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PUBLICIDADE Nº 139 • ANO XII • OUTUBRO 2010 • GRATUITO • MENSAL • PROPRIEDADE: TAMANHO DAS PALAVRAS, LDA DIRECTOR: JOAQUIM FORTE PUBLICIDADE www.reporterlocal.com SIGA-NOS EM WWW.FACEBOOK.COM/JORNALREPORTERLOCAL/ EM FOCO | pág. 03 e 04 Vermil diz sim às Novas Oportunidades JOANE | pág. 07 Eleições na JSD já aquecem RONFE | última Quando os alunos chegam drogados à escola CASTELÕES | pág. 13 Piso do recinto de jogos da ADECA custou 24 mil euros VERMOIM | pág. 04 Escola velha fez-se nova ENTREVISTA ANTÓNIO CASTRO | pág.17 e 18 “Presidente da Junta de Ronfe não tem sido humilde com a Câmara de Guimarães”

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Edição de Outubro do Jornal Repórter Local

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Page 1: Repórter Local

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Nº 139 • ANO XII • OUTUBRO 2010 • GRATUITO • MENSAL • PROPRIEDADE: TAMANHO DAS PALAVRAS, LDA

DIRECTOR: JOAQUIM FORTE

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www.reporterlocal.com

Siga-noS em www.facebook.com/jornalreporterlocal/

em foco | pág. 03 e 04

Vermil diz sim às Novas OportunidadesJoane | pág. 07

Eleições na JSD já aquecemRonfe | última

Quando os alunos chegam drogados à escolacaSTelÕeS | pág. 13

Piso do recinto de jogos da ADECA custou 24 mil eurosVeRmoim | pág. 04

Escola velha fez-se nova

ENTREVISTA ANTÓNIO CASTRO | pág.17 e 18

“Presidente da Junta de Ronfe não tem sido humilde com a Câmara de Guimarães”

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REPÓRTER LOCAL • OUTUBRO DE 2010 • 3

MEMÓRIA

Viatura 4-6-9 lugares e Viatura para pessoas com mobilidade reduzida

Serviço permanente: 917 514 596 | 252 991 646

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EM FOCO

Luís Pereira

F e r n a n d o A r a ú j o t e m 3 9 anos e por fa l ta de recur-s o s f i n a n c e i r o s d o s p a i s , quando completou a antiga

quarta classe, teve de abandonar a escola. Hoje tem a ambição de t irar um curso de electromecânica, mas antes, vai ter de fazer o 9.º ano de escolaridade.F e r n a n d o i n t e g r a u m d o s d o i s grupos de quinze adultos que du-r a n t e d u a s h o r a s e m e i a , u m d i a por semana, fazem do salão nobre da sede da Junta de Freguesia de Vermil uma sala de aulas na expec-tat iva de concluirem o 9.º ano de escolaridade. A i n i c i a t i v a s u r g e n o â m b i t o d o programa “Novas Oportunidades” e resulta de um protocolo dos Cen-tros Novas Oportunidades (CNO) do concelho de Guimarães com as r e d e s s o c i a i s i n t e r - f r e g u e s i a s e algumas autarquias locais.No caso de Vermil , a responsabil i-dade da formação é do CNO da As-sociação de Municípios Vale do Ave

sendo Marisa Faria a profissional de RVCC (Reconhecimento, Validação e Certif icação de Competências) e elemento da equipa pedagógica. “O meu dia precisava de 48 horas!”, desabafa Susana Resende, empre-s á r i a d e 3 4 a n o s q u e , a p e s a r d a vida atarefada, tem feito o esforço semanal de ir às aulas.O o b j e c t i v o p r i n c i p a l é c o m u m a t o d o s o s a d u l t o s : t i r a r o 9 . º a n o de escolaridade. Durante estes pri-meiros três meses, os formadores e a técnica de RVCC encontram-se a desocultar as experiências de vida de cada um para depois darem ini-

cio à formação. A turma terá quatro áreas de aprendizagem: Linguagem e Comunicação, Cidadania e Em -pregabil idade, Matemática para a vida e Tecnologias de Informação e da Comunicação. Cada uma terá u m a c a r g a h o r á r i a d e 2 2 h o r a s . O tempo de conclusão do 9 .º ano dependerá de cada aluno: no limite, um ano será o bastante para obter o diploma.Marisa Faria observa que o grupo de Vermil é a prova de que as “Novas O p o r t u n i d a d e s ” n ã o s ã o a p e n a s para desempregados que recebem subsídio. “Há o preconceito de que só está aqui quem foi obrigado pelo Fundo de Desemprego. Este grupo prova que isso não é verdade: grande parte veio por inic iat iva própria , tem emprego e dos que estão sem e m p r e g o , m u i t o s n ã o r e c e b e m o s u b s í d i o . V ê m p o r q u e q u e r e m ” , refere.José Rodrigues , de 38 anos, con-firma. “Estou cheio de trabalhar no sector do calçado, quero mudar e para isso é preciso aprender”, disse ao RL. (Cont. na pag. 4)

Vermil não desperdiça Novas Oportunidades

Cerca de 30 adultos

tentam obter o novo ano

de escolaridade, nas

Novas Oportunidades,

na sede da Junta de

Freguesia de Vermil

“Às quintas venho para aqui aprender, às terças vou tirar um curso de voluntaria na Cruz Vermelha e tenho outros dias da semana em que faço natação e curso de computadores”. Joaquina barbosa, 65 anos, reformada.

Sede da Junta de freguesia funciona como “sala de aulas” para cerca de 30 alunos

Joane

cno Da SecUnDÁrIa entreGa DIploMaSa escola Secundár ia de Joane entrega no dia 5 de novembro, pelas 19h00 horas , os diplomas aos adultos cert i f icados no âm-bito das novas oportunidades. no caso, são adultos abrangidos pe lo processo de Va l idação e cert i f icação de competências d e n í v e l b á s i co e s e c u n d á r i o e d o s c u r s o s d e e d u c a ç ã o e formação de adultos . a cer imónia , integrada no 27º aniversár io da escola , contará com a presença de represen -t a n t e s d a a g ê n c i a n a c i o n a l para a Qual i f icação, Direcção Regional de educação do norte e d a c â m a r a d e fa m a l i c ã o , entre outros .“ Trata-se de um evento de s ig-ni f icat iva importância para os adultos que v iram na poss ibi l i -dade de f requência de percur-sos educat ivos- format ivos no campo da educação e formação d e a d u l t o s o a b r i r d e n o v a s oportunidades de formação e qual i f icação” , refere a direcção do estabelecimento de ensino de Joane.

Page 4: Repórter Local

4 OUTUBRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

Um milhão de adultos vol tou à escola para adquir i r conhecimentos . Para reaprender a aprender. Para re-conhecer, s intet izar e aumentar as suas qual i f icações . Vivemos tempos de cr ise . cr ise de valores na organi-zação e funcionamento da sociedade. cr ise f inanceira e económica . cr ise no emprego. cr ise na organiza-ção pol í t ica e democrát ica . cr ise no mundo. cr ise na europa . cr ise em Portugal . cr ise que s igni f ica o f im da era industr ia l – a indústr ia como fonte mass iva de emprego tem os dias contados – e o in íc io de um novo c ic lo , que uns dizem ser sociedade das tecnologias de informação e outros sociedade do conhecimento.as s i tuações de cr ise têm em s i mesmo dois e lemen-tos contraditór ios : - o r i sco de retrocesso ou per igo de morte de um s is tema ou de uma organização; - a oportunidade de renovação ou de re invenção de no-vas formas de ser e de exis t i r.as s i tuações de cr ise podem, de facto, ter resul tados antagónicos : a empresa atacada por uma cr ise tan-

to pode acabar por fechar, como aproveitar a cr ise para se renovar, encontrar novas formas organizat ivas e novos mercados ; o doente que sofre uma qualquer cr ise , tanto pode morrer, como ser operado e recu-perar forças e v ida que já não t inha ; o país em cr ise tanto pode desfa lecer e piorar a sua s i tuação, como ganhar coragem, dar as mãos e recuperar para enfren-tar os desaf ios do futuro.Uma das causas da cr ise estrutural do nosso país tem a ver com baixa qual i f icação académica e prof iss ional dos portugueses . os nossos índices no campo da edu-cação são, há muitos anos , dos mais baixos da europa .neste contexto o Programa novas oportunidades , in-dependentemente de não ser perfe i to e conter f ragi-l idades , é g lobalmente muito posi t ivo. Quando passar o tempo e forem esquecidas os pormenores da gover-nação… o governo actual i rá ser justamente lembrado pelo papel desempenhado no retorno dos adultos à escola .

J oaquina Barbosa, o elemento m a i s v e l h o d a t u r m a ( t e m 65 anos) , reformada, é um exemplo de vital idade. “Às

quintas venho para aqui aprender, à s t e r ç a s v o u t i r a r u m c u r s o d e voluntariado na Cruz Vermelha e t e n h o o u t r o s d i a s d a s e m a n a e m que faço natação e curso de com-putadores” , desf ia a sexagenária. Joaquina já tentou convencer umas quantas amigas a v i rem com e la , mas sem sucesso. Alheia às crít icas das amigas, a reformada está segura do que quer.“As pessoas dizem-me que já não

tenho idade para matar a cabeça c o m i s t o . A v e r d a d e é q u e q u e m n ã o v e m p a r a a q u i é m a i s b u r r o do que eu”, atira.Ao lado, o colega de turma Miguel O l i v e i r a , 3 3 a n o s m a i s n o v o q u e Joaquina, é mecânico de profissão e vive em Ronfe. Confessa que no t e m p o d e e s c o l a s e m p r e f o i d e -s interessado. “Não gostava nada d e e s t u d a r ! ” , a d m i t e . P a s s a d o s a l g u n s a n o s , s o u b e r e c o n h e c e r a i m p o r t â n c i a d o c o n h e c i m e n t o . “Agora quero aprender!”, assegura.Segundo Marisa Faria, ao contrá-rio das Novas Oportunidades que permite a conclusão do 12 .º ano, a percentagem de desistência nos

formandos que frequentam a for-mação para a obtenção do ensino básico, não é grande. O grupo de Vermil não quer fugir a esse registo e todos estão seguros que levarão até ao f im a formação.R o s a S i l v a e s t á c o n v i c t a d i s s o m e s m o . D e s e m p r e g a d a d e u m a confecção e a receber o subsídio de desemprego, Rosa assegura que e s t á d e l i v r e v o n t a d e . “ O f u n d o d e d e s e m p r e g o n ã o m e o b r i g o u , estou cá porque quero agarrar esta oportunidade”, diz. A formação decorre às terças com um grupo de tarde,e às quintas com um grupo à noite, com o qual o RL fez esta reportagem.

A inic iat iva que acontece em Vermil , repete-se na região em Airão Santa Maria e Airão S. João através do CNO da AMAVE com a mesma equipa pedagógica.Segundo Marisa Faria, apesar de muito próximas geograficamente, os grupos que existem em Vermil não são iguais aos das outras freguesias.“Em Airão S. João o grupo da tarde é composto só por desem-pregados. São pessoas muito jovens que têm uma escolaridade inferior ao grupo de Vermil (4.º ano). Vêm também por vontade própria embora se note que são pessoas menos esc larec idas q u a n t o a e s t e p r o c e s s o , m a i s e n q u a d r a d a s n u m p e r f i l d e pessoas menos urbanas, ao contrário do que encontramos em Vermil”, refere.

“Estou cá porque quero agarrar esta oportunidade”

Luís Pereira

VerMIl • noVaS oPoRTUniDaDeS

Tempos de OportunidadeoPiniÃo

eM Foco

CUSTÓDIO OLIVEIRAConsultor de Comunicação; Presidente da Associação Teatro Construção de Joane

“Quando era mais novo não gostava nada de estudar. agora quero aprender!”. miguel oliveira , 32 anos, mecânico

VeRmoim

a VelHa eScola De aGra MaIor FeZ-Se noVao p r e s i d e n t e d a c â m a r a d e fa m a l i c ã o i n a u g u ro u , n o d i a 25, a ampliação e modernização d a e s c o l a d e a g r a m a i o r e m Vermoim, um invest imento de 415 mil euros que engloba , além do edif ício, cozinha , mobil iário e mater ia l d idáct ico.a ampl iação permit iu dotar a escola de uma nova sala de aula , uma bibl ioteca escolar, novos espaços de recreio e um refe i-tór io . Recorde-se que poucos dias antes , os pais protestaram junto à escola contra a fa l ta de professores . armindo costa af i rmou-se “or-gulhoso” pela obra e sa l ientou o aproveitamento do edi f íc io . “esta escola é um exemplo em que o velho se fez novo”, referiu o autarca .X a v i e r f o r t e , p r e s i d e n t e d a Junta , considerou tratar-se de u m a o b r a “ m o d e r n a , f i d a l g a e a r e j a d a ” . J á a l f r e d o l i m a , presidente do agrupamento de escolas bernardino machado, s a l i e n t o u a c o o p e r a ç ã o e a junção de esforços . “com estas obras , ex istem con-dições para que aqui se faça um t ra b a l h o d i f e r e n t e , d e m a i o r qual idade em que a educação s a i a va l o r i z a d a ” , a f i r m o u a l -fredo l ima .no tota l , entre invest imentos do governo e da câmara , fa-m a l i c ã o r e c e b e u u m i n v e s t i -mento de 40 mi lhões de euros n o p a r q u e e s co l a r, s e n d o 1 6 mi lhões pagos pela autarquia .

o elemento mais velho do grupo das novas oportunidades de Vermil tem 65 anos. a formação decorre às terças (de tarde) e às quintas (à noite). o Rl falou com os alunos da noite

Novas Oportunidades também nas sedes de Junta de Airão S. João e Santa Maria

Page 5: Repórter Local

REPÓRTER LOCAL • OUTUBRO DE 2010 • 5

A importância da imprensa local é grande dada a sua proximida-de das localidades esquecidas pela imprensa regional e nacional. A nível institucional este discurso é conhecido. E surge muito nas al-turas em que a imprensa local até dá jeito para atingir certos propó-sitos.A imprensa atravessa um momen-to de dif iculdade. De resto, dirão os leitores, não é só a imprensa mas a generalidade da população, t irando meia dúzia de mil ionários que sorriem, como sempre, à crise. Os jornais locais atravessam um período de sérias dif iculdades. Há notícias de fechos, de dif iculda-des, de mudanças de propriedade que espelham essa realidade. A publicidade diminui em tempo de crise - fazendo-se ouvidos mou-cos à tese dos especial istas segun-do a qual é em tempos de crise que se deve apostar nela. Certas instituições concelhias, pa-gas com impostos de todos, não ajudam. Continuam a optar pela publicidade nos meios nacionais ou nas revistas “da moda”, como se freguesias como Ronfe, Vermil Airão S. João, e outras, não con-tassem muito.

Os jornais mais pequenos servem para noticiar iniciativas dessas instituições mas não servem para receber os seus anúncios! Assim a imprensa local definha. Sobrevive a custo, f icando em risco o seu papel fundamental de proximidade das localidades mais afastadas dos centros de decisão.

Ronfe foi notícia, há dias, por causa de um daqueles casos que nos devem deixar a todos preocu-pados. Não sendo caso inédito, a notícia de que cinco alunos, com idades entre os 13 e os 15 anos, chegaram à escola EB 2,3 “droga-dos com haxixe” (como foi noti-ciado) deve deixar-nos alerta. Não só os pais e familiares dos alunos envolvidos mas todos nós. Por outro lado, seria muito mais animador que Ronfe fosse notí-cia nos jornais nacionais por ou-tros motivos. Mas já sabemos: as “terrinhas” esquecidas por aqui na “província” só surgem no al inha-mento noticioso quando há san-gue ou para um certo jornalismo “exótico-nostálgico” muito rico em descrições de carros de bois e pastores guardadores de vacas e com poucos sonhos.

EdiTORiAL

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NOVAS OPORTUNIDADESas novas oportunidades conti-nuam a mobilizar cidadãos que querem retomar os estudos in-terrompidos há muitos anos. neste número, fomos a Vermil.

ANTÓNIO CASTROfoi vereador, vice-presidente da câmara com o poderoso pe-louro do Urbanismo; hoje, diz-se “retirado da política” mas sempre atento ao que se passa na terra onde vive, ronfe, e na sede do concelho.

LOJA SOCIALa primeira loja Social do con-celho de famalicão foi inaugu-rada em joane, na Habitorre. Trata-se de uma resposta aos problemas sociais, numa altura marcada pela crise, que envol-vem autarquias e empresas.

ADECA CASTELÕESa associação Desportiva de castelões, única associação desportiva da freguesia, viu fi-nalmente concretizada uma as-piração de longa data: um novo piso no seu recinto de jogos. custou 24 mil euros.

JSD JOANEas eleições não estão marcadas, mas já aquecem, com notícias de que a JSD não cumpre os es-tatutos no que toca à duração de mandatos e com a revelação de que um dos possíveis candi-datos não consta dos cadernos da Jota.

REPúbLICA DOS TESOSo i Passeio de gingas organiza-do pela República dos Tesos de airão S. joão juntou cerca de 100 pessoas.

PROTAgOnisTAs

repórter local | propriedade e editor - tamanho das palavras, lda, rua das Balias, 65, 4805-476 Stª Mª de airão | telefone 252 099 279 e-mail [email protected] | Membros detentores com mais de 10 % capital joaquim Forte, luís pereira | Director joaquim Forte ( [email protected]) | redacção luís pereira ([email protected]) | paginação Filipa Maia | colaboradores ana Margarida cardoso; custódio oliveira; elisa ribeiro; joão Monteiro; analisa neto; emília Monteiro; luís Santos; Sérgio cortinhas; luciano Silva; joana cunha; Miguel azevedo; antónio oliveira | Impressão Gráfica Diário do Minho | tiragem 4000 ex. jornal de distribuição gratuita | Distribuição: alberto Fernandes | registo IcS 122048 | nIpc 508 419 514

Da importância da imprensa local

JOAQUIM FORTE

UM BLOGrosamoliveira.blogspot.como blog da atleta Rosa oliveira, de Joane, dá conta das várias provas em que participa a atleta joanen-se. além disso, já fez eco da asso-ciação-escola de atletismo Rosa oliveira com sede em Joane. “Um sonho que se tornou rea-lidade para mim e para os meus colegas de direcção. em breve darei mais notícias sobre o início das aulas para as crianças, no pa-vilhão das piscinas municipais de Joane”, escreve Rosa oliveira.

PAG. 17,18ANTÓNIO CASTROo antigo vice-presiden-te da câmara munici-pal de guimarães, em entrevista ao Rl , fala de Ronfe, a terra onde vive há 20 anos, tecen-do ataques ao autarca local, Daniel Rodrigues.

REPÓRTER LOCAL • OUTUBRO DE 2010 • 17

“CANDIDATO DO PS NÃO

ESTEVE PREPARADO”

O senhor está reformado da vida política?

Aposentado. Nunca se deve dizer nunca mas

estou retirado da vida política . Saí quando

entendi que o devia fazer, enquanto era de-

sejado e para não ser empurrado. Posso aju-

dar o PS mas não pretendo intervir.

Domingos Bragança é o melhor candidato

do PS à Câmara?

É muito cedo mas é um bom candidato. Mas

quem se mostra muito cedo fica sujeito a

um maior desgaste. Corre o risco de quan-

do chegar à meta já não ter nada por onde

se lhe pegue. Deve haver prudência . É como

na maratona: é preciso aguentar e escolher a

melhor altura para garantir que se chega em

primeiro à meta . O Dr. Bragança não pode

à partida dizer que é o candidato, inviabili-

zando outras candidaturas que até podem ser

melhores.

O PS desistiu de ganhar a Junta de Ronfe?

O PS não desiste de Ronfe nem de outras fre-

guesias. Com o António Gonçalves (candida-

to do PS em 2005) acho que houve qualquer

coisa que correu mal, não esteve preparado

e isso viu-se no debate (promovido pelo RL ,

em Ronfe). Não soube seleccionar os pontos

a debater. Perdeu o pé. Não teve agilidade

para dar a volta ao adversário.

Que defende para a fábrica Josim?

Não me parece que haja espaço para mais

supermercados. Podia ser uma pequena zona

industrial ou para dar um ar mais urbano a

Ronfe, podia ser um Parque Verde. A Câma-

ra deixava urbanizar numa parte e deixava

uma grande parcela para zona de lazer, até

ao campo de jogos. Aliviava a zona, deixando

a igreja mais visível, e permitia abrir uma via

de ligação à EB 2,3, como chegou a ser es-

tudado, até com um viaduto, aproveitando a

diferença de quotas.

“Daniel Rodrigues

não tem sido humilde

com a Câmara”

ANTÓNIO CASTRO

O antigo vice-presidente da Câmara Municipal de Guimarães fala de Ronfe

Que avaliação faz da vila de Ronfe?

Sinto-me bem, acho que tem todas as condições

para que se possa viver bem, farmácia, posto

médico, escola, centro de dia... Se se concretizar

o Centro Escolar e a Piscina, Ronfe f ica bem

servida no que toca equipamentos.

O que mais gosta da vila?

Qualidade de vida. Até costumo chamar à zona

do Centro de Saúde o nosso Toural! Está ali tudo.

Evoluiu para melhor. Ronfe vivia à sombra da

Casa do Povo e do Posto Médico, não havia ne-

nhuma estrutura atractiva. O grande salto foi

dado com a EB 2,3 Abel Salazar e com a rede

viária e urbana criada à sua volta. Foi um factor

de desenvolvimento.

Está, portanto, a elogiar a Câmara?

A Câmara, essencialmente. Todas estas estruturas

são da Câmara. A Junta faz o papel dela, deve

assegurar que a Vila esteja limpa.

A Junta de Freguesia diz que a Câmara de

Guimarães não tem olhado para Ronfe...

Costumo dizer que o poder é para exercer e não

para exibir . Quando se tem necessidade de o

exibir não se exerce o poder. Essas acusações

do presidente da Junta não são mais nada do

que exibição de poder.

As relações entre presidentes da Junta e

da Câmara são marcadas, pontualmente,

por alguma “estridência”. Isso prejudica

Ronfe?

Como disse, é exibição do poder. E essa postura

prejudica claramente a relação com a Câmara.

Quando precisamos de alguém devemos ser hu-

mildes - atenção que não se trata de humilhação

mas de humildade. Ele (Daniel Rodrigues) não

tem t ido essa humildade, caso contrário não

fazia o teatro que tem feito. A população pode

até não entender essa postura de crispação com

a Câmara.

O que pensa do Campo de Jogos?

Quando se pensa em equipamentos devemos

pensar nos custos da sua manutenção. O projec-

to do novo campo de futebol do Desportivo de

Ronfe foi apoiado pela Câmara de Guimarães,

e bem, porque permite libertar o actual campo

para que a Paróquia construa o Centro de Dia.

Concordo com o campo, mas acho que o clube e

a vila não tinham necessidade de uma estrutura

com aquela dimensão. Mas é típico dos portu-

gueses, gostámos de exibir. Passa-se o mesmo

com as Juntas. Para uma sede bastam 50 metros

quadrados, mas não há Junta que não queira um

edifício enorme; depois não sabem o que fazer

deles e não têm dinheiro para a manutenção.

Ronfe precisa de uma piscina?

Há que pensar bem, caso contrário vamos ter

uma espécie de SCUT. O país está como está

porque tem gasto acima das possibilidades, não

podemos continuar com essa lógica. Se me dessem

a escolher, entre Piscina e Centro Escolar, não

hesitaria: Centro Escolar!

Sendo a Câmara a principal financiadora

desses projectos, não deveria alertar, evitar

esses desvarios?

Acho que tenta fazer isso, mas é difícil, porque

depois vem a questão da comparação. Cada fre-

guesia quer fazer mais e maior do que o vizinho

do lado. De outra forma nem a Junta nem o povo

ficam satisfeitos. É um problema de concepção

do nosso povo, gostamos da exibição, da vaidade.

Isso tem-nos levado muito dinheiro.

A Junta deve ficar na Casa do Povo?

Sim, é a única e melhor forma de rentabilizar e

de aproveitar aquele imóvel central e de valor

patrimonial e sentimental. É pena que esteja a

degradar-se. Deve haver um acordo entre todas

as partes l igadas à Casa do Povo para que a

recuperação seja possível. (cont. pag 18)

Redacção

ELEIÇÕES EM RONFE

ENTREVISTADÊ-NOS A SUA SUGESTÃO

Se acha que há pessoas que deveriam ser entrevistadas pelo RL,

envie-nos a sua sugestão para [email protected]

ANTÓNIO CASTRO

67 anos, aposentado. Nasceu em Lordelo.

Vive em Ronfe há 20 anos. É casado e

tem dois filhos. Foi presidente da Junta

de Creixomil (1976), vereador na Câmara

Municipal de Guimarães, primeiro com

Manuel Ferreira , depois com António

Magalhães, até 2005. Foi também admi-

nistrador da empresa inter-municipal

Vimágua.

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Page 6: Repórter Local

6 OUTUBRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

FÓRuM

O qUE SE DIzA FRASE DO MÊS

“não falo para moucos”frase atribuída a carlos Rego, eleito PS na assembleia de freguesia de Joane, se-gundo relato da bancada do PSD

“em tempo de crise, câmara (de Fa-malicão) investe em revista do porto”Título de primeira página, jornal o Povo famalicense

“alunos chegaram drogados à escola. caso ocorreu em ronfe, no passado dia 12”Título do jornal comércio de guimarães

“o desemprego desceu, em Fama-licão, entre os meses de agosto e Setembro. Segundo números do Boletim estatístico do emprego/De-semprego do Governo civil de Braga o mês de Setembro regista menos 130 desempregados”www.opovofamalicense.com

acabaram-se os jantares, como o de natal, pagos pela câmara de Guima-rães. o apertar do cinto chega aos passeios para idosos, que poderão continuar a dar umas voltas mas te-rão de levar a merenda de casa”.Jornal de notícias

“cavaco dedicou 60% do discurso de recandidatura a afirmar a sua isenção, imparcialidade, seriedade, transparência e ética. É capaz de ser por saber que há grandes dúvidas - para não dizer certezas - sobre essa matéria”.fernanda câncio, www.jugular.blogs.sapo.pt

“Que se venda o dr. teixeira dos San-tos, o pior ministro das Finanças da europa, segundo o “Financial times”. nem que tenhamos que pagar uns milhões a quem nos fique com ele, em dois orçamentos já os teremos re-cuperado.”manuel antónio Pina, Jn

“estamos à espera de um salvador numa esquina qualquer que virá certamente da televisão (...) os po-pulistas governam mal. o que é um risco para a democracia»Pacheco Pereira, TSf

Decotes e roupa interior à mostra dão direito a multa

Violaram-lhe o burro e o dono decidiu matar o violador

Em Castellammare di Stabia,em Itália, foi aprovada uma nova lei para multar m u l h e r e s q u e u s e m r o u p a d e c o t a d a ou mini-saia e todos os que disserem palavrões na rua. A le i prevê multas até 500 euros. O novo regulamento define coimas entre os 25 e os 500 euros para quem andar de fato de banho pelas ruas, for apanhado a dizer palavrões em lugares públicos ou usar vestidos demasiado curtos.Não será também permitido usar cami-sas que mostrem o sutiã ou calças de cintura descida. Fonte: Expresso

A Polícia Judiciária de Coimbra revelou que já foi detido o presumível homicida de ‘Ja ime Ovelha ’ , o a legado v io lador de animais , morto à porta de casa em Proença-a-Velha a 19 de Setembro.O s u p o s t o h o m i c i d a , d e 7 0 a n o s , é o dono de um burro que alegadamente foi violado por Jaime Ovelha. Revoltado com a violação do seu burro, o dono decidiu fazer justiça pelas suas próprias mãos, agredindo até à morte o alegado violador do animal. Segundo a PJ, a vítima terá sido morta com “um instrumento corto- -perfurante”.Fonte: Correio da Manhã

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HÁ PeQUenaS coiSaS (à partida insig-nif icantes) que nos f icarão para sempre na lembrança . Ref iro-me, neste caso, a misturar coca-cola com 7Up.ToDoS oS DiaS, no f inal do jantar, sa-ímos. Rua abaixo até ao café central .PeRgUnTaVa-me se já t inha feito os deveres, principalmente os de matemá-tica e, não raras vezes, perguntava-me a tabuada . outras vezes perguntava-me as dinastias ou os rios.enTReTanTo, chegávamos ao café, cumprimentava as mesmas pessoas que ele, que sempre diziam que eu já esta-va um homenzinho e perguntavam se já t inha “moça”. eu teria os meus sete ou oito anitos.ficÁVamoS ao balcÃo. eu pedia uma coca-cola e ele uma 7Up. mal as bebi-das eram postam no balcão, ele fazia questão de misturá-las para que a co-ca-cola não me tirasse o sono e fazia questão de que eu prometesse que não diria ao meu pai o que tínhamos bebi-do, que deveria dizer, caso o meu pai me perguntasse, que tomei um carioca de l imão.

enQUanTo eU SaboReaVa a bebida fresca , ele via as chaves do totobola e do totoloto, via-as com os amigos, jo-gavam em sociedade. Também falavam da passarada e dos cães de caça .ao SeR noVe e meia , pagava e vínha-mos nós, rua acima , até casa , numa tentativa de chegarmos antes do meu pai, para que, quando ele chegasse, me visse de pijama vestido, pronto para ir para cama .ia PaRa o meU QUaRTo mas acabava por me escapar para dormir com ele. eu falava muito, al iás, ainda falo e, então, ele dizia-me que o primeiro a adorme-cer, no dia seguinte, teria uma coca-cola ou uma 7Up. e adormecíamos…e aSSim foi, até ao dia em que lhe foi diagnosticado um cancro que o levou, em cerca de um ano, há cerca de uma década…nÃo É QUe, hoje em dia , goste muito de coca-cola com 7Up, mas, de vez em quando, arrisco-me a tragar esse sabor, na i lusão de, quem sabe, abrir os olhos e estar ao balcão do café central ao lado do meu avô antónio.

memÓRiaS De cafÉ

coca-cola com 7UpANTÓNIO SOARES

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REPÓRTER LOCAL • OUTUBRO DE 2010 • 7

joane • PolÍTica

A s eleições para o núcleo da JSD de J o a n e a i n d a n ã o têm data marcada

mas já estão a provocar po-lémica. O actual presidente, Luís Fernandes, poderá ter concorrência por parte de S i m ã o S o u s a , u m j o v e m militante que, contudo, não consta dos cadernos eleito-rais da JSD, segundo Hélder Costa, presidente da Jota concelhia. O u t r o p r o b l e m a c o m q u e se depara Luís Fernandes é o facto de a JSD de Joane estar a violar os estatutos n o q u e t o c a à d u r a ç ã o d e mandatos do núcleo. O artigo 15.º impõe apenas um ano, mas em Joane, a jota tem cumprido mandatos de dois anos. Confrontado com esta

evidência, Luís Fernandes, mostrou-se surpreendido. “Em Joane, sempre foram de dois anos”, confirmou. Já Hélder Costa, presidente da JSD famalicense (que marca as eleições para os núcleos) atribui este incumprimento à dificuldade na formação, mas defende Fernandes. “Parece haver interessados, sabe-se lá porquê, em fazer do Luís um bode expiatório. E l e f o i “ e m p u r r a d o ” p e l a anterior comissão política e teve que liderar pratica-mente sozinho o núcleo”, diz, adiantando que a concelhia apoiará o actual presidente. Quanto a Simão Sousa, Hél-der Costa revela que o nome deste jovem joanense não consta da últ ima l istagem de militantes. A s q u e z í l i a s e n t r e S i m ã o Sousa e Luís Fernandes não

são de agora e agudizaram-se aquando das últ imas elei-ções para a concelhia . Na a l t u r a , S o u s a a p o i o u R u i S a n t o s , q u e p e r d e u p a r a Hélder Costa por escassos votos. O agora presidente da concelhia contou com o apoio de Luís Fernandes, o que terá valido ao joanense o cargo de vice-presidente.Numa campanha “quente”, a s d i v e r g ê n c i a s e n t r e o s dois militantes subiram de tom. Um dos episódios foi a recusa da facção de Simão Sousa em entregar a Luís Fernandes a password de a c e s s o a o b l o g u e d a J S D Joane, alegadamente, por recear que este quisesse usar o blogue para apoiar a lista de que fazia parte. Após as eleições concelhias e a posse da actual comis-são política do PSD Joane,

r e a l i z o u - s e u m a r e u n i ã o para aproximar os dois mi-litantes com vista a formar uma lista conjunta. Foi sol de pouca dura.Luís Fernandes é presidente da JSD desde Maio de 2008. Ao RL, assegurou que não é certa a recandidatura (“es-tou a meditar”), embora em Julho (quando não se falava de outra lista) não escondes-se tal desejo. Simão Sousa, 19 anos, remeteu comentá-rios para mais tarde, mas na sua página do Facebook já confessou estar “super feliz c o m n o v a p e r s p e c t i v a d e trabalho” na JSD de Joane.A incerteza tem pesado no agendamento das eleições, previstas para o Verão, sen-do o mais provável que se realizem depois do congres-so nacional, em Dezembro, ou já em 2011.

núcleo de Joane viola estatutos quanto à limitação de mandatos. Possível candidato não consta dos cadernos da JSD

Luís Pereira

JOANE Internado por desacatosPor ordem do tribunal, foi inter-nado no Hospital Psiquiátr ico M a g a l h ã e s L e m o s o j o v e m d e 2 5 a n o s q u e e m J u n h o e s t e v e envolvido no apedrejamento das instalações da GNR de Joane.O indivíduo voltou a provocar d e s a c a t o s n a m a d r u g a d a d e 1 8 d e O u t u b r o , d e s t a v e z n a r e s i d ê n c i a o n d e m o r a c o m a família. Segundo apurou o RL, os militares foram chamados ao local e encontraram o jovem a ameaçar o i rmão e a mãe com u m a f a c a . N a t e n t a t i v a d e o d i s s u a d i r , t a m b é m o s m i l i t a -r e s f o r a m a m e a ç a d o s . A G N R d e J o a n e a c a b o u p o r d e t e r o h o m e m , t e n d o o T r i b u n a l o r -denado o seu internamento no Hospi ta l de S . João do Porto , onde, posteriormente, recebeu o r d e n s d e i n t e r n a m e n t o n a ala de psiquiatr ia do Hospital

Magalhães Lemos. Trata-se de um indiv íduo que f o i d e t i d o p e l a G N R , e m J u -n h o , d e v i d o a d e s a c a t o s n u m bar joanense. Na sequência da detenção, um irmão deslocou-s e a o q u a r t e l , a c a b a n d o p o r a r r e m e s s a r p e d r a s c o n t r a a s insta lações da GNR, part indo dois vidros (foto), e amolgando a porta.

Eleições na JSD já aquecem

LOCALidAdEs

PUBL

ICID

AD

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Luís Fernandes, 21

anos, líder da JSD

Joane, diz que está

“a meditar” sobre

uma recandidatura

ao cargo

PASSA-SEcaFÉ SnacK-Bar eM VerMoIMa FUncIonar - tlF: 252 113 056

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8 OUTUBRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

bREVE

a JSD de Vermil quer ouvir e discutir as ideias que os jo-vens entre os 18 e os 28 anos têm para a sua terra . Para tal, organiza no próximo dia 20 de novembro, das 14h00 às 18h00, na sede da Junta lo-cal, uma iniciativa política para “estimular a juventude de Vermil a discutir a politica jovem na freguesia”, segun-do marçal mendes, elemento da JSD local. Do debate com os jovens, a organização de-seja que resultem propostas que possam ser incluídas no plano e orçamento da Jun-ta . apesar de ser organizada por uma estrutura partidária , marçal mendes quer envolver todos os jovens da freguesia .

localIDaDeS

PUBL

ICID

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A “República dos Tesos” de Airão S. João realizou, a 17 de Outubro, o I Passeio de “Gingas”. O “Gingatesos” reuniu cerca de 100 participantes e contou com duas al-ternativas de percurso, ambas em território da freguesia. “Proporcionou a todos uma manhã desportiva com paisagens fantásticas e alguns trilhos atrevidos”, refere a organização. “O balanço é bastante positivo, os objectivos estipulados foram ultrapassados”, assegura a organização que pretende repetir o evento.

aIrÃo S. joÃo

Passeio de GingasVerMIl • PolÍTica

Jsd QuER idEiAs dOs JOVEns

lUíS FernanDeStlM 968 429 487automóveis e peças usadas MercedesImportação/exportaçãoGranDe StocK De peçaS MerceDeS 190 e claSSe c

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REPÓRTER LOCAL • OUTUBRO DE 2010 • 9

Outubro

O PANDA VAI À ESCOLAO espectáculo “Panda vai à Escola”, no Multiusos de Guimarães, dia 7 de novembro, com sessões às 11 e 15 horas. O musical conta a história do primeiro dia de aulas do Panda, em que vai apren-der os números, as letras, as cores, de uma forma pedagógica e lúdica.

targino, Flávio Meireles, neno.. . o que há de comum entre estes nomes? estão todos ligados a o V i t ó r i a S p o r t c l u b e d e G u i m a r ã e s . c o m excepção de neno - que já foi guarda-redes do Vitória e do Benf ica - , os restantes estão ainda no activo e são “estrelas” da equipa principal vitoriana . to d o s e l e s e s t i ve ra m , n o d i a 2 5 d e o u t u b ro , e m jo a n e , n a Bibl ioteca escolar “a casa de c a m i l o ” , q u e s e r e v e l o u p e -quena para acolher os i lustres c o n v i d a d o s e a s d e z e n a s d e alunos e professores.os “ vitorianos” deixaram o seu testemunho sobre a importân-cia da educação escolar e, em particular, dos l ivros e da leitura , no percurso de vida de qualquer jovem.a s e s s ã o fo i a n i m a d a . o s co nv i d a d o s p a r t i-lharam as suas experiências pessoais e pro-f issionais, sensibil izando os jovens presentes

para a necessidade de investirem nos estudos.o s j o g a d o r e s d e i x a r a m t a m b é m t e s t e m u -n h o s s o b r e o s l i v r o s q u e m a r c a r a m a s u a v i d a e r e f o r ç a r a m a i d e i a d e q u e a l e i t u r a é e s s e n c i a l a o d e s e n vo l v i m e n t o d a c a p a c i -

d a d e co m u n i c a t i va . po r f i m , não resist iram a responder a questões relacionadas com o s e u d e s e m p e n h o n o V i t ó r i a . Fa l a r a m d o s j o g a d o r e s q u e a d m i r a m , c o m d e s t a q u e e m crist iano ronaldo, sal ientan-do que, apesar de não ter con-cluído o seu percurso escolar, o c ra q u e d o rea l d e M a d r i d , h o j e , c o l m a t a e s s a s l a c u n a s c o m a u l a s p a r t i c u l a r e s , a o

nível das l ínguas estrangeiras. a f e c h a r a p a s s a g e m p e l a e s c o l a d e j o a n e , os três convidados do Vitória presentearam os presentes com uma sessão de autógrafos, s inal revelador do seu mediatismo.

Os “vitorianos” dei-xaram testemunho sobre a importância da educação escolar e dos livros e distri-buiram autógrafos

estrelas do Vitóriaforam à biblioteca

O Facebook é um website de relacionamento social lançado em 4 de Fevereiro de 2004. Tal como outros meios de comunicação social, o RL também aderiu a esta rede. Em menos de um mês já temos mais de 1200 seguidores e amigos. Através do Facebook, o RL publica notícias da edição em papel e outras actualizadas ao momento, mas lança também o debate sobre certos temas. Por exemplo, a entrevista de Adão Fernandes, publicada na edição de Setembro, na qual acusa a Cãmara de não dar a atenção devida a Joane, suscitou vários comentários de seguidores do RL.“Independentemente da cor política, Joane merece mais, muito mais. Armindo Costa (presidente da Câmara de Famalicão) não deveria esquecer-se do número de votos eu teve em Joane”, escreveu Custódio Silva. Tema muito comentado continua a ser o projecto de construção ou renovação do estádio do GD Joane, a que demos destaque em Setembro. José Fernandes escreveu no Facebook que o Campo de Barreiros precisa de melhorias, mas que “na actual conjuntura não faz qualquer sentido” fazer um novo estádio, e que há outras prioridades para “investir num espaço que não seja só para as pessoas associadas ao futebol”.Victor Jorge Oliveira, outro seguidor do RL no Facebook, diz que conhece o actual estádio e defende que “será mais lógico uma remodelação” porque “é mais barato e, para a actual realidade do clube, será a decisão mais acertada”. Por último, e sobre o mesmo assunto, Liliana Machado defende outros investimentos que permitam “o desenvolvimento da região, o que definitivamente não passa pelo novo estádio”, enquanto que Patrícia Mesquita defende investimentos “na cultura, nas estradas locais e na expansão do Parque da Ribeira”.

RL Siga-nos no Facebook

Em menos de um mês, o RL tem mais de 1200 seguidores

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10 OUTUBRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

PEDITÓRIO CONTRA O CANCROA Liga Portuguesa Contra o Cancro vai realizar o peditório nacional nos dias 30 e 31 de Outubro e 1 e 2 de Novembro de 2010, através da organização local dos Grupos de Voluntariado Comunitário.

FESTIVAL TEATRO ATC O grupo “Comédias do Minho”, com o espectáculo “Tem-po Perdido”, abre no dia 5 de novembro (21h30) o XXVI Festival de Teatro Construção de Joane. O festival prossegue a 11 Novembro (15h30) com a peça “História do sábio fechado na sua biblioteca”, do grupo “Pé de Vento”.

baRRoSo e JaRDel, ESTRELAS POR UM DIAna QUaRTa eDiçÃo Da “cHega De boiS”

oRganizaDa Pela aSSociaçÃo De

agRicUlToReS De Ronfe, “baRRoSo”

e “JaRDel” PRoTagonizaRam a cHega

QUe maiS fez VibRaR a PlaTeia.

Barroso e Jardel foram as estrelas de uma tarde de convívio regada com bom vinho da reg ião e acompanhada por pet iscos . C e r c a d e m i l p e s s o a s p a r t i c i p a r a m n a tarde de sábado, dia 16, junto à Casa do Povo de Ronfe, na quarta edição da “Chega de Bois” organizada pela Associação de Agricultores da vi la.A “chega” consiste na colocação de dois a n i m a i s f r e n t e - a - f r e n t e n u m a e s p é c i e d e a r e n a o n d e “ l u t a m ” p e r a n t e o o l h a r do público. Barroso e Jardel foram dois dos c inco bov inos “anf i t r iões” da fes ta e protagonizaram a chega que mais fez vibrar a plateia.Pela primeira vez, a organização juntou

gado caprino ao espectáculo. Desta forma, t rês carneiros a judaram à fes ta e bata-lharam na arena da Casa do Povo.No f im das “chegas”, a organização quis brindar o público com uma surpresa que acabou por revelar-se fracassada. Tudo porque o touro bravo, amarrado por uma extensa corda esperando por cora josos participantes para o desafiarem, acabou por se les ionar , tendo s ido re t i rado da arena.Ao atractivo principal juntou-se um trio de cantares ao desafio que animou a tarde, s u b s t i t u í d o a o f i n a l d o d i a p e l o g r u p o “ T r a d i ç õ e s d o M i n h o ” q u e a s s e g u r o u a continuação da animação musical , desta

Luís Pereira

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REPÓRTER LOCAL • OUTUBRO DE 2010 • 11

MAGUSTO DO GRUPO DANÇAS E CANTARES DE JOANEO Grupo Folclórico de Danças e Cantares de Joane promove no dia seis de Novembro a festa de S. Martinho, junto à Via Inter-Municipal. O programa inclui animação, cantadores ao desafio, bons petiscos, bola de carne, bola com sardinha, feijoada, rojões, castanhas assadas e o bom vinho novo. quem não participar no convívio mas quiser provar da ementa, pode encomendar “para fora”.

Um ano após se ter falado tanto de gripe, em especial da gripe a , já nos encontramos novamente na época da vacinação!antes de mais, é importante per-ceber que, tal como a constipa-ção, é uma doença respiratória , contraída por gotículas inaladas que resultam do contacto próxi-mo ou directo de pessoas, sendo causada por um vírus (que dife-rem na gripe e na constipação). geralmente, a gripe é mais severa e os sintomas são mais duradou-ros e intensos do que na cons-tipação, de onde se destacam a febre, dores no corpo e tosse (sendo que na constipação é mui-to frequente haver congestão na-sal e dor de cabeça). Para evitar o contágio, devem ter-se alguns cuidados, tais como lavar frequentemente as mãos e evitar o contacto próximo com pessoas doentes. Todos os anos a vacina é produzi-da tendo em conta os vírus mais frequentes no ano anterior. a va-cina está indicada em todos as pessoas com 65 ou mais anos, em doentes crónicos (por exemplo com asma, diabetes ou bronqui-

te crónica) ou em imunodeprimi-dos (com as defesas diminuídas) com mais de 6 meses de idade; está também indicada nas grávi-das com mais de 12 semanas de gestação, nas pessoas internadas por longos períodos em institui-ções, assim como em todos os profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados (lares de idosos, designadamente). a vaci-na da gripe apenas confere pro-tecção em relação à gripe, mas não em relação à constipação (resfriado comum). caso sinta que está com gripe, há algumas medidas que pode tomar em casa . Para a dor de cabeça ou febre, pode tomar paracetamol; deve beber líquidos em abun-dância , pois aliviam o desconfor-to da garganta e também a tosse; deve resguardar-se e descansar. Para f luidif icar as secreções pode experimentar inalar vapor de água e para aliviar o congestiona-mento nasal pode usar gotas de soro fisiológico. Para não agravar as queixas, não fume (uma exce-lente oportunidade para deixar de fumar). Se não melhorar, pro-cure o seu médico

HaJa sAÚdEelISa rIBeIromÉDica

GrIpe e VacInaçÃo

v e z c o m a r e c r e a ç ã o d e u m a d e s f o l h a d a q u e s e e s t e n d e u n o i t e dentro. Domingos Sousa, presidente da Associação de Agricultores de Ronfe, mostrou-se surpreendido com o êxi to . “Não podia ter corr ido melhor . De ed ição para ed ição temos juntado cada vez mais público nesta brincadeira que fazemos, o que nos dá ânimo para continuar”, confessou.O dirigente revelou que a iniciativa visa assegurar a continuidade de tradições da terra que, pouco a pouco, tendem a perder-se.

A Associação de Agricultores de Ronfe existe formalmente desde 20o6, embora durante 1 9 a n o s t e n h a f u n c i o n a d o como comissão. Conta com 150 associados, entre agri-cultores e amigos. Além da “chega” anual, a associação p r o m o v e u m a f e i r a f r a n c a e m J u l h o , i n t e g r a d a n a s festas da vi la , que recebeu re ce nt e me nt e o p ré mio d e

melhor concurso pecuário da região, atribuído pelo Hipódromo-Centro de Treinos de Stand Carmo.A corrida de cavalos que outrora realizavam terminou face à falta de espaço, mas o d ir igente assegura que estão previs tas outras iniciativas. “Para Março temos prevista uma garraiada. A ideia é colocar um touro bravo numa arena devidamente vedada e onde o público pode desafiar o animal”, referiu.

A Associação de Agricultores de Ronfe, mostrou-se surpreen-dida com o êxito deste ano e já está a prepa-rar novas iniciativas para Março de 20111

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12 OUTUBRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

Numa altura em que festeja 18 anos, eis que a SIC traz aos nossos ecrãs um programa que muitos celebram com alegria: Ídolos. Os aspirantes a canto-res enchem-se de esperança por poder estar aí uma oportunida-de de ouro para sobressair num difícil e monótono panorama musical português. Os amigos incentivam. As filas para os castings são imensas. Mas vale tudo por um sonho.A “caixinha mágica” é, também ela, um sonho. A TV é isso mes-mo: uma ilusão. Os estúdios não são tão bonitos quanto apa-rentam. Os tectos estão cheios de fios e têm um ar assustador. Os cenários parecem instáveis e a maioria das pessoas que lá es-tão são figurantes pagos. Boce-jam, espreguiçam-se, apanham a seca das vidas deles. Mas quando ligamos a TV, todos am-bicionamos pertencer àquele mundo cheio de glamour. O Ídolos procura agradar se-guindo uma fórmula básica: numa primeira fase, a explora-ção do indivíduo enquanto fon-te de gargalhadas. As primeiras emissões são sobre os castings. E se os “cromos” fizeram parte de todas as edições, nesta foi um exagero total. Enquanto os “cromos” tinham imenso tem-po de antena, as pessoas que realmente cantavam passavam de raspão. O programa parece ser, afinal, para “não-cantores”. O problema é que, depois das emissões dos castings, as audi-ências diminuem. E isso revela bastante sobre o público.Acabada a fase de selecções, te-mos a “fase do teatro”. “Cromos” afastados, pensamos que agora iríamos assistir a uma selecção justa e musicalmente conscien-te, feita por pessoas que perce-bem mais de música do que ou-

tras quaisquer. Porque é que depois passam pessoas a quem o júri, implacavelmente, comu-nica que tiveram uma prestação “miserável” e mandam para casa outras que tiveram prestações que eles consideraram “acei-táveis”, eu não entendo. Mas a sensação que o Ídolos me trans-mite é que é um programa para surpreender - e nem sempre pe-los melhores motivos. Parece que aqui, cantar bem não é sinó-nimo de sucesso: ser mediático, isso sim, é importante. De quem a produtora gostar, para quem as câmaras estiverem mais vol-tadas, são esses que chegarão à última fase. Não importa, para alguns concorrentes, cantar ou não. E mesmo que cantem bem, em raras ocasiões o júri conse-gue ser unânime em relação a um concorrente. É a concreti-zação do velho ditado popular: mais vale cair em graça do que ser engraçado. E é assim que milhares de bons cantores ficam pelo caminho. O Ídolos é um produto vendido ao grande público e que, por isso, procura dar-lhe aquilo que ele quer ver. Não é porque estão interessados em divulgar talen-tos. Os Cd’s e os espectáculos não vendem. Os “cromos” ven-dem. Mesmo os que chegam ao programa final, rapidamente são esquecidos. O Ídolos é um programa de entretenimento, não é um “caça-talentos”, e en-quanto tal, não restam dúvidas que cumpre a sua função.

idolatração

A primeira Loja Social do concelho de Famal icão fo i inaugurada em Joane, no b loco A da Habitorre . Apoiar pessoas carenciadas com bens alimentares, roupa, brinque-dos, calçado, e outros, é o objectivo da Loja Social, que também servirá como espaço de recepção de dádivas. A distribuição dos bens, segundo Sá Machado, será feita essencialmente porta-a-porta, junto das famílias sinalizadas pelos técnicos da comis-são social Inter-Freguesias Joane, Mogege, Pousada de Saramagos e Vermoim. Nesta primeira fase, o projecto só foi possível graças ao

patrocínio de algumas empresas, como a Mabera de Mogege. Sá Machado, presidente da Junta de Joane e da Comissão Social Inter-Freguesias, salientou a importância d a L o j a e m o s t r o u - s e c o n f i a n t e quanto à adesão das populações “com mais vontade de ajudar”. O a u t a r c a l e m b r o u a s s i t u a ç õ e s sociais preocupantes que se vivem na região, principalmente as que decorrem do desemprego. “Ainda c o n s e g u i m o s t e r r e s p o s t a s p a r a os desempregados mas os casais jovens desempregados são casos mais problemáticos”, afirmou.

O Ídolos é um programa de entretenimento. Não é um “caça-talentos”. E enquanto tal, não restam dúvidas que cumpre a sua função.

joane • loJa Social

A primeira do concelho

FESTA DAS BRUXAS EM AIRÃO S. JOÃOO Dia das Bruxas (Halloween) é uma festa que os portugueses adoptaram do modelo original norte-americano. Por cá, festeja-se no dia 31 de Outubro, a partir das 21h30, no bar das Piscinas de Airão S. João.

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REPÓRTER LOCAL • OUTUBRO DE 2010 • 13

Luís Pereira

caStelõeS • eQUiPamenTo

Piso Ade(ca)quadonovo piso do recinto da aDeca custou 24 mil euros, pagos pela câmara e instituições locais

a segunda edição do passeio todo o terreno da associação cultural de Vermoim foi um su-cesso. a acV tem, há um ano, uma secção dedicada a este desporto motorizado, que pro-move várias actividades e tem registado “um incremento signi-ficativo”, segundo carlos azeve-do, dirigente da acV.

joane • aTc

BAsKETos iniciados e cadetes mascu-linos da aTc venceram no bc barcelos por 67-21 e 44-26, respectivamente. nos restantes escalões, a aTc sofreu duas der-rotas em sete jogos. as iniciadas perderam em Vila Real frente à aDce Diogo cão (60-24) e os juniores em casa com o bc bar-celos (54-66). as juniores ven-ceram os dois jogos: na Póvoa de lanhoso frente ao maria da fonte (45-49), e em casa com o bcc basto (65-28). finalmente, as cadetes venceram o cTm Vila Pouca de aguiar por (53-28).

MoGeGe • fUTSal

TRiunFO AdERMa associação Desport iva de mogege venceu o Torneio Qua-drangular do carr i l -e-gosport . a f inal d isputou-se no dia 17 de outubro e a aDeRm venceu (3-0) a equipa do carr i l . no torneio part ic iparam ain-da as equipas do cne-mogege (3 . º lugar) e o grupo Despor-t ivo da carreira (4 . º lugar) . o torneio teve como object ivo a preparação para o campeona-to concelhio que teve in íc io a 23 de outubro.

VerMoIM • TT

TT dE suCEssO

a associação Desport iva de caste-lões ( aDeca ) inaugurou, no pas-sado dia 23 de outubro, o novo piso do r ingue desport ivo da ins-t i tu ição. Trata-se de um invest i-mento de 24 mi l euros , suportado em metade pela câmara municipal de famal icão. o f inanciamento do piso contou ainda com o apoio de a lgumas inst i tu ições da f reguesia , como o centro Socia l da paróquia . Paulo cunha , v ice-pres idente da câmara de famal icão, presente na cer imónia , sa l ientou o esforço da inst i tu ição em procurar parceiros para o projecto. “a conjugação de esforços é deci-s iva para que as obras se jam rea-l idade. a câmara teve vontade de apoiar mas só mediante as suas

poss ibi l idades . cabe às inst i tu i-ções conseguir mais parceiros para ver concret izadas as suas ideias” , refer iu Paulo cunha , reconhecen-do ainda que o piso anter ior ofe-recia “condições indesejadas” .na hora da inauguração, a direc-ção da aDeca traçou novas am-bições , que passam agora pelo reforço da i luminação do pol ides-port ivo. “com este piso deixamos

de ter um espaço que colocava em causa a integr idade f í s ica dos nossos jovens . no horizonte , te-mos novos projectos , como o re-forço da i luminação, que para nós é pr ior i tár io” , refer iu al ice Vie ira , da direcção.francisco Sá , pres idente da Junta de caste lões , sa l ientou o papel da aDeca , única associação despor-t iva da f reguesia , na promoção do desporto e na ocupação dos jo-vens de caste lões . “É grat i f icante ver que os sonhos das nossas associações vão sendo real izados . a aDeca é uma asso-ciação que prova que, com amor, dedicação e t rabalho, é poss ível at ingir resul tados . É com inic iat i-vas destas que podemos dizer que caste lões é uma terra onde dá a le-gr ia v iver” , d isse o autarca local .

Francisco Sá, presidente da Junta de Castelões, salientou o papel da ADECA na promoção do desporto e ocupação dos jovens da freguesia

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14 OUTUBRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

opInIÃo

A p a r t i c i p a ç ã o d a s p e s s o a s n a s actividades das associações parece vir a diminuír ao longo do tempo. Basta ver as assistências dos jogos do GD Joane, a part ic ipação nos vários festivais de folclore e festas religiosas da freguesia ou o número de at le tas do ú l t imo Famal icão/Vermoim-Joane. Há, contudo, excepções que pro-vam que é poss íve l inverter esta tendência. Exemplo muito positivo fo i a mani festação de v i ta l idade d e m o n s t r a d a n a I I F e i r a R u r a l de Joane.J á a q u i e s c r e v i q u e a s a s s e m -bleias de freguesia têm deficit de p a r t i c i p a ç ã o . E l e n q u e i a l g u m a s razões e atribuí responsabil idade

a o p r e s i d e n t e d a A s s e m b l e i a d e Freguesia e ao PS de Joane. Não retiro uma vírgula. Pode fazer-se mais e muito há a fazer, mas não c h e g a . É n e c e s s á r i o q u e a s p e s -s o a s t e n h a m v o n t a d e e e s t e j a m dispostas a participar. R e c e n t e m e n t e e s t i v e e n v o l v i d o na organização e part ic ipei num c o l ó q u i o - d e b a t e p r o m o v i d o p o r um partido onde se discutia o seu papel nas autarquias locais. Dis-cussão interessante e participada mas também uma demonstração de relativamente baixa adesão popu-lar. É certo que era organizado por um part ido , e os part idos , como sabemos, são cada vez menos bem v i s t o s p e l o s c i d a d ã o s . E m b o r a c u s t e a p e r c e b e r p o r q u ê , e s s a discussão f ica para mais tarde.Para já concentremo-nos na cons-tatação de que ex is te ba ixa par-t i c i p a ç ã o c í v i c a . G o s t a v a d e v e r esta tendência invertida. Gostava d e v e r u m a m a i o r p a r t i c i p a ç ã o d o s c i d a d ã o s n a s d i s c u s s õ e s e m torno dos assuntos de interesse da freguesia. Só assim conseguiremos p r o m o v e r u m d e s e n v o l v i m e n t o

verdadeiramente sustentado. V á r i o s i n s t r u m e n t o s p o d e m s e r v a l o r i z a d o s c o m o f o r m a d e a u -mentar e melhorar a participação cívica de todos nós. Isto depende do poder polít ico mas também das populações. O esforço é conjunto e os benefícios serão comuns.U m m e c a n i s m o r e l a t i v a m e n t e r e c e n t e d e p a r t i c i p a ç ã o c í v i c a é a implementação dos orçamentos participativos. Estes orçamentos p e r m i t e m q u e q u a l q u e r p e s s o a apresente projectos que considere s e r e m ú t e i s e b e n é f i c o s , s e n d o realizada de seguida uma votação para encontrar o projecto “vence-

dor” e, portanto, a ser executado. No fundo é um concurso de ideias q u e , a l é m d e p r o p o r c i o n a r u m m e i o i n o v a d o r d e p a r t i c i p a ç ã o popular e de aumentar o “poder” da sociedade civi l , constitui um forte auxíl io à classe polít ica. Ou seja, os cidadãos, além de identificarem o s p r o b l e m a s , s ã o c o n v i d a d o s também a propôr soluções. É uma forma de os políticos altera-rem a maneira como se relacionam c o m a s p e s s o a s , e é , s i m u l t â n e -a m e n t e , u m a f o r m a d e l e v a r a s pessoas a participar.G o s t a v a , p o r i s s o , d e d e s a f i a r a J u n t a d e F r e g u e s i a d e J o a n e a i n o v a r e , j á p a r a o p r ó x i m o orçamento de 2011 , reservar 5% do orçamento à part ic ipação dos Joanenes. Estou confiante que daí sairão ideias muito interessantes e q u e i s s o c o n t r i b u i r á p a r a o desenvolvimento e coesão social , p a r a a p r o x i m a ç ã o e r e f o r ç o d a s r e l a ç õ e s e n t r e p o d e r p o l í t i c o e a sociedade c iv i l . A freguesia de Joane é de todos e com o trabalho d e t o d o s b e n e f i c i a r e m o s t o d o s . Porque não experimentar?

Miguel AzevedoMembro da Comissão Política do Núcleo de Joane do PSD

OPiniÃO

Participação cívica

Os artigos de Opinião são da responsabilidade dos seus autores

Orçamento de Estado ou orçamento do Estádio (GDJ)?

A o q u e p a r e c e o O r ç a m e n t o d o Estado (OE) vai chumbar na As-sembleia da República. Aprovem ou chumbem o que me apetece dizer é que acabem com esta discussão. Estou tão farto, mas tão farto dos telejornais , dos debates televisi-vos, dos comentadores pol ít icos, da polít ica, dos polít icos…. Sabem a sensação de quando enjoamos de uma determinada comida que após isso só o cheiro já nos incomoda? É exactamente o que s into sobre esta interminável novela do OE. Se já estávamos deprimidos agora estamos em depressão profunda. Entramos em coma.M a s n u m a a n á l i s e m a i s c a l m a e ponderada temo que a não apro-v a ç ã o d o O E e , e m p a r t i c u l a r , a

n ã o i m p l e m e n t a ç ã o d e m e d i d a s e f i c a z e s d e c o m b a t e à s i t u a ç ã o c r ó n i c a d o d é f i c e o r ç a m e n t a l , poderá originar um agravamento d o r i s c o d o p a í s i m p o n d o - l h e u m m a i o r c u s t o n o a c e s s o a o c r é d i t o , r e s u l t a n d o i s s o m e s m o num aumento das taxas de juro e, eventualmente, acentuar a queda d a s b o l s a s , a d e t e r i o r a ç ã o d a economia… Enfim, um verdadeiro catacl ismo. Esperemos que não.Mudando de assunto, gostaria de partilhar convosco algumas ideias que tenho sobre o futuro do Grupo Desportivo de Joane GDJ), clube de que fui dirigente vários anos e do qual sou sócio. Lemos frequen-temente, nos jornais, que muitos clubes à nossa volta têm convertido os seus rec intos desport ivos em pisos s intét icos. Ainda a semana passada l i na imprensa local que o Brito irá inaugurar o novo piso no próximo mês de Dezembro. Vários amigos meus me têm falado maravilhas do campo do Ruivães. É inevitável que o GDJ faça esta a d a p t a ç ã o . E n t r e t e r u m m a u r e l v a d o n a t u r a l e u m s i n t é t i c o d e q u a l i d a d e , a d e c i s ã o é f á c i l

de tomar . Mas as vantagens não acabam aqui. Os diversos escalões de formação que o GDJ tem, assim como as escolinhas, podiam de uma forma articulada e organizada usar este recinto para os seus jogos e treinos. O a c t u a l p a r q u e d e s p o r t i v o t e m c o n d i ç õ e s m a i s q u e s u f i c i e n t e s p a r a r e c e b e r u m n o v o p i s o s i n -tét ico, não havendo necessidade de se deslocar para terrenos nas i m e d i a ç õ e s . T a l v e z u m d i a i s s o v e n h a a a c o n t e c e r , m a s p a r e c e -m e q u e n u m c u r t o - m é d i o p r a z o qualquer projecto de deslocação do

parque desportivo, e consequente c o n s t r u ç ã o d e u m n o v o r e c i n t o , não terá acolhimento nem verbas n e c e s s á r i a s p a r a a s u a c o n s t r u -ç ã o . M a s p o d e m o s t r a n s f o r m a r e m e l h o r a r o q u e t e m o s . O G D J terá que ser gradualmente menos c o m p e t i ç ã o e m a i s f o r m a ç ã o . E d i g o - o m e s m o e m r e l a ç ã o à s u a e q u i p a p r i n c i p a l . P o d e r i a s e r formada por atletas vindos ou não da formação, com disponibil idade para treinar depois das aulas ou do trabalho. O escalão ou divisão em que participaria não seria o mais importante. O importante era criar no clube uma identidade própria e um bairrismo que outrora existiu. Era bom que os atletas fossem da terra, ou pelo menos das terras que nos são próximas. A tarefa do GDJ e dos outros clubes à nossa volta é formar at le tas não para serem “craques” da bola mas para serem pessoas a quem o desporto ensinou princípios, regras, sol idariedade e camaradagem.Depois deste tempo todo em “sen-tido”, e mesmo sem a autorização d e v i d a , v o u p a s s a r à f o r m a “ a descansar”, se me é permitido.

“O Grupo Desportivo

de Joane terá que

ser gradualmente

menos competição

e mais formação”

“Desafio a Junta de

Joane a reservar

5% do orçamento

à participação

dos Joanenes”

Luís SantosMembro da Junta de Freguesia de Joane | PS

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16 OUTUBRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

O PSD PÕE A JUNTA DE JOANE EM SENTIDOo PSD de Joane mostra que tem muita queda para o humor. certamen-te inspirado por Ricardo araújo Pereira, francisco fernandes, membro da comissão Política do PSD de Joane, escreveu, a propósito da sessão de 20 de outubro, que “a bancada parlamentar da coligação PSD/cDS-PP esteve em foco, pois colocou questões pertinentes e objectivas que puseram o executivo da Junta de freguesia em “sentido”. Já estamos todos a imaginar o presidente da Junta e companhia de pé, perfilados em sentido prontos para a revista às tropas!

CARTAs ABERTAs CoMeNDADor APAreCIDo

eXMo. Sr. PreSIDeNTe De STª MArIA De AIrÃo

RETIRO ESPIRITUALa foto ao lado foi retirada do site da Junta de freguesia de Joane. ela confirma que, tal-vez para afastar as sombras que por aí pairam, o vice-presidente da Junta de Joane procura retiro em catedrais. e para não haver surpresas em 2013, também lino Ri-beiro se juntou às preces a n.ª Sr.ª de fátima.

Prezado e ilustre autarca. Felicito-o, antes de mais e sem delongas, por aquela pequena maravilha de bucolismo que é a praia fluvial, retiro espiritu-al para bater umas manilhas e desossar umas costeletas gre-lhadas ao som cristalino da água límpida que corre entre margens. Espero que o excelso doutor use do mesmo denodo para resolver aquele imbróglio da capela de Santa Luzia (que alumie sempre os nossos cami-nhos!), que mais parece uma ro-tunda! E olhe que o assunto não se restringe ao rincão materno de Santa Maria de Airão, pois já me chegaram de Joane ecos pre-cisos do desconforto que causa a presença da capelinha ali no coração da via, dando a impres-são, amiúde, de que as portadas se abrirão para receber os bóli-des que circulam a toda a brida! Humildemente, caro autarca, ouso sugerir-lhe uma “santa

aliança” com a Junta de Joane, onde, creia-me, existe gente de bem que partilha dos mesmos propósitos e que estará na dis-posição de atacar este problema de frente. Que Santa Luzia continue a apontar-lhe o caminho, livre de engulhos, e possa eu, que já ver-go ao peso da idade, assistir em vida à dignificação da capela, deixando de ser rotunda. Aceite os melhores cumprimen-tos deste que se assina, Comendador Aparecido

por D. VIRINHA

Ó DEUSES!o vice-presidente da câmara mu-nicipal de famalicão, Paulo cunha, parece unir as mãos numa prece, quiçá numa invocação aos deuses para que o guiem no grande desa-fio que vai ter pela frente, lá para 2013, se se confirmar o que se diz à boca cheia : que será o candidato da coligação PSD-PP à câmara famali-cense. mas é apenas “ilusão de óp-tica”: o vice aplaude a inauguração do novo piso do recinto de jogos da aDeca de castelões.

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REPÓRTER LOCAL • OUTUBRO DE 2010 • 17

“CAndidATO dO Ps nÃO EsTEVE PREPARAdO”o senhor está reformado da vida política?aposentado. nunca se deve dizer nunca mas estou retirado da vida política . Saí quando entendi que o devia fazer, enquanto era de-sejado e para não ser empurrado. Posso aju-dar o PS mas não pretendo intervir. Domingos Bragança é o melhor candidato do pS à câmara?É muito cedo mas é um bom candidato. mas quem se mostra muito cedo fica sujeito a um maior desgaste. corre o risco de quan-do chegar à meta já não ter nada por onde se lhe pegue. Deve haver prudência . É como na maratona: é preciso aguentar e escolher a melhor altura para garantir que se chega em primeiro à meta . o Dr. bragança não pode à partida dizer que é o candidato, inviabili-zando outras candidaturas que até podem ser melhores.o pS desistiu de ganhar a junta de ronfe?o PS não desiste de Ronfe nem de outras fre-guesias. com o antónio gonçalves (candida-to do PS em 2005) acho que houve qualquer coisa que correu mal, não esteve preparado e isso viu-se no debate (promovido pelo Rl , em Ronfe). não soube seleccionar os pontos a debater. Perdeu o pé. não teve agilidade para dar a volta ao adversário.Que defende para a fábrica josim?não me parece que haja espaço para mais supermercados. Podia ser uma pequena zona industrial ou para dar um ar mais urbano a Ronfe, podia ser um Parque Verde. a câma-ra deixava urbanizar numa parte e deixava uma grande parcela para zona de lazer, até ao campo de jogos. aliviava a zona, deixando a igreja mais visível, e permitia abrir uma via de ligação à eb 2,3, como chegou a ser es-tudado, até com um viaduto, aproveitando a diferença de quotas.

“Daniel Rodrigues não tem sido humilde com a Câmara”

anTÓnio caSTRo

o antigo vice-presidente da câmara municipal de guimarães fala de Ronfe

Que avaliação faz da vila de Ronfe?Sinto-me bem, acho que tem todas as condições para que se possa viver bem, farmácia, posto médico, escola, centro de dia... Se se concretizar o Centro Escolar e a Piscina, Ronfe f ica bem servida no que toca equipamentos. O que mais gosta da vila?Qualidade de vida. Até costumo chamar à zona do Centro de Saúde o nosso Toural! Está ali tudo. Evoluiu para melhor. Ronfe vivia à sombra da Casa do Povo e do Posto Médico, não havia ne-nhuma estrutura atractiva. O grande salto foi dado com a EB 2,3 Abel Salazar e com a rede viária e urbana criada à sua volta. Foi um factor de desenvolvimento. Está, portanto, a elogiar a Câmara?A Câmara, essencialmente. Todas estas estruturas são da Câmara. A Junta faz o papel dela, deve assegurar que a Vila esteja limpa.A Junta de Freguesia diz que a Câmara de Guimarães não tem olhado para Ronfe...Costumo dizer que o poder é para exercer e não para exibir . Quando se tem necessidade de o exibir não se exerce o poder. Essas acusações do presidente da Junta não são mais nada do que exibição de poder. As relações entre presidentes da Junta e da Câmara são marcadas, pontualmente, por alguma “estridência”. Isso prejudica Ronfe? Como disse, é exibição do poder. E essa postura

prejudica claramente a relação com a Câmara. Quando precisamos de alguém devemos ser hu-mildes - atenção que não se trata de humilhação mas de humildade. Ele (Daniel Rodrigues) não tem t ido essa humildade, caso contrário não fazia o teatro que tem feito. A população pode até não entender essa postura de crispação com a Câmara. O que pensa do Campo de Jogos?Quando se pensa em equipamentos devemos pensar nos custos da sua manutenção. O projec-to do novo campo de futebol do Desportivo de Ronfe foi apoiado pela Câmara de Guimarães, e bem, porque permite libertar o actual campo para que a Paróquia construa o Centro de Dia. Concordo com o campo, mas acho que o clube e a vila não tinham necessidade de uma estrutura com aquela dimensão. Mas é típico dos portu-gueses, gostámos de exibir. Passa-se o mesmo com as Juntas. Para uma sede bastam 50 metros quadrados, mas não há Junta que não queira um edifício enorme; depois não sabem o que fazer deles e não têm dinheiro para a manutenção. Ronfe precisa de uma piscina? Há que pensar bem, caso contrário vamos ter uma espécie de SCUT. O país está como está porque tem gasto acima das possibilidades, não podemos continuar com essa lógica. Se me dessem a escolher, entre Piscina e Centro Escolar, não hesitaria: Centro Escolar! Sendo a Câmara a principal financiadora desses projectos, não deveria alertar, evitar esses desvarios?Acho que tenta fazer isso, mas é difícil, porque depois vem a questão da comparação. Cada fre-guesia quer fazer mais e maior do que o vizinho do lado. De outra forma nem a Junta nem o povo ficam satisfeitos. É um problema de concepção do nosso povo, gostamos da exibição, da vaidade. Isso tem-nos levado muito dinheiro.A Junta deve ficar na Casa do Povo? Sim, é a única e melhor forma de rentabilizar e de aproveitar aquele imóvel central e de valor patrimonial e sentimental. É pena que esteja a degradar-se. Deve haver um acordo entre todas as partes l igadas à Casa do Povo para que a recuperação seja possível. (cont. pag 18)

RedacçãoeleiçÕeS em Ronfe

EnTREVisTADÊ-noS a SUa SUGeStÃoSe acha que há pessoas que deveriam ser entrevistadas pelo RL, envie-nos a sua sugestão para [email protected]

antÓnIo caStro67 anos, aposentado. Nasceu em Lordelo. Vive em Ronfe há 20 anos. É casado e tem dois filhos. Foi presidente da Junta de Creixomil (1976), vereador na Câmara Municipal de Guimarães, primeiro com Manuel Ferreira , depois com António Magalhães, até 2005. Foi também admi-nistrador da empresa inter-municipal Vimágua.

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18 OUTUBRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

os partidos políticos são o principal pilar das democracias contemporâ-neas. Sendo o principal suporte do funcionamento do sistema demo-crático é nos partidos políticos que os cidadãos depositam a esperança de uma sociedade, de um país cada vez melhor : cada vez mais livre, cada vez mais justo, cada vez mais solidário, cada vez mais próspero.mas sabemos que este crédito que em momentos marcantes da nos-sa história foi concedido aos par-tidos políticos vai-se esfumando. os cidadãos, já não acreditam glo-balmente no sistema político por-tuguês porque consideram que os partidos, por vezes, e contraria-mente àquilo que seria desejável, não são estruturas organizadas para defender fundamentalmente os seus interesses e o interesse co-lectivo mas os interesses de quem os controla ou gravita à volta dessa estrutura controleira .as taxas de adesão e participação militante baixíssimas, as cada vez mais elevadas taxas de abstenção nas diversas eleições (a que con-correm fundamentalmente partidos políticos), a fraquíssima participa-ção dos cidadãos em assembleias de freguesia ou municipais ou ou-tras actividades políticas, os suces-sivos fracassos económicos e so-ciais dos protagonistas políticos de sempre, a expressão do desencanto face aos políticos e ao sistema polí-tico são sinais claros do descrédito

e da falta de confiança dos cida-dãos no sistema político em geral e nos partidos em particular.nos partidos a militância activa , participativa , dá cada vez mais lu-gar à militância passiva (aquela que apenas aparece em dia de eleições partidárias). Por outro lado, os par-tidos são cada vez mais estruturas fechadas sobre si mesmas e sobre grupos restritos de militantes/di-rigentes que mantêm as portas fe-chadas à renovação, ao confronto de ideias e projectos e à inovação.mas o principal motivo do divórcio entre os cidadãos e os partidos po-líticos são os próprios cidadãos que continuam impávidos e serenos à espera que o próprio sistema se au-to-regenere. Puro engano! o siste-ma político (partidário) português é um sistema fechado e estático com tendência para autoperpetuar a sua estrutura, os seus objectivos, nor-mas e valores. como tal, a mudança só pode ser exógena – de fora para dentro. Só os cidadãos anónimos que estão cansados deste sistema que tem levado o país à ruína po-dem ser agentes de mudança. De que forma? Participando na mili-tância partidária e influenciando as decisões e as escolhas dos próprios líderes partidários – quebrando muros e libertando amarras. É ape-nas uma questão de vontade e, ver-dade seja dita , muita coragem. mas é um dos principais caminhos para mudar Portugal.

oPiniÃo

dEMOCRACiA E PARTidOsSÉRgio coRTinHaS

TuLiPA nEgRA

entreVISta

O que propõe?E u f az ia u ma p rop r ie d ad e hor i -z o n t a l : u m a p a r t e f i c a v a p a r a a Junta, outra para a Casa do Povo. Cada uma ficava com a sua parte, resolvia-se o impasse, já que temos um conceito de posse muito grande. C o m o e n c a r a a p o l é m i c a n a Casa do Povo? É uma mistura de rivalidade entre pessoas e política. Se for conside-rado o interesse colectivo, haverá acordo. Se fosse ao Daniel e a outros, tentava um acordo com a Câmara, esquecendo a política e sem querer de saber quem é o autor do projecto.Alguém tem razão?Todos e ninguém. Cada parte quer vincar o poder e quem sai preju-dicado é a Casa do Povo e a vila. A Câmara tentou resolver os proble-mas. Começou por retirar o barraco dos Dadores de Sangue, e depois disso o caminho estava livre, mas instalou-se a disputa. Acha que faz sentido falar do

concelho de Joane, integrando a vila de Ronfe?Em termos administrativos seria uma asneira. Não cabe na cabeça de ninguém criar mais concelhos! Não faria sentido termos duas câmaras num território pequeno! O que as Câmaras devem fazer (no caso a d e G u i m a r ã e s ) é d e s c e n t r a l i z a r serviços. É muito positivo existir um posto de correios nas freguesias, onde se possa pagar contas... É contra a Regionalização?Sou a favor, completamente. De-viam ser retiradas as competências às CCDR´s e atribuí-las às Câmaras Municipais e de seguida acabar com os governos civis, que não servem para nada, hoje nem para emitir passaportes servem! A descentrali-zação deve começar pelo Governo e depois ser seguida pelas Câmaras, sem que isso signifique criar mais lugares. As pessoas afectas às Câ-maras transitariam para os serviços descentralizados.

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nº 138 • ano XI • SeteMBro 2010 GratUIto • MenSal proprIeDaDe: taManHo DaS palaVraS, lDa

252 099 [email protected] www.reporterlocal.comwww.facebook.com/jornalreporterlocal/

Alunos chegaram à escola sob efeito de drogasOs cinco rapazes foram transportados ao Hospital. Escola abriu inquérito interno

programa da atc de joane com apoio da Segurança Social abrange várias freguesias

Famílias carenciadas recebem cabazes

Cinco rapazes apareceram na escola Abel Salazar de Ronfe sob o efeito de drogas. Segundo várias informações, os alunos, com idades entre os 13 e os 15 anos, tinham

fumado haxixe logo pela manhã. Quando apareceram na escola, referiu fonte contactada pelo RL, “pareciam que estavam atordoados, não paravam de rir e tinham os olhos vermelhos”.O caso passou-se no dia 12 de Outubro. Quando se apercebe-ram do que se estava a passar, os responsáveis da escola orde-naram o transporte dos alunos ao Hospital Senhora da Oliveira de Guimarães. S e g u n d o a s i n f o r m a ç õ e s q u e circulam, terá sido um dos cinco alunos a distribuir a droga pelos restantes colegas. O que adensa mais ainda a preocupação em torno deste caso.O presidente do Conselho Executivo da Escola Abel Salazar, Si lvério Afonso, disse que o caso

foi comunicado à GNR e que a está a decorrer um inquérito interno para averiguar o que se passou de facto com os alunos. Já o presidente da Junta de Brito, José Dias - fre-guesia de residência do alegado “distribuidor de

droga” - mostrou-se alarma-do com o caso que , em sua opinião, revela o avanço do fenómeno do tráfico de droga na localidade. “Já pedi à GNR de Guimarães que intensificasse as rondas por esta zona, porque há in-dicações de um aumento de t r á f i c o d e d r o g a ” , d i s s e o autarca em declarações aos jornalistas. O caso de Ronfe vem mostrar, por outro lado, que é cada vez mais cedo - na adolescência -

que os alunos têm “experiências” com substâncias toxicodependentes, depois da “estreia” com os “inofensivos” cigarros.

Mais de 130 famílias da região vão ser apoiadas com cabazes a l imentares . T r a t a - s e d e u m a p a r c e r i a d a S e g u -rança Social e da Associação Teatro Construção, que envolve, igualmente, autarquias e empresas. A p a r c e r i a v i s a d i s t r i b u i r b e n s d e p r i m e i r a n e c e s s i d a d e à s f a m í l i a s carenciadas no âmbito do Programa Comunitário de Ajuda Alimentar aos Carenciados. Com este projecto são apoiadas 133 famíl ias, num total de 3 8 4 i n d i v í d u o s d a s f r e g u e s i a s d e Joane, Mogege, Castelões, Pousada de Saramagos, Vermoim, Oliveira São Mateus, Ol iveira Santa Maria, Riba d´Ave e Pedome A operacionalização da iniciativa conta com o apoio das juntas de freguesia e de empresas da comunidade, única forma de garantir a distr ibuição da e levada quant idade de arroz , le i te , queijos, massas e outros bens.

ronFe • PolÉmica

Segundo as informa-ções que circulam, terá sido um dos alunos a distribuir a droga pelos colegas. O que adensa mais ainda a preocupa-ção em torno do caso.

OPiniÃO RL PAG. 14

Luís Santos (PS) escreve sobre o Orçamento de Estado e o Orçamento do GD Joane. Miguel Azevedo (PSD) defende mais Participação Cívica.