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REVISTA DE ARAGON. Semanario de Ciencias, Letras, Artes é Intereses Generales. AÑO II.—DOMINGO 29 DE JUNIO DE 1879.—NÚMERO 25. COLABORADORES Cávia(D.ªPilar de). Gimeno(D.ªConcepcion). Sinués(D.ªMaría del Pilar). Alcalde yPrieto(D. Domingo). Alderete (D. Severino). Andrés (D. Ignacio). Arnau (D. Joaquin). Balaguer(D.Víctor). Barcelona (D. Juan Pedro). Bas y Cortés (D. Vicente). Berbegal (D. Antonio). Blasco (D. Eusebio). Blasco y Val (D. Cosme). Bielsa (D. Julio). Campillo (D. Toribio del). Camo (D. Manuel). Cavero (D. Juan Clemente). Comin(D.Bienvenido). Cuchet (D. Luis). Escosura (D. Desiderio de la). Gil Berges (D. Joaquin). Gil y Gil (D. Pablo). Gil y Luengo (D. Constantino). Gimeno Rodrigo (D. Juan). GimenoyVizarra(D.Joaquin). Herranz (D. Clemente). HernandezFajarnés(D.Antonio). Isabal(D.Marceliano). Jardiel (D.Florencio),Presbítero. Lasala(D.Mário de). Leon (D. Pablo de). Liesa(D.Isidro). Llacer (D. José Maria). Marton (D. Joaquin). Martinez Gomez (D. Gregorio). MedianoyRuiz (D. Baldomero). Matheu y Aybar(D.José M.ª). Miralles(D.Luis Anton). Mondría(D.Mariano). Moner(D.Joaquin Manuel de). Monreal (D. Julio). Morales (D. Salvador). Nougués (D. Pablo). Ordás y Sabau(D.Pablo). Paraiso(D.Agustin). Peiro(D.Agustin). Perez Soriano (D. Agustin). Piernas (D. José Manuel). Pina (D. Victorio). PoloyPeyrolon(D.Manuel). Pou y Ordinas(D.Antonio J.). Puente y Villanúa(D.José). Sagasta (D. Primitivo Mateo). Salinas (D. German). Sanchez Muñoz(D.Mariano). Sancho y Gil (D. Faustino). Sanz yEscartin(D. Eduardo). Sañudo Autran (D. Pedro). Sellent(D.José Eduardo). Solsona(D.Conrado). Uguet (D.José M.ª). Vicens(D.Gerónimo). Villar(D.Martin). XimenezdeEmbun(D.Tomás). Ximenez de Zenarbe(D.Feliciano). Zabala(D.Manuel). Zapata (D. Márcos). ZARAGOZA. IMPRENTADELHOSPICIO PROVINCIAL. 1879.

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R E V I S T A D E A R A G O N .

Semanario de Ciencias, Letras, Artes é Intereses Generales.

AÑO II.—DOMINGO 29 DE JUNIO DE 1879.—NÚMERO 25.

C O L A B O R A D O R E S

Cávia (D.ª Pilar de). Gimeno (D.ª Concepcion).

Sinués (D.ª María del Pilar). Alcalde y Prieto (D. Domingo). Alderete (D. Severino). Andrés (D. Ignacio). Arnau (D. Joaquin). Balaguer (D. Víctor). Barcelona (D. Juan Pedro). Bas y Cortés (D. Vicente). Berbegal (D. Antonio).

Blasco (D. Eusebio). Blasco y Val (D. Cosme).

Bielsa (D. Julio). Campillo (D. Toribio del). Camo (D. Manuel). Cavero (D. Juan Clemente). Comin (D. Bienvenido). Cuchet (D. Luis). Escosura (D. Desiderio de la).

Gil Berges (D. Joaquin). Gil y Gil (D. Pablo).

Gil y Luengo (D. Constantino). Gimeno Rodrigo (D. Juan). Gimeno y Vizarra (D. Joaquin). Herranz (D. Clemente). Hernandez Fajarnés (D. Antonio). Isabal (D. Marceliano). Jardiel (D. Florencio), Presbítero.

Lasala (D. Mário de). Leon (D. Pablo de). Liesa (D. Isidro). Llacer (D. José Maria). Marton (D. Joaquin). Martinez Gomez (D. Gregorio). Mediano y Ruiz (D. Baldomero). Matheu y Aybar (D. José M.ª). Miralles (D. Luis Anton). Mondría (D. Mariano). Moner (D. Joaquin Manuel de). Monreal (D. Julio). Morales (D. Salvador). Nougués (D. Pablo).

Ordás y Sabau (D. Pablo). Paraiso (D. Agustin).

Peiro (D. Agustin). Perez Soriano (D. Agustin). Piernas (D. José Manuel). Pina (D. Victorio). Polo y Peyrolon (D. Manuel). Pou y Ordinas (D. Antonio J.). Puente y Villanúa (D. José). Sagasta (D. Primitivo Mateo). Salinas (D. German). Sanchez Muñoz (D. Mariano).

Sancho y Gil (D. Faustino). Sanz y Escartin (D. Eduardo). Sañudo Autran (D. Pedro). Sellent (D. José Eduardo). Solsona (D. Conrado). Uguet (D. José M.ª). Vicens (D. Gerónimo). Villar (D. Martin). Ximenez de Embun (D. Tomás). Ximenez de Zenarbe (D. Feliciano). Zabala (D. Manuel).

Zapata (D. Márcos).

ZARAGOZA. IMPRENTA DEL HOSPICIO PROVINCIAL.

1879.

E S P E C T A C U L O S .

El l ú n e s p a s a d o d ió se en el Gran T e a t r o de P i g n a -t e l l i la p r i m e r a y ú l t i m a r e p r e s e n t a c i o n d e H i s t o r i a s y Cuentos, z a r z u e l a en dos a c t o s , l e t r a de los s e ñ o r e s

Pina y R a m o s Car r ion y m ú s i c a del m a e s t r o Rubio. El l ibro e s un e n g e n d r o de m a l g u s t o , p e n s a d o en

bufo y e s c r i t o en t o n t o ; la m ú s i c a es a g r a d a b l e y s e hizo r e p e t i r la j o t a con que e m p i e z a el s e g u n d o a c t o .

La i n t e r p r e t a c i o n , d i g n a d e m e j o r c a u s a . De los c o n c i e r t o s i n s t r u m e n t a l e s v e r i f i c a d o s e n

aque1 co l i seo b a j o la d i r e c c i o n de D. M a n u e l F e r n a n -dez C a b a l l e r o nos o c u p a m o s en la Crónica A r a g o n e s a del p r e s e n t e n ú m e r o . Es l á s t i m a q u e no se h a y a n or-g a n i z a d o a n t e s y que no h a y a m o s , por lo t a n t o , p o -d ido g u s t a r con m á s f r e c u e n c i a las b e l l e z a s de la b u e n a m ú s i c a que el S r . C a b a l l e r o ha e l e j i do p a r a ios d o s c o n c i e r t o s c e l e b r a d o s .

Movido s in d u d a por el d e s e o d e a t r a e r g r a n c o n -c u r r e n c i a , el t e n o r D. R o s e n d o D a l m a u escoj ió p a r a su b e n e f i c i o , ve r i f i c ado en la n o c h e del m ié rco l e s , la z a r -z u e l a D. Juan Tenorio, e s c r i t a por el Sr. Zor r i l l a s o b r e su p o p u l a r m e l o d r a m a , y r e a l z a d a po r un Sr . Ma-n e a t con m e d i a n a m ú s i c a . P e r o el d e s e o del Sr . D a l -mau no se c u m p l i ó s ino á m e d i a s , p o r q u e só lo á m e -d i a s h u b o c o n c u r r e n c i a e n el t e a t r o . El p ú b l i c o t i e n e b u e n o l f a t o . En c u a n t o al éxito d e esta o b r a , j u z g a d a

ya en Madr id c o m o se m e r e c e , fué lo q u e e r a l ó g i c o que f u e s e : un f iasco c o m p l e t o .

El S r . Z o r r i l l a ha t e n i d o la h a b i l i d a d de s u p r i m i r en

s u a r r e g l o las be l l eza s d e la o b r a p r i m i t i v a d e j a n d o en c a m b i o los d e f e c t o s , y a u n a u m e n t á n d o l o s con a l g u -nos d i s l a t e s d e m a y o r c u a n t í a . La m ú s i c a , s o b r e s e r e scasa y pobre , c a r e c e d e i n s p i r a c i o n , o p o r t u n i d a d y c o r r e c c i o n . Por c ie r to que a l g u n a s p e r s o n a s han d a d o

en decir que el apel l ido del a u t o r de la m ú s i c a Sr. Ma-n e n t es un p s e u d ó n i m o de c i e r to j ó v e n p ro fe so r que

r e s ide en e s t a c a p i t a l y es m u y a m i g o n u e s t r o . I g n o -r a n d o h a s t a qué p u n t o p u e d a i n s p i r a r la buena i n t e n -c ion e s to s r u m o r e s , p o d e m o s a s e g u r a r q u e no son c i e r t o s . El Sr. M a n e n t v ive y a l i e n t a en la c i u d a d d e B a r c e l o n a : él p o d r á h a c e r m a l a m ú s i c a , p e r o es un c o m p o s i t o r d e c a r n e y h u e s o .

Desde el 5 al 20 del próximo m e s d e J u l i o a c t u a r á en ese t e a t r o la c o m p a ñ í a le d e c l a m a c i o n que d i -r i g e el p r i m e r a c t o r D. A n t o n i o Vico, c u y o n o m b r e es d e todos bien conoc ido y a l a b a d o . Es t a c o m p a ñ i a , que a h o r a se e n c u e n t r a en el T e a t r o E s p a ñ o l d e B a r c e l o n a , s e r á s u s t i t u i d a a l l í po r la q u e a c t u a l m e n t e o c u p a n u e s t r o T e a t r o de P i g n a t e l l i .

La l i s ta es 1a s i g u i e n t e : P r i m e r a c t o r y d i r e c t o r de e s c e n a , D. A n t o n i o Vico. P r i m e r a ac t r i z , D. C o n c e p c i o n Mar in . Ot ra p r i m e r a ac t r i z y d a m a j ó v e n , D. A n t o n i a

C o n t r e r a s . P r i m e r a c t o r y d i r e c t o r del g é n e r o c ó m i c o , D. Ga-

b r i e l S a n c h e z C a s t i l l a . O t r o p r i m e r a c t o r y g a l a n j ó v e n , D. A l b e r t o Rodr i -

g u e z .

P r i m e r a c t o r d e c a r á c t e r a n c i a n o , D. J u l i o G a r c í a

P a r r e ñ o .

D a m a m a t r o n a y p r i m e r a c a r a c t e r í s t i c a , D.ª C á r m e n

F e n o q u i o . O t ro p r i m e r a c t o r cómico y p r i m e r c a r a c t e r í s t i c o ,

D. José Al isedo. S e g u n d a d a m a , D. Amel ia C h a m a n . S e g u n d o g a l a n , D. M a n u e l Vico. A c t r i z c ó m i c a , D.ª E lad ia Garc í a .

G a l a n jóven , D. J o s é L u n a . S e g u n d o b a r b a , D. P e d r o M o r e n o . S e g u n d o g r a c i o s o , D. J u l i a n Cas t ro . A c t r i c e s , D.ª C á r m e n Q u i r o g a ; D.ª Jose fa S a n c h e z . A c t o r e s , D. J o s é Q u i r o g a ; D. S a l u s t i a n o R o s a l e s . A p u n t a d o r e s , D. F r a n c i s c o Albuin; D. E n r i q u e

P e r e z .

El repertorio se compone de obras d r a m á t i c a s e s c r i -t a s expresamente para e l Sr . Vico y e s t r e n a d a s p o r él con es ta misma c o m p a ñ í a en los t e a t r o s E s p a ñ o l y

Apolo d e la c ó r t e .

Consuelo , A y a l a . — Lo que no puede dec i r se , E c h e g a -r a y . - Algunas veces aquí, id .— En el Pilar y en la

Cruz, id.- M o r i r por no despertar, i d . - O locura ó s a n t i d a d , i d . - El nudo gord iano , S e l l é s . — La opinion

pública, Cano.- Mi l ton , Giner de los R i o s . - Arte y corazon, F u e n t e s y A r j o n a . — El p r i m e r a n i v e r s a r i o ,

N a k e n s . - El esclavo de su c u l p a , C a b e s t a n y . - Honor sin honra, La S e r n a . — La novela del amor, V a l e n t i n

Gomez. Los prec ios de las l o c a l i d a d e s y e n t r a d a son loa mis-

m o s q u e a c t u a l m e n t e r i g e n .

M I S C E L Á N E A .

Adver tenc ia . - Re t rasos impos ib l e s de e v i t a r en la

compos i c ion y t i r a d a del p r e s e n t e n ú m e r o nos h a n

o b l i g a d o ´´a r e p a r t i r l o con un dia d e r e t r a s o .

Nues t ro s a b o n a d o s s a b r á n d i s p e n s a r es ta f a l t a i n v o -

l u n t a r i a .

C ú m p l e n o s u n i r n u e s t r a s q u e j a s á las d e la p r e n s a local y r o g a r a l A y u n t a m i e n t o ó á la D i p u t a c i o n P r o -v inc ia l la adopc ion de una m e d i d a q u e co r r i j a las m o -l e s t i a s i n n u m e r a b l e s q u e los p o r t a z g o s p r o d u c e n á m u c h o s v e c i n o s de esta c a p i t a l . Sin c i t a r h e c h o s c o n -CRETOS, p o d e m o s c i t a r los de l p u e n t e del G á l l e g o y d e la C a s a - B l a n c a , en las c a r r e t e r a s de B a r c e l o n a y Va -l e n c i a , c o m o t e a t r o de a l g u n o s s u c e s o s q u e h a n pro-

d u c i d o b a s t a n t e extors ion á p e r s o n a s que no e s t a b a n o b l i g a d a s á s u f r i r l a .

Ha l l e g a d o á esta cap i t a l n u e s t r o q u e r i d í s i m o a m i g o É i l u s t r a d o c o m p a ñ e r o D. Jo sé Maria M a t h e u , c u y a eficaz coope rac ion en n u e s t r a s t a r e a s s e g u i r á SIÉNDONOS, c o m o d e s d e Madr id , h a r t o v e n t a j o s a .

Las Crónicas Madrileñas, e n c a r g a d a s h a s t a a h o r a a l i n g é n i o d e d i c h o s e ñ o r , q u e d a r á n en a d e l a n t e c o n -f i a d a s á p l u m a no m e n o s á t i ca y e l e g a n t e . Así nos lo

p r o p o n e m o s .

El l i b re pa í s c a t a l a n , h e r m a n o del a r a g o n é s , o f r e c e d e s d e hoy á la l i s ta de los c o l a b o r a d o r e s q u e h o n r a n n u e s t r a R e v i s t a , dos n o m b r e s de r e s p e t a b l e a u t o r i -d a d : u n o de ellos es el de l Excmo. Sr. D. Víc to r Bala -g u e r , q u e con su ú l t i m o l ibro ( H i s t o r i a política y lite-raria de los Trovadores) ha e l e v a d o un m o n u m e n t o á las l e t r a s y a r t e s d e C a t a l u ñ a y A r a g o n . Si e s tos no f u e r a n t í t u l o s s o b r a d o s p a r a j u s t i f i c a r la g r a n r e p u t a c i o n de l Sr . B a l a g u e r , no le e s c a s e a r i a n en v e r d a d f a m a e n v i -

diable los q u e a n t e s de a h o r a ha c o n q u i s t a d o c o m o poeta a r r o g a n t e y c u l t o n o v e l i s t a . O t r o de n u e s t r o s n u e v o s c o l a b o r a d o r e s es el Sr . D. L u i s C u c h e t , h i s -t o r i a d o r m i n u c i o s o y e n t u s i a s t a de las cosas de l P r i n -c i p a d o , c u y o s t r a b a j o s han l o g r a d o é x i t o j u s to y g e -nera l en las v e c i n a s c o m a r c a s c a t a l a n a s .

E s p e r a m o s o f r e c e r d e n t r o de poco á los l e c t o r e s d e la REVISTA DE ARAGON t r a b a j o s d e a m b o s e s c r i t o r e s

que, c o m o s u y o s , se rán n o t a b l e s .

C o n c u r r i d í s i m o e s t u v o el ú l t i m o c o n c i e r t o de m o d a c e l e b r a d o en el j a r d i n de l Café de P a r í s . T o d a s las p iezas q u e e j e c u t ó la o r q u e s t a q u e di r i je e l p r o f e s o r Sr . M a l u m b r e s f u e r o n m u y a p l a u d i d a s y r e p e t i d a s al-

g u n a s d e e l l a s . En t re las q u e m á s l l a m a r o n la a t e n -cion p o d e m o s c i t a r la p r ec io sa Gabota de l m a e s t r o

A r d i t i y los be l l í s imos w a l s e s de W a l d t e u f f e l Rubia ó Morena.

R E V I S T A D E A R A G Ó N

SEMANARIO DE CIENCIAS, LETRAS, ARTES É INTERESES GENERALES.

PUNTOS DE SUSCRICION. ZARAGOZA: En el taller de encuademaciones, calle de San

Félix, número 2, en el almacen de papel de La bandera Españo-la, Coso, núm. 62, y en las librerías de la señora viuda de Here-dia, Bedera, Sanz, Francés, Osés y Menendez.- HUESCA: Librería de don Jacobo María Perez.—TERUEL: Administracion de El Tu-rolense.- MADRID: Librería de D. Mariano Murillo, Alcalá, 18. —Se insertan anuncios á precios convencionales.

PRECIOS DE SUSCRICION. TRIMESTRE. SEMESTRE. AÑO.

En Zaragoza . ................. 8 rs. 15 rs 28 rs En Madrid y provincias 10 » 18 » 32 »

Números sueltos, quince céntimos de peseta. Toda la correspondencia literaria y administrativa se dirigirá

al Director de la REVISTA DE ARAGON, D. Mariano de Cávia, Pi-no, 2, 2.º.- Los anuncios, avisos y reclamaciones se reciben en 1a librería de Osés, D. Jaime I, 42, frente ni restaurant de Fortis.

— No se devuelve ningun manuscrito.

SUMARIO. i.—Crónica Aragonesa, por Saldubio. II.— Notas críticas sobre la tragedia clásica y su influencia en el

Teatro y Literatura modernas (conclusion), por D. E. Sanz y Escartin.

III.— El Laurel de la Reina, por D. Faustino Sancho y Gil. IV.— Los Justicias de Aragon.— III.— Por D. Victorio Pina. V.— Epigramas, por los Sres. Paraiso, Marin, Sañudo, Gascon y

Cávia. VI.— Espectáculos, miscelánea y anuncios, en la cubierta.

CRÓNICA ARAGONESA.

Dejar el lecho mohino y bostezando; visitar la playa de Torrero—¡una playa que está en un monte!—y atosigarse con el humo de las calderas de buñuelos; contemplar lindas muchachas con poéticas ojeras y devotos de Baco entregados á los goces íntimos de la embriaguez: verdes ramos de albahaca, frescos manojos de claveles, lilas en abundancia...

Ved ahí lo que queda de los tradicionales en-cantos de la mañanita de San Juan, descritos y celebrados tantas veces en romances castellanos, coplas populares y artículos de costumbres, desde el cordobés Góngora, con su maravillosa fantasía, lozana en el concebir é hiperbólica en el expresar, hasta el contemporáneo Valera, modelo de cultura, elegancia y humorismo.

Quisiera ser dueño de tan eminentes cualidades para prodigarlas ahora en brillante descripcion de la verbena clásica entre las verbenas; pero, des-pues de todo, sería una falsedad describir lo que

no he visto. Porque, lo confieso sin rubor, la ma-ñanita de San Juan con sus tradicionales encantos no me ha seducido en el presente año hasta el punto de hacerme madrugar, arriscada, empresa que para un perezoso no tiene igual con otra al-guna.

Arrullaron mi sueño los compases, ora anima-dos, ora melancólicos, de las rondallas que recor-rian las calles, y solo cuando «el rutilante Febo habia recorrido con su carro luengo trecho del ce-rúleo camino y dado á sus caballos abundosa ce-bada de luz» dejé la cama donde habia pasado la fresquecilla y risueña mañana de San Juan.

Por la tarde, gran concierto en Pignatelli. Congregados en aquella sala de elegantísimos

y airosos perfiles unos cuantos amantes del arte de Mozart y Beethoven, porque la masa del público estaba sin duda durmiendo la siesta, gozaron du-rante dos ó tres horas las delicias de la melo-manía.

Buena orquesta, buen director y buen progra-ma. El maestro Caballero, á quien habíamos apre-ciado hasta ahora como compositor notable, nos probó que posee el dominio de la batuta en emi-nente grado; los profesores, noveles algunos de ellos, demostraron que son soldados excelentes y que sólo han menester para llegar donde les plaz-ca de un buen jefe; el programa, atractivo y se-ductor, nos ofrecia algunas obras nuevas que han despertado recientemente grande atencion y gran-de aplauso en el mundo artístico.

La Danse Macabre de Saint-Säens, es, como su autor la llama, un poema sinfónico. La Danza de la Muerte, extraña concepcion de la Edad Media

que ha inspirado desde las estancias del Arcipreste de Hita hasta los dibujos de Holbein, ha sido tra-tada por el original compositor con tan vigoroso tono, carácter tan acentuado y tal colorido fuerte y áspero, que esta obra de Saint-Säens suspende el ánimo y le extremece, presentando con los mo-vimientos de un ritmo enérgico y original como las líneas y toques todos de ese cuadro aterrador.

De corte original tambien y magistral hechura es la Marcha fúnebre para el entierro de una ma-

rioneta, del maestro Gounod. El contraste es sin-gular: por un laclo los acentos lúgubres y acom-pasados de la composicion, y por otro cierto sello cómico y jugueton que nace de la extraña idea de enterrar á un monigote, ofrecen un doble aspecto, dificil de abarcar y comprender de un golpe y á un tiempo, pero realizado con esa facilidad y sen-cillez que son distintivas del génio espontáneo y creador.

Ambas obras arrastraron en pos de sí el entusias-mo de los oyentes y se repitieron, prévia la corres-pondiente introduccion de nutridos aplausos.

No los obtuvieron menores la Gabota de Arditi, escrita con elegancia y marcada con sello de dis-tincion, y la deliciosa obertura de Suppé Poéte et

Paysan, ejecutada con sumo gusto y gran riqueza Año II.—Núm. 25.—Domingo 26 de Junio de 1879.

REVISTA DE ARAGON. 194

de m a t i c e s . Aqui o b t u v o una o v a c i o n el v i o l i n i s t a

E s p i n o . El c a n t o del m a r i n e r o , de M a r q u é s , es unaa o b r a ,

c o m o t o d a s las s u y a s , d o n d e la d e l i c a d e z a y el b u e n g u s t o a p a r e c e n en su m á s c l á s i ca y c o r r e c t a e x -p r e s i o n . Al pié de la r e j a , s e r e n a t a de C a r r e r a s , t i e n e un c a r á c t e r p u r a m e n t e e s p a ñ o l y u n a f a c t u r a

á m p l i a y e l e g a n t e q u e c a u t i v a . Las dos son p rec io -s a s c o m p o s i c i o n e s que p r u e b a n cómo en n u e s t r o pa i s a r r a i g a el e s t u d i o sér io y p r o f u n d o de la b u e n a m ú s i c a f e c u n d i z a n d o las n a t u r a l e s d i s p o s i c i o n e s de l g é n i o m e r i d i o n a l , b r i l l a n t e y c a r a c t e r í s t i c o .

O i d a s con g u s t o , c o m o s i e m p r e , f u e r o n la s i n f o -nia de Gui l lermo Tel l y el p r e l u d i o de S e b a s t i a n

B a c h p a r a f r a s e a d o por G o u n o d con el t í t u l o de Ave M a r i a ; pe ro no f a l t a r o n e s p í r i t u s d e s c o n t e n -

t a d i z o s que b a i l a r o n en la in terpre tac ion de e s t a s d o s o b r a s tan p o p u l a r e s c ie r ta p a l i d e z y fa l ta de e x p r e s i o n . No iré y o t a n lé jos c o m o e l los : en t o d o c u a d r o d e b e h a b e r su c l a r o - o s c u r o ; si n o h u b i e r a m á s q u e t i n t a s c l a r a s y b r i l l a n t e s , la v i s ta se fa t i -g a r i a . Por eso c u m p l e á la s o m b r a d u l c e y s u a v e a t e n u a r los e x c e s o s d e la l u z .

Unos walses de M e t r a , Les F a u n e s , p u s i e r o n t e r m i n o al c o n c i e r t o con sus l i n d o s c o m p a s e s , o ra l á n g u i d o s y l l enos de a b a n d o n o , o r a a n i m a d í s i m o s y entrainants, c o m o d icen n u e s t r o s v e c i n o s t r a s p i -r e n á i c o s .

En s u m a , el c o n c i e r t o d e j ó m u y s a t i s f e c h o s á t o d o s los q u e á él a s i s t i e r o n . El j u e v e s p o r la n o -c h e se r ep i t i ó y los a p l a u s o s p a r a el m a e s t r o C a -b a l l e r o y las f u e r z a s de su m a n d o r e s o n a r o n en i g u a l m e d i d a .

Q u e se r e p i t a la ocas ion de o í r b u e n a m ú s i c a , bien i n t e r p r e t a d a , es lo que r u e g o en n o m b r e de los dillettanti z a r a g o z a n o s al d i s t i n g u i d o a u t o r de La Marsellesa y á la e m p r e s a de l t e a t r o de P i g -n a t e l l i .

No h a y n a d a m á s l a s t i m o s o que un a u t o r que se e n m i e n d a la p l a n a á sí m i s m o .

T ienen los f r a n c e s e s un n o v e l i s t a p o p u l a r por el m o v i m i e n t o de s u s c u a d r o s , la a n i m a c i o n de sus r e l a t o s y lo v ivo de l e s t i l o . Si no e n t r e los dii ma-

iores de la l i t e r a t u r a c o n t e m p o r á n e a , t en ia s i t io s e g u r o y c ó m o d o en las t i las de los dii minores: tal e r a P a b l o F e v a l .

P e r o este e s c r i t o r , a l g o l i b r e en el p e n s a r y a ú n en el d e c i r , se h a c o n v e r t i d o hoy á l a p iedad y á la d e v o c i o n con t a l a h i n c o , q u e h a c o j i d o s u s o b r a s a n t e r i o r e s , q u e f o r m a n por c i e r t o un b u e n n ú m e r o d e v o l ú m e n e s , y h a e m p e z a d o á e x p u r g a r l a s c u i -d a d o s a m e n t e , m o n d á n d o l a s de t o d a c o r t e z a poco o r t o d o x a y d e j á n d o l a s l i m p i a s de t o d o a s o m o de i n m o r a l i d a d .

¿ Q u é ha s u c e d i d o ? Las n o v e l a s d e Feva l h a b r á n g a n a d o m u c h o d e s d e el p u n t o de v i s t a r e l i g i o s o : d e s d e el l i t e r a r io h a n p e r d i d o s u s m é r i t o s , su ca-r á c t e r y su p o p u l a r i d a d .

Una c o s a s e m e j a n t e ha o c u r r i d o á D. J o s é Z o r -r i l la , el p o e t a p o p u l a r y q u e r i d o e n t r e t o d o s los p o e t a s e s p a ñ o l e s . P o r r a z o n e s q u e se i n t e r p r e t a n de d i v e r s o s m o d o s y que no t o d o s c o l o c a n en el ó r d e n e t i c o , h a c o j i d o su Don Juan Tenorio, y al conver -t i r l o de d r a m a en z a r z u e l a , ha h e c h o lo q u e se c u e n t a de l e s c u l t o r C a r p e a u x : a r r o j a r s o b r e su

obra predi lecta , u n a g r a n m a n c h a d e t i n t a p a r a e x -c i t a r el i n t e ré s y c u r i o s i d a d de l p ú b l i c o .

El p ú b l i c o z a r a g o z a n o j u z g ó h a c e p o c a s n o c h e s

el arreglo de Z o r r i l l a en el T e a t r o d e P i g n a t e l l i .

¿ F u é severo? No, se e c h ó á r e i r s e n c i l l a m e n t e .

C o m o si a s i s t i e ra á u n a p a r o d i a de Don Juan

Tenorio.

A la vez que en Z a r a g o z a m o r i a e s t a z a r z u e l a , ó

cosa así, f a l l ec ia en M a d r i d la s e ñ o r a m a d r e p o l í -

t ica del i l u s t r e p o e t a .

Un e s c r i t o r de ma l g u s t o a p r o v e c h a r i a la o c a -

sion para h a c e r un c o m e n t a r i o .

Yo me l i m i t o á e n v i a r al a u t o r de los Cantos del

Trovador un d o b l e p é s a m e . SALDUBIO.

NOTAS CRÍTICAS SOBRE LA TRAGEDIA CLASICA Y

SU INFLUENCIA EN EN TEATRO Y LITERATURA MODERNAS.

(CONCLUSIoN).

Las inf luencias f r ancesas l l e g a n t ambien á I n g l a -terra, España , Italia y A leman ia .

Addison dá á luz su f amosa t r a g e d i a Caton; Pope, Dryden y otros s iguen sus hue l l a s . Blair , profesor de

Ed imburgo , p ronuncia sobre la t r aged ia clásica un juicio fundado en las ideas m o d e r n a s , y por t an to de -

ficiente. Así dice: «Lo marav i l loso es inveros ími l , el fatal ismo es un ive rsa l , el coro ca rece de na tu r a l i dad .» De suer te que no de ja nada á la t r a g e d i a a n t i g u a .

En España Morat in, C ien fuegos , Cadaha l so y otros cul t ivan con r e g u l a r éxi to la t r a g e d i a : casi en n u e s -tros dias Mart inez de la Rosa dá aáluz su bel la t r a g e -dia Edipo Rey.

En Italia G r a v i n a inicia con escasa fo r tuna el mo-vimiento clásico. Maffei, y sobre todo Alfieri , «el no-ble y desgrac iado Alfieri ,» cu l t i van la t r a g e d i a bri-l lando este ú l t imo por su e n e r g í a y vigor .

En Alemania Schleghel publ ica u n a comparac ion del Hipólito de Eur íp ides y la F e d r a de Racine y un curso de L i te ra tu ra Gr iega t r a d u c i d o por Mad. N e c k e r .

En sus obras t ra ta con sever idad á los t r ág icos f r a n -ceses y muy a c e r t a d a m e n t e á los a n t i g u o s . E l l ibro de Schlege l p rodu jo g r a n sensac ion y á sus c o n c l u -siones se opuso Geof f roy d e m o s t r a n d o q u e la t r a g e d i a a n t i g u a y la mode rna a u n q u e s e m e j a n t e s — e n su opi -n ion ,—debian ser d i s t in ta s .

Pero en este pueb lo en d o n d e t a n a l to vuelo hab ia de a lcanzar el espí r i tu h u m a n o merced á favorables condiciones de l iber tad y de c o s t u m b r e s rea l ízase el movimiento l i terario con Schi l l e r , G ö e t h e , Less ing en la l i teratura d r a m á t i c a . Schiller, poe ta l leno de p a -sion y de gene ros idad , c u y a a l m a noble se ref le ja toda en sus obras , p roduce e n t r e o t ras t r a g e d i a s «D. Cárlos,»

«Wal lens te in» ( t r i logia) , «M. Es tua rdo ,» «Los B a n d i -dos» en las q u e expresa todas a q u e l l a s asp i rac iones de amor, de l ibertad y de g lo r i a q u e l l enaban su a l m a . Su l ir ismo, tal vez e x t r e m a d o , lo l leva á concede r en sus obras una a tenc ion p re f e r en t e á aque l l o s nobles tipos que forma á su s e m e j a n z a , o lv idando en la som-bra á los demás . Göethe es a u t o r del T o r c u a t o Tasso , de Egmont y Goetz de B e r l i m c h i g e n , sus mejores t ragedias del a rd i en t e poema Werther, del Fausto, c u y a obra es la q u e corona su vida y la q u e sobre to-das le ha colocado en el n ú m e r o reduc ido de los g é -nios creadores : nada más c o n m o v e d o r que el episodio de Margar i ta (Gre tchen) ; nada más a r t í s t i co y más p r o f u n d a m e n t e or ig inal q u e su poema todo. «Podr ía -mos compara r , d ice Henry de Blaze en su Essai sur

REVISTA DE ARAGON. 195

Goëthe», es te libro á un t emplo a n t i g u o en el fondo de un bosque s a g r a d o : el e s t ruendo sonoro c o n m u e v e

la so l edad ; v ibran los c í m b a l o s ; s u e n a n los c lar ines ; la voz de la sace rdo t i sa de l i r an te domina el o r o . El foras tero e x t r a v i a d o q u e ignora los misterios que alli se ce l eb ran , a l a r m a d o por las voces e x t r a ñ a s que lle-nan el bosque , pa l idece y quis iera hui r , m ién t r a s que el iniciado, de pié é inmovil , escucha con recogi -mien to a p o y a d a la f r en t e en el mármol del pórtico.» Lessing, pad re de E m i l i a Galeotti, acomodada al tea-t ro e spaño l por G a r c í a Gut i e r rez . Todos t res dan cab ida en sus obras á c u a n t o s e lementos el a r te , la inspiracion y la h is tor ia les p roporc ionan ; y , sin de s -d e ñ a r las r e g l a s q u e la exper ienc ia c o n f i r m a , acogen todas las t e n d e n c i a s y l evan tan los ideales de su época.

M a d a m e S tae l , d e s t e r r a d a de Francia por su amor á la l iber tad , con su «Tea t ro a l e m a n , » que susci ta en aque l pa í s la cues t ion de clas ic ismo y romant ic i smo; y C h a t e a u b r i a n d con sus Mártires, Atala, El génio del Cr i s t i an i smo y sus Estudios y version de Mi l ton , y Tragedias de Shakspeare, desp ie r tan un esp i r i tua l i smo

s a l u d a b l e que d e t e r m i n a el a lbor pr imero de una n u e -va l i t e r a t u r a .

En n u e s t r a pátr ia Alber to Lis ta rehabi l i t a el tea t ro nac iona l y p r e p a r a los esp í r i tus para la renovacion l i t e ra r i a .

La reaccion se opera con rapidez en todas pa r t e s . En un p r i m e r m o m e n t o es l levada á la exa je rac ion .

Todos conocemos el neo- romant i c i smo de pr incipios de este s ig lo , r e p r e s e n t a d o en nues t ro país por Es-p ronceda , Zorr i l la , Lar ra , y en pa r t e t ambien por G . Gu t i e r r ez ; y como expres ion fiel de ese movimien to l i terar io, q u e tan g r a n d e como ef ímero éxi to obtuvo, c r eemos opo r tuno ci tar los s i gu i en t e s versos de Pas tor Diaz en su «Ep í s to l a á Genaro» :

« D e c r e t a d a y a es tá por el dest ino Mi e t e r n a sue r t e al fin; s iempre sombrío Sólo la o scu ra soledad me ag rada C laus t ros y tor res , bosques y rüinas.»

Todos conocemos Las Meditaciones, Las hojas de Otoño y Los cantos del Crepúsculo que per tenecen á

ese m o m e n t o l i terar io , p roduc to de la inago tab le ins-pi rac ion de L a m a r t i n e y de V. Hugo, poesías predi-lec tas á n u e s t r a a l m a y sobre las cua les l lenaria m u c h a s p á g i n a s nues t ro en tus i a smo .

VI.

Resúmen y juicio de la Tragedia griega.

Hemos s e g u i d o en los diversos períodos de su his to-ria á la T r a g e d i a g r i e g a . La hemos con templado im-p o n e n t e , re l ig iosa , cuasi d iv ina en Esqui lo; m a j e s t u o -sa , g r a n d e , s eve ra en Sófocles; real, h u m a n a , a b u n -d a n t e en e scenas de pasion y de efecto en Eurípides .

En Grec i a la hemos visto en su propio t e r r e n o , en a r m o n í a con el ca rác t e r , re l ig ion , cos tumbres , y has t a —nos a t r e v e m o s á decir lo—con su cielo s iempre sere-no, con sus r i sueños val les , con el mar que besa e t e r -n a m e n t e sus cos tas y q u e invi ta á pensar en lo infi-nito, con sus m o n t a ñ a s q u e es t imulan los ené rg icos y nob le s s en t imien tos . T r a s p l a n t a d a á Roma pierde su n a t u r a l e z a y explendor , reve lando no obs t an te su g r a n d e z a las pe r seve ran t e s t en ta t ivas que los inge-nios la t inos más i lus t res hacen por adap t a r l a á la es-cena r o m a n a . F i n a l m e n t e , la vemos rean imarse por el soplo del gén io en épocas m u y d i s t an tes de las en q u e tuvo o r ígen , e levándose á lo subl ime en Cornei l le y á la m á s pu ra bel leza y du lzu ra en Racine.

¿Es posible hacer más e locuente apologia de la Tra-ged ia g r i e g a que ésta su misma historia? Ella que nac iera a l ca lor de u n a civilizacion d e t e r m i n a d a so-brevive á su ru ina , como esas creaciones de mármol , i ncó lumes á t r a v é s del t i empo que aparecen en nues-

tros dias con toda su a n t i g u a belleza. Pero t e n g a m o s presente una diferencia que sal ta á pr imera vista y cuyo desconoc imien to ha sido y es, sin e m b a r g o , orí-gen de muchos errores . El mármol nos r ep resen ta la bel leza en su forma plást ica, mater ia l . La mater ia de

que el escul tor se sirve es lo inorgánico , lo iner te , lo s i empre perfecto en cierto sent ido. La ob ra del es -píri tu por el contrar io , se d i r ige a n t e todo al a l m a , es tá inf luida por toda n u e v a relacion, por todo movi-miento progresivo; todo en ella esta su j e to á las in-

f luencias y va r i ac ion , el fondo y la f o r m a , el pensa-miento y la palabra r ec íp rocamente re la t ivos . Esto nos indica cómo no es comple ta la s e m e j a n z a que he-mos indicado, y cómo, por lo tanto, las leyes q u e p r e -sidan el desarrol lo de a m b a s mani fes tac iones del a r t e bello deben de ser d is t in tas .

Hemos t e rminado la exposicion del t ema p ropues to , pero ya que nos ha sido forzoso recorrer g r a n par te del camino segu ido por el espír i tu h u m a n o en esta su noble mani fes tac ion de la l i t e ra tu ra , pe rmí t a senos re-sumir b r e v e m e n t e sus d i fe ren tes e t a p a s á fin de d a r comple to ca rác te r de un idad , en c u a n t o q u e p a en la med ida l imitada de nues t r a s fuerzas , al p re sen te estu-dio, s i rviéndolo al propio t iempo de c o m p l e m e n t o y s ín tes i s supe r io r .

VII.

Sintésis general del movimiento literario.

Vemos cómo nace en Or ien te la l i t e ra tura con un ca rác te r e m i n e n t e m e n t e religioso y objet ivo, c o n f u n -diéndose con la Religion y la c iencia y a l c a n z a n d o su apogeo en el poema delsoli tario Walmik i . C a n t a r allí el poeta la n a t u r a l e z a dotada en aque l l a s reg iones de s u p e r a b u n d a n t e ac t iv idad , la na tu ra l eza en acc ion, en forma de movimiento , calor y luz, y se p ierde la per-sonal idad h u m a n a en el Todo, como la yerbec i l la en las i n m e n s a s l l anu ras a r g e n t i n a s .

En Grec ia , la h u m a n i d a d dá un paso decisivo y se eleva sobre la na tu ra l eza , d iv inizando la j u v e n t u d y he rmosu ra del ser h u m a n o en su rel igion a n t r o p o m o r -f i s ta . Dibújase en su l i t e ra tura este progreso: el con-

cepto rel igioso, si bien predomina aún , no lo invade todo como en la India , y desenvué lvese la ac t iv idad l i te rar ia con mayor ho lgu ra ; pueblo aquel a m a n t e de la forma y de la belleza por sus pa r t i cu la res condicio-nes de rel igion y genia l idad a lcanza un g r a d o de c u l t u r a muy elevado; y si bien su ideal era a n t e todo sensua l i s t a , p roduce no obs tan te admi rab le s obras de

arte.

Roma s igue las hue l las de Grecia y con a l g u n a mo-dificacion cult iva las bellas ar tes s egun los modelos

g r i e g o s . El a d v e n i m i e n t o del cr is t ianismo, la irrupcion de

los Bárbaros , p roc lamando la igua ldad h u m a n a y la f r a t e rn idad , marcando de más perfecto modo el des t ino h u m a n o , la unidad divina y la inmor ta l idad de nues-tro e sp í r i tu , abren una nueva época que se de t e rmina en la l i t e ra tura por la introduccion de dos e l emen tos impor tan t í s imos : el espi r i tual ismo y la nac iona l idad , que y a en el s ig lo XIII producen al Dan te , y que c o m -binados mas tarde con la par te formal q u e el es-tudio de los clásicos en el Renacimiento procura al gén io que nunca imita serv i lmente , producen las obras de Shakspea re y Lope de Vega, Tasso y Camoens , Milton y Calderon.

Pero la es t imacion de los modelos clásicos no es par te bas tan te á impedir el abuso y c u l t e r a n i s m o de los Góngora y Marini, que parece como que jus t i f ica el comple to re torno al gus to p a g a n o que se observa en los s iglos XVII y XVIII; mas aque l l a reaccion e ra a r -tificial, no correspondían los clásicos por bellos q u e fueran á las necesidades del espír i tu moderno , como

no responden ciertas inst i tuciones y modos de la idea

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h u m a n a q u e d e s e m p e ñ a r o n i m p e r a n t e papel en la historia del m u n d o , á la manera de ser in te lec tua l y moral de las soc iedades ac tua l e s ya casi en su t o -

talidad. En A l e m a n i a , d o n d e s iempre la l ibertad h u m a n a ha

tenido ada l ides esforzados, s u r g e n los Klopstoek, Göe-the, Schi l ler , Novalis . En Franc ia Cha teaubr i and y Mad. Stael p r o p a g a n las l i t e ra turas Inglesa y Alema-na; M a c - P h e r s o n p u b l i c a el poema de Ossian, y una generac ion de g r a n d e s poetas se levanta .

Los ú l t imos m o m e n t o s del siglo XVIII y principios de este fueron de super ior crisis para todo lo que hasta en tónces habia sido inconmovible . Caen de su asiento ins t i tuc iones que cumpl i e ran su mision his tór ica: los filósofos del s iglo ú l t imo e x a g e r a n d o su obra de com-batir las p reocupac iones y el error, habian producido el d e s e n c a n t o y la d u d a . Los nuevos vates se hacen eco de aque l l a i nce r t i dumbre . y caen unas veces en

brazos del s en t imen ta l i smo y otras del real ismo, esco-llos de la l i t e r a tu ra de nues t ro s iglo en su mitad pri-mera . Produce sin e m b a r g o aque l momento de t r a n -sicion acen tos sub l imes , más bien, es cierto, q u e aca-

badas obras .

En nues t ros dias, f i na lmen te , vánse l e n t a m e n t e d i -s ipando aque l los b r u m a s que oscurecian la verdad y el objeto del ar te ; ya aquel l lorar sobre los restos del pasado ha conclu ido . No se desprecia s i s t e m á t i c a m e n -te lo a n t i g u o , ántes por el contrar io , sumin i s t r a p r e -ciosas enseñanzas , y sus obras utilísimo es tudio: y, a rmon izando con cr i ter io e levado el e l emen to histórico con ese ideal y e te rno «más al lá» que la razon cons-t an t emen te nos seña la como resul tado de nues t r a n a -tura leza per fec t ib le , debemos esperar que , en el por-venir , lejos de a m o r t i g u a r s e el s en t imien to del ar te bello l i terario que t iene sus raices en la esencia de nues t ro ser que n u n c a var ía , a lcanzará a l t u r a s q u e supe ren en esp lendor y en mas pura belleza á los mo-n u m e n t o s mas preciados que nos han legado es tados de civil izacion infer iores al p resen te y á los q u e re -se rvan para el porveni r las edades fu tu ra s .

E. SANZ Y ESCARTIN.

E L L A U R E L DE LA R E I N A .

En el confin de u n a vega , que como paisa je es la obra maes t ra del paisajista subl ime de los cielos, en la fa lda del cerr i l lo del Sol, de c u y o s lados caen dos rios por las a b e r t u r a s de las peñas , ap íñase una ciudad en ap re t ado en lace , cual los g r u m o s de la f ru ta de su nombre , par te en el l lano y par te sobre várias col inas , en t r e las q u e descue l l an dos por el Darro separadas : la A l h a m b r a y el A lbayc in . He dicho mal al decir ap íña se una c iudad . Debí habe r dicho, está lo que fué

á la vez a lcázar , cas t i l lo , t emplo y j a rd in de los á ra -bes: debí habe r d icho , está al Oriente . Y c reedme, no hay en la t ie r ra otro Granada . A pesar de sus a n g o s -tas y tor tuos ís imas cal les , del sucio aspec to de sus bar r iadas , de la vejez de sus a l t a s casas que se incl i -nan para tocarse con los aleros de sus te jados, es la poblacion e spaño l a más pintoresca que conozco, la q u e ofrece acc iden te s más bellos, la que posee el j o -yero mas rico de preseas de a rqu i t ec tu ra , la q u e con sus m o n u m e n t o s mueve mejor el cerebro á pensar y á recordar , hac iendo tes t igo á quien los mira con los

ojos de la Historia y con los ojos de la Estét ica , de una resur recc ion maravi l losa de las edades en que nacie-ran y de las g e n e r a c i o n e s que los l evan ta ron .

La fisonomía de G r a n a d a , las pupi las de sus m u j e -res, el tono g u t u r a l de sus hab i t an tes os dicen que fué un pueblo moro. ¿Mas qué digo? ¡Si lo es aún!

Aun hay allí a l acenas , a l cuzas , a l h ó n d i g a s y a l ca i ce -r ía . Es c ier to que el Dios de C o v a d o n g a y de las N a -vas recibe incienso en la ca t ed ra l y en la C a r t u j a , pero t ambien lo es q u e quien t iene en su h a b l a el to-que q u e conoceis , qu ien posee los c a m a r i n e s de la

A l h a m b r a y el cenador del Jeneral i fe , no p u e d e m é -nos de ser a n t e nosotros u n a á r a b e conversa q u e a b r a -

zada á la Cruz la adora , d ic iendo oraciones q u e p a r e -cen t r a d u c i d a s de la l e n g u a del Yemen .

Suponed reun idos un oasis de veje tacion t an e n c a n -tador como aquel en que viviese á la s o m b r a de un aban ico de pa lmas , la Cleópat ra de las c i u d a d e s , la que c a r g a d a de c a d e n a s de oro ornó el ca r ro t r iunfa l de Aure l i ano ; suponed reun idos a d e m á s un t emplo bel l ís imo de la a rqu i t e c tu r a a n t i g u a , un per is t i lo de m o n t a ñ a s que s imu lan g i g a n t e s c o s d i a m a n t e s c r i s t a -lizados el p r imer dia de la creacion y la m á s preciosa a l fombra del palacio real de la Pers ia ; s u p o n e d r e u n i -do todo esto y t end re i s á G r a n a d a . El a r te y la poesía

e n c u e n t r a n al l í la inspiracion m á s pomposa y de lujo mas or ienta l ; sus ver jeles conv idan con u n a f r e scu ra más a m e n a que la de la g e n e s i a c a nieve de esos b l a n -

cos pa i sa jes suizos q u e embe l l ecen los versos de Sch i -ller, las no tas del Cisne de Pesa ro y las l e g e n d a r i a s na r r ac iones de la vida del a r q u e r o inmor ta l , c u y o s a s -c e n d i e n t e s yo no sé si vé la c r í t i ca e n t r e las b r u m a s del Bált ico ó en las au ro ra s boreales y q u e , c r eado r de una concienc ia polí t ica a d m i r a d a por los s ig los , p a d r e de la Helvecia r epub l i cana , personif icacion de una idea y de una a l m a reves t ida con los a t r i bu tos de su pá t r i a , c a n t a d o por el pescador en su barca , por el pas tor en el monte , por el mar ino en el l ago , es , como el Cid, un héroe más du rade ro q u e la c r i s t a l ina c u m -bre de los Alpes; su bóveda, que por su l impieza , por su brillo, pa rece que en aquel i n s t an t e a c a b a de ser p in t ada , t iene los cál idos y dorados ce la jes de la de

Eg ip to , de ese E g i p t o incor rupto por la s an t idad de los bá l samos y p e r f u m e s vert idos en su sudar io ; en su a tmós fe r a de á t o m o s de rosa y oro, h a y esenc ias tan de l i cadas cua l la de la b lanca flora v a l e n c i a n a q u e prestó sus mat ices á la ra faé l ica pa le ta de J u a n e s y á la f an t a s í a r i sueña y luminosa de ese Virgilio y P o u s -sin de la novela pastoral q u e se l l amó Gil Polo, y p u -ras y a romá t i cas brisas que al a b i s m a r el a l m a en s e -c re t a l angu idez p r e g o n a n , s e g u n C h a t e a u b r i a n d ha dicho, que en tal país las pas iones t ie rnas hub i e r an en breve sofocado las heróicas , si el amor p a r a ser ve r -dadero no neces i tase s iempre apoya r se en la g lo r i a .

La n a t u r a l e z a puso en aque l sitio toda su h e r m o -sura ; Dios el espejo donde se mira; la poesía sus idea-l idades; el a r t e sus inspiraciones s u p r e m a s . Al lado de un palacio bordado por las hadas p a r a su de l ic ia , en bas t idores de marfi l y oro, uno de esos j a r d i n e s , a l -b e r g u e de la grac ia y de la bel leza , que m a t a n la a m -bicion en quien entendiendo de gozar y de estimar lo

bueno, viva en ellos en reposo solazándose en los estu-dios y deleites que á una a lma noble conv ienen ; al l a -do de esbel tos pi lares que e scucha ron las no tas de e n a -morada mando l ina , de esp lendorosas sa las por c u y o s a j imeces se descubren mister iosas a l a m e d a s de i r re-sist ible y suav í s imo encan to , en las que se oyen las c a s t a ñ u e l a s y el a d u f e al lado de sur t idores q u e pa -recen primorosos á rboles de cr is ta l brotados m a r a v i -l losamente á la evocacion de una m a g a , a r c a d a s aéreas , t es t igos de fiestas, de torneos ó de paseos noc-tu rnos , que envolvió en vo lup tuos idad el a r o m a del mir to y el m u r m u l l o do los a r royos ; j u n t o á las m a g -nif icencias q u e honran el génio a rqu i tec tón ico de los hijos del Yemen y ensa lzan á los caba l l e ros q u e en j u s t a s de ocho s iglos rompieron lanzas por su d a m a , la Cruz, a u g u s t a s ru inas de edificios a labados por el romance a n t i g u o , por Ybn J a l d u n y M a k k a r i , por Sículo, Mármol y Pedraza , por Hur tado de Mendoza ,

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Ginés Pe rez de Hi t a y N a v a g e r o , Tomás Lheodio, Her-n a n d o de Baeza y otros muchos , y v íc t imas de las iras del t i e m p o . . . no pocos de impía p ique ta , q u i -zás a l g u n o de incendios , como el descr i to por el in-mor ta l r o n d e ñ o que puso la cuerda de la t r is teza infi-n i ta en el i n s t r u m e n t o de las me lanco l í a s h u m a n a s , en el i n s t r u m e n t o de las s e r ena t a s , en el que sólo s u e n a con poes ía donde hay a z a h a r en el aire i finí-simo azul en la bóveda de los cielos. Allí podeis evo-ca r los t i empos y los romancescos pe r sona jes de la historia y de la t radicion á rabes en bosques de vene-randos l au re le s , á la s o m b r a del c iprés de Alfa ima, de robus to f resno amad í s imo de la c ruz de Ca la t rava ó e n t r e los á loes q u e oyen ce lebra r al ru i señor las j u s -tas y c a ñ a s de Abence r r a j e s y Zegr í e s ; al l í podeis leer en l e t ras de c a r m i n y oro, s e g u n ha dicho Alarcon, la marav i l losa l e y e n d a de cien d inas t í a s g lor iosas y con -t e m p l a r los pr imores can t ados por Zorr i l la ; a l l í los de -s ier tos col lados de Iliberis q u e piden pa ra c a l m a r su sed las l á g r i m a s de un Rodrigo Caro; y el E v a n g e l i o , el Coran , la Roma a n t i g u a , los sábios de la época vi-s igoda , de a q u e l l a época que nació en h o n r a d a cuna de h ier ro y mur ió en t re p ú r p u r a s sobre vicioso carro de marf i l , las hu r i e s del Yemen , las g r a n d i o s a s f i g u r a s de la dominac ion m u s u l m a n a , los más denodados g u e r r e r o s de Cristo, los héroes todos del ú l t imo poema caba l l e resco de las edades medias, sa len al e n c u e n t r o en la Damasco h i spana , q u e s e g u n la f rase de uno de nues t ro s o r ado re s más gen t i l e s , es un sueño or ien ta l rea l izado en medio de la civil izacion más exqu i s i t a , de la vege tac ion más rica y del es tado in te lec tua l y mo-ral más próspero . E n t r e los m u c h o s l u g a r e s q u e nos h a b l a n de los can tos de la g r a n e p o p e y a q u e está p i -d iendo un Homero ó un Camoens , y a que Lope mur ió s in r ecoger lo y q u e se l lama g u e r r a g r a n a d i n a , — s u -ceso que, s e g ú n observa con acier to el i lustre Schack , si bien p e n e t r a en el c laro dia de la h is tor ia , es tá m e -dio volado aún por la v a g a d a y nebulosa luz de la p o e s í a , — s e c u e n t a la Z u b i a , a ldea rica y l impia , a s e n t a d a á u n a l e g u a de la c iudad nasa r i t a y env i -d iab le por el hechizo de su s i tuac ion sin r ival .

E n los d ias en q u e o r n a b a el azul pabel lon de los cielos a n d a l u c e s la media luna , bordada en él en plata por las h u r i e s a l co rán icas , el sitio que hoy ocupa la Z u b i a l l enába lo u n a se lva de laure les , de los que ex i s t e s o l a m e n t e el bau t izado con el n o m b r e de Isabel la Catól ica ; preciosísimo árbol q u e los via jeros no t e -m e n p r o f a n a r aprop iándose hojas ó r amas que se l le-van á gu i sa de re l iquias y en cuyo tronco cree la ima-g inac ion leer mil canc iones , mil r omances , que tes -t i f ican la t radic ion escu lp ida en el oro de la l eyenda , en el marmol de la nove la y en el rosado náca r del c u e n t o , por la m u s a mode rna , por F e r n a n d e z y G o n -zalez y por W. l r v i n g .

E l 18 de Junio de 1491, la Semí rami s de Cast i l la , ans iosa de mi ra r lo más ce rca posible las b l ancas a l -m e n a s de las tor res , los a l m i n a r e s y j a r d i n e s de la que me a t r eve ré á l l a m a r Mirha precioso de la E s p a ñ a á r a -be, a c o m p a ñ a d a de D. F e r n a n d o V, sus hijos, sus da -mas , el m a r q u é s de Cádiz, el g r an Gonzalo , D. Alonso de A g u i l a r , D. Alonso de Córdoba, los condes de T e n -di l la , de Ureña , de Cabra , de Vi l lena , pa l a f r ene ros , cr iados, so ldados y l anzas , l l egó h a s t a el bosque de los l au re les , desde el que descubr ía se G r a n a d a en m e -dio de la l l a n u r a , en toda su m a g n í f i c a ex tens ion . No bien l l egaron D.ª Isabel y su g a l l a r d a comit iva á t an delicioso l u g a r , en direccion á este vieron venir una pe-q u e ñ a hues t e de ginetes á rabes q u e iban reconociendo el t e r reno . El Rey y los cabal le ros , l l evando la m a n o á las e s p a d a s y la e spue la á los i jares de los cabal los , p r e sen t á ronse en ac t i tud de pe lear : Isabel I les o rdenó que e n v a i n a r a n los aceros y se ocu l t a sen , y se l l ando es te m a n d a t o con imperiosa mirada se perdió en t r e el

r ama je del laurel , objeto en el dia de tan piadosas pe-regr inac iones . En aque l océano de v e r d u r a , en el que las olorosas amar i l l a s llores s imulaban olas de topa-cio de un mar de e smera ldas , la re ina invocó al San to del dia, supl icóle la pa t roc inase y le hizo la p romesa de er igir le en aquel l u g a r un monas te r io si la de f en -dia en el r iesgo q u e la a sed iaba . San Luis de Franc ia escuchó tan bella oracion: los g u e r r e r o s moriscos pa-saron j u n t o al laurel q u e en tónces cus todiaba u n a vida necesar ia á los p lanes de la Providenc ia ; a l e já ronse

sin sospecha de los sit ios q u e escondían el ce t ro más envidiado y las e spadas de mejor temple e n t r e todas

las que le han recibido al con tac to de la Cruz, é Isa-bel la Católica, a m p a r a d a por el cielo, pudo volver con t ranqui l idad á su t i enda . Los a c o m p a ñ a n t e s de la ín-clita señora , que has t a aque l dia i gno raban que un cabal lero pudiera esconderse á la vista de sus e n e m i -gos, al ver e m p a ñ a d o el brillo de sus a r m a s s i empre l impias por la h u m e d a d del fo l l age , tuvieron ver -g ü e n z a de sí mismos, y r ecordando que el laurel ocul ta solo con g u s t o las f r en t e s donde se lee el valor escri to con honrosas c icat r ices , aco rda ron sal i r al en-

cuent ro de los moros c u a n d o estos sa l iesen á recoger los cadáveres del c o m b a t e del dia y re ta r los á un

duelo

La suer te t ra tó con desdenes tal valor. E l a l f a n j e y las espadas de la Cruz pelearon con aque l d e n u e d o que el g r a n Corneil le nos p in t a en los Horac ios; no pocas cabezas cas t e l l anas caye ron como e sp iga s a n t e la hoz segadora : el mismo Gonza lo corrió pe l igro de perder la l iber tad; la España del E v a n g e l i o lloró a m a r -g a s l ág r imas , y para hon ra r á aque l lo s muer tos in-mortal izó su dolor bau t i zando el sitio de es ta bata l la con un nombre más t r is te q u e el que Vital dá á los campos de F r a g a , con el n o m b r e t r i s t í s imo de Haza de la Muerte. Isabel I f u n d ó el conven to de San F r a n -cisco, ex-voto d igno de la que d u e r m e en G r a n a d a en un t ú m u l o que env id ian Dijon y la c iudad q u e los V a n - E y c k i lus t raron con su gén io . Un rel ieve y un cuadro recuerdan la sa lvacion de la Reina . Saavedra murió sin can t a r l a : Rosales bajó t r i s t emen te al valle de las t u m b a s sin ver en es te a s u n t o u n a g r a n p in-t u r a , sin logarnos un lienzo que s iendo rival del de las Lanzas recibiese en las fuen t e s bau t i sma les de la cr í t ica el nombre de «Cuadro de la Obediencia.» Pero si ya fué a r reba tado á nues t r a pa t r ia c u a n d o parecía reproduci r en ella, s e g u n observa el m a r q u é s de Mo-lins, el g randioso esti lo de Migue l Angel y el toque de Velazquez, aque l prec lar í s imo compa t r io t a de Cal-deron de la Barca, que como nadie conoció el secreto de la na tu ra l idad , aún vive Prad i l l a , hon ra y prez del caba l le te moderno , del icias de la noble t ierra de G o -ya y de Bayeu : P rad i l l a , q u e os ten ta un laurel tan merecido, tan limpio que sólo puede ha l l a r s e a l g u n otro parecido subiendo al capitol io del P e t r a r c a y del Tasso en t r ando en las basí l icas donde dec l inaron los siete soles del Renacimiento , ó y e n d o en pe reg r ina -cion á la s a g r a d a cima donde se alza como una pirá-mide fúnebre el p l an tado por Casimiro De lav igne sobre el sepulcro v i rg i l iano .

Pienso que m u y pronto, los p inceles c o n s a g r a r á n un recuerdo inmortal á la salvacion de la Reina Cató-lica, acaecida el memorab le 18 de Junio de 1451. Si el q u e en los retratos del más Ba ta l l ador y del más M a g -nánimo de los Alfonsos a r agonese s acaba de d e m o s -t ra r que l l ega con el pincel más al lá que la p l u m a de P lu tarco , elijiese para a sun to de a l g u n a de sus a d m i -rables composiciones el a p u n t a d o , d i g n o de qu ien ha hecho de su caba l le te el a ra más a u g u s t a del t emplo del a r te , pues en ella está expues to el s a c r a m e n t o de la ve rdadera inspiracion; si el Apeles de Vi l lanueva de Gá l l ego se decidiese á acomete r tal empresa , q u e podria l levar á cabo con mayor acier to que Ing re s hizo

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la apoteosis homérica y con igual al que Kau lbach y Delacroix, con paleta d i fe ren te , e j ecu ta ron el Flore-c imiento de la Grecia y el viaje del sub l ime can to r del

Catol icismo conducido por Virgilio á t ravés de ca l ig i -nosa a tmósfe ra sobre a g i t a d a s ve rd inegras olas «donde se re tuercen y muerden á sí mismos espantosos con-denados ,» deb ie ra t r a s ladar su es tudio á los históricos laure les de la Zubia , realzados por sub l imes sombras , por ideas g r a n d e s que conver t idas en flores cubren el r a m a j e , y por el r ecuerdo de las g lor iosas luchas que presenc ia ron , entre los gue r re ros de la Cruz y los no-velescos hijos del Coran .

Si, vaya á la Zubia , el au to r de D.ª J u a n a la Loca. No hay sitio más apto para diri j ir el pensamien to hácia

las g r a n d e s concepciones que cier tos séres e n g a l a n a n con las pr iv i leg iadas g rac ias del a r te , que el sitio q u e t iene por t e c h u m b r e el cielo de azul i ncomparab l e que sonr íe con las infant i les sonr isas del P. G r a n a d a y de Alonso Cano, n i ñ o s . Sí, vaya á la Zubia , y d i s f ru t a r á de la vista más espléndida y e n c a n t a d o r a del Univer-so. Yo no he tenido la dicha de ver ni los val les del Arno por Gaut ier descr i tos , ni una salida de sol en el go l fo de Nápoles, ni las ori l las del Rhin s e m b r a d a s de ba ladas por la lira, g e r m á n i c a , ni Cons tan t inop la desde el mar p i n t a d a por el can to r de Cimodicea, ni Jerusa-lem desde el to r ren te C e d r o n , ni n i n g u n o de esos lu-g a r e s que Lamar t i ne ensa lza en sus d i v i n o s libros; yo no he visto la c a t a r a t a del Niágara que inspiró á He-redia , ni el valle del Y u m u r í que Plácido, ese Chenier de América , nos can ta ; yo no he visto los g r a n d e s es-pec tácu los de la na tu ra leza q u e uno y otro dia l lenan de iris las fan tas ias pr iv i leg iadas de los c o n t e m p l a d o -res que los reproducen en obras m o n u m e n t a l e s . . . mas del mismo modo que sin haber oido á Cicerón, a s e g u r o q u e es imposible fuese mas a r t i s ta de la pa labra que nues t ro Cas te la r , si qu ie r le haya superado en el es-tilo, pues en cuan to á estilo, de spues de P la ton , el

orador de los Rostros . . . así a segu ro , sin habe r hecho l a rgos viajes , que es imposible h a y a en el orbe un pa isa je mas or ig inal que el que se descubre desde el laurel q u e recuerda en la Zubia , a n g u s t i a s , zozobras

y t r is tezas de memor ia tan san ta como las de aque l otro árbol que recuerda en Méjico un episodio de la c a m p a ñ a de Hernan Cortés.

Alli veis a r ena que no rechazar ia la Arabia y mon-t a ñ a s de hielo, d i g n a s del polo, p róx imas á o t ras que lucen aderezos de lava de piedra , b r i l l an t í s imas todas

y p roduc iendo el rosicler, y preciosos c a m b i a n t e s de las pur í s imas auroras y de las pues tas de sol mer i -d ionales . Allí veis e sp igas doradas como rayos de sol jun to al copo de nieve que forma la borla del b lanco m a n t o q u e cubre Sierra Nevada y respirais á la vez a z a h a r y aroma de mirto; y podeis r ecoger mil cogo-llos de magnol ia y sen taros lo mismo á la sombra de

un áloe ó de un nopal que á la sombra de una palme-ra, el árbol del ambar , ó á la sombra de un g r a n a d o , el árbol de los colores, el q u e p roduce los f ru tos más parecidos por su hermoso interior y por su hosca cor-toza, á los edificios que la a rqu i t e c tu r a á rabe aprecia no en t re sus per las , s ino como una ca ja de per las .

¡Qué c u a d r o aquel ! Voy á in t en ta r descr ibir lo , des-conf iando de lograr lo. Desde los laure les de la Zubia descúbrese una fértil l l anura de n u n c a soñadas bel le-zas. Nada conozco más gracioso ni de super ior opu-leticia veje ta l . El suelo es verde y a b u n d a n t e en ju-gos como en la zona donde pintó V a n - D i k y nació Chopin, de ese Murillo de la música del Norte , como en la zona donde ha de ver la luz s egun se cree en el l imbo de la historia, el pueblo que impulsara la len-tísima obra del progreso h u m a n o : su celes te bóveda

exp re sa el bello éxtasis de ese Oriente q u e ha enjen-d rado la poesía lírica y [?]ta que responda á las tris-tezas del a lma . E n t r e encinas, olmos y chopos que

sombrean los col lados, las p l an ta s del Mediodía os-ten tan su lujo fasc inador ; no hay roca por c u y a s g r i e -tas no broten ade l fas , así es que cada una de a q u e l l a s parece un inmenso j a r r o n de flores, ni con to rno de la-dera que no cubra y e s f u m e el g r a n a d o , ese árbol del que , si me pe rdona i s el a t r ev imien to , d i ré q u e al e le-gir flora a romat izó el damasco , y t rocando en azúca r el rubí hizo de él su f ru to . A t r avés de la espesura de poéticos bosques de ave l l anos y a l m e n d r o s , e n t r e cu -yas r amas j u g u e t e a n y e n t o n a n las aves me lancó l i ca s canciones inspiradas por el des ier to ó por la l u n a q u e esclarece los valles del A t l a s : á t r avés de la e spesu ra de las selvas de cac tus y de los e m p a r r a d o s q u e p a r e -cen una copia de la t i enda á rabe , h e c h a por la de l i ca -da mano de la d i sc ípula predi lec ta del sub l ime a r t i s t a del Universo, al pié á veces de he rmosas pa lmeras bajo c u y a s pa lmas una copla be rber i sca de l a rga c a -dencia y voluptuos ís ima melod ía enc ie r r a la d u l c e y a p a c i g u a d a tr isteza que hay en un amor p r o f u n d o ó una g i t an i l l a de bronceada tez danza al son de la g u i -tarra que se que ja y suspira c o n s a n t a y del iciosa m e -lancolía, descúbrense b lancos caser íos y a g u a s en abundanc ia sin e jemplo d e s t r e n z á n d o s e en a r royos , en acequias y en cascadas , sonan te s bajo co r t inas de j a z m í n , ó en medio de idíl icas f lores tas . ¡Qué sol aqué l ! ¡Qué te r reno tan apto para una org ía de colores , el a n -fi teatro de montes q u e fo rmando los más bellos con-t ras tes rodea el valle del Geni l ! Y la se lva de obelis-cos, p i rámides , a l m e n a s y a g u j a s de cr is ta l s epa radas por ab ismos que se desa r ro l l a a l lá cerca de las n u b e s , en las a l tu ra s de Sierra N e v a d a , en la c u m b r e , donde diria que han nacido las p r imeras c a n a s al g lobo si no viese q u e su b lancura es la b l a n c u r a de las m a n t i l l a s que usó la Creacion en su bau t i smo, co locadas por Dios en aque l l a s a l t u r a s , yo no sé si pa ra deci r á la human idad que lo que principia c o n c l u y e . . . ? He c o n -templado este cuadro en un hermoso dia de p r imave -ra: estacion en que los rios y acequ i a s t i enen g r a n d í -sima corr iente , y la respiracion es el m a y o r de los delei tes y las col inas y la l l anura o s t en t an mat i ces tan varios que á su a b u n d a n c i a no l l e g a r i a la pa l e t a r e su l t an te de haber fund ido en u n a las de Vecelli, Verones, Rubens , T in to re t to y Muril lo. Dec l inaba la ta rde , d e r r a m a n d o sobre el e n c a n t a d o paisa je el rau-dal de sus rayos l impios, cual los ojos de hermosísi-mo niño, el as t ro a n d a l u z : «su áureo r e sp l andor t ro -cado en encend ida l u m b r e p u r p ú r e a , recorr ia e x t r e -meciéndose toda la esca la de los ma t i ces y tonos» y á la vista de tal cuad ro super ior á los soñados por el Poussino y por F o r t u n y , c o m p r e n d í con c u á n t a jus-ticia decia el or ienta l q u e e ra aque l un paraiso m á s ameno que los de Damasco, Cachemi ra y S a m a r c a n d a , me exp l iqué el que la admirac ion l l evara a l c ronis ta de los Reyes Católicos, P e d r o Már t i r , á ape l l ida r C a m -pos Elíseos al país que más r e f r i ge r a el espí r i tu c a n -sado; ap laud í á Ibn Ba tu t a por h a b e r dec la rado q u e nada hay en la t ierra comparab le al suelo q u e r i ega el Geni l , ese rio que parece un des t e r r ado de la G o l c o n -da; encon t ré jus t i f i cado como n u n c a el e n t u s i a s m o de Andrés Navagero hacia la vega favori ta de la insp i ra -cion a ráb iga . Más c o m p r e n d o aún estos e n t u s i a s m o s cuando recuerdo que aque l l a c a m p i ñ a ha conocido

época más próspera que la a c t u a l . Así me lo dice la historia, me lo dicen cien voces a d e m á s ; me lo dice tambien la Alcaicer ía .

¿Por qué aquella vega sin rival hab ía de verse libre de la desgrac ia que ha des t ru ido las obras más bel las de la a rqu i t ec tu ra árabe y ans í a h u n d i r á las que que-

dan? Tr i s te es que montones de ru inas ocupen el lu-gar de las magn í f i cas creaciones del a r t e ; no lo es ménos de ver en decadenc ia una vega fért i l . Ta l l e r y

museo es la vega donde la n a t u r a l e z a crea y expone sus maravi l las : e jecutoria de v i r tudes de los pueblos

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q u e las poseen. No hay c a m p i ñ a q u e no sea espe jo fidelísimo de las c u a l i d a d e s de sus cu l t i vado re s . A

una nacion se la conoce bien s o l a m e n t e c u a n d o se la es tudia en sus campos .

Discurr iendo en es tas i m a g i n a c i o n e s , la noche , q u e sin sent i r lo venia sobre mí, me adv i r t ió q u e era lle-g a d o el m o m e n t o de d e j a r a q u e l l u g a r . El úl t imo rayo del ocaso ya no l l ameaba en la to r re de la Vela «las sombras empeza ron á c u b r i r el l l ano y los a lcores» to-davía desped ian r e f u l g e n t í s i m o s des te l los el Vele ta y el M u l h a c e n , los b l andos r ayos de la luna m e c í a n s e en las a g u a s ; el ru i señor con sus t r inos , de tal modo d i f u n d í a vo lup tuos idad y e n c a n t o , q u e creí ver sobre las b a r a n d a s de los ba l cones á q u e iba a c e r c á n d o m e el nevado velo de s u l t a n a s q u e e s t aban e s c u c h a n d o la mús i ca con q u e Sohra , el génio del lucero vespertino,

guia el luminoso coro de las estrellas.

FAUSTINO SANCHO Y GIL.

L O S JUSTICIAS DE A R A G O N .

III.

M I C E R J I M E N P E R E Z DE S A L A N O V A .

Más que difícil es la tarea del b iógrafo , q u e al que-rer escr ibi r c i r c u n s t a n c i a d a m e n t e la vida y hechos memorab l e s de los varones que i lus t ra ron á A r a g o n , v iene á c o n f u n d i r s e en el l a con i smo de sus ana le s , que , a u n q u e escri tos con g r a n i n t e l i g e n c i a , necesa-r i a m e n t e han de c r ea r d i f i cu l t ade s i n s u p e r a b l e s en m u c h a s ocas iones á la vista más p e n e t r a n t e y á la

más a s ídua labor ios idad. La razon de ese laconismo se f u n d a , en que l l amados los a n a l i s t a s á escr ib i r y bosque ja r la vida de s ig los de n u e s t r o re ino, sus ins-t i t uc iones , d inas t í a s y e m p r e s a s , f o r z o s a m e n t e tuvie-ron q u e l u c h a r con i n n u m e r a b l e s obs t ácu los , ya por la d i s tanc ia de los hechos q u e ref ieren, no ménos por la oscur idad q u e e n v u e l v e á los p e r s o n a j e s más ó menos i m p o r t a n t e s en la e jecuc ion de los hechos na-c iona les , s u g e t o s m u c h a s veces á los con t ra r ios jui-cios de los h is tor iadores ; la escasez de da tos de cier-tos per íodos históricos, y ú l t i m a m e n t e , p o r q u e hombres e m i n e n t e m e n t e prác t icos n u e s t r o s a n t e p a s a d o s , sin el vé r t igo de las épocas m o d e r n a s q u e nos a r r a s t r a á conoce r los de ta l l e s de la vida públ ica y pr ivada de los e s t ad i s t a s , de los pol í t icos i n f l u y e n t e de la emi-n e n c i a s c ien t í f icas , a r t í s t i cas y mi l i t a res , a d m i r a b a n , es v e r d a d , á los q u e sobresa l ian en los des t inos pá-trios, los q u e sa t i s fechos á su vez de sus obras cuida-

ban poco ó n a d a de q u e és tas se t r a s m i t i e r a n á la pos-te r idad .

El just icia q u e vamos á b iograf ia r , veinte y nueve en el órden de sucesion d e los q u e conocemos , áun c u a n d o sólo sea por el t i empo en q u e es tuv ie ron in-vest idos de tan p r e e m i n e n t e d i g n i d a d , s e g u n se in-fiere de lo q u e escribió B l a n c a s , t o m á n d o l o de los bo-cetos d e los j u s t i c i a s q u e t r azó por escr i to el d ignís i -

mo y d iscre to prócer Juan Jimenez de Cerdan , vió la luz en la parroquia del Pi lar de es ta imperial c iudad , d o n d e es taba la casa de los S a l a n o v a s , sin q u e nos sea dab le exp re sa r el año de su nac imien to , y m u c h o

ménos las acciones de su in fanc ia , q u e vinieron á des-a p a r e c e r en el n a u f r a g i o de las cosas h u m a n a . Dedi-cado en su j uven tud al es tud io del de r echo pátr io-

coleccionado por el c a t a l an de o r i gen , pero a r a g o n é s

mer i t í s imo por sus servicios al reino, el e m i n e n t e ju-risconculto c o n s e j e r o de J a i m e I, y finalmente, obispo

de Huesca , Vidal C a n e l l a s ó Cane l les , - no ta rdó m u c h o el jóven Sa lanova en da r se á conocer, pr imera-m e n t e en las au las , y más t a rde , recibido de abogado ,

en los t r ibuna le s , por su ap l i cac ion , espír i tu recto y juic ioso, in te l igenc ia y labor ios idad , que 1e valieron fue ra r epu t ado por el más i n s i g n e ju r i s ta del re ino . P ruebas p rác t icas de nues t ra asercion debió da r en sus t iempos juven i l e s c u a n d o - s i n desprec ia r los mo-d e r n o s - n o eran en los a n t i g u o s tan l lanos los cami-nos de los a l tos pues tos , q u e en éstos parece no se pagaban por el monarca y pueb lo a r a g o n é s , de inteli-genc i a s de r e lumbron ; y bien s e n t a d a es tar ía su re-putacion, pues to q u e lo e n c o n t r a m o s d e s e m p e ñ a n d o las func iones de l u g a r - t e n i e n t e del ju s t i c i a Pedro Martinez Ar ta sona , s e g u n d o mag i s t r ado de es te ape-llido, que floreció en 1281, r e inando D. Pedro III el

Grande .

Era el c a r g o de l u g a r t e n i e n t e de la m a y o r impor-t anc i a en la época de S a l a n o v a , a u n q u e no poseia t a n t a s p r e roga t i va s y a t r i buc iones como poster ior -m e n t e se le fue ron conced iendo : a g r e g a d o al t r ibunal del justicia y su s u s t i t u t o in t e r ino , discut ia los l i t igios y l legaba á s e n t e n c i a r en a l g u n o s de m e n o r c u a n t í a : c a r g o cuya e leccion, por muchos s ig los fué pr iva t iva-men te del just icia, pero q u e más t a rde porque la espe-riencia ha demos t rado ser dañosa al r e i n o , que los lu-

gar- tenientes del just icia de Aragon, sean puestos por el d i c h o justica revocables de voluntad suya, (1) se t ransf i r ió el de recho de nombra r los al mona rca . Nota-bles fueron los servicios del l u g a r - t e n i e n t e Sa lanova , a c o m p a ñ a d o s de una hon radez sin tacha y de un ca-rác ter a m a b l e , f ranco y noble , e x e n t o de la p e t u l a n t e vaciedad q u e más en los pues tos públicos que en otros , exc i ta la sonrisa ó el desden de las inteligen-cias i lus t radas ; es la pesadi l la de los hombres t ímidos ,

á qu ienes su m a l a v e n t u r a ó negoc ios l levan á las de-pendenc ia s de la nacion; a t m o s f e r a s a g i t a d a s m u c h a s

veces por los vientos de una a r roganc i a desprec iab le q u e asfixia s i m p a t í a s , hace b ro ta r desvios, y es seña-lada por la opinion púb l ica , en los que e m b r i a g a d o s por el la se creen endiosados , q u e g e n e r a l m e n t e per-

tenecen á la turba mu l t a de los q u e sin el apoyo de un pe rsona je ó la r ecomendac ion de una amiga, se

a r r a s t r a r i an por el suelo para r ecoger las migajas que arrojan las clases q u e de o rd ina r io neces i t an sus ser-

vicios.

Despojado a r b i t r a r i a m e n t e por el menc ionado so-berano el n o m b r a d o justicia de la suprema m a g i s t r a -

tu ra , por su en te reza en d e f e n d e r los fueros y por el vigoroso impulso q u e dió á la union para imponerse al ca rác te r al t ivo é invasor de Pedro III, como lo con-s iguió a r r a n c á n d o l e el famoso pr iv i legio gene ra l que comienza: Sepan todos que en el año del Señor 1283 un domingo, que se contaba á 3 de Octubre, estando con-

gregados en la iglesia de P r e d i c a d o r e s - S a n t o Domin-go-de Zaragoza, etc.; es de s u p o n e r , q u e en su caida

tambien fué e n v u e l t o su benemér i to l u g a r - t e n i e n t e , hecho q u e espl icaria s a t i s f ac to r i amen te , porque no aparece en n i n g u n o de los ac tos públ icos que se efec-tuaron d u r a n t e los jus t ic iados del famoso zalmedi-na-gobernador de es ta ciudad-Juan Gil Tarin, na-

cido en la misma de una famil ia cé lebre por sus ri-quezas y tu rbu lenc ias ; ni de Juan Zapata y Cadrete s e ñ o r , en opinion de B l a n c a s , del pueblo de este nombre próx imo á n u e s t r a cap i ta l : - q u e hoy como aye r y como s iempre , que en la sucesion de los t i e m -pos no hay nada de nuevo q u e no h a y a a c a e c i d o - e l

hombre que nos d i s f raza sus sent imientos de justicia y pudor , y a p l a u d e los ac tos ménos ju s to s de los po-deres más elevados , láicos ó ec les iás t icos , civiles ó

mil i tares , se expone á r ecor re r las e t apas del sufr i -miento y la r ecompensa de los servicios mas des in te -

resados y t r a s c e n d e n t a l e s , por una aberracion inve-rosímil, pero no ménos c ie r ta , acostumbró á ser el

(1) Fueros.

R E V I S T A DE A R A G O N . 200

os t rac i smo, y ménos mal , si abriéndose c a m i n o la equidad, le indemniza sus s insabores con u n a repara-

cion t a rd í a ó p ó s t u m a . Felizmente l l egó esta p a r a S a l a n o v a , po rque muer-

to a t a c a d o de la ep idemia D. Al fonso III el Liberal el 18 de Junio de 1291, á los 27 a ñ o s de e d a d ; á fal ta de

sucesion directa, ocupó el t r o n o de és t e su h e r m a n o el rey de Sicilia D. Jaime II el J u s t o , el c u a l , au to r i -zando p r á c t i c a m e n t e sus b e l l a s ideas de conc i l i ac ion , llevó á feliz t é rmino por la m e d i a c i o n del j u s t i c i a

J u a n de Zapata la de la corona con los nob les , q u e ultrajados en los r e inados a n t e r i o r e s , d i s p o n í a n s e

á renegar de su pátria y s o b e r a n o s , d e s a f o r á n d o s e y ofreciendo sus servicios á los de otra nac ion; al mi smo

t iempo, dando e spans ion es t e m o n a r c a á sus sen t i -m i e n t o s g e n e r o s o s y pacíficos, h i zo o l v i d a r con her-mosas acc iones las c a l a m i d a d e s , in jur ias , a t r o p e l l o s y

a g i t a c i o n p e r m a n e n t e de A r a g o n c a m b i a n d o c o m p l e -tamente su estado e n u n a paz o c t a v i a n a .

E n c a r i ñ a d o D. J a i m e d e la j u s t i c i a y e n e m i g o á más no poder de la v io lencia y s i n r a z o n , conoc ió

cuánto m o n t a b a la máxima es más útil para la d e f e n s a y conservacion de un reino el amor, que el temor de los

vasa l los á los reyes; y á fin de a d q u i r i r el a f ec to de sus pueblos , al f a l l e c i m i e n t o del j u s t i c i a Z a p a t a gustó

en d a r l e un suceso r s i m p á t i c o al re ino q u e a r r a i g á r a la conviccion de sus m a g n á n i m o s p ropós i tos , de s e -pa ra r se de las hue l l a s de s u s inmediatos p r e d e c e s o r e s , r e s p e t a n d o la s a n t i d a d del j u r a m e n t o d e d e f e n d e r , g u a r d a r y a c r e c e n t a r los fue ros q u e h i c i e ra en la ca-tedra l de La -Seo de Z a r a g o z a en 24 de S e t i e m b r e de 1291, a n t e su g r a n p re lado D. H u g o M a t a p l a n a ; así q u e , e s t a n d o en Barce lona en 1 2 9 4 — d o n d e habia ido para a c a b a r los b a n d o s de la nobleza q u e c o n m o -vían y e n s a n g r e n t a b a n la indus t r i a l C a t a l u ñ a ; de conven i r s e con D. B e r e n g u e r de C a r d o n a , g r a n maes-tre de los t empla r ios a r a g o n e s e s y c a t a l a n e s , en la resolucion de i m p o r t a n t e s negoc ios y de p e r m u t a r al-g u n o s h e r e d a m i e n t o s con D. Guillen de Moncada;-p roveyó el oficio de j u s t i c i a en la persona de Micer

Jimen Perez de S a l a n o v a , c u y o s a n t e c e d e n t e s e ran una g a r a n t í a de q u e no t r a i c iona r i a ni c o h e c h a r í a la a l t a mision de ve lar por la l i be r t ad , p r o t e g e r i a el fuero del de sa fue ro , la e q u i d a d de la in jus t i c ia y la

debil idad de la v io lenc ia .

No es tará de m á s i n d i q u e m o s en es t e l u g a r , como p r u e b a de la g r a n cons ide r ac ion y c o n f i a n z a en las dotes c ien t í f icas y mora les de e s t e e m i n e n t e l e t r ado , q u e se t en ia por t o d a s las c l a ses , q u e no o b s t a n t e e s t a r p r e c e p t u a d o por el fue ro del oficio del Justicia de Aragon; q u e es te m a g i s t r a z g o r e c a y e r a en s u j e t o no-ble y mi l i ta r se p resc ind ió por p r imera vez de la ley, sin que se o r i g i n á r a n r e c l a m a c i o n e s ni conf l ic tos , pues ERA S a l a n o v a h o m b r e civil y e n e m i g o por con-viccion de reso lver los p r o b l e m a s nac iona l e s por la e spada , q u e i r a c u n d a y c i ega en ocas iones corta lo úti l é inút i l : e j emplo s i n g u l a r de la c ivi l izacion ara-g o n e s a y de su respe to á la c ienc ia del d e r e c h o , q u e u n i d o s á otros q u e p o s t e r i o r m e n t e dió, son la mejor con tes t ac ion á los q u e de un modo super f ic ia l ca l i f i can de retrógradas o t ras g e n e r a c i o n e s q u e rea l izaron g r a n -des cosas , q u e o t ras mas a d e l a n t a d a s han a b a n d o n a d o como un bello desideratum i r r ea l i zab le .

VICTORIO PINA.

(Se concluirá.)

E P I G R A M A S .

I.

Don Pe r f ec to el a r q u i t e c t o Díjome a y e r i r r i t ado :

-¡Lo j u r o á fe de Per fec to! Y Pe r f ec to es j o r o b a d o .

II.

Sue le á J e s ú s o f end ido Besa r la b e a t a Inés .

¿Y J e s ú s s abe i s qu i én es? . . . Pues J e s ú s . . . es su mar ido .

AGUSTIN PARAISO.

III.

C o m p r ó s e u n o s l en t e s Cárlos Y la c o m p r a no s i rvió.

- ¿Po r qué? - P o r q u e no c o m p r ó Nariz d o n d e co loca r los .

IV.

Deja que epizootia i n s a n a L a n a y c a r n e r o s a g o t e : Mien t ras tú t e n g a s cogo t e No puede f a l t a r n o s l ana .

VALENTIN MARIN Y CARBONELL.

V.

Viendo la l u n a Pi far tos , Muer to de env id ia e x c l a m ó :

¡Ay! La luna t i ene c u a r t o s Y sólo un o c h a v o y o . . .

IV.

-P ienso m u c h o , pero m u c h o , Dice s i e m p r e Don B e l t r a n ;

Y es tá en lo c i e r to al dec i r lo , Que piensa en g r a n c a n t i d a d .

PEDRO SAÑUDO AUTRAN.

VII.

De la m u j e r , la g u i t a r r a Es la a n t í t e s i s , C e n o n ; En ésta h a y a l g u n a s cue rdas ,

Pero en las m u j e r e s no.

VIII.

Si el doc tor q u e de la c u r a De tu mal se e n c a r g a , es Diego, Amigo , es cosa s e g u r a Que t e n d r e m o s c u r a l u e g o .

ANTONIO GASCON.

IX.

Goza el v a l e n t o n Ca r r anza F a m a de h o m b r e m u y templado. ¿ T e m p l a d o ? J a m á s ha obrado ,

Para ser lo , con t e m p l a n z a . X.

L inda es la cara de Cla ra , Pero a u n q u e pa rezca i n j u s t o , Yo de esa c a r a no g u s t o . . .

C a b a l m e n t e p o r q u e es ca r a .

MARIANO DE CÁVIA.

Zaragoza.- Imprenta del Hospicio Provincial.

E1 debut de la a r t i s ta z a r a g o z a n a D.ª Nat ividad Mart inez en P a m p l o n a ha sido para ésta un ve rdade ro t r iunfo . T a n t o para el la , cuyos méri tos e r an has t a a h o r a conocidos de pocos, como para el t enor Ta mb e r -l i c k , c u y a f a m a es un ive r sa l , hicieron ga la los p a m p l o -

neses de las m á s exp re s iva s m u e s t r a s de e n t u s i a s m o .

S e g u n parece , esta compañ ia está ya c o n t r a t a d a para B a y o n a . Mucho nos a l e g r a r í a m o s de verla en a l g u n t ea t ro de esta capi ta l .

Los úl t imos números de la Revis ta Europea y de la Crónica de la Música son muy variados y c o n t i e n e n , como de c o s t u m b r e , t r aba jos de ve rdadero in terés .

CHARADA.

Dos y prima r egoc i ja , Primera y dos corre s iempre ;

Y a m b a s cosas , tan d i s t i n t a s . Del mismo pun to proceden.

Solucion á la inserta en el número anterior.

N I - H I - L I S - T A .

A N U N C I O S .

L A B A N D E R A E S P A Ñ O L A .

COSO, ZARAGOZA.

I N M E N S O Y V A R I A D O SURTIDO DE O B J E T O S DE E S C R I T O R I O .

DEPÓSITO DE PAPELES PINTADOS DE LAS MEJORES FABRICAS.

N O V E D A D Y B U E N G U S T O . - - V A R I D A D Y E C O N O M Í A .

COSO, ZARAGOZA.

L A B A N D E R A E S P A Ñ O L A .

L I B R O S R A Y A D O S Y

OBRADOR DE ENCUADERNACIONES DEL HOSPICIO PROVINCIAL

DE Z A R A G O Z A .

Á C A R G O D E E M I L I O F O R T U N .

Hay un g r a n su r t i do y mues t r a r io de todas c l a se s á precios de prospecto en el Coso, Bande ra Españo la . Se reciben toda c lase de t r aba jos , como modelos de r a -yados , por dif íc i les q u e sean , para el ob rador de d icho Hospicio, y e sc r ib i endo por el correo inter ior se pasa rá á domici l io .

TIPOGRAFIA A R A G O N E S A DE

F É L I X V i L L A G R A S A ,

P o r c h e s d e l P a s e o , n ú m e r o 16,

Z A R A G O Z A .

L A P U B L I C I D A D ,

L I B R E R Í A Y O B J E T O S DE E S C R I T O R I O

D E J O S É M E N E N D E Z ,

J A I M E I, 54.

En es te e s t ab l ec imien to se e n c u e n t r a un gran s u r -t ido d e devocionar ios , S e m a n a s San tas , obras de re l i -g ion y de t ex to para todas las car re ras .

Se susc r ibe á toda c lase le periódicos, t an to nac io -na les como e x t r a n j e r o s , de medicina, farmacia, d e r e -cho , l i t e r a t u r a , etc.

L A S A L D U B E N S E .

DEPÓSITO DE LIBROS, OBJETOS DE ESCRITORIO Y TALLER DE ENCUADERNACION

D E F R A N C I S C O F R A N C E S .

C O S O , 1 0 4 . - Z A R A G O Z A . - C O S O , 104.

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S o b r E l a P l u r a l i d a d de M u n d o s

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En esta librería se s i rven con p ron t i tud y economía, los pedidos q u e se hacen de los a r t í cu los á que se de-d i ca .

Se reciben comis iones y encargos. Dirigirse á JUAN OSÉS.