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Revista mensal

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CONFIRA NO SITE WWW.DIRECIONALESCOLAS.COM.BR O NOTICIÁRIO ATUALIZADO DA ÁREA DA EDUCAÇÃO, ALÉM DE INFORMAÇÕES EXCLUSIVAS PRODUZIDAS PELA DIRECIONAL ESCOLAS.

ACOMPANHE-NOS NO E

Um caso recente, ocorrido na Escola Estadual Maria Ramos, em São Carlos, Interior de São Paulo, dá bem a medida da urgência com que educadores e mantenedores precisam se debruçar sobre a explosão das redes sociais digitais. A reportagem especial desta edição aponta que o fenômeno impõe novo papel para as escolas, o de formar o cidadão digital. Antes disso, entretanto, é preciso conhecer a dinâmica das redes, seu potencial, oportunidades e riscos. O fato é que adolescentes, jovens e mesmo crianças já incorporaram as redes como canal principal de sua comunicação com o mundo. Torna-se inadiável, portanto, preparar toda equipe docen-te e de apoio para saber como lidar com essas plataformas.Vamos aos fatos: na escola de São Carlos, alunos de 12 anos foram orientados por uma professora a marcar encontro com pedófi los via internet. O objetivo era fazer um trabalho sobre pedofi lia e os riscos da internet. Os pais, segundo recomendação da professora, deveriam monitorar os diálogos na internet e os encontros ser levados até o fi m. Os familiares procuraram a direção da escola, o Conselho Tutelar e a Delegacia da Mulher para denunciar a imprudência. A Secretaria Estadual da Educação afastou a docente. O caso chegou à mídia. Segundo especialistas entrevistados pela Direcional Escolas, a tecnologia da informação, a internet e as redes sociais podem fortalecer os vínculos dos estudantes com os educadores, a escola e as atividades de aprendi-zagem, não sem antes, porém, passarem por um intenso processo crítico, de refl exão e de seu domínio pelos próprios educadores. O Colégio Dante Alighieri, por exemplo, investe pelo menos há dez anos no desenvol-vimento de uma expertise própria para lidar com essas ferramentas. O Centro Educacional Pioneiro também criou área específi ca para apoiar professores e alunos. E agora, com as redes, têm sua atenção redobrada, pois a principal característica dessas plataformas é o perfi l colaborativo, em que as pessoas se sentem mais à vontade para expor preferências, opiniões, expectativas e necessidades. Qual seria então a medida de seu uso, para que não se banalizem essas questões, para que se dê sentido à experiência cotidiana e à construção dos saberes? Essa a grande e nova questão que as escolas precisam responder.Ao comentar o caso de São Carlos, o sociólogo e professor da Universidade de São Paulo, José de Souza Martins (em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, de 20 de novembro passado), anotou que “o computador pessoal, que revolucionou o acesso à informação e o cotidiano dos processos interativos, revoluciona, sim, a vida social, altera padrões de sociabilidade, aniquila valores sociais e inaugura valores invasivos, permanentemente provisórios”. O principal risco é que “os valores consolidados pela longa duração da vivência social vão sendo substituídos por valores de ocasião”. Os relacionamentos tornam-se “descartáveis e deletáveis”. A leitura do professor é pouco otimista, porque ele acredita que “o computador torna obsoleta a velha pedagogia voltada para o primado do bem comum, do direito regulado pelo dever em relação a pes-soas de carne, osso e sentimentos”. Assim, trabalhar a cidadania digital representa um antídoto a esses riscos, signifi ca saber apropriar-se de um espaço com vistas a fortalecer a democracia participativa e o bem coletivo.Confi ra nesta edição, que traz ainda uma reportagem sobre a gestão dos investimentos, a trajetória bem--sucedida do Colégio Objetivo de Indaiatuba, dicas de recursos e infraestrutura e um fi que de olho de toldos e coberturas.

Uma boa leitura a todos,Rosali FigueiredoEditora

NOVO ESPAÇO DO LEITORQueremos nos aproximar mais de você, leitor, conhecendo suas opiniões, expectativas, sugestões e necessida-des. Por isso criamos um novo canal de contato, o endereço de email [email protected]. Envie seus comentários e lembre-se de deixar nome completo, escola ou empresa em que atua, profi ssão e

telefones para contato, nos informando ainda se autoriza a publicação total ou parcial da mensagem.

Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias, sujeitando os infratores às penalidades legais.

As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião da revista Direcional Escolas.

A revista Direcional Escolas não se res ponsabiliza por serviços, produtos e imagens publicados pelos anun ciantes.

Rua Vergueiro, 2.556 - 7ª andar cj. 73CEP 04102-000 - São Paulo-SPTel.: (11) 5573-8110 - Fax: (11) 5084-3807faleconosco@direcionalescolas.com.brwww.direcionalescolas.com.br

Tiragem de 20.000 exemplares auditada pela Fundação Vanzolini, cujo atestado de tiragem está à disposição dos interessados.

Filiada àTiragem auditada por

EDITORIAL

DIRETORESSônia InakakeAlmir C. Almeida

EDITORARosali Figueiredo

PÚBLICO LEITOR DIRIGIDODiretores e Compradores PERIODICIDADE MENSALexceto Junho / Julho Dezembro / Janeiro cujaperiodicidade é bimestral TIRAGEM20.000 exemplares JORNALISTA RESPONSÁVELRosali FigueiredoMTB 17722/[email protected]

REPORTAGEM Tainá DamacenoMTB 55465/SP

CIRCULAÇÃOEstado de São Paulo, Rio de Janeiro,Paraná, Minas Gerais

DIREÇÃO DE ARTEJonas Coronado

ASSISTENTE DE ARTEFabian RamosRodrigo Carvalho

ASSISTENTE DE VENDASEmilly Tabuço

GERENTE COMERCIALAlex [email protected]

DEPARTAMENTO COMERCIALAlexandre MendesFrancisco GrionPaula De PierroSônia Candido

ATENDIMENTO AO CLIENTEJoão MarconiJuliana Jordão

IMPRESSÃOProl Gráfi ca

Caro leitor,

Conheça também a Direcional Condomíniose Direcional Educador

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11 ESPECIAL

22 PERFIL DA ESCOLA

08 GESTÃO

CONFIRA AINDA

REDES SOCIAIS DIGITAISPrincipal plataforma de comuni-cação utilizada atualmente pelos jovens, adolescentes e mesmo crian-ças, as redes sociais digitais impõem novo desafi o aos educadores e às es-colas: apropriar-se desta tecnologia com vistas a trabalhar a formação do cidadão digital. O processo exige investimento na formação e no saber da própria equipe pedagógi-ca e de apoio da escola, sob pena de se acentuarem os riscos que essas redes impõem sobre os valores permanentes do bem coletivo.

COLÉGIO OBJETIVO DE INDAIATUBAEm apenas 12 anos, a mantenedora do Colégio Objetivo de Indaia-tuba transformou uma instituição pré-falimentar, de apenas 135 estudantes matriculados, em uma das mais bonitas e bem-sucedi-das experiências de ensino na região. Com 1.100 alunos e grande procura por vagas, a escola ocupa hoje 19 mil metros quadrados de instalações agradáveis, que tornam ainda mais prazerosa a vivência da aprendizagem. Mas ela conseguiu, sobretudo, tornar sua equipe de colaboradores permanentemente mobilizada para o sucesso do empreendimento.

INVESTIMENTOS: RECURSOS PRÓPRIOS E FINANCIAMENTOA rede privada de ensino apresenta um ritmo muito próprio de in-vestimentos e crescimento: tudo é feito no longo prazo, sem muito

planejamento, de acordo com as necessi-dades mais urgentes de melhoria na in-fraestrutura, nos equipamentos e de abertura de novas vagas. Especialistas recomendam, entretanto, que se adote um planejamento orçamentário pre-vendo um reinvestimento mínimo e contínuo, além de um modelo misto de fi nanciamento.

DICAS FORMAÇÃO SUPERIOR EM PROCESSOS ESCOLARES ..............................................................................14INFORMÁTICA ........................................................................ 18 SOLUÇÕES EM LAYOUT ..................................................... 21

FIQUE DE OLHOTOLDOS E COBERTURAS ................................................... 16

SuMÁRIO

ças, as redes sociais digitais impõem novo desafi o aos educadores e às es-

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WWW.DIRECIONALESCOLAS.COM.BR

No site da Direcional Escolas, você encontra grande acervo de informações e serviços que o auxi-liam na gestão administrativa, pedagógica e da sua equipe de colaboradores. Acesse e confira.

REDES SOCIAIS DIGITAIS: QUAIS OS ATRIBUTOS DOS PRINCIPAIS CANAIS?

Reportagem apresenta as características principais de plataformas como o Facebook, o You Tube e o Twitter, bem como uma análise de seu impacto no campo do marketing.

COMO AS ESCOLAS ESTÃO TRABALHANDO? Confira os detalhes das experiências empreendidas na área pelo

Colégio Dante Alighieri e o Centro Educacional Pioneiro, ambos de São Paulo, Capital. No primeiro, as redes sociais digitais aparecem em dois formatos, tanto no campo institucional quanto no trabalho pedagógico. No segundo, a ação é mais voluntária e parte da iniciativa de professores e alunos.

UM RELATO DA EXPERIÊNCIA DO COLÉGIO JOANA D’ARCO professor de História Rodrigo Abrantes, que atua com o Ensino

Médio do Colégio Joana D’Arc, também de São Paulo, conta como me-diou um grupo de estudos criado para o 3º ano junto ao Facebook, e de que forma isso contribuiu para os processos da sala de aula. Apro-veitando-se do canal, o professor solicitou o auxílio dos próprios estu-dantes para que também expressassem suas impressões em torno da experiência.

GESTÃO:SIMPLES NACIONAL

O novo colunista do site da Direcional Escolas, Alan Castro Barbo-sa, avalia em artigo os impactos que as mudanças na tabela do Simples Nacional terão sobre as escolas. Segundo ele, algumas instituições pode-rão ser prejudicadas, especialmente as pequenas. Confira as explicações do especialista em nosso site.

ARQUITETURA: SOLUÇÕES EM LAYOUT

As arquitetas Cristina Corione e Yara Santucci Barreto apresentam, em entrevista, dicas de intervenção e critérios para escolha de materiais na ampliação ou decoração dos espaços físicos das escolas. Veja também um álbum de fotos das instalações do Colégio Sidarta, de São Paulo, instituição que articula a proposta estética aos princípios pedagógicos, utilizando-a como valioso canal para expressar sua identidade e missão.

FORMAÇÃO:TECNÓLOGO EM PROCESSOS ESCOLARES

Reportagem apresenta a importância da profissionalização do agente escolar para as instituições de ensino.

VERSÃO COMPLEMENTAR DA EDIÇÃO DE DEZEMBRO 2011/JANEIRO 2012

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GESTÃO: INVESTIMENTOS - RECuRSOS pRópRIOS E fINANCIAMENTO

reinvestida no negócio, programando-se seu crescimento em mé-dio e longo prazo. E que, por outro lado, se o mantenedor exerce função administrativa ou pedagógica, que receba um pró-labore compatível com os valores de mercado e lançado como custo.

Também Alan Castro Barbosa, profi ssional da área contábil que atua com uma carteira de 220 instituições de ensino, defende um planejamento fi nanceiro criterioso como ponto de partida a um plano de investimentos. Isso começa por uma política realista no reajuste das mensalidades, adequada aos custos da institui-ção e não à majoração média praticada pelo mercado; prossegue com uma boa gestão da folha de pagamentos, que não ultrapasse 50% da receita; e exige uma planilha anual dos custos, incluindo manutenção, inadimplência, gastos com benefícios e capacitação dos recursos humanos, além de extras como 13º, entre outros. Nesta planilha, Alan sugere separar a taxa de reinvestimento, algo em torno de 10% do faturamento, dos dividendos.

Segundo Alan, com a falta deste planejamento, muitos gesto-res tornam-se reféns de créditos imediatos de custos mais eleva-dos para cobrir extras como férias e 13º salário, comprometendo a saúde fi nanceira da instituição. “O que vai determinar se um empréstimo dará certo ou não será a capacidade administrativa e

AS OPÇÕES DO BNDESA assessoria de imprensa do Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) infor-ma que a instituição não possui linhas ou produtos específicos às instituições de ensino, mas que as esco-las privadas podem contar com os serviços do “Cartão BNDES” e do “BNDES Automático”. Ambos são inter-mediados por instituições parceiras. Para obter o car-tão, é preciso fazer um cadastramento junto ao Portal do Banco (www.cartaobndes.gov.br), preenchendo um formulário e encaminhando-o a um banco emissor (Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco, Caixa Econômica Federal ou Itaú). Diferentemente dos cartões conven-cionais do mercado, o do BNDES não possui tarja mag-nética ou chip, “o que não possibilita realizar deter-minados tipos de operações, como, por exemplo, saque em caixas eletrônicos”.

Sua principal vantagem é proporcionar uma linha de crédito pré-aprovada no limite de até R$ 1 milhão, a ser quitada com prestações fixas, prazo de paga-mento de três a 48 meses e taxa de juros menor que a do mercado (foi de 0,97 % em novembro passado). Segundo o BNDES, mais de 176 mil itens estão dis-

SAIBA MAIS

ALAN CASTRO [email protected]

ANA CRISTINA [email protected]

BENJAMIN RIBEIRO DA [email protected]

BNDES AUTOMÁTICOwww.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/Apoio_Financeiro/Produtos/BN-DES_Automatico/index.html

PORTAL DE OPERAÇÕES DO CARTÃO BNDESwww.cartaobndes.gov.br

WALTER LUIZ DINIZ [email protected]

poníveis para compra através do cartão e com operações somente através da internet, entre eles máquinas e equi-pamentos, computadores, softwares, móveis comerciais, veículos utilitários e motocicletas para serviços de entrega. Os fornecedores devem estar cadastrados e os produtos relacionados às atividades de micro, pequenas e médias empresas.

O “BNDES Automático”, por sua vez, financia projetos entre R$ 10 milhões e R$ 20 milhões, conforme o tamanho da empresa, também via agentes financeiros, credenciados pela instituição. Compete a esses agentes avaliar o perfil do cliente e decidir pela concessão ou não do crédito, já que “ele assumirá todo o risco da operação junto ao BN-DES”. O produto contempla várias linhas de financiamento, como o “MPME – Investimento”, destinado a micro, peque-nas e médias empresas de qualquer segmento. Segundo um dos agentes financeiros consultados, o “BNDES Automáti-co” oferece financiamento de longo prazo, juros inferiores à média do mercado, alíquota zero do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e possibilidade de carência. Os re-cursos podem ser aplicados na expansão, modernização ou recuperação da atividade.

de planejamento do mantenedor”, observa Alan. O especialista desta-ca, por exemplo, que ao contratar linhas a juros altos, o gestor tende a repassar o custo para as mensalidades, “correndo o risco de perder aluno pela questão do preço e da queda da qualidade”.

Ilustração: Fabian Ramos

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Por NA Comunicação Estratégica

INfORME puBLICITÁRIO

Reinaldo Passadori: A importância da boa comunicação

para o líder no ambiente escolar

O desenvolvimento da habilidade em Comunicação Verbal é fundamental para qualquer área de atuação. No entanto, observa-mos que há muitas dificuldades quando um profissional precisa falar, notadamente diante de um público. No ambiente acadêmico, assim como em qualquer outro, um bom líder é aquele que sabe se comuni-car e transmitir a mensagem de maneira clara, objetiva, correta, com técnica e elegância. O estilo de liderança exerce grande influência nas relações interpessoais entre gestores, corpo docente e discente, já que na comunicação intrapessoal, a pessoa consolida seus valores, suas crenças, significados, suas ideias, pensamentos e emoções. Utilizando recursos de oratória, controlando suas emoções, sabendo organizar suas ideias você consegue ter uma comunicação efetiva.

Reinaldo Passadori, presidente e fundador do Instituto Passadori – Educação Corporativa, consultoria que já treinou mais de 50 mil profissionais do mundo corporativo, possui especialização em Recur-sos Humanos, Comunicação Verbal e Neurolinguística, além de ser graduado em Administração de Empresas. É um dos conferencistas mais requisitados para realização de palestras no seu segmento, com efetiva participação em congressos e eventos em empresas privadas e governamentais. Autor de três livros: Comunicação Essencial – Es-tratégias Eficazes para Encantar seus Ouvintes, As 7 Dimensões da Comunicação Verbal e Media Training - Como construir uma co-municação eficaz com a Imprensa e a Sociedade, todos publicados pela Editora Gente.

Confira todas as dicas de Passadori para você se tornar um líder comunicador no ambiente escolar.

Reinaldo, uma pessoa nasce com esse talento ou precisa de-senvolvê-lo?

Algumas pessoas nascem com mais ou menos facilidades, a exem-plo de outros dons. Todos podem desenvolver essa habilidade, alguns com maior facilidade por suas habilidades inatas, outros precisarão fazer um pouco mais de esforço. No entanto, não só as pessoas podem, mas precisam aprimorá-la continuamente, se desejam ter sucesso em suas carreiras.

Como o líder deve comunicar a sua equipe as dificuldades que

precisam ser superadas?Com assertividade e segurança, levando em consideração o ou-

tro, sabendo ouvir e tendo o bom senso e a sensibilidade, para tirar o melhor proveito de cada situação. Aliás, o líder não deve falar desse modo apenas quando há algo difícil a ser comunicado, mas em toda e qualquer situação que dependa da sua relação com outras pessoas, quer sejam seus liderados, ou não.

Ainda na comunicação, quais são os perfis mais encontrados de liderança?

Existem quatro tipos básicos: agressivo, passivo, passivo agressivo e assertivo. O agressivo é aquele que se comunica de maneira hostil, culpando outras pessoas, não assumindo responsabilidades, postura antipática, fala com o dedo em riste. Sua fala é incisiva e autoritária. O passivo dificilmente assumirá bem o papel de liderança, pois é aquele que tem medo de tudo e passa a ser subserviente. O passivo agressivo é aquele tipo de pessoa que fala mal às escondidas, age covardemente e é vingativa. Já o assertivo é aquele que tem franqueza ao falar, que ouve e se comunica de forma clara e firme. Fala sim e não com a mes-ma naturalidade, não tem medo de relatar o que está acontecendo e diz isso com toda a transparência, para que os outros entendam. Age com respeito e consideração, envolve as pessoas e é reconhecido e valorizado.

As instituições de ensino têm buscado cada vez mais capacidade de inovação em seus colaboradores. Como os gestores escolares podem estimular esse comportamento nas suas equipes?

Uma das formas de ter colaboradores ousados e criativos é ex-plorar esse aspecto desde o processo seletivo, escolhendo profissio-nais que continuamente estudam e se preparam para assumir novas responsabilidades e novos desafios. Outra forma, considerando que sempre há o que aprender e desenvolver, é treinar, oferecer cursos de especialização em conformidade com as necessidades do mercado ou específicas das instituições.

Agir criativamente, implementando as ideias, para gerar a ino-vação, é um dos principais atributos de um bom líder, que vislumbra possibilidades de melhoria, envolve outras pessoas nos seus projetos, motiva seus colaboradores para realizações coletivas, utiliza técnicas específicas de planejamento estratégico, realiza a gestão democrática. Além dessas ações, o líder se preocupa com o desenvolvimento de uma das principais habilidades que toda equipe precisa ter, que é a capaci-dade de comunicar-se efetivamente uns com os outros. Entendo que liderar é comunicar, estimular, motivar, impulsionar a força produtiva de sua equipe, para a realização de pequenos ou grandes projetos.

Instituto Passadori | +55 11 3488-1200 www.passadori.com.br | [email protected]

Av. Paulista, 726 - 11º Andar - Conjunto 1103 - São Paulo - SP

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Uma das formas de ter colaboradores ousados e criativos é explorar esse

aspecto desde o processo seletivo, escolhendo profis-sionais que continuamente estudam e se preparam para assumir novas responsabili-

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ESpECIAL: REDES SOCIAIS DIGITAIS

Não se trata de modismo nem de querer demarcar um diferen-cial mercadológico sobre a concorrência. O uso das redes sociais digi-tais pelas escolas tornou-se uma necessidade e mesmo as instituições que ainda não pensaram sobre a questão, podem se preparar, pois, cedo ou tarde, terão que se render ao fato de que jovens e adoles-centes se comunicam cada vez mais através de celulares, tablets, de computadores pessoais e com os da própria mantenedora. Por meio das redes, eles compartilham experiências, preferências, dão dicas de jogos, vídeos, músicas, reportagens e imagens. Aproveitam ainda para confi rmar as lições escolares, agendar atividades em grupo, trocar in-formações sobre os trabalhos, distribuir textos, expressar opiniões e expor dúvidas.

“O aluno está numa situação de tecnologia que lhe permite se conectar a qualquer momento, eles próprios trazem portáteis conec-tados”, anota a coordenadora do Departamento de Tecnologia Edu-cacional do Colégio Dante Alighieri, Valdenice Minatel Melo de Cer-queira. Comemorando seu centenário neste ano e com mais de quatro mil alunos, o Colégio está todo conectado à internet por meio de rede Wi-Fi, incluindo as salas de aula. Está iniciando também um processo de distribuição de tablets aos estudantes do Ensino Médio, em forma de comodato.

Mestre e doutoranda em novas tecnologias aplicadas à educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, professora de pós--graduação na Universidade Mackenzie, Valdenice lidera uma equipe no Colégio Dante que tem a função de formar professores, promo-ver a sinergia entre suas propostas pedagógicas e a aplicação desses recursos, bem como mediar o uso desses canais na aprendizagem e nos projetos interdisciplinares dos alunos. Implantado há pouco mais de dez anos, o Departamento tem auxiliado a comunidade escolar a construir uma nova postura digital, tanto para o uso pedagógico das ferramentas e quanto para as relações interpessoais.

Para outra professora especializada na área, Débora Sebriam, do Centro Educacional Pioneiro de São Paulo, o grande diferencial que as redes sociais digitais potencializaram sobre a tecnologia de infor-mação foi a possibilidade de interação “de pessoas com as pessoas e não de pessoas com as máquinas”. Segundo Débora, as redes sociais digitais são hoje o recurso mais utilizado pelos alunos como forma de comunicação com o grupo. “É um meio natural para eles, pois se sen-tem muito mais à vontade, é uma comunicação mais dinâmica, par-ticipativa e que permite a interação. Eles se colocam mais que na sala de aula, expõem a opinião sem medo de retaliação, pois consideram as redes um espaço mais amigável.” Assim, elas “agregam bastante no contato, na aproximação com o aluno e no próprio processo peda-gógico”, acredita Débora, responsável pela Tecnologia Educativa do Pioneiro e mestre em Engenharia de Mídias.

TRÊS RAZÕES PARA ADERIR ÀS REDESO engajamento das escolas se encontra ainda em fase embrioná-

ria, avalia Eduardo Cardoso Junior, diretor de Tecnologia Educacional do Grupo Aymará, engenheiro eletrônico pós-graduado em Teleinfor-mática e em Gerência de Projetos. Mas segundo ele, não haverá como fugir das novas plataformas. “A escola está buscando informações sobre isso, está sentindo necessidade de entender, porém ela ainda tem um pouco de medo da exposição.” Conforme Eduardo, há, na ver-dade, três fortes motivações para a adesão: “As redes sociais facilitam a comunicação, proporcionam aprendizagem colaborativa e oferecem oportunidade para exercitar a ética e a cidadania digital. Essa é a mais importante, porque o aluno já está na rede, o que leva a escola a ter que incorporar um novo papel, que está dentro das competências do século XXI. Talvez a escola nunca tenha tido uma ferramenta que fa-cilitasse tanto a comunicação aluno – aluno, aluno – professor. Por exemplo, há uma dinâmica única para a discussão histórica no Twitter,

COMO A ESCOLA PODE (E DEVE)

INCORPORAR ESTA NOVA PLATAFORMA

As redes sociais digitais são hoje um dos meios mais utilizados na comunicação entre os jovens e adolescentes. Munidos de apa-relhos mobile, tablets e computadores, eles trocam informações sobre a agenda escolar e compartilham as atividades dos grupos de estudos. Mais fl uentes nesta linguagem que a escola e os professores, os estudantes precisam, no entanto, de mediação que imprima um caráter mais ético e cidadão à experiência. É um novo papel a ser incorporado pelas escolas, que a partir do fenô-meno das redes digitais vê a aprendizagem extrapolar, de vez, o espaço da sala de aula.Por Rosali Figueiredo

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ESpECIAL: REDES SOCIAIS DIGITAIS

ferramenta que está mais próxima do dia a dia do aluno, que faz com que ele refl ita sobre o que está escrevendo. Ou seja, quando a escola adere às redes, ela cria espaço e oportunidade para um uso crítico, nisso ela exerce a função de formar ética e criticamente o aluno.”

Entre as escolas que aderiram, observam-se dois principais mo-vimentos: um mais espontâneo, de iniciativa do professor ou de um grupo de estudantes, outro institucional. No Dante Alighieri, há perfi s ofi ciais e também de grupos de estudos e de projetos extracurriculares publicados no Facebook. O Pioneiro, por sua vez, ainda não aderiu de maneira institucional. Mas alunos e professores acabaram criando seus espaços em redes como o Facebook (leia mais sobre essas experiências no site da Direcional Escolas). Também no Colégio Joana D’Arc, loca-lizado no bairro do Butantã, em São Paulo, docentes e alunos criaram perfi s na rede, por iniciativa própria. É o caso do professor de História Rodrigo Abrantes da Silva, que vem mediando o Grupo Paratodos, do 3º ano do Ensino Médio, no Facebook. A previsão era encerrar a expe-riência ao fi nal do mês de novembro, mas os alunos pediram que se mantivesse a página aberta, mesmo que inativa.

PROFESSOR CURADOR E MEDIADOR O foco deste grupo é o ensino de História, com a publicação de

textos, vídeos e comentários, sob a moderação do professor. Mas qual-quer um dos 33 alunos inscritos no grupo pode publicar o material que quiser. “É um ambiente virtual onde disponibilizo e desdobro materiais trabalhados em aula ou onde também surgem questões que retomo em aula.” Rodrigo observa que a experiência gera refl exos positivos sobre os trabalhos em sala de aula, “pois você sai de um modelo de

educação centrado na relação vertical e vai para o modelo de rede, a informação vai se disseminando e isso mobiliza no aluno mais moti-vação para o aprendizado”. As regras de uso não estão expressas em papel, mas, segundo Rodrigo, “existe uma ética, nunca tive que fazer intervenção, pois desde o princípio fi cou claro qual seria a fi nalidade do grupo”. O professor fi ca conectado o tempo todo, recebendo pu-blicações via celular.

O fenômeno projeta outro papel e demanda mais disponibilidade dos docentes. Para Eduardo Cardoso, do Grupo Aymará, o professor se transforma em “mediador do debate e curador do conteúdo”, no sentido que ele deve “organizar, orientar e zelar” pelos interesses da aprendizagem. Valdenice Minatel, observa, por sua vez, que “o profes-sor está se reinventando para trabalhar isso em sala de aula e quan-do se sentir pronto, ainda correrá o risco de ser superado por outra nova tecnologia”. Valdenice propõe trazer o próprio aluno para deixar sua contribuição, já que ele tem mais disponibilidade para desenvol-ver fl uência em mídias digitais. Ao professor, comenta, fi ca a dica de procurar entender e explorar a “essência de cada ferramenta, como o Twitter, que com seus 140 caracteres mobiliza diferentes habilidades, como o poder de síntese e a melhora da argumentação, o que traz refl exos positivos, por exemplo, na Matemática”.

CUIDADOS E MUDANÇAS INDISPENSÁVEISCaso não haja esse envolvimento, a adesão às redes corre o risco

de fi car ”no oba oba” e, em lugar de favorecer a aprendizagem, “apro-fundar alguns problemas que podem sim ser gerados por elas, como a invasão de privacidade, a confusão entre o público e o privado, o

EXEMPLO DE PUBLICAÇÃO DE NOTA EM GRUPO DO FACEBOOK(Post do Professor de História Rodrigo Abrantes, Grupo Para-todos, Colégio Joana D’Arc)

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SAIBA MAIS

NO WWW.DIRECIONALESCOLAS.COM.BR, LEIA

DÉBORA [email protected]

EDUARDO CARDOSO [email protected]

RODRIGO ABRANTES DA [email protected]

VALDENICE MINATEL MELO DE CERQUEIRA [email protected]

- O PERFIL DAS PRINCIPAIS REDES SOCIAIS DIGITAIS, ALÉM DAS MUDANÇAS QUE ELAS TÊM PROCESSADO TAMBÉM NO CAMPO DO MARKETING;- O RELATO DO PROFESSOR RODRIGO ABRANTES ACERCA DAS EXPERIÊNCIAS COM OS GRUPOS DE DIS-CUSSÃO COMPARTILHADOS COM OS ESTUDANTES NO FACEBOOK;- AS EXPERIÊNCIAS DO COLÉGIO DANTE ALIGHIERI E DO CENTRO EDUCACIONAL PIONEIRO.

ESpECIAL: REDES SOCIAIS DIGITAIS

imediatismo, a extinção do tempo de esperar para falar, a falta do convívio mais presencial, a ausência de construção argumentativa e de sentido. Afi nal, o que nos acrescenta simplesmente publicar que ‘vou comer’? Não podemos banalizar esse mural”, pondera Valdeni-ce. Nesse sentido, Débora Sebriam deixa um alerta aos professores: é preciso cuidado para não confundir perfi s pessoais, que expõem fatos de sua vida privada, com o profi ssional. Também nas páginas coletivas não deve haver espaço para brincadeira, sugere Débora, questionando “quais seriam as consequências de se falar uma besteira em grupo”?

Isso não signifi ca, por outro lado, que deve haver controle sobre o que pode ou não ser publicado, sob pena de prejudicar o caráter colabo-rativo das redes. Os especialistas concordam, porém, que deve haver di-retrizes para este uso, discutidas e defi nidas coletivamente. “Pode até ser em documento impresso, desde que se mantenha aberto e colaborativo, pois ele deve se adaptar conforme acontecem as mudanças”, pontua Débora. No Dante Alighieri, o Departamento de Tecnologia coordena o projeto e-Cidadão, que através de palestras, fóruns, publicações etc., voltadas a alunos, professores e demais funcionários, promove a “for-mação para uso ético e seguro da internet”, afi rma Valdenice Minatel.

De qualquer forma, a partir do momento em que está na web, em rede, a troca de informações de um grupo deve ser acompanha-da por um mediador, em geral, o professor, o qual precisaria de uma disponibilidade mínima de três horas diárias para atender a essa nova demanda, observa Débora Sebriam. Um único grupo no Facebook, se-gundo ela, exige no mínimo o acompanhamento de uma hora diária, o que deixa outro grande desafi o às escolas e professores: “é necessário organizar de outra forma o trabalho docente”. Segundo Débora, “o próprio professor precisa perceber que o sistema hora/aula não cabe mais nessa nova realidade”.

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CURSO DE TECNOLOGIA PRETENDE QUALIFICAR AGENTE

Por Tainá Damaceno

A falta de formação específi ca tem sido grande entrave para os agentes de apoio dos estabelecimentos de ensino, problema que o Ministério da Educação propôs resolver com a criação do Cur-so Superior de Tecnologia em Processos Escolares, através da Portaria 72/2010, publicada em maio do ano passado. A carreira foi inserida no Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia, por reivindicação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação.

A nova carreira existe em resposta à alta demanda do mercado, principalmen-te nas escolas particulares de educação básica, observa Allan Kozlakowski, coor-denador do respectivo curso nas Facul-dades Metropolitanas Unidas (FMU), de São Paulo. Segundo ele, percebeu-se uma movimentação e um interesse em quali-fi car gestores e profi ssionais de atendi-mento e registros nas escolas, o que levou à autorização do curso pelo MEC.

A formação superior em Processos Escolares vive momento ainda em-brionário, de estudo e aperfeiçoamen-to, comenta o professor Nonato Assis de Miranda, coordenador do curso na UNIP (Universidade Paulista). “É uma novidade, as poucas universidades que oferecem a formação superior em Pro-cessos Escolares, como a Paulista, são pioneiras e passaram a incluí-la no calendário do primeiro semestre deste ano”, diz. Outras grandes instituições de ensino, como a Anhanguera, ainda não disponibilizam o curso.

Com carga horária mínima de 2.400 horas e período de dois anos e seis meses, o curso pretende qualifi car profi ssionais para lidar com os processos de planejamento, coordenação, controle e operacionalização das atividades de apoio pedagógico e ad-ministrativo no âmbito de espaços educati-vos (portarias, laboratórios, almoxarifados, secretarias, jardins, cantinas, brinquedote-cas, bibliotecas e instalações esportivas). O tecnólogo em processos escolares poderá atuar em escolas de educação básica (pú-blicas e privadas), em organizações não governamentais e órgãos públicos do sis-tema de ensino. “Ele será um profi ssional de apoio de diversas áreas específi cas no cenário da educação”, defi ne Miranda.

Para Neide Noffs, diretora da Facul-dade de Educação da Pontifícia Univer-sidade Católica (PUC) em São Paulo (que ainda não oferece a modalidade), o tec-nólogo “terá uma visão interdisciplinar, não isolada do processo, com a oportu-nidade de desempenhar atividades arti-culadas, e será parceiro dos profi ssionais que já atuam no cargo de supervisão nos estabelecimentos de ensino. Uma forma-ção específi ca como essa, que envolve fl uxos organizacionais e desenvolvimen-tos de ações intra e extraescolares, não é de hoje que faz falta”, enfatiza. Já a assessora pedagógica Marlene Schneider, do Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimen-tos de Ensino no Estado de São Paulo), afi rma que a nova carreira formará “es-pecialistas que poderão interagir com maior competência no ambiente escolar”.

SAIBA MAIS

ALLAN KOZLAKOWSKI [email protected]

MARLENE [email protected]

Na Próxima Edição: Mochilas: Organização do material e uso

LEIA REPORTAGEM COMPLEMENTAR SOBRE O ASSUNTO, ABORDANDO A IMPORTÂNCIA DA PROFISSIONALIZAÇÃO DO AGENTE PARA O DIA A DIA DA ESCOLA.

NO WWW.DIRECIONALESCOLAS.COM.BR

NEIDE [email protected]

NONATO ASSIS DE [email protected]

DICA: fORMAÇÃO SupERIOR EM pROCESSOS ESCOLARES

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Por Waldir Ciszevski*

INfORME puBLICITÁRIO

ANO NOVO . . . VIDA NOVA . . . ESCOLA NOVA . . . NOVOS RESULTADOS PARA 2012.

Enfim, chegamos à reta final deste ano e conviver com Mudanças é o nosso dia expectado, observado e/ou experien-ciado.

Mudanças no cenário político-go-vernamental nacional e internacional, mudanças na tecnologia, mudanças no nosso ecossistema, enfim mudanças, mu-danças e mais mudanças e isso nos faz repensar o Futuro imediato, a médio e em longo prazo e, como diz o ditado po-pular Ano Novo, Vida Nova, vale enten-der que Mudanças em nossas vidas são premissas incondicionalmente ligadas ao Sucesso, à Satisfação e à Sustentabilida-de do Crescimento e das Melhorias, pois estas, como sabemos, não são questões opcionais na vida de uma pessoa e/ou de uma Organização por se tratar de um pré-requisito existencial intrínseco.

A “MUDANÇA” como um Proces-so tem, conceitualmente, seu início no “Conhecimento” sob o qual se desdobra então o verbo “Saber”.

Na sequência, o próximo passo é a “Atitude” dos indivíduos. Vale ressaltar que no dia a dia confunde-se Atitude (que genuinamente significa juízo de va-lor sobre um determinado conhecimen-to) e Comportamento. O verbo oriundo da Atitude é “Querer”. O terceiro e úl-timo passo é “Comportamento”, cujo verbo atrelado é o “Fazer”.

Convém ressaltar que se de um lado a conformidade entre o Saber e o Querer não garantem o Fazer, embora

o estimulem, de outro lado é certo que para que haja uma Mudança de fato, é necessário que ocorra essa citada con-cordância e alinhamento de cada passo do Processo de Mudança, independen-te da Mudança ser Pessoal ou em sua Instituição de Ensino ou qualquer tipo de outra Organização.

E se queremos algo novo, Vida Nova . . . . , nada ocorrerá de fato se não en-cararmos de forma vantajosa a Mudança.

Finalmente destacamos que, quanto às Instituições Organizacionais, não vere-mos nenhuma Mudança nessa Entidade, se efetivamente não houver de forma preliminar e concomitante Mudanças nos Indivíduos que as compõem, começando pela alta cúpula e permeando todos os níveis estruturais.

Assim sendo, me perdoem a redun-dância, para Mudar (os outros) é neces-sário Mudar (a nós mesmos, em primeiro lugar).

Somente após essa Mudança Com-portamental individual é que, por efeito Cascata, a Mudança vai se alastrando nos mesmos estágios, para um Grupo, para uma Organização e para uma Sociedade.

Que tal uma profunda reflexão in-trospectiva para melhor Planejarmos Mudanças para o Ano Novo? Isso, quanto a nós mesmos como pessoas e quanto aos nossos Negócios como Empreendimen-tos, que agregam valor às partes interes-sadas diretas e indiretas.

Felizes e sábias Mudanças!!!!

*Waldir Ciszevski é Consultor de Empresas e presidente da Qualitivity Consul-toria & Gestão Empresarial, especialista em “Mudanças Organizacionais”, Diag-nóstico Empresarial e Implementação de Melhores Resultados, destacando-se em Instituições de Ensino.

MUDANÇAS NECESSÁRIAS AO COMPORTAMENTO DO GESTOR DE UMA ESCOLA.

www.qualitivity.com.br | [email protected]

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IGUATEMINa Iguatemi Coberturas, o policarbonato reina em soluções cria-

tivas e inovadoras. Criada há sete anos, a empresa oferece telha em policarbonato, cobertura semicurva personalizada, em curva, retrátil, em duas águas retrátil e túnel com ventilação, entre muitas outras opções. “O policarbonato é um termoplástico, ou seja, um plástico que amolece ao ser aquecido e endurece quando resfriado, permitindo que se façam curvas ou outros formatos, sem nenhuma emenda”, informa a empresa. Mais leve que o vidro, mas resistente a impactos, o material proporciona transparência e pleno aproveitamento da luz natural, tor-nando-se “ideal para locais de passagens, entradas e saídas e circula-ção de uma área para outra”, afirma Fábio Brito, gerente comercial da Iguatemi. O policarbonato é oferecido no formato compacto, alveolar e em telhas (que também podem ser termo-acústicas). Segundo Fábio Brito, a atuação da empresa se destaca pela “qualidade dos produtos e serviços e o comprometimento com datas e prazos de instalações”, além do atendimento personalizado às instituições localizadas nas zo-nas Sul e Sudeste da Capital paulista.

Fale com a Iguatemi11 2023-0346 / 2682-4039 / 2038-8142www.iguatemicoberturas.com.bratendimento@[email protected]

CRIATIVADesde 1994 no mercado, a Criativa Coberturas atua em São Paulo

com soluções em policarbonato, telhas termo-acústicas, toldos em lona e envidraçamento. Conforme Marcos de Aragão, diretor comercial da empresa, além da proteção, cada tipo de material proporciona um be-nefício específico às edificações. No caso do policarbonato, sua grande vantagem é a iluminação natural. Já as telhas proporcionam conforto térmico e isolamento acústico, enquanto os todos se destacam pela de-coração. Em relação ao policarbonato, um dos carros-chefes da Criati-va, é importante anotar que o material assegura proteção contra raios ultravioleta UV, o que também acaba gerando conforto térmico. Elas podem ser retráteis, “dando ao cliente a possibilidade de abrir e fechá--la com um simples toque, pelo acionamento do controle remoto”, diz. Marcos de Aragão destaca que nestes 17 anos de atuação a Criativa estruturou “o maior e melhor grupo de serviços e montagem do ramo”. Entre os demais benefícios, figuram ainda “flexibilidade nos pagamen-tos, pontualidade na entrega, material de qualidade, estruturas seguras, além de fino acabamento de montagem”. O atendimento ao cliente é feito por uma equipe de vendedores técnicos, “que consegue projetar a melhor opção de cobertura para satisfazer a necessidade da escola”, finaliza Marcos.

Fale com a Criativa11 2214-7623 / 2943-9523 [email protected]

fIQuE DE OLHO: TOLDOS E COBERTuRAS

LEVEZA, CORES E CRIATIVIDADE NO AMBIENTE ESCOLAR

Nesta época de recesso das aulas nas escolas, a movimentação dos alunos e professores cede lugar ao vai e vem das obras e reparos necessários para se colocar a casa em dia e assim, no retorno do ano letivo, proporcionar mais conforto a toda comunidade. É momento, portanto, de provi-denciar coberturas e fechamentos dos espaços que sofrem com os efeitos da ação do tempo, como insolação, chuva e ventos. Em um mercado cada vez mais competitivo, a palavra de ordem é criatividade e personalização na área de toldos e coberturas, oferecendo às mantenedoras soluções não apenas eficazes, mas também esteticamente harmônicas ao seu ambiente. Confira neste Fique de Olho.

Por Rosali Figueiredo

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SB TOLDOSA renovação dos espaços físicos representa a grande missão da

SB Toldos, empresa fundada em 1991 com a preocupação de atuar na “criação, desenvolvimento e produção de toldos, coberturas e projetos especiais”, de forma a criar uma sinergia com os profissio-nais das áreas de arquitetura, engenharia e decoração. Para as es-colas, destacam-se túneis passarelas nos mais diferentes formatos e cores, integrando-se de forma harmônica com os ambientes. Tam-bém são oferecidos toldos, cortinas de rolô e telas de sombreamen-to. A empresa destaca sua “vocação em inovar e aceitar desafios”, oferecendo “segurança e credibilidade a uma carteira de clientes e amigos em constante expansão”.

Fale com a SB Toldos11 [email protected]@sbtoldos.com.br

TENDAS & TOLDOSA Tendas & Toldos é uma das mais recentes empresas do mer-

cado - estará completando três anos em princípios de 2012 -, mas um de seus fundadores soma mais de duas décadas de experiência no segmento. De acordo com o empresário Francesco Lo Duca Neto, a Tendas & Toldos atende a diferentes setores, como o escolar, indus-trial, residencial, condominial e comercial. A empresa fabrica, instala e reforma toldos e coberturas, bem como loca e monta tendas para festas e eventos. Junto às escolas, seu foco está nos toldos e nas coberturas, especialmente as peças móveis, para as quais a empresa desenvolveu um sistema próprio. “Através de roldanas, dividimos a cobertura em módulos, o que permite sua abertura total ou par-cial, conforme as necessidades do usuário”, diz Francesco. Segundo ele, o sistema pode ser aplicado tanto em lonas quanto no policar-bonato. Outro destaque para as escolas fica por conta dos túneis passarela, apropriados para ligar e proteger o deslocamento dos es-tudantes, professores e funcionários entre os espaços distintos das edificações, como a parte física que abriga salas e laboratórios e os equipamentos como as quadras. É importante ressaltar, conforme acrescenta o empresário, que as soluções são adaptáveis a qualquer dimensão de espaço e desenvolvidas por uma equipe especializada, com preço justo e matéria-prima diferenciada. Francesco anuncia que os clientes que estabelecerem contato e fecharem com a em-presa por meio do anúncio da Direcional Escolas, terão 10% de desconto. A Tendas & Toldos atua na Capital e Grande São Paulo.

Fale com a Tendas & Toldos11 [email protected]

TOLDOS GLOBOCriada em 1977, a Toldos Globo apresenta um rico portfólio de

serviços prestados às escolas, como coberturas em policarbonato para pátios, quadras poliesportivas ou áreas de desembarque dos estudantes; túneis passarela e passagens cobertas em lona, material que também pode ser empregado nas quadras; além de cortinas de rolô para fecha-mento dos corredores. O gerente de vendas Robert Mariano Gomes des-taca o policarbonato como uma das soluções mais versáteis ao espaço escolar, pois “sua transparência torna o ambiente mais agradável” e o material tem “longa duração”. “É um produto de excelente qualidade, dá um ar de amplitude ao ambiente e evita que se torne fechado”, observa Robert. A Toldos Globo desenvolve layouts em 3D para que os clientes possam conferir a solução indicada pela equipe (“extremamente com-petente”) da empresa. Segundo Robert, a preocupação está em assegu-rar a “satisfação plena do cliente”, que “é o que mantém uma empresa atuante e forte em um mercado tão competitivo”. A Toldos Globo reali-za acompanhamento técnico e pós-venda dos seus produtos e serviços, junto a clientes de São Paulo e de municípios próximos, localizados em um raio até 160 Km. A empresa realiza ainda um trabalho social junto ao GATI (Grupo de Apoio às Tribos Indígenas).

Fale com a Toldos Globo11 [email protected]

TOLDOS MOBELCom descontos de 15% para clientes leitores da Direcional Escolas

até o dia 31 de dezembro, a Toldos Mobel quer se posicionar não ape-nas como uma das empresas mais tradicionais do mercado, onde atua há três décadas, mas também pela facilidade no pagamento de seus produtos e serviços, anuncia o gerente operacional, Sandro Santiago. Nesse período todo, a empresa desenvolveu expertise em toldos fixos e retráteis, voltados a proteger contra o sol ou a chuva, principalmente em portas, janelas e sacadas. “Isso proporciona um ambiente melhor para as crianças, protegendo-as do sol e chuva, contando com a garan-tia de doze meses pelo serviço”, afirma Sandro. A Toldos Mabel trabalha também com coberturas em telha e cortinas de rolô, atendendo a pedi-dos da Capital paulista e da Grande São Paulo. Os materiais empregados são a lona e o policarbonato.

Fale com a Toldos Mobel11 2967-1036 [email protected]

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INTERNET BENEFICIA MANUTENÇÃO

E ATUALIZAÇÃO DOS SISTEMAS

A evolução das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) surpre-ende os usuários a cada dia e desenvolve soluções personalizadas às necessidades dos clientes. Atualmente, por exemplo, “o mercado pede tudo na versão internet”, explica o empresário da área de softwa-res, José Carlos Bertin Junior. José Carlos atua no segmento desde a época do siste-ma operacional em DOS, o qual continha um ou outro aplicativo em planilhas e arquivos de textos. Depois, em princípios dos anos 90, acompanhou o desenvolvi-mento de um dos softwares pioneiros da área educacional na versão Windows, até se tornar autor de uma versão própria. Em quase 20 anos, o controle manual da emissão e pagamento de boletos, dos inadimplentes, das notas dos alunos, das matrículas, entre outros, cedeu lugar a softwares que integram o controle fi nan-ceiro e acadêmico.

Segundo José Carlos, as mantenedo-ras contam com pelo menos três opções no mercado: o chamado “software de prateleira”, comercializado no varejo e com um mix fechado de aplicativos; os módulos integrados, os quais permitem personalização e têm se tornado de uso mais comum entre as escolas; e os ERP (Enterprise Resource Planning), platafor-mas mais complexas, utilizadas em geral pelas grandes empresas, e que agregam outros módulos, como a área contábil. O consultor considera a opção dois a mais indicada para a área educacional, “de acesso mais rápido e direto às informa-ções”.

A novidade que o mercado traz é a possibilidade de se fazer o gerenciamen-to dos dados via internet, além da sua operação no próprio servidor. “A internet possibilita manutenção e atualização on-line, replicando-a para todas as máqui-

nas”, observa José Carlos. Outra tendência é a sublocação de espaço em datacenter, o qual assegura alta performance para o trá-fego dos dados. “Além disso, há todo um controle de backup e proteção contra in-cêndio”, alternativa interessante principal-mente às pequenas instituições, sem con-dições de montar uma estrutura própria de redes e servidores.

No Colégio Magister, entretanto, foi possível criar um sistema composto por seis servidores, que rodam desde 2001 módulos fi nanceiros integrados ao acadê-mico, bem como um software específi co para a contabilidade e os recursos huma-nos. “A grande vantagem é ter as informa-ções mais rapidamente em mãos, como o acompanhamento diário do desempenho da receita de cada turma”, afi rma o dire-tor fi nanceiro e um de seus mantenedores, Marcos Alberto Martinho. “Com isso você toma decisões em cima de informações confi áveis e atualizadas”, observa. Marcos somente lamenta o fato de operar o setor contábil de forma independente, o que o impossibilita de gerar automaticamen-te, por exemplo, um relatório periódico do peso da folha de pagamentos sobre a receita. “Mas integrá-los agora traria um custo muito elevado”, ressalva. O Magister tem 1.100 alunos e foi criado há 43 anos na zona Sul de São Paulo. (R.F.)

SAIBA MAIS

JOSÉ CARLOS BERTIN [email protected]

MARCOS ALBERTO [email protected]

Na Próxima Edição: Laboratórios: Química,

Física e Biologia

DICA: INfORMÁTICA: ÁREA ADMINISTRATIVA E pEDAGóGICA

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DICA: SOLuÇÕES EM LAYOuT

PROJETOS DEVEM TRADUZIR A ALMA DA ESCOLAConciliar princípios pedagógicos

ao apuro estético e à funcionalidade de suas instalações tem sido um dos grandes diferenciais do Colégio Sidarta, institui-ção plantada na região da Granja Viana, Grande São Paulo, em 40 mil metros qua-drados de área, dez mil deles reservados a um bosque e oito mil à parte física. Construído em 1998, com 300 alunos em 2011 e projeção de 360 em 2012, o Sidarta somente irá ampliar a oferta de vagas quando fi nalizar seu planejamento estratégico de crescimento, com metas de chegar a duas salas por turma. Isso inclui ajustar a ampliação física às neces-sidades dos educadores e educandos. “A ideia é não ter que recriar paredes todos os anos”, afi rma a diretora Claudia Cristi-na de Siqueira. “Queremos soluções sus-tentáveis, que comuniquem e traduzam a fi losofi a desta escola. Quanto menos es-colarizado for este lugar, mais conectado estará ao mundo”, explica Claudia.

A diretora lembra que o Sidarta foi construído “fora do padrão tradicional das escolas”, somente com instalações térreas, divisórias em alvenaria e drywall, portas e janelas nas salas de aula que per-mitem vislumbrar os jardins no ambiente externo, bem como, internamente, visu-alizar uma praça central com claraboia. Dentro das salas, as paredes ganharam revestimento em tela, o qual acaba exer-cendo dupla função: proteger a pintura e fazer o papel de mural para os traba-

lhos dos estudantes. “O senso estético e a combinação da mobília vem como forma de acolher o aluno, porque acreditamos que o ambiente seja o terceiro elemento educador”, defende Claudia.

Para a arquiteta Cristina Corione, “a somatória da harmonia estética e quali-dade arquitetônica” exerce infl uência so-bre “a satisfação e o rendimento criativo dos estudantes”. “É necessário observar suas características comportamentais no momento da elaboração do projeto, tanto na adequação de ambientes, como na es-colha de mobiliários e equipamentos”, diz. Isso deve estar articulado ainda a aspectos como “a organização e interligação dos ambientes, a escolha adequada dos ma-teriais de acabamento, iluminação, pai-sagismo, valorização da área de convívio social, detalhes pontuais como a escolha de móveis (que atendam à ergonomia), a sustentabilidade, e um projeto adequa-do de sinalização, que faça fl uir o cami-nhar entre os espaços”. Cristina destaca também que o uso das cores representa “um dos recursos mais econômicos para se promover mudanças sensoriais em um ambiente”.

Outra arquiteta, Yara Santucci Bar-reto, chama atenção para itens específi -cos como pisos, revestimentos, paredes e divisórias, além de objetos de decoração. Todos demandam “um tratamento que alie conceito estético, funcionalidade e durabilidade”, recomenda. (R.F.)

SAIBA MAIS

CLAUDIA CRISTINA DE [email protected]

CRISTINA [email protected]

Na Próxima Edição: Brinquedoteca: Instalações e equipamentos

A ENTREVISTA COMPLETA DAS ARQUITETAS CRISTINA CORIONE E YARA SANTUCCI BARRETO, CON-TENDO DICAS DE INTERVENÇÃO E CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DE MATERIAIS. FAÇA AINDA UM TOUR VISUAL PELAS INSTALAÇÕES DO COLÉGIO SIDARTA.

NO WWW.DIRECIONALESCOLAS.COM.BR, LEIA

YARA SANTUCCI [email protected]

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pERfIL DA ESCOLA: COLÉGIO OBJETIVO DE INDAIATuBA

EXCELÊNCIA NA ESCOLARIZAÇÃO, PERMEADA PELA RELAÇÃO PRAZEROSA COM O SABER

Em palestra recente, o pensador francês Bernard Charlot defendeu que as escolas voltem a “articular o ensinar e o aprender” qualquer que seja seu modelo pedagógico. É necessário persistir no tempo e na disciplina que a aprendizagem demanda e imprimir-lhe um senti-

do prazeroso, a despeito do imediatismo com que a sociedade compartilha suas experiências hoje, disse.Essa refl exão vem à tona quando se observa o projeto construído pelo Colégio Objetivo de Indaiatuba nos últimos doze anos. Assumindo uma instituição pré-falimentar, a atual mantenedora conseguiu projetar-lhe uma identidade de ensino tradicional e forte, conquistou

pais, alunos e comunidade, e transformou sua equipe na principal divulgadora de seus sonhos e propósitos.Por Rosali Figueiredo

Fotos João Elias

Indaiatuba é uma típica cidade média do Interior paulista, distante 100 quilômetros da Capital e bem próxima a outra metrópole, o mu-nicípio de Campinas. Entre elas se coloca o Aeroporto Internacional de Viracopos, além de indústrias modernas instaladas nas imediações prin-cipalmente nos últimos quinze anos. É uma das cidades que mais cresce-ram na última década no país, ultrapassando hoje os 200 mil habitantes. Mas há doze anos, quando Loide Valim Boldori Righetto Rosa chegou à cidade, Indaiatuba ainda não tinha muito jeito de cidade grande. Parecia um refúgio da população mais rica de São Paulo e da vizinha Campinas, para onde, aliás, se dirigiam moradores que procuravam melhor oportu-nidade de emprego e estudo. Graduada em Administração de Empresas, Loide Rosa fez uma aposta ousada na época: então funcionária do Co-légio Objetivo de Sorocaba, também na região, onde atuara na área de recursos humanos e como coordenadora pedagógica, adquiriu o quase insolvente Colégio Objetivo de Indaiatuba, com apenas 135 alunos em todo o ciclo escolar – da Educação Infantil ao Ensino Médio. Havia salas de aula com apenas dois a quatro matriculados, recorda Loide Rosa. Os problemas se multiplicavam e envolviam até a parte física, como salas de aula sem interruptores de luz ou o entorno de sua área sem calça-mento no passeio público.

É um cenário inimaginável para quem visita hoje o Colégio Objetivo de Indaiatuba, que acompanhou os passos da cidade e cresceu demais, em todos os sentidos: suas instalações ocupam uma área de quase 19 mil metros quadrados em região nobre, contígua ao Parque Ecológico, boa parte adquirida pela mantenedora. Ele tem espaços físicos bem cui-dados e amplos, como a sala de 120 metros quadrados para o descan-so dos estudantes do período integral ou o lounge e a sala de estudos da turma do Ensino Médio. Há um pequeno bosque, minizoo, hortas,

minhocário, campo de futebol, cabanas temáticas (como uma casinha construída pelos alunos com material reciclável), quadras, piscina, mais os jardins, bancos e árvores que parecem reproduzir uma pequena pra-ça interiorana. Crianças, jovens e adolescentes atendidas pelo Berçário, Maternal e Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio têm espaços próprios, personalizados, mas que se comunicam por meio de ruas internas.

A escola expandiu em números também: em princípios de novem-bro passado, praticamente seus 1.100 alunos estavam com rematrículas confi rmadas para o ano letivo de 2012. Novos estudantes chegarão pela progressão natural das turmas, como a formatura do 3º ano do Ensino Médio, mas sem aumentar muito o escopo atual, estratégia discutida e pensada pela escola. Finalmente, o colégio cresceu na área pedagógica, destacando-se seu projeto sustentável e bem afi nado entre todos os

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pERfIL DA ESCOLA: COLÉGIO OBJETIVO DE INDAIATuBA

colaboradores; o modelo de gestão, principalmente educacional e dos recursos humanos; e a forma de se posicionar diante do mercado e de seu público, com investimento forte na área da comunicação.

E para 2012, novos projetos: a escola, que também abriga um pré--vestibular noturno (além dos 1.100 alunos), mais um polo bem avalia-do pelo MEC de Educação Superior a Distância, lançará a Universidade Corporativa, em parceria com uma construtora da cidade. A ideia é dar aperfeiçoamento aos professores em didática, para suprir as próprias necessidades do colégio, ao mesmo tempo em que levará a sala de aula para o canteiro da empresa, oferecendo alfabetização e formação aos seus funcionários. No momento, mantenedora, gestores e professores concordam que não há espaço físico para aumentar o número de alu-nos, todos acordaram em aprimorar ainda mais o que têm, para então programar novos saltos.

FOCO NA GESTÃO EDUCACIONAL E DE RECURSOS HUMANOS

Loide Rosa assumiu a escola em 1º de maio de 1999, em princípios trabalhando diariamente até 22 horas e cuidando das áreas administra-tiva, fi nanceira e pedagógica. Em poucos meses, arrumou o que pôde da parte física, instituiu o uniforme, contratou monitores e realizou um corpo a corpo com pais e professores, convencendo-os a permanece-rem ao lado da nova gestão. Já no segundo semestre de 1999, Loide conseguiu ampliar o número de alunos para 180, escopo dobrado em princípios do ano letivo de 2000. Sua estratégia foi investir de forma mais pesada na gestão pedagógica e de pessoas do que na própria in-fraestrutura física.

“Nosso diferencial sempre foi o trabalho com a equipe, tornando-a comprometida, motivada e competente. Como você faz isso? Ouvindo mais do que se fala. É preciso conduzir as pessoas de forma que elas sin-tam que fazem parte do projeto e demonstrando confi ança que ele vai dar certo. Cabe ao gestor dar direção, orientar, formar, administrar e ao mesmo tempo ouvir e trocar experiências”, ensina Loide Rosa. Não à toa, a instituição promove reuniões semanais entre os gestores, mediados por uma psicóloga. A equipe gestora está composta pela mantenedora e a diretora pedagógica Vera Lúcia Trasferetti, cinco coordenadores, além de cinco assistentes de coordenação e uma profi ssional responsável pelo Núcleo de Apoio aos Vestibulandos.

“Os encontros servem para discutir a dinâmica da escola, cada um leva sua pauta. Abordamos problemas, difi culdades e pontos frágeis”, relata a diretora pedagógica Vera Trasferetti. A partir dessas reuniões, a equipe identifi cou, por exemplo, a necessidade de também envolver os funcionários dos chamados grupos de apoio (administrativo, fi nanceiro, monitoria, gráfi ca, portaria, limpeza, cozinha, auxiliares de coordenação, entre outros) com a proposta educacional do colégio. “Percebemos que tínhamos que ter uma linguagem pedagógica que permeasse o trabalho de todos os setores”, observa a diretora Vera. Era preciso trabalhar, por exemplo, a compreensão de que “as regras de rotina têm uma relação com o andamento do trabalho pedagógico”.

Durante os anos de 2010 e 2011, o colégio desenvolveu um progra-ma de treinamento com todos os funcionários, de forma a inteirá-los de sua missão e do papel que compete a cada um dentro deste projeto. São 126 profi ssionais e 85 professores. No segundo semestre, o grupo foi reunido em um café da manhã, em confraternização, reconhecimento e “condensação dessas capacitações”, aproveitando-se o gancho para lançar a campanha da rematrícula e mostrar como cada colaborador é importante para o sucesso do empreendimento escolar. Afi nal, se-

gundo Vera Trasferetti, “somos uma empresa que vende um produto educacional para pessoas que estão buscando qualidade”. E conforme avalia Loide Rosa, “aqui não temos mais o recorte entre o pedagógico e o administrativo, conseguimos juntar os dois. Mesmo em um evento pedagógico, o administrativo entra com o suporte e o pagamento, por exemplo. Já na organização das viagens, o coordenador não acha ruim de fazer três cotações de ônibus nem de enviar memorando”.

A mantenedora diz que sempre trabalhou a perspectiva de que a escolar é um negócio empresarial e que, portanto, precisa dar resultado. A própria mantenedora procura fazer bem a lição de casa, profi ssiona-lizando ao máximo a relação com o professor e funcionários, ao reco-nhecer os resultados positivos e os méritos, mas, por outro lado, avaliar seu trabalho por meio de pesquisa com os alunos. É o Projeto Ibope, questionário com indicadores aplicado durante todo o mês de novem-bro pela própria mantenedora com cada um dos estudantes, em que é avaliada a organização da sala de aula, o desempenho dos professores, o atendimento de cada segmento da instituição (como a cantina) etc.

Os resultados são utilizados para orientação e correção do trabalho. A expectativa da mantenedora é que as avalições somem pelo menos 90% de aprovação em cada um dos itens, mas que os resultados se refl itam também em bons índices de aprovação nos vestibulares e no retorno das rematrículas. Ou seja, paralelamente à gestão mais aberta e participativa, “há coisas de que não abro mão”, como “efi ciência e resultado”.

BASES DE UM PROJETO PEDAGÓGICO SUSTENTÁVELReconstruído ao longo dos últimos doze anos, o empreendimento

escola acabou se viabilizando e consolidando sobre o trabalho pedagó-gico, que atingiu seu grau de sustentabilidade, avalia a diretora Vera Trasferetti. O colégio conseguiu formar “uma identidade pedagógica forte”, articulando três frentes de ação: material didático (enriquecen-do-o com uma dinâmica própria de projetos intra e extracurriculares); o corpo docente; e as atividades de apoio (como olimpíadas de conheci-mento, parcerias em idiomas, robótica, entre outros).

Tudo isso adquire corpo em um ambiente físico que desencadeia uma sensação de pertencimento e reforça a identifi cação e o vínculo do aluno com a escola, destacam Loide Rosa e Vera Trasferetti. A identidade consolidada entre colaboradores, alunos e familiares é a de uma escola “tradicional e de disciplina forte”, intransigente nos valores, mas fl exível na escuta. “Somos uma escola tradicional que ensina não apenas conhe-cimento, mas limites e responsabilidades. Não abrimos mão daquilo que acreditamos. É uma desonestidade o que se faz com o jovem hoje, ao não prepará-lo e lhe alisar a cabeça. Não estamos brincando. Ao mesmo

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pERfIL DA ESCOLA: COLÉGIO OBJETIVO DE INDAIATuBA

tempo em que damos suspensão quando é preciso, damos ao aluno o sentimento de que a escola é dele. Em todo primeiro dia de aula letivo, leio o manual de condutas para os estudantes, dizendo que eles podem fazer o uso que quiserem desse espaço, desde que não causem danos a terceiros”, afi rma a mantenedora.

O embasamento das ações pedagógicas é dado pelo Projeto Cére-bro, apoiado nas contribuições teóricas da Neurociência e na “Teoria das Múltiplas Inteligências”, de Howard Gardner, com vistas a “ampliar o pensamento de nossas crianças e adolescentes, capacitando-os com a lógica, o poder de análise e a visão crítica de fatos e acontecimentos”. Ele deu origem ainda a um programa de educação artística, calcado no estí-mulo à criatividade e expressão dos alunos em pintura, desenho e mode-lagem; e ao Programa de Desenvolvimento Pessoal e Social (PDPS), que acontece por meio de encontros semanais das turmas do Fundamental I e II com um professor contratado para desenvolver atividades que au-xiliam as crianças e adolescentes a trabalharem emoções e sentimentos.

SAIBA MAIS

LOIDE [email protected]@objetivoindaiatuba.com.br

VERA LÚCIA [email protected]

Outra ação forte acontece na área da comunicação, com por-tal dinâmico, TV Web, material publicitário institucional de pri-meira linha, jornal impresso e inserção nas redes sociais digitais, como Twitter e Facebook. São canais que pretendem integrar a comunidade a um ambiente dinâmico, pois “a escola é um centro vivo. Diria até que, se fosse um ser humano, ela seria muito po-pular. A escola é cheia de vida e só funciona se estiver aberta às ideias, se estiver pronta para assumir responsabilidades. Ela precisa de decisões rápidas e por isso precisa de pessoas ágeis e de muita efi ciência” sintetiza Loide Rosa, em uma fala que a empreendedora reitera em cada oportunidade de conversa, em cada espaço de co-municação. Ao acreditar e apostar nesta receita, Loide Rosa conse-guiu mobilizar sua equipe e toda a comunidade para construir uma escola em que as crianças, jovens e adolescentes se sentem felizes em estudar. “Eles chegam aqui sorrindo”, encerra, orgulhosa, a di-retora pedagógica Vera Trasferetti.

CENAS DE UMA ESCOLA VIVA

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ACESSóRIOS, BRINQuEDOS EDuCATIVOS, COpIADORAS, INfORMÁTICA

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ALAMBRADOS, LOuSAS

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LABORATóRIOS, MÁQuINAS MuLTIfuNCIONAIS (COpIADORAS), pISOS

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pINTuRAS ESpECIAIS, QuADRAS, RADIOCOMuNICAÇÃO, SISTEMAS DE SEGuRANÇA

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TOLDOS

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