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28/05/12 REVISTA EQUIPE DE OBRA 1/6 www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/imprime139193.asp Reparos de estruturas de concreto Veja como realizar o corte da área com "bicheira", a recuperação da armadura, a limpeza e o preenchimento do local com argamassa ou graute especial Reportagem: Thays Tateoka Corrosões e bicheiras em estruturas de concreto são comuns devido a falhas de concretagem, quando a mistura não ficou homogênea, o adensamento deixou arestas ou, ao ser especificado, o traço do concreto não foi respeitado. Com o tempo, surgem fissuras, trincas e lascamentos na estrutura. A armadura, se exposta ao ambiente, poderá apresentar corrosão por causa de agentes presentes no ar. O procedimento de pequenos reparos superficiais, em concreto, de certa forma é simples, mas requer que se delimite uma área de corte, seja feita a limpeza das armaduras e seja aplicada uma argamassa polimérica ou graute compatível com a estrutura. O graute é utilizado, geralmente, para preenchimento de reparos mais profundos e pode ser aplicado em camadas com até 5 cm de espessura, sem adição de brita ou pedrisco. O produto sofre um processo microexpansivo após a aplicação, a fim de se travar nas paredes da área reparada. Já a argamassa polimérica é recomendada para preencher reparos com até 2 cm de espessura, para garantir sua sustentação e aderência à área reparada, antes da pega do material. É necessário também que a área de reparo tenha profundidade uniforme e paredes em ângulos retos (90°), para melhor ancoragem do material e evitar fissuração do graute ou da argamassa. Antes de comprar o graute ou argamassa é necessário, se possível, conhecer todas as características do reparo, tais como: os agentes causadores de corrosão presentes naquele ambiente, a resistência de compressão necessária ao material, o grau de impermeabilidade, o tempo de cura e se o produto será fluido ou moldável. Veremos a seguir todos os cuidados que garantem um bom resultado em pequenos reparos estruturais e a variedade de produtos existentes no mercado.

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28/05/12 REVISTA EQUIPE DE OBRA

1/6www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/imprime139193.asp

Reparos de estruturas de concreto

Veja como realizar o corte da área com "bicheira", a recuperação da armadura,

a limpeza e o preenchimento do local com argamassa ou graute especial

Reportagem: Thays Tateoka

Corrosões e bicheiras em estruturas

de concreto são comuns devido a

falhas de concretagem, quando a

mistura não ficou homogênea, o

adensamento deixou arestas ou, ao

ser especificado, o traço do

concreto não foi respeitado. Com o

tempo, surgem fissuras, trincas e

lascamentos na estrutura.

A armadura, se exposta ao

ambiente, poderá apresentar corrosão por causa de agentes presentes no ar. O

procedimento de pequenos reparos superficiais, em concreto, de certa forma é

simples, mas requer que se delimite uma área de corte, seja feita a limpeza das

armaduras e seja aplicada uma argamassa polimérica ou graute compatível com a

estrutura.

O graute é utilizado, geralmente, para preenchimento de reparos mais profundos e

pode ser aplicado em camadas com até 5 cm de espessura, sem adição de brita ou

pedrisco. O produto sofre um processo microexpansivo após a aplicação, a fim de se

travar nas paredes da área reparada. Já a argamassa polimérica é recomendada para

preencher reparos com até 2 cm de espessura, para garantir sua sustentação e

aderência à área reparada, antes da pega do material. É necessário também que a

área de reparo tenha profundidade uniforme e paredes em ângulos retos (90°), para

melhor ancoragem do material e evitar fissuração do graute ou da argamassa.

Antes de comprar o graute ou argamassa é necessário, se possível, conhecer todas

as características do reparo, tais como: os agentes causadores de corrosão

presentes naquele ambiente, a resistência de compressão necessária ao material, o

grau de impermeabilidade, o tempo de cura e se o produto será fluido ou moldável.

Veremos a seguir todos os cuidados que garantem um bom resultado em pequenos

reparos estruturais e a variedade de produtos existentes no mercado.

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Graute ou argamassa?

Você poderá optar por qualquer um dos dois em pequenos reparos, ficando atento

principalmente à profundidade do local. É possível encontrar no mercado produtos

para diferentes situações, e não existe um padrão comparativo devido à falta de

classificação e norma regulamentadora. É comum encontrar denominações como:

uso geral, de reparo, altas temperaturas, para autonivelamento etc.

De maneira geral, os reparos podem ser classificados em "estruturais" e "não

estruturais". Os chamados grautes e as argamassas poliméricas oferecem a

estabilidade e a capacidade de proteção das armaduras suficientes para reparos não

estruturais.

Poderá ainda escolher se o produto é fluido - para preenchimento horizontal ou em

locais com grande quantidade de obstáculos que dificultem o adensamento - ou

moldável - que permitem adensamento perfeito ou aplicação em superfícies verticais -

, dependendo da dificuldade de acesso ao local a ser aplicado. O importante, no

reparo, é preencher totalmente a área.

O acabamento com verniz ou hidrofugante é facultativo, pois a maioria dos produtos

em oferta no mercado já levam em sua composição componente impermeabilizante.

Mas caso opte por um produto sem hidrofugante, a impermeabilização pode ser feita

depois que a superfície estiver curada.

Passo 1

Marcação da área

Delimite a área com um ângulo reto, de preferência

retangular, com uma folga de 10 cm a 15 cm da área com

bicheira ou com armadura exposta.

Passo 2

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Corte

Corte a região demarcada com disco de corte apropriado,

tomando o cuidado de efetuar o cruzamento dos cortes nos

cantos do reparo a fim de assegurar a profundidade. Isso

garante maior facilidade para a limpeza do local. Durante o

corte, tome cuidado para não romper a armadura, se houver.

Passo 3

Remoção do concreto deteriorado

Com ponteiro e marreta ou rompedor elétrico,

apicoar e eliminar todas as áreas deterioradas,

criando uma superfície regular e limpa.

Dica

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Para reparos com armadura, remova todo o concreto

em volta da armadura corroída deixando, em seu

contorno, um vão suficiente que passe a sua mão.

Para continuar o reparo, a deterioração da armadura

deverá estar apenas superficial, pois se a perda for

muito grande será necessário consultar um

especialista para realizar a substituição.

Passo 4

Limpeza da área de trabalho

A superfície do concreto deve estar isenta

de partículas soltas e da presença de graxa

e óleos. A área deve estar rugosa para

obter boa aderência.

Atenção

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Limpe a armadura com lixa ou escova de aço para

eliminar a ferrugem. Depois, com um pincel aplique

uma camada de um produto inibidor de corrosão

(primer epóxi, rico em zinco) evitando manchar o

concreto. Importante: antes do próximo passo é

necessário obedecer o tempo de cura do produto

especificado pelo fabricante.

Passo 5

Preparação da mistura e da área

Umedeça a área com a broxa e em

seguida prepare a argamassa ou

graute de acordo com a

recomendação do fabricante.

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Passo 6

Recomposição do concreto

Imediatamente após a preparação da mistura, aplique a argamassa na área do

reparo moldando com a colher de pedreiro. Aplique por camadas: com a

argamassa, a espessura é de 2 cm, e no caso do graute é possível criar

camadas de até 5 cm. O tempo de cura varia de acordo com o produto -

argamassa ou graute - de cada fabricante. Em média, cada camada de

argamassa demora seis h

Fonte: TCPO (Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos) Orçamento não inclui BDI (Benefícios

e Despesas Indiretas) Consideradas Leis Sociais:127,95% (AM; BA; CE; DF; MG; PA; PE; PR; RS; SC) e

129,34% (RJ e SP)

Apoio técnico: Sika