resolução 056-2011 libras para o curso ciência e tecnologia · tecnologia – (bct) colegiado de...
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Universidade Federal de Alfenas. UNIFAL-MG
CCaammppuuss AAvvaannççaaddoo ddee PPooççooss ddee CCaallddaass
Rua Corumbá, 72 - Poços de Caldas/MG. CEP 37701-100 Fone: (35) 3713-4091
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA – (BCT) Colegiado de Curso: Prof. Dr. Cláudio Antônio de Andrade Lima – Coordenador Pedagógico Prof. Dr. Antônio Donizetti Gonçalves de Souza Prof. Dr. Rodrigo Sampaio Fernandes Prof. Dr. Roni Antônio Mendes Discente Larissa Oliveira de Carvalho Comissão de Elaboração, Acompanhamento e Avaliação do Projeto Pedagógico do
Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia
Cláudio Antônio de Andrade Lima – Professor de 3º grau – Presidente
Aline Pereira Ribeiro – Técnico em Assuntos Educacionais
Antônio Donizetti Gonçalves de Souza – Professor de 3º grau
Cassius Anderson Miquele de Melo – Professor de 3º grau
Daniel Juliano Pamplona da Silva – Professor de 3º grau
Elias Mendes Oliveira – Técnico em Assuntos Educacionais
Érica Regina Filletti Nascimento – Professor de 3º grau
Erika Coaglia Trindade Ramos – Professor de 3º grau
Fábia Castro Cassanjes – Professor de 3º grau
Leonardo Henrique Soares Damasceno – Professor de 3º grau
Marcos de Mendonça Passini – Professor de 3º grau
Marcos Francisco Martins – Professor de 3º grau
Maria de Fátima Rodrigues Sarkis – Professor de 3º grau
Maria Emília Almeida da Cruz Tôrres – Professor de 3º grau
Maria Gabriela Nogueira Campos – Professor de 3º grau
Neide Aparecida Mariano – Professor de 3º grau
Osvail André Quaglio – Professor de 3º grau
Osvaldo Adilson de Carvalho Júnior – Professor de 3º grau
Patrícia Neves Mendes – Professor de 3º grau
Rodrigo Matsumoto Cobra – Discente
Roni Antônio Mendes – Professor de 3º grau
Sylma Carvalho Maestrelli – Professor de 3º grau
Thaís Gama de Siqueira – Professor de 3º grau
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Dados Institucionais Fundação: A Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas (EFOA) foi fundada no dia 03 de abril de 1914,por João Leão de Faria. Federalização: A federalização ocorreu com a publicação, no DOU de 21 de dezembro de 1960, da lei nº 3.854/60. A transformação em Autarquia de Regime Especial efetivou-se através do Decreto nº 70.686 de 07 de junho de 1972. Transformação em Universidade Transformação em Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG) ocorreu pela lei nº 11.154 em 29 de julho de 2005. Endereços: Sede: Rua Gabriel Monteiro da Silva, 700 - Centro CEP: 37 130-000 Alfenas-MG Tel: (35) 3299-1062 Fax: (35) 3299-1063 email: [email protected] Home Page: http://www.unifal-mg.edu.br Campus Avançado de Poços de Caldas: Rua Corumbá, 72 Jardim dos Estados CEP 37701-100 Poços de Caldas - MG Tel: (35) 3713 – 4091 Fax: (35) 3713 – 4091
Campus Avançado de Varginha: Avenida Alfredo Braga de Carvalho, 303 Parque Industrial JK - Varginha/MG CEP: 37062-440 Telefone: (35) 3214-1761
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Dirigentes
Reitor Prof. Dr. Paulo Márcio de Faria e Silva Vice- Reitor Prof. Dr. Edmêr Silvestre Pereira Júnior Pró-Reitora de Graduação Profa. Dra. Lana Ermelinda da Silva dos Santos Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa Prof. Dr. Antônio Carlos Doriguetto Pró-Reitora de Extensão Profa. Dra. Maria de Fátima Sant’Anna Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários Prof. Dr. Marcos Roberto de Faria Diretora Pro-Tempore do Instituto de Ciência e Tecnologia -ICT Profa. Dra. Maria de Fátima Rodrigues Sarkis Vice-Diretor Pro-Tempore do Instituto de Ciência e Tecnologia -ICT Prof. Dr. Cláudio Antônio de Andrade Lima
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SUMÁRIO Página
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................... 6
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 7
2. PRINCÍPIOS ORDENADORES E IDENTIDADE INSTITUCIONAL ............................ 10
2.1. Histórico da Instituição ............................................................................................. 10
2.2. Concepção político-filosófica ................................................................................... 12
2.3. Princípios e objetivos institucionais .......................................................................... 14
2.4. Ideário Pedagógico .................................................................................................. 15
3. CONCEPÇÃO E FINALIDADE DO BCT .................................................................. 17
3.1. Antecedentes Conceituais ................................................................................... 17
3.2. Justificativa .......................................................................................................... 19
3.3. Caracterização geral do município de Poços de Caldas ...................................... 22
3.4. Objetivos do curso ................................................................................................... 25
3.5. Perfil do egresso ................................................................................................... 26
3.6. Competências e habilidades .................................................................................... 26
3.7. Campos de atuação ................................................................................................. 27
4. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ............................................................................... 28
4.1. Duração do curso ................................................................................................. 28
4.2. Período de funcionamento ................................................................................... 28
4.3. Número de vagas .................................................................................................. 28
4.4. Regime didático .................................................................................................... 28
4.5. Dinâmica Curricular ................................................................................................ 29
4.6. Ementário das unidades curriculares obrigatórias ............................................... 34
4.7. Ementário das unidades curriculares diretivas da Engenharia de Minas ................ 39
4.8. Ementário das unidades curriculares diretivas da Engenharia Ambiental e Urbana 40
4.9. Ementário das unidades curriculares diretivas da Engenharia Química ............. 41
5. METODOLOGIA DE ENSINO .................................................................................. 42
6. ATIVIDADES COMPLEMENTARES............................................................................ 43
6.1. Programa Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão (PIEPEX) ......................... 43
6.2. Programa Tutorial Acadêmico (PTA) ................................................................... 45
6.3. Iniciação Científica ............................................................................................... 45
6.4. Universidade Empreendedora ............................................................................... 47
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6.5. Atividades de Extensão ........................................................................................ 48
6.6. Estágio de Interesse Curricular (não obrigatório) .................................................... 51
6.7. Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais ................... 51
7. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO .................... 53
8. ESTRUTURAS DE APOIO ÀS ATIVIDADES ACADÊMICAS ................................... 54
8.1. Biblioteca .............................................................................................................. 54
8.2. Informatização ..................................................................................................... 55
8.3. Recursos Humanos ............................................................................................... 56
8.4. Infraestrutura do campus Poços de Caldas ......................................................... 59
9. PROJETO URBANÍSTICO DO CAMPUS DE POÇOS DE CALDAS ...................... 66
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. ANEXO I Listagem das referencias básicas e complementares das unidades curriculares.do BCT e Diretivas das Engenharias
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APRESENTAÇÃO O presente documento é resultado da primeira revisão para aprimoramento do Projeto Político
Pedagógico do Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia (BCT) da Universidade Federal
de Alfenas (UNIFAL-MG), elaborado e aprovado em 2008, tendo o curso iniciado no primeiro
semestre de 2009 no campus de Poços de Caldas (MG).
O BCT é um curso de graduação universitária interdisciplinar, com finalidade própria, que
habilita o estudante para atuar no setor público, iniciativa privada e terceiro setor, podendo também
servir como requisito inicial para a formação profissional de graduação. Os Bacharelados
Interdisciplinares representam uma alternativa avançada de estudos superiores que permitem reunir
numa única modalidade de curso de graduação um conjunto de características que vêm sendo
requeridas pelo mundo do trabalho e pela sociedade contemporânea, conferindo aos egressos o grau
de bacharel como primeiro ciclo do nível de graduação nas principais áreas do conhecimento
humano.
O BCT da UNIFAL-MG é um curso superior, não profissionalizante, de primeiro ciclo do nível
de graduação que tem por finalidade formar generalistas com integração interdisciplinar dos
conhecimentos científicos característicos do estado atual da ciência e tecnologia, bem como, a temas
de origem humanística e social, motivados para a inovação tecnológica e empreendedorismo.
Constitui-se a porta de entrada para um amplo conjunto de opções profissionais, todas elas
ancoradas sobre o mesmo substrato teórico-conceitual, com linguagem e visão comuns de futuros
engenheiros, físicos, químicos, matemáticos, dentre outros profissionais. O egresso pode
desempenhar função nas áreas de ciência e tecnologia, em instituições públicas e privadas, ingressar
em programas de pós-graduação ou optar pelo segundo ciclo de formação profissional,
particularmente nas Engenharias oferecidas no campus de Poços de Caldas da UNIFAL-MG, a saber:
Engenharia Ambiental e Urbana, Engenharia Química e Engenharia de Minas.
Este documento expressa a prática pedagógica da instituição e do curso advinda da relação
dialógica com a sociedade com vistas a atender necessidades locais, regionais e nacionais com a
formação de cidadãos capazes de elaborar estudos, projetos e pesquisas na área de Ciência e
Tecnologia.
Como o Campus de Poços de Caldas da UNIFAL-MG surge, em primeiro momento, para
atender as necessidades da implantação do BCT este documento também contempla uma
apresentação do projeto de implantação do campus, seu estágio atual e sua integração com o projeto
político pedagógico deste primeiro curso oferecido.
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1. INTRODUÇÃO
A expansão do ensino superior no Brasil, além de atender a um legítimo desejo da sociedade,
é uma condição sine qua non para a sustentabilidade do desenvolvimento do país, tornando
imperativo para as Universidades Públicas elevar, de forma acentuada, suas taxas de crescimento de
matrículas, seja na graduação, seja na pós-graduação.
Para fazer frente aos desafios deste novo milênio e as crescentes e diversas necessidades da
sociedade moderna e do mundo do trabalho contemporâneo surge, também, a necessidade de
propostas pedagógicas inovadoras que contemplem flexibilidade curricular e adoção de metodologia
que compatibilizam recursos públicos disponíveis com elevado incremento de matriculas e excelência
da qualidade do ensino.
Esse projeto está inserido no Programa de Expansão e Reestruturação das Universidades
Federais - REUNI (BRASIL-DECRETO Nº 6.096, 2007) que, após amplo debate ocorrido em todos os
segmentos da comunidade universitária e aprovação pelo Conselho Superior, pela Resolução nº
056/2007, de 7/12/2007, resultou na adesão da UNIFAL-MG que, em contrapartida, assumiu
compromissos dentre os quais:
• Implantação de currículos arrojados, consistentes e enxutos, incorporando atividades
acadêmicas de cunho multidisciplinar;
• Flexibilização curricular;
• Criação de novos cursos, voltados para a inovação;
• Adoção de metodologias de ensino mais aptas ao trabalho com turmas de tamanho variado,
com formação de equipes didáticas mistas, integradas por docentes, estudantes de pós-
graduação, monitores e bolsistas;
• Direcionamento de parte significativa da expansão das vagas de graduação para cursos que
tenham maior potencial de contribuição para o desenvolvimento sustentado e para a eqüidade
social;
• Aprimoramento dos processos seletivos de ingresso, de modo a reduzir sua seletividade
social;
• Fortalecimento das políticas de apoio a alunos oriundos das camadas mais empobrecidas da
sociedade;
• Expansão de vagas prioritariamente dirigida ao turno noturno.
É nesse contexto que surgiu a criação dos cursos de Bacharelado Interdisciplinar em Ciência
e Tecnologia (BCT), e das Engenharias Ambiental e Urbana, de Minas e Química para o campus de
Poços de Caldas.
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O BCT se constitui em um curso superior de graduação interdisciplinar, com característica não
profissionalizante que permite reunir numa única modalidade de curso de graduação um conjunto de
características que vêm sendo requeridas pelo mundo do trabalho e pela sociedade contemporânea,
conferindo aos egressos o grau de bacharel como primeiro ciclo do nível de graduação na área de
ciência e tecnologia e para posterior formação profissional de segundo ciclo para as Engenharias:
Ambiental e Urbana; Química e de Minas que também serão oferecidas no campus de Poços de
Caldas.
O curso está organizado em dois momentos distintos, o primeiro de formação geral em eixos
de linguagem, interdisciplinaridade e integração de conteúdos essenciais da área de Ciências e
Tecnologia, compreendendo o três períodos iniciais, com unidades curriculares obrigatórias para
todos. O segundo momento se inicia no quarto semestre quando os acadêmicos passam a ter maior
flexibilidade curricular com a opção de escolha de unidades curriculares não só optativas, mas
também, diretivas que são as que apresentam e ou conduzem ao percurso de formação de segundo
ciclo nas engenharias.
O BCT apresenta a duração de 6 (seis) semestres letivos, com turmas tanto em período
diurno como noturno, com 66 vagas por turno e por semestre, totalizando 264 vagas por ano.
A carga horária mínima é de 2.700 horas (150 créditos) atingida sem o cumprimento de
unidades curriculares diretivas para as engenharias e de 3.294 horas (183 créditos) com o
cumprimento destas diretivas recomendadas e exigidas para ingresso no segundo ciclo de formação
profissional, com período mínimo de integralização curricular de 3 anos e máximo de 4 anos e meio.
O ingresso ao BCT é por meio de vestibular, podendo ser via SiSU (Sistema de Seleção
Unificada), gerenciado pelo Ministério da Educação, por meio do qual a seleção dos novos
acadêmicos ocorre pela nota obtida no Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM).
Os trabalhos para a implantação do curso se iniciaram em doze de fevereiro de 2008, por
meio da Portaria nº 070, a qual constituiu a comissão pedagógica composta pelos docentes: Cláudio
Antônio de Andrade Lima, Eduardo Tonon de Almeida, Maria de Fátima Rodrigues Sarkis, Silvana
Maria Coelho Leite Fava e pelo Técnico Administrativo em Educação (TAE), Warlley Ferreira Sahb.
Após iniciado o curso, a portaria nº 1.900 de 31 de dezembro de 2009 constituiu a comissão
de Elaboração, Acompanhamento e Avaliação do Projeto Pedagógico, composta pelos docentes:
Cláudio Antônio de Andrade Lima, Antônio Donizetti Gonçalves de Souza, Cassius Anderson Miquele
de Melo, Daniel Juliano Pamplona da Silva, Érica Regina Filletti Nascimento, Erika Coaglia Trindade
Ramos, Fábia Castro Cassanjes, Leonardo Henrique Soares Damasceno, Marcos de Mendonça
Passini, Marcos Francisco Martins, Maria de Fátima Rodrigues Sarkis, Maria Emília Almeida da Cruz
Tôrres, Maria Gabriela Nogueira Campos, Neide Aparecida Mariano, Osvail André Quaglio, Osvaldo
Adilson de Carvalho Júnior, Patrícia Neves Mendes, Roni Antônio Mendes, Sylma Carvalho
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Maestrelli, Thaís Gama de Siqueira; pelo discente Rodrigo Matsumoto Cobra; e pelos Técnicos
Administrativos em Educação: Aline Pereira Ribeiro e Elias Mendes Oliveira.
Os conteúdos curriculares do BCT da UNIFAL-MG estão agrupados em 6 eixos norteadores,
por campo do saber, que se estendem ao longo dos seis semestres do curso, definidos a priori pela
maior facilidade de integração e, por conseguinte, racionalização de carga horária, a saber:
Matemática e Modelagem; Ciências Naturais; Ciências da Engenharia; Humanidades e
Empreendedorismo; Diretivas das Engenharias e os Projetos de integração.
Os Projetos Multidisciplinares de integração de conteúdos do BCT e de aplicação de
engenharia são instrumentos pedagógicos para consolidação das estratégias de ensino e
aprendizagem que visam possibilitar a integração transversal e vertical do conteúdo das unidades
curriculares, à medida que o acadêmico avança no curso e estão presentes em todos os períodos e
com complexidade crescente.
Tendo em vistas as especificidades do Bacharelado, durante o desenvolvimento dos trabalhos
a atual comissão pedagógica foi subdivida em grupos temáticos vinculados aos eixos de formação
vertical do currículo do curso com designação do relator por eixo temático, a saber: Matemática /
Modelagem: Marcos de Mendonça Passini; Ciências da Engenharia: Sylma Carvalho Maestrelli;
Ciências Naturais: Cassius Anderson Miquele de Melo; Humanidades e Empreendedorismo: Maria
Emília Almeida da Cruz Tôrres; Projetos de Engenharia Ambiental: Antônio Donizetti Gonçalves de
Souza; Projetos de Engenharia Química: Neide Aparecida Mariano; Projetos de Engenharia de Minas:
Osvail André Quaglio.
Um dos momentos marcantes e de importância fundamental para que ocorresse a construção
participativa e compartilhada desse projeto foi a realização do I Workshop do Projeto Pedagógico do
Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia – Aprimoramento pela Construção Coletiva,
ocorrido entre os dias 18 e 22 de janeiro de 2010.
Assim, esse documento sintetiza as discussões e trabalhos relacionados à estruturação
curricular do Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia e será o instrumento norteador do
itinerário formativo do curso.
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2. PRINCÍPIOS ORDENADORES E IDENTIDADE INSTITUCIONAL 2.1. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO
A Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), originalmente, Escola de Farmácia e
Odontologia de Alfenas (EFOA), foi fundada no dia 03 de abril de 1914, por João Leão de Faria, com
a implantação do curso de Farmácia e, no ano seguinte, foi implantado o curso de Odontologia.
Foi reconhecida pela Lei Estadual nº 657, de 11 de setembro de 1915, do Governo do Estado
de Minas Gerais. Primeira Diretoria: João Leão de Faria, Diretor; Amador de Almeida Magalhães,
Vice-Diretor; Nicolau Coutinho, Tesoureiro e José da Silveira Barroso, Secretário. Em 11 de setembro
de 1916, doações angariadas por uma comissão de alunos possibilitaram a criação da biblioteca.
O reconhecimento nacional realizado pelo então Ministério da Educação e Saúde Pública
consta no Art. 26 do Decreto 19.851 e, em 23 de março de 1932, quando foi aprovado o novo
regulamento, enquadrando-a nas disposições das leis federais. A Lei nº 3.854, de 18 de dezembro de
1960, determinou sua federalização, estando sua direção a cargo do Prof. Paulo Passos da Silveira.
A transformação em Autarquia de Regime Especial efetivou-se por meio do Decreto nº 70.686,
de 07 de junho de 1972. Esta transformação favoreceu a implantação do curso de Enfermagem e
Obstetrícia, autorizado pelo Parecer nº 3.246, de 5 de outubro de 1976 e Decreto nº 78.949, de 15 de
dezembro de 1976 e reconhecido pelo Parecer do CFE nº 1.484/79, Portaria MEC nº 1.224, de 18 de
dezembro de 1979. Sua criação atendia, nessa época, à política governamental de suprimento das
necessidades de trabalho especializado na área de saúde.
Em 1999, foram implantados os cursos de Nutrição, Ciências Biológicas e a Modalidade
Fármacos e Medicamentos, para o curso de Farmácia, todos autorizados pela Portaria do MEC
1.202, de 03 de agosto de 1999, com início em 2000.
A mudança para Centro Universitário Federal (EFOA/Ceufe) ocorreu em 1º de outubro de
2001, pela da Portaria do MEC nº 2.101.
Visando atender às exigências legais das Diretrizes Curriculares, o curso de Ciências
Biológicas foi desmembrado em modalidades originando os cursos de Ciências Biológicas
(Licenciatura), com início no segundo semestre de 2002, aprovado pela Resolução 005/2002, do
Conselho Superior, de 12 de abril de 2002, e Ciências Biológicas (Bacharelado), com início no
primeiro semestre de 2003, baseado na Portaria do MEC 1.202, de 03 de agosto de 1999.
Em 2003, iniciou-se o curso de Química (Bacharelado), aprovado pela Resolução 002/2003,
de 13 de março de 2003, do Conselho Superior.
Em 29 de julho de 2005, foi transformada em Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG),
pela Lei 11.154. Atendendo às políticas nacionais para a expansão do ensino superior, a UNIFAL-MG
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implantou em 2006 os cursos de Matemática (Licenciatura), Física (Licenciatura), Ciência da
Computação e Pedagogia, além de ampliar o número de vagas para o curso de Química
(Bacharelado) de 20 para 40.
Em 2007, foram implantados os cursos de Química (Licenciatura), Geografia (Bacharelado),
Geografia (Licenciatura), Biotecnologia, mais as Ênfases Ciências Médicas e Ciências Ambientais no
curso de Ciências Biológicas e ampliou a oferta de vagas, para o curso de Nutrição.
Em 2008, o curso de Ciências Biológicas com Ênfase em Ciências Médicas foi transformado
no de Biomedicina.
O ano de 2009 inaugurou os cursos de História (Licenciatura), Letras
(Licenciatura/Bacharelado), de Ciências Sociais (Licenciatura/Bacharelado) e o curso de Fisioterapia,
no primeiro semestre, no campus de Alfenas.
Além disso, atendendo às tendências de expansão das Instituições Federais de Ensino
Superior, foi aprovada pelo Conselho Superior da UNIFAL-MG, a criação dos campi nas cidades de
Varginha e Poços de Caldas e, de outro, em Alfenas. Foram criados, para o campus de Varginha, os
cursos de Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Economia, Ciências Atuariais, Administração
Pública e Ciências Econômicas, e os cursos de Bacharelado em Ciência e Tecnologia, Engenharia
Ambiental e Urbana, Engenharia de Minas, e Engenharia Química, para o campus de Poços de
Caldas, com início no primeiro semestre de 2009.
No segundo semestre de 2009, foram oferecidas as licenciaturas a distância em Química e
Ciências Biológicas, com pólos em Campos Gerais e Boa Esperança, respectivamente.
A Pós-graduação, iniciada na Instituição na década de 80, oferece vários cursos de
Especialização presenciais, na área de saúde, no campus de Alfenas: Gerontologia, Farmacologia
Clínica, Análises Clínicas, Atenção Farmacêutica, Endodontia, Implantodontia, Periodontia,
Terapêutica Nutricional, entre outros. O campus de Varginha oferece Controladoria e Finanças. Na
área de Educação, é oferecido o curso “Teorias e Práticas na Educação”, na modalidade a distância,
nos pólos: Bambuí, Bragança Paulista, Franca, Santa Isabel e Serrana.
Há, na UNIFAL-MG, dois programas de pós-graduação StrDCTo Sensu, em nível de
Mestrado, recomendados pela Capes: Ciências Farmacêuticas e Química. O de Ciências
Farmacêuticas teve início em agosto de 2005, dividido em duas áreas de concentração:
“Desenvolvimento e avaliação microbiológica e físico-química de fármacos, toxicantes e
medicamentos”; “Obtenção, identificação e avaliação de compostos bioativos”. O de Química iniciou-
se em março de 2008, dividido em quatro áreas de concentração: “Físico-Química”; “Química
Analítica”; “Química Inorgânica” e “Química Orgânica”.
Os Programas de Pós-graduação contam com o apoio da Capes e da Fapemig por meio de
bolsas concedidas aos alunos, além do Programa Institucional de Bolsas da UNIFAL-MG.
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Em 2009, iniciaram-se o Mestrado e o Doutorado em Ciências Fisiológicas, integrando o
Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas da Sociedade Brasileira de
Fisiologia (SBFis).
As atividades de pesquisa dos discentes de graduação são viabilizadas mediante os
Programas Institucionais de Bolsas de Iniciação Científica, sendo eles: Pibic/CNPq (Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação Científica/CNPq); PibDCT/Fapemig (Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação Científica e Tecnológica/Fapemig) e Probic/UNIFAL-MG (Programa de Bolsas de
Iniciação Científica). Para alunos procedentes do Ensino Médio da comunidade, estão disponíveis o
PibDCT-Júnior/Fapemig e o Probic-Júnior/UNIFAL-MG.
As ações de extensão, hoje consolidadas, e a criação da Universidade da Terceira Idade
(Unati), representam outra via de direcionamento dos trabalhos acadêmicos, a qual possibilita o
contato e o intercâmbio permanentes entre o meio universitário e o social, intensificando as relações
transformadoras entre ambas por meio de processos educativos, culturais e científicos, visando à
melhoria da qualidade do ensino e pesquisa, à integração com a comunidade e ao fortalecimento do
princípio da cidadania, bem como ao intercâmbio artístico-cultural.
Reconhecida, nacionalmente, pela qualidade do ensino, aos 96 anos, a UNIFAL-MG, mais
uma vez, se prepara para outras conquistas com a implantação de novos cursos presenciais e pólos
para o ensino a distância. Dentre os cursos presenciais foram aprovados, recentemente, pelo
Conselho Superior: Medicina, Terapia Ocupacional, Serviço Social e Filosofia, em trâmite no MEC e
ainda sem data prevista para implantação.
Desta maneira, como Instituição Pública de Ensino Superior, a UNIFAL-MG acredita
responder, efetivamente, às demandas educacionais da sociedade e participar dos problemas e
desafios impostos pelas comunidades local, regional e nacional.
2.2. Concepção político-filosófica
A UNIFAL-MG considera que a educação superior em nossos dias adquire um papel relevante
em virtude das mudanças aceleradas de ordem científica e técnica que incidem diretamente no
desenvolvimento socioeconômico e cultural do país. Esse pressuposto determina a necessidade de
se redefinirem e aperfeiçoarem-se as funções da universidade com relação à formação e capacitação
permanente de recursos humanos, à investigação científica que sustenta essas mudanças e aos
serviços necessários à sociedade em correspondência com tal desenvolvimento.
Esse aperfeiçoamento implica o estabelecimento de relações e inter-relações adequadas com
os demais níveis do sistema educativo, com o mundo do trabalho e com a infra-estrutura que
promove o desenvolvimento científico e tecnológico. Constitui, por isso mesmo, um elemento de
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primeira ordem para as relações com o Estado, especialmente as que se referem à responsabilidade
de garantir que o ensino superior cumpra suas finalidades.
Dentro dessa perspectiva, a instituição concebe como uma unidade, docência - produção -
investigação, orientada pelos princípios básicos de articulação sistemática da formação acadêmica
dos estudantes universitários com sua futura atividade profissional. Para tanto, será necessária à
inserção destes estudantes direta e efetivamente na prática do trabalho e de investigação científica
em todos os anos de sua formação.
A descentralização acadêmica, expressa na autonomia de cada curso, permite definir seu
currículo e traçar as diretrizes da formação profissional de acordo com o nível de desenvolvimento
científico e tecnológico alcançado, as características regionais e o diagnóstico dos recursos humanos
e materiais com que conta. Pressupõe a orientação das ações acadêmicas a partir dos princípios de
liberdade acadêmica, autonomia administrativa e responsabilidade de dar respostas às exigências
que a sociedade coloca.
A consideração de que as universidades se constituem instituições fundamentais para a
promoção e desenvolvimento da cultura adquire na UNIFAL-MG uma conotação particular ao se
integrar como elemento fundamental a uma política dirigida não só a formar indivíduos altamente
capacitados no plano científico e técnico, mas também cidadãos conscientes, capazes de assumir
suas responsabilidades individuais e sociais em um mundo conturbado por múltiplos conflitos, onde
simultaneamente se estreitam cada vez mais as relações interculturais favorecidas pelos avanços da
tecnologia da informática e das comunicações.
Assim, busca fortalecer a formação do cidadão para afirmação da identidade cultural como
base imprescindível para inserir-se no mundo e compreender os problemas mais urgentes e
transcendentes que o afetam. Somente compreendendo a necessidade de preservar o patrimônio
histórico e cultural da nação bem como a defesa da soberania e da independência, assim como das
conquistas e direitos alcançados, pode um povo integrar-se ao concerto das demais nações para
alcançar um desenvolvimento humano sustentável e uma cultura de base.
Para isto, empenha-se em garantir em primeiro lugar o acesso real à educação voltada para o
trabalho e para a vida, para a possibilidade efetiva de exercer a democracia desde os primeiros anos.
Uma educação na qual o diálogo substitua o monólogo; e valores humanos, tais como a solidariedade
e honestidade, façam do homem um ser verdadeiramente superior.
A instituição considera necessária a formação humana com uma perspectiva ambiental que
permita promover o desenvolvimento econômico e social sustentável em oposição às múltiplas
manifestações de depredação e extermínio dos recursos naturais que põem em perigo a própria
existência da humanidade.
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Propõe-se, portanto, promover uma preparação intelectual que propicie a capacidade de
pensar por si mesmo para tomar decisões conscientes e a criação de uma atitude de auto-
aperfeiçoamento permanente, envolvendo docentes, discentes e técnicos- administrativos.
Nesse sentido, se compromete e se propõe a continuar com esta intencionalidade em prol da
formação de profissionais com plena consciência de seus deveres e responsabilidades de cidadãos,
com uma ampla cultura científica, técnica e humanista e com o desenvolvimento e sistematização de
efetivas habilidades profissionais, com capacidade para resolver, de maneira independente e criativa,
os problemas atuais básicos que se apresentam em sua esfera de atuação.
2.3. Princípios e objetivos institucionais
A UNIFAL-MG está voltada para a formação de profissionais nos seguintes campos de
especialização: Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Economia; Bacharelado Interdisciplinar em
Ciência e Tecnologia; Biomedicina; Biotecnologia; Ciência da Computação; Ciências Biológicas,
Bacharelado (com ênfase em Ciências Ambientais) e Licenciatura (presencial e a distância); Ciências
Sociais, Bacharelado e Licenciatura; Enfermagem; Farmácia; Física, Licenciatura; Fisioterapia;
Geografia, Bacharelado (com ênfase em Análise Ambiental e Geoprocessamento) e Licenciatura;
História, Licenciatura; Letras, Bacharelado e Licenciatura (Português-Espanhol); Matemática,
Licenciatura; Nutrição; Odontologia; Pedagogia; Química, Bacharelado (com Atribuições
Tecnológicas) e Licenciatura (presencial e a distância).
Tem-se caracterizado, historicamente, pela busca de excelência no ensino, pelo atendimento
às demandas regionais, estendendo sua atuação a outras áreas do entorno regional, e pela atenção
às necessidades sociais.
A UNIFAL-MG vem se ocupando, além da área do ensino nos níveis de graduação e de pós-
graduação, com atividades de pesquisa e de extensão, de acordo com as perspectivas consideradas
relevantes para a formação universitária oferecida.
Do ponto de vista educacional, é concebida como instituição de ensino, dinâmica e
contemporânea, atuante na produção de novos conhecimentos científicos e tecnológicos e com forte
articulação com o meio social.
Assim, o modernizar e o humanizar apresentam-se como duas dimensões complementares do
processo educativo, expressando a busca do equilíbrio entre a produção e transmissão do
conhecimento e a formação integral do homem e do cidadão em um contexto de mudanças nos
campos cultural, social, econômico e da ciência e tecnologia.
A UNIFAL-MG se concebe, do ponto de vista social, atuando em parceria com outras
instituições, como responsável pelo desenvolvimento de sua área de abrangência, objetivando
contribuir para a solução dos problemas existentes no meio local e regional, por meio de ações
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extensionistas que facilitem o intercâmbio da comunidade acadêmica com o social, na promoção do
desenvolvimento de ambos.
O trabalho institucional visa formar profissionais dotados de ampla perspectiva cultural,
cientifica e tecnologicamente competentes, aptos a interpretar e responder às questões colocadas
pelo meio social. Pretende ainda fortalecer a investigação científica, a extensão, a preservação
ambiental e a difusão dos bens culturais, buscando a promoção de bem estar do indivíduo e da
sociedade. Esses objetivos relacionam-se às estratégias desenvolvidas pela instituição com vistas a:
• Avaliar e reestruturar as ações no ensino, pesquisa e extensão com base nos resultados e
análises produzidas pela comissão responsável pelo programa institucional de avaliação;
• Favorecer e estimular a participação de discentes, docentes e corpo técnico-administrativo
nos diversos programas da instituição;
• Favorecer e estimular a integração de alunos de graduação nos projetos de pesquisa e
extensão em desenvolvimento;
• Valorizar e incentivar o debate, o questionamento, a criatividade, o trabalho em equipe e a
liberdade de pensamento;
• Incorporar as reações de seus beneficiários como uma das bases para definição e formulação
das políticas, diretrizes e ações relativas ao ensino, à pesquisa e à extensão.
2.4. Ideário pedagógico
A UNIFAL-MG propõe-se a desenvolver o seu ideário pedagógico com base nas seguintes
considerações:
• Compreensão da educação como parte da sociedade, entendida como uma totalidade
dialética, indissociável dos aspectos econômicos, culturais, políticos, antropológicos, entre
outros;
• Consideração do momento histórico presente, com todas as suas dificuldades e
possibilidades, como base para projetar o futuro e compreender o passado;
• Entendimento do homem como ser integral, síntese resultante de múltiplas determinações e
relações sociais;
• Assunção do trabalho humano como categoria universal que reflete as condições sociais da
existência humana e que se constitui uma forma de realização pessoal;
• Comprometimento com o avanço do conhecimento científico, filosófico e cultural;
• Busca do avanço técnico associado ao bem estar social, à qualidade de vida, ao respeito aos
direitos humanos e ao equilíbrio ecológico;
• Compromisso com a superação das desigualdades sociais;
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• Identificação das necessidades e problemas sociais como ponto de partida para reflexão
teórica, para busca de soluções práticas, e a intervenção na realidade como ponto de
transição para o desempenho profissional;
• Busca de superação das dicotomias ensino-pesquisa, ensino-extensão, graduação-pós-
graduação de modo a garantir a integração eficiente e eficaz do trabalho universitário;
• Assunção do acadêmico como sujeito de seu próprio processo educativo, devendo por isso a
instituição proporcionar-lhe as condições e os requisitos essenciais para que possa construir
seu projeto de vida;
• Orientação ao acadêmico em face à escolha profissional para adoção de postura profissional
comprometida com o desenvolvimento da região e do país;
• Compromisso com a formação continuada face à necessidade atual de aprender a aprender
como condição para se tornar agente transformador da realidade.
Assim apresentam-se como condições necessárias para desenvolvimento do ideário
pedagógico que a UNIFAL-MG propõe-se a desenvolver:
• Aquisição de fundamentação teórica sólida, instrumentalização técnica e conhecimento da
realidade, para intervenção no mundo físico e social;
• Valorização da mentalidade científica e técnica nos estudos e trabalhos que desenvolverem;
• Aprendizagem comprometida com o processo de libertação e de auto-realização dos
acadêmicos, por meio de uma metodologia ativa de caráter científico-reflexivo;
• Educação de natureza reflexiva e crítica, formadora de sujeitos conscientes e participantes de
sua realidade histórico-social;
• Organização do trabalho acadêmico de forma flexível e redirecionada para o alcance dos
propósitos institucionais;
• Preparação para o enfrentamento de problemas reais e consciência de que a sua solução
exige contribuições interdisciplinares e transversalidade do conhecimento.
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3. CONCEPÇÃO E FINALIDADE DO BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIA
E TECNOLOGIA
3.1. Antecedentes Conceituais
As estruturas acadêmicas e institucionais das universidades brasileiras muito sofreram com a
reforma universitária imposta pelo governo militar no final dos anos 1960, ainda hoje questionada por
seus efeitos deletérios sobre a educação superior. Depois, nos anos 1990, tivemos um período de
quase total desregulamentação da educação superior e abertura de mercado ao setor privado de
ensino o que levou a universidade brasileira a ser dominada por um poderoso viés profissionalizante,
com uma concepção curricular simplista, fragmentadora e distanciada dos saberes e das práticas de
transformação da sociedade. Os programas das carreiras profissionais mostram-se cada vez mais
estreitos, bitolados, com pouca flexibilidade e criatividade, distanciado das demandas da sociedade, e
longe, mas muito longe mesmo, de cumprir o mandato histórico da Universidade como formadora da
inteligência e da cultura nacional (ALMEIDA FILHO, 2007).
Em reação a este indesejável cenário ocorreu o processo de debates entre os dirigentes da
rede federal de educação superior, que culminou com um documento intitulado Proposta da
ANDIFES para a reestruturação da educação superior no Brasil (ANDIFES, 2004) que apresenta
dentre suas estratégias:
• Promover as alterações que se fizerem necessárias no ensino de Graduação e Pós-
Graduação, de modo a garantir aos estudantes a condição de formação cidadã, com ênfase
nos valores éticos e cívicos que devem orientar a vida numa sociedade justa e democrática.
• Revisar os currículos e projetos acadêmicos para flexibilizar e racionalizar a formação
profissional, bem como proporcionar aos estudantes experiências multi e interdisciplinares,
formação humanista e alta capacidade crítica.
Durante o século passado, a ciência permeou como nunca a visão de mundo das pessoas.
Mudanças tecnológicas ampliaram a vida humana, e o conhecimento se tornou um fator crítico de
independência. Entretanto, as reformas educacionais ocorridas ao longo do século XX ficaram aquém
dos desafios e necessidades que ele próprio criou. Daí a intensificação, neste alvorecer do novo
século, da busca de novos modelos educacionais que preparem as pessoas para participar, seja
como profissionais ou como cidadãos, das difíceis decisões que deverão conformar o futuro. O
conhecimento científico e tecnológico está no âmago das novas reformas educacionais, seja pela
centralidade que ele adquiriu na vida moderna, seja pelas transformações que vem sofrendo em
decorrência do aprofundamento da sua própria dinâmica (UFABC, 2004).
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Como exemplo de nova proposta de universidade tem o projeto da Universidade Federal do
ABC (UFABC, 2004), criada com enfoque tecnológico, propondo um modelo pedagógico novo,
assentado sobre as conquistas científicas do século XX, mas voltado para a apropriação deste
conhecimento pela sociedade num contexto mais construtivo e humano, com os seguintes princípios
declarados no documento inicial de seu projeto pedagógico:
• Agregar o máximo possível num mesmo centro as áreas de conhecimento, pelo menos
aquelas de mesma natureza.
• Promover uma formação integral do estudante expondo-o aos conhecimentos científicos
característicos do estado atual da ciência bem como a temas de origem humanística e social.
• Promover um intenso intercâmbio interdisciplinar tanto na pesquisa como no ensino.
A nova concepção de formação profissional da UFABC, está calcada na fórmula 3-2, sendo
um bacharelado de 3 (três) anos e especialização (profissionalização) de 2 anos para os diversos
ramos da engenharia. Ao final de cinco anos, o formando terá uma sólida formação científico-
tecnológica obtida nos três anos do curso de bacharelado, seguida da especialização da área
tecnológica ou de licenciaturas. A vantagem desse sistema é que separa, distingue, a formação dos
cientistas e dos engenheiros. A formação básica, que é científica e permanente, fica desacoplada da
formação profissional que é dinâmica e deve prosseguir na pós-graduação em diversas
especializações de distintos ramos. Outra grande vantagem que além de tomar contato com a
ciência, na fase do bacharelado inicial, o aluno disporá de mais tempo e opções para a escolha da
profissão (UFABC, 2004).
Segundo SILVA (2008), é importante notar que esse novo conceito de formação superior se
acopla perfeitamente ao espírito da Resolução 1010/2005 do CONFEA, que agrega atribuições em
função da titulação pós-graduada, havendo, portanto, convergência de conceitos. Por outro lado,
esse projeto também se alinha às tendências européias - processo de Bolonha e às norte-americanas
que há bastante tempo privilegiam a especialização pós-graduada. Há, então, convergência de
conceitos em relação aos blocos mundiais, o que facilitará a mobilidade profissional nos diversos
continentes do mundo.
A partir de ampla discussão e reflexão dos documentos referenciados tais como: Universidade
Nova, Projeto Pedagógico da UFABC, REUNI, proposta ANDIFES, Resolução 1010/2005 do
CONFEA e Processo de Bolonha que o Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia da
UNIFAL-MG foi concebido sempre a luz dos princípios ordenadores da UNIFAL-MG e ouvida a
vontade da comunidade universitária e sociedade.
Quanto à finalidade buscou-se um processo educativo responsável gerador de uma formação,
durante a graduação, de um cidadão com concepção generalista, reflexivo e visão holística dos
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problemas, enfatizando-se a ética e os aspectos políticos, sociais e ambientais, de modo a atender
aos interesses da sociedade.
Evidencia-se também neste projeto pedagógico o propósito de formar recursos humanos com
perfil empreendedor, com capacidade de lidar com as constantes inovações tecnológicas, com
espírito de equipe e trabalho em grupo, habilidade no relacionamento humano, liderança, iniciativa e
disposição para aprender saberes e novas tarefas, facilidade de comunicação, capacidade de
adaptação a situações novas e proatividade, numa perspectiva de sólida formação científica e
humanística.
Buscou-se também com na concepção deste modelo uma estrutura com multiplicidade e
liberdade na definição do itinerário formativo privilegiando a flexibilidade curricular e a mobilidade
acadêmica, com integração mais próxima da Pós-graduação, ampliação das parcerias com os
setores públicos e produtivos, incentivo ao empreendedorismo com o intuito de contextualizar ao
máximo a formação do BCT e, em segundo ciclo, de engenheiros, com papel junto a sociedade
aplicador das suas potencialidades para incremento do desenvolvimento do país.
Com esta perspectiva, foi implantado no campus de Poços de Caldas o Bacharelado
Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia (BCT) da UNIFAL-MG que é um curso superior, não
profissionalizante, de primeiro ciclo do nível de graduação que tem por finalidade formar profissionais
generalistas com integração interdisciplinar dos conhecimentos científicos característicos do estado
atual da ciência e tecnologia, bem como, a temas de origem humanística e social, motivados para a
inovação tecnológica e empreendedorismo. Constitui-se a porta de entrada para um amplo conjunto
de opções profissionais, todas elas ancoradas sobre o mesmo substrato teórico-conceitual, com
linguagem e visão comuns de futuros engenheiros, físicos, químicos, matemáticos, dentre outros
profissionais. O egresso pode desempenhar função nas áreas de ciência e tecnologia, em instituições
públicas e privadas, ingressar em programas de pós-graduação ou optarem pelo segundo ciclo de
formação profissional, particularmente nas Engenharias oferecidas atualmente no campus da
UNIFAL-MG em Poços de Caldas, a saber: Engenharia Ambiental e Urbana, Engenharia Química e
Engenharia de Minas.
3.2. Justificativa
Esse projeto está inserido no Programa de Expansão e Reestruturação das Universidades
Federais - REUNI (DECRETO Nº 6.096, 2007) que após amplo debate ocorrido em todos os
segmentos da comunidade universitária e aprovação pelo Conselho Superior, pela Resolução nº
056/2007, de 7/12/2007, resultou na adesão da UNIFAL-MG.
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O REUNI é uma das ações integrantes do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) em
reconhecimento ao papel estratégico das universidades federais para o desenvolvimento econômico
e social.
A necessidade de expansão da Educação Superior em nosso país é premente, visto que de
acordo com a recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) - Indicadores Sociais
2009, em média nacional, apenas 24,31% dos jovens brasileiros, com idade entre 18 e 24 anos, têm
acesso ao ensino superior.
O Plano Nacional de Educação (PNE) de 2001-2010 é o documento que organiza prioridades
e propõe metas a serem alcançadas em dez anos seguintes e a meta era triplicar as vagas nas
universidades, para atingir 36% da população de 18 a 24 anos.
Em sua formulação, o REUNI teve como principais objetivos: garantir às universidades as
condições necessárias para a ampliação do acesso e permanência na educação superior; assegurar
a qualidade por meio de inovações acadêmicas; promover a articulação entre os diferentes níveis de
ensino, integrando a graduação, a pós-graduação, a educação básica e a educação profissional e
tecnológica; e otimizar o aproveitamento dos recursos humanos e da infraestrutura das instituições
federais de educação superior.
O Programa REUNI também elencou como principais metas: a elevação gradual da taxa de
conclusão média dos cursos de graduação presenciais para 90%; elevação gradual da relação
aluno/professor para 18 alunos para 1 professor; aumento mínimo de 20% nas matrículas de
graduação e o prazo de cinco anos, a partir de 2007 – ano de início do Programa – para o
cumprimento das metas.
Para que um país tenha desenvolvimentos sociais, humanos e econômicos torna-se
imperativo investir em educação e, em particular, numa sólida cultura científica da sua juventude de
modo a reverter algumas estatísticas que colocam o País numa posição bastante desvantajosa em
relação às sociedades mais desenvolvidas conforme apresentada pela UFBA (2010), a saber:
• Numa avaliação comparativa internacional de desempenho de estudantes do Ensino
Fundamental de 41 países (PISA, 2005), o Brasil ficou em 39º lugar em Matemática e
Ciências, com média de 396, numa escala de 0 a 800;
• Mais de 70% dos professores de Matemática e Ciências Naturais que atuam na Educação
Básica no Brasil não possuem licenciatura nas áreas específicas;
• No Brasil, de cada 100 titulados apenas 7 o são em engenharia, enquanto na Coréia do Sul
este número salta para 22 engenheiros. Na China, o percentual de matrículas em cursos
superiores de ciência e tecnologia é da ordem de 50%;
• As engenharias representam apenas 11% da pós-graduação brasileira;
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• O Brasil tem apenas 12 mestres em engenharia por cada grupo de 100.000 habitantes,
enquanto nos EUA este número é de 160.
• Em termos de doutores nesta mesma área, o Brasil tem apenas 4 em cada grupo de 100.000
habitantes, enquanto na Alemanha este número salta para 30;
• A participação do setor de alta tecnologia na produção de países como os EUA e a Coréia do
Sul varia entre 20 e 35%. No Brasil, somente 100 empresas das 30.000 que dispõem de
setores de PD (Pesquisa e Desenvolvimento) introduziram inovações. A área de PD destas
empresas é 4 vezes menor que a aquisição de máquinas, só 7% delas mantêm relação com
Universidades e Institutos de Pesquisa e 70% dessas atribuem uma baixa importância à essa
relação.
Estes dados estatísticos evidenciam as deficiências da educação científica no Brasil e
colocam em risco o “projeto de nação”, as expectativas de desenvolvimento econômico e tecnológico
e a conseqüente superação da pobreza e das desigualdades sociais.
De acordo com SILVA, P.R. (2008) no texto de referência “A Nova Formação em Engenharia
Frente aos Desafios do Século XXI”, apresentado no III Seminário Nacional do REUNI, a Engenharia
está presente em todas as ações e planos governamentais e institucionais de Ciência, Tecnologia e
Inovação (CT&I) quer seja no desenvolvimento econômico e social propriamente dito, até a geração
de tecnologias avançadas que permitirão uma maior competitividade do país no mercado
internacional, constituindo seu valor e importância em fato incontestável. Por outro lado registra à
falta de engenheiros em número e qualidade suficientes para suprir as demandas atuais e futuras,
sobretudo no que se concerne às tecnologias inovadoras.
Segundo estatísticas do CONFEA, o estoque de engenheiros em 2008 era de 620 em todo o
país, o equivalente a 6 para cada 1.000 pessoas economicamente ativas, número este bem abaixo a
de países desenvolvidos como EUA e Japão que apresentam uma relação de 25/1.000. A China e
Índia forma, respectivamente 300 mil e 200 mil engenheiros por ano, contra menos de 30.000 no
Brasil. Há, portanto, bastante espaço para a expansão da oferta de vagas em curso de engenharia,
sobretudo em áreas de alta tecnologia.
Em relação à tecnologia, cabe resgatar dados divulgados pelo MEC sobre CT&I onde as
empresas no Brasil não têm tradição de investimento, com participação inferior a 16%, enquanto que
nos EUA e Coréia do Sul é 80%, e 53% na França, para citar alguns exemplos. Dos 84% não
oriundos da iniciativa privada no Brasil, 97% são da produção científica das universidades, em sua
grande maioria, feita em áreas básicas, não dirigidas a inovação tecnológica que transformam
conhecimentos em produtos ou ferramentas produtivas.
Ainda, segundo SILVA, P.R. (2008), não somente pela argumentação do MEC, mas também
de inúmeras opiniões de especialistas e pesquisadores de outros órgãos do setor produtivo, da
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ciência e tecnologia, é preciso que se coloque, com urgência, o ensino de engenharia na perspectiva
de uma formação mais abrangente, global, interdisciplinar, com visão holística do meio, considerando
não somente os aspectos técnicos da produção e produtividade, mas, sobretudo os impactos da
engenharia, tornando-a mais socialmente justa.
Diante do exposto, justifica-se o BCT da UNIFAL-MG não só pelo aumento do número de
vagas nas universidades públicas, oferecimento de cursos noturnos, interiorização da universidade
pública, unidade nucleadora de desenvolvimento, mas também, pela contemporaneidade de seu
projeto pedagógico como primeiro ciclo do nível de graduação. Formação esta, com vistas a formar
profissionais generalistas com integração interdisciplinar dos conhecimentos científicos
característicos, motivados para a inovação tecnológica e empreendedorismo tendo o egresso as
possibilidades de desempenhar função nas áreas de ciência e tecnologia, ingressar em programas de
pós-graduação ou optarem pelo segundo ciclo de formação profissional, particularmente nas
Engenharias oferecidas no campus de Poços de Caldas da UNIFAL-MG.
Assim, a UNIFAL-MG busca integrar e contribuir com o incremento da inovação tecnológica,
pesquisa científica, educação científica e tecnológica com a formação de mão-de-obra qualificada
para o mundo do trabalho.
3.3. Caracterização geral do município de Poços de Caldas
O Município de Poços de Caldas esta localizado na região Sul do Estado de Minas Gerais,
onde possui localização estratégica, com proximidade a grandes centros como São Paulo, Rio de
Janeiro e Belo Horizonte. Sua microrregião é uma das mais desenvolvidas do estado de Minas
Gerais.
O município se destaca também no turismo, como estância hidroclimática, e se encontra
na área de abrangência da Rota Tecnológica, cujo objetivo é promover o desenvolvimento regional
integrado dos municípios situados em uma faixa de 50 km em torno da rodovia BR 459, que liga a
Rodovia Presidente Dutra à Fernão Dias. Destacam-se neste eixo os municípios de Lorena, Itajubá,
Santa Rita do Sapucaí, Pouso Alegre e Poços de Caldas, que possuem um desenvolvimento
tecnológico caracterizado por importantes instituições de ensino superior e várias indústrias.
Na escala hierárquica dos centros urbanos brasileiros, classificados pelo IBGE, Poços de
Caldas caracteriza-se como "capital regional" em função da centralidade que a cidade desempenha
sobre outros municípios no processo de distribuição de bens e serviços, polarizando 23 pequenas
cidades no seu entorno.
No período 1991-2000, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Poços de
Caldas cresceu 8,10%, passando de 0,778 em 1991 e para 0,841 no ano 2000.
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A dimensão que mais contribuiu para este crescimento foi a longevidade com 39,5%; seguida
pela renda com 34,2%; e pela educação com 26,3%. Hoje, a expectativa de vida em Poços de Caldas
é de 76 anos.
Outro fator importante é a diminuição da mortalidade infantil, passando de 20,70 mortes por
mil nascidos vivos, em 1991, para 13,27 por mil nascidos vivos em 2000. Contribuindo ainda mais, a
renda do cidadão poços-caldense cresceu 34,2%, elevando o patamar de crescimento do IDH.
No entanto, o destaque da cidade está na educação. Em 1991, o índice já era considerado de
alto desenvolvimento (0,836) e cresceu mais de 26% na última pesquisa pela Fundação João
Pinheiro alcançando (0,886). A taxa de analfabetismo de Poços de Caldas é inferior a 7,0% entre a
população adulta com mais de 25 anos.
Poços de Caldas se destaca ainda no ranking de responsabilidade social. Depois de Belo
Horizonte, Poços de Caldas é o município que apresentou o melhor resultado no Índice Mineiro de
Responsabilidade Social. Segundo dados divulgados pela prefeitura local, 99,43% da população da
cidade vivem em domicílios com água encanada e banheiro.
A cidade conta com um bom número de estradas de acesso às principais cidades da Região
Sudeste e à capital federal. Quanto ao transporte ferroviário, importante meio de escoamento de
produção, o município possui ligação aos principais centros urbanos do país. Conta, ainda, com um
aeroporto com pista de asfalto de 1.250 metros.
A economia do município é diversificada, com atividades nos seguintes setores: turismo,
mineração, indústria, agropecuária, comércio e prestação de serviços. O diferencial é o fato de ser
estância hidromineral. A arrecadação municipal anual perfaz o total de R$ 200.000.000,00 por ano.
A mineração tem um papel importante na economia do município, com a extração de bauxita,
urânio, urânio-molibnênio, tório, argila e terras raras, além das fontes de águas frias e termais.
O setor industrial é diversificado, com produção de refratários, alimentos (chocolate, doces,
bebidas e carne), confecção de roupas, cristais, fertilizantes, fibras químicas para indústria têxtil,
cabos elétricos dentre outros.
A tabela 3.1 registra a pujança do município nos setores industrial e de mineração:
Tabela 3.1. Principais ramos industriais do município de Poços de Caldas (MG).
Estrutura Empresarial 2007
Indústrias extrativas - Número de unidades locais 128 unidades
Indústrias de transformação 636 unidades locais
Produção e distribuição de eletricidade, gás e água 6 unidades locais
Construção 173 unidades
Fonte: IBGE, 2007.
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Quanto ao ensino superior, Poços de Caldas conta com três universidades privadas
(Unifenas, Pitágoras e PUC Minas) e uma estadual (Universidade do Estado de Minas Gerais –
UEMG), que oferecem diversos cursos de graduação e especialização, conforme observa-se nas
Tabelas 3.2 e 3.3.
Tabela 3.2. Cursos Superiores de Graduação oferecidos em Poços de Caldas (MG).
Área do Conhecimento Autarquia Particular
Administração - 2
Ciência da Computação - 1
Ciências Contábeis (Virtual) - 1
Arquitetura e Urbanismo - 1
Comunicação Social: Publicidade e Propaganda - 1
Direito - 2
Enfermagem - 2
Educação física - 1
Farmácia - 1
Fisioterapia - 1
Medicina Veterinária - 1
Nutrição - 1
Pedagogia 1 1
Psicologia - 2
Engenharia Eletrica – Automação e Telecomunicação - 1
Engenharia de Produção - 2
Engenharia Civil - 1
Turismo - 1
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Tabela 3.3. Cursos de Especialização (Lato Sensu) oferecidos em Poços de Caldas (MG).
Cursos Autarquia Privado Total
Auditoria em Saúde - 1 1
Coordenação/Supervisão Pedagógica - 1 1
Direito Ambiental - 1 1
Direito Público Municipal - 1 1
Docência no Ensino Superior: novas linguagens - 1 1
Enfermagem em Cuidados Intensivos no Adulto - 1 1
Filosofia e Desafios da Modernidade - 1 1
História da Arte - 1 1
Saúde Ocupacional - 1 1
Urgência e Emergência - 1 1
Desenvolvimento e Gestão de Negócios em Turismo - 1 1
Direito Empresarial - 1 1
Direito processual - 1 1
MBA em Gestão Executiva de Negócios - 1 1
Direito Trabalhista e Previdenciário - 1 1
Assistência a Pacientes com Feridas - 1 1
Total 0 16 16
Diante do exposto, evidencia-se a importância da consolidação de cursos superiores na área
da ciência e tecnologia, o que corrobora com a proposta por hora apresentada neste projeto.
3.4. Objetivos do curso
O Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia é um curso superior de graduação
com características não profissionalizantes estruturado de forma a possibilitar condições para que o
discente possa adaptar o seu percurso formativo ao longo do itinerário curricular, de acordo com os
seus interesses tendo dois objetivos principais:
• Formar cidadãos de nível superior para o mundo de trabalho, dotados de visão atualizada da
dinâmica científica e tecnológica na sociedade moderna, com base analítico-conceitual sólida
necessária para futura profissionalização em diferentes áreas da ciência e tecnologia, com
formação humanística, empreendedora aliadas à prática por meio de projetos e diferentes
tipos de ferramentas, permitindo sua aplicação na solução de problemas da sociedade e
contribuindo para o desenvolvimento tecnológico, científico e social do país.
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• Servir para aquisição de competências cognitivas e habilidades específicas para o
aprendizado de fundamentos conceituais e metodológicos para uma posterior formação
profissional em Engenharia no modelo de formação em dois ciclos e/ou pós-graduação.
3.5. Perfil do Egresso
Cidadãos críticos, contextualizados nos problemas contemporâneos, empreendedores para
atuar em equipe multiprofissional e inter-profissional nos diferentes campos da ciência e tecnologia,
capazes de modelar, analisar e resolver problemas da sociedade, aplicando princípios éticos e
científicos.
3.6. Competências e habilidades
A formação no BCT visa dotar o egresso para enfrentar as exigências do mundo do trabalho
no desempenho de ocupações diversas que mobilizem, de modo flexível, conhecimentos,
competências e habilidades gerais e especificas no que se refere à ciência e tecnologia, com
destaque:
• Capacidade de abstração, interpretação, análise, síntese, investigação e criação, combinando
distintos campos do conhecimento das ciências e tecnologias (C &T);
• Possuir conhecimento sólido e abrangente em (C &T), com domínio das técnicas básicas de
modo a ajustar-se à dinâmica do mundo do trabalho;
• Dominar princípios gerais e fundamentais das Ciências Naturais, estando familiarizado com
suas áreas clássicas e modernas;
• Habilidade de identificar, formular e resolver problemas na linguagem matemática;
• Saber se expressar adequadamente seja na forma oral e escrita da língua e pela linguagem
matemática e gráfica;
• Habilidades no uso das tecnologias da informação e da comunicação;
• Descrever e explicar fenômenos naturais, processos e equipamentos tecnológicos em termos
de conceitos, teorias e princípios físicos gerais.
• Conhecer e absorver novas técnicas, métodos ou uso de instrumentos, seja em medições seja
em análise de dados (teóricos ou experimentais);
• Capacidade de implementar e resolver problemas físicos, matemáticos e da engenharia por
meio computacional dispondo de noções de linguagem computacional;
• Habilidades para buscar, processar e analisar, de forma autônoma, informação procedente de
fontes diversas;
• Capacidade para identificar, planejar, resolver problemas e tomar decisões;
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• Capacidade de auto-aprendizado e de atualização contínua e permanente;
• Capacidade de trabalhar em equipes multidisciplinares;
• Valorização e respeito pela diversidade de saberes e práticas ligadas à C & T;
• Reconhecer as interações dos elementos: Ciência, Tecnologia e Sociedade
• Propor soluções novas e criativas para os problemas do campo de C & T;
• Responsabilidade sócio-ambiental, ética profissional e compromisso de cidadão;
• Valorização e respeito pela diversidade cultural;
• Consolidação dos valores democráticos na sociedade contemporânea;
• Capacidade de crítica e autocrítica.
3.7. Campos de atuação
O Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia é a porta de entrada para um amplo
conjunto de opções profissionais, todas elas ancoradas sobre o mesmo substrato teórico-conceitual,
com linguagem e visão comuns de futuros engenheiros, físicos, químicos, matemáticos, dentre outros
profissionais, podendo não só seguir para o segundo ciclo de formação profissional, particularmente
nas Engenharias, como também ir direto para programas de pós-graduação, desempenho de funções
nas áreas de ciência e tecnologia, indústrias, serviços, terceiro setor em instituições públicas ou
privadas.
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4. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR 4.1. Duração do curso
A duração esperada para conclusão do curso, 3 (três) anos, refere-se ao período necessário
para sua integralização, isto é, o curso normal de seis semestres letivos correspondentes aos
períodos de formação, com carga horária mínima é de 2.700 horas (150 créditos) atingida sem o
cumprimento de unidades curriculares diretivas para as engenharias e de 3.294 horas (183 créditos)
com o cumprimento destas diretivas recomendadas e exigidas para ingresso no segundo ciclo de
formação profissional. Já o prazo máximo para sua integralização curricular é de 4 anos e meio ou 9
(nove) semestres letivos de matrícula.
4.2. Período de funcionamento O campus de Poços de Caldas da UNIFAL-MG funciona ao longo dos três turnos diários de
segunda a sábado, para atendimento das necessidades do BCT, como aulas teóricas, práticas e
desenvolvimento de trabalhos multidisciplinares. As aulas teóricas e expositivas são limitadas em 20
horas por semana e oferecidas exclusivamente nos períodos correspondentes às turmas, isto é,
períodos diurno e noturno.
Já as aulas de laboratório, trabalhos de campo e desenvolvimento dos projetos acadêmicos
ocorrem no período vespertino de segundas às sextas-feiras, e aos sábados, no período de manhã e
tarde, o horário é preferencial para os discentes que trabalham.
4.3. Número de vagas O BCT apresenta duas entradas anuais, no início e meio do ano, oferecendo turmas tanto em
período diurno como noturno com 66 vagas por turno e por semestre, totalizando 132 vagas por
semestre e 264 vagas por ano.
4.4. Regime didático
O regime acadêmico do BCT é o sistema de créditos existindo pré-requisitos somente para
matrículas de algumas unidades curriculares do segundo período e para as diretivas das
engenharias, com regulamentação especifica proposta pelo colegiado do curso e aprovada pela Pró-
reitoria de Graduação. Os créditos das unidades curriculares são correspondentes as cargas horárias
de atividades teóricas (aulas expositivas), práticas (atividades laboratoriais e/ou de campo) e
referentes às aulas de complementação tutorial (atendimento individualizado ou em pequenos grupos
ministrado pelo docente responsável).
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4.5. Dinâmica Curricular A Figura 4.1 apresenta uma representação gráfica sobre os itinerários formativos
possíveis para os alunos do Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia - BCT no
campus de Poços de Caldas.
Figura 4.1: Estruturação Geral do BCT e Itinerários Formativos
O ingresso ao BCT é por meio de processo seletivo definido de acordo com edital aprovado
pelo Conselho Universitário da UNIFAL-MG, podendo ser utilizado o SISU (Sistema Informatizado de
Seleção Unificada), gerenciado pelo Ministério da Educação.
O curso é organizado em dois momentos distintos, o primeiro de formação geral nos
conteúdos básicos da área de Ciências e Tecnologia, compreende o três períodos iniciais, com
unidades curriculares obrigatórias para todos.
O segundo momento se inicia no quarto semestre quando os acadêmicos passam a ter maior
flexibilidade curricular com a opção de escolha de unidades curriculares não só optativas, mas
também, diretivas que são as que apresentam e ou conduzem ao percurso de formação de segundo
ciclo nas engenharias.
As unidades curriculares obrigatórias recebem a codificação DCT e compreendem a
necessidade mínima de créditos para obtenção do título de Bacharel em Ciência e Tecnologia. Já as
unidades curriculares diretivas recebem a codificação DEA, DEM e DEQ, associadas aos núcleos das
engenharias, a saber: Ambiental e Urbana, Minas e Química, respectivamente.
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Os conteúdos curriculares do BCT da UNIFAL-MG estão agrupados em 6 eixos norteadores,
por campo do saber, que se entendem ao longo dos seis semestres do curso, definidos, a priori, pela
maior facilidade de integração e, por conseguinte, racionalização de carga horária. Na codificação
das unidades curriculares DCT, o primeiro dígito esta associado as eixos de vinculação, a saber:
• Matemática e Modelagem (1): Agregam e integram unidades curriculares tais como: funções
matemáticas, álgebra linear, equações diferenciais, informática, matemática computacional,
modelagem dentre outras.
• Ciências da Engenharia (2): Agregam e integram unidades curriculares tais como: Fenômenos
térmicos, mecânica dos fluidos, técnicas de representação, ciências e tecnologia dos
materiais, operações unitárias dentre outras.
• Ciências Naturais (3): Agregam e integram unidades curriculares tais como: estrutura atômica
e molecular, transformações químicas e bioquímicas, química experimental, geologia,
fenômenos mecânicos, física moderna, ciências do ambiente, bases experimentais das
ciências dentre outras.
• Humanidades e Empreendedorismos (4): Agregam e integram unidades curriculares tais
como: filosofia e metodologia científica, política e direitos humanos, empreendedorismo e
gestão dentre outras.
• Projetos de Integração (5): contemplam os Projetos Multidisciplinares de integração de
conteúdos do BCT e de aplicação de engenharia como instrumentos pedagógicos para
consolidação das estratégias de ensino e aprendizagem. Conceitualmente, estes projetos
visam possibilitar a integração horizontal e vertical do conteúdo das unidades curriculares, à
medida que o acadêmico avança no curso, presentes em todos os períodos e com
complexidade crescente.
• Diretivas das Engenharias (DEA, DEM e DEQ): Relacionam-se as unidades curriculares
específicas aos campos do saber de cada engenharia oferecida como segundo ciclo tais
como: ecologia e avaliação de impactos ambientais ligadas a engenharia ambiental;
engenharia das reações químicas, engenharia biotecnológica da engenharia química;
petrologia e topografia de minas ligadas a engenharia de minas.
A matrícula em Unidades Curriculares Diretivas é efetuada por prioridade de classificação
levando-se em conta o Coeficiente de Desempenho Acadêmico (CDA), sendo as primeiras diretivas
ofertadas com maior número de vagas que às terminais para ingresso no segundo ciclo com vistas a
possibilitar melhor escolha pelos discentes do Bacharelado Específico (Engenharias) que pretendem
seguir. A definição do número de vagas será proposta pelo colegiado do curso e aprovada pelo
Colegiado da Pró-reitoria de Graduação.
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Para o acadêmico que enseja uma formação de segundo ciclo nos cursos de Engenharia ele
pode ter o ingresso automático ou passar por um segundo processo de seleção interno caso o
número de interessados seja maior que o número de vagas disponíveis para as engenharias.
O egresso do BCT que não optar pelo ingresso imediato ao segundo ciclo poderá reingressar
na Universidade para conclusão de um Bacharelado Específico, no caso do campus de Poços as
Engenharias, mediante processo de seleção e aproveitamento de estudos, conforme regulamentação
específica vigente na UNIFAL-MG.
A Tabela 4.2 apresenta a dinâmica curricular do Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e
Tecnologia, com as suas unidades curriculares obrigatórias e diretivas junto à estratificação da carga
horária semanal correspondente as atividades teóricas, práticas, de complementação tutorial e total.
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Tabela 4.2: Descrição da dinâmica curricular do BCT, codificação e carga horária semanal
Dinâmica Bacharelado em Ciência e Tecnologia
1º Período Código Unidades curriculares At. Teórica At. Prática A. C. T.* Total DCT 11 Funções Matemáticas 4 0 2 6 DCT 13 Álgebra Linear 4 0 2 6 DCT 12 Informática e recursos computacionais 2 2 0 4 DCT 31 Estrutura Atômica e Molecular 2 0 1 3 DCT 33 Química Experimental I 0 2 0 2 DCT 21 Bases experimentais das Ciências
Naturais 0 2 0 2
DCT 41 Técnicas de Comunicação e Expressão 2 0 2 4 DCT 51 Introdução às Tecnologias e
Engenharias 2 0 2 4
Total 16 6 9 31 2º Período
DCT 14 Funções de várias variáveis 4 0 1 5 DCT 15 Introdução às Equações Diferenciais
Ordinárias 2 0 1 3
DCT 16 Matemática Computacional 0 2 0 2 DCT 22 Fenômenos Mecânicos 4 2 2 8 DCT 32 Transformações Químicas 4 0 1 5 DCT 34 Química Experimental II 0 2 0 2 DCT 23 Ciências Ambientais 2 0 0 2 DCT 42 Filosofia e Metodologia da Ciência 2 0 1 3 DCT 52 Projeto Multidisciplinar I / PIEPEX 0 0 2 2 Total 18 6 8 32
3º Período DCT 17 Metodologia e Algoritmos
Computacionais 2 2 0 4
DCT 18 Estatística e Probabilidade 4 0 1 5 DCT 24 Fenômenos Térmicos 4 2 2 8 DCT 35 Transformações Bioquímicas 4 0 1 5 DCT 43 Política e Direitos Humanos 2 0 0 2 DCT 36 Geologia 2 2 0 4 DCT 53 Projeto Multidisciplinar II / PIEPEX 0 0 2 2 Total 18 6 6 30
4º Período DCT 25 Energia e Meio Ambiente 2 0 0 2 DCT 26 Fenômenos eletromagnéticos 2 2 0 4 DCT 27 Mecânica dos Fluidos 4 2 0 6 DCT 28 Técnicas de Representação 2 2 0 4 DCT 44 Direito e Legislação Ambiental 2 0 0 2 DCT 54 Projeto Multidisciplinar III / PIEPEX 0 0 2 2 DCT 37 Fundamentos de Biologia 0 2 0 2 Total (sem diretivas) 12 8 2 22 DEM 01 Mineralogia 2 2 0 4 8 DEM 02 Métodos de prospecção e lavra 2 2 0 4 DEQ 01 Métodos de Análise Química 2 2 0 4 8 DEQ 02 Princípios da Engenharia Química 2 2 0 4 DEQ 01 Métodos de Análise Química 2 2 0 4 8
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DEA 01 Ecologia Geral e Aplicada 2 2 0 4 Total (com diretivas) 30
5º Período DCT 29 Operações Unitárias I 4 2 0 6 DCT 210 Ciência e Tecnologia dos Materiais 4 2 0 6 DCT 19 Modelagem Física e Computacional 2 2 0 4 DCT 55 Projeto Multidisciplinar IV / PIEPEX 0 0 2 2 DCT 45 Empreendedorismo e Inovação 2 0 0 2 Total (sem diretivas) 12 6 2 20 DEA 02 Poluição Ambiental 2 2 0 4 10 DEA 03 Hidrologia 4 2 0 6 DEQ 03 Química dos Elementos 2 2 0 4 10 DEQ 04 Engenharia das Reações Químicas 4 2 0 6 DEM 03 Geologia Estrutural 2 2 0 4 10 DEA 03 Hidrologia 4 2 0 6 Total (com diretivas) 30
6º Período DCT 211 Instrumentação e Controle 2 2 0 4 DCT 46 Gestão de projetos e produtos 2 2 0 4 DCT 47 Relações Internacionais e Globalização 2 0 0 2 DCT 56 Projeto Multidisciplinar V / PIEPEX 0 0 2 2 DCT 212 Engenharia do trabalho 2 0 0 2 DCT 38 Tópicos de Física Quântica 0 2 0 2 DCT 48 Ciência e Sociedade 2 0 0 2 Total (sem diretivas) 10 6 2 18 DEM 04 Petrologia 2 2 0 4
12 DEM 05 Depósito de minerais e caracterização de minérios
2 2 0 4
DEM 06 Topografia 2 2 0 4 DEA 04 Avaliação de Impactos e Licenciamento
Ambiental 2 0 0 2
12 DEA 05 Sistemas Hidráulicos e Sanitários 4 2 0 6 DEA 06 Fundamentos de Microbiologia
Ambiental 2 2 0 4
DEQ 05 Engenharia Biotecnológica 2 2 0 4 12 DEQ 06 Operações Unitárias II 4 2 0 6
DEQ 07 Fundamentos de Processos Orgânicos 2 0 0 2 Total (com diretivas) 30 * A . C. T.: Aula de Complementação Tutorial LEGENDA DAS CODIFICAÇÕES: DCT (Disciplinas de Ciência e Tecnologia): Unidades Curriculares Obrigatórias do BCT DOP (Disciplinas Optativas): Unidades Curriculares Optativas para o BCT DEA (Disciplina de Engenharia Ambiental e Urbana): Unidades Curriculares Diretivas da Engenharia Ambiental e Urbana DEM (Disciplina de Engenharia de Minas): Unidades Curriculares Diretivas da Engenharia de Minas DEQ (Disciplina de Engenharia Química): Unidades Curriculares Diretivas da Engenharia Química
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4.6. Ementário das unidades curriculares obrigatórias:
1º Período
DCT 11 - FUNÇÕES MATEMÁTICAS 6(4-0-2) Funções reais de uma variável real. Limite e continuidade. Derivada. Regras de derivação. Máximos e mínimos. Noções de integração. Teorema fundamental do cálculo. Métodos de integração. Aplicações da integral. DCT 13 - ÁLGEBRA LINEAR 6(4-0-2) Introdução a vetores. Espaços vetoriais reais. Subespaços. Combinação linear. Dependência e independência linear. Geradores. Base e dimensão. Transformações lineares. Núcleo e imagem. Autovalores e autovetores. Produto interno, projeções, ortogonalidade. Matrizes reais. Sistemas. Diagonalização. DCT 12 - INFORMÁTICA E RECURSOS COMPUTACIONAIS 4(2-2-0) Teórica: História da computação. Conceitos fundamentais de computação: organização de computadores, sistemas operacionais, banco de dados, redes. Álgebra booleana. Base binária e hexadecimal. Prática: Introdução a ferramentas computacionais. Linguagem de programação. DCT 31 – ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR 3(2-0-1) O estudo da Química, A matéria: substâncias puras e misturas, elementos e compostos, as fases, misturas homogêneas e misturas heterogêneas, os estados da matéria, as propriedades da matéria, as leis das transformações químicas. Evolução dos modelos atômicos. Estrutura eletrônica dos átomos, Princípio de Aufbau, princípio de exclusão de Pauli, Regra de Hund, Periodicidade Química, Descoberta da lei periódica, Principais famílias ou grupos, Periodicidade e configurações eletrônicas, Propriedades periódicas, Periodicidade nas propriedades químicas, Ligação iônica: estrutura de rede cristalina, energia de rede, ciclo de Born-Haber, Ligação covalente: estrutura de Lewis, geometria molecular, interações intermoleculares, modelo RPECV e Teoria da ligação de Valência(TLV) e Teoria do Orbital Molecular (TOM). DCT 33 - QUÍMICA EXPERIMENTAL I 2(0-2-0) Segurança no laboratório de química, conhecimento das principais vidrarias, principais montagens laboratoriais e procedimentos de separação de misturas. Erros de medida (rendimento de reação, massa e volume), observação de espectros atômicos, propriedades periódicas dos elementos, introdução ao preparo de soluções, determinação da solubilidade e forças intermoleculares. DCT 21 - BASES EXPERIMENTAIS DAS CIÊNCIAS NATURAIS 2(0-2-0) Importância da experimentação nas ciências. Experimentos selecionados de Física, Química, Biologia e Ciência da Terra. DCT 41 - TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO 4(2-0-2) Estudo dos diversos usos e funções da língua(gem) no mundo contemporâneo. Leitura, interpretação e produção de textos em Língua Portuguesa. Reflexão sobre diferentes gêneros textuais que compõem e configuram os saberes linguístico-discursivos privilegiados na sociedade letrada. Discussão sobre os gêneros enquanto formas, discursos e produção de conhecimento. DCT 51 - INTRODUÇÃO ÀS TECNOLOGIAS E ENGENHARIAS 4(2-0-2) Estruturas física e organizacional e regime acadêmico na UNIFAL-MG. Evolução da sociedade: o papel fundamental da Tecnologia e Engenharia. Bacharelado em Ciência e Tecnologia: objetivos e áreas de atuação. Continuidade de estudos do Bacharel em Ciência e Tecnologia: licenciaturas, engenharias e pós-graduação. O trabalho coletivo, inter e multidisciplinar no exercício profissional.
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Desafios tecnológicos e científicos na atuação do Engenheiro. Programa Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão (PIEPEX). Elaboração de trabalhos científicos.
2º Período DCT 14 - FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS 5(4-0-1) Funções reais de várias variáveis reais. Limite e continuidade. Derivadas parciais. Derivada direcional e gradiente. Maximização e minimização. Integrais múltiplas e aplicações. DCT 15 - INTRODUÇÃO ÀS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS 3(2-0-1) Equações diferenciais de 1ª ordem. Equações diferenciais de 2ª ordem. Sistemas de equações diferenciais. Aplicações. DCT 16 - MATEMÁTICA COMPUTACIONAL 2(0-2-0) Fórmula de Taylor, erro e precisão. Métodos iterativos desenvolvidos em linguagem de programação: resolução de equações a uma variável, resolução de sistemas lineares, derivação numérica, integração numérica, métodos numéricos para equações diferenciais ordinárias. Ferramentas computacionais: planilhas eletrônicas, linguagem de programação, software matemático. DCT 22 - FENÔMENOS MECÂNICOS 8(4-2-2) Grandezas, medidas, classificação de erros e propagação de incertezas. Algarismos significativos. Noções de tratamento estatístico de dados. Introdução aos conceitos fundamentais da estática, cinemática e dinâmica. Gráficos de dispersão, barras de erro e ajuste de reta. Leis da conservação da energia e do movimento linear. Sistemas de partículas e colisões. Dinâmica de rotações. Conservação do movimento angular. Construção de gráficos em escalas mono-log e di-log. Movimento oscilatório: movimento harmônico simples, oscilações amortecidas e forçadas, ressonância. DCT 32 - TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS 5(4-0-1) Gases: Variáveis de estado, Leis de Boyle, Charles e Gay-Lussac, Lei do gás ideal. Leis das Transformações Químicas: Lei de Lavoisier, Lei de Proust, Leis de Dalton. Estequiometria: Definição de estequiometria, Fórmulas Químicas, Massa Mol e massa molar, Equações Químicas, balanceamento, Estequiometria de reação, Reagente limitante e reagente em excesso, pureza e rendimento. Reações Químicas em Solução Aquosa: Funções Químicas Inorgânicas, Reações ácidos-base. Precipitação e complexação, Balanço de cargas (Número de Oxidação). Reações de transferência de elétrons, Estequiometria em solução aquosa, Análise titrimétrica. Soluções: Suspensão, Dispersão e Soluções, Unidades de Concentração, Diluição e Misturas. Equilíbrio Químico: Constante de Equilíbrio (Kc), Princípio de Le Chatelier, Equilíbrio Iônico da água, Produto de Solubilidade. DCT 34 - QUÍMICA EXPERIMENTAL II 2(0-2-0) Práticas laboratoriais envolvendo conceitos da disciplina de Transformações Químicas: reações ácido-base, titulação e padronização, solução tampão, estequiometria de reação, propriedades dos gases, reações de precipitação, reações de transferência de elétrons, síntese orgânica, medidas de propriedades físicas como ponto de fusão e ponto de ebulição, equilíbrio químico, cinética química e termoquímica. DCT 23 - CIÊNCIAS AMBIENTAIS 2(2-0-0) A questão ambiental; Conceitos fundamentais em meio ambiente; A Interdisciplinaridade na questão ambiental; Desenvolvimento sustentável; Principais problemas ambientais; Legislação ambiental fundamental.
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DCT 42 - FILOSOFIA E METODOLOGIA DA CIÊNCIA 3(2-0-1) Conceituação dos diferentes tipos de conhecimento humano (senso comum, mito, filosofia e ciência). Resgate histórico da gênese e do desenvolvimento da ciência e de seus métodos (indutivo, dedutivo, hipotético-dedutivo e dialético). A classificação das ciências (formais e factuais / naturais e sociais). A pesquisa científica, sua natureza e pré-requisitos. A elaboração e apresentação dos trabalhos acadêmicos, suas etapas e elementos constituintes. O processo de produção do projeto de pesquisa. A observação às normas da UNIFAL-MG para a produção científica. DCT 52 - PROJETO MULTIDISCIPLINAR I / PIEPEX 2(0-0-2) Elaboração e desenvolvimento de projetos multidisciplinares. Metodologia científica no desenvolvimento de projetos. Planejamento experimental no desenvolvimento de projetos. Métodos de experimentação e análise. Resultados, discussão e síntese de trabalhos multidisciplinares. Técnicas de apresentação e defesa de projetos.
3º Período DCT 17 - METODOLOGIA E ALGORITMOS COMPUTACIONAIS 4(2-2-0) Complexidade de algoritmos. Pilhas e filas, listas ligadas e aplicações. Algoritmos de ordenação. Grafos e árvores. DCT 18 - ESTATÍSTICA E PROBABILIDADE 5(4-0-1) Estatística descritiva. Probabilidade, variáveis aleatórias e distribuições. Amostragem e distribuições de amostragem. Teoria da estimação e da decisão. Regressão. DCT 24 – FENÔMENOS TÉRMICOS 8(4-2-2) Temperatura e calor. Sistemas termodinâmicos. Variáveis termodinâmicas e sua natureza macroscópica. Lei zero da termodinâmica: equilíbrio térmico. Primeira lei da termodinâmica. Processos irreversíveis e entropia. Segunda lei da termodinâmica. Máquinas térmicas: eficiência e ciclos. Introdução à transferência de calor. Modos de transferência e equacionamento básico. DCT 35 - TRANSFORMAÇÕES BIOQUÍMICAS 5(4-0-1) Estrutura de biomoléculas: Aminoácidos, Peptídeos, Proteínas, Lipídeos e Carboidratos. Propriedades de Enzimas. Metabolismo de carboidratos, lipídeos, aminoácidos e sua integração. Estrutura e propriedade do DNA e RNA. Transcrição e tradução gênica. DCT 43 - POLÍTICA E DIREITOS HUMANOS 2(2-0-0) Conceituação de política. Identificação e análise da origem, do desenvolvimento e dos diferentes tipos de poder político e seus desdobramentos na América Latina e no Brasil. Apresentação dos conceitos de cidadania e a incidência do termo na realidade contemporânea. Conceituação de direitos humanos. Identificação e análise da origem e do desenvolvimento dos direitos humanos como fruto da luta política das sociedades de diferentes épocas históricas. Compreensão das formas de discriminação, sobretudo as que mais se manifestam na realidade sócio-histórica brasileira. Análise das políticas públicas vigentes e em processo de formulação relacionadas aos direitos humanos no Brasil. Análise das políticas públicas de Direitos Humanos no Brasil, as vigentes e em processo de formulação. DCT 36 – GEOLOGIA 4(2-2-0) Origem do universo e formação da Terra; Estrutura e composição da Terra; História e geologia da Terra: Tempo geológico; Tectônica de global; minerais, rochas e recursos energéticos; Processos endógenos e exógenos; O solo; Ambientes de sedimentação: aquático e terrestre.
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DCT 53 - PROJETO MULTIDISCIPLINAR II / PIEPEX 2(0-0-2) Elaboração e desenvolvimento de projetos multidisciplinares. Metodologia científica no desenvolvimento de projetos. Planejamento experimental no desenvolvimento de projetos. Métodos de experimentação e análise. Resultados, discussão e síntese de trabalhos multidisciplinares. Técnicas de apresentação e defesa de projetos.
4º Período DCT 25 - ENERGIA E MEIO AMBIENTE 2(2-0-0) Visão integrada da matriz energética do Brasil. Impacto ambiental das diversas fontes e formas de conversão. DCT 26 - FENÔMENOS ELETROMAGNÉTICOS 4(2-2-0) Experiência de Millikan e a quantização da carga. Força eletrostática. Campo e potencial elétricos. Capacitância. Campo magnético. Indução eletromagnética. Circuitos elétricos. DCT 27 - MECÂNICA DOS FLUÍDOS 6(4-2-0) Estática dos fluídos. Propriedades dos fluidos. Escoamento em regime laminar e turbulento. Leis fundamentais: conservação de massa. quantidade de movimento linear.Equação de Bernoulli. Equação de energia. Máquinas hidráulicas. Perda de carga e coeficiente de atrito. Análise dimensional e semelhanças. DCT 28 - TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO 4(2-2-0) Introdução ao desenho técnico. Normatização em desenho técnico. Projeções e vistas ortográficas. Desenhos em perspectiva. Cortes e secções. Escalas e dimensionamento. Hachuras e Símbolos básicos do Desenho Técnico. Introdução ao desenho assistido por computador (CAD); modelagem bidimensional e tridimensional. Desenho de conjunto e detalhes. Representação gráfica utilizada nas engenharias. DCT 44 - DIREITO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL 2(2-0-0) Tratados Internacionais e a Constituição Federal de 1988 acerca do meio ambiente. Poderes públicos, movimentos sociais e entidades coletivas na defesa dos interesses e direitos difusos e coletivos. Princípios gerais de Direito Ambiental e Urbanístico. Políticas públicas e seus instrumentos em matéria ambiental e urbanística. Sistema Nacional do Meio Ambiente. Aspectos históricos e jurídicos da tutela do meio ambiente. Responsabilidade jurídica em matéria ambiental (civil, administrativa e penal). Legislação federal sobre água, resíduos, poluição, unidades de conservação, fauna, flora, uso e parcelamento do solo,espaços rurais, saneamento, acessibilidade e direito de vizinhança. DCT 54 - PROJETO MULTIDISCIPLINAR III / PIEPEX 2(0-0-2) Desenvolvimento de Projetos vinculados ao PIEPEX, sob orientação docente, buscando a integração do conhecimento e interdisciplinaridade no estágio atual de formação, particularmente envolvendo temas das diversas áreas de engenharia. DCT 37 - FUNDAMENTOS DE BIOLOGIA 2(0-2-0) Bases citológicas e Microscopia. Diversidade e classificação dos seres vivos. Métodos básicos em identificação e classificação biológica.
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5º Período
DCT 29 - OPERAÇÕES UNITÁRIAS I 6(4-2-0) Conceitos e classificação de Operações de Processos Unitários. Operações envolvendo sólidos particulados: Análise granulométrica. Peneiramento. Cominuição. Moagem e Britagem. Sedimentação. Filtração. Flotação. Ciclonagem. Centrifugação. Separação Inercial. Transporte de sólidos. DCT 210 - CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS 6(4-2-0) Classificação e definição dos materiais para engenharia – metais, cerâmicas, polímeros e compósitos. Estruturas dos materiais. Imperfeições no arranjo cristalino. Correlação entre ligações e propriedades dos materiais. Diagramas de equilíbrio. Processamento de materiais. Critérios de seleção. Aplicações dos materiais. DCT 19 - MODELAGEM FÍSICA E COMPUTACIONAL 4(2-2-0) Atividades em modelação matemática ciência e engenharia. Técnicas de modelagem em pesquisa operacional, equações diferenciais e métodos numéricos. Aplicações. Uso de modelos matemáticos na simulação de processos. DCT 55 - PROJETO MULTIDISCIPLINAR IV / PIEPEX 2(0-0-2) Desenvolvimento de Projetos vinculados ao PIEPEX, sob orientação docente, buscando a integração do conhecimento e interdisciplinaridade no estágio atual de formação, particularmente envolvendo temas das diversas áreas de engenharia. DCT 45 - EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO 2(2-0-0) Características empreendedoras dos indivíduos (liderança, motivação, aprendizagem, comunicação organizacional, etc.) e das organizações. Desenvolvimento do espírito empreendedor por meio de exercícios teórico-práticos que visem ao aprender a empreender e por técnicas de negociação (pesquisa de mercado, elaboração de planos de negócio e outros). Criatividade e a inovação na perspectiva das atuais transformações das relações sociais, políticas, culturais, financeiras e comerciais e da importância dos valores humanísticos, como a ética, a solidariedade e a consciência ecológica, fundamentais para o desenvolvimento sustentado. Detecção de oportunidades.
6º Período DCT 211 - INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE 4(2-2-0) Calibração estática de instrumentos. Instrumentos de primeira e segunda ordem. Instrumentação Industrial: Medidas de Pressão, Força, Temperatura, Vazão, Nível e Densidade. Transmissores Pneumáticos e Eletrônicos. Sensores de aproximação e de contato. Noções Preliminares de Controle de Processos: Controladores Pneumáticos e Eletrônicos. Controle digital em instrumentação. Controle de sistemas com microprocessadores. DCT 46 - GESTÃO DE PROJETOS E PRODUTOS 4(2-2-0) Compreensão da cultura organizacional, a partir da consideração das relações entre o indivíduo e a organização, no processo de gestão de projetos, produtos e serviços. Reflexão sobre os indivíduos, grupos, papéis e valores no mundo do trabalho e as responsabilidades, reordenamentos, competitividades e contradições aí presentes. Gerenciamento de projetos, englobando processos e áreas do conhecimento, processo de desenvolvimento de produtos – PDP, etapas genéricas do PDP, estrutura do produto, medição de desempenho, gestão de portfólio, Software de gestão, ferramentas para DP (QFD, FMEA, Technology Roadmapping, outros).
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DCT 47 - RELAÇÕES INTERNACIONAIS E GLOBALIZAÇÃO 2(2-0-0) Introdução histórica e conceitual às Relações Internacionais. Comunidades Internacionais. Teorias da Globalização. Sistemas internacionais. Órgão das relações entre os Estados e organizações internacionais. Mecanismos de resolução de conflitos internacionais. Acordos e Tratados internacionais. Política Externa Brasileira. DCT 56 - PROJETO MULTIDISCIPLINAR V / PIEPEX 2(0-0-2) Desenvolvimento de Projetos vinculados ao PIEPEX, sob orientação docente, buscando a integração do conhecimento e interdisciplinaridade no estágio atual de formação, particularmente envolvendo temas das diversas áreas de engenharia. DCT 212 - ENGENHARIA DO TRABALHO 2(2-0-0) Conceitos principais de ergonomia e engenharia do trabalho. Ergonomia aplicada ao projeto de postos de trabalho. Influências externas. Informatização; antropometria estática e dinâmica. Estudo do ambiente de trabalho: agentes físicos, químicos, biológicos, mecânicos e ergonômicos. Noções básicas de segurança e higiene do trabalho. Segurança de sistemas. Gerenciamento de Riscos. Identificação e análise de riscos de processos e operações. Normas e legislação. DCT 38 - TÓPICOS DE FÍSICA QUÂNTICA 2(0-2-0) Radiação do corpo negro e a quantização de energia. Efeito fotoelétrico. Espectros de energia. Difração de raios-X e linhas de emissão. O átomo de Bohr. Dualidade onda-partícula e o Princípio de Incerteza. A equação de Schröedinger: funções de onda e autovalores. Probabilidades, valores esperados. Aplicações da equação de Schöedinger: tunelamento, átomos hidrogenóides e o conceito de orbital. Decaimentos radioativos. DCT 48 - CIÊNCIA E SOCIEDADE 2(2-0-0) Conceituação de ciência e de sociedade. Identificação e análise das origens das ciências e sua classificação e divisão. Contribuições teórico-metodológicas das ciências para a compreensão dos determinantes sociais, culturais, comportamentais, éticos e legais, nas relações entre os indivíduos e a sociedade. 4.7. Ementário das unidades curriculares diretivas da Engenharia de Minas
DEM 01 - MINERALOGIA 4(2-2-0) Introdução à mineralogia. Cristalografia. Classificação e propriedades dos minerais. Minerais industriais. DEM 02 - MÉTODOS DE PROSPECÇÃO E LAVRA 4(2-2-0) Fundamentos e métodos de prospecção aplicados na pesquisa e exploração de recursos naturais. Métodos geofísicos e geoquímicos aplicados a prospecção. Métodos magnéticos, gravimétricos, sísmicos, eletromagnéticos e radiométricos. Perfilagem de furos de sondagem. Técnicas de amostragem, representações gráficas. Tratamento e análise dos dados. Métodos de lavra a céu aberto e subterrânea. Prática de Campo. DEM 03 - GEOLOGIA ESTRUTURAL 4(2-2-0) Introdução à Geologia Estrutural. Estruturas geológicas. Tectonismo. Noções de estratigrafia. Determinação e representações gráficas dos elementos estruturais. DEA 03 - HIDROLOGIA 6(4-2-0) Ciclo hidrológico e Bacia hidrográfica. Medidas hidrológicas. Balanço hídrico. Águas subterrâneas.
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DEM 04 - PETROLOGIA 4(2-2-0) Diagênese das rochas. Magmatismo, metamorfismo, formação das rochas sedimentares. Composição mineralógica e química das rochas ígneas, metamórficas e sedimentares. Descrição macro e microscópica das rochas ígneas, metamórficas e sedimentares. Rochas ornamentais: caracterização. Ocorrências de rochas ígneas, metamórficas e sedimenteares no Brasil e no mundo. DEM 05 - DEPÓSITO DE MINERAIS E CARACTERIZAÇÃO DE MINÉRIOS 4(2-2-0) Tipos de depósitos minerais. Condicionantes geoestruturais. Tipos de jazidas. Recursos minerais do Brasil e do mundo. Caracterização química, mineralógica e granulométrica de minérios e minerais industriais. Métodos de análise macroscópica e microscópica. DEM 06 - TOPOGRAFIA 4(2-2-0) Conceitos fundamentais de topografia. Equipamentos topográficos. Métodos de levantamento expedito e regular. Orientação dos alinhamentos. Cálculos de coordenadas planas ortogonais. Nivelamento geométrico, trigonométrico e taqueométrico. Topologia. Levantamento planimetrico e altimetrico. Levantamento subterrâneo. Desenho topográfico. Aplicações da topografia à engenharia de minas. 4.8. Ementário das unidades curriculares diretivas da Engenharia Ambiental e Urbana DEQ 01 - MÉTODOS DE ANÁLISE QUÍMICA 4(2-2-0) Amostragem. Interpretação estatística de resultados analíticos. Métodos de análise clássicos e instrumentais: análise gravimétrica, volumetria de neutralização, volumetria de precipitação, volumetria de complexação, volumetria de óxido-redução, espectrofotometria, absorção atômica e fotometria de chama, turbidimetria e nefelometria, potenciometria, condutimetria, métodos cromatográficos. DEA 01 - ECOLOGIA GERAL E APLICADA 4(2-2-0) História e Conceitos Fundamentais em Ecologia. Ecologia de Populações e Comunidades. Ecologia de Ecossistemas e Paisagem. Ecologia Aplicada. Ecologia Experimental. DEA 02 - POLUIÇÃO AMBIENTAL 4(2-2-0) Fundamentos e caracterização da Poluição Ambiental. Técnicas e metodologias para análise de parâmetros de interesse ambiental. Aspectos institucionais e legais. DEA 03 - HIDROLOGIA 6(4-2-0) Ciclo hidrológico e Bacia hidrográfica. Medidas hidrológicas. Balanço hídrico. Águas subterrâneas. DEA 04 - AVALIAÇÃO DE IMPACTOS E LICENCIAMENTO AMBIENTAL 2(2-0-0) Impactos ambientais: instrumentos de identificação e análise. Métodos de avaliação de impactos ambientais. Legislação ambiental aplicada. Estudo de caso. DEA 05 - SISTEMAS HIDRÁULICOS E SANITÁRIOS 6(4-2-0) Sistemas de águas servidas e esgotamento sanitário. Estações elevatórias, bombas e linhas de recalque. Concepção de sistemas de tratamento de água e esgoto. DEA 06 - FUNDAMENTOS DE MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 4 (2-2-0) Introdução à microbiologia. Principais grupos de microrganismos. Aspectos biológicos dos microrganismos. Técnicas fundamentais em microbiologia.
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4.9. Ementário das unidades curriculares diretivas da Engenharia Química DEQ 01 - MÉTODOS DE ANÁLISE QUÍMICA 4(2-2-0) Amostragem. Interpretação estatística de resultados analíticos. Métodos de análise clássicos e instrumentais: análise gravimétrica, volumetria de neutralização, volumetria de precipitação, volumetria de complexação, volumetria de óxido-redução, espectrofotometria, absorção atômica e fotometria de chama, turbidimetria e nefelometria, potenciometria, condutimetria, métodos cromatográficos. DEQ 02 - PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA QUÍMICA 4(2-2-0) Fundamentos de físico-química. Método de análise de problemas de balanços materiais. Balanços de massa e de energia. Aplicações de balanço de massa e energia combinadas em processos químicos e operações unitárias.
DEQ 03 - QUÍMICA DOS ELEMENTOS 4(2-2-0) Ocorrência, processos industriais de obtenção, estrutura, propriedades, compostos e principais aplicações dos elementos da tabela periódica. DEQ 04 - ENGENHARIA DAS REAÇÕES QUÍMICAS 6(4-2-0) Reatores químicos e cinética química. Cinética das reações homogêneas. Teorias da cinética de reações elementares em fase gasosa e líquida. Reações complexas. Catálise homogênea. Reatores ideais. DEQ 05 - ENGENHARIA BIOTECNOLÓGICA 4(2-2-0) Principais processos biotecnológicos. Cinética das reações enzimáticas. Estequiometria da atividade celular e Formação de Produto. DEQ 06 - OPERAÇÕES UNITÁRIAS II 6(4-2-0) Trocadores de calor. Evaporação. Secagem de sólidos. Cristalização. DEQ 07 - FUNDAMENTOS DE PROCESSOS ORGÂNICOS 2(2-0-0) Processos industriais e fundamentos da orgânica. Síntese das reações.
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5. METODOLOGIA DE ENSINO A metodologia empregada consta de aulas expositivas, atividades práticas e experimentais em
laboratório ou campo, com equipamentos e aplicativos adequados para cada atividade.
Desenvolvimento de projetos, atividades de iniciação científica e de extensão também complementam
o instrumental pedagógico.
O curso está estruturado de forma a organizar os conteúdos por meio de unidades
curriculares, seminários, práticas, projetos dentre outros. Esta prevista a adoção de metodologia
bimodal de ensino, com até 20% da carga horária do curso à distância quando considerada adequada
pelo colegiado de curso.
Como estratégia para implantação do modelo acadêmico proposto tem-se os Projetos
Multidisciplinares de integração de conteúdos do BCT e de aplicação de engenharia, constituindo-
se em instrumentos pedagógicos para consolidação das estratégias de ensino e aprendizagem que
visam possibilitar a integração transversal e vertical do conteúdo das unidades curriculares, à medida
que o acadêmico avança no curso e estão presentes em todos os períodos e com complexidade
crescente. Esta atividade visa estimular a elaboração e defesa de um projeto executivo típico de
Engenharia e/ou produção acadêmica, seja em forma de pesquisa bibliográfica, artigo, memorial ou
monografia. Estes projetos substituem os tradicionais trabalhos de conclusão de cursos (TCCs).
Ainda, cumprindo com os objetivos institucionais da UNIFAL-MG tem-se, também, o Programa
Integrado de Ensino Pesquisa e Extensão (PIEPEX) que é organizado de forma a atender as
características e vocações específicas do discente nas diversas áreas de atuação da Universidade,
sendo descritos com maior detalhamento no item 6.1. Surge, também, com equivalência as
tradicionais atividades formativas previstas no regimento geral da universidade.
O curso oferece ainda, o acompanhamento aos discentes quanto ao desempenho acadêmico.
Nesta perspectiva, foi implantado o Programa Tutorial Acadêmico (PTA), que objetiva colaborar com
o discente para integrá-lo à Universidade, contribuindo para a sua formação acadêmica, ao propiciar-
lhe o acesso às oportunidades e aos saberes oferecidos pela academia nas diversas áreas do
conhecimento, e visa formar um profissional competente, ético e reflexivo desde o seu ingresso na
Instituição. As atividades que fazem parte do PTA são: regulamentação e supervisão de monitoria
discente, supervisão de palestras, seminários, workshops, cursos de curta duração, eventos de
integração profissional, acadêmica e social.
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6. ATIVIDADES COMPLEMENTARES
6.1. Programa Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão (PIEPEX)
O PIEPEX do Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia (PIEPEX-BCT) tem por
objetivo geral integrar e desenvolver ações de ensino, pesquisa e extensão, em complexidade
crescente, desenvolvidos a partir do ingresso do discente na universidade sob a coordenação
docente, de forma a propiciar a construção do itinerário formativo e, ao mesmo tempo, ser capaz de
produzir conhecimentos para o desenvolvimento de projetos de conclusão de curso por meio dos
Projetos Multidisciplinares.
A coordenação pedagógica do BCT registrou o PIEPEX na Pró-reitoria de Extensão da
UNIFAL-MG, enquanto programa de extensão com vistas a possibilitar a vinculação de projetos,
cursos, eventos e demais atividades com viés de extensão universitária ao programa, no âmbito do
BCT.
A proposta pedagógica do Programa fundamenta-se na certeza de que o discente é sujeito
ativo no processo de construção do seu conhecimento, cabendo ao professor a condução dos
processos de ensino e aprendizagem pelo permanente desafio do raciocínio do discente e pela
progressiva integração de novos conhecimentos às experiências prévias. O conteúdo passa a ser
organizado através de sucessivas aproximações e em níveis crescentes de complexidade.
O Programa faz com que o discente, desde o primeiro semestre na universidade, tenha
convivência com formas de aprendizagem diferenciadas que propiciem uma melhor compreensão dos
conteúdos teóricos trabalhados em sala de aula.
Dentro deste contexto, o BCT tem no PIEPEX uma referência fundamental para a inserção
dos acadêmicos e corpo docente em atividades integradas de ensino, pesquisa e extensão.
O Programa tem como resultados esperados, além do contínuo enriquecimento acadêmico
dos alunos, o estudo e subsídios à resolução de problemas locais e/ou regionais no município de
Poços de Caldas (MG) e região.
O PIEPEX-BCT apresenta os seguintes objetivos específicos:
• Desenvolver nos acadêmicos competências relacionadas a identificação de oportunidades;
• Fomentar a pesquisa bibliográfica e, conseqüentemente, a produção do conhecimento;
• Incentivar a visão holística e humanística;
• Aplicar os conhecimentos teóricos em situações do cotidiano profissional de forma
producente;
• Incentivar a produção do conhecimento de forma autônoma;
• Propiciar situações para o exercício de liderança e tomada de decisões;
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• Ampliar a reação dialógica da Universidade com a sociedade;
• Contribuir para o desenvolvimento e progresso da comunidade regional, proporcionando a
oportunidade de desenvolver a capacidade de liderança, a responsabilidade social e o
trabalho em equipe;
• Desenvolver competências tanto para o exercício da cidadania quanto para o desempenho de
atividades profissionais com criatividade, para resolução de problemas diversos, com
disposição para procurar e aceitar críticas, saber comunicar-se, com capacidade de buscar
conhecimento cada vez mais;
• Fornecer suporte ao desenvolvimento dos Projetos Multidisciplinares;
• Subsidiar o desenvolvimento de Trabalhos de Iniciação Científica (IC);
• Ampliar e potencializar os projetos e ações da extensão Universitária vinculadas a programa.
A metodologia de implantação do PIEPEX no BCT foi baseada na formação de Grupos de
Estudos para o desenvolvimento de projetos. A coordenação do curso instituiu um Comitê formado
por docentes do BCT para acompanhamento e regulamentação do Programa.
Para os estudantes ingressantes (1º período do curso), o Programa tem inicio no âmbito da
unidade curricular “Introdução as Tecnologias e Engenharias”, nesta unidade são desenvolvidas as
seguintes etapas para formação dos Grupos e orientação:
• Sensibilização dos alunos para problemas e necessidades da sociedade local no escopo da
disciplina “Introdução às Tecnologias e Engenharias”;
• Formação dos Grupos de Estudo para o desenvolvimento dos projetos dentro de temas
geradores iniciais pré-estabelecidos;
• Indicação dos orientadores para elaboração e desenvolvimento dos projetos;
• Registro sistemático de freqüência dos alunos nos encontros com orientadores;
• Avaliação final dos projetos através de defesa e julgamento por banca examinadora com
notas vinculadas à disciplina “Introdução às Tecnologias e Engenharias”.
A partir do 2º Período, o Programa incorpora também a unidade curricular “Projeto
Multidisciplinar”. Esta disciplina apresenta carga horária de 2 horas semanais que são cumpridas
como aula de complementação tutorial (ACT).
Os grupos de estudos já formados ou iniciados são vinculados integralmente a esta unidade
curricular. Além disto, os docentes oferecem temas de projetos integrados para os discentes
realizarem uma seleção durante o inicio do semestre.
A avaliação dos projetos é feita através de defesa em Evento denominado “Mostra dos
Projetos PIEPEX do Curso de Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia”. Os projetos são
julgados por banca examinadora e as nota são vinculadas às unidades curriculares mencionadas.
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6.2. Programa Tutorial Acadêmico (PTA)
O Programa Tutorial Acadêmico tem por finalidade colaborar com o discente no sentido de
integrá-lo à Universidade, auxiliando-o a ter acesso às oportunidades e aos saberes oferecidos pela
academia nas diversas áreas do conhecimento, ao longo de seu percurso formativo, visando formar
um profissional competente, ético e reflexivo desde o seu ingresso na Instituição.
Dentro deste contexto, o curso de Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia
(BCT), em implantação no campus Poços de Caldas, adotou o PTA como forma de apoio ao discente
em toda a sua trajetória na UNIFAL - MG.
O PTA apresenta os seguintes objetivos específicos:
• Auxiliar o discente nas unidades curriculares, visando um melhor rendimento com o apoio de
monitores e docentes;
• Regulamentar e supervisionar as monitorias voluntárias;
• Supervisionar os cursos de aperfeiçoamento, as palestras, os seminários, os workshops, os
cursos de curta duração e demais eventos de integração profissional, acadêmica e social.
O PTA foi registrado na Pró-reitoria de graduação como um programa de ensino, o que
organiza o registro de todas as atividades vinculadas ao PTA que são realizadas pelos docentes.
Dentre os cursos de curta duração registrados no PTA tem-se o Curso Integrado de
Aprimoramento Pedagógico – CIAP, cujo objetivo é potencializar o aprendizado do acadêmico, de
modo a aprimorar seu conhecimento. Os cursos de aprimoramento são nas áreas de Matemática e
Modelagem Computacional, Língua Portuguesa, Química e Transformações, Física e Ciências da
Engenharia. O desenvolvimento destes cursos mostra o interesse dos discentes em aperfeiçoar seus
conhecimentos, além de ajudá-los a ter bom êxito em seu desempenho nas unidades curriculares
básicas do BCT.
6.3. Iniciação Científica
O processo de Iniciação Científica (IC) permite aos graduandos a inserção em atividades de
pesquisa durante sua vida acadêmica. A Iniciação Científica tem grande importância na formação dos
estudantes com reflexos significativos tanto para futura carreira acadêmica ou profissional.
Além dos estudantes de graduação, atualmente o Ministério da Educação vem dando especial
ênfase ao ensino da ciência no Ensino Médio. Neste contexto, a UNIFAL-MG desenvolve dois
Programas de Iniciação Científica, gerenciados pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa,
voltados para alunos de Ensino Médio de escolas públicas. No ano de 2009, 43 estudantes da rede
estadual de ensino foram contemplados com bolsas financiadas pelos programas PROBIC -
Jr/UNIFAL-MG e BIC-Jr/FAPEMIG.
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O BCT, desde o início, estimula os alunos à participar de atividades de pesquisa dos docentes
via IC. Os docentes do curso têm projetos aprovados com bolsa em editais da instituição e
constantemente tem participado dos processos de solicitação de bolsas de IC. Atualmente, são
oferecidos os seguintes programas de IC para docentes e discentes do BCT, além daqueles aos
alunos de ensino médio:
• PIBIC/CNPq – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica do CNPq;
• PIBICT/FAPEMIG - Bolsas de Iniciação Científica da Fapemig;
• BIC Jr/FAPEMIG - Bolsas de Iniciação Científica Junior da Fapemig;
• PROBIC/UNIFAL - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica da Unifal;
• PROBIC Jr/UNIFAL - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica Jr da UNIFAL-
MG.
Na Tabela 6.1 é apresentada a evolução histórica do número de bolsas de IC concedidas na
UNIFAL-MG.
Tabela 6.1: Evolução do número de bolsas de IC concedidas aos alunos da UNIFAL-MG
Programas 2001-02 2002-03 2003-04 2004-05 2005-06 2006-07 2007-08 2008-09
PIBIC CNPq
23 16 16 16 21 31 31 44
PROBIC UNIFAL
14 15 15 15 18 18 22 27
PIBICT FAPEMIG
- - - 10 20 25 30 80
TOTAL 37 31 31 41 59 74 83 151
Devido às características do BCT espera-se que haja grande interesse dos discentes pelo
programa de IC.
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6.4. Universidade Empreendedora
O projeto de implantação do Bacharelado em Ciência e Tecnologia do Campus de Poços de
Caldas pautou-se nas novas demandas em ciência e tecnologia, e principalmente, na concepção
inovadora de universidade empreendedora, cujo principal objetivo é formar recursos humanos com
capacidade de mobilização de conhecimentos sobre os conteúdos teóricos e práticos para resoluções
de problemas dentro e fora do ambiente acadêmico, para que os conhecimentos adquiridos na
reflexão sobre as questões técnico-científicas e aqueles construídos na vida profissional e pessoal,
possam responder às diferentes demandas do mercado de trabalho, formando cidadãos dotados de
visão crítico-reflexiva em ciência e tecnologia com formação humanística e empreendedora que
possam contribuir para o desenvolvimento do país.
A maioria do corpo docente do campus de Poços de Caldas tem experiência internacional em
grandes centros de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação - (PD&I) sendo um diferencial do corpo
técnico da UNIFAL-MG/Poços de Caldas. Constituída por pesquisadores que vão desde as áreas de
Ciências Humanas, passando pelas Biológicas até as Exatas e Engenharias, os projetos de pesquisa
são desenvolvidos em conjunto sendo que cada professor atua dentro de suas competências
corroborando de forma interdisciplinar e multiprofissional para solução dos problemas e
desenvolvimento das inovações propostas.
A missão da Comissão Universidade Empreendedora, criada no âmbito do colegiado do BCT,
Portaria UNIFAL Nº 1.527/2009, é de divulgar o Campus Avançado de Poços de Caldas, iniciar
contatos com potencial para convênio e parcerias com o setor público/privado da região de Poços de
Caldas, no papel de interlocutor entre a Universidade e as Empresas, entre a ciência e o mercado. A
Comissão Universidade Empreendedora estabelece ações que visam estimular o empreendedorismo
no corpo discente, docente e de técnicos administrativos, planejadas com vistas às transformações
de conhecimento/idéias em produtos/processos ou inovações tecnológicas que de alguma forma
colaborem para o fortalecimento da economia local e regional.
Essa comissão atua no planejamento estratégico e estudo de viabilidade para pré-incubação
de idéias que posteriormente serão incubadas em um parque tecnológico; organiza ações
relacionadas ao empreendedorismo Junior como Empresa Junior; estimula a educação
empreendedora como forma de articulação docente na formação de cidadãos dotados de visão
crítico-reflexiva em ciência e tecnologia com formação humanística e empreendedora que possam
contribuir para o desenvolvimento do país; estimula o uso de espaços alternativos como forma de
promoção da divulgação científico-tecnológica resultante das ações empreendedoras de nossa
comunidade acadêmica.
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A Comissão Universidade Empreendedora conta com o apoio do NIPI (Núcleo de Inovação e
Propriedade Intelectual/UNIFAL-MG) e ARINTER (Assessoria de Relações
Interinstitucionais/UNIFAL-MG) para o estabelecimento dos termos de cooperação, acordos de
confidencialidade, proteção intelectual e transferência de tecnologias resultantes de ações
empreendedoras no Campus de Poços de Caldas.
6.5. Atividades de Extensão
Segundo o Plano Nacional de Extensão (PNE), a Extensão Universitária é o processo
educativo, cultural e científico que articula o Ensino e a Pesquisa de forma indissociável e viabiliza a
relação transformadora entre Universidade e Sociedade.
Neste contexto, o Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia, em consonância com
a Pró-reitoria de Extensão da UNIFAL-MG, desenvolve, desde o inicio de seu funcionamento, várias
atividades de Extensão, o que permite aos discentes, docentes e técnicos a inserção em projetos,
eventos e ações extensionistas de relevância e impactos local e regional.
Os docentes do curso têm participado de vários editais relacionados a apoio de projetos de
Extensão, dentre estes, pode-se destacar os seguintes:
• PROEXT/CIDADES Programa de Apoio à Extensão Universitária (MEC/CIDADES);
• Apoio a Projetos de Extensão em Interface com a Pesquisa (FAPEMIG);
• Programa Popularização da Ciência e Tecnologia (FAPEMIG);
• PROBEXT/UNIFAL - Programa de Concessão de Bolsas a Projetos de Extensão (UNIFAL-
MG);
• PROPEX/UNIFAL - Processo Permanente de Aprovação de Programas e Projetos de
Extensão (UNIFAL-MG).
Abaixo segue a descrição sucinta das principais atividades de Extensão em andamento:
Programas:
PIEPEX – Programa Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão
Programa voltado a consolidar o desenvolvimento de projetos de integração do curso em
todos os níveis de formação e em complexidade crescente. O PIEPEX é descrito de forma
pormenorizada no item 6.1.
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Projetos:
CENTRO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA
O Centro tem como objetivo fundamental divulgar ciência e tecnologia para a população de
Poços de Caldas e região. O Centro está em fase de implantação em parceira com a prefeitura
municipal e servirá de suporte à realização de atividades para viabilizar a difusão da ciência,
estimulando o pensamento crítico-reflexivo nos alunos das redes pública e privada de ensino médio e
fundamental. Além de atender professores e alunos, este espaço será também um ponto de interesse
turístico para a cidade de Poços de Caldas.
REATIVAÇÃO DO OBSERVATÓRIO ASTRONÔMICO DE POÇOS DE CALDAS
O projeto propõe a reativação do Observatório Astronômico de Poços de Caldas como espaço
de divulgação de ciência e astronomia, e local de realização de cursos de formação continuada de
professores do ensino fundamental e médio, além de laboratório de práticas de iniciação científica em
conexão com a pesquisa científica nas áreas de gravitação e cosmologia. O projeto conta com
recursos financeiros da FAPEMIG (Edital 20/2009 – Astronomia)
CAPACITAÇÃO PARA UTILIZAÇÃO DO TERRAVIEW, TERRASIG E SNIC NA GESTÃO DE
CIDADES
Projeto aprovado pelo Ministério das Cidades que tem como objetivos capacitar e divulgar
junto a técnicos de prefeituras municipais ferramentas de sistemas de informações geográficas e
insumos digitais para a gestão de cidades. O projeto contempla o oferecimento de cursos
estruturados para utilização de Geoprocessamento aplicado à Gestão e ao Planejamento Urbano
com a formação de multiplicadores de conhecimento para disseminação do ferramental
GeoSNIC/Terraview/Terrasig.
CALOURO CIDADÃO
Projeto realizado no inicio de cada semestre envolvendo alunos ingressantes em atividade
solidária de arrecadação e doação de alimentos e roupas à instituições de caridade do município de
Poços de Caldas. O projeto potencializa o aspecto lado solidário e princípios humanísticos, além da
participação, integração dos alunos calouros com docentes e comunidade em geral.
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PERCEPÇÃO AMBIENTAL DA POPULAÇÃO LOCAL E VISITANTES DA REPRESA BORTOLAN
(POÇOS DE CALDAS-MG)
Projeto que tem como diretriz fundamental iniciar um amplo estudo de diagnóstico ambiental e
subsídios a sensibilização da comunidade para auxiliar futuras ações de prevenção, planejamento e
gerenciamento da área como um todo.
Além dos projetos descritos acima, no ano de 2010 foram aprovados os seguintes projetos na
Pró-reitoria de Extensão via editais internos (PROBEXT E PROPEX):
• Estudo da produção mais limpa nas indústrias de mineração da região poços de caldas;
• Divulgação dos cursos BCT e Engenharias da Unifal para comunidade de Poços de Caldas;
• Conscientização ambiental no ensino médio voltada para a problemática da reciclagem de
polímeros;
• Rios urbanos: um novo olhar;
• Oficina de construção de telescópios;
• Grupo teatral: “ciência no palco”.
Eventos Regulares:
SEMANA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
O BCT realiza anualmente a SEMANA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA (SNC&T) na
cidade de Poços de Caldas, com apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia. A finalidade principal
da SNC&T é mobilizar a população, em especial jovens e crianças, em torno de temas e atividades
de Ciência e Tecnologia (C&T), valorizando a criatividade, a atitude científica e a inovação. Pretende
também mostrar a importância da C&T para a vida de cada cidadão e para o desenvolvimento do
país. Desta forma, este evento possibilita que a população brasileira conheça e discuta os resultados,
a relevância e o impacto das pesquisas cientificas e tecnológicas e suas implicações.
No ano de 2009, foram realizadas as seguintes atividades:
• Experimentos Interativos (Física, Química, Biologia e Matemática)
• Apresentação de projetos PIEPEX (Programa Integrado de Ensino Pesquisa e Extensão)
• Grupo de Astronomia – Observação do Céu e Exposições “Paisagens Cósmicas” e “Universo
em Evolução”
• Peça de Teatro: “Relíquias da Alquimia”
O público da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia é formado, sobretudo, por estudantes
de ensino fundamental e médio. No ano de 2009 foram registrados cerca de 600 visitantes no local do
Evento (Minas Sul Shopping) e 150 na peça de Teatro apresentada do SESC, totalizando 750
pessoas atingidas.
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A atividade de Astronomia desenvolvida durante o Evento recebeu Menção Honrosa por sua
atuação no Ano Internacional da Astronomia 2009 (International Year of Astronomy 2009). O IYA-
2009 foi um esforço global, de iniciativa da International Astronomical Union (IAU) e da UNESCO,
para ajudar cidadãos do mundo a redescobrir seu lugar no Universo através da observação diurna e
noturna do céu.
Portanto, o BCT desenvolve continuamente projetos e atividades de Extensão, entendendo
que a participação de graduandos neste processo é fundamental para sua formação e inserção em
estudo e resolução de problemas da sociedade de forma geral.
6.6. Estágio de Interesse Curricular (não obrigatório)
O Estágio de Interesse Curricular tem por objetivo oferecer oportunidade de aprendizagem
aos estagiários, constituindo-se em instrumento de integração, de treinamento prático, de
aperfeiçoamento técnico-cultural, científico e de relacionamento humano. Esse estágio pode ocorrer
dentro e fora da UNIFAL-MG, mediante celebração de convênio, desde o 1º até o 6º período do
curso.
Os orientadores devem apresentar à Comissão de Estágio do BCT o planejamento de estágio
no início do semestre e o respectivo relatório no início do semestre seguinte em formulários
simplificados, de acordo com os calendários divulgados pela Comissão.
O estágio de interesse curricular, não obrigatório, esta articulado com a proposta de inserção
do egresso do BCT no mercado de trabalho, contribuindo para a formação do estudante inclusive
com a finalidade de promover a integração universidade – empresa. Consistem em atividades
realizadas pelos acadêmicos do BCT em indústrias, empresas, centros de pesquisa ou
universidades, em que se propicia a aplicação e ampliação dos conhecimentos e habilidades
desenvolvidas ao longo do processo formativo, disponibilizando condições para exercício da
competência técnica, por meio do contato direto com as atividades fins do egresso do BCT.
6.7. Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
A Universidade Federal de Alfenas, UNIFAL-MG, campus de Poços de Caldas, destaca a
importância das atividades de investigação científica na formação do profissional, com sólida
formação em ciência e tecnologia. Conseqüentemente, a Instituição busca sempre apoiar o
desenvolvimento de projetos de iniciação à pesquisa, nas respectivas áreas de atuação dos cursos
de Graduação e Pós-Graduação Stricto Sensu.
A Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais, proposto para o campus de
Poços de Caldas, tem como premissa a produção e transmissão de conhecimentos, além de gerar
produção científica, organizando-se de forma a permitir constantemente o aperfeiçoamento das
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atividades de ensino e extensão, para responder com competência às demandas socialmente
requeridas de integração entre os diferentes segmentos da instituição, de interdisciplinaridade, de
aplicabilidade e de parcerias com a sociedade.
Nesse contexto, são objetivos diretos do curso de pós-graduação em Ciência e Engenharia de
Materiais da UNIFAL-MG, campus de Poços de Caldas:
• Promover e disseminar pesquisas de cunho científico e tecnológico desenvolvidas pelos pós-
graduandos e demais pesquisadores envolvidos nas áreas de metais, cerâmicas, polímeros e
compósitos;
• Estabelecer e fortalecer parcerias com empresas de bens e serviços da região de Poços de
Caldas, Brasil e exterior;
• Capacitar recursos humanos em concordância às políticas nacionais atuais, para atuar tanto
em instituições de ensino superior como em diversos segmentos industriais;
• Buscar a superação das dicotomias ensino-pesquisa, ensino-extensão, graduação-pós-
graduação de modo a garantir a integração eficiente e eficaz do trabalho no ambiente
universitário;
• Contribuir para uma visão abrangente e empreendedora, além da formação inter e
multidisciplinar do pós-graduando, tornando-o um profissional versátil, adaptado às oscilações
do mercado atual.
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7. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO
O acompanhamento e avaliação do processo de formação se da à luz dos objetivos,
competências e habilidades estabelecidas no projeto pedagógico em cada um dos seus períodos por
instrumentos individuais e coletivos inseridos nas unidades curriculares, projetos de integração e
atividades complementares bem como, pelo programa vigente de avaliação institucional coordenado
pela Comissão Própria de Avaliação (CPA-UNIFAL-MG) em atendimento às exigências da legislação
em vigor (SINAES).
O processo de avaliação dos projetos de integração também oportuniza a interlocução entre
os diversos membros envolvidos em sua dinâmica e se apóia, principalmente, na racionalidade da
avaliação quantitativa.
O colegiado do BCT também faz uso de diferentes abordagens e indicadores para o
acompanhamento do projeto pedagógico avaliando e buscando continuamente o aprimoramento do
currículo e do aprendizado, ouvindo toda a comunidade acadêmica e os setores externos que
interagem com o campus de Poços de Caldas.
As formas de avaliação de cada unidade curricular e das atividades acadêmicas obrigatórias
devem atender aos objetivos do curso, ser aprovadas pelo Colegiado de Curso e constar nos
programas de ensino.
Os procedimentos de avaliação da aprendizagem obedecerão ao disposto no Regulamento
Geral dos Cursos de Graduação. Em função do caráter inovador e transformador dos Bacharelados
Interdisciplinares, poderão adotadas modalidades de avaliação condizentes com a proposta a ser
regulamentada pelo colegiado de curso.
Neste último caso, deverão ser considerados os aspectos relevantes aos processos de
avaliação:
• Definição de critérios e objetivos da avaliação;
• Clareza quanto aos métodos e instrumentos utilizados;
• Adequação dos instrumentos de avaliação às atividades pedagógicas / institucionais.
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8. ESTRUTURAS DE APOIO ÀS ATIVIDADES ACADÊMICAS
8.1. Biblioteca
O Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal de Alfenas é uma estrutura organizada com
bibliotecas nos três campi: Alfenas; Poços de Caldas e Varginha. Cada uma das bibliotecas foi
concebida como espaço de ação cultural, para promover o suporte e o apoio às atividades de
pesquisa, ensino e extensão, no âmbito da graduação e pós-graduação, de forma a oferecer
subsídios às diferentes linhas de pesquisa acadêmica. O Sistema de Bibliotecas da Universidade
Federal de Alfenas disponibiliza serviços ao seu corpo social e à comunidade local.
Periodicamente, a política de desenvolvimento de coleções é revisada, com a finalidade de
garantir a sua adequação à comunidade universitária, aos objetivos da biblioteca e aos da própria
Instituição.
Campus de Poços de Caldas:
A Biblioteca Setorial do Instituto de Ciência e Tecnologia, campus de Poços de Caldas, possui
450m² de área construída, contendo 4 salas para estudo em grupo (em implantação) com capacidade
para 6 assentos em cada uma, salão com 30 cabines para estudos individuais (em implantação), área
comum para estudo em grupo com 120 assentos.
Possui um acervo informacional de aproximadamente 368 títulos, totalizando 1.569
exemplares; 47 títulos de periódicos nacionais, não possuindo periódicos importados devido ao
acesso ao portal de periódicos da CAPES; 183 fascículos; 10 assinaturas; 45 exemplares de
materiais especiais (CDs, DVDs).
Atualmente, a Biblioteca dispõe de 126 títulos de livros na área de ciências exatas, 1.074
exemplares, abrangendo Química, Física, Matemática, Ciência da Computação. Estão em fase de
compra aproximadamente 160 títulos de livros na área de ciências exatas. A consulta ao acervo é
aberta à comunidade em geral.
A Biblioteca oferece aos usuários os seguintes serviços cooperativos e convênios:
• Orientação bibliográfica (manual e automatizada);
• Comutação bibliográfica;
• Empréstimo domiciliar;
• Empréstimo entre as bibliotecas da UNIFAL-MG;
• Normalização bibliográfica;
• Visitação orientada;
• Treinamento de usuários;
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• Serviços de alerta de periódicos;
• Exposição e divulgação de últimas aquisições;
• Catalogação na fonte;
• Reserva de livros;
• Levantamento bibliográfico quando solicitado;
• Serviço de Disseminação de Informação - SDI;
• Acesso ao portal de periódicos da CAPES.
A Biblioteca Setorial do Instituto de Ciência e Tecnologia - ICT participa de intercâmbio entre
bibliotecas e outras IES por meio de permuta da Revista Científica da Universidade Federal de
Alfenas, com publicação anual.
As bibliotecas da UNIFAL-MG possuem convênio com a Rede Bibliodata-FGV, rede nacional
de catalogação cooperativa, visando a agilização dos serviços de catalogação, redução dos custos,
além da difusão dos acervos bibliográficos.
A Biblioteca possui o software de gerenciamento Sophia, que permite a integração dos
acervos e serviços das 3 bibliotecas da UNIFAL-MG, e também disponibilizam serviços de renovação,
reservas e consulta ao catálogo, via web. A Biblioteca também possui um laboratório de informática
(em implantação) com 10 computadores ligados à internet.
8.2. Informatização
A instituição coloca à disposição da comunidade acadêmica um amplo sistema de
equipamentos de informática. O número total de computadores instalados nos campus de Alfenas,
Poços de Caldas e Varginha ultrapassam as 500 unidades. Esses equipamentos se encontram
disponíveis para as atividades administrativas, técnicas e de coordenação nas áreas de ensino,
pesquisa e extensão. Especificamente para o corpo discente, no campus de Poços de Caldas estão à
disposição 04 laboratórios de Informática (02 em fase de implantação), com 40 computadores
instalados em rede em cada um e com possibilidade de acesso à internet. Além destes, há outro
laboratório na Biblioteca (em implantação), com 10 computadores (e com previsão de mais 10
máquinas) em rede, também com possibilidade de acesso à Internet. Há ainda 30 computadores
instalados ou em fase de instalação nas salas de aula, laboratórios e setor administrativo. São
realizadas manutenções preventivas, como política de manutenção dos equipamentos e
acompanhamento das novas tendências com programas atualizados. Ao final de cada semestre é
estudada pelos docentes e pela equipe da tecnologia da informação a viabilidade de implantação de
novos softwares.
Considerando a modalidade de Educação a Distância, a UNIFAL-MG conta com um sistema
chamado de Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Nesse sentido, foi criado o Centro de
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Educação Aberta e a Distância (CEAD) como um órgão de apoio, responsável pela coordenação,
supervisão, assessoramento e pela prestação de suporte técnico a execução de atividades na área
de Educação Aberta e a Distância (EAD).
O CEAD oferece cursos que atendam ao conceito de Educação a Distância como forma de
ensino, que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente
organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou
combinados. O sistema emprega como ferramentas padrão para os cursos oferecidos pela
Universidade a plataforma CEDERJ e o Moodle.
8.3. Recursos Humanos
A seguir estão tabulados os recursos humanos diretos vinculados ao BCT oriundos da
pactuação da UNIFAL com MEC no programa REUNI em termos de corpo docente e técnicos
administrativos em educação, respectivamente, Tabela 8.1 e Tabela 8.2.
Tabela 8.1. Efetivo e Previsão de Corpo Docente
Bacharelado Interdisciplinar em
Ciência e Tecnologia
2009 2010 2010 (Em processo de seleção)
2011 2012 TOTAL
25 2 17 21 21 86
Tabela 8.2. Efetivo e Previsão de Técnicos Administrativos em Educação (TAE)
Campus Poços de Caldas / MG
2009 2010 2011 2012 TOTAL
15 6 20 20 61
Dentre as atividades desenvolvidas pelos Docentes do Instituto de Ciência e Tecnologia, a
Pesquisa exerce papel fundamental pela intensa interação com as atividades de Ensino e Extensão
demandada pelo Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia.
Em função do perfil de formação do Corpo Docente (85% de Doutores e 15% de Mestres), sua
maior parte (78%) participa como Líder de Grupo ou Pesquisador em diferentes Grupos de Pesquisa
registrados no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a saber:
Biotecnologia Ambiental, Limnologia, Matemática Pura e Aplicada, Modelagem de Sistemas
Biológicos, Química de Materiais, Química do Estado Sólido e Tecnologia em Materiais Cerâmicos e
Metálicos.
Aproximadamente três quartos dos Docentes participam ou participaram de Projetos de
Pesquisa nos últimos cinco anos. Desde a implantação do campus de Poços de Caldas vários
Projetos foram aprovados, em grande parte com financiamento de Agências de Fomento:
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A publicação em periódicos internacionais também é significativa, visto que dois terços dos
docentes publicaram pelo menos um artigo em revistas científicas nos últimos 5 anos, demonstrando
a abrangência e qualidade dos trabalhos desenvolvidos pelo grupo. Em periódicos nacionais a
participação também é relevante, já que 41% dos docentes publicaram pelo menos um artigo em
revista nacional no período considerado.
Na Tabela 8.3 estão listados os atuais docentes vinculados ao BCT, suas principais linhas de
pesquisa e o link para acesso ao currículo Lattes.
Tabela 8.3. Corpo docente do BCT e Linhas de Pesquisa (atualizado maio/ 2010)
DOCENTE TITULAÇÃO CURRÍCULO LATTES LINHAS DE PESQUISA
Antônio Donizetti Gonçalves de
Souza Doutor http://lattes.cnpq.br/6166
513254973886
• Monitoramento da Qualidade das Águas • Gestão de Recursos Hídricos • Gestão e Planejamento Ambiental
Cássius Anderson Miquele de Melo
Doutor http://lattes.cnpq.br/40020
33080997386
• Modelagem Matemática de Sistemas Biológicos e Ambientais. • Formulação Variacional Mecânica Quântica.
Cláudio Antônio de Andrade Lima
Doutor
http://lattes.cnpq.br/8437877666207311
• Biotecnologia Ambiental • Controle ambiental • Planejamento e gestão ambiental
Daniel Juliano Pamplona da Silva
Doutor
http://lattes.cnpq.br/5866185552901098 • Modelagem Matemática de Sistemas Biológicos
Érica Regina Filletti Nascimento
Doutora
http://lattes.cnpq.br/9684427777093476
• Escoamentos Multifásicos, com ênfase em simulação numérica de Equações Diferenciais Parciais.
Erika Coaglia Trindade Ramos
Doutora
http://lattes.cnpq.br/3240223426976804
• Diagrama de Fases • Biomateriais Metálicos • Tribologia
Fábia Castro Cassanjes
Doutora http://lattes.cnpq.br/1332735257013789
• Vidros e Vitrocerâmicas • Materiais luminescentes
Francisco José Cardoso
Mestre
http://lattes.cnpq.br/8084414227587905
• Paisagem Ecológica e Desenho Ambiental Regenerativo • Planejamento e Gestão Ambiental e Urbana
Gael Yves Poirier
Doutor
http://lattes.cnpq.br/2457188837334937
• Desenvolvimento de novas composições. • Caracterização estrutural de materiais • Materiais luminescentes • Fibras ópticas:
Juliana Maria da Silva Doutora
http://lattes.cnpq.br/3271595159174940
• Dinâmica dos fluidos computacional.
Leonardo Henrique Soares
Damasceno Doutor
http://lattes.cnpq.br/2772229917169523
• Tratamento de resíduos agroindustriais • Desenvolvimento de reatores anaeróbicos • Biotecnologia Ambiental
Marcos de Mendonça Passini
Doutor
http://lattes.cnpq.br/3319101799280232
• Programação Matemática – Não-linear Inteira • Métodos de ensino de lógico em educação
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Marcos Francisco Martins Doutor http://lattes.cnpq.br/4515
924584428591
• Fundamentos, perspectivas e métodos das iniciativas educacionais não-escolares • Mapeamento da Educação Sócio-comunitária
Maria de Fátima Rodrigues Sarkis
Doutora
http://lattes.cnpq.br/7585437619398481
• Pesquisa da Fauna Fóssil do Cenozóico • Estromátolitos do Rio Paraná • Palinologia e Palinofácies do limite Cretáceo • Caracterização e evolução do sistema deposicional do UHE de Furnas
Maria Emília Almeida da Cruz
Tôrres Doutora
http://lattes.cnpq.br/9989867717454257
• Metodologia do ensino de Língua Portuguesa, formação de professores e currículo
Maria Gabriela Nogueira Campos
Doutora
http://lattes.cnpq.br/1741478379427600
• Biomateriais poliméricos e engenharia de tecidos • Polímeros biodegradáveis: • Sistemas de liberação controlada de fármacos:
Neide Aparecida Mariano
Doutora
http://lattes.cnpq.br/0809795245116090
• Corrosão em Materiais • Engenharia de superfície • Caracterização mecânica e microestrutural de metais e ligas • Tratamentos térmicos de metais e ligas metálicas.
Osvail André Quaglio
Mestre
http://lattes.cnpq.br/0789495922564721
• Desmonte de rochas • Flotação
Osvaldo Adilson de Carvalho Junior Mestre
http://lattes.cnpq.br/5591877111730773
• Simulações em alto desempenho • Escalonamento em Sistemas Distribuídos • Grids em Web services
Patrícia Neves Mendes Mestre
http://lattes.cnpq.br/4388226372192591
• Modelos de Regressão não-linear
Paulo Augusto Zaitune Pamplin
Doutor
http://lattes.cnpq.br/7293362176615851
• Limnologia de represas • Ecologia de Invertebrados bentônicos • Limnologia de represas • Invertebrados bentônicos
Rodrigo Fernando Costa Marques
Doutor
http://lattes.cnpq.br/2115942621694174
• Colóides e Materiais Magnéticos • Modificação de superfície de nanopartículas, • Engenharia de superfície de materiais; • Nanopartículas magnéticas • Membranas poliméricas em regeneração de tecidos, • Membranas de celulose com nanopartículas de prata; • Regeneração de tecidos; • Método de Rietveld (DRX)
Rodrigo Sampaio Fernandes
Doutor
http://lattes.cnpq.br/1891058081708811
• Tecnologia em Materiais Cerâmicos e Metálicos • Química do estado sólido
Rodrigo Rocha Cuzinatto
Doutor
http://lattes.cnpq.br/8073303573679522
• Simetrias nas soluções das equações de Einstein. • Teorias de calibre de primeira e segunda ordem. • Covariância Galileana e gravitação.
Roni Antônio Mendes Doutor
http://lattes.cnpq.br/5561521722218883 • Análise Térmica
Sylma Carvalho Maestrelli
Doutora http://lattes.cnpq.br/0216
431851054031
• Desenvolvimento de novos produtos na área de nanocompósitos cerâmicos e cerâmicas • Otimização de processos cerâmicos; • Reaproveitamento de rejeitos do setor cerâmico
Thaís Gama de Siqueira
Doutora
http://lattes.cnpq.br/3240223426976804
• Planejamento da Operação Energética de Sistemas Hidrotérmicos de Potência:
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8.4. Infraestrutura do campus Poços de Caldas
Salas, biblioteca e Laboratórios (Ano de construção - 2009/2010 )
Prédio A – Administração
28 Salas de Professores – 2 em cada sala Professores
3 Salas de Reunião Uso geral
1 Copa Uso geral
2 Banheiros Uso geral
6 Salas Administrativas Uso administrativo
Figura 8.1. Planta baixa do Prédio A - Administração
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Prédio A – Biblioteca
1 Sala de acesso à internet Uso geral
3 Salas Administrativas Uso administrativo
1 Balcão de atendimento Uso administrativo
Espaço para acervo de livros e outros Uso geral
Espaço para estudos individuais e em grupo Uso geral
Figura 8.2. Planta baixa do Prédio A – Biblioteca
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Figura 8.3. Prédio A – Biblioteca - Área de circulação
Prédio B – Salas de aulas
1 Sala para DRCGA
Sala A – 99 alunos
Sala B – 56 alunos
Sala C – 99 alunos
Sala D – 99 alunos
Sala E – 56 alunos
Sala F – 144 alunos
Sala G – 56 alunos
2 Laboratórios de Informática – 50 alunos
4 Banheiros
1 Elevador
2 Salas de apoio
1 Depósito
1 Sala de material de limpeza
1 Sala de elétrica
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Figura 8.4. Prédio B – salas de aula (primeiro andar)
Figura 8.5 Prédio B – salas de aula (segundo andar)
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Prédio C – Laboratórios
Denominação Principais Aulas Práticas
Laboratório Multiusuário I Química Experimental e II
Química dos Elementos
Laboratório Multiusuário II Química experimental I
Bases Exp. Ciências Naturais
Engenharia das Reações Químicas
Laboratório Multiusuário III Bases Exp. Ciências Naturais
Geologia
Fundamentos da Biologia
Mineralogia
Geologia Estrutural
Petrologia
Dep Minerais e Caracterização de Minérios
Laboratório Multiusuário IV Métodos de Análise Químicas
Ecologia Geral e Aplicada
Poluição Ambiental
Laboratório Multiusuário V Fenômenos Mecânicos
Física Moderna
Laboratório Multiusuário VI Fenômenos Térmicos
Fenômenos Eletromagnéticos
Princípios da Eng Química
Laboratório de Ciências da Engenharia I Mecânica de Fluidos
Hidrologia
Laboratório de Ciências da Engenharia II Ciência e Tecnologia de Materiais
Operações Unitárias I
Laboratório da Pós-Graduação Engenharia de Materiais
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Figura 8.6. Plantas baixas dos laboratórios didáticos
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Vista do Prédio Administrativo
Vista dos três prédios em construção
Vista do prédio de Sala de aulas Vista do Prédio de Laboratórios
Figura 8.7. Levantamento fotográfico dos primeiros prédios em construção no campus de Poços de Caldas realizado em (31-05-10).
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9. PROJETO URBANÍSTICO DO CAMPUS DE POÇOS DE CALDAS
O campus Poços de Caldas está localizado na região oeste do município próximo à divisa com
o estado de São Paulo. A gleba destinada à implantação do campus possui uma área total de 50
hectares, com inclinação de 10 a 20% em sua maior parte, e uma parcela com declividade média
entre 5 a 10%.
As obras de infraestrutura urbana e das edificações tiveram início em 2008 para o
atendimento inicial as necessidades do Bacharelado em Ciência e Tecnologia O planejamento da
ocupação futura do campus foi estabelecido do Plano Diretor, determinando a distribuição e usos e as
restrições em relação a tipologia construtiva.
O projeto urbanístico e o Plano Diretor de Ocupação do campus de Poços de Caldas foram
elaborados buscando promover a convivência e interação entre a comunidade acadêmica, e desta
com a sociedade.
Este princípio induziu o estudo do significado da cidade de Poços de Caldas para conduzir
seus signos e valores para dentro do campus, no intuito de evitar que esse novo Campus se
transforme numa ilha isolada destinada apenas aos usuários da universidade. O desfio maior foi criar
um diálogo coerente entre a cidade que irá receber a UNIFAL-MG e o campus que será implantado.
Neste sentido, a conformação espacial foi desenvolvida a partir da analise de aspectos físico-
ambientais, funcionais e sócio-econômicos. A topografia, clima, vegetação e paisagem foram itens
condicionantes do desenvolvimento da proposta, que buscou conciliar as necessidades funcionais
das atividades acadêmicas e a sua interação.
De acordo com o Plano Diretor do Município de Poços de Caldas, aprovado em 2006, o
Campus da UNIFAL-MG de Poços de Caldas localiza-se na “zona de adensamento restrito” (ZAR).
Nesta área a expansão urbana do município está sendo desestimulada, possuindo restrições de
ocupação com intenção de promover a proteção da recarga do aqüífero hídrico e termal, manutenção
e/ou diminuição do escoamento da água superficial, e para tanto impõe também parâmetros
urbanísticos de adensamento restrito.
O terreno é envolvido pela paisagem montanhosa com vistas admiráveis num campo aberto á
margem da rodovia BR 267, que liga a cidade ao interior de São Paulo. O campus será um elemento
de destaque na paisagem, sua topografia do campus favorece a sua visibilidade, sendo visto por
completo pelas pessoas que circulam na rodovia.
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Figura 9.1.. Vista geral da área do campus antes do início das obras
Figura 9.2. Foto de satélite com localização do campus de Poços de Caldas
O projeto de implantação do campus buscou a valorização da cidade de Poços de Caldas,
através da água, das duas árvores que são destaque no terreno e procura também instigar a vinda de
expressões artísticas voltadas para os minérios, que integra a intenção de valorizar a cidade que está
recebendo o campus com a especificidade dos cursos que serão oferecidos, como as Engenharias
Ambiental, Minas e Química.
Uma grande praça de convívio é prevista para demarcar a entrada e se destaca como centro
de congruência para receber todos os usos do campus em seu entorno, estimulando a integração,
ambiência entre os usuários e o espaço e em consonância com o projeto pedagógico do BCT.
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Figura 9.3. Identificação do local da Praça de convívio e vetor de ligação entre as árvores
Em referência a Poços de Caldas, é proposto a colocação da água na grande praça,
remetendo ao ciclo da água, como elemento intempérico formador das rochas e solos. A água cairá
de um elemento vertical construído com rochas e percorrerá a praça até um espelho d’água, no
centro da grande praça, destaque na entrada principal do campus e será palco para um anfiteatro. A
antiga estrada que corta o terreno de norte a sul se transforma numa via de pedestre que ao passar
pelo espelho d’água se integra com o ambiente em forma de deck de madeira.
Figura 9.4. Maquete virtual da praça, no centro o espelho d’água
O fato de trazer para dentro do campus a água como componente principal transforma o
campus num parque universitário, onde a entrada á margem do espelho d’água, faz ligação visual
diretamente com a área esportiva do campus, no ponto mais alto do terreno que se destaca como
mirante, vivência e diversidade.
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Desenhado com o objetivo de estimular caminhadas contemplativas e pontos de encontro dos
usuários além da função de servir de articulação entre os diversos pavilhões, proporcionado pela
topografia menos íngreme, o projeto ressalva o aspecto paisagem e arte no caminho dos minerais,
onde considerou diferentes tipos de revestimentos ou marcos feitos de minerais ao longo do caminho
dos pedestres, que ao mesmo tempo permite a fruição da área de uso cotidiano e sua conexão com
diversos pontos, seja de uso ou de contemplação e pesquisa. Esse eixo privilegia a vista e liga
diagonalmente orgânica todo o campus, com pequenas lanchonetes e praças ao longo do caminho.
Figura 9.5. Identificação Caminho dos minerais e área esportiva
No entorno do espelho d’água, a praça de convívio recebe a Biblioteca, o Restaurante
Universitário, a área de prestação de Serviço, o Museu e o Auditório do campus.
No sistema didático – pedagógico o núcleo básico é o inicio do processo de formação,
estando localizado no centro da área. Dos primeiros anos de graduação, irá em direção às áreas
especificas elaborando um vetor natural de ocupação do terreno ligado ao crescimento do aluno, que
parte do básico em rumo ao específico numa linguagem coerente com a paisagem topográfica.
A área específica envolve o núcleo básico e ganha força no terreno, onde propositalmente
transforma-o num núcleo. Essa essência acomoda o circuito coeso de distribuição do zoneamento e
desenvolvimento intelectual do aluno.
A Administração fica estrategicamente posicionada em local de fácil acesso em relação à
entrada principal e as demais áreas do campus. Sua localização facilita o controle administrativo do
campus. O comércio fica próximo ao local destinado a hospedagem e alojamento e o
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empreendedorismo se centraliza entre o núcleo básico, a área específica e ainda num local de fácil
acesso para receber os visitantes.
A área destinada à moradia faz divisa com a gleba de expansão urbana e área de
hospedagem fica entre a administração e a área de moradia, se destacando na fachada oeste da
gleba.
A área de manutenção e serviço fica próxima ao acesso secundário do campus e teve sua
implantação definida para privilegiar o funcionamento voltado para o abastecimento de água e
energia elétrica, a saída do esgoto e ainda ao estacionamento de Vans.
Figura 9.6. Mapa esquemático de zoneamento de uso do campus
As vias formam um anel entorno de toda ocupação, onde se destaca os dois acessos, o
principal á oeste e o secundário ao sul do terreno, com diversos “cul de sac’ s” que distribui a área de
estacionamento próxima a todas as zonas projetadas.
Naturalmente, a ciclovia interliga livremente diversas áreas do campus junto ao caminho dos
minerais, conformando um percurso contemplativo.
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Figura 9.7. Vista oeste do campus Poços de Caldas da UNIFAL-MG
Figura 9.8. Vista sul do campus Poços de Caldas da UNIFAL-MG
‘ A implantação da primeira fase do campus está em fase final de construção de quatro edifícios
e infraestrutura de acessos, incluindo pavimentação, abastecimento d’água, drenagem pluvial, rede
de esgoto e paisagismo do entorno das edificações. O Bloco A abriga a Biblioteca, administração e
sala de professores. A biblioteca funcionará neste prédio até que seja construído a Biblioteca Central
no espaço destinado para este uso. O Bloco B possui salas de aulas e laboratórios de informática.
Neste prédio funcionará o Departamento de Registro Geral Acadêmico. No Bloco C estão instalados
os laboratórios do BCT, sendo cinco laboratórios multiusuários, dois laboratórios Ciências Ambientais.
Neste prédio também possui um laboratório destinado a pós-graduação. O Bloco D é destinado ao
restaurante universitário, cantina e serviços gerais.
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Figura 9.9. Vista Zoneamento do campus e distribuição dos usos
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Figura 9.10. Localização da Implantação das primeiras edificações (Primeira Etapa)
Está previsto para o segundo semestre de 2010 a ampliação do Prédio B, que receberá sala
de multimídia, laboratórios de informática, mais salas de aula e laboratórios para unidades
curriculares das Engenharias.
O corpo docente, discente e técnicos administrativos e educacionais (TAEs) têm participado
do processo de implantação do campus, inclusive com atividades de pesquisa e extensão que
envolvem questões pertinentes ao campus, em especial o grupo Universidade Sustentável. Esse
grupo visa incentivar a universidade a adotar um Sistema de Gestão Ambiental exemplar, com ações
já em andamento como o programa de neutralização das emissões de dióxido de carbono gerado no
transporte da comunidade universitária e funcionamento da UNIFAL em Poços por meio de plantio de
arvores pela própria comunidade. Aproveitamento de água de chuva, inclusive para composição do
espelho d’água mencionado no projeto de implantação. Gestão de resíduos sólidos, controle de
produtos e resíduos perigosos e incentivo às práticas de produção + limpa.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA FILHO, N. Protopia - Notas Sobre a Universidade Nova. Editora da UFBA, Salvador, 2007.
ALMEIDA FILHO, N. Universidade Nova: Textos Críticos e Esperançosos. Editora UnB e EDUFBA,
Brasília/Salvador, 2007
ANDIFES - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS DIRIGENTES DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE
ENSINO SUPERIOR. Reforma Universitária: Proposta da ANDIFES para a Reestruturação da
Educação Superior no Brasil. ANDIFES, 2004.
BRASIL, Decreto nº 6.096, de 24 de abril de 2007. Institui o Programa de Apoio a Planos de
Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI. Diário Oficial da União, Brasília,
25 de abril de 2007.
DECLARAÇÃO DE BOLONHA - Declaração conjunta dos Ministros da Educação Europeus. Bolonha,
1999.
FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. Indicadores e análises de desenvolvimento humano. Disponível em:
http://www.fjp.gov.br
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em 15 de janeiro de 2010.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOUniversidade Federal de Alfenas - UNIFAL-MG
Rua Gabriel Monteiro da Silva, 70037130-00 � Alfenas - MG
RESOLUÇÃO Nº 12/2010, DE 29 DE JUNHO DE 2010, DO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO (CEPE) DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS -
UNIFAL-MG
O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) da Universidade Federal de
Alfenas � UNIFAL-MG, no uso de suas atribuições estatutárias e regimentais, o que consta no
Processo nº 23087.003186/2010-21, e o que ficou decidido em 136ª reunião de 29 de junho de
2010,
R E S O L V E:
Art. 1º. APROVAR o Projeto Político-Pedagógico do Bacharelado Interdisciplinar
em Ciência e Tecnologia da Universidade Federal de Alfenas � UNIFAL-MG � Campus de Poços
de Caldas-MG.
Art. 2º. REVOGAM-SE as disposições em contrário.
Art. 3º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação no quadro de avisos
da Secretaria Geral e será divulgada no Boletim Interno desta Universidade.
Prof. Paulo Márcio de Faria e Silva
Presidente do CEPE
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOUniversidade Federal de Alfenas - UNIFAL-MG
Rua Gabriel Monteiro da Silva, 70037130-00 – Alfenas - MG
RESOLUÇÃO Nº 017/2011, DE 1º DE JULHO DE 2011
CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO (CEPE)
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS - UNIFAL-MG
O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) da Universidade Federal de
Alfenas – UNIFAL-MG, no uso de suas atribuições estatutárias e regimentais, o que consta no
Processo no 23087.002975/2011-26, e o que ficou decidido em 149ª reunião de 1º de julho de 2011.
R E S O L V E:
Art. 1º. APROVAR a retificação do Projeto Político Pedagógico do Bacharelado
Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia, campus de Poços de Caldas, referente ao oferecimento de
Unidades Curriculares Diretivas a serem consideradas como optativas.
Art. 2º. REVOGAM-SE as disposições em contrário.
Art. 3º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação no quadro de avisos
da Secretaria Geral. Será, também, publicada no Boletim Interno desta Universidade.
Prof. Edmêr Silvestre Pereira JúniorPresidente do CEPE
DATA DA PUBLICAÇÃOUNIFAL-MG
04-07-2011
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Alfenas - UNIFAL-MG
Rua Gabriel Monteiro da Silva, 700 37130-000 – Alfenas - MG
RESOLUÇÃO Nº 056/2011, DE 07 DE DEZEMBRO DE 2011
CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO (CEPE)
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS - UNIFAL-MG
O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) da Universidade Federal de
Alfenas – UNIFAL-MG, no uso de suas atribuições estatutárias e regimentais, o que consta no
Processo no 23087.006713/2011-31 e o que ficou decidido em sua 157ª reunião, de 07 de
dezembro de 2011.
R E S O L V E: Art. 1º APROVAR a alteração na dinâmica curricular do Curso de Bacharelado
em Ciência e Tecnologia para incluir a disciplina “LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais”, como
disciplina optativa livre.
Art. 2º REVOGAM-SE as disposições em contrário. Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação no quadro de
avisos da Secretaria Geral. Será, também, publicada no Boletim Interno desta Universidade.
Prof. Paulo Márcio de Faria e Silva Presidente do CEPE
DATA DA PUBLICAÇÃO UNIFAL-MG
08-12-2011