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Dia de solidariedade Segunda edição do Dia do Voluntariado mobiliza mais de mil colaboradores no Brasil e Peru Ano III - número 8 maio a julho de 2009

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Page 1: Revista Solví – 08

Dia de solidariedade Segunda edição do Dia do

Voluntariado mobiliza mais de mil colaboradores no Brasil e Peru

Ano III - número 8maio a julho de 2009

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Sumário

A revista Solví é uma publicação trimestral interna, editada pela Superintendência Estratégica de Talentos do Grupo Solví.

Os textos assinados por articulistas não traduzem necessariamente a visão da empresa.

Presidente: Carlos Leal Villa | Diretor Técnico: Tadayuki Yoshimura | Diretor Financeiro: Ricardo Froes

Diretor de Saneamento: Masato Terada | Diretora de Gestão de Riscos: Célia Francini

Gerenciamento: Carlos Balote | Coordenação: Fernanda Curcio

Edição, reportagem e textos: Nilva Bianco (MTb 514/SC) | Fotografia: Marcello Vitorino (Mtb 27.290/SP)

Projeto editorial e gráfico: Fullpress – textos, fotos & idéias | Impressão: D’Lippi Print | Tiragem: 2.000 exemplares

Colaboradores: Mônica Pontes (revisão), Rafael Escudeiro e Thais Escudeiro (revisão espanhol), Viviane Mansi (artigo), Rabiscos (ilustrações)

Foto de Capa: Marcello Vitorino/Fullpress (O garoto Vitor Colella, 7 anos, participa do Dia do Voluntariado em São Paulo)

Comentários e sugestões: Rua Bela Cintra, 967, 10º andar, Bela Vista, São Paulo, SP, CEP 01415-000 | e-mail: [email protected] www.solvi.com

Marcello vitorino/FUllPreSS

Gestão de Riscos ajuda empresas a aproveitar oportunidades

Corporativo

Dia do Voluntariado aproxima Solví da comunidade

Capa

Koleta entra no mercadode construção civil

Mercados e Negócios

Vega fecha contrato de limpeza pública em Araçatuba

Mercados e Negócios

Eugenio Mussak falasobre metacompetência

Entrevista

Salvador adota barcopara coleta de resíduos

Práticas de Sucesso

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Os serviços da Viasoloe da Essencis em Betim

Lugares

Notas

GRI cria Programade Fomento à Pesquisa

Práticas de Sucesso

Viviane Mansi escreve sobre a importância da comunicação

Opinião

Em foco

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Grafiteiro pinta o muro do Lar de Nice, em São Paulo, durante o 2º Dia do Voluntariado

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editorial

A busca e a oferta de soluções ambientais nos conectam naturalmente ao conceito de responsabilidade socioambien-tal. Quando construímos aterros, nós não apenas os construí-mos dentro das mais avançadas especificações técnicas, mas nos preocupamos em neutralizar seus resíduos, em envolver

os moradores do entorno na sua operação, em or-ganizar famílias de catadores em coopera-tivas, dando-lhes dignidade e perspectivas econômicas efetivas.

Da mesma forma, quando cuidamos da lim-peza pública ou do saneamento de uma ci-

dade, não nos limitamos a varrer ruas, coletar resíduos, distribuir água e coletar esgoto, mas nos preocupamos em conscientizar a população sobre a importância de preservar o espaço público, reduzir o volume de resíduos gerados e economizar água; quando fechamos um con-trato de gerenciamento de resíduos com uma empresa, tomamos a iniciativa de analisar o impacto ambiental do seu modelo de negócios, de forma a encontrar as melhores soluções. E, por meio da Solví Valorização Energética, ainda produzimos energia seguindo o con-

ceito de matriz energética renovável, muitas vezes a partir do que era considerado lixo.

A consciência cada vez maior sobre a importân-cia do nosso trabalho e também a percepção de que o próprio crescimento do Grupo de-pende da oferta de soluções completas e ca-

pazes de operar mudanças mais profundas na comunidade fizeram com que a responsabilidade socioambiental fosse to-talmente incorporada ao que fazemos, e tenho o orgulho de afirmar que a Solví vem preparando uma geração de gestores para a qual simplesmente não é concebível outra forma de fazer negócios.

Os gestores de todas as empresas do Grupo têm no Instituto Solví um grande aliado e um importante parceiro para ampliar essa visão e torná-la cada vez mais efetiva e presente. O Insti-tuto está preparado para dar-lhes suporte em um planejamen-to que contemple os aspectos econômico, social e ambien tal, e também para atuar junto aos clientes, compartilhando seu know how. Reforçar o senso de pertencimento de cada colabo-rador da Solví e estimular seu envolvimento em ações de vo-luntariado tem sido outra frente importante de atuação do Ins-tituto, e que certamente nos fará evoluir ainda mais enquanto organização. As imagens do 2º Dia do Voluntariado publicadas nesta edição da Revista Solví mostram que sim, nós podemos mudar muita coisa quando trabalhamos com nossos corações, mentes e mãos unidos em um mesmo objetivo.

Carlos Leal VillaPresidente da Solví

opoderdemudar

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entreviSta

Além das competênciasantes de consultor, colunista, empresário ou médico (sua formação original), eugenio Mussak se considera um educador. como um dos mais conceituados palestrantes do país, ele prega a necessidade das empresas atuarem como centros de aprendizado contínuo para seus funcionários, e destes manterem acesa a chama da curiosidade e a vontade de aprender, pois só assim conseguirão atingir a metacompetência. competência, metacompetência e autodesenvolvimento são temas desta entrevista do professor Mussak para a Revista Solví.

Revista Solví - O que é metacompetência?

Eugenio Mussak - É uma evolução do conceito de competência. Enquanto competência significa a capacidade que temos de atingir objetivos, resolver problemas e também de competir, ou, do ponto de vista humano, a conjunção de conhecimento habilidade e a atitude, a metacompetência é a transcendência da competência, ou seja, é o “ir além”. Competente é aquele que atinge o ob-jetivo esperado, e metacompetente é aquele que vai além, de alguma forma surpreende o cliente. Mas essa também é uma idéia antiga, e a virtude da ex-pressão metacompetência é que ela or-ganiza esse pensamento. O que coloca-mos na equação da metacompetência é que ela é o produto das competências essenciais com as chamadas competên-cias transversais, aquelas que colabo-ram com a competência essencial po-tencializando o produto principal.

As habilidades humanas, de relacionamento, também compõem a metacompetência?

Existe uma série de qualidades hu-manas que, quando colocadas à dis-posição do nosso trabalho, potenciali-zam muito nossa competência técnica: a disposição de atender, a inteireza no relacionamento, a ética, a demonstração de interesse, o comprometimento, a simpatia, a atitude, o sorriso, o olho no olho. Não é incomum vermos um profis-sional tecnicamente bem formado ser demitido com a alegação de que era difícil, de relacionamento complicado e sem interesse pelas outras pessoas. Hoje não queremos apenas bons profissio-nais, queremos boas pessoas exercendo suas funções.

Podemos desenvolver a metacompetência?

Claro, ela pode ser desenvolvida, e para isso é preciso que a pessoa tenha desejo de fazê-lo. Vivemos em uma so-ciedade em que não podemos parar de aprender, em todos os setores: técnico, cultural, comportamental, de cuidados com a saúde, com o networking. Há mui-to tempo se acabou a era em que fazer uma faculdade era suficiente. Temos que fazer cursos relacionados ao nosso

trabalho, pós-graduação, MBA, cursos de língua e sobre outros assuntos, pois pessoas com boa cultura geral não apenas são mais interessantes como se tornam mais perceptivas, com maior ca-pacidade de adaptação, de criatividade, inovação e relacionamento. Preocupam-me as pessoas que são excessivamente focadas e transformam o seu foco em um fator de alienação.

Que metacompetência esperamos encontrar em um jovem que está entrando em uma empresa? E em um gestor?

Quando contratam um jovem, as em-presas estão interessadas em seu desempenho, mas, mais do que isso, estão interessadas em sua disposição para aprender. Um jovem que não apre-senta alto desempenho mas demons tra grande disposição para aprender é bem aceito de um modo geral pelas empre-sas, pois elas compreendem o papel edu-cador que possuem. Se a pessoa ti v er o que chamamos de “brilho no olho” ela será bem-vinda. O perfil oposto é o do indivíduo que tem um bom desem-penho, mas não demonstra mais von-

“o líder deve estimular seu funcionário a estar permanentemente construindo novas idéias; a curiosidade é fundamental, é uma das bases do empreendedorismo.”

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acer

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Além das competênciastade de aprender. Isso acontece depois de alguns anos e a empresa tem que se preocupar com essa pessoa por dois motivos: primeiro porque ela não vai manter o alto desempenho se não man-tiver também a vontade de aprender; o segundo é que este profissional acomo-dado acaba se transformando, com sua postura, em um modelo para os outros que estão entrando e têm vontade de aprender. Quanto ao gestor, para ser metacompetente, tem que ir além dos conhecimentos técnicos de gestão, que são o planejamento, organização e con-trole. Os gestores metacompetentes se destacam nos aspectos humanos de gestão, como o exercício da liderança, inspirar as pessoas.

Qual o papel da empresa no desenvolvimento desse aprendizado contínuo e dessa vontade de aprender dos funcionários?

Nós somos extremamente influencia-dos pelo ambiente no qual estamos in-seridos. O conhecimento não é algo que possa ser transferido e sim construído, essa é a idéia do construtivismo, linha pedagógica que tem duas figuras em sua origem. Uma é o educador suíço Jean Piaget, que nos disse que o educador é aquele que está estimulando a cons-trução do conhecimento no educando, seja ele aluno, filho ou funcionário. A segunda figura do construtivismo foi o russo Lev Vygotsky, que trabalhou no que chamamos de construtivismo so-cial. Ele nos disse que aprendemos com o meio em que estamos inseridos. Para as organizações, entender um mínimo do construtivismo social é muito impor-

tante para a criação de am-bientes de aprendizado. O líder deve estimular seu funcionário a estar per-manentemente cons-truindo novas idéias. A curiosidade é fun-damental, é uma das bases do empreende-dorismo, portanto a em-presa não deve bloquear a curiosidade natural, es-pecialmente do jovem. E quando há um ambiente de aprendizado há também um ambiente de confiança, de co-laboração, de auto-desenvolvi-mento e de produtividade.

E aos profissionais, que responsabilidade lhes cabe pelo seu próprio desenvolvimento?

O profissional tem que ter a atitude, o desejo de estar em permanente aprendizado, e aí encontramos muitos recursos para que esse aprendizado aconteça, desde cursos livres até leituras e acesso às infor-mações através do mundo da filosofia, das artes, da literatura, que nos diz muito mais sobre o ser humano que os livros técnicos. Nas empre-sas usamos o princípio da andragogia, que é a pedagogia do adulto. Nós temos que assumir a responsabilidade prin-cipal pelo nosso desen-volvimento.

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Capa

Um dia perfeito

“nunca tinha visto nada assim, estou emocionado”, diz João de Souza,

de 74 anos. O homem grisalho e de porte firme observa a atividade frenética ao seu redor: pessoas passando com galões de tinta, tapetes de grama, lixas, rolos de pintura. Seu João está acostumado a ver indivíduos doando seu tempo ao Lar da Infância de Nice, já que ele mesmo é vo-luntário há 35 anos. No dia 28 de junho, no entanto, foi a primeira vez que presen-ciou tanta gente trabalhando em mu-tirão, colaboradores da Solví e familiares que arregaçaram as mangas no 2º Dia do Voluntariado.

Localizado na Vila Carrão, zona leste de São Paulo, o Lar de Nice foi fun-dado em 1972 como braço filantrópico do Centro Espírita Irmã Nice, atuante na região desde a década de 40. Com a doação de um grande terreno, a entidade pôde construir o prédio para receber o que na época era chamado de orfanato, e hoje de abrigo. “Sem dúvida a história da entidade, sua importância na região e sua carência por melhorias de infra-estrutura foram determinantes para que a escolhêssemos”, comenta a coordena-dora do Instituto Solví, Cláudia Sérvulo da Cunha Dias.

Antes de decidir pela realização do Dia do Voluntariado dos colaboradores

até a chuva deu uma trégua em São Paulo no dia 28 de junho, quando quase 400 pessoas saíram de casa para ir à zona leste escrever mais um capítulo de solidariedade na história do lar da infância de nice

FotoS: Marcello vitorino/FUllPreSS

Nesta página, crianças brincam na área de lazer do Lar de Nice após sua revitalização, e colaborador tra-balha em pintura de gradil

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muitoSdiaSdetrabalHo

Organizar o Dia do Voluntariado demandou mais de dois meses de trabalho do Instituto Solví e dos comitês de Responsabilidade Socioambiental. Além do levantamento e visita de 10 entidades que poderiam ser beneficiadas pela ação em São Paulo, a equipe da Holding elaborou diretrizes de trabalho que foram enviadas às empresas. “Nossa orientação foi no sentido de que elas trabalhassem preferencialmente com instituições que tivessem uma atuação reconhecida na comunidade”, diz Thaís de Morais Escudeiro, assistente do Instituto Solví. Segundo ela, o fato de várias unidades terem realizado ações junto a entidades de atendimento a crianças refletiu a vontade das pessoas cadastradas no Programa Solví de Voluntariado.

de São Paulo no Lar de Nice, outras nove entidades foram visitadas pelo Comitê de Responsabilidade Social da Holding, uma das mostras do amadurecimento desta para a 1ª edição do evento. Reuniões com os comitês das empresas envolvidas na ação (GRI, Koleta, Essencis, Loga, Vega ABC, Vega Central e CSC, além da Hol-ding), formação de grupo de trabalho, visitas prévias à entidade e a realização de algumas etapas mais pesadas do tra-balho com antecedência foram outras conseqüências do planejamento. “Dentro das diretrizes do Programa Solví de Vo-luntariado temos algumas orientações, como a de que o vínculo com a entidade não se limite a um único dia, mas se for-taleça e se aprimore por meio de progra-mas como Consultoria Voluntária, e que esse relacionamento, se possível, não se limite à entidade beneficiada, mas ex-trapole para a comunidade na qual ela está inserida”, acrescenta Cláudia.

Tempo firmeO resultado de todo o planeja-

mento e da capacidade de mobilização dentro das empresas foi exemplar, ou histórico, como diria Seu João: quase 400 pessoas participaram da ação. Equipe azul, laranja, verde, rosa... cada uma delas cuidou de uma parte do trabalho na sede do Lar de Nice, onde funcionam a creche

e o salão de eventos, e na Unidade 1, que funciona apenas como abrigo.

O imenso terreno atrás do salão de eventos da sede foi limpo, aplainado e gramado, uma horta surgiu do nada, a quadra foi toda pintada, o playground foi reformado, os muros pintados e grafita-dos, e ainda sobrou espaço para um esta-cionamento que servirá aos eventos so-ciais e gastronômicos, uma das principais fontes de renda da entidade. Na Unidade 1, os voluntários trocaram porta, janela e pintaram uma edícula, que virou sala de estudos das crianças. Também gramaram o quintal e deram uma “geral” na brinque-doteca, deixando-a mais aconchegante.

O encarregado de controle opera-cional da Koleta, Carlos Domingues, adora o contato com a terra, por isso decidiu par-ticipar do grupo responsável pela horta. Mas não foi sozinho: levou a esposa, Simone, a filha, Camila, 12, a afilhada Mariana, 13, e a amiga Lenice. Outro motivo para querer participar, afirma Carlos, foi o contato com as

Carlos Domingues e sua “equipe” , responsáveis pela nova horta do Lar de Nice

João de Souza: voluntário do Lar de Nice há 35 anos, encantou-se com a iniciativa da Solví

Mascote - “Folhinha”, um mascote cheio de espírito ecológico apresentado no primeiro gibi editado pelo Instituto Solví juntamente com outros personagens, foi eleito o mascote oficial do Instituto. Participaram da “eleição” 3.725 colaboradores do Grupo, que depositaram seu voto nas urnas colocadas no Espaço Solví. O próximo passo será a apresentação da “plataforma ambiental” da Folhinha, que dará o tom dos próximos materiais educativos do Instituto.

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Febrace - O Instituto Solví foi um dos patrocinadores da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia 2009 (Febrace - www.lsi.usp.br/febrace), promovida pelo Laboratório de Sistemas Integráveis da Escola Politécnica da USP. Dirigida a estudantes do último ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio e Técnico de escolas públicas e particulares de todo o Brasil, a feira reuniu este ano 172 escolas, 282 projetos científicos e 12 mil visitantes.

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Capa

crianças da instituição. Ele, que nunca havia participado de uma ação de voluntariado, elogia o trabalho de divulgação feito den-tro do Espaço Solví e o empenho do gestor da empresa em colaborar com a iniciativa.

Na quadra, Elen Alves de Souza, 22, e Carolina Duarte Oliveira Nascimento, 21, trabalharam duro, lixando e pintan-do. As duas, que não se conheciam e não são colaboradoras do Grupo, foram con-vidadas por seus namorados a partici-par da ação. “Viemos para ajudar”. Perto dali, o garoto Vitor Colella, de sete anos, chamou a atenção dos voluntários da equipe laranja, res ponsável pela reforma da quadra. Munido de um rolo de pintu-ra, Vítor, que se recusou a ficar na recre-ação com as ou tras crianças, passou o dia compenetrado, ajudando a pintar a quadra. Iniciou-se no voluntariado junta-mente com o pai, Sidney Collela, e a mãe, Sheila Palma Colella, ambos colabora-dores da Loga. “Foi muito bom participar, e acho que iniciativas como essa são im-portantes inclusive para a união entre as empresas do Grupo”, diz Sidney.

Bom para todosSe o Dia do Voluntariado foi bom

para os voluntários, para o Lar de Nice foi um grande presente. Hoje a entidade se mantém por meio de convênios com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Pessoal, de doações regulares e eventos para angariar fun-dos. Com as novas diretrizes para o abri-go de menores, a sede, que na década de 70 chegou a ter mais de 100 internos, hoje possui apenas 15, além de funcio-nar como creche para outras 60 crianças da região. Na Unidade 1, um sobrado es-paçoso próximo dali, outras 20 crianças são assistidas. A instituição pode atender menores de até 18 anos, mas a maioria está na faixa dos seis aos 12 anos. Quase todos foram encaminhados pelo Juiza-do de Menores, vítimas de abandono ou maus tratos. “O intuito é que eles fiquem o menor tempo possível, mas nem sem-pre isso acontece”, diz a gerente da Uni-dade 1, Denise Perie Gil, citando o caso de um menino que já completou quatro anos no abrigo.

Denise, que trabalha há oito anos no Lar de Nice, faz parte do grupo de 50 funcionários mantidos pela entidade. Praticamente todas as atividades para arrecadação de recursos, como bazar e organização de eventos, no entanto, são mantidas pelos voluntários, cerca de 80 pessoas, muitas delas envolvidas com o abrigo há décadas.

“Eu entrei aqui passando fraldas, há 36 anos”, conta Conceição Mingrone Bruno. Da lavanderia ela foi para o bazar, dali para o Conselho da entidade, até que em 1982 assumiu a presidência do Lar de Nice, cargo que ocupa até hoje, por falta de outro candidato disposto a assumir a função, que não é remunerada e exige empenho total. “O voluntariado é essencial para a entidade, pois não po-demos arcar com todos os serviços. Ele também é importante para os voluntá-rios, pois quando nos doamos, quando compartilhamos um pouco do nosso tempo, do nosso afeto, crescemos como seres humanos”, diz Conceição, lembran-do que muitas das crianças que cresce-ram no abrigo na década de 70 (quando a dificuldade de adoção fazia com que muitas vezes passassem ali toda a sua in-fância e parte de juventude) permanece-ram próximas da entidade e se transfor-maram elas próprias em voluntárias.

É o caso do psicólogo André Luiz Fernandes, 39, que viveu no Lar de Nice dos três aos 21 anos e nunca conheceu seus pais biológicos. Ele conta que até os 11, 12 anos, sonhava em ser adotado. “Mas de repente eu percebi que esta era a minha casa, e que as pessoas que vi-nham aqui voluntariamente dar o me-lhor de si para as crianças, elas eram meu pai e minha mãe; eu tive vários pais e mães, sempre recebendo o melhor de cada um, todo o apoio e toda a estrutura de que precisei; eu tive sorte”, diz André, que hoje procura fazer o mesmo pelas crianças do Lar de Nice.

A equipe responsável pela organização do Dia do Voluntariado em São Paulo

Marcello vitorino/FUllPreSS

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iniciativas EM OUtROs LOcais

salvador e camaçari (Ba) - na Vega Salvador, os cerca de 120 voluntários realizaram atividades de manutenção na Creche comunitária Frutos de Mães, além de apresentação de quadrilha, concurso de dança e forró e oficina com materiais recicláveis. Ainda em Salvador, 40 voluntários da Battre fizeram a doação de alimentos e fraldas descartáveis no Lar Vida e também desenvolveram atividades recreativas com as crianças. Em Camaçari, a entidade escolhida pela Camaçari Ambiental para a ação, que mobilizou 30 voluntários, foi a Creche Esperança IV, que recebeu a doação de móveis e eletrodomésticos, além de reforma de áreas internas, pintura e jardinagem.

Betim, sete Lagoas, caeté e Divinópolis (MG) – nesta edição do Dia do Voluntariado a Viasolo reuniu 161 voluntários, que se dedicaram a ações na Associação Creche e Orfanato

Presidente Tancredo de Almeida Neves, em Betim, na APAE de Sete Lagoas, na comunidade de Ferrador, em Divinópolis, e no Lar dos Idosos Padre Vicente Cornélio Borges, em Caeté (que reuniu também os colaboradores de

Sabará). Em Betim foram realizadas pintura de fachada, do piso e playground da creche, construção de uma casa de bonecas, plantio de grama e mudas. Em Sete Lagoas a programação na APAE incluiu palestra e oficina sobre

reciclagem, exibição de desenho animado, limpeza de horta e brincadeiras típicas de festa junina. Em Divinópolis, os colaboradores trabalharam na capina, revitalização dos jardins, poda de árvores e retirada de entulhos, enquanto

em Caeté a programação no asilo incluiu almoço, bate-papo, jogos e um “momento de beleza”.

Rio de Janeiro (RJ) – a Koleta RJ reuniu 79 voluntários em uma série de atividades no bairro do Colégio, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Eles trabalharam em locais como a Avenida Pastor Martin Luther King e Praça do Metrô, realizando jardinagem e pintura de pilastras com temas ambientais.

Manaus (aM) – os 100 voluntários da Águas do Amazonas passaram o dia na Escola Professor Sebastião Norões, no bairro Compensa 3,

e na Associação dos Moradores de Compensa, no bairro de Compensa 2. Houve distribuição de 200 kits escolares, 32 cestas básicas para a comunidade atingida pela enchente do Rio Negro, além de atividades

como oficinas e recreação para as crianças. Para os pais,foram oferecidos curso básico de encanador, palestra sobre como se comportar em entrevista de emprego e ajuda na produção de currículo.

novo Hamburgo, são Leopoldo, canoas, Rio Grande, Farroupilha (Rs) – os 148 voluntários da Vega, SL Ambiental, Rio Grande Ambiental e Farroupilha Ambiental trabalharam em benefício de escolas públicas e entidades de atendimento a crianças, como o Núcleo Amigo da Criança Santo Afonso e Escola Municipal Maria Quitéria (Novo Hamburgo), Instituto Comunitário Miguel Jefinny (Canoas), Escola José Fanton (Farroupilha), Escola de Educação Infantil Santa Marta (São Leopoldo) e Creche Doe Amor (Rio Grande). As equipes se dividiram em atividades como doação de cestas básicas, recreação, jardinagem e manutenção de áreas internas e externas.

são carlos e araçatuba (sP) – cento e trinta colaboradores das duas unidades da Vega desenvolveram as atividades em duas creches: a Santa Clara de Assis, em Araçatuba, e Pedro Pucci, em São Carlos. Serviços de pintura, revitalização de áreas internas e

externas, varrição e poda de árvores foram executadas pelos voluntários.

Lima (Peru) – em sua “estréia” no Dia do Voluntariado, realizado em 5 de julho, a Vega Peru e a Relima conseguiram mobilizar 60 pessoas, entre colaboradores e familiares, que se envolveram em várias frentes de ação no Colégio República de Brasil. As atividades incluíram pintura dos pontos mais críticos do prédio, limpeza e varrição, renovação de áreas verdes e estabelecimento de pontos para segregação de resíduos.

arQUivo inStitUcional veGa SalvaDor

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arQUivo inStitUcional veGa araÇatUBa

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no mundo dos negócios, o que para uns é risco, para outros pode ser oportunidade. A diferença está na

forma como os fatos são identificados e gerenciados. É a partir dessa premissa que atua a Gerência de Riscos da Solví, subordinada à Diretoria de Gestão de Riscos.

A área tem no gerente Norival Zanata seu princi-pal articulador. Com experiência em auditoria e consul-toria, Zanata explica que o conceito de gestão de riscos é amplo, partindo do planejamento estratégico até as atividades operacionais da Organização. “Não se trata de evitar riscos, pois quem se limita a fazer isso não cresce, e sim explorá-los de forma controlada”, ressalta o gestor. Um exemplo fácil? Ele cita a crise econômica re-cente, na qual, paradoxalmente, muitas empresas estão crescendo - entre outros motivos, porque sou be r am ver as oportunidades ocultas por trás do cenário de di-ficuldades.

Manutenção de receitas, gestão de contratos, re-lação com as comunidades e meio ambiente são exem-plos de categorias de riscos inerentes às atividades do Grupo Solví que terão prioridade nas ações planejadas pela Gerência de Riscos, de forma a focar os objetivos de crescimento, resultado e geração de valor para a Or-ganização.

O primeiro passo será desenhar um “mapa” de riscos de negócio em cada empresa em conjunto com todos os gestores, tendo como diretriz o planejamento

Gerência de riscos identifica e monitora fatores que podem ser previstos e até explorados, antes de se transformem em problemas

estratégico, de forma a elaborar um plano de ação para cada um deles. “Isso requer um consenso sobre o que é relevante em cada empresa e o comprometimento dos gestores em colocar o assunto em sua pauta diária”, lembra Zanata.

Segundo a diretora de Gestão de Riscos Célia Fran-cini, esta abordagem está em linha com as iniciativas de governança corporativa adotadas pelo Grupo Solví, e o papel da Gerência de Riscos será auxiliar no aprimo-ramento contínuo das estruturas de controle interno dos processos, permitindo um gerenciamento mais as-sertivo das operações, gerando valor e contribuindo para o crescimento dos negócios.

Corporativo

Riscos sobcontrole

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CarretaS - Também em junho, a Koleta começou a operar o transporte de grandes volumes resíduos em longa distância, atividade que antes era terceirizada. A empresa adquiriu inicialmente duas car-retas, frota que será ampliada em breve. Mensalmente são transporta-das cerca de 200 toneladas de resíduos classe I para co-processamento na unidade da Essencis de Magé (RJ). A operação própria representa economia e me lhores serviços aos clientes. Cada carreta possui ca-pacidade para cerca de 27 toneladas de resíduos.

merCadoSenegóCioS

Koleta na construção civilempresa fecha contrato com a even construtorae incorporadora, para a destinação de resíduos de 18 obras

Caio Maccari Formigoni, coordenador operacional, Vagner Sousa Rodrigues, consultor comercial e William Hayacibara, técnico comercial da Koleta SP, envolvidos no atendimento ao novo cliente

tado de São Paulo). O setor é um dos que mais emprega no país, com dois milhões de trabalhadores, e graças à ampliação do crédito vêm reagindo à crise econômica. Só na capital pau-

Depois de dois anos de prospecções junto a emprei-

teiras e construtoras, a Koleta SP fechou, no mês de junho, seu pri-meiro contrato na área. O novo clien te é a Even Construtora e In-corporadora, que inicialmente terá 18 de seus canteiros de obras aten-didos, o que corresponde à retirada e destinação mensais de oito mil toneladas de resíduos.

“Este é o resultado de um forte trabalho no sentido de conscien-tizar as empresas de construção civil a darem um destino correto aos resíduos que geram, em conformi-dade com o que preconiza a norma ISO 14001 de responsabilidade am-biental, permitindo a total rastreabi-lidade desses resíduos”, diz o gerente geral da Koleta, Julio Mirage, ressal-tando que todo o material retirado das construções será depositado em locais aprovados pela Cetesb.

A conquista do primeiro clien-te neste importante segmento econômico implica em investimen-tos como a compra de novos cami-nhões, caixas brooks e também na contratação e treinamento de co-laboradores.

Segmento importanteSó na cidade de São Paulo, a

construção civil gera atualmente 297 mil empregos, segundo dados do SindusCon-SP (Sindicato da In-dústria da Construção Civil do Es-

lista foram lançadas 4.215 unidades habitacionais de janeiro a abril deste ano, de acordo com a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio).

Marcello vitorino/FUllPreSS

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merCadoSenegóCioS

Pedro Pierucci, ressaltando que Araçatuba, com 200 mil habitantes, vive uma fase de crescimento ace-lerado com a instalação de grandes usinas de álcool na região.

“A cidade é o centro de um pólo econômico que inclui municípios como Birugüi, Guararapes e Valparaí-so, o que vai de encontro ao projeto da empresa de investir em aterros regionais que atendam à demanda que muitas cidades pequenas e mé-dias têm de adaptar-se à legislação no que diz respeito à destinação de seus resíduos”, ressalta o supervisor da unidade, Gabriel Soares Lopes.

A partir do atual contrato, a em-presa pretende propor soluções para questões como o tempo de vida do atual aterro sanitário da cidade, que se esgota em cerca de seis meses. Entre as alternativas possíveis está a criação de uma célula emergencial junto ao atual aterro.

empresa inicia contrato emergencial em araçatuba; serviços incluem coleta, varrição e operação de aterro sanitário

na rota da vega

em março a Vega fechou contrato com a Prefeitura de Araçatuba,

voltando a prestar serviços de lim-peza pública após seis anos sem atuar na cidade do noroeste pau-lista. Em relação ao antigo compro-misso, no entanto, os serviços fo-ram ampliados, e agora abrangem oito itens.

Coleta domiciliar e seletiva, coleta de resíduos de serviços de saúde, coleta de inertes, operação de usina de triagem e de aterro sanitário, varrição de ruas, equipe de serviços diversos e limpeza de bueiros fazem parte do escopo do contrato emergencial, fechado após processo licitatório. A vali-dade é de 180 dias, com possibili-dade de renovação.

“Queremos permanecer na ci-dade e prestar os melhores serviços”, diz o gerente de desenvolvimento de negócios da Vega para São Paulo,

Equipes de motoristas e coletores da nova unidade

FotoS: arQUivo inStitUcional aDa

a vEGa EM aRaçatUBa...

4.000 toneladas de resíduos coletados ao mês

1.500 quilômetros de ruasvarridas ao mês

3.700 toneladas de recicláveis processadas ao mês na usina de triagem

200 colaboradores

...E nO BRasiL2,9 milhões de toneladas de resíduos coletados em 2008

1 milhão de quilômetros varridos por ano

11 milhões de pessoasbeneficiadas pelos serviços

11 mil colaboradores

arQUivo inStitUcional veGa araÇatUBa

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Marcello vitorino/FUllPreSS

localizada na Baía de Todos os Santos, na zona norte de Salvador, a Península Joanes abriga uma popu-

lação de cerca de 10 mil pessoas. Muitas delas vivem em palafitas suspensas sobre as águas e apesar do trabalho de conscientização ambiental que vem sendo realizado pela Vega Salvador, infelizmente continuam a usar o mar como lixeira. Realizar a limpeza pública em condições tão adversas foi um desafio encarado pela Vega, que lançou mão de ferramentas adequadas ao meio, como uma rede para a contenção de resíduos e um recém-adquirido barco coletor, que tornará o trabalho mais produtivo e seguro.

“Há cerca de cinco anos instalamos uma rede com cerca de 500 metros de extensão, para evitar que o lixo se espalhasse pela baía”, conta o supervisor da Unidade Salvador, Alexandre Castilho Flores. Até este ano, a “pesca” dos resíduos na península era feita por meio de uma balsa puxada por um barco, no qual iam um marinheiro e quatro

salvador ganha barco para coletacatamarã será utilizado na limpeza da Península Joanes, que recebe até três toneladas de lixo por dia

Imagem do novo modelo de barco e detalhe de seu braço mecânico

prátiCaSdeSuCeSSo

coletores. A média de lixo retirado por viagem era de 500 quilos, sendo que a quantidade total em um dia chega a três toneladas. Como a balsa era muito lenta, o serviço tomava todo o dia da equipe.

O novo barco, um catamarã com motor de popa, foi fabricado no Rio de Janeiro. “Nos inspiramos nos barcos utilizados na Lagoa Rodrigo de Freitas”, diz o supervisor. Segundo ele, o novo veículo, que entrou em operação no mês de julho, permitirá a coleta de até uma tonelada por viagem, com apenas um marinheiro e dois coletores, que utilizam roupas especiais, coletes salva-vidas e ganchos para a retirada do lixo das águas. Todo o resíduo é colo-cado em uma espécie de braço mecânico, que depois o deposita dentro do barco.

“Ganhamos em segurança e mobilidade com este equipamento”, afirma Alexandre, lembrando que as cam-panhas educativas junto à comunidade da Penísula Joanes terão continuidade.

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bolsista da Universidade do Estado do Amazonas trabalhará em uma avaliação comparativa entre os sistemas de bio-pilha e landfarming, utilizados para tratamento de solos contaminados. Na Ford de Camaçari (BA), a GRI implantará um Centro de Pesquisa e Inovação que contará com três bolsistas do Departa-mento de Engenharia da Universidade de Salvador (UNIFACS), responsáveis por avaliar novas formas de tratamento dos resíduos gerados no complexo.

BiodigestorEm Capivari de Baixo (SC), o de-

safio será a instalação de um biodiges-tor para a transformação da matéria orgânica descartada na unidade em energia. O processo foi testado com sucesso nos laboratórios da Universi-dade do Sul de Santa Catarina (Unisul) pela estudante de Engenharia Química Maiara Goulart Medeiros, que já é es-tagiária da GRI. Ela transformou o pro-jeto em trabalho de conclusão de curso e agora está envolvida no desafio de reproduzir a experiência em escala real. “Se conseguirmos, isso representará um ganho para o cliente e para mim será uma oportunidade de desenvolvimen-to profissional”, diz Maiara.

Na opinião do supervisor de ope-rações Rafael Sandrini, todos ga nham com a iniciativa. “A GRI fortalece a cul-tura de inovação e também seu rela-cionamento com os clientes, por meio de um forte diferencial, enquanto os estudantes adquirem experiência e per-spectiva profissional.” Além do paga-mento de bolsas com valores de até R$ 1.200,00 a GRI estimulará a pu blicação dos resultados das pesquisas e a partici-pação dos pesquisadores em congres-sos e eventos científicos.

prátiCaSdeSuCeSSo

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com cursos como o de Engenharia em instituições de ensino superior reconhe cidas em suas regiões, pro-pondo a indicação de alunos para par-ticipar do projeto, com o acompanha-mento de docentes das instituições e técnicos da GRI. Estabelecida a parce-ria, o graduando recebe da empresa uma bolsa de apoio à pesquisa para se dedicar integralmente a um projeto que tem como objetivo primordial a busca de soluções ambientais para os clientes GRI.

Desde abril, quando o FAP foi lançado, foram iniciados projetos jun-to a clientes como Petrobras, Ford e Tractebel. Em Manaus (AM), na refinaria Isaac Sabbá (REMAN Petrobras), um

Gri investe em parcerias com universidades e clientes para estimular a busca de soluções inovadoras e se diferenciar

Bolsa-inovação

em sua busca por novos talentos e por soluções inovadoras, a GRI

implementou o Programa de Fo-mento e Apoio à Pesquisa, FAP, que estimula a cooperação científica en-tre empresa e universidade para o desenvolvimento de novas tecnolo-gias, sistemas e processos em meio ambiente.

“Apostamos nestas parcerias oferecer soluções ambientais dife-renciadas aos clientes no cotidiano operacional de nossas unidades de negócio”, ressalta o supervisor técnico Mauro Renan, que coordena o progra-ma juntamente com o analista Márcio Adilson de Oliveira.

O primeiro passo é fazer contato

arQUivo PeSSoal

Maiara Goulart, uma das primeiras estudantes envolvidas no projeto, testa o protótipo de biodigestor em laboratório

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Betim, primeira cidade a implantar um aterro sanitário licenciado em Minas Gerais, deve ganhar ctr com capacidade regional

Indústria e ambientelocalizada na região metropolitana de Belo Horizonte

(MG), Betim possui alguns marcos significativos em seu desenvolvimento, como a chegada da Estrada de Ferro Oeste de Minas, em 1910, a construção da rodovia Fernão Dias, na década de 50 e a instalação da fábrica da Fiat nos anos 70, o que atraiu outras indústrias e transformou o município no segundo pólo automotivo do país e o segundo maior PIB de Minas Gerais, atrás apenas da capital.

Betim possui hoje cerca de 415 mil habitantes, con-tra pouco mais de 18 mil pessoas na década de 60. A ci-dade, no entanto, manteve-se atenta à destinação de seus resíduos, sendo a primeira a inaugurar um aterro sanitário licenciado pela Fundação Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais (FEAM), em 1996.

É neste aterro, localizado no bairro Citrolândia, que a Viasolo Engenharia Ambiental, empresa resultante de uma sociedade entre a Vega Engenharia Ambiental e a Constru-tora Barbosa Mello, deposita diariamente as 200 toneladas

lugareS

de resíduos domésticos coletados na cidade. O contrato com o município foi iniciado em 2000, e após nova con-corrência, é renovável até 2012, incluindo ainda serviços como varrição de ruas, coleta seletiva, coleta e tratamento dos resíduos de serviços de saúde (iniciativa na qual Betim mais uma vez é pioneira no Estado). A Viasolo também presta serviços nos municípios de Sete Lagoas, Divinó polis, Sabará e Caeté.

Em Betim atuam cerca de 500 colaboradores, que em 2008 receberam um total de 28.827 mil horas de treina-mento, o que certamente impacta positivamente nos níveis de aprovação dos serviços pela população, que chegou a 90% na última pesquisa semestral. “A busca contínua pelas soluções mais avançadas para os clientes fez da Viasolo a mais especializada e estruturada empresa no setor de lim-peza urbana de Minas Gerais”, diz o supervisor comercial Alan Pierre de Espíndula Vieira, ressaltando que, a médio prazo, a Viasolo também pretende ser referência em desti-nação final de resíduos.

lÉo MoUra

Colaborador da Viasolo em Betim trabalha em processo de autoclavagem, utilizado para resíduos de serviços de saúde

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o nome Betim tem origem em Joseph Rodrigues Betim, cunhado do bandeirante Fernão Dias Paes leme, que em 1711 obteve a carta de Sesmaria do território localizado no vale do ribeirão da cachoeira, hoje rio Betim.

Desde 2007 Betim mantém o Centro de Referência em Energias Renováveis (crer), com ações focadas na ampliação e na melhoria do acesso a fontes sustentáveis e de baixo custo para a população de baixa renda e na redução das emissões de gases poluentes. a cidade é hoje referência nacional no uso de energia solar, incluindo a instalação de painéis solares em seus projetos de habitação popular.

Hoje a coleta seletiva de resíduos abrange 70% das residências de Betim e representa um volume de 200 toneladas/mês, integralmente doadas à associação de catadores de Papel, Papelão e Materiais reaproveitáveis de Betim (ascapel).

núMEROs E cURiOsiDaDEs

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Antecipando-se mais uma vez às necessidades fu-turas, já que o crescimento da geração de resíduos domi-ciliares e o esgotamento do atual aterro estão entre as principais preocupações ambientais de Betim, a empresa desenvolveu o projeto de um novo aterro com característi-cas regionais, atualmente em fase de licenciamento. Locali-zado às margens da rodovia MG-050, o aterro ocupará uma área de 24 dos 117 hectares disponíveis e terá capacidade para 2,2 milhões de toneladas de resíduos domiciliares. “As expectativas são muito boas, pois temos um bom projeto, uma ótima relação com o cliente e credibilidade junto ao órgão ambiental”, diz Alan Pierre.

Clientes industriaisA Essencis Soluções Ambientais está em Betim desde

2004, também em sociedade com a Construtora Barbosa Mello. No CTR Betim a empresa opera um aterro de 612 mil m² e capacidade para três milhões de m³ de resíduos classe I, II A e II B. Seus 250 clientes, indústrias de várias partes do Estado, depositam no local em média 13 mil toneladas de resíduos ao mês.

Segundo o superintendente regional da Essencis, Aluísio Peres, além da destinação final de resíduos no aterro, o CTR Betim vem investindo no conceito de multitecnologia. Ainda este ano, a empresa deve disponibilizar os serviços de dessorção térmica (processo para tratamento de solos con-taminados) e tratamento de efluentes líquidos como lodo, percolado e outros resultantes de processos industriais. “Aten deremos a uma grande demanda da indústria, para a qual a empresa pública de saneamento já não possui capaci-dade”, diz Aluísio.

lÉo MoUra

A colaboradora Luana Vieira de Souza (à frente) trabalha no serviço de varrição

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sERviçOs PREstaDOs PELa viasOLO E EssEncisviasolo

• Coleta e transporte do lixo domiciliar

• Coleta e transporte de resíduos da coleta seletiva

• Operação e manutenção de usina de compostagem de lixo orgânico

• Coleta, transporte e tratamento dos resíduos de serviços de saúde

• Varrição de vias e logradouros públicos

• Fornecimento de equipe padrão para serviços diversos e para limpeza e conservação de bocas de lobo

• Fornecimento de equipe para manutenção do aterro sanitário de Betim

• Locação de equipamentos para a operações do aterro sanitário

Essencis

• Operação de Aterro Classe I, II A e II B

• Armazenamento temporário

• Pré-tratamento de resíduos

• Co-processamento

• Dessorção térmica (TDU)

• Biopilha

• Laboratório

• Manufatura reversa

• Engenharia e consultoria ambiental

Vista do aterro da Essencis, que recebe resíduos industriais

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transparência de suas mensagens e atitudes.Cinco décadas de pesquisa provam que os supervisores imediatos são o recurso preferido de informação dos colaboradores, portanto líderes atentos precisam aproveitar esse espaço de diálogo para estimular a troca de idéias, valorizar as pessoas pelo que elas fazem de bom, tornan -do-as exem plos a serem seguidos, conectando tais ações com a visão de futuro ou o plano de negócios da empresa. Por parte da corporação, há a res-ponsabilidade de criar formas para que a informação chegue a todos os colaboradores da maneira e no tem-po corretos, de criar fóruns abertos para que haja comunicação de mão dupla. Mas também é fundamental que o líder consiga estabelecer um elo forte com as pessoas, que crie um am biente seguro para o trabalho, pois há um impacto bastante expressivo no engajamento dos colaboradores, em sua disposição para alcançar um objetivo comum à organização, entendido ao mesmo tempo como coletivo e individual. Comunicação exige técnica sim - e nesse caso vale a pena recorrer à área de Comunicação – mas é, acima de tudo, a atitude que nos conecta a todo tipo de oportunidade.

é consultora em Comunicação Corporativa e professora de Relações Públicas da Faculdade Casper Líbero

Viviane Mansi

opiniÃo

SEmpRE dizemos que a comuni-cação interna é importante porque ela ajuda os colaboradores a entend-erem melhor o negócio, cria coalizão entre as pessoas, aumenta a produ-tividade e facilita qualquer processo de mudança, entre outras vantagens. Mas quem deve ser o protagonista de toda essa história: é o departamento de Comunicação? Recursos Hu-manos? O presidente? Cada um deles tem um papel definido, mas para que a comunicação seja boa e relevante, ela deve ser um compromisso de to-dos nós. Ninguém é mais influente que o líder, e cada um de nós exerce esse papel em determinadas atividades, mesmo que a liderança não venha determi-nada pelo nosso cargo. É o caso de um projeto especial, de um trabalho que nos foi atribuído ou mesmo a habilidade que alguns têm para ser referência na equipe.O líder é a fonte preferida de infor-mação, pois dá o “tom” das mensa-gens. De fato, tornar-se um líder se faz também através da comunicação e influência junto ao seu grupo, seus pares e demais áreas dentro de uma organização. O líder se constrói através do tecido das relações com as demais pessoas, em que o elo fun-damental é feito de credibilidade, consistência, continuidade, clareza e

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Marcello vitorino/FUllPreSS

Lideranca ecomunicacao

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notaS

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aRtE PaRa tODOs em 22 de março, 50 colaboradores da unidade viasolo em Sete lagoas, entre eles coletores, varredores e capinadores, conheceram o Palácio das artes em Belo Horizonte. o convite foi feito pela Fundação clóvis Salgado à Prefeitura de Sete lagoas, que em parceria com a viasolo proporcionou aos co­laboradores um contato direto com a cultura, por meio do projeto “arte para to­dos”. Durante a visita, os trabalhadores também tiveram a oportunidade de assistir ao espetáculo de dança contemporânea “Por instantes de felicidade”, apresentado pela cia de dança Quasar, na comemoração de seus 20 anos.

ManUFatURa REvERsa a tecnologia de manufatura reversa para refrigeradores trazida para o Brasil pela essencis já é destaque como modelo de reaproveitamento e neutralização de materiais poten­cialmente poluidores como o cFc. em abril a essencis Manufatura re­versa foi considerada uma das “50 empresas do bem” pela revista Isto É Dinheiro, que realizou um levanta­mento de companhias que unem os conceitos de sustentabilidade, inovação e ainda conseguem poten­cializar seus negócios e se aproximar das comunidades onde atuam. De 16 a 18 de junho a empresa também participou da Mostra de tecnologias Sustentáveis, evento realizado em São Paulo pelo instituto ethos, em paralelo à conferência internacional empresas e responsabilidade Social.

em junho a Solví recebeu da Fede ração das indústrias do esta­do de São Paulo a Menção Honro­sa do 15º Prêmio Fiesp de Mérito ambiental pelo projeto “Sistema integrado de evaporação de Per­colado Movido à Biogás de aterro Sanitário”. em atividade no aterro operado pela Sl ambiental em São leopoldo, o sistema colabora para dar destinação ambiental­mente correta ao percolado, que é aquecido e evaporado, e ao bio­gás, utilizado como combustível no equipamento. Para completar o sistema e evitar que o perco­lado armazenado nas lagoas emi­ta odor e gás para a atmosfera, foi desenvolvida também uma cobertura flutuante para lagoas. trinta e um projetos foram inscri­tos no prêmio, cuja comissão jul­gadora é formada por entidades como aBnt, BnDeS, cetesb, Fundação SoS Mata atlântica, iPt, ibama, Senai, USP, Unesp e Uni­camp. na foto, nelson Pereira dos reis e Walter lazzarin, respectiva­mente diretor do Departamento de Meio ambiente e presidente do conselho de Meio ambiente da Fiesp, Fernando rei, presidente da cetesb e alexandre Ferrari, da Gerência de Destinação Final e Meio ambiente da Solví.

PROJEtOs PREMiaDOs

no dia 30 de maio a Águas do ama­zonas participou de mais um ação Global, projeto criado pelo Sesi e pela rede Globo para levar serviços gratuitos à população. catorze co­laboradores de diversos setores participaram das atividades, que incluíram recreação para crianças, aten dimento para informações sobre faturas e curso básico de en­canador. a empresa participa do projeto há nove anos. nesta edição, foram realizados 93.798 atendimen­tos em saúde, cidadania e lazer, que beneficiaram 48 mil pessoas.

aDa na açãO GLOBaL

Desde abril o analista de quali­dade e meio ambiente da Gri, an­dré apostólico, praticamente não desfaz as malas. ele é a “estrela” do programa colaborador consciente, criado pela empresa para atender às demandas dos clientes no que diz respeito a treinamento em meio ambiente, e que já foi acom­panhado por mais de mil pessoas em empresas como renault, cSn, nestlé, Koleta, Ford e Petrobras. além de ser um serviço gratuito e incluir uma palestra sobre o tema escolhido pelo cliente, o treina­mento possui uma parte prática, o “Show da Gestão”. inspirado no antigo programa de Silvio Santos, desta vez com perguntas e respos­tas sobre meio ambiente, o “show” é responsável em boa parte pelo sucesso do treinamento, já que andré conquista o público com sua performance, transmitindo os conhe cimentos de um jeito lúdico.

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Cenas da mobilização dos voluntários de São Paulo durante a segunda edição do Dia do Voluntariado, no dia 28 de junho Fotos: Marcello Vitorino/Fullpress

A Solví é uma holding controladora de empresas de reconhecida competência que atuam nos segmentos de resíduos, saneamento, valorização energética e engenharia, presentes em todas as regiões do Brasil e no Peru. A Solví baseia suas ações no desenvolvimento sustentável e trabalha para manter um compromisso primordial: oferecer soluções para a vida, com serviços integrados, diferenciados e inovadores, capazes de contribuir para a preservação dos recursos essenciais e para o bem-estar das comunidades onde atua.

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Rua Bela Cintra, 967 - 10º andar01415-000 - São Paulo - SP

PABX:a (11) 3124-3500e-mail: [email protected]

www.solvi.com

Instituto SolvíRua Bela Cintra, 967 - 10º andar01415-000 - São Paulo - SPPABX: (11) 3124-3500e-mail: [email protected] Águas do Amazonas S.A.Rua do Bombeamento, 01 - Compensa69029-160 - Manaus - AMFone: (92) 3627-5515Fax: (92) 3627-5520e-mail: [email protected]

Essencis Soluções Ambientais S.A.Alameda Vicente Pinzon, 173 - 7º AndarVila Olímpia - 04547-130 - São Paulo - SPFone: (11) 3848-4500 - Fax: (11) 3848-4551e-mail: [email protected]

GRI Gerenciamentode Resíduos IndustriaisRua Presidente Costa Pinto, 33Mooca - 03108-030 - São Paulo - SPFone: (11) 2065-3500 Fax: (11) 2065-3741e-mail: [email protected]

Koleta Ambiental S.A.Rua Presidente Costa Pinto, 33Mooca - 03108-030 - São Paulo - SPFone: (11) 2065-3500 Fax: (11) 2065-3656e-mail: [email protected]

Solví Valorização EnergéticaRua Bela Cintra, 967 - 10º andar01415-000 - São Paulo - SPPABX: (11) 3124-3500e-mail: [email protected]

Vega Engenharia Ambiental S.A.Rua Clodomiro Amazonas, 24904537-010 - Itaim Bibi - São Paulo - SPFone: (11) 3491-5133Fax: (11) 3491-5132e-mail: [email protected]

Vega Upaca SociedadAnónima - RelimaAv. Tomas Marsano, 432Surquillo - Lima 34 - PeruFone: (511) 618-5400Fax: (511) 618-5429e-mail: [email protected]

Centro de Serviços CompartilhadosAv. Maria Coelho Aguiar, 215Bloco B, 1º andar05804-900 - São Paulo - SPPABX: (11) 3748-1200 e-mail: [email protected]

Escenas de la movilización de los voluntarios de São Paulo durante la segunda edición del Día del Voluntariado, el 28 de junioFotos: Marcello Vitorino/Fullpress

Solví es un holding controlador de empresas de reconocida competencia que actúan en los segmentos de residuos, saneamiento básico, valorización energética e ingeniería, presentes en todas las regiones de Brasil y en Perú. Solví basa sus acciones en el desarrollo sustentable y trabaja para mantener un compromiso primordial: ofrecer soluciones para la vida, con servicios integrados, diferenciados e innovadores, capaces de contribuir para la preservación de los recursos esenciales y para el bienestar de las comunidades donde actúa.

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