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Log web þ Logística þ Supply Chain þ Transporte Multimodal þ Comércio Exterior þ Movimentação þ Armazenagem þ Automação þ Embalagem | www.logweb.com.br | edição nº81 | novembro | 2008 | referência em logística revista Logística & Meio Ambiente & Bebidas PARCERIA LOGWEB/FISPAL página 26 página 28 Alimentos Multimodal página 36 Contratação de fretes: as mudanças ocorrem, e os acertos entre as partes também Código de barras: ainda distante da “aposentadoria” página 10 Operadores logísticos e montadoras uma relação movida a particularidades página 30 Operadores logísticos e montadoras uma relação movida a particularidades página 30

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Revista mensal produzida pela Logweb Editora. Tem circulação nacional e é um dos principais veículos do segmento de logística do País.

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Logwebþ Logística

þ Supply Chain

þ Transporte Multimodal

þ Comércio Exterior

þ Movimentação

þ Armazenagem

þ Automação

þ Embalagem

| www.logweb.com.br | edição nº81 | novembro | 2008 |referência em logística

r e v i s t a

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Logística &Meio Ambiente

& BebidasPARCERIA LOGWEB/FISPAL

página 26

página 28

Alimentos

Multimodal

página 36

Contrataçãode fretes:as mudançasocorrem,e os acertosentre as partestambém

Códigode barras:ainda distante da“aposentadoria”

página 10

Operadores logísticose montadoras

uma relação movida aparticularidades

página 30

Operadores logísticose montadoras

uma relação movida aparticularidades

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2 | edição nº81 | novembro | 2008 |Logweb

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A

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Redação, Publicidade, Circulação e Administração:Rua dos Pinheiros, 240 - conj. 12 - 05422-000 - São Paulo - SPFone/Fax: 11 3081.2772Nextel: 11 7714.5379 ID: 15*7582

Redação: Nextel: 11 7714.5381 - ID: 15*7949

Comercial: Nextel: 11 7714.5380 - ID: 15*7583

Publicação mensal, especializada em logística, da LogWebEditora Ltda. Parte integrante do portal www.logweb.com.br

Editor (MTB/SP 12068)Wanderley Gonelli Gonç[email protected]

Assistentes de Redação

Carol Gonç[email protected]

André [email protected]

Projeto Gráfico eDiagramação

Fátima Rosa Pereira

Diretoria ExecutivaValeria Lima

[email protected]

Diretoria ComercialDeivid Roberto Santos

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MarketingJosé Luíz Nammur

[email protected]

Administração/FinançasLuís Cláudio R. Ferreira

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Os artigos assinados e os anúncios não expressam, necessariamente, a opinião da revista.

RepresentantesComerciais:

Nivaldo ManzanoCel.: (11) 9701.2077

[email protected]

Paulo César CaraçaCel.: (11) 8193.4298

[email protected]

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editorial

Wanderley G. Gonçalves

Logwebwww.logweb.com.br

P O R TA L

A multimídia a serviço da logística

Logwebreferência em logística

r e v i s t a

Fique por dentroda logística

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OLs e montadoras.Como se relacionam?

A relação comercial entre os operadoreslogísticos e as montadoras é a reportagem centraldesta edição.

Trata-se de uma “relação” nem semprepacífica, e alguns problemas costumam provocarfissuras nos negócios entre as duas partes.Portanto, aqui são detalhadas, pelos operadoreslogísticos, as soluções por eles oferecidas, osindicadores de desempenho utilizados e como sãoresolvidos os problemas.

Por outro lado, as montadoras tambémmostram como é o seu processo logístico, e aindaanalisam as vantagens da terceirização.

No mesmo caderno Multimodal damosdestaque à contratação de fretes. Aqui, asanálises recaem sobre as mudanças na forma dese contratar fretes, por conta dos avançostecnológicos e da busca por otimização logística,como a contratação de operadores logísticos comotransportadora única afeta a gestão e osresultados para o embarcador primário (o donoda carga) e os impactos da nota fiscal e doconhecimento eletrônico na contratação de fretes.

Ainda não acabou. Outra matéria especialtrata do Código de Barras. Neste caso, é feitauma análise RFID x Código de Barras, mostra-das as novas aplicações do Código de Barras e ofuturo das duas tecnologias.

Outras matérias inseridas na presente ediçãoenvolvem a construção de novos CDs porempresas de diferentes segmentos, a questão daterceirização imobiliária, o incremento do setorde empilhadeiras, a reforma de pontes rolantes, olançamento de um jogo com ênfase em logística, o

mercado de caminhões dianteda crise mundial, aautomação de fim de linha emais, muito mais.

Aproveite e atualize-se.

4 | edição nº81 | novembro | 2008 |Logweb

Medicamentos e cosméticos

Pague Menos anuncianovo CD em Fortaleza

De acordo com a diretoracomercial, Patriciana Q.Rodrigues, quando estiveroperando com 100% dacapacidade – já que hojeapenas 55% do espaço estásendo ocupado –, a movi-mentação e o processamentode medicamentos, produtosde higiene pessoal ecosméticos saltarão dasatuais 700 mil unidadesdiárias para dois milhões porturno de trabalho. Alémdisso, a central de distribui-ção poderá atender até millojas. Hoje, ela já abasteceos 297 pontos de vendas daPague Menos, que desenvol-veu todas as tecnologiasutilizadas dentro do CD,tanto para controle deestoque quanto paraseparação de pedidos, entreoutras.

Alguns fatores foramobservados para a escolhado local do novo CD, como aárea de 110 mil metrosquadrados, a distância deapenas dois quilômetros emrelação ao centro da cidade ea proximidade com a zona

portuária. Mesmo assim, aidéia inicial era que o CDfosse construído em SãoPaulo: “chegamos a analisara criação de um centro dedistribuição nacional naGrande São Paulo, mas oscustos se revelaram 30%superiores. Hoje, seriamainda maiores, com asrestrições de trânsito paracaminhões, implantadas emjulho último na capitalpaulista”, revela Deusmar.

O presidente da PagueMenos conta, ainda, que aescolha por Fortaleza temgerado boas condições detrabalho, já que a distribuiçãono Nordeste e no Pará é maisbarata, e é feita por 100caminhões – sendo 10pertencentes à frota própriada companhia –, e nasregiões Sul e Sudeste é feitapor aviões da VarigLog, quefaz o cross-docking e contacom uma transportadora deapoio que trata do transporteterrestre. “Ainda não temosplena confiança em contrataroperadores logísticos.Acreditamos que ainda nãoseja oferecido um bom nívelde serviço por parte deles”,completa.

Ainda falando sobre oprocesso de distribuição, oexecutivo destaca que outrosprodutos como sorvetes,refrigerantes etc., que sãovendidos nas lojas PagueMenos, são distribuídos lojaa loja pelas própriasindústrias. O movimentodeste tipo de produto – queDeusmar defende acomercialização em farmá-cias – chega em média a25% do que é comercializadopelas lojas. Outros 75% sãogerados pelos produtos de

Após o 1º Fórum PagueMenos do VarejoFarmacêutico,

realizado em outubro últimoem São Paulo, SP, o GrupoPague Menos (Fone: 853255.5511) anunciou o seunovo Centro de Distribuiçãoem Fortaleza, CE. A empresagarante que a unidade é umadas mais modernas do setor.

A estrutura – que vinhasendo estudada há dois anos– conta com 30 mil metrosquadrados de áreaconstruída, sendo quasequatro vezes maior do que oCD anterior, também situadona capital cearense, e custoucerca de R$ 30 milhões.Embora a inauguração oficialesteja programada apenaspara o próximo mês dedezembro, já está funcionan-do desde o final de setembro,conforme disse o presidentedo Grupo, Francisco Deusmarde Queirós.

Segundo a empresa, aaquisição da área, na qualfuncionava a antiga Compa-nhia Brasileira de EstruturaMetálica, aconteceu emsetembro do ano passado.O vice-presidente da rede,Josué Ubiranilson Alves,acrescenta que o projeto deconstrução envolveu visitastécnicas de vários executivosdo grupo a centrais daL´Oreal, na França, Walgreense Wal-Mart, nos EstadosUnidos, e a centros dearmazenagem de atacadistasdo setor farmacêutico, como oda Profarma, no Rio deJaneiro, e da Santa Cruz, emSão Paulo. “Percorremosvários CDs no Brasil e noexterior. O resultado é umacentral adaptada às nossasnecessidades”, afirma.

A estrutura do CD

Queirós: estrutura conta com30 mil metros quadrados deárea construída

farmácia, como medicamen-tos e afins.

Por fim, considerando queatualmente o Grupo dispõede 297 lojas espalhadas por73 cidades em 24 estadosbrasileiros, mais o DistritoFederal, a capacidade deatendimento está mais doque garantida para muitosanos. No entanto, supondoque o crescimento da redeseja muito maior do que oesperado – que é atingir 380lojas até 2012, alcançandoum market-share de 10%(hoje é de aproximadamente5%), segundo Deusmar, umnovo CD seria aberto em SãoPaulo.

Ele revela que, comoparte do plano de expansãotraçado até 2012, as regiõesSul e Sudeste representarão40% dos negócios da PagueMenos. “Estamos focandoprincipalmente o interior deSão Paulo e de Minas Gerais,fazendo convênios comempresas destas regiões parafornecer medicamentos paraos funcionários.Não pretendemos compraroutras empresas. Prefirocrescer com nossos própriosesforços”, ressalta. Quantoàs mudanças decorrentes donovo CD em Fortaleza,Deusmar acredita que aampliação da capacidadepode proporcionar umaumento na linha deprodutos.

O presidente concluiinformando que tem umsonho de construir aparta-mentos para os funcionáriosmais antigos dentro doterreno do CD. “Isso aindanão está planejado, é apenasum sonho por enquanto”,explica. ●

✦Área do terreno: 110 mil m²

✦Área construída: 30 mil m²

✦396 empregados

✦Faturamento previsto:R$ 5 bilhões

✦20 plataformas dedescarga e expedição

✦Capacidade de armazena-gem: 40 milhões deunidades, ou 800 ton. ou15 dias de estoque

✦5 mil posições porta-paletes

✦SKU: 13 mil endereçosativos

✦39 estações ou 120entradas de flow-racks

✦Movimentação: 2 milhões deunidades ou 45 ton. por dia

✦Fornecedores: ÁguiaSistemas e Knapp

✦Frota: 100 caminhões noNordeste e Pará

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“Como ex-profissional daárea de Supply Chain emnível internacional eatual contratante deserviços logísticos,gostaria de parabenizar arevista Logweb pelapublicação do artigo‘A situação dos portossecos no Brasil’ em suaedição de número 80.Considero uma dasmelhores matérias que já lisobre o setor, particular-mente pela atualidade,conhecimento e visãoestratégica demonstradospelo autor e articulistasselecionados. Infelizmente,o setor carece de fortaleci-mento pelos váriosmotivos expostos que, porsua vez, diminuem suaatratividade para asempresas usuárias,importadores e exportado-res, gerando um círculovicioso cujo fim éprevisível.Gostaria deacrescentar um brevecomentário do ponto devista de quem vivencia osetor há mais de 20 anos:é impressionante odesconhecimento dosexecutivos e, conseqüente-mente, das empresas queatuam internacionalmenteno Brasil do impacto que otratamento estratégico dosmodelos diferenciados decadeias de suprimentospode ter em seus negócios,desde o aumento ‘signifi-cativo’ de sua rentabilida-de até a viabilização denovos produtos ou mesmonegócios diferenciados doatual core business daempresa.Existem diversosmotivos para estasituação, que transcendeaqueles citados namatéria, por estaremintimamente ligados aodesenvolvimento dobusiness plan empresarial.Por outro lado, felizmentevemos algumas ilhas deexcelência surgirem nocenário brasileiro, porémlonge de se transformaremno imenso arquipélago debest practices que omercado internacionalapresenta.”

Eng. Carlos AquinoPresidente & CEO da

Aerolink do Brasil

Palavrado leitor

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P lanejar é crescer parafora”: esta foi a fraseutilizada pelo professor

na Fundação Getúlio Vargas econsultor da FedEx, NelsonLudovico, para encerrar oI Seminário de Exportação paraas Pequenas e MédiasEmpresas, organizado emoutubro último pela Serasa(Fone: 11 3373.7272), junto deempresas como a FedExExpress (Fone: 0800 7033339),que atua com transporteexpresso e fornece soluções delogística global, e do YellowPages Brazil (Fone: 113399.4433), que é ummarketplace na internet pararealização de negócios B2B(business to business).

Na visão de Ludovico, aspequenas e médias empresasprecisam, antes de tudo, sairdo lugar comum. Ele destacoualgumas característicasimportantes para estasempresas terem sucesso nasexportações: a rapidez noacesso a mercados internacio-nais por meio de marketplacese a garantia da eliminação deriscos. “É necessário ter esteapoio de soluções logísticasintegradas para buscar omercado internacional comsegurança e rapidez. Um ditadoantigo dizia que ‘exportar é oque importa’. Hoje, eu diria queexportar é o crescimento”,enfatizou.

Na abertura do evento –que aconteceu no auditório daSerasa e reuniu diversosempresários de pequenas emédias empresas – o professorda FGV citou e comentoualguns dos erros mais freqüen-tes cometidos pelos mandatári-os de empresas que não expor-tam ou que não têm conheci-mento sobre o assunto. Dentreas falhas, destaque para oimediatismo, representadopela ânsia de resultadosimediatos; a falta de um planode exportação, fundamentalpara o sucesso das operaçõese para a confiança do cliente;os descuidos na exportação;não atentar para a necessidadede se oferecer assistênciatécnica; e, principalmente, amá contratação de serviços

Ludovico: pequenas e médiasempresas precisam sair dolugar comum

logísticos. “É preciso tersegurança na entrega dosprodutos, seja pelo modalmarítimo, aéreo, etc.”,assegurou.

Ludovico destacou, ainda,que é muito importanteorganizar o departamento deexportação e definir quem irácuidar do que. “O empresáriodeve estar preparado para osinvestimentos que serãoexigidos”, complementou,explicando que os investimen-tos são fundamentais paraoferecer a estrutura necessáriapara atender às necessidadesdo cliente, sem decepcioná-lojá no início da parceria. “Osinvestimentos vão evitar otérmino do namoro antes doprimeiro beijo”, ilustrou.De acordo com o professor, éextremamente importante queo empresário esteja estrutura-do para suportar um eventualcrescimento nas exportações e,também, é primordial daratenção à assistência técnica esaber quais os serviços queserão oferecidos.

Segundo Ludovico, alogística sempre tem de estarna ponta do negócio, para queo importador possa escolher amelhor forma de transporte.“Deve-se usar o bom sensopara definir o preço e,principalmente, com os bancose transportadores, para definirquais serão os custos. Atémesmo os bancos que prestamserviços internacionais fazemparte da logística no processode exportação”, explicou.

Ele aconselhou aspequenas e médias empresas adesenvolverem uma espécie depesquisa exploratória paraingressar no ramos dasexportações. Os itens desta-cados para garantir a seguran-ça nas operações foram: veri-ficar quais são as exigênciaslegais governamentais, obteros documentos e certificaçõesnecessários, enquadramentodos produtos na questãoaduaneira, para que não hajamultas e não se pague impos-tos mais altos, verificar quaissão as tarifas aduaneiras edemais taxas, constatar osprocedimentos burocráticos de

cada país, ter ciência dasnormas de segurança e estudaras perspectivas perante osconsumidores, buscando sabero que determinado mercadopoderá oferecer no futuro.

Na seqüência, Ludovicoesclareceu em que consistemos dois métodos de comercia-lização existentes: o direto e oindireto. O primeiro – segundo opalestrante – é aquele em queo fabricante/produtor exportaos seus produtos com ou semum agente. “Este exportador ébeneficiado pelos incentivosfiscais, financeiros e promo-cionais. Ele representa 70% dosexportadores no Brasil”, contou.Já o indireto é o que exportasem ser exportador, ou seja,terceiriza este processo. “Esteprocesso pode ser feito atravésde Trading Companies ouEmpresas Comerciais Exporta-doras”, explicou. “No processode venda para Tradings, aempresa fabricante recebeapenas os benefícios dosincentivos fiscais, e não temdireito aos financeiros epromocionais”, acrescentou.

Rapidez:abertura demercados

Daniel Machado Magalhães,diretor do Yellow Pages Brazil –YPB, um marketplace na internetpara realização de negócios B2B(business to business), quepromove a exposição do produtoe da empresa brasileira para omercado Internacional, comentousobre o quesito rapidez naconquista de clientes, que,segundo Ludovico, é um dospontos necessários para seiniciar o processo de exporta-ção. Antes de se aprofundar notema, Magalhães destacoua importância da Internet naatualidade: “hoje há 1.2 bilhõesde usuários no mundo, 100milhões de websites e US$ 17bilhões de investimentos empublicidade. As pessoas nãovão mais até os sites. Os sitesvêm até ela”, afirmou.

Segundo o representante doYPB, o papel da empresa éaumentar os contatos entre

compradores e vendedores.“Hoje temos uma base de 4.5milhões de empresas internacio-nais cadastradas em nossabase. O e-marketplace é umlaboratório para quem até entãonunca havia colocado os pés nomercado internacional”,garantiu. “O resultado dacomunidade mais a plataformatecnológica gera conversasatravés de mensagens instan-tâneas entre os usuários”,complementou.

Segurança:relatórios sobreempresasinternacionais

A segurança – apontada porLudovico no início da matéria –foi o destaque da explanação deJulio Leandro, Líder de Produtosda Serasa. Ele explicou que osrelatórios sobre empresasinternacionais trazem informa-ções cadastrais, como qual é aatividade da empresa, como ecom quem ela comercializa,controle societário/administrati-vo, participações, imóveis eseguros em nome da empresa,entre outras.

Leandro assinalou, ainda,que os relatórios apresentam asinformações comportamentais,como os hábitos de pagamentoe os registros de consultas;indicadores de inadimplência;informações financeiras, comobalanços e demonstrações de

Exportação

Em São Paulo, Seminário deExportação para PME’s

7 | edição nº81 | novembro | 2008 | Logweb

resultados; riscos de fraudes;e classificação de riscos.“Estes relatórios são a formade ajuda da Serasa para asempresas que queremingressar ou aumentar aatuação no mercadointernacional”, assegura.

Logística eseus custos

Para Ludovico, a logísticaé dos principais fatores aserem considerados naexportação. Por isso, elerevelou alguns aspectos quedevem ser averiguadosdurante o estudo de viabilida-de, ou estudo dos modais aserem utilizados. No marítimo:“rotas, destinos, freqüências,tipos de navios, armazena-gem, custos portuários, estiva,frete e taxas adicionais”. Norodoviário internacional, opalestrante destacou: “deve-se analisar se a empresatransportadora é cadastradano país de destino. Se ela tempermissão para cruzar afronteira”, alertou.

Já no modal aéreo, oexecutivo citou: “freqüências,origem/destino, aeronave, tipode carga/valor, tempo, cone-xões, tipos de tarifas de fretee peso/densidade. Por suavez, para o serviço expressoaéreo, ele lembrou que sedeve saber se os lotes sãopequenos, médios ou grandes,quais são as tarifas negocia-das, etc. “A logística sempretem de estar na ponta donegócio para que o importadorpossa escolher a melhorforma”, reiterou.

FedEx PyMExMembership

Para encerrar o evento,Suamy Ranieri, gerente devendas da FedEx, falou sobreo PyMEx Membership, umprograma desenvolvido paradar apoio aos pequenos emédios empresários que estãoem busca de uma colocaçãono mercado internacional.“O programa traz algunsbenefícios, como consultoriaon-line, seminários, artigos enotícias atualizadas diaria-mente, entre outros”, revelou.De acordo com Suamy, desdeque o PyMEx foi lançado, maisde 2.500 empresas brasileirasparticiparam de semináriosnos Estados de São Paulo,Minas Gerais, Paraná eSanta Catarina.●

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Veículos industriais

BMC reforça atuação nosetor de empilhadeiras

com o executivo, a indústria deconstrução já não expede mais osmateriais em sacos soltos, mas,sim, em paletes fechados, queinevitavelmente necessitam deempilhadeiras para seremmovimentados. “Em um primeiromomento nós estudamos eestruturamos a rede de equipamen-tos para construção. Agora,estamos preparando a base para arede de distribuição dasempilhadeiras Hyundai. Queremosaumentar os volumes”, explica.

A perspectiva de crescimentoda BMC na venda de empilhadeirasno país gira entre 30% e 40%,conforme relata Cavalieri: “nesteano já vendemos 400 máquinas e ameta até o final do ano é chegar a700. Já para o ano que vempretendemos crescer ainda mais evender 1.000 empilhadeiras,conquistando um market share deaproximadamente 10%”, projeta,endossado pelo diretor comercial

da BMC, Paulo Oliveira: “A linha deempilhadeiras tem crescido.O mercado é concorrido, mas háespaço para crescer”, garante.

Segundo o engenheiro deserviços da área de empilhadeirasda BMC, Edgar AlessandroSimkevic Martins, asempilhadeiras de múltiplo uso sãoas mais vendidas no mercado

brasileiro e atendem às maisdiversas formas de movimentaçãonos trabalhos em armazéns,estoques, aeroportos, transporta-doras e na construção civil.

A BMC dispõe, atualmente, deum estoque central com 1.000 itense cerca de 4.000 peças, paradistribuir aos revendedoresregionais em todo o país.A empresa conta, ainda, com umaestrutura montada com engenhei-ros de serviços especializados emempilhadeiras, técnicos e doiscentros de distribuição de peçaslocalizados em São Paulo, SP, (paraelementos de pequeno porte) eVitória, ES, (para elementos degrande porte), para atender àsemergências que os distribuidoresnão consigam solucionar.

E é justamente nesta estruturae no serviço de pós-vendas que aempresa aposta para crescer no

segmento de empilhadeiras. Porisso foi criado o conceito ‘MáquinaParada Zero’, que incumbe aequipe de checar junto aos dealersdiariamente se existe algumequipamento Hyundai paradodevido a problemas técnicos.“Nossa equipe chega ao escritóriotodas as manhãs com umaprioridade absoluta: contatar osrevendedores e pesquisar se háequipamento parado”, revelaSamuel Panucci, diretor de pós-venda e desenvolvimento deproduto. “Há, inclusive, estudossobre peças de reposição paraconstituir nossos estoques. Todasas ações para suporte sãoaplicadas para garantir o pronto-atendimento”, comenta.

Panucci revela, ainda, que casohaja algum equipamento parado, aBMC verifica quais procedimentosestão sendo adotados pelosdealers e se eles necessitam de umapoio técnico ou estrutural.“Monitorar as máquinas paradas éuma forma de manter um pós-venda mais pró-ativo, já que osdealers são diariamente cobrados eas soluções fornecidas com maiorrapidez. De nada adiantaria tertoda essa proatividade se nãotivéssemos uma estrutura eficientede peças de reposição. O CD temcapacidade de atender até 85%dos itens de reposição para osequipamentos Hyundai emqualquer lugar do Brasil em umprazo de até 48 horas. Detalhe:esses itens já estão nacionaliza-dos”, complementa, referindo-se àestrutura física do departamentopós-venda da BMC, que ganhou umCD em Osasco, SP, que vai operarem regime 24 horas e contará com18 pessoas para atender aosclientes no fornecimento de peças.

No sentido do suporte pós-venda, Cavalieri informa que aspeças de giro rápido – utilizadasem casos de desgaste, revisão emanutenção preventiva – ficamestocadas nos dealers, por contado pronto-atendimento.“A distribuição das peças paracada região é feita conforme onúmero de equipamentos vendidospara cada localidade”, explica.Para evitar quaisquer problemasnos equipamentos, decorrentes demau uso, a BMC também fornecetreinamento para os clientes.“Ensinar a operar o equipamentose tornou uma obrigação dasempresas”, afirma.

Por fim, com os bons númerosde vendas nesses dois anos,segundo o CEO da BMC, a Hyundaijá tem planos para montar umafábrica em terras brasileiras. “Hojeos produtos são importados, masem breve haverá novidades arespeito da fábrica no Brasil, e osequipamentos serão produzidos poraqui”, revela. ●

ABMC – Brasil Máquinas deConstrução (Fone: 114208.4905) acaba de

apresentar sua estratégiacomercial para a divisão deequipamentos pesados, que desde2006 comercializa máquinas dacoreana Hyundai Heavy Industries.O destaque fica por conta doaumento de volumes deempilhadeiras que a empresapretende alcançar.

Atualmente, a BMC possuiduas redes de distribuição noBrasil: uma voltada à construção eoutra para empilhadeiras. Estaúltima, segundo o CEO da empresa,Felipe Cavalieri, tem crescidobastante: “neste ano, com oaquecimento da construção civil,passou a ser fundamental investirna venda das empilhadeiras. Hoje,para esta rede de distribuiçãocontamos com 91 mecânicos, 80vendedores e 69 carros deassistência”, destaca. De acordo

Construção civil incentivoua venda das empilhadeiras

Perspectiva de crescimentogira entre 30% e 40%

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Amontadora de caminhõesIveco (Fone: 0800 7023443)acaba de lançar no Brasil o

caminhão extrapesado Trakker, queatende às mais severas aplicaçõesdo mercado, fora e dentro daestrada. O modelo, lançadomundialmente em 2004, chega aopaís em três configurações, todascom tração 6x4. Uma delas é ocavalo-mecânico com motor de 420CV e capacidade máxima de traçãode 172 toneladas. As outras duassão veículos plataforma, uma commotor de 380 CV e outra com aopção dos 420 CV.

A ser produzido na nova fábricade caminhões pesados, que seráinaugurada em janeiro de 2009 noComplexo Industrial Integrado daIveco em Sete Lagoas, MG, oTrakker atenderá aos requisitos doBNDES para ser adquirido namodalidade FINAME. Também seráproduzido na fábrica da Iveco emCórdoba, na Argentina, paraatender ao mercado argentino e deoutros países da América do Sul.

Para se adequar às realidadesbrasileira e sul-americana, o novocaminhão demandou 10 meses detrabalho e 9.000 horas de engenha-ria no Centro de Desenvolvimentode Produtos da Iveco em SeteLagoas. Foram realizados testes decampo com clientes brasileiros eargentinos, que determinaramadequações do produto àscondições de uso locais.

No Brasil, os testes foramrealizados pela Usina de SãoMartinho, em Pradópolis, SP, naoperação com cana-de-açúcar; pelaBinotto, no transporte de madeirapara a Duratex; e nas operações daAracruz Celulose.

Aliás, o modelo foi desenvolvi-do para atender a estes e a outrosimportantes setores da economiabrasileira: canavieiro, de minera-ção, de construção e de madeira ecelulose, que permitem ao segmentode caminhões crescer 35% ao ano.

O Trakker exigiu investimentosde R$ 8 milhões, incluindodesenvolvimento, itens mecânicos

adaptados às condições brasileiras,industrialização, ferramentais eoutros. Possui 70% de índice denacionalização, tendo componentescomo chassis, motor, caixa decâmbio e outros fabricados noBrasil.

“Seu chassi é super-robusto,com longarinas de aço especial

13, considerado o mais econômicode sua categoria, com 12,8 litros,seis cilindros, quatro válvulas porcilindro e gerenciamento eletrôni-co. O novo caminhão também podereceber implementos comobasculante, bi-trem e tri-tremflorestal e rodotrem canavieiro.

Em serviços oferecidos pelamontadora, uma das novidades é o“Tele-Serviço”, diagnóstico feito àdistância que acelera as operaçõesde manutenção.

Desde que foi lançado, oTrakker já soma 50.000 unidadesvendidas em mais de 100 países,sendo 16.800 em 2007 e 13.800 dejaneiro a setembro de 2008.

Além do lançamento docaminhão, outra notícia anunciadaé que já foi aprovada a construçãodo novo Centro de Distribuição dePeças da Iveco, em Sorocaba, SP,que aumentará em mais de 4 vezesa capacidade de distribuição daempresa. E, ainda, até o final doano, a companhia promete boasnotícias sobre o uso decombustíveis alternativos,como biodiesel e álcool.

Quanto à crise mundial, MarcoMazzu, presidente da Iveco LatinAmérica, diz que a montadoramanterá todos os planos, pois nãohá como prever o que vai aconte-cer. “Temos, também, capacidadede explorar novas oportunidades decrescimento, como novosprodutos”, finaliza. ●

com 10 mm de espessura e perfilmais alto – e, portanto, muito maisrígido – que os utilizados emversões estradeiras”, exemplificaRenato Mastrobuono, diretor dedesenvolvimento de produto daempresa.

Como vantagem mecânica, odestaque é o motor Iveco Cursor

O novo caminhão foi desenvolvido para atender aos setores canavieiro,de mineração, de construção e de madeira e celulose

Caminhão

Iveco traz novoextrapesado ao Brasil

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Tecnologia

Código de barras: aindadistante da “aposentadoria”NOVAS APLICAÇÕES E INOVAÇÕES TÊM PROPORCIONADO A CONTINUIDADE DAS APLICAÇÕES DO CÓDIGO DE BARRAS.PERANTE O RFID, CONSIDERADO A SUA EVOLUÇÃO, ELE VEM GARANTINDO A SUA PARCELA DE MERCADO ATRAVÉS DEUMA SÉRIE DE FUNCIONALIDADES. NA VERDADE, AS DUAS TECNOLOGIAS DEVEM CONVIVER POR MUITOS ANOS.

aplicação uma a uma, nos casosem que é necessária a identifica-ção visual de cada item”, comenta.

Para a coordenadora demarketing da Sunnyvale Comércioe Representações (Fone 113048.0147), Fabíola PadilhaNedavaska, o código de barras é,hoje, um sistema de codificaçãopraticamente universal e constituiuma forma prática de entrada paratoda empresa que está modifican-do seu sistema de codificaçãopara leitura automática. “Ele podeser impresso no próprio produto ouna sua embalagem de maneirasimples, ou através de impressorasink-jet, na própria embalagemsecundária (por exemplo, em caixasde papelão) e, através de etique-tas, nos próprios paletes econtêineres de transporte”,destaca.

Ela diz que a todo o momentosurgem novas aplicações para ocódigo de barras, ou códigos 2D eDataMatrix, especialmente quandoa área de marcação é muitoreduzida. “Uma aplicação recente eque está tendo grande impulso em2008 é o chamado brinco-de-boipara registro de todas as cabeçasde gado do Brasil, tanto asdestinadas ao corte como asdestinadas à produção leiteira ou àreprodução, dentro do sistemade manejo denominado SISBOV”,revela.

Aproveitando os códigos 2D,citados por Fabíola, Rocha lembraque entre as mais recentesmelhorias na tecnologia do códigose destaca a operação em duasdimensões e avanços na impres-são. “O sistema bidimensional(códigos 2D) permite aos usuáriosarmazenarem uma quantidademaior de informação em compara-ção ao linear (barras). Este avanço,combinado com o aperfeiçoamentodos equipamentos, possibilita queinformações mais detalhadassejam facilmente capturadas em

uma única leitura, como quaisnúmeros do lote de fabricação,identificador de cada parte de umproduto e data de vencimento”,afirma.

Falando pela GKO Informática(Fone: 21 2533.3503), o diretorRicardo Gorodovits conta que,atualmente, o uso do código debarras se limita à leitura de dadospara validação de embarque –como auditoria para verificar se oque está entrando no veículocorresponde ao que deveria entrar– e ao registro da data de entrega,a partir dos canhotos que retornamdas notas fiscais entregues.“Porém, à medida que o custoreduzir-se há uma tendênciarazoável para a migração para ouso de RFID e tags inteligentescomo meio mais comum para todoprocesso que envolva materiais”,revela o diretor.

Para finalizar a questão dasnovas aplicações, a coordenadorade marketing da Sunnyvale ressaltaque o instrumental/cirúrgico éoutro segmento em que a necessi-dade de rastreabilidade individualestá sendo exigida para cadacomponente do conjunto. Ela

lembra, ainda, que brinquedos debaixo custo devem passar a terrastreabilidade unitária através decodificação com código de barras,dentre outras novas aplicações.

RFID x códigode barras

Para Fabíola, da Sunnyvale, ocódigo de barras é um sistema decodificação estabelecido nomercado, comprovado, claramenteentendido pela grande maioria dosusuários e uma solução relativa-mente barata e fácil de implantar.Já o RFID é um sistema relativa-mente novo – embora a tecnologiainerente seja conhecida desdemeados do século passado –,porém com um número limitado deaplicações efetivas na indústria,custos ainda imponderáveis,mesmo que tenham caídoconsideravelmente nos doisúltimos anos, e algumas barreirastécnicas, como interferências doambiente ou do próprio produtoque ocasionam erros ou impossibi-lidade de leitura.

O consultor de negócios de

Supply Chain da Infor Brasil, porsua vez, explica que o RFID é umatecnologia de AutoID na qual oleitor se comunica via rádio comtags para obter a sua identificação.Ele conta que estes tags sãodivididos em dois tipos básicos: osativos e os passivos. “Os ativossão compostos de uma bateria paraacionar o rádio, e os passivosutilizam a energia do sinal recebidodo leitor para enviar a suaidentificação. Estes tags possuemuma indicação gravada na fábrica einalterável. Além desta identifica-ção fixa, alguns modelos possuemuma memória que pode seralterada pelo leitor, nos casos deum leitor/gravador”, comenta.A vantagem óbvia do RFID,segundo Rocha, é não necessitarde visão direta, todavia, é precisouma ou mais antenas e o alcance élimitado, principalmente para ostags passivos.

De acordo com o consultor, osbenefícios básicos do RFID são:eliminação de erros de escrita eleitura de dados, coleta de dadosde forma mais rápida e automática,redução de processamento dedados e maior segurança. Quantoàs vantagens do RFID em relaçãoàs outras tecnologias de identifica-ção, ele cita: operação segura emambiente severo (lugares úmidos,molhados, sujos, corrosivos, altastemperaturas, baixas temperatu-ras, vibração, choques), operaçãosem contato e sem necessidade decampo visual e grande variedadede formatos e tamanhos.

Na visão de Fabíola, daSunnyvale, o que tem gerado estadiscussão é o fato de que o códigode barras, para que seja lido, namaioria das circunstâncias precisade uma ação objetiva do operador,para que os dados nele armazena-dos sejam passados para osistema, enquanto o RFID será, emtese, lido independentemente dequalquer ação do operador. Ela

De acordo com a AssociaçãoBrasileira de Automação -GS1 Brasil (antiga EAN

Brasil), o código de barras é umaforma de representar a numeraçãoque viabiliza a captura automáticados dados por meio de leituraóptica nas operaçõesautomatizadas. O Sistema GS1reconhece três simbologias decódigo de barras para representaras estruturas de numeraçãopadronizada: EAN/UPC; ITF-14 eGS1-128.

Para que haja o corretofuncionamento desta tecnologia,conseguindo processos deautomação das cadeias desuprimentos com qualidade, aentidade criou o Programa deCertificação de Códigos de Barras.O objetivo, de acordo com a GS1Brasil, é corrigir os possíveis errosna impressão dos códigos.

Conforme divulgado pela GS1Brasil, o programa vai verificar eatestar, por meio do Laboratório deVerificação da própria entidade, aqualidade dos códigos aplicados aitens comerciais e unidadeslogísticas, com base em requisitosde negócios e em procedimentos eespecificações técnicas internacio-nais, garantindo, assim, um melhordesempenho na captura de dados.

Além deste Programa deCertificação, os códigos de barras,de um ano pra cá, mesmo com osurgimento de outras tecnologias,vêm ganhando novas aplicações,conforme atesta Hilton RicardoRocha, consultor de negócios deSupply Chain da Infor Brasil (Fone:0800 555 801): “apesar das novastecnologias de chips quetendenciam a indústria, o código debarras mostra poucos sinais de quese tornará obsoleto. Ele é ampla-mente utilizado e está no mercadohá muitos anos, o que contribuipara um custo bem mais acessível.Uma das vantagens das barrassobre a nova geração é sua

Czapski, da ECR Brasil: “as possibilidades de uso da tecnologia RFID sãoenormes, mas é preciso cuidado na decisão de implantá-la”

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justifica sua opinião, dizendo quenas operações de logística, porexemplo, o RFID proporcionamaior confiabilidade de que toda amovimentação de mercadoriasestá sendo registrada. “Um casobastante difundido é o do Wal-Mart, que está exigindo que seusfornecedores adotem acodificação dos paletes demercadorias com RFID”, cita.

A coordenadora de marketingacredita que esta medida significauma grande ajuda no pátio deentregas, onde centenas depaletes de centenas de fornecedo-res entram e saem todos os dias.Porém, entende que devido afatores tão diferentes como faltade maior padronização dossistemas de codificação, interfe-rências variadas na área do check-out da loja ou dificuldades deleitura causadas por certosprodutos, como recipientes comlíquidos, impossibilitam que ocarrinho de compras tambémpossa ter suas mercadoriastotalmente lidas por RFID.

Mesmo assim, a representan-te da Sunnyvale crê que, certa-mente, as barreiras existentespara algumas aplicações serãoresolvidas ao longo do tempo, elembra um dos obstáculos que foisuperado recentemente: “a utili-zação de RFID em produtos demetal apresentava a barreira deleitura por conta do tipo domaterial. Por isso, a fabricante deimpressoras Sato, juntamente coma fabricante de etiquetas S+P,desenvolveu uma soluçãoengenhosa em que o inlay ficaafastado da superfície do metalatravés de uma espécie de orelhana etiqueta no momento em queé impressa, o que torna possível aleitura”, conta.

Concluindo, Rocha, da InforBrasil, afirma que a tecnologia deRFID não tem a pretensão desubstituir o código de barras em

O código de barras é umsistema de codificaçãoestabelecido no mercado eclaramente entendido pelagrande maioria dos usuários

Em algumas aplicações,o código de barras évantajoso sobre o RFID

todas as suas aplicações: “o RFIDdeve ser visto como um métodoadicional de identificação,utilizado em aplicações onde ocódigo de barras e outrastecnologias de identificação nãoatendam a todas as necessida-des”, argumenta.

O superintendente daAssociação ECR Brasil, ClaudioCzapski, diz que o RFID é umaevolução do código de barras, queoferece uma série de funcionali-dades a mais, em especial apossibilidade de um RG individualde cada unidade vendida. “Aoinvés de determinado refrigeranteter um código de barras – todasas garrafas tendo o mesmo –,cada garrafa terá seu própriocódigo, permitindo significativosavanços na rastreabilidade”,explica.

Por outro lado, na visão deCzapski, para fazer uso destacapacidade será preciso terbancos de dados de retaguardabastante amplos, demandandonão só a capacidade de armaze-namento e transmissão deinformações, como recursoscomplexos de segurança.“As possibilidades de uso datecnologia RFID são enormes,mas é preciso cuidado na decisãode implantá-la ou não na

empresa, uma vez que muitosdos benefícios só se realizamquando a cadeia de abasteci-mento estiver toda integradano sistema, e com custosviáveis.

Para ele, no estágio atualda tecnologia e dos custos, éindispensável que as empresasentendam e avaliem o sistema,mas que analisem o investi-mento com grande cautela,provavelmente só se justifican-do para alguns produtos oucadeias, e quando as possibili-dades de uso gerencial dasfuncionalidades do sistema decódigos de barras estiveremesgotadas. “As duastecnologias vão conviver pormuitos anos, complementando-se”, antevê.

ExpectativasPara Rocha, da Infor, ao

falar em futuro para astecnologias, torna-se pratica-mente impossível prever o queserá do código de barras ou doRFID, porque em ambasas tecnologias, de acordo comele, aperfeiçoamentos surgema todo tempo e rapidamente.

Já para Fabíola, daSunnyvale, estas tecnologiasvão conviver por um longotempo. Segundo a coordenado-ra de marketing, a questãobásica para o usuário é decidirem que circunstância elenecessita de uma tecnologia ououtra. “O fato é que em muitassituações o velho e bom códigode barras ou seus novosprimos, como DataMatrix, sãoas melhores soluções emtermos de custo-benefício”,esclarece.

Ela cita como exemplo umalinha de produção em quecaixas com diferentes produtossão conduzidas para um robôque faz a paletização dasmesmas: “instala-se um leitorde código de barras composição fixa na linha, o qual lêautomaticamente uma etiquetacodificada ou um código debarras impresso na lateral dacaixa e informa ao robô queaquela caixa deve ser colocadano palete A, a seguinte no B eassim por diante. Não preci-samos de RFID para este tipode aplicação”, afirma. “Emoutra situação temos um pátiode manobras em que diferentesmercadorias são manuseadaspor diversas pessoas que dãoentrada e saída do estoque aomesmo tempo. Esta situação étípica para considerar-se oRFID”, encerra. ●

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Reconhecimento

Logweb ganha novamentePrêmio ANTF de Jornalismo

VENCEDORES DO 4º PRÊMIO ANTF DE JORNALISMOJornalista Categoria Veículo / Matéria

Renée Pereira Jornal impresso O Estado de S.Paulo“Leilão acelera término daNorte-Sul”

Carol Gonçalves Revista especializada Logweb“Modais ferroviárioe rodoviário esperam maisdo PAC, após um ano”

Ricardo Dias Telejornalismo UNISUL TV“Vagão de plástico”

Carolina Rodrigues Radiojornalismo CBN (Campinas, SP)“O Brasil entra os trilhos”

VENCEDORES DO 4º PRÊMIO ANTF DE FOTOGRAFIAColocação Fotógrafo Empresa

1º lugar Abraão Gomes Soares Júnior Vale (Belo Horizonte, MG)Título: “Cavalaria Enfileirada”

2º lugar Marcelo Marques Cadaval ALL (Rio Grande, RS)Título: “Túnel de Aço”

3º lugar Francine Dela Vêdova Costa FTC (Tubarão, SC)Título: “Garantia de investimentos continuados no modalque faz as riquezas circularem”

Pela segunda vez, a Logwebrecebe o Prêmio ANTF deJornalismo, na categoria

revista especializada. Instituídopela ANTF – Associação Nacionaldos Transportadores Ferroviários, ejá em sua quarta edição, o prêmiosimboliza o reconhecimento daentidade com respeito à importân-cia do trabalho da imprensa.

Escrita pela assistente deredação, Carol Gonçalves, amatéria vencedora foi publicada naedição 74, de abril deste ano, sob otítulo “Modais ferroviário erodoviário esperam mais do PAC,após um ano”.

A premiação aconteceu noevento “Negócios nos Trilhos2008”, no Expo Center Norte, emSão Paulo, SP, no dia 5 de novem-bro. Na ocasião, foram entreguestroféu, certificado e prêmio emdinheiro. As outras categoriasconcorrentes foram: jornalimpresso, telejornalismo eradiojornalismo (ver quadro).

De camisa azul e gravata, Vilaça. Da Logweb, da esquerda para a direita,Wanderley G. Gonçalves, editor, Carol e Roberto Santos, diretor comercial

“Mais um ano o prêmioconsagra o trabalho da imprensa.Trabalho este que tem sido deextrema importância na divulgaçãodos grandes desafios e conquistasdo setor ferroviário nos últimosanos, disseminando, assim,informações sobre o setorferroviário brasileiro, que está em

ritmo acelerado”, declarou, naocasião, Rodrigo Vilaça, diretor-executivo da ANTF.

Também foram anunciados, nomesmo evento, os vencedores do4º Prêmio ANTF de Fotografia (verquadro), que permitiu a participaçãode todos os colaboradores dasempresas associadas à entidade. ●

NotíciasRápidas

Byg Transequiplança plataformaelevatóriaA Byg Transequip (Fone: 113583.1312) está lançando aplataforma elevatória duplaByg PE 250, para manutençãopredial e industrial. Pode seroperada e transportada porum único usuário e éadaptável a qualquer tipo deambiente. Comandada por AC(elétrica), possui botoeira decomando para operador ouremota, ambas com parada deemergência; sapatas de apoiorosqueadas com regulagemde nível para pisos irregula-res; dispositivo de segurançapara fim de curso, evitandoparada brusca; piso antiderra-pante em sua plataforma;movimento de translaçãomanual; e sistema de guarda-corpo. Tem capacidade decarga de 250 kg, operaçãopara duas pessoas e elevaçãoaté 12.000 mm.

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Infra-estrutura

Capital Realty aposta naterceirização imobiliária

com a necessidade da empresa eresulta em contratos de locaçãocom prazos de 10 a 15 anos”, diz.“Já na desmobilização, aterceirizadora compra o ativoimobilizado do cliente e passa alocá-lo ao mesmo, também atravésde um contrato de longo prazo”, dáseqüência à explicação.

A desmobilização, segundoDemeterco, vem sendo adotadapor muitas grandes empresas,que procuram aumentar acapacidade de investimento emsuas atividades principais.“A demanda tende a aumentarmais à medida que este modelose torne mais conhecido entre osempresários brasileiros. O paísdeve se espelhar nos EstadosUnidos – onde apenas 20% dasempresas são proprietárias deseus imóveis – e Europa, uma vezque a terceirização imobiliáriaviabiliza o aumento da capacidadede investimento por parte dasempresas e com isso acompanhao crescimento do país”, opina.

A terceira modalidade, porsua vez, é composta pelosempreendimentos de cunhoespeculativo, que consistem emgrandes armazéns modulados,que visam atender a diversasempresas com diferentes

Apesar de ter um longocaminho a ser percorrido, oprocesso de terceirização

imobiliária no Brasil já esta sendomuito usado, de acordo com aCapital Realty (Fone: 41 2169.6850)– empresa especializada emdesenvolvimento e terceirização deativos imobiliários nas áreas deinfra-estrutura logística e varejopresente nos estados do RioGrande do Sul, Santa Catarina,Paraná e São Paulo, e que tem sobsua gestão um portfólio de260.000 m² de área construída.

Segundo o diretor da empresa,Rodrigo Demeterco, para acompa-nhar o crescimento da economiabrasileira, as empresas vêmbuscando parceiros imobiliáriospara suprir os investimentosnecessários em terrenos econstruções prediais. “É pensandodesta forma que as empresasdemandadoras de infra-estruturalogística têm procurado asespecializadas em terceirizaçãoimobiliária. “O processo é iniciadocom o desenvolvimento do projeto,no qual o investidor busca oterreno ideal, e o empreendimentoé desenvolvido de acordo com anecessidade de cada cliente.A segunda etapa é a execução daobra em si, e por fim, o empreendi-mento é entregue”, descreve.

O diretor garante que, ao optarpela terceirização imobiliária, oprincipal benefício conquistado é oaumento da capacidade deinvestimento da empresa em suaatividade principal. De acordo comele, fica muito difícil crescerinvestindo em imóveis e na própriaempresa ao mesmo tempo.“Nos dias de hoje, para se mantercompetitiva a empresa deveescolher se está no segmentoimobiliário ou no segmento de seucore business”, explica. Outrobenefício – ainda segundoDemeterco – é a redução da basetributária para cálculo do Impostode Renda, uma vez que os aluguéisentram como despesas.

De acordo com ele, há trêsmodalidades de terceirizaçãoimobiliária: o built to suit, adesmobilização e o desenvolvimen-to de grandes áreas voltadas parainfra-estrutura logística comoprodutos principais. “A primeira é amodalidade em que o empreendi-mento é personalizado de acordo

necessidades com relação à áreade armazenagem. “As vantagensdesta modalidade para asempresas que buscam espaçosmenores são os rateios doscustos de segurança, portaria e ouso de uma infra-estruturacompleta e organizada que só sãoviáveis em grandes empreendi-mentos”, enfatiza o diretor.

Quanto às perspectivas paraeste mercado, Demetercocomenta que devido ao boomimobiliário houve aumento docusto dos insumos, do valor dosterrenos, além de estar maisdifícil encontrar terrenosdisponíveis e bem localizados.“Estamos contornando estasdificuldades através de investi-mentos em soluções maiseficientes de engenharia e muitotrabalho. As expectativas daCapital Realty para a terceiri-zação imobiliária é de que ademanda continue aumentando.Em 2008, esperamos acrescentarmais de 40.000 m² de áreaconstruída ao nosso portfólio.O crescimento da economia doBrasil gerou muitas oportunida-des, e os empresários brasileiros,a fim de aproveitarem este bommomento, estão considerando aterceirização imobiliária comoforma de alavancagem deinvestimentos”, conclui. ●

Empresa atua com a terceirização de ativosimobiliários nas áreas de logística e varejo

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C

Equipamentos

Yaskawa reforma ponterolante da ArcelorMittal

omo parte do projetobatizado de CargaLíquida, cujo objetivo

era modificar todo o processoprodutivo da aciaria que, atéentão, trabalhava apenas comsucata e gusa sólida (emforma de blocos), a unidadede Juiz de Fora, MG, dasiderúrgica ArcelorMittal, comprojeto da Yaskawa Elétricodo Brasil (Fone: 113585.1100), reformou a ponterolante PR004 para passar autilizar gusa líquidaproveniente do alto-forno.

De acordo com José LuizRubinato, diretor geral daYaskawa, empresa deautomação que desenvolvesistemas para modernizaçãoindustrial em diversossegmentos, como mineração,siderurgia, cimento, papel ecelulose, automotiva, química,máquinas, ferramentas,semicondutores, entre outros,a idéia, ao se realizar areforma desta ponte, era quecom a utilização de gusa, queé um produto intermediárioentre o ferro líquido e o aço, aperformance e a produção daaciaria fossem melhoradas,devido à diminuição do tempodo processo e, conseqüente-mente, do aumento daprodução de aço.

Ele relata que após areforma, a ponte rolante decarregamento do fornoelétrico passou a transportar agusa líquida, em média, 30vezes por dia, adicionando-aao forno elétrico para aprodução final de aço. “Em ummês essa atividade é repetidamais de 800 vezes, e, em um

ano, 10 mil vezes. Por isso,era imprescindível quehouvesse um sincronismo eum ajuste fino na ponte paraevitar acidentes. Os dispositi-vos da Yaskawa aumentarama segurança da operação doequipamento. A pontereformada estava emoperação na siderúrgicadesde 1984”, explica.

Para otimizar a PR004,a Yaskawa empregou umsistema de acionamento deúltima geração que incluiconversores regenerativosactive-front-end, em conjuntocom os inversores defreqüência de controle a trêsníveis. “O projeto incluiu ainstalação de seis módulos deconversores regenerativos,totalizando 1200 kW.Na prática, eles garantemque toda a energia regenera-da das cargas de 130 e 20toneladas (quando houver adescida da carga) sejadevolvida à rede de alimenta-ção com níveis de distorçãoharmônica em conformidadecom a IEEE519/92 e fator depotência unitário, garantindoa melhor qualidade deenergia. Os novos módulossubstituíram o sistema queestava instalado na empresae que utilizava resistores docircuito rotórico e umregulador de tensão, os quaisdescartavam toda a energiaexcedente em forma decalor”, explica Rubinato.

Ele conta, ainda, quepara o acionamento e osincronismo dos dois motores

de 330 CV ligados em série,a Yaskawa instalou o inversorde freqüência, que propiciaalta performance em respostadinâmica, redução drásticados surtos de tensão,correntes de modo comum ecorrentes parasitas derolamento nos motores. Alémdisso, assegura a maior vidaútil dos motores elétricos,que poderão ser de uso gerale não necessariamenteinverter-duty. Na ArcelorMittal foram instaladosquatro inversores desta série,sendo três deles de 400 HPna elevação principal ereserva, e um de 250 HP naelevação auxiliar.

A importância destareforma justifica-se pelo fatode a ArcelorMittal Juiz deFora, pertencente ao GrupoArcelorMittal – que temcapacidade de produzir 135milhões de toneladas de açopor ano e possui instalaçõesindustriais na Europa, Ásia,África e Américas – serconsiderada uma dasprincipais companhiassiderúrgicas do continenteamericano, tanto emprodutividade de aços longos,como em custos. “Umaredução da ordem de 42,5%do consumo de energia noperíodo de um ano, equiva-lendo a uma economia de206 mil kWh, além de maiorsegurança e agilidade para otransporte de gusa líquida,são alguns dos resultadosalcançados com a reforma”,finaliza Rubinato. ●

Com a reforma, ponte rolante passou a operarcom gusa líquida proveniente do alto-forno

Rubinato: redução de42,5% no consumo deenergia em um ano

NotíciasRápidas

Trelleborg destacaduas novas linhasde pneusUma das novidades daTrelleborg (Fone: 14 3269.3614) é a linha de pneuradial TR-900 para empilha-deiras de diversos portes ecarretas industriais. Deacordo com a gerente demarketing, Rafaela Sene,este produto é composto deborrachas próprias para estasduas aplicações e tem umaestrutura muito resistente.Além desta linha, aTrelleborg destaca o pneusuperelástico Elite XP, comtecnologia própria CDM(Controle de Matriz deDeformação), que reduz oconsumo de energia, é feitocom materiais próprios edentro das normas européiasde fabricação. “A durabilida-de dele é 15 vezes maior doque a da linha anterior”,comenta Rafaela, que acreditaem um aumento de 30% novolume de vendas até o finaldo ano, devido ao crescimen-to vindo desde janeiro.

Continental AirlinesCargo amplia vôossemanais para EUADe 17 de dezembro desteano a 27 de fevereiro de2009, a Continental AirlinesCargo (Fone: 21 3398.7273)vai operar mais trêsfreqüências semanais notrecho Brasil – EUA,perfazendo 17 vôos porsemana no período para aregião. Os vôos sairão deHouston (IAH), no Texas, parao Rio de Janeiro, RJ, semescalas, retornando aHouston, também semescalas, com um Boeing 767-400. Assim, a empresaaumenta a capacidade em21% a partir do Brasil. Outranovidade é que o ProgramaPetSafe para transporte deanimais domésticos comocarga, desenvolvido pelaempresa, foi recentementehomenageado no Indepen-dent Pet & Animal TransportAssociation (IPATA) duranteconferência em Newark, emNew Jersey, EUA.

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35 anos

ExpressoAraçatuba cresce35% no RJO Expresso Araçatuba(Fone: 11 2108.2800)obteve um crescimento de35% nos primeiros novemeses de 2008 no Estadodo Rio de Janeiro,com um faturamento deR$ 14,4 milhões noperíodo. A expectativa daempresa é de encerrar2008 com um faturamentode R$ 19,1 milhões nafilial, contra R$ 14,9 mi-lhões obtidos no ano de2007. O volume de cargastransportadas tambémevoluiu na filial. Nos noveprimeiros meses de 2008,foram 14,5 mil toneladasmovimentadas na região,contra 10,8 mil toneladasno mesmo período do anopassado. No acumuladode 2008, a previsão é deque a empresa movimente19,6 mil toneladas decarga, com um crescimen-to de 35% em relação aovolume total de 2007.

GR Propertiesinveste naconstrução decondomíniosde galpõesA GR Properties (Fone: 113709.2660), umaincorporadora e adminis-tradora de condomíniosfechados de galpõesindustriais e centroscomerciais, vai erguer oitocondomínios em áreas noentorno do Rodoanel deSão Paulo, em rodoviascomo Dutra, CasteloBranco e Anhanguera, eem regiões próximas decidades como Jundiaí,Campinas, São José dosCampos e Sorocaba.Os módulos dos condomí-nios de galpões terão, emmédia, 1.200 m² de áreadestinados à armazena-gem, distribuição emanufatura leve,totalizando R$ 350 mi-lhões em investimentosnos próximos dois anos.

16 | edição nº81 | novembro | 2008 |Logweb

AgendaDezembro 2008

Relacionamento

Clube Supply Chain4 de dezembro

Local: São Paulo – SPRealização:

Ciclo DesenvolvimentoInformações:

[email protected]

Fone: (11) 3567.1400

Cursos

Intensivo para Analistase Gestores de Logística

e Supply Chain4 e 5 de dezembro

Local: São Paulo – SPRealização: Ceteal

Informações:www.ceteal.com

[email protected]: (11) 5581.7326

Projetos Logísticosem M&A

5 e 6 de dezembroLocal: Salvador – BA

Realização:Norte Consultoria

Informações:[email protected]

Fone: (71) 3379.1525

Estatística e PesquisaOperacional Aplicada à

Logística9 e 10 de dezembro

Local: São Paulo – SPRealização: Tigerlog

Informações:www.tigerlog.com.br

[email protected]: (11) 6694.1391

Logística Empresarial9 e 10 de dezembro

Local: Guarulhos – SPRealização: Ceteal

Informações:www.ceteal.com

[email protected]: (11) 5581.7326

Gestão Comercial emEmpresas de Logística e

Transportes10 de dezembro

Local: São Paulo – SPRealização: Tigerlog

Informações:www.tigerlog.com.br

[email protected]: (11) 6694.1391

Logística Integrada deSuprimentos

12 de dezembroLocal: São Paulo – SP

Realização: ElimarInformações:

[email protected]

Fone: (11) 4797.2172

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Caminhões

Segundo a Anfavea, criseainda não chegou ao país

quando e de que forma isso iráimpactar em nossa economia.

Segundo a entidade, de janeiro asetembro de 2007 foram licenciados70.452 caminhões no país. Noperíodo equivalente em 2008, oslicenciamentos totalizaram 92.545, oque representa um crescimento de31,4%. Nesse tópico, o destaquefica por conta dos caminhõessemipesados e pesados, que tiveramcrescimentos de 43,4% e 45,1%,respectivamente. Se compararmos,ainda, os números de agosto esetembro deste ano, o aumento

representa apenas 5,7%.De acordo com Schneider, estes

resultados podem ser explicados portrês razões principais: volume decrédito, que são as condições definanciamento não só para pessoafísica, mas também para empresas,juros baixos e taxa de inadimplênciatambém baixa. “Para o ano que veme o fim de 2008, seguimos mantendoas mesmas projeções feitas no iníciodo ano”, comenta.

Com relação às exportações, opresidente da Anfavea conta que emsetembro deste ano, países como

México, Argentina e alguns doscontinentes asiático e africanodiminuíram o ímpeto. Por isso, osdados apontam uma queda de 6,8%nas exportações de caminhões emrelação a agosto. Destaque para ossemileves, que tiveram uma quedasignificativa de 22,9% - de 175veículos exportados em agosto para135 em setembro último.

Já no que tange à produção decaminhões no Brasil – tantomontados como desmontados –houve um crescimento muito tímidode agosto a setembro deste ano: 2%.Schneider credita este fato às grevespor negociações salariais queocorreram neste período. A produçãodas categorias semileves e levessofreram queda de 15% e 4,6%,respectivamente, e foram as quemais contribuíram para o baixocrescimento. Mesmo assim, aoconfrontar os dados de setembro de2008 com o mesmo mês do anopassado, houve um aumento de35,8% na produção de caminhões.●

De janeiro a setembro de 2007 foram licenciados 70.452 caminhões no país

R ecentemente, em São Paulo,SP, na já tradicional reuniãocom a imprensa especializa-

da, Jackson Schneider, presidente daAnfavea - Associação Nacional dosFabricantes de Veículos Automotores(Fone: 11 2193.7800), divulgou osnúmeros de produção, vendas eexportações do segmento no mês desetembro, traçando comparativoscom o mês anterior e com o mesmoperíodo do ano passado.

No que diz respeito ao licencia-mento de caminhões, houve umcrescimento considerável, o que,segundo Schneider, reflete ascondições de financiamentoextremamente favoráveis e enfra-quece o discurso dos que acreditamque a crise norte-americana jáatingiu o Brasil. “Ainda não tivemosnenhum impacto decorrente da crisedo mercado internacional”, afirma.No entanto, o presidente da Anfaveaaponta que fatalmente algumrespingo da crise atingirá o país,mas ainda não é possível mensurar

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Aprovedora deserviços de transpor-te expresso e

logística DHL Express (Fone:11 3618.3200) e a fabricantebrasileira de brinquedosEstrela (Fone: 11 2102.7070)firmaram acordo para olançamento mundial do jogo“Transport”, que tem comoobjetivo promover conheci-mento de conceitos delogística por meio dediversão e entretenimento.

O jogo – disponível emquatro idiomas: português,inglês, espanhol e alemão –é composto por um tabuleirocom o mapa-múndi represen-tado e dividido em países.O desafio é que os jogadorescumpram seus objetivosindividuais de importação eatinjam uma meta de valorrecebido por serviçosprestados, tendo que agregaros produtos mais rentáveisaos meios de transporte maiseficientes. Vence o desafioaquele que se tornar omelhor operador logístico domundo. A brincadeira podeser um instrumento deexercício da área de comércioexterior ao desenvolver oraciocínio matemático eestratégico dos jogadores.

Todos os custos (nãorevelados) com o desenvolvi-mento do produto foramdivididos ao meio entre as

duas empresas. O presidenteda DHL Express, JoakimThrane, explica que acompanhia aproveitou suaexpertise em logística paraelaborar o jogo, cujo lucroserá investido em projetos deeducação na área decomércio exterior voltados acrianças e jovens, com vistasà formação de novosprofissionais, devido àcarência do mercado. “Comoo mercado está crescendorápido, há falta de profissio-nais, por isso é preciso quemais deles saiam dasescolas”, complementa.

O autor do jogo, odesigner gráfico MarcosWellber, conta que aelaboração do “Transport”,entre pesquisa e desenvolvi-mento do protótipo, levoucerca de 8 a 9 meses detrabalho. Ele diz que precisoupesquisar sobre exportação,importação, comércio exteriore tudo mais relacionado àlogística, com base nasoperações da DHL. “Os jogossão criados em cima de umtema e de uma mecânica,que é a forma como ele vaifuncionar. A pesquisa éfundamental”, comenta.

Carlos Tilkian, presidenteda Brinquedos Estrela, dizque foram feitos testesdurante 2 semanas paraanalisar a competitividadedo jogo, que é destinado acrianças a partir de 10 anos,mas tem como foco maior osadultos, incluindoestudantes.

Quanto à distribuição doproduto no exterior, ela sedará por meio da estruturalogística da DHL. No Brasil,entra na distribuição daEstrela, que conta com 2.500clientes. A expectativa é quesejam vendidas até o final doano 50 mil unidades. ●

Da esquerda para direita: Tilkian e Thrane.Os custos com o desenvolvimento do produto foramdivididos entre as empresas

O jogo pode ser um instrumento deexercício da área de comércio exterior aodesenvolver o raciocínio matemático e estratégico

Diversão e aprendizado

DHL e Estrelalançam jogo comênfase em logística

NotíciasRápidas

Coopercargacomemora os 5 anosdo Terminal de ItajaíA Coopercarga (Fone: 49 3444.7000) comemorou os cincoanos do Terminal de Itajaí, SC,em Balneário Camboriú, nodia 24 de outubro último.Mais de 100 pessoasparticiparam do jantar, quehomenageou clientes,cooperados, colaboradores efornecedores pela contribui-ção em toda trajetória doTerminal, iniciada em 2003. Daconfraternização, participaramo vice-presidente daCoopercarga, Osni Roman, odiretor administrativo, AdenirJosé Basso, além daslideranças envolvidasdiretamente com o negócio:André Martin Stern, coorde-nador dos terminais daCoopercarga, Mauro Luiz daRocha, gerente do terminal deItajaí, e Iolar Lorenzett,cooperado e sócio fundadorda Coopercarga, queacompanhou e contribuiudesde a idealização daunidade até sua consolidação,participando até hoje dadireção da filial. Após acerimônia de homenagens,um jantar foi servido aospresentes ao som de DanielMonteiro, músico renomadoda região do Alto Vale doItajaí.

Porto do Rio Grandemovimenta mais de60 mil veículosO Porto do Rio Grande (Fone:53 3231.1023) movimentou,de janeiro a setembro desteano, 63,9 mil veículos,representando um incremen-to de 50,2% nas operações,em comparação com igualperíodo do ano passado. Onúmero atingido nos noveprimeiros meses do ano estápróximo de bater o recordehistórico do porto gaúcho,que é de 70,1 mil veículos/ano, obtido em 2007.Somente as importaçõesatingiram 60.121 unidades,registrando um crescimentode 56,7%, em relação aosnove primeiros meses de2007, quando foram embarca-dos 38.360 unidades.

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P

Ampliação

Maior CD da Avon no mundo seráinaugurado no Brasil em 2010

ara abrigar o maior Centro deDistribuição da Avon (Fone:0800 708 2866) no mundo, a

empresa de cosméticos escolheu acidade de Cabreúva, localizada a 80quilômetros de São Paulo. O Brasil éhoje o segundo maior mercado paraa Avon no mundo e a maioroperação logística – tem o maiorfaturamento em vendas, após osEstados Unidos, e mais de ummilhão de revendedoras.

“Estamos construindo este CDcom tecnologia de classe mundialpara atender à crescente demandanum mercado estratégico paranossa empresa”, conta RafaelSiqueira, responsável pelo projeto.A nova estrutura contará comtecnologia de processamento depedidos e sistemas automatizadospara simplificar e agilizar o fluxo detrabalho, visando aumentar aprodutividade e a precisão, o quegera ganhos de eficiência noscustos operacionais. Alguns dosrecursos do CD serão: tecnologia de

ponta (WMS) para o gerenciamentodo estoque, sistema de MontagemMecânica para altos volumes,garantindo alta produtividade evelocidade no processo, separaçãopor lotes para pequenos pedidos eseparação por luz para maiorprecisão na seleção de produtos,entre outros.

InvestimentosA Avon irá investir mais de

US$ 150 milhões no novo CD, queocupará uma área de 70.000 m2 emum terreno de 267.000 m2, o quepermitirá futura expansão, casohaja necessidade. As obrascomeçarão no início de 2009, e ainstalação dos equipamentos estáprevista para o primeiro trimestrede 2010, com expectativa de iniciaras operações no segundo semestredo mesmo ano.

Quando já estiver em plenofuncionamento, o CD empregaráaproximadamente 1,3 mil pessoas e

terá capacidade de entregar 70% detodo o volume de pedidos da empresano país. Para isso, a Avon planejaencerrar as atividades de seu atualCentro de Distribuição de Osasco em2011. Fora este, a empresa contacom mais dois CDs: o da Bahia(Simões Filho), responsável por 20%do total de pedidos, e o do Ceará(Maracanaú), responsável por 10%.

Siqueira conta que a escolhapor Cabreúva foi uma grandeestratégia para diminuir o prazo deentrega dos produtos. O novo CDestará localizado em uma regiãode fácil acesso às principaisrodovias do Brasil, comoAnhanguera e Bandeirantes, eperto de importantes mercados,como São Paulo, Campinas,Jundiaí e Sorocaba.

“A Avon está celebrando suapresença no Brasil e reforça seucrescimento investindo em umnovo CD de classe mundial. São50 anos no país, contribuindodiretamente para o fortalecimentoe a independência financeira paramais de um milhão de revendedo-ras autônomas. Esta nova unidadeapoiará a demanda desteimportante mercado em expansãoda Avon, bem como oferecerámais qualidade nos serviços emum ambiente altamente competiti-vo”, finaliza Luis Felipe Miranda,presidente da Avon Brasil. ●

O Brasil é, hoje, o segundo maiormercado para a Avon no mundo ea maior operação logística

Embalagens

Nefab com10 anos n

R ecebendo convidadosde países comoEspanha, Canadá e

Suécia, além de outros vindosde diversas cidades brasilei-ras, a Nefab Embalagens(Fone: 11 4785.5050)recepcionou amigos,parceiros, clientes e possíveisclientes em São Paulo paracomemorar os 10 anos daempresa no Brasil.

O evento, realizado no dia9 de outubro último, nosofisticado Espaço Manacá,nos Jardins, começou com aapresentação do consultor deriscos de transportes daChubb Seguros, Luis Vitiritti,que falou sobre prevenção deperda, apontando soluções deproteção para a Cadeia deAbastecimento, como o usode embalagens adequadasaos produtos.

Como exemplo concretodas vantagens do uso corretodas embalagens, MagnaTeixeira, coordenadora deprodução dos produtosmédico-hospitalares daPhilips VMI, demonstrou comoo projeto com a Nefabresultou em melhora dascondições dos equipamentosembalados e, conseqüente-mente, reduziu emissões denotas fiscais, energia elétrica,tempo de embalagem, mão-de-obra, frete por peso (nomodal aéreo) e cubagem (norodoviário).

Logo depois, StefanEkqvist, CEO do Grupo Nefab,contou a história da empresa,desde sua concepção, em1923, na Suécia, até hoje,

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memorao Brasil

destacando outras filiais dacompanhia, que está presenteem cerca de 35 países, e oconceito de soluções comple-tas em embalagens.

O ponto alto do evento foi aentrega da placa em homena-gem ao presidente do conselhoadministrativo da Nefab, HansNilsson, que implantou aempresa no Brasil e agora sedespede do cargo, sendosubstituído por Daniel Gómez,diretor de operações do Grupo.“Tenho certeza que o time doMarcelo vai deixar a compa-nhia crescer cada vez mais”,disse. Ele se referiu a MarceloGaspar, diretor-presidente daNefab no país, que declarou aimportância do evento, não sópelo aniversário, mas tambémpela oportunidade de homena-gear Nilsson. “Ele foi mais queprofissional, foi um amigo ecúmplice das atividades daempresa no Brasil”, contou,acrescentando que o eventotambém marcou os 150% decrescimento da filial nosúltimos 5 anos.

Participou, ainda, dacelebração, Eric Howe,presidente da Nefab NorthAmerica e responsável pelaregião das Américas.

Quem esteve presentetambém pôde assistir à históriada empresa, detalhadamente

mostrada em telões, alémde admirar algumas

embalagens daNefab decoradas àmão por artesões

da região de Embu,SP, que têm um

projeto chamado“Adote uma idéia artística!”.A idéia foi de Paula Caraça, daárea de marketing daempresa.●

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Mercado

Angellira cria sistemaslogísticos com baseno gerenciamento de risco

ção fazer sua carga chegar aodestino sem maioresproblemas, e é isso quefazemos através de softwaresautomatizados e a criação doPPP (Programa de Prevenção ePerdas) e PGR (Programa deGerenciamento de Risco)”,argumenta. “Com o passar dotempo e o mercado competiti-vo, as gerenciadoras estãoindo além da segurança,transformando toda aexperiência em informaçõesque podem ser úteis aoperadores logísticos,transportadoras eembarcadores na área delogística para otimização derecursos, redução de custos eprogramas de qualidade”,acrescenta.

Na opinião do diretorregional, as maiores dificulda-des enfrentadas no setor delogística e transportes, apesarde toda tecnologia, ainda sãoas interferências manuais e acultura de algumas empresas.“Os softwares hoje desenvol-vidos estão trabalhando comcerca de 90% de automação,o que já é um grande avançopara a melhoria das informa-ções, e esperamos chegarcada vez mais longe. Quanto àcultura, por serem softwaresautônomos e entregareminformações reais, as pessoasse sentem extremamentecontroladas, pelo fato deentregarmos relatórios,gráficos e números do querealmente está acontecendo,

proporcionando uma rápidatomada de decisões”, aponta.Ele revela, ainda, que há umaequipe treinada paraacompanhar a implantação etreinar as pessoas envolvidaspara mostrar a importância eo quanto isso trará debenefícios para a empresaem curtíssimo prazo.

Principaissoftwares

Schliemann explica que,como o sistema degerenciamento de risco édesenvolvido pela Angellira,há total liberdade paramodificá-lo da maneira que oprojeto exigir, além dapossibilidade de integrarvárias tecnologias derastreadores em um únicoponto de busca, dando totalvisibilidade às operações docliente com a criação deusuários em vários níveis devisualização e atuação.O diretor regional expõe,também, que o sistema degerenciamento de risco foidesenvolvido para funcionarautomaticamente nasanomalias (acima de 90% deautomação), o que – em suaanálise – diminui drastica-mente a possibilidade de errosdos operadores.

O executivo destaca,também, o Liraweb, que é umsoftware voltado paratransferências e tem a mesma

base do sistema de risco.Nele, todos os veículos sãovisualizados na mesma página,independente do rastreador,o que facilita e otimiza osprocessos diários. Ele apontaalgumas características dosistema: “busca de veículosvazios, integração da frota detodas as unidades, controlesdiversos (atraso, tempera-tura), roteirização, relatóriosoperacionais e gerenciais, quepossibilitam o trabalho pró-ativo”.

Outro software citadopelo diretor da Angellira é oEntregador, voltado paraoperações de distribuição,que verifica todas asinformações planejadas paraa operação e compara com oque está acontecendo emtempo real, alertando,comparando e registrandotodos os processos duranteas entregas. “Ele incluialarmes para tempo deespera em clientes, mudançade rota e paradas fora delocais definidos para entrega.Conta, também, com diversosrelatórios operacionais egerenciais que relatam tempode espera por cliente,histórico de entregas elocalização on-line dasentregas, entre outros”, revela.Ele também funciona comouma tela de SAC, na qual osfuncionários podem informar ohorário exato que a entrega iráocorrer sem a necessidade deentrar em contato com omotorista, além de prestartoda a informação necessáriadaquela entrega. Isso tambémpode ser aberto ao cliente paraque ele possa checar o statusde suas entregas.

Schliemann afirma que apreocupação da Angellira é darsuporte para a logística deseus clientes, e não apenasentregar a confiança emprevenir perdas. “Esperamos,a curto e médio prazo, olançamento de soluções quecontrolarão toda a cadeiainterna da empresa: pátio,docas, etc.”, diz.

Aproposta dagerenciadora deriscos Angellira (Fone:

49 3361.1777) – segundo seudiretor regional, Walter J.Schliemann – é o desenvolvi-mento de sistemas logísticoscom as informações oriundasdo gerenciamento de risco.Dessa forma, hoje, ele garanteque a empresa atende às maisdiferentes necessidades emtodos os modais da cadeia detransportes.

De acordo com o diretorregional, a empresa estátrabalhando para inovar cadavez mais nesse setor porquetem a idéia de que umagerenciadora de riscos nãopode se limitar apenas acontrolar a viagem e agir pró-ativamente no caso de algumaanomalia durante o percurso.Ela deve, sim, fornecer cadavez mais dados aos clientespara que utilizem a tecnologiaa seu favor na operaçãologística, nunca interferindona gestão de risco, masacompanhando suasoperações e otimizando seusrecursos.

Ele revela que a Angellira– localizada em Chapecó, SC -rastreia, atualmente, umafrota acima de 10.000veículos, dos quais cerca de6.000 também contam com ossoftwares de logística.“Contamos com uma equipede 20 programadores quedesenvolvem soluçõesvoltadas à área de logísticapara otimizar, programar eplanejar as operações.Atendemos desde transporta-doras de pequeno porte até asmaiores do mercado, além deembarcadores e distribuido-res. Atualmente, temosprojetos que acompanhamdesde a matéria-prima até aentrega ao cliente final”,complementa.

Para Schliemann, éimportante que as empresascontratem uma gerenciadorade riscos pela experiência emprevenir perdas. “Todaempresa tem como preocupa-

A empresa rastreia uma frota acima de 10.000 veículos, dos quaiscerca de 6.000 também contam com os softwares de logística

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Projetotemperatura

Devido à alta concorrên-cia entre as empresas queutilizam veículos comtemperatura controlada, epelo fato de elas zelarempela qualidade de seusprodutos acima de tudo, aAngellira desenvolveu umasolução que está inseridanos softwares de logística econtrola a temperatura emtoda a movimentação decargas: o Projeto Temperatu-ra. “O programa serve paraalertar sempre que o veículoestiver fora da temperaturaexigida para aquele produto,disparando sinais luminosose sonoros para que ooperador possa tomar umaatitude e não deixar oproduto perder qualidade,tudo em tempo real”, contaSchliemann.

Ele explica que sãoinstalados sensores emlocais estratégicos dacarreta e, através de sinaisvia satélite ou por celular, osoftware recebe a infor-mação da temperatura emtempo real e controla paraque não haja problemasdurante a viagem. “O siste-ma também armazenainformações e emite váriosrelatórios da viagem, nosquais se pode visualizar atemperatura de todo opercurso. Também, no casode vários veículos, ele faz umranking dos melhoresveículos ou grupo deveículos pelo períododesejado, qualificando osmelhores com data, hora,histórico, etc.”, destaca.

Para finalizar, o executivocomenta que este projeto jáé realidade e que a empresaestá trabalhando para que opróprio operador, sem anecessidade do motorista,possa utilizar o aparelho coma ajuda da tecnologia, semintervenção de ninguém.“Temos uma grande empresade alimentos que controlatoda a temperatura da frota,tanto em transferênciascomo na distribuição, queobteve resultados expressi-vos na melhora do atendi-mento ao cliente, qualidadedos alimentos e diminuiçãona perda de produtos,premiando mensalmente osmelhores transportadores, osque tiveram melhoresresultados em temperaturacom o uso de nossassoluções”, conclui. ●

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Expansão

Elettric 80 chega ao Brasil oferecendosoluções de automação de fim de linha

C omeça a operar no Brasil aElettric 80 (Fone: 193886.5488), fornecedora

global de soluções na área logísticapara fins de linha de produção,nascida na Itália em 1980. Instaladaa princípio em Vinhedo, SP, aempresa terá o Brasil como basepara todas as operações na AméricaLatina, devido ao maior potencial dopaís dentro da região.

As soluções logísticasoferecidas pela Elettric 80 sãovoltadas para indústrias dealimentos, papel, farmacêuticas, decosméticos, etc., envolvendoequipamentos e projetos completosde automatização que visam àmelhoria da rentabilidade eeficiência de produção, garantindoa rastreabilidade dos produtos.“A introdução da nossa tecnologiaajuda as empresas a reduziremcustos e a movimentaremautomaticamente os produtos noarmazém de modo rápido, seguro e

Grassi: as soluções são voltadaspara indústrias de alimentos,papel, farmacêutica e decosméticos

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econômico, sem danificar o produtoe a estrutura de armazenagem”,afirma Enrico Grassi, presidente daempresa.

A proposta baseia-se nosistema de movimentaçãoFreeway®, que emprega robôs depaletização; veículos automáticoscom condução a laser (LGV);sistemas de stretching por meio derobô de alta velocidade: oSilkworm, que estica o plástico aomáximo, economizando em peso40% de filme; etiquetadoras,fundamentais para rastreamentodos produtos; e sistema deEstocagem e Recuperação dePaletes (SRV), fundamentado noLGV, que combina capacidades deestocagem, gerenciamento dearmazém e transporte, e podeempilhar até quatro paletes dealtura. Todo o processo é comanda-do centralmente pelo Sistema deGestão de Estoques (WMS).

Com isso, a logística inteirapassa a ser automática, realizadapor robôs, garantindo umaeficiência de 99,8%, somandotodas as linhas de máquinas,

conforme salienta Grassi. Mas issonão exclui a participação humana noprocesso. É fundamental umprofissional para dar o start namovimentação, bastando um paracontrolar 10 linhas de produção.

Para atuar neste mercado, épreciso ter formação especializadanos equipamentos eletrônicos. Porexemplo, em parceria com a Elletric80, o SEST/SENAT de Caxias do Sul,RS, já enviou estudantes paraestágio em uma empresa do exteriorque utiliza o sistema robotizado parafim de linha. “O mercado brasileirovai explodir, é preciso ter gentepreparada”, declara Enzo Squillaro,representante da empresa naAmérica Latina. Por sua vez, LucaGuidetti, gerente de pós-vendaspara a mesma região, acrescentaque o objetivo da companhia étrabalhar com pessoas locais, paraatender melhor aos clientes do país,e lembra que a formação é muitoimportante.

A Elettric 80 não oferece apenasmaquinário e tecnologia robótica.Durante todas as fases de implemen-tação, uma equipe está disponívelpara ajudar e aconselhar nodesenvolvimento da solução: desdeo conceito e projeto iniciais,passando por teste e simulações,chegando até a implementação esuporte pós-vendas.

Apostando no sucesso da soluçãono Brasil, Squillaro espera umfaturamento de 1 milhão de Euros nopaís até o final do ano, apesar deacreditar que os empresáriosbrasileiros se auto-subestimam,dizendo “isso não é para mim”.“Mas é sim. Há muito que se fazerem consciência logística”. Ao queGrassi acrescenta: “o futuro de todopaís é a automatização da logística”.

Mais novidadesEm dezembro deste ano, a

Elettric 80 começará a produzirempilhadeiras automáticas abateria. O próprio veículo auto-carrega a bateria, que dura 16horas. “Isto gera uma grandeeconomia, pois ela possui o dobrode vida das baterias comuns”,conta Squillaro.

Outra novidade é o GPS interno,previsto para o próximo ano. A áreade produção contará com umaantena eletrônica rotativa, queaumenta a segurança, revela Grassi.

A empresaA Elettric 80 tem entre seus

clientes Nestlé, Coca-Cola, Unilever,Danone, Gerber, Barilla, Ferrero,Saint Goban, Beierdorf/Nívea e asprincipais cervejarias globais, comoMiller, Carlsberg, Foster e Modelo.Com a Tetra Pak, tem uma parceriaglobal e exclusiva. A empresatambém começou a atuar emCentros de Distribuição, como o deLagena, na Suécia, o primeiro CDtotalmente automatizado do mundo,com 15 mil posições paletes. A sededa Elettric 80 fica em Viano/ReggioEmilia, ao norte da Itália, e aempresa possui filiais nos EstadosUnidos, na Suécia, no Reino Unido,na Polônia, na Austrália e, agora, noBrasil. A empresa vem crescendo de20 a 25% ao ano, nos últimos cincoanos, e deve fechar 2008 comfaturamento de 66 milhões deEuros. ●

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NotíciasRápidas

Modular Cargasamplia estruturano Rio de JaneiroA filial da Modular Cargas(Fone: 21 3545.0800) no Riode Janeiro, RJ, está em novoendereço: no Condomínio deCargas Cargo Center Dutra 1,em Pavuna. A nova unidadeestá localizada estrategica-mente para atuar emoperações logísticas e notransporte rodoviário decargas, inclusive de produtosquímicos perigosos e nãoperigosos (carga embalada)para todo o Brasil. Com aampliação, a Modular estápreparada para investirfortemente no mercado doRio de Janeiro, garante aempresa.

Bracor inicia obrasde condomíniologístico emManaus, AMEspecializada em terceiriza-ção imobiliária, a BracorInvestimentos Imobiliários(Fone: 11 3053.7777) jáiniciou as obras de umempreendimento para o setorde condomínios logísticos:o Brapark Manaus, localizadono bairro de Tarumã, nacapital do Amazonas.O condomínio logístico fica a13 Km do Centro de Manaus,a 5 Km do AeroportoInternacional da cidade ecom fácil acesso ao Porto deManaus. Ocupando umterreno com área total de192.000 m2 e 63.338 m2 deárea construída, o BraparkManaus contará com doisgalpões. O primeiro terá umaárea total de 49.000 m2 quepoderá ser dividida em oitomódulos de 6.120 m2 cadaum. Já o segundo galpão terá14.338 m2, com 12.300 m2

destinados à estocagem.Ambos contarão com pé-direito de 12 m livres e pisocom capacidade para seistonelada por metro quadrado.Além dos galpões modulares,o condomínio logísticocontará com restaurante,ambulatório, caixaseletrônicos, vestiários e pátiode estacionamento paracaminhões e automóveis.

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Negócio Fechado

Ceva firma novo contrato com SABICe amplia atividades para a Ford

A Ceva (Fone: 0800 7703987) acaba de assinar novo contrato com a SABIC InnovativePlastics para realizar a distribuição de produtos acabados para a região Sudeste. Essaatividade, iniciada em maio de 2008, consiste no transporte de pedidos urgentes e regulares,nas modalidades fracionada e lotação (entrega dedicada a um só cliente), com cerca de25 veículos diários, englobando mais de mil entregas mensais nos estados de São Paulo,Rio de Janeiro e Minas Gerais.

A operação, que representa algo em torno de 70% do volume produzido pela SABICInnovative Plastics, abrange o transporte de polímeros de engenharia utilizados por empresasde transformação de plásticos de alta performance. A Ceva também se tornou responsávelpela movimentação de peças dos processos de produção da fábrica de motores e transmis-sões da Ford, localizada em Taubaté, SP. Desde 1996, a CEVA já trabalha com três turnosdiários na montadora em Taubaté, para atender à demanda do contrato. Esta nova atividade demovimentação de peças entre os processos produtivos, que antes era realizada pela própriaFORD, engloba as fábricas de motores, transmissões e chassis. Com o novo serviço foramcontratados 35 funcionários, totalizando 162 pessoas dedicadas ao cliente.

Locanty compra125 caminhões Volkswagen

A Locanty (Fone: 21 2671.7600), empresa de coleta de lixo que atua em diversascidades do Rio de Janeiro, está renovando sua frota de cerca de 500 caminhões.Já estão operando em cidades como Resende, Barra Mansa, Volta Redonda e Duque deCaxias, 39 Volkswagen 17250E Worker equipados com transmissão automática Allisonsérie 3000, e a previsão é de que mais 125 veículos do mesmo modelo passem a circularaté janeiro de 2009, numa operação que representou investimento de mais deR$ 45.000.000,00. Os VW 17250E Worker têm motor Cummins Interact 6.0 litros de250 CV e já saem da fábrica com as transmissões automáticas instaladas.

Metrolog e Jadlog ajudamItaú Criança a enriquecer acervode bibliotecas

A Metropolitan Logística (Fone: 11 2802.2000) e a Jad Logística (Fone: 47 3801.3847),que prestam serviços ao Itaú, aportaram sua expertise ao programa Itaú Criança, criadopelo banco para defender os direitos da criança e do adolescente. Na primeira semanade outubro elas iniciaram o envio aos quatro cantos do país de cerca de 2.700 kits de100 livros, juntamente com uma estante móvel, que serão entregues a agências do Itaú,Itaú Personnalité e lojas Taií para doação a escolas públicas próximas adotadas.O segundo passo foi a montagem dos kits por voluntários do Itaú e da MetropolitanLogística, a identificação por meio de etiquetas e o despacho por transporte rodoviáriopara todo o Brasil, onde estão presentes agências do Itaú e lojas Taií. Todo o transporterodoviário e as entregas nas agências e lojas foram feitos pela Jad Log. O material foitransferido para o terminal de cargas da empresa e despachado por meio da frotaprópria para todo o Brasil.

Cosan e ALL se unem para otransporte ferroviário de álcoolao Porto de Santos

A Cosan, considerado o maior grupo sucroalcooleiro individual do Brasil, fechouparceria com a ALL – América Latina Logística (Fone: 41 2141.7555) para o transporteinédito de álcool via ferrovia com destino ao Porto de Santos. A operação faz parte deum projeto-piloto que compreende o transporte de 3,6 milhões de litros de etanol deBauru, SP, diretamente para o Terminal Exportador de Álcool de Santos (TEAS), no Portode Santos, onde segue para exportação. Serão utilizados 15 vagões-tanque, comcapacidade de 60 m3 a 100 m3 cada. O contrato possibilitará à ALL participar do fluxo deexportação de etanol da Cosan numa operação pioneira em Santos.

Total Express é a operadoralogística do Wal-Mart

A Total Express (Fone: 11 2168.3200) é a responsável, desde 1º de outubro último, pelasoperações de fulfillment – gestão de estoque e processamento de pedidos do Walmart.com.br.Ao todo, mais de 50 profissionais da Total estão envolvidos nesse atendimento, que incluiu, ainda,logística de distribuição, com entregas (cobertura nacional) dos produtos da rede varejista. Nagestão de estoques, o controle é feito a partir de coletores digitais móveis, que garantem agilidadeao processo, pois as etapas operacionais podem ser acompanhadas em tempo real pelo cliente.

Dicico adquire coletores dedados da Honeywell

A Dicico (Fone: 11 6165.2500) anuncia a aquisição de mais 20 coletores de dadosDolphin 7900 da Honeywell Imaging and Mobility, para aprimorar os seus processoslogísticos. As novas unidades se juntam aos 100 operados desde 2005 no Centro deDistribuição e nas 39 lojas da rede. O equipamento é utilizado em praticamente todas asoperações e áreas da companhia. No Centro de Distribuição – de mais de 30 mil m² –, aaplicação consiste na separação e entrada, conferência de mercadorias, além deauditoria. Também há um coletor em cada loja para conferência de preço e de estoque.O Dolphin 7900 permite, ainda, comunicação sem fio com impressoras, celulares, accesspoints e qualquer equipamento com tecnologia compatível.

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Assintecal fechaparceria paraassociadosA Assintecal – AssociaçãoBrasileira de Empresas deComponentes para Couro,Calçados e Artefatos (Fone:11 3255.8191) fechou parceriacom a empresa Vega BrasilAssessoria e obteve 10% dedesconto em transportesinternacionais e serviços deimportação e exportação aosassociados de São Paulo.A Vega oferecerá serviços deembarque-frete, seguro,cronograma, despachoaduaneiro, pós-embarque,certificado de origem, etc.

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Bycon lançasolução IP paramonitoramento deambientes móveisEmpresas que lidam comfrotas, logística, entregas etransporte de valores passama contar com uma soluçãodiferenciada: o Vpon Mobile.Trata-se de uma solução paraapoio à logística e segurançapatrimonial com recursos devisualização em tempo realdo veículo ou local monito-rado. Possibilita o monitora-mento de vários veículossimultaneamente e o controlede dispositivos, além deexecutar diversos comandos,como desligar o veículo, falar eouvir o ambiente monitorado,receber e ouvir alarmes.Em caso de eventos, a centralou o usuário cadastradorecebe alarmes com enviosde e-mails, fotos e avisos.Permite múltiplas operaçõessimultâneas local ou remota-mente como visualização,play-back e gravação, alémde interatividade comprograma de monitoramentocentralizado.

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LogísticaEm termos de logística,

Traver revela que a Imcopatrabalha sempre com frotasterceirizadas e dispõe deCentros de Distribuiçãolocalizados em Curitiba eCambé, PR, e Guarapuava, SP,além de inúmeros representan-tes espalhados pelas regiõesSul e Sudeste. “Em nívelinternacional, temos CDs emMontoir, na França, emRotterdam, na Holanda, emBrake, na Alemanha, eparceiros no Mediterrâneo, emespecial na Itália. A partirdesses CDs atendemos a todo omercado europeu, além deoutras localidades, como Ásia,Austrália, Nova Zelândia,América Latina, etc.”,acrescenta.

O diretor revela que aarmazenagem do óleo de soja“Leve” é uma etapa muito curtado processo, já que ele éembarcado para os clientes dasregiões Sul e Sudeste imediata-mente após a produção.“Mesmo em nossos clientes oproduto não permanece emestoque por muito tempo, emmédia apenas uma semana.É um produto de altarotatividade e que exige

entregas just-in-time para amaioria dos casos. O óleo éembalado em embalagens PETacondicionadas em caixas depapelão com 20 garrafas de900 ml cada. Ele pode serarmazenado em temperaturaambiente, sendo protegidoapenas das intempéries, comochuvas, por exemplo”,descreve o executivo.

Ele garante que a logísticanão deve apresentar grandesdificuldades para a distribuiçãodo produto, uma vez que hásuficiente disponibilidade deveículos e o produto não exigegrandes cuidados. “Já operamoscom empresas transportadorasterceirizadas, as quais estãopreparadas para efetuar todo otransporte até os nossosclientes sem nenhumadificuldade. A maior parte denossas vendas é feita paragrandes clientes ou redes quecompram cargas fechadas(um caminhão ou mais)”,relata. A única mudança foiquanto ao tamanho daoperação. “Estamos saindo de150 mil caixas por mês para1.4 milhões. O sistema éabsolutamente o mesmo”,conclui Traver. ●

AImcopa (Fone: 412141.8000), fabricantee exportadora de

produtos derivados de soja não-trangênica que processa cercade 7.000 toneladas de sojadiariamente, está redirecionan-do a distribuição do óleo de soja“Leve” – que até pouco tempoera quase toda destinada aomercado externo – para omercado interno, onde afirmater o diferencial de oferecer umproduto certificado não-transgênico e sustentável.

Com a mudança, o produtopassa a ser apresentado aomercado nacional em uma novaembalagem PET, com as duascertificações de garantia deorigem no rótulo. “A Imcopa éuma empresa exportadora pornatureza. Sempre relutamos emparticipar do mercado internotemendo a concorrência dasgrandes multinacionais.Percebemos, agora, que temosum diferencial importante aopodermos oferecer ao consumi-dor um produto certificado.Diante disso, decidimos atuarativamente no mercadointerno”, explica o diretor deoperações, José Enrique MartiTraver.

De acordo com a Imcopa, anova estratégia foi adotada emvirtude dos dois selos dacertificadora norte-americanaCert-ID. “Um deles atesta orastreamento do processoindustrial desde a semente atéo produto final: o Non-GMO.O outro – ProTerra – asseguraque a indústria compra soja deáreas não desmatadas desde1994 e que não utiliza mão-de-obra infantil ou escrava. Nototal, a certificação tem umacentena de pré-requisitos e éreconhecida pela World WildFund for Nature (WWF). Atéabril do ano que vem, a Imcopaaumentará de 4,5 mil para 22,9mil toneladas a oferta doproduto no Brasil”, garante aempresa.

Óleo de soja

Imcopa passa adistribuir para omercado nacional

Traver: “a maior parte de nossas vendas é feita para grandes clientesou redes que compram cargas fechadas (um caminhão ou mais)”

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NotíciasRápidas

Active está empesquisa globalde TIEspecializada em sistemas deautomação e informatizaçãopara os mercados farmacêuti-co, cosmético e alimentício, aActive (Fone: 11 4994.4600)está pela segunda vezconsecutiva relacionada napesquisa de sistemas MES –Manufacturing ExecutionSystem da Logica, principalprovedora de TI da Europa.A listagem de 55 empresastem como objetivo mostrar asprincipais soluções edesenvolvedores para que setenha referências no mercadomundial. A Active é a únicaempresa da América Latina aconstar da listagem em 2007e 2008. Com mais de 10 anosno mercado de TI, a compa-nhia é 100% brasileira econta com escritório noMéxico e atuação em toda aAmérica Latina. Atende aosmercados com a soluçãoAccurate para o gerencia-mento de processos que vãodesde a entrada da matéria-prima até a entrega doproduto finalizado. O sistematem interface com osprincipais sistemas ERP, comoSAP, Datasul, BPCS e JDE,entre outros.

Tecnotextil lançacinta para altastemperaturas

A Tecnotextil(Fone: 133229.6100)anuncia olançamento daproteção deAramida,material que

evita o desgaste da cinta demovimentação de cargas eque é utilizado comumente nablindagem de automóveis ecoletes à prova de bala,resistindo a temperaturas decontato acima de 300º C.A empresa também ofereceprodutos específicos paramovimentação de tubos, comoa Patola, atualmente utilizadapara movimentar os tubosrevestidos de concreto queformarão o gasoduto do ProjetoMexilhão, em São Sebastião,na Bacia de Santos, SP.

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ECOBLOCK

Madeirabiossintética:uma formade preservarflorestas

roveniente da reciclagem deresíduos sólidos industriais, amadeira biossintética, produzida

pela Ecoblock (Fone: 31 3385.9994), é umaalternativa para substituir a madeiranatural, preservando o meio ambiente egarantindo as mesmas funcionalidades.

Segundo a diretora executiva daEcoblock, Marta Borges, preocupação como meio ambiente e responsabilidade socialsão os princípios que fundamentam toda afilosofia da empresa. “A reciclagem decentenas de toneladas de resíduos sólidospor mês contribui consideravelmente para apreservação de florestas e manutenção derecursos para gerações futuras”, aponta.

Ela conta que a madeira biossintética,hoje, é utilizada pelos segmentos industrial,moveleiro, construção civil, arquitetura,exportação e paisagismo. “Os produtosdesta madeira podem ser utilizados nafabricação de paletes, caixas, decks depiscinas, piers, pisos internos e externos,mezaninos, caxepôs, espreguiçadeiras emesas, entre outros”, revela Marta.

Marta conta que este material éresultante de um complexo processo detransformação – misto de plásticos efibras – e permite vantagens, comoimpermeabilidade, maior durabilidade,resistência a altas e baixas temperaturas,imunidade a cupins, maleabilidade,mesmo sendo esteticamente muitoparecida com a madeira natural. Alémdisso, também pode ser parafusada,pregada ou cortada.

Para a diretora da empresa, o fato deter passado dois anos desenvolvendoprojetos, aprimorando produtos e, agora,colher os frutos de um material que podesubstituir a madeira natural, diminuindo odesflorestamento, é um retorno extre-mamente positivo e gratificante, em umdos países que, segundo ela, mais sofremcom a questão ambiental. “Somos um dospaíses que mais sofre com a biopirataria,tráfico de animais silvestres, má gestão deórgãos públicos ambientais, etc.”, comenta.

Em contrapartida, Marta diz que oBrasil é uma das nações com maiornúmero de remanescentes de vida animale vegetal do planeta. Para ela, pensarmacroeconomicamente pode melhorar oquadro atual nacional e mundial e iniciativascomo a da Ecoblock podem garantir asatisfação microeconômica (entre clientese funcionários), sem ignorar a importânciado resultado de suas ações no meioambiente e na sociedade como um todo.●

VIPAL

Empresa trocaexperiências edá incentivoa açõesambientais

abricante de produtos para reforma e reparos de pneus ecâmaras de ar, a Borrachas Vipal (Fone: 54 3242.1666),especialista na tecnologia de vulcanização a frio, vem

demonstrando grande senso de responsabilidade ambiental ecriou um canal de troca de experiências e de incentivo às açõesambientais: o projeto “Sementes de Atitude”.

No site exclusivo do programa (www.atitudevipal.com.br)são disseminadas idéias, conteúdos e discussões sobre açõesem prol do meio ambiente. “Sentíamos a falta de um canal detroca de experiências e de incentivo às ações ambientais. Enada melhor do que a Internet para proporcionar acessibilidadee disseminação dos temas”, explica João Carlos Paludo, vice-presidente da empresa.

Visando ser um exemplo para que outras empresas acordempara a importância dos cuidados com a natureza, a Vipal possuiuma política que garante que “todos os funcionários sãotreinados e conscientizados com o intuito de ‘fazer meioambiente’ como uma atividade do seu dia-a-dia. E esta mesmapreocupação é repassada às comunidades das cidades onde aempresa atua”.

Uma das principais preocupações da empresa é a reformade pneus, que proporciona benefícios como economia depetróleo, energia elétrica e matéria-prima. Só em 2006 a Vipalfabricou produtos para a reforma de aproximadamente 3,5milhões de pneus. “Sabemos que, depois do combustível, ospneus representam o segundo produto de maior custo notransporte. Imagine a economia gerada por uma transportadora,por exemplo, ao optar pela reforma”, justifica Maria Locatelli,diretora de negócios internacionais da Vipal.

Pensando nisso, a empresa criou o selo “ECO” para reforçara importância da reforma de pneus e o compromisso com odesenvolvimento sustentável do planeta. “Além do benefícioambiental, a reforma de pneumáticos, que no Brasil atinge 70%da frota de transporte de carga e passageiros, pode reduzir ocusto do quilômetro rodado em mais de 50%. Por isso, o selo‘ECO’ é extremamente assertivo e representa originalmente osbenefícios dos nossos produtos para a sociedade”, destaca Paludo.

Ainda na onda das ações de preservação ambiental, a Vipalcriou o “Programa Permanente de Economia de Água” edesenvolveu um sistema para coletar água diretamente dachuva que, hoje, atende a 25% do consumo na linha deprodução. Além disso, realiza coleta seletiva de lixo, seguindoas orientações do Conselho Nacional do Meio Ambiente.Segundo informações da empresa, os resultados com aimplantação da coleta seletiva permitiram conhecer melhor oresíduo gerado, quantificá-lo e até gerar receita com a vendados mesmos para reciclagem.

Outra contribuição da fabricante de produtos para reforma ereparos de pneus é a disponibilização da Fazenda Tupi, em NovaPrata, RS, como laboratório de pesquisas para o curso deEngenharia Florestal da Universidade Federal de Santa Maria,que vem desenvolvendo projetos de pesquisa que contribuirãopara a conservação da Floresta de Araucária.

Em reconhecimento às ações desenvolvidas, recentemente,a empresa recebeu o Prêmio de Responsabilidade Ambiental,promovido pela Associação Riograndense de Imprensa einstituído pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente do RioGrande do Sul, por contribuir com a construção de um novomodelo de desenvolvimento sustentável. ●

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NotíciasRápidas

Fiorde passaa atuar comarmazenageme distribuiçãoPara oferecer tambémserviços de armazenagem edistribuição, o Grupo Fiorde(Fone: 0800 773.4010) crioua Fiorde Armazéns Gerais,que conta com instalaçõesde 3.500 m2 no bairro daAlemoa, próximo ao Portode Santos, SP. “Com isso, oGrupo centralizou osserviços de despachos,armazenagem e transpor-te”, conta o vice-presiden-te, Mauro Lourenço Dias.A nova empresa vem sejuntar à Fiorde LogísticaInternacional, criada paraatuar na área de despachose assessoria aduaneira, e àFiorde Cargo, que prestaserviços na área detransporte de cargasrefrigeradas de alimentos emedicamentos comautorização da Anvisa.O Grupo conta hoje comfiliais em Santos, Campinase Jacareí, em SP, BeloHorizonte, MG, Manaus,AM, Salvador, BA, Rio deJaneiro, RJ, e nosaeroportos de Guarulhos eViracopos, SP, além deagentes subcontratadosnos principais portos eaeroportos do país. Pormeio de sua parceria com aAgility, faz parte de umarede de 550 centros deserviços logísticos earmazéns que estápresente em mais de 100países e envolve 32 milprofissionais, cobrindo Ásia(Pacífico), Europa, OrienteMédio, África, América doNorte e América Latina.

Mesquita investeem sistema WMSA Mesquita (Fone: 114393.4910) está implantandoum novo sistema degerenciamento de depósitos,o WMS - WarehouseManagement System.O software está sendoimplantado pela Alcis,empresa que desenvolvesoluções de tecnologia paraSupply Chain e logística.

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Terceirização

Operadores logísticose montadorasuma relação movida a particularidadesPARA DEDICAR-SE AO SEU CORE-BUSINESS, AS MONTADORAS TERCEIRIZAM TODO O PROCESSO LOGÍSTICOOU PARTE DELE, EXIGINDO DO OPERADOR ATUALIZAÇÃO NA ÁREA DE TI E INTEGRAÇÃO DOS SISTEMAS,ENTRE OUTROS. POR SUA VEZ, OS OLs OFERECEM UMA SÉRIE DE INDICADORES DE DESEMPENHO EOUTROS SERVIÇOS, COMO MILK-RUN E ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUES.

sta matéria especial darevista Logweb tem comofoco as atividades dos

operadores logísticos realizadaspara as clientes montadoras. Sãodetalhadas as soluções ofereci-das, os indicadores de desempe-nho utilizados e como sãoresolvidos os problemas. Nosboxes espalhados pela matéria,conheça como é o processologístico destacado pelaspróprias montadoras, queanalisam as vantagens daterceirização.

Serviçoslogísticosespeciais

Há cinco anos, as maioresmontadoras de automóveis doBrasil decidiram construirfábricas longe de tradicionaiseixos de produção, segundocontam Bruno Crelier, gerentegeral de cabotagem e Mercosul,e Daniel Amaral, do setor dedesenvolvimento de projetos decabotagem da Aliança Navega-ção e Logística (Fone: 115185.5600). “Hoje, o setor já

A cabotagem também é utilizada pelas montadoras, seusclientes e fornecedores, realizando embarques fracionados

Volvo terceiriza parte dasoperações logísticas

Na Volvo do Brasil Veículos (Fone: 0800 411050), operaçõeslogísticas são parcialmente terceirizadas porque a empresa en-tende que uma parcela da operação é de caráter inerente aoprocesso de uma empresa montadora, e não vê até o momentomotivação para isto, sequer benefícios financeiros.

As operações logísticas terceirizadas são o milk-run de cole-tas de componentes, o transporte de distribuição de veículos e aconsolidação de cargas internacionais. “Os benefícios daterceirização são hoje em especial relativos à qualidadeda operação, que, em especial no caso de cargas internacionais,não teríamos condição de fazer em função da grande malhaenvolvida. No geral, há o fato de sermos um fornecedor de solu-ções de transporte comercial. Operadores logísticos de fretessão nossos clientes e não concorremos com estes. Assim, aterceirização de tudo o que for relativo a frete nos é inerente àafirmação anterior”, salienta David Knopfholz Becher, gerentede logística – manufatura da América do Sul.

Em função do tipo de serviço, a montadora exige comunica-ção EDI – Eletronic Data Interchange, considerado TI o pontocentral. “As informações disponíveis ao terceirizado devem sem-pre migrar por comunicação eletrônica, ou o terceiro deve operardiretamente nos nossos sistemas”, diz, destacando o envio deASNs – Advanced Shipping Note, consolidados como ponto fun-damental nesta comunicação.

Quanto ao gerenciamento de risco, Becher conta que ele ésempre exigido. “A partir deste ponto, exigências distintas po-dem ser definidas em função do tipo de carga”, expõe.

Falando em problemas na terceirização, o profissional apon-ta que os níveis de maturidade dos serviços são muito distintospor parte dos operadores. “Sobre fretes de carga geral, há umnível incomparável com a distribuição de veículos rodando porpróprios meios, por exemplo. Temos que ter expertise de rela-ções muito distintas. É nesse ponto que a quarteirização se tor-na, ao mesmo tempo, interessante e mais complicada.”

Outro ponto salientado por Becher é que um dos benefíciosesperados pela terceirização é tornar investimentos em equipa-mentos como custo variável pela compra de serviços. “Entretan-to, os provedores de serviço comumente pedem extensões decontrato que cubram boa parte do período de amortização dosequipamentos, desaparecendo a vantagem financeira do risco,diminuído por conquista de mais clientes”, exalta.

A Volvo também tem operações quarteirizadas, através daVolvo Logistics, empresa do próprio grupo que, em determinadoscasos, atua como terceiro e, em outros, como quarto.

Também são oferecidos serviços de milk-rune administração de estoques

comemora o êxito dessadesconcentração que exigiu, emcontrapartida, a desconcentra-ção da matriz de transporte queestava completamentedependente do rodoviário, mas

entendemos ainda que há muitoespaço para crescer”, observam.

A Aliança Navegação eLogística oferece soluções(taylor made) na utilização dacabotagem para montadoras,seus clientes e fornecedores,realizando embarques fraciona-dos de São Paulo e Rio Grandedo Sul para Norte e Nordeste,oferecendo Centros deDistribuição para recepção edistribuição de peças ecomponentes, como tambémtransporte de veículos, passeioe utilitários, desenvolvimentoem conjunto de embalagenspróprias a utilização decontêineres, coletas e entregascom agendamento prévio,aumentando a previsibilidadedas operações.

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Sobre a interfaceoperador/montadora, aempresa tem váriasalternativas, como sefosse um hub, e o clienteescolhe em qual soluçãoplugar-se. “A maiscomum e de melhordesempenho são assoluções via EDI”,revelam Crelier eAmaral.

Já a Brasilmaxi(Fone: 11 6889.6100)oferece às montadorasserviços de milk-run eadministração deestoques, “semprebuscando uma melhoriacontínua de processo,gerando ganhos deprodutividade”, adicionaAlvaro Fagundes Jr.,gerente de desenvolvi-mento de negócios.A empresa desenvolvesoluções no abasteci-mento da linha demontagem, na distribui-ção e soluções deadministração deestoque, tanto in-housecomo através dearmazéns gerais.“A interface com amontadora é feitaatravés de funcionárioresidente, responsávelpor toda a operação eacompanhamento dosKPIs”, acrescenta oprofissional.

Na Ceva Logistics –Divisão ContratosLogísticos (Fone: 114072.6200), cerca de65% do seu faturamentoé gerado no setorautomotivo. “Nossosclientes podem contarcom serviços nosdiversos pontos dacadeia de suprimento,seja no fluxo inbound,suporte à manufatura,outbound e serviços devalor agregado”, contaRuy W. Nogueira,gerente de desenvolvi-mento de negócios.Dentre os principaisserviços, os destaquessão: milk-run,seqüenciamento,montagem de kits,controle de qualidade,submontagem, planeja-mento de estoques,embalagem, abasteci-mento de linha,armazéns dedicados oucompartilhados, CKD,distribuição, call center elogística reversa.“As operações sãoimplementadas com a

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Sempre há terceiros nas operações logísticas da Cummins

Schain: “com aterceirização, deixa-sede despender energiaem algo que não é aprioridade da empresa”

Nas operações logísticas da fabricantede motores diesel Cummins (Fone: 0800123300) sempre há um terceiro envolvido.Existem casos em que a empresa faz a en-trega, e outros em que os clientes são res-ponsáveis pelo transporte, contratando ter-ceiros. Segundo o gerente de marketing, LuisSchain, cada empresa tem um estilo, algu-mas tem domínio do transporte, cadencian-do com a produção, outras acreditam que nãofaz parte da atividade da empresa. “Existeuma tendência de o próprio fornecedor fazereste tipo de trabalho, a decisão depende dodesempenho”, aponta.

Algumas atividades, como a entrega domotor, no caso feita pela Julio Simões, éterceirizada, alguns milk-runs sempre temuma empresa envolvida, conta Schain, e ati-vidades internas de apoio, como manuten-ção e restaurante também. “Com a terceiri-zação, deixa-se de despender energia emalgo que não é a prioridade da empresa, fi-cando a preocupação somente para a ativi-

dade-fim”, salienta. Outra vantagem, segun-do o gerente de marketing da Cummins, é anão necessidade de administrar folha de pa-gamento. E chama a atenção para a revisãorotineira dos contratos, para não ficar na zonade conforto. Para Schain, ganho de produtivi-dade é ter alguém para fazer o gerencia-mento, já que é natural empresas com maisexperiência executarem a operação logística.

Sobre as exigências de TI, o gerente demarketing considera que é importante ter re-latórios gerenciais para entender o desem-penho do negócio, saber em que parte do flu-xo estão ocorrendo os problemas, promoven-do uma tomada de decisões conjunta entreempresas fornecedoras, transportadores eclientes. “Tem de ter parceria com quem for-nece e para quem fornece, se não for assim édifícil obter resultado, principalmente nummercado comprador, como o atual”, frisa.

Em regimes fiscais não muda muito, paraSchain. “Se o cliente vem buscar, ele arca comisto, se fazem o frete, isto é incluído no pro-

metodologia ZDS (falha zero),que permite a correta implanta-ção dos projetos e soluções”,adiciona.

Duas soluções importantesda Ceva são os Produtos Smarte Lean. Um dos produtos Smartvoltado para o setor automotivoé o AMS – AutomotiveManufacturing Support, ouSuporte à ManufaturaAutomotiva. “Esta soluçãopermite a implantação deatividades padrão e de altaperformance com as melhorespráticas da empresa mundial-mente”, explica Nogueira. Já oLean é uma metodologiabaseada no conceito Toyota deprodução e que a Ceva aplica àlogística. O objetivo é aumentara produtividade dos clientes,reduzir custos e melhorar níveisde qualidade e serviços.“O programa Lean conta comuma estrutura central que aplicaas ondas de implementação emtodo o mundo com a participaçãode times de diversos países”,complementa o gerente dedesenvolvimento de negócios.

Por sua vez, a Delta Records– Serviços Logísticos (Fone: 114208.900) oferece serviços dearmazenagem, operações emcross-docking, gestão detransporte e operações in-house. “As soluçõessão implantadas com foco naqualidade e asseguradas pelaISO 9001:2000 com o objetivo demelhorias na produtividade”,assinala o superintendentecomercial, Pérsio de Carvalho Jr.

A Delta opera com sistema

duto. Como o início e o fim são o mesmo, nãohá grandes mudanças”, diz, lembrando que ogerenciamento de risco é exigido em 100%dos casos.

O maior problema na terceirização, segun-do o profissional, não é na própria operaçãono dia-a-dia, e, sim, ter foco no gerenciamento.“Existe a exigência pelo gerenciamento de in-formações para que as decisões sejam toma-das e haja o entendimento das causas raízesquando se gera o problema. Se há um proble-ma de entrega, em que parte está isto? Nosrelatórios de gerenciamento é que é possívelentender”.

Sobre quarteirização, Schain diz que éperceptível que as empresas partem para esteserviço em função da demanda crescente, con-tratando outra companhia para fazer fluir, e nãopor opção natural. “Seria uma opção temporá-ria, para agregar várias operações, mais comouma ferramenta para atender a uma situaçãoespecífica do que algo duradouro – é difícil admi-nistrar operações com várias empresas”, diz.

Crelier, da Aliança: houvedesconcentração da matriz detransporte, antes dependentedo rodoviário

EDI, que permite total interfaceoperador/montadora, o que,além de reduzir custos,simplifica e agiliza a gestão donegócio, garante a empresa.

Às montadoras, a IDLogistics (Fone: 11 3809.3400)oferece “performance nasatividades executadas,sistemas operacionais que lhesproporcionam transparência econfiabilidade nos processosoperacionais, reduções de custoe acuracidade de inventários,entre outros”, destaca NiltonCorreia Santos, gerente de site.

Um exemplo de soluçõesimplantadas é o SGK – Sistemade Gerenciamento do Kanban.“Este sistema proporciona àslinhas de produção solicitar ereceber os produtos dentro deum tempo estipulado, além dedar visibilidade aos usuáriossobre a situação do estoque

desses produtos, o que facilita natomada de decisão num provávelset-up”, explica Santos.

A interface com amontadora foi desenvolvida como uso do EAI – EnterpriseApplication Integration, ouIntegração de AplicaçõesCorporativas, ferramentas quepossibilitam a troca deinformações entre os sistemasutilizados pelo clienteArvinMeritor (Oracle) e ossistemas de gerenciameto dearmazéns (WMS Infolog)utilizados pela ID Logistics doBrasil. “Desta forma, diariamen-te executam-se diversasconciliações que objetivamidentificar e corrigir eventuaisdivergências de informaçõesentre os sistemas. E periodica-mente são realizadas reuniõespara abordar este tema”, expõeo gerente de site.

Fiat terceiriza inbound,material handlind eoutbound

Na Fiat Automóveis (Fone: 0800 7071000), as operaçõeslogística de inbound, material handlind e outbound sãoterceirizadas, pois a empresa entende que deve concentrar seufoco no próprio core business, contratando especialistas em cadaatividade logística da cadeia, que devem estar sempre atualizadose aplicando ferramentas modernas de TI.

O objetivo da empresa com a terceirização sempre foi o ganhoqualitativo e organizacional, conforme explica o gerente delogística, Mauricelio Faria, lembrando que o gerenciamento derisco é feito em toda cadeia operacional.

Para Faria, não há problemas enfrentados na terceirização dasoperações logísticas. “Há desafios que devem ser tratados e so-lucionados pontualmente”, observa.

Quanto à quarteirização, o gerente de logística expõe que todoprocesso terceirizado, naturalmente, tem alguma participaçãoquarteirizada.

Nogueira, da Ceva: empresapossui indicadores deperformance que apontam oandamento das operações

A In-Haus Inteligência emLogística (Fone: 11 2197.8888),além de oferecer para asmontadoras gerenciamento deoperações Lean, disponibilizasoluções em Security, que, deacordo com Davi AugustoFernandes, gerente nacional dedesenvolvimento de negócios,são de grande importância paracontratos de administração desuprimentos.

“Mesclando a expertise queo Grupo Predial (empresaHolding da In-Haus) tem emsegurança patrimonial eeletrônica com o know-how quea empresa tem em gestão de

operações em montadoras,conseguimos oferecer, noscontratos de administração dealmoxarifado de improdutivos,soluções completas emsegurança que englobammonitoramento especializadodas áreas e atividades,implantação de auditorias deprocedimentos e riscos eindicação de melhores práticasde gerenciamento de crises”,explica Fernandes.

Basicamente, a In-Hausimplanta soluções em operaçãoe gestão in-house comdesenvolvimento de ferramen-tas de gestão ligadas ao ciclo

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do RMAE – Recebimento,Movimentação, Armaze-nagem e Expedição,administração desuprimentos e serviços dealto valor agregado, taiscomo handling,packaging, repacking elogística reversa.“Também estamoscapacitados a desenvol-ver e implantar soluçõesde apoio à produção ediversos projetosespeciais”, lembra ogerente nacional dedesenvolvimento denegócios.

Do ponto de vista derelacionamento,Fernandes diz que ainterface In-Haus/montadora permite aocliente acesso direto atodos os níveis de decisãoda empresa semdificuldades de contato esem burocracia.

Finalizando osoperadores logísticosentrevistados, a LCTransportes, Logística eArmazéns Gerais (Fone:11 4143.7400) trabalhacom a filosofia JIT (just-in-time) no processo decoletas e entregas, alémdo serviço de montagem eseqüenciamento de rodase pneus, gerenciando asoperações através detecnologia e recursoshumanos qualificados.“A nossa visão estraté-gica tem como foco ocomportamento domercado e, para garantiras operações logísticas,conta com sistemas ERPWMS/TMS e radiofre-qüência que gerencia osprocessos, desde a coletaaté a entrega, garantindoa rastreabilidade dasoperações e o controle daperformance”, diz NoêmiaLima Santos, do departa-mento comercial.

A interface com amontadora é feita atravésda troca eletrônica dedados. Ao receber estesdados no sistema WMS,realiza a movimentaçãode produtos por meio decoletores de dados deradiofreqüência. “Para oserviço de montagem, aLC Centro de Montagemenvia as informações deprocessos atribuídos aosconjuntos montados (CEP– Controle Estatístico deProcesso) para asmontadoras”, informaNoêmia.

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KPIs pararesolverproblemas

E, agora, sobre problemas,como o operador logístico osdetecta nas operações com asmontadoras? Basicamente, pormeio de indicadores dedesempenho, como explicamos entrevistados a seguir.

“Problemas na operaçãosão detectados a partir doacompanhamento dos KPIs –Indicadores-chave de Desem-penho estabelecidos paradeterminada operação”, contaFagundes Jr., da Brasilmaxi.A empresa utiliza os indicado-res de monitoramento da rota,eficiência na entrega de 98%no mínimo, número de avariase perda de agendamento.

Também na ID Logisticstodas as atividades sãosuportadas por indicadores queorientam as equipes na buscapor melhores performances,conforme explica Santos. “Emcada área em que atuamosdesenvolvemos KPIs, como narecepção, utilizando o tempode permanência do veículopara descarga; na fabrica, otempo para abastecimento daslinhas de produção; e naexpedição, medindo ocumprimento dos tempos dejanelas de entrega, entreoutros.”

Já Nogueira, da CevaLogistics, diz que a empresapossui indicadores deperformance que apontam oandamento de todas as suasoperações. “Esses indicadorespermitem que problemasoperacionais possam sersinalizados antes mesmo desua ocorrência. A partir dessasinalização são ativadas açõespara evitar que haja impactonas atividades”, explica.

Na Delta Records, osproblemas são detectadosatravés do sistema dequalidade, que é desenvolvidoconforme acordo entre clientee operador para definições dasmétricas, descreve Carvalho Jr.Sobre os indicadores dedesempenho utilizados pelaempresa, eles vão desde aacuracidade do estoque até oatendimento total dos pedidosdentro dos prazos acordados.“Disponibilizamos relatórios decontroles, relatórios gerenciaisde transporte, gestão sobre ospedidos de compras e controlede indicadores de qualidade,entre outros”, acrescenta osuperintendente comercial.

Crelier e Amaral, daAliança Navegação e Logística,

Carvalho Jr., daDelta Records:“disponibilizamosrelatórios de controlese gerenciais detransporte”

Fagundes Jr., da Brasilmaxi:“a interface com amontadora é feita atravésde funcionário residente”

Volkswagen temparceiros emmovimentação demateriais e transporte

A BBS e a Binotto são as parceiras logísticas daVolkswagen (Fone: 24 3381.1000) na movimentação internade materiais e transporte. “Os principais motivos daterceirização são redução dos custos, flexibilidade e gestãopor contrato. Todos os custos variam conforme volume deprodução”, conta o gerente de logística, Marcus D´Elia, lem-brando que a empresa não tem a intenção de quarterizar estesserviços.

Como benefício trabalhista da terceirização, ele cita adesvinculação do pacote de benefícios da montadora e aredução do risco trabalhista. No aspecto financeiro, apontaque os maiores custos de logística se tornam variáveis.

“A contratação de empresas com expertise de movimen-tação e transporte tem elevado a produtividade com umganho mínimo anual de 3%”, salienta D´Elia.

Sobre as exigências em termos de TI que a montadorafaz aos operadores logísticos, o profissional cita a integraçãodos sistemas do OL à cadeia logística e aos sistemas VW,lembrando que os softwares dos terceiros são próprios.

Para D´Elia, os aspectos que envolvem a terceirizaçãosão extremamente positivos, não havendo motivos para seretroceder a uma situação anterior. “A gestão dos terceirosestá baseada em indicadores e auditorias, que permitem oacompanhamento do desenvolvimento destes serviços”,acrescenta.

Quanto aos regimes fiscais impostos, o gerente delogística conta que o regime fiscal de exceção existente foiconcedido à montadora e à empresa de transporte, permitin-do a movimentação de materiais sem troca de notas.

dizem que a empresa estásempre atenta aos desviosentre o real e o programado ebusca envolver o clienteimediatamente após aconstatação de que algo não vaibem, a fim de que possa montar,caso não exista, em conjuntoum plano de contingência.“Entendemos a criticidade doatendimento das montadoras apartir dos conceitos logísticospraticados com estoque zero,lean manufactoring e atendi-

mento just-in-time”, dizem.Os KPIs mais usados pela

Aliança são os de cumprimentode lead time, de agendamento(tanto coleta quanto entrega),disponibilidade de equipamen-to e condições físicas dele,correção e celeridade dadocumentação e pró-atividadee disponibilidade no pronto-atendimento.

Por sua vez, Fernandes, daIn-Haus diz que as operaçõesda empresa são constantemen-te auditadas pela área dequalidade que, utilizando-se deferramentas de controlemontadas especialmente paracada operação, tem condiçõesde agir eficientemente nomomento de contenção e daaplicação de medidascorretivas. “Entendemos que aoperação ideal é aquela emque os nossos colaboradoresdo nível operacional possamdetectar melhorias contínuasnos processos, sugerindo aimplantação não só desoluções inovadoras, mas,também, de soluções que

minimizem o risco ou que setornem gatilhos de alarmemais eficientes. Assim, nossasistemática de gestão ébastante ligada a programasde treinamento, capacitação eauditorias de verificação deaderência a procedimentos”,complementa.

Segundo Fernandes, a In-Haus procura implantar emseus contratos uma forma degerenciamento de contratos apartir de uma metodologia deacordo com o nível de serviço.Ele explica que a gestãoatravés de um ANS (SLA –Service Level Agreement) éuma forma de gerenciamentode contrato pelo qual o clientedemanda do contratado amelhor prestação de serviçopossível dentro do previamen-te acordado. “Quando se gerao serviço contratado atravésde um SLA, cria-se umagestão sofisticada quepossibilita e estimula amelhoria na qualidade dosserviços prestados e a buscacontínua de ganhos deprodutividade. Dessa forma,através da implantação deíndices de medição claros eobjetivos, concatenados auma política de ANS, osclientes têm a certeza deremunerar o serviço de formajusta pelo nível de qualidadeapresentado”, conta.

Por fim, a LC detecta osproblemas nas operações combase em uma gestão derelacionamento com o cliente,avaliação e ajustes mensaisdos resultados de indicadorese performances operacionais.

Noêmia relata que todo oprocesso da operaçãologística é gerenciado porsistema WMS/TMS, citandocomo níveis de serviço maisfreqüentes: acuracidade deinventário, integridade doproduto, agilidadeoperacional, tempo depaletização, KPIs atrelados acusto, indicadores de coleta eentrega, atraso e avarias. ●

AMWM InternationalMotores (Fone: 113882.3200) acaba de

instalar nas plantas de SantoAmaro, SP, Canoas, RS, e naArgentina o sistema milk-run paraotimizar o processo logístico decoleta de peças

O projeto teve início em julhoúltimo e, até o momento, seisrotas foram implementadas em16 fornecedores. De acordo comCarlos Panitz, gerente dePlanejamento e Logística daempresa, este conceito delogística é bastante conhecido etem como objetivo fazer ogerenciamento do processo decoletas roteirizadas. Ele conta,ainda, que o projeto englobatambém outras áreas além dalogística: “tem influência direta nopreço do frete. Por isso, a área deCompras está sempre envolvida”,exemplifica.

Segundo Panitz, com oaumento da demanda neste ano, aimplantação deste sistema foimuito importante para atenderaos acréscimos expressivos nosvolumes, já que cresceu também aconfiabilidade nas entregas. Issosem falar que, com o milk-run, aMWM tem conseguido utilizar omesmo espaço de almoxarifadopara atender a um volume maiorde produção, em virtude dos lotesmenores e mais freqüentes.

Antes de implementar estesistema, Panitz conta que parareceber os componentes parafabricação dos motores – queneste ano deverá chegar a145.000 unidades – a MWMenviava a programação aofornecedor, que produzia oscomponentes e realizava asentregas da forma que lheconviesse. “Os caminhõeschegavam cheios. Às vezes, paraotimizar o seu serviço, o fornece-dor trazia o necessário para váriosdias de produção”, revela.

Isso acabava provocando filasde caminhões para entrar nafábrica, além de dificultar orastreamento da carga, o que paraPanitz é essencial. “É importanteter acuracidade na informação”,

Distribuição

MWMadotasistemamilk-run

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Panitz: o ideal para aempresa é manter oestoque baixo

destaca. Além disso, ogerente de Planejamento eLogística da MWM comentaque o ideal para a empresa émanter o estoque baixo, algoque era muito difícil antes daimplantação do milk-run.“Recebendo lotes consoli-dados acabávamos tendoestoques em desacordo como planejamento”, afirma.

Ele garante que, com osistema de coletas roteiriza-das por regiões e por janelasde entrega, aumentou aconfiabilidade do processo deabastecimento e houve maiorgiro de estoque em funçãodos lotes menores deentregas dos fornecedores.“Conseguimos buscarpequenos lotes em uma boafreqüência, aumentamos aconfiabilidade por ter apossibilidade de consolidartodas as informaçõesdisponíveis na internet eobtivemos uma disciplinamaior no fluxo logístico,respeitando os horários”,comemora.

Hoje – segundo Panitz –a programação é enviadatanto para o fornecedor comopara o operador logístico, querecebe as informações viaEDI, o que melhora aindamais este processo. “Issofacilita a tomada de decisõese torna o nosso sistemalogístico mais robusto”,afirma. Este processo fez comque os riscos de paradas nalinha de produção diminuís-sem expressivamente. Alémdisso, algumas linhas jáfuncionam em três turnos.

O representante daMWM explica que o milk-runé um projeto que está sendolevado passo a passo. Hojefunciona em seis rotas, quecompreendem 16 fornecedo-res. Até o final do ano serão12 rotas e 30 fornecedores.Já em 2009, pretende colocaro sistema em funcionamentopara 100% dos 140 fornece-dores. ●

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Transporte

Contratação de fretesas mudanças ocorrem, e os acertosentre as partes tambémNOS ÚLTIMOS ANOS TÊM SIDO TANTOS OS AVANÇOS TECNOLÓGICOS E A BUSCAPELA OTIMIZAÇÃO LOGÍSTICA QUE, INEVITAVELMENTE, MUDANÇAS OCORRERAM ECONTINUARÃO ACONTECENDO NA CONTRATAÇÃO DE FRETES. COMO TAMBÉM OS“ACERTOS” NO RELACIONAMENTO ENTRE EMBARCADORES E OPERADORESLOGÍSTICOS E TRANSPORTADORAS.

maior formalização do relacio-namento por meio de contratos,estabelecendo regras claras,objetivos e níveis de serviço.“Por incrível que possa parecer,apesar das características daprestação de serviços detransporte e de sua importânciapara embarcadores e transpor-tadoras, boa parte dasempresas ainda persiste emmanter como único elementoformal do seu relacionamentoas tabelas de frete, evidente-mente insuficientes para evitaros conflitos potenciais que afalta de regras acaba por trazercedo ou tarde”, destaca.

Outras mudanças lembradas

por Gorodovits são: a ampliaçãoda atuação de operadoreslogísticos como concentradoresdos serviços de transporte ouadministradores do mesmo; aampliação das alternativas paraa contratação, utilizando-se ummaior número de grandezascomo base de cálculo, buscandoaproximar o esforço efetivo dotransporte a sua modelagem decustos e cobranças; nos setoresmais sensíveis aos preços, aforte busca de redução devalores; naqueles maissensíveis à qualidade dosserviços, a implementação demodelos rigorosos de SLA,inclusive com a existência de

regras de incentivo e puniçãofinanceiras; dentre outras.

Na visão do diretor da GKO,a tecnologia serviu comoalavanca e como meio paraviabilizar estas mudanças,permitindo melhor aproveita-mento e colaboração nasmalhas logísticas, aspecto noqual, entretanto, muito aindavirá a ser feito nos próximosanos. “Três aspectos particular-mente importantes na contrata-ção de fretes e que muitoimpactaram as mudançasrealizadas foram as alteraçõesde ordem fiscal, em particularno que tange à cobrança doICMS no transporte, a absorção

do conceito de gestão de riscose a tendência de absorção deseguros pelos embarcadorescom maior poder de barganhanesses valores”, acrescenta.

Para Daniel Lima, coordena-dor de TI e TMS da S&ASistemas (Fone: 31 4501.0000),o processo de contratação defretes se tornou algo maisdinâmico e corriqueiro. Naopinião dele, novos cenários,como a melhoria na elaboraçãode rotas, conjugação de váriosmodais de transporte eantecipação da carga de retornoestão contribuindo para umadiminuição significativa no valore na forma de se contratarfretes. Enquanto isso, ClaudinéaAlbertim, líder do Segmento deLogística da Imagem Geosiste-mas (Fone: 12 3946.8972),comenta que, hoje, a otimizaçãode frotas/frete permite que afrota seja utilizada na suacapacidade, diminuindo oscustos.

Por sua vez, Sérgio Grisa,da Totvs (Fone: 0800 7098100),explica que as alterações nademanda por serviços amplia-ram a capacidade dos setoresrodoviário e ferroviário eprovocaram um aumentosignificativo nos fretes. Paraele, isso, aliado a preçosrecordes dos combustíveis,mudam o cenário do setor.“Considerando que por volta de85% dos custos em logísticanão são controláveis, como ocombustível e a mão-de-obra,fica muito difícil repassar ovalor para os clientes. Comoresultado disso, o modelotradicional de negociação combase em preços entre embarca-dores e transportadoras não émais suficiente”, afirma,acrescentando que o aumentode fretes e a falta de capacida-de têm tirado o sono dosexecutivos, porque está cadavez mais desafiador atender àsexigências de entregas dentrodo prazo e com qualidade.

Grisa acredita que a novarealidade motiva estesempresários a refinarem suaspráticas de gerenciamento dotransporte, incluindo novosmodelos de contratação e derelacionamento. Além disso, osembarcadores de ponta criamprogramas de colaboração paraobtenção do controle de fretese capacidades. “Para isso fazemuso intenso da tecnologia dainformação e outras, como ouso de tecnologia em veículosadaptados, rastreamento,agilização de carga e descarga,processos e documentos”,complementa.

Àmedida que os recursoscomputacionais e decomunicação estão

cada vez mais eficientes ebaratos, com disponibilidadequase imediata, são desenvolvi-das formas alternativas decontratação de fretes. Umadessas formas são os sites deleilão reverso, nos quais osembarcadores ofertam suascargas, os transportadoresfazem os lances e ganha quemoferecer o menor preço. “Estaprática gera, inicialmente, umaredução do valor do frete, maspode ter impacto na segurançae na qualidade dos serviços”,pondera Renato Ballaben,diretor de Negócios da TrustConsultores & Associados(Fone: 11 3055.1711), referindo-se às mudança na forma de secontratar fretes nos últimosanos, por conta dos avançostecnológicos e da busca porotimização logística.

Ele revela, ainda, quealgumas empresas estão semobilizando no sentido deadotar ferramentas tecnoló-gicas já existentes no mercado,que possibilitem executar umplanejamento logístico maiseficiente dos recursos físicosdisponíveis, promovendo umamaior sinergia das operações,acarretando ganhos deprodutividade e redução dosgastos com transportes.

Segundo Ricardo Gorodo-vits, diretor da GKO Informática(Fone: 21 2533.3503), muitasforam as mudanças norelacionamento entre osembarcadores e os prestadoresde serviços de transporte nosúltimos anos. Uma delas foi a

A decisão da contratação de operadores logísticos está baseada emuma projeção de redução dos custos, incluindo os de transporte

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ContrataçãoCom relação à questão

sobre como a contrataçãode operadores logísticoscomo transportadora únicaafeta a gestão e osresultados para oembarcador primário (o donoda carga), Ballaben, da Trust,conta que a decisão dacontratação de operadoreslogísticos por parte dasempresas via de regra estábaseada em uma projeçãode redução dos custoslogísticos, incluindo os detransporte, além da ofertados serviços de informação,com o uso de altatecnologia, que possibilita-rão o aumento da agilidadee da eficiência.

Ao contratar o operadorlogístico – de acordo comBallaben –, a empresapassa a ter uma gestãoúnica e centralizada dostransportes, mas deixa deter uma ingerência diretanos processos, ficandodependente da eficiência equalidade dos serviços dooperador. “Fatores comosazonalidade de mercado,risco no transporte esinergia da operação, entreoutros, são fundamentais naopção por um operadorlogístico, e em alguns casoslevam às empresas adesenvolverem seuspróprios mecanismos degestão, criando internamen-te ‘centrais de tráfego’”,comenta.

Enquanto isso, Grisa, daTotvs, destaca que acontratação de um operadorlogístico que suporte osprincipais serviços é umatarefa complicada e repletade armadilhas, se não forconduzida com os cuidadosque merece. De acordo comele, na contratação têm queficar muito claro quais ostipos de serviço que oembarcador espera receber.“O fluxo da informação e adisponibilidade da mesmasão fatores críticos desucesso e vêm em primeirolugar”, alerta.

Para ele, o operadorlogístico como transportado-ra é um processo interes-sante para o dono da carga,mas ainda está emdiscussão. “Atualmente, amaioria das empresas(embarcadores) aindaprefere contratar separada-mente, dando ênfase àcontratação do operacional.A contratação de um

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operador logístico como transpor-tadora sugere uma terceirizaçãoglobal da logística ou operadoralogística consolidada. Osembarcadores preferem aterceirização parcial e ainda nãoaceitam a idéia de transferir agestão para uma empresaespecializada em logística etransporte. Eles optam pelaoperação, e não pelo planejamen-to e gestão, daí a opção, ainda,pelas transportadoras”, explica.

Segundo Grisa, isso aconteceporque se encontra maiorflexibilidade e tolerância por partedas transportadoras, que têmmais foco no cliente e maioragilidade na resolução dosproblemas. “Na relação com atransportadora ocorre umdesequilíbrio de forças a favor doembarcador, fato improvável aolidar com grandes operadoresconsolidados”, assegura,criticando quem enxerga ooperador logístico como umatravessador. “Esquecem que aooptarem por um operadorconsolidado podem focar no corebusiness, ter uma reduçãoconsiderada de custos, menosinvestimentos em ativos, acesso atecnologia de ponta, maiorvisibilidade da cadeia desuprimentos, acesso às melhorespráticas operacionais do mercadoe aumento da eficiência opera-cional. O embarcador, num cenáriocomo esse, passa a ganhar umpatamar a mais no modelo degestão, integra num mesmocontrato os serviços de operadorlogístico e de transportador”,argumenta.

Já Ferreira, da S&A, diz que agestão do relacionamento com ostransportadores tem impactodecisivo na qualidade dos serviçosoferecidos e nos preços cobrados.“Para uma empresa se sustentarno mercado, as excelências nosserviços e custos mais baixos sãofundamentais”, opina. Ele contaque são inúmeras as decisõesrelacionadas à gestão de terceirosque influenciam nestes parâme-tros. “Um processo criterioso,definido, estruturado e alinhadocom os processos e com a culturada empresa constitui um recursovalioso para a escolha da transpor-tadora, conferindo maior perfor-mance aos serviços”, garante.

Para Godorovits, da GKO, há,de certa forma, um paradoxonesta questão de contratação deoperadores logísticos. “Por umlado, a contratação do operadorlogístico como único responsávelpela totalidade da carga de umembarcador dá a este maiorcapacidade de gestão, porqueprecisa monitorar de fato apenasuma transportadora. Por outrolado, como em geral, o operador

logístico não executa de fato todoo transporte, subcontratando-oem parte ou no todo. Nesse caso,pode haver perdas financeiras,tributárias e operacionais”,comenta.

Ele acredita que para osucesso do modelo de contrata-ção há dois aspectos relevantes:o primeiro é a capacidade doembarcador em contratar ooperador a partir do plenoconhecimento de sua própriaoperação, podendo definir, porisso, demandas ótimas, tanto soba ótica financeira quantooperacional, além de demandarque o operador ofereça atransparência necessária àpreservação da visibilidade daoperação pelo embarcador.“O segundo é a capacidade dooperador logístico de oferecer umserviço diferenciado, aproveitandoseu foco para construir asparcerias imprescindíveis com astransportadoras que permitamobter delas o resultado máximoem todos os aspectos, reduzindocustos gerais para o embarcador,mesmo preservando as margensde seus parceiros e as suaspróprias”, acrescenta.

No entanto, Godorovits dizque raramente esses dois itenstêm sido alcançados, fazendo comque este modelo seja adotadocom maior freqüência peloembarcador que deseja se livrarde um problema na administraçãode fretes. “O mercado indica,porém, a mudança da realidadeacima como algo a ser alcançadonum futuro não tão distante, comavanços significativos naqualidade dos serviços logísticose de sua monitoração”, salienta.

A internet e acontratação defretes

Alguns portais que surgirampara fomentar e agilizar acontratação de fretes não deramcerto. Como está a situaçãodeste modelo atualmente?

O diretor da GKO diz que oentusiasmo que gerou diversos“portais verticais” de transportealguns anos atrás – a maiorianasceu antes do “estouro dabolha” das empresas de internete morreu pouco depois disso –foi substituído pelo pragmatismoque reduziu aquelas experiên-cias a pouco mais que serviçosde informação, e não maisambientes de negócio. “O quevemos neste segmento, hoje, é aexistência (e contínua amplia-ção) de portais proprietários,seja dos embarcadores, seja dastransportadoras, com poucocruzamento de dados para

ampliar a comunidade usuária,que poderia abranger segmentosde mercado com seus diversosplayers, entre embarcadores,transportadores e clientes”,explica.

Gorodovits conta que algunsdesses portais preservaram aidéia de busca de preços viaweb, especialmente quando osserviços de transporte são maissimples e quando ampliar a basecomparativa de preços é umbom mecanismo para reluzi-los.“Os erros cometidos pelosidealizadores dos portais detransporte ainda não foramtotalmente digeridos, estandopendente a criação de um novomodelo que permita o ressurgi-mento do conceito”, afirma.

Lima, da S&A, por sua vez,diz que os portais para fomentare agilizar a contratação de fretescom certeza não obtiveram umgrande sucesso, mas que aindahá algumas empresas quepreferem usar esse tipo deacesso para contratação defretes, ao contrário de muitasoutras que estão usando suasequipes de TI para desenvolve-rem seus próprios portais.“Assim, o custo fica mais baixo,pois usam mão-de-obra daprópria empresa e não precisampagar por acesso, o que é decostume no mercado”, esclarece.

Na opinião de Grisa, daTotvs, os portais para contrata-ção de fretes com capacidadepara integração com os dadosmercantis do embarcador terãomaior sucesso, já que atecnologia baseada em internetcom conectividade em temporeal possibilita isso. Para ele, osportais devem levar em conta osegmento e seus dados, a fim defornecer apoio ao processo decontratação. “O modelo aindaterá que amadurecer, conside-rando que, no momento, preçonão é o maior foco da relação”,condiciona.

Complementando a visão deGrisa, Ballaben, da Trust,comenta que no sentido de setornarem ferramentas maisatrativas e eficientes para seususuários, os portais passam porum processo de incorporação denovas funcionalidades visandocriar comunidades detransportes.

Ele diz que estas funcionali-dades estão voltadas, principal-mente, para a comunicaçãointerativa ou para a interopera-bilidade entre os agentes domercado de transporte, destacan-do-se, também, outros serviços,como oportunidades de negócios,troca eletrônica de arquivos(EDI), boletins eletrônicos ecálculo do custo operacional dotransporte. “A utilização dainternet como meio de comuni-cação de larga escala vem seconsolidando cada vez mais,promovendo uma maior sinergiaentre os processos logísticos,desde o momento da contra-tação, passando pelo acompa-nhamento em tempo real dasetapas do transporte, possibili-tando o incremento nos níveisde serviço”, garante.

Nota fiscaleletrônica

No que diz respeito aosimpactos da nota fiscaleletrônica e do conhecimentoeletrônico na contratação defretes, Lima, da S&A, diz queocorre o inverso do processo queenvolve os portais, pois asempresas precisam de uma TIespecializada no segmento denota fiscal e conhecimentoeletrônico. “É aí que entram asempresas focadas em logística,para desenvolver este software.No primeiro momento impactaem aumento dos custos dosfretes, pois são repassados osgastos do desenvolvimento dosoftware. Em contrapartida, em

algum tempo – dois a três anos– o impacto será positivo, pois oinvestimento aos poucos vaisendo diluído e acontecerá atémesmo a diminuição dos custosrelacionados com frete”,detalha.

Para Claudinéa, da Geosis-temas, a nota fiscal eletrônicadiminuirá os erros humanos nasoperações. “São impactospositivos, ajudam e melhoram oprocesso, aumentando aeficiência operacional. Levamambos a entender que aTecnologia da Informação devefazer parte de premissas e nãorepresenta mais de um diferenciala favor do contratado”, acrescen-ta Grisa, da Totvs. “A agilidadetorna-se real, uma vez que nãoteremos espera nas docas porconta da emissão da tradicionalnota fiscal, nem conhecimentoem papel. O resultado finaltambém reflete no processo depagamento. Mais flexibilidade eprontidão nesta função sãorelevantes e merecem cuidadosespeciais por conta do dono dacarga”, completa.

Ballaben, da Trust, diz que oprimeiro impacto que deve serobservado na implementaçãodestes novos formatos dedocumentos é decorrente doestabelecimento de umapadronização, que facilitará osprocessos administrativos deembarcadores e transportadores.“À medida que se estabelece umpadrão único e que estesdocumentos passam por umprocesso de validação e certifi-cação, há um incremento naqualidade da informação e umaredução nas inconsistências,agilizando as etapas de liberaçãodo transporte, processamentodos documentos e pagamentodos serviços prestados”, explica.

Por fim, Godorovits, da GKO,acredita que o impacto destesfatores, por enquanto, não serátão grande quanto poderia.No entanto, ele aponta que adigitalização dos documentoslegais constitui um estímulo eum primeiro passo imprescindí-vel para a mudança de proces-sos e do trânsito de papéis, queem um país como o nossoprejudicam muito a agilidade notrato das informações. “Nestemomento, o maior beneficiárioda nota fiscal eletrônica é semdúvida alguma o governo, e apóso mesmo, a área fiscal dasempresas. A área de logística,entretanto, será beneficiada peladisponibilidade das informaçõesde forma mais ampla, à medidaque a solução se tornarcorriqueira e que o foco inicial(atender à demanda do fisco)seja atendido”, prevê. ●

Grisa, da Totvs: “os portais paracontratação de fretes comcapacidade para integraçãocom os dados mercantis doembarcador terão maiorsucesso”

Gorodovits, da GKO: “váriosportais verticais de transportesurgiram, mas foramsubstituídos pelo pragmatismo”

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NotíciasRápidas

Sady lançacabeçotes paramotor deempilhadeirasOs lançamentos da SadyMotores (Fone: 112219.7900) são oscabeçotes para todas aslinhas de empilhadeiras.Além disso, a empresaestá investindo emestoque para auto-atendimento, para que ocliente não fique com oequipamento parado.“Até o final deste anoprojetamos um aumento de20% no faturamento emcomparação a 2007”,revela o diretor comercial,César Alves.

Solaris entra nomercado demáquinas paramovimentaçãode terrasA Solaris Equipamentos eServiços (Fone: 112143.8685) é uma empresaque tem como forte alocação de plataformasaéreas de trabalho damarca JLG. A novidade é aentrada no segmento demáquinas para movimenta-ção de terras. PauloEsteves, diretor comercialda empresa, conta, ainda,que foram investidos em2008 US$ 50 milhões naexpansão da frota. Tambémaproveita para anunciar aabertura de 4 filiais: emSão Luis, MA, Recife, PE,Goiânia, GO, Porto Alegre,RS, que, somando às já emoperação, em Osasco eCampinas, em São Paulo,Rio de Janeiro, RJ, BeloHorizonte, MG, DiasD’Ávila, BA, Serra, ES, eCuritiba, PR, perfazem7 filiais no Brasil. “Atuamosmuito no setor logístico cominventários e em instalaçõeselétricas, montagem detelhados e movimentaçãode cargas no processo deampliação de Centros deDistribuição, utilizandomanipuladores e platafor-mas”, descreve Esteves.

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Sousa: “depois do ‘boom’,a terceirização deve seampliar, pois cada vezmais a logística tem sidovista como mais quearmazenagem e transporte

o Grupo Telefônica, aTGestiona (Fone:0800 7771010) –

prestadora de serviços naárea de soluções logísticas etecnologia da informação,entre outras – está em fasede implementação do sistemade BI – Business Intelligence,desenvolvido pela IBM,entrando em funcionamentoaté o final do ano.

Este sistema abriga todasas informações possíveissobre as movimentações decarga do cliente, concentran-do números relativos avariações de produtividade einformação de performance,de forma modular, permitindoa criação de relatórios,gráficos e faróis de alerta.“Atualmente, este processo já estádisponível, mas é realizado manualmen-te. São mais de 150 indicadores deperformance que passarão a sereletrônicos até o final do ano”, contaMarcelo José de Sousa, diretor delogística da TGestiona, acrescentandoque o cliente também pode realizarconsultas pela web.

A empresa tem como base dosistema de informação a “Gestão àvista”, pela qual todos os indicadoresdas operações logísticas ficam expostosem televisores nos armazéns para todosos colaboradores. “Com o foco eminformações, a gestão é mais pró-ativa,por isso investimos em automatizaçãodos dados”, conta Sousa.

Outra novidade é que a TGestionaampliou recentemente as operações doarmazém de Barueri, SP, com a Speedy,na distribuição de modens, com a Lenovoe a Positivo, em computadores, e com aVivo, em celulares. “Com o aproveita-mento dos meios do transporte, gerou-seum ganho na entrega de computadoresno mesmo nível de serviço dos celula-res”, destaca o diretor de logística.

Para a Lenovo e a Positivo será feitatoda a operação de armazenagem,customização (montagem de kit) edistribuição para clientes corporativos.Com relação à Vivo, a TGestiona expandeseus serviços de logística para todo oNordeste.

Em uma mesma operação saindo deBarueri, 60% dos produtos seguem paraa capital de São Paulo e redondezas, osoutros 40% vão para o interior.A empresa conta com outros três

Tecnologia

TGestiona implementasistema de BI até ofinal deste ano

armazéns próprios: PortoAlegre, RS, Curitiba, PR,e Recife, PE. Para aTelefônica SP, a operaçãoda TGestiona é in-house.

O diretor de logísticaconta que a empresamovimenta 500 milentregas por mês –destas, pelo menos 200mil são porta-a-porta.“Temos capacidade demovimentação emprazos curtos, comentrega no mesmo diaou no seguinte,dependendo dalocalização, oferecendotodos os tipos deinformações, comgrandes níveisestatísticos”, destaca.

A TGestiona possui frota própria de60 veículos pequenos, que atuam emoperações da Telefônica SP e emalgumas entregas especiais na capital,como em shoppings e para atender àsexigências de horário. Também contacom 160 motos, além de caminhões,ambos de empresas terceirizadas. Quandohá grande movimentação de equipamen-tos entre os estados, a companhiacontrata empresas aéreas, principalmentepara entregas urgentes e de alto valor.

Falando em terceirização logística,Sousa acredita que existem grandesoportunidades de crescimento nosegmento. “Depois do ‘boom’, aterceirização deve se ampliar, pois cadavez mais a logística tem sido vista comomais que armazenagem e transporte. Elaé mais ampla, envolvendo a transmissãode informações desde a fabricação até adistribuição dos produtos da forma maisrápida possível”, explica.

Quanto à logística reversa, Sousasalienta a importância do retorno demercadorias, da avaliação e da destina-ção adequada. A TGestiona realizaaproximadamente 45.000 coletas porta-a-porta por mês e a validação dos produtos,os encaminhando para reutilização,reparo, controle de garantia oudestruição.

Nos últimos três anos, a empresa temcrescido 25% ao ano. “Nossa intenção émanter este nível em 2009, movido não sópelo sistema de BI, mas também portodas as iniciativas que temos tomado nomercado, inclusive pelo investimento emmarketing. E essa performance podeelevar o faturamento”, finaliza Sousa. ●

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Moda

One Storeinaugura a50ª loja e usaterceirizados nadistribuição

riada pela Marisol em 2006, a OneStore (Fone: 0800 8882600), redede valor do segmento de moda que

atua com o intuito de qualificar asoperações existentes no canal multimarca,inaugurou, recentemente, a 50ª loja,antecipando a meta deste ano.

A rede, que conta com lojas nosestados de São Paulo, Paraná, SantaCatarina, Rio Grande do Sul, Goiás,Rondônia, Paraíba, Minas Gerais eBrasília, tem crescido bastante. Só em2007, triplicou o número de lojas – de 17para 50 – e no ano que vem pretendeatingir a marca de 70 em todo o país.

O coordenador de Operações daMarisol – Rede One Store, Fabiano deMelo Vieira Gonçalves, conta que mesmocom esta rápida expansão, a logística nãosofreu nenhuma alteração, porque amaioria dos clientes transformados faziaparte da carteira da Marisol, por seremlojas que já eram atendidas. “A diferençaé que agora fazem parte da Rede OneStore”, explica.

Ele comenta que a distribuição dosprodutos é feita por meio de transportado-ras terceirizadas que têm contrato com aMarisol. No entanto, dependendo dodestino da mercadoria, determinadaempresa é contratada para reduzir oscustos e fazer com que o cliente receba acompra dentro do prazo acordado.

Para armazenar os produtos,Gonçalves revela que o processo tambémé bem simples. “Cada loja possui o seuestoque físico, onde as peças sãoarmazenadas. Vale ressaltar que o modelode exposição no salão de vendas sugereum espaço considerável. Portanto, aspeças do estoque são apenas parareposição, uma vez que todas asnovidades devem estar à disposição dosnossos clientes finais”, acrescenta.

Na opinião do coordenador deOperações, a logística é um dos pilares dequalquer negócio, pois impacta diretamen-te na operação do cliente. “O grandediferencial da One Store é que os clientesda rede têm prioridade na entrega, ouseja, receberão sempre antes dos clientesdo canal multimarca”, destaca. ●

Gonçalves:distribuição éfeita portransportadorasterceirizadas quetêm contrato coma Marisol

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NotíciasRápidas

MTF adquire áreapara novo terminalA MTF Transportes eTerminais (Fone: 133378.1309) adquiriurecentemente, em Cubatão,SP, uma área de 14.000 m2 –há possibilidade de seraumentado em até40.000 m2, futuramente –e, como parte da primeirafase, a pavimentação decerca de 5.000 m2 e aconstrução dos escritórios,sala da receita e área deestufagem e armazenagem jáforam iniciadas. Pelo projeto,a área tem capacidade para650 TEUs, Redex e ArmazénsGerais, e contém tomadaspara ligação de refrigerados eoperações com contêineresvazios e cheios. A parteestrutural vai além do prédiodo escritório e estacionamen-to para visitantes e funcioná-rios, abrigando salaoperacional e de motoristas,oficina mecânica, posto deabastecimento, área cobertapara estufagem e estaciona-mento de caminhões. Como omeio ambiente e a questãosocial fazem parte da Políticada Qualidade da MTF, autilização de recursosalternativos, como água dachuva, energia solar eiluminação natural e aconstrução de uma rampaadaptada para portadores denecessidades especiaisforam pontos relevantes naconstrução.

Stöcklin entrano segmento detranselevadorespara armazénscongeladosA novidade da Stöcklin(Fone: 11 5096.0663) paraeste ano é a entrada daempresa no segmento detranselevadores paraarmazéns congelados, noqual busca grandes projetos.Nesta área, comercializa oequipamento, ofereceinstalação e serviço pós-venda, WMS, suporte eassistência técnica, conformesalienta o gerente geral,Ernesto J. Grassl.

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Garfos para 15 te green forkssão novidadesda MSINovidade da MSI-Forks(Fone: 11 5694.1001) é ogarfo para empilha-deiras com capacidadepara até 15 toneladas,com disponibilidadeimediata e destaquepara a rápida reposiçãono caso de algumaeventualidade. Os greenforks também sãonovidades, conformeconta Victor Cruz,gerente de marketing evendas. “Esta é umainiciativa global quevisa incentivar a trocados garfos no prazo.Quando eles estiveremdesgastados, podem serdados como parte dopagamento de novos.Com isso, contribuímospara a segurança daempresa, tambémtrazendo vantagenspara o desenvolvimentoeconômico no planeta,pois se reduz o impactoambiental pelareciclagem do ferro, queorigina aço novo parafabricação de garfos”,explica.

Rod-Car lançacontêineraramadoempilhadoDesenvolvido para aHonda, um doslançamentos da Rod-Car(Fone: 11 6412.1738) é ocontêiner aramadoempilhável, tantomontado comodesmontado, com rodase engate, podendo sertracionado com veículoa motor. Outra novidadeé a roda zig-zag, comdesenho do núcleo queaumenta o centro deimpacto e proporcionamaior resistência,garante Fabio Cardi, daárea de marketing daempresa.

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