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Revista editada pela CCDRC

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Page 1: Revista Mais Centro
Page 2: Revista Mais Centro

2 | MAIS CENTRO>>ÍNDICE

>> REGENERAÇÃO URBANA 9

Ovar devolve praça à população 10A Praça da República, em pleno centro de Ovar, vol-tou às origens. Com as obras de requalificação... > LER MAIS

Lazer e recreio em espaço único 11CANTANHEDE A vasta área de terra batida, entre as tra-seiras do Complexo das Piscinas Municipais e do...>> LER MAIS

Cidade renovada 12TONDELA O programa de regeneração urbana, iniciado em finais de 2010, está a mudar o rosto à cidade...>> LER MAIS

Cidade mais próxima dos cidadãos 13VISEU Velhos imóveis de Viseu, quer de construção tradicional em pedra ou característicos da...>> LER MAIS

>> SAÚDE 15

Crianças mais protegidas 16COIMBRA "Uma mudança da noite para o dia", garante Duarte Rodrigues, ao comparar o antigo com o...>> LER MAIS

Mais dadores na região Centro 17COIMBRA"Da noite para o dia". É desta forma que o pre-sidente da Associação de Dadores de Sangue...>> LER MAIS

>> CIÊNCIA E TECNOLOGIA 19

Cantanhede atrai jovens talentos 20As empresas instaladas no Biocant Park, sediado em Cantanhede, já representam 30 por cento do setor...>> LER MAIS

Incubadora de referência mundial 21COIMBRA O Instituto Pedro Nunes (IPN), fundado em 1991, tem conquistado vários prémios...>> LER MAIS

iParque acelera Coimbra 22Na região  centro do país, perto de Coimbra, está a ser construído um novo parque de ciência...>> LER MAIS

>> EDUCAÇÃO 23

Escola "muito à frente" 24O Centro Educativo de Montemor-o-Velho integra o Campus Escolar Jorge de Montemor com ...>> LER MAIS

Excelência já chegou à escola 25O Centro Escolar de Condeixa-a-Nova é uma ponte para a modernidade com benefícios evidentes na...>> LER MAIS

Nova escola aumenta motivação 26Basta uma manhã no novo Centro Escolar de Oliveira do Bairro para confirmar o que muitos defendem...>> LER MAIS

Crianças mais felizes 27ANADIA Salas de aula frias e cheias de humidade, car-teiras velhas, riscadas e desconfortáveis... >> LER MAIS

>> CULTURA 29

Cargaleiro no Solar dos Cavaleiros 30O Solar dos Cavaleiros, situado em pleno centro histórico de Castelo Branco, passou a integrar...>> LER MAIS

Um museu para a Europa 31COIMBRA O Museu Nacional Machado de Castro (MNMC), concluídas as obras de requalificação e ampliação...>> LER MAIS

Estímulo à criatividade 32COIMBRA A família do poeta e ensaísta João José Cocho-fel construíu o espírito da Casa do Arco: promoveu...>> LER MAIS

Uma aposta concretizada 33"O auditório e o polo de leitura de Oiã vieram colmatar uma grave lacuna que a freguesia tinha, em especial...>> LER MAIS

"Obra digna da terra" 34"Finalmente, a Gafanha da Nazaré tem uma obra digna da terra", reconhece Carlos Sarabando, presidente...>> LER MAIS

>> AMBIENTE 35

Fim da barreira para lampreia e sável 36A escada de peixe, no Açude-Ponte de Coimbra, permite conciliar as funções do Açude-Ponte...>> LER MAIS

Pampilhosa da Serra ganhou vida 37Sinal de modernidade para os pampilhosenses, o percurso temático localizado nas margens do Rio...>> LER MAIS

Sala de aula na natureza 38Com mais de 53 mil visitantes em dois anos, o Par-que Biológico da Serra da Lousã...>> LER MAIS

Um "oásis" na Mealhada 39É domingo. O final da tarde aproxima-se, mas a ro-maria continua, com um mesmo destino: o Parque...>> LER MAIS

Litoral Centro marca pontos na reciclagem 40A dinamização da recolha seletiva tem como objeti-vo o aumento da quantidade...>> LER MAIS

Page 3: Revista Mais Centro

"Paraíso" à beira-Nabão 41A população do concelho de Ourém nutre "um gran-de... >> LER MAIS

O que era ótimo ficou excelente 42AVEIRO É mais do que um mero local para apanhar sol e tomar banho. A praia do Areão atrai pela... >> LER MAIS

>> DESPORTO 43

Águeda assume rumo ambiental 44Integram um projeto alargado com repercussões nas áreas turística, ambiental, social e cultural...>> LER MAIS

Estarreja ganha qualidade de vida 45Já lá vai quase um ano e meio desde que as novas Piscinas Municipais de Estarreja abriram as portas...>> LER MAIS

Vagos promove desporto para todos 46A nova pista de atletismo integra o Complexo Despor-tivo de Vagos, mais concretamente o Estádio...>> LER MAIS

Pedalar e caminhar através da natureza 47Os "Limpa Metais", trupe de ciclistas de Santa Catari-na da Serra (Leiria), deslocam-se todos os...>> LER MAIS

>> ECONOMIA 49

De Leiria para o mundo 50A Perfitec – Revestimentos Metálicos e Perfilados, Lda, empresa de Leiria especializada...>> LER MAIS

Dois portos para a Europa 51A administração conjunta dos portos de Aveiro e da Figueira da Foz tem sido um caso de sucesso...>> LER MAIS

Editorial>> PÁG. 05

O Mais Centro é o Programa Operacional do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) dedicado ao Centro de Portu-gal, isto é, é a entidade que tem como objetivo aplicar e gerir os fundos comunitários destinados ao desenvolvimento desta região do país....>> LER MAIS

FICHA TÉCNICAEditor | Mais Centro - Programa Operacional Regional do Centro | Data de Edição: Maio de 2012 | Design e Paginação: Revista C | Créditos Fotográficos: Mário Nicolau, Pedro Ramos e Mais Centro – Programa Operacional Regional do Centro | Textos: Mário Nicolau, Marta Varan-das, Sílvia Diogo e Vasco Garcia

Page 4: Revista Mais Centro
Page 5: Revista Mais Centro

O MAIS CENTRO é o Programa Operacional do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) dedicado ao Centro de Portugal, isto é, é a entidade que tem como objetivo aplicar e gerir os fundos comunitários destinados ao desenvolvimento desta região do país.

IMPORTA, por isso, dar conta pública dos investi-mentos feitos, mostrando com especial enfoque os resultado práticos e o impacto desses investimentos na forma como as pessoas vivem e trabalham. Nessa perspetiva, o Mais Centro procurou dinamizar um conjunto de iniciativas que permitissem dar a conhe-cer esses investimentos e respetivos resultados, nomeadamente, com artigos em jornais e revistas, programas de rádio, vídeos e spots, outdoors e moo-pies, páginas de internet e presença nas redes sociais.

ESTA REVISTA compila alguns dos artigos que foram sendo publicados na Revista C e que, na sua globali-dade, dão uma boa imagem do tipo e diversidade de projetos apoiados pelo Mais Centro. Desde a ciência e tecnologia ao desporto, à educação, à cultura, ao ambiente e à regeneração urbana.

O MAIS CENTRO é um instrumento financeiro que direcionamos para o desenvolvimento de uma região mais coesa, mais competitiva, mais atrativa ao inves-timento e mais sustentável. A sua opinião é para nós muito importante. Todos somos o Centro de Portugal. Veja alguns dos projetos e debata connosco os seus resultados.

>> J. Norberto Pires | Presidente da Comissão Diretiva do Mais Centro

O Mais Centro apoiou um con-junto muito vasto de projetos que estão a ajudar a mudar a face do Centro de Portugal, tornando-o um território mais coeso, menos assimétrico, mais competitivo e onde dá vontade de viver e trabalhar.

EDITORIAL << MAIS CENTRO | 5

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PROJETOSMAIS CENTRO

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REGE

NERA

ÇÃO

URBA

NA

Page 10: Revista Mais Centro

10 | MAIS CENTRO>>REGENERAÇÃO URBANA

A PRAÇA da República, em pleno centro de Ovar, voltou às origens. Com as obras de requalificação que decorreram neste espaço pú-blico e nos arruamentos envolventes, regressou a qualidade de vida à cidade. Os vareiros congratulam-se por terem de volta a praça "mais emblemática" do concelho, que ainda hoje recebe as principais celebrações.

INSERIDO na Regeneração Urbana do Centro da Cidade de Ovar, o projeto de Requalificação da praça da República e arruamentos en-volventes - investimento que ultrapassou os 350 mil euros, contando com mais de 280 mil euros do programa Mais Centro, financiados pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) - teve por objetivo a revitalização do centro da cidade e a melhoria da qua-lidade de vida. E parece que foi cumprido, pelo menos para Rui Silva, residente em Ovar.

"A OBRA trouxe a devolução do espaço à população, porque a praça ganhou características pedonais. Agora, o peão é quem tem a priori-dade, visto que foram suprimidas as viaturas", explica, satisfeito. Rui Silva diz ainda que esta devia ter sido "sempre uma praça para as pes-soas e não para os carros", mostrando-se um acérrimo defensor do espaço original, que já na altura da construção do edifício da câmara (1893-1900) contemplava uma plataforma em frente aos paços do município, que foi uma realidade até 1965.

ESTA PLATAFORMA foi criada de novo e no mesmo sítio, com esta regeneração, "para valorizar os peões e a sua relação com o espaço urbano", tendo sido ampliadas "todas as zonas pedonais", para ser possível "potenciar e revitalizar os espaços públicos envolvidos na obra", referiu Manuel Alves de Oliveira, presidente da Câmara Muni-cipal de Ovar.Com o crescimento do trânsito e a massificação dos automóveis, "reduziram-se os espaços pedonais e aumentaram-se as faixas de rodagem, preterindo-se desta forma os peões", recorda o autarca. Agora, em pleno século XXI, "sob a perspetiva do desenvolvimento sustentável e de um salutar crescimento urbano", a praça da Repú-blica, o epicentro de Ovar, "voltou às origens e assume-se como um espaço público de qualidade".

"HAVIA alguma desordem no trânsito e falta de estacionamento na praça da República", queixa-se João Sousa, morador em Ovar. Um cenário com mais de dois anos, ainda antes das obras terem tido iní-cio. Hoje, "tudo está diferente", garante. E sublinha: "as obras vieram devolver a praça à população, tornando-se um espaço mais amplo".

O PROJETO, além de devolver a praça da República aos vareiros, contemplou a beneficiação das acessibilidades envolventes e a ilu-minação do centro.

REQUALIFICAÇÃO DA PRAÇA DA REPÚBLICA E ARRUAMENTOS ENVOLVENTES

Ovar devolve praça à população

Fundos comunitários

350 mil eurosInvestimento total

280 mil euros Apoio do Mais Centro

Page 11: Revista Mais Centro

REGENERAÇÃO URBANA<< MAIS CENTRO | 11

PARQUE URBANO DA QUINTA DE S. MATEUS (CANTANHEDE)

Lazer e recreio em espaço único

A VASTA área de terra batida, entre as traseiras do Complexo das Piscinas Municipais e do Parque Desportivo dos Marialvas e as traseiras do Centro Paroquial, da Biblioteca Municipal e do Tribunal Judicial, faz parte da história. No local nasceu o Parque Urbano da Quinta de S. Mateus, uma mais-valia para a cidade de Cantanhede que contou com o apoio do Programa Mais Centro. O vasto jardim de recreio informal e utilização livre tornou-se realidade cerca de duas décadas depois de elaborado o projeto inicial. É a concretiza-ção de um sonho dos cantanhedenses. À hora do almoço, os estu-dantes da escola secundária localizada nas imediações elegem-no como destino. Conversam, namoram. De manhã, conta Rui Pedro, "é vulgar ver pessoas a caminhar ou a correr". Marta Seixas, que acompanhava Rui Pedro na pausa para almoço, confirma a utili-zação matinal e acrescenta que ao fim-de-semana o parque "tem mais gente, principalmente famílias". Durante a semana, explica, "são principalmente os jovens" a marcar presença, pois o parque, "sempre que o tempo está bom é um ótimo ponto de encontro". Aliás, sublinha Marta Seixas, "nem toda a gente tem um espaço de qualidade, como este, no coração da cidade". Em meados de 1989, Caldeira Cabral apresentou o plano de por-menor para a Quinta de S. Mateus: um espaço aberto, de recreio informal e utilização livre, e, ao mesmo tempo, "o mais natural

possível", o que implicou a plantação de árvores e arbustos carac-terísticos da floresta tradicional da região, como carvalhos, sobrei-ros, medronheiros, azevinhos, loureiros, entre outros. O caminho das oliveiras é uma das marcas distintivas do parque, que possui uma estrutura de percursos pedonais e de passeio recreativo em anel, hierarquizados através da sua dimensão, onde é possível caminhar, andar de bicicleta, de skate ou de patins. Em pontos estratégicos de encontro de caminhos foram criadas "praças de receção", onde é possível a realização de alguns even-tos. Toda a faixa nuclear do parque é revestida de amplos relvados.

O APROVEITAMENTO das várias linhas de água que atravessam aquela zona da cidade de Cantanhede permitiu contornar os graves problemas de drenagem ali existentes. Os trajetos principais e as en-tradas são iluminados com candeeiros de média dimensão, enquanto os caminhos secundários são assinalados por luzes de balizamento. Para conforto dos visitantes foram criadas bolsas de estacionamento para automóveis e velocípedes junto às entradas. A construção do Parque Urbano da Quinta de S. Mateus permitiu concretizar a inter-venção estruturante definida no Plano de Pormenor daquela zona de Cantanhede, contribuindo para a satisfação das necessidades da população em espaços de lazer, cultura e desporto.

Fundos comunitários

1,15 milhões de eurosInvestimento total

921 mil euros Apoio do Mais Centro

Page 12: Revista Mais Centro

12 | MAIS CENTRO>>REGENERAÇÃO URBANA

O PROGRAMA de regeneração urbana, iniciado em finais de 2010, está a mudar o rosto à cidade de Tondela. O projeto, apoia-do pelo Mais Centro, através do Fundo Europeu de Desenvolvi-mento Regional (FEDER), envolve um investimento de quase três milhões de euros.Da dezena de intervenções previstas, já se encontram concluídas as respeitantes à requalificação e ampliação da Câmara Municipal e ao novo Museu de Besteiros e respetivo discurso expositivo. A primeira fase do parque urbano da cidade está também con-cluída, tal como o complexo de piscinas municipais, a que se seguirão a requalificação do centro histórico e a construção do novo mercado.

ELSA RODRIGUES e Rui Matos têm um estabelecimento de res-tauração na rua Cândido de Figueiredo, bem no centro da cidade. “O negócio está fraco, espero que logo que concluídas as obras ainda em curso, os clientes sejam muitos mais”, sublinha Elsa. Es-sa esperança é igualmente compartilhada pelo Rui. “Vamos lá ver se com as obras isto realmente melhora”, augura o empresário.Também João Tavares, relojoeiro, há 30 anos, na praça da Repú-blica, espera que as obras de modernização em curso sirvam para atrair mais gente à parte velha da urbe. “Isto esteve muitos anos mal, a modernização da zona era imprescindível para reanimar o

comércio”, confessa.Um dos mais antigos comerciantes de Tondela, Sérgio da Cruz Ferreira, o “Serginho Tamanqueiro”, considera, por seu turno, que “o projeto é muito bonito e útil”, mas chama a atenção para a necessidade de mais lugares de estacionamento.“Iremos ter um novo aparcamento no centro histórico”, promete o presidente da câmara, Carlos Marta. A autarquia adquiriu alguns imóveis em ruína junto ao mercado antigo da cidade e já se veem trabalhos de remoção das casas. “Aquela área está efetivamente destinada à implantação, em breve, de uma nova zona de esta-cionamento”, garante o autarca.Esta mais-valia tem sido, de facto, generalizadamente reclamada pelos proprietários dos estabelecimentos comerciais da cidade antiga.

TONDELA

Cidade renovada

Fundos comunitários

2,8 milhões de eurosInvestimento total

2,1 milhões de euros Apoio do Mais Centro

Page 13: Revista Mais Centro

REGENERAÇÃO URBANA<< MAIS CENTRO | 13

VELHOS IMÓVEIS de Viseu, quer de construção tradicional em pedra ou característicos da arquitetura portuguesa dos séculos XVIII-XX, estão a ser substituídos por novos prédios e casas que modificam a paisagem urbana e permitem que a vida e o bulício social continuem a registar-se em algumas das mais emblemáti-cas artérias da cidade.É o caso da rua da Prebenda, onde, no âmbito do programa Mais Centro, uma antiga casa, entretanto adquirida pela principal interventora no projeto, a SRU – Sociedade de Reabilitação Urbana, alberga, agora, a delegação da Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal. A iniciativa, que tem alocados, com o apoio do programa Mais Centro, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), cerca de 7,9 milhões de euros, não esqueceu os casais jovens. "Estou muito feliz. A casa é um espetáculo, a sua compra foi realmente uma boa opção", confessa Paula Rodrigues, de 33 anos, funcionária da Câmara Municipal, que adquiriu um T1 na rua Senhora da Piedade.Uma dezena de apartamentos já foram vendidos em condições favoráveis e ao alcance de bolsas médias e outros tantos estão igualmente disponíveis em locais onde se pensava que a vida iria desaparecer. "É uma oportunidade que não poderíamos desperdiçar, sob pena de vermos outras cidades ultrapassar--nos ou, inclusivamente, contribuirmos para a perda de verbas postas à disposição da comunidade", sublinha o vice-presidente da Câmara de Viseu, Américo Nunes, responsável pela SRU. "O nosso grande objetivo", prossegue o autarca, "é, com o apoio dos fundos comunitários, promover a inclusão social, estimular a revitalização socioeconómica, melhorar o ambiente urbano, contribuir, em suma, para o incremento da qualidade de vida de quem reside e trabalha em Viseu".Na avenida Emídio Navarro, um imóvel situado próximo do Teatro Viriato, construído no início do século XX, foi transformado em escola de dança, a "Lugar Presente", onde a bailarina Leonor Keil coordena o ensino de várias disciplinas artísticas em regime pós--laboral e de ensino integrado. "Temos finalmente oportunidade de imprimir, aqui, maior seriedade ao projeto que abraçámos. Foi um grande passo no sentido da implantação de uma escola profissional de artes performativas em Viseu", garante Margarida Fonseca, professora de dança.Outro exemplo emblemático é, já em pleno centro histórico, o da sede da delegação de Viseu da Associação Nacional de Pensio-

nistas e Reformados. "Estamos muito satisfeitos, este espaço intergeracional corresponde às nossas expectativas e satisfaz plenamente as nossas necessidades", reconhece o coordenador, Sílvio Fernandes.Os proprietários de casas e edifícios degradados são apoiados pelo programa com um projeto de recuperação logo à partida. A verba restante terá de ser garantida por fundos próprios, mas a autarquia aponta soluções, divulgando os apoios possíveis à reconstrução.

REGENERAÇÃO URBANA DE VISEU

Cidade mais próxima dos cidadãos

Fundos comunitários

10 milhões de eurosInvestimento total

7,9 mil euros Apoio do Mais Centro

Page 14: Revista Mais Centro
Page 15: Revista Mais Centro

SAÚD

E

Page 16: Revista Mais Centro

16 | MAIS CENTRO>>SAÚDE

"UMA MUDANÇA da noite para o dia", garante Duarte Rodri-gues, ao comparar o antigo com o novo Hospital Pediátrico de Coimbra (HPC). Natural de Bragança, conheceu bem "os cantos à casa" do velho edifício, onde, durante dez anos, levou o filho, com distrofia muscular. O Duarte tem hoje 17 anos e os pais continuam a deslocar-se a Coimbra, por encontrarem nos serviços do HPC os "melhores cuidados para a doença do menino". Ainda mais agora, diz o pai, já que, explica, "nestas novas instalações podemos passar todo o tempo do lado dele, sentados ou relaxados".Maria Teresa Rego, mãe do Rui, de 13 anos, que sofre de crises de epilepsia constantes, também enaltece o novo HPC. "Somos de Alcácer do Sal, mas é aqui que encontro o melhor para o meu filho. Depois de passarmos alguns anos no velho edifício, agora tudo mudou. Há espaço, os equipamentos são sofisticados e até o pessoal parece que presta melhor serviço por dispor de condições tão boas. Todos ficaram a ganhar com esta excelente infraestru-tura", garante. "O HPC é hoje um hospital de referência nacional para patologias complexas de diversas áreas médicas e cirúrgicas na faixa etária dos zero aos 18 anos”, confirma Carlos Mendonça, diretor clínico do Centro Hospitalar de Coimbra, EPE.

O HPC, primeira infraestrutura do género construída de raiz em Portugal, recebe, além de doentes dos distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu, também do resto do país e dos PALOP, estando por isso dotado de um heliporto. O investi-mento rondou os 92 milhões de euros, 24 milhões dos quais em equipamentos, comparticipados em 80 por cento pelo Programa Mais Centro, valor que corresponde a 19,2 milhões de euros.Nas valências disponíveis, destaca-se a Pedopsiquiatria e o novo equipamento e instalações para serviços de Medicina Física e de Reabilitação e também Imagiologia. Existe uma enfermaria de on-cologia pediátrica, vocacionada para a região Centro e um Centro de Procriação Medicamente Assistida.O bloco operatório tem seis salas e a unidade de cuidados intensi-vos, preparada para receber 20 doentes, destaca-se pelo moderno equipamento.

SEGUNDO Carlos Mendonça, a renovação tecnológica dos equipa-mentos, agora de última geração, garantida pelos fundos comu-nitários, permitiu que o Pediátrico de Coimbra tivesse passado a oferecer aos seus utentes "muitas outras técnicas de acordo com os melhores e mais evoluídos padrões de prática médica, nomea-damente na especialidade de Medicina Física e Reabilitação".

HOSPITAL PEDIÁTRICO DE COIMBRA

Crianças mais protegidas

Fundos comunitários

92 milhões de eurosInvestimento total

24 milhõesde euros Equipamentos

19,2 milhões de euros Mais Centro (80% dos equipamentos)

Page 17: Revista Mais Centro

SAÚDE<< MAIS CENTRO | 17

"DA NOITE para o dia". É desta forma que o presidente da Asso-ciação de Dadores de Sangue de Coimbra classifica as diferenças entre o antigo Centro de Recolha de Sangue de Coimbra – que fun-cionava num pavilhão em Celas, cedido, a título provisório, pelos Hospitais da Universidade – e o novo Centro Regional de Sangue de Coimbra, inaugurado no dia 14 de outubro, em S. Martinho do Bispo, próximo do Hospital dos Covões.António Valente garante que, agora, não há motivos para que faltem os dadores de sangue na região Centro. "O novo edifício tem todas as estruturas e qualidade de que necessitamos. Não pode-mos dizer que não é um dos melhores a nível europeu", garante. Até o simples facto de as instalações serem "mais acolhedoras" pode levar a que "haja mais colheitas", acredita o responsável.Mas o novo Centro Regional de Sangue de Coimbra, que na próxima segunda-feira entra em pleno funcionamento e garante cerca de 200 postos de trabalho, faz muito mais do que colheitas. Seguindo a estratégia de especialização definida pelo Instituto Português do Sangue, a infraestrutura de Coimbra será responsável por mais de metade das análises de sangue do país, assumindo, desta forma, um cariz nacional.

O NOVO edifício, de traça moderna, inspirado na arquitetura nór-dica e completamente equipado, ao nível dos melhores centros europeus, permitirá maior otimização de recursos, bem como a

centralização de alguns processos a nível nacional, passando a ser a maior unidade portuguesa de processamento de sangue.O espaço está dividido em quatro blocos de serviço: dadores, pro-cessamento de sangue, administrativo e apoio/serviços gerais. Com capacidade para colher e processar até 150 mil unidades de sangue, pode ainda armazenar e distribuir todos os produtos sanguíneos obtidos.Colmatou-se, assim, uma lacuna existente na região, uma vez que o anterior centro se encontrava há muito com a sua resposta esgotada e não tinha capacidade para absorver todo o potencial de colheitas.

Mais dadores na região Centro

CENTRO REGIONAL DO SANGUE DE COIMBRA

Fundos comunitários

7,5 milhões de eurosInvestimento total

5,7 milhõesde euros Apoio do Mais Centro

Page 18: Revista Mais Centro
Page 19: Revista Mais Centro

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Page 20: Revista Mais Centro

20 | MAIS CENTRO>>CIÊNCIA E TECNOLOGIA

AS EMPRESAS instaladas no Biocant Park, sediado em Canta-nhede, já representam 30 por cento do setor da biotecnologia em Portugal, o que permite à região Centro disponibilizar aos jovens talentos formados pelas escolas de ensino superior a concretiza-ção de iniciativas de empreendedorismo, o que tem concorrido para a fixação de profissionais altamente qualificados. Segundo Carlos Faro, presidente da comissão executiva, foi pos-sível consolidar no Biocant Park um ecossistema de inovação que favorece a transferência do conhecimento e da tecnologia e pro-move a valorização económica da atividade de I&D. "Somos, hoje, o ponto de referência da biotecnologia nacional e o polo aglutinador dos projetos mais ambiciosos do setor", garante. A estratégia fu-tura passa pela internacionalização, sendo expetável que dentro de dois, três anos, o volume de negócios agregado seja superior a 100 milhões de euros.

O PARQUE de biotecnologia de Cantanhede tem o objetivo de patrocinar, desenvolver e aplicar o conhecimento avançado na área das ciências da vida, apoiando iniciativas empresariais de elevado potencial. Trata-se, ainda, de uma aposta na implantação no concelho de uma infraestrutura vocacionada para iniciativas empresariais inovadoras no campo da ciência e tecnologia. Essa aposta começou a materializar-se há cerca de uma década, com base em parcerias que a autarquia estabeleceu com as uni-versidades de Coimbra e Aveiro, o que constituiu na altura uma iniciativa pioneira ao nível da realidade autárquica portuguesa. "A CCDRC teve um papel fundamental na evolução do primeiro

parque de ciência e tecnologia do país especializado em biotec-nologia, um parque que tem a sua missão centrada na atração de investimentos em atividades de I&D estruturantes e estratégicas que favorecem a constituição e instalação de empresas de conhe-cimento intensivo nesta área", sublinha João Moura, presidente da câmara.

RECENTEMENTE, foram dados outros passos significativos de ex-pansão do parque com a contratualização, por parte da CCDRC, no âmbito do programa Mais Centro e com verbas do FEDER, do finan-ciamento do edifício Biocant III, que vai acolher mais 10 empresas de biotecnologia, e do UC-Biotech, para onde o Centro de Neuro-ciências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra transferirá as valências de investigação fundamental em biotecnologia e o seu programa de formação avançada em ambiente empresarial. Concluída esta fase, estima-se que venham a estar em atividade no Biocant Park mais de quatro centenas de investigadores.

BIOCANT PARK

Cantanhede atrai jovens talentos

Fundos comunitários

3,9 milhões de eurosEdifício BIOCANT II

6,8 milhões de eurosEdifício BIOCANT III

Page 21: Revista Mais Centro

CIÊNCIA E TECNOLOGIA<< MAIS CENTRO | 21

O INSTITUTO Pedro Nunes (IPN), fundado em 1991, tem con-quistado vários prémios internacionais, devido à excelência da sua incubadora de empresas. A estratégia seguida tem privilegiado a investigação e desenvolvimento tecnológico, a consultadoria e ser-viços especializados, a incubação de ideias e empresas, a formação especializada e a divulgação de ciência e tecnologia. Paulo Gomes, CEO da Wizdee, uma das empresas incubadas, reco-nhece que "a incubação foi uma mais-valia, pois permitiu-nos ter acesso a recursos vários, como espaço, comunicações, serviços de contabilidade, salas de reuniões e videoconferência, bem como às oportunidades de networking que a equipa do IPN proporciona".

CONSIDERANDO que as empresas, após o período inicial de incu-bação continuam, em geral, a necessitar de apoios, o IPN lançou--se num novo projeto, um acelerador de empresas, o TecBIS. Esta infraestutura tecnológica é apoiada pelo Mais Centro através do FEDER, e propõe-se ser "uma alavanca na mobilização de empresas com elevado potencial de crescimento", como destaca Sara Moreira, coordenadora do projeto.O TercBIS contempla a edificação de dois edifícios no Polo II da Uni-versidade de Coimbra, com uma área bruta de 7.950 m2, cuja obra se iniciará em breve. Rui Miranda, encarregado da respetiva gestão, sublinha que o objeti-vo é "oferecer um conjunto de serviços diversificados para potenciar as capacidades de exportação e de internacionalização das empre-sas". Pretende-se ainda, acrescenta, "promover a fixação de novas unidades produtivas na região Centro, que permitam atrair recursos humanos de competência elevada e contribuam para a criação de emprego qualificado e para o dinamismo económico de Coimbra".

OS RESPONSÁVEIS do IPN consideram que os apoios às empresas vão para além de lhes proporcionar um espaço de incubação. Neste sentido, o Instituto tem um projeto, aprovado pelo Mais Centro, o IPN 2013 – Expansão e Requalificação das Infraestruturas Tec-nológicas, que visa promover a sua atuação nas vertentes de I&D, reforçar a capacidade organizativa e de networking, melhorar a resposta às solicitações do mercado e a capacidade de dinamizar/participar em redes nacionais e internacionais. Trata-se de um projeto de vital importância para a missão do Instituto. "No início de vida de uma start-up, o acesso a oportunidades e contactos é

fundamental", sublinha Paulo Gomes, destacando que "essa dis-ponibilidade da equipa do IPN é bastante importante, pois, além do contacto diário com outras empresas, permite criar sinergias entre empresas incubadas".

DE ACORDO com Teresa Mendes, presidente do IPN, "estes projetos vêm reforçar o papel do Instituto enquanto centro de transferência de conhecimento e incubadora de empresas de base tecnológica".

INSTITUTO PEDRO NUNES

Incubadora de referência mundial

Um dos laboratórios de investigação do IPN

Fundos comunitários

60%

80%

80%

IPN 2013 Expansão e requalificação

das infraestruturas tecnológicas

TecBISAceleradora de empresas

Projeto E-GuideGuia digital

FEDER: 473.000€

CUSTO TOTAL: 789.000€

FEDER: 6.309.000€

CUSTO TOTAL: 7.886.000€

FEDER: 52.000€

CUSTO TOTAL: 65.000€

Page 22: Revista Mais Centro

22 | MAIS CENTRO>>CIÊNCIA E TECNOLOGIA

NA REGIÃO  Centro do país, perto de Coimbra, está a ser cons-truído um novo parque de ciência e tecnologia, o iParque, que tem como missão o desenvolvimento e a modernização do tecido empresarial da cidade de Coimbra e da região, através da criação e instalação de empresas de elevado conteúdo tecnoló-gico. O iParque estende-se por cem hectares, divididos em vinte e três lotes, e assenta num novo conceito de parque tecno-lógico, onde é possível trabalhar, praticar desporto, passear, disponibilizando os serviços necessários à atividade criativa e empreendedora. O iParque envolve um investimento de 12.4 milhões, com com-participação do Mais Centro de 9.7 milhões de euros. Está de-senhado para acolher 38 empresas de produção de tecnologia e uma incubadora, o edifício Tesla, com capacidade para acolher 40 empresas individuais. Inclui, ainda, um Business Center, um centro de negócios pensado para servir as empresas do par-que, disponibilizando um datacenter, dois anfiteatros, salas de formação e de reuniões.

SÃO PROJETOS de referência a implantar no Parque, numa pri-meira fase, empresas como a Innovnano, a Cool Haven, o Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro (CTCV), a MedicineOne e a Sanfil. André Albuquerque, CEO da Innovnano, explica a escolha do iParque através da existência de uma comunidade científica im-portante na zona, designadamente a Universidade de Coimbra, a Universidade de Aveiro e outros centros de investigação como o Centro Tecnológico da Cerâmico e do Vidro, um dos parceiros da empresa de nanotecnologia do Grupo CUF, um grupo cente-nário na indústria química e o maior grupo português no setor com fábricas em Portugal e Espanha.

FUNDADA EM 2009, a Cool Haven é uma empresa de Coimbra que, entre outros projetos, criou um novo conceito de casa, mais “resistente, económica e ecológica”, de construção rápida e com uma versatilidade que lhe permite alterar a dimensão ou ser mudada de local. O co-fundador e administrador da empresa, Joaquim Rodrigues identifica a localização no Centro do país e a proximidade da Universidade de Coimbra como fundamentais na aposta. “A proximidade da Universidade de Coimbra é muito importante para o desenvolvimento da nossa estratégia”, acrescenta. Joaquim Rodrigues salienta o “grande cariz científico” das empresas presentes no iParque e que, no futuro, poderão proporcionar sinergias interessantes.O CTCV baseia a consolidação e expansão da sua atividade com a implementação do Centro de Conhecimento em Materiais para a Construção Sustentável (CCMCS), essencialmente em áreas carenciadas no mercado, como o desenvolvimento, teste, validação e demonstração de sistemas de aproveitamento de energias renováveis, que são um exemplo da diversificação do CTCV na esfera da economia do Habitat e da fileira Casa.

NOVO PARQUE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

iParque acelera Coimbra

Fundos comunitários

12,4 milhões de eurosInvestimento total

9,7 milhões de eurosApoio Mais Centro

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EDUC

AÇÃO

Page 24: Revista Mais Centro

24 | MAIS CENTRO >>EDUCAÇÃO

O CENTRO Educativo de Montemor-o-Velho integra o Campus Escolar Jorge de Montemor com capacidade para receber 1.300 alunos, do pré-escolar ao ensino secundário. Representa uma forte aposta concelhia na educação e na melhoria das condições de ensino, favorecendo a cidadania e reforçando as bases para uma aprendizagem moderna e preparada para os novos desafios.O Centro Educativo foi construído para receber alunos do pré--escolar e 1.º CEB das freguesias de Abrunheira, Reveles, Ereira, Gatões, Montemor, Quinhendros e Moinho da Mata.Ao todo, são 14 salas de aula, uma área polivalente/átrio, para o primeiro ciclo do Ensino Básico, e três salas de atividades, duas salas polivalentes e ludoteca, para o Pré-Escolar, que foram colo-cadas à disposição dos jovens munícipes. O programa Mais Centro apoiou com 1,4 milhões de euros a concretização de um projeto que, segundo Luís Leal, presidente da Câmara de Montemor-o--Velho, "vai dar frutos a longo prazo, representando uma aposta no futuro do concelho". Além de projeto educativo, o Centro Educativo de Montemor-o--Velho é, ao mesmo tempo, um projeto cívico.A "escola do futuro", para o pequeno Jorge, "tem muita luz", mas tem "outras coisas que complicadas de explicar". Tem, por exem-plo, preocupações ambientais e de poupança energética; por isso, os painéis solares, para o aquecimento de água, o uso de lâmpadas economizadoras e a distribuição dos espaços que proporcionam a

luz natural de que o Jorge tanto "gosta". As condições desta escola pensada para proporcionar as melhores condições formativas têm a excelência como objetivo. E ele foi alcançado.

PARA MARGARIDA, "a escola muito à frente" aumenta a vontade de estudar e, acima de tudo, "de ir à escola". Pensado de acordo com o conceito de modernidade, o Centro Educativo de Montemor--o-Velho responde às exigências do ensino atual e resulta do tra-balho de três décadas. Marca o início de um novo ciclo na educação no concelho, essencial para as novas gerações, afirma Luís Leal.

A INFRAESTRUTURA orgulha a comunidade educativa e beneficia da proximidade da Piscina e do Pavilhão Municipais. Através da melhoria das infraestruturas educativas, a autarquia promove a qualidade e o sucesso educativo, respondendo às necessidades da população do concelho. O pequeno Jorge e a irreverente Margarida estão "muito satisfeitos" com a nova escola em que "tudo é possí-vel". As atividades são variadas e não há mãos a medir nesta escola onde o tempo "passa depressa". Ir à escola deixou, por isso, "de ser uma seca" para os dois que, garantem, conseguem "aprender e brincar ao mesmo tempo". A satisfação dos dois alunos é a melhor recompensa para Luís Leal."Investir na educação é investir num futuro com valor acrescenta-do para Montemor-o-Velho", conclui.

CENTRO EDUCATIVO DE MONTEMOR-O-VELHO

Escola "muito à frente"

Fundos comunitários

2,2 milhões de eurosInvestimento total

1,4 milhões de eurosApoio do Mais Centro

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EDUCAÇÃO<< MAIS CENTRO | 25

O CENTRO Escolar de Condeixa-a-Nova é uma ponte para a modernidade com benefícios evidentes na formação das novas gerações do concelho. As novas instalações incluem 12 salas de aula para o 1.º CEB e três salas de atividades destinadas à educação pré-escolar, refeitório, biblioteca, salão polivalente, espaços para as atividades de enri-quecimento curricular, sala de professores, sala para a associação de pais e balneários. Tudo com uma "marca" comum: excelência.Os 1,5 milhões de euros do programa Mais Centro contribuíram para a melhoria das condições de ensino de 350 alunos do 1.º ciclo e de 80 do pré-escolar. Dos edifícios degradados, passaram para edifícios que respiram modernidade.Cumpriu-se uma etapa, afirma Jorge Bento, presidente da Câmara de Condeixa-a-Nova, promotora da obra. Segundo o autarca, a educação é uma das prioridades, pelo que o investimento na remodelação dos restantes edifícios escolares do concelho está em agenda.

NO RECREIO, a convivência entre os alunos do pré-escolar e do 1.º ciclo é pacífica. À hora da saída, ao fim da tarde, vários pais são unânimes: "é muito positivo as crianças mais novas interagirem com as mais velhas”.O incentivo à leitura é outra das referências do Centro Escolar de Condeixa-a-Nova, cujos alunos beneficiam da parceria entre a Biblioteca de Condeixa-a-Nova, a Biblioteca da Escola Secundária Fernando Namora e o Agrupamento de Escolas. A nova escola influenciou positivamente a dinâmica de ensino, assegurando condições para a concretização de projetos em várias áreas (ambiente, internet, literatura, entre outros), além da realização de uma mão-cheia de iniciativas abertas à comuni-dade. A colaboração na semana dedicada ao idoso ou o primeiro encontro entre a escola e a família são exemplos.

A CÂMARA Municipal de Condeixa-a-Nova assegura as condições logísticas necessárias a uma boa aprendizagem, nomeadamente, na manutenção dos espaços, material didático, equipamento informático e mobiliário. A autarquia dispensa, também, alguns técnicos para áreas como a informática ou as atividades lúdico-expressivas (teatro, expres-são plástica e horta pedagógica).As atividades extra-curriculares são muito acarinhadas pela au-tarquia que dotou a sala de música do Centro Educativo com um

Excelência já chegou à escola

CENTRO ESCOLAR DE CONDEIXA-A-NOVA

rol de instrumentos que incentivam a aprendizagem e o gosto pela música.Em Condeixa-a-Nova a excelência chegou ao ensino através do novo Centro Escolar. A pequenada agradece.

Fundos comunitários

3,1 milhões de eurosInvestimento total

1,5 milhõesde euros Apoio do Mais Centro

Page 26: Revista Mais Centro

BASTA uma manhã no novo Centro Escolar de Oliveira do Bairro para confirmar o que muitos defendem com teses: as condições físicas de uma escola são essenciais para a motivação. Maximiliano Ferreira, pai e vice-presidente da Associação de Pais dos Alunos do Jardim-de--Infância e Escola do 1.º Ciclo de Ensino Básico de Oliveira do Bairro confirma. A filha, com cinco anos, "gosta muito da escola nova, dos colegas e professores, por isso vai sempre contente para as aulas".

ESTA É "uma escola onde apetece ficar, sentar, aprender. Trouxe tudo de bom, tanto para as crianças, como para a restante comunidade escolar". Desta vez as palavras são da coordenadora do Centro Escolar de Oliveira do Bairro, Ana Paula Rainho, que não esconde a satisfa-ção que sentiu com a entrada em funcionamento, no ano letivo de 2009/2010, do moderno estabelecimento de ensino."Acabaram-se as escolas pequenas e as salas com dois e três anos de escolaridade, as instalações mudaram da noite para o dia e passa a não haver quebras na transição do pré-escolar para o ensino básico, visto que as crianças já convivem todas diariamente", continua a também professora.

A NOVA escola recebeu crianças do 1.º ciclo e pré-escolar de Oliveira do Bairro e do Cercal. Com 3588 metros quadrados de área, o edifício, que recebeu 2,2 milhões de euros do Mais Centro, contempla 12 salas de aula para o 1.º ciclo e quatro para o pré-escolar, dispõe de refeitó-rio, um salão polivalente, várias salas de atividades, uma biblioteca escolar, salas de professores e gabinetes de trabalho, espaços que não existiam.

TODAS as salas compreendem um jardim interior e estão equipadas com quadros interativos. A escola é inundada pela luz natural que en-tra, quer pelas amplas janelas dos vários espaços, quer pelas enormes claraboias ao longo de todo o equipamento.O edifício distribui-se num piso térreo que vai sendo colorido por uma palete de cores que combinam com as mochilas, com os acessórios e com a alegria de quem frequenta aquele espaço.

O FRIO fica à porta. Lá dentro apetece, imediatamente, tirar o casaco, ficar por ali, circular, apreciar as salas, recordar brincadeiras, desejar que todas as crianças possam brevemente beneficiar de condições semelhantes. Atualmente são 243 os alunos que frequentam o Cen-tro Escolar de Oliveira do Bairro, na totalidade, sendo que 189 estão no 1.º Ciclo do Ensino Básico e 55 na educação pré-escolar.

MÁRIO JOÃO OLIVEIRA, presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, referiu que a obra – a primeira de oito centros escolares previstos em carta educativa para o concelho –, vai servir de "modelo para os restantes sete polos escolares. Tratam-se de equipamentos

dotados de condições de excelência que todas as freguesias do concelho vão passar a dispor ao serviço da educação". Espaços que "convidam à aprendizagem e ao lazer de crianças do pré-escolar e do 1.º ciclo", concluiu.

CENTRO ESCOLAR DE OLIVEIRA DO BAIRRO

Nova escola aumenta motivação

26 | MAIS CENTRO >>EDUCAÇÃO

Fundos comunitários

2,8 milhões de eurosInvestimento total

2,2 milhões de eurosApoio do Mais Centro

Page 27: Revista Mais Centro

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SALAS DE AULA frias e cheias de humidade, carteiras velhas, ris-cadas e desconfortáveis, ausência de material informático – tudo isso é passado. Agora, no novo Centro Escolar de Arcos, em Anadia, alunos e professores não terão de suportar mais todos esses tor-mentos. O edifício, construído de raíz, foi inaugurado no passado dia 22 de setembro, pelo ministro da Educação, Nuno Crato.

O ESTABELECIMENTO integra dois níveis de ensino: o pré-escolar, dispondo de três salas para um total de 75 crianças, e o 1.º ciclo, a que foram destinadas 12 salas, podendo abranger 288 alunos. O Centro Escolar de Arcos, que está a funcionar desde março, acolheu as crianças que frequentavam as escolas primárias (EB1) de Anadia, Póvoa do Pereiro e Alféloas e do jardim-de-infância de Famalicão. Atualmente, conta com 255 alunos. Cândido Alves ficou "encantado" com a mudança da filha, Matilde, da EB1 da Póvoa do Pereiro para o novo centro escolar. "As insta-lações, além de muito melhores, permitem, simultaneamente, a interação com outras crianças, ajudando ao seu desenvolvimento", argumenta.

CENTRO ESCOLAR DE ARCOS/ANADIA

Crianças mais felizes

Fundos comunitários

2,4 milhões de eurosInvestimento total

1,2 milhõesde euros Apoio do Mais Centro

Sílvia Flores, mãe da Maria Luís, não esconde também a sua gran-de satisfação pela mudança. "As instalações da EB1 da Póvoa do Pereiro já eram boas, em consequência das obras entretanto lá feitas, mas nesta nova escola, o espaço é muito mais amplo e a luminosidade óptima", congratula-se.

A OBRA, que importou em mais de três milhões de euros, foi apoia-da pelo programa Mais Centro com 1,6 milhões de euros, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).O edifício, com dois pisos, inclui 15 salas de aula e espaços de uso comum, designadamente, biblioteca, sala polivalente/refeitório e sala de professores.O apoio do Mais Centro incluiu ainda o arranjo da envolvente exterior e o apetrechamento do centro escolar com mobiliário e material didático e informático.

A VICE-PRESIDENTE da Assembleia Geral da Associação de Pais de Anadia, Patrícia Flores, lembra que antes do novo centro escolar ter começado a funcionar não havia pré-escolar público. "Os pais tinham de recorrer às IPSS concelhias", recorda. Em seu entender, este investimento resolveu também o problema dos alunos que se inscreviam em Anadia, mas que, como a escola não tinha con-dições, acabavam por ter de ir para outras escolas".

O PRESIDENTE da Câmara de Anadia, Litério Marques, considera, por seu turno, que esta nova escola incrementará a educação no concelho. "Os alunos têm agora condições para poder desenvolver melhor os seus conhecimentos", conclui.

Page 28: Revista Mais Centro
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CULT

URA

Page 30: Revista Mais Centro

O SOLAR dos Cavaleiros, situado em pleno centro histórico de Castelo Branco, passou a integrar, em junho do ano passado, o mais recente centro cultural da cidade – o Museu Cargaleiro, onde os visitantes poderão apreciar parte significativa da obra do artista plástico, natural do concelho vizinho de Vila Velha de Ródão. O edifí-cio, de meados do século XVIII, foi devidamente recuperado para o efeito, com o apoio do programa Mais Centro, que, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), garantiu cerca de 80 por cento do investimento.A requalificação do imóvel, inaugurado, pelo Presidente da Repú-blica, no âmbito das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, teve como objetivo garantir uma oferta complementar acrescida à do espaço contíguo de mostra permanente, inaugurado em 2005, com destaque para o serviço educativo, a biblioteca de arte/centro documental e a loja de vendas. O complexo, que inclui ainda um pequeno anfiteatro ao ar livre, com condições para acolher as mais diversas atividades e espectáculos, tornou-se de visita obrigatória para quem viaja pela Beira Interior. O magnífico espólio ali patente ao público, composto, essencialmente, por peças de pintura, cerâmica, escultura, azulejaria e tapeçaria, inclui ainda obras de alguns dos mais prestigiados artistas nacionais e estrangeiros.“Orgulha-nos muito ter entre nós estas magníficas obras de arte de Manuel Cargaleiro, que bem mereceram ser distinguidas na sua pri-meira mostra pública pelo mais alto magistrado da Nação”, sublinha Joaquim Morão, presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco.O Museu, situado nas imediações da praça Camões, popularmente conhecida como praça Velha, tem contribuído, simultaneamente, para a revitalização do centro histórico da cidade. Tutelado pela autarquia, incumbe-lhe também divulgar, estudar e conservar as peças que integram o acervo da coleção de arte da Fundação

Manuel Cargaleiro.“Nunca imaginei que na minha cidade houvesse um museu com este nível, em que está bem patente o talento e imaginação do mestre Cargaleiro”, sublinha Alda Pedrosa, professora em Castelo Branco, no termo de uma visita que ali fez com os seus alunos, que, garante, “ficaram inclusivamente inspirados para pintar um azulejo de acordo com os traços do pintor”.

ANA CARMONA, estagiária de ensino em Castelo Branco, considera, por seu turno, que o museu “está muito bem organizado e mostra ao público peças trabalhadas por um enorme talento e vulto da nossa cultura”. Conclui: “Face as tudo quanto lá vi, vou recomendar às pessoas que conheço, que não percam tempo e venham visitar este espetacular espaço”.

MANUEL CARGALEIRO, nascido em Chão das Servas, concelho de Vila Velha de Ródão, fixou, em 1957, residência em Paris e, em 1990, criou em Lisboa a Fundação Manuel Cargaleiro, à qual doou um vasto conjunto de obras, muitas das quais estão agora arroladas no museu de Castelo Branco.

CASTELO BRANCO

Cargaleiro no Solar dos Cavaleiros

30 | MAIS CENTRO >>CULTURA

Fundos comunitários

710 milhões de eurosInvestimento total

657 milhõesde euros Apoio do Mais Centro

Page 31: Revista Mais Centro

O MUSEU Nacional Machado de Castro (MNMC), concluídas as obras de requalificação e ampliação de que foi alvo, apoiadas pelo programa Mais Centro, no âmbito do Fundo Europeu de Desenvol-vimento Regional (FEDER), prepara-se para reabrir ao público, na sua totalidade.A intervenção, que levou oito anos a concluir, permitirá, designa-damente, a exposição de algumas peças únicas e de enorme valor artístico e cultural.

ASSENTE numa estrutura com dois mil anos, o espaço, elevado à categoria de museu nacional em 1965, dispõe agora de 7.000 metros quadrados de área expositiva, que lhe permitem poder mostrar futuramente coleções de escultura em pedra e de ouri-vesaria, abrangendo vários séculos da história de arte portuguesa. Relíquias como o "Anjo Custódia" (século XVIII), peça de grande monumentalidade, o Tesouro da Rainha Santa Isabel e "A última Ceia", de Hodart,obra incontornável na história da escultura portu-guesa, são alguns dos tesouros que em breve poderão ser vistos."Está, praticamente, tudo pronto para a reabertura total do mu-seu, faltando apenas marcar a data", garante a diretora do MNMC, Ana Alcoforado, para quem, sem o apoio do Mais Centro, "não teria sido possível criar este ambicioso projeto de museologia e adquirir o equipamento nele integrado".Do ponto de vista expositivo, os circuitos foram melhor definidos e em algumas áreas surgirão exposições mais cronológicas ou estilísticas.

O TEMPO em que o museu esteve fechado foi aproveitado para recuperação de cerca de 90 por cento do espólio."O Machado de Castro está excelentemente restaurado, arrola peças magníficas, os visitantes não faltarão", sublinha Isabel Pires, professora do ensino secundário, 42 anos, natural da Figueira da Foz.Concebidas no século XVI para o refeitório do Mosteiro de Santa Cruz, as figuras em barro cozido, em tamanho natural, de Cristo e dos apóstolos, tidas como as mais importantes esculturas do período do Renascimento existentes em Portugal, são algumas das peças restauradas. "Isto deslumbra, faz-nos sentir mais or-gulho em ser portugueses", confessa Vítor Marques, 67 anos, reformado.Mercê do apoio do Mais Centro, o Machado de Castro, com 13 mil peças inventariadas, num total de mais de 15 mil, vai dispor tam-bém de um circuito autónomo para o criptopórtico, entretanto aberto ao público.

MACHADO DE CASTRO RENOVADO

Um museu para a Europa

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Fundos comunitários

1,9 milhões de eurosInvestimento total

1,5 milhõesde euros Apoio do Mais Centro

Page 32: Revista Mais Centro

32 | MAIS CENTRO >>EDUCAÇÃO

A FAMÍLIA do poeta e ensaísta João José Cochofel construiu o es-pírito da Casa do Arco: promoveu o espírito de criação literária e de intervenção cívico-cultural de toda uma geração – a do Neo-Realismo nascente. Os livros, as revistas, a música e o debate de artes e ideias reuniram na Casa do Arco nomes grandes da cultura portuguesa: Fernando Namora e Carlos de Oliveira, Joaquim Namorado e Arquimedes da Silva Santos, Fernando Lopes Graça e Mário Dionísio, José Gomes Ferreira e Rui Feijó, Luís de Albuquerque e Egídio Namorado, e ainda Afonso Duarte, e já Eduardo Lourenço. Também nasceram projetos: Novo Cancioneiro, a revista Altitude ou a Revista Vértice.

A CÂMARA Municipal de Coimbra honrou o espírito da Casa do Arco transformando-a na Casa da Escrita. Oferece espaços de interior e de jardim que estimulam o conhecimento e a prática da escrita. O programa Mais Centro contribuiu com 824 mil euros na criação deste espaço multifuncional que privilegia a escrita como meio de expressão artística. E não faltam atividades: oficinas de escrita cria-tiva, debates e conferências, conversas informais com escritores, exposições temáticas, café-teatro, recitais, concertos de música e ciclos de cinema dedicados aos escritores e suas obras. A Casa da Escrita inclui uma área de residência temporária, devida-mente apetrechada para a prática da escrita em suporte informático ou em suporte de papel. Acolhe escritores nacionais e estrangeiros, nomeadamente autores distinguidos com os maiores prémios inter-nacionais (Nobel, Goncourt, Pullitzer, Médicis,etc.), da CPLP (Camões, Leya, etc.), de Portugal (Pessoa, APE, etc.).

JOÃO PAULO Barbosa de Melo, presidente da Câmara Municipal de Coimbra, salienta a dupla vocação da Casa da Escrita que além do estímulo à criatividade cultural, está ao serviço da comunidade. A experiência da escrita é o mote de uma infrav estrutura, acrescenta, que "preenche um espaço pouco ocupado, em termos nacionais, de instituições dedicadas à literatura e ao ato de escrever". O momento de "alguma contenção financeira", segundo o autarca, não tem impedido a Casa da Escrita de cumprir os objetivos que estão na base da sua criação. João Paulo Barbosa de Melo deseja que a Casa de Escrita seja cada vez mais um "ponto de encontro" de escritores e, acima de tudo, um "grande centro de produção de literatura e de ideias sobre literatura em Portugal e no Mundo". Coimbra, lembra o

presidente da câmara, "tem a responsabilidade de ser a cidade refe-rência da língua portuguesa". Mas é necessário passar das palavras aos atos. "Coimbra tem de puxar por estes galões, desenvolvendo instituições e ações que tornem efetiva a ideia de capital da língua portuguesa", conclui.

CASA DA ESCRITA

Estímulo à criatividade

Fundos comunitários

7,4 milhões de eurosInvestimento total

824 mil euros Apoio do Mais Centro

Page 33: Revista Mais Centro

"O AUDITÓRIO e o polo de leitura de Oiã vieram colmatar uma grave lacuna que a freguesia tinha, em especial no que à primeira infraestrutura diz respeito". Vasco Esperança, presidente da direção do Grupo Nova Vaga e presidente da Comissão de Melhoramentos de Oiã é quem o garante. Mas há mais: "O auditório veio assegurar que Oiã possuísse um espaço vocacionado para a apresentação de espetá-culos, mas que também servisse para outros eventos", refere, dando como exemplo o grupo a que preside, que por não ter espaço próprio para o teatro/revista sempre se serviu do antigo salão da junta, "que era débil a diversos níveis. Hoje, o problema está ultrapassado".

O PRESIDENTE da associação Unidos por Águas Boas, Mário Oliveira, também deixa a sua opinião, ao sublinhar que a obra "era precisa na freguesia, onde não havia grandes hábitos de teatro. Mas agora as pessoas já procuram, graças às condições criadas".

NÃO RESTAM dúvidas das mais-valias que a freguesia de Oiã, no concelho de Oliveira do Bairro, passou a dispor após a entrada em funcionamento deste equipamento multifuncional - que reúne a sede da junta, um auditório e uma biblioteca (polo de leitura) -, e que contou com o apoio de 980 mil euros do Mais Centro (à exceção da sede da Junta de Freguesia de Oiã). Para que a data ficasse gravada na memória de todos, dada a "impor-tância do projeto", foi escolhido o dia 30 de junho de 2011, que assi-nala o 22.º aniversário de elevação a vila, para a abertura das portas.Dinis Bartolomeu, presidente da Junta de Oiã, orgulha-se do edifício. "Foi uma aposta pela qual lutei 14 anos, mas que se concretizou".

O AUDITÓRIO tem capacidade para cerca de 300 pessoas. Está equi-pado com cadeiras para 285 pessoas, incluindo os lugares destinados à mobilidade condicionada. O espaço destina-se à realização de seminários, conferências, pales-tras, fóruns de discussões, workshops, grupos teatrais, de cantares, ranchos folclóricos e outras iniciativas.já o polo de leitura está integrado na Rede Concelhia de Leitura e vem contribuir para a descentralização da promoção do livro e da leitura no concelho de Oliveira do Bairro, trazendo para junto dos munícipes de Oiã os recursos e os serviços da Biblioteca Municipal. O polo tem quatro pisos.

O INVESTIMENTO beneficia "não apenas a população atual e o conce-lho no presente, mas constitui uma mais-valia para o património das novas gerações". As palavras são de Mário João Oliveira, presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, que fala também da "oportu-nidade que se abriu" com o Programa Operacional Regional do Centro 2007-2013, assumindo "especial relevância para o concelho, que vive um período ímpar no seu desenvolvimento".

EDIFÍCIO DA BIBLIOTECA E AUDITÓRIO DE OIÃ

Uma aposta concretizada

CULTURA<< MAIS CENTRO | 33

Fundos comunitários

1,2 milhões de eurosInvestimento total

980 mil euros Apoio do Mais Centro

Page 34: Revista Mais Centro

34 | MAIS CENTRO >>EDUCAÇÃO

"FINALMENTE, a Gafanha da Nazaré tem uma obra digna da terra", reconhece Carlos Sarabando, presidente da direção da Filarmónica Gafanhense - Música Velha, um dos utilizadores do Centro Cultural da Gafanha da Nazaré (CCGN), cujas velhas e ultrapassadas insta-lações deram lugar, a partir de 20 de junho de 2010, a um espaço moderno, dotado das necessárias condições para a produção, pro-moção e fruição cultural da população da freguesia.As obras de remodelação e ampliação foram uma aposta da Câmara Municipal de Ílhavo, que contou, para o efeito, com o apoio do pro-grama Mais Centro, com uma verba de 1,2 milhões de euros, disponi-bilizada pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER)."Foi mais um passo na caminhada de crescimento e desenvolvimen-to do concelho", assegura Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal.

O QUE MUDOU? Com o investimento feito, que ascende, no total, a 2,4 milhões de euros, o CCGN passou a dispor de um moderno au-ditório, com capacidade para 377 lugares e concebido para receber espetáculos de música, teatro e dança. Carlos Sarabando recorda as antigas "cadeiras de plástico", em contraste com "o conforto de que os espetadores agora usufruem, não esquecendo a questão das acessibilidades".

OS ANTIGOS CAMARINS, no piso 1, foram transformados numa sala de ensaios, com uma área de 96 m2. Os novos, dois individuais e um coletivo, continuam no mesmo piso, mas deslocalizados para uma das zonas de ampliação do edifício.O líder da mais antiga associação do concelho de Ílhavo, que já festejou o seu 175.º aniversário nas novas instalações do CCGN,

releva ainda "a boa acústica e as excelentes condições para ensaiar e realizar eventos".

SALA DE EXPOSIÇÕES. Com pé direito duplo e fachada totalmente envidraçada, o novo Centro Cultural da Gafanha da Nazaré desen-volve-se num grande open space, com uma área total de 278 m2, que funde o exterior do edifício com o seu interior. Ocupando dois pisos, a sala de exposições é, por excelência, o cartão-de-visita deste ampliado e remodelado espaço, que a luminosidade e a ar-quitetura transformam em local de eleição para exibir todo o tipo de obras de arte.Realce, ainda, para a sala de conferências , local privilegiado para a realização de seminários, conferências e palestras, e que dispõe, além do auditório, de uma sala, no piso 1, com capacidade para 72 pessoas.A qualidade estética e funcional é uma "competência nova e uma evidência para todos os que quiserem utilizar esta acrescida ofer-ta da Gafanha da Nazaré e do município de Ílhavo", conclui Ribau Esteves.

CENTRO CULTURAL DA GAFANHA DA NAZARÉ

"Obra digna da terra"

Fundos comunitários

2,4 milhões de eurosInvestimento total

1,2 milhões de euros Apoio do Mais Centro

Page 35: Revista Mais Centro

AMBI

ENTE

Page 36: Revista Mais Centro

36 | MAIS CENTRO>>AMBIENTE

A ESCADA DE PEIXE, no Açude-Ponte de Coimbra, permite con-ciliar as funções do Açude-Ponte multiusos, ao nível da rega e do abastecimento de água à indústria, com os objetivos ecológicos. A barreira à livre circulação da lampreia e do sável deixou de existir, o que beneficia economicamente os concelhos do distrito de Coimbra que convivem de perto com o Mondego. As espécies piscícolas têm, agora, a possibilidade de ascender, como no passado, para as zonas a montante do Açude-Ponte. A escada de peixe é essencial na salvaguarda da biodiversidade do rio Mondego, especialmente para a lampreia e o sável, cujo peso na economia da região é reconhecido. A lampreia atrai anualmente mi-lhares de visitantes aos concelhos de Penacova, Montemor-o-Velho, Coimbra e Figueira da Foz. A nova infraestrutura substitui a escada de peixe construída nos anos 80 e foi objeto de estudos científicos, pelo que oferece maior segurança no alcance dos objetivos do projeto: o controlo do trânsito das espécies para montante e para jusante, o que é determinante para obter a avaliação da eficácia da passagem de peixes. A instalação de um sistema de monitorização biológica e hidráulica, com funções técnicas, científicas e didácticas, é outra das mais-valias. O projeto inclui a construção de uma sala para visitas públicas.

O INSTITUTO DA ÁGUA, promotor da obra apoiada pelo Mais Centro, promoveu um estudo de que resultou o atual dispositivo de trans-posição para as espécies piscícolas com cerca de 125 metros de comprimento, na margem esquerda. Inclui, ainda, uma área vedada, cujo acesso ao público é controlado; as instalações que albergam o sistema de controlo e contagem dos peixes e que permitirá ao público a observação dos peixes.Por outro lado, a construção da escada de peixe, segundo os técnicos do Instituto da Água, permitirá a caracterização da comunidade fau-nística que poderá utilizar o dispositivo de passagem do açude, assim com o regime de caudais a montante e a jusante do açude. A definição da modelação do leito do rio Mondego a jusante do açude e a análise das condições de escoamento que aumentam a atratividade dos peixes para a entrada do dispositivo, considerando a variabilidade dos níveis de água a jusante, são outros dos objetivos da infraestrutura.

HUMBERTO OLIVEIRA, presidente da Câmara de Penacova, salienta o "impacto muito positivo para o concelho" da construção da escada de peixe, já que a lampreia tem enorme importância na economia local, atraindo milhares de pessoas aos restaurantes. Fernando Lopes, mordomo-mor da Confraria da Lampreia, lembra que a escada de peixe "foi uma luta desde o início da confraria e, também, um anseio da população". O anúncio da construção da infraestrutura, acrescenta, foi recebido com enorme alegria pela população que defendia há muito a sua existência. Resta esperar que cumpra a sua função permitindo à lampreia e ao sável, entre outras espécies, ascender aos locais de desova.

ESCADA DE PEIXE NO AÇUDE-PONTE (COIMBRA)

Fim da barreira para lampreia e sável

Fundos comunitários

3,9 milhões de eurosInvestimento total

2,9 milhões de euros Apoio do Mais Centro

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SINAL de modernidade para os pampilhosenses, o percurso temático localizado nas margens do rio Unhais, no coração da vilade Pampilhosa da Serra, é já "emblemático" para os visitantes. O apoio do Mais Centro em 2,1 milhões de euros permitiu a concre-tização de um projeto em que os elementos naturais e pré-exis-tentes influenciam o espaço de lazer à disposição dos utilizadores, dignificando a área e fazendo dela uma referência.

PARQUE INFANTIL, solário e área de merendas integram uma infraestrutura moderna e colorida, que agrada a miúdos e graú-dos. A praia fluvial, com bar, balneários, chuveiros exteriores e instalações sanitárias domina as atenções quando se questiona a validade da intervenção. Carla Antunes aproveitou um fim de semana com o namorado João Neves para conhecer o concelho e considera "sem esforço" que a praia fluvial na vila "melhorou a relação das pessoas com o rio". É isso, acrescenta, "que costuma acontecer e a Pampilhosa certamente não foi exceção". Num dos cafés da vila, a obra "há muito desejada" é elogiada "à boca cheia", pois permitiu o aproveitamento do rio Unhais e tornou a sede do concelho "muito mais bonita". O lisboeta Paulo Nóbrega dedicou a viagem ao radiotelescópio,

mas surpreendeu-se com o resultado do projeto, já que "é perce-tível a qualificação do leito do rio e a qualidade que o equipamento instalado transmite à zona da intervenção".

A QUANTIDADE e a qualidade da água é um dos recursos essen-ciais, faz parte da estratégia de promoção turística do concelho e é reconhecida a nível nacional, pelo que o aproveitamento do braço do rio Unhais que atravessa a vila reforçou a atratividade da Pampilhosa da Serra.Paulo Nóbrega confessa que a praia entra "pela vista dentro" e que ameniza "o desgaste" de uma viagem que "não é fácil". Em pleno verão, a "história" é de certeza diferente, já que, além da "beleza do espaço", é garantido "um inevitável mergulho".O relvado, os balneários e as espreguiçadeiras encantaram Paulo Nóbrega, que não descarta as brincadeiras com os sobrinhos numa "zona nobre em qualquer parte do país". A eletrónica e os sistemas levaram-no já a várias partes do mundo, mas confessa que quanto mais conhece fora de portas, "mais Portugal sobe na cotação pessoal". A Pampilhosa da Serra acrescentou "mais alguns pontos" ao ranking com "esta praia memorável".

REQUALIFICAÇÃO DO RIO UNHAIS

Pampilhosa ganhou vida

Fundos comunitários

2,6 milhões de eurosInvestimento total

2,1 milhões de euros Apoio do Mais Centro

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38 | MAIS CENTRO>>AMBIENTE

COM MAIS de 53 mil visitantes em dois anos, o Parque Biológico da Serra da Lousã, na Quinta da Paiva, é um projeto inovador, re-conhecido e premiado à escala nacional e europeia. Resultante de uma parceria entre a Fundação de Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional (ADFP) e a Câmara Municipal de Miranda do Corvo, contou com o apoio do programa Mais Centro, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. No "Zoo de Vida Selvagem" podem ver-se ursos pardos, linces e lobos ibéricos, para além de uma grande variedade de animais da fauna nacional, como os veados. A Quinta Pedagógica, os diversos elementos consti-tuintes do Ecomuseu, tais como o moinho de vento, os engenhos de captação de água, o Museu da Tanoaria e o Museu Vivo de Artes e Ofícios Tradicionais são outras das atrações do parque, atravessado pelo rio Dueça.

ALÉM do maior labirinto de árvores de frutos do mundo, o Parque Biológico da Serra da Lousã inclui um centro hípico com picadeiro coberto, onde se pratica hipoterapia e uma zona de lazer com circuito de manutenção e espaços para a prática desportiva. O magnífico espaço é um projeto de integração social, que se pre-tende economicamente sustentável e integra desempregados de longa duração, pessoas excluídas da sociedade ou portadoras de deficiência.A requalificação da área verde de lazer na Quinta da Paiva con-tribuiu para a valorização e qualificação ambiental de um local de enorme beleza natural.Destino de milhares de alunos das escolas da região Centro e polo de atração de muitas famílias nas férias de verão e, na época baixa, ao fim de semana, o Parque Biológico da Serra da Lousã cativa fa-cilmente quem o visita. Os alunos do 2.º ciclo do Agrupamento de Escolas de Lageosa do Dão, por exemplo, viveram uma experiência inesquecível . O tiro com arco e flecha foi "entusiasmante", mas o que mais despertou os sentidos de todos os alunos, no programa matinal, foi o fascinante passeio a cavalo. O almoço, no Parque de Merendas, permitiu retemperar forças para uma tarde que, certamente, também não esquecerão.

A VISITA, com apoio de dois guias, deu a conhecer as diferentes espécies animais, enquanto o "Labirinto das árvores" assegurou um divertido percurso de aventura. Adultos e jovens que lá se deslocam guardarão certamente na memória "um espaço muito bonito e agradável, onde se pode des-frutar da beleza da natureza em segurança e com comodidade", afirma o presidente da ADFP, Jaime Ramos. A vertente cívica não foi esquecida e a formação nesta área é insistentemente realçada pelos apelos à preservação do património natural.

QUINTA DA PAIVA

Sala de aula na natureza

Fundos comunitários

395 mil eurosInvestimento total

316 mil euros Apoio do Mais Centro

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É DOMINGO. O final da tarde aproxima-se, mas a romaria continua, com um mesmo destino: o Parque da Cidade da Mealhada. Há gente a correr no circuito de manutenção, namorados a passear de mãos da-das pelos trilhos, famílias que empurram carrinhos de bebés, crianças que trazem vida ao parque infantil.A reconversão dos antigos viveiros florestais - abandonados durante mais de uma década -, no atual parque urbano, com apoio do pro-grama Mais Centro, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), valorizou significativamente aqueles cerca de 15 hectares localizados no centro da cidade, agora plenamente usufru-ídos pela população. O PROJETO, da Câmara Municipal da Mealhada, está vocacionado para o recreio e lazer e tornou-se obra emblemática do concelho. Com o investimento, concretizaram-se dois anseios da autarquia. O primeiro, de ordem social, era acabar com as atividades ilícitas que

eram praticadas nos viveiros. O segundo, foi garantir uma nova forma de vivência e contacto social. "É um espaço magnífico e fundamental nos dias de hoje", reconhece o presidente da Câmara Municipal, Carlos Cabral. JANINE DE OLIVEIRA, residente no Luso, é utente fiel do parque. "Não há dúvida alguma de que este parque é um espaço fabuloso e veio trazer qualidade de vida ao concelho. Quem ficava em casa a ver televisão, hoje já não o faz", garante. "Foi aqui", acrescenta, "que as minhas duas filhas aprenderam, inclusivamente, a andar de bicicleta".Miguel Ferreira, que vive a escassos minutos do parque, considera--o mesmo "o projeto mais relevante" concretizado no concelho da Mealhada nas últimas duas décadas. "Vejo-o", garante, "como uma mais-valia, que trouxe a mim e à minha família uma melhor qualidade de vida, por tudo aquilo que proporciona em termos de prática des-portiva, de lazer e até de ordem cultural".

A INFRAESTRUTURA põe à disposição dos utilizadores um circuito de manutenção (para a população em geral), um parque geriátrico (para os seniores) e dois espaços infantis, um deles para crianças até aos seis anos.Hoje, o Parque da Cidade da Mealhada é já um espaço insubstituível no concelho, recebendo todos os dias dezenas de munícipes e visitantes de concelhos vizinhos. Além da área desportiva, com campos de ténis e outras valências, e zona para jogos informais, alberga um centro de marcha e corrida e é palco de diferentes iniciativas, tanto a nível local como nacional.Atualmente estão a ser recuperados os edifícios do parque, que vão dar origem à instalação de um restaurante, uma cafetaria e ainda uma zona de picadeiro.

VIVEIROS TRANSFORMADOS EM PARQUE URBANO

Um "oásis" na Mealhada

Fundos comunitários

2,1 milhões de eurosInvestimento total

1,5 milhões de euros Apoio do Mais Centro

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OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO DE RECOLHA SELETIVA

A DINAMIZAÇÃO da recolha seletiva tem como objetivo o aumento da quantidade de resíduos recicláveis recolhidos e consequentemente, dos resíduos entregues para reciclagem, de modo a serem cumpridas as metas da valorização de embalagens definidas na Diretiva 94/62/CE, de 20 de dezembro, posterior-mente alterada pela Diretiva 2004/12/CE, de 18 de fevereiro.O projeto de otimização da recolha seletiva dinamizado pela ERSUC -Resíduos Sólidos do Centro, SA encontra-se dividido em duas componentes: o fornecimento de 2009 contentores de recolha seletiva; e o fornecimento de 12 viaturas para a recolha seletiva.

ESTE PROJETO, segundo Alberto Santos, administrador-delegado da ERSUC, foi relevante no cumprimento das metas de recicla-gem e valorização de embalagens.O alargamento da rede de recolha seletiva, acrescenta, permitiu aumentar os quantitativos de resíduos recicláveis e, consequen-temente, aumentar as quantidades entregues para reciclagem, sendo uma medida de impacto direto no cumprimento desses objetivos. Permitiu também, explica, o aumento do desvio de re-síduos com destino a aterro, particularmente os biodegradáveis como o papel e cartão, que de outro modo, seriam depositados com os resíduos indiferenciáveis em aterro. Tendo em consideração que o Plano Multimunicipal de Gestão de Resíduos (PMGR) deste sistema acolhe e desenvolve todos os objetivos, no âmbito das atividades atribuídas à ERSUC, vertidos no Plano Estratégico de Resíduos Sólidos Urbanos (PERSU II), também as metas definidas no PMGR, ao nível da recolha seletiva, foram atingidas. Sem este investimento, afirma Alberto Santos, não seria possível atingir as metas definidas. Além de aumentar a cobertura do serviço de recolha seletiva de forma a atingir um rácio de 90 habitantes/contentor, o projeto garantiu o alargamento do sistema com a instalação de conten-tores em zonas deficitárias, quer por falta dos equipamentos

propriamente ditos, quer devido à elevada densidade populacio-nal. Ao nível das viaturas de recolha seletiva, a utilização de auto-compactador, permitiu maximizar as quantidades transportadas, particularmente nas rotas mais distantes e que correspondem, na sua generalidade, a municípios mais rurais, optimizando-se os custos de transporte.

40 | MAIS CENTRO>>AMBIENTE

Litoral Centro marca pontos na reciclagem

Fundos comunitários

2,3 milhões de eurosInvestimento total

1,2 milhões de euros Apoio do Mais Centro

Page 41: Revista Mais Centro

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A POPULAÇÃO do concelho de Ourém nutre "um grande afeto pela natureza, a água e o verde", garante o presidente da Câmara. Milhares de pessoas usufruem, por exemplo, durante o verão, da praia fluvial do Agroal, zona deveras apetecível, na margem es-querda do Rio Nabão, muito particularmente, para quem aprecia os passeios pedestres. O espaço foi significativamente renovado e as condições de segurança, higiene e salubridade pública são, hoje, segundo os utentes, "muito superiores às que existiam anteriormente". O programa Mais Centro apoiou, através do Fundo Europeu de De-senvolvimento Regional (FEDER), com cerca de um milhão de euros o investimento efetuado na requalificação desta área ecológica que se tornou, nos limites dos concelhos de Ourém e Tomar, uma referência turística da região.

O PRESIDENTE da Câmara Municipal de Ourém está satisfeito com a intervenção e considera o Agroal um dos ex-líbris do município que já faz parte da memória coletiva. "Todos nós passámos aqui uma boa parte da nossa adolescência e juventude. Esta requa-lificação deixa-nos plenos de orgulho", sublinha Paulo Fonseca. As águas termais eram procuradas para doenças da pele e pela "limpeza interior".O autarca fala, inclusivamente, noutos objetivos. "Queremos afirmar este local, para lá da sua vocação balnear, também nas va-lências da interpretação ambiental, lúdica e pedagógica", confessa

o presidente da Câmara.

A INTERVENÇÃO na praia fluvial do Agroal é um projeto emblemá-tico nesta área, já que o projeto de requalificação apoiado pelo programa Mais Centro beneficiou as populações.Os investimentos realizados na praia fluvial do Agroal resultam de candidaturas apresentadas pela Câmara Municipal de Ourém. O grau de requalificação da zona é bastante significativo: agora, quem habita no concelho poderá usufruir de uma infraestrutura mais moderna e aprimorada, com equipamentos de excelência.

PRAIA FLUVIAL DO AGROAL

"Paraíso" à beira-Nabão

Fundos comunitários

2 milhões de eurosInvestimento total

1 milhões de euros Apoio do Mais Centro

Page 42: Revista Mais Centro

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É MAIS DO QUE um mero local para apanhar sol e tomar banho. A Praia do Areão atrai pela beleza natural e permite observar, entre outras espécies, a garça-real em estado selvagem. É rodeada por uma mata e assume-se como espaço privilegiado de contacto com a natureza, atraindo muitos desportistas, nomeadamente surfistas.

INTEGRADA na candidatura à Bandeira Azul de 2008, o projeto de requalificação da Praia do Areão contemplou a criação das in-fraestruturas necessárias ao seu funcionamento e valorização. O ordenamento do uso foi outra das medidas, permitindo o acesso de utentes com mobilidade reduzida e protegendo o cordão dunar do pisoteio dos utentes. Por outro lado, foram realizadas ações e ini-ciativas de sensibilização para o uso adequado das zonas costeiras e preservação dos valores naturais junto do público em geral e, em particular, junto da população estudantil do concelho de Vagos.

A INSTALAÇÃO do posto de nadador-salvador (Instituto de Socorros a Náufragos) assegurando a vigilância e o socorro aos utentes da praia é outra das consequências do projeto do Município de Vagos, que contou com o apoio do Programa Mais Centro. Além dos três apoios de praia e de uma instalação sanitária, foram construídos 300 metros de passadiços.Foi ainda executado o prolongamento da rede pública de abas-tecimento de água, bem como da rede pública de distribuição de energia elétrica.O projeto tembém preve que os efluentes produzidos sejam enca-minhados para uma fossa séptica e posteriormente para um órgão complementar de infiltração.

A PRAIA do Areão fica situada no concelho de Vagos, na freguesia da Gafanha da Boa Hora. A zona envolvente foi preservada e o sis-tema dunar possui a estrutura e a vegetação natural deste tipo de ecossistema. Os principais acessos são feitos a norte e a sul, pela Estrada Municipal 592 e a poente, pela ponte que dá acesso a várias estradas municipais. O acesso direto ao areal faz-se no alinhamento

do caminho existente. A zona de banhos utilizada pelos banhistas é de aproximadamente 500 metros, sendo o limite sul, da faixa, o esporão aí existente. Todas as épocas balneares, a Câmara de Vagos coloca contentores de resíduos sólidos urbanos junto aos acessos, assim como recipientes de madeira, junto ao areal, para a deposição seletiva de resíduos (papel, plástico e vidro). Carlos Torres e Isabel Gomes elogiam a Praia do Areão. "É mais reservada e menos concorrida, é uma praia ótima para quem aprecia a calma e o contacto com a natureza. É, também, ideal para as brincadeiras dos mais novos, bem como para a prática de vários desportos", consideram. E após as obras "ficou muito melhor", conclui.

REQUALIFICAÇÃO DA PRAIA DO AREÃO

O que era ótimo ficou excelente

Fundos comunitários

2,3 milhões de eurosInvestimento total

1,2 milhões de euros Apoio do Mais Centro

Page 43: Revista Mais Centro

DESP

ORTO

Page 44: Revista Mais Centro

44 | MAIS CENTRO>>DESPORTO

INTEGRAM um projeto alargado com repercussões nas áreas turística, ambiental, social e cultural. São, também, um sinal de qualidade de vida. Os trilhos e percursos cicláveis e pedonais procuram levar os visitantes pelas veredas e caminhos que se desenvolvem nos lugares, aldeias, vilas e no próprio concelho de Águeda. A cidade e alguns concelhos vizinhos entram neste peda-ço de "mapa" ambientalmente correto que beneficiou de 143 mil euros do programa Mais Centro. Mas vamos por partes.

ALÉM de conduzir o visitante pelo património natural, os trilhos levam-no a conhecer a gastronomia, as tradições locais, o patrimó-nio humano e, também, a cultura. Integram a Rede Municipal de Tri-lhos de Águeda – a N'Trilhos. Ao todo, 50 quilómetros de caminhos, veredas, carreiros e estradas, com mais de 60 pontos de interesse dispersos pelas sete freguesias abrangidas pelos itinerários. Para já, é possível percorrer seis trilhos – Trilho da Pateira ao Águeda, das Levadas, da Aldeia, Terras de Granito, da Ponte de Ferro e de Águeda –, o Trilho dos Poços está a ser construído em articulação com o Programa Polis Litoral Ria de Aveiro. António Novo, proprietário do restaurante "A Escola", na fregue-sia de Macieira de Alcôba, colaborou na implementação do Trilho Terras de Granito que, assegura, "veio beneficiar a região", dando como exemplo as 50 pessoas que mensalmente descobrem as maravilhas da região.

JÁ A REDE ciclável abrange 42 artérias da cidade Águeda, encon-trando-se divida em duas partes: uma prioritária, que engloba o núcleo central da cidade; outra, secundária, que abrange as ligações à restante rede ciclável e às vias secundárias de acesso à urbe. A rede, com cerca de 32 quilómetros no total (o circuito principal tem sete quilómetros) resulta do projeto de criação de uma rede ciclável e enquadra-se na longa tradição do concelho de Águeda no setor das duas rodas – o fabrico de bicicletas e de ciclomotores é relevante para o tecido económico da região.

O RESPEITO pelo ambiente cruza os trilhos pedonais e os percur-

sos cicláveis. E é fácil encontrar utilizadores. Vítor Óscar, natural de Águeda, é utilizador assíduo das pistas cicláveis. Considera-as "uma mais-valia que deveria ter surgido há mais tempo". Águeda, acrescenta, "está a dar um exemplo ao país na proteção ambiental e na economia".

GIL NADAIS, presidente da Câmara de Águeda, refere que o objeti-vo dos dois projetos foi promover a utilização das bicicletas dando a conhecer o concelho. "Usámos uma estratégia de mobilidade suave e de mobilidade sustentável, através da revitalização e reutilização das bicicletas e do pedestrianismo", conclui.

CRIAÇÃO DE PERCURSOS PEDONAIS E CICLÁVEIS

Águeda assumerumo ambiental

Fundos comunitários

277 mil eurosInvestimento total

143 mil euros Apoio do Mais Centro

Page 45: Revista Mais Centro

DESPORTO << MAIS CENTRO | 45

JÁ LÁ VAI quase um ano e meio que as novas Piscinas Munici-pais de Estarreja abriram as portas e o número de utilizadores não tem parado de crescer, ultrapassando já os mil. "Estas instalações são o sonho de qualquer estarrejense", diz Elisa-bete Oliveira, que frequenta as aulas de hidroginástica desde a abertura das piscinas, em outubro de 2010. "Foi um grande mas muito bom investimento, porque as pessoas estão a fruir dele". Também Rosa Gomes, da freguesia de Avanca, partilha a mesma opinião: "as instalações são muito boas". E Virgínia Rossini, da mesma localidade, vem confirmar a satisfação geral, reforçando que a cidade "precisava de infraestruturas assim, di gnas e com todas as condições". INSERIDAS no Complexo de Desporto e Lazer de Estarreja, as no-vas e modernas piscinas municipais inauguraram 25 anos depois da abertura da Piscina Municipal Maria de Lurdes Breu, que será agora requalificada como espaço multiusos, conforme avançou José Eduardo de Matos, presidente da Câmara Municipal de Es-tarreja. "Queríamos um equipamento com mais condições, mais modalidades, mais lazer, mais qualidade", para dar resposta ao que tem sido a evolução e a dinâmica municipal, contribuindo para a saúde e qualidade de vida dos munícipes, afirmou o autarca.

O PROJETO foi considerado por José Eduardo de Matos "um risco e um desafio", na medida em que os valores necessários para a construção de um equipamento como este corresponderam a um investimento de 3,8 milhões de euros, com uma comparti-cipação do Programa Mais Centro, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, de 2,7 milhões de euros. Mas "a câmara deve corresponder com equipamentos que deem respostas efetivas às pessoas e que sejam frequentados no futuro", explica o autarca, que assim respondeu ao desafio. Já o feedback positivo dos utentes das novas infraestruturas fala por si: o complexo conquistou até agora o dobro dos alunos inscritos na velha piscina.

COMPLEXO DE DESPORTO E LAZER - PISCINAS MUNICIPAIS

Estarreja ganha qualidade de vida

Fundos comunitários

3,8 milhões de eurosInvestimento total

2,7 milhões de euros Apoio do Mais Centro

HIDROBIKE, fitness, banho turco, squash ou ginástica pré e pós parto são algumas das novas modalidades do Complexo de Desporto e Lazer, um modelo nacional em ecoeficiência, sendo "o primeiro projeto em Portugal com estas características", salientou José Eduardo de Matos. As novas piscinas represen-tam uma evolução significativa nas condições para a prática de exercício físico e amplia a oferta desportiva, constituindo um estímulo para aumentar a prática de desporto e melhorar a qualidade de vida. Entre as novas valências destacam-se a bancada com capaci-dade para 300 pessoas, o bar, o ginásio, o SPA e os balneários para bebés.

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A NOVA pista de atletismo integra o Complexo Desportivo de Vagos, mais concretamente o Estádio Municipal de Vagos, que inclui equipamentos municipais como a piscina e o pavilhão. A pista de atletismo tem oito corredores e foi executada de acordo com as especificações técnicas da modalidade. Inclui variante com vala de obstáculos, quatro pistas de treino e um fosso de quedas. A facilitação do acesso da população de Vagos à prática despor-tiva, bem como a promoção da atividade desportiva praticada de modo permanente e seguro, como sinónimo de saúde e, tam-bém, de qualidade de vida são objetivos da nova infraestrutura, que recebeu apoio do Mais Centro.

EQUIPAMENTO desportivo de elevada qualidade está ao serviço das escolas e das associações desportivas, beneficiando de localização privilegiada: nas imediações do centro da vila, junto ao centro de saúde, escola secundária, escola EB 2/3.A maximização da facilidade de acesso da população de Vagos à prática desportiva é assegurada pela proximidade da nova infraestrutura aos locais de ensino, trabalho e residência, pelo que a recuperação do sentido lúdico das práticas físicas e desportivas a partir de uma utilização mais ou menos informal é uma possibilidade. Por outro lado, o fomento da prática desportiva é um fator de desenvolvimento de oportunidades, de integração social e de aproximação inter-geracional, pelo que a nova pista de atletismo tem, também, um papel fundamental a desempenhar neste capítulo. O incremento da quantidade e da qualidade da oferta de condições de treino e formação desportiva é outro dos objetivos, o que contribuirá, segundo Rui Cruz, presidente do Município de Vagos, para o aumento do número de atletas federados e a promoção do desporto de alto rendimento.A criação de um centro de excelência desportiva "como indutor de competitividade territorial e fator de coesão económica e social" está também grantida, salientando o autarca a qualifi-cação física do território, "sobretudo pelo terminar de uma obra não concluída e que representava um foco de insegurança e insalubridade".

AS OITO PISTAS permitem a prática do atletismo "a todos os níveis e ao mais alto nível" e com a sua construção, considera Rui Cruz, o estádio municipal está preparado para a prática do futebol e do atletismo, seja para treino ou para provas oficiais.Esta multifuncionalidade, explica, foi essencial na captação dos apoios comunitários. Ginásio para a preparação física dos atle-tas e salas onde poderão ser sedeadas associações do concelho que se integrem nas duas modalidades são outras mais-valias de uma infraestrutura elogiada pela FP Atletismo.

Vagos promove desporto para todos

COMPLEXO DESPORTIVO - PISTA DE ATLETISMO

Fundos comunitários

500 mil eurosInvestimento total

400 mil euros Apoio do Mais Centro

Page 47: Revista Mais Centro

DESPORTO << MAIS CENTRO | 47

OS "LIMPA METAIS", trupe de ciclistas de Santa Catarina da Serra (Leiria), deslocam-se todos os fins de semana até Santa Comba Dão, para percorrerem a ecopista que liga aquela cidade a Viseu, através da antiga linha ferroviária da Beira Alta, encerrada há mais de duas décadas. "Isto é uma moca. Vamos a Viseu num instante, onde almoçamos, antes do regresso. O percurso é um dos mais deslumbrantes que temos visto nas nossas andanças pelo país", garante Marco Jorge, um dos membros do "pelotão".Centenas de pessoas passeiam todos os dias ao longo dos cerca de 50 quilómetros da Ecopista do Dão, inaugurada, há meio ano, entre Viseu, Tondela e Santa Comba Dão e gerida pela Comunidade Intermunicipal de Dão Lafões. O programa Mais Centro garantiu, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, cerca de 80 por cento do investimento, cabendo o restante, em partes iguais, às autarquias.

NAS TRÊS CIDADES e até em muitas outras localidades vizinhas do itinerário constituíram-se entretanto grupos de caminhantes que cumprem regularmente e em dobro (ida e volta) pequenos troços, em média, até cinco quilómetros.Carlos Alberto Oliveira, diretor da Escola Secundária de Viriato, em

Viseu, é, desde há longos meses, um dos utentes que, habitualmente, logo pela manhã, lá vão pedalar nas suas bicicletas. "Desde que faço estes 10 ou 20 quilómetros diários, sinto-me muito melhor fisicamen-te. Não custa nada e ainda por cima o trajeto é lindíssimo", argumenta.Para Maria Travassos, caminhante de Tondela, as razões são outras. Por conselho médico, caminha todos os dias – "quando o tempo per-mite, quer dizer, sem muita chuva", diz – cerca de cinco quilómetros. "Faço-o com um grupo de amigas. Entretemo-nos muito e nem damos pelo tempo passar. Vamos ao fim do dia e aproveitamos as zonas que têm luz", revela.Ao longo do percurso, os desportistas e praticantes de atividades de lazer físico já se vão conhecendo uns aos outros. "Mas aparece sempre gente nova e de muitos locais do país", garante Carlos Silva. "Jovem" reformado de Viseu, percorre, também ele, diariamente, os primeiros oito quilómetros da pista sintética, de cor vermelha, entre Viseu e Mosteirinho.

A CRIAÇÃO desta rota de passeio não motorizado, de lazer, desporto e contacto com a natureza, apoiada pelo programa Mais Centro, envol-veu não só a construção da ciclovia e da via pedonal, mas igualmente a requalificação de pontes, estações e apeadeiros e a valorização dos sistemas naturais existentes.

Pedalar e caminhar através da natureza

ECOPISTA DO DÃO

Fundos comunitários

5,29 milhões de eurosInvestimento total

4,23 milhões de euros Apoio do Mais Centro

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ECON

OMIA

Page 50: Revista Mais Centro

50 | MAIS CENTRO>>ECONOMIA

A PERFITEC - Revestimentos Metálicos e Perfilados, Lda, empre-sa de Leiria especializada na perfilagem de aço e outros metais, fabricação de elementos de construção em metal, nomeadamente estruturas, perfis estruturados e chapas, já conquistou mercados em França, Espanha, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e África Ocidental.Para o crescimento registado, contribuíram os fundos comunitários de que usufruiu, tendo em vista a melhoria das respetivas infra-estruturas. O investimento de nove milhões de euros na área dos painéis sandwich foi apoiado pelo programa Mais Centro com cinco milhões de euros, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

EMBORA relativamente nova, já exporta diretamente cerca de 70 por cento da produção assumindo-se como empresa emblemática no contexto dos financiamentos do Mais Centro.Projeto de excelência, a Perfitec é um exemplo de vitalidade e de eficácia, bem como na utilização de tecnologia muito avançada.A qualidade dos produtos é reconhecida internacionalmente.

José Luís Faustino, presidente do conselho de administração da Perfitec, destaca o êxito da internacionalização e da aposta nos investimentos entretanto feitos no Brasil, onde a empresa de Leiria vai produzir revestimentos metálicos e perfilados para a construção civil, no âmbito de um protocolo de parceria assinado com uma em-presa local. O know-how adquirido, a utilização de equipamentos de alta tecnologia e matéria-prima de primeira qualidade permitem, de

facto, que a Perfitec seja muito competitiva no setor. "A nossa pro-dução cumpre rigorosamente a normativa europeia EN14509, para que a curto prazo tenhamos certificação CE de todos os produtos comercializados", garante o administrador.

DEVIDO à excelência dos seus produtos, a Perfitec desempenha papel relevante no setor das exportações e, ao mesmo tempo, reflete a dinâmica empresarial da região Centro, que já representa 37 por cento do total do FEDER atribuído às empresas em todo o país e 46 por cento do total do investimento apoiado em Portugal, o que acontece pela primeira vez.

PERFITEC

De Leiria para o mundo

Fundos comunitários

9 milhões de eurosInvestimento total

5 milhões de euros Apoio do Mais Centro

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ECONOMIA << MAIS CENTRO | 51

A ADMINISTRAÇÃO conjunta dos portos de Aveiro e da Fi-gueira da Foz tem sido um caso de sucesso. Os resultados falam por si. Em 2010 deu-se mesmo um facto inédito nesse caminho comum: foi o melhor ano de sempre para ambos em movimen-tação de cargas. Aveiro cresceu 25% relativamente a 2009, a Figueira da Foz 37%. O porto da Figueira registou já, inclusiva-mente, nos primeiros seis meses deste ano, um acréscimo de 13,3% relativamente ao mesmo período de 2010.São, sob o ponto de vista comercial, dois portos relativamente novos. Têm, de resto, uma história praticamente comum: co-meçaram a desenvolver-se, primeiro, com a pesca do bacalhau, depois, a partir dos anos 60, com o arranque dos projetos das in-dústrias papeleiras. Usufruíram, ultimamente, de significativos fundos comunitários, tendo em vista a melhoria das respetivas infraestruturas.

PAR A O PORTO de Aveiro foram canalizados, no âmbito do programa Mais Centro, 719 mil euros do Fundo Europeu de De-senvolvimento Regional (FEDER) para construção do terminal ro-ro, onde poderão ser embarcados camiões de mercadorias com destino a vários portos do norte de Espanha (Gijón), Fran-ça (Le Havre), Inglaterra (Poole) e Irlanda (Cork). O objetivo deste investimento apoiado pelo Mais Centro é contribuir para o descongestionamento das estradas do continente, onde atualmente circula um número excessivo de viaturas pesadas.

O PORTO da Figueira da Foz recebeu, por seu turno, 1,777 milhões de euros de fundos comunitários para valorização do cais comercial e 290 mil euros para requalificação do porto de recreio. "O investimento tem sido elevado nos dois portos, mas está a revelar-se bastante reprodutivo na contribuição que dá para o desenvolvimento da economia regional", garante o presidente do conselho de administração dos portos de Aveiro e da Figueira da Foz, José Luís Cacho. Em Aveiro já é possível operar navios até cerca de 150 metros de comprimento, na Fi-gueira da Foz aponta-se para embarcações até aos 130 metros. O objetivo, em ambos os casos, é aumentar a oferta de serviços portuários, incrementar a produtividade das operações de carga e descarga, reforçar a segurança e incentivar a rapidez no acesso dos camiões. Espera-se, ainda, que, com a garantia de maior competitividade relativamente aos outros portos nacionais e estrangeiros, Aveiro e Figueira da Foz venham a captar, nos próximos anos, em complemento dos investimentos apoiados pelo Mais Centro, relevantes projetos privados, tanto no interior como no exterior das áreas portuárias.

Dois portos para a EuropaAVEIRO E FIGUEIRA DA FOZ

CAIS COMERCIAL DO PORTO DA FIGUEIRA DA FOZ

RAMPA RO-RO NO PORTO DE AVEIRO

Fundos comunitários

1,2 milhões de eurosInvestimento total

719 mil euros Rampa ro-ro no terminal

de contentores e ro-ro do porto

PORTO DE AVEIRO

Requalificação do porto de recreio

290 mil eurosTOTAL 595 mil euros

Valorização do cais comercial

1,7 milhões de eurosTOTAL 3,074 milhões de euros

PORTO DA FIGUEIRA DA FOZ

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