revista divino oleiro outubro

16

Upload: divino-oleiro

Post on 22-Feb-2016

221 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Revista da Comunidade Católica Divino Oleiro

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Divino Oleiro Outubro
Page 2: Revista Divino Oleiro Outubro
Page 3: Revista Divino Oleiro Outubro
Page 4: Revista Divino Oleiro Outubro
Page 5: Revista Divino Oleiro Outubro
Page 6: Revista Divino Oleiro Outubro

VIV

ER

NO

ES

PÍR

ITO

5 outubro 2010

DIVINO OLEIRO | www.divinooleiro.com.br

“Temos, portanto, um grande Sumo Sacerdote que penetrou

nos céus, Jesus, filho de Deus. Conservemos firmes a nossa fé.

Porque não temos nele um pontífice incapaz de compadecer-se

das nossas fraquezas. Ao contrário, passou pelas mesmas

provações que nós, com exceção do pecado. Aproximemo-nos,

pois, confiadamente do trono da graça, a fim de alcançar

misericórdia e achar a graça de um auxílio oportuno”. (Heb.

4,14-16)

Nesta nova vida no Espírito somos conduzidos pelas

dóceis mãos do Espírito Santo a experimentar aqui na

Terra as realidades celestiais, e uma das vias pelas

quais somos impelidos a fazê-lo, é a oração.

O Senhor Jesus por Seu sangue na cruz abriu-nos um novo

caminho para Deus! Por Sua ressurreição, Jesus nos entronizou

juntamente com Ele à direita de Deus Todo Poderoso nos

fazendo penetrar nos céus! E pelo seu Santo Espírito

confiadamente podemos clamar: Abba! Paizinho!

A partir de então gozamos de um privilégio inefável concedido

somente aos anjos: o de entrar na presença de Deus Pai e aí

permanecer, descansar nosso coração em Seu amável coração,

depositar Nele nossas vidas, confessar-Lhe nossos segredos,

derramar sobre Suas mãos nossas aflições, angústias, anseios

e temores, confiar-Lhe nossas preocupações, ali ficar aos Seus

pés e expandir nossa alma, chorar, falar, sussurrar e desfrutar

da mais profunda intimidade com um Senhor que não nos trata

como servos, mas nos chama, amigos (Jo. 15,15). A toda esta

atividade entre terra e céu, entre você e Jesus, damos o nome de

ORAÇÃO!

Jacira Mourão - Rio de Janeiro

ALCANÇANDO OS CÉUS

COM A ORAÇÃO

Orar é chegar ao lugar de encontro do céu com a terra (nosso

coração), falar-Lhe das coisas da nossa vida que tanto a Ele

interessa e depois, mansamente perceber Sua real presença a

nos falar do que Ele, como pai amoroso, tem em Seu reino para

cada um de nós!

E pondo nisto toda nossa certeza de fé, aproximemo-nos do

trono da graça com toda confiança de que ali encontraremos

um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo (I Jo.2,1b), e

que Dele alcançaremos compaixão das nossas fraquezas e

necessidades, receberemos favor que não merecemos mas

que Ele nos concederá em Sua infinita misericórdia, e assim

receberemos a cura para nossas enfermidades, a paz para

nossos lares, a restauração para o nosso matrimônio, a alegria

para nosso ministério, o bálsamo para nosso coração, a

fortaleza para nosso espírito....

E ao término deste encontro chamado oração, você já não será

mais o mesmo, porque mais do que somente falar ou enumerar

uma série interminável de queixumes ou pedidos, você se

encontrou com seu Deus que vive e reina, com Deus que tem o

poder de fazer infinitamente mais do que tudo pedimos ou

entendemos (Ef. 3,20), você pôde então experimentar o toque

do Espírito Santo sobre tua alma e Dele experimentar vida

abundante, misericórdia, graça e luz!

Ainda hoje experimente deste novo mover do Espírito que Deus

tem para você!

Irmã em Aliança da Comunidade Divino Oleiro

Page 7: Revista Divino Oleiro Outubro

DIVINO OLEIRO | www.divinooleiro.com.br

Profº Carlos Martendal

Como os anos passam ligeiro... Naquele tempo, a infância premiava-

me com a inocência, o carinho de pais amorosos, a singeleza da

vida no interior. Quanta alegria por 'simplesmente' viver numa

família em que todos se davam bem, iam à Missa, deitavam cedo e cedo

levantavam.

Nada de tênis da moda para ir à escola: pés no chão, mesmo nos dias de

geada; nada de televisão, computador, cinema, coisas de que sequer

ouvíamos falar. Caneta? A pena, que molhávamos no tinteiro, mas só

quando se chegava à quarta série do primário! Água encanada? Não, do

poço! Luz? A do dia. Ou a da vela. Quando muito, do lampião! Gás? Que

nada: providenciavam-se gravetos secos para dar início ao fogo de cada dia!

E como se era feliz! Rezava-se à noite — sempre de joelhos —, e de manhã.

Nos domingos, ia-se à Missa, na igreja três quilômetros distante de casa.

Muitas vezes de carroça. A simplicidade envolvia nossa vida e tínhamos

tudo, muitas vezes tendo quase nada.

Um dia, ali no pasto, depois de ter ido ver se no jequi colocado no valo havia

peixes, eu estava parado debaixo de uma laranjeira. Tinha apanhado uma

laranja e, com a mão suja, meu dedo a descascava. Tive, então, uma das

maiores surpresas da minha vida. Uma pessoa que estava por perto disse-

me que meus tios, em Blumenau, compravam laranja. Isso não entrava na

minha cabeça: como é possível ter que comprá-las, se nós as tínhamos ali, à

vontade, sem pagar nada a ninguém? Ah, como é boa a vida assim...

Nosso passatempo era jogar bola. No dia em que matavam um boi, o

açougue era o nosso shopping: dali sairia a bexiga que, enchida, se tornava

nossa diversão. Por pouco tempo, é claro, mas como brincávamos! Depois,

veio o progresso: as pequenas bolas de borracha. Que logo rasgavam. Bem

mais tarde, mas aí a evolução já fora grande, as bolas de couro. A número 5

era a oficial: que sonho ter uma bola número cinco! Nunca a tive.

Andar de bicicleta era um luxo para poucos. Como a bicicleta foi minha

companheira: de subir morros, descer escadas (da casa), de quedas, de

esbarradas. Claro que nas ruas não havia iluminação. Um dia à noite,

esbarrei num cavalo que estava no meio da estrada e fiquei como morto,

deitado por ali mesmo durante longo tempo...

O dia da primeira Comunhão, o mais feliz da minha vida! Já se vão 58 anos e

eu o vivo como se fosse hoje, cada vez que dele me lembro. Ainda tenho

guardados o santinho que o recorda e a fita que usei. Da vela que levei na

mão, vejo com a memória até os detalhes que continha. Que dia! E meu pai,

de tão poucas letras, dando aula de “teologia”: “Não toquem no Calinho que

ele hoje é um anjo de Deus!”...

Caçar era nosso passatempo. Quase nunca acertava, mas,

alvoroçado, chegava perto da mãe e dizia: “Não matei, mas tirei pena

dele!”... Ah, criança que dormes em mim, e que neste mês em que se

celebra o Dia da Criança eu recordo.

Olhando para minha funda (estilingue), quando estava no mato e via a

forqueta de uma árvore, pensava: “A funda de Deus deve ser assim

grande”... Anos mais tarde, meu coração deu pulos de alegria quando

li, no Salmo 107 [108], 8.10: “Deus falou em seu santo lugar: É Moab

minha bacia de banho, sobre Edom eu porei meu calçado”! E no

Cântico de Isaías 40: “Ele toma os cordeirinhos em seus braços, leva

ao colo as ovelhas que amamentam. Quem, no côncavo da mão,

mediu o mar? Quem mediu o firmamento com seus dedos abertos?

Quem mediu com o alqueire o pó da terra? Quem pesou, pondo ao

gancho, as montanhas, e as colinas, colocando-as na balança? Que

conselheiro o teria orientado? As nações todas são um nada diante

dele, a seus olhos, elas são quais se não fossem”.

Senhor, grande e todo-poderoso, que o universo inteiro não pode

conter, obrigado, muito obrigado, por te teres revelado em coisas tão

pequenas à criança que fui. Obrigado: acho que usas mesmo, como

cabo da funda, a forqueta da maior árvore que a terra já viu! Não pões

as colinas todas e as montanhas na tua balança? Obrigado, Senhor! E

obrigado pelos pais que me deste. Na sua simplicidade, te deram a

mim e me deram a ti! Fica comigo, Senhor!

outubro 2010

A CRIANÇA EM MIM

PR

A S

ER

MA

IS F

EL

IZP

RA

SE

R M

AIS

FE

LIZ

6

Page 8: Revista Divino Oleiro Outubro
Page 9: Revista Divino Oleiro Outubro
Page 10: Revista Divino Oleiro Outubro
Page 11: Revista Divino Oleiro Outubro
Page 12: Revista Divino Oleiro Outubro
Page 13: Revista Divino Oleiro Outubro
Page 14: Revista Divino Oleiro Outubro
Page 15: Revista Divino Oleiro Outubro
Page 16: Revista Divino Oleiro Outubro