O sistema atuará de três formas: na

FRUtICULtURA – encontro foi coordenado peLo brasiL e reuniu representantes de sete regiões da fao

Práticas podem reduzir risco de mosca-das-frutasprodução e na colheita, na pós-colheita e durante a che-gada e distribuição das fru-tas ao consumidor.

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Segundo o diretor de Programa da Área Vegetal, da Secretaria de Defesa Agrope-cuária (SDA), Odilson Ribeiro, que representou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no evento, o sistema terá várias vantagens. “Ele proporcionará o aumento da produção e qua-lidade das frutas, promoverá o uso de práticas ambientais cor-retas, desenvolverá a estrutura fitossanitária, trará sustentabili-dade ao sistema de proteção de frutas e será viável para atin-gir o nível de proteção exigido pelos países importadores do produto”, afirmou.

O encontro foi coorde-

nado pelo Brasil e reuniu re-presentantes de nove países das sete regiões da FAO, além de membros da Agên-cia Internacional de Energia Atômica (AIEA), que, segun-do Ribeiro, desenvolve me-todologias para o controle de pragas por meio de irra-diação. “É uma das aplica-ções pacíficas da energia nu-clear”, completou.

A proposta deverá ser transformada em Norma In-ternacional de Medida Fitos-sanitária (NIMF), após análise do documento pelo Comitê de Normas, também coor-denado pelo Brasil, e pela Comissão de Medidas Fitos-sanitárias, ambos da CIPV, da qual fazem parte 170 países. A aprovação final está pre-vista para o primeiro semes-tre de 2010.

Da Redação

O Brasil exportou, no final do ano passado, mais de 120 mil toneladas de maçã cultivada pelo Sistema de Produção Integrada (Sapi). Esse volume corres-ponde a cerca de 20% da fru-ta produzida no País, nos moldes do sistema integra-do, voltado para alimentos de alta qualidade. Os dados são do Ministério da Agricul-tura, Pecuária e Abasteci-mento (Mapa) e foram apre-sentados no 10° Seminário Brasileiro de Produção Inte-grada, realizado na cidade mineira de Ouro Preto.

“Esse é um número sig-nificativo, pois revela a cres-cente adesão dos produto-res ao sistema. Eles estão cada vez mais conscientes de que a produção integra-

Brasil avança na exportação de frutas com padrão de qualidade

da permite a racionalização de insumos agrícolas, au-mento da produtividade e qualidade do alimento e pre-ferência nos mercados na-cional e internacional”, des-tacou o coordenador de Produção Integrada do Mapa, Luiz Nasser.

A maçã foi a primeira fruta a ingressar no sistema integrado de produção, exe-cutado no Brasil desde 2001. Atualmente, mais de 42 pro-dutos agropecuários estão inseridos no sistema e 19 normas técnicas específicas de produção foram aprova-das pelo Mapa.

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Entre as demais frutas inseridas no sistema são destaques a manga, que al-

cançou volume de produ-ção de mais de 305 mil to-neladas; o melão, com cerca de 190 mil toneladas; e a uva fina de mesa, que ren-deu, em 2007, o equivalen-te a 167 mil toneladas. De acordo com dados do Mapa, o mercado externo consome quase 100% da uva. “Comparado com paí-ses da União Européia e com os Estados Unidos, ainda temos muito o que avançar em sistema de pro-dução integrada. Mas esta-mos no caminho certo e muitos produtores já enten-dem a importância de pro-duzir dentro de um proces-so economicamente viável, socialmente justo e com respeito ao meio ambien-te”, avaliou Nasser.

Cutrale começa a

produzir na Europa

A empresa brasileira Cutrale, líder mundial em suco de laranja, confirmou que terá produção própria da bebida também na Europa - o principal destino das expor-tações da empresa e do País. A estréia da Cutrale no mer-cado europeu tornou-se viá-vel com a aquisição da portu-guesa Lara - Laranja do Algarve, empresa de peque-no porte que tem 25 funcio-nários e uma fábrica na locali-dade de Silves, no Algarve.

O combate ao fungo Fusarium subglutinans, cau-sador da fusariose, a doença mais grave da cultura do abacaxi, foi o tema de um encontro realizado no início de setembro, pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) em Itaberaba.

A ação faz parte da conscientização dos cerca de dois mil produtores locais quanto à importância da re-cém-criada Portaria Estadual 286/2008, que determina o controle da praga no estado. Cerca de 80% dos produtores de abacaxi da Bahia fazem parte da agricultura familiar.

Além das atividades de

educação sanitária, por meio da distribuição de material didático e exibição de vídeo educativo, a Adab buscou envolver autoridades locais e produtores, alertando-os so-bre os riscos da presença da fusariose na região.

Estiveram presentes no encontro representantes da Empresa Baiana de Desenvol-vimento Agropecuária (EBDA), do Seabrae e da Cooperativa dos Produtores de Abacaxi de Itaberaba (Coopaita).

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Segundo o diretor de Defesa Vegetal da Adab, Cás-sio Peixoto, é preciso que os

BA: Combate à praga do abacaxi é tema de encontro

produtores de abacaxi do es-tado se cadastrem junto à agência de defesa, conforme preconiza a portaria. “A co-mercialização dos seus pro-dutos só será possível após o reconhecimento da sua pro-priedade”, explicou.

A Bahia é o quarto maior produtor de abacaxi do país, sendo a região de Itaberaba o principal pólo produtor da fruta no estado, com uma área de 4,5 mil hec-tares cultivados. Na safra passada, a produtividade foi de 56 milhões de frutos, com 78,4 mil toneladas de abaca-xi classificadas como de pri-meira linha.

A Bioclone, empresa in-cubada do Programa de In-cubação de Agronegócios (Proeta) da Embrapa Agroin-dústria Tropical (Fortaleza-CE), teve seu projeto aprova-do no Programa de Apoio a Pesquisas em Empresas (PA-PPE). O programa é uma ini-ciativa do Ministério da Ci-ência e Tecnologia (MCT), realizada pela Finep em par-ceria com as Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs).De acordo com o agrônomo Roberto Caracas, proprietá-rio da Bioclone, os recursos obtidos serão destinados a pesquisas inovadoras nas áreas de macro e micropro-pagação de mudas.

Pesquisadores participam de programa de tecnologia

Na área da macropro-pagação, o objetivo é pro-duzir mudas de melão, me-lancia e maracujá mais resistentes a pragas e do-enças por meio de enxertia. Atualmente, os gastos com proteção de plantas repre-sentam até 40% do custo total da produção. Com a inovação, esse percentual poderá ser reduzido. No que se refere à micropropa-gação, a meta é produzir mudas de bananeira usan-do biorreatores. A técnica, explica o agrônomo, irá proporcionar um ganho de produtividade cerca de vin-te vezes maior que o méto-do convencional. A expec-

tativa é que, dentro de um ano, essas novidades co-mecem a ser disponibiliza-das para os produtores.

REsultados

Há sete meses no mer-cado, a Bioclone tem capaci-dade de produzir clones de mudas de abacaxi, banana, cana-de-açúcar e algumas flores tropicais ornamentais. Hoje, no mercado cearense, entre 80% e 90% das mudas de bananas utilizadas vêm de fora do Estado e até de outros países, como Costa Rica e Israel. O objetivo da empresa cearense é oferecer uma opção local de qualida-de para o produtor.

O Brasil poderá ter uma estação quarentenária e de indexação para citros. As condições para a cria-ção do local seguro para armazenar materiais gené-ticos importados e abrigar novas variedades foram discutidas na 14ª reunião ordinária da Câmara Seto-rial da Cadeia Produtiva da Citricultura, realizada no mês de setembro. A pro-posta final dos produtores para a instituição da estação

Produtores querem criar estação quarentenária para citros

será enviada ao secretário de Defesa Agropecuária do Mi-nistério da Agricultura, Pecu-ária e Abastecimento (Mapa), Inácio Kroetz. Depois de aprovada, seguirá para o mi-nistro Reinhold Stephanes.

A estação será constru-ída no Distrito Federal que, por não ser considerado grande produtor de cítricos, não apresenta perigo de contaminação do material. Além disso, atende a requi-sitos logísticos.

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ãoProdução, colheita e distribuição estão entre os cuidados

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10 setembro de 2008

A avicultura brasilei-ra deverá produ-

zir, este ano, 11 milhões de toneladas de carne de fran-go, 450 mil de carne de peru e 24 bilhões de unidades de ovos, além de carnes e pro-dutos de outras espécies aví-colas. O crescimento da ativi-dade projetado para 2009 oscila entre 6% e 8%. Ampliar esses números nos próximos anos e manter a competitivi-dade dos produtos avícolas brasileiros no mercado inter-nacional são as metas do novo presidente da União Brasileira de Avicultura (UBA), Ariel Antonio Mendes, eleito recentemente para o cargo.

Atualmente, o Brasil é o terceiro maior produtor mun-dial de carne de frango, vindo

AvICULtURA – o setor deverá assegurar, este ano, uma receita cambiaL de us$ 7 biLhões ao país

Produtores esperam crescimento de 8%depois dos Estados Unidos (16,5 milhões de toneladas) e da China (12,5 milhões). Con-tudo, o país já é o maior ex-portador de carne de frango, respondendo por 45% das ex-portações mundiais. A carne de frango brasileira é consu-mida em mais de 150 países. Além da carne de frango, o setor avícola brasileiro expor-ta peru, ovos e material gené-tico. Em 2008, o setor deverá assegurar uma receita cambial de US$ 7 bilhões ao país - 40% mais que no ano anterior.

dEsafios

Dentre os novos desafios que serão enfrentados pelo novo presidente da UBA está o de manter o excelente esta-do de sanidade dos plantéis

avícolas brasileiros e continuar ampliando a capacidade de geração de empregos do se-tor. Hoje, pouco mais de 4,8 milhões de pessoas trabalham nas diversas atividades ligadas à produção avícola, funda-mentalmente na área rural.

Ariel Antonio Mendes é professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zoo-tecnia da Unesp-Botucatu (SP) e desde 2000 tem ocu-pado a vice-presidência téc-nica e científica da UBA. Desde setembro de 2007, preside a Associação Latino-Americana de Avicultura.

Mais informações: União Brasileira de Avicultu-ra (UBA), telefones: (11) 3218-7666 ou (61) 2109-1616.

Da Redação

A Big Frango, uma das maiores empresas no ramo avícola do país, oficializou no final de julho, a construção em joint venture com a Coa-gru - Cooperativa Agroin-dustrial União de Ubiratã, um novo frigorífico de aves no Paraná. Nasce assim a BFC Alimentos S/A (Big Frango/Coagru Alimentos).

Na ocasião o presiden-te do Grupo Big Frango, Evaldo Ulinski, foi recebido pelo presidente da Coagru, Áureo Zamprônio, Valdir D’Alecio, vice-presidente, além de Claudemir de Car-valho, diretor-presidente da BFC Alimentos.

O Projeto denominado Inpar-500 (Participação In-teligente - 500) busca o

Big Frango oficializa construção de nova unidade em Ubiratã

abate de 500 mil aves/dia, seguindo a filosofia do Gru-po Big Frango, que gira em torno da maximização da eficiência e da economia de escala. A parceria, inédita, une a Big Frango, com am-plo know-how em produ-ção, distribuição e logística comercial, à experiência e qualidade da Coagru no beneficiamento de grãos como milho e soja, maté-rias-primas essenciais para ração das aves. O sistema de Integração, composto por cooperados da Coagru, já existe e deve ser incre-mentado e incorporado à nova empresa.

A Coagru, cooperativa que conta com cerca de 2.000 cooperados e com 27

anos no mercado, atua forte-mente no oeste do Paraná. A Big Frango é a segunda maior empresa em volume de abate no Paraná, atrás apenas da Sadia, segundo dados da Avipar.

cRonogRaMa

Segundo Eduardo Vile-la, diretor de implantação de novos negócios do Grupo Big Frango, o cronograma é seguido à risca. As obras para construção do novo fri-gorífico estão em pleno va-por, sendo que a previsão de inicio de funcionamento é para o 1º semestre de 2009, estimando-se a geração de aproximadamente 3 mil em-pregos diretos e indiretos na fase inicial de abate.

A saída da China do mercado fornecedor de ma-térias primas utilizadas na atividade avícola, em razão da realização dos Jogos Olímpicos deste ano, con-tribuiu para o aumento do preço de custo da produ-ção no período de fecha-mento do semestre passa-do. A avaliação é do comprador da Unifrango, Rodrigo Bastos Monteiro. De acordo com o profissional, com o término das competi-ções olímpicas, a previsão é

Custo da produção avícola deve diminuir nos próximos meses

de retomada na produção e conseqüentemente queda nos preços das matérias pri-mas nos próximos meses. Além disso, a safra parana-ense recorde de milho e soja deste ano tende a aumentar os estoques brasileiros, o que irá gerar condições me-lhores para a produção aví-cola a partir do último tri-mestre de 2008.

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Segundo Monteiro, para driblar o aumento dos

custos, que para manter o preço final dos produtos tem como conseqüência a queda da lucratividade das empre-sas, uma das soluções é re-dobrar o cuidado com o des-perdício, contribuindo para o meio ambiente e também para a competitividade. “A Unifrango também é uma importante ferramenta das indústrias que são suas acio-nistas já que permite uma competição mais justa por preços menores em matérias primas”, ressaltou.

A carne suína continua-rá a mais popular do mundo, apesar das barreiras religio-sas e culturais. Mas o cresci-mento a longo prazo será le-vemente menor do que o de aves, opção mais barata em relação à carne bovina e à de cordeiro, disse Richard Bro-wn, da agência de pesquisa Gira, de Genebra.

Segundo ele, o consu-mo global de carnes deve subir 20% até 2015, devido à demanda chinesa, apesar da desaceleração econômica

Consumo mundial de frango deve crescer mais que carne suína, diz especialista

mundial. Entre 2005 e 2015, o consumo mundial cresce 50 milhões de toneladas, para 315 milhões, disse.

Para Brown, além da China, é esperado forte crescimento no Oriente Mé-dio e no norte da África, onde o consumo será esti-mulado por preços recordes do petróleo e das commo-dities. Há o crescimento de uma classe média emergen-te que deseja comprar al-guns tipos de carne mais caros, diz Brown.

Ao participar no dia 2 de setembro, do debate “Panorama Atual da Avicul-tura no Brasil e no Mundo”, promovido pelo Banco Re-gional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), du-rante a Expointer 2008, em Esteio (RS), o Presidente Exe-cutivo da Associação Brasi-leira dos Produtores e Expor-

Presidente da ABEF defende linha do BRDE para modernização

tadores de Frangos (ABEF), Francisco Turra, sugeriu que a instituição crie um progra-ma de crédito voltado espe-cialmente para moderniza-ção do setor agrícola.

“Este é o grande mo-mento. As exportações brasi-leiras de carne de frango ba-terão um novo recorde este ano, com receita superior a

US$ 6,5 bilhões. Existem inú-meras oportunidades no se-tor, tanto em relação ao finan-ciamento de equipamentos e de câmaras frigoríficas como até mesmo na construção de novos aviários”, destacou Turra, frisando que é na área de atuação do BRDE onde se concentra a produção agríco-la nacional.

vendas de frango crescem 69% em agosto

A balança comercial brasileira, no mês de agos-to de 2008, registrou ex-portações de US$ 19,747 bilhões (média diária de US$ 940,3 milhões) - segun-do maior resultado mensal da história - e importações de US$ 17,478 bilhões (mé-dia diária US$ US$ 832,3 milhões) - valor e média re-cordes. Esses desempe-nhos resultaram num supe-rávit comercial (diferença entre as exportações e as importações) de US$ 2,269 bilhões (média diária de US$ 108 milhões) e numa corrente de comércio (soma das exportações com as importações) de US$ 37,225 bilhões, núme-ro também recorde para meses de agosto.

As exportações de manufaturados (US$ 8,286 bilhões), básicos (US$ 8,183 bilhões) e semima-nufaturados (US$ 2,789 bi-lhões) apresentaram re-cordes para os meses de agosto. Em relação a agosto de 2007, as vendas internacionais de básicos cresceram 74,8%, princi-palmente minério de co-bre (+224,1%), petróleo em bruto (+144,1%), mi-nério de ferro (+110,1%), soja em grão (+75,1%), carne de frango (+69 %), carne bovina (+49,3%), café em grão (+30,7%), carne suína (+29,4%) e fa-relo de soja (+23,5%).

A diretoria da Tyson Foods anunciou, recente-mente, a entrada da em-presa no Brasil. Segundo os diretores, ela se torna a única empresa avícola do mundo presente, a um só tempo, nos três maiores produtores e consumidores mundiais de carne de fran-go: EUA, China (onde a empresa já tem três joint-ventures) e Brasil, que jun-tos respondem por mais da metade da produção e do consumo do produto. Isso, sem contar que os três paí-ses garantem mais de 80% das exportações mundiais de carne de frango.

A empresa norte-ame-ricana adquiriu no Brasil a Macedo Agroindustrial (de

tyson Foods entra para o mercado avícola brasileiro

São José/SC), e dois abate-douros novos e modernos: a Avita (de Itaiópolis/SC) e a Frangobras (de Campo Mourão/PR).

caPacidadE dE abatE

A Macedo Agroindus-trial, que hoje abate pou-co mais de 60 mil cabeças/dia, deve receber novos investimentos da Tyson e chegar, mediante a opera-ção em turnos, a 176 mil cabeças/dia. A Avita abate atualmente 38 mil aves/dia, mas tem potencial para abater 320 mil cabe-ças/dia, mesmo volume a que pode chegar a Fran-gobras, que detém hoje a capacidade para 160 mil cabeças/dia.

A Biorigin, empresa de leveduras e derivados, acaba de fechar um acordo com a Nutron para a distribuição de prebiótico para nutrição animal: o ActiveMOS no Bra-sil. Esta estratégia faz parte do crescimento da Biorigin no mercado brasileiro. A Bio-rigin hoje exporta cerca de 80% da produção com des-taque para Europa e América Latina na Nutrição Animal.

“Essa aliança traz ga-nhos ao mercado nacional que terá ampla cobertura e conhecimento dos resulta-dos e benefícios gerados pelo ActiveMOS, além da oportunidade de somar al-gumas das fortalezas de am-bas empresas, resultando na consolidação e posiciona-mento da marca no Brasil”, comenta Paula Curiacos, co-ordenadora de nutrição ani-mal da Biorigin.

QualidadE

Segundo Ronnie Dari, gerente de produtos da Nu-tron, este acordo entre as empresas há muito era espe-rado. “A Nutron já vinha se preparando para entrar no mercado de prebióticos há mais de dois anos. O primei-

Biorigin fecha parceria com a nutron

ro passo, ainda em 2006, foi encontrar uma empresa que se identificasse com a nossa política de qualidade. Agora, com esta parceria comercial, vamos oferecer aos produto-res uma solução para melho-rar o desempenho dos ani-mais, sem restrições de uso”, afirma Dari.

A Nutron Alimentos, pertencente ao Grupo Provi-mi, que está entre os lideres do mercado de premix no Brasil. O Grupo Provimi atua no mundo inteiro em todos os tipos de nutrição animal.

Produtores de aves e suínos participam do

SuperFas

A Super Feira dos Avicultores e Suinoculto-res de Minas Gerais (Su-perFas), realizada no mês de setembro, nasceu com o objetivo de unir dois grandes setores do agro-negócio municiando-lhes de informações e propi-ciando às empresas ex-positores a geração de negócios.

Para atingir esta meta a organização da feira - feita pela Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg) em conjunto com a Asso-ciação dos Avicultores de Minas Gerais (Avimig) com o apoio das cooperativas Cogran, Cooperoeste, Cosuipam e Sindicato Ru-ral de Pará de Minas - criou estratégias que le-varam ao Parque de Exposições Francisco Oli-vé Diniz, na cidade de Pará de Minas /MG, um grande número de produ-tores e empresas de di-versos segmentos da ca-deia produtiva.

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Brasil já é o maior exportador de carne de frango

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11setembro de 2008

A safra de grãos de 2008 no Brasil

deve ser 9% maior do que no ano passado, chegando a uma produção de 145,1 mi-lhões de toneladas (conside-rado o período de janeiro a dezembro). Novamente a maior contribuição é dos produtores rurais do Paraná, líderes da produção, respon-sáveis por 21,1% do total, se-guidos pelos agricultores do Mato Grosso (19,7%), Rio Grande do Sul (15,6%) e Goi-ás (9,1%).

O levantamento do IBGE de agosto aumentou 4.410 toneladas em relação à previsão de julho. Os técni-cos explicam que o pequeno crescimento se deve a reajus-tes das culturas de verão, com a conclusão de colheita, reavaliações do sorgo e milho segunda safra e de acrésci-

gRãoS – produtores rurais do paraná Lideraram a produção, seguidos peLos agricuLtores do mato grosso

Safra brasileira aumenta quase 10%mos nas estimativas de plan-tio do feijão terceira safra. As culturas de inverno registra-ram pequenos decréscimos.

Com duas colheitas no ano, o milho participou com 58,59 milhões de toneladas ou 14% (7,21 milhões de to-neladas) a mais que na safra passada. Já a soja cresceu 2,8%, o equivalente a 1,66 milhões de toneladas. Outro grão em evidência foi o tri-go, com 3,82 milhões de to-neladas, diferença de 71,2% para cima. Apesar deste au-mento, esta quantidade ain-da não é suficiente para abastecer o mercado inter-no, o que leva o Brasil a im-portar parte do produto da Argentina.

balança coMERcial

Por outro lado, as ex-portações dos outros grãos

cresceram. Até o final do ano serão embarcadas 52,17 milhões de toneladas de mi-lho, soja, feijão e algodão. De janeiro a julho, a saída desses produtos e seus deri-vados já rendeu ao País US$ 13,29 bilhões. A balança co-mercial do agronegócio, nesse mesmo período, con-tabilizou US$ 40,11 bilhões em exportações.

De acordo com o presi-dente da Conab, Wagner Rossi, este panorama con-solida o agronegócio como um dos principais protago-nistas da economia brasilei-ra. “Esses avanços são fruto da capacidade empreende-dora do produtor brasileiro e da política de apoio con-sistente do governo à agri-cultura”, explica.

Da Redação

Com o tema central “Agroenergia, produção de alimentos e mudanças cli-máticas: desafios para milho e sorgo” , o 27º Congresso Nacional de Milho e Sorgo foi realizado em Londrina/PR, entre os dias 31 de agos-to e 4 de setembro. Com quase mil congressistas ins-critos, 70 palestras, o III Sim-pósio sobre a Lagarta-do-Cartucho, um Workshop sobre Manejo e Etiologia da Mancha Branca do Milho e um número recorde de 600 trabalhos pôsteres inscritos e apresentados, o presiden-te da Associação Brasileira

ABMS encerra Congresso em Londrina e elege nova diretoriade Milho e Sorgo (ABMS), Paulo César Magalhães, que deixou o cargo durante o evento, se diz satisfeito com os resultados do Congresso: “Não poderia ser melhor. Ti-vemos um alto índice de par-ticipações, com os melhores palestrantes e estandes das principais empresas”.

Segundo o presidente da comissão organizadora do congresso, o pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) Rodolfo Bian-co, a avaliação é das mais positivas. “A sensação é de missão cumprida. Consegui-mos realizar um congresso

agradável com destaque para a integração entre os participantes”, diz ele. “Os temas do encontro foram ri-camente abordados, trazen-do mais luz a assuntos tão atuais como agroenergia, re-lação da produção de ener-gia e de alimentos, além do desafio do milho, frente às mudanças climáticas”, reite-rou o pesquisador.

ElEição

Durante o evento foi eleita a nova diretoria da ABMS, em Assembléia. No total são 15 integrantes das regiões Nordeste, Sul, Su-

deste e Centro-Oeste que tomaram posse. Na presi-dência ficou Ivan Cruz, da Embrapa Milho e Sorgo, para a gestão 2008/2010. O presidente que deixou o cargo, Paulo César Maga-lhães ressaltou o progresso da Revista Brasileira de Mi-lho e Sorgo, publicação téc-nico-científica da instituição que busca atingir a classifi-cação A no Sistema Qualis da Capes.

A Assembléia da ABMS definiu também o local do 28º Congresso, que será rea-lizado em 2010, na cidade de Goiânia.

Os preços mínimos de garantia para a safra 2008/2009 já estão valendo. Os valores reajustados em até 65% foram publicados no início de setembro, no Diário Oficial da União e estão defi-nidos no Decreto 6557. Os novos preços da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) vão recompor a alta de custo de produção agro-pecuária e se adequar à nova cotação das commodities.

Os preços mínimos para a safra 2008/2009, anuncia-dos em julho, serão assegu-rados aos produtores e às cooperativas, sem incidência do Imposto sobre Circula-ção de Mercadorias e Servi-ços (ICMS) e da contribuição ao Instituto Nacional do Se-guro Social (INSS). O feijão teve alta de 65,22% em rela-ção ao ciclo 2007/2008, pas-sando de R$ 48,42 para R$ 80,00 o saco de 60 kg. O ar-roz longo fino passou de R$22,00 para R$ 25,80 a saca de 50 kg, 17,27% mais que na safra anterior.

O milho produzido nas regiões Sul, Sudeste, Mato

Preços mínimos para Safra 2008/2009 já estão em vigor

Grosso do Sul, Goiás e Dis-trito Federal teve um reajus-te de 17,86%, com a saca de 60 kg passando de R$ 14 para R$ 16,50. No Mato Grosso e Rondônia o reajus-te foi de 20% e o preço da saca de 60 kg, que era de R$ 11 ficou em R$ 13,20. As saca de 60 kg do trigo (tipo 1/pão) passou para R$ 24, aumento de 20%.

EstoQuEs Públicos

O Governo definiu no Plano Agrícola 2008/2009 a intenção de ampliar os esto-ques públicos com as opera-ções de PGPM. No momen-to da colheita, se os preços ficarem abaixo do mínimo aprovado, serão utilizadas as operações de Aquisição do Governo Federal (AGF). Des-ta forma haverá uma susten-tação de preços para o pro-dutor e a garantia de abastecimento para o mer-cado consumidor.

A proposta é de que os estoques públicos passem de 1,5 milhão de toneladas em 2008, para seis milhões de toneladas em 2009.

Coopagrícola vai investir R$ 4 milhões em novo secador

O presidente da Coo-pagricola (Cooperativa Agrí-cola Mista de Ponta Grossa), Gabriel Nadal, assinou no fi-nal de agosto, contrato de financiamento de R$ 2,1 mi-lhões com o BRDE (Banco Regional de Desenvolvimen-to do Extremo Sul). A reunião contou com a presença de José Moraes Neto, vice-pre-sidente e diretor de acompa-nhamento e recuperação de créditos do BRDE; Paulo Sta-rke, gerente de operações; e Carlos Olson, superinten-dente. Os recursos serão uti-lizados na construção de um secador que terá capacidade de armazenar 200 toneladas de grãos. O projeto, consi-derado prioritário para a co-operativa, tem um investi-mento total estimado em R$ 4 milhões. “O novo secador, que terá equipamentos de última geração, vai reduzir custos e melhorar a presta-ção de serviços da coopera-tiva”, afirmou Nadal.

No final de agosto, o Banco Central publicou a Resolução 3601, que am-plia de R$ 3 mil para R$ 4mil por hectare o valor destina-do ao cafeicultor para cus-teio e colheita da safra de café com recursos do Fun-do de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). O teto

Cafeicultor terá R$ 4 mil por hectare para custeio e colheita

por produtor fica mantido em R$ 400 mil. Esta norma também estabelece que a utilização de linha de crédi-to para financiar a estoca-gem do produto é válida apenas para produtores que estejam em dia com os financiamentos para cus-teio e colheita.

Culturas de verão tiveram bom desempenhoIA

PAR

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12 setembro de 2008

O último dia da 53ª Festa do Peão de

Boiadeiro de Barretos – 31 de agosto - revelou os grandes vencedores do 16º Barretos International Rodeo.

Na modalidade que gera mais expectativa nas arenas, a montaria em touro, o competidor Leonil Soares dos Santos, de Colorado (PR), parou os oito segundos no touro Brasileiro, da Cia. Livramento e, com 86,25 pontos, conquistou o primei-ro lugar, levando como prê-mios uma caminhonete Dod-ge Ram e a classificação automática para a final do mundial da Professional Bull Riders em Las Vegas. No to-tal, o competidor fechou a disputa com 424,50 pontos.

Leonil, que tem 30 anos, entrou para o 16º Barretos In-ternational Rodeo pelo ranking da PBR Brasil no qual estava

AgRoDEStAqUE – LeoniL dos santos vence finaL em touro e está na finaL da pbr em Las vegas

Peão de Colorado é campeão da 53ª Festa de Barretosentre os 20 classificados da en-tidade. O peão iniciou a carrei-ra no rodeio profissional com 18 anos, mas monta em touros desde os 15.

Com carreira em ascen-são, o competidor já possui entre suas conquistas o título de campeão em Maringá/PR, Nova Esperança/PR, Potiren-daba e vice-campeão em Americana e Jaguariúna, mu-nicípios do interior paulista.

PRova dE tRês taMboREs

Camila Assis Martins al-cançou o título de campeã da prova de Três Tambores do 16º Barretos International Rodeo. Foram quatro dias de competi-ções em que a amazona da ci-dade do Rio de Janeiro brilhou e após entrar para a final em 7º lugar, fez o tempo de 18,027s e terminou com o menor no to-tal: 54,300s.

A campeã, que tem 24 anos, já venceu diversas im-portantes competições da modalidade e no ano passa-do ficou em segundo lugar em Barretos. Neste ano, ela competiu montando o cava-lo EF Triunfo Shady e ganhou uma moto 0 quilômetro e R$ 2 mil em dinheiro.

sEla aMERicana

O competidor norte-americano Cody Demos foi o campeão da modalidade sela americana na 53ª Festa do Peão de Barretos. Cody mon-tou na final o animal Atráz, da Cia. Dito Soncio e ficou com 84 pontos. Em segundo lugar ficou o competidor brasileiro Vilson Martins Araújo da cida-de de Itapetininga /SP.

cutiano

Um grande espetáculo nas montarias em cavalo, esti-

lo cutiano, foi presenciado na final do 16º Barretos Interna-tional Rodeo. O competidor Pablo Luís Bertolin foi o cam-peão da modalidade montan-do a égua Malícia do tropeiro Giuliano Verde, considerada uma das mais temidas e valio-sas do rodeio nacional. O competidor fez também a melhor nota da grande final que reuniu os 10 melhores pe-ões: 80,50 pontos.

Natural de Mirassol/SP, esta foi a primeira vez que Pablo participou do rodeio de Barretos. “Só de estar em Barretos já é uma vitória, vencer então é uma felicida-de muito grande”, diz. O competidor tem 23 anos e já conquistou vários prêmios em apenas 4 anos de carreira – foi campeão em General Salgado, Guaraci, José Boni-fácio e vice em São José do Rio Preto. Da final de Barre-

tos, Pablo leva pra casa R$ 20 mil em dinheiro e uma moto 0 quilômetro.

Já o melhor animal do campeonato cutiano foi a égua Dama da Noite, da Cia. W.R. que obteve a melhor performance ao longo do In-ternational Rodeo.

baREback

O competidor Luiz Car-los Moreira, de São Paulo, foi

o grande campeão da mo-dalidade bareback em Barre-tos. Com a vitória, Luiz Car-los totalizou cinco vitórias na modalidade no maior rodeio da América Latina - venceu em Barretos este ano e em 2001, 2003, 2005 e 2007.Na grande final, Luiz Carlos montou o cavalo Little Pistol, da Pro Horse, e totalizou 161 pontos na competição.

Da Redação

A Syngenta participou do 41º Congresso Brasileiro de Fitopatologia, realizado pela Sociedade Brasileira de Fitopatologia, no mês de agosto, no Minascentro, em Belo Horizonte/MG. Na oca-sião, a Syngenta apresentou Adante, produto inédito no mercado que une um inseti-cida e um fungicida em sua composição, controlando, ao mesmo tempo, três pro-blemas: a ferrugem asiática e outras duas pragas (perceve-jo e a mosca-branca), que atacam freqüentemente as culturas de soja.

Os 1,5 mil profissionais esperados no evento conhe-ceram e discutiram temas

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Syngenta lança Adante em Congresso de Fitopatologia

técnico-científicos ligados à Fitopatologia, a ciência que estuda as doenças das plan-tas, englobando todos os seus aspectos, desde o diag-nóstico, sintomatologia, etiologia e epidemiologia, até o seu controle.

O produto foi criado especialmente para utiliza-ção nas plantações brasilei-ras, uma vez que, por meio de um levantamento reali-zado pela Syngenta entre os produtores de soja do País, constatou-se a neces-sidade de uma fórmula que reunisse todos os princípios ativos necessários para um controle completo de do-enças e pragas.

“A Syngenta investe maciçamente em pesquisa e tecnologia, sempre com o objetivo de desenvolver novos produtos que bus-cam preencher necessida-des não atendidas no cam-po e facilitar o dia-a-dia do produtor rural. O levan-tamento que fizemos entre os produtores de soja bra-sileiros nos norteou na criação de Adante que, mais uma vez, demonstra o nosso compromisso com a inovação, que auxilia a elevar a produtividade e a qualidade dos alimentos”, ressalta Thomas Altmann, gerente de marketing da Syngenta.

A John Deere participou da inauguração no novo La-boratório de Mecanização Agrícola da Universidade Fe-deral de Lavras (UFLA), no iní-cio de setembro. As novas instalações são compostas por um mini-auditório com equipamento multimídia, dois laboratórios de componentes mecânicos e uma oficina de máquinas agrícolas, doados pela John Deere, pelo projeto Parceiros da Tecnologia.

John Deere doa novo laboratório e colheitadeira para UFLAAlém dos componentes para o novo laboratório, a compa-nhia doou à universidade uma moderna colheitadeira 9650 STS, que conta com a mais moderna tecnologia para a colheita de grãos.

“O programa Parcei-ros da Tecnologia é utiliza-do há alguns anos pela John Deere para incentivar parcerias com universida-des e instituições que ge-ram tecnologia voltada

para o mercado agrícola e trabalham diretamente na formação de profissionais deste segmento”, diz João Pontes, gerente divisional de Vendas da John Deere. “Entretanto, esta é a pri-meira vez que realizamos um investimento desta magnitude, que é fruto do trabalho desenvolvido pela UFLA e pelos concessioná-rios Minas Verde e Treviso”, completou.

A Unidade de Proteção de Cultivos da BASF lançou o inseticida Focus WP para cul-turas de hortifruti. Com este produto, a empresa reforça sua parceria com os produto-res e seu compromisso em apresentar soluções inovado-ras eficazes no controle de pragas e ervas daninhas que provocam perdas de rendi-mento nos cultivos.

Focus WP é um insetici-da desenvolvido com moder-na formulação à base de clo-tianidina, segundo informa a

BASF desenvolve inseticida para culturas de hortifrutiempresa. Sua aplicação per-mite o controle das principais pragas, que atacam as cultu-ras hortículas, como a mosca branca, pulgões e o tripes, que além de prejudicarem o desenvolvimento das plantas pela injeção de toxinas, favo-recem o surgimento da fuma-gina . Estas pragas também são vetores transmissores de viroses que acarretam perdas de produtividade de até 40% nas lavouras. Contra este ata-que, a ação do Focus WP é eficaz, pois alcança mesmo

aquelas alojadas na face infe-rior das folhas, sem que elas tenham entrado em contato direto com o defensivo, infor-ma a empresa.

“Nosso compromisso é oferecer soluções que asse-guram maior rendimento aos agricultores e, sobretudo, mais qualidade aos produtos que vão chegar à mesa dos consumidores”, afirma Wal-ter Jacobelis, gerente de proteção de cultivos de HF. Para mais informações aces-se: www.agro.basf.com.br

Lançado no final do ano passado, o medica-mento Kinetomax revolu-cionou o mercado de anti-bióticos para bovinos e suínos. A Unidade Gado de Leite da Bayer Health-

Bayer comemora um ano de Kinetomax na ExpointerCare comemorou o suces-so do medicamento du-rante a Expointer 2008.

De acordo com a em-presa, o estande da Bayer foi muito visitado pelo pú-blico do evento, que so-

mou mais de 435 mil pes-soas. O destaque foi para o Kinetomax (antibiótico de dose única e rápida re-cuperação) e o Baymec Prolong (endectocida de ação prolongada).

A Merial Saúde Animal anunciou a aquisição do labo-ratório argentino Romage S.A. e já estuda a incorporação de alguns de seus produtos ao portifólio de soluções disponi-bilizadas no mercado brasileiro. Aquisição estratégica para o fortalecimento do negócio da Merial, a operação pretende ampliar a atuação da compa-

Merial adquire o laboratório Romagenhia no mercado de pecuária leiteira, já que a Romage possui grande tradição na fabricação de antibióticos para a atividade, além de outros produtos para bovinos, caprinos, suínos.

O laboratório argentino possui algumas das marcas veterinárias mais reconheci-das do País. Entre elas os anti-bióticos Novantel, Romagel,

Delmor, L 300 e a solução nu-tricional Sanifer 20.

Carlos Molle, diretor da Merial na Argentina, ressalta que a aquisição demonstra a confiança da empresa na produção animal na região.

É a segunda aquisição da Merial em um ano. Em novem-bro de 2007, a empresa incor-porou a neozelandesa Ancare.

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