revista feed&food

49

Upload: luiz-carlos-sousa-junior

Post on 10-Mar-2016

269 views

Category:

Documents


14 download

DESCRIPTION

A revista porta-voz da indústria de produção de proteína animal

TRANSCRIPT

Page 1: Revista feed&food
Page 2: Revista feed&food
Page 3: Revista feed&food

EDITOR CHEFEArthur Rodrigo Ribeiro (MTb 50.777/SP)

[email protected]

SUB-EDITORAMariana Cavalcanti (MTb 59.265)[email protected]

REPÓRTERESJuliana Antonangelo (MTb. 64.198)

[email protected]

Mariana Vilela (MTb. 56.876)[email protected]

(sucursal Curitiba/PR)

WEB REPÓRTERLuma Bonvino

[email protected]

EDITOR DE ARTEDaniel Guedes (MTb 33.657) [email protected]

DIAGRAMAÇÃORafael Leite

[email protected]

COORDENADORES DE PUBLICIDADEDiogo Ciasulli

[email protected]

Luiz Carlos de Souza [email protected]

DEPARTAMENTO JURÍDICOJorge A. Queiroz

[email protected]

ADMINISTRATIVODiego Turri

[email protected]

TRÁFEGOTatiane Amor

[email protected]

COLABORADORES DESTA EDIÇÃOAndréa de Deus, CEPEA, Fernanda Mello,

José Luiz Tejon, Marcelo Alexandre C. da Silva, Marcelo Cordeiro Correia, Mariana Savedra

Pfi tzner, Marcos Fava Neves e Rafael Bordonal Kalaki

ADMINISTRAÇÃO, REDAÇÃO E PUBLICIDADERua Dr. Arthur Gomes, 799, Centro

Sorocaba, SP, CEP 18035-490Tel / Fax: 55 15 3219.2540

[email protected] - www.feedfood.com.brwww.revistafeedfood.com.br

Assinaturas feed&food:Anual (11 edições): R$ 180,00Edições anteriores: R$ 18,00

A revista feed&food é uma publicação brasileira, editada emportuguês, com editorial dirigido a toda cadeia de produção de proteína animal, incluindo associações do segmento, universidades, sindicatos e o MAPA, na defesa da segurança alimentar e sustentabilidade. Editada, produzida e comercializada pela Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) Curuca - Consciência Ecológica com os Personagens Curupira e Caapora. Os artigos assinados e informes publicitários não expressam necessariamente a opinião dos editores. Não é permitida a reprodução parcial ou total de reportagens e artigos publicados sem a autorização por escrito dos editores.

Registro: ISSN 1809-3027 Periodicidade: Mensal

DIRETOR EDITOROsvaldo Penha Ciasulli (MTb 32.517)

[email protected]

Na primeira edição do Global Feed and Food Congress realizado em julho de 2005 lembro-me que sentamos na primeira fila. Confinado por mais de três dias no auditório principal do Hospital Sírio Libanês acompanha-

mos a presença maciça dos principais representantes da cadeia produtiva de alimentos (insumos e agroindústrias) debatendo o futuro de como alimentar nove bilhões de pessoas até 2050. O crescimento populacional, a demanda por mais proteínas, a melhoria econômica dos países em desenvolvimento, o combate à fome do mundo foram alguns dos temas em voga. Um evento que custou mais de R$ 900 mil e que foi orquestrado com êxito total por Mario Sergio Cutait, então presidente da entidade realizadora do evento, o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal, o Sindirações (São Paulo/SP), que acreditou e chamou para si a responsabilidade daquele encontro.

Posso afirmar que este foi o evento divisor de águas para minha vida como jornalista e para o mercado de produção de proteína animal. Fui o único editor presente no encontro e anunciei para Cutait a proposta de criar uma publicação e assumimos a responsabilidade de disseminar as informa-ções iniciais daquele debate com o mesmo nome do Congresso. Liguei para Marcas e Patentes e registramos o nome. Falei com Cutait e ele lançou o nosso primeiro desafio: “O risco é todo seu”.

Após a elaboração do projeto fomos apresentá-lo aos dirigentes do Sindirações. Um pouco encabulado por não ter tanta facilidade em me expressar em público, um tal de Mário, que não conhecia muito bem, me encorajou com as seguintes palavras: “Vai lá, coragem. O projeto é excelente!”. Obrigado Mário Real! Corri o risco e tivemos o projeto aprovado por unanimidade. Com o boneco do projeto em mãos apresentei para as demais entidades do setor a Revista feed&food.

O segundo Global Feed and Food, realizado em 2007 no mesmo local, a exemplo do primeiro, também foi outro sucesso. Foi lá que escutamos pela primeira vez a palavra de ordem para a cadeia produtiva: sustentabilidade. Da boca de Cutait o termo parecia algo surreal, produzir mais com menos e pensando nas gerações futuras e respeitando o bem-estar animal e o meio ambiente. Parecia algo inatingível para o setor, mas levantamos também esta bandeira. E na sequência veio a criação da Oscip Curuca, uma ORG responsável por esta publicação.

Do discurso à prática nasceu feed&food e desde 2005 acompanhamos diariamente esta evolução. Prova disso são as empresas JBS (Batista) e Marfrig (Molina) que se globalizaram e atuam hoje em multi segmentos, companhias multiproteínas. Uma escalada cumprida graças a transpiração e dedicação de todos os nossos colaboradores, profissionais que voluntaria-mente se dedicam diariamente para lhes propor um jornalismo responsável e aberto. Desde o baixo até o alto escalão da Curuca todos amam o que fazem, e compromissados com a atividade, vão a campo de forma integrada para lhes dar uma revista fruto deste tão promissor mercado.

Boa leitura!

Osvaldo Penha CiasulliDiretor/Editor

editorial

sete anos de desafi o aceito

Page 4: Revista feed&food

4 feed&food

Sumário

CasesSustentáveis

Beraca coloca em prática palavras e política por meio da sustentabilidade

Boehringer Ingelheim tem sua história construída sob a ótica da responsabilidade social

DSM disponibiliza tecnologia e gera soluções eficazes no combate da deficiência nutricional ao redor do mundo

A aplicação dos conceitos sustentáveis como base em todas as áreasdo Grupo Grimaud

CEVA destaca o indivíduo como o pilar indispensável da sustentabilidade

MSD apoia projetos que valorizamo desenvolvimento social

Programa “Jovens de Ouro”do Grupo Ourofino atende 200crianças semanalmente

Produquímica reforça posicionamento com o meio ambiente e a sociedade

Pfizer destaca Vivax, vacina para imunocastração de suínos quereduz a emissão de CO2

Sanphar desenvolve projetos nasáreas de responsabilidade sociale meio ambiente

Grupo Marfrig tem ações sustentáveis reconhecidas mundialmente

4 feed&food

Sumário

262830

32

343638

404244

46

CasesSustentáveis

Page 5: Revista feed&food

feed&food 5

72 SUÍNOSIº BI Master da BoehringerIngelheim coloca em pauta a suinocultura de 2020

76 BOVINOSEngorda a pasto foi o tema do 9º Workshop BeefPoint

80 BOVINOSBalde de Ouro, prêmio se consolida no calendário do setor de leite

84 OVINOSProdução de cordeiro com eficiência

86 AGRODESEMPENHOEm outubro o Brasil atingiu 80% da meta de exportação de 2012

52 FEEDAntimicrobianos:ciência x comércio

60 FEEDII Congresso Sobre Aditivosna Alimentação Animal

62 FEEDSindirações realiza tradicional almoço com associados e representantes do setor

ANUNCIANTES DESTA EDIÇÃO: BAYER (2), ALLTECH (7), BIOVET RUMINANTES (9), GRASP (11), DES-VET (17), SAFEEDS (19),BIOVET AVES (21), MULTITÉCNICA (25), CURUCA (27), IPPE (33), NOVUS (35), HERTAPE CALIER (41), MICROSAL (49), ADISSEO (57), CHR. HANSEN (59), FATEC (61), INFORMATIVO DSM (64), DSM (65), SANPHAR (69), PLASSON (71), BOEHRINGER INGELHEIM (75), PRODUQUÍMICA (77), BASF (79), NUTRON (81), PHIBRO (83), BERACA (85), BEEFPOINT (89), OUROFINO (91) E MSD (92)

3 EDITORIAL/EXPEDIENTEQuem é quem e a nossa opinião

6 CARTASInteração entre os leitores e a revista

8 FAST NEWSNotícias rápidas e os destaquesdo setor produtivo nacional

14 FAST NEWS ESPECIAL Nutron realiza segundo módulo doLeaders Summit em Foz do Iguaçu (PR)

18 ESPAÇO EMPRESAS Workshop de Matrizes Pesadas é promovido em Natal (RN) pela Vaccinar

22 COBERTURA20ª Convenção de Vendas Mig-PLUS

24 COLUNA TEJON As questões e desafios do agronegócio brasileiro para os próximos dez anos

CEPEA ........................ 88Análise das principaiscommodities agrícolas

CADEIA UNIDACOM A FEED&FOOD

66

COBERTURAEurotier: Uma feira para o mundo

AVES Futuro da genética avícola foi um dos assuntos tratados no 4º Encontro Empresarial Cobb

48 PROJETO INOVARA importância da inovação e seu papel no crescimento das empresas

50 DIRETO DA REDAÇÃO Médicos e veterinários:ajustes de sintonias

54

II Congresso Sobre Aditivos

Page 6: Revista feed&food

6 feed&food

Mensagens diretasExcelente artigo “Direto da redação – Até quando esperar?”, publicada na edição de novembro (67). Devemos nos antecipar aos xiitas e as Organizações Não Governamentais (ONGs).

Flauri Ademir MigliavaccaDiretor Técnico da Mig-Plus

Agroindustrial Ltda. (Casca/RS)

AlinhadaLi a reportagem direto da redação, “Até quando esperar?”, divulgada na edição 67 de novembro, e gostaria de frisar que toda a ideia descrita pelo editor Ar-thur Rodrigo Ribeiro está alinhada com a nossa defesa, vem ao encontro dos objetivos da International Feed Industry Federation (IFIF, Bonn, Alemanha). Pa-rabéns pelo artigo!

Mário Sérgio CutaitPresidente da IFIF

Um presente de informaçãoNo congresso da Abraves em 2011, tive o primeiro contato com a publicação, através do editor Arthur Rodrigo Ribei-ro que me presenteou com um exemplar. A revista já era excelente e logo depois assinei, e a cada dia está melhor. Para-béns a todos os envolvidos.

Reijane Dias BatistaLeitora

Edição VerdeJá é de conhecimento de todo o merca-do que no mês de dezembro a última edição da feed&food é voltada para o tema: sustentabilidade. Estou ansiosa para ler sobre o que as grandes empre-sas do agronegócio estão promovendo com o tema. Aproveito e parabenizo à equipe web da feed&food. O portal e as redes sociais são atualizadas minuto a minuto e ficamos por dentro de tudo o que acontece. Mais um ótimo trabalho de vocês.

Rinaldo MartinsInternauta

DA REDAÇÃO Reconhecimento chilenoO analista de carnes da Oficina de Es-tudos e Políticas Agrárias (Odepa) do Ministério da Agricultura do Chile, Ig-nacio Quezada Petric, uma agência go-vernamental chilena, que atua com os produtores de alimentos daquele país e processadores, ajudando-os a melhorar suas decisões de negócios por meio de sistemas de inovação de processo, no-vidades da indústria e informações que considerem importantes para seus negó-cios recentemente estabeleceu contato com a Revista feed&food solicitando autorização para utilização das notícias veiculadas na revista impressa e portal de notícias como fonte de informação a fim de subsidiar ainda mais os produ-tores e a indústria agroalimentar local para tomadas de decisão.

A direção da Revista feed&food prontamente autorizou o uso de todos os nossos meios midiáticos para con-tribuir com o Ministério da Agricultura do Chile por meio da Odepa. Temos um imenso prazer em contribuir e partici-par deste processo através dos nossos conteúdos porque faz parte da nossa política editorial a disseminação da in-formação para o desenvolvimento do agronegócio.

Este é um reconhecimento que temos o prazer de compartilhar com todo o mer-cado nacional. Abaixo está a solicitação.

“Estamos interessados em traduzir para o espanhol, e veicular as páginas, com notícias e informações publicadas pela feed&food na web bem como na re-vista impressa, nos ajudando como fon-te, para que nosso povo possa ter mais acesso a informações e entender melhor o agronegócio”.

Ignacio Quezada PetricAnalista de carnes - Agrimundo

Oficina de Estudos e Políticas Agrárias (Odepa) do Ministério da

Agricultura do Chile

Em altaFicou ótima a reportagem “Soluções am-pliadas”, escrita pela jornalista Juliana Antonangelo e divulgada na edição de no-vembro (67) que retratava os trabalhos da Eurofins e Alac. Parabéns pelo texto muito bem escrito e pelas belas fotos.

Dione Carina FranciscoDiretora da Agroqualitá

(Porto Alegre/RS)

Cartas mais notícias, acesse:www.feedfood.com.br

Siga-nos notwitter.com/feedfood

Curta-nosfeedfood

E na páginapessoal do MyPoint

Leia também a revista on-line www.feedfood.com.br/revista

Confira os eventos donosso setor na agenda do sitewww.feedfood.com.br

Dúvidas, críticas, sugestões, comentários? Esse é seu espaço.Entre em contato conosco e envie sua mensagem ou até mesmoseus trabalhos técnicos para serem publicados em nossa revista. Revista feed&food - Rua Dr. Arthur Gomes, 799, CEP 18035-490,Sorocaba/SP - Fone: (15) 3219-2540 - [email protected]

Entrevistas exclusivaswww.feedfood.com.br

RepaginadaO twitter da Revista feed&food está repa-ginado. Desde novembro o canal recebeu uma nova roupagem para agradar ainda mais você, leitor. Então, siga-nos e confira as novidades: twitter.com/feedfood

Jovem e focadaAo trabalho e empenho que a jornalista web, Luma Bonvino, vem desempenhando e os números crescendo mês a mês gostaria de parabeniza-lá, acima de tudo por aceitar novos desafios, pois é assim que se constrói um bom profissional.

Osvaldo Penha CiasulliDiretor e editor da revista feed&food

(Sorocaba/SP)

Conheça maisJúlio Henrique Emrich Pinto, diretor de Nu-trição & Tecnologia da Vaccinar fala sobre as novidades da empresa

Seminário SustentabilidadePerdeu o I Seminário Internacional sobre Sustentabilidade, promovido pela feed&food, durante o WPC 2012? Assista na íntegra o debates com os personagens referência no assunto

Opinião USDACientista e pesquisador do USDA, Marcos Rostagno, fala sobre o uso de antimicrobiano

Indústria se posicionaEduardo Pedroso, diretor de Relacionamen-to com Pecuarista da JBS dá a opinião do grupo sobre os beta-agonistas

Evento BovinosJoão Biagi e Ariovaldo Zani em entrevista no XI Congresso Manejo e Nutrição de Bovinos, do CBNA

Dúvidas, críticas, sugestões, comentários? Esse é seu espaço.

Rinaldo Martins

Page 7: Revista feed&food

feed&food 7

Page 8: Revista feed&food

8 feed&food

fastnewsMais notícias acesse o site: www.feedfood.com.br

Foto

s: d

ivul

gaçã

o

Foto

: ar

quiv

o f&

f

O diretor da Plasson, Franke Hobold, fala sobre as oscilações do setor

PQNN almeja promover a qualidade da carne Nelore

A equipe Des-Vet comemora mais um ano de evolução

> Avicultura em pauta

Durante o encontro da equipe feed&food com a Plasson (Crici-úma/SC) na Eurotier 2012 (confira a cobertura completa na página 54), o diretor Franke Hobold deu um panorama sobre o atual mo-mento do mercado avícola. Ape-sar de reconhecer a desaceleração do setor devido aos altos custos de produção, o executivo pontuou a força com que o segmento sempre sai de momentos difíceis. “Quem está nesse mercado há pelo me-nos 20 anos reconhece que, como em qualquer outra atividade eco-nômica, isso pode acontecer. Mas, a situação não deve inibir os projetos e investimentos”, afir-ma Hobold que completa “nós da Plasson não mudamos em nada nosso programa, mantemos a am-pliação da fábrica e compramos novos equipamentos. Isso para no futuro atender cada vez melhor o mercado”. Somente em 2012, a empresa teve 35% de vendas em expor-tação na América Latina. Como perspectiva para o próximo ano a empresa visa, no mínimo, man-ter os números alcançados.

> PQNN tem recorde em 2012O Programa de Qualidade Nelore Natural (PQNN) registrou mais de 200 novos sócios e um crescimento de 160% até o mês de agosto de 2012, quando comparado com o mesmo período do ano passado.

O projeto tem o intuito de divulgar as qualidades da carne dos animais Nelore brasileiro ao público consumidor em geral, valorizando o sistema de produção à base de forrageiras e consoli-dando a imagem da raça como sinônimo de car-ne saudável.

Com mais de 400 pecuaristas parti-

cipantes, a ação está presente em quatro Estados brasileiro com volume médio de abate mensal de 25 mil animais.

O PQNN opera exclusivamente em par-ceria com o Grupo Marfrig (São Paulo/SP), operando em seis unidades, e conta com o apoio técnico e institucional da Dow AgroSciences (São Paulo/SP).

> 36% mais Des-Vet em 2012 Com crescimento recorde neste ano, a

Des-Vet (São Paulo/SP) ultrapassou o índi-ce de crescimento em 36% com relação a igual período do exercício anterior.

“O resultado é extraordinário, superior às nossas previsões, que foram ultrapas-sadas em mais de 8%. Principalmente, se considerarmos as dificuldades impostas à indústria de produção de proteína animal em 2012”, afirma o gerente Comercial e de Marketing, Osmar Zimmer Jr.

Na reunião de planejamento para o ano

de 2013, realizada em 3 e 4 de dezembro, foi elaborado o Plano de Ações Estratégi-cas. Participaram do evento profissionais das áreas técnica, de produção, controle de qualidade, comercial, marketing, gestores e diretores. “Comemoraremos o nosso 30º aniversário em 2013. A Des-Vet está cres-cendo porque oferece mais que produtos: oferece agilidade, performance e relacio-namento. E é isso que os clientes querem de um parceiro”, afirma o diretor-presiden-te, Willians C. P. Turco.

Page 9: Revista feed&food

feed&food 9

Page 10: Revista feed&food

10 feed&food

fastnewsMais notícias acesse o site: www.feedfood.com.br

Entre as empresasconvidadas estavam os representantes Brasil Foods(São Paulo/SP),JBS (São Paulo/SP),C-Vale (Patolina/PR),Aviagen (Campinas/SP), Pfizer (São Paulo/SP), Alibem (Porto Alegre/RS), Cooperativa Castrolanda (Castro/PR), Batavo(São Paulo/SP), Consuitec (Paulínia/SP)

> Chr. Hansen promove evento na Europa

Entre 10 e 17 de novembro, um seleto grupo de profissionais de saúde e nutrição animal participou de uma programação especial du-rante o Vip Event da Chr. Hansen (com sede no Brasil em Valinhos/SP).

Segundo a gerente Comercial, Andréa

Maria Silvestrim, a programação foi ela-borada com foco em probióticos de última geração. O grupo visitou o departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da matriz da Chr. Hansen, em Hoersholm – Dinamar-ca, e conheceu as inovações para saúde e

> Labtec é credenciado pelo MAPAO LabTec (Hortolândia/ São Paulo) agora faz parte da Rede Nacional de Laborató-rios Agropecuários do Ministério da Agri-cultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, Brasília/DF). Os laboratórios pertencentes à rede realizam exames técnicos e científicos para conferir segurança e qualidade alimen-tar aos produtos do País, habilitados para atender demandas analíticas estratégicas de alta complexidade e de inovação tecno-lógica. Com este credenciamento, o LabTec está apto para realizar ensaios em produtos alimentícios para importação e exportação com validade fiscal.

Desta forma, o laboratório está capacitado para realizar ensaios para o Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PN-CRC). Este programa federal realiza inspeção e fiscalização de alimentos, baseado em aná-lise de risco, que visa verificar a presença de resíduos de substâncias químicas potencial-mente nocivas à saúde do consumidor.

O credenciamento junto ao MAPA foi pu-blicado no Diário Oficial da União por meio

da portaria SDA n° 141 – 6 de novembro de 2012. É mais um marco conquista-do pelo Labtec, consolidando seus programas de gestão na visão de ser reconhecido como um centro de excelência em análises.

O laboratório pode agora, por meio da certificação, realizar exames de qualidade alimentar nos produtos brasileiros

nutrição de suínos, em seguida, o time visitou a filial da empresa em Nienburg – Alemanha, onde pôde ver o que há de mais moderno no processo de fermenta-ção de bacilos.

Para fechar a programação, uma visita na EuroTier. “Temos o sentimento de missão cumprida, pois conseguimos alcançar o nos-so objetivo que foi mostrar aos clientes, por meio de embasamento técnico, como torná-los ainda mais competitivos na eficiência alimentar com o uso de recursos naturais. Além disso, tivemos a oportunidade de ouvi-los, entender e avaliar suas necessidades dos nossos clientes, e isso nos direciona na busca por novas soluções”, declara Silvestrim.

Foto

s: d

ivul

gaçã

o

Page 11: Revista feed&food

feed&food 11

Page 12: Revista feed&food

12 feed&food

fastnewsMais notícias acesse o site: www.feedfood.com.br

José Eduardo Santos, coordenador geral da Avisultat 2012

Mesmo em meio a um cenário difícil, setor de aves, suínos e lácteos se unem e brilham durante Avisultat 2012

Manfre convida o setor para participar do evento

O carro em formato real da categoria representaa união da Fórmula Indy e Apex-Brasil

Foto

s: d

ivul

gaçã

o

> Otimismo na serra gaúchaEntre 21 e 23 de novembro, aconteceu a ter-ceira edição da Avisulat 2012 – III Congresso Sul Brasileiro de Avicultura, Suinocultura e Laticínios – no Fundaparque, em Bento Gon-çalves (RS). De acordo com a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), entidade pro-motora do evento, a edição contou com 2.500 produtores, mil técnicos participantes das palestras e painéis. Outro ponto alto do even-to foi a visita de 11 países para conhecer a Avisulat e viabilizar possíveis negociações co-merciais com os três setores. “Pela estrutura que atingimos este ano em meio a crise eco-nômica, podemos dizer que o evento superou as expectativas e se consolidou no calendário nacional dos eventos do agronegócio”, afir-mou o coordenador geral da Avisulat, José

gurança e saúde do trabalhador e valorização das cadeias produtivas.

Durante a Avisulat 2012 também aconte-ceu mais uma edição da Feira de Equipamen-tos, Serviços e Tecnologia com a participação de mais de 60 expositores dos mercados de avicultura, suinocultura e laticínios.

> Velocidade nos negóciosAs empresas brasileiras consolidadas como exportadoras para os mercados americanos e canadenses tem oportuni-dade única de unir entretenimento e ne-gócios internacionais. Essa é a proposta da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex – Brasil, Brasília/DF) que apresentou o projeto durante evento realizado em 27 de novembro em São Paulo (SP).

A iniciativa da instituição é pro-porcionar por meio de um ambiente exclusivo uma experiência marcante ao cliente para que a empresa agregue valor não somente ao produto, mas também como ação da companhia. “O projeto visa intensificar as relações das empresas brasileiras com seus clientes e elas precisam se aproximar com ações diferenciadas de relaciona-mento. Isso abre não somente novos horizontes de negócios, mas gera uma fidelização”, afirma o coordenador da unidade de Projetos Especiais, Maurí-cio Manfrê.

O executivo conta que a maior par-cela de participação envolve o setor de alimentos e bebidas e o principal com-ponente é o de proteína animal. “Os segmentos de aves, suínos e bovinos já participam ativamente do projeto e, aliado a isso, a Apex-Brasil procura sempre vincular a imagem do País com a qualidade e tradição das proteínas, como o churrasco do encerramento”, apontou o executivo que reafirmou o convite de participação ao setor.

Durante a realização do evento em 2012, participaram 26 entidades setoriais, 163 empresas brasileiras e 533 compradores estrangeiros. No úl-timo ano, os negócios fechados movi-mentaram US$ 1,13 bilhão. Segundo Manfrê a expectativa para o próximo ano é de 10% de crescimento.

As empresas interessadas devem preencher o cadastro de qualificação no site www.apexbrasil.com.br/indy para que um técnico da instituição entre em contato. Se a empresa for aprovada, ela detém uma série de benefícios gratuitos que vão desde alimentação até entrada em espaços exclusivos da Fórmula Indy.

As 16 etapas acon-tecem de 23 de março a 19 de outubro com pas-sagens pelos Estados Unidos, Canadá e Brasil.

Eduardo Santos, que com-pletou que o evento serve para fortalecer e propiciar os avanços nas áreas de sanidade, qualidade, meio ambiente, biossegurança, pesquisa, tecnologias, se-

Manfre convida o setor para participar do evento

em formato real da categoria representa

timo ano, os negócios fechados movi-mentaram US$ 1,13 bilhão. Segundo Manfrê a expectativa para o próximo ano é de 10% de crescimento.

preencher o cadastro de qualificação no site www.apexbrasil.com.br/indy para site www.apexbrasil.com.br/indy para siteque um técnico da instituição entre em contato. Se a empresa for aprovada, ela detém uma série de benefícios gratuitos que vão desde alimentação até entrada em espaços exclusivos da Fórmula Indy.

Page 13: Revista feed&food

feed&food 13

Novos integrantes da Sanphar para o mercado de suínos e aves, (à esq.) João Eduardo Schneider e Rogério Frozza, respecitvamente

Cantarelli comemora o sucesso da Vaxxitex HVT+IBD, a vacina mais vendida do mundo

> Novos reforçosA partir do mês de novembro a Sanphar Saúde Animal (Campinas/SP) conta com dois novos profissionais. João Eduardo Schneider é o novo coordenador técnico de vendas para Suínos (RS e SC) e Rogério Frozza o novo especialista em avicultura.

Schneider é médico veterinário e atuou na área de extensão e sanidade de suínos na Sa-dia e também em laboratórios, como Vallée e Marial. “Estou muito feliz e com muito orgulho de fazer parte da Sanphar, pois a empresa dis-põe de excelente estrutura e produtos, além de uma das melhores equipes técnicas-comerciais do mercado, por isso, meu principal objetivo é levar soluções para os clientes, por meio deste

> Merial marca a história da saúde avícolaA vacina vetorial Vaxxitex HVT+IBD da Merial (Campinas/SP) – a mais uti-lizada no mundo para o controle das doenças de Marek e Gumboro -, al-cança a marca histórica de 28 bilhões de aves imunizadas em todo o mundo, feito conquistado em seis anos e meio após seu lançamento mundial realizado no Brasil. Atualmente, a participação de Vaxxitek na indústria brasileira de frangos de corte já ultrapassa os 60%,

> Padrão de qualidade BiovetConstituída de suspensão bacteria-na de Salmonella Gallinarum Cepa 9R, a Bio-Gallinarum 9R passa a in-tegrar o portfólio da linha AVIC do Laboratório Biovet (Vargem Grande Paulista,SP) a partir desse mês. O pro-

duto tem apresentação em frascos corres-pondentes a 500 ou mil doses cada. A dose recomendada da vacina reconstituída é de 0,2ml/ave. A aplicação indicada é por via subcutânea, na região dorsal do pescoço.O produto é um forte aliado na prevenção

amplo portfólio aliado ao conhecimento técnico e experiência”, relata o novo coordenador.

Já Frozza admite que seu intuito a frente do trabalho será na geração de conhecimen-to, a fim de propagar informação idônea para o campo. “Usarei a minha vivência de campo aliada ao grande volume de conhecimento téc-nico produzido pela Sanphar, para gerar novas demandas e necessidades com intuito de pro-mover uma realocação da linha para o merca-do, por isso me sinto honrado em fazer parte do quadro da Sanphar, pois existe dentro da empresa um ambiente ótimo de trabalho, com trocas de serviços e experiências, e este é o elo forte necessário para sustentar sucesso, traba-

lho, e seriedade”, cita o especialista em aves que trabalhou por oito anos na Brasil Foods.

sendo o produto biológico aviário mais vendido em território nacional.O diretor de operações Avicultura, Luiz Fernando Cantarelli, reforça os núme-ros. “Encerraremos o ano de 2012 com 3,5 bilhões de aves imunizadas no Bra-sil por meio da vacina vetorizada mais vendida no mundo”.Ainda na avicultura, a empresa fez nova contratação para a gerência nacional de produtos. O médico veterinário Edson Ploncoski assume o desafio de manter a posição de liderança conquistada por Vaxxitek HVT+IBD, respondendo pela área técnica e pela interface com as equipes de marketing e comercial.

da ocorrência do Tifo Aviário, enfermi-dade que acomete as galinhas de pos-tura responsável por sérios prejuízos econômicos para avicultura.

Foto

s: d

ivul

gaçã

o

Page 14: Revista feed&food

fastnews Especial

14 feed&food

| ARTHUR RODRIGO RIBEIRO, DE FOZ DO IGUAÇU (PR)

Marcos Nicoluzzi foi o coordenador da segunda edição do Leaders Summit

Cenários de mercadoSegundo módulo do Leaders Summit é realizado em Foz de Iguaçu (PR) para seleto grupo de executivos da cadeia de produção de proteína animal

Estar fora da caixa e levar gestores da cadeia de produção de proteína animal a pensar em um ambiente macroeconômico de longo prazo. O Leaders Summit, evento criado pela

Nutron (Campinas/SP), empresa da divisão de Nutrição Animal do Grupo Cargill, em sua segunda edição – a primeira ocorreu em São Paulo (SP) – gerou debates, opiniões e reflexões a respeito do momento atual, projeções para o País em um momento de estrangulamento de margens na cadeia de produção de proteína animal, além de pro-porcionar direcionamento para gestão no médio e no longo prazo.

Alexandre Mendonça de Barros, dire-tor da MB Agro (São Paulo/SP); Cristiane Schmidt, professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV, Rio de Janeiro/RJ); Paulo Souza Pinto, diretor Executivo da Unidade

de Negócios Complexo Soja Cargill no Brasil; Airton Spies, secretário Adjunto da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina (SC); foram al-guns dos palestrantes desta edição, além de contar com um painel dedicado para a “competitividade dos modelos de pro-dução Brasil” onde foram apresentados sistemas de produção das cooperativas Aurora, Frimesa e Castrolanda.

Sobre o resultado do encontro quem deixa as considerações é o coordenador do Leaders Summit, o gerente Nacional de Negócios Suínos da Nutron, Marcos Ni-coluzzi , que também abriu as atividades da segunda edição. “Foram dois dias de trabalhos intensos. A Nutron neste evento reforça mais uma vez o comprometimento com a cadeia de produção de proteína ani-mal. Mesmo atuando exclusivamente em

fastnews Especial

Foto

s: f

&f

Page 15: Revista feed&food

feed&food 15 feed&food 15

Adriano Marcon ressaltou “as novas competências necessárias paras as empresas de carnes de classe mundial”

Cristiane Schmidt é professora da Fundação Getúlio Vargas e deixou seus comentários sobre a falta de produtividade no Brasil

O analista de Proteína Animal do Rabobank, Guilherme Bertolini de Melo

O diretor de Agropecuária da Cooperativa Central Aurora Alimentos Coopercentral, Marcos Antonio Zordan esteve entre os presentes

rentabilidade do mix de abate e venda com uso de ferramentas de pesquisa operacio-nal, ambiência, gestão de risco de preços de grãos e carnes, otimização do pacote genético e nutrição inicial.

Entre os presentes o presidente do Sin-dicato e Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC, Flo-rianópolis/SC) e diretor de Agropecuária da Cooperativa Central Aurora Alimentos Coopercentral (Chapecó/SC), Marcos An-tonio Zordan, fez sua análise sobre a pro-posta. “O segundo encontro foi ainda mais interessante, pois foram debatidos temas práticos e assuntos atuais da economia nacional e internacional, além da questão dos insumos e produção olhando de forma macro e não somente alguns pontos que

tange os nossos negócios”, disse.Para o analista de Proteína Animal do

Rabobank (São Paulo/SP) Guilherme Ber-tolini de Melo, “durante os dois dias ficou muito claro o momento atravessado pelo setor, seja pela mudança estrutural de negócios bem como o período de preços altos de commodities e sua volatilidade, o que exigirá assertividade por parte dos produtores, em outras palavras pouco es-paço para erros”, alinhou.

O ponto alto dos dois dias do encontro foi o debate sobre a perda de produtivi-dade brasileira incitada pela professora da FGV. Ela apontou um Brasil que em 2009 estava na 14ª posição do ranking dos países com melhor atratividade de capital e que passou para a 5ª colocação em 2011.

um segmento desta cadeia, temos a ple-na convicção de que podemos contribuir com os nossos parceiros não só em nossa expertise. O segundo Leaders Summit demonstra perfeitamente que queremos discutir mercados, forma de produção, entre outros assuntos em pauta, pois isso efetivamente fará diferença para os nos-sos clientes em suas gestões. Vemos este quesito como ponto de relevância para permanência na atividade”, sublinhou.

O presidente da Cargill Premix e Nu-trition Latino américa e Ibéria, Adria-no Marcon, reforçou o posicionamento. “Buscamos criar um verdadeiro fórum de líderes, onde todos aprendemos com a experiência de quem dirige a indústria de produção animal. Estamos honrados com a presença de 34 CEOs de seis países que compartilharam suas práticas e reforça-ram sua rede de relacionamentos. O Le-aders Summit será uma comunidade de líderes que se reunirão com frequência e não uma iniciativa isolada”, afirma.

A abordagem de Marcon foi voltada às competências necessárias para a formação de empresas de aves e suínos de classe mun-dial, ou seja, com competitividade global e que resistem e se sobressaiam nos momen-tos de crise. Para isto, além das competên-cias básicas como manejo, otimização de rações e sanidade, as empresas precisam aprender e buscar a excelência nas compe-tências diferenciais – ou de classe mundial. Para Marcon, entre este novo conjunto de competências destacam-se: otimização econômica dos recursos de produção com planejamento por cenários, otimização da

feed&food 15

Foto

s: f

&f

A Nutron neste evento

reforça mais uma vez o

comprometimento com a cadeia de

produção de proteína

animal

Page 16: Revista feed&food

fastnews Especial

16 feed&food

sil e América Latina das áreas de bovinos de leite e corte, aves e suínos. “Nessas duas últimas áreas concentramos neste evento mais de 50% da produção nacio-nal”, frisa o diretor Comercial.

Contudo, a produtividade não acom-panhou esta maré. Segundo a profes-sora da FGV, o governo brasileiro já entendeu o recado e esta é uma forma determinante para dar continuidade ao crescimento. “Podemos comparar com os Estados Unidos ou Alemanha, mas acho importante comparar o Bra-sil com países similares à nossa eco-nomia, como o caso da Turquia ou da Coreia do Sul e tirá-los como exemplos. Estamos perdendo competitividade e dois fatores serão determinantes para irmos além: aumento da produtivida-de – fazendo a comparação de que cinco norte-americanos representam um brasileiro – e diminuição do Custo Brasil”, declarou.

Assim como apontado por Mendon-ça de Barros bem como o presidente da Nutron, Celso Melo, no que tange a destacada posição nacional dentro da onda de aumento de consumo de pro-teínas animais ao redor do mundo nos próximos anos, Bertolini de Melo do Rabobank expôs suas impressões. “Para isso se materializar, para que haja todo este crescimento previsto, será necessá-rio suprir o gargalo do setor de serviço. Eles terão que acompanhar a eficiência produtiva do campo para que o setor ru-ral brasileiro possa capitalizar em cima desta oportunidade”, encerrou.

“Esta foi uma oportunidade ímpar de reunir diversas indústrias e discutir de forma abrangente pontos importantes sobre o presente e o futuro do agrone-gócio. Foram dois dias enriquecedores e em abril de 2013 teremos nosso terceiro módulo”, encerrou Celso Mello.

Celso Mello, presidente da Nutron, destaca o objetivo de aglutinar as lideranças da indústria do agronegócio

Cidinei Miotto, diretor Comercial da Nutron Alimentos durante abertura do VI Workshop: Gestão estratégica de suprimentos na cadeia de produção animal

Workshopde compradoresNFT Alliance promove evento que capacita profi ssionaisde suprimentos para diversos cenários| MARIANA CAVALCANTI, DE MANGARATIBA (RJ)

Com a alta nos preços dos grãos o profissional de suprimentos tem sido peça fundamental para a mini-mização dos impactos econômicos dentro de cada empresa. Atual-

mente, suprimentos é uma área que está alinhada com o planejamento estratégico dentro das companhias e faz toda a dife-rença para garantir a lucratividade. Por isso, a NFT Alliance escolheu o tema do VI Workshop: “Gestão estratégica de su-primentos na cadeia de produção animal”. O evento aconteceu entre 24 e 26 de outu-bro no Hotel Club Med Rio das Pedras, em Mangaratiba (RJ).

Com a ideia de capacitar os profissio-nais desta área, a sexta edição abordou como módulo o papel de suprimentos nos projetos estratégicos. “Neste ano específi-co tem sido fundamental o profissional da área de suprimentos, pois existe a deman-

da de otimização de custos e por isto este cargo tem um papel relevante e cada vez mais impactante na rentabilidade das em-presas. Buscamos trazer neste encontro informações que ajudem o profissional de suprimentos a tomar a melhor decisão para a empresa além de promover um network entre os participantes para que haja troca de informações e com tudo isso voltem para seu trabalho com novas ideias e concei-tos que possam ajudar a melhorar a lu-cratividade de suas empresas”, explica o diretor Comercial da Nutron Alimentos, Cidinei Miotto.

Apresentando vários pontos de discus-são durante os três dias de evento, o dire-tor comenta que nesta edição os módulos foram trabalhados apresentando vários pilares, entres eles, o cenário econômi-co mundial, abordado pela jornalista de Economia da CNT, Salette Lemos; o pa-norama geral do agribusiness, com o en-genheiro agrônomo e sócio-diretor da MB Agro (São Paulo/SP) Alexandre Mendonça de Barros; a gestão e projetos de alta per-formance foi apresentado pelo professor de pós-graduação da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM, São Pau-lo/SP), Luis Fernando Almeida; o mercado mundial de microingredientes, foi tratado pelo Global Soucing Director Cargill Ani-mal Nutrition, Martin Levesque; o sistema logístico brasileiro e o agronegócio, com o diretor da Escola Superior de Agricul-tura “Luiz de Queiroz” (Esalq, USP), João Vicente Caixeta Filho e com a palestra motivacional de liderança e equipes, o psi-cólogo e consultor em gestão empresarial, Waldez Ludwig encerrou os trabalhos.

Estavam presentes 100 empresas do Bra-

Foto

s: f

&f

Page 17: Revista feed&food

feed&food 17

Page 18: Revista feed&food

18 feed&food

espaço empresas

Foto

s: f&

f

| JULIANA ANTONANGELO, DE NATAL (RN)

Nutrição de precisão High definitionWorkshop de Matrizes Pesadas em Natal (RN) realizado pela mineira Vaccinar trouxe aspectos práticos e resultados do Programa HD

A Vaccinar (Belo Horizonte/MG), empresa especializada em saúde e nutrição animal, realizou de 6 a 7 de novembro o Workshop de Ma-trizes Pesadas Vaccinar. O cenário

do encontro foi o Aquaria Natal Hotel, em Natal (RN), e recebeu cerca de 30 profis-sionais do setor avícola.

Presente no mercado há 32 anos a Vaccinar não mede esforços para apre-sentar soluções que agreguem melhorias para seus clientes e realiza investimentos contínuos para atender as necessidades do mercado. E sob o prisma dos investi-mentos, pesquisa e desenvolvimento des-tacou como tema central no encontro a Linha HD.

O Programa HD desenvolvido pela Vaccinar atende 17 clientes, que juntos, somam três milhões de matrizes. “A sigla vem da expressão ‘high definition’. Este é um conceito inovador, atualmente apli-cado em matrizes comerciais, mas que em breve, avançará para outras linhas. O intuito é que neste encontro técnico os participantes troquem informações e levem algo que seja aplicável à suas res-pectivas empresas”, informa o diretor de Nutrição&Tecnologia, Julio Pinto.

Ao apresentar as vantagens e bene-fícios do Programa HD de Matriz Pesa-da Vaccinar, a especialista em Nutrição – Aves, Raquel Andrade, salienta que o

programa gera melhor ganho de peso e massa muscular aos 28 dias; melhora da uniformidade e viabilidade da recria; antecipação em duas semanas do peso padrão de ovo de 30 semanas; anteci-pação do peso da gema (30% do peso do ovo) em duas semanas antes do pico de produção; melhor aproveitamento de ovos nas duas extremidades da curva de produção e controle do tamanho do ovo

durante todo o ciclo. “O grande benefí-cio deste Programa é a customização da nutrição de precisão para cada cliente. O tratamento é realizado de acordo com a Região e a linhagem que cada produ-tor trabalha. Esta é uma nutrição preci-sa em que é considerado o conceito de proteína ideal, aminoácidos verdadeira-mente disponíveis, conceito de nutrição de precisão da Vaccinar com padroniza-

Julio Pinto é diretor de Nutrição & Tecnologia da Vaccinar

Raquel Andrade apresentou as vantagens e benefícios do Programa HD de Matriz Pesada Vaccinar

Page 19: Revista feed&food

feed&food 19

ção e igualdade entre as matrizes nutricionais, além do acompanhamento técnico dos dados e da equipe como um todo”, salienta.

A especialista também destaca a importância de di-ferenciar a nutrição para machos e fêmeas, como por exemplo, o produto específico desenvolvido para ma-chos, Pottent Galos, que está no mercado desde o início deste ano, e que de acordo com ela têm obtido excelentes resultados em fertilidade, e consequentemente de pintos eclodidos. Quem compartilha mais sobre o assunto, é o consultor Técnico Aves, Marcelo Torretta, que também apresentou aspectos práticos e resultados do Progra-ma. Segundo ele, nos machos, as características gené-ticas para apetite, ganho de peso, conversão alimentar e conformação corporal são mais agravados do que nas fêmeas. Portanto, estes necessitam de uma restrição ali-mentar minuciosamente monitorada para o controle de ganho de peso mais rigoroso.

Ele explica que comunmente nas granjas se utiliza a nutrição de fêmeas no macho por uma questão opera-cional. “O macho, por exemplo, representa apenas 10% do plantel, mas ele responde por metade da responsabili-dade da fertilização e do produto final, que é o pintinho. Então, direcionamos nossos esforços para encontrar exa-tamente a nutrição que o macho precisa. Ao usar a ra-ção de fêmea para o macho, percebíamos um excesso de cálcio, de proteína e energia nesta nutrição, fazendo com que o macho também ganhasse peso ao longo da vida e, com isso, perdesse a condição de fertilidade, tanto de cópula, de cobrir a fêmea, fertilizar, quanto na produção de volume de esperma e mobilidade de espermatozoi-de. Trabalhamos especificamente os níveis de vitaminas, minerais e aminoácidos, proteína e energia. Além disso, esse produto tem a inclusão de vitamina C, um antioxi-dante que combate radicais livres, para atender especi-ficamente o galo, e com isso, tivemos um ganho médio de 2,5% em fertilidade, que aumenta a eclosão de modo

Marcelo Torretta destacou os aspectos práticos e resultados do Programa HD

Marcelo Torrettadestacou os aspectos práticos e resultados do Programa HD

Page 20: Revista feed&food

20 feed&food

espaço empresas

que o produtor passará a ter mais pintos por fêmea ave alojada no final do proces-so”, assegura Torretta.

Em relação ao Aminovacc-T, o con-sultor Técnico afirma que em 2012 o pro-duto atendeu a demanda em virtude da alta dos preços dos grãos, fato que elevou o custo de formulação. “Este produto é composto por um pool de enzimas e ami-noácidos sintéticos utilizados para balan-cear a formulação. Com isso, se diminui o custo de formulação”, detalha e completa afirmando que atualmente no programa HD são utilizados aminoácidos sintéticos como Metionina, Lisina e a Treonina, po-rém informa que a Vaccinar iniciou traba-lhos com o Triptofano, aminoácido pouco utilizado no mercado nacional. “Ele per-mite reduzir a inclusão do farelo de soja e junto ao Triptofano foi inserido enzimas para ser utilizado em ingredientes alterna-tivos substitutos do milho e da soja, como o farelo de canola ou de arroz para que essas enzimas atuem nas fibras dos in-gredientes alternativos com segurança e diminuindo o custo da ração”.

Torretta salienta ainda a diferença en-tre a Proteína Bruta e a Ideal (PI). Disse que ao utilizar a PB em matrizes pesadas ocorre um excesso de aminoácidos, o que resulta em mais massa muscular, mais peito e acumulo de gordura. Segundo ele, com isso se diminui a fertilidade dessas aves e elas perdem produção ao longo da vida. “Já com a PI conseguimos estimar exatamente a necessidade das aves, isso de acordo com a especificidade de cada

genética, e com isso conseguimos ade-quar a dieta para que não tenha esse acu-mulo excessivo de gordura e de carne de peito para levar a uma perda de desempe-nho”, completa.

Mercado. Outro destaque foi o diretor da OD Consulting (Barueri/SP), Osler Desou-zart, que apontou um panorama do setor para a próxima década. “Onde você se vê da-qui a dez anos?”. Foi esta interrogativa abre alas da apresentação do consultor. Desouzart afirma que muitos não se planejam para o fu-turo, e que é essencial ter um planejamento do negócio baseado em fatos e dados.

Para ele, o mercado internacional de carnes vai aumentar 19% até 2021 lide-rado por aves, conduzido pelos Chineses. “Quem vai crescer não será a Europa nem os países desenvolvidos, mas sim os que estão em desenvolvimento e os menos desenvolvidos. Estes serão os grandes ve-tores que impulsionarão nossas vendas”, menciona Desouzart.

Quanto às ‘Projeções para 2021 da carne de frango’, o consultor informa que há divergências entre os números apontados pelo Ministério da Agri-cultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA,Brasília/DF) e da OECD/FAO. “Considerando que este ano já comere-mos 48 kg de carne de aves, pelas mi-nhas contas ainda temos espaço para al-cançar 56 kg. Depois disso, atingiremos o nível de saturação de consumo, igual aos Estados Unidos. Acredito que em 2011 esses números fiquem próximos aos 17 ou 18 milhões de toneladas”. Ele ainda alerta aos produtores sobre o preço dos grãos que se manterão aque-cidos: “Vimos por mais de dez anos o milho por 100 dólares/ton em Chicago (Estados Unidos), atualmente vemos o grão cotado a 250 dólares/ton”.

Ele diz ainda que a carne de aves pode superar a suína na próxima década (Confira os números no gráfico ao lado), mas frisa que “há um fator interessante que afetará tanto aves quanto suínos: a reposição dos rebanhos bovinos a partir de 2014, que acelerará o crescimento da produção em 1,8% a.a. na próxima déca-da contra 1,2% da precedente”.

Foto

: f&

f

Fonte: OD Consulting

Vimos pormais de dez anos

o milho por100 dólares/ton

em Chicago(Estados Unidos), atualmente vemoso grão cotado a250 dólares/ton

OSLER DESOUZART,O DIRETOR DA OD CONSULTING,

Os prognósticos segundo a OD Consulting

Page 21: Revista feed&food

feed&food 21

Page 22: Revista feed&food

22 feed&food

cobertura

| LUMA BONVINO, DA REDAÇÃO E OSVALDO CIASULLI, DE BENTO GONÇALVES (RS)

Flauri Migliavacca abriu a 20ª Convenção de Vendas Mig-PLUS

O presidente da Cooperativa Languirú, Dirceu Bayer, exaltou os serviços da companhia

Um marco de boas-vindas à suinocultura de 201320ª Convenção de Vendas Mig-PLUS propôs inovação para o setor

Comemorando 21 anos de existência, a Mig- PLUS (Casca/RS) realizou en-tre 30 de novembro e 2 de dezembro, em Bento Gonçalves (RS), a vigésima edição da Convenção de Vendas. Cor-

respondendo com a filosofia da empresa, o evento buscou agregar valores positivos à suinocultura após um ano de períodos con-turbados. “É com alegria que se concretiza mais um ano de evento porque através dele almejamos uma sinalização no calendário do setor para que, ao seu término, haja uma au-toestima renovada”, afirmou um dos sócios fundadores, Flauri Migliavacca, que comanda a empresa familiar ao lado do irmão Lanes Migliavacca e seus respectivos filhos.

A empresa que visa fornecer soluções sustentáveis por meio de inovações, hoje aposta em um atendimento diferenciado para corresponder à expectativa dos clientes e colaboradores. Um exemplo desse sucesso é o da Languirú (Teutônia/RS), terceira maior cooperativa agropecuária do Rio Grande do Sul que conta com mais de quatro mil as-sociados: “A Mig-PLUS é nossa fornecedora de premixes e rações, e o que nos chama a atenção além do profissionalismo, é a mo-dernidade. Um sucesso familiar, de um gru-po de entusiastas do setor”, comenta o pre-sidente Dirceu Bayer.

A unidade mãe atua com foco em suino-cultura mas, trabalhando também nas demais áreas de produção de proteína animal com premixes e núcleos. Já, a nova fábrica igualmente em Casca (RS), proces-sará rações para o setor de bovinocultura de leite. “Para elevar a produção sem acrescen-tar animais ao rebanho é necessário ração de qualidade. Estudos afirmam que 25% da produtividade só será possível com a melho-ria da nutrição”, aponta o administrador da Mig-PLUS, Tadeu Zucchetti Migliavacca.

Com 56% da unidade fabril concluída, as obras estão em andamento, com ênfase em processos, equipamentos e instalações,

completamente automática dotada de avan-çado sistema de automação, com rastrea-bilidade total, característica marcante da empresa. “A automação é um registro da Mig-PLUS, como já é realizado na empresa mãe. Isso resulta em agilidade e segurança nos procedimentos e o mercado preza por esse diferencial”, explica Tadeu Migliavacca que também define o sucesso da empresa por meio das pessoas capacitadas na equipe que fazem da informatização outro braço para este auxílio.

A nova planta, com início das operações previsto para setembro, terá capacidade de produção de 75 toneladas por hora de ração

É sob o mesmo conceito de tecnolo-gia para produções diferenciadas que a companhia está em meio a construção de uma nova fábrica.

Um marco de boas-vindas à

completamente automática dotada de avan-çado sistema de automação, com rastrea-bilidade total, característica marcante da empresa. “A automação é um registro da Mig-PLUS, como já é realizado na empresa

Page 23: Revista feed&food

feed&food 23

ções brasileiras principalmente ao continen-te Europeu e suas restrições que, segundo ele, abusa de protecionismo e, essa prática, trava o mercado e sua competição.

Entre os principais focos do evento esta-va a motivação dos participantes. O tema foi conduzido por Paulo Storani, que conseguiu passar seu recado sobre liderança e trabalho de equipe. “Missão dada é missão cumpri-da”, incentivou o palestrante.

O evento contou com 160 participantes e teve como desfecho um jantar de encer-ramento patrocinado pela Bayer Saúde Ani-mal. A 20ª Convenção de Vendas contou ainda com o apoio das empresas Adisseo (São Paulo/SP), Basf (São Paulo/SP), Bayer (Campinas/SP), Evonik (São Paulo/SP), Im-pextraco (Curitiba/PR), Incasa (Joinville/SC), Microsal (Capivari/SP), Novartis (São Paulo/SP) e Sanphar (Campinas/SP).

e baixos e conseguiu chegar até aqui, tem condição de ao menos estabilizar. Mas, para isso, é necessário conduzir os negócios com prudência e, principalmente, com novas for-mas de realizar negócios. O mundo caminha para frente, temos que nos adaptar a essas mudanças e a forma mais fácil é pela anteci-pação”. Para finalizar, o palestrante deixou uma mensagem ao setor suinícola por meio de um poema japonês: “‘De tempos em tempos as nuvens cobrem os céus para dar ao homem a chance de descansar da beleza da Lua’. E eu considerei o ano de 2012 como a nuvem que cobriu o céu. Já 2013 é a Lua, uma oportunidade de repor perdas e redis-cutir necessidades”.

O evento também proporcionou espaço à sanidade. Para ponderar sobre os pontos de-cisivos do nascimento ao desmame assegu-rando a rentabilidade, a profissional da Bayer Saúde Animal (Campinas/SP), Eliana Dantas, apresentou a higiene, desinfecção e manejo como os pontos de maior destaque. “Foi uma palestra extraordinária. Ela conseguiu expor pontos conhecidos do setor, mas que ainda não tem a devida importância dentre dos ne-gócios”, elogiou Flauri Migliavacca.

No tocante a perspectiva do agronegó-cio, o ex-ministro da Agricultura e conse-lheiro da JBS Friboi (São Paulo/SP), Marcus Vinícius Pratini de Moraes, considerou a sus-tentabilidade brasileira: “O Brasil tem 44% de energia por meio de fontes renováveis, ou seja, é a nação mais limpa do mundo. Cada vez se tem menos área utilizada na pecuária. Em 1990 utilizava-se 178 milhões de hecta-res para produção e hoje estamos com 172 milhões de hectares. Antes eram produzidas 0,8 cabeças por hectare, agora, já alcançamos 1,2 cabeças no mesmo espaço”, detalhou Pratini em defesa do futuro das exporta-

feed&food 23

Saúde Animal (Campinas/SP), Eliana Dantas, apresentou a higiene, desinfecção e manejo como os pontos de maior destaque. “Foi uma palestra extraordinária. Ela conseguiu expor pontos conhecidos do setor, mas que ainda não tem a devida importância dentre dos ne-

No tocante a perspectiva do agronegó-cio, o ex-ministro da Agricultura e conse-lheiro da JBS Friboi (São Paulo/SP), Marcus Vinícius Pratini de Moraes, considerou a sus-tentabilidade brasileira: “O Brasil tem 44% de energia por meio de fontes renováveis, ou seja, é a nação mais limpa do mundo. Cada vez se tem menos área utilizada na pecuária. Em 1990 utilizava-se 178 milhões de hecta-res para produção e hoje estamos com 172 milhões de hectares. Antes eram produzidas 0,8 cabeças por hectare, agora, já alcançamos 1,2 cabeças no mesmo espaço”, detalhou Pratini

Foto

s: f&

f

Em sua terra natal (RS), Osler Desouzart abordou o mercado do agronegócio

A palestrante Eliana Dantas representou a Bayer Saúde Animal durante jantar de encerramento

Um dos sócios fundadores, Lanes Migliavacca, apresenta as modernas instalações da nova planta Mig-PLUS

Pratini frisa a sustentabilidade como chave para o futuro do setor

“Poderemos atuar tanto no mercado feed quanto no food”, explica Tadeu Migliavacca sobre a nova fábrica da empresa

peletizada, porém, a fábrica também esta-rá preparada para atender a linha humana. “Vamos processar qualquer tipo de cereais e rações, ou seja, no futuro poderemos atuar tanto no mercado feed quanto no food. Pos-suímos planta, capacidade, tecnologia e con-trole para isso”, expõe Tadeu Migliavacca.

Para fundamentar todas as comemora-ções, o diretor da OD Consulting (Barueri/SP), Osler Desouzart, explanou sobre o mer-cado do agronegócio, enfatizando sistemas e métodos e alertou: “Sejam prudentes na produção de janeiro até o final da segunda quinzena de maio. Provavelmente, haverá baixa no grão, entretanto, procurem manter o preço da carne porque a previsão é que a commodity suba novamente”, frisou De-souzart que continuou debatendo sobre a relação das oscilações do mercado e os pro-fissionais da área: “Quem passou entre altos

Page 24: Revista feed&food

24 feed&food

especialsustentabilidadeespecialsustentabilidade

Sob a inspiração de dois admiráveis líderes do setor no Brasil, os ex-ministros Alysson Paolinelli e Ro-berto Rodrigues, participamos do

Fórum do Futuro, em Brasília (DF), neste fim de 2012. O evento é o Centro Oeste Tempo 3 - Bases para o planejamento es-tratégico do desenvolvimento sustentável.

A proposta trata da construção do fu-turo. Presentes nas apresentações estava o presidente da Empresa Brasileira de Pes-quisa Agropecuária (Embrapa, Brasília/DF), Maurício Lopes; o PHD Antônio Li-cio; o superintendente da Sudeco, Marcelo Dourado; o senador Rodrigo Rollemberg; o fundador da Agência Estado e membro do Instituto de Técnologia de Massachusetts (MIT, sigla em inglês) no Brasil, Rodrigo Mesquita; representantes dos ministérios

da Integração Nacional (MI), da Agricul-tura (MAPA), da Confederação da Agri-cultura e Pecuária do Brasil (CNA), todos sediados em Brasília (DF); o presidente da Eletrobrás, José da Costa Carvalho Neto; Fernando Barros e personalidades fun-damentadas em profundos estudos sobre as questões e os desafios do agronegócio brasileiro para os próximos dez anos.

Um dos estudos extraordinariamen-te surpreendentes foi a do economista, Antônio Licio, mostrando que não temos nos cerrados brasileiros, mais do que sete ou oito milhões de hectares disponíveis para grãos, e, como nas demais regiões brasileiras, já esgotamos áreas virgens, a revelação é de que não existam alternati-vas fora da tecnologia, da pesquisa e do uso intenso do conhecimento já disponí-

que vão solicitar o equivalente a 50 mi-lhões de hectares adicionais, o que será impossível de ser realizado neste espaço de tempo. A notícia é boa para produtores rurais. Preços continuarão consistentes e demanda superior a oferta. O estudo está lastreado na tendência da renda mundial, e do efeito de elasticidade de renda. Para os consumidores, a luta antidesperdício será essencial, mas não há cenário de produtos baratos nessa cesta básica do grosso do agronegócio global.

Se por um lado terras virgens são mui-to mais escassas do que existe no senso comum de todos os brasileiros, será na pe-cuária que o avanço tecnológico precisará galopar em altíssima velocidade. Os estu-dos também revelam que se passarmos, no Brasil, para uma produtividade de uma cabeça e meia por hectare, ao invés de me-nos do que uma que temos hoje, podemos liberar 20 milhões de hectares adicionais para a agricultura. Quer dizer, não só o uso intensivo das áreas agricultáveis atu-ais, onde fazer duas ou três safras por ano será fundamental, como também, crescer na produtividade do milho, marcantemen-te potencial, saindo de uma produtividade média de cerca de 3,5 mil kg/ha, para mais de dez mil, que este cereal permite.

Na luta, dentro desse choque de gestão, dados apresentados revelam que jogamos fora, todo ano, cerca de US$ 5 bilhões, por culpa da infraestrutura e logística. E mais espetacular ainda é a informação de que se eliminássemos a burocracia desneces-sária no transporte das mercadorias, da origem ao destino, mesmo sem mexer em nada mais, diminuiríamos em até 20% o custo pós-porteira das fazendas, pelo fe-nômeno da burocracia de troca de notas e movimentação de cargas.

Choque de gestão,o nome do show no agronegócio dos próximos dez anos

Fazer propagandado agronegócio brasileiro

sim, mas tem queser tão bem feito,mas tão bem feito,

que não pode parecer propaganda

vel no Brasil.O trabalho também é reve-

lador, pois esclarece que não conseguiríamos, mesmo que quiséssemos, ultrapassar 20% do total da área brasileira, para o plantio e a criação. A mãe natureza determina isso, inde-pendentemente de leis, códigos ou outras ingerências humanas. Plantar e criar fora do que a sa-bedoria natural já determina, seria inviável, e conduziria essas tentativas ao prejuízo inexorável. Sobre o aspecto da demanda fu-tura, por mais que façamos, não conseguiremos ampliar a oferta de maneira superior ao que se espera de demanda para os pró-ximos dez anos.

Carnes de frango, suína e bo-vina, grãos, milho, soja, óleo de soja, arroz, trigo; são produtos

Page 25: Revista feed&food

feed&food 25

retalhos com retalhos claros, aspiracio-nais e positivos, mesclados com outros desinformados e negativos, porém, há uma relatividade nessa percepção que precisa ser estudada e compreendida, antes de investimentos comunicacio-nais, para que não ocorra desperdício de recursos ou mesmo riscos de, bem intencionadamente, ampliar o lado ne-buloso dos retalhos dessa colcha de per-cepções onde temos de tudo.

O fato é que a sociedade urbana brasileira mudou muito nos últimos 30 anos, e, da mesma forma a agrícola. Precisamos apresentar competente-mente uma para a outra. Meu conselho e opinião é: fazer propaganda do agro-negócio brasileiro sim, mas tem que ser tão bem feito, mas tão bem feito, que não pode parecer propaganda. A neces-sidade é a de elevar o valor estimativo pelos ativos do campo e pelo agricultor como categoria profissional na socie-dade, sem que a democracia seja inde-sejavelmente perversa aos destinos da segurança e dos negócios energéticos, agropecuários e alimentares da nação. Sem comunicação competente não se joga o jogo democrático.

Os próximos dez anos passam por choque de gestão, competitividade com cooperação, luta antidesperdício, buro-cracia e leis revistas. Tudo isso com um agravante: velocidade. Sem velocidade podemos saber o que tem que ser feito, mas não conseguirmos realizar. O jogo fica a cada dia que passa mais veloz. Não temos mais tempo para perder tempo.

Parabéns aos ex-ministros Alysson e Roberto. Extraordinária contribui-ção de pessoas que superam o tempo. Que venha 2013 e os próximos dez anos, mas que venham pela frente, não há o que temer.

Foto

: div

ulga

ção

José Luiz Tejon Megido é Vice Presidente Diretor de

Comunicação do CCAS – Conselho Cientifico para a Agricultura

Sustentável Coordenador do Núcleo de Agronegócio da ESPM Comentarista da

Rede Estadão ESPN de Rádio

No ângulo da concentração da produção, os dados são reveladores da necessidade de acesso de tecnologia aos pequenos e médios, e da carência de uma revisão da extensão ru-ral e da força ao cooperativismo. Das cerca de 4,5 milhões propriedades rurais no Brasil, apenas 500 mil produzem 87% de toda pro-dução nacional. Quer dizer, temos em torno de quatro milhões de propriedades com bai-xíssima produção e consequentemente fora da renda e da tecnologia.

A notícia boa é a de que temos conhe-cimento, tecnologia, propostas, como a integração lavoura-pecuária-florestas, por exemplo; e técnicos, pesquisadores, ges-tores e gente competente. Precisamos co-locar esse conhecimento e essas pessoas protegidas das provocações político-par-tidárias, e promover um debate produtivo fora de desejos ideológicos, reunidos ex-clusivamente pelo firme desejo e necessi-dade de colocar o Brasil acima de tudo.

Para isso, torna-se essencial a comu-nicação. O diálogo com a sociedade. Ro-drigo Mesquita mostrou a importância da governança das redes sociais para o fu-turo do agronegócio. Não bastará apenas comandar a tecnologia e fazer choques de gestão do lado de dentro das porteiras. Será preciso engajar e comover toda a so-ciedade em função da causa da produção com sustentabilidade e saudabilidade. Para isso torna-se veementemente urgente o in-gresso do setor sob uma coordenação de governança, com o uso do conhecimento e da moderna tecnologia de redes sociais.

Não se terá de criar mais um site ou um portal, e sim uma central de conhe-cimento sobre origens, destinos, fontes, opiniões e percepções dessa vasta rede. O mundo hoje virou uma central de comuni-cação de muitos para muitos, e não mais de poucos para muitos como no passado. Do meu lado mostrei que o pensamento do setor urbano sobre o campo não é uma massa escura, tenebrosa e negativa, como pensam muitos. Trata-se de uma colcha de

não há o que temer.

Foto

: div

ulga

ção

José Luiz Tejon Megidoé Vice Presidente Diretor de

Comunicação do CCAS – Conselho Cientifico para a Agricultura

Sustentável Coordenador do Núcleo de Agronegócio da ESPM Comentarista da

Rede Estadão ESPN de Rádio

Do meu lado mostrei que o pensamento do setor urbano sobre o campo não é uma massa escura, tenebrosa e negativa, como pensam muitos. Trata-se de uma colcha de

Page 26: Revista feed&food

26 feed&food

especialsustentabilidade

O primeiro é produzido por meio do ma-nejo sustentável da árvore de Quillaja, garan-tindo a continuidade deste recurso florestal, o qual foi premiado em inovação agrícola pelo governo do Chile. Seus resultados cien-tificamente comprovados aumentam a efici-ência alimentícia e reduzem as enfermidades e mortalidade em aves, podendo ser usado também em outros grupos de animais.

Já o sanitizante é oriundo de um processo eficiente que reduz o desperdício de recursos utilizados nas fábricas e, desta forma, contri-bui com as metas em sustentabilidade na ges-tão eficiente e redução no uso de recursos. O leite, por exemplo, é composto por 87% de água, o que deixa claro que sanitizar a água utilizada na criação de animais, além de re-duzir enfermidades e mortalidade causada por água contaminada, agregando valor aos produtos finais.

Foto

: div

ulga

ção

Criando valoresPor meio da sustentabilidade empresa encontra caminhos para colocar em prática palavras e política

A Beraca (São Paulo/SP), empresa 100% brasileira, atua em quatro segmentos: Tratamento de água, cosméticos, nutrição animal e in-

gredientes para alimentos. Possui sete uni-dades de negócios no Brasil e no mundo e exporta para mais de 40 países.

E toda esta pujança está alicerçada à sus-tentabilidade. Ela faz parte do DNA da em-presa, que busca continuamente melhorar processos e produtos visando os desafios do desenvolvimento sustentável.

A Beraca é signatária de vários compro-missos multilaterais, nos quais se destacam o compromisso com as metas do milênio, por meio do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU, Nova Iorque/Estados Unidos), o compromisso com o comércio éti-co para produtos oriundos da biodiversidade, através do plano de trabalho público com o Union for Ethical Biotrade (UEBT, Amsterdã/Holanda), os pactos contra o trabalho escra-vo, infantil e responsabilidade social com to-dos os seus stakeholders, principalmente por meio da certificação SA8000 da Social Ac-countability International (SAI, Nova Iorque).

Todavia, para a Beraca, os compromissos não são suficientes. É preciso colocar em prá-tica palavras e políticas incutidas na compa-nhia. Desta forma, todos os produtos sob a chancela da marca Beraca são produzidos em rigorosos processos de eficiência energética, nos quais são utilizadas diferentes matrizes, entre elas a energia solar fotovoltaica, possi-bilitando reduzir os custos de produção e o consumo de recursos naturais.

Além disso, a empresa conta com metas e programas de uso racional e reuso de água, assim como um eficiente sistema de trata-

ção em programas de relacionamento com as comunidades locais, fornecedores e transpor-tadores por intermédio de diálogos abertos e transparentes possibilitam que os principais stakeholders sejam ouvidos e que ações de in-teresse mútuo possam ser realizadas.

Neste sentido, pelo manejo sustentável, agrega-se também valor ao ciclo de vida do produto de todos os clientes, pois es-tes possuem um fornecedor confiável, que compartilha as melhores práticas de mer-cado em sustentabilidade e controla sua ca-deia de carbono, buscando continuamente reduzir as emissões necessárias para a pro-dução do portfólio Beraca.

Na nutrição animal destacam-se dois produ-tos: um aditivo a base da árvore de Quillaja que promove melhoria na performance de cresci-mento de aves e reduz o amoníaco; e o saniti-zante para a água de bebedouros de aves.

A sustentabilidade faz parte do DNA da Beraca

mento de efluentes que garantem a não poluição de rios e entornos. A participa-

Page 27: Revista feed&food

feed&food 27

Page 28: Revista feed&food

28 feed&food

especialsustentabilidade

A história da Boehringer Ingelheim, no Brasil e no

mundo, foi construída sob a ótica da

responsabilidade socioambiental

Foto

s: d

ivul

gaçã

o

Há 56 anos no Brasil, Boehringer Ingelheim

Ações sustentáveis com foco em tecnologia e inovação acompanham o desenvolvimento da companhia

A história da Boehringer Inge-lheim, no Brasil (sediada em São Paulo/SP) e no mundo foi construída sob a ótica da res-

ponsabilidade socioambiental. A compa-nhia cresce de forma orgânica a partir da pesquisa e do desenvolvimento de novos medicamentos e mantém sua independên-cia financeira como empresa familiar.

Ser sustentável com seus próprios recur-sos garante a continuidade das atividades, que atendem a importantes demandas da sociedade, como promover a saúde e o bem-estar e gerar empregos para milhares

reafirma seu compromisso com a sustentabilidade

de pessoas. Além disso, a Boehringer Ingelheim apoia im-portantes parcerias que contribuem com o empreende-dorismo social no mundo e possibi-litam a criação de um novo olhar na área da saúde.

Entre elas está a parceria “Mais Saúde”, firmada

A preocupação com a sustentabilidade é tão integrada na BI que o escritório recebeu o certificado pelo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) Gold, que valida companhias comprometidas com a sustentabilidade

com a ASHOKA, que busca transformar o campo da saúde, melhorando de forma sustentável o bem-estar de indivíduos, famílias e comunidades. Esta parceria reúne duas organizações comprometidas em encontrar indivíduos com ideias ino-vadoras para ajudar a mudar o futuro da área de saúde.

A Boehringer Ingelheim também in-

Page 29: Revista feed&food

feed&food 29

bilidade. Desde 2009, a Boehringer Inge-lheim possui o escritório certificado pelo LEED (Leadership in Energy and Environ-mental Design) Gold, que valida compa-

veste no Projeto Jaborandi, que promove o manejo e o extrativismo de maneira sustentável do jaborandi (planta medi-cinal), contribuindo para a conservação da biodiversidade nos Estados do Piauí, Maranhão e Pará. Além disso, ainda man-tém a parceria com a WWF-Brasil, que integra a Rede WWF - maior organização independente de conservação da nature-za no mundo -, que permite que a empre-sa estabeleça um processo contínuo de troca de informações e consultoria para questões ligadas ao meio ambiente.

A estrutura da companhia também reflete sua preocupação com a sustenta-

A Boehringer Ingelheim investe no Projeto Jaborandi, que promove o manejo e o extrativismo de maneira sustentável do jaborandi (planta medicinal), contribuindo para a conservação da biodiversidade nos Estados do Piauí, Maranhão e Pará

A estrutura da companhia também reflete sua preocupação com a sustentabilidade

empresa familiar é comprometida com a pesquisa, o desenvolvimento e a comercia-lização de produtos de alto valor terapêuti-co para a medicina humana e a animal.

nhias comprometidas com a sustentabilidade. Tanto em seu escritório, quanto na fábrica, loca-lizada em Itapecerica da Serra (SP), as ações de economia de energia e de redução de emissão de poluentes são um compromisso.

A Boehringer Inge-lheim é uma das 20 prin-cipais companhias far-macêuticas e a maior de capital fechado do mundo. Com matriz em Ingelheim, Alemanha, opera global-mente com 145 afiliadas e mais de 44 mil funcio-nários. Há 126 anos a

Foto

: ban

co d

e im

agem

f&f

Page 30: Revista feed&food

30 feed&food

especialsustentabilidade

| ARTHUR RODRIGO RIBEIRO, DE SÃO PAULO (SP), E JULIANA ANTONANGELO, DA REDAÇÃO

especialsustentabilidade

desenvolvimento humanoSer sustentável também é prover soluções para a alimentação saudável das populações. A DSM disponibiliza tecnologia e gera soluções eficazes no combate a carências nutricionais da população mundial

Sustentabilidade é um dos pilares da DSM Produtos Nutricionais Brasil, com sede em São Paulo. O tema é encarado pela empre-

sa global como uma forma de reconheci-mento e destaque social, uma importante melhoria do planeta e das relações de con-vivência, além de uma filosofia empresa-rial e comportamental. Em busca de um mundo mais sustentável, eles seguem três pilares: cuidado ambiental, desenvolvi-mento social e bons negócios.

De acordo com o presidente da DSM para América Latina e vice-presidente da área de Nutrição Humana para América Latina, Eduardo Estrada, o grande intui-to da empresa é que as gerações futuras tenham uma melhor qualidade de vida comparada com a atual. “Temos uma enorme vocação e orientação para sus-

Vitaminas para o

especialsustentabilidadeespecialespecialespecialespecialsustentabilidadesustentabilidadesustentabilidadesustentabilidadeespecialsustentabilidadeespecialsustentabilidadeespecialsustentabilidadeespecialsustentabilidadeespecialsustentabilidadesustentabilidadesustentabilidadeespecialsustentabilidadeespecialsustentabilidadeespecialespecialespecialsustentabilidadeespecialsustentabilidadeespecialsustentabilidadeespecialespecialespecialsustentabilidadeespecial

Vitaminas para oFo

tom

onta

gem

: f&

f

Page 31: Revista feed&food

feed&food 31

escolar contassem com o arroz fortifica-do, pois garante a ingestão de nutrientes, caso a dieta não esteja suplementando adequadamente as crianças”, pontua e declara: “Parabenizo o governo brasileiro pela iniciativa de desenvolver programas como o ‘Brasil Carinhoso’, que disponibi-lizará saches de produtos nutritivos para complementar a dieta nos programas de nutrição escolar, assim como vem sendo feito em diversos outros países”.

Na DSM, entre os desafios para o fu-turo estão: “encontrar soluções eficazes para um planeta cada vez mais populoso e com recursos naturais escassos (esgo-táveis); “É preciso se perguntar o que você fez hoje de melhor do que fez ontem para ser mais sustentável; conscientizar-se para, no próximo passo, compartilhar e multiplicar valores e práticas sustentá-veis com clientes, fornecedores, parceiros e familiares e, assim, se tornar cada vez mais apaixonado pelo tema e orgulhar-se da empresa”.tentabilidade. Antigamente essa temática

representava um valor para nossa compa-nhia. Hoje ela define o que queremos ser e está dentro do nosso propósito, que é brindar as gerações futuras com as mes-mas oportunidades que tivemos ou me-lhores em relação à qualidade de vida”, cita e complementa que investimentos em pesquisas estão levando a empresa a ser continuamente reconhecida como a de maior destaque em sustentabilidade no setor. “Recebemos o prêmio Dow Jones Sustainability Index desde 2004 e ficamos seis vezes em 1º lugar na categoria indús-tria química e três vezes entre os primei-ros do ranking”, destaca. Estrada ainda menciona a frase dita pelo presidente do Conselho de Administração da DSM, o CEO Feike Sijbesma: “Nós não podemos ser bem sucedidos, nem podemos nos considerar um sucesso em uma sociedade que fracassa”.

O executivo explica porque a susten-tabilidade é tão importante na DSM. Ele diz que a busca pelo desenvolvimento sustentável será a principal tendência para as próximas décadas e menciona o fato do mundo ser confrontado com o desafio de acomodar e alimentar nove bilhões de pessoas que vão querer viver uma vida mais saudável e próspera. Ainda afirma que tendências como estas criarão oportunidades de negócio e incentivo à inovação.

Word Food Programme. A colabora-ção com o programa da ONU, Word Food Programme (WFP), de acordo com Estra-da, nasceu do desafio de uma presidente africana em uma conferência em Davos, na Suíça. “Ela disse que apesar das ajudas enviadas por países desenvolvidos e em desenvolvimento, seu povo vivia constan-temente doente, pois mesmo com os car-boidratos e grãos que lhes eram enviados, a população ainda carecia de vitaminas e minerais. Isso comoveu nosso CEO, que disponibilizou as tecnologias nutricionais da DSM e, assim, com a elaboração do Mix Me, nos tornamos o maior parceiro da ONU e do WFP em temas de nutri-cão”, destaca Estrada.

O projeto se direciona a populações que sofrem com carências nutricionais. O objetivo é contribuir com a absorção de vitaminas e nutrientes essenciais em cada alimentação. “Em 2013 o Brasil passará a receber saches de Mix Me a fim de complementar a merenda escolar de algumas Regiões, assegurando que essas populações tenham acesso a mi-cronutrientes necessários para o corre-to desenvolvimento da saúde humana”, acrescentou Estrada. Ele declarou tam-bém que a DSM não é a única empresa que faz este tipo de produto, mas que são reconhecidos pela inovação.

Outro exemplo citado por Estrada é o trabalho realizado em algumas Regiões da América Central, onde, por lei, o arroz deve ser fortificado com vitaminas. “No Panamá e na Costa Rica, por exemplo, fazemos um pó de arroz, incluímos vita-minas e minerais e realizamos a extrusão do grão “simil”. Esta é uma boa iniciativa governamental, pois o arroz é o grão mais presente nas mesas de todo o mundo. Este método, em comunidades carentes com problemas de anemia ou cegueira noturna, possibilita a correção dessas deficiências. A cada cem grãos de arroz, um é fortifi-cado, as pessoas ingerem sem perceber”, esclarece. Ele acrescenta que no Brasil há

Eduardo Estrada é presidente da DSM para América Latina e vice-presidente da área de Nutrição Humana América Latina

produtos desta pro-cedência, mas que são puramente rela-cionados ao marke-ting das empresas que os comercializa. “A meu ver, seria in-teressante que pro-gramas de merenda

Investimentosem pesquisa estão levando a empresa ser continuamente

reconhecida como a de maior destaque em

sustentabilidadeno setor

Foto

: f&

f

Page 32: Revista feed&food

32 feed&food

especialsustentabilidade

alinhados dentro da organização para contri-buir para mitigação destas questões emba-sado em pesquisa e desenvolvimento estão: a robustez das características de eficiência alimentar do programa de seleção genética; a prevenção dos riscos por meio da gestão microbiana no ambiente da criação; o estí-mulo do sistema imunológico dos animais via vacinação; a utilização da química, no caso as “super moléculas”, apenas em caso de patologia comprovada ou como preven-ção em ocorrência de grande estresse; e no caso da compostagem retornar ao planeta somente o necessário.

Grimaud salienta também que no mun-do atual há duas visões opostas da agri-cultura e pecuária: a industrial contra o orgânico e vice-versa. “Se o primeiro deve ser colocado em questão, o segundo não pode ser a única solução para alimentar o mundo”, salienta. Portanto, para o execu-tivo, é necessário dar uma nova perspec-tiva na maneira de como se produzir mais por meio das melhores práticas sustentá-veis para a produção de proteína animal. A seleção genética faz parte deste concei-to e que está muito bem representado no slogan do programa Natural Concept: “a biologia no coração do desenvolvimento sustentável”, encerra.

| ARTHUR RODRIGO RIBEIRO, DE HANÔVER (ALEMANHA)

especialsustentabilidade

NaturalConceptGrupo multinacionalapresenta filosofia enraizada nos negócios multiespécies pensando nas gerações futuras

Cento e trinta executivos de vinte e dois países diferentes e um resultado bem acima do esperado: o fortalecimento dos

conceitos integrados de sustentabilidade nos negócios de uma das principais empre-sas de genética multiespécies do mundo, o Grupo Grimaud, detentoras das empresas Hypharm, Grimaud Freres Selection, Hub-bard, Novogen, Choice Genetics (Newsham e Pen Ar Lan) e Blue Genetics.

Em 12 de novembro, o CEO do Gru-

po, Frederic Grimaud, juntamente com a equipe executiva de diferentes empresas do Grupo, receberam no Crowne Plaza Hotel (Hanôver, Alemanha) um seleto pú-blico para apresentar os passos avaliados pelo Grupo como formas sustentáveis de alimentar a crescente população mundial para as próximas décadas.

De acordo com o CEO, o Grupo Gri-maud atua em sua base com cinco pontos chaves para soluções tecnológicas para o mercado de forma sustentável. “Com o crescimento da demanda em função da melhoria da renda das famílias aliado ao desafio de se produzir mais e de forma variada, o Natural Concept se traduz nos conceitos colocados em prática em todas as áreas do grupo”, informa.

Durante a apresentação, Grimaud levou em consideração também que com o cres-cimento da população mundial exercendo forte pressão sobre o meio ambiente serão

Frederic GrimaudO CEO do Grupo Grimaud, apresentou o Natural Concept

ainda mais presentes no dia a dia do Grupo te-mas como: as poluições físicas e químicas, o im-pacto climático, a com-petição por espaço para produção, entre outros. Neste sentido, os passos

Conceptapresenta filosofia enraizada nos negócios

pensando nas gerações futurasapresenta filosofia enraizada nos negócios

pensando nas gerações futurasapresenta filosofia enraizada nos negócios

Foto

mon

tage

m: f

&f

Foto

: f&

f

Page 33: Revista feed&food

feed&food 33

Page 34: Revista feed&food

34 feed&food

especialsustentabilidade

34 feed&food34 feed&food34

| RICARDO PEREIRA

especialsustentabilidade

Foto

: div

ulga

ção

O indivíduo: pilar indispensávelda sustentabilidade

uando comecei a escutar nos meios de comunicação sobre sustentabilidade, demorei para compreender a abrangência e a importância do conceito. Ini-

cialmente absorvi que o foco principal era

direta e, principalmente, relacionado so-mente à preservação ambiental.

Com a ajuda de Cláudio e Luciana Sca-tena, dois amigos e grandes conhecedores do assunto, aprendi sobre os três P’s: People + Planet + Profit.

Fantástico entender como esse tripé é poderoso na construção de algo sustentá-vel e duradouro, tendo embutido em si um claro foco no “além de...”, ou seja, não bas-ta cuidar somente do lucro, ou só de se ter uma sociedade bem cuidada e engajada, ou só de não agredir o planeta. Como sempre, basta um elo menos resistente para toda a corrente não aguentar o tranco. Obrigado ao Cláudio e à Luciana pela lição.

Passou mais um tempo e tive a opor-tunidade de interagir com outro grupo de pessoas de grande competência, especial-mente no B2B.

Na Escola de Marketing Industrial, convivendo com José Carlos, Paulo Grise, Brasil, Cristiane, Gerson e mais um mon-te de gente de alto gabarito, entendi que há um outro pilar que sustenta essa cate-dral: o indivíduo.

Assim, sustentabilidade passou a ser para mim = People + Planet + Profit + Person.

São quatro pilares que graficamente po-dem ser descritos como uma pirâmide de três lados e uma base, o que compõe quatro faces, iguaiszinhas àquelas que a gente fa-zia em Química Orgânica, quando estuda-mos isomeria ótica.

Sobre o indivíduo, pensa-se inicialmen-te que ele já está lá, pois o “People” já o incluiu. Mas, analisando melhor a ideia, o indivíduo como o agente transformador do meio onde atua tem como interferir para que qualquer proposta possa se tornar sus-tentável ou não.

Como vejo e interpreto isso no dia a dia dos negócios em que atuo?

Independente de termos todo um gru-

Q

Estou convencido de que a prática da sustentabilidade

exige uma atitude de colaboração

Ricardo Pereira é médico veterinário e diretor de Aves da Ceva Saúde Animal

(Paulínia/SP)

po de profissionais de várias áreas, com competências espe-cíficas e experiências distintas e comple-mentares, nosso mo-delo de gestão inclui tomada de decisões com risco. E essa decisão é sempre in-dividual.

O momento do nosso mercado de produção animal é de consolidação ga-lopante entre as em-presas, um fato de conhecimento geral - e de “sofrimento”

34 feed&food

Page 35: Revista feed&food

feed&food 35

geral também. E isso exige de mim decisões como indiví-duo para seguir em frente.

Esse processo tem sido de significativa destruição de valor, de forma que também suas decisões são tomadas por indivíduos.

O mesmo ocorre com as empresas de saúde animal e de nutrição. Uma consolidação que pode esconder um perigo de médio prazo pouco percebido: menos fornece-dores = menos opções + menos conhecimento a compar-tilhar + menos investimentos.

Acho que não sou o único que tenha passado por épo-cas difíceis nos negócios, tendo que realizar cortes de in-vestimento em pesquisa por novas tecnologias e práticas ou no desenvolvimento de pessoas, áreas fundamentais para criar o futuro. E fazer isso não me faz bem como indivíduo.

Investir nessas áreas (em suma, nas pessoas) é algo mágico para mim, já que conhecimento compartilhado deixa de ser a riqueza de um só, gerando mais e mais riqueza para os envolvidos que aceitam compartilhar co-nhecimento, recebendo o justo valor por isso, o que me alegra como indivíduo.

Mas, e se o valor segue sendo destruído, com o intuito de “adequar o negócio a um novo formato”, como será nosso futuro? A resposta todo mundo sabe e é obvia – futuro comprometido.

Agora, que tal nos respondermos a seguinte ques-tão? Quem de nós pode dizer que fez alguma grande descoberta sozinho, sem ter “subido” nos ombros de grandes pessoas?

Para aqueles que responderam “eu não posso dizer que cheguei aqui sozinho”, o conhecimento que foi com-partilhado por pessoas que dedicaram suas vidas a en-tender os mistérios da ciência é o grande alicerce pelo qual começamos a construir nossa própria história. Para mim, a melhor palavra que expressa essa atitude é cola-boração. E a colaboração me faz bem como indivíduo.

Estou convencido de que a prática da sustentabilidade exige uma atitude de colaboração, com premiação pelo justo valor àqueles que atuam com essa atitude.

Atuando como um indivíduo, dentro de uma empresa de saúde animal, focada em prevenção de doenças via vacinas, estou certo que a ciência é nossa maior aliada. Para haver ciência, há que se ter os quatro pilares da sus-tentabilidade muito bem equilibrados, temperados com muita atitude de colaboração.

Nossa missão é produzir alimentos para o ser hu-mano, com qualidade, disponibilidade e quantidade necessárias, independente se atuamos no início ou no fim desse processo.

Não há nada mais sustentável para a saúde humana do que uma alimentação disponível e de qualidade, garantin-do assim nosso futuro como espécie.

É essa a missão que busco cumprir todos os dias, for-talecendo as práticas que garantam a segurança do pla-neta, a preservação da sociedade, o lucro justo merecido e o indivíduo equilibrado e feliz.

Page 36: Revista feed&food

36 feed&food

especialsustentabilidade

Foto

: arq

uivo

f&f

Programas sociais que fazem a diferençaMSD Saúde Animal apoia projetos que valorizam o desenvolvimento social de quem precisa

N ão é de agora que ao falar em sustentabilidade deixamos de associar o tema somente às questões ambientais. Ser susten-

tável é ter um compromisso com a sociedade de hoje e de amanhã em quatro pilares: social, econômico, cultural e ambiental. A pergunta que muitos ainda se fazem é como aderir às formas de ser sustentável. Há vários meios, desde o mais simples, como não jogar papel no lixo, aos mais complexos, como o con-trolar o consumo desenfreado.

No que se refere à sustentabilidade so-cial, encontramos várias empresas engaja-das. A MSD Saúde Animal (São Paulo/SP), braço da global Merck, é um case de com-panhia ligada às questões sustentáveis de um modo amplo. A corporação, em parce-ria com ONGs, desenvolve alguns projetos de assistência social que são referência em todo o Brasil.

O principal foco de atuação da empresa é a Terapia Assistida por Animais. Entre os

tre outros. Para ajudá-los a ter um desenvol-vimento saudável do corpo e da mente, a empresa apoia projetos desenvolvidos pelas ONGs Abrahipe (Associação Brasileira de Hippo e Pet Terapia) e TAC (Terapias Assis-tidas por Cães).

Ainda pouco conhecida no Brasil, a te-rapia assistida por cães utiliza atividades baseadas na interação entre homem e cão como complemento a tratamentos médicos e desenvolvimento social. As terapias au-xiliam no controle de enfermidades psíqui-cas ou fisiológicas, além de incentivar no desenvolvimento ou reintegração social. O convívio e a realização de atividades com

um cachorro proporcionam, ainda, melhora no bem-estar, autoestima e situação social dos beneficiados.

Além da terapia, há a educação assis-tida por cães, que tem como foco traba-lhar os distúrbios ligados à aprendizagem. Para isso, o método utiliza o cachorro em atividades pedagógicas que auxiliam no processo de assimilação de conteúdos e de-senvolvimento da autoconfiança nos par-ticipantes, despertando o gosto por novos aprendizados.

Um dos principais públicos apoiados pela MSD Saúde Animal, por meio da TAC, são crianças com diagnósticos psiquiátricos,

A Associação Brasileira de Hippo e Pet Terapia durante desenvolvimento dos trabalhos de reabilitação neuropsicomotora e cognitiva

Foto

: div

ulga

ção

Responsável pela frente de trabalho da MSD Saúde Animal está Sandra Alves

projetos, está o que ajuda no desenvolvimento de portadores de necessi-dades especiais, crianças com autismo, dependen-tes químicos, idosas, en-

Page 37: Revista feed&food

feed&food 37

Foto

: div

ulga

ção

+ Sustentável

Lançado em 2011, o projeto tem como principal objetivo promover qualidade de vida por intermédio da Fisioterapia e Psicoterapia Assistidas por cães. É desenvolvido com senhoras idosas abrigadas na instituição beneficente Casa de Nazaré.■ Números do projeto: 50 idosas/anos

como autismo. No Hospital das Clínicas de São Paulo (SP), dois projetos envolvendo educação, atividades e ludo terapias assisti-das por cães são realizados.

A responsável pelos projetos sociais den-tro da MSD Saúde Animal, Sandra Alves, reforça a importância de investir em proje-tos como este. “Hoje tudo é sustentável. Se podemos agir pensando nas gerações futu-

ras, por que não fazer isso? Como negócio, trabalhamos a ciência para o animal sau-dável. E com o animal saudável, podemos desenvolver projetos de sustentabilidade social, contribuindo também para que pes-soas com problemas de saúde, ou dentro da sociedade, possam se restabelecer”, diz.

Para o fisioterapeuta e diretor da TAC, Vinícius Ribeiro, o cachorro torna-se um

catalisador de emoções dos pacientes, fa-cilitando a socialização da criança autis-ta com o mundo: “a criança expressa os sentimentos por meio dele, dizendo que o cachorro está triste, chateado ou nervoso, quando na verdade, são os sentimentos da própria criança”, afirma. Além disso, estu-dos com crianças autistas revelam que o convívio com o cão libera oxicitocina, hor-mônio ligado ao afeto e a interação social.

No campo do aprendizado, o objetivo da equipe de educação assistida por cães, composta por psicopedagogas e pedago-gas, é tornar as atividades pedagógicas mais prazerosas, facilitando a retenção de conteúdo e aos poucos derrubando barrei-ras de aprendizagem.

Com isso, os pacientes atendidos pelo projeto, aos poucos, sentem-se mais inte-grados à sociedade e apresentam evolução em seus quadros clínicos. “Este é só um exemplo do que pode ser realizado. Nosso interesse é contribuir para o desenvolvi-mento desses pacientes assistidos dentro da sociedade. Há outras formas de tirar a questão ‘sustentabilidade’ do papel e colo-cá-la em prática. Trabalhar com os animais foi a que encontramos, e que tem relação com nosso trabalho, para fazer isso aconte-cer”, reforça Alves.

Vinícius Ribeiro é fisioterapeuta e diretor da Terapia Assistida por Cães (TAC)

Recanto da Vovó - Cotia (SP)

A MSD Saúde Animal também apoia outras iniciativas socialmente sustentáveis

Realização de fisioterapia e psicoterapia assistidas por cães com idosas, proporcionando melhor qualidade de vida para elas.■ Números do projeto: 50 idosas/ano

Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (São Paulo/SP)

Dois projetos que envolvem educação, atividades e ludoterapia assistidas por cães, com crianças autistas e seus acompanhantes, além de outros pacientes infantis, com diferentes diagnósticos.■ Números do projeto: Na ludoterapia seis crianças foram atendidas em 2012. A atividade realizada na sala de espera da psiquiatria assistiu 60 crianças este ano.

Projeto Reintegração - Cruzeiro (SP)Iniciado em 2011, o projeto é realizado com dependentes químicos, que aprendem técnicas de ressocialização canina que são posteriormente aplicadas nos cães do abrigo municipal.■ Números do projeto: Média de dez pacientes/ano

Hippoterapia/Pet terapia - AbrahipeLançado em 2005, o projeto visa a reabilitação neuropsicomotora e cognitiva de crianças, adolescentes e adultos, portadores de necessidades especiais, na sua maioria acometidos por paralisia cerebral. Atua nos municípios de Cotia, São Paulo, Vargem Grande Paulista, Itapevi e Carapicuíba, todas no Estado de São Paulo.■ Números do projeto: mais de 400 pessoas já foram atendidas. Atualmente são assistidos 80 pacientes/ano de dois a 60 anos.

Projeto Casa de Nazaré - Fortaleza (CE)

Page 38: Revista feed&food

38 feed&food

especialsustentabilidade

referência em ação socialPremiado programa de educação cultural e esportivo da Ourofino Agronegócio completa três anos e passa a atender 2OO crianças por semana

A Ourofino Agronegócio (Cravi-nhos/SP), empresa nacional que atua no desenvolvimento de produtos para saúde animal e

vegetal, ciente de seu papel na sociedade, é responsável por um grande projeto social que tem mudado a vida de seus participantes. Criado em 2009, o “Jovens de Ouro” é uma parceria firmada entre a Ourofino Agronegó-cio e prefeituras, por meio de suas Secretarias de Educação, voltado para alunos das redes municipal e estadual de ensino. A iniciativa que completou três anos, já atendeu cerca de 300 jovens e inclui alunos do município

de Cravinhos e, este ano, foi implantado em Guatapará, interior de São Paulo.

O projeto “Jovens de Ouro” atende sema-nalmente 200 crianças com idades entre oito a 12 anos, de ambos sexos, estudantes da rede regular de ensino municipal, para uma programação com atividades extraclasse. Às segundas e quartas-feiras, os alunos da es-cola municipal Antônio Joaquim da Silva, de Cravinhos, passam um período do dia na uni-dade de Saúde Animal, sede da Ourofino; e às terças e quintas-feiras é a vez dos jovens da EMEF Guiomar Miluzzi de Oliveira, de Gua-tapará (SP), participarem das atividades na

No “Jovens de Ouro”, a Ourofino Agronegócio promove educação musical e teatral, desportiva, ambiental, alimentar e nutricional

“Jovens de Ouro”:

Page 39: Revista feed&food

feed&food 39

Fazenda Experimental da empresa.

As crianças são divi-didas em turmas e tur-

projeto se sustenta na necessidade de pro-mover o resgate da autoestima da criança e do adolescente, proporcionando o de-senvolvimento sustentável da comunidade e maior justiça social. “Seu objetivo é de-mocratizar o acesso ao esporte e a cultura educacional como forma de inclusão social, ocupando o tempo ocioso de crianças em situação de risco social”, afirma.

Os jovens vão até a Ourofino em trans-porte oferecido pelas prefeituras. As aulas são ministradas por educadores especiali-zados, contratados pela Ourofino. A carga horária distribuída nos turnos da manhã e da tarde permite a cada aluno ter acesso a três horas de atividades diárias, com ações de profissionais específicos das áreas de Educação Física, Música e Teatro.

Ao ingressar no projeto, os “Jovens de Ouro” recebem da empresa mochila, uni-forme, material escolar, instrumento musi-cal com CDs e apostila, alimentação e tam-bém uma sacola ecológica, onde receberão semanalmente os alimentos da “Nossa Hor-ta” – que beneficia semanalmente mais de mil famílias, além de sete entidades assis-tenciais. Além disso, contam também com reforço alimentar (café, almoço, lanche e jantar) no refeitório da Ourofino.

“Esta iniciativa promove o desenvolvi-mento sustentável destas crianças, pois o que eles aprendem na empresa por meio das aulas, eles aplicam em suas famílias, na escola e comunidade”, explica Achite.

O papel da Ourofino. No “Jovens de Ouro”, a Ourofino Agronegócio promove educação musical e teatral, desportiva, ambiental, alimentar e nutricional, em que os profissionais responsáveis constroem va-lores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências, fatores essenciais à formação do futuro cidadão.

A iniciativa da empresa já rendeu o prê-mio de responsabilidade social “Produz Brasil 2011” e em 2012, colaborou para os títulos “As melhores empresas para se

Daniela Achite, relações públicas da Ourofino Agronegócio detalha o conceito do premiado projeto

Foto

s: O

urof

ino

Agr

ongó

cio

Acima e ao lado crianças em atividades dentro do Projeto

nos alternados aos da escola. Na Ourofino, elas participam de uma programação que inclui aulas de esporte, cidadania e cultura no complexo esportivo da empresa (qua-dra poliesportiva coberta, campo de fute-bol, pista de atletismo e quadra de tênis), na área de lazer e na horta comunitária do projeto “Nossa Horta”.

O “Jovens de Ouro” atende às crianças de famílias carentes e para participarem é preciso bom comportamento em casa e boas notas na escola. De acordo com a gerente de Relações Sociais e Públicas da Ourofino Agronegócio, Daniela Achite, o

A iniciativa que completou três anos, já atendeu cerca de 300 jovens

trabalhar”, recebidos pelas revistas Guia Exame – Você S/A, pelo sexto ano, e Épo-ca, pela quinta vez.

Page 40: Revista feed&food

40 feed&food

especialsustentabilidade

pública de Suzano (SP) e Região. De acor-do com Alejandro, na sociedade moderna, o uso correto do computador e da internet é cada vez mais exigido, seja para se con-seguir um bom emprego, para ter acesso a conteúdo educacional complementar ou para se manter bem informado. “Ao reali-zar este projeto, a Produquímica reforça a sua preocupação com a sociedade e com a educação de todo um país”, aponta.

Outro projeto social que conta com a par-ticipação da Produquímica é a “Sociedade Amigos dos Moradores da Favela Capuava”, em Mauá (SP). “Neste projeto contribuímos com doações para compra de remédios e também com recursos para as festividades de datas comemorativas, como Dias das Crianças, Páscoa e Natal. Esta é uma forma de proporcionarmos o bem-estar social, em vários aspectos”, finaliza.

40 feed&food

Foto

s: d

ivul

gaçã

o

Sintonia finaProduquímica reforça posicionamentocom o meio ambiente e a sociedade

Além de ser referência em inova-ção e tecnologia, a Produquími-ca (São Paulo/SP) se destaca por adotar iniciativas socioambien-

tais nas Regiões onde estão presentes com unidades fabris.

Um bom exemplo disso é o Sistema de Reuso da Água em operação na planta de Suzano, interior de São Paulo. Neste sis-tema, tanto a água utilizada no processo produtivo, quanto a água da chuva são re-aproveitadas.

“Após contribuir para o processo produ-tivo, a água que seria descartada passa por um rigoroso tratamento físico-químico, que inclui separação de sólidos e correção de pH, entre outros pontos. Após a realização de testes, a mesma água retorna à fábrica para ser reutilizada. Desta forma, evitamos desperdícios e também beneficiamos o meio ambiente”, detalha o responsável pela área de Meio Ambiente da Produquímica, Sergio Correa Alejandro.

“Já a água da chuva é captada em uma grande piscina, com capacidade de um mi-lhão e duzentos mil litros. Rapidamente, ela é introduzida em nossa fábrica para ser utilizada. Com este processo, diminuímos

o uso de água do poço e contribuímos para que a sociedade tenha um acesso contínuo à água potável”, acres-centa Alejandro.

Outro projeto da Produquímica em total sintonia com o meio

SergioCorrea Alejandro é responsável pela áreade Meio Ambiente da Produquímica

O projeto Reuso da Água em operação na planta de Suzano, interior paulista. Ao lado, Escola Comunitária de Inclusão Digital

40 feed&food

ambiente é o “Floresta Produquímica”. Em parceria com o Instituto Brasileiro de Flo-restas (IBFlorestas), a empresa refloresta áreas degradadas em diversas regiões. No total, mais de 1.500 árvores já foram re-plantadas. “A Produquímica busca atender plenamente aos requisitos legais aplicados aos seus negócios e tem total consciência da importância do reflorestamento”, acres-centa o responsável pela área ambiental da companhia.

Responsabilidade Social. Este é tam-bém um valor primordial para a Produquí-mica, que mantém projetos de inclusão be-neficiando adultos, crianças e idosos.

Entre as iniciativas, destaca-se a “Escola Comunitária de Inclusão Digital”. Projeto desenvolvido em parceria com a Prefeitura Municipal de Suzano, iniciado em 2005 e atende anualmente cerca de 400 crianças, 200 adultos e ainda 40 professores da rede

Page 41: Revista feed&food

feed&food 41

Page 42: Revista feed&food

42 feed&food

especialsustentabilidade

42 feed&food

Vivax: primeiro produto veterinário a receber a certificaçãoambiental EPDO uso da vacina para imunocastração de suínos reduz a emissão de CO₂ e está alinhado às tendências de bem-estar animal

O mercado de produtos voltados à saúde animal está cada vez mais focado em oferecer solu-ções capazes de reduzir o im-

pacto ambiental e que estejam alinhadas às tendências de bem-estar animal. Como resultado do comprometimento da Pfizer Saúde Animal (São Paulo/SP) em priorizar o manejo sustentável, a companhia obteve a certificação Environmental Product Decla-ration (EPD) (ISO 14025 – Tipo III) conce-dida à Vivax - vacina para imunocastração que atua no sistema imunológico do suíno controlando as substâncias envolvidas no odor de macho inteiro. Esse é o primeiro produto veterinário voltado para saúde animal a obter a certificação mundial, ex-pedida pelo Bureau Veritas Certification da Bélgica – líder em serviços de certificação com mais de 80 mil empresas acreditadas em 140 países.

“Receber essa certificação atesta cla-ramente a eficácia de Vivax em atender as necessidades dos produtores de suínos. O produto auxilia no manejo sustentável, aliando bem-estar animal ao aumento de produtividade”, afirma o diretor Geral da Pfizer Saúde Animal Brasil, Jorge Espanha. A vacina dispensa a castração cirúrgica em suínos, o que traz uma série de benefícios ao rebanho, reduz o impacto ambiental e melhora substancialmente a produtivida-de. Ao compararmos a quantidade de CO

2 Equivalente (CO2e)produzida por um ani-mal imunocastrado e um animal castrado cirurgicamente, de mesmo peso (111kg), os animais imunocastrados diminuem em 3,7% a emissão de CO

2e para cada quilogra-

42 feed&food

Page 43: Revista feed&food

feed&food 43

lhões de suínos imunocastrados abatidos e comercializados no Brasil, o que representa quase um ano e meio de todos os machos abatidos industrialmente, sob Inspeção Fe-deral, no mercado brasileiro.

Castração de suínos: uma medida obrigatória. A castração de suínos é uma prática de manejo necessária para contro-lar o odor de macho inteiro (cheiro desagra-dável exalado ao cozinhar carne de suínos machos não castrados). E, no Brasil, é uma medida obrigatória, segundo determinação da Inspeção Industrial e Sanitária de Car-nes e Derivados Lei 1283 de 18 de dezem-bro de 1950, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, Brasília/DF). Na União Europeia, alguns países já introduziram uma proibição da castração cirúrgica de leitões sem anestesia após sete dias de vida; restrições adicionais estão sendo discutidas também.

As técnicas cirúrgicas tradicionais são procedimentos que oferecem riscos aos ani-mais já que podem apresentar complicações pós-cirúrgicas como doenças, perda de peso e até morte, em casos mais graves.

Carne de suínos castrados com Vivax já está sendo consumida em países como Aus-trália e Nova Zelândia desde 1998. A vacina vem sendo introduzida, progressivamente, em países do mundo inteiro. Atualmente, está registrada em mais de 60 países, como Suíça, Rússia, Brasil, México, Chile, Tailân-dia, Coreia, África do Sul, Filipinas, Esta-dos Unidos, Canadá, China, Japão e toda a União Europeia.

bricação, do transporte do produto para as granjas, etc.) e a criação dos suínos (dados sobre a gestação, o nascimento, o desenvol-vimento, a ração utilizada, o abate do ani-mal, a incineração dos resíduos, etc.). Para obter a certificação, avaliou-se a produção da vacina nas plantas industriais e do uso em 19 granjas (Bélgica, China, Colômbia, Chile, Brasil e Austrália).

Dotada de uma tecnologia inovadora e qualificada, a Pfizer Saúde Animal optou por mensurar o impacto dessa mudança na criação dos animais e, com isso, certificar o produto para validar um benefício indireto gerado pela adoção de Vivax no sistema de produção. Atualmente, são mais de 25 mi-

No Brasil, a castração de suínos é uma medida obrigatória segundo determinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

ma de suíno produzido. Se considerarmos um animal de 111kg, a imunocastração com a vacina proporciona, ao ano, uma redução de 23kg na emissão de CO2e. Esse valor equivale à emissão de gás car-bônico de um automóvel de passeio ao percorrer 100 km.

O executivo reforça a importância do uso de Vivax ao analisar o cenário da sui-nocultura brasileira. “A redução do impac-to ambiental com o uso de Vivax torna-se ainda mais significativa quando se analisa a capacidade produtiva de nossas granjas. Somos o quinto maior produtor de carne suína no mundo e já exportamos 429 mil toneladas, até o mês de setembro des-se ano, segundo a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs, São Paulo/SP)”, sa-lienta Espanha. Outro benefício do uso da vacina é o consumo reduzido de alimentos em 18kg pelos suínos machos imunologica-mente castrados (considerando-se suínos de 115kg), por permitir que os animais expres-sem seu potencial natural de crescimento. Isso equivale a um silo de nove toneladas a menos para cada 500 suínos terminados. Com o uso do produto, também há subs-tancial diminuição da produção de dejetos, reduzindo em 60 litros a menos para cada 500 suínos, o que equivale a uma lagoa a menos de dejetos.

A certificação concedida por meio do selo EPD é resultado da análise do Ciclo de Vida do produto (Life Cycle Assessment – LCA), incluindo a produção deste (dados dos fornecedores de matéria-prima, da fa-

O produto auxilia no manejo sustentável, aliando bem-estar

animal ao aumento de produtividade

Jorge Espanhaé diretor Geral da Pfizer

Saúde Animal Brasil

Foto

: div

ulga

ção

Foto

: ban

co d

e im

agem

f&f

Page 44: Revista feed&food

44 feed&food

especialsustentabilidade

Sanphar promove projetos efetivosnas áreas de responsabilidade social e meio ambiente

| LÍDIA SAYURI UEHARA

Sustentabilidade empresarial em açãoDiscussões acerca das atividades

humanas e seus impactos no meio ambiente são cada vez mais cor-rentes e a palavra sustentabilidade

tem seu lugar de destaque. O termo muito fa-lado e discutido é definido no dicionário como a capacidade de ser sustentável, porém o em-prego da palavra é algo bem mais amplo, trata-se de um conceito sistêmico que correlaciona e integra de forma organizada e contínua os aspectos econômicos, sociais, culturais e am-bientais da sociedade. Basicamente podemos trabalhar com os três principais pilares do con-ceito de sustentabilidade que são: atividade economicamente viável, socialmente justa e ecologicamente correta.

Atualmente o conceito de sustentabili-dade tem tomado corpo no meio empresa-rial, seja pela pressão de consumidores e stakeholders ou apenas como um ato opor-tunista, no qual empresas “vendem” uma imagem sustentável de produtos ou serviços. O importante é que o assunto está presente e é objeto de estudo e preocupação quanto ao imediato e futuro.

Encarar a sustentabilidade empresarial é uma necessidade real e premente para todos os portes de empresa e isso será um fator decisivo para sobrevivência no futuro. É im-portante um profundo e detalhado estudo para a implantação das ações na empresa que integrem a viabilidade econômica, o social e o meio ambiente. Há um custo ele-vado é claro, mas não podemos considerá-lo como despesa e sim, como investimento de longo prazo.

Diante desta evolução de ideias, em 29 de abril de 2010, a Sanphar Saúde Animal (Campinas/SP), por iniciativa do ex-diretor presidente, José Nunes Filho, criou um Co-mitê de Sustentabilidade com objetivos de promover projetos efetivos nas áreas de responsabilidade social e meio ambiente. O Comitê é composto por funcionários da empresa que agregam, além das ativi-dades e responsabilidades normais do dia a dia e atividades ligadas aos projetos de sustentabilidade.

Atualmente a empresa conta com 12 membros engajados no Comitê e a cada ano há um rodízio de funcionários para dar oportunidade de participação a todos. Há al-guns membros permanentes como represen-tantes do RH, Qualidade e Marketing, pois estão envolvidos diretamente com as ações desenvolvidas.

A importância da mescla de funcionários de diversas áreas se dá pelo fato do desen-volvimento de novas ideias para projetos e atividades e todos demonstram enorme comprometimento com o Comitê de Susten-tabilidade Sanphar.

Desde sua fundação em 2010 diversas atividades foram e estão sendo desenvolvi-das constantemente, entre elas:

Semana do Meio Ambiente. O primei-ro desafio do Comitê de Sustentabilidade Sanphar foi a realização da Semana do Meio Ambiente com palestras, em parceria com o Serviço Social da Indústria (SESI) de Cam-pinas, sobre o uso consciente da água na

EMEF Padre Leão Vallerie, escola municipal da região do bairro Campo Grande, local próximo à empresa, abrangendo 840 crian-ças entre sete e 12 anos.

Sanphar Indústria Saudável. O Comitê também em parceria com o SESI Campinas, realizou o evento “Indústria Saudável”, pro-grama voltado ao conjunto de soluções em segurança e saúde no trabalho, cujo princi-pal objetivo foi a melhoria da qualidade de vida dos colaboradores Sanphar.

Festa da Árvore Sanphar. Em come-moração ao Dia da Árvore, todos os anos o Comitê promove uma confraternização com os funcionários e familiares. Na pri-meira edição, realizada em 2010, ocorreu o plantio de 300 espécies nativas em uma

Em 2O1O,a Sanphar Saúde Animal

criou um Comitê de Sustentabilidade com objetivos de promover

projetos efetivos nas áreas de responsabilidade social e

meio ambiente

Page 45: Revista feed&food

feed&food 45

9001:2008 / ISO 14001:2004 / Boas Práticas de Fabricação e principalmente para a cons-cientização de toda a equipe e comunidade de que com a união de esforços é possível a obtenção de excelentes resultados econômi-cos, sociais e de preservação do meio am-biente. Vale ressaltar que a Sanphar é uma das poucas empresas Brasileiras certificada na norma ISO 14001:2004, o que consolida o seu compromisso com a preservação do meio ambiente“.

A opinião também é compartilhada pela equipe diretiva da companhia conforme ex-plica o nosso diretor Geral, Marcelo Ziani. “O atual modelo de crescimento econômico pode comprometer a qualidade de vida das futuras gerações, sendo fundamental que as empresas encarem o conceito de desenvol-vimento sustentável com ações efetivas de responsabilidade social e ambiental. Desde a sua fundação, o Comitê de Sustentabilidade da Sanphar mostrou grandes resultados tanto na melhoria dos processos internos e nas ques-tões ambientais da empresa, como também nas ações de conscientização dos nossos funcionários e da comunidade local a respei-to da importância do tema sustentabilidade. As próximas prioridades do comitê são a realização de um estudo para a implantação do tratamento de efluentes na própria em-presa e a intensificação dos trabalhos com crianças nas escolas da comunidade. Esta-mos muito satisfeitos com os resultados do Comitê e não mediremos esforços para con-tinuar apoiando os projetos”.

Novos projetos já estão sendo colocados em pauta nas reuniões mensais do Comitê de Sustentabilidade. Aos poucos estamos trabalhando para derrubar os paradigmas existentes sobre a velha lógica da eco-nomia predatória dos recursos naturais e identificando as barreiras existentes para que a retórica da sustentabilidade dê lugar à efetiva ação.

Foto

: arq

uivo

f&f

Foto

: div

ulga

ção

área de 1.800 m² nas dependências da empre-sa, seguindo um criterioso estudo realizado por um engenheiro agrícola. Cada criança, filhos e sobrinhos de funcionários, puderam adotar uma árvore e colocar uma placa com seu nome. De lá para cá, as crianças com-parecem ao evento e já sabem que precisam buscar suas árvores e promover a adubação e irrigação. Este projeto simboliza a ideia da disseminação da importância da preserva-ção ambiental, pois na atitude das crian-ças há também a conscientização dos pais. Neste ano, o evento superou expectativas, pois teve início nas dependências da empre-sa com a irrigação e adubação do bosque Sanphar e continuou com um divertido pas-seio no Zooparque de Itatiba (SP).

Corrida de Rua Sanphar/SESI. Em 2012, o Comitê realizou uma corrida de rua para os colaboradores, cujo objetivo foi incentivar a adoção de práticas esportivas.

Campanha de Inverno. O comitê ideali-zou uma rápida campanha interna para arre-cadar leite e demais mantimentos para o Lar dos Velhinhos de Campinas. Embora em um curto espaço de tempo, em agosto, a adesão e solidariedade de todos os colaboradores Sanphar foi efetiva, o que resultou em 203 litros de leite para a instituição.

Descarte Consciente. Desde julho de 2012 o Comitê promove uma campanha para a conscientização do descarte correto de pilhas e baterias. O final desta campanha se dará na Festa de Fim de Ano Sanphar e haverá sorteios de brindes.

O membro do Comitê e gerente da Ga-rantia da Qualidade Sanphar, Danilo Scha-fhauser, tem uma visão muito clara sobre as importância dessas ações. “Os projetos tem contribuído muito para a melhoria con-tínua dos processos e do Sistema de Gestão Integrado, que é baseado nas normas ISO

Lídia Sayuri Ueharaé gerente de Marketing da Sanphar

Equipe do Comitê de Sustentabilidade da Sanphar

Marcelo Ziani diretor geral e Marcelo Blumer diretor de vendas Sanphar

Page 46: Revista feed&food

46 feed&food

especialsustentabilidadeespecialsustentabilidade

Foto

s: d

ivul

gaçã

o

reconhecidas mundialmenteCom o certificado Rainforest Alliance o Grupo Marfrig tornou-se a primeira indústria de alimentos do setor de proteína animal no mundo a rastrear o ciclo produtivo completo de produção de carne bovina

“Sustentabilidade no Grupo Marfrig (São Paulo/SP) está dimensionada em seis pilares estratégicos

que visam proteger e garantir os negócios da companhia no longo prazo: o social, a cadeia de suprimentos, o ambiental, a tecnológica, o econômico e o produto”, explica o diretor de Comunicação Institu-cional do Grupo Marfrig (São Paulo/SP), Alex Toledo. Entre os cases sustentáveis da companhia se destacam: O certificado Rainforest Alliance (Selo RAC) e o Inven-tário de Emissões Globais de Gases de Efeito Estufa (GEE) no Escopo 3.

Selo RAC. Em nota, o Grupo explica que por meio do segmento de negócio Marfrig Beef, voltado para a produção e comercia-lização de carne bovina e ovina, tornaram-se a primeira indústria de alimentos do se-tor de proteína animal no mundo a rastrear o ciclo produtivo completo de produção de carne bovina com a chancela do Ins-tituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora, Piracicaba/SP) e da

Rainforest Alliance, uma das organizações mundiais pioneiras na elaboração de pro-tocolos para proteção florestal criada há 25 anos e sediada em Nova Iorque, Esta-dos Unidos (EUA).

Em abril 2012, a Fazenda São Marcelo (Tangará da Serra/MT) tornou-se a primei-ra no mundo a conquistar a certificação de produção pecuária sustentável. A proprie-dade já é credenciada no Marfrig Club, na categoria platinum - nível máximo do pro-grama de fornecedores da Marfrig Ali-mentos. Esse passo foi considerado por especialistas do Imaflora uma quebra de paradigma, demonstrando que a pecuária em grande escala pode ser desenvolvida de acordo com bom manejo de pastagens, tratamento humanitário dos animais, pre-servação de recursos naturais, e respeito por trabalhadores e comunidades.

Em 11 de junho do mesmo ano, a Unidade de Tangará da Serra (MT) foi certificada e autorizada a produzir e co-mercializar nacional e internacionalmente produtos com o “selo verde da pecuária”. Antes de atender aos critérios estabele-

Ações sustentáveis

Alex Toledo é diretor de Comunicação Institucional do Grupo Marfrig

cidos pela Rainforest Alliance, a Marfrig já havia sido pioneira ao implementar um Sistema de Gestão Integrado (SGI) amplo que compreende certificações nas normas

Page 47: Revista feed&food

feed&food 47

ISO 14001 (Ambiental), ISO 22000 (Se-gurança dos Alimentos), OHSAS 18001 (Saúde e Segurança) e SA 8000 (Respon-sabilidade Social). No caso da Rainforest, entre os mais de 130 critérios analisados, são exigidos a rastreabilidade do animal desde o seu nascimento, procedimento realizado pela Marfrig há alguns anos, cri-térios socioambientais distintos em fazen-das de pecuária, que vão desde a redução da emissão de gases do efeito estufa, à implementação de práticas de bem-estar animal e condições sociais com os funcio-nários e suas famílias.

GEE. Sobre a redução dos Gases de Efei-to Estufa (GEE), em julho 2012, o Grupo Marfrig concluiu seu primeiro Inventário de Emissões Globais de GEE no Escopo 3, aquele que engloba as fontes de emis-sões que não estão sob o controle direto da companhia, como a produção de grãos uti-lizados nas rações, as emissões entéricas dos ruminantes e o transporte terceirizado dos produtos aos clientes. Com isso, tor-nou-se pioneiro no setor ao realizar o ma-peamento completo das emissões de GEE de todas as fases de toda a cadeia produ-tiva do Grupo ao redor do mundo. “Esta iniciativa pioneira é fundamental para que a companhia possa conhecer a pegada real de carbono dos seus produtos e estabele-cer estratégias mais amplas de reduções, visando a adequação de todas as cadeias

em uma economia de emissões controla-das”, explica o diretor de Sustentabilidade do Grupo Marfrig, Clever Ávila.

O inventário concentra dados de 315 sites da Companhia, em 22 países em cinco continentes. Foram cinco meses de trabalho de apuração, análise e consoli-dação dos dados em uma plataforma de informações especialmente criada para esta tarefa, que envolveu 90 profissionais da empresa, cinco workshops globais para discussão e treinamento das equipes, além de diversas teleconferências semanais.

O Inventário foi elaborado de acor-do com os requerimentos da norma ISO 14064-1:2007 e auditado pela Société Gé-nérale de Surveillance (SGS), líder global de serviços de inspeção, verificação, tes-te e certificação de processos. Uma das conclusões imediatas que este inventário propiciou é que aproximadamente 95% das emissões são geradas justamente no Escopo 3. “Esta constatação nos leva a direcionar os esforços agora para a cons-trução de um programa conjunto de redu-ção de GEE com os nossos fornecedores”, revela Ávila.

Desde 2010, o Grupo Marfrig realiza inventários de GEE nos escopos 1 (Emis-sões diretas, dos processos próprios) e 2 (Emissões indiretas de energia adquirida) e estabeleceu um plano de redução de 30% da intensidade de emissões nestes

escopos até 2020. A companhia já con-quistou aproximadamente 50% deste ob-jetivo por meio de melhorias nos sistemas de tratamento de efluentes e substituição de combustíveis fósseis por renováveis.

Neste ano, o Inventário Global de Emissões de GEE do Grupo Marfrig re-cebeu a qualificação Ouro pelo Programa Brasileiro GHG Protocol. Entregue às em-presas que cumprirem todos os requisitos para enquadramento na categoria prata e forem verificados por uma terceira parte independente.

Clever Ávila é diretor de Sustentabilidade do Grupo Marfrig

Os seis pilares sustentáveis do Grupo

Marfrig: o social, a cadeia de suprimentos, o ambiental, a tecnologia,

o econômico eo produto

Neste ano, o Inventário Global de Emissões de GEE do Grupo Marfrig recebeu a qualificação Ouro pelo Programa Brasileiro GHG Protocol

Foto

: ban

co d

e im

agem

f&f

Page 48: Revista feed&food

48 feed&food

projeto inovar

A proposta para um diagnóstico na cadeia de produção de proteína animal no Brasil

projeto inovar

A importância da inovação e o seu papel no crescimento das empresas

A percepção de que a inovação é o motor da economia não é nova. Em 1912, o economista austríaco Joseph Schumpeter explicou a ino-vação como um impulso interno à

economia capitalista, transformador da vida humana e gerador do desenvolvi-mento. As inovações estão presentes nas diversas etapas das cadeias produtivas, contribuindo para criar nichos de merca-do, gerar valor novo (dinheiro novo) para a empresa e riqueza para o País.

Mas qual é o papel da inovação no crescimento da empresa? Ora, a inovação em produtos, tecnologias, modelos de negócios e serviços traz vantagens com-petitivas sustentáveis de custo e diferen-ciação, gerando dinheiro novo ou lucros acima do normal.

A ideia de “destruição criativa” de Schumpeter trata a inovação como um processo turbulento que promove rup-turas, destruindo e criando novos seto-res na economia. Ou seja, o impacto da

inovação bem sucedida no mercado pode tornar a concorrência totalmente irrele-vante da noite para o dia.

Mas qual é o posicionamento da em-presa diante dessas rupturas provocadas pela inovação? A empresa deve agir ape-nas para se adaptar às condições do mer-cado? Nem sempre!

A empresa não só atua de acordo com o mercado em que está inserida, mas es-tabelece estratégias competitivas capa-zes de influenciar regulações, leis e polí-ticas públicas.

Em curto prazo, nem sempre a em-presa recorre à inovação, preferindo usar salvaguardas e práticas concor-renciais ofensivas de curto prazo, como a guerra de preços, a fim de manter a posição de liderança.

Mas pensando em longo prazo, só a inovação traz crescimento sustentável. E como uma empresa pode crescer através da inovação?

A receita da empresa inovadora envol-ve quatro ingredientes principais: a com-binação inteligente de ativos tangíveis e intangíveis; o uso eficaz das competências tecnológicas e organizacionais por meio do aprendizado; a escolha correta da es-tratégia de inovação; a construção e ges-tão coordenada de redes de inovação.

Em primeiro, a empresa inovadora usa e combina seus ativos tangíveis (má-quinas, sistemas e equipamentos) e in-tangíveis (marcas, patentes, tecnologia, conhecimento e funcionários) de forma eficaz para lograr maior competitividade. Por exemplo, ela deve proteger melhorias de qualidade, resultantes da criação dos

Andrea de Deus, Marcelo Alexandre C. da Silvae Mariana Savedra Pfitzner

A ideiade “destruição

criativa” de Schumpeter trata a inovação como

um processo turbulento que

promoverupturas, destruindo e

criando novos setores na economia

48 feed&food

Page 49: Revista feed&food

feed&food 49

funcionários, através de mecanismos de propriedade intelectual, como registros de marcas, patentes, desenhos industriais ou software. Com isto, pode ainda ganhar di-nheiro por meio da transferência de know-how para fornecedores ou distribuidores.

O segundo componente da empresa inovadora representa o uso de todas as competências organizacionais e tecnoló-gicas que possui no desenvolvimento de novidades que tragam vantagens de cus-to ou diferenciação em relação à concor-rência. As competências organizacionais se desdobram nas escolhas sobre o que produzir e que preço cobrar (competên-cia alocativa), com quem produzir (com-petência transacional) e que práticas usar para melhorar a eficiência operacional (competência administrativa). As com-petências tecnológicas são as habilidades necessárias no desenho de produtos, ser-viços, tecnologias e processos.

Para conectar as competências organi-zacionais às tecnológicas é fundamental o aprendizado organizacional contínuo, pois é ele que mantém a empresa competitiva e inovadora. Ao mesmo tempo em que beneficia algumas empresas, o aprendi-zado exclui as menos aptas do mercado. O aprendizado só é viabilizado quando os colaboradores são treinados para adquiri-rem competências que ainda não têm e, ao mesmo tempo, estimulados a trocarem co-nhecimento no ambiente de trabalho.

Em terceiro, quando uma empresa é inovadora, ela tem tempo de planejar e executar sua estratégia de inovação. As estratégias de inovação podem ser ofen-sivas, defensivas, imitativas, dependentes e de nicho. A ofensiva é desenhada para a empresa atingir pioneirismo tecnológi-co e de mercado – implica estar à frente dos competidores na introdução de novos produtos, serviços e processos. A defen-siva significa que ela “espera para ver” as ações do pioneiro no mercado, com o objetivo de fazer melhor em um segundo momento. Na imitativa, a empresa con-tenta-se em estar defasada em relação às empresas que perseguem as estratégias ofensiva e defensiva. Ela sempre fará uso dos produtos, serviços, processos ou tec-nologias já existentes através da transfe-rência de tecnologia vinda de terceiros. Uma estratégia dependente se aplica às empresas pequenas que estão subordi-nadas aos grandes clientes, inovando a partir da demanda destes. A estratégia de nicho ocorre quando a empresa identifica

Andrea de Deus e Marcelo Alexandre C. da Silva

são especialistas em inovaçãoda Sirius Innovation.

Mariana Savedra Pfitzneré pesquisadora da Unicamp

distribuidores e parceiros de P&D (uni-versidades e centros de pesquisa).

Enfim, a empresa que inova consegue crescer, gerar dinheiro novo e manter sua liderança no mercado de maneira susten-tável, sem precisar lançar mão de estraté-gias “desesperadas” de curto prazo.

Qual é a importância da inovação no crescimento da sua empresa hoje? A feed&food convida você leitor a refletir sobre tal questão e inaugura com este ar-tigo uma série de análises sobre a inova-ção e seus impactos nas organizações de diversos setores.

uma oportunidade de mercado ainda não aproveitada pelos grandes competidores. A escolha correta da estratégia de inova-ção a ser implementada está associada ao perfil e à visão institucional da empresa. Por exemplo, as pequenas que querem ser líderes devem perseguir estratégias de ni-cho e desenvolver as novidades através do investimento em Pesquisa e Desen-volvimento (P&D). Grandes empresas, para manterem a liderança no mercado, precisam adotar estratégias de inovação ofensivas ou defensivas.

O quarto e último componente essen-cial da empresa inovadora é a construção e a gestão coordenada das redes ou do capital relacional. Formar redes ou capi-tal relacional significa encontrar parceiros de desenvolvimento e co-criação dispos-tos a compartilhar riscos e ganhos com os resultados da inovação. Essas redes são constituídas por fornecedores, clientes,