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RISCOS INERENTES AOS PROCEDIMENTOS ANESTÉSICOS
Enf.ª Elaine F. LasaponariCOREN –SP.nº68.582
19.07.2009
RESUMO DA APRESENTAÇÃO• Risco Anestésico-cirúrgico
• Estado Físico/ Classificação ASA
Avaliação Pré-anestésica
Preditores de dificuldade de IOT
Padronização do Atendimento
Posicionamento Cirúrgico
• Atribuições do Enfermeiro
• Considerações Finais
RISCOANESTÉSICO-CIRÚRGICO
§ Cardiopatia, tabagismo, nefropatia, distúrbios hematológicos, diabetes, pneumopatia;
§ Conhecimentos anatômicos apurados, destreza manual, rapidez, capacidade de tomar decisões, equipamentos disponíveis, equipe de enfermagem preparada e qualificada;
§ Seleção inadequada de técnicas e/ou anestésicos; duração da anestesia.
ESTADO FÍSICO / CLASSIFICAÇÃO ASA
• SAKLAD(1941), elaborou uma classificação de estado físico, considerando-se, as condições clínicas pré-operatórias associadas.
• Esta classificação foi adotada pela Sociedade Americana de Anestesiologistas (ASA), empregada universalmente, é importante ser assinalada no final da avaliação pré-anestésica.
CLASSIFICAÇÃO DA ASA
§ ASA I - Paciente sadio normal;
§ ASA II - Paciente com doença sistêmica leve;
§ ASA III - Paciente com doença sistêmica severa;
§ ASA IV - Paciente com doença sistêmica severa, que é
um constante risco para a vida;
§ ASA V - Moribundo que não se espera sobreviver sem a
cirurgia;
§ ASA VI - Paciente com morte cerebral declarada para
doação.
AVALIAÇÃO PRÉ- ANESTÉSICA
Objetivos da Avaliação Pré- Anestésica:
• Deverá ser realizada, antes de toda e qualquer anestesia;
• Aplicar anamnese, exame físico e registrar na ficha anestésica;
• Orientações sobre o jejum;
• Orientar o paciente sobre a anestesia, os cuidados peri-operatórios e tratamento dados para reduzir a ansiedade e facilitar a recuperação.
PREDITORES DE DIFICULDADE DE INTUBAÇÃO
Exame Físico:– Distância tireo-mento– Mobilidade cervical– Abertura bucal/Macroglossia– Características do pescoço
(curto/musculoso)– Tamanho dos incisivos centrais superiores– Mobilidade da mandíbula– Obesidade– Retrognatismo– Conformação do palato– Classificação de MALLAMPATI
Suave deslocamento para trás e algo para cima da cartilagem tireoid, osso ioide e/ou cartilagem cricóide
Procura corrigir situações em que a epiglote é visível, porém não a glote
Compressão laríngea externa
DIFICULDADE DE VENTILAÇÃO
• condição mais crítica do que a própria dificuldade de intubação.
Rastreamento:– História de “Apneia do sono”– História de ronco– Pescoço curto– IMC alto ( > 26 )– Retrognatismo– Presença de barba– Ausência de dentes
PADRONIZAÇÃO DO ATENDIMENTO
SAEP
Recepção no C.C
Monitorização/proteções
Procedimento anestésico-cirúrgico
Materiais para IOT difícil
• Lâminas diversas de laringoscópio
• Cânulas de diferentes tamanhos
• Fio-guia, trocadores de sonda
• Máscaras laríngeas e fast-trach
• Broncofibroscópio
• Capnografia
ALERGIA À LÁTEX
A borracha natural é extraída da Seiva da Seringueira, cultivada no Sudeste Asiático.
O agente alergênico mais importante parecem ser as proteínas de látex.
Vias de exposição e sensibilização podem ser resultado de contato com: pele, mucosas ou por via inalatória, ingestão, injeção parenteral, ferimentos.
ALERGIA À LÁTEXSão as principais fontes de antígenos entre as equipes/pacientes.
O enfermeiro deve ter habilidades para identificar os pacientes que apresentam risco .
Desenvolver um protocolo no intuito de prevenir complicações perioperatórias.
CONDUTAS PARA EVITAR COMPLICAÇÕES
• Identificar previamente os pacientes dos grupos de risco;
• Prevenir totalmente o contato com o látex;• Esforço conjunto multidisciplinar e apoio das instituições;• Cirurgias eletivas no 1º horário do dia;• Pacientes identificados com pulseiras de alerta e
prontuários devem conter avisos de “alergia à látex”;• Substituir todos os produtos que tenham látex :
Luvas, tubos endotraqueais e conecções “látex free”
CONDUTAS PARA EVITAR COMPLICAÇÕES
• Máscaras , balões de ventilação, circuitos respiratórios (usar de silicone);
• Remover as tampas de borracha de medicamentos; • Usar seringas descartáveis com silicone;• Evitar garrotes,smarchs, penrose, cateter urinário;• Cuidados com manguitos de PA;• Ambú (verificar se as válvulas e o balão não são de
látex);• Verificar os introdutores de medicação nos soros;• Tratamento de acordo com comprometimento das
reações (corticóides, antihistamínicos, esteróides, adrenalina).
POSICIONAMENTO CIRÚRGICO“É uma arte de mover e segurar o corpo humano, em uma posição tal que permita a melhor exposição da área cirúrgica, com no mínimo de comprometimento da função fisiológica da pele, como, úlceras de pressão, alopécia local, lesões nervosas ou comprometimento.”(McEWEN, 1996)
POSICIONAMENTO CIRÚRGICO
Sistema músculo esquelético;
Sistema nervoso;
Sistema cardiovascular;
Sistema respiratório.
INTRÍNSECOSIDADE;
COMORBIDADE (com patologia vascular, DM, história prévia de úlcera de pressão, doenças degenerativas);
ESTADO NUTRICIONAL (superfície corporal);
CONDIÇÃO DE MOBILIDADE ATIVA;
TEMPERATURA CORPORAL.
EXTRÍNSECOS
• Umidade exagerada da pele por produtos de antissepsia;
• Estiramento e fricção da pele durante o posicionamento.
FATORES ESPECÍFICOSDuração do procedimento cirúrgico;
Posicionamento Cirúrgico (colchão da mesa cirúrgica padrão, acessórios/ posicionadores);
Aquecimento;
Alterações anatômicas e fisiológicas;
Sedação e agentes anestésicos (alterações hemodinâmicas como hipotensão, alterações do padrão circulatório relacionadas a perda de sangue;
Escores baixos nas escalas de avaliação de risco para úlceras de pressão (BRADEN).
MEDIDAS DE SUPORTES
RECURSOS DE PROTEÇÃO – São acessórios adicionais que incluem: colchonete da mesa cirúrgica, braçadeiras, travesseiros, perneiras, fixadores de braços e pernas, cinta fixadora de tronco e/ou MMII, colchão caixa de ovos ou de polímero saturado, matelassês de MMSS e MMII, espumas protetoras, protetores de silicone, coxim de mãos, rodilhas de polímeros, manta térmica.
São elaborados para ajustarem-se às diferentes estruturas anatômicas dos pacientes e desse modo manter as funções fisiológicas, prevenir complicações e facilitar o acesso operatório.
Todos os dispositivos de proteção devem desempenhar 3 funções:
• Absorver as forças compressivas;• Distribuir a pressão;• Prevenir o estiramento excessivo.
MEDIDAS DE SUPORTES
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO
• Desenvolver as habilidades necessárias e ter bom discernimento frente ao atendimento do paciente cirúrgico;
• Manter-se atualizado com bases científicas e conhecimento de anatomia e fisiologia para a qualidade do atendimento prestado;
• Proporcionar uma assistência de enfermagem integral, individualizada e humanizada;
• Implementar intervenções que atendam às reais necessidades do paciente, minimizando sua ansiedade e os riscos inerentes ao procedimento anestésico-cirúrgico;
• Elaborar e aplicar um plano de cuidados individualizados proporcionando o conforto e segurança;
• Promover o aquecimento corpóreo;
• Posicionar o paciente para o procedimento cirúrgico, é de responsabilidade compartilhada com toda a equipe cirúrgica.
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO ASSISTENCIAL
RISCOS OCUPACIONAIS• Definidos pelo M.S (1995), “como uma ou mais
condições de uma variável com o potencial necessário para causar danos”.
Classificam-se em: QuímicosFísicos
RISCOS BiológicosMecânicosPsicológicos
MEDIDAS DE PROTEÇÃO PARA OS TRABALHADORES DA ÁREA
Higienização das mãos;
EPIs (óculos de proteção, máscaras descartáveis, luvas de procedimentos ),
O profissional precisa garantir a conservação e a higienização dos materiais e equipamentos de trabalho e providenciar recipientes e meios de transporte adequados para materiais contaminados.
CONSIDERAÇÕES FINAISA assistência ao paciente ,deverá ser compartilhada entre
as equipes multiprofissionais,sendo o paciente sistematicamente avaliado durante o ato anestésico-cirúrgico, para subsidiar a tomada de decisão à respeito das medidas preventivas a serem implementadas.
Acredito que esta prática venha contribuir para a assistência de enfermagem perioperatória, na busca de atribuir maior cientificidade à profissão e qualidade àassistência prestada.