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Rita Amorim9 8363-3210
MODULO 3
18. Aplicações da TCC
18.1. Transtornos de Ansiedade Infantil
18.2. Depressão Infantil
18.3. Transtorno bipolar Infantil
18.4. TDAH - TDO
18.5. Transtorno de conduta
19. Atividades práticas - Estudo e discussão de
Caso Prático
Na infância não podemos afirmar que há uma variável
única que apareça como a causa da psicopatologia.
Entende-se que o comportamento é multideterminado
por um número de fatores causais (biológicos, genéticos,
interpessoais e ambientais) que interagem contribuindo
para o desenvolvimento patológico.
Mas, há evidência empírica relativa a que a intervenção
sobre o processamento individual de informação
apresenta uma importante incidência sobre as
manifestações emocionais e comportamentais (Kendall,
2000)
Esses processos cognitivos são condicionados por
crenças que o indivíduo mantêm sobre si mesmo, o
mundo e o futuro. Estas crenças são construídas ao
longo do desenvolvimento e funcionam como lentes que
guiam a percepção, recuperação, processamento e
interpretação da informação.
Quando a resposta emocional ou comportamental da
criança a um evento é desadaptativa,
presume-se a ingerências nas suas habilidades
comportamentais, ou distorções nas crenças e
processos resultantes.
TRANSTORNO DE ANSIEDADE EM CRIANÇAS
Como sentimos emocionalmente a ansiedade ?
Normalmente, aparece em nossa vida como um sentimento
de apreensão, uma sensação de que algo está para
acontecer, uma expectativa e um estado de alerta.
A ansiedade é responsável por uma
constante pressa em terminar as coisas que ainda nem
começamos, um estado de "susto crônico e contínuo".
É a corrida para não deixar nada para trás.
É um estado de alarme contínuo e uma prontidão para o
que der e vier.
Ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo,
apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto
derivado de antecipação de perigo, de algo
desconhecido ou estranho.
Em crianças, pode causar efeito significativo no
funcionamento diário, criar um impacto na trajetória do
desenvolvimento e interferir na capacidade de
aprendizagem, no desenvolvimento de amizades e nas
relações familiares.
Diferentemente dos adultos, crianças podem não reconhecer
seus medos como exagerados ou irracionais,
especialmente as menores.
A ansiedade envolve componentes:
Cognitivos: avaliações de situações e eventos são vistas
como um risco antecipado (ideias catastróficas,
sensação de insegurança, sentimentos de inferioridade)
Fisiológicos: prepara o corpo para alguma ação que
se faça necessária . Ex. luta ou fuga (taquicardia,
opressão no peito, sintomas respiratórios e
gastrointestinais como náuseas)
Comportamentais: ajuda a criança a antecipar e evitar
um perigo futuro.(evitamento/esquiva, inquietação)
Ansiedade é uma resposta normativa concebida para
facilitar a auto-proteção, com o foco particular do
medo e da preocupação variando de acordo com o
desenvolvimento da criança e suas experiências
anteriores.
A preocupação é um dos componentes mais importantes
da ansiedade.
O conteúdo foca-se no desempenho escolar, em
morrer, na saúde (machucar e ferir) e nos contatos
sociais e pensamentos autocríticos e de perigo ou
ameaça, porém se alteram ao longo da infância.
Relacionando medo e ansiedade a:
Crianças muito pequenas:
ruídos repentinos, acontecimentos
inesperados e cautela em relação a
estranhos;
Conforme a criança vai desenvolvendo apego,
é comum surgir um medo de separação no
final do primeiro ano.
Em torno dos 6 a: continuam as preocupações
com a perda do pais ou em se separar deles;
Entre 10 e 13 a: surgem temores quanto a
ferimentos, morte, perigos e desastres naturais;
Na adolescência: Temores baseados em
comparações sociais, é comum a ansiedade em
relação a falhas, críticas e aparência física.
1 – HipotálamoRegião neurológica mais importante
para o início do processo orgânico
de ansiedade.
Uma região capaz de integrar uma
série de informações
recebidas pelo SNC.
2 - Depois de integradas essas informações, o Hipotálamo age
sobre a Hipófise.
A Hipófise, passa a
estimular toda a constelação endócrina do
organismo.
3 - As Supra-Renais produz adrenalina e
cortisol
( são glândulas da maior importância no processo de Ansiedade e Estresse)
4 - Através de um esquema neuro-
endócrino-visceral todo
organismo participará da
atitude do Estresse e da Ansiedade
1
2
3
Avaliação Infantil durante anamnese:
Entrevista clínica estruturada ou semi-
estruturada
obter o diagnóstico -
investigar as informações – identificar e quantificar
os sintomas e áreas de comprometimento - definir
alvos de mudança terapêutica
Auto relatos dos pais – professores - criança
Instrumentos:
MASC
Escala de levantamento de medos
Inventário de Ansiedade Traço Estado para Criança (IDATE),
Escala de Ansiedade Infantil "O Que Penso e Sinto" (OQPS)
CBCL - Inventário de Comportamentos da Infância e
Adolescência
Escala Yale-Brown de Obsessões e Compulsões versão para
crianças (Y-BOCS-VC)
Inventário de Obsessões de Leyton
Inventário de Ansiedade e Fobia Social para Crianças (ISPAI-
C)
Utilizar critérios do DSM IV
Tratamento farmacológico:
Não são considerados terapêutica de primeira
escolha em crianças e adolescentes.
Há alguns estudos com utilização de fluoxetina e
sertralina associada à TCC
Tratamento com a TCC:
Objetivo: Não consiste em substituir pensamentos, mas
sim
ajudar a criança identificar e questionar o seu
pensamento disfuncional desconfirmar crenças
catastróficas
Centra-se em acalmar sintomas angustiantes
(psicológicos, emocionais, comportamentais-corporais ou
somáticos, cognitivos e interpessoais)
ensinando mais habilidades de enfrentamento.
Envolve três estágios:
A psicoeducaçao (TCC – transtorno - seus aspectos
neurobiológicos e psicológicos) e reações fisiológicas;
A reestruturação cognitiva – erros cognitivos
(catastrofização)
As intervenções baseadas em exposições e
prevenções de resposta ao estímulo fóbico.
Intervenções e Técnicas da TCC:
Consciência das reações corporais em estado de
ansiedade
Automonitoração
Treino de respiração
Treinamento em relaxamento
Reestruturação cognitiva
Técnica de exposição gradual – imaginação e in vivo
Utilização de recompensas contingentes
Solução de problemas
Correção de pensamentos distorcidos
Treino de habilidades sociais
Prevenção de respostas baseadas em hierarquia de
sintomas
Hierarquia de Evitação e Medo lista-se as “10
mais” difíceis situações numa ordem estabelecida
de acordo com o nível de medo e\ou evitação.
Estas situações são avaliadas pela ação da criança
e dos pais em uma escala de 0 a 10
(0=sem medo, sem evitação - 8=medo extremo,
sempre evita).
Processo terapêutico
Instrumento específico
Objetivo
Automonitoraçao
Balões
Trilhas do medo
Termômetro do medo
Inventários de autos relatos
Determina Unidades subjetivas de sofrimento
Serve como base para construção de hierarquia de ansiedade e medo
Identifica os componentes cognitivos, emocionais, interpessoais , fisiológicos e comportamentais do medo
Avalia o grau de medo e ansiedade – Serve como base para a intervenção
Avalia quantitativa e qualitativamente os componentes específicos de medos e ansiedades. – Fornece alvos para o tratamento
Relaxamento
Respiraçao diafragmáticaRelaxamento Muscular Progressivo
Diminui a tensão muscular e as queixas somáticas
Contra-condicionamento
Dessensibilizaçao sistemática
Rompe as associações entre sinais geradores de ansiedade e resposta do medo
Treinamento de Habilidades Sociais
Fantoches – role-play
Enevoar-se
Ignorar e afastar-seDistraçãoObservação
Diário de provocações
Prática de HS de maneira divertida e gradual
Quando sente-se provocado fingir espanto e responder com humor ( a criança desaponta seus provocadores
Observar como o outro lida com as provocações
Registrar (Como fui provocado - Como me senti - O que passou em minha cabeça - O que fiz - Como funcionou t=terrível o=ótimo)
Depressão Infantil
Transtorno Bipolar Infantil
FAIXA ETÁRIA AUTOR REFERE QUE:Feto Eduardo Sá
(2001)Os fetos podem deprimir, devido por ex.:Ansiedade maternal na gravidez, Atraso no desenvolvimento fetal ou após o nascimento.
Primeira Infância (0 a 2 anos):,
Clerget (1999) A ansiedade pode se apresentar com:Recusa em alimentar-se; Atraso no crescimento, no desenvolvimento psicomotor, da linguagem; Perturbação do sono e afecções somáticas.
Idade pré-escolar (2 a 6 anos):
Kashani, et al. (1987) Clerget (1999)
A perturbação depressiva, se manifesta por Distúrbios de humorDistúrbio vegetativo; Nas crianças pequenas, podem existir:Comportamentos regressivos a todos os níveis, nomeadamente a nível esfincteriano, motor e de linguagem.
A depressão se manifesta de modos diferentes conforme a idade da criança
FAIXA ETÁRIA
AUTOR REFERE QUE:
Idade Escolar (6 a 12 anos):,
Clerget (1999)
Entre os 6 e os 8 anos - tristeza prolongada, ansiedade de separação e sintomas psicossomáticos.
Acima de 8 anos: expressam os seus sentimentos depressivos através de baixa auto-estima, ideias autodepreciatórias, sintomas psicossomáticos, baixa de energia, interesse e desespero, etc.
Muitas vezes manifesta dificuldades escolares, elevação da ansiedade, do desinteresse, das dificuldades da concentração intelectual e dos problemas de comportamento, além dos problemas alimentares e de sono.
Podem também surgir queixas psicossomáticas.
Sintomas comuns:
Humor depressivo ou irritável, dificuldade de
concentração, alteração do sono (frequente
hipersonia em crianças) ou apetite, sintomas de
culpa ou inutilidade, diminuição de interesses,
isolamento social, declínio escolar, fadiga e
pensamentos de morte ou suicídio, ainda que em
crianças menores de sete anos a noção de morte não
tenha conotação definitiva.
A irritabilidade e o comportamento agressivo
são sintomas frequentes entre os adolescentes
deprimidos, principalmente no sexo masculino.
Comorbidades
Ansiedade,
Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade,
Uso de substâncias químicas (álcool e drogas) e
Transtorno de conduta.
É comum também:
problemas neurológicos que sofreram danos
cerebrais, portadores de epilepsia ou
enxaqueca.
Avaliação:
Entrevista com pais e outros;
Observações em sessões, em casa e na escola
Desenhos, redações, argila, etc...
Inventários e monitoramento de atividades diárias;
Investigações das principais características e funcionamento
social e conjugal dos pais que podem estar influenciando
direta ou indiretamente o comportamento da criança e
Na comunicação familiar, desempenho de papéis,
regras,
punições, etc...
Comportamentos familiares que exponha a criança a riscos,
como violência doméstica (incluindo negligência, abuso
psicológico, físico e sexual), alcoolismo, drogadição, etc...
Modelo cognitivo da depressão proposto por Beck
Alterar a visão de si, dos outros e do futuro
(tríade cognitiva),
uma vez que elas podem ser errôneas,
demasiadamente rígidas, difíceis de serem
mudadas, levando o sujeito à
disfuncionalidade.
Técnicas
Psicoeducação;
Treinamento de Habilidades Sociais e
Assertividade (iniciar e manter diálogos, defender
seu ponto de vista e entender que os outros podem
não concordar, que isso não significa ser rejeitado,
expressar seus desejos de forma adequada, etc...)
Treinamento de Resolução de Problemas
Modelação – estimular o paciente na busca de um
comportamento desejado.
Treinamento aos pais
Curso de Enfrentamento da Depressão – (CADA)
Adolescentes 14-18a (16 sessões de 2h)
Grupo em formato de um curso com forte traço
psicoeducacional, de caráter não estigmatizante
Papel terapeuta instrutor em diversas técnicas
como:
Fase aguda:
Monitoramento do estado de ânimo
Habilidades Sociais
Atividades agradáveis
Manejo da ansiedade
Reestruturação cognitiva
Técnicas de comunicação
Resolução de problema
Com pais (2 sessões):
Treinamento em habilidades de resolução de
conflitos
Transtorno bipolar do humor
Alterações cíclicas do humor que se manifestam
com episódios depressivos alternando-se com
episódios de euforia/mania em diferentes graus
de intensidade.
Está associado a alterações cerebrais funcionais
envolvendo áreas como o lobo pré-frontal e a
amígdala, fundamentais para o processamento das
emoções e motivação.
E também:
A produção de serotonina, um neurotransmissor que
atua no funcionamento harmônico do sistema nervoso.
Fase maníaca
Estado de humor excessivamente elevado, eufórico
Agitação de fala e comportamento
Excesso de pensamentos
Alterações no sono
Fase depressiva
Baixa auto-estima com sentimentos de tristeza,
vazio, falta de esperança, culpa excessiva ou
pessimismo.
Choro e melancolia.
Sentimentos de inferioridade.
Fadiga ou perda de energia e outros ......
Estado misto
É caracterizado por sintomas depressivos e maníacos
acentuados acontecendo simultaneamente em um
mesmo dia.
Estado de hipomania É um estado de euforia mais leve, que não causa
muitos prejuízos
Transtorno ciclotímico ou ciclotimia
Há uma alteração crônica e flutuante do humor,
alternando períodos de sintomas maníacos e
períodos de sintomas depressivos não graves e
nem suficientes para se ter certeza de se tratar de
depressão ou de mania.
O TB acarreta graves problemas no funcionamento
global das crianças e nos relacionamentos
familiares.
Elas apresentam dificuldades acadêmicas, nas
relações interpessoais e apresentam maior
risco para abuso de substâncias, além de
problemas legais, maior frequência de
comportamento suicida, e também maior
número de hospitalizações.
O TBI é uma doença séria que prejudica
severamente o crescimento emocional e
cognitivo da criança.
Em adolescentes:
Comumente não é reconhecido até o final da
adolescência devido às características da fase;
Podem ser confundidos com o TDAH, com um
transtorno de comportamento, com o TDO ou com o
transtorno de conduta (TC) e com a esquizofrenia.
Os sintomas mais frequentemente encontrados:
são mudanças episódicas de humor (depressão e
irritável) e raiva
descontrolada, com ausência de diferença de gênero na
apresentação do
sintomas.
Psicofármacos:
Estabilizadores de humor – primeira escolha:
lítio, Valproato de sódio , carbamazepina, antipsicótico (risperidona)
Estimulantes - Com comorbidade ao TDAH:
pode ser tratado, mas somente após estabilização
com um estabilizador do humor (antidepressivos e
estimulantes podem exacerbar sintomas de mania).
A TCC Inclui dois componentes:
O cognitivo
Que enfatiza a noção de que pacientes com transtorno
bipolar desenvolvem estilos de pensamentos
sobre si ou sobre o mundo, demasiadamente
negativos ou positivos.
Ex. crenças de que
“Não valho nada, ninguém gosta de mim” ou
“Sou muito melhor do que todos, posso fazer o que eu
quiser”,
desenvolvendo, assim, quadros de depressão ou
mania;
O comportamental
Aborda-se questões de modificação de
comportamento, a fim de melhorar os sintomas e
o relacionamento social
Ex.: Agenda de atividades físicas, culturais e sociais
para melhora dos sintomas depressivos e treinos de
manejo da raiva para sintomas de impulsividade.
Os esquema situação-pensamento-ação são
trabalhados buscando o reconhecimento e
entendimento dos pensamentos distorcidos,
modificando a forma de reagir às situações.
Técnicas:
Psicoeducação: (Fornecer material educativos)
Auxiliar a família a reconhecer os comportamentos da
criança como doença para pode prevenir crises e
melhorar a interação e o apoio familiar.
Focar a melhora da comunicação e gerando estratégias
de resolução de problemas sociais;
Indicar associações locais e se necessário, programa e
inclusão escolar, principalmente durante o período de
crise
Técnicas de manejo da impulsividade
(comportamentos) (ABC,
habilidades sociais);
Técnica de relaxamento e respiração (crises
maníacas)
Técnica de resolução de problemas.
Recompensas
Fortalecimento da auto-estima
Modelagem
Contenção de contingências - negociação e troca.
Treinamento de pais, com objetivo de diminuir o
comportamento-problema da criança ou
adolescente.
TDAH
Transtorno
desafiador de
Oposição (TDO)
Transtorno de
conduta
Crianças que não conseguem parar quietas, estão
o tempo todo “aprontando”, “a mil”, como se
estivessem “ligadas na tomada”.
Muitas vezes parecem não ouvir quando
chamadas, e quando “ouvem” parecem ter
muita dificuldade em se organizar para fazer o
que lhes é pedido.
Frequentemente têm dificuldade em aguardar
sua vez nas atividades, interrompem os outros,
mudam de assunto de forma recorrente e agem
impulsivamente, chegando a apresentar
comportamentos agressivos.
Na escola apresentam, frequentemente,
dificuldades no aprendizado, assim como no
relacionamento com seus colegas, levando tanto
a repetências quanto à evasão escolar, a
expulsões e a sentimentos de menos valia e
baixa auto-estima.
Etiologia:
Barkley postula que a conduta disfuncional da
criança seria problemática multicausal
relacionando os fatores:
Características da criança: Fatores
neurobiológicos, que influenciam no seu
temperamento e no funcionamento das áreas do
córtex pré-frontal orientadas ao planejamento,
inibição e controle das condutas.
Estressantes ambientais: características do
ambiente de criação e desenvolvimento da criança.
Consequências: reforço positivo e negativo dos
comportamentos disfuncionais.
Características dos pais: possível psicopatologia
em figuras significativas
Além de incompatibilidade de características
entre pais e as crianças
podem apresentar déficits na flexibilidade ou
adaptabilidade, na tolerância à frustração e\ou
na resolução de problemas.
Isso seria produto das dificuldades nas funções
executivas, habilidades de processamento
verbal, regulação das emoções, flexibilidade
cognitiva (ex. pensamento de tudo ou nada,
concreto) e nas habilidades sociais
Um transtorno de origem na infância que
caracteriza-se por dificuldades intensas e persistentes
na regulação da atenção e/ou impulsividade e
hiperatividade frequente, levando ao
comprometimento da vida social, profissional e
acadêmica.
Estudos epidemiológicos realizados em diversos
países, com características culturais revelaram que o
TDAH existe em todas as culturas.
Esses estudos comprovam que o TDAH NÃO é
secundário
a fatores ambientais como estilo de educação
dos pais (a famosa “falta de limites”) ou
conseqüência de conflitos psicológicos.
Sabe-se que várias áreas cerebrais estão
envolvidas no TDAH, principalmente o córtex pré-
frontal, que funciona como um “freio” inibitório.
Para prestar atenção a um estímulo precisamos
constantemente
filtrar, ou inibir os demais estímulos a nossa
volta.
Portanto, um comprometimento dessa região torna a
pessoa mais desatenta, hiperativa e impulsiva.
Avaliação diagnóstica do TDAH:
É feito a partir da demonstração de características
neurocomportamentais de desatenção e
hiperatividade/impulsividade comprometedoras do
funcionamento do indivíduo e impróprias para
determinada fase do desenvolvimento.
Na maioria dos casos, sinais de hereditariedade
É preciso descartar a hipótese de Retardo Mental.
• Não existem exames laboratoriais específicos;
• Como pesquisa utiliza-se a tomografia, ressonância
magnética ou SPECT cerebral;
• Utiliza-se a história clínica completa, entrevistas
(com criança, pais e professores)
• Avaliação médica neurológica
• Avaliação neuropsicológica (WISC-WAIS e outros)
Comorbidades com o TDAH:
• Transtornos disruptivos
(transtornos de conduta e transtorno desafiador de
oposição) – entre 30 e 50%
• Depressão – entre 15 a 20%
• Transtornos de ansiedade – aproximad. 25%
• Transtorno de Aprendizagem – 10 a 25%
• Abuso e/ou depend.de drogas – entre 9 e 40%
É a maior comorbidade encontrada em crianças e
adolescentes. Sua incidência pode chegar à 65%
dos casos de TDAH (DDA) dos quais 63% são
meninos e 32% são meninas.
Caracteriza-se por um comportamento
desafiador e opositivo com relação às figuras
de autoridade, principalmente pais e professores.
Para enfrentar e desobedecer aos comandos destes,
violam regras, mentem, podem ser agressivos,
desrespeitando limites e direitos alheios. Esse
comportamento resulta em respostas punitivas,
raivosas, descontroladas às quais crianças e
adolescentes revidam descontroladamente.
Geralmente sentem-se injustiçados por tantas
críticas e punições, gerando uma maior baixa
auto-estima, mais agressividade, maiores taxas
de disfunção escolar e transtornos anti-sociais.
Etiologia:
Acredita-se que fatores genéticos
associados a desencadeadores ambientais
possam estar envolvidos (práticas parentais
inflexíveis/inadequadas/inconsistentes.
Sintomas:
Iniciam-se normalmente antes dos 8 anos de Idade;
TDO
TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO
TDAH - TDO
MEDICAÇÕES UTILIZADAS NO TRATAMENTO DO TDAH
NOME QUÍMICO NOME COMERCIAL DOSAGEMDURAÇÃO DO
EFEITO
MEDICAMENTOS DE PRIMEIRA LINHA
Metilfenidato (ação curta)
Ritalina 5 a 20mg de 2 a 3 vezes ao dia
3 a 5 horas
Metilfenidato (ação prolongada)
Concerta
Ritalina LA
18 a 72mg pela manhã
20 a 40mg pela manhã
Cerca de 12 horas
Cerca de 8 horas
AtomoxetinaStrattera
bloqueador de NAAntidepressivo
10,18,25,40 e 60mg 1 vez ao dia Cerca de 24 horas
MEDICAMENTOS DE SEGUNDA LINHA (não são a primeira opção)
Imipramina (antidepressivo)
Tofranil2,5 a 5mg por kg de peso divididos em 2
doses
Nortriptilina (antidepressivo)
Pamelor1 a 2,5mg por kg de peso divididos em 2
doses
Bupropiona (antidepressivo)
Wellbutrin SR150mg 2 vezes ao
dia
Clonidina (medicamento anti-
hipertensivo)
Atensina0,05mg ao deitar ou
2 vezes ao dia 12 a 24 horas
Dentro da psiquiatria da infância e da adolescência é um dos
quadros mais problemáticos por situar-se nos limites da
psiquiatria com a moral e a ética.
Anteriormente chamado de Delinquência, o qual se caracteriza
por um padrão repetitivo e persistente de conduta anti-social,
agressiva ou desafiadora, por no mínimo seis meses.
Causa sérios prejuízos no funcionamento social,
acadêmico ou ocupacional, favorecendo uma espécie de
círculo vicioso: transtornos de conduta, prejuízo sócio-
ocupacional, repressões sociais, rebeldia, mais Transtorno
de Conduta.
A baixa tolerância a frustrações favorece as crises de
irritabilidade, explosões temperamentais e
agressividade exagerada, parecendo, muitas vezes,
uma espécie de comportamento vingativo e
desaforado.
Sintomas:
Crueldade com animais Destruição propriedade
alheia
Brigas Fuga de casa
Imposição de sexo a força Crueldade com pessoas
Uso de armas Provocação de incêndio
Ausência na escola Roubos …….
O diagnóstico de Transtorno de Conduta deve ser feito
muito cuidadosamente, pois pode ser indício do TDAH,
ou Retardo Mental, Episódios Maníacos do
Transtorno Afetivo Bipolar ou mesmo a
Esquizofrenia.
Tratamento psicofármaco
Estimulantes: metilfenidato (reduzem comportamento
desinibido)
Estabilizador do humor: litio – anticonvulsivantes
(reduzem descontrole
comportamental)
Antipsicóticos: Risperidona (reduz atividade do SNC)
Adrenérgicos: clonidina, propanolol…. (aumenta a
tolerância a frustração)
Foco da TCC está nas percepções e nos
pensamentos das crianças agressivas, que
costumam se caracterizar pela percepção de
ameaças e frustrações;
Nas funções cognitivas de autocontrole, ajuste,
avaliação e resolução de problemas (Kendall,
2000)
As técnicas e objetivos estão direcionados
aos déficits e as distorções do
processamento cognitivo dos eventos e a
sua regulação sobre emoções,
principalmente a ira.
Abordagens com a TCC
Psicoeducação – TCC e trantorno e aumento de
capacidades de raciocínio moral (sugestão de
dilemas morais)
Automonitoração (modelo ABC)
Proporcionar consequências imediatas do bom e do
mau comportamento. (o que ganha\o que perde)
Treinamento no manejo da raiva
Habilidades comportamentais básicas (HS)
Treinamento de empatia
Resolução de problemas
Abordagens com a TCC
Análise racional (RPD – reatribuiçao - Qual seria
outra explicação para a situação?)
Projeção do tempo
Abordagens auto-instrutivas (de propósito – Sem
querer)
Técnicas de relaxamento e de respiração
Modelagem
Manejo do comportamento em público
Programas de treinamento de pais (TP)
Formas de disciplina moderada
BIBLIOGRAFIAS
Bunge, E. Terapia cognitiva com crianças e adolescentes: Aportes técnicos – Casa do Psicólogo.Daniel J. Carlat – Entrevista Psiquiátrica – Artmed
Dorothy Stubbe – Psiquiatria da Infância e Adolescência – Artmed;
Judith S. Beck – Terapia Cognitiva – Teoria e Prática – Artmed
Mark A. Reinecke, Frank M. Dattilio, Arthur Freeman – Terapia Cognitiva com Crianças e Adolescentes – Manual para a prática clínica – Artmed
Paul Stallard – Bons Pensamentos – Bons Sentimentos – Artmed
BIBLIOGRAFIAS
Paulo Kanapp e outros - Terapia Cognitivo-Comportamental no Déficit de Atenção/Hiperatividade –– Artmed
Paulo Knapp & Colaboradores – Terapia Cognitivo Comportamental na Prática Psiquiátrica - Artmed;
Renato Maiato Caminha, Marina Gusmão Caminha – A Prática Cognitiva na Infância –– Roca
Robert D. Friedberg, Jéssica M. McClure - A Prática Clínica de Terapia Cognitiva com Crianças e Adolescentes –– Artmed;
Russell A. Barkley - TDAH – Guia completo para profissionais, professores e pais –- Artmed
Atividades práticas - Estudo de Caso
Crença Central (Qual é a crença mais central sobre si mesmo?)
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Crenças intermediárias
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HD:______________________________________________________________
Eixo DSM IV: ______________________________________________________
Estratégias Comportamentais (Quais comportamentos o ajudam a lidar com
a crença?)
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Metas e Intervenções: __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________