reportagem feira do livro do porto - página 1

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Gratuito ABORTO: Passos reafirma apoio à reavaliação da lei - SÉRVIA: Ratko Mladic detido - BCE: Taxa de juro pode voltar a subir Leia mais ÚLTIMAS Directora Graça Franco Editor Raul Santos Grupo r/com www.rr.pt www.rfm.pt www.mega.fm www.radiosim.pt Quinta-feira 26 Maio de 2011 Porto Lisboa Sábado Sexta Campanha: Passos Coelho admite revisão da legislação do aborto Págs.2 a 5 » Banco Alimentar Nova recolha e novo serviço online A partir de hoje, já não é neces- sário ir ao supermercado nos fins- de-semana de recolha. È possível contribuir pela net. Pág.15 » 75 anos da Renascença Bilhetes para o Bessa quase esgotados Já não há plateias para o concer- to comemorativo do dia 3. E pou- co mais resta. Pág.17 » 11 de Setembro “Padre do Ground Zero” recorda a tragédia O Padre Madigan está em Lisboa. No 11 de Setembro, estava na som- bra das Torres Gémeas. Pág.16 » Benfica PJ investiga transferência Buscas da PJ, ontem, no estádio da Luz. Os inspectores apreende- ram o contrato do guarda-redes Júlio César. Pág.18 » A 26 de Maio... 2005: morte de Leslie Smith Pág.20 » OPINIÃO O 1.º Direito D. Manuel Martins Pág.8 » Facundo Arrizabalaga/EPA G8 Promessas de apoio a quem quer a democracia “Vamos ajudar-vos a construir as vossas democracias”. Reunidos em Paris, os líderes dos mais poderosos “falam” directamente para a “rua árabe”., Pág.13 » Págs. 6 e 7 » Aline Flor/RR Porto Feira do Livro abre a horas

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Reportagem sobre a 81.ª Feira do Livro do Porto, para o jornal digital Página 1.

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Page 1: Reportagem Feira do Livro do Porto - Página 1

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Gratuito ABORTO: Passos reafirma apoio à reavaliação da lei - SÉRVIA: Ratko Mladic detido - BCE: Taxa de juro pode voltar a subir Leia mais ÚLTIMAS

DirectoraGraça Franco

EditorRaul Santos

Grupo r/comwww.rr.pt

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www.radiosim.pt

Quinta-feira26 Maio de 2011

Porto LisboaSá

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Campanha: Passos Coelho admite revisão da legislação do aborto Págs.2 a 5 »

Banco Alimentar

Nova recolha e novo serviço onlineA partir de hoje, já não é neces-sário ir ao supermercado nos fins-de-semana de recolha. È possível contribuir pela net. Pág.15 »

75 anos da Renascença

Bilhetes para o Bessa quase esgotadosJá não há plateias para o concer-to comemorativo do dia 3. E pou-co mais resta. Pág.17 »

11 de Setembro

“Padre do Ground Zero” recorda a tragédiaO Padre Madigan está em Lisboa. No 11 de Setembro, estava na som-bra das Torres Gémeas. Pág.16 »

Benfica

PJ investiga transferênciaBuscas da PJ, ontem, no estádio da Luz. Os inspectores apreende-ram o contrato do guarda-redes Júlio César. Pág.18 »

A 26 de Maio...

2005: morte de Leslie Smith

Pág.20 »

OPINIÃO

O 1.º DireitoD. Manuel Martins

Pág.8 »

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G8

Promessas de apoio a quem quer a democracia“Vamos ajudar-vos a construir as vossas democracias”. Reunidos em Paris, os líderes dos mais poderosos “falam” directamente para a “rua árabe”., Pág.13 »

Págs. 6 e 7 »

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PortoFeira do Livro

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“Construir um mundo melhor através dos livros”, é o ideal de quem faz da publicação a sua vida. Mas Manuel Reis, editor da 7 Dias 6 Noites, não percebe “porque é que não começamos por nós, por sermos mais iguais.”

O cenário é a Feira do Livro do Porto, que arranca hoje, na Avenida dos Aliados. Mais de 200 editoras es-tarão presentes nos próximos 18 dias, que poderão correr com mais sucesso para uns do que para outros, aponta o responsável pela jovem editora: “No fun-do, temos hipermercados dentro da feira do livro. Os grandes grupos dão-se ao luxo de limitar o espaço”.Manuel Reis lamenta que isso aconteça, considerando que a feira deveria “ajudar os editores e não propria-mente ser algo benéfico para uns e prejudicial para outros”.“O grande problema é que as feiras do livro são um reflexo do que se passa na nossa sociedade”, dasa-bafa.Paulo Gonçalves, do grupo Porto Editora, defende-se dizendo que o espaço “não funciona como um bunker, como um cluster”, sublinhando a preocupação em es-tar “harmoniosamente integrado na Feira do Livro”. O espaço da Porto Editora, decorado com as cores do grupo, é limitado por sensores anti-roubo em todas as saídas, já que o pagamento é feito na zona central e não junto a cada editora.Os stands, de acordo com o porta-voz do grupo edito-rial, “não são tão diferentes dos utilizados pela gene-ralidade dos outros editores – a diferença é que estão abertos”.O conceito, segundo Paulo Gonçalves, é proporcionar um espaço acolhedor para “aproximar os leitores dos escritores, informalizar o contacto para que as con-versas sobre os livros e o gosto pela leitura seja fluido

e aberto”. Além disso, acrescenta, “os leitores têm sido unânimes em elogiar” a organização.Outro “hipermercado” semelhante é o do grupo Leya: aqui, em vez de azul e branco, as cores dominantes são o vermelho e o preto. José Menezes, porta-voz do grupo, enfatiza as possibilidades que um espaço aglomerado oferece, como a zona infantil, onde se vai “apostar muito nas horas do conto, nos teatrinhos de fantoches, e quase sempre à volta das histórias dos autores infantis das editoras da Leya”.

Livros para todos os bolsos

Em tempo de crise, as feiras do livro são o melhor lugar para encontrar descontos: uma “oportunidade que damos às pessoas de poderem adquirir os livros com mais facilidade”, na opinião de Gorete Mendes, da Paulinas Editora, que oferece livros com descontos dos 20% aos 40%. Este ano, as editoras aderem à ini-ciativa do Livro - ou livros - do Dia, com uma selecção diária de obras a preços especiais.Manuel Reis aponta as feiras do livro como “balões de oxigénio para as editoras”, apesar de, em ano de cri-se, lutar “para não ter prejuízo” – as vendas na Feira do Livro de Lisboa decaíram para cerca de metade

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Feira do Livro do Porto

Promoções e animação durante 18 diasAs notícias de que a festa da equipa do FC Porto na Baixa da cidade, no dia 19, iria impedir, por força de estragos causados, a abertura atempada da Feiro do Livro eram manifestamen-te exageradas. A 81.ª Feira do Livro do Porto começa hoje, prolongando-se até 12 de Junho. Pela frente estão 18 dias - não só de leituras, mas de animação, para todas as idades, gostos literários... e carteiras. As editoras põem em prática o seu “jogo de cintura”, procurando contornar a crise e convencer os leitores de que vale a pena pagar por um bom livro.

Aline Flor »

r/com renascença comunicação multimédia, 2011

A abertura oficial acontece às 18h00, mas, desde o fi-nal da manhã que tudo está pronto para o arranque da edição 2011 da Feira do Livro do Porto, na Avenida dos Aliados.Vão estar presentes mais de 200 editoras em 123 pavi-lhões. No campo das vendas, Avelino Soares, director da Feira, assegura que “Lisboa não decresceu, o que nos leva apensar que o Porto terá um comportamento si-milar”.Como sempre, a feira não se resume aos livros. Haverá projecções de cinema e “quase todos os dias vai haver eventos especiais, nunca esquecendo aquelas conversas que temos dos escritores com o público”, sublinha a or-ganização.Um dos destaques é o vencedor do Prémio Camões 2011, Manuel António Pina, “uma referência aqui do Norte”. O autor estará presente no dia 4 de Junho para um deba-te com José Tolentino Mendonça sob o tema “A volúvel matéria das palavras”.Nem os tempos de crise deverão afastar aqueles que procuram livros a preços mais convidativos, e esperam-se milhares de visitantes à Avenida dos Aliados. Pelo me-nos, é essa a expectativa da organização.

Tudo a postosAndré Rodrigues

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em relação ao ano passado. Sem baixar os braços, o editor assegura: “Vamos fazer o possível para fazer chegar a mensagem às pessoas”.No grupo Babel, que representa editoras como a Ver-bo e a Guimarães Editores, há um espaço específico para os livros em promoção, com uma queda de preço entre os 50% e os 70%. “Não será pelo preço que qual-quer leitor, dos 8 aos 80, deixará de levar um livro”, defende Bruno Antunes, responsável pela comunica-ção do grupo. É também nessa visão de apresentar “grandes oportunidades típicas da feira do livro” que o grupo Leya faz a sua aposta, confirma o responsável José Menezes:.”Muito bons livros a excelentes pre-ços, já que as pessoas vêm sempre aqui à procura e nós não as vamos decepcionar”.A ideia repete-se no stand da Principia Editora, onde ainda se pode encontrar livros da extinta editora Quasi, “a preços com 50%, 40% de desconto”, explica Pedro Peixoto, acrescentando que, no entanfo, “há muitos que já estão esgotados”.Mas a grande sensação da Feira do Livro do Porto pro-mete ser a Hora H: de segunda a quinta-feira, entre as 22h00 e as 23h00, várias editoras colocam vários livros com descontos até 70%. É o caso, por exemplo, de “todo o espaço do grupo Porto Editora”, que “dia-riamente” trará uma nova selecção de livros a preço de saldos, explica o responsável, Paulo Gonçalves.

Para além dos romances

Em época de crise, será que o período de eleições influencia a procura de determinados livros? Segundo o alfarrabista Vítor Martinho, não. Mas há temas que, curiosamente, têm tido sucesso: “O que noto nas úl-timas feiras é que os livros do Estado Novo têm muita procura… Porquê? Não sei, mas o certo é que procu-ram”, revela o dono da Martinho Alfarrabista.Já no stand da 7 Dias 6 Noites, um dos nichos explo-rados ó o das “edições relacionadas com o estado do país e, esses sim, são procurados porque as pessoas estão curiosas”, aponta Manuel Reis. Será um sinto-ma da proximidade das eleições? “Não acho que as eleições em si sejam um factor determinante na pro-cura desses livros”, considera o editor, prosseguindo: “As pessoas que gostam de política, de economia, vão continuar a procurar”.Na Principia Editora, o factor que define as vendas é completamente diferente: por um lado, “estamos ainda na altura das comunhões”, o que impulsiona a compra de livros religiosos. Até a beatificação de João Paulo II ajudou a editora, com “uma procura bastan-te grande” de obras relacionadas com o Papa polaco. “Acabamos por vendê-los quase todos com esta be-atificação”, conclui Pedro Peixoto, responsável pelo stand da Principia.

r/com renascença comunicação multimédia, 2011