revista negócios - ed. 03

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das associações empresariais do Vale do Itapocu Ano 1 | nº 3 Setembro e outubro de 2009 R$ 8,90 Gestão: Néki agrega valor para combater concorrência e crise Reportagem Especial: Região dribla falta de espaço para boom imobiliário Natureza divertida À frente da Krenke Brinquedos Pedagógicos, Nelson Krehnke ganha o País aliando alegria e sustentabilidade

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Revista empresarial da ACIJS, de Jaragúa do Sul. Produzida Pela Mundi Editora. Blumenau / SC

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Page 1: Revista Negócios - Ed. 03

das associações empresariais do Vale do ItapocuAno 1 | nº 3

Setembro e outubro de 2009

R$ 8,90

Gestão: Néki agrega valor para combater concorrência e crise Reportagem Especial: Região dribla falta de espaço para boom imobiliário

Natureza divertidaÀ frente da Krenke Brinquedos Pedagógicos, Nelson Krehnke ganha o País aliando alegria e sustentabilidade

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Um dos polos econômicos do Estado, Jaraguá do Sul se destaca – entre outras coisas – pela diversificação. Ao lado dos setores têxtil,

metal mecânico e alimentício, ganha força na região a área de tecnologia e inovação. O sucesso de alguns projetos locais levou à idealização do Parque Tecnológico, recém-lançado em Jara-guá do Sul.

Mas nem só de grandes empreen-dimentos é formado o Vale do Itapocu. Exemplos como o da Krenke Brinque-dos Pedagógicos, de Guaramirim, e da Néki Confecções, de Schroeder, fortale-cem a economia regional e do Estado.

Garantir um crescimento susten-tável com todo este desenvolvimento não é tarefa fácil. Confira na terceira edição da revista Negócios como a re-gião está driblando a falta de espaço

e infraestrutura para comportar e im-pulsionar cases de sucesso como os de Nelson Krehnke e Neocir Dal-Ri.

Confira também os planos de Her-mann Suesenbach, presidente da Asso-ciação Empresarial de Corupá (ACIAC), para chegar à Assembleia Legislativa.

Boa leitura a todos!

Conselho Editorial

Diversidade e inovação

editorial

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Criação do Parque Tecnológico e de Inovação de Jaraguá do Sul impulsiona ainda mais o setor que já é destaque na região do Vale do Itapocu e será fomentado por programas federais.

16. Tecnologia em altaNéki Confecções, de Schroeder, agrega valor ao produto para driblar a concorrência dos chineses, a crise internacional e, com isso, ter um diferencial para fidelizar o cliente.

18. Qualidade como diferencial

Parques da Krenke Brinquedos Pedagógicos, de Guaramirim, destacam-se em todo Brasil pela matéria-prima ecologicamente correta adotada como diferencial pelo empresário Nelson Krehnke.

08.Brinquedo da natureza

sumário

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Pesquisa mostra que até 2011 Jaraguá do Sul e região terão mais de 2 mil novos apartamentos, o que exige planejamento. Com falta de espaço para crescer, o Vale do Itapocu busca alternativas para garantir um desenvolvimento habitacional sustentável, que permita que todos tenham infraestrutura compatível com a importância da região.

12. Reportagem Especial

Hermann Suesenbach, presidente da Associação Empresarial de Corupá, faz balanço da gestão e fala dos planos para a Assembleia

22. Entrevista

Entidades do Vale do Itapocu já lançaram campanhas de Natal em toda a região, prevendo a distribuição de vários prêmios com vistas a fomentar as vendas nas lojas credenciadas

34. Institucional

Conselho EditorialBeatriz Zimmermann (ACIJS)Jean Carlo Chilomer (ACIAC)

Francisco Ricardo Schiochet (ACIAS)Rogério Souza Silva (ACIAG)

Ronaldo Corrêa (CEJAS)Danielle Fuchs (Mundi Editora)

Edição Danielle Fuchs (SC 01233 JP)

[email protected]

Texto Livre Serviços de Imprensa [email protected]

Fotos Ronaldo Corrêa, Flávio Ueta

e divulgaçãoFoto de capa Flávio Ueta

Editor de arte Guilherme Faust Moreira

[email protected]

Coordenador comercial Eduardo Bellídio

[email protected] Danielle Fuchs

[email protected] executivo

Niclas Mund [email protected]

Rua Almirante Barroso, 712 - Sala 2

Bairro Vila Nova - Blumenau/SC Telefone: (47) 3035-5500

CEP. 89.035-401 www.mundieditora.com.br

Esta é uma publicação das associações empresariais do Vale do Itapocu: Jaraguá do Sul (ACIJS), Corupá (ACIAC), Guaramirim (ACIG), Massaranbuba (ACIAM) e Schroeder (ACIAS). Mais informações no Centro Empresarial de

Jaraguá do Sul (CEJAS), na Rua Jorge Czerniewicz, 100 – (47) 3371-8190.

TIRAGEM 3.000 exemplares

E-mail parasugestão de reportagens

[email protected]

Page 6: Revista Negócios - Ed. 03

direitos & deveres

O voo da Águia Real Parceria entre Receita Federal, ITA e Unicamp cria

sistema rigoroso de controle aduaneiro no País

O Projeto Harpia, da Receita Federal, tem tudo para re-volucionar positivamente o comércio exterior bra-sileiro. Curiosamente, a

Harpia ou Águia Real é uma espécie tipicamente brasileira e está entre as maiores aves de rapina do mundo. Aparentemente, a escolha deste ani-mal para nome do projeto não se deve apenas ao fato de falarmos de algo nativo do País, mas, principalmente, de uma analogia muito importante, pois não é à toa que a Harpia se des-taca por sua profundidade de visão, chegando a ser oito vezes maior que a de um ser humano, e, desta forma, possuir a capacidade de capturar pre-sas de grande porte. Recados da Re-ceita Federal à parte, não podemos deixar de lado o fato de que trata-se de um projeto extremamente arroja-do, em que todo o controle aduaneiro passará a ser efetuado por meio de Análise de Riscos e de Inteligência Ar-tificial Aplicada. Com renomados par-

ceiros como o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), a Universidade de Campinas (Unicamp) e Fundação para Desenvolvimento da Unicamp, um meticuloso estudo com relação aos erros cometidos em Declarações de Importações, erros nas classificações fiscais dos produtos, avaliação das redes neurais dos contribuintes e do experimento de diversas tecnologias aplicadas à seleção aduaneira na im-portação foi efetuado, e, com isso, um poderoso banco de dados estará à dis-posição da Receita para que se possa efetuar as análises de risco (aplicação de modelos de inteligência computa-cional para a otimização do processo de seleção fiscal e sistematização do fluxo de conhecimento), sem contar o fato de que, com isso, será muito mais transparente a relação entre a Receita e o contribuinte, por meio da uniformização de procedimentos em ambiente informatizado e via web, em que todo o histórico da operação passa a estar disponível por meio de um dossiê eletrônico.

Com a entrada deste projeto no ar, espera-se um grande impacto nas ope-rações de comércio exterior em nosso País, uma vez que com a adoção deste modelo todo o processo será muito mais seguro tendo em vista o fato de que será utilizada a inteligência com-putacional na detecção de infrações, os documentos que por hora encon-tram-se em papéis serão substituídos por arquivos eletrônicos assinados di-gitalmente e arquivados pela Receita, entre outras evoluções. Outro ponto de grande destaque é a transparência em todo processo, e além dos pontos já citados ainda merece destaque a pa-dronização dos procedimentos aplica-dos, inclusive para efeito de intimação

e fixação de exigências, sem contar no controle automático dos prazos pre-vistos para a conclusão dos procedi-mentos fiscais. Agora, sem dúvida ne-nhuma, o grande benefício para todos com a implantação deste projeto será a agilidade que o processo como um todo ganhará, uma vez que este possi-bilitará uma ampla revisão da alocação de mão de obra fiscal, com desloca-mento destas para outras atividades essenciais, maior redução dos níveis de seleção de operações, informatização dos procedimentos aduaneiros, como por exemplo, a concessão de regimes e o reconhecimento de benefícios fis-cais, a migração de todo o fluxo de documentos para a web, etc.

Ainda é cedo para visualizarmos todo o projeto e, consequentemente, os ganhos com ele, mas é certo que estamos em um processo evolutivo sem volta. Que venha a Águia Real, e por meio de suas poderosas asas nos leve a alçar voos cada vez maiores e a alcançarmos sempre novos horizontes em busca da perfeição.

Fonte: Carlos Olla, gerente de negócios, formado em Sistemas de Informação, certificado pelo MCSE em Windows Server – Microsoft e especialista em soluções completas para comércio exteriorContato: www.bysoft.com.br

“Trata-se de um projeto arrojado, em que todo o

controle aduaneiro passará a ser efetuado por meio

de Análises de Riscos e de Inteligência

Artificial Aplicada”

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��

canal aberto

As situações de calamidade não dizem respeito apenas às

pessoas atingidas. Há reflexos na indústria, no comércio, com os problemas de infraestrutura que dificultam a circulação de

produtos e o deslocamento das pessoas. Há sérios prejuízos

para a economia, além da situação dramática de quem

perdeu seus bens “

Major Márcio Luiz Alves, diretor estadual de Defesa Civil, em conversa com empresários na ACIJS, pedindo envolvimento da sociedade organizada para que SC evite desastres climáticos

frase

Os vereadores de Jara-guá do Sul estão de para-béns. A Câmara de Verea-dores definiu 58 emendas ao Plano Plurianual do Mu-nicípio para os próximos quatro anos. Elas tratam de projetos que contemplam ações nos bairros e foram tiradas de reuniões do PPA Participativo, uma iniciativa inédita do Brasil que permitiu aos moradores apresen-tar propostas agora incorporadas ao projeto da Prefei-tura. Durante as audiências, mais de 3 mil sugestões foram apresentadas pela comunidade.

em alta X em baixa

A falta de policiais nas ruas, delegados e de investiga-dores está preocupando o Vale do Itapocu. A população da região aumentou e o efetivo tem diminuído a cada ano. Levantamento mostra que em 2002 havia um efe-tivo de 189 policiais militares, contra um quadro atual de 171 com possibilidades de re-dução diante de licenças-prê-mio e aposentadorias que vão se acumulando. Documento encaminhado ao Estado pede mais 50 policiais na região, além da volta da Bike Patrulha e a Operação Presença.

Bom exemplo (In)segurança pública

tribuna

Preocupados com a segurança e com o cumprimento da legislação, hotéis de Jaraguá do Sul e região estão se adequando às exigências para a hospedagem de menores. Empresas ligadas ao Núcleo de Hospitalidade de Jaraguá do Sul normatizaram os procedimentos em relação aos hóspedes, passan-do a aceitar reservas somente com a apresentação de documento de identidade. Conforme o coorde-nador do Núcleo de Hospitalidade ACIJS-APEVI, Celso Roberto Ber-

ri (foto), a medida se aplica especialmente aos menores de idade, que mesmo acompanhados dos responsáveis devem apresentar a carteira de identidade. “Todos os hotéis da cidade cumprem essa norma, que também é repassada aos hóspedes”, disse. Quando da hospedagem de menores desacompanhados, eles deverão ter uma autorização prévia da família ou de um responsável legal. Para melhor orientar os clientes, em-presas do setor já afixaram placas nas recepções dos hotéis com a nor-matização. Conforme Berri, a hospedagem de menores vem se tornando um problema que deve ser enfrentado por todos aqueles que exploram os meios de hospedagem. Ele lembra que o Estatuto da Criança e do Adolescente prevê que “é dever de toda a sociedade prevenir a ocorrên-cia de violação dos direitos da criança e do adolescente”.

Hotéis se unem em nome da lei e da segurança dos menores

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“Nós trabalhamos sé-rio para as pessoas se divertirem”. A afirmação feita em tom despretensio-

so pelo empresário Nelson Krehnke, de Guaramirim, dá uma ideia da dedi-cação da empresa que há 22 anos pro-duz equipamentos que estão instalados em praças públicas, clubes e empresas em todo o território nacional.

A história da Krenke Brinquedos Pedagógicos teve início em Jaraguá do Sul, quando Nelson e a esposa Dorly se dedicavam à revenda de brinque-dos e jogos educativos para escolas e creches, fabricados em outras regi-ões do País.

Há 11 anos, a empresa mudou o foco e deixou de representar os jogos educativos, partindo para a fabricação de parques completos destinados a espaços públicos, áreas recreativas de empresas e até mesmo residências. Sem muito capital, mas apostando em

um nicho novo de mercado, Nelson instalou-se em Guaramirim, em espaço próprio com 23 mil metros quadrados, sendo 3 mil m2 de área construída.

Como na “Fantástica fábrica de chocolates”, um pequeno e dedica-do grupo de 22 funcionários trabalha para criar produtos que proporcionam alegria principalmente a crianças (e em muitos casos adultos) que têm nos parques seus momentos de lazer. São escorregadores, balanços, tobogãs e outros itens fabricados em madeira que formam os conjuntos de play-grounds que seguem em carretas para outras regiões.

Hoje, a Krenke representa para o casal a concretização de um sonho pessoal feito de sonhos e muita deter-minação. De origem simples, Nelson lembra a infância e adolescência ao lado dos pais no bairro Garibaldi, em Jaraguá do Sul, onde até os 19 anos ajudava a família que praticamente vivia da agricultura de subsistência.

Mais tarde, foi trabalhar em uma fá-brica de carrocerias de ônibus até se casar e se mudar com a esposa para Curitiba, onde recebeu convite para revender kits de jogos educativos e playgrounds.

De volta a Jaraguá, Nelson e Dorly decidiram apostar no negócio. A es-posa ainda se revezava trabalhando em uma empresa do setor alimentício, como dona de casa e na venda dos brinquedos com o marido.

Krenke Brinquedos Pedagógicos, de Guaramirim, conquista o mercado nacional de playgrounds com produtos que divertem as crianças e preservam o futuro do Planeta

destaque empresarial

Diversão levada a sério

Raio-xEmpresa: Krenke Brinquedos

Pedagógicos

Cidade: Guaramirim

Produção até hoje: 900 parques

Empregos gerados: 22

Área construída da fábrica: � mil m2

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Foram 11 anos no negócio de jo-gos para salas de aulas e na venda de parques fabricados em São Paulo, até Nelson decidir pelo seu próprio negócio. “Nós vimos que havia es-paço no segmento de playgrounds e resolvemos investir na fabricação de parques aqui mesmo”, recorda Nel-son. Do começo, ainda tímido, com apenas um empregado e fabricando poucas peças, em 1996 a empresa recebeu de uma empresa de São Bento do Sul e de uma escola de Jaraguá pedidos para fabricar play-grounds completos. Dali por diante, Nelson não parou mais, passando a se dedicar totalmente ao projeto e à fabricação em série. A revenda de brinquedos foi totalmente deixa-da para trás e em vez de revender o casal decidiu apostar na fabricação própria dos parques infantis.

Atualmente, a empresa monta 40 parques em Araçatuba, no interior de São Paulo, e 41 na cidade per-nambucana de Olinda. Para levar os parques, Nelson conta com quatro veículos próprias e quatro equipes de montagem que instala as peças de acordo com os projetos desenha-dos ao gosto dos clientes. Os con-juntos são vendidos em módulos que podem variar de acordo com o tamanho e tipos de peças desejados, com torres, escorregadores, tobogãs, carrossel, etc. Aperfeiçoando o que vê nas viagens que faz pelo Brasil ou desenhando novos tipos de brinque-dos ele mesmo, Nelson busca sem-pre algo diferente para oferecer aos interessados. Hoje, ele estima que a empresa já construiu e instalou mais de 900 parques em todo o Brasil.

Nos últimos anos, diz o empre-sário, as vendas vêm aumentando. Há uma curiosidade no segmento de parques: em anos eleitorais, a pro-

cura pelos equipamentos se acen-tua. “Os municípios estão investindo bastante em espaços de lazer volta-dos para a comunidade. Com isso, a demanda sempre cresce nos anos que antecedem as eleições porque as prefeituras querem deixar as pra-ças bonitas”. O empresário prefere não falar em números, mas aposta que os negócios continuarão evo-luindo positivamente, com cresci-mento de até 50% em relação aos últimos anos. Nelson Krehnke diz que o maior problema do segmento é a concorrência desleal. Nem to-dos os fabricantes, diz, seguem as

orientações de segurança determi-nadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). “Esse é um negócio no qual é preciso ter com-prometimento com a sociedade, não somente com a venda, mas com o bem-estar e lazer das crianças, das famílias que buscam essa opção de lazer.

Hoje, há poucos espaços públicos onde as pessoas podem levar seus filhos, então é necessário muita res-ponsabilidade para que essa prática seja estimulada e não continue es-quecida por falta de cuidado com a segurança”.

Sob medida para clientes exigentes

Nelson e Dorly Krehnke

Nelson e sua equipe

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destaque empresarial

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Para o empresário Nelson Krehnke, as perspec-tivas para o futuro do negócio são positivas. Os quatro filhos do casal ainda não estão na fase de assumir funções na empresa, mas ele acredita que num prazo de 10 anos o momento da profissiona-lização chegará. “O importante é perceber se os filhos desejam seguir em frente com a empresa e se essa vontade é verdadeira, sem comprometer os seus próprios projetos de vida. Se a decisão for outra, nós pensamos que o negócio não pode ser inviabilizado, daí buscaremos outras alternativas”, destaca o empreendedor.

Futuro da empresa familiar em discussão

Uma das preocupações da Krehnke Brinquedos Pedagógicos é com a sus-tentabilidade. Nesse sentido, além de somente utilizar madeira reflorestada, comprada de fornecedores certificados pelos órgãos ambientais, Nelson busca materiais alternativos. A mais recente

novidade que a empresa incorporou na fabricação de seus produtos é o que ele chama de ‘madeira plastificada’. Polie-tileno de alta densidade proveniente de material reciclado, no formato de barras semelhantes aos troncos da ma-deira natural. A empresa é pioneira na

utilização do produto, desenvolvido por um de seus parceiros, e vem empregan-do em algumas linhas de parques. “O resultado tem sido muito bom, pois as-segura não só maior durabilidade, mas principalmente a menor utilização de recursos naturais”, completa.

Material reciclado assegura diferencial

Em relação ao mercado, Nelson Krehnke diz que a em-presa sentiu os efeitos da crise econômica, mas o desem-penho não chegou a ser afetado. O empresário prefere o otimismo a reclamar. “É claro que sempre há efeitos não desejados. Mas, pessoalmente, acredito que essas situações nos ensinam a repensar o negócio, a fazer ajustes, buscar diferenciais para fidelizar o cliente. São oportunidades de melhoria e quem está atento ao que o mercado quer fica em vantagem”, observa com a experiência de quem só teve a chance de chegar ao segundo grau.

Crise é oportunidade de crescimento

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com o timoneiro

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reportagem especial

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Uma pesquisa realizada pelo Sindicato da Indús-tria da Construção de Ja-raguá do Sul no final do ano passado revelou para

os empresários do setor algo que eles já percebiam, mas não conseguiam mensurar: o setor tem experimentan-

do, nos últimos anos, um crescimen-to acentuado que pode ser medido em números.

Até 2011, a cidade receberá na planta imobiliária mais de 2 mil novos apartamentos. O montante pode ser ainda maior e chegar a pelo menos 20% mais se os municípios da região

forem incluídos. Embora a conta possa ainda incluir a construção de casas de um ou, no máximo, dois pavimentos, é para o alto que se deve olhar.

A tendência de edificações verticais vem se acentuando devido às características da região.

Vale dribla falta de espaço para crecerCom previsão de ter mais de 2 mil novos apartamentos até 2011 somente em Jaraguá do Sul, Vale do Itapocu se planeja para garantir sustentabilidade aos novos investimentos da região

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Um dos sinais do novo momen-to da indústria da construção é o Villenueve Residence, empreendi-mento localizado em região privi-legiada da cidade, com duas tor-res de 12 pavimentos, área útil de 271,14m2, dois apartamentos por andar, quatro suítes e quatro vagas de garagem.

O foco do projeto, que passa a ser o edifício mais alto de Jaraguá, é a sustentabilidade. Diretor da Pro-ma, construtora responsável pela obra, Paulo Rubens Obenaus des-taca a preocupação com aspectos como a preservação da iluminação natural e economia de água, venti-lação, aquecimento solar, recursos de automação e área verde. Uma das novidades é a possibilidade do

proprietário ter uma solução custo-mizada do apartamento, ou seja, aponta para a construtora o que deseja de diferenciais e a empresa providencia.

“O Villeneuve busca oferecer um conceito de moradia com exce-lência compatível com o padrão da nossa região, o que não significa luxo extremo, mas conforto e qua-lidade que propiciem aos morado-res diferenciais”, resume o empre-sário. Entre outros investimentos, a Proma aplica, hoje, algo em torno de R$ 60 milhões em projetos no município e em outras cidades onde atua. Alessandro Truppel Machado, diretor da Hexagonal, também percebe o aquecimento do mercado.

Novos empreendimentosbuscam diferenciais

Precisamos de várias definições, pois sem elas as cidades não têm mais para

onde crescer e se desenvolverde modo ordenado

Paulo Rubens Obenaus, presidente do Sinduscon

Presidente do Sinduscon, o enge-nheiro Paulo Rubens Obenaus lembra que a falta de áreas disponíveis para os novos empreendimentos dita a conver-gência em direção aos edifícios altos. Os números não são precisos, mas há indi-cadores de que Jaraguá concentra 37% do território para a expansão imobiliá-ria. “Além dessa questão da limitação de espaço, é uma condição natural que os edifícios prevaleçam”, observa. Com uma das melhores rendas per capita do Estado e com bons indicadores de qua-lidade de vida, Jaraguá e, por extensão, o Vale, vem atraindo novos investidores. Somente no sindicato o quadro de as-sociados soma 58 empresas. Segundo

Obenaus, esse número não é real. “Isso preocupa, pois nem todas as empresas estão comprometidas com os objetivos do segmento organizado, respeitando o meio ambiente e oferecendo seguran-ça”. O empresário comenta que a limi-tação de áreas em uma região cercada por uma cadeia de montanhas e corta-da por rios exige criatividade. Uma das discussões necessárias, aponta ele, diz respeito ao atual gabarito do município, que limita os edifícios a 12 pavimentos. Há uma proposta de passar para 20 pavimentos. Membro do Comcidade, Obenaus lembra que empresas já estão buscando alternativas em outras regiões para ampliar as linhas de produção.

Criatividade é a palavra-chave do futuro

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Ainda está na memória da comunidade da região o es-trago deixado pelas chuvas do final de 2008, que provo-caram enchente e muito transtorno, prejuízos e mortes. A gravidade da situação fez com que um dos primeiros atos da prefeita Cecília Konnel, quando empossada, fosse a criação da Secretaria Extraordinária de Reconstrução. Desde então, o secretário Info Röbl mantém o mesmo discurso que fez quando se apresentou aos empresários: é preciso, segundo ele, repensar Jaraguá do Sul.

Ingo lembra que as chuvas deixaram pelo menos 7,5 mil famílias atingidas como consequência de alagamentos e deslizamentos de terras. Ações emergenciais foram toma-das, de acordo com Ingo, mas há muito a fazer. A principal diz respeito a ações preventivas e corretivas que impeçam a ocorrência de novos danos às propriedades, de forma plane-jada. “É um serviço essencialmente técnico, de engenharia, eu acredito nessa solução, mas vai necessitar de muito inves-timento”, comentou.

Conforme Ingo, é preciso que a cidade como um todo defina para onde quer ir. Jaraguá do Sul tem apenas 30% do seu território em área plana. A limitação geográfica obriga a procura de elevações para construir. “Temos de ampliar a fiscalização, agir firme, sem política e sem demagogia, impe-dindo construções irregulares e em áreas de risco”, disse.

Depois da catástrofe,repensar o amanhã

reportagem especial

Instalado em fevereiro de 2008, o Conselho Municipal da Cidade (Comcidade) é responsável pelo acompanhamento e controle social da política municipal de desenvolvimen-to urbano, integrante do Sistema Nacional de Desenvolvi-mento Urbano. A criação do órgão é uma exigência para o cumprimento do Estatuto da Cidade, que trata de questões necessárias ao planejamento dos municípios brasileiros em relação a questões como a ocupação do solo, urbanização, impacto ambiental e infraestrutura em geral. Jaraguá do Sul formou seu Conselho antes mesmo de municípios conside-rados referência em urbanismo, como é o caso de Curitiba, e conseguiu mobilizar vários setores da comunidade, que hoje ocupam 66% das cadeiras do órgão. Junto com o ProJara-guá – Fórum Permanente de Desenvolvimento, atua forte nas discussões sobre o futuro da cidade. O Comcidade se prepara para a Conferência das Cidades, que ocorre a cada três anos, e que em 2010 será realizada em Jaraguá.

Jaraguá do Sul receberáConferência das Cidades

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O perfil de inovação que destaca as empresas do Vale do Itapocu tem tudo para ganhar ain-da mais impulso com a

criação do Parque Tecnológico de Jaraguá do Sul. As bases do empre-endimento foram lançadas no dia 3 de setembro, durante ato que reuniu representantes de ensino, Prefeitura e associações empresariais. O ponto de partida foi a formação de qua-tro grupos de trabalho que agora atuarão no sentido de viabilizar o projeto. O secretário de Indústria e Comércio, Célio Bayer, entretanto, ressalta que o Parque Tecnológico e de Inovação tem a pretensão de mu-dar o que está dando certo. “O pro-jeto visa a agregar valor econômico, algo já existente na região, buscando incorporar novos conceitos que pos-sam ser empregados nas indústrias”. Ele entende que não seria sensato mudar a forma como as empresas já pensam o setor de pesquisa e de desenvolvimento tecnológico, algu-mas delas referências mundiais. “O que buscamos é estimular para que novas empresas surjam na região como produtoras de tecnologia, ou como fornecedoras para as empre-sas já instaladas. Com isso, gerando emprego e renda, evitando que elas busquem tecnologia fora da nossa região, que é reconhecida pela cria-tividade empresarial”.

O anúncio da criação do Parque Tecnológico coincidiu com o anún-cio das empresas selecionadas por duas iniciativas de fomento à pes-quisa. O Programa Sinapse da Inova-ção – Operação SC 2009, promovi-do pela Fapesc e Finep, selecionou sete ideias de Jaraguá do Sul entre

as 60 contempladas para receber R$ 50 mil cada para viabilizar os projetos que foram escolhidos via online pelo público e avaliados por uma banca de especialistas, cinco delas abrigadas no Núcleo de De-senvolvimento JaraguaTec. Também o Programa Primeira Empresa Ino-vadora (Prime), iniciativa que visa a estimular novos negócios no País, divulgou os projetos selecionados para receber recursos e suporte ao desenvolvimento dos empreendi-mentos com base tecnológica. Das iniciativas selecionadas em SC, qua-tro são de empresas instaladas junto ao JaraguaTec. Conforme o diretor-executivo da JaraguaTec, Victor Dani-ch, a iniciativa prevê investimentos de R$ 249 milhões em 2.015 empresas em todo o Brasil com até dois anos de vida. Em SC, serão disponibiliza-dos R$ 28,8 milhões para 240 em-presas que receberão até R$ 120 mil não-reembolsáveis no primeiro ano.

Região terá Parque TecnológicoPerfil inovador de produtoras de tecnologia da região ganha notoriedade e garante

inclusão de várias empresas em projeto de fomento à pesquisa na área

1�

tecnologia

Projetos selecionados

Automatização e gerenciamento de

aviário (Luiz Fernando Henckmaier)

Composto polimérico com fibra da

bananeira (Luiz Antônio Alves)

Controle biotecnológico de pragas

em aviários (Leônidas Nora)

Identificador de energia em

painéis industriais (Edson Nestor

Ruthes)

Registrador remoto com oito canais

de medição (Lucas Bittencourt de

Oliveira)

Sistemas de testes automáticos em

estatores bobinados (Fábio Nicolas

Schmidt)

Sistema MCSA em fio ZigBee

(Carlos E. Viana)

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A meta do Programa Primeira Empre-sa Inovadora (Prime) é ajudar na estrutu-ração de planos de negócio e no desenvol-vimento de novos produtos e serviços. Em quatro anos, a estimativa da Finep é investir R$ 1,3 bilhão em 5 mil empresas.

Luiz Antonio Alves, diretor da Bana-na Poly, diz que o recurso obtido com os programas vai dar mais fôlego à empresa no desenvolvimento de um componente importante para a indústria plástica, o polí-mero. A Banana Poly pesquisa a inclusão da fibra de bananeira no composto de políme-ros usado no processo de fabricação, subs-

tituindo uma parte do PVC fornecido pela indústria petroquímica. “Estamos na fase de testes e notamos uma melhora significa-tiva na propriedade do material, sem falar no benefício para o meio ambiente, uma vez que se trata de material feito à base de um processo orgânico”, diz o engenheiro. Ele lembra um estudo da Epagri informan-do que a cada safra de banana são descar-tados mais de 9 milhões de pés. “Depois da colheita, esse material fica inerte no solo. Com o aproveitamento pela indústria, po-demos ter uma nova perspectiva de renda para a região”.

Programa ajuda na estruturação de planos de negócios na região

O que buscamos é estimular para que novas

empresas surjam como produtoras de tecnologia”

Célio Bayer,secretário de Indústria e Comércio

Page 18: Revista Negócios - Ed. 03

Instalada em Schroeder, a Néki Confecções é um dos orgu-lhos do município não apenas pelo posicionamento que vem conquistando no mercado,

mas especialmente porque associou à marca um conceito de qualidade que é percebido pela própria comu-nidade. Sem fazer barulho com pu-blicidade agressiva, investindo certo para atingir o cliente, e dando aten-ção à gestão de benefícios para o público interno, a empresa colhe os resultados de um planejamento que vem sendo cumprido à risca nos três últimos anos. Quando muitos fabri-cantes reclamavam da concorrência dos produtos chineses, a compa-nhia optou pelo redirecionamento, buscando agregar maior valor a sua linha de produtos e, com isso, alcan-çar um diferencial e com ele a fideli-

dade do cliente. “A abertura do mer-cado trouxe muitos problemas para os fabricantes que vinham fazendo o tradicional nas linhas populares e se acomodaram com a venda fá-cil durante muito tempo, sem uma concorrência forte. Nós optamos por repensar o negócio, buscando um novo espaço em segmentos onde a Néki não atuava, nas faixas A e B de consumidores, nas quais temos uma fidelização maior que deve ser man-tida e ampliada com o pleno aqueci-mento do mercado”, garante Neocir Dal-Ri, fundador e principal diretor da empresa.

É claro que a empresa também convive com turbulências, até porque no setor de confecção há uma pulve-rização de fabricantes que fazem da informalidade um meio de se man-ter no mercado. A questão tributária

também traz dores de cabeça, consi-derando que os impostos sobre ma-téria-prima e folha de salário pesam nas planilhas se for comparado com muitos concorrentes que passam lon-ge das obrigações. Entretanto, como no negócio ‘moda’ a qualidade e a exclusividade de peças colocadas à disposição do consumidor ditam as regras, quem não se limita a produzir em escala um mesmo item tem mais chance de sucesso. “Apostamos muito na valorização da marca como uma forma de levar qualidade no que fabricamos. O resultado financeiro vai ser consequência dessa atitude”, raciocina Neocir. A estratégia parece estar dando certa, pois a Néki vem crescendo uma média de 6% ao ano, dentro do previsto, apostando no re-lacionamento direto com os seus ca-nais de venda.

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Néki investe na marca e se fortaleceConfecção de Schroeder aposta nos públicos A e B e na valorização do produto para driblar a

crise econômica do País e o mercado informal, que gera uma concorrência desleal

empreendedorismo & gestão

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A Néki foi fundada em 1984 em Ja-raguá do Sul, onde ficou durante quase 10 anos até transferir-se para Schroeder. A mudança permitiu que a empresa se preparasse para um período de cresci-mento no segmento de tecidos planos na chamada indústria da modinha. Du-rante 10 anos, a empresa atuou somen-te com confecções infantis e infanto-juvenis até lançar, em 1995, a sua primeira coleção feminina voltada ao consumidor adulto. Hoje, são 3 eti-quetas Néki, direcionadas aos públi-cos adulto, infanto, infantil, feminino e masculino.

Para assegurar a qualidade em todo o processo, a empresa man-tém áreas próprias de corte, costura, acabamento e expedição, pesquisa e desenvolvimento de produtos, e se-tores terceirizados como estamparia, lavanderia e bordados. Com um qua-dro de 376 funcionários, a empresa produz 3 mil peças por dia, aten-dendo somente o mercado nacional através de 55 representantes e olhan-

do cada vez mais para a venda com lojas próprias. “Em um mercado tão grande quanto o do Brasil, não pode-mos abrir mão do representante, que coloca 85% de toda a produção dire-tamente nas lojas multimarcas. Mas é uma tendência que as empresas con-tem com lojas próprias”, diz Neocir. Por isso, há 3 anos a Néki também iniciou um projeto de ter suas lojas, que recebem os 15% restantes da produção. Hoje, são duas lojas em Ja-raguá do Sul, outras em Guaramirim, Massaranduba e Schroeder. A meta é ampliar o número de unidades, mas, inicialmente, buscando um raio de 100 quilômetros da fábrica para de-pois se pensar em outras regiões.

Mas tudo está sendo feito de ma-neira planejada. A perspectiva é de um crescimento, no próximo ano, acompanhando o próprio mercado. Hoje, a empresa opera com 80% da capacidade de produção na única fá-brica, ocupando 30% de uma área de 38 mil metros quadrados.

Empresa planeja mais lojas próprias

Em um mercado tão grande

quanto o Brasil ,não podemos abrir mão do representante, que coloca

�5% de toda a produção diretamente nas lojas

multimarcas

Neocir Dal-Ri,diretor e fundador

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Para o diretor Neocir Dal-Ri, embora a Néki seja uma empresa familiar é preciso ter o profissionalismo como eixo central. Trabalham com o fundador na empresa a esposa – cujo apelido deu nome à com-panhia – um dos filhos do casal e a nora. “Uma empresa existe para dar resultado. Já estamos trabalhando a sucessão e isso está bem encaminhado com a presença do filho na área financeira, mas não se pode inviabilizar o negócio se não houver interesse e disposição de continuidade”, assinala Dal-Ri.

Outro aspecto é a gestão social. Para o empresário, primeiro é necessário cuidar do ambiente interno. Por isso, a

Néki mantém ações voltadas ao bem-estar, conforto, saúde e segurança, com programas de orientação para a quali-dade de vida dos empregados. “Penso que primeiro precisamos ter na empresa pessoas que se sintam bem, que gostem do que fazem. Voltamos todo o nosso es-forço primeiro nesta direção, sem demago-gia para depois agirmos externamente.”

Dirigente sindical, Neocir Dal-Ri é o presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Jaraguá do Sul e região, congregando mais de 400 fabricantes dos cinco municípios do Vale do Ita-pocu. O setor é o maior empregador, com cerca de 22 mil trabalhadores, e a

principal base da economia da região. Entretanto, ele diz que o nível de empre-go poderia ser ainda maior se houvesse mais segurança ao empreendedor.

“Não se trata de protecionismo, mas de vantagem competitiva. O governo deveria fazer algo, e já está atrasado, para segurar a importação de produtos que chegam ao mercado sem nenhu-ma qualidade”, indica, lembrando que no setor calçadista foi anunciada a so-bretaxação aos similares fabricados na China. “É preciso olhar um pouco mais para a nossa economia interna. Nos últimos anos estamos vendo o desem-prego aumentar”.

Antes de qualquer coisa, a lição de casa

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A Momento En-genharia Am-biental dispõe

de Representantes de Ven-das para atender aos clien-tes no Estado de Santa Ca-tarina e outras áreas.

O Escritório de Admi-nistração está localizado junto ao Aterro Industrial e Sanitário de Blumenau, e tem a missão de bem atender os clientes e infor-má-los de todos os proce-dimentos.

O cliente dispõe de área própria no site da empresa, e, com acesso seguro ob-tém pela internet, direta-mente, o seu Certificado de Destinação de Resíduos, instrumento importante de comprovação perante os órgãos ambientais. Obtém também no site www.momen-toambiental.com.br cópia da licença ambiental da empresa e outros

dados e documentos im-portantes a respeito da empresa que dá o destino correto aos seus resíduos.

A empresa conta ainda com Programa de Visita-ção atendendo a estudan-tes, professores, membros de clubes de serviço, in-dustriais, autoridades das mais variadas áreas, e para todos os cidadãos interes-sados em conhecer as ati-vidades da empresa, bas-tando para tanto formular a solicitação de visita no site da empresa.

A equipe da Momen-to Engenharia Ambiental está capacitada, treinada

e motivada, de modo a atender clientes, visitantes e outras pessoas interessadas em conhecer mais sobre o Aterro Industrial e Sanitário de Blumenau (AISB).

De Mãos Dadas Com O Meio Ambiente

RECEPÇÃO DE RESÍDUOS

Os resíduos que ingressam no AISB passam por análise prévia para detectar sua classe e avaliar qual o tipo de tratamento e destino a ser dado.

Ao chegarem na Recepção de Resíduos, os mesmos são pesados, conferidos e enviados para o local de descarga, de acordo com o tipo e a classe do resíduo.

O veículo transportador, antes de sair do em-preendimento, acessa o Limpa Rodas para evitar a contaminação das vias por possível arraste de resíduos.

ETE

A empresa conta com Estação de Tratamen-to de Efluentes – ETE, especialmente projetada para tratar os efluentes gerados no AISB, desde o efluente do Limpa Rodas, esgoto sanitário, e prin-cipalmente os efluentes gerados na disposição dos resíduos.

Os efluentes são tratados por processo físico-químico e biológico, de modo a retornarem limpos ao meio ambiente.

Pontos de Monitoramento no entorno do AISB são verificados periodicamente e garantem o total controle das águas superficiais e subterrâneas da região.

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Rua Paulo Litzemberger, 1400 | Distrito Vila Itoupava | Caixa Postal 3011 | Cep 89095-220 | Blumenau | SC | Fone: (47)

3378 1414 | Fax: (47) 3378 1475

InFORME COMERCIAL

TRATAMEnTO DOS RESÍDUOS

São tratados separadamente resíduos de Classe I e de Classe II, sendo que desta última, alguns são dispostos diretamente na célula de aterramento.

Os resíduos pastosos, de Classe II recebem tratamento por so-lidificação em usina específica (USL).

A solidificação consiste num processo de homogeneização, adi-ção de aglomerantes e estabilização.

Os resíduos pastosos de Classe I, também recebem tratamento por solidificação, porém em bateladas e em Célula de Tratamento provido de Sistema de Exaustão e Lavação de Gases.

Os resíduos Classe I que não podem ser processados desta for-ma são prensados ou encapsulados, dependendo de suas caracte-rísticas.

Recebem tratamento por encapsulamento resíduos como pilhas e baterias, reagentes químicos específicos e outros cujos processos anteriores não garantam sua segurança. Estes resíduos são encap-sulados em concreto e posteriormente transportados para acondi-cionamento na célula pré-determinada no controle do tratamento.

São prensados os resíduos sólidos contaminados com óleos, graxas, tintas ou produtos químicos. Para este processo é utilizada prensa enfardadeira específica para resíduos industriais, Classe II-A e II-B e resíduo industrial Classe I, com sistema de carga automática dos resíduos por esteira metálica de alimentação. A Prensa executa também, automaticamente, a amarração dos fardos.

DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOSNo Aterro Classe II são dispostos os resíduos processados na

Usina de Solidificação de Lodo (USL) e outros resíduos direcionados pela Recepção que não necessitam do tratamento por solidificação.

Os resíduos são acomodados no setor, conforme suas caracte-rísticas.

No Aterro Classe I são dispostos os resíduos processados na Cé-lula de Tratamento de Resíduos Classe I, os resíduos prensados e os resíduos encapsulados.

Tratamento de Resíduos pelo Processo de Incineração

A Momento Engenharia Ambiental Ltda oferece tratamento tér-mico por incineração para resíduos de serviço de saúde, o qual con-siste num processo de oxidação à alta temperatura que destrói ou reduz o volume dos resíduos submetidos a este processo.

O tratamento térmico de Resíduos de Saúde por Incineração é a solução mais apropriada do ponto de vista da saúde e ecológico, pois realmente evita a contaminação e a poluição do meio ambiente que podem ser causados pela disposição em valas sépticas.

Empresas que possuem ambulatórios médicos, laboratórios clíni-cos certificados, hospitais e clínicas certificados são os clientes que a Momento Engenharia Ambiental Ltda pode atender de forma segura e econômica.

É a solução ideal para as organizações certificadas pela ISO 14001, e para todos aqueles comprometidos com a preservação do meio ambiente.

[email protected] | www.momentoambiental.com.br

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“Nossa região merece mais”Hermann Suesenbach, que em breve deixa ACIAC e a vice-presidência da Facisc, vê a falta

de infraestrutrura como ameaça ao desenvolvimento da região do Vale do Itapocu

Não é mais segredo na região que o advogado Hermann Suesenbach, presidente da Associa-ção Empresarial de Co-

rupá (ACIAC), almeja buscar uma das cadeiras da Assembleia Legis-lativa nas próximas eleições. Quem conhece esse senhor de fala tranqui-la, mas incisiva, sabe o que repre-sentaria para o Vale do Itapocu um parlamentar comprometido com os interesses da região e plenamente

identificado com o associativismo. Para aqueles que não simpatizam com a ideia de ter um nome liga-do às entidades do setor produtivo com a atividade político-partidária, vale lembrar que Hermann não é necessariamente um marinheiro de primeira viagem.

Afinal, durante 23 anos, ele cum-priu função pública como vereador do Município. Ligado à ACIAC desde 1992, e presidente em último man-dato, em novembro deixa a vice-pre-

sidência regional da Facisc e passa a integrar o Conselho Fiscal da enti-dade como tesoureiro da Fundação Empreender. Nesta entrevista à Ne-gócios, Hermann fala dos avanços da entidade e dos anseios diante de projetos que poderiam ter avança-do. Não esconde uma certa frustra-ção diante do que considera falta de maior atenção dos governos com as necessidades de infraestrutura que, no seu entendimento, podem travar o desenvolvimento.

entrevista

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REVISTA NEGÓCIOS – O senhor é advogado e um dos presidentes de entidade com mais experiência no associativismo. O que repre-sentou iniciar esse projeto?

HERMANN SUESENBACH – Desde o início das minhas atividades profissio-nais, sempre tive em mente que atu-ando de maneira organizada e com a união das entidades representativas pode-se conseguir muito mais em ter-mos de atenção ao desenvolvimento de uma comunidade. Logo que me associei, procurei atuar nesta direção, tanto na entidade como na Fundação Empreender, que estava começando o trabalho de formação dos Núcleos Setoriais. Essa experiência, trazida da Alemanha pelo ex-presidente da Facisc [Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina] José Henrique Loyola, trouxe um estímulo muito importante para o associativis-mo e fomento ao empreendedorismo do Estado. A partir daí, tive o privi-légio de exercer várias funções na associação, assumindo pela primeira vez a presidência em 1998, manda-to que concluímos com a decisão de construir e inaugurar a sede própria da entidade.

RN – A sede própria foi um grande desafio?

HS – De fato, foi um projeto no qual tivemos um esforço muito grande, que se tornou realidade graças à par-ticipação de muitas pessoas. Havia a necessidade de oferecer um ambiente para os empresários compartilharem as suas necessidades de qualificação da gestão e na sua articulação com os demais municípios da região. Foi muito importante o apoio do Conse-lho Deliberativo da entidade e o apoio de muitas empresas, inclusive de Ja-raguá do Sul e de Joinville, graças ao relacionamento que já tínhamos atra-vés da Fundação Empreender. Conse-

guimos construir e inaugurar durante o mandato

RN – O senhor encerra o seu man-dato em março. O que pode des-tacar no período?

HS – Além das metas que nós ha-víamos traçado, que incluem como um dos pontos principais o aumen-to de associados, acrescentaria ain-da o trabalho de fortalecimento do Núcleo do Comércio e do Núcleo de Jovens Empreendedores, e a criação do Núcleo do Meio Ambiente. Essa é uma preocupação da nossa entidade porque o meio ambiente está dire-tamente ligado com a qualidade de vida do município e com a economia através do turismo. As campanhas natalinas, com o sorteio de prêmios e a de decoração, através do Núcleo do Comércio, que envolve outros seg-mentos, buscando o envolvimento da comunidade. Outro trabalho foi o recadastramento dos associados, que permitiu saber quantas mulheres e também jovens empresários partici-pam dos negócios.

RN – O senhor tem atuado muito regionalmente, não só como vice-presidente regional Norte da Fa-cisc, mas na própria presidência da ACIAC, certo?

HS – Isso realmente é muito impor-tante. Hoje, os problemas de um município afetam outros, principal-mente em uma região como a nossa, onde os recursos estratégicos são co-muns. Regionalmente, por exemplo, com exceção de Jaraguá do Sul que avançou um pouco mais nessa área, nós temos um problema comum aos demais municípios: esgoto sanitário. No caso de Corupá, a situação é ain-da mais grave, pois o município é a base da bacia hidrográfica da região. Nós entendemos que regionalmente deveríamos buscar recursos de fundo

perdido, pois a maioria dos municí-pios não tem capacidade de endivi-damento, para o projeto do esgoto sanitário. Reputo esse como um dos grandes problemas da região. Outra situação que preocupa especialmen-te Corupá, Schroeder e Jaraguá do Sul é a proliferação do maruim [in-seto que habita regiões úmidas e de mata densa, que provoca irritação nas pessoas], que se hospeda prin-cipalmente nos troncos das bananei-ras depois do corte da fruta, no adu-bo animal e nas beiras de córregos, o que traz muitos problemas para o desenvolvimento do turismo. Uma ci-dade de forte vocação turística como Corupá precisa de uma solução para o problema.

Hoje, os problemas de um município afetam

os outros, principalmente em

uma região como a nossa, na qual os

recursos estratégicos são comuns. Regionalmente,

por exemplo, com exceção de Jaraguá do Sul,

que avançou um pouco mais nessa área, nós temos um problemas

comum aos demais municípios:

esgoto sanitário

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RN – Como resolver um problema como este?

HS – A questão é que o predador na-tural do maruim foi extinto pelo uso de agrotóxicos nas próprias lavouras, com isso, a população do inseto cresce e assume níveis impossíveis de controle pelo manejo natural. A cada safra são milhões de cepas de bananeiras que ficam no solo apodrecendo. Além da limpeza dos rios, uma alternativa de controlar o problema seria utilizar esse material pelas empresas que proces-sam a fibra da bananeira no artesana-to, móveis e outras aplicações, inclusi-ve oferecendo uma renda alternativa aos produtores. A Epagri [empresa estatal de pesquisa e assessoramento aos agricultores] vem desenvolven-do as possibilidades de utilização do resíduo, mas ainda não há empresas de porte que absorvam um volume tão grande desta matéria-prima. Além disso, a Amvali [Associação dos Mu-nicípios do Vale do Itapocu] também desenvolve um projeto com o mesmo objetivo de controle da praga.

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Nossa região concentra muitas belezas naturais que podem ser trabalhadas em conjunto, como a Rota das Cachoeiras e o Seminário Sagrado Coração de Jesus, que já recebe muitos eventos e pode se tornar um local para o turismo de negócios

entrevista

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RN – Há outras questões que pre-cisam ser pensadas regionalmen-te, como a duplicação da BR-280 e os investimentos em energia elétrica?

HS – Em relação à rodovia, estamos realmente muito preocupados, pois no caso de Corupá a duplicação virá apenas até o primeiro trevo de acesso. É claro que nós somos plena-mente favoráveis ao projeto, mas se considerarmos que estamos em um ponto de integração do Planalto com a Região Norte, continuaremos com uma situação ruim de Jaraguá até a Serra. Como há uma ligação em Porto União com outras rodovias federais, é certo que haverá um volume ainda maior de caminhões de transporte de madeira e grãos em direção aos por-tos. Sem a duplicação, nossa região vai conviver com um fluxo muito in-tenso, o que nos preocupa.

RN – O turismo também tem um potencial de desenvolvimento? HS – Certamente, pois nossa região concentra muitas belezas naturais que podem ser trabalhadas conjunta-mente, como a Rota das Cachoeiras e o Seminário Sagrado Coração de Jesus, que já recebe eventos e pode se tornar um local para o desenvolvi-mento do turismo de negócios.

RN – O que representa para o se-nhor participar do associativis-mo?

HS – Eu sempre tive um apoio mui-to grande de todos os segmentos porque penso que o associativismo tem essa capacidade de reunir inte-resses em torno de objetivos comuns. Quando buscamos ampliar o número de associados, a meta que era para alcançar até o término do manda-to, em março, já foi ultrapassado, e devemos chegar a cerca de 160 as-

sociados. Pela primeira vez, temos a procura de empresas que desejam participar da entidade, o que reflete o trabalho desenvolvido ao longo dos anos pelas diretorias.

RN – Esse trabalho também refor-ça a integração regional?

HS – De fato, há uma afinidade mui-to grande com os demais municípios, e o caminho é esse mesmo para que as soluções apareçam. Quando su-gerimos o nome do presidente Gui-do Bretzke para ocupar a função que cumpri durante quatro anos na vice-presidência regional da Facisc, tivemos essa preocupação, pois en-tendemos que as associações devem ser parceiras, embora tenham a sua atuação de maneira independente, porém sem vinculação partidária.

RN – Mas o senhor teve seguidos mandatos como vereador.

HS – Eu iniciei na vida pública em 1982, quando me candidatei pela primeira vez e encerrei essa trajetó-ria como vereador no ano passado. Durante esses 26 anos, conciliamos a atividade parlamentar com o trabalho na entidade e soubemos separar as coisas e nos licenciamos da função, pois o trabalho da associação tem objetivos específicos. Se esse traba-lho for vinculado, há dificuldade de conseguir o apoio de todos, o que é ruim para o associativismo.

RN – Uma preocupação também é com a renovação, com o apoio para os jovens participarem das associações?

HS – Nós temos incentivado mui-to os jovens para que participem da associação porque essa renovação é muito importante. Aliar a energia dos que estão chegando com a experiên-cia daqueles que estão há mais tem-

po nas entidades é ótimo. O jovem precisa ser valorizado, precisa dar oportunidade e apoiar as suas ideias na associação.

RN – Uma discussão na região é quanto ao crescimento dos mu-nicípios, em função das questões ambientais e de infraestrutura. Em Corupá há essa preocupação?

HS – Corupá pode crescer, mas é ne-cessário que se resolva principalmen-te os problemas de infraestrutura, de tratamento do esgoto, ampliação do fornecimento de água e da energia elétrica, que é caótica. Hoje, nós so-mos servidos por um rabicho que vem de Jaraguá, e sem investimentos em alimentadores continuaremos com sérios riscos de não termos energia suficiente para o aumento do consu-mo. Nós defendemos que haja uma transposição da energia vinda do ali-mentador que hoje vem pela rodovia antiga e vai até a empresa Lunelli, que ele seja prolongado até o cen-tro da cidade com a rede que vem pela BR-280 e com a energia que vem do linhão de Blumenau e com a estação do bairro Chico de Paula, de Jaraguá, ainda não foi ativada. Há promessas, mas até o momento isso não aconteceu.

Hoje, nós somos servidos por um

rabicho que vem de Jaraguá do Sul, e sem alimentadores

continuaremos com sérios riscos de não termos energia

suficiente para o aumento do consumo

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RN – O que faz com que esses pro-jetos estacionem?

HS – Falta de investimentos, de tratar a região com a atenção que ela me-rece pela sua importância.

RN – O senhor acha que a Celesc não está priorizando a região?

HS – Na minha opinião, não. A Ce-lesc, durante muito tempo, esteve voltada para a Região Sul do Estado, até porque os seus dirigentes são da-quela região. Havia uma expectativa de que essa situação se alterasse com a posse da nova diretoria, com a pre-sença do presidente Sérgio Alves, até porque ele foi presidente da Associa-ção Empresarial de Joinville e conhe-ce as necessidades da região.

RN – Isso causa uma frustração?

HS – Eu me sinto, na verdade, ma-goado com o tratamento dado não

só a Corupá, mas à toda a região. Ja-raguá já mereceria melhor atenção, com uma regional da empresa, mas hoje somos dependentes e sem auto-nomia em termos de orçamento e de investimentos. Nós temos um cres-cimento acima da média no Estado, em termos de demanda de energia, e investimentos aquém do que me-recemos. É um parâmetro perverso que nos deixa diante de uma situa-ção preocupante, já que podemos ter um caos no sistema diante da capacidade instalada das nossas em-presas, sem falar dos futuros planos de expansão e da chegada de novos investimentos. Nós vamos perder esses investimentos, principalmente em Corupá e Schroeder, por falta de distribuição eficiente.

RN – Como o município conviveu com a crise econômica?

HS – Corupá sentiu os efeitos como outras regiões, principalmente aque-

las empresas que exportam. Mas a cidade tem muita diversificação, embora predomine o setor industrial com 68% de participação na ativi-dade econômica. O comércio está bem, mas como a bananicultura tem sido afetada com as chuvas e ventos, pode haver reflexos.

RN – O senhor está optando por retomar a atuação política. O objetivo é buscar mais represen-tatividade para a região?

HS – Por essa razão, estou encer-rando o meu mandato na ACIAC como presidente, porque não é compatível com os interesses da entidade. O trabalho parlamentar é muito importante para a região, do mesmo modo que a atuação no as-sociativismo, mas sem vínculo par-tidário. Por essa razão, assim como nas outras vezes em que assumi cargo político, estou me licencian-do da entidade.

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O trabalho como parlamentar é muito importante para a região, do mesmo modo que a atuação no associativismo, mas sem vínculo partidário. Por esta razão, assim como nas outras vezes em que assumi cargo político, estou me licenciando da entidade

entrevista

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pelo vale

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O serviço de telecomunicações tem tirado o sono dos empresários de Schroeder. Para buscar melhorias no acesso à internet por banda larga, a ACIAS convidou Gonzalo Charlier Pereira, executivo de Relações Insti-tucionais da operadora Oi (sucesso-ra da Brasil Telecom), para um en-contro em que foram apresentadas as reivindicações de ampliação do sistema no município. O prefeito Fe-lipe Voigt e o presidente da ACIAS, Ismário Bauer, comentaram que a falta de melhorias no serviço tem gerado muitas reclamações que comprometem o desenvolvimento econômico do município. “Nosso futuro está ameaçado porque mui-tas empresas podem migrar para outras regiões em função da difi-culdade de acesso ao meio eletrô-nico”, observou Voigt. O presidente da ACIAS disse que a determinação de emissão de nota fiscal eletrôni-ca é um dos pontos preocupantes. Atualmente, o município conta com cerca de 3,2 mil linhas telefônicas e pouco mais de 900 portas de ADSL, que atendem ao bairro Schroeder I e à região central, quantidade in-suficiente para atender a demanda prevista. O pedido é de ampliação da oferta de serviço na área indus-trial, nos bairros Schroeder I, Braço do Sul, Rancho Bom e Duas Mamas, além da parte sul do centro. Outro pedido é quanto à manutenção do convênio entre a Oi, Anatel e Prefei-tura para instalação dos acessos à banda larga em todas as escolas das redes municipal e estadual. Gonza-lo Pereira prometeu levar o pleito à diretoria da companhia, mas adian-tou que alguns investimentos já es-tão sendo feitos no bairro Amizade e outros estão previstos para 2010 na área central.

Schroeder pede telefonia melhor

A região ainda se ressente dos efeitos das chuvas do final do ano passado, mas nem por isso ganha trégua da natureza. Um forte ven-daval aumentou as dores de cabeça da população com prejuízos da ordem de R$ 9 milhões, sendo R$ 3,6 milhões nas plantações de bananas. O vendaval derrubou 450 mil pés de banana, o que re-presenta 15% de aproximadamente três milhões de bananeiras cul-tivadas somente em Jaraguá do Sul, mas a perda foi muito maior se considerar a produção regional. O desastre pode afetar seriamente o desempenho agrícola de todo o Litoral Norte do Estado, que produz 70% do total estadual e praticamente responde por toda a expor-tação da fruta. Conforme a Epagri, Santa Catarina produz 660 mil toneladas de bananas cultivadas em 31 mil hectares.

Bananicultura sofre com vendaval

O Ibama realizou duas audiências públicas, em São Francisco do Sul e Ja-raguá do Sul, para discutir as questões ambientais relacionadas à obra de du-plicação da BR-280. Cumprido mais um capítulo da burocracia, o órgão tem 60 dias para dar licença prévia para o Dnit começar o processo de licitação da rodovia. Conforme o superintendente do Dnit em Santa Catarina, João José dos Santos, a expectativa é que em 2010 os serviços possam ter início ao mes-mo tempo nos dois lotes: de São Francisco até a BR-101, e da rodovia federal até Jaraguá. Pelo traçado apresentado na plenária, no trecho até Jaraguá a rodovia vai seguir seu trajeto atual da BR-101 até as imediações da empresa WEG Química. A partir daí, o novo trajeto vai desviar para o Norte, passando pelo bairro Caixa D’Água, em Guaramirim, em direção ao bairro Schroeder 1, em Schroeder, e os bairros Vieiras e João Pessoa, em Jaraguá. Nesse ponto, a estrada passará por um túnel no morro Vieiras, com um quilômetro de exten-são, que vai desembocar nos bairros Três Rios do Sul e Três Rios do Norte, por onde a estrada segue até o bairro Nereu Ramos e volta a encontrar seu trajeto atual. A obra vai contar com 36 viadutos nos 37,2 quilômetros de extensão, além do túnel e outras benfeitorias.

Audiência pública discute BR-280

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empresariado em foco

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Iniciativa da Lunelli Têxtil e Pre-feitura de Corupá, por meio da Secretaria de Educação e Cultura e da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, o Projeto Preservar é Amar foi lançado no dia 1º de ou-tubro, no auditório da empresa. O tema deste ano aborda o gerencia-mento de resíduos, com o slogan “Reciclar é preservar, somos fruto da natureza em que vivemos”, e envolve 215 alunos de escolas do município. Nesta edição, os par-ticipantes devem desenvolver um case municipal de gerenciamento de resíduos e elaborar um projeto visando a propor soluções para dar destino final ao lixo de Corupá, que teve seu aterro fechado em abril e desde então envia o seu lixo para Mafra. São 140 toneladas mensais, o que gera custo de R$ 16 mil to-dos os meses. O desafio para os es-tudantes é elaborar propostas que possam ser implantadas pela admi-nistração municipal em 2010.

Programa discute destino de resíduos

O cumprimento da exigência da reserva legal de 20% às proprie-dades rurais, prevista no Código Florestal, com prazo até 11 de de-zembro, está merecendo a atenção da ACIJS. O tema levantado pelo vice-presidente para Assuntos do Meio Ambiente, Benyamin Parham Fard, diz respeito à área necessária para a manutenção do equilíbrio ecológico das regiões do entorno e dos recursos naturais existentes. Conforme Benyamin, a reserva legal é permanente e deve ser aver-bada no Cartório de Registro de Imóveis. A lei não é nova, tem pelo menos duas décadas. Todos os proprietários de imóveis rurais são alcançados por ela. O assunto já foi discutido junto ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Jaraguá do Sul com a SDR e o Ministério Pú-blico, como também no Conselho de Desenvolvimento Regional. Um fórum de discussão envolvendo MP, SDR, ACIJS, Prefeitura, Amvali, Sindicato e demais entidades foi formado para discutir a forma de apoiar o proprietário rural para que cumpra a lei até dezembro.

Grupa apoia proprietário rural

A alteração da legislação tribu-tária, por meio da Lei 11.941/2009, pode ser uma boa alternativa para quem deseja ficar em dia com o Fisco. Quem garante é o contador Paulo Henrique Felicioni, lembran-do que uma das novidades é o par-celamento de débitos tributários federais em até 180 meses, com redução de multa e juros. São os débitos administrados pela Secre-taria da Receita Federal do Brasil e os débitos para com a Procuradoria Geral da Fazenda Federal, inclusive os saldos remanescentes dos débi-tos consolidados de programas anteriores de parcelamento como Refis, Paes e Paex. De acordo com

Felicioni, o parcelamento aplica-se aos créditos constituídos ou não, inscritos ou não em dívida ativa da União, mesmo em fase de execução fiscal já ajuiza-do, inclusive os que foram indevidamente aproveitados na apuração do IPI.

Poderá ser paga à vista ou parcelada a dívida vencida até 30 de novembro de 2008, de Pessoas Físicas e Pessoas Jurídicas, consolidadas por sujeito passi-vo, com exigibilidade suspensa ou não, inscrita ou não em dívida ativas, consi-derados isoladamente, mesmo em fase de execução fiscal já ajuizada ou que tenha sido objeto de parcelamento anterior, não integralmente quitado, ainda que cancelados por falta de pagamento. Felicioni advertiu que a legislação dá como prazo final de opção pelo pagamento da dívida à vista ou parcelada a data de 30 de novembro de 2009. O inadimplente poderá ganhar até 100% de isenção da multa e até 45% dos juros.

Alteração tributária ajuda a quitar dívidas

O ProJaraguá – Fórum Permanente de Desenvolvimento, oficializou no dia 1º de outubro a criação do Observatório Social, um organismo que pretende acompanhar e controlar os gastos públicos municipais, promover a educação e a cidadania fis-cal, valorizando a correta destinação dos tributos. Iniciativas como essa estão pre-sentes em mais de 30 cidades brasileiras, integradas por meio da Rede Nacional da Cidadania Fiscal. Conforme Anselmo Ra-mos, presidente do ProJaraguá, o Obser-vatório é um movimento social do terceiro setor, formado por voluntários.

ProJaraguá cria um Observatório Social

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indústria em foco

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A Federação das Associações das Micro e Peque-nas Empresas (Fampesc) está propondo a criação de um Programa de Desenvolvimento da Empresa Cata-rinense (Prodec) específico para o segmento. A ideia foi proposta pelo ex-presidente da Apevi e atual pre-sidente da Fampesc, Márcio Manoel da Silveira, que salienta a importância de criar um programa com as características específicas do setor.

“As micro e pequenas necessitam de um pro-grama que seja menos burocrático, com fácil aces-so a todos. Além disso, é importante oferecer juros menores e prazos maiores”, reforça o presidente. A iniciativa da federação vem de encontro às ativida-des que estão sendo desenvolvidas para que se pos-sa oferecer um ambiente favorável de negócios ao setor. “O segmento é diferenciado e não consegue se enquadrar em programas que são desenvolvidos para empresas de porte maior, pois as características são diferentes”, reforça.

Fampesc propõe Prodec de estímulo a microempresas

Santa Catarina se prepara para eventos si-multâneos na área empresarial. De 4 a 6 de novembro, no Centrosul, em Florianópolis, acontece o Congresso Empresarial da Facisc, que compreende o 13º Encontro Estadual do Empreender, 15º Encontro Estadual da Mulher Empresária, 9º Encontro Catarinense do Jovem Empreendedor e a Explofloripa – Feira de Produ-tos e serviços para Empresas.

O evento contará com lideranças políticas e empresariais que irão discutir os caminhos para o crescimento das empresas catarinen-ses, com ênfase no empreendedorismo e no associativismo. Serão abordados temas espe-cíficos do setor empresarial e a previsão da organização é reunir mil empresários. Mais informações podem ser obtidas no site www.congressoempresarial.com.br.

Congresso Estadual em novembro, no CentrosulA Caixa Econômica Federal informou no dia 5 de outu-

bro que disponibilizará mais R$ 20 bilhões em linhas de cré-dito para as micro e pequenas empresas. O anúncio foi feito no Dia da Micro e Pequena Empresa e os recursos poderão ser utilizados em linhas de capital de giro e antecipação de receitas até o final de dezembro deste ano. Conforme a Caixa, no acumulado deste ano, até o mês de agosto foram liberados R$ 18,24 bilhões em crédito para as micro e pequenas empresas, o que representa um crescimento de 16,85% em relação ao mesmo período do ano passado.

A expectativa do banco público é de chegar aos R$ 38,24 bilhões em crédito até o fim de dezembro, ou seja, 56% a mais que em 2008. “Com estes recursos, te-mos a certeza de que o micro e o pequeno empresário retomarão a atividade econômica de forma consistente e sustentável”, disse o vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa, Carlos Brito.

O banco informou que também oferta um serviço de consultoria financeira para os micros e pequenos empre-sários. O objetivo, segundo a instituição, é auxiliá-los na identificação de suas necessidades e poder, deste modo, indicar os produtos “mais adequados”, de acordo com a realidade de cada um.

Caixa Econômica anuncia recursos

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institucional

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Natal de prêmios no ValeAssociações empresariais da região promovem campanhas e distribuem presentes dos mais

variados preços em dezembro para clientes que comprarem nas lojas participantes

Os municípios da região estão se preparan-do para ter um Natal de ótimas vendas em 2009. Automóveis, televisores e vale-com-pras são alguns dos prêmios oferecidos por Jaraguá do Sul, Guaramirim, Corupá e Schro-

eder para motivar a ida às lojas.Em Jaraguá do Sul, o tema da campanha é “Sonho

de Natal”, que tem largada no dia 7 de novembro e se estende até 24 de dezembro, oferecendo 57 prêmios. A cada R$ 40,00 em compras nas lojas participantes, o cliente receberá um cupom para concorrer no dia 30 de dezembro, às 17h, no Centro Empresarial, a 1 automó-vel Siena, 1 automóvel Celta, 5 TVs LCD 32 polegadas e mais 50 vale-compras no valor individual de R$ 300,00 para consumir nas lojas integrantes da promoção. O pre-sidente da CDL, Wanderlei Passold, disse que a entidade se preparou para oferecer um final de ano especial para os clientes das lojas associadas à entidade.

“Compra Premiada” é o mote que a Associação Empresarial de Guaramirim (ACIAG) escolheu para in-centivar as compras de fim de ano, que vai oferecer 70 prêmios, sendo 67 bicicletas que serão sorteadas aos clientes das lojas participantes, juntamente com 1 Palio 0 km e 1 TV LCD 32 polegadas, além de um notebook que será sorteado para um vendedor dia 24 de dezembro, às 13h30min, na sede da entidade. A campanha começou no dia 10 de outubro, estendendo-se até a véspera do Natal. A cada R$ 50,00 em compras, o cliente recebe um cupom para concorrer primeiramente a 1 bicicleta na loja em que comprou e no encerramento a dois prê-mios maiores. Em Corupá, a promoção começou no dia 3 de setembro e continua até 23 de dezembro, quando encerra no Seminário Sagrado Coração de Jesus com o sorteio de 1 Palio, 1 notebook, 1 TV LCD 32 polegadas, máquina de lavar roupas e forno microondas. Participam da ação 50 lojas do município, ligadas à Associação Em-presarial. Schroeder também está otimista com o suces-so da campanha de Natal, prevendo aquecimento das vendas com o sorteio de 1 Palio, 1 televisor LCD de 32’, notebook, microondas e bicicleta. Mas lá o sorteio será após as festas, dia 16 de janeiro de 2010. Participam da promoção liderada pelo Núcleo do Comércio da ACIAS 42 empresas, que estão distribuindo cupons a cada R$ 30,00 em compras.Em Corupá, a promoção se estende até o dia 23 de dezembro

Em Schroeder, são vários prêmios incluindo um Palio 0 Km

Em Jaraguá, campanha lançada por Passold encerra em 30/12

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O Centro Empresarial de Jaraguá do Sul (Cejas), condomínio forma-do pelas principais entidades de representação da economia do mu-nicípio, recebeu autorização do Banco Central para o funcionamento da sua própria Cooperativa de Crédito. Com o parecer do BC, o passo seguinte do projeto é a definição do estatuto e a constituição da dire-toria e conselho fiscal da CejasCred, denominação do empreendimen-to, que deverá iniciar operação no primeiro trimestre de 2010.

Conforme explica Gentil Marció, vice-presidente da Associação Em-presarial de Jaraguá do Sul (ACIJS), que coordena o projeto, a iniciativa vem sendo articulada desde 2006. Além da ACIJS, o projeto de criação da CejasCred conta com a participação da Associação das Micro e Pequenas Empresas do Vale do Itapocu (Apevi), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e os Sindicatos Patronais.

A CejasCred atuará no sistema de cooperativa de livre admissão de associados e irá operar em todas as modalidades oferecidas pelo serviço financeiro convencional, utilizando a bandeira do Sistema de Crédito de Cooperativa do Brasil, de Santa Catarina (Sicoob/SC). A Cooperativa oferecerá todos os serviços de uma instituição de crédito, como operações em conta corrente, poupança, aplicações, emprésti-mos, financiamentos e os demais serviços de um banco.

“Será como uma instituição financeira tradicional, com talões de cheques e cartões de crédito, com a diferença de que as taxas pelos serviços e os juros bancários serão bem menores e ao final do exercício parte do lucro terá destinação social, sendo repassado a entidades que atuam em várias áreas, e os dividendos distribuídos entre os sócios”, assinala Gentil Marció.

O vice-presidente da ACIJS observa que uma cooperativa nos mol-des da CejasCred traz inúmeros benefícios não só ao empreendedor, mas à comunidade em geral. Além da maior flexibilização do aten-dimento e da redução sensível dos custos com tarifas e serviços, que habitualmente são praticados pelo sistema financeiro, há um ganho também com a movimentação de recursos na comunidade.

Centro Empresarial de Jaraguá do Sul cria Cooperativa de CréditoGuaramirim conclui

estudo sobre os recursos hídricos

Por iniciativa do Conselho de De-senvolvimento Econômico de Gua-ramirim (Codec), da Câmara Técnica de Agricultura e Agro Negócios e da Agência de Desenvolvimento Local (ADL) de Guaramirim, foi editada a cartilha ‘Vamos falar de vida?’, que traz uma completa radiografia dos recursos hídricos disponíveis na mi-crobacia do rio Ponta Comprida, que abrange regiões importantes do muni-cípio. O documento oferece subsídios para se conhecer com detalhes a re-gião e as características hidrográficas, possibilitando o desenvolvimento de projetos que assegurem aos morado-res melhorias na qualidade de vida a partir do cuidado com os recursos na-turais. O projeto contou com o apoio do Governo do Estado, via Secretaria de Desenvolvimento Regional, Secre-taria de Desenvolvimento Econômico Sustentável e do Fundo Estadual de Recursos Hidrícos, além da Fundação Empreender, Associação Empresarial e Prefeitura.

Eluísa Hertel Maiochi, presidente da ACIAG, mostra a cartilha recém-lançada

Gentil Marció revela que a iniciativa vem sendo articulada desde 2006

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Os desafios do empreendedor da atualidade são cada vez maiores e requerem de quem empre-ende uma capacitação cada vez maior para vencer as lutas do mundo globalizado. É um tema amplo, sem dúvida, mas prefiro abordá-

lo no sentido de empreender na vida como um todo, para que desse grande empreendimento resulte um bom em-preendedor também nos negócios, nos estudos, etc. Cria-da em 1930 pelo pensador e humanista Carlos Bernardo González Pecotche, a Logosofia é uma ciência que oferece uma nova forma de pensar e sentir a vida, e é com base no que tenho aprendido como investigador dessa ciência que tenho encaminhado minha vida empreendedora.

Todos nós vivemos a vida profissional, a vida de empre-endedor, de pai, de esposo, de filho, de amigo, de lazer, espiritual, entre outras tantas. Cada uma dessas vidas requer dedicar tempo e atenção. Se eu valorizar em demasia uma delas, corro o risco de cair no desequilíbrio e isso sempre gera consequências negativas.

Ao me dispor a realizar o Processo de Evolução Cons-ciente preconizado pela ciência logosófica, tenho aprendi-do a dar um valor principalíssimo ao esforço por internar-me no conhecimento de mim mesmo, na extirpação de minhas deficiências psicológicas, no cultivo e criação de virtudes e aptidões, no aprimoramento de meu mecanismo mental, e na revisão e aquisição de conceitos mais amplos sobre a vida e sua verdadeira finalidade. Saber pensar é para a Logosofia a chave com a qual o homem poderá des-vendar muitos mistérios da vida humana. Com ela também

se tornará dono da própria vida e criará para si um novo e elevado destino. Não é isso que o empreendedor deve ser, dono de sua mente e vida? Não busca o melhor para si e para os que estão envolvidos em seus projetos? Quais têm sido as causas de fracassos do homem em seus empreen-dimentos? Estão fora ou dentro de si? Ao expandir seus recursos internos, sua capacidade mental, suas qualidades, sua capacidade de sentir, ao dominar seus impulsos não estará favorecendo amplamente suas chances de obter re-sultados positivos em seus empreendimentos?

Como dono do próprio negócio, considero-me um em-preendedor principalmente por ter aprendido a lutar dian-te das adversidades, por saber desenvolver não só o negó-cio em si, mas por ter buscado o equilíbrio para conduzir a vida nos distintos aspectos em que ela se configura. Os estudos para aquisição de conhecimentos essenciais para a vida, para a condução feliz de todos os aspectos que a conformam, têm dado mais equilíbrio a minha vida. Por exemplo: a vida familiar também se apresenta hoje cheia de desafios e lutas onde o uso de minha inteligência e sa-bedoria torna-se fundamental para a criação de um desti-no familiar melhor. É ali onde recarrego as energias, experi-mento muitas alegrias que me completam como homem e ser humano consciente de meus deveres perante os olhos do Criador do Universo. Ali encontro as energias e os es-tímulos que emprego depois em minha vida profissional, social, etc. Assim, tenho concluído que para ser um bom empreendedor, devo aprender a empreender em tudo o que constitui minha vida. Mas empreender orientado por uma visão altruísta e elevada da vida, das necessidades e das relações humanas.

Alfredo FrassonEngenheiro agrônomo, empresário associado

à ACIAG e estudante de Logosofia

Equilíbrio para empreender

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ponto de vista

Saber pensar é para a Logosofia a chave com a qual o homem poderá desvendar muitos

mistérios da vida humana. Com ela também se tornará dono da própria vida

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