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Vírus Introdução A palavra vírus é originária do latim e significa toxina ou veneno. O vírus é um organismo biológico com grande capacidade de automultiplicação, utilizando para isso sua estrutura celular. É um agente capaz de causar doenças em animais e vegetais. Estrutura dos vírus Os vírus são extremamente simples e diferem dos demais seres vivos pela inexistência de organização celular, por não possuírem metabolismo próprio e por não serem capazes de se reproduzir sem estar dentro de uma célula hospedeira. São parasitas intracelulares obrigatórios. Em consequência, são responsáveis por várias doenças infecciosas, em alguns raros casos, não produz prejuízos a seus hospedeiros. Os vírus que infectam as flores da tulipa, por exemplo, provocam manchas coloridas em pétalas, que normalmente têm uma só. Nesse caso, os vírus não provocam prejuízos à planta. Os vírus são os menores seres vivos, visíveis apenas ao microscópioeletrônico. Sua estrutura vem sendo vez mais esclarecida, à medida que É tecnologia em microscopia eletrônica evolui. Eles são tão pequenos que podem penetrar na célula das menores bactérias que se conhecem. Os vírus possuem como material genético o ácido desoxirribonucléico (DNA) ou o ácido ribonucléico (RNA), nunca ocorrendo os dois tipos de ácidos nucléicos juntos em um mesmo vírus. Existem, portanto, vírus de DNA e vírus de RNA. O ácido nucléico apresentase sempre envolto por uma cápsula protéica denominada capsídeo. As proteínas que compõem o capsídeo são específicas para cada tipo de vírus. Cada molécula protéica do capsídeo recebe o nome genérico de capsômero. O capsídeo mais o ácido nucléico que ele envolve são denominados nucleocapsídeo. Vida Um vírus sempre precisa de uma célula para poder replicar seu material genético, produzindo cópias da matriz. Portanto, ele possui uma grande capacidade de destruir uma célula, pois utiliza toda a estrutura da mesma para seu processo de reprodução. Podem infectar células eucarióticas (de animais, fungos, vegetais) e procarióticas (de bactérias). Classificação 13

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  • Vrus

    Introduo

    A palavra vrus originria do latim e significa toxina ou veneno. O vrus um organismo biolgico com grande capacidade de automultiplicao, utilizando para isso sua estrutura celular.umagentecapazdecausardoenasemanimaisevegetais.

    Estruturadosvrus

    Os vrus so extremamente simples e diferem dos demais seres vivos pela inexistncia de organizao celular, por no possurem metabolismo prprio e por no serem capazes de se reproduzir sem estar dentro de uma clula hospedeira. So parasitas intracelulares obrigatrios. Em consequncia, so responsveis por vrias doenas infecciosas, em alguns raros casos, no produz prejuzos a seus hospedeiros. Os vrus que infectam as flores da tulipa, por exemplo, provocam manchas coloridas em ptalas, que normalmente tm uma s. Nesse caso, os vrus no provocam prejuzos planta. Os vrus so os menores seres vivos, visveis apenas ao microscpioeletrnico. Sua estrutura vem sendo vez mais esclarecida, medida que tecnologia em microscopia eletrnica evolui. Eles so to pequenos que podem penetrarnacluladasmenoresbactriasqueseconhecem.

    Os vrus possuem como material gentico o cido desoxirribonuclico (DNA) ou o cido ribonuclico (RNA), nunca ocorrendo os dois tipos de cidos nuclicos juntos em um mesmo vrus. Existem, portanto, vrus de DNA e vrus de RNA. O cido nuclico apresentase sempre envolto por uma cpsula protica denominada capsdeo. As protenas que compem o capsdeo so especficas para cada tipo de vrus. Cada molcula protica do capsdeo recebe o nome genrico de capsmero. O capsdeo mais o cido nuclico que ele envolve so denominadosnucleocapsdeo.

    Vida

    Um vrus sempre precisa de uma clula para poder replicar seu material gentico, produzindo cpias da matriz. Portanto, ele possui uma grande capacidade de destruir uma clula, pois utiliza toda a estrutura da mesma para seu processo de reproduo. Podem infectarclulaseucariticas(deanimais,fungos,vegetais)eprocariticas(debactrias).

    Classificao

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  • A classificao dos vrus ocorre de acordo com o tipo de cido nuclico que possuem as caractersticas do sistema que os envolvem e os tipos de clulas que infectam. De acordo comestesistemadeclassificao,existemaproximadamente,trintagruposdevrus.CicloReprodutivoLticoparasitaaclula,sereproduzemataaclulaparasitada.Lisognicoparasitaaclula,sereproduzenomataaclulaparasitada.

    Soquatroasfasesdociclodevidadeumvrus:

    1. Entrada do vrus na clula: ocorre a absoro e fixao do vrus na superfcie celular e logo emseguidaapenetraoatravsdamembranacelular.2. Eclipse: um tempo depois da penetrao, o vrus fica adormecido e no mostra sinais de suapresenaouatividade.3. Multiplicao: ocorre a replicao do cido nuclico e as snteses das protenas do capsdeo. Os cidos nuclicos e as protenas sintetizadas se desenvolvem com rapidez, produzindo novaspartculasdevrus.4.Liberao:asnovaspartculasdevrussaemparainfectarnovasclulassadias.

    Curiosidades:

    Exemplos de doenas humanas provocadas por vrus: hepatite, sarampo, caxumba, gripe, dengue,poliomielite,febreamarela,varola,AIDSecatapora.

    Os antibiticos no servem para combater os vrus. Alguns tipos de remdios servem apenas para tratar os sintomas das infeces virais. As vacinas so utilizadas como mtodo de preveno, pois estimulam o sistema imunolgico das pessoas a produzirem anticorpos contradeterminadostiposdevrus.

    BacterifogoVrusqueinfectabactria

    Reproduo:

    ReinoMonera

    Oquesobactrias

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  • As bactrias so seres muito pequenos, procariontes, unicelulares que, em sua maior parte, no podem ser vistos a olho nu. Apesar de seu tamanho, elas se multiplicam em grande velocidade formando colnias, e, muitas delas, conhecidas como germes, so prejudiciaisasadedohomem,poispodemcausarinmerasdoenas.Caractersticaseinformaessobreasbactrias

    Elas se encontram por toda parte, e h milhares delas no ar, na gua, no solo e, inclusive, em nossos corpos. Contudo, nem todas so malficas, h aquelas que desempenham papis extremamente teis para muitas formas de vida, inclusive para os seres humanos. No caso de plantas, como as ervilhas, elas se beneficiam desta forma de vida, que habita em suas razes dentro de pequenos caroos, em seu crescimento atravs da substnciaqumicaqueestasbactriasproduzem.

    No solo existem bactrias que podem ser benficas de vrias maneiras, uma delas ajudar as folhas velhas das plantas a apodrecerem fornecendo alimento s novas plantas. Entretanto, h certas bactrias que so daninhas aos vegetais prejudicandoos a ponto de destrulos.

    No caso dos seres humanos, elas podem ser combatidas atravs do uso de antibiticos, que, quando usados conforme orientao mdica, tem efeito eficaz sobre os germes prejudiciais a sade. Caso contrrio, elas aumentaro rapidamente ampliando o nmerodecolnias.Emmuitoscasos,elaspodemsertransferidasdepessoasparapessoas.

    Podemoscitarcomoprincipaistiposdebactrias:Cocos(formatoarredondado)Bacilos(alongadasemformadebastonetes)Espirilos(formatoespiralado)eVibries(possuemformatodevrgulas).

    At 300 anos atrs, ningum sabia da existncia deste tipo de vida, foi um holands chamado Leeuwenhoek que as observou pela primeira vez. Em 1865, Louis Pasteur, atravs de seus estudos e observaes, descobriu como elas se multiplicam e causam doenas. Contudo, os estudos desta forma de vida s foram mais precisos depois que Roberto Koch, em 1870, descobriu como colorilas e mantlas vivas em uma espcie de gelia que ele mesmo criou. Desta forma, elas poderiam ser observadas por mais tempo e tambm de formas diferentes, fato que permitiria um conhecimento mais completo e aprofundado deste tipodevida.

    Reproduo

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  • Principaisdoenascausadasporbactrias:Tuberculose:causadapelobaciloMycobacteriumtuberculosis.Hansenase(lepra):transmitidapelobacilodeHansen(Mycobacteriumlepra).Difteria:provocadapelobacilodiftrico.Coqueluche:causadapelabactriaBordetellapertussis.Pneumoniabacteriana:provocadapelabactriaStreptococcuspneumoniae.Escarlatina:provocadapeloStreptococcuspyogenes.Ttano:causadopelobacilodottano(Clostridiumtetani).Leptospirose:causadapelaLeptospirainterrogans.Tracoma:provocadapelaChlamydiatrachomatis.Gonorriaoublenorragia:causadaporumabactria,ogonococo(Neisseriagonorrhoeae).Sfilis:provocadapelabactriaTreponemapallidum.Meningitemeningoccica:causadaporumabactriachamadademeningococo.Clera:doenacausadapelabactriaVibriocholerae,ovibriocolrico.Febretifide:causadapelaSalmonellatyphi.

    ReinoFungi

    CARACTERSTICASGERAIS

    Durante muito tempo, os fungos foram considerados como vegetais e, somente a partirde1969,passaramaserclassificadosemumreinoparte.

    Os fungos apresentam um conjunto de caractersticas prprias que permitem sua diferenciao das plantas: no sintetizam clorofila, no tem celulose na sue parede celular, excetoalgunsfungosaquticosenoarmazenaamidocomosubstnciadereserva.

    A presena de substncias quitinosas na parede da maior parte das espcies fngicas easuacapacidadededepositarglicognioosassemelhamsclulasanimais.

    Os fungos so seres vivos eucariticos, com um s ncleo, como as leveduras, ou multinucleados,comoseobservaentreosfungosfilamentososoubolores.Seucitoplasmacontmmitocndriaseretculoendoplasmticorugoso.

    So heterotrficos e nutremse de matria orgnica morta fungos saprofticos, ou vivafungosparasitrios.

    Suas clulas possuem vida independente e no se renem para formar tecidos verdadeiros.

    Os componentes principais da parede celular so hexoses e hexoaminas, que formam 13

  • mananas, ducanas e galactanas. Alguns fungos tm parede rica em quitina (Nacetil glicosamina), outros possuem complexos polissacardios e protenas, com predominncia de cistena.

    Fungos do gnero Cryptococcus, como o Cryptococcus neoformans apresentam cpsula denaturezapolissacardica,queenvolveaparedecelular.

    Protoplastos de fungos podem ser obtidos pelo tratamento de seus cultivos, em condies hipertnicas, com enzimas de origem bacteriana ou extradas do caracol Helix pomatia.

    Os fungos so ubquos, encontrandose no solo, na gua, nos vegetais, em animais, no homem e em detritos, em geral. O vento age como importante veiculo de disperso de seuspropgulosefragmentosdehifa.ESTRUTURADOSFUNGOS

    Os fungos podem se desenvolver em meios de cultivo especiais formando colnias de doistipos:leveduriformesfilamentosas.

    As colnias leveduriformes so pastosas ou cremosas, formadas por microrganismos unicelularesquecumpremasfunesvegetativasereprodutivas.

    As colnias filamentosas podem ser algodonosas, aveludadas ou pulverulentas so constitudasfundamentalmenteporelementosmulticelularesemformadetuboashifas.

    As hifas podem ser contnuas ou cenocticas e tabicadas ou septadas. Possuem hifas septadas os fungos das divises Ascomycota, Basidiomycota e Deuteromycota e hifas cenocticas,osdasdivisesMastigomycotaeZygomycota.

    Ao conjunto de hifas, dse o nome de miclio. O miclio que se desenvolve no interior

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  • do substrato, funcionando tambm como elemento de sustentao e de absoro de nutrientes,chamadodemicliovegetativo.

    O miclio que se projeta na superfcie e cresce acima do meio de cultivo o miclio areo.

    Quando o miclio areo se diferencia para sustentar os corpos de frutificao ou propgulos,constituiomiclioreprodutivo.

    Os propgulos ou rgos de disseminao dos fungos so classificados, segundo sua origem, em externos e internos, sexuados e assexuados. Embora o miclio vegetativo no tenha especificamente funes de reproduo, alguns fragmentos de hifa podem se desprender do miclio vegetativo e cumprir funes de propagao, uma vez que as clulas fngicassoautnomas.

    Esteselementossodenominadosdetalocondiosecompreendemos:blastocondios,artrocondiosclamidocondios.

    Os blastocondios, tambm denominados gmulas, so comuns nas leveduras e se derivam por brotamento da clulame. s vezes, os blastocondios permanecem ligados clulame,formandocadeias,aspseudohifas,cujoconjuntoopseudomiclio.

    Os artrocondios so formados por fragmentao das hifas em segmentos retangulares. So encontratos nos fungos do gnero Geotrichum, em Coccidioides immitis e emdermatfitos.

    Os clamidocondios tm funo de resistncia, semelhante a dos esporos bacterianos. So clulas, geralmente arredondadas, de volume aumentado, com paredes duplas e espessas, nas quis se concentra o citoplasma. Sua localizao no miclio pode ser apical ou intercalar. Formamse em condies ambientais adversas, como escassez de nutrientes, de guaetemperaturasnofavorveisaodesenvolvimentofngico.

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  • Entre outras estruturas de resistncia devem ser mencionados os esclercios ou esclerotos, que so corpsculos duros e parenquimatosos, formados pelo conjunto de hifas e que permanecem em estado de dormncia, at o aparecimento de condies adequadas para sua germinao. So encontrados em espcies de fungos das divises Ascomycota, BasidiomycotaeDeuteromycota.

    REPRODUODOSFUNGOSOsfungossereproduzememciclosassexuais,sexuaiseparassexuais.SegundoAlexoupolos,areproduoassexuadaabrangequatromodalidades:1)fragmentaodeartrocondios2)fissodeclulassomticas3)brotamentoougemulaodoblastocondiosme4)produodecondios.

    Os condios representam o modo mais comum de reproduo assexuada so produzidos pelas transformaes do sistema vegetativo do prprio miclio. As clulas que do origemaoscondiossodenominadasclulasconidiognicas.

    Os condios podem ser hialinos ou pigmentados, geralmente escuros os feocondios apreentar formas diferentes esfricos, fusiformes, cilndricos, piriformes etc ter parede lisa ou rugosa serem formados de uma s clula ou terem septos em um ou dois planos apresentarseisoladosouagrupados.

    As hifas podem produzir ramificaes, algumas em plano perpendicular ao miclio, originando os conidiforos, a partir dos quais se formaro os condios. Normalmente, os condios se originam no extremo do conidiforo, que pode ser ramificado ou no. Outras vezes, o que no muito frequente, nascem em qualquer parte do miclio vegetativo, e nestecasosochamadosdecondiosssseis,comonoTrichophytonrubrum.

    O conidiforo e a clula conidiognica podem formar estruturas bem diferenciadas, peculiares, o aparelho de frutificao, tambm denominado de conidiao que permite a identificaodealgunsfungospatognicos.

    No aparelho de conidiao tipo aspergilo, os condios formam cadeias sobre filides, estruturas em forma de garrafa, em torno de uma vescula que uma dilatao na extremidadedoconidiforo.

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  • CondiosdeAspergillusagrupadosemformadecabea,aoredordeumavescula.

    Nospenicliosfaltaavesculanaextremidadedosconidiforosqueseramificamdandoaaparnciadepincel.

    Comonoaspergilo,oscondiosformamcadeiasquesedistribuemsobreasfilides.

    Quandoumfungofilamentosoformaconiosdetamanhosdiferentes,omaiorserdesignadocomomacrocondioeomenormicroconidio.

    Alguns fungos formam um corpo de frutificao piriforme denominado picndio, dentro do qual se desenvolvem os conidiforos, com seus condiosos picnidioconidios. Essa estruturaencontradanaPyrenochaetaromeroi,agentedeeumicetoma.

    Cortetransversaldeumpicndiomostrandocondios.

    Os propgulos assexuados internos se originam de esporngios globosos, por um processo de clivagem de seu citoplasma, e so conhecidos como esporoangiosporos ou esporos.Pelarupturadoesporngio,osesporossoliberados.

    Reproduoassexuadainterna.

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  • Os esporos sexuados se originam da fuso de estruturas diferenciadas com carter de sexualidade. O ncleo haplide de uma clula doadora fundese com o ncleo haplide de uma clula receptora, formando um zigoto. Posteriormente, por diviso meitica, originamse quatroouoitoncleoshaplides,algunsdosquaisserecombinaro,geneticamente.

    Reproduosexuada.

    Os esporos sexuados internos so chamados ascosporos e se formam no interior de estruturas em forma de saco, denominadas ascos. Os ascos podem ser simples, como em leveduras dos gneros Saccharomyces e Hansenula, ou se distribuir em lculos ou cavidades do miclio, dentro de um estroma, o ascostroma ou ainda ester contidos em corpos de frutificao,osascocarpos.

    Trstiposdeascocarpossobemconhecidos:cleistotcio,peritcioeapotcio.

    O cleistotcio uma estrutura globosa, fechada, de parede formada por hifas muito unidas,comumnmeroindeterminadodeascos,contendocadaumoitoascosporos.

    O peritcio uma estrutura geralmente piriforme, dentro da qual os ascos nascem de uma camada hemenical e se dispem em paliada, exemplo, Leptosphaeria senegalensis, Neotestudinarosatii.

    Oapotcioumascocarpoaberto,emformadecliceondeselocalizamosascos.

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  • Diferentestiposdeascoseascocarpos.

    BasidisporosOs fungos que se reproduzem por ascosporos ou basidiosporos so fungos perfeitos.

    As formas sexuadas so espordicas e contribuem, atravs da recombinao gentica, para o aperfeioamento da espcie. Em geral, estes fungos produzem tambm estruturas assexuadas, os condios que asseguram sua disseminao. Muitos fungos, nos quais no foi at agora reconhecida forma sexuada de reproduo, so includos entre os fungos imperfeitos. Quando descrita a forma perfeita de um fungo, essa recebe uma outra denominao. Por exemplo, o fungo leveduriforme, Cryptococcus neoformans, em sue fase perfeitadenominadoFilobasidiellaneoformans.

    A fase sexuada dos fungos denominada te teleomrfica e a fase assexuada de anamrfica.

    A maior parte das leveduras se reproduz assexuadamente por brotamento ou gemulao e por fisso binria. No processo de brotamento, a clulame origina um broto, o blastocondio que cresce, recebe um ncleo aps a diviso do ncleoda clulame. Na fisso binria, a clulame se divide em duas clulas de tamanhos iguais, de forma semelhante a que ocorre com as bactrias. No seu ciclo evolutivo, algumas leveduras como Saccharomyces cerevisiae, podem originar esporos sexuados, ascosporos, depois que duas clulas experimentamfusocelularenuclear,seguidademeiose.13

  • O fenmeno de parassexualidade foi demonstrado em Aspergillus. Consiste na fuso de hifas e formao de um heterocario que contm ncleos haplides. s vezes, estes ncleos se fundem e originam ncleos diplides, heterozigticos, cujos cromossomas homlogos sofrem recombinao durante a mitose. Apesar destes recombinantes serem raros, o ciclo parassexual importante na evoluo de alguns fungos. A tabela abaixo apresenta,deformaesquemtica,osconceitosmencionados.

    METABOLISMOOs fungos so microrganismos heterotrficos e, em sue maioria, aerbios

    obrigatrios. No entanto, certas leveduras fermentadoras, aerbias facultativas, se desenvolvememambientescompoucooxigniooumesmonaausnciadesteelemento.

    Os fungos podem germinar, ainda que lentamente, em atmosfera de reduzida quantidade de oxignio. O crescimento vegetativo e a reproduo assexuada ocorrem nessas condies,enquantoareproduosexuadaseefetuaapenasematmosferaricaemoxignio.

    Em condies aerbicas, a via da hexose monofosfato a responsvel por 30% da glic1ise. Sob condies anaerbicas, a via clssica, usada pela maioria das leveduras, a de EmbdenMeyerhof,queresultanaformaodepiruvato.

    Algumas leveduras, como o Saccharomyces cerevisiae fazem o processo de fermentao alco1ica de grande importncia industrial, na fabricao de bebidas e na panificao.

    Os fungos produzem enzimas como lpases, invertases, lactases, proteinases, amilases etc., que hidrolisam o substrato tornandoo assimilvel atravs de mecanismos de transporte ativo e passivo. Alguns substratos podem induzir a formao de enzimas degradativas h fungos que hidrolisam substncias orgnicas, como quitina, osso, couro, inclusivemateriaisplsticos.

    Muitas espcies fngicas podem se desenvolver em meios mnimos, contendo amnia ou nitritos, como fontes de nitrognio. As substncias orgnicas, de preferncia, so carboidratossimplescomoDglicoseesaismineraiscomosulfatosefosfatos.

    Oligoelementos como ferro, zinco, mangans, cobre, molibdnio e clcio so exigidos em pequenas quantidades. No entanto, alguns fungos requerem fatores de crescimento, que no conseguem sintetizar, em especial, vitaminas, como tiamina, biotina, riboflavina, cido pantotnicoetc.

    Os fungos, como todos os seres vivos, necessitam de gua para o seu desenvolvimento. Alguns so haloflicos, crescendo em ambiente com elevada concentrao desal.

    A temperatura de crescimento abrange uma larga faixa, havendo espcies psicrfilas, mesfilas e termfilas. Os fungos de importncia mdica, em geral, so mesfilos, apresentandotemperaturatima,entre20e30C.

    Os fungos podem ter morfologia diferente, segundo as condies nutricionais e a temperatura de seu desenvolvimento. O fenmeno de variao morfolgica mais importante em micologia mdica o dimorfismo, que se expressa por um crescimento micelial entre 22 e 28C e leveduriforme entre 35C e 37C. Em geral, essas formas so reversveis. A fase micelial (M) ou saproftica a forma infectante e est presente no solo, nas plantas etc. A fase leveduriforme (L ou Y) ou parasitaria encontrada nos tecidos. Este fenmeno conhecido como dimorfismo fngico e se observe entre fungos de importncia mdica, como 13

  • Histoplasma capsulatum, Blastomyces dermatitidis, Paracoccidioides brasiliensis, Sporothrix schenckii. Na Cndida albicans a forma saproftica infectante a leveduriforme e a forma parasitria, isolada dos tecidos, a micelial. Em laboratrio, possvel reproduzir o dimorfismo mediante variaes de temperatura de incubao, de tenso de O2 e de meios de cultura especficos. Desta forma foi possvel classificar como dimrficos, fungos nos quais era conhecidaapenasumadasformas,porexemplo,osagentesdecromoblastomicose.

    O pleomorfismo nos dermatfitos se expressa atravs da perda das estruturas de reproduo ou condios, com variaes morfolgicas da colnia. Essas estruturas podem ser recuperadas nos retro cultivos, aps a inoculao em animais de laboratrio ou em meios enriquecidoscomterra.

    Ainda que o pH mais favorvel ao desenvolvimento dos fungos esteja entre 5, 6 e 7, a maioria dos fungos tolera amplas variaes de pH. Os fungos filamentosos podem crescer na faixa entre 1,5 e 11, mas as leveduras no toleram pH alcalino. Muitas vezes, a pigmentao dos fungos est relacionada com o pH do substrato. Os meios com pH entre 5 e 6, com elevadas concentraes de acar, alta presso osmtica, tais como gelias, favorecemodesenvolvimentodosfungosnasporesemcontatocomoar.

    O crescimento dos fungos mais lento que o das bactrias e sues culturas precisam, em mdia, de 7 a 15 dias, ou mais de incubao. Com a finalidade de evitar o desenvolvimento bacteriano, que pode inibir ou se sobrepor ao do fungo, necessrio incorporar aos meios de cultura, antibacterianos de largo espectro, como o cloranfenicol. Tambm podese acrescentar ciclo heximida para diminuir o crescimento de fungos saprfitos contaminantes,decultivosdefungospatognicos.

    Muitas espcies fngicas exigem luz para seu desenvolvimento outras so por ela inibidos e outras ainda mostramse indiferentes a este agente. Em geral, a luz solar direta, devidoradiaoultravioleta,elementofungicida.

    Por diferentes processos, os fungos podem elaborar vrios metab1itos, como antibiticos, dos quais a penicilina o mais conhecido e micotoxinas, como aflatoxinas, que lhesconferemvantagensseletivas.

    CLASSIFICAODOSFUNGOS

    O Reino Fungi dividido em seis filos ou divises dos quais quatro so de importncia mdica:Zygomycota,Ascomycota,BasidiomycotaeDeuteromycota.

    DIVISOZYGOMYCOTA

    Inclui fungos de miclio cenoctico, ainda que septos podem separar estruturas como os esporngios. A reproduo pode ser sexuada, pela formao de zigosporos e assexuada comaproduodeesporos,osesporangiosporos,nointeriordosesporangios.

    Os fungos de interesse mdico se encontram nas ordens Mucorales e Entomophthorales.DIVISOASCOMYCOTA

    Agrupa fungos de hifas septadas, sendo o septo incompleto, com os tpicos corpos de Woronin. A sua principal caracterstica o asco, estrutura em forma de saco ou bolsa, no interior do qual so produzidos os ascsporos, esporos sexuados, com forma, nmero e cor variveis para cada espcie. Algumas espcies produzem ascocarpos e ascostromas no interior dos quais se formam os ascos Condios, propgulos assexuados so tambm encontrados.

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  • As espcies patognicas para o homem se classificam em trs classes: Hemiascomycetes,LoculoascomycetesePlectomycetes.

    DIVISOBASIDIOMYCOTA

    Compreendem fungos de hifas septadas, que se caracterizam pela produo de esporos sexuados, os basidisporos, tpicos de cada espcie. Condios ou propgulos assexuados podem ser encontrados. A espcie patognica mais importante se enquadra na classeTeliomycetes.

    PrincipaisestruturasdeBasidiomycota.

    DIVISODEUTEROMYCOTA

    Engloba fungos de hifas septadas que se multiplicam apenas por condios e por isso so conhecidos como Fungos Imperfeitos. Os condios podem ser exgenos ou estar contidos em estruturas como os picndios. Entre os Deuteromycota se encontra a maior parte dos

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  • fungosdeimportnciamdica.

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