revista info aviação 10ª edição maio 2011
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- Novos sensores espectrais para as aeronaves U-2 da USAF - Corte na Defesa faz Brasil suspender compra de helicópteros da Rússia - MD 520 Notar - Amada e odiada - Embraer amplia sua área de atuação - UMA PAIXÃO CHAMADA AVIAÇÃO - Aeroportos regionais requerem R$ 2,4 bi, diz associação - Russian Helicopters fecha acordo para promover helicópteros no Brasil - Programa do motor alternativo F136 do JSF é oficialmente canceladoTRANSCRIPT
1 Maio de 2011 /
Edição 10 / Maio 2011
www.infoaviacao.com
MD 520 NOTAR
Novos sensores espectrais para as aeronaves U-2 da
USAF
Embraer amplia sua área de atuação
Aeroportos regionais requerem R$ 2,4 bi, diz
associação
Programa do motor alternativo F136 do JSF é
oficialmente cancelado
2 Maio de 2011 /
3 Maio de 2011 /
Morar no mundo e passar só de vez em quando em casa.
É estar longe dos problemas da Terra e sonhar alto
É conhecer novas culturas, lugares, e pessoas.
É acorda no sul e dormir no norte.
Voar sempre mais alto!...e sair da rotina!
É ter estado ontem em Santiago, hoje em Buenos Aires, amanhã em São Paulo, depois de amanhã em casa e
simplismente sentir saudades daquelas poltronas lotadas de gente, daquelas turbulências onde tudo para e os
olhares arregalados só focam os seus movimentos.
é sorrir pro passageiro na pior das turbulências.
É ter bom senso e passar confiança.
Ser equilibrado, serio e gentil ao mesmo tempo.
Ser médico, psicólogo, pai, neto, amigo, centro de informações.
É saber separa a razão do coração na hora de uma emergência.
E sorrir quando se tem vontade de chorar.
Poder chegar ao final de um vôo e receber de volta o sorriso de cada pessoa durante a despedida no
desembarque.
É deixar de lado de fora do avião as nossas particularidades.
É fazer tudo para agradar seu cliente e ao final ouvir que a sua empresa e uma merda mantendo um sorriso
doloroso no rosto.
É ter amor ao que se faz.
É não saber se volta pra casa ao final do dia.
É lidar com o perigo.
E ter um eterno amante: O CÉU
Transformar medo em tranqüilidade;
mostrar segurança ao desconhecido;
receber o estranho como um velho amigo;
fazer companhia ao solitário com palavras ou apenas atenção;
trocar tristezas por alegrias;
Irradiar sorrisos sem cobrar nada em troca;
trabalhar sentimentos sem mesmo ser psicóloga ou terapeuta;
Driblar a família, namorado, marido, filhos ou amigos para se ausentar em datas importantes;
é esperar que seja compreendido a cada imprevisto;
Afinal, assim é a aviação... Assim é a nossa profissão!
Hoje estamos aqui, mas muitos estão nos ares, trabalhando para alguém poder partir ou chegar ao seu destino.
Uma vida feita de muitas escalas, idas e vindas, faça chuva ou faça sol, calor ou frio. Seja feriado ou dias
normais, sempre haverá comissários voando pelo céu, sempre haverá histórias alegres ou tristes, sempre haverá
pequenos e grandes gestos, sempre haverá sorrisos em forma de gente.
Porque ser comissário é mais do que uma profissão: É um conjunto de sentimentos, conhecimentos e gestos.
Deus escolhe a dedo os tripulantes porque ele só permite que viva no céu, pertinho dele, pessoas especiais.
Resumindo ser Comissário de Vôo é um privilégio!
Se você tem um sonho nunca desista, pois fazer o que gosta e previlegio de poucos.
31 de Maio – Dia do Comissário(a) de Bordo
4 Maio de 2011 /
Levando sua empresa, cultura e as belezas da aviação para
todo o mundo
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5 Maio de 2011 /
F-X2: Consórcio Rafale faz parceria com empresas mineiras
Avião Novo
Pg. 11 Lockheed Martin entrega o segundo
C-5M Super Galaxy de produção
para USAF
Pg. 16
Onde TAM, Gol e Azul vão parar
na briga por novos pontos de
venda?
Pg. 20
PRODUÇÃO DE HELICÓPTEROS
COLOCA BRASIL ENTRE
GIGANTES MUNDIAIS
Pg.24
Lineage 1000 recebe Certificação
de Tipo da Direção Geral de
Aviação Civil da Índia
Pg. 32
Programa do motor alternativo
F136 do JSF é oficialmente
cancelado
Pg. 38
6 Maio de 2011 /
Novos sensores espectrais para as aeronaves U-2
da USAF
Goodrich Corporation
recebeu um contrato do
Departamento de Defesa
dos EUA para entregar dois
modernizados Sensores de
Reconhecimento Eletro-Óptico
Senior Year (SYERS) para a U.S.
Air Force (USAF) para utilização
nas aeronaves de reconhecimento
U-2. Essas modernizações,
conhecidas como SYERS-2A,
ampliarão a funcionalidade dos U-
2 pela adição de uma capacidade
extra multi-espectral para a
plataforma, fornecendo
significativamente mais utilidade
na criação e leitura das imagens.
Os sensores multi-espectrais
capturam imagens em específicas
frequências pela espectro
eletromagnético. Essas imagens
podem ser utilizadas para análises
de ameaças no solo e em prédios,
pela detecção e mostrando as
mudanças não vistas
aparentemente pelo olho humano.
Os sensores serão instalados nas
aeronaves de Inteligência,
Vigilância e Reconhecimento
(ISR) U-2 operados pelo 9ª Ala de
Reconhecimento, e serão
fabricados pela Goodrich ISR
Systems localizada em
Chelmsford, Mass.
A
7 Maio de 2011 /
Corte na Defesa faz Brasil suspender compra de
helicópteros da Rússia
m dos principais contratos
do programa de
reaparelhamento das
Forças Armadas sofreu um corte
profundo: o ministro da Defesa,
Nelson Jobim, decidiu suspender o
processo de incorporação de novos
helicópteros russos Mi-35 à Força
Aérea Brasileira (FAB) – onde
foram rebatizados com o nome
AH-2 Sabre.
A reboque dos problemas
orçamentários e de assistência
técnica para as seis primeiras
unidades já entregues, Jobim
mandou contingenciar R$ 112
milhões do programa que deveriam
ser gastos ao longo deste ano.
Os 12 modelos Mi-35 que o Brasil
comprou da Rússia por cerca de
US$ 250 milhões foram
incorporados à frota da FAB em
abril de 2010. O lote final, de seis
unidades, deveria ser entregue até
o fim deste ano. O Comando do
Exército considerava a
possibilidade de adquirir ao menos
mais quatro desses ―tanques
voadores‖ para equipar a aviação
de força terrestre.
O Estado apurou no Ministério da
Defesa que Jobim tomou a decisão
de paralisar a incorporação dos
novos aparelhos aproveitando ―o
surgimento de argumentos
técnicos‖. Evitando entrar em
detalhes, um oficial do Comando
da Aeronáutica disse que ―não há
nenhum problema grave na
assistência técnica, mas existem
falhas em determinados
componentes dos aparelhos que
estão no País‖. Embora o
desempenho operacional seja
considerado bom, as primeiras
aeronaves apresentaram problemas
técnicos.
Um deles foi o do estabelecimento
de compatibilidade entre a
eletrônica de bordo, russa, e o
sistema de comunicações da FAB,
que segue padrões americanos.
Houve dificuldades na adaptação
da conexão às fontes externas de
energia. Mais recentemente,
pedidos de fornecimento de peças
e componentes não foram
atendidos de forma conveniente.
Os argumentos técnicos são vistos
como ―razões providenciais‖ para
segurar o orçamento da Defesa. O
ministério foi um dos mais
atingidos pelo corte total de R$ 50
bilhões que a presidente Dilma
Rousseff decretou no início do
governo. Dos R$ 15 bilhões
aprovados pelo Congresso, a
Defesa teve contingenciados, em
fevereiro, R$ 4 bilhões.
Só suspensão. Formalmente, o
governo brasileiro não rasgou o
contrato com a Rússia, apenas
suspendeu por todo o ano a
incorporação dos Mi-35 e o
respectivo desembolso. Além dos
12 helicópteros, cuja compra foi
formalizada em outubro de 2008, o
Brasil adquiriu um pacote de
armamentos e suprimentos para
manutenção por cinco anos. O
acordo foi assinado no Rio, pelo
então presidente Luiz Inácio Lula
da Silva e por seu colega russo
Dmitri Medvedev.
À época, a imprensa russa, a
começar pelo jornal Pravda,
avaliou que a importação das
aeronaves quebrava uma série de
―tabus‖. Trata-se dos primeiros
equipamentos militares pesados
comprados da Rússia pelo Brasil, e
também os primeiros helicópteros
da FAB desenhados
especificamente para situações de
combate – os que estavam em ação
na época eram modelos civis
adaptados. O ministro Jobim
participou da cerimônia de
―batismo‖ das aeronaves, na Base
Aérea de Porto Velho, em
Rondônia. Jobim disse ainda que
haveria transferência de tecnologia
em simuladores de voo.
U
8 Maio de 2011 /
F-X2: Consórcio Rafale faz parceria com empresas
mineiras
consórcio Rafale
International assinado dia
01/04/, durante seminário
na Federação das Indústrias de
Minas Gerais (Fiemg), quatro
acordos com empresas mineiras e
com a Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG) para
treinamento de pessoal e
desenvolvimento e transferência de
tecnologia aeronáutica. As
parcerias são parte da estratégia do
grupo francês de conquistar, com
apoio do empresariado, a
preferência do governo na
renovação da frota da Força Aérea
Brasileira (FAB).
O consórcio, formado pela
Dassault Aviation, Snecma e
Thales, disputa com a sueca Saab,
fabricante do Gripen NG, e com a
norte-americana Boeing, que
produz os caças FA-18 Hornet,
uma licitação avaliada em ao
menos US$ 4 bilhões para as
aquisições, que podem ultrapassar
100 aeronaves.
Uma das parcerias foi firmada
entre a empresa IAS, da capital
mineira, e a Snecma, para
treinamento em manutenção de
motores de jatos. A IAS é uma das
empresas que participa do esforço
do governo mineiro de criar um
polo aeronáutico próximo ao
Aeroporto Internacional Tancredo
Neves, em Confins, na região
metropolitana de Belo Horizonte.
―Levaremos o pessoal da IAS para
a fábrica francesa e, depois,
técnicos da França virão ao Brasil
fazer o treinamento. Vamos passar
à IAS toda a manutenção dos
motores dos Rafales, caso eles
sejam escolhidos pelo Brasil‖,
disse Jean Marc Merialdo, diretor
da Dassault Aviation no Brasil.
Outra carta de intenção foi
assinada pela Dassault e a CSEM
Brasil, instituição privada sem fins
lucrativos especializada em micro
e nanotecnologia. A parceria com
os franceses terá o objetivo de
desenvolver microssistemas para
transmissão de dados e sensores
sem fio, entre outros, para as
aeronaves. Os dispositivos serão
feitos com base na tecnologia Low
Temperature Co-fired Ceramics
(LTCC), que usa cerâmica de alta
resistência nos sistemas.
―Esperamos contribuir com nossa
experiência no desenvolvimento de
soluções estratégicas‖, declarou o
diretor da CSEM, Tiago Alves.
Já a UFMG firmou parceria com a
Snecma e a Dassault para o
desenvolvimento de tecnologias
aeronáuticas, de motores e de
biocombustíveis para aviação,
além de intercâmbio de estudantes.
―Vale a apena investir em
relacionamento de longo prazo
com a universidade, que já tem
premissas de desenvolvimento
O
9 Maio de 2011 /
técnico aeronáutico de qualidade‖,
avaliou Merialdo, referindo-se às
pesquisas já desenvolvidas pela
instituição.
Os acordos de ontem se juntam a
outros 63, firmados pelo consórcio
com 40 empresas, para o
desenvolvimento de projetos e
capacitação de pessoal. Segundo o
representante do grupo francês, os
acordos foram feitos com a
perspectiva de que o Brasil opte
pela compra do Rafale, ―mas nada
impede que sejam mantidos
mesmo que o governo escolha
outro concorrente‖.
Em fevereiro, o ministro da
Defesa, Nelson Jobim, afirmou
que, mesmo com o corte de R$ 50
bilhões no orçamento da União, o
governo pode anunciar ainda neste
semestre qual será o fornecedor
das aeronaves. O ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva já havia
declarado preferência pelos
franceses, enquanto a Aeronáutica
avaliou as aeronaves da Boeing
como melhor opção. ―Mudança de
governo não significa mudança de
posicionamento estratégico dos
concorrentes. Mudaram as pessoas
que vão avaliar as ofertas. As
vantagens que cada um oferece são
as mesmas‖, concluiu Merialdo.
10 Maio de 2011 /
Destaques do programa F-35 no primeiro
trimestre de 2011
s caças de testes Lockheed
Martin F-35 Lightning II
realizaram vários
progressos durante o primeiro
trimestre de 2011, com a
realização de 199 voos de teste de
um cronograma planejado de 142
voos. Além disso, o modelo F-35B
de decolagem curta / pouso
vertical (STOVL) registrou seis
vezes mais pousos verticais no
primeiro trimestre do que em todo
ano de 2010.
O programa de teste permaneceu à
frente do plano de testes, apesar da
suspensão dos voos das aeronaves
da frota durante a fase de testes
entre 4 e 15 dias durante o período
que foram investigadas as causas
de uma falha dupla num gerador de
energia durante um voo no dia 9 de
março.
Os seguintes números e destaques
fornecem um rápido resumo das
atividades de testes de voo no
primeiro trimestre:
- Modelo F-35A de decolagem e
pouso convencional (CTOL):
realizados 82 voos de testes contra
o planejado de 62 voos.
- Modelo F-35B STOVL:
realizados 101 voos contra um
plano de 62 voos.
- Modelo F-35C (embarcado em
porta-aviões): realizados 16 voos
de 18 previstos.
- Dois modelo de produção, AF-6
e AF-7, voaram pela primeira vez
em preparação para a entrega para
a U.S. Air Force este ano. As duas
aeronaves AF-6 e AF-7 voaram
sete vezes no primeiro trimestre.
- A variante STOVL realizou 61
pousos verticais (em comparação
com 10 pousos verticais em todo
ano de 2010). O BF-1 realizou o
primeiro toque e arremetida no
modo de pouso vertical no
trimestre.
- Desde o início de testes de voo
em dezembro de 2006 até 31 de
março de 2011, os caças F-35 já
voaram 753 vezes, incluindo os
voos dos modelo de produção.
A Lockheed Martin está
desenvolvendo o F-35 com os seus
principais parceiros industriais, a
Northrop Grumman e a BAE
Systems.
O
11 Maio de 2011 /
AVIÃO NOVO
Pratt & Whitney será principal fornecedor de motores para o A320neo
Airbus antecipou as
primeiras entregas do
modelo A320neo para
outubro de 2015 e selecionou a
canadense Pratt & Whitney como
fornecedora preferencial de
motores. O modelo de turbina
escolhido é o PW1100G.
Inicialmente, a aeronave entraria
em operação apenas do segundo
semestre de 2016.
A companhia aérea alemã
Lufthansa já decidiu que seus
exemplares da nova aeronave serão
equipados com as turbinas do
fabricante canadense. A família
modernizada e com melhor
desempenho deve incluir também
novas versões do A319 e A321. Os
alemães devem receber 25 do
A320neo e 5 do A321neo.
A companhia brasileira TAM já
anunciou a compra de aeronaves
do novo modelo, mas ainda não
anunciou quem será o seu
fornecedor de motores.
A
12 Maio de 2011 /
MD 520
Notar
MD 520 Notar é um
helicóptero monomotor de
pequeno porte para uso
esportivo e de passeio
impulsionado por uma turbina
Allison C20R, com capacidade
para 01 (um) piloto e mais 04
(quatro) passageiros, fabricado
pela MD Helicópters, de
propriedade da corporação RDM
holandesa.
Pode-se dizer que o helicóptero
compacto MD 520 Notar dispõe do
mais inteligente, avançado,
revolucionário e interessante
sistema anti-torque disponível no
mercado internacional de asas
rotativas, uma tecnologia exclusiva
chamada ―Notar – No Tail Rotor‖
criada, desenvolvida, refinada e
patenteada pelo extinto fabricante
norte-americano Mc Donnell
Douglas e, posteriormente,
comprada pela Boeing e licenciada
para a MD Helicópters holandesa.
Não há nada parecido no mercado:
O moderníssimo sistema anti-
torque ―Notar‖
surpreendentemente dispensa a
necessidade do conjunto de rotor
de cauda, presente na maioria dos
helicópteros, por um conjunto
formado por uma espécie de
ventilador ou ―blowler‖ embutido
no cone de cauda alargado e
adaptado para permitir a circulação
do ar comprimido até sua
extremidade, equipada com um
mecanismo regulador da saída de
ar, gerando assim o tal efeito anti-
torque, necessário para manter ou
auxiliar a manobrabilidade ou
estabilidade da aeronave.
Os elevados níveis de segurança e
o baixíssimo nível de ruído interno
e externo alcançados pelo MD 520
Notar se explicam justamente pela
ausência do rotor de cauda, que é
considerada uma peça crítica na
maioria dos helicópteros
disponíveis no mercado, seja para
uso civil ou militar.
As vendas do MD 520 Notar foram
iniciadas na década de 90 pela
divisão de helicópteros da então
gigante norte-americana Mc
Donnell Douglas , mas a falência
desse fabricante comprometeu por
alguns anos a continuidade do
projeto, até a sua patente
finalmente ser comprada pela MD
Helicópters.
NOTAR
NOTAR, um acrónimo em inglês
para sem rotor de cauda (no tail
rotor), é um processo de
estabilização para helicópteros
desenvolvido pela McDonnell
Douglas, no qual elimina a
utilização de rotores de cauda em
helicópteros, permitindo assim
uma operação mais segura e
silenciosa.
O NOTAR utiliza o efeito Coandă,
enviando o ar das hélices do rotor
principal para a junção da cauda
com a fuselagem principal. Um
ventilador está colocado na
O
13 Maio de 2011 /
fuselagem da secção
imediatamente a seguir à cauda
sendo operado pela transmissão do
rotor principal. O controlo da força
de rotação é afectado utilizando
esta baixa pressão e ar de alto
volume enviando através da cauda.
Existem actualmente três
helicópteros que utilizam a
tecnologia NOTAR, todos
produzidos pela McDonnell
Douglas:
MD 520N, uma NOTAR
variante da série MD500
Defender
MD 600N, uma versão
maior do MD 520N
MD 900 Explorer
MD 600N
MD 600 é um oito-lugar, luz,
helicóptero monomotor equipado
com Notar. MD-600 oferece
baixos custos operacionais e
desempenho aprimorado. É mais
silencioso, mais rápido, mais
seguro do que muitos outros
helicópteros de sua classe. MD-
600 está disponível tanto para
aplicações civis e militares. É
apropriado para a utilidade,
evacuação médica, transporte VIP,
a aplicação da lei, e passeios
aéreos. MD Helicopters MD-600N
é o modelo de produção atual.
MD-600 é alimentado por um
Rolls Royce único motor de
turbina Allison 250-C47M
avaliado em 530 shp.
A simplicidade mecânica de seis
pás do rotor principal sistema
oferece alta confiabilidade no
baixo custo de oportunidade. pás
do rotor principal são retidos por
um sistema exclusivo pack correia
que acomoda pás do rotor principal
flapping e franjas. As poucas peças
que resultam em maior
confiabilidade. O sistema de
retenção simples lâmina não tem
graxeiras. lâminas individuais são
facilmente substituídos.
O MD900 Explorer
O MD900 Explorer que leva
passageiros para voos de grande
espectacularidade acima dos Alpes
é um helicóptero americano de
última geração. Pilotado
normalmente por inúmeros
membros da direcção Breitling,
distingue-se nomeadamente pelo
seu sistema especial «anti-couple».
O habitual rotor de cauda, cujo
objectivo é impedir que o
helicóptero gire sobre ele próprio,
foi substituído por um perfil de
cauda especialmente estudado que
utiliza o fluxo do ar gerado pelo
rotor central para dirigir o
helicóptero na direcção correcta,
como uma asa.
Este sistema patenteado baptizado
de NOTAR (NO TAil Rotor - sem
rotor de cauda) oferece múltiplas
vantagens, entre elas, maior
segurança (na carga e na descarga),
menos barulho e melhor
maleabilidade da máquina,
nomeadamente num contexto
militar, quando se trata por
exemplo de subir perto de árvores
ou de pousar num espaço limitado.
Primeiro helicóptero comercial
totalmente concebido com ajuda de
técnicas CAD em computador, o
MD900 Explorer dispõe de um
sistema de navegação
ultramoderno. Possui igualmente
um separador de partículas que
permite voar com poeira.
14 Maio de 2011 /
Amada e odiada
Ao investir em conforto e glamour, a Emirates passou a atrair passageiros e a ira de outras companhias aéreas
— que a acusam de competição desleal.
ada de lanche restrito a
uma barrinha de cereal,
copos de plástico e cobrar,
separadamente, pelo refrigerante.
O serviço da Emirates, empresa
aérea com sede em Dubai, é a
antítese do das companhias low
cost, que se tornaram uma
referência no mercado mundial de
aviação civil nas últimas duas
décadas. Na primeira classe de
seus 15 aviões A380, os maiores
do mundo, os passageiros têm
chuveiro, cabine individual e um
bar aberto para confraternização.
Quem viaja na classe executiva de
suas aeronaves tem direito de ir e
voltar do aeroporto numa limusine
— inclusive no Brasil. Os
passageiros da classe econômica
não desfrutam de tantos mimos,
mas comem com talher de metal e
bebem em copos de vidro. Criada
em 1985 como parte da estratégia
de Dubai de se tornar um grande
centro de negócios e turismo entre
o Ocidente e o Oriente, a Emirates
Airlines foi a única entre as dez
maiores companhias aéreas do
mundo a conseguir lucrar durante a
crise de 2009, quando os
resultados do setor entraram em
queda livre.
Na Europa, a Emirates conseguiu
ganhar mercado com uma
estratégia de interiorização.
Normalmente, os europeus só
conseguiam voar para fora de seus
países fazendo conexão na capital,
em aeroportos muitas vezes
lotados e onde as companhias
locais possuíam vantagens. A
Emirates passou a oferecer voos a
partir dos chamados aeroportos
secundários, como Manchester e
Newcastle, na Inglaterra, e
Hamburgo e Leverkussen, na
Alemanha. Além disso, nos voos
para a Ásia e a África, a empresa
começou a fazer uma parada no
luxuoso aeroporto de Dubai.
Com hospedagem e alimentação
gratuitas, ninguém reclamou. Foi
assim que a Emirates conseguiu
ser a empresa líder em voos
internacionais na Holanda e na
Itália e passou a ocupar a segunda
N
15 Maio de 2011 /
posição na França, na Alemanha e
na Inglaterra. Mais importante, é
líder mundial em número de
passageiros por milhas voadas,
uma das estatísticas mais
relevantes na aviação civil. ―A
Emirates oferece, por preço
semelhante ou menor, um serviço
muito melhor que o da
concorrência. Companhias de todo
o mundo têm muito medo dela‖,
diz John Leahy, presidente da
fabricante francesa de aviões
Airbus.
Nos últimos dois anos, a Emirates
tem sido o alvo predileto de suas
concorrentes. Em 2010, a
consultoria americana Arthur D.
Little, contratada pela alemã
Lufthansa, publicou um relatório
no qual acusava a Emirates de ser
beneficiada pelo governo de
Dubai. Em setembro, o então
presidente da holandesa KLM
lançou dúvidas sobre a origem do
dinheiro que financiou a
encomenda de 90 aviões A380 da
Airbus. Toda essa artilharia fez a
Emirates quebrar o silêncio em
novembro passado.
Primeiro, seus executivos
negaram as acusações de
beneficiamento com argumentos
sólidos. Em seguida, partiram para
o ataque. Divulgaram o quanto
diversas companhias aéreas
receberam de ajuda de seus
respectivos países nos últimos 25
anos — 880 milhões de euros para
a Air France, 800 milhões de euros
para a Lufthansa, 11 bilhões de
dólares para a JAL —, seja em
forma de injeção de dinheiro, seja
em empréstimos subsidiados ou
em perdão de dívida.
As acusações da concorrência
fazem referência aos baixos custos
da Emirates e à sua relação com o
governo de Dubai. O presidente do
conselho de administração, o
xeque Ahmed bin Saeed al-
Maktoum, é presidente da Dnata
(empresa que administra o
aeroporto de Dubai) e da
Autoridade da Aviação Civil de
Dubai, órgão que controla a
indústria. Também é tio do xeque
Mohammed bin Rashid al-Mak-
toum, que acumula os cargos de
premiê e vice-presidente dos
Emirados Árabes e é emir de
Dubai.
O motivo da guerra total contra a
Emirates é um só: os analistas de
mercado são unânimes em apontar
a companhia como a mais
promissora do setor de aviação
civil. ―A Emirates tem um hub
bem no meio das rotas que mais
crescem — as que ligam China e
Índia às Américas. Além disso,
conta com bons executivos e uma
frota nova e eficiente‖, diz Vikran
Krishnan, analista do setor
aeroespacial da consultoria
americana Oliver Wyman. Sem
falar que mais da metade da
população mundial está num raio
de 8 horas de voo de Dubai e que a
Emirates não encontra dificuldade
para ampliar seu hub. Enquanto os
europeus buscam soluções para a
falta de espaço e leis ambientais, o
Terminal 3 do Aeroporto
Internacional de Dubai, cujo único
inquilino é a Emirates, vai
aumentar sua capacidade de 30
milhões para 43 milhões de
passageiros por ano.
Capitalismo de dubai
A inexistência de sindicatos e de
impostos de renda e serviços
permite que os custos da Emirates
com salários sejam 48% mais
baixos que a média europeia. As
taxas aeroportuárias em Dubai são,
em média, 25% menores que na
Europa. ―O governo de Dubai é
inteligente. Investe constantemente
para aumentar a eficiência de seu
aeroporto e cobra uma taxa baixa
para seu uso. Não lucra muito com
o aeroporto, mas atrai milhões em
negócios e turistas‖, diz Giovanni
Bisignani, presidente da
Associação Internacional do
Transporte Aéreo, mais conhecida
pela sigla Iata em inglês.
De fato, os críticos da Emirates
parecem errar o alvo. A companhia
talvez seja o melhor exemplo de
capitalismo moderno em Dubai. A
concorrência enfrenta exatamente
as mesmas condições de impostos
e taxas no país, e não existe
restrição — a não ser de espaço e
tempo — para a criação de rotas
pelas 110 empresas que operam no
emirado. ―Nada é mais próximo da
concorrência perfeita em Dubai do
que a indústria aeronáutica‖, diz
Jim Krane, autor do livro City of
Gold — Dubai and the Dream of
Capitalism (―Cidade de ouro —
Dubai e o sonho do capitalismo‖,
não publicado no Brasil). Muito
diferente das outras estatais da
cidade-estado, com monopólios em
setores como construção civil e
portos.
16 Maio de 2011 /
Lockheed Martin entrega o segundo C-5M Super Galaxy de
produção para USAF
Lockheed Martin
entregou a segunda
aeronave C-5M Super
Galaxy de produção para a U.S.
Air Force, numa cerimônia dia 11
de abril, junto com a tripulação na
Base Aérea de Dover, Delaware.
A quinta aeronave C-5M no geral
entregue para Força Aérea dos
EUA, essa aeronave agora passará
por uma restauração da pintura
interna na Base da Guarda Aérea
Nacional de Stewart, New York,
antes de partir para sua base
definitiva em Dover.
O Maj. Gen. James T. Rubeor,
comandante da 22ª Força Aérea, da
Reserva da Força Aérea, disse num
comunicado: ―Embora ainda seja
cedo, as realizações operacionais
do C-5M em tão curto espaço de
tempo são extraordinárias.
Obviamente, este é um enorme
investimento para a Força Aérea.
Com este quinto Super Galaxy, nós
estamos adicionando um novo
nível de capacidade para a equação
de como determinar como o
transporte aéreo estratégico é
utilizado em operações de
contingência no presente e no
futuro.‖
A Lockheed Martin possui um
contrato de modernização de um
total de 52 C-5s, consistindo de 49
modelos B, dois C e um A, através
do programa Reliability
Enhancement and Re-Engining
Program (RERP), o qual incorpora
mais de 70 mudanças e melhorias,
incluindo novos motores mais
silenciosos General Electric. Três
aeronaves de testes foram
entregues e voaram antes do
programa de modernização entrar
em produção total.
A
17 Maio de 2011 /
18 Maio de 2011 /
Embraer amplia sua área de atuação
Embraer negocia com a China a possibilidade
de construir jatos executivos da família
Legacy no país. Esse seria um caminho para
evitar o fechamento da fábrica que a companhia
brasileira possui na cidade de Harbin em parceria com
a estatal Avic, que entregará as duas últimas
encomendas do avião regional ERJ-145 no fim de
abril. A expectativa da empresa e do governo
brasileiro é chegar a um acordo que possa ser
anunciado durante a visita da presidente Dilma
Rousseff à China.
O mercado de aviação executiva na China está
engatinhando, mas a previsão dos analistas é a de que
país comprará 470 jatos particulares nos próximos dez
anos. A China já tem o segundo maior número de
bilionários do mundo, atrás apenas dos Estados
Unidos, com poder de fogo suficiente para ter seus
próprios aviões executivos. A Embraer já vendeu três
Legacy e um Lineage para clientes chineses, o preço
das aeronaves é de US$ 30,5 milhões e US$ 50,5
milhões, respectivamente.
Continuar na China
O objetivo inicial da companhia brasileira era usar a
fábrica na China para produzir o E-190, avião com
capacidade para até 120 passageiros que passou a ser
mais demandado pelas companhias aéreas chinesas do
que o ERJ-145, de 50 lugares. Mas as negociações se
arrastam há meses, sem um sinal positivo do governo
chinês. Qualquer que seja o desfecho das conversas
sobre a produção de jatos executivos, a Embraer
continuará a operar na China.
Além dos aviões que são fabricados em Harbin, a
empresa brasileira exporta ao país asiático aeronaves
que saem de sua linha de montagem em São José dos
Campos. No ano passado, os embarques da Embraer
para a China somaram US$ 368,4 milhões, cifra
inferior apenas às vendas realizadas para os Estados
Unidos, de US$ 423,7 milhões.
A
19 Maio de 2011 /
Aviação regional
Segundo Guan, a empresa já vendeu 65 jatos E-190 para a China, dos
quais 38 foram entregues. Existem outros 44 aviões ERJ-145 voando no
país, aos quais se somarão os dois últimos que serão produzidos na
fábrica de Harbin até o fim de abril. ―Nosso produto é extremamente
competitivo e temos 70% do mercado de aviação regional na China‖,
observa Guan, se referindo ao segmento que abrange aeronaves de até
120 lugares.
No ano passado, a Embraer criou uma subsidiária na China para prestar
serviços de assistência técnica a seus clientes no país. Além disso, a
empresa assinou nos últimos meses contratos com quatro empresas de
leasing chinesas para financiar a venda de seus aviões no país. O mais
recente deles foi firmado no início do mês de abril com a Minsheng
Financial Leasing.
Avião militar
A Embraer informou que selecionou a sua subsidiária Eleb
Equipamentos Ltda. para o desenvolvimento e produção dos trens de
pouso do novo jato de transporte militar KC-390. Em nota, o presidente
da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, disse que a
seleção foi resultado de uma minuciosa avaliação que considerou todos
os aspectos técnicos e comerciais do projeto, bem como a experiência
da empresa, a tecnologia utilizada e a gestão dos riscos de
desenvolvimento.
A Eleb é uma subsidiária integral da Embraer e conta com 28 anos de
experiência no projeto e manufatura de trens de pouso e componentes
hidráulicos para a indústria aeronáutica. A empresa participou do
desenvolvimento dos trens de pouso do caça subsônico AMX, jatos
comerciais das famílias ERJ 145 e dos jatos 170/190, jatos executivos
Phenom 100, Phenom 300, Legacy 600, Legacy 650 e Lineage 1000 e
também do turboélice de ataque leve e treinamento avançado Super
Tucano.
A origem da Eleb remonta à década de 1980, quando a Embraer criou a
EDE – Embraer Divisão Equipamentos para desenvolver conhecimento
associado à tecnologia de projeto e produção de sistemas de trem de
pouso e componentes hidráulicos para a indústria aeronáutica.
Em 1999, a EDE deu origem à Eleb – Embraer Liebherr Equipamentos
do Brasil S.A., uma joint venture entre a Embraer (60%) e a suíça
Liebherr Aerospace (40%). Em 2008, a Embraer adquiriu a totalidade
do capital da empresa, que passou a ser denominada Eleb Equipamentos
Ltda.
A empresa conta com cerca de
800 empregados e ocupa uma área
de 24 mil metros Quadrados em São José dos Campos. Com forte atuação
nos mercados norte-americano, europeu e asiático, a empresa tem receita
anual da ordem de US$ 100 milhões.
20 Maio de 2011 /
Onde TAM, Gol e Azul vão parar na briga por novos pontos de venda?
Lojas, metrô e rodoviária são apenas o começo; um dia, talvez seja possível comprar em bancos e
supermercados.
embrando aquela música,
toda companhia aérea tem
de ir aonde o passageiro
está. Nem que, para isso, seja
preciso oferecer passagens em
lojas, quiosques do metrô e
rodoviárias. Para cativar a famosa
classe C emergente, TAM, Gol e
Azul descobriram o óbvio: a maior
parte desses potenciais clientes
ainda passa longe dos meios
tradicionais de venda de
passagens.
―Para aproveitar a ascensão da
nova classe média, as empresas
precisam de mais capilaridade‖,
afirma Richard Lucht, diretor
nacional de pós graduação da
ESPM e professor colaborador do
ITA. E esta é a senha do que leva
TAM, Gol e Azul a freqüentar
ambientes inéditos.
Capilaridade, é bom lembrar, não
quer dizer necessariamente abrir
mais pontos de venda do tipo que a
empresa já possui. Muitas vezes, é
bem o contrário: significa criar
novos meios de vendas para
clientes que não utilizam os canais
tradicionais.
Olho no olho
Quando foi fundada, em 2001, a
Gol orgulhava-se, entre outras
coisas, de vender passagens aéreas
apenas pela internet. Para manter
seu modelo de baixo preço e baixo
custo, a empresa não oferecia
guichês físicos.
Desde então, a Gol rendeu-se à
evidência de que, para aumentar
sua base de clientes, era preciso
buscar novos canais de venda.
Afinal, poucas pessoas da
emergente classe C que pretendia
levar para seus aviões tinham o
hábito de fazer compras online –
muitos sequer têm computador
ainda.
Não por acaso, a Gol iniciou uma
empreitada para se aproximar
fisicamente desses passageiros em
potencial – abriu lojas em ruas de
comércio popular e, recentemente,
implantou quiosques em três
estações do metrô de São Paulo.
Atualmente, a classe C representa
47% dos passageiros da Gol.
Além das dificuldades de acessar
os meios tradicionais de venda, a
classe C também tem outros
hábitos de compras. Na prática,
trata-se de clientes mais
acostumados ao contato ―olho-no-
olho‖. ―Esses consumidores se
L
21 Maio de 2011 /
sentem mais seguros, se estiverem
interagindo com alguma coisa que
não seja apenas a internet‖, diz
Lucht.
Sem tapete vermelho
Nos anos 90 e início dos anos
2000, a TAM cresceu e construiu
sua fama baseada na qualidade de
atendimento. Ficaram famosos o
tapete vermelho e o piano de
caudas que os passageiros
encontravam nas salas de espera da
companhia. O lendário
Comandante Rolim, dono da
TAM, costumava receber os
clientes pessoalmente.
As tentativas de fazer a TAM
ganhar altitude, após a morte de
Rolim, envolveram frequentes
crises de identidade da companhia,
que ora reafirmava sua vocação
para um atendimento diferenciado,
ora tentava se popularizar.
A força da classe C, contudo,
parece ter colocado
definitivamente esses passageiros
no radar da TAM. Além da
parceria com a Casas Bahia, a
empresa testou vender passagens
no Centro de Tradições
Nordestinas, em São Paulo.
A TAM também permite que
passagens compradas na internet
sejam pagas em casas lotéricas,
mediante a apresentação do boleto
impresso. Para alcançar os
universitários, a empresa abriu um
quiosque na universidade paulista
Unip.
―A aviação é, cada vez mais, um
negócio de integração de canais.
Dentro disso, há uma parcela de
desenvolvimento de nicho e de
potencialização de cada um desses
canais‖, afirma Manoela Amaro
diretora de Marketing da TAM.
Pelas estradas da vida
O projeto da TAM culminou, no
final de março, com a parceria com
a companhia de ônibus Pássaro
Marron (sim, com ene no final). A
viação passou a vender passagens
da TAM nos guichês de
rodoviárias, e também a fazer a
venda casada de bilhetes aéreos e
rodoviários.
Manoela já avisou que a TAM não
vai parar por aí. ―Buscamos outras
empresas para aumentar as
parcerias‖, diz Amaro. A
associação com a Pássaro Marron
– que atende 50 cidades nos
estados de São Paulo e Minas -
também é um modo de a TAM
alfinetar as empresas de aviação
regional, como Azul e Trip,
segundo Lucht, da ESPM.
A Azul já vende passagens em
parceria com o Magazine Luiza
desde 2010 em três lojas da rede
no interior do estado. Além disso,
a aérea possui pontos de venda
físicos em três shoppings na cidade
de São Paulo e uma parceria com a
Yes Net, uma rede de lan houses
instalada em hipermercados. Há
planos de expansão nas duas
frentes. A idéia é terminar o ano
com seis lojas próprias. A Trip e a
Webjet não tem novas parcerias. A
Avianca não se manifestou até o
fechamento dessa matéria.
Cereais, sabonetes e passagens
Para Lucht, da ESPM, TAM, Gol e
Azul estão apenas arranhando o
potencial de vendas de canais
alternativos. O especialista vê
espaço para parcerias semelhantes
com casas loterias, postos de
correio e agências bancárias, por
exemplo. ―Todo e qualquer ponto
com internet é tem grande
potencial para vender passagem
aérea‖, diz.
Os supermercados também são um
filão ainda inexplorado, segundo
Marcelo D‘Emídio, chefe do
departamento de marketing da
graduação da ESPM. Um
empecilho, neste caso, seria o fato
de que algumas grandes redes de
hipermercados contam com
agências de viagens instaladas em
suas dependências.
A busca por novos pontos de
venda é uma tendência que
companhias aéreas de outros países
emergentes devem seguir, segundo
Respício do Espírito Santo.
―Acredito que essa iniciativa das
aéreas brasileiras deve ser repetida
em países como Índia, China e
México‖, diz. Talvez esteja
próximo o dia em que as passagens
aéreas vão entrar na lista de
compras do supermercado.
22 Maio de 2011 /
UMA PAIXÃO CHAMADA AVIAÇÃO
23 Maio de 2011 /
oar. Foi esse o sonho do ser humano, que foi
atingido, com o maior dos êxitos, a mais de
100 anos atrás, por ALBERTO SANTOS
DUMONT. Natural da antiga cidade de Palmira,
estado de Minas Gerais. De lá pra cá, o progresso da
aviação, vem crescendo num ritmo impressionante.
Antigamente, para se voar, era uma verdadeira
dificuldade. Hoje, com apenas um toque na tela, o
piloto consegue visualizar e monitorar tudo o que
envolve um vôo, seja qual for à duração e distância
do mesmo.
Sempre costumo dizer o seguinte para o pessoal que
querem encarar a aviação. Analisem dois lados. O
lado emoção, e o lado da razão. Pelo lado da emoção,
o que se pode dizer, é que com amor e dedicação,
tudo se consegue na vida, já pelo lado da razão, o
mercado está expansivo. Prova disso, nas principais
manchetes dos mais variados jornais e revistas,
mostram a falta de profissionais capacitados no
Brasil.
Voar é para todos, por mais que tenha pessoas que
não reflitam isso. Mas é a verdade, voar é para o
presidente, diretor, executivo, balconista, pipoqueiro,
e até mesmo o meu antigo caso, verdureiro. Vendia
verduras de folhas na rua, com uma carriola. Tendo
muito contato com o publico, sempre convido as
pessoas, há conhecer um pouco mais sobre o mundo
da aviação, tal qual dá para se perceber, que voar, é o
sonho de muita gente, inclusive pessoas de idade.
Muitos me perguntam se piloto ganha bem. Isso, por
mais que não pareça, é uma questão de difícil
resposta. Isso parte da ambição da pessoa. Tenho
amigos, que fazem à mesma coisa, voam o mesmo
numero de horas, e tem pagamentos diferentes. O que
deve fazer é uma negociação amigável para ambos os
lados. Vale lembrar que o candidato a piloto, deverá
primeiro, obter o CCF de 2º classe. Com o mesmo em
mãos, o aluno irá prestar a banca, tal a qual, é uma
avaliação final, da ANAC – Agencia Nacional de
Aviação Civil, onde o aspirante a piloto realizará
cinco provas, dentre elas...Conhecimentos técnicos de
avião. Teoria de vôo e aerodinâmica. Regulamento de
trafego aéreo. Meteorologia aeronáutica, e Navegação
aérea. O mesmo sendo aprovado, ele partirá para a
melhor parte, a pratica do PPA (piloto privado de
avião). Depois do PP, vem o PC, assim, com o PC
em mãos, o piloto poderá atuar na atividade. Cabendo
ao mesmo, realizar quais cursos deseja seguir, entre
eles agrícola, comercial, entre outros.
Realmente, é o que diz o titulo. UMA PAIXÃO
CHAMADA AVIAÇÃO. O aviador fica horas e mais
horas em campos de aviação, curtindo pousos,
decolagens, voando por trabalho, ou mesmo por
hobby, tirando milhões de fotos para compartilhar nos
diversos meios de comunicação existente, com seus
―IRMÃOS DE ASAS‖. Por isso, a você futuro
comandante. Estude a fio. Estude mesmo, qualquer
duvida, o professor existe para tirar duvidas e lhe
auxiliar na caminhada. Mas não se esqueça jamais,
dos dizeres a seguir...
.....Tenha como meta principal na aviação,
CRESCER, mantenha o foco em cada coisa na vida.
Tenha primeiro, DEUS ( ou uma crença particular sua
), em segundo, VOCÊ, e em terceiro lugar. OS SEUS
PROPÓSITOS....fazendo assim, conseguirá atingir o
tal sonho de aviador.....
Tiago Balduino Ricci
V
24 Maio de 2011 /
PRODUÇÃO DE HELICÓPTEROS COLOCA BRASIL
ENTRE GIGANTES MUNDIAIS
ova geração de
helicópteros das Forças
Armadas
Em 2012, o Brasil começará a
produzir uma nova geração de
helicópteros militares e poderá ter
uma das quatro maiores empresas
mundiais do setor. De tecnologia
franco-alemã, os EC 725 serão
montados em Itajubá (MG), com
investimento total de R$ 420
milhões. As Forças Armadas
receberão 50 modelos até 2020, ao
custo de 1,8 bilhão de euros.
A produção brasileira do EC 725
será feita pela Helibras. A
fabricante de helicópteros – única
na América Latina – é controlada
pela multinacional franco-alemã
Eurocopter, que possui unidades
de negócios na França, Alemanha
e Espanha. A expectativa é de que
a fábrica brasileira produza tanto
quanto as empresas instaladas nos
países associados.
Como haverá transferência de
tecnologia, o grupo não quer que a
Helibras fique restrita à produção
militar e já foca em áreas como
segurança pública, petróleo e gás.
O próximo passo para atrair o
mercado será a construção de um
simulador de voos no Estado do
Rio de Janeiro. Atualmente, a
Helibras responde por 4% do
faturamento total da Eurocopter,
cuja receita anual é estimada em
170 milhões de euros.
As três primeiras aeronaves da
frota foram apresentadas na 8ª
edição da LAAD Defence &
Security, na capital carioca. A feira
de equipamentos de segurança e
defesa também reúne produtos
para o mercado governamental –
Polícia, Bombeiros e Forças
Armadas.
Os novos modelos pretender dar
agilidade no transporte de tropas
para operações militares e de busca
e resgate. ―Também serão usados
no controle da chamada
‗Amazônia azul‘, onde ficam
nossas reservas petrolíferas‖,
afirma o almirante Júlio Soares de
Moura Neto, comandante da
Marinha.
A produção nacional existe desde
1978, mas o Brasil só fabrica
helicópteros AS 550, conhecidos
como ―Esquilos‖. O modelo é
bastante utilizados pelas polícias
Civil, Militar e Corpo de
Bombeiros.
De acordo com especialistas, as
quatro maiores empresas mundiais
são a Eurocopter, Agusta (Itália),
Sikorsky (EUA) e Bell (EUA). A
parceria entre Helibras e
Eurocopter foi impulsionada em
2008, com a criação da Estratégia
Nacional de Defesa pelo governo
brasileiro. Atualmente, 11% do
valor agregado nos três modelos
EC 775 entregues às Forças
Armadas são nacionais. Significa
dizer que equivale ao percentual de
peças e componentes fabricados
pela indústria brasileira. Por
contrato, até 2020, o Brasil terá de
projetar e construir seu primeiro
modelo com 50% de ―valor
agregado‖ nacional.
―Esses helicópteros são os mesmos
usados pela Petrobras para levar
funcionários às plataformas de
petróleo. Porém o deles é um
modelo civil, EC225. As aeronaves
militares serão adaptadas‖, afirmou
Sérgio Roxo, gerente de vendas
militares da Helibras. ―Os do
Exército, por exemplo, receberão
duas metralhadoras laterais. Os da
Marinha vão carregar mísseis.
Todos terão um sistema de defesa
passiva, que detecta ataques
externos.‖
N
25 Maio de 2011 /
F-X2:
Rússia quer voltar ao jogo
pontada em 2002 e em
2004 como a provável
vencedora da disputa entre
empresas do setor aeronáutico para
venda de caças ao Brasil, a fábrica
russa Sukhoi tenta voltar ao jogo
em andamento com as outras três
concorrentes. A compra das
aeronaves pelo governo brasileiro
foi tema ontem da conversa entre a
presidente Dilma Rousseff e o
presidente da Rússia, Dmitri
Medvedev, logo depois da reunião
do Brics (Brasil, Rússia, Índia,
China e África do Sul). O russo
saiu animado da quase meia hora
de conversa, porque Dilma
respondeu que ―o assunto está em
aberto‖.
Medvedev puxou o assunto
perguntando à presidente brasileira
se ela havia recebido a carta que
ele enviara no último dia 4. O
russo oferecia os caças. Ela disse
que sim e comentou que ―nada
estava decidido a esse respeito‖.
Ministros presentes à reunião
entenderam que Dilma vai zerar a
corrida para a compra dos aviões,
mas o chanceler Antonio Patriota
comentou que ela acenou com
interesse em retomar o projeto do
Sukhoi, porém a conversa não foi
conclusiva. ―O tema da cooperação
militar, de defesa, também foi
levantado no encontro com o
primeiro-ministro da Índia. Eles
estão interessados em adquirir
caças de treinamento, além de uma
proposta de compra de nove aviões
tucanos da Embraer, que já está
sendo negociada há algum tempo‖,
afirmou Patriota.
A compra dos caças foi um dos
primeiros projetos que a presidente
Dilma tirou da bandeja de assuntos
urgentes e colocou sobre a mesa de
estudos para analisar melhor antes
de tomar uma decisão. Afinal, o
projeto F-X 2, da compra de 36
caças, envolve e uma série de
cláusulas que precisam de uma
negociação exaustiva, caso, por
exemplo, da transferência de
tecnologia.
Ao longo do segundo mandato do
presidente Lula, os caças Rafale
(França), Super Hornet (EUA) e o
Grippen (Suécia) travaram uma
disputa em que, a cada ano, um
estava mais acima que os outros
dois concorrentes. Primeiro, foi o
caça sueco, Grippen, apontado
como o favorito pelas autoridades
aeronáuticas. Depois, em setembro
de 2009, quando o presidente da
França, Nicolas Sarkozy, veio ao
Brasil, a bola da vez eram os
Rafale. Por último, apareceu o
Super Hornet, da Boeing, com um
intenso trabalho de propaganda.
Diante de tanto vaivém, o
presidente russo tenta agora pegar
a sua onda nesse projeto.
Se a presidente Dilma decidir
mesmo zerar o jogo, como pareceu
inclinada para alguns ministros, a
compra dos caças pode deixar de
ser uma mera decisão e produto
para fazer parte da geopolítica
nacional. E o fato de a Rússia
pertencer ao Brics, grupo ao qual o
governo deseja dar uma prioridade
em vários assuntos, pode acabar
representando uma vantagem. Mas
antes de avançar esse sinal, a
ordem é conversar com o setor de
Defesa. Afinal, se tem algo que a
presidente não gosta é avançar
num tema sem combinar com o
time. A questão dos caças é um
deles.
A
26 Maio de 2011 /
Japão lança oficialmente sua competição F-X
Japão oficialmente lançou
sua competição F-X para
novos caças através do
envio de uma requisição para
propostas (RfP) para três
potenciais competidores.
A Boeing e a Lockheed Martin vão
receber por parte do Governo dos
EUA a RfP do Japão para seus
caças F/A-18E/F Super Hornet e
F-35 Lightning II,
respectivamente.
Como representante do Reino
Unido, o consórcio Eurofighter
receberá a requisição do Japão
para o caça Typhoon.
Cada competidor deverá receber
em breve a cópia da solicitação.
O Japão emitiu a Requisição
apenas algumas semanas após o
país ter sido atingido pelo
terremoto, tsunami e crise nuclear,
deixando cerca de 26.000 pessoas
mortas e a segurança pública em
risco.
Os danos causados pelos desastres
naturais incluiram a perda total de
um esquadrão de 18 caças
Mitsubishi F-2B, com algumas
aeronaves sendo totalmente
arrastadas pelas águas da tsunami
que atingiu a Base Aérea de
Matsushima.
Enquanto isso, o Japão deu início a
desativação de sua frota de antigos
caças McDonnell Douglas F-4
Phantom IIs, os quais devem ser
substituídos pelos novos caças
adquiridos no programa F-X.
O Japão originalmente expressou
interesse em adquirir o caça
Lockheed Martin F-22A Raptor,
mas o Congresso dos EUA decidiu
proibir as exportações do caça de
superioridade aérea de quinta
geração.
Ao invés disso, o Japão lançou a
competição F-X enquanto prepara
investimentos para o
desenvolvimento do demonstrador
stealth ATD-X.
O
27 Maio de 2011 /
28 Maio de 2011 /
Aeroportos regionais requerem R$ 2,4 bi, diz associação
úmero foi apresentado
hoje pelo representante da
entidade, Anderson
Correia, durante o Seminário
Internacional de Concessão de
Aeroportos
Levantamento realizado pela
Associação Brasileira das
Empresas de Transporte Aéreo
Regional (Abetar) estima que serão
necessários investimentos de R$
2,4 bilhões entre 2011 e 2015 para
adequar um grupo de 174
aeroportos regionais para atender
ao crescimento da demanda nesses
terminais. O número foi
apresentado hoje pelo
representante da entidade,
Anderson Correia, durante o
Seminário Internacional de
Concessão de Aeroportos, que
acontece em São Paulo.
Segundo o especialista, o
levantamento completo, com a
necessidade de cada aeroporto,
será encaminhado pela associação
ao Ministério do Turismo. Correia
explica que esse conjunto é
composto, principalmente, de
aeroportos municipais e estaduais,
mas também conta com aeroportos
administrados pela Empresa
Brasileira de InfraEstrutura
Aeroportuária (Infraero), como
Vitória e Cuiabá, que não estão
contemplados no pacote de
investimentos previstos para
atender à Copa do Mundo de 2014.
Copa do Mundo
O especialista, que é doutor em
engenharia de transportes e ex-
superintendente da Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac),
classificou como realista o estudo
divulgado ontem pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea), que indicou que nove dos
13 aeroportos que receberão
investimentos para modernização e
aumento de capacidade, com vistas
à Copa do Mundo de 2014, não
ficarão prontos a tempo. "É muito
improvável que a Infraero consiga
cumprir o cronograma de
modernização e aumento da
capacidade dos aeroportos no
prazo previsto", afirmou,
destacando que essa é uma opinião
pessoal, e não da Abetar.
Segundo Correia, cumprir os
prazos seria difícil até mesmo para
a iniciativa privada. Ele estima que
a construção de um novo aeroporto
em São Paulo, como já foi
cogitado, levaria no mínimo 10
anos. "Os prazos da Infraero não
são realistas e o prognóstico para a
Copa é alarmante", afirmou.
O representante da Abetar acredita
que o governo deverá conseguir
cumprir apenas as obras
emergenciais e terá que ter um
plano B para atender ao aumento
da demanda previsto para a Copa
do Mundo. "Teremos que ter
horários alternativos de voo,
durante a madrugada, usar a
(Rodovia Presidente) Dutra para
deslocamento de pessoas durante o
evento e até mesmo pedir para que
os estrangeiros não venham para o
País", declarou.
Na opinião do especialista, faltou
planejamento. "Para o curto prazo
temos recursos, mas não teremos
agilidade", avaliou. Correia
lembrou ainda que os projetos de
ampliação dos aeroportos de
Guarulhos (em estudo há três
anos), Viracopos e Brasília ainda
não foram concluídos.
Questionado por jornalistas se
podemos esperar um caos aéreo
durante a Copa, Correia disse que
não, mas ressaltou que não haverá
condições ideais no que diz
respeito a serviços. Ele lembrou
que os terminais provisórios
poderão atender aos passageiros,
mas faltará infraestrutura para
atender as aeronaves. "É só um
quebra-galho, e de que adianta?",
indagou. Para o especialista, as
condições estarão longe do que o
Brasil está prometendo.
N
29 Maio de 2011 /
Revestimentos absorventes radar do JSF estão sendo aplicados
nos F-22 Raptors
s mais recentes caças F-22
Raptor que estão sendo
produzidos para a Força
Aérea dos EUA na fábrica da
Lockheed Martin em Marietta,
Georgia, receberam
melhoramentos nos revestimentos
absorventes radar derivados do
programa F-35 Joint Strike Fighter
também da fabricante.
―Alguns sistemas de revestimentos
[baixa visibilidade] e
preeenchimentos de lacunas que o
F-35 tinha em vantagem, foram
incorporados nos Raptor‖, disse
Jeff Babione, vice-presidente e
gerente geral do programa F-22 da
Lockheed Martin .
Os novos materiais não alteram a
seção transversal reta radar do F-
22, mas melhoram a durabilidade
desses revestimentos. O benefício
para a Força Aérea é uma carga de
manutenção reduzida, disse
Babione.
―O programa F-35 tinha alguns
materiais mais robustos que eram
mais duráveis, e fomos capazes de
transpor para o F-22″, disse ele.
―Assim, nosso sistema é melhor, e
o custo do ciclo de vida do F-22
fica reduzido.‖
Dan Goure, analista do Instituto
Lexington, em Arlington, Virgínia,
concordou que a adaptação do F-
22 com o revestimento do F-35 vai
salvar da USAF uma quantidade
significativa de tempo e dinheiro
quando se trata de manutenção.
―Ele não vai transformar o avião,
mas o que ele vai realmente fazer é
deixar muito mais barato de operar
a frota de F-22, que é
extremamente importante dado o
seu tamanho pequeno‖, disse ele.
Apesar da declaração da Lockheed
Martin de que os revestimentos
derivados do F-35 não vão alterar a
seção transversal reta radar do F-
22, Goure disse que suspeita que
os novos materiais devem
melhorar a sua assinatura já
impressionante dos Raptors.
―Eu ficaria muito surpreso se isso
não fosse uma melhoria nas
características stealth‖, disse ele.
A Lockheed Martin só teve de
fazer ajustes nos materiais do
material radar absrovente do F-35
a fim de adaptar a tecnologia para
o F-22. Embora os requisitos de
seção transversal radar para o
Raptor e o F-35 serem
ligeiramente diferentes,
fundamentalmente, a física e a
química dos revestimentos são os
mesmos, Babione disse.
Para a instalação no Raptor, o
revestimento do F-35
provavelmente precisava ser
modificado para lidar com a alta
velocidade supersônica de
cruzeiro, velocidades e altitudes
extremas em que o F-22 funciona
normalmente, disse Goure.
―É ao funcionar numa maior
altitude e normalmente em
velocidades mais rápidas, que
coloca diferentes tensões sobre o
material‖, disse ele.
O Raptor pode voar a velocidades
em torno de Mach 1,8 acima de
50.000 pés, sem pós-combustão.
No momento, o último lote 9 de
produção do F-22 só tem alguns
dos revestimentos furtivos
instalados. Outros materiais
furtivos melhorados ―ainda estão
em teste de qualificação final e vão
ser colocados nas aeronaves no
ano que vem‖, disse ele.
Assim que o teste estiver
completo, existem planos para
equipar toda a frota de F-22 com
os revestimentos.
O
30 Maio de 2011 /
Russian Helicopters fecha acordo para promover
helicópteros no Brasil
Russian Helicopters
anunciou dia (15/04), a
assinatura de um acordo de
cooperação com o grupo de
investimentos Qualy Group Brasil
para a promoção e possível
comercialização do helicóptero
Mi-34C1 no país.
O acordo, que pode levar à venda
de 150 Mi-34C1s no Brasil até
2023, foi anunciado durante a
LAAD, maior feira de defesa da
América Latina, que termina nesta
sexta no Rio de Janeiro.
―Os representantes da Qualy
acreditam que o novo helicóptero
leve Mi-34C1 pode se provar
interessante para companhias
comerciais e operadoras estatais,
incluindo aquelas que participarão
dos preparativos para a Copa do
Mundo da Fifa em 2014 e para os
Jogos Olímpicos de 2016 no
Brasil‖, disse a empresa russa em
comunicado divulgado em seu site.
―Além de um helicóptero
esportivo, o Mi-34C1 pode ser
usado para transporte corporativo e
privado, treinamento inicial de
voo, e observação e
monitoramento‖, acrescentou.
Sem revelar detalhes, a Russian
Helicopters informou ainda que
planeja, junto com o Qualy Group,
a criação de um centro de
manutenção, logística e
treinamento para a frota brasileira
de Mi-34C1s.
A companhia russa também
anunciou durante a LAAD acordos
com companhias brasileiras de táxi
aéreo para a criação de centros de
suporte para seus helicópteros Mi-
171A1 e Ka-32A11BC.
A
31 Maio de 2011 /
Família de E-Jets da Embraer avança pela Europa Central
Embraer tem a satisfação
de dar as boas vindas à
companhia aérea privada
austríaca People‘s Viennaline, a
mais nova cliente da família de E-
Jets. A empresa iniciou operações
com um EMBRAER 170 voando
do Aeroporto St. Gallen-
Altenrhein (ACH), na Suíça, para
o Aeroporto Internacional de
Viena (VIE), na Áustria. A
aeronave, originalmente entregue e
operada pela Finnair, não altera a
carteira de pedidos atual da
Embraer.
―A decisão da People‘s Viennaline
de iniciar as operações com o jato
EMBRAER 170 nos deixa muito
orgulhosos. Ela é nossa 18ª cliente
na Europa e a segunda companhia
aérea austríaca a escolher nossos
E-Jets‖, afirma Paulo César de
Souza e Silva, Vice-Presidente
Executivo da Embraer para o
Mercado de Aviação Comercial.
―Ao mesmo tempo em que os
passageiros aproveitarão o
conforto excepcional das
aeronaves, a companhia aérea se
beneficiará da economia e do
desempenho excepcionais dos
EMBRAER 170.‖
Como subsidiária da People‘s
Business Airport St. Gallen-
Altenrhein, a People‘s Viennaline
oferece três vôos diários nos dias
de semana, além de um vôo de ida
e retorno por dia no fim de
semana, nesta rota inicial.
Configurado com 76 assentos em
classe única, o jato EMBRAER
170 substitui uma aeronave
turboélice operada nesta rota.
―Com a implantação desta nova
companhia aérea, reforçamos
nosso comprometimento com este
aeroporto: fornecer aos passageiros
uma companhia aérea dedicada
com forte ênfase em serviços ao
consumidor, da reserva à chegada
ao destino‖, afirma Markus Kopf,
CEO da People‘s Business Airport
St. Gallen-Altenrhein e fundador
da People‘s Viennaline. ―O
EMBRAER 170 é uma aeronave
moderna totalmente adequada para
operar nesta rota e combina
excelente economia com um alto
nível de conforto. Este avião
também contribui para a imagem
de uma companhia aérea
inteligente e dinâmica.‖
A People‘s Viennaline também
fechou um contrato de serviço para
o programa de Pool de peças de
reposição da Embraer para prestar
suporte ao EMBRAER 170. O
programa oferece à People‘s
Viennaline rápido acesso a peças
de reposição nos centros de
serviços e de distribuição da
Embraer, eliminando a necessidade
de a companhia aérea investir em
um grande estoque de itens de
reposição. A manutenção da
aeronave será realizada pela Niki,
a segunda cliente de E-Jets da
Embraer na Áustria.
Sobre a People’s Viennaline
A People‘s Viennaline é uma
empresa austríaca recém-criada,
fundada pela People‘s Business
Airport para operar entre
Altenrhein e Vienna a partir do
final de março de 2011. Com sede
em Dornbirn, a empresa é
controlada pela Altenrhein
Luftfahrt GmbH, uma nova
subsidiária do Aeroporto
St.Gallen-Altenrhein. Mais
informações estão disponíveis em
www.peoples.ch.
A
32 Maio de 2011 /
Lineage 1000 recebe Certificação de Tipo da Direção Geral de
Aviação Civil da Índia
Embraer recebeu da
Direção Geral de Aviação
Civil da Índia (Directorate
General of Civil Aviation –
DGCA), a certificação de tipo
(Type Certification – TC) para o
jato executivo ultra-large Lineage
1000.
Esta certificação complementa as
TC já concedidas à aeronave pela
Agência Nacional de Aviação
Civil (ANAC) e pela Agência
Européia para a Segurança da
Aviação (European Aviation
Safety Agency – EASA), em
dezembro de 2008, bem como pela
Agência da Aviação Federal dos
Estados Unidos (Federal Aviation
Administration – FAA), em janeiro
de 2009. Até o momento, nove
jatos Lineage 1000 estão em
operação em todo o mundo.
―Receber um certificado de tipo é
sempre uma ocasião importante e
estamos muito satisfeitos que o
jato tenha sido aprovado pelas
autoridades indianas‖, disse José
Eduardo Costas, Diretor de
Marketing e Vendas da Embraer
para a Ásia Pacífico – Aviação
Executiva, acrescentando que ―a
certificação da DGCA reforça
nosso compromisso com o
mercado e temos a felicidade de
oferecer aos nossos clientes
indianos atuais e futuros um
produto único, que fornece um
conceito de ‗casa longe de casa‘
sem comprometer a flexibilidade
operacional, a eficiência e
economia.‖
A certificação do Lineage 1000
pela DGCA da Índia é outra
conquista importante na história
relativamente curta do jato. Em
2010, o Lineage 1000 voou a
distância mais longa já percorrida
por um avião Embraer, indo sem
escalas de Mumbai a Londres –
7.435 km (4.015 milhas náuticas) –
em 9 horas e 15 minutos. Com um
alcance de até 8.334 km (4.500
milhas náuticas), o Lineage 1000
conecta os principais centros de
operações (hub) de Mumbai e
Nova Deli, na Índia, aos principais
portos da China (Xangai e Pequim)
e Emirados Árabes Unidos (Dubai)
– dois dos maiores parceiros
comerciais do país na região. A
aeronave também pode ligar
Mumbai e Nova Deli às principais
cidades da Europa, incluindo
Londres, Berlim, Paris e Roma.
A
33 Maio de 2011 /
Sempre à mão
Agora você também pode visualizar
o Info Aviação pelo celular.
Hoje em dia a maioria dos celulares permite acesso
à internet. O uso dessa ferramenta pode facilitar
muito a sua vida.
Acessando o Info Aviação pelo seu celular,
você visualiza o Portal como se estivesse
navegando pela internet em seu
computador, podendo acessar
de qualquer lugar que
estiver, e sempre
se manter
infomado.
Veja como é fácil:
1. Localize em seu celular o ícone referente
à navegação WEB ou WAP. Selecione
e aguarde o carregamento da página.
2. Localize a opção que permite ―digitar endereço‖
ou ―ir para URL‖.
3. Digite o endereço www.infoaviacao.com.
4. Espere carregar. Pronto, navegue no site pelo
celular como se estivesse no computador
34 Maio de 2011 /
Lockheed testa novo sensor de busca do JAGM num
Sabreliner
Lockheed Martin
recentemente testou seu
sensor de busca tri-modo
do Joint Air-to-Ground Missile
(JAGM) durante um teste de alta
velocidade instalado num jato
Sabreliner na área de testes de
Yuma Proving Ground, Arizona,
demonstrando a robustez do sensor
numa aeronave de asa fixa.
O teste de longo alcance e alta
velocidade do modo de busca
realizado com investimentos da
empresa e coletou dados que
validaram os alcances máximos
dos sensores nos modos de
imagens infravermelhas (I2R) e de
laser semi-ativo (SAL) em
velocidades de aproximadamente
400 kts em altitudes de 20.000 pés.
Durante os voos de testes numa
aeronave a jato Lockheed Martin
Sabreliner series 60, atuando como
uma aeronave suplente no
lançamento da JAGM e simulando
como sendo um JAGM em voo, de
forma simultânea coletando dados
de alvos urbanos e de veículos
localizados a longa distância. O
voo foi conduzido em altitudes e
velocidades que refletem os típicos
perfis de engajamentos onde o
JAGM será utilizado.
O JAGM é a mais nova geração de
mísseis guiados ar-solo que está
competindo como substituto para
os atuais mísseis HELLFIRE,
LONGBOW, Airborne TOW e
Maverick para as forças U.S.
Army, U.S. Navy e U.S. Marine
Corps. O míssil de nova geração
JAGM deve atender oito
capacidades críticas identificadas e
revalidar duas vezes o processo do
Sistema de Desenvolvimento e
Capacidade de Integração
Conjunta (JCIDS).
Dentre as plataformas de aviação
que utilizarão o míssil JAGM estão
incluidos os helicópteros de ataque
AH-64D Apache, os sistemas
aéreos não-tripulados MQ-1C
Gray Eagle e os helicópteros de
reconhecimento armado OH-58D
CASUP Kiowa Warrior do U.S.
Army; os helicópteros de ataque
AH-1Z Cobra do U.S. Marine
Corps; e os helicópteros de
reconhecimento armado MH-60R
Seahawk e os caças F/A-18E/F
Super Hornet da U.S. Navy. A
capacidade operacional inicial do
JAGM está prevista para acontecer
em 2016 em helicópteros AH-64D,
AH-1Z e nos caças F/A-18E/F, e
2017 para as outras plataformas.
A
35 Maio de 2011 /
Ações de aéreas podem ganhar com maior capital estrangeiro,
prevê Spinelli
Emenda pode apressar o aumento do capital estrangeiro de 20% para 49%; Gol seria a mais beneficiada
possibilidade de aumento
de 20% para 49% a
participação de capital
estrangeiro nas companhias aéreas
brasileiras pode beneficiar
fortemente as ações do setor aéreo
no Brasil, em especial os papéis da
Gol (GOLL4), avalia a equipe de
análise da Spinelli Corretora,
liderada pela analista-chefe Kelly
Trentin.
―Acreditamos que a probabilidade
de mudança da lei do setor no
curto prazo é um dos principais
potenciais de alta para as ações da
companhia‖, afirma Kelly.
Segundo ela, a frota seria ampliada
e a iniciativa privada se tornaria
parceira nos investimentos da
infraestrutura aeroportuária.
O aumento do percentual de
participação ficou mais próximo
com uma emenda, de autoria do
deputado Carlos Eduardo Cadoca
(PSC-PE), na MP 527/2001 que já
está no plenário para votação e que
cria a Secretaria de Aviação Civil.
―Apesar da elevação do teto da
participação permitida de capital
estrangeiros nas empresas
brasileiras do setor não trazer nada
de efetivo de imediato,
acreditamos que há grande chance
de haver entrada de sócios
estratégicos em companhias
nacionais‖, explica a analista.
A MP altera o artigo 181 do
Código Brasileiro de Aeronáutica,
estabelecendo que pelo menos
51% de capital com direito a voto
das aéreas estejam em mãos de
brasileiros. Hoje o porcentual é de
80%.
A ampliação do capital estrangeiro
é vista pelo governo como forma
de capitalizar as companhias
nacionais. Elas enfrentam uma
demanda crescente e precisam
ampliar a frota. Para Kelly Trentin,
essa mudança deve beneficiar
principalmente os papéis da
companhia aérea Gol.
A
36 Maio de 2011 /
USAF anuncia plano de substituição da frota de helicóperos UH-1N
Oficiais da Força Aérea dos EUA
anunciaram a sua estratégia no dia
25 de abril para recapitalizar a
frota de helicópteros HH-60 Pave
Hawk e substituir os 93
helicópteros UH-1N da USAF, os
quais são críticos para atender a
demanda de segurança de armas
nucleares, a continuidade das
operações do governo, e de busca e
salvamento de combate.
A secretaria e chefe de gabinete da
Força Aérea, têm direcionado o
serviço para prosseguir com uma
competição aberta no programa
Common Vertical Lift Support
Platform (CVLSP) e de
recapitalização da frota de
helicópteros HH-60.
Estes dois programas irão realizar
competições separadas com seus
respectivos documentos de
desenvolvimento de capacidade
aprovados pelo Conselho de
Supervisão Conjunto de
Exigências para atender aos
requisitos dos combatentes.
―A Força Aérea em última análise,
beneficia a concorrência e permite
que a indústria desempenhe
plenamente nestes programas de
aquisição‖, disse o major-general
D. Fullhart Randal, o diretor de
alcance global de capacidade dos
programas. ―Nós antecipamos que,
com base em pesquisa de mercado
e resposta da indústria às
solicitações de informações, que
um helicóptero derivado já está em
produção, e será capaz de atender
aos requisitos dos combatentes.‖
O programa CVLSP preenche as
lacunas identificadas de
capacidade, relativo a substituição
da atual frota de helicópteros UH-
1N Huey da USAF, na qual
funcionários do serviço notaram
deficiências na capacidade de
carga, velocidade, alcance,
resistência e sobrevivência, disse o
General Fullhart.
A frota será composta por 93
aeronaves espalhados entre o
Comando Global de Força de
Ataque Aéreo, a Força Aérea do
Distrito de Washington e outros
grandes comandos, acrescentou.
―Para o CVLSP estamos
antecipando um esboço planejado
do pedido para a metade do ano de
2011, quando vamos liberar a
proposta e emitir a RfP final
37 Maio de 2011 /
antecipada‖, disse o general
Fullhart. ―Nós estamos procedendo
em direção a uma capacidade
operacional inicial para ter uma
plataforma comum de transporte
vertical em 2015.‖
Sobre a recapitalização da frota de
helicópteros HH-60, as autoridades
disseram que é o programa da
USAF para substituir os 112
antigos helicópteros HH-60G Pave
Hawk. O HH-60G é usado
principalmente para realização de
busca e salvamento de combate,
mas também é utilizado para
evacuação aero-médica, segurança
interna, ajuda humanitária, ajuda
internacional, operações de
evacuação de não-combatentes e
com as forças de operações
especiais de apoio.
Líderes da Força Aérea
observaram que a frota atual está
fortemente destacada em
operações, onde com o andamento
da operação Liberdade Duradoura
voam o dobro da taxa de utilização
padrão e a disponibilidade das
aeronaves projetada para 2015
poderá ficar inferior a 50%.
O pedido antecipado da proposta
para a liberação de verba para este
programa será em 2012, disse o
general Fullart.
Enquanto um substituto a longo
prazo continua a ser crítico, o
General Fullhart aponta que 13
Pave Hawk foram perdidos em
combate, treinamento e missões de
resgate civil e 54 dos 99 aviões
restantes HH-60G atualmente
estão em processo de reparo para
corrigir grandes rachaduras
estruturais.
Em resposta, os funcionários da
USAF têm implementado uma
solução a curto prazo, o programa
de substituição de perdas
operacionais, para manter a atual
capacidade CSAR.
A substituição de perdas
operacionais, disse o general
Fullhart, substitui as aeronaves
perdidas e aborda a necessidade
imediata para manter a
disponibilidade operacional do
antigos HH-60Gs.
Originalmente, as perdas não
foram substituídas, devido à
antecipação do CSAR-X, um
programa que foi cancelado, disse
ele.
Essa abordagem de longo e curto
prazo é a melhor maneira de
entregar os recursos necessários
para os combatentes, explicou o
general Fullhart.
Os programas do CVLSP e da
recapitalização dos HH-60 vão
ajudar a garantir que o serviço
mantenha as capacidades dos
combatentes em todo o espectro
das operações militares, atendendo
as exigências do alto comando da
USAF.
―Como na competição KC-X, a
capacidade dos ofertantes para
atender às necessidades de melhor
valor para os contribuintes será de
valor inestimável,‖ disse o General
Fullhart.
38 Maio de 2011 /
Programa do motor alternativo F136 do JSF é oficialmente cancelado
Departamento de Defesa
dos EUA notificou a
Equipe General
Electric/Rolls Royce e o
Congresso dos EUA que o contrato
do motor F136 foi terminado. No
dia 24 de março o subsecretário de
Defesa para Aquisição, Tecnologia
e Logística Ashton Carter dirigiu-
se ao escritório encarregado pelo
F-35 JSF para emissão de uma
ordem para parar os trabalhos
relativos ao contrato de
desenvolvimento do motor F136.
A ordem de encerramento elimina
um gasto diário de US$ 1 milhão
no projeto do motor, o qual o
Departamento de Defesa diz que é
―desnecessário e um desperdício‖.
Foi apenas uma questão de tempo
desde a alteração de uma emenda
feita em 2009 no Defense
Authorization Bill 2010 onde o
Senado dos EUA votou para retirar
US$ 438,9 milhões atribuídos ao
motor anternativo do caça F-35,
cancelando efetivamente o
trabalho feito pela equipe da
General Electric e Rolls-Royce no
sistema de propulsão F136.
A Casa Branca sempre disse que
considerava o motor alternativo
como ―supérfluo a exigência‖, e
que a opção do motor F135 da
Pratt & Whitney poderia atender às
necessidades de exigências futuras.
Os clientes europeus estão
preocupados com a limitação da
escolha do motor, particularmente
no Reino Unido, conforme o
secretário de Defesa, Dr. Liam Fox
informou a Casa Branca no ano
passado.
O
39 Maio de 2011 /
Forças Aéreas do Brasil e do Uruguai iniciam exercício
de defesa aérea na fronteira
omeçou dia (25/04), o
exercício Urubra, que
simula a entrada de
aeronaves irregulares em espaço
aéreo controlado (brasileiro e
uruguaio) e tem como objetivo
treinar procedimentos que
possibilitem uma maior eficácia no
combate aos tráfegos ilícitos
transnacionais entre os dois países.
O exercício já começou com uma
boa notícia. ―Mínima de 10º,
máxima de 23°, sem formações
meteorológicas significativas até o
final do Exercício‖. Essas foram as
palavras iniciais do meteorologista
durante a reunião inicial do
Exercício URUBRA I, que
acontece na cidade de Santa Maria
(RS) durante os dias 25 e 29 de
abril.
A Força Aérea Brasileira participa
com as aeronaves A-29 (Super
Tucano) e C-98 (Caravan) e a
Força Aérea Uruguaia está com os
A-37 (Dragonfly), PC-7 (Pilatus),
IA-58 (Pucará), C-206 (Cessna),
C-310 (Cessna) e B-58
(Beechcraft)
Com o objetivo de treinar
procedimentos que possibilitem
uma maior eficácia no combate aos
tráfegos ilícitos transnacionais, por
meio da coordenação operacional
entre os órgãos de defesa aérea do
Brasil e do Uruguai, voltados para
a vigilância e o controle do espaço
aéreo, estiveram presentes no
auditório da Base Aérea de Santa
Maria (BASM) o Brigadeiro
General de Aviação Antonio
Alarcon, Comandante do Comando
Aéreo de Operações da Força
Aérea do Uruguai, acompanhado
de 22 militares uruguaios, e o
Coronel Aviador José Eduardo
Ruppenthal, Comandante da
BASM para assistir as informações
iniciais sobre o Exercício e presidir
a abertura do Exercício URUBRA
I.
O Tenente Coronel Aviador
Avedis Roberto Balekian,
representando o Comandante do
Comando de Defesa Aeroespacial
Brasileiro (COMDABRA) e
Diretor do Exercício (DIREX)
URUBRA I, Major Brigadeiro do
Ar Marcelo Mário de Holanda
Coutinho, ministrou uma palestra
sobre os principais aspectos
operacionais que envolvem o
Exercício e ressaltou que o
principal objetivo é o de estreitar
relações, trocar experiências e
estabelecer procedimentos comuns
em prol do aumento da vigilância e
do controle do espaço aéreo na
Região, com segurança.
C
40 Maio de 2011 /
Mistel:
Arma criada na Alemanha. Era o conjunto de dois aviões, um pequeno e tripulado e
outro maior e não-tripulado, neste eles colocavam explosivos o transformando em
uma bomba voadora. Foi usada somente uma vez e com pouco resultado.
41 Maio de 2011 /
Mistel
Em matéria de lançar aeronaves abarrotadas de explosivos
contra alvos inimigos, o mais próximo que os alemães
chegaram dos Kamikazes japoneses foi com o Mistel. Sua
origem remete de volta à Primeira Guerra Mundial, e à
defesa dos céus britânicos. Em maio de 1916 um caça
Bristol Scout foi levado à altitude de 350 metros preso na
seção central de um hidroavião Porte Baby, com o fim de
testar a viabilidade de carregar um caça com alcance de
fogo até os Zeppelins alemães que bombardeavam
constantemente a Inglaterra.
Anos depois, em 1938, a Short Brothers fez voar seu
composto Short Mayo, cujo o componente carregador era
um grande hidroavião quadrimotor que levava no dorso
um outro hidroavião quadrimotor, menor, mas com carga
máxima que não podia ser levantada da água. Aumentou-
se, portanto, o alcance do avião carregado.
DESENVOLVIMENTO
Em julho de 1943 o conceito foi
ressuscitado, desta vez pelos
alemães, como uma aeronave para
propósitos militares. Começou-se
experimentando aeronaves leves
montadas acima de planadores. A
proposta era utilizar velhas
estruturas do bombardeiro Junkers
Ju 88, e convertê-las em mísseis
não-guiados com a instalação de
uma ogiva lotada com explosivos.
Seria então voada até o alcance do
alvo, controlada pelo piloto de um
caça monomotor montado numa
estrutura sobre a fuselagem central
do bombardeiro. O caça então
liberaria o Ju 88 e o guiaria até o
alvo selecionado. A primeira
conversão foi feita combinando-se
um Ju 88A-4 com um
Messerschmitt Bf 109F, se
provando suficientemente bem-
sucedida para que a Junkers fosse
contratada para converter 15
estruturas de Ju 88A-4 para o
padrão denominado ―Vater und
Sohn‖ (pai e filho) ou ―Mistel‖
("visco" em alemão). Recebeu
esse nome por evocar algo como
um parasita conectado ao
hospedeiro; o programa recebeu o
codinome "Beethoven".
Um lote inicial de treinadores foi
produzido, usando-se um
Messerschmitt Bf 109F-4 como
guia. O Ju 88 foi desprovido de
todo o equipamento não-essencial
mas manteve posições para dois
tripulantes na versão de
treinamento. Na versão
operacional, a parte do nariz podia
rapidamente substituída por uma
ogiva de 3.800 kg.
EM OPERAÇÃO
Os vôos operacionais tiveram
início em 25 de junho de 1944,
quando quatro navios Aliados
foram atacados durante a noite,
todos sendo atingidos, mas não
afundados. Encorajada pelos
resultados, a Luftwaffe
encomendou que mais 75 caças Ju
88G-1s fossem convertidos, dessa
fez utilizando-se um caça Focke-
Wulf Fw 190A-6 ou Fw 190F
como guia, no que seria conhecido
como o Mistel 2.
Infelizmente, a combinação com o
Ju 88G totalmente abastecido e
armado, mais o Fw 190, fazia o
bombardeiro ficar
consideravelmente sobrecarregado,
originando uma série de acidentes
durante as decolagens. Os planos
para um ataque noturno contra a
frota britânica em Scapa Flow por
60 Mistels, marcado para
dezembro de 1944, foram
cancelados por causa do tempo
ruim. As aeronaves não foram
capazes de deixar suas bases
dinamarquesas, talvez para a sorte
42 Maio de 2011 /
da própria Luftwaffe, já que o
Mistel só era capaz de uma
velocidade de 380 km/h. A
esquadrilha provavelmente teria
sido dizimada pelos caças noturnos
ingleses.
O próximo ataque seria contra as
fábricas de munição soviéticas,
que fora planejado para março de
1945. Um total de 125 Mistels
estavam então encomendados, dos
quais 100 foram requisitados para
essa operação. No entanto, o
ataque foi cancelado quando
grupos avançados do Exército
Vermelho ocuparam os aeroportos
que seriam usados. Alguns ataques
esporádicos foram realizados
contra pontes nos fronts leste e
oeste, mas os Mistel sofreram
pesadas baixas.
O desenvolvimento continuou,
entretanto, incluindo o uso dos
novos Ju 88G-10 e Ju 88H-4 na
linha de produção. Os Ju 88H-4
foram associados a Focke-Wulf
Fw 190A-8s e batizados Mistel 3B.
Já os Ju 88G-10 presos a caças Fw
190A-8 com tanques alares de
longo alcance, se tornaram o
Mistel 3C.
Um papel diferente foi entregue a
um Mistel 3B modificado, que
recebeu um Ju 88 reconhecedor de
longo alcance com três tripulantes.
Essa versão levava seu Fw 190 de
escolta, que seria lançado somente
numa emergência. Uma das
últimas combinações Mistel
experimentou um Focke-Wulf Ta
152H Langnasse com um Ju 88G-
7, e voou durante as últimas
semanas da guerra.
CONCLUSÃO
O total de produção do Mistel
ficou em cerca de 250 unidades.
As especificações detalhadas de
performance do Mistel não são
conhecidas, mas algumas
referências podem ser obtidas
analisando-se os tipos individuais e
as aeronaves utilizadas.
43 Maio de 2011 /
ESPAÇO
RESERVADO
PARA SEU
ANÚNCIO
DEPARTAMENTO COMERCIAL
Fone: (62) 8518-0817