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Depois de revolucionar o padrão de compras de eletrodomésticos, celulares e automóveis, a classe média, também conhecida como nova classe média, chega ao mercado imobiliário Um novo jeito de comprar imóveis Junho/2011

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Projeto especial encartado no Diário de São Paulo.

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Depois de revolucionar o padrão de compras de eletrodomésticos, celulares e automóveis, a classe média, também conhecida como nova classe média, chega ao mercado imobiliário

Um novo jeito de comprar imóveis

Junho/2011

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Classe média conquista seu espaçoApós um ano de alta, o mercado imobiliário parecia desgastado. O começo de 2011 e seu carnaval tardio trouxeram consigo queda nas vendas enquanto as notícias alardeavam o aumento, em alguns casos assustador, nos preços de casas e apartamentos. Temia-se a estagnação. Falava-se em bolha. Acontece, afinal, que nenhuma das suas especulações se demostrou verdadeira. No segundo trimestre, o número de unidades vendidas voltou a subir, o medo passou e o brasileiro da classe média, com seu recém-adquirido poder de compra, voltou a procurar os financiamentos para realizar o sonho da casa própria.

Três quartos, área de lazer, próximo ao metrô, em bairro com boa infraestrutura. Essa foi a descrição mais ouvida pelos corretores nos últimos meses. Tratam-se de famílias em formação, nas quais, em pré de igualdade, marido e mulher contribuem para engordar a renda no final do mês. Sem sonhar baixo, eles procuram imóveis com valores entre R$ 200 mil e R$ 600 mil, para ali construir uma história feliz e definitiva. É uma nova realidade econômica, que aparentemente veio para ficar. Ainda bem.

PresidenteJ. HAWILLA

Diretor GeralFLÁVIO PESTANA

Diretor de RedaçãoLEÃO SERVA

Editor-ChefeNELSON NuNES

Diretor Comercial – Mercado Nacional

JEFFERSON FERREIRA

Diretor de Operações WILLAmS J. dOS SANTOS

Gerente Comercial ImóveisPEdRO EIcHENbERgER NETO

Gerente de Operações ComerciaisPATRIANE VISmARI

Coordenação GráficaRAquEL AdAm

DiagramaçãoLEANdRO cATALdO

Textos RAquEL FRANcESE

dIÁRIO dE S.PAuLOREVISTA ImÓVEIS 2011JuNHO dE 2011Esta revista é parte integrante do jornal Diário de S.Paulo, e não pode ser vendida separadamente. Encarte do Diário de S.Paulo na edição de 30/06/2011.

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Mercado imobiliáriovolta a crescer no segundo trimestreDados do Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo indicam reaquecimento do setor

Após queda nas vendas no começo de 2011, o mercado imobiliário vem demonstran-do um reaquecimento. O índice VSO (Vendas sobre Oferta) que indica em pontos percen-tuais a quantidade de imóveis vendidos em relação à oferta no mercado apontou 16% no mês de abril, número que representa alta em relação aos meses anteriores. De acordo com o Departamento de Economia e Estatística, que realiza mensalmente a pesquisa, o VSO de março ficou em 11,5% e o do primeiro trimestre foi, em média, de 10,5%.

Celso Petrucci, economista chefe do Se-covi (Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo), diz estar otimista para os números fi-nais de maio. “Sentimos um primeiro trimestre muito fraco, tanto em lançamentos quanto em vendas. A partir de abril sentimos uma reação do mercado. Achamos que o segundo semes-tre em relação ao primeiro será muito bom. Os dados da pesquisa de maio serão lançados no próximo dia 10”.

A pesquisa mostra que o segmento de dois e três dormitórios foi responsável por mais de dois terços das vendas de abril. O segmento encabeça o mercado principalmente em lan-çamentos residenciais. Para os apartamentos de três dormitórios os bairros que apresenta-ram maior volume de vendas foram Mooca, Morumbi e Vila Carrão, com valores médios entre R$300 mil e R$600 mil.

Já o segmento de dois dormitórios, com valores médios entre R$120 mil e R$600 mil, teve maior expressão de vendas em bairros

como Vila Mariana, São Miguel Paulista, Lapa, Parque Bristol (região da Saúde), Pari e tam-bém Mooca e Morumbi.

Segundo Celso Petrucci, esta queda do primeiro trimestre foi pontual e é reflexo de alguns fatores. “Em primeiro lugar, o psicológico está diferente, é só relembrar as notícias do começo do ano quando só se fa-lava em aumento de juros e inflação. Em seg-undo lugar o primeiro trimestre foi arrastado, a questão das férias, o carnaval, por exemplo, caiu no começo de março”.

Outro aspecto importante levantado por Petrucci foi a demora na aprovação do orça-mento do programa Minha Casa Minha Vida em

relação ao ano passado. “No primeiro trimes-tre do ano passado o Minha Casa Minha Vida estava ‘bombando’ e neste ano só se definiu a partir de junho”, aponta.

Petrucci ainda acredita na alta valorização do mercado, e em especial alguns casos que, segundo ele, já teriam “ultrapassado o limite de preço”, como causa para esta desaceler-ação nas vendas. Apesar da ligeira queda, o economista espera um ano bom para o setor. “Nossa estimativa oficial é de um ano muito parecido com o ano passado. Se você imaginar que em 2010 o país cresceu sete ou oito por cento, um pouco abaixo disto neste ano ainda está muito bom”.

Celso Petrucci, economista chefe do Secovi, acredita que “um ano com vendas um pouco abaixo de 2010 ainda está muito bom”

Divulgação

CRESCIMENTO

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OFERTA DE CRÉDITO

Do celular ao apartamento de três quartosCom poder de compra maior graças à oferta de crédito, nova classe média altera padrão de consumo brasileiro

Se você parcela uma compra e não en-cara isso como adquirir uma dívida, então você faz parte da nova classe média. É o que acredita Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular, instituto de pesquisa e con-sultoria voltado para as classes C, D e E, ao fazer uma análise das novas formas de con-sumo dos brasileiros. Se você é parte deste grupo, saiba que não está sozinho.

A classe média hoje é responsável por 78% do que é comprado em supermercados, 60% das mulheres que vão a salões de beleza, 70% dos cartões de crédito no Brasil e 80% das pessoas que acessam a internet. Esta ascen-são econômica e social, fruto principalmente da soma economia estável e oferta de crédi-to, foi discutida no 4º Congresso Consumidor Moderno de Crédito, Cobrança e Meios de Pa-gamento (CCMCC), que aconteceu dias 1º e 2 de junho no Hotel Transamérica, em São Paulo.

Segundo os palestrantes, a definição do con-ceito de endividamento dos consumidores da classe AB é bastante diferente daqueles da classe média. Meirelles explicou que se uma pessoa do primeiro grupo vive em um apartamento que ad-quiriu com um financiamento de R$ 300 mil, ao ser questionado sobre o quanto deve, responderá este valor, ou o montante que falta para quitar a dívida. Se a mesma pergunta for feita a uma pes-soa do segundo grupo na mesma situação, a res-posta seria zero. É que o senso comum da classe emergente diz que a dívida só existe quando se deixa de quitar as parcelas, ou seja, dívida é sinôn-imo de “nome sujo”.

Outro ponto a ser levado em consideração é o imediatismo. Mesmo sabendo que, ao parcelar uma compra, estará pagando o do-bro do preço do produto no final, o cidadão da classe média prefere tê-lo imediatamente. Isso acontece porque muitas vezes o produto é de necessidade básica para a funcionalidade so-cial, caso de um celular, um carro ou uma casa.

Mauro Saddi, presidente da Associação Bra-

sileira de Distribuidores Volkswagen (Assobrav), aponta que se antes o consumidor da classe média só tinha acesso a carros com cinco ou seis anos de uso, hoje ele compra carro zero Km, e sabe muito bem o que quer. Em 2009, 44% dos carros tinham motor 1.0. Em 2010, o núme-ro caiu para 39%. “A classe média não quer mais 1.0, não dá status. Ele quer 1.6, com ar condicio-nado e direção hidráulica”, diz. Seria o surgimen-to de um grupo mais exigente? Provavelmente.

Manuel Correa, presidente da Telhanorte, concorda que a nova classe média se preo-cupa com qualidade mas quer um “design legal”. “O desafio da indústria é desenvolver produtos bons e legais pra casa, que continua sendo o principal sonho de consumo das pes-soas. E elas querem uma casa legal pra mostrar pros amigos, pros vizinhos”, observa. Carlos Donzelli, diretor executivo do Luizacred (di-visão do Magazine Luiza), salienta que este público também quer ser ouvido e respeitado. “Por que você tem que ter elevador para um cliente da classe A que vai comprar TV de R$ 2.500 e coloca escada para o da classe média que vai comprar a mesma TV?”.

Auto-controleCom crédito na mão, é preciso desenvolver

consciência financeira para controlar os gas-tos. Leonardo Soares, diretor de produtos da Boa Vista Serviços, indica que três fatores podem resultar num aumento de inadimplên-cia: garantia de fornecimento, capacidade de pagamento e caráter pessoal. “Nós acredita-mos profundamente que não se trata de uma questão de caráter, mas existe uma questão de capacidade de pagamento”, explica. “A classe média é mais sujeita às intempéries do que as classes A e B”.

Alardes à parte, engana-se quem pensa que os emergentes não são conscientes. Quando a agência de viagens CVC tentou vender pa-

cotes parcelados em 24 vezes para tentar atrair a classe média, os clientes não aceitaram. “Eles não compra porque sabem que férias é um evento anual, e não admitem chegar às próxi-mas férias e continuar pagando as passadas”, explica Sandro Pinto Santana, diretor executivo de planejamento estratégico e novos negócios da companhia. “Eles só pagam em mais vezes quando se trata de um investimento a longo prazo, como intercâmbio de um filho”.

Imóvel de três quartos“Hoje a classe média procura imóveis com

valor entre 400 e 600 mil reais, e paga com fi-nanciamento” explica Odair Garcia Senra, vice-presidente do Sinduscon-SP. “São famílias em formação, nas quais o homem e a mulher trabalham, e a renda somada permite que eles cheguem a este valor”. O imóvel mais procura-do é o de três quartos, próximo ao metrô, com 85 a 105 metros quadrados e área de lazer para as crianças. A infraestrutura do bairro - escola próxima, supermercado, farmácia, shopping - também é importante.

As construtoras se viram para atender a demanda. Com o ingresso de mais de 30 mil-hões de pessoas na chamada classe média, tornou-se primordial atender os interesses de consumo desse público com produtos ad-equados. “O mercado imobiliário, que até 2005 sobrevivia da oferta de imóveis para as classes A e B, teve de se adaptar à mudança social e econômica e passar a produzir imóveis de dois e três dormitórios em larga escala, com área útil menor e preço reduzido”, explica Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi.

O aumento da oferta de financiamentos im-obiliários, de consumidores de classe média e o lançamento de programas de moradia popular, como o Minha Casa, Minha Vida promoveram uma verdadeira revolução no mercado imobil-iário nacional. A nova classe média agradece.

Porto Seguro é o destino escolhido por 70% dos clientes da nova classe média na CVC

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FoToS: Maria raquel FranceSe

CASA COR 2011

Lar, vintage larInspire-se na Casa Cor 2011 e repagine sua casa usando peças do tempo da vovó

A Casa Cor SP elegeu o tema “Dia a Dia com Tecnologia” para comemorar seu aniver-sário de 25 anos. Isso quer dizer que os visi-tantes da mostra, que acontece até 12 de julho no Jockey Club, encontrarão quartos, salas e cozinhas com televisões são finas como papel, música controlada via i-Pad e sensores que comandam temperatura, luz e outros mecanis-mos funcionais dos ambientes. Tudo muito bonito, mas nada acessível ao público em geral, pelo menos pelos próximos cinco ou dez anos.

A vantagem é que contraponto de tanta modernidade acaba por re-cair sobre a decoração. Com foco em comodidade, economia e preser-vação dos recursos naturais, as tendências naturalmente resgatam pe-ças familiares como cadeiras de juta e cômodas dos anos 40 e 50, que ganham fôlego novo ao serem laqueadas e combinadas com móveis atuais. Cadeiras, bancos e mesas de madeira de demolição também aparecem como estrelas no jardim, dando um tom mais rústico. Lindo, criativo e fácil de reproduzir em casa, qualquer que seja seu orçamento.

A arquiteta Ana Paula Faria capturou o estilo vintage e o tradu-ziu para uma cozinha moderna, com divertidas cadeiras coloridas ao redor de um balcão de cimento queimado com tampo vinílico branco. Para conseguir o mesmo efeito, procure usar cadeiras de madeira com design clássico, como as da foto. Elas podem ser iguais em modelo e diferirem na cor, ou ao contrário, com modelos variados e cor repetida.

Na Cabana Urbana, surpreendente projeto de Fabio Galeazzo, foi aproveitada uma antiga construção do Jockey onde se montou uma casa de 60m² acolhedora, prática, funcional e repleta de cores. Segundo o arquiteto, o fio condutor do trabalho foi o “prazer cotidiano”. O contra-ponto, aqui, é o aparador antigo sob a tv moderníssima. O móvel apóia livros e objetos, além de servor como espaço-curinga para guardar lou-ças e toalhas de mesa.

Mesmo um pequeno toque pode fazer toda a diferença quando se trata de efeito decorativo. Veja como a cadeia de ráfia, pintada de azul royal, atrai a atenção na “Casa dos Desejos” criada pela designer Zoe Gardini, quebrando o clima clássico e alegrando o ambiente.

Para se inspirar:casa corde 24 de maio a 12 de julhoLocal: Jockey Club de São PauloEndereço: Av. Lineu de Paula Machado, 1.075 - Cidade JardimHorário: terça a sábado, das 12h às 21h30; domingo, das 12h às 20hIngresso: terça a sexta-feira, R$37,00; sábado e domingo: R$ 41,00 (estudantes e pessoas acima de 60 anos pagam meia-entrada)

Casa dos Desejos

Cozinha Moderna

Cabana Urbana

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