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PREVENÇÃO DE RISCOS RG.8 PP. 1/8 FICHA DE PROCEDIMENTOS – PREVENÇÃO DE RISCOS EDIÇÃO: DATA: 31 / 03 / 010 REVISÃO: 0 FICHAS DE PROCEDIMENTO – PREVENÇÃO DE RISCOS 1 TAREFA TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS 2 DESCRIÇÃO Em muitos locais de trabalho, existem áreas fechadas e de acesso difícil nas quais os trabalhadores têm de executar tarefas onde correm alguns riscos que podem impedir a sua missão. Essas áreas são geralmente classificadas como espaços confinados quando não existe nenhum sistema de ventilação natural ou sistema de entrada e saída de ar construído pelo homem, ou se estão abaixo dos dois metros de comprimento, largura, altura ou diâmetro. O facto da entrada e saída desses espaços normalmente só se efectuar por buracos do tamanho de um homem torna a tarefa frequentemente difícil, devido à falta de espaço e à possível presença de substâncias gasosas perigosas. 3 ACTIVIDADES Colocar EPI´s e EPC´s adequados; Descarregar materiais e ferramentas; Monitorizar e controlar atmosfera; Aceder ao espaço confinado, após confirmação que outro trabalhador está fora deste; Intervir/reparar; Concluir os trabalhos, com o adequado condicionamento de todos os materiais e equipamentos utilizados, incluindo EPI´s e EPC´s. 4 PARTICULARIDADES CARACTERÍSTICAS DE INFLAMABILIDADE DE ALGUNS GASES E VAPORES SUBSTÂNCIAS Temperatura de Inflamação Temperatura de Ignição Limites de Inflamabilidade da mistura gás/vapor - ar Inferior (LII) Superior (LSI) º.C º.C % % ACETILENO Gás 300 2,5 81 ACETONA -17 535 2,6 12,8

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PREVENÇÃO DE RISCOS

RG.8 PP. 1/8

FICHA DE PROCEDIMENTOS – PREVENÇÃO DE RISCOS

EDIÇÃO: 1ª DATA: 31 / 03 / 010 REVISÃO: 0

FICHAS DE PROCEDIMENTO – PREVENÇÃO DE RISCOS

1 TAREFA

TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS

2 DESCRIÇÃO

Em muitos locais de trabalho, existem áreas fechadas e de acesso difícil nas quais os trabalhadores têm de executar tarefas onde correm alguns riscos que podem impedir a sua missão. Essas áreas são geralmente classificadas como espaços confinados quando não existe nenhum sistema de ventilação natural ou sistema de entrada e saída de ar construído pelo homem, ou se estão abaixo dos dois metros de comprimento, largura, altura ou diâmetro.

O facto da entrada e saída desses espaços normalmente só se efectuar por buracos do tamanho de um homem torna a tarefa frequentemente difícil, devido à falta de espaço e à possível presença de substâncias gasosas perigosas.

3 ACTIVIDADES

• Colocar EPI´s e EPC´s adequados;

• Descarregar materiais e ferramentas;

• Monitorizar e controlar atmosfera;

• Aceder ao espaço confinado, após confirmação que outro trabalhador está fora deste;

• Intervir/reparar;

• Concluir os trabalhos, com o adequado condicionamento de todos os materiais e equipamentos utilizados, incluindo EPI´s e EPC´s.

4 PARTICULARIDADES

CARACTERÍSTICAS DE INFLAMABILIDADE DE ALGUNS GASES E VAPORES

SUBSTÂNCIAS

Temperatura de

Inflamação

Temperatura de

Ignição

Limites de Inflamabilidade da

mistura gás/vapor - ar Inferior

(LII) Superior

(LSI)

º.C º.C % %

ACETILENO Gás 300 2,5 81

ACETONA -17 535 2,6 12,8

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PREVENÇÃO DE RISCOS

RG.8 PP. 2/8

FICHA DE PROCEDIMENTOS – PREVENÇÃO DE RISCOS

EDIÇÃO: 1ª DATA: 31 / 03 / 010 REVISÃO: 0

ÁLCOOL METÍLICO 11 460 7,3 36

BENZENO -11 560 1,4 7,1

BUTANO Gás 405 1,9 8,5

ÉTER ETÍLICO -45 160 1,9 36

ÉTANO Gás 515 3 12,5

ÉTILENO Gás 490 2,7 36

HIDROGÉNIO Gás 400 4 75

n-HEXANO -21 230 1,1 7,5

METANO Gás 5 5 15

MONOXIDO DE CARBONO

Gás 605 12,5 74

PROPANO Gás 450 2,2 9,5

GASOLINA -42 280 1,4 7,6

TEREBENTINA (Aguarrás)

35 253 0,8

o Temperatura de Inflamação: (para os vapores) é a mínima temperatura à qual uma mistura (vapor - ar) nas condições normais de pressão pode ser inflamada;

o Temperatura de ignição (ou auto-inflamação): temperatura mínima à qual uma mistura (gás/vapor - ar) se inflama espontaneamente;

o Limite Inferior de Inflamabilidade (ou de Explosividade) (LII): de um gás ou vapor no ar é a sua concentração mínima em volume na mistura (gás/vapor - ar) acima do qual pode haver inflamação;

o Limite superior de Inflamabilidade (ou de Explosividade) (LSI): de um gás ou vapor no ar é a sua concentração mínima em volume na mistura (gás/vapor - ar) abaixo do qual pode haver inflamação.

VALORES LIMITES DE EXPOSIÇÃO PARA ALGUNS GASES VAPORES E PARTÍCULAS

SUBSTÂNCIAS

Valor Limite de Exposição

(VLE)

ppm mg/m3 Obs

ACETONA 750 1780 -

ÁCIDO NÍTRICO 2 5 -

ÁLCOOL ETÍLICO 1000 1900 -

ÁLCOOL METÍLICO 200 260 P

BENZENO 10 30 C

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PREVENÇÃO DE RISCOS

RG.8 PP. 3/8

FICHA DE PROCEDIMENTOS – PREVENÇÃO DE RISCOS

EDIÇÃO: 1ª DATA: 31 / 03 / 010 REVISÃO: 0

BUTANO 800 1900 -

ÉTER ETÍLICO 400 1200 -

GASOLINA 300 900 -

SF6 (Hexafluoreto de enxofre)

1000 6000 -

n-HEXANO 50 180 -

HIDRÓXIDO DE CÁLCIO

- 5 -

MONOXIDO DE CARBONO

50 55 -

PROPANO 1000 1800

TEREBENTINA (Aguarrás)

100 560 -

FUMOS DE SOLDADURA

- 5 -

Solvente WHITE SPRIT

100 525 -

ANIDRIDO SULFUROSO

2 5 -

ANIDRIDO CARBÓNICO

5000 9000 -

o Valor Limite de Exposição (VLE): concentrações que representam as condições às quais se julga que a quase totalidade dos trabalhadores possa estar exposta, sem efeitos prejudiciais para a saúde;

o P - indica que são necessárias medidas de prevenção que impeçam a absorção cutânea;

o C - indica acção cancerígena reconhecida ou suspeita.

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PREVENÇÃO DE RISCOS

RG.8 PP. 4/8

FICHA DE PROCEDIMENTOS – PREVENÇÃO DE RISCOS

EDIÇÃO: 1ª DATA: 31 / 03 / 010 REVISÃO: 0

5 FOTOS

6 EPC 7 EPI

• Medidas de informação, sensibilização e formação;

• Extinção portátil (se aplicável);

• Lanternas portátil;

• Cones ou flat cones sinalizadores (ET 6);

• Fita sinalizadora, anteparos ou barreiras;

• Linha de vida e seus acessórios de acordo com “Manual de Trabalhos e Resgate em Altura – EDA” (Avaliar necessidade);

• Equipamento de medição de gases (Se aplicável);

• Ventilação mecânica.

• Calçado de segurança com protecção mecânica ou Calçado de segurança com protecção mecânica, impermeável;

• Capacete de segurança com franquelete (Avaliar necessidade);

• Vestuário de alta visibilidade/reflector ou Colete reflector;

• Luvas de protecção mecânica;

• Detector de gás com alarme (Avaliar necessidade);

• Arnês com cinto/sistema de pára-quedas/sistema anti-quedas de acordo com “Manual de Trabalhos e Resgate em Altura – EDA” (Avaliar necessidade).

8 RISCOS

• Afogamento (avaliar face à localização da tarefa);

• Asfixia;

• Atropelamento;

• Choque com objectos;

• Electrização ou electrocussão;

• Entalamento;

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FICHA DE PROCEDIMENTOS – PREVENÇÃO DE RISCOS

EDIÇÃO: 1ª DATA: 31 / 03 / 010 REVISÃO: 0

• Explosão;

• Exposição a ambientes quentes;

• Exposição ao ruído;

• Golpe, perfuração e/ou corte;

• Inalação de poeiras;

• Incêndio;

• Intoxicação;

• Irritação;

• Postural;

• Queda ao mesmo nível;

• Queda de objectos;

• Queda em altura;

• Sobreesforços;

• Soterramento;

• Biológico.

9 MEDIDAS PREVENTIVAS

• Gerais

o Analisar o trabalho a efectuar em função das condições climatéricas;

o Validar a habilitação profissional para a tarefa a executar;

o Validar periodicamente a existência de formações para a tarefa a executar;

o Assegurar que a composição da equipa é adequada às tarefas a executar;

o Todos os equipamentos e materiais utilizados na tarefa, incluindo EPI´s e EPC´s

devem ser certificados;

o O trabalho em espaço confinado só pode ser executado com pelo menos 2

trabalhadores. O trabalhador que entra no espaço confinado deve contar com

elementos de ajuda no exterior, incluindo a vigilância de um trabalhador instruído. Em

caso de emergência este deve detectá-la de imediato e promover o resgate rápido do

trabalhador;

o Todos os trabalhadores envolvidos no trabalho devem conhecer os perigos que

poderão aparecer no local de trabalho e estar treinados no uso dos equipamentos

para a detecção e controlo dos perigos;

o Ter em atenção situações em que os trabalhadores possam não estar fisicamente ou

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EDIÇÃO: 1ª DATA: 31 / 03 / 010 REVISÃO: 0

psiquicamente em condições para trabalhar em espaços confinados;

o Impedir que pessoas estranhas ao trabalho entrem na zona de trabalho delimitada

que inclui o espaço ou o acesso ao espaço confinado;

o Informar da proibição de fumar dentro ou perto dos acessos a espaços confinados;

o Em qualquer local de trabalho caracterizado como espaço confinado devem ser

sempre tomadas precauções para evitar uma insuficiência de oxigénio e a presença

de gases tóxicos e vapores inflamáveis;

o Para efeitos de protecção, qualquer espaço confinado que não pode isolar-se

completamente de um processo capaz de desprender gases ou vapores prejudiciais,

deve ser tratado como se realmente os contivesse;

o Todas os trabalhos a realizar em espaços confinados só poderão ter início depois de

sido obtida uma autorização de trabalho para a correspondente entrada;

o A autorização deve conter, nomeadamente:

- a identificação do espaço confinado;

- a natureza do trabalho;

- a identificação dos perigos e as respectivas medidas de segurança para os

controlar, antes da entrada dos trabalhadores e durante a sua permanência no

espaço confinado;

- a identificação dos intervenientes, incluindo de quem autoriza a realização do

trabalho e de quem autoriza a entrada dos trabalhadores no espaço confinado.

o No local o responsável de trabalhos, juntamente com os trabalhadores que vão

trabalhar no espaço confinado, proceder à comparação entre os resultados de todas

as medições feitas com os valores limites indicados, só depois de assegurar que os

perigos não existem ou estão devidamente controlados o responsável de trabalhos

autoriza a entrada dos trabalhadores;

o Enquanto estiverem trabalhadores dentro do espaço confinado, se existir a

possibilidade de vir a ocorrer a insuficiência de oxigénio e/ou o aparecimento de

gases tóxicos ou inflamáveis a monitorização deve ser feita de forma contínua;

o O trabalhador deve contar com iluminação adequada para trabalhar no espaço

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EDIÇÃO: 1ª DATA: 31 / 03 / 010 REVISÃO: 0

confinado. Deve ter à mão uma lanterna portátil para o caso de não existir ou falhar a

iluminação normal;

o Se o espaço confinado tem abertura superior, o trabalhador deve estar equipado com

um arnês antiquedas e uma corda linha de vida.

o Não voltar a entrar no espaço confinado por qualquer razão depois de ter sido

completado o trabalho. Isto só deve acontecer com autorização do responsável de

trabalhos, depois de verificar que a atmosfera não se tornou perigosa e que o

trabalhador que entra usa dispositivos de protecção respiratória e de escape

adequados;

o Tomar as precauções adequadas antes de tentar resgatar uma vítima no interior do

espaço confinado, por exemplo usar uma máscara de respiração autónoma, um arnês

com a corda linha de vida (nunca supor que consegue, sustendo a respiração, entrar

num espaço confinado sem ventilação por um curto espaço de tempo, sem usar a

protecção respiratória adequada);

o Não utilizar solventes no interior do espaço confinado.

• Monitorização e controlo de atmosfera

o Proceder ao levantamento da atmosfera do espaço confinado. Fazer a identificação e

avaliação de cada um dos agentes químicos que possam estar presentes (de fora

para dentro);

o Os testes devem ser realizados antes de entrar e de forma contínua enquanto o

trabalhador está num local em que exista a possibilidade de vir a ocorrer a

insuficiência de oxigénio e/ou o aparecimento de gases tóxicos ou inflamáveis;

o O nível de oxigénio deve estar compreendido entre 19,5% e 23,5%;

o O nível de concentração de gases/vapores inflamáveis não deve exceder o Limite

Inferior de Inflamabilidade (LII);

o As concentrações das substâncias tóxicas devem ser inferiores aos respectivos Valor

Limite de Exposição (VLE ou TLV);

o Se durante a realização dos trabalhos algum dos valores limites fixados for atingido,

os trabalhos devem ser suspensos e todos os trabalhadores devem imediatamente

abandonar o local.

• Purga e ventilação do local

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FICHA DE PROCEDIMENTOS – PREVENÇÃO DE RISCOS

EDIÇÃO: 1ª DATA: 31 / 03 / 010 REVISÃO: 0

o Se os resultados da avaliação indicam que existem contaminantes perigosos na

atmosfera do espaço confinado, é necessário purgar o espaço para eliminar os

agentes perigosos, para que o trabalhador possa entrar sem perigo. Deve haver o

cuidado de assegurar que a purga foi feita em todas as partes do espaço, incluindo as

tubagens;

o Ter em atenção que a máscara de protecção respiratória com filtro contra partículas e

gases tóxicos não torna o ar puro em caso de falta de oxigénio;

o No caso de poderem existir vapores inflamáveis deve haver muito cuidado para

prevenir a acumulação de electricidade estática. Entre as medidas preventivas

incluem-se uma adequada ligação equipotencial à terra dos equipamentos utilizados

para purgar e ventilar o espaço.