revista_rechovot02
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informação do judaismo messianicoTRANSCRIPT
OS DIAS DEARREPENDI-MENTO
PREPARAÇÃO PARA AS FESTIVIDADES DEOUTONO
ORAÇÕES........................4
MÊS DE ELUL..................11Introdução
Texto
ROSH HASHANAH........23
Introdução
Texto
Data Festividade Beit
Rechovot
YOM KIPPUR..................27 Introdução
Texto
4
ORAÇÕESI CRÔNICAS 19:13
“Esforça-te, e esforcemo-
-nos pelo nosso povo, e pe-
las cidades do nosso Elohim,
e faça o Eterno o que pare-
cer bem aos seus olhos”.
AGEU 2:1-7
“No sétimo mês, ao vigé-
simo primeiro dia do mês,
veio a palavra do Eterno
por intermédio do profeta
Ageu, dizendo:2 Fala ago-
ra a Zorobabel, filho de Se-
altiel, governador de Judá,
e a Josué, filho de Jozada-
que, sumo sacerdote, e ao
restante do povo, dizen-
do:3 Quem há entre vós
que tendo ficado, viu esta
casa na sua primeira gló-
ria? E como a vedes ago-
ra? Não é esta como nada
diante dos vossos olhos,
comparada com aquela?4
Ora, pois, esforça-te, Zo-
robabel, diz o Eterno, e
esforça-te, Josué, filho de
Jozadaque, sumo sacer-
dote, e esforça-te, todo o
povo da terra, diz o Eter-
no, e trabalhai; porque eu
sou convosco, diz o Eter-
no dos Exércitos,5 Segun-
do a palavra da aliança
que fiz convosco, quando
saístes do Egito, o meu
Espírito permanece no
meio de vós; não temais.6
Porque assim diz o Eterno
dos Exércitos: Ainda uma
vez, daqui a pouco, farei
tremer os céus e a terra, o
mar e a terra seca;7 E farei
tremer todas as nações, e
virão coisas preciosas de
todas as nações, e enche-
rei esta casa de glória, diz
o Eterno dos Exércitos”.
SALMO 80
”Tu, que és pastor de Is-
rael, dá ouvidos; tu, que
guias a José como a um
rebanho; tu, que te assen-
tas entre os querubins, res-
plandece.2 Perante Efraim,
Benjamim e Manassés,
desperta o teu poder, e
5
vem salvar-nos.3 Faze-nos
voltar, ó Elohim, e faze res-
plandecer o teu rosto, e
seremos salvos.4 Ó Eterno
Elohim dos Exércitos, até
quando te indignarás con-
tra a oração do teu povo?5
Tu os sustentas com pão
de lágrimas, e lhes dás a
beber lágrimas com abun-
dância.6 Tu nos pões em
contendas com os nossos
vizinhos, e os nossos inimi-
gos zombam de nós entre
si.7 Faze-nos voltar, ó Elo-
him dos Exércitos, e faze
resplandecer o teu rosto,
e seremos salvos.8 Trou-
xeste uma vinha do Egito;
lançaste fora os gentios, e
a plantaste.9 Preparaste-
-lhe lugar, e fizeste com
que ela deitasse raízes, e
encheu a terra.10 Os mon-
tes foram cobertos da sua
sombra, e os seus ramos
se fizeram como os formo-
sos cedros.11 Ela estendeu a
sua ramagem até ao mar, e
os seus ramos até ao rio.12
Por que quebraste então
os seus valados, de modo
que todos os que passam
por ela a vindimam?13 O
javali da selva a devasta,
e as feras do campo a de-
voram.14 Oh! Elohim dos
Exércitos, volta-te, nós te
rogamos, atende dos céus,
e vê, e visita esta vide;15 E
a videira que a tua destra
plantou, e o sarmento que
fortificaste para ti.16 Está
queimada pelo fogo, está
cortada; pereceu pela re-
preensão da tua face.17 Seja
a tua mão sobre o homem
da tua destra, sobre o filho
do homem, que fortificas-
te para ti.18 Assim nós não
te viraremos as costas;
guarda-nos em vida, e in-
vocaremos o teu nome.19
Faze-nos voltar, Eterno
Elohim dos Exércitos; faze
resplandecer o teu rosto, e
seremos salvos”.
SALMO 90
“Eterno, tu tens sido o
nosso refúgio, de geração
em geração.2 Antes que
os montes nascessem, ou
6
que tu formasses a terra e
o mundo, mesmo de eter-
nidade a eternidade, tu és
Elohim.3 Tu reduzes o ho-
mem à destruição; e dizes:
Tornai-vos, filhos dos ho-
mens.4 Porque mil anos são
aos teus olhos como o dia
de ontem que passou, e
como a vigília da noite.5 Tu
os levas como uma corren-
te de água; são como um
sono; de manhã são como
a erva que cresce.6 De ma-
drugada floresce e cresce;
à tarde corta-se e seca.7
Pois somos consumidos
pela tua ira, e pelo teu furor
somos angustiados.8 Dian-
te de ti puseste as nossas
iniqüidades, os nossos pe-
cados ocultos, à luz do teu
rosto.9 Pois todos os nos-
sos dias vão passando na
tua indignação; passamos
os nossos anos como um
conto que se conta.10 Os
dias da nossa vida chegam
a setenta anos, e se alguns,
pela sua robustez, chegam
a oitenta anos, o orgulho
deles é canseira e enfado,
pois cedo se corta e vamos
voando.11 Quem conhece o
poder da tua ira? Segundo
és tremendo, assim é o teu
furor.12 Ensina-nos a con-
tar os nossos dias, de tal
maneira que alcancemos
corações sábios.13 Volta-te
para nós, Eterno; até quan-
do? Aplaca-te para com
os teus servos.14 Farta-nos
de madrugada com a tua
benignidade, para que nos
regozijemos, e nos alegre-
mos todos os nossos dias.15
Alegra-nos pelos dias em
que nos afligiste, e pelos
anos em que vimos o mal.16
Apareça a tua obra aos teus
servos, e a tua glória sobre
seus filhos.17 E seja sobre
nós a formosura do Eterno
nosso Elohim, e confirma
sobre nós a obra das nos-
sas mãos; sim, confirma a
obra das nossas mãos”.
ISAÍAS 60:1-22
“Levanta-te, resplandece,
porque vem a tua luz, e a
glória do Eterno vai nas-
7
cendo sobre ti;2 Porque
eis que as trevas cobri-
ram a terra, e a escuridão
os povos; mas sobre ti o
Eterno virá surgindo, e a
sua glória se verá sobre
ti.3 E os gentios caminha-
rão à tua luz, e os reis ao
resplendor que te nasceu.4
Levanta em redor os teus
olhos, e vê; todos estes já
se ajuntaram, e vêm a ti;
teus filhos virão de longe,
e tuas filhas serão criadas
ao teu lado.5 Então o ve-
rás, e serás iluminado, e
o teu coração estremece-
rá e se alargará; porque a
abundância do mar se tor-
nará a ti, e as riquezas dos
gentios virão a ti.6 A multi-
dão de camelos te cobrirá,
os dromedários de Midiã e
Efá; todos virão de Sabá;
ouro e incenso trarão, e
publicarão os louvores do
Eterno.7 Todas as ovelhas
de Quedar se congrega-
rão a ti; os carneiros de
Nebaiote te servirão; com
agrado subirão ao meu al-
tar, e eu glorificarei a casa
da minha glória.8 Quem
são estes que vêm voan-
do como nuvens, e como
pombas às suas janelas?9
Certamente as ilhas me
aguardarão, e primeiro os
navios de Társis, para tra-
zer teus filhos de longe, e
com eles a sua prata e o
seu ouro, para o nome do
Eterno teu Elohim, e para o
Santo de Israel, porquanto
ele te glorificou.10 E os fi-
lhos dos estrangeiros edi-
ficarão os teus muros, e os
seus reis te servirão; por-
que no meu furor te feri,
mas na minha benignida-
de tive misericórdia de ti.11
E as tuas portas estarão
abertas de contínuo, nem
de dia nem de noite se fe-
charão; para que tragam a
ti as riquezas dos gentios,
e, conduzidos com elas,
os seus reis.12 Porque a na-
ção e o reino que não te
servirem perecerão; sim,
essas nações serão de
todo assoladas.13 A glória
do Líbano virá a ti; a faia,
o pinheiro, e o álamo con-
8
juntamente, para ornarem
o lugar do meu santuário,
e glorificarei o lugar dos
meus pés.14 Também vi-
rão a ti, inclinando-se, os
filhos dos que te oprimi-
ram; e prostrar-se-ão às
plantas dos teus pés to-
dos os que te despreza-
ram; e chamar-te-ão a ci-
dade do Eterno, a Sião do
Santo de Israel.15 Em lugar
de seres deixada, e odia-
da, de modo que ninguém
passava por ti, far-te-ei
uma excelência perpétua,
um gozo de geração em
geração. 16 E mamarás
o leite dos gentios, e ali-
mentar-te-ás ao peito dos
reis; e saberás que eu sou
o Eterno, o teu Salvador,
e o teu Redentor, o Pode-
roso de Jacó.17 Por cobre
trarei ouro, e por ferro tra-
rei prata, e por madeira,
bronze, e por pedras, fer-
ro; e farei pacíficos os teus
oficiais e justos os teus
exatores.18 Nunca mais se
ouvirá de violência na tua
terra, desolação nem des-
truição nos teus termos;
mas aos teus muros cha-
marás Salvação, e às tuas
portas Louvor.19 Nunca
mais te servirá o sol para
luz do dia nem com o seu
resplendor a lua te ilumi-
nará; mas o Eterno será a
tua luz perpétua, e o teu
Elohim a tua glória.20 Nun-
ca mais se porá o teu sol,
nem a tua lua minguará;
porque o Eterno será a tua
luz perpétua, e os dias do
teu luto findarão.21 E todos
os do teu povo serão jus-
tos, para sempre herdarão
a terra; serão renovos por
mim plantados, obra das
minhas mãos, para que eu
seja glorificado.22 O me-
nor virá a ser mil, e o mí-
nimo uma nação forte; eu,
o Eterno, ao seu tempo o
farei prontamente”.
IMPORTANTE:Os demais textos para
oração poderão ser en-
contrados no Calendário
Bíblico Judaico no site:
www.rechovot.org.br
9
AS FESTAS BÍBLICAS NÃO SÃO TRADIÇÕES HUMANASO Apóstolo Paulo ensina:
“Conservai as tradições (Bí-
blicas) que vos foram ensi-
nadas, seja por palavra, seja
por epístola nossa.” (II Tes
2:15).
As Festas Bíblicas são es-tatutos perpétuos por vos-sas gerações, com prescri-ção na Torah.
11
MÊS DE ELULINTRODUÇÃO:
Elul é o sexto mês do ca-
lendário religioso judaico.
Em hebraico é também
conhecido como Chodesh
Teshuvah (Mês do Arre-
pendimento ou Mês do
Retorno - Teshuvah). Mar-
ca o início de um período
de 40 dias que culmina
em Yom Kippur, o dia mais
sagrado do calendário ju-
daico. É um mês de intros-
pecção e de preparação
para os grandes Dias das
Festividades Bíblicas de
Outono que ocorrem no
mês seguinte (Tishrei):
ROSH HASHANAH, FES-TA DAS TROMBETAS OU ANO NOVO JUDAICO:
LEVÍTICO 23:24: “Fala aos filhos de Israel, di-zendo: No sétimo mês, o primeiro dia do mês, será para vós descanso sole-ne, memorial de toque de
Shofar, convocação de santidade”.NÚMEROS 29:1: “E no sé-timo mês, no primeiro do mês, convocação de santi-dade haverá para vós; ne-nhuma obra servil fareis; dia do toque do Shofar será para vós”.
YOM KIPPUR OU DIA GRANDE PERDÃO:
LEVÍTICO 23:26-27: “Dis-se mais o Eterno a Moi-sés: Mas, aos dez deste mês sétimo, será o Dia da Expiação; tereis santa convocação e afligireis a vossa alma; trareis oferta queimada ao Eterno”.
SUCOT, TABERNÁCULOS OU FESTA DAS CABA-NAS:
LEVÍTICO 23:33-34: “Dis-se mais o Eterno a Moisés: Fala aos filhos de Israel, dizendo: Aos quinze dias deste mês sétimo, será a Festa dos Tabernáculos
12
ao Eterno, por sete dias”.
No mês de Elul o Shofar é
tocado durante todos os
dias, pela manhã e ao Pôr
do Sol juntamente com o
serviço litúrgico próprio
do evento. O serviço, as
orações e as súplicas com
pedidos de perdão são
chamados em hebraico
de Selichot. Selichah é a
palavra hebraica usada
para designar perdão.
MÊS DE ELUL EM 2011:
INÍCIO: QUARTA-FEIRA,
31 DE AGOSTO.
TÉRMINO: QUARTA-FEI-
RA, 28 DE SETEMBRO.
13
MÊS DE ELULSandra Mara Oliveira
Elul é o sexto mês do ca-
lendário religioso judaico.
Em hebraico é também
conhecido como Cho-
desh Teshuvah (Mês do
Arrependimento ou Mês
do Retorno - Teshuvah).
O apostolo Paulo na car-
ta aos Romanos nos faz
recordar que é a genero-
sidade de Elohim que nos
leva ao arrependimento.
“Ou desprezas tu as ri-
quezas da sua bondade,
tolerância e paciência,
ignorando que a bonda-
de de Elohim te leva ao
arrependimento”. Rm 2:4.
O arrependimento é uma
doutrina bíblica indispen-
sável para que possamos
dar início ao processo de
retorno para Elohim. Ar-
rependimento significa
sentir verdadeiro pesar e
remorso por faltas come-
tidas. É um clamor para
haja juízo de Elohim so-
bre os nossos conceitos
carnais e atitudes orgu-
lhosas. O arrependimento
é divinamente inspirado
e operado; isso porque o
homem afastou-se para
tão longe do Pai, que so-
mente através dos atribu-
tos de Elohim podemos
ser conduzidos ao arre-
pendimento. A bondade é
expressa particularmente
através da tolerância e da
longanimidade do Eterno.
O Apóstolo Paulo faz
menção da Torah, quando
no Livro de Êxodo capítu-
lo 33, encontramos o arre-
pendimento de Israel por
causa do episódio do be-
zerro de ouro: “IHVH (Ado-
nai) fala a Moisés: Vai sobe de lá, tu e o povo que fi-zeste subir da terra do Egito, em direção à terra que jurei a Abraão, Isaque e Jacó dizendo: Dá-la-ei à tua semente. Envio dian-te de ti um mensageiro e expulso o cananeu, o amorreu, o heteu, o fere-zeu, o heveu e o jebuseu.
14
Em direção à terra fluen-te de leite e de mel, não, não subirei em teu seio, pois és um povo duro de nuca, tu, a fim de que não te destruas no caminho.” (Êx 33:1-3).
O Eterno descreve o itine-
rário espiritual do Êxodo
e uma ascensão rumo à
Terra Prometida. Aqui te-
mos a confirmação do ar-
rependimento do povo e
do perdão divino. “O povo ouve essa palavra de mal. Eles se enlutam: ninguém punha enfeite sobre si.” (Êx 33:4). O povo cobre-se de
luto e de tristeza não por
causa das ameaças, mas
porque seu Elohim se afas-
ta deles. Paulo, escrevendo
aos Coríntios diz: “Agora folgo, não porque fostes entristecidos, mas porque fostes entristecidos para o arrependimento. Pois fos-tes entristecidos segundo Elohim, de maneira que por nós não padecestes dano em coisa alguma. A triste-
za segundo Elohim opera arrependimento para sal-vação, o qual não traz pe-sar, mas a tristeza do mun-do opera a morte.” (II Co 7:9-10). Agora sim, estão no caminho de uma con-versão (retorno), profunda. “Quanto cuidado não pro-duziu isto mesmo em vós, que segundo Elohim fostes entristecidos...” (II Co 7:11a).
No capítulo 34 do Livro
de Êxodo, treze atributos
divinos serão revelados
a Moisés de forma que
possam ser transmitidos
ao povo: “IHVH (Adonai) desce na nuvem. Se pos-ta com ele, aí, e ele clama o nome de IHVH (Adonai). IHVH (Adonai) passa sobre suas faces. Ele clama IHVH (Adonai), IHVH (Adonai), E’l matricial, agraciador, lon-go de narinas, abundante em bem-querer e verdade, detentor do bem-querer para milhares, carregador de agravo, da carência, da falta, ele não inocen-
15
ta, mas sanciona o agravo dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos, sobre os terceiros e quar-tos”. (Êx 34:5-7).
Na opinião dos comenta-
ristas “O Nome” - IHVH,
IHVH, E’l - é repetido três
vezes para indicar os atri-
butos fundamentais de
IHVH (Adonai): amor, jus-
tiça e clemência. E’l - “O
Nome” - revelado aos pa-
triarcas implica na potên-
cia de criar e fazer viver.
Yeshua ensina: “Eis que está escrito; que o Mes-sias sofrerá depois se le-vantará dentre os mortos, no terceiro dia. E em “Seu Nome” seriam chamados ao retorno (arrependimen-to) e à remissão das faltas, em todas as nações, a co-meçar por Jerusalém”. (Lc 24:46-47).
Segundo a tradição sina-
gogal, os versículos 6 e 7
de Êxodo 34 ocupam lu-
gar de destaque e contém
os treze atributos de IHVH
(Adonai). Por essa razão no
dia de Yom Kippur – Dia
do Grande Perdão – os
judeus proclamam de jo-
elhos numerosas vezes
esses versículos implo-
rando o perdão divino.
Em “Seu Nome” muitos
clamarão com súplicas o
retorno à IHVH (Adonai) e
à Torah que Yeshua defi-
ne no Livro de Lucas ca-
pítulo 24, verso 44 como
sendo Moisés, os Profetas
e os Salmos: “Yeshua lhes disse: Por isso eu lhes fa-lei enquanto ainda estava com vocês: Tudo o que estava escrito a meu res-peito na Torah de Moisés, nos Profetas e nos Salmos tinha de ser cumprido.” (Lc 24:44).
OS ATRIBUTOS DE ELO-HIM E SEUS SIGNIFICA-DOS:
Matricial: relaciona-se a
matriz, útero; sentimen-
to materno de ternura e
16
compaixão.
Agraciador: implica na fe-
licidade de dar, fazer viver
e criar com toda liberda-
de. O ato criador é livre,
portanto gracioso como
um perdão.
Longo de Narinas: a lon-
ganimidade de IHVH (Ado-
nai) faz com que Ele não
tenha pressa em punir. Sua
paciência é igual para com
os justos e criminosos.
Abundante em bem-que-rer: a essência de IHVH
(Adonai) é o amor e o bem-
-querer; em hebraico ahava
e hessed. IHVH (Adonai) é
abundante em amor e mi-
sericórdia para com o pró-
ximo, de quem ele apenas
quer o bem.
Verdade: No hebraico
emet. Palavra cuja raiz aju-
dou na formação da acla-
mação amém. Emet impli-
ca em solidez, estabilidade
e constância. Aquele que
reúne essas qualidades é
ao mesmo tempo forte-
mente real e perfeitamente
real à promessa – é fiel (fi-
delidade).
Detentor do bem-querer para milhares: O bem-
-querer visa os outros em
quantidade. Milhares é
geralmente compreendi-
do como numerosas gera-
ções.
Carregador do agravo, da carência e da falta: Temos
aqui três espécies de de-
litos da legislação bíblica.
Agravo: No hebraico avôn.
É o delito cometido pre-
meditadamente. Ofensa,
injúria, afronta. (Jurídico:
Recurso judicial que per-
mite ao juiz, em certos ca-
sos, rever sua decisão an-
terior - ver com atenção.).
Carência: Pesha no he-
braico. A palavra pesha
implica em mais que ato
de revolta; expressa uma
17
vontade íntima de ruptura
com Elohim.
Falta: No hebraico, hét -
falhar. Significa o ato não
cumprido; a violação de
um mandamento por le-
viandade ou inadvertên-
cia. Vejamos a oração de
perdão feita pelo profeta
Daniel face às faltas de
Israel quanto à obrigação
às promessas de retorno
para reconstrução: “Peca-mos e cometemos iniqui-dade, procedemos impia-mente e fomos rebeldes; apartamo-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos”. (Dn 9:5).
Carregador: Ele mesmo,
(IHVH-Adonai), carrega o
peso dos crimes que esma-
gariam a humanidade, não
fossem os atributos da gra-
ça e do bem-querer: “Ver-dadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermi-dades, e as nossas dores le-vou sobre si; contudo, nós o consideramos como aflito,
ferido de Elohim e oprimi-do”. (Is 53:4). “Ele mesmo levou em seu corpo os nos-sos pecados sobre o ma-deiro, para que mortos para os pecados pudéssemos vi-ver para justiça; pelas suas feridas fomos sarados”. (I Pd 2:24).
Depois do arrependimen-
to e do perdão Divino, Ele,
IHVH (Adonai), não inocen-
ta; a graça e o bem-querer
não eliminam sua verda-
de, tampouco sua justi-
ça. Ele perdoa, mas sem
apagar o crime. Vamos
entender melhor: “Agora vai, conduz o povo em di-reção àquilo de que te fa-lei. Eis que meu mensagei-ro irá adiante de ti, no dia de minha sanção, quando sancionarei a falta deles.” (Êx 32:34).
A palavra sanção signi-
fica aprovação ou uma
confirmação considera-
da como necessária. A
partir desse momento (a
18
partir de Êxodo capítulo
32 - pecado do Bezerro
de Ouro) e em toda con-
tinuação da Bíblica Sagra-
da, não haverá mais falta
que não seja sancionada
por Elohim. Por quê? Por-
que Israel é o povo sobre
o qual a Justiça Divina é
evidente (através da sua
Torah), aceita e reconhe-
cida abertamente.
Após o perdão Divino Elo-him sanciona Israel: “Fe-riu, pois, o Eterno ao povo, porque fizeram o bezerro que Arão fabricara.” (Êx 32:35).
Elohim, através do seu profeta, sanciona Davi: “Por que, pois, desprezas-te a palavra do Eterno, fa-zendo o que era mau pe-rante ele? A Urias, o heteu, feriste à espada; e a sua mulher tomaste por mu-lher, depois de o matar com a espada dos filhos de Amom. Agora, pois, não se apartará a espada jamais
da tua casa, porquanto me desprezaste e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para ser tua mulher. Assim diz o Eterno: Eis que da tua própria casa suscitarei o mal sobre ti, e tomarei tuas mulheres à tua própria vis-ta, e as darei a teu próxi-mo, o qual se deitará com elas, em plena luz deste sol. Porque tu o fizeste em oculto, mas eu farei isto perante todo o Israel e pe-rante o sol. Então, disse Davi a Natã: Pequei con-tra o Eterno. Disse Natã a Davi: Também o Eterno te perdoou o teu pecado; não morrerás.” (II Sm 12:9-13).
Poderíamos então ques-
tionar quando o profeta
Isaías diz: “Eu, Eu mesmo, sou o que apago as suas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não lembro.” (Is 43:25).
No hebraico o verbo LEM-
BRAR é traduzido por
ZAKAR e possui vários
19
significados:
LEMBRAR PARA PRES-TAR ATENÇÃO, A FIM DE NÃO ESQUECER: “Lem-bra-te do dia de sábado (Shabbat), para o santifi-car.” Êx 20:8.
LEMBROU O ETERNO DO REI EZEQUIAS E ELE FOI CURADO:
“E disse: Lembra-te, Eter-no, peço-te, de que andei diante de ti com fidelida-de, com inteireza de co-ração e fiz o que era reto aos teus olhos; e chorou muitíssimo”. (Is 38:3).
LEMBROU-SE DE NOÉ:
Equivale a fazer baixar as águas: “Elohim se lembra de Noé, de todo vivente, e de todo animal ao lado dele na caixa. Elohim faz um sopro passar pela terra, as águas moderam-se”. (Gn 8:1).
NÃO LEMBRAR UMA
ALIANÇA NAS RELA-ÇÕES POLÍTICAS, SIGNI-FICA QUEBRÁ-LA:
No livro do profeta Isaías,
no capítulo 43, a palavra
ZAKAR (lembrar) tem o
sentido de RECORDAR
PARA ADVERTIR E ACU-
SAR; envolve trazer peca-
dos à memória para que
possam ser publicamente
julgados. “Procura lem-brar-me, entremos juntos em juízo; apresenta as tuas razões para que te possas justificar”. (Is 43:26). Se Is-rael tivesse alguma defesa quanto a sua conduta, de-veria apresentar evidências (provas) e testemunhas. O desafio foi lançado, mas nenhuma testemunha se apresentou: “Teu primeiro pai pecou; os teus inter-pretes prevaricaram contra mim. Pelo que profanarei os maiorais do santuário, e entregarei Jacó à destrui-ção e Israel ao opróbrio”. (Is 43:27-28).
20
A reação de IHVH (Adonai)
é a de sancionar Israel por
seus pecados na esperan-
ça de uma conversão ge-
nuína: “Ferirá o Eterno aos egípcios com uma praga; ele os ferirá e os curará. Eles se converterão ao Eterno, e ele lhes ouvirá as orações, e os curará.” (Is 19:22).
VEJAMOS O SENTIDO DA EXPRESSÃO: “ELO-HIM SANCIONA O AGRA-VO”.
Elohim pune. A punição
em geral, é a única possi-
bilidade que Elohim tem
para reconduzir aquele
que tem culpa (um cul-
pado) a alguma justiça.
Exemplo de Davi: do cri-
me, de sua instrução (Se
Elohim não enviasse o
profeta Natã para advertir
a Davi dos seus pecados, o
mesmo não obteria o per-
dão.) de seu perdão, e dos
castigos que sofre (Elo-
him não isenta Davi das
penalidades). O homem,
quando perdoado, não é
dispensado das consequ-
ências de seus atos, mas
suporta seu desespero
com espírito submisso e
confiante em Elohim. Seu
clamor é para que o Eter-
no possa recriar-lhe um
coração puro. O rei Davi
suplica ao El agraciador,
Aquele que dá, cria e que
faz viver. “Esconde a tua face dos meus pecados, e apaga todas as minhas ini-quidades. Cria em mim, ó Elohim, um coração puro, e renova em mim um espí-rito reto”. (Sl 51:9-10).
“... SOBRE OS TERCEI-ROS E SOBRE AS QUAR-TAS GERAÇÕES”.
O que está feito tem
consequências, e serão
prolongadas tão longe
quanto possam ser identi-
ficadas. “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, (re-tornai-vos) para que se-jam apagadas os vossos
21
pecados e venham assim os tempos de refrigério pela presença do Eterno”. (At 3:19).
IHVH (ADONAI) SANCIO-NA O PECADOR PARA PERMITIR-LHE PURIFI-CAR-SE E DESENVOL-VER-SE NO AMOR.
“Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e vol-ta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas”. (Ap 2:5).
“Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigia-res, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti”. (Ap 3:3).
“Mas Elohim, não levando em conta os tempos da ignorância; manda agora que todos os homens em
todos os lugares se arre-penderam”. (At 17:30).
23
ROSH HASHANAHDEFINIÇÃO:
Em hebraico “Cabeça do
Ano” ou “Festa do Ano
Novo Judaico”. Festa Bí-
blica com prescrição na
Torah.
LEVÍTICO 23:24: “Fala aos filhos de Israel, dizendo: No sétimo mês, o primeiro dia do mês, será para vós descanso solene, memorial de toque de Shofar, con-vocação de santidade”.
NÚMEROS 29:1: “E no sé-timo mês, no primeiro do mês, convocação de santi-dade haverá para vós; ne-nhuma obra servil fareis; dia do toque do Shofar será para vós”.
É uma festa de cunho reli-
gioso. Representa um dos
dias santos mais sagra-
dos do calendário bíblico
judaico, quando a huma-
nidade se submete a jul-
gamento perante o trono
celestial. Rosh Hashanah
assinala o início dos 10
dias de arrependimento
os quais o povo judeu se
prepara com vista à su-
prema solenidade do Yom
Kippur, o Dia da Expiação.
DATA NO CALENDÁRIO JUDAICO:
Tishrei: 1 e 2. Tishrei inaugu-
ra o Ano Judaico. A palavra
Tishrei procede do babilô-
nico Tashritum - começo.
DATA EM NOSSO CA-LENDÁRIO DE 2011:
Quarta-feira, 28 de setem-
bro ao Pôr do Sol.
Quinta-feria, 29 de setem-
bro ao Pôr do Sol.
ELEMENTOS MARCAN-TES DA FESTIVIDADE:
O símbolo mais impor-
tante é o Shofar, ou chi-
24
fre de carneiro, que se faz
soar durante o Serviço do
Ano Novo e em cada um
dos dez dias do arrepen-
dimento. A maçã, o mel e
as duas chalot redondas
também são símbolos da
festividade.
OUTROS NOMES DADOS A ROSH HASHANAH:
YOM TERUAH: Dia do To-
que do Shofar ou Festa
das Trombetas.
YOM HAZIKARON: Dia
em que rememoramos os
acontecimentos e as nossas
ações no ano que findou.
YOM HADIM: Dia do Jul-
gamento.
As observâncias de Rosh
Hashanah incluem uma
mistura de solenidade com
festividade - a criação do
mundo e o julgamento. No
decorrer da festividade,
em comemoração a cria-
ção do mundo, comemos
maçãs regadas com mel e
desejamos um Novo Ano
doce e bom com a tradi-
cional saudação: SHANAH TOVAH UMETUKAH!
Em Rosh Hashanah cele-
bramos ao Criador, o re-
conhecemos como juiz, e
aceitamos seu julgamento.
Aclamamos Elohim como
Criador, Rei e Juiz do Uni-
verso.
COMEMORAÇÃO ROSH HASHANAH BEIT TEFI-LAH RECHOVOT:
Quarta-feira, 28 de setem-
bro de 2011 às 19h30.
SHANAH TOVAH UME-TUKAH!UM ANO BOM E DOCE
PARA TODOS!
26
YOM KIPPUR
INTRODUÇÃO:
Dia da Expiação ou Dia
do Grande Perdão. Esta-
tuto perpétuo com pres-
crição bíblica na Torah:
“Disse mais o Eterno a Moisés: Mas, aos dez des-te mês sétimo, será o Dia da Expiação; tereis santa convocação e afligireis a vossa alma; trareis oferta queimada ao Eterno”. Lv 23:26-27.
É o último dos dez dias
do período destinado ao
arrependimento.Aconte-
ce uma vez a cada ano
no mês judaico de Tishrei
(setembro-outubro). É um
dia de encontro com Elo-
him. É também um tem-
po para pedirmos perdão
pelas falhas determinadas
em nossos corações e para
evitarmos a repetição des-
ses erros. É um tempo de
oração ao Eterno para que
nos ajude pelo Seu Espíri-
to, e para que nos dê ca-
pacidade para vencer os
nossos erros e pecados.
Yom Kippur é um tempo
reservado para realizar-
mos Teshuvah (retorno,
arrependimento).Nosso
arrependimento sincero e
confissão de pecados ao
Eterno agraciam-nos com
Seu perdão através do tra-
balho expiatório do Mes-
sias. É claro que podemos
fazer isso a qualquer tem-
po, mas certamente de-
vemos fazê-lo também no
Dia da Expiação.
DATA DE YOM KIPPUR EM 2011: Sábado, 8 de outubro.
POR QUE JE-JUAMOS E ORAMOS EM YOM KIPPUR?Yitschak Kugler
INTRODUÇÃO:
Recebemos a seguinte de-
27
claração de um grande
amigo: ”Se Yeshua consu-mou a expiação eterna, não se faz necessário orar e je-juar em Yom Kippur para se obter expiação”. Para
dizer a verdade, ficamos
um pouco assustados com
essa declaração. Primeira-
mente porque ninguém em
nossa congregação pensa,
que por jejuar e orar em
Yom Kippur recebe-se ex-
piação. Se dissermos que
o Messias providenciou a
expiação e que com isso
anulou o Dia da Expiação,
então também podemos
dizer que como o Mashiach
Yeshua é a nossa páscoa e
foi sacrificado por nós, não
mais precisamos mais cele-
brar a festividade de Pes-
sach (Páscoa). Essa decla-
ração nada mais é do que
é um reflexo da Teologia
da Substituição criada pelo
cristianismo e que de uma
forma ou de outra, tem per-
sistido até os nossos dias.
ENTÃO, PORQUE NÓS
COMO JUDEUS MESSIÂ-NICOS ORAMOS E JEJU-AMOS EM YOM KIPPUR?
PACTO DE ALIANÇA (RESPONSABILIDADE PARA COM A ALIANÇA).
Em primeiro lugar como
Judeus Messiânicos so-
mos membros da aliança
(do pacto) que Elohim fez
como o povo de Israel, e
Elohim não cancelou esse
pacto. Na Epístola aos
Gálatas, Paulo declara que
o pacto com o fiel Elohim
não pode ser modifica-
do, cancelado ou desfeito.
E ainda complementa: as
alianças, ainda que feita
por homens, também não
podem ser desfeitas, modi-
ficadas ou canceladas por
outra subsequente. As cláu-
sulas de punição da quebra
do pacto que Elohim fez
com Israel em Levítico e
Deuteronômio fornecem
em primeira mão evidên-
cias de que o pacto ainda
está em vigor. As horríveis
28
perseguições, exílios e o
holocausto fornecem am-
pla evidência da precisão
com que essas cláusulas
são executadas. Até mes-
mo o retorno a Sião, em
nossos dias, encontra-se in-
cluído nas cláusulas desse
pacto. Elohim declara re-
petidas vezes nas Escritu-
ras Sagradas e através dos
profetas, que mesmo se Is-
rael for pecaminoso e infiel,
Ele permanecerá fiel aos
Seus pactos, realizará Sua
vontade e Seu plano com e
através de Israel. Portanto,
se o pacto ainda está em
vigor, ignorar Yom Kippur
é pecar contra o pacto. Em
tempos passados, quan-
do as coisas não eram tão
bem entendidas, podería-
mos entender que Elohim
fazia vista grossa em nos-
sos lapsos, mas nesses úl-
timos dias, quando temos
um melhor entendimento
das Escrituras, como po-
demos esperar que Elo-
him perdoe uma violação
deliberada de um dos sete
tempos mais apontados de
Seu pacto? “Mude-se-lhe o coração, para que não seja mais coração de homem, e lhe seja dado coração de animal; e passem sobre ela sete tempos”. (Dn 4:16b). Não. Como um membro da
Aliança, o Dia da Expiação
é dado a nós e a toda Na-
ção de Israel, a fim de que
seja mantido e guardado.
LEMBRANDO DA EXPIA-ÇÃO
Em segundo lugar, como
Judeus Messiânicos, fomos
expiados pelo gracioso
trabalho de expiação do
Messias. Isso por si só, é
razão suficiente para ob-
servarmos o Dia da Expia-
ção. Mas mais do que isso.
Como crentes em Yeshua,
o fato é que continuamos
a pecar - apesar do fato de
termos sido expiados por
nossos pecados a um custo
terrível através da agonia e
do sofrimento pessoal do
Messias na cruz romana.
29
Esse triste e miserável fato
é razão suficiente para nos
humilhar e afligir nossas al-
mas em jejum e sofrimen-
to pelo menos um dia do
ano e no tempo apontado
ao nosso povo por Elohim.
Elohim em sua graça nos
rodeia com coisas e even-
tos para induzir-nos ao ar-
rependimento e à santida-
de, e uma delas é o Dia da
Expiação. Se prestarmos
a atenção ao confessioná-
rio que é recitado no KOL NIDRE (Em aramaico: “To-dos os Votos” ou “Todas as Promessas”. Serviço re-ligioso que abre o serviço litúrgico de Yom Kippur. Não é uma oração, mas sim, uma declaração cole-tiva baseada na anulação de votos. Permite anular promessas, votos ou jura-mentos feitos a Elohim não cumpridos.) teremos que
confessar que muitos dos
pecados listados são aque-
les dos quais temos sido
culpados, especialmente
os pecados envolvendo
a língua e os lábios. O Dia
de Yom Kippur ou Dia da
Expiação é uma graciosa
oportunidade que Elohim
nos oferece para confes-
sarmos os nossos peca-
dos. É também um tempo
para pedirmos desculpas
pelas falhas determinadas
em nossos corações e para
evitarmos a repetição des-
ses erros. É tempo de orar
ao Eterno para que nos
ajude pelo Seu Espírito, e
para que nos dê capacida-
de para vencer os nossos
erros e pecados.
Vejo como absurda a ideia
de obtermos expiação
porque jejuamos e oramos
em Yom Kippur. Esse dia
nunca proveu expiação
para o israelita. Nem nunca
foi possível que o sangue
de touros e bodes expias-
se pecados: “porque é im-possível que o sangue de touros e de bodes remova pecados”. (Hb 10:4). Pelo
contrário, temos sido san-
tificados através da ofer-
30
ta do corpo do Messias
Yeshua por todo tempo.
Não obstante, esse crente
em Yeshua dará uma res-
posta a Ele no Dia do Jul-
gamento por cada peca-
do não confessado. O Dia
da Expiação nos dá mais
uma oportunidade para
confessar nossos pecados
ao Eterno e receber Seu
perdão através do traba-
lho expiatório do Messias.
É claro que podemos fa-
zer isso a qualquer tempo,
mas certamente devemos
fazê-lo também no Dia da
Expiação.
DEVEMOS ESTAR ATEN-TOS POR AQUELES QUE NÃO TÊM A EXPIAÇÃO
Em terceiro lugar, esta-
mos cercados por pesso-
as de nossa própria nação,
que não têm a expiação
provida por Elohim, no
Messias, por causa da sua
incredulidade. Sentimos
que dentre todos os de-
mais dias do ano, o Dia de
Expiação é a oportunida-
de que temos de jejuar e
orar diante do Eterno em
prol daqueles que estão
perdidos e morrendo ao
redor de nós mesmos. É
claro que podemos fazer
e orar assim muitas vezes.
Mas estamos impressio-
nados com o fato de que
em Yom Kippur, todo o
povo judeu ao redor de
nós, está jejuando e oran-
do em um esforço deses-
perado para fazer pender
a balança do julgamento
a seu favor por acumulo
de boas obras e orações.
Esse fato é o coração se
rasgando, e para nós um
claro motivo para nos
humilhar diante do Eter-
no em oração e jejum. O
melhor dia do ano para
um judeu é o Dia da Ex-
piação, não há melhor dia!
Foi dado ao nosso povo
por Elohim para orarmos
e jejuarmos pela expiação
do judeu como povo e por
cada um de nós individu-
almente.
31
O TESTEMUNHO DO DIA DA EXPIAÇÃO
Nossa observância ao
Dia da Expiação, com je-
jum e oração, fornece um
poderoso e penetrante
elemento ao anúncio do
evangelho de Yeshua ao
nosso povo. Nós não ob-
servamos o Dia da Expia-
ção a fim de sermos um
testemunho, mas sim para
os pontos listados acima.
Mas, o fato de observa-
mos o Dia da Expiação
por convicção, serve para
aumentar o nosso teste-
munho para nosso povo.
O Dia da Expiação e os
dez dias de temor ante-
riores fornecem uma po-
derosa declaração da rea-
lidade do pecado na vida
de nosso povo e de nos-
sa nação. Nenhuma outra
nação ou comunidade re-
ligiosa dedica 10 dias do
ano para pensarem sobre
o pecado, contudo em Is-
rael essa é uma prática é
um elemento profunda-
mente estabelecido em
nossa cultura. No mundo
hoje, e não menos entre o
povo de Israel, há uma ne-
gação de pecado ampla-
mente espalhado e pro-
fundamente enraizado.
Esse mecanismo de defe-
sa (do “eu”) psicológico
é ainda mais profundo e
mais enraizado, porque o
povo não tem uma forma
segura para expiação de
seus pecados. Nós como
Judeus Messiânicos po-
demos salientar que em
Yom Kippur todos nós di-
zemos: “nós temos peca-
do, temos transgredido,
temos cometido iniqui-
dade...” e que Elohim não
deixou Israel desprovido
e sem seu meio designa-
do da Expiação, a oferta
do Messias e de Sua alma
eterna para expiar os pe-
cados de nosso povo.
O SIGNIFICADO PROFÉ-TICO DO DIA DAEXPIAÇÃO
32
O Dia da Expiação fala da-
quele dia no futuro quan-
do todo o Israel será salvo.
Tal como está escrito em
Zacarias 12:10 - “E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o espírito da graça e de súplicas; olha-rão para aquele a quem traspassaram; pranteá-lo--ão como quem pranteia por um unigênito e chora-rão por ele como se chora amargamente pelo primo-gênito.” Os sete tempos
designados alistados em
Levíticos 23 (Yom Kippur: “Disse mais o Eterno a Moisés: Mas, aos dez des-te mês sétimo, será o Dia da Expiação; tereis santa convocação e afligireis a vossa alma; trareis ofer-ta queimada ao Eterno. Nesse mesmo dia, nenhu-ma obra fareis, porque é o Dia da Expiação, para fazer expiação por vós perante o Eterno, vosso Elohim. Porque toda alma que, nesse dia, se não afli-
gir será eliminada do seu povo. Quem, nesse dia, fizer alguma obra, a esse eu destruirei do meio do seu povo. Nenhuma obra fareis; é estatuto perpé-tuo pelas vossas gerações, em todas os vossos Sába-dos de descanso solene vos será; então, afligireis a vossa alma; aos nove do mês, de uma tarde a outra tarde, celebrareis o vosso Sábado”. Levíticos 23:26-32) são um esboço profé-
tico e simbólico do traba-
lho da salvação de Elohim
a Nação de Israel, e para
todo o mundo. De todos
esses tempos apontados,
a longa espera do grande
dia de salvação no qual
todo o Israel que sobrevi-
ver até aquele dia será sal-
vo – no Dia da Expiação.
ENTENDIMENTO BÍBLI-CO DO LUGAR DO DIA DA EXPIAÇÃO
A estrutura hermenêutica
clássica da Igreja Cristã
33
tem sido que o Mashiach
inaugurou a Nova Aliança
a qual toma o lugar da An-
tiga Aliança e que a Igreja
substitui o povo de Israel
como o povo de Elohim.
Essa estrutura hermenêu-
tica da substituição con-
duz crentes em Yeshua a
considerar a Aliança que
Elohim fez com o povo de
Israel como sendo obso-
leta e sem efeito. Duran-
te esse século, os cristãos
judeus foram aos poucos
encontrando seu caminho
de volta ao entendimen-
to de sua aliança de co-
nexão com Elohim e com
o povo de Israel. A Nova
Aliança não substitui a
Aliança de Elohim, pelo
contrário, capacita seus
membros a cumprir a To-
rah de Elohim, em virtude
da Torah de Elohim ser
escrita nas tábuas de nos-
sos corações (“Eis aí vêm dias, diz o Eterno, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não confor-
me a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obs-tante eu os haver despo-sado, diz o Eterno. Porque esta é a aliança que firma-rei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Eterno: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu ir-mão, dizendo: Conhece ao Eterno, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Eterno. Pois perdo-arei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei”.) que pre-
vê um conhecimento sal-
vífico do Eterno e oferece
perdão de pecados para
o cristão. Em virtude de
ser um membro da Nova
34
Aliança, somos capazes
de observar e manter de
forma real e espiritual o
Dia da Expiação.