revista em cena 13

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Ano XII - Número 13 Janeiro/Fevereiro 2009 CENA EM RELACIONAMENTO VIRTUAL A internet afasta ou aproxima as pessoas? Veja a opinião de internautas e profissionais sobre esta tendência que veio para ficar Saiba como enfrentar a Crise Econômica Rolfing e Pilates - opções saudáveis para manutenção da boa postura Caderno Vip - Oficinas de arte integram as comemorações dos 70 anos do Sinsaúde Campinas e Região

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Revista em Cena 13

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Ano XII - Número 13Janeiro/Fevereiro 2009

CENAEM

RELACIONAMENTO VIRTUALA internet afasta ou aproxima as pessoas? Veja a opinião de internautas

e profissionais sobre esta tendência que veio para ficar

Saiba como enfrentar a Crise Econômica

Rolfing e Pilates - opções saudáveispara manutenção da boa postura

Caderno Vip - Oficinas de arte integram as comemorações dos70 anos do Sinsaúde Campinas e Região

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janeiro/fevereiro 2009 - EM CENA - 3

índi

ce

EDITORIAL

CARTA DO LEITOR

2008/2009Mensagem

ESPECIALInternet

ECONOMIACrise Econômica

BEM-ESTAR SOCIALDoação de Órgãos

CADERNO VIPOfisaecTrabalhadores

SAÚDE/BEM-ESTARLicença-maternidade

SAÚDEReeducação Postural

NUTRIÇÃOChocolate

MODAHavaianas

BELEZATransformação

ATUALIDADELíngua Portuguesa

NA INTIMIDADE

DICA CULTURALQuadrinhos e Cinema

FATOS E FOTOSAmparo

Janeiro/Fevereiro 2009

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Novas regras ortográficasO Sinsaúde Campinas e Região adotou, em suas publicações, as novas regras ortográfi-cas estabelecidas pelo Decreto 6.583/08.

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Na edição anterior da revista Em Cena falei, neste espaço, um pou-co sobre a construção política desta entidade, o Sinsaúde Campinas e Re-gião, que vive a plenitu-

de dos seus 70 anos. Uma entidade longeva, se vista pelos anos acumulados e pela rica história que acumulou; e jovem, se obser-vado o dinamismo emprestado aos diversos projetos que assume visando à evolução dos profissionais da saúde.

Para levar a bom termo suas propostas, o Sinsaúde sempre contou, ao longo dos anos, com uma estrutura de pessoal equivalente a uma média empresa brasileira: mais de 100 funcionários, além dos prestadores de serviço.

O maior crescimento da entidade foi verificado a partir de 1984, quando teve início a terceira fase na história da entidade. Foi quando, definitivamente, encerrou-se para a categoria da saúde uma era com forte presença do Estado. Representado pela ditadura militar, que dominou o País entre 1964 e 1985, o Estado exerceu forte pressão sobre as entidades sindicais brasileiras, que começaram a se debelar no fins dos anos 70, buscando uma atuação mais autêntica e sintonizada com os interesses dos seus representados.

A área da saúde demorou um pouco mais a enfrentar o domínio governamental, o que se explica pela dura legislação da época, que proibia qualquer manifestação ou greve em setores essenciais, onde a saúde estava incluída. Lutar contra as autoridades e leis vigentes exigiu da diretoria do Sinsaúde mais do que coragem. Capacidade de mo-

bilização de mais de 30 mil trabalhadores e definição clara dos objetivos de luta, aliadas a uma boa estratégia, foram os ingredientes que possibilitaram mudanças profundas na história do Sinsaúde e, consequentemente, da sua categoria.

Mas nada disso teria sido possível se a entidade não tivesse contado com um im-portante apoio: a dos funcionários do pró-prio Sindicato. Deles vieram ideias novas, propostas arrojadas e um espírito guerreiro com o qual eram impulsionados às batalhas como se diretores sindicais fossem. Isso sem esquecer de assinalar que todos sempre se mantiveram e se mantêm nos dias atuais, ciosos de seus deveres diários.

E é por tudo isso que o Sinsaúde, de uma entidade que se comunicava com os trabalhadores por meio de um boletim no tamanho desta página, deu os saltos de qualidade necessários para estar sintonizado com o que há de mais moderno na área de comunicação.

Atualmente, para se comunicar com os estabelecimentos de saúde, com a sociedade e com a categoria que representa, a entidade conta com esta revista (Em Cena), o jornal Esparadrapo, o boletim Unidade & Ação, um portal na internet (www.sinsaude.org.br) e diversas publicações avulsas, como vídeos, campanhas multimídias, entre outras que garantem atualização diária das notícias de interesse do setor.

A comparação dá a dimensão exata do quanto a sintonia entre lideranças, estru-tura sindical e trabalhadores é importante para se construir uma história digna de ser contada.

edito

rial

4 - EM CENA - janeiro/fevereiro 2009

Boa Leitura!Edison Laércio de Oliveira

Histórias dignas de serem contadas

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EXPEDIENTE

Esta é uma publicação do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Campinas (Sinsaúde)site: www.sinsaude.org.br e-mail: [email protected]: 20 mil exemplaresPresidente: Edison Laércio de OliveiraDiretora de Comunicação: Sofia Rodrigues do Nascimento

Redação e Criação: DOMMA Comunicação Integradasite: www.domma.com.br e-mail: [email protected] responsável: Sirlene Nogueira - Mtb 15.114Redação: Sirlene Nogueira/Vera Bison - Mtb 12.391Colaboração: Marcus Sousa Projeto Gráfico: Javé Editoração: Felipe TeixeiraFotografia: Ari FerreiraCapa: Jones Stecca e Felipe Teixeira

janeiro/fevereiro 2009 - EM CENA - 5

““Gostaríamos de parabenizar pela

revista e o excelente conteúdo

nela exposto e parabenizar

também o Sinsaúde pelos

70 anos de luta e evolução

da categoria. Aproveito a

oportunidade para formular votos

de êxito na revista Em Cena e sua

valorosa missão.”

Antonio de Sousa Ramalho,

presidente do Sintracon-SP,

vice-presidente da Executiva

Nacional da Força Sindical e

vice-presidente da Feticom-SP

“Em consultório médico, a gente acaba lendo revistas que nunca compraria, mas uma me chamou a atenção pela capa e título: ‘Em Cena - 70 anos de luta e evolução’. Comecei a folheá-la e como não a conhecia fui observar o expediente da revista. Em suma, fiquei surpresa com as matérias, acabei devorando a revista e levando-a para casa. Gostaria de parabenizar toda a equipe que desenvolve esta revista. As matérias são claras, os textos são de fácil leitura e atendem a todos, desde os mais cultos aos mais simples. Enfim, é uma revista de beleza ilustrativa e informativa e muito gostosa de ler. Parabéns e continue evoluindo!”

Marisa Begossi – Campinas

“Ao comemorar os 70 anos de existência do Sinsaúde me trazem a expectativa de que ele continuará no ‘rumo certo’ e gostaria de apresentar votos de permanente progresso, sucesso e felicidade a todos que participam da história pela luta dos direitos e das condições efetivas de trabalho, cujo espírito combativo, que tem permeado as suas ações através dos tempos, contribui de forma expressiva para a defesa e solução dos problemas da categoria que representa...” Enio Gomes da Silva -

Florianópolis (SC)

“Conheci a revista Em Cena por meio

de uma amiga que trabalha na área da

saúde. Toda edição nova, ela traz para

mim e percebo que a cada edição, a

revista está melhor. As matérias são

de interesse geral, atendem a todas

as áreas. Gostei muito da matéria

‘Equoterapia’ e fiquei surpresa em

saber que aqui em Campinas tem

uma ONG que trabalha com crianças

portadoras de necessidades especiais.

Parabéns à equipe por este belíssimo

trabalho!”

Maria Aparecida Zoré - Araras

“Bela revista! Assuntos realmente

interessantes. Gostei muito de ver

minha cidade estampada na revista

Em Cena, mostrando que cidades

interioranas também têm seus

encantos. Realmente, Indaiatuba não é

uma cidade que chama atenção, mas,

como a própria matéria diz, é a melhor

cidade para se viver e trabalhar. Mas

não é só isso que ela oferece. Muitas

pessoas que vêm a Indaiatuba só para

trabalhar acabam vindo em finais de

semana com a família para apreciar a

natureza.”

Sérgio Castilho - Indaiatuba

Sua opinião ou sugestão é importante!Correspondências para esta seção:Por e-mail: [email protected] ou [email protected] carta: Avenida João Jorge, 170, Vila Industrial - CEP 13035-680 – Campinas/SP

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2008

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6 - EM CENA - janeiro/fevereiro 2009

Em 2008, o mundo pôde contemplar a 29ª edição das Olimpíadas, ocorrida em Pequim, na China. Durante 18 dias,

atletas de 204 países se duelaram em 28 modalidades esportivas em um evento que ficou marcado pela quebra de recordes

e superação de limites. O Brasil igualou seu desempenho aos Jogos Olímpicos de Atlanta (1996), conquistando a 23ª colocação

no quadro geral de medalhas, mas não superou seu melhor desempenho em competições olímpicas (Atenas, 2004, 16º lugar). Em Pequim, pudemos acompanhar a vitória de atletas, como Maureen Maggi, no salto em distância, e também de César Cielo, na natação, mas também vimos a derrota da seleção masculina de vôlei, da equipe de ginástica artística e do time de futebol feminino. Independente dos resultados, nossos atletas deram uma bela demonstração de determinação e empenho para fazer o melhor. E é com este exemplo, captado pelas lentes do fotógrafo Ari Ferreira,

que a diretoria do Sinsaúde se despede do ano que passou e deseja aos seus leitores e ao povo brasileiro um 2009 de boas lutas e muitas vitórias.

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janeiro/fevereiro 2009 - EM CENA - 7

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espe

cial

- in

tern

et Internet para todos

A internet está tão presente no cotidiano das pessoas que é comum, por exemplo, ter aulas, fazer cursos, marcar encontros e até comer-cializar produtos. Além disso, novos serviços

on-line permitem que novas funções sejam agregadas à vida do ser humano e, num piscar de olhos, se incorpo-ra e passa a ser parte fundamental de sua rotina.

Olá meu amigo!Orkut, Myspace e Facebook. Estes são os três principais

sites de relacionamento que dominam a internet atual-mente. Criados inicialmente para ajudar os usuários a encontrar novos amigos e manter as amizades já existen-tes, hoje estes sites também oferecem a possibilidade de encontrar empregos e realizar transações comerciais.

A rede social disponível nesses sites é responsável pelo compartilhamento de ideias entre pessoas que possuem interesses e objetivo em comum e também valores a serem compartilhados. Assim, grupos de discussão, cria-dos nesses sites, são compostos por indivíduos que pos-suem identidades semelhantes. Estas redes sociais estão hoje instaladas, principalmente, na internet, devido ao fato desta possibilitar uma aceleração ampla das ideias a serem divulgadas e da absorção de novos elementos em busca de algo em comum.

O Orkut, por exemplo, tinha como alvo inicial os Estados Unidos, mas a maioria dos usuários atualmente é do Brasil e da Índia. No Brasil, é a rede social com maior número de pessoas, mais de 23 milhões de usuários, sendo o site mais visitado. Na Índia é o segundo.

Já, o Myspace, criado em 2003, é a maior rede social dos Estados Unidos e do mundo, com mais de 110 milhões de usuários, de acordo com a pesquisa realizada pelo jornal ‘O Estado de S.Paulo’. O site ainda inclui um sistema interno de e-mail, fóruns e grupos e, por ser muito ativo, novos membros entram no serviço diariamente e novos recursos são adicionados com frequência. A crescente popularidade do site e sua habilidade de hospedar arquivos no formato MP3 (músicas) fizeram com que muitas bandas e músicos se registrassem, algumas vezes fazendo de suas páginas de perfil seu site oficial.

Por fim, o Face-book, um

Rafael acorda todos os dias às 8 horas da manhã. Põe a cafeteira para preparar o café e vai para o chuveiro, pois logo às 9 horas tem de estar no trabalho. Lá, faz contatos por e-mail, telefone, Skype, MSN e Orkut. Ao sair para o almoço, verifica o cardápio do restaurante no website do

estabelecimento e, por fim, manda uma mensagem no Orkut para sua namorada, combinando um jantar logo à noite, e também para seu professor de inglês, desmarcando a aula on-line, em

virtude do jantar. Assim é o dia-a-dia de um cidadão comum nos tempos atuais

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website de relaciona-mento social lançado em

2004, inicialmente com adesão restrita aos estudan-

tes da Universidade de Harvard. Eventualmente, pessoas com endereços

de e-mail de universidades (por exemplo, .edu, .ac.uk) ao redor do mundo eram elei-

tas para ingressar na rede. Em fevereiro de 2006, o Facebook passou a aceitar também

estudantes secundaristas e algumas empresas. Desde setembro de 2006, apenas usuários

com mais de 13 anos podem ingressar. Os usu-ários podem se juntar em uma ou mais redes,

como um colégio, um local de trabalho ou uma região geográfica. Hoje possui mais de 60 milhões

de usuários ativos, sendo ainda o maior site de foto-grafias dos Estados Unidos, com mais de 60 milhões

de novas fotos publicadas por semana, de acordo com a administração do próprio site.Dos comunicadores instantâneos, os mais populares

são o MSN Messenger e o Skype. Ambos permitem que um usuário da internet se relacione em tempo real com outro que tenha o mesmo programa, podendo ter uma lista de amigos “virtuais” e acompanhar quando eles entram e saem da rede. No caso do Skype é possível realizar chamadas te-lefônicas pela internet, com o chamado serviço de Voip (telefonia pela internet).

“Estamos estabelecendo relações de uma nova nature-za, nas quais um abraço, por exemplo, pode ser sinalizado, mas não acontece de verda-de. E as possibilidades de simulação se multiplicam. É mais difícil ‘fingir’ comoção ou conter uma expressão de raiva, na relação face a face. Via internet, isso muda de figura. Podemos morrer de rir, ao enviar”, diz Márcia Fantinatti, socióloga e professora da PUC-Campinas.

Amor nos tempos de internetMuitas pessoas têm uma história de amor pela internet

para contar. Mas não conta; tem vergonha. É coisa de nerd: ficar de pijamão, madrugada afora, com a pupila dilatada,

em frente ao computador, teclando e se deixando teclar, por pessoas de origem desconhecida, de procedência ab-solutamente aleatória, de caráter imprevisível, de histórico pouco confiável. Enfim, é uma loucura. Mas os riscos são mínimos e, por isso, não há quem não tenha tentado.

Thiago Rovêdo é um deles. Seu caso de amor não foi bem-sucedido, mas valeu a experiência. “Conheci-a pelo Orkut. Depois de algum tempo, trocamos os contatos no MSN e começamos a conversar. Após três meses, decidi que tinha chegado a hora de conhecê-la. Viajei até a cidade dela (Marechal Cândido Rondon/PR) e fiquei lá por quatro dias. O namoro durou cinco meses e terminou por causa da distância”, diz.

É perfeitamente razoável que cidadãos esmagados pela rotina, pelas pressões, pelas obrigações, pelo cansaço procu-rem se evadir de alguma forma. O sexo é apenas mais uma entre as tantas possibilidades. Cada um procura o nicho que mais lhe convém e descarrega nele suas frustrações e suas fantasias diárias. As mulheres (comprovado, inclusive em estudos acadêmicos) escolhem as telenovelas, com suas relações subliminares e seu romantismo de reality show. Os homens, em geral, descarregam no esporte. Daí para a internet é só um passo.

De acordo com a autora Alice Sampaio, no livro ‘Amor na Internet - Quando o virtual cai na real’, há também

os adolescentes da geração atual, que praticamente nas-ceram conectados e plugados. Para eles, a internet é uma ferramenta para exorcizar a timidez e a insegurança típicas da idade. Entre-gam-se a ela num misto de excitação e curiosidade, não descarregando ali suas perturbações e seus fracassos (como os adultos), mas

apenas desenvolvendo a autoestima e a autoafirmação, de um jeito novo e inusitado. Claro, há os problemas evi-dentes do excesso de uso e da fuga que a internet pode se transformar, quando o jovenzinho ou a jovenzinha prefere refugiar-se nela a enfrentar a dura realidade. Mas não é regra, nem patologia catalogada.

O fato é que, independentemente do balanço negativo,

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O internauta Thiago Rovêdo acredita que

relacionamentos pela internet podem dar certo

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espe

cal -

inte

rnet

as pessoas vão continuar se lançando em blind dates com o primeiro desconhecido simpático que for hábil no uso do vernáculo. Vão continuar se entregando sofregamen-te nos primeiros encontros. E vão continuar errando, arrependendo-se e, quem sabe, com sorte, acertando, porque é inevitável a lógica do sexo e do amor. “Se, de repente, contamos com uma ‘porta’, que se abre da nossa casa (ou da nossa estação de trabalho), na qual podemos anonima-mente penetrar (sem riscos), encontrando um monte de gente interessante (ou nem tanto), por que vamos nos negar essa possibilidade? Apesar do meu caso não ter dado certo, acredito que relacionamentos iniciados na internet podem, sim, dar certo. Claro que as pessoas terão que abrir mão de algumas coisas e uma hora ou outra elas terão que se encontrar e, caso consigam passar por alguns obstáculos, pode dar certo”, diz Thiago.

O conhecimento em um cliqueA educação à distância hoje é vista como uma

modalidade educativa organizada e sistematizada em que o participante, mesmo não estando fisicamente presente em um ambiente formal de ensino-aprendi-zagem, tem oportunidade de construir conhecimento, por meio da reflexão e da vivência, de situações de experiência.

Pela internet, o orientador da apren-dizagem ou o tutor atua como mediador, isto é, aquele que estabelece uma rede de comunicação e aprendizagem multidire-cional, de diferentes meios e recursos da tecnologia da comunicação para vencer a distância física. Porém, sendo uma modalidade educativa, não pode se des-vincular do sistema educacional e deixar de cumprir funções pedagógicas no que se refere à construção da ambiência de aprendizagem e à utilização das tecnolo-gias da informação.

A internet está transformando o mundo em uma arena educacional sem fronteiras, beneficiando a população, as corporações e os empreendedores educacionais. Uma das mais experientes instituições no campo do ensino à distância, a Open University, da Inglaterra, já teve 2 milhões de pessoas que lá estuda-ram nos últimos 25 anos. Em 1997, 20 mil estudantes

(20% dos matriculados) estudavam conectados à internet, a partir de suas residências.

No Brasil já existem várias iniciativas de ensino à distância, alguns utilizando videoconferência e outros com projetos via Web. Muitas instituições brasileiras estão fazendo parcerias com universidades do Exterior

para trazer a tecnologia de ensino à distância.

Henrique Fornari é diretor de uma escola de inglês que promove o ensino pela internet. “Na velocidade do mundo globalizado, tempo é algo precioso. Com o advento da inter-net, a distância deixa de ser um fator limitante para a realização de muitas atividades e com o ensino à distância não é diferente. Com um serviço de Voip é possível falar sem custo adicio-nal algum. Com estas ferramentas, o ensino à distância deixou de ser ape-

nas por correspondência, ou por avaliações periódicas, passando a ser quase tão dinâmico como uma aula presencial”, diz.

Mesmo fazendo parcerias com instituições do Exterior, as nacionais já iniciaram projetos de ensino via Web, complementando as aulas tradicionais para que os docentes absorvam a tecnologia e a metodo-logia. “Afinal, estamos apenas discutindo métodos de

ministrar o ensino que aumentam a eficiência e diminuem os custos. Não esqueçamos que a questão fundamen-tal é o domínio do conteúdo a ser ensinado. O professor sempre terá o papel fundamental no processo de en-sino. Talvez os recursos oferecidos pela internet não sejam suficientes para substituir a presença de um profissio-nal. Porém, com estas ferramentas, o estudante dispõe de um universo amplamente vasto com inúmeros re-cursos a serem explorados a seu favor”, esclarece Henrique.

O fim da privacidadeDiscutir privacidade na internet é algo muito

complexo. A internet é um território livre, onde qualquer pessoa pode ter acesso e discutir informa-ções de qualquer tema. Os sites de relacionamento disponibilizam informações pessoais de seus usuários

Márcia FantinattiSociologa

Henrique FornariProfessor

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e empresas vendem e compram produtos on-line, explo-rado, ao máximo, as características de seus clientes para melhor conhecê-los. Várias páginas da internet costumam implantar no computador de quem as visita pequenos programas (os chamados cookies) que registram alguns dados sobre o usuário, como o tipo de navegador utilizado ou as páginas que ele visitou. Os cookies são importan-tes para salvar as preferências do usuário e montar uma lista de compras para ele, por exemplo. Mas eles podem também enviar para as empresas informações sobre tudo o que as pessoas fazem na rede.

Márcia Fantinatti afirma que a privacidade acabou. “É muito difícil conseguir manter infor-mações pessoais em sigilo. O paradoxal é que quando George Orwell lançou o livro ‘1984’, projetava um mundo fictício em que um ‘grande irmão’ veria tudo e a todos. As metáforas do livro provocavam uma reflexão sobre o fim da privacidade - um mal - e, ainda, associavam esse excessivo poder de invadir a intimidade como uma forma de controle autoritário, típico de países ditos socialistas. O que vemos, na atualidade, é que sob o próprio capitalismo - que sempre alardeou a liberalidade individual como um bem inalienável - opera uma invasão massiva da intimidade dos cidadãos. A perda da privacidade - consentida ou arran-cada, como no caso do ‘sorria, você está sendo filmado’ e outros - foi banalizada”, diz.

O principal risco que a internet apresenta para a priva-cidade está na facilidade de reunir dados de diversos tipos em um só lugar. No Brasil, cruzar dados de uma mesma pessoa já é possível desde 2002. Foi quando começou a ser implantada uma medida que reúne todos os documentos em um só número de identidade. Além de simplificar a vida do cidadão - que não precisará tirar uma carteira atrás da outra -, a medida facilita a identificação de sonegado-res. Por outro lado, o cadastro de diversos departamentos estarão unidos e poderão ser facilmente comparados, tanto pelo governo quanto pelas empresas.

O futuro da internetApesar de ser impossível prever o futuro da tecnolo-

gia, com relação à internet, alguns fatores já podem ser percebidos. Um deles é o conceito de cloud computing. Empresas, como Google, Yahoo, Microsoft, Amazon e IBM, oferecem serviços, armazenamento e processamento de dados. Na ponta do iceberg têm os serviços de discos virtuais, onde é possível armazenar arquivos em pastas nos servidores das empresas. Flickr, Youtube, Gmail, Google Docs, Slideshare são alguns exemplos de empresas que disponibilizam este serviço.

Mas ainda há confusão sobre o conceito e os impactos dessa tecnologia. Para usuários comuns, o maior impacto é a grande disponibilidade de serviços e armazenamento disponível a qualquer hora e em qualquer lugar, podendo acessar fotos, vídeos, arquivos, apresentações e até mesmo softwares, como é o caso do Google Docs. Não é preciso se preocupar com licenças, se existe espaço disponível no PC, se ele terá problemas ou se os arquivos serão perdidos. Para as empresas é um ganho imenso, não é necessário custo com servidores, manutenção e até energia, pois os servidores e serviços estarão sendo oferecidos por terceiros.

Para quem oferece os serviços também é proveitoso, pois a manutenção e instalação de software será apenas nos seus servidores, não sendo necessário ir até o cliente para fazer a manutenção ou atualizá-lo, reduzindo a equipe de manutenção e o estresse com os clientes.Fontes: Thiago Rovêdo - [email protected] Fornari - [email protected]árcia Fantinatti - [email protected]

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A crise econômica mundial iniciada em ju-nho em 2008 com a forte queda em várias bolsas asiáticas gerou um clima de muita instabilidade. O forte abalo financeiro in-

ternacional teve seu epicentro localizado em Wall Street e, a partir de lá, estendeu-se para o resto do mundo.

Ela atinge as empresas e, consequentemente, os trabalhadores que sofrem com a redução dos salários e o desemprego. Na opinião do economista Osvaldo de Oliveira, assessor do Instituto de Saúde Integrada (ISI), entidade educacional mantida pelo Sinsaúde Campi-nas e Região, no final, a crise poderá trazer mudanças estruturais positivas, como melhor distribuição de renda entre as pessoas e os países. Acompanhe a entrevista concedida por ele para a Em Cena.

Em Cena - Como a crise está afetando o Brasil e o que esperar de 2009?Osvaldo - A crise tem apresentado seus sinais e seus efeitos mais evidentes são: a brusca redução dos valores das ações, a chamada “queda das bolsas”; redução dos recursos para o crédito, principalmente para veículos e residências; redu-ção do valor das exportações; férias coletivas; demissões em alguns setores mais diretamente dependentes das exportações, como os da agroindústria e mineração; fusões ou compra de alguns bancos e empresas. No ano de 2009, a trajetória de retração da atividade econômica terá continuidade.

Em Cena - Como o cidadão comum será afetado?Osvaldo - O cidadão comum é sempre aquele que paga a maior parte da conta e na crise não é diferente. Como? Com desemprego, que já está acontecendo e continuará, com a redução da renda e com piora nas condições de vida. A dúvida hoje é sobre a magnitude da crise ou o tamanho do desemprego e a redução de renda. Hoje é possível afirmar que o desemprego em 2009 crescerá, mas possivelmente ficará bem aquém do nível de 20% registrados na Região Metropolitana de São Paulo, em 1999. As informações são de que o PIB (Produto Interno Bruto) crescerá entre 2,5% e 3%, situação melhor quando comparada à dos países desenvolvidos, onde há previsão de decréscimo do PIB.

Em Cena - Há alguma coisa que os trabalhadores possam fazer para se proteger?Osvaldo - Muita coisa, mas se estiverem mobilizados para enfrentar essas questões. Pouco, como é o caso brasileiro, em que os trabalhadores estão pouco mobilizados e onde cresceu a ilusão de que o mercado é que resolve, que o indivíduo sozinho, contando somente com sua força e qualidade, é capaz de garantir seu emprego. Como essa perspectiva foi hegemônica nos últimos anos, os trabalhadores afastaram-se das lutas sociais, econômicas e políticas, afastaram-se dos sindicatos, órgãos de representação de categoria ou social e da participação partidária. Se antes já era importante a participação, hoje, com a crise, os trabalhadores têm um papel fundamental para redirecio-nar os rumos da economia do País. Eles devem participar da vida sindical e política, cobrar dos sindicatos e das centrais dos trabalhadores, dos seus representantes políticos para que tomem a dianteira e proponham alteração de rumos, novas políticas de enfrentamento da crise, que promovam a geração de emprego e dis-tribuição de renda e, consequentemente, o fortaleci-mento do mer-cado in-ter-no.

12 - EM CENA - janeiro/fevereiro 2009

Crise econômica pode trazer mudanças estruturais positivas

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Em Cena - Essa crise pode ser comparada à crise vivida pelo Brasil no período de hiperinflação, antes do Plano Real?Osvaldo - Não. As principais determinações da crise atual estão relacionadas ao sistema financeiro e ao comércio externo (as commodities), enquanto a crise de hiperinflação que antece-deram o Plano Real tinha um maior peso na questão do câmbio e da dívida externa. Como vivemos há séculos os processos de internacionali-zação das economias, os fatores de ordem externa sempre estarão presentes nas crises internas. A di-ferença, neste momento, é que temos menor grau de liberdade para manejo da política econômica do País.

Em Cena - Como o governo brasileiro pretende enfrentar esta nova fase? Osvaldo - O governo tem tomado medidas que poderão ter efeitos para amenizar a situação, tais como a liberação dos depósitos compulsórios, aumento do crédito, redução de alíquotas de imposto e isenções tributárias. Entretanto, apesar das ações apontadas, o governo tem duas questões importantes a serem tratadas que incidem de forma significativa sobre o futuro, que são as taxas de juros e do nível de investimentos da economia. Há um dilema entre a manutenção da elevada taxa de juros para atrair e premiar

investidores, com um grande superávit do Tesouro para pagar tal prêmio e a necessidade de recursos para efetivação dos investimentos, no momento o Programa de Aceleração do Créscimento (PAC), que terá de ser resolvido. Com a crise geral, a captação de recursos externos, via Bolsa de Valores, e venda de títulos públicos estão se contraindo e mesmo a continuidade da política de juros estratosféricos do Banco Central não será capaz de deter essa marcha. Até porque

qualquer investidor sabe que a arrecadação de impostos cairá e como as despesas não cairão na mesma proporção, o superávit do Tesouro se reduzirá, portanto, os recursos

para remu-

nerar os títulos públicos serão menores. Por outro lado, a crise também traz dificuldades para o investimento público, em de-corrência da redução da receita pública. A forma compensatória da redução da receita governamental é a redução de juros, que implicaria queda do superávit fiscal, permitindo a transferência de recursos para serem aplicados em infraestrutura e em outros

gastos públicos.

Em Cena - Em geral, como os países enfren-tam a crise?Osvaldo - As medidas que estão sendo tomadas hoje no País e no mundo podem ser traduzidas em aumento do gasto público, redução de juros e aumento de crédito. Essa fórmula foi aplicada na crise de 1929 e surtiu efeito. Tais medidas se contrapunham à corrente de pensamento domi-nante entre os economistas, que afirmavam que o Estado não devia se intrometer na economia, que o mercado regularia todas as situações e que as crises representariam momentos de desajustes: era

o mundo liberal. No entanto, a aparente estabilidade econômica foi abalada pela crise de 1929 e para enfrentá-la o remédio mi-nistrado foi a forte intervenção do Estado, do investimento pú-blico, os gastos com esforços da Segunda Guerra Mundial. Hoje, o (neo)liberalismo fez água e novamente o Estado é chamado a intervir. As formas de intervenção irão variar de acordo com as particularidades de cada país ou região. Quanto ao tempo de duração da crise, as previsões são erráticas, uns estimam de um a dois anos, outros, três anos ou mais. No passado, no entanto, no Brasil, a situação melhorou só em meados de 1930, e no mundo, de fato, somente no pós-guerra. De forma mais geral, esse tempo dependerá de quão rapidamente for a queima do capital excedente e a retomada do sentimento positivo em relação ao futuro, principalmente por parte dos detentores de riqueza (ou seja, a volta das expectativas positivas sobre o retorno esperado do capital investido).

Em Cena - Em sua opinião, esse rebuliço poderá trazer alguma transformação social para o mundo? Osvaldo - Como a economia depende dos homens, a crise é fruto da sociedade em vivemos. No passado, a solução trouxe muitas transformações econômicas e sociais; no presente, talvez a crise possibilite realização de outras profundas mudanças, aquelas que fazem parte das esperanças dos trabalhadores, as que possibilitem melhor distribuição de renda entre pessoas e países, que eliminem a miséria e a ignorância e que permitam novos padrões de crescimento apoiados na sustentabilidade; apoiados, portanto, em uma matriz energética renovada, com muita utilização de recursos renováveis e pouco fósseis (petróleo e carvão mineral) e formas dignas de trabalho, de geração de riqueza e de sociabilidade.Fonte: Osvaldo Oliveira - (19) 3232-4655

janeiro/fevereiro 2009 - EM CENA - 13

Osvaldo OliveiraEconomista

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Uma história com final feliz

No Natal de 2004, decidiu-se que Anna Paula, receberia o rim da mãe, até então a única doadora viável. Por ter a saúde mais fragilizada, a decisão de ser ela a fazer o

transplante partiu das próprias irmãs. No ano seguinte, veio a surpresa. O pai das garotas, João Otávio Marques, que não podia doar, passou por novas baterias de exames e conseguiu reverter a situação. Anna Paula ganhou o rim da mãe em fevereiro. O rim do pai foi para Eva, em agosto. Faltava ainda Anna Maria.

“Naquele ano apareceu uma prima, Cristina, que não víamos há 30 anos, dizendo que sonhou várias vezes que o braço dela estava ligado ao braço de alguém e passava sangue de um para outro. Quando ela encontrou a gente, teve certeza de que podia doar”, conta Izilda Cristina, mãe das garotas.

A compatibilidade foi semelhante à da mãe das meni-nas, um caso considerado raro. Em outubro, Anna Maria recebeu o rim da prima que por ser parente distante precisou de autorização judicial.

O final feliz dessa história fortaleceu a determinação da mãe de continuar seu trabalho à frente da Doe Vida. “Tudo o que eu fizer pelo meu próximo será muito pouco perto do que recebi: minhas filhas de volta”, afirma Izilda. E elas, atualmente casadas e felizes, seguem seu caminho, sem deixar de atuar na Associação. “A Doe Vida continua a trabalhar em prol das pessoas que necessitam de um

transplante de órgãos, incentivando as doações e auxiliando no doloroso processo de espera. É um assunto que conhecemos muito bem”, frisa Anna Paula.

Para conhecer mais sobre doação de órgãos da Associação Doe Vida, aces-se www.doevida.org.br ou ligue para (19) 3802-2009.

Doação de órgãos cresce no Estado de São Paulo

O balanço realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que nos primeiros três meses de 2008 houve um crescimento de 57% nas doações, em relação ao mesmo período do ano passado. Outu-bro de 2008 foi o melhor mês de doação de órgãos no Estado de São Paulo. A Secretaria relaciona o aumento do ato voluntário com a intensa divulgação do caso da jovem Eloá, assassinada em Santo André, cujos órgãos foram doados pela família. Após o episódio, o número de doações subiu 62,6%, quando a média normal é de 50%. “Não há estudo sobre essa relação direta de causa e efeito, mas os números certamente indicam que as pessoas ficaram mais sensibilizadas”, avalia o coordena-dor da Central de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde, Luiz Augusto Pereira.

Doação intervivosO número de transplantes feitos com órgãos de

doadores vivos aumentou 90% nos últimos dez anos no País. Os dados são da Associação Brasileira de Trans-plantes de Órgãos (ABTO). Em 1997, 960 pessoas doaram parte do fígado, um rim ou medula óssea. Em 2007, foram 1.825 doações.

O nefrologista Valter Garcia, presidente da Associa-ção Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), vê bons motivos para a doação intervivos. “O melhor doa-dor sempre vai ser o doador vivo, com padrão imunoló-gico idêntico”, diz. Mas ele ressalva que isso deve ocorrer com pessoas da mesma família, em que a chance de compatibilidade é maior. Parentes próximos têm mais chances de doar ou receber órgãos uns dos outros, como rim, partes do fígado e medula óssea.

O nefrologista destaca que o transplante é um proce-dimento sério, totalmente custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Milhares de vidas dependem deste ato de solidariedade. Que tal pensar nisso!Fonte: Associação Doe Vida - (19) 3808-2009

Doar órgãos é salvar vidas. Izilda Cristina Reinelt, de Campinas, criou, em agosto de 2003, a

Associação Doe Vida. Suas três filhas, Eva, Anna Maria e Anna Paula, passaram parte da vida

convivendo com sessões de hemodiálise e apenas um transplante de rim poderia salvá-las.

João Otávio Marques e Izilda Cristina ReineltDiretor-secretário e presidente da Doe Vida

Anna Paula, Eva e Anna Maria

Reinelt Marques

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Licença-maternidade de 180 dias agora é lei

Foi para corrigir o descompasso entre a Con-solidação da Leis do Trabalho (CLT) e o que preconiza a OMS que foi aprovada pelo Congresso Nacional brasileiro e sancionada

pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 9/9/2008, a Lei 11.770. A nova lei amplia a licença-maternidade de 120 para 180 dias e revoluciona as leis trabalhistas ao criar uma geração de mães mais satisfeitas e crianças mais felizes. “Esses dois meses a mais para que as mães fiquem com seus bebês vão refletir emocional e fisica-mente para ambos”, avalia a psicóloga Márcia Cristina Capparelli Fonseca.

Já em vigor para o setor público, seus efeitos só chegarão à iniciativa privada em 2010 e garante que os quatro primeiros meses de licença-maternidade con-tinuem a ser pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O que muda são os salários dos meses adicionais, que serão arcados pelo empregador. Como a adesão à norma é opcional, as empresas que a adotarem receberão incentivos fiscais sobre a remuneração dos dois salários excedentes. “Os empresários ficarão isentos do recolhimento do cota patronal de 20% do INSS que recaem sobre os salários”, explica Anselmo Bianco, diretor jurídico do Sinsaúde Campinas e Região.

Além disso, o valor pago pelo empregador nesses dois meses adicionais será deduzido do Imposto de Renda. A concessão de dois meses a mais é opcional, mas quando

a empresa aderir ao benefício valerá para todas as funcionárias. Para usufruir da li-cença de seis meses, a trabalhadora deve-rá requisitá-la até o fim do primeiro mês depois do parto. As empresas também precisam aderir ao “Programa Empresa Cidadã” do governo. Se não fizer isso, a licença permanece em quatro meses. A lei beneficia também as mães adotivas.

Do ponto de vista psicológico, os 180 dias de licença-maternidade vão beneficiar muito as mães, os bebês e

as empresas. As mães por ficarem mais tempo com os bebês, amamentá-los até os 6 meses e estreitar o vínculo com eles, cujo desenvolvimento mental e emocional será mais equilibrado. “Com estes dois meses adicionais, em virtude da criança estar maior e com mais defesas, as empresas poderão contar com funcionárias mais presen-tes no trabalho. Isso resultará em menos afastamentos médicos, em virtude do filho adoecer menos, ou seja, são dois meses que farão a diferença”, acredita a psicólo-ga Márcia.

O benefício na área da saúdeSegundo Anselmo Bianco, “socialmente a extensão

para 180 dias é importantíssima para o bebê e para a mãe”, diz. A diretoria do Sinsaúde vai incluir o benefício na pauta de reivindicações da campanha salarial desse ano.

“A categoria é formada, em sua maioria, por mulheres e temos certeza que os empresários do setor, com o co-nhecimento que têm de saúde, vão acatar nosso pedido, afirma ele.

Bianco conta que o Sinsaúde Campinas e Região foi pioneiro na conquista, em 1991, da licença-maternida-de para as trabalhadoras que decidissem a adotar uma criança. “Se na saúde isso já é lei há 17 anos, acredita-mos que a licença de 180 dias também será”, finaliza ele.Fonte: Márcia C. Capparelli Fonseca - [email protected]

Anselmo Eduardo Bianco - [email protected]

“Filhos são o demo. Melhor não tê-los. Mas se não os temos, como sabê-los?”, questiona Vinícius de Moraes em ‘Poema Enjoadinho’. Mas será que basta ter os filhos como diz o grande poeta? Segundo estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS), é preciso mais, muito mais. É preciso conviver com os filhos, a começar pelo aleitamento materno que,

pela instituição, deve se estender até os 6 primeiros meses da criança.

Saiba como funciona a licença-maternidade em outros países

• Austrália: um ano sem remuneração;• Argentina: 3 meses pagos pelo governo e 3 meses opcionais e sem remuneração;• China: 3 meses sem remuneração;• Cuba: 4,5 meses pagos pelo governo;• Espanha: 4 meses pagos pelo governo;• Estados Unidos: 3 meses pagos pelo governo• França: 3 meses para parto normal e 4 meses para cesariana, pagos pelo governo;• Itália: 5 meses; governo paga 80% do salário.

Márcia Capparelli FonsecaPsícóloga

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E com tantos atributos positivos, essas duas modalidades para reeducação da postura cor-poral e cuidados com a saúde estão invadindo as cidades e conquistando as pessoas. O

rolfing é uma metodologia que reorganiza a estrutura do corpo. Idealizado pela bioquímica norte-americana Ida Rolf, na década de 20, o rolfing une os conheci-

mentos da bioquímica, da ioga, da osteopatia e da homeopatia. Ida também defendia que o ser humano é formado por partes relacionadas num espaço tridimensional, o que define a estrutura. O arranjo dessas partes dá a possibilidade de posturas, movimentos e comportamentos diferentes.

A rolfista Yeda Bocaletto expli-ca que “o rolfing é utilizado para corrigir a postura do corpo e aliviar a dor, tendo um caráter preventivo e de combate às degenerações, como dores, por exemplo”. Partindo da

constatação de que a força da gravidade exerce uma das mais significativas - e menos compreendidas - influ-ências na estrutura e função do ser humano, o rolfing prega que “quando o corpo começa a funcionar de modo apropriado, esta força gravitacional consegue fluir através dele. Espontaneamente, então, o corpo se cura” – definição da própria criadora.

De acordo com Yeda, o rolfing pode ser utilizado como uma alternativa à fisioterapia convencional e também à Reeducação Postural Global (RPG).

Todo músculo e cada fibra muscular são envolvidos por um tipo de tecido conjuntivo chamado fáscia, que forma os tendões e ligamentos nas extremidades dos músculos, assumindo a função de conectar músculo a osso e músculo a outro músculo. É a fáscia, portanto, que suporta os músculos e mantém a relação destes com os ossos, determinando, basicamente, a forma do corpo.

Para alinhar o corpo e seus segmentos corporais, o rolfing reorganiza sistematicamente a rede de teci-do conjuntivo relacionada aos músculos. Esta rede, também conhecida como sistema miofascial, pode ser

32 - EM CENA - janeiro/fevereiro 2009

Rolfing e Pilatescorpo e mente saudáveisMúsculos firmes, fortes e alongados, postura correta, articulação mais saudável, melhor

capacidade respiratória e maior tolerância ao estresse. Esses são apenas alguns dos benefícios que o rolfing e o pilates proporcionam à saúde

Yeda BocalettoRolfista

Juliana Robertti Costa e o fisioterapeuta Marcelo

Selleto Boaventura

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considerada como o “órgão da estrutura” no corpo, sendo o foco principal na atuação do profissional do rolfing. “Por meio de uma manipulação específica, onde o rolfista aplica uma pressão profunda, refinada e inteligente, a fás-cia é alongada e ‘amolecida’, permitindo que os músculos voltem a ter uma relação equilibrada e o corpo se libere das compensações que o afastem de um melhor alinha-mento”, explica Yeda.

Os rolfistas não trabalham apenas com a fáscia, mas também com os diferentes ritmos respiratórios dos pacientes e com outras respostas corporais. A pressão aplicada pelo rolfista, combinada a movimentos, permite a liberação e o reposicionamento das estruturas miofasciais envolvidas.

O rolfing é aconselhável para quem sofre de males provocados por má postura, traumas físicos ou emocionais, assim como para os trabalham com grande esforço físico ou mental. É recomendado para os que se sentem com baixo potencial energético para as suas atividades normais e para os que praticam atividades físicas regulares e intensas (esportes, artes marciais, dança, etc.) e desejam melhorar o seu de-sempenho. “Os resultados aparecem já na primeira sessão; a partir da quarta já é possível perceber uma grande mudança”, diz Yeda.

PilatesAssim como o rolfing, o pilates também trabalha a

postura, alongando e fortalecendo, só que por meio de exercícios. E não é só. “O pilates tem por objetivo melhorar a flexibilidade, o equilíbrio, a força física e mental, aliviando o estresse, a tensão e as dores crônicas, estimulando a capaci-dade respiratória, a oxigenação do sangue e até fortalecendo os órgãos internos, além de tonificar os músculos”, explica o fisioterapeuta Marcelo Selleto Boaventura, que se especiali-zou em ortopedia e traumatologia e hoje se dedica ao pilates.

O método pilates concentra-se em reforçar o centro físico do corpo, onde se originam todos os movimentos. O abdômen, a parte de baixo das costas e as nádegas compõem este centro de força e os músculos associados a ele sustentam a coluna, os órgãos internos e a postura. “A maioria dos exercícios de pilates tem seu foco neste centro, de forma a estabilizar o torso e, consequentemente, melhorando a dores crônicas”, completa ele.

Juliana Robertti Costa encontrou no pilates alívio para as dores na coluna, provocadas por uma hérnia de disco. “Estou praticando há apenas dois meses e o resultado está sendo muito positivo”, garante ela.

Para ajudar na cura dos pacientes durante a primeira guer-ra mundial (1926), o ginasta alemão Joseph Pilates, que foi enviado como enfermeiro, elaborou um equipamento especí-fico e um método para balancear e fortalecer os músculos e as articulações dos doentes. O resultado efetivo do trabalho desenvolvido por Plilates apareceu quando se constatou que nenhum dos internos daquele campo de treinamento su-cumbiu à epidemia de gripe que matou milhares de pessoas.Levada para os Estados Unidos após a guerra, a técnica ficou famosa entre dançarinos e bailarinos e logo tomou dimensões entre os adeptos de fitness no país e também na Europa. O sucesso desta atividade deve-se aos resulta-dos surpreendentes e rápidos no enrijecimento muscu-lar, no aumento de força e realinhamento da postura. “Os exercícios de pilates são diferenciados pelo fato de não usar pesos adicionais, sendo empregada somente a própria força”, ensina Marcelo.

No Brasil, o pilates foi introduzido em 1999 pela pro-fissional de Educação Física Inélia Garcia, que se certificou nos Estados Unidos com Romana Kryzanowska, ex-aluna de Joseph Pilates. A partir daí se difundiu nas academias de ginástica. O sucesso desta atividade deve-se aos resultados surpreendentes e rápidos no enrijecimento muscular, no aumento de força e na melhora da postura.Fontes: Yeda Boletto (19) 3254-9180 Marcelo Boaventura (19) 3233-0270

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Os mitos em torno do chocolate são vários. Dá espinhas, provoca aler-gias, diminui a Tensão Pré-Menstrual (TPM) e o mais temido: engorda.

Porém, o que poucas pessoas sabem é que o cho-colate é considerado um alimento equilibrado. De acordo com a nutricionista Edna Sakamoto, estudos têm apontado que a presença de substâncias antio-xidantes do cacau, como o resveratrol, podem ter um efeito benéfico sobre a saúde se consumidos com moderação. Mas, segundo ela, isso não significa que o consumo de chocolate possa ser de forma descontrolada. A inges-tão recomendada varia de 20 a 30 g/dia de chocolate amargo e, de qualquer maneira, ele ainda é respon-sável pelo aumento do peso. O conselho é sempre comer acompanhado de outros alimentos na refeição.

Quem está acima do peso deve fugir dos diets. “O chocolate diet é indicado para pessoas que têm res-trição dietética de açúcar, como os diabéticos, já que o açúcar normal é substituído por adoçante. Mas, não deve ser consumido com o objetivo de emagre-

cer, pois a gordura mantém o valor energético bastante alto”, explica Edina Sakamoto.

E para quem não come com medo de ganhar espinhas, aí vai uma informação valiosa: um estudo da Escola de Medicina da Pensilvânia, nos Estados Unidos, não encontrou relação de causa-efeito entre chocolate e acne, pois as glândulas sebáceas não respondem direta-mente aos alimentos e sim aos hormônios. Ou

seja, nada comprova que o chocolate seja o causador das espinhas.

Outro mito refere-se às alergias. Na maioria das vezes elas são atribuídas à guloseima, mas a causa pode estar no leite ou nos conservantes que fazem parte da sua composição. Por outro lado, as cáries, também atribuídas a ele, podem estar relacionadas a qualquer tipo de doce, quando não ocorre a higie-nização bucal correta após o consumo. O conselho, portanto, é sempre escovar o dentes.

A origem do produtoO chocolate surgiu no ano de 1500 a.C. Segun-

do registros históricos, a civilização Olmeca, que habitava as terras baixas do Golfo do México, foi a primeira a aproveitar o fruto do cacaueiro, o cacau.

34 - EM CENA - janeiro/fevereiro 2009

O chocolatenosso de cada diaUns o evitam a qualquer custo. Outros o idolatram, a ponto de serem viciados em seu consumo. Estamos falando do chocolate, um alimento milenar que já faz parte

da culinária brasileira

Edina SakamotoNutricionista

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Evidências arqueológicas comprovam que pouco depois Maias, Toltecas e Aztecas também já utilizavam o cacau e consideravam-no o alimento dos deuses, consumindo-o em forma de bebida.

Historicamente, foi Cristóvão Colombo quem levou o cacau para a Europa, quando de sua quarta viagem ao Novo Mundo, por volta de 1502. Teria levado sementes de cacau para o rei Fernando II, sementes estas que passaram quase despercebidas no meio de todas as outras riquezas que levou.

Em 1528, o colonizador es-panhol Hernando Cortez trouxe o cacau de volta para a Espanha juntamente com as ferramentas ne-cessárias para seu preparo na forma líquida. Com o passar do tempo, os espanhóis começaram a agregar açúcar e outros adoçantes à bebida, tornando-a menos amarga e mais palatável ao gosto europeu.

Esses passaram a tomar o líquido quente e começava cada vez mais a cair no gosto da elite espanhola. Também, nesta época, o cacau começou a ser feito em tabletes, que depois eram mais facilmente transformados em bebida.

Ao longo dos próximos 150 anos, a novidade foi se es-palhando pelo resto da Europa e seu uso foi difundido na França, Inglaterra, Alemanha e Itália. Vários ingredientes

continuavam sendo agregados ao chocolate líquido: leite, vinho, cerveja, açúcar e especiarias.

Mas a verdadeira revolução do chocolate aconteceu cerca de 30

anos depois, quando os ho-landeses desenvolveram uma prensa hidráulica que, pela

primeira vez, permitia a extra-ção, de um lado, da manteiga

de cacau e, do outro, da torta, ou massa, de cacau. Esta última era pulverizada para se transformar em pó, que quando acrescido de sais alcalinos se tornava facil-mente dissolúvel em água. Daí ao desenvolvimento de bebidas achocolatadas foi um passo rápido

e, na sequência, a mistura com manteiga de cacau fez apare-

cer os primeiros tabletes de chocolate mais ou menos

como os de hoje.

Brasil em 4º lugar no consumoO Brasil assumiu em 2008 o posto de quarto maior

consumidor de chocolate do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, da Alemanha e do Reino Unido. Somente em 2008, foram produzidas 340 mil toneladas do produto,

segundo a Associação Brasileira da Indústria do Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab).

De acordo com um estudo realizado pelo Ibope Mídia, em nove regiões metropolitanas brasileiras, entre 10 de julho de 2006 e 1º de julho de 2007, 67% dos brasileiros conso-mem habitualmente os mais variados tipos de chocolate, sendo, em média, dez unida-

des por semana. O tablete puro tem a preferência da maio-ria (82%) e os bombons vêm logo em seguida, consumidos por 72%, enquanto as barras recheadas ficam em terceiro lugar na preferência nacional, com 58%. Confirmando todas as suspeitas, as mulheres são as maiores consumidoras de chocolate. Do total dos consumidores, elas representam 55,96% contra 44% dos homens.

Os efeitos no organismoAs sensações de prazer que o chocolate confere ao

consumidor não são ilusórias. Este produto contém uma substância chamada metilxantina que, curiosamente, provoca sensações de bem-estar. Outra ação relacionada ao bem-estar é o aumento da produção de fenilfetilamina, uma substância do grupo das endorfinas, que dá a mesma sensação de estar apaixonado.

Nas mulheres, o chocolate ajuda a combater os sintomas da TPM. Isto acontece porque, no período pré-menstrual, os níveis de serotonina (hormônio do bem-estar) se dese-quilibram, fazendo o corpo reclamar por uma reposição. Os ingredientes do cacau são psicoativos e desencadeiam reações químicas no cérebro, semelhantes às que acontecem quando estamos apaixonados. “Pode-se dizer também que a presença do mineral magnésio no chocolate faz com que o alimento ajude a conferir um maior bem-estar, pois é um dos nutrientes que participam da formação do neu-rotrasmissor serotonina”, diz Edina. Além da serotonina, o chocolate também fornece doses de feniletilanina, que é um antidepressivo natural. Fonte: Edna Sakamoto - [email protected]

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As sandálias havaianas fazem parte da história do Brasil. Elas transitaram pelas gerações brasileiras e acompa-nharam as revoluções do movimento

hippie, anos 70, 80, 90 e chegam em 2009 em plena forma, aliás, mais bonitas e atraentes, com 60 cores distribuídas em 39 modelos diferentes.

O que era um artigo comum entre as pesso-as de baixa renda por ser simples e barata, as sandálias havaianas causaram uma verdadeira revolução e ganharam espaço em todas as classes sociais. Deixaram de ser um produto das classes C e D para calçar pés mais endinheirados. Hoje, pode se dizer que é fashion ir de havaianas à praia, ao shopping, ou a um lugar especial onde antes elas eram condenadas.

Os modelos monocromáticos nos so-lados e tiras aliadas às cores vibrantes garantiram o sucesso nacional e in-ternacional. Presente na maioria dos editoriais de moda, elas sacudiram o mercado e se

tornaram um ícone da moda e peça fundamental no guardarroupa. Toda esta explosão de suces-so atraiu falsas imitações e daí surgiu o slogan: “Legítimas, não deformam, não têm cheiro e não soltam as tiras”.

HistóriaTudo leva a crer que foi a zori, sandália de

dedo japonesa feita de palha de arroz ou madeira lascada, usada com os quimonos, a real fonte de inspiração para a criação das sandálias havaianas em 14 de junho de 1962. Mas a versão nacional trazia um diferencial: eram feitas de borracha. Um produto natural, totalmente nacional e que

garantia calçados duráveis e confor-táveis. Eram as tradicionais

branquinhas com tiras e laterais que variavam em cinco cores, entre a mais popular, a azul.

Visualmente pobres e baratas.

36 - EM CENA - janeiro/fevereiro 2009

Havaianas paixão sem fronteiras

Impossível quem não tem um par de havaianas. Leve, confortável, durável e 100% nacional, ela é símbolo de produto da cultura brasileira. Gianechini, Rodrigo Santoro, Vera Fisher, Débora Secco, Juliana Paes, Julia Roberts, Naomi Campbell, entre outros, já mostraram seus famosos

pezinhos dentro de coloridas havaianas. E você já desfilou com a sua?

foto: divulgação

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Era tão simples a ideia da nova sandá-lia que sua fama se espalhou feito rastilho de pólvora.

Em menos de um ano, a São Paulo Alpargatas fabricava mais de mil pares por dia, o que levou ao aparecimento das imitações. A concorrência bem que tentou, mas não contava com a qualidade das “legíti-mas”, as únicas que “não deformam, não têm cheiro e não soltam as tiras”. Bonita e gostosa, as havaianas se transformaram em modelos mais requintados, mais diversificados. Hoje, famosos pezinhos de socialites, artistas e outros menos cotados podem ser vistos den-tro de coloridas havaianas. Sem dúvida é a sandália mais democrática de que se tem notícia. Calça “do mais pobre ao mais rico”, como disse o escritor Jorge Amado, que não dispensava a calça jeans e um par de havaianas.

A fábrica, em Campina Grande (PB), produz cinco pares de sandálias havaianas por segundo, o que dá 105 milhões de pares ao ano. Desde o seu lançamen-to, 3 bilhões de pares foram fabricados e vendidos. Hoje, a cada três brasileiros, dois conso-mem um par de havaianas por ano.

Propagandas que fizeram história

A qualida-de do pro-duto, a estratégia de marke-ting e a cam-

panha publicitária, baseada em depoimentos de gente famosa usando havaianas, trouxeram vida para a tra-dicional sandália, ainda que ela dispensasse maiores apresentações. Quem primeiro apresentou o produto foi Chico Anysio, com o slogan: “Não deforma, não tem cheiro, não solta as tiras”. Saiu Chico Anysio, entrou Thereza Collor, com “Todo mundo usa ha-vaianas”. Logo após, o ator Luis Fernando Guimarães flagrava personalidades, como Vera Fisher, Malu Ma-der, Bebeto e Maurício Mattar, usando havaianas.

Pouco depois, um garoto beijava as sandálias de Rodrigo Santoro pensando serem de Luana Piovani; outro pedia as havaianas da Déborah Secco para fazer traves de gol. Marcos Palmeira, Raí, Popó, Luma de Oliveira, Juliana Paes e Reinaldo Gianechini tam-bém apareceram nas telinhas da TV em divertidas situações relacionadas ao produto. Uma coisa é certa: objeto de desejo, as havaianas têm glamour, persona-lidade e estilo. Básicas, irresistíveis e imprescindíveis,

elas serão eternas enquanto durarem.

janeiro/fevereiro 2009 - EM CENA - 37

Fama internacional

Hoje, elas ganharam o mercado de 80 países e podem ser vistas nas prateleiras de lojas de departamentos chiques em Nova York, Paris e Milão, dividindo a cena com famosas marcas, como Dior e Prada. O que começou como um produto popular no Brasil, vi-rou produto fashion e enfeita pezinhos milionários, como os das atrizes Julia Roberts, Angelina Jolie, Sandra Bullock, Jennifer Aniston e os das supermode-los Naomi Campbell e Kate Moss.

Você sabia?

• Atualmente, a Havaianas é a 4ª marca mais lembrada da América La-tina.

• Se colocados em linha reta os pa-res de número 37 é possível dar 50 voltas na Terra.

• No Exterior, a sandália é chamada de flip flop havaianas.

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fotos: divulgação

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Sonho de ter cabelos lisos, deixou Gisele Ferreira da Silva realizada quando olhou no espelho e se deparou com o novo visual. Foi assim que a profissional da

saúde da Maternidade de Campinas saiu da sessão ‘Transformação’.Extrovertida, mas de mal com seus cabelos encaracolados, que sugavam horas de escova, Gisele garante que papai noel foi muito bondoso com ela. Um sonho realizado pelas mãos mágicas de José Soares Dias, o Soares, do Beleza Mall by Soares. O profissional trabalhou com um corte perfilado suave para dar leveza aos cabelos e empregou uma tintura cor vermelha, valorizando o rosto de Gisele. Para comple-tar, Soares fez uma escova progressiva, dando fim aos cabelos encaracolados.Para completar o look, Soares fez uma maquiagem em tons dourado e azul na região dos olhos, realçado pelo contorno em preto e batom vermelho queimado. “Uma maquiagem tanto para o dia quanto para a noi-

te”, diz o multiprofissional da beleza, argumentando que o cabelo liso e levemente desfiado valorizou muito o rosto de Gisele. “Realmente, uma transformação!”, comemora ele.Alexandre Soares, que também é profissional da beleza, destaca que “a qualidade dos produtos encon-trados hoje no mercado tem a capacidade de mudar os cabelos sem danificá-los, transformando-os com qualidade”. Finalizando a tarde de cinderela, Gisele, radiante com o novo visual, agradeceu a oportunidade que recebeu do Sinsaúde e o tratamento proporcionado pelos profissionais do Beleza Mall by Soares. “Senti-me à vontade e confiante nas mãos do Soares”, atesta Gisele, feliz com o resultado. O Beleza Mall by Soares, além dos procedimentos normais de beleza, conta com ntrucionista, psicóloga, espaço para noivas e aulas de pilates. Mas, segundo Alexandre, futuramente, o espaço ganhará um café com área para leitura; uma sala ‘zen’, com banhos relaxantes. “Tudo para que as pessoas possam relaxar, enquanto espera”, diz. Fonte: Beleza Mall by Soares - Rua Dr. José Teodoro de Lima, 32 - Centro - Campinas - telefone (19) 3233-0270, e-mail: [email protected]

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tran

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ãoEscova

progressiva,a opção para cabelos

lisos e sedosos

“Uma oportunidade

inusitada; uma mudança show de bola.”

38 - EM CENA - janeiro/fevereiro 2009

PARTICIPESe você quer participar da coluna Transformação, entre em contato com a Diretoria de Comunicação do Sinsaúde pelo e-mail: [email protected] ou escreva para Avenida João Jorge, 170, Vila Industrial - CEP 13035-680 - Campinas/SP.

Alexandre, Gisele e Soares

Page 23: Revista em Cena 13

Alexandre, Gisele e Soares

janeiro/fevereiro 2009 - EM CENA - 39

atua

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gráfi

caNova cara para a

língua portuguesa

Desde o início de janeiro de 2009, cerca de 200 milhões de pessoas espalha-das em quatro continentes deverão se adaptar às novas regras de um idioma

milenar. É o português, que acabou de passar por uma reforma. Desde 1911, em função de uma refor-mulação ortográfica ocorrida em Portugal, sem co-mum acordo com o Brasil, existiam duas ortografias oficiais, a portuguesa e a brasileira, ambas corretas, para a mesma língua.

Com o objetivo de promover maior união e coope-ração entre os países-membros e reforçar sua presença no cenário internacional, bem como materializar projetos de promoção e difusão do idioma comum, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, fun-dada em 1996, composta por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste (que se tornou inde-pendente em 2002), assinou o Decreto 6.583, publi-cado em 29 de setembro de 2008, que promulgou no Brasil o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

Para a professora e orientadora educacional Rosa Maria da Rios Rugai, “a língua é viva e está em processo constante de mudança”. Ela avalia que a reforma do idioma é importante para a unificação da

cultura, mas não deve ficar somente na ortografia, deve se estender tam-bém para fonética (linguagem falada) e vocabulário. “Somente desta forma os países que falam a língua portugue-sa estarão de fato falando um mesmo idioma”, analisa ela.

O decreto que está em vigor desde 1º de janeiro 2009, promoveu mudanças significativas na escrita. A começar pelo trema, que deixará de existir (a não ser em nomes próprios e seus derivados), e o alfabeto, que pas-

sará a ter 26 letras, incorporando mais três: “k”, “w” e “y”. Será eliminado o acen-to agudo de palavras como idéia, platéia, jibóia, assim como saem os acentos circunflexos de verbos, como lêem, vêem e crêem (leem, veem e creem). O hífen aparece em palavras como reescrever e reeleger (re-escrever, re-eleger), mas some de palavras como anti-religioso, que ganhará um “r” (antirreligioso).

Em Portugal, as novas regras ortográficas obrigarão os cidadãos a grafar algumas palavras como no Brasil. Por exemplo, o verbete “acção” passará a ser “ação”. Os portugueses também terão de retirar o “h” inicial de algumas palavras, como em “herva” e “húmido”.

Para as palavras que admitem diferentes pro-núncias, manteve-se a possibilidade de duas grafias. Os brasileiros escreverão “fato” e os portugueses, “facto”. As duas formas de grafar esse substantivo serão consideradas corretas nos países signatários do acordo.

Não há dúvida de que, em particular no merca-do editorial (aí incluídos os portais da internet), a entrada em vigor do acordo vai ocasionar custos e uma grande quantidade de trabalho para adequar os textos às novas normas ortográficas. O acordo, porém, segundo dados da Academia de Ciências de Lisboa, modifica a grafia de somente 2% das pala-vras do idioma, isto é, cerca de 2 mil num universo de 110 mil.

Não estão contabilizadas nessa relação as altera-ções quanto à utilização do hífen e as resultantes da supressão do trema que, no entender dos respon-sáveis pelo texto do acordo, são poucas e de fácil apreensão. Vale lembrar que o esforço de unificação ortográfica teve como critério a fonética, isto é, a grafia das palavras foi alterada no sentido de aproxi-má-la da forma falada, com a abolição de consoan-tes mudas, por exemplo.Fonte: Rosa Maria da Rios Rugai - (19) 3237- 4136

Rosa Maria da Rios RugaiOrientadora educacional

O sétimo idioma mais falado do mundo sofreu mudanças na ortografia e, em 2009, os habitantes

dos 10 países, onde está presente, terão de se adaptar às novas regras

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S omos humanos, imperfeitos, inexoravelmen-te falhos e carentes. A nossa carência essencial resumir-se-ia na falta e na baixa qualidade do amor. Quem se sente pouco e/ou mal-amado tende

a considerar-se inferiorizado aos demais, com um volume acentuado de carências e mais frequente em falhas. Cresce a imperfeição. Mesmo se reconhecendo humano, o indiví-duo inclina-se a uma desvalorização, a autoimagem fica diminuída, como se ele fosse pior do que os outros.

Sabemos que filhos abandonados, crianças maltratadas, mulheres agredidas, cônjuges traídos, vítimas de racismo e outros sofrem, em primeiro lugar, por não se sentirem amados.

O amor valida genuinamente a pessoa, ajusta seu ego, determina a sua autoestima. Essa validação, porém, envolve uma aplicação e uma qualidade úteis e suficientes. Se não funcionar assim, começa um incentivo pernicioso, a demanda da vaidade.

As medidas que pudessem marcar um nível ótimo de amor são praticamente inviáveis. Os horizontes subjetivos não admitem quantificações concretas. Arriscaríamos dizer que amor nunca cai no excesso, mas a falta é trágica. Os excedentes correriam por conta de erros afetivos: quem ama pouco e/ou mal tenta compensar com estímulos do narcisis-mo e da vaidade.

Os tempos atuais, apontados como a sociedade do con-sumo, o mundo ultracompetitivo e a cultura do espetáculo, tendem a respeitar as pessoas de maior capacidade aquisi-tiva e que conseguem destaque nos meios de comunicação. Em resumo, as que “aparecem” mais.

Embrenhados nesse cenário, os indivíduos tentam marcar seus valores através desses referen-ciais, lutando por posições de prestígio. Na prática, estar prestigiado implica ser muito bem-atendido em uma loja de centro co-mercial sofisticado, frequentar restaurantes com serviços de vale, adquirir os produtos de última geração, exibir roupas, carros, etc.

Um dos mais contraditórios e instigantes aspectos da conduta dos prestigiáveis é acompanhar a moda e não se massificar – a pessoa tem que ser apontada como incluída no contexto e estar diferenciada, simultaneamente! Parece um lance de mágica: ser igual e diferente, notada por estar em dia com o que o coletivo exige e ser única e exclusiva, ao mesmo tempo...

Antinomias e contrastes são tópicos típicos do cenário consumista e da competição predatória, bem como corres-pondem às inversões de valores sentimentais e afetivos.

Exercer e receber amor é arte para poucos espíritos, infelizmente. Apenas uma minoria consegue manter as trocas afetivas em consonância com a valorização das pessoas envolvidas sem cair nos extremos narcisistas ou nos desmandos da exclusão.

A boa alma amorosa desempenha suas funções sentimen-tais com serenidade, especialmente porque, antes de ansiar pelo amor do outro, ela ama, não se preocupa em obter provas do amor e nem colocar o seu próprio amor à prova. Os níveis de desconfiança, ciúmes e inveja são desprezíveis. E ainda ela é capaz de não se sentir especialmente dife-renciada, nem abençoada, por essa admirável capacidade sentimental.

Os que não conseguem o bom padrão afetivo (a maio-ria, lamentavelmente) torturam-se com a necessidade de prestígio, isto é, buscam preencher suas inseguranças e ex-pectativas com reforços da vaidade, tendendo a formalizar exigências, cobrar direitos, exercer a posse sobre os parceiros e companheiros.

Conseguir um eco narcisista ainda piora a situação, pois o indivíduo tenderá a solicitá-lo repetidamente. A lacuna essencial prossegue; a impressão de pouco e/ou mal-amado persistirá dentro dele. Cada massagem de ego em prol da vaidade exigirá outra, sem preenchimento afetivo autêntico.

É muito fácil confundir atitudes amorosas com mas-sagens para o ego vaidoso. Os espíritos habilitados para o amor não entram na confusão, os outros se enroscam na própria perplexidade.

Joaquim Zailton MottaAmor e prestígio

Joaquim Zailton Bueno Motta Médico psiquiatra, psicoterapeuta e sexólogo. Escritor, com sete livros publicados; o mais recente em maio de 2007; articulista do jornal Correio Popular há sete anos, com a coluna Sexualidade e professor do curso de especialização em Sexualidade Humana da Unicamp e da UniAraras. Faça comentários ou envie dúvidas pelo site: www.blove.med.br

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Quem pensa que o gênero de quadrinhos se resume somente a super-heróis está muito enganado. O conhecido Gibi, HQ ou arte sequencial oferece variedade de tipos de

histórias, que já inspiraram produções cinematográficas ao longo dos anos e não estamos falando de Batman, Homem Aranha ou X-Men.

Em 1994, Jim Carrey fez todos irem ao cinema acompanhar as aventuras de um tímido bancário que se transformava no Maskara. E quem não se lembra do clássico da ‘Seção da Tarde’, Howard, o Super Herói?, - que de super-herói não tem nada -, contando as aventuras do Pato Howard, que, acidentalmente, veio parar em nossa dimensão? Ou Homens de Preto, comédia de ficção cientí-fica que levou Will Smith até o estrelato?

Em 1990, Warren Beaty viveu o detetive Dick Tracy, em que contracenava com Al Paccino, Dustin Hoffman e Madonna em um universo noir que se firmou como um dos melhores filmes do gênero. Em Estrada para Perdição, Tom Hanks era um mafioso que protegia seu filho, teste-munha de um assassinato cometido pela própria “máfia”. Neste gênero policial, Sin City também merece destaque. A adaptação das HQs do visionário escritor e desenhista Frank Miller, codiretor do filme, cujo estilo visual reme-teu diretamente a obra original. Miller tomou gosto pelo cinema e está dirigindo o filme Spirit, adaptação da obra de Will Eisner.

Vale mencionar também O Justiceiro (foto), popular personagem da Marvel, que já encarou diversos superse-res, mas não é um super-herói, como muitos desavisados pensam. O personagem já teve dois filmes sem ligação entre si. Sua terceira aventura estará no Brasil em 2009.

Dentre os filmes infantis, vale destacar as Tartarugas Ninja, que nasceram como personagens sanguinários dos quadrinhos underground e se tornaram sucesso nos desenhos animados “fofinhos” e ganharam várias adapta-ções para o cinema. O gato preguiçoso Garfield também nasceu nos quadrinhos, assim como Dênis, o Pimentinha e Gasparzinho em produção de Steven Spielberg.

Dentre as histórias épicas, Conan, estrelado por Arnold Schwarzenegger, merece destaque. Deste mesmo univer-so, mais dois personagens ganharam adaptações próprias: Sonja, a Guerreira, e Kull, o Conquistador. Outro épico que ganhou as telonas foi o excelente 300, inspirado na

obra do já citado Frank Miller.

No Brasil, Alexandre Borges viveu nas telas o Gatão de Meia Idade, vindo diretamente das tiras de Miguel Paiva. Quem também ganhou as telas foi o Menino Maluquinho, criação do cartunista Ziraldo, que teve dois filmes voltados ao público infantil. Sem esquecer dos personagens da ‘Turma da Mônica’, que já estrelaram vários longametragens animados nos cinemas.

Mas nem tudo que é bom nos quadrinhos é bom nas telas. Em Constantine, Keanu Reeves interpretou o mago John Constantine e acabou virando um exorcista em uma adaptação pouco a ver com a obra original, a revista ‘Hellblazer’. Outra adaptação dos quadrinhos de terror foi o fraco 30 dias de noite.

A Liga Extraordinária se diferenciava por reunir figuras literárias famosas para formar uma equipe de defesa na Inglaterra vitoriana (até as propagandas na revista eram de produtos fictícios e tinham o visual da época) e gerou um péssimo filme, estrelado por Sean Connery. Rumores dizem que ele interferiu tanto na produção que o filme acabou ficando totalmente diferente da obra original para a ira do seu criador Alan Moore, que hoje repudia toda e qualquer adaptação cinematográfica de seus quadrinhos. Também são obras de Moore: V de Vingança, Do Inferno e Watchmen - o livro sagrado dos leitores de HQ - que também estreará em 2009.

A lista de filmes que já ganharam adaptações para o cinema é grande. Porém, não é só este meio que recebe adaptações. Existem seriados, videogames, livros, curta-metragens, que servem para mostrar o quanto um gênero tão discriminado como as HQs pode contar histórias in-teressantes e diversificadas e não exatamente ficar falando de super-heróis. (Felipe Teixeira, especial para Em Cena)

Os quadrinhos estão com tudo no cinema, mas quem pensa que esta moda começou com os X-Men, engana-se. Há tempos os cinemas vêm

ganhando adaptações de obras que não envolvem necessariamente os super-heróis.

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Setenta anos fazendo história na área da saúde, o Sinsaúde Campinas e Região homenageia os traba-lhadores de sua base territorial que acreditaram na entidade e contribuíram, fazendo parte de suas lutas

e conquistas, para que a entidade ultrapassasse as barreiras do tempo, seguindo forte aos 70 anos, que completou no 28 de outubro de 2008.

Os trabalhadores de Tupã foram os pioneiros deste espaço, em seguida forão os de Araraquara e Americana, agora é a vez dos profissionais de Amparo e região, que colaboraram para que o Sinsaúde se mantivesse por por tantos anos levantando as bandeiras de melhorias para a área da saúde. São trabalhadores dos mais variados setores, que, juntos, integram uma só equipe, cujo objetivo é a valorização da vida.

Cada profissional, independente do trabalho que exerce, enfrenta desafios diários para salvar vidas e lutam diuturnamen-te para vencê-los. Entre ganhos e perdas, dores e alegrias, os profissionais da saúde de Amparo mostram que são capazes de enfrentar os problemas que a vida profissional lhes impõem. Homenageá-los nesta página da revista é uma forma de agra-decer à dedicação e ao esforço que dedicam pelo bem-estar da população.

Saúde em fatos e fotos

Hospital Anna CintraFabiana M. Gonçalves, Roseli Ap. R. N. Segalla e Inês Angélica M. Gonçalves

Rita Cássia de Campos, Mônica Augusta Zanesco e Sandra Regina R. Ribeiro

Fátima J. Pinto e Vera Lúcia Cunha M. Brolezi

Alessandro M. da Silva