resumo texto obs de favelas

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exclusivamente a partir do que lhes falta em relao aos setores mais ricos da cidade. Reduzidas a adjetivaes como "territrios precrios", "violentos", "inseguros", entre outros termos perjorativos, as comunidades no so analisadas por sua constituio e dinmica mas pela marginalizao cultural que sofrem em relao a reas mais privilegiadas. Embora as precaridades sejam reais no apenas delas que a favela se compe. Alm disso, para uma anlise profunda preciso compreender os processos histricos de formao deste espao, acelerados nos 80 com o grande xodo rural. Com o crescimento das capitais e consequente aumento da demanda por mo-de-obra, h alto crescimento da populao urbana. Nesse contexto, as polticas pblicas no se preocupam em prestar assistncia necessrio a essa nova populao, desprovida de recursos. O dinheiro do estado injetado em negcios bancrios e imobilirios que favorecem apenas as classes de maior renda. Sem moradia e diante do grande nmero de terrenos nas reas urbanas comprados para especulao imobiliria, esses novos cidados constroem suas casas om os recursos que possuem e nos lugares disponveis. Com o passar dos anos o estado continua a no prestas assistncia e sequer reconhecer esses moradores enquanto cidados.Outro aspecto da representao preconceituosa das favelas sua caracterizao de forma homognea. Estes espaos tem, na verdade, diferentes nveis de renda, formas de produo cultural e de trabalho, etc.Ao analisar estes espaos orgos do estado levam em conta o carter ilegal, irregular, informal das construes. No aspectado, por exemplo, a criatividade dos trabalhadores para construir abrigos para suas famlias sob condies adversas. Ignora-se, tambm, a favela como parte da cidade sendo fator preponderante para seu funcionamento. No Rio de Janeiro, o aspecto relacional favela-cidade majoritariamente abordado pela questo do "Grupos criminosos armados". Nos anos 80 a disseminao da idia de que a sensao de insegurana crescente era fruto do "problema favela" acelerou a distino entre os territrios. Ao mesmo tempo, as polticas de segurana pblica so marcadas por uso constante da fora blica nas comunidades. Os traficantes se tornam os inimigos nmero um do estado e os homicdios chegam a 50mil. A corrupo policial aumenta, bem como a banalizao da violncia contra moradores da favela. A situao de guerra consolida o controle territorial dos traficantes sob estes espaos. No houve, entretanto, impacto significativo sobre o comrcio de drogas ilegais.Em 2007, a invaso ao morro do Alemo demonstrou de forma definitva o fracasso das polticas tradicionais de segurana pblica. Em resposta a isso, o governo do estado implantou no ano seguinte as UPPs, como complemento a ocupao policial e no como pressuposto. Os moradores de favela continuam no sendo vistos pelo estado como cidados to dignos de direitos quanto os moradores mais ricos. E sim como coniventes com os grupos armados e, portanto, potencialmente criminosos. A pacificao no entre asfalto e favela, reconhecendo seu valor econmico e social para cidade e se retratando por anos de inassistncia e polticas de segurana pblica abusivas. A pacificao contro sobre esta populao supostamente criminosa, afim de de que esta no perturbe o bem estar das reas ricas da cidade.