república federativa do diÁrio do congresso...
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REPúBLICA FEDERATIVA DO BRAS·IL
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONALSECÃO..
ANO XXVIII - NI} 80 CAPITAl.. FEDERAL QUARTA-FEIRA, 8 DE AGOSTO DE 1973
CÂMARA DOIS DEPUTADOSSUMÁRIO
1 - 87." SESSAO DA 3.a SESSAO LEGISLATIVA DA 7." LEGISLATURA EM 7 DE AGOSTO DE 1973
I - Abertura da SessãoII - Leitura e assinatura da ata da sessão anterior
III - Leitura do Expediente
OFíCIOS
- Do Sr. Presidente da Comissão de Saúde, Ofício n.O 1311,de 1973
- Do Sr. Presidente da Comissão de Constituição e Justiça,Ofícios n. OS 68 e b8, de 1~73
TELEGRA1UAS
- Dos Senhores Freitas Nobre, José Sampaio e Carlos AlbertoOliveira, comunicando que se ausentarão do Pais
COMUNICAÇõES
- Dos Senhores Grimaldi Ribeiro, Marcos Freire, João Menezes e João Arruda, comunicando que se ausentarão do País
PROJETOS A IMPRIMIR
Projeto de Lei n.? 9-A, de 1971 (Do Sr. JG de Araújo Jorge)Dispõe sobre as comemorações do 1.0 Centenário da morte de CastroAlves e dá outras providências; tendo pareceres: da Comissão deConstituição e Justiça, pelo arquivamento, por prejudicialidade; e,das Comissões de Educação e Cultura e de Finanças, pelo arquivamento.
Projeto de Lei n.o 24-A, de 1971 (Do Sr. Juarez Bernardes) .Dá nova redação ao item IX do art. 4.° da Lei n.? 4.595, de 31 dedezembro de 1964, mandando observar, nos empréstimos destinadosà agropecuária, o juro máximo de seis por cento ao ano; tendopareceres: da Comissão de Constltuição e Justiça, pela constitucionalidade, contra o voto do Sr. Luiz Braz; da Comissão de Economia, Indústria e Comércio, pela aprovação, com emendas; daComissão de Agricultura e Política Rural, emitido em audiência,pela aprovação; e, da Comissão de Finanças, pela aprovação, contra o voto do Sr. Ivo Braga.
Projeto de Lei n,v 308-A, de 1971 (Do Sr. Navarro Vieira) .Dá valor de documento de identidade às carteiras expedidas pelosórgãos fiscalizadores de exercício profissional e dá outras providências; tendo parecer, da Comissão de Constituição e Justiça, pelaconstitucionalidade e [urídícídade, com substitutivo.
Projeto de Lei n.? 352-B, de 1971 (Da Comissão de Educaçiioe Cultura) - Redação para 2.a discussão do Projeto de Lei número 352-A, de 1971, que "institui o Banco do Livro nos estabelecimentos de ensino de 1.° e 2.° graus, e dá outras providências".
projeto de Lei n.v 779-A, de 1972 (Do Sr. Juarez Bernardes) 'Destina, pelo prazo de um ano, os lucros da Loteria Esportiva àconstrução de ferrovia, ligando Brasília a Belém, e dispõe sobre otraçado da mesma; tendo pareceres: da Comissão de Oonstttuicàoe Justiça, pela constitucionalidade e injuridicidade; e, das Comissões de Educação e Cultura e de Transportes, pela rejeição.
Projeto de Lei n.o 1.357-A, de 1973 (Do Poder Executivo) _Mensagem n.O 194173 - Autoriza o Poder Executivo a abrir aoMinistério das Minas e Energia créditos espeeíaís, no valor totalde Cr$ 85.449.000,00 (oitenta e cinco milhões, quatrocentos e quarenta e nove mil cruzeiros), para os fins que especifica; tendo parecer, da Comissão de Fiscalizacão Financeira e Tomada de Contas.pela aprovação. .
IV - Pequeno Expediente
CÉLIO MARQUES FERNANDES - Observacões de visita ao RioGrande do Sul. . ,
PEDRO LUCENA - Extensão de benefícios dos militares daativa aos da reserva e aos funcionários civis.
EDVALDO FLORES - Exploração de petróleo pela PETROBRÁSno Egito.
NINA RIBEIRO - Novo modelo de cédula eleitoral na Guanabara.
NOSSER ALMEIDA - D. Moacyr Grecchi, novo Prelado de RioBranco, Estado do Acre.
JUAREZ BERNARDES - Ameaça de morte ao jornalista Batista Custódio, de Goiás. "Sétimo mandamento para agosto sem lei"artigo do jornalista Batista Custódio. •
PAULO ABREU - Aplicação do princípio da correção monetáriaàs dívidas do Estado para com os particulares. Homenagem ao Governador de São Paulo.
ALFEU GASPARINI - Apuração de votos pelas mesas receptoras.
JAISON BARRETO - Situação dos pescadores e das empresasde pesca de Santa Catarina.
FERNANDO CUNHA - Situação da justiça de primeira instância de Brasília.
CÉLIO BORJA - O .MOBRAL e sua importância no processoeducativo brasileiro. .
JOSÉ MANDELLI - Indicação dos Generais Ernesto Geisel eAdalberto Pereira dos Santos para a Presidência e Vice-Presidênciada República.
MAGALHÃES MELO - Apuração de votos pelo processo eletrônico.
CÉSAR NASCIMENTO - Conclusão, pelo FUNRURAL, de unidade médico-hospitalar em Timbé do Sul, Santa Catarina.
MILTON BRANDÃO - Necessidade da criação da Superintendência do Vale do Parnaiba.
JOÃO CASTELO - Concessão do título de Cidadão Maranhenseao Presidente Garrastazu Médici.
JOSÉ BONIFÁCIO NETO - Necessidade da criação, em todo oPaís, de centros para recuperação de excepcionais.
FRANCISCO LIBARDONI - Instalação de agências do Bancodo Brasil em municípios catarínenses,
3978 Quarta-feira S DJARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção n Agosto de 197:1
ANTôNIO BRESOLIN - O problema da erva-mate no Brasil.
PEIXOTO FILHO - Situação financeira do INPS.
JúLIO VIVEIROS - Despejo de agricultores do Município dePrimavera, Pará.
FRANCISCO AMARAL - Sesquicentenário de Pirassununga,São Paulo.
ALCIR PIMENTA - Nomeação de professores do ensino supletivo na Guanabara.
AMAURY MüLLER - Guerra de enganos.
LUIZ BRAZ - Melhoramentos no sistema rodoviário da Baixada Fluminense.
WILMAR DALLANHOL - Comercializacão da safra vinícola,Suspensão da importação de frutas. .
FLORIM COUTINHO - Demissão de policiais fluminenses.
JOEL FERREIRA - Construção de uma pista de pouso emParintins, Amazonas.
ILDÉLIO MARTINS - Realizações da E.scola Paulista de Medicina.V - Grã'nde Expediente
UBALDO BARÉM - Expansão do setor de energia elétrica emMato Grosso. Pavimentação de rodovias do Estado incluídas noPRODOESTE.
ALCIR PIM.~NTA - Participação da juventude no processopolítico brasllcírc
PETRôNIO F'IGUEIREDO - Conferência do economista Fer.mando Cunha Lira, durante o IH Encontro Regional Agropecuário.VI - Ordem do Dia
PEIXOTO FILHO, AMAURY MÜLLER, FRANCISCO AMARAL,ILDÉLIO MARTINS, FRANCISCO LIBARDONI, SIQUEIRA CAMPOS
. _ Apresentação de proposições.
ALDO FAGUNDES (Como Líder) - Comunicação sobre declarações prestadas à imprensa pelo ~~o Mem de Sá.
CÉLIO MARQUES FERNANDES - t;(scussão do projeto número 1.281-A, de 1973.
PEIXOTO FILHO, ANTôNIO BRESOLIN, Cl1:LIO MARQUESFERNANDES - Discussão do Projeto n.o 477-A, de 1971.
Projeto n.o 1.281-A, de 1973 - Aprovado.
Projeto n. o 477-A, de 1971 - Rejeitado.
ILDÉLIO MARTINS (Como Líder) - Recondução dos Ministrosclassistas do TST em face do texto constitucional decorrente daEmenda Constitucional n.O 1. O 'Recurso Extraordinário em matériatrabalhista e os arts. 110 e 143 da Constituição.
ALCEU COLLARES (Como Líder) - Plano de Classificação deCargos do funcionalismo público civil da União.
VII - Comunicações das Lideranças
MAGALHÃES MELO - Plano de Classificação de Cargos dofuncionalismo público civil da União.
ANTôNIO BRESOLIN - (P. A., retirado pelo orador pararevisão). Redução da lavoura tritícola brasileira.
VIII - Designação da Ordem do Dia
IX - Encerramento
2 - MESA <Relação dos membros)
3 - LíDERES E VICE-LíDERES DE PARTIDOS (Relação dosmembros)
4 - COMISSõES (Relação dos membros das Comissões Permanentes, Especiais, Mistas e de Inquérito)
ATA DA 87.a SESSÃOEM 7 DE AGOSTO DE 1973
PRESID~NCIA DOS SRS. ADERBAL JUREMA
l.0-VICE-PRESIDENTE E FERNANDO GAMA2.o-VICE-PRESIDENTE
I - ÀS 13,30 HORAS COMPARECEM OSSENHORES:
Flávio MarcílíoAderbal JuremaFernando GamaDayl de AlmeidaPetrônio FigueiredoJosé Carlos FonsecaJoão CasteloJarmund Nasser
Acre
Joaquim Macêdo - ARENA; Nosser Almeida - ARENA; Ruy Lino - MDB.
Amazonas
Joel Ferreira - MDB; Leopoldo Peres :ARENA; Raimundo Parente - ARENA; Vinicius Câmara - ARENA.
Pará
. América Brasil - ARENA; Édison Bonna_ ARENA; Júlio Viveiros - MDB; Sebastião Andrade - ARENA.
Maranhão
Freitas Diniz - MDB; Henrique de LaRoque - ARENA; Nunes Freire - ARENA.
Piam
Heitor Cavalcanti - ARENA; PinheiroMachado - ARENA; Correa Lima.
Ceará
Alvaro Lins - MDB; Hildebrando Guimarães - ARENA; Januário Feitosa ARENA; Jonas Carlos - ARENA; JosiasGomes - ARENA; Leão Sampaio - ARENA; Manoel Rodrigues - ARENA; OsirisPontes - MDB; Paes de Andrade - MDBjParsifal Barroso - ARENA.
Rio Grande do Norte
Djalma Marinho - ARENA; Pedro Lucena - MDB.
Paraíba
Alvaro Gaudêncio - ARENA; AntônioMariz - ARENA; Cláudio Leite - ARENA;Wilson Braga - ARENA.
Pernambuco
Fernando Lyra - MDB; Gonzaga Vasconcelos - ARENA; Magalhães MeloARENA; Thales Ramalho - MDB.
Alagoas
José Alves - ARENA; Oceano CarleialARENA.
Sergipe
Passos Pôrto - ARENA; Raimundo Diniz- ARENA.
Bahia
Djalma Bessa - ARENA; Edvaldo Flôres- ARENA; Fernando Magalhães - ARENA; Hanequim Dantas - ARENA; JoãoAlves - ARENAj Lomanto Júnior - ARENA; Luiz Braga - ARENA; Odulfo Domingues - ARENA; Rogério Rêgo - ARENA:Ruy Bacelar - ARENA; Wilson Falcão ARENA.
Espírito Sant,Élcio Alvares - ARENA; Parente Frota
- ARENA.
Rio de JaneiroDaso Ooímbra v-, ARENA; José da Silva
Barros - ARENA; José Haddad - ARENA;Luiz Braz - ARENA; Márcio Paes - ARENA; Peixoto Filho - MDB.
GuanabaraAleir Pimenta - MDB; Bezerra de No
rões - MDB; Célío Borja - ARENA; Francisco Studart - MDB; JG de Araújo Jorge- :MOB; Marcelo Medeiros - MDB; NinaRibeiro - ARENA; Osnelli Martinelli ARENA.
Minas GeraisAureliano Chaves - ARENA; Bento Gon
çalves - ARENA; Bias Fortes - ARENA;
Delson Scarano - ARENA; Elias Carmo ARENA; Fábio Fonsêca - MDB; GeraldoFreire - ARENA; Homero Santos - ARENA; Manoel de Almeida - ARENA; MuriloBadaró - ARENA; Nogueira de Rezende ARENA; Padre Nobre - MDB; PaulinoCicero - ARENA.
São Paulo
Aldo Lupo - ARENA; Alfeu Gasparini- ARENA; Cantidio Sampaio - ARENA;Francisco Amaral - MDB; Freitas Nobre- :MOB; Henrique Turner - ARENA; 11délío Martins - ARENA; José Camargo MDB; Maurício Toledo - ARENA; PauloAbreu - ARENA; Plínio Salgado - ARENA; Sylvio Venturolli - ARENA; SussumuHirata - ARENA.
GoiásAnapolíno de Faria - MDB; Brasília
Caiado - ARENA; Siqueira Campos ARENA.
Mato GrossoGastão Müller - ARENA; Marcílio Lima
- ARENA; Ubaldo Barém - ARENA.Paraná
Alencar Furtado - :MOB; Ary de Lima- ARENA; ítalo Conti - ARENA; MárioStamm - ARENA; Túlio Vargas - ARENA.
Santa Catarina
Adhemar Ghisi - ARENA; Oesar Nascimen to - MDB; Francisco Grillo - ARENA; Jaison Barreto - MDB; João Linhares - ARENA; Wilmar Dallanhol - ARENA.
Rio Grande do Sul
Alceu Collares - MDB; Aldo Fagundes~ MDB; Amaral de Sousa - ARENA;Amaury Müller - MDB; Antônio Bresolin- MDB; Célio Marques Fernandes - ARENA; Daniel Faraco - ARENA; Getúlio Dias- MDB; Nadyr Rossetti - :MIJB; SinvalGuazellí - ARENA; Vasco Amaro - ARENA.
Amapá
Antônio Pontes - MDB.
DIARIO DO CONGRE8S0 NACIONAL <Seção I) Quarta-feira 8 39'7'
Rondônia
Jerônimo Santana - MDB.'O SR. PRESIDEN'rE (Fernando Gama)
- A lista de presença acusa o comparecimento de 132 Senhores Deputados.
Está aberta a sessão.Sob a proteção de Deus iniciamos nossos
trabalhos. 'O Sr. Secretário procederá à leitura da
ata da sessão anterior.11 - O SR. JOãO CASTELO, Suplente de
Secretário, servindo como 2.0-Secretário,procede à leitura da ata da sessão antecedente, a qual é, sem observações, assinada.
O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama)- Passa-se à leitura do expediente.
O SR. DAYL DE ALMEIDA, 1.°-Secretário procede à leitura do seguinte.
111 - EXPEDIENTE
OFÍCIOS1) Do Presidente da Comissão de Saúde, nosseguintes termos:Of. n.o 139/73
Brasília, 27 de junho de 1973Senhor Presidente,Cumpro o írrecusável dever de, em res
posta ao despacho exarado na carta s./nde 20 do corrente, assinada pela Associação Brasileira de Medicina de Grupo e outros, em que esses grupos resolveram debandar do diálogo democrático procurando, inutilmente, tumultuar o Simpósio, informar a Vossa Excelência o que realmente se passou, no dia 2D do corrente, noSimpósio Nacional de Assistência MédicoPrevidenciária, promovido por esta Comissão e respaldado no prestígio e apoio desua douta Presidência.
Permitimo-nos, entretanto, remontar aalguns fatos significativos anteriores aoevento, para que possamos bem situar asuposta crise na sua devida dimensão:
1. Em meu discurso de 29 de março docorrente ano, (junto por cópia), cumprindo obrigação de médico e deputado consciente do descumprimento do artigo 3,° daLei 3.268/57 por certos colegas que estavam+"ansfonnando o ato médico em objeto de
'lucro empresarial, inclusive tentando, porconvênios, pelo sistema de pré-pagamento,expropriar, em beneficio de seus interesses particulares, os recursos do Estado, denunciei à Nacão a necessidade de ouvir,num concíave; todas as parcelas mais representativas da população, para que pudéssemos definir ou a legitimidade de talintromissão particular na vida pública oua necessidade de uma reestruturação profunda em nossos organismos previdenciá-rios. -
2. Na oportunidade daquele pronunciamento, o mesmo deputado que encaminhoua Vossa Excelência a reclamação do grupodissidente reforçou, em aparte, a necessidade do aludido Simpósio, Na mesma ocasião alegou discordar de nosso discurso,prometendo comparecer, dias depois à tribuna, para refutar nossas denúncias, Nãosabemos bem por que, até hoje, já decorridos três meses, ainda não o fez.
3. Ao contrário do que prometera, amanheceu em nosso Gabinete, no dia ímedíato, juntamente com alguns representantesdo grupo dissidente das empresas médicaspara convencer-nos, a todo custo, inclusiveatravés de insinuações maliciosas, da necessidade de não trazermos tal discussão,em SimT)ó~io, para dentro desta Casa, Achamos que estas informações preliminares ca-
racterizam, de modo claro, a má fé e osexpedientes escusos de tais grupos.
4. Do Simpósio participaram, como é doconhecimento de Vossa Excelência, os representantes dos Ministros de Estado, osSecretários Estaduais de Saúde, os representantes dos oonsejnos Federal e Regionais de Medicina, das Associações Médicas Estaduais, (inclusive da Associação Médica Brasileira), das Federações e Sindicatos de Trabalhadores na Indústria, de Sindicatos Médicos, de Entidades Hospitalares, de Cooperativas Médicas, de estudantes de Medicina, do Sindicato dos Bancos,das Federações e Sindicatos dos Odontologistas, os presidentes das Comissões de Saúde das Assembléias Legislativas, os diretores de organismos médicos de grandes empresas (tais como a Vale do Rio Doce, Petrobrás e outras), representantes do INPS,da Associação Brasíleíra de Enfermagem,dos professores uníversítáríos ,de Medicina,de empresas públicas, autárquicas e órgãosde economia mista. bem como dos represeritantes das empresas médicas que míli-am na modalidade denominada "Medici
na de Grupo", estes últimos, aliás, os autores da comunicação ora em resposta.
5. O grupo reclamante, Sr. Presidente,por incrível que possa parecer, foi justamente o que eompareeeu sob as condiçõesmais privilegiadas. I'alvez prevendo a indefensabilidade de suas teses montou, previamente, e de forma requintada, um verdadeiro esquema de persuasão, envolvendo a exibição de um terminal de computação eletrônica, a distribuição de amostrase livros, bem como outros mimos da mo-
,d-erna tecnologia, Por outro lado, solící, tou - e foi atendido - que a Comissão
de saúde convidasse o Dr. Jeffrey Prussin,Gerente do Programa de Desenvolvimento do Sistema de Saúde da Westinghouse,partidário inequívoco da "Medicina de Grupo", que teve sua viagem e estada patrocinadas pelo próprio presidente deste órgão técnico.
6, De modo sorrateiro, deixaram parainscrever seus participantes após a abertura oficial dos trabalhos, em tempo inábil,o que confirma a boa-fé com que o Simpósio foi dirigido, p aís só esse fato seriasuficiente para afastá-los de qualquer par-
o ticipação. Entretanto, como o aprendiz defeiticeiro que não consegue controlar asforças miraculosas que desencadeia, essegrupo, intencionalmente desonesto, fez comque esse ato fosse, por si só, capaz de absol'ler-nos da acusacão de tendenclosldade emnosso discurso inaugural, porque, apesar detal discurso, ora questíonado como pretexto para seu posterior afastamento, aindaassim os reclamantes houveram por bem seinscrever para a apresentação de teses eparticipação nos debates que delas emergiram.
7. Ao perceberem a insustentabilidadede suas teses mercantilistas diante de seuspróprios beneficiários e colega tentaram,de início, peitar a presidência do Simpósio, para que 1110dífícasse as regras do j0go, abolindo a votação nominal, com aqual haviam concordado, implicitamente,no início dos trabalhos. Esse assédio foiconstante e até constrangedor, pois se realizava, sempre, fora do horário das reuniõesplenárias do Simpósio. o
8. Ao retirarem-se do Simpósio, de maneira bombástica e acíntosa, como é doconhecimento de Vossa Excelência estavam,na verdade, acalentando a esperança sinistra de subvertê-lo, procurando incompatibilizar os demais particípantes com a direcão dos trabalhos nas diversas Comissões.éomo é também do conhecimento de Vossa Excelência, o tiro lhes saiu pela culatra, pois a maneira deselegante com que
fugiram ao debate' democrático provocou,ao contrário do que esperavam, um desagravo maciço e espontâneo de todos os demais stmposíastas, o que, creio, deveria encerrar o assunto,
9. Não obstante, frustrados em seus objetivos, levaram para a imprensa os mesmos argumentos, fato que, suponho, envolve a honra não apenas --do signatário- que a desagravará pessoalmente pelasvias apropriadas - mas também a da Comissão de Saúde, que temos a responsabilidade de presidir e defender, bem como,por extensão, de toda a Câmara dos Deputados que, salvo melhor juízo, deveria usaras prerrogativas do direito doe resposta para, de vez, abortar quaisquer tentativas outras de denegrir, jiante do povo, os seusmais Iidímos representantes.
10. O Simpósio Nacional de AssistênciaMédico-Previdenciária subdividiu-se emtrês Comissões, com presídêneías e vice-presidências próprias, além de um coordenadorescolhido entre os próprios símposíastas,ficando a presidência da Comissão de Saúde inteiramente imparcial no doesenrolardos trabalhos, só tendo participação direta na sua abertura e no seu encerramento,promotor que foi da ereméríde. A propósito, a coordenação geral do Simpósio esteve a cargo da Dra. Stella Prata, que jácoordenou, com pleno sucesso, simpósios anteriores promovidos por esta Casa.
11, As três Comissões foram compostas,respectivamente por:
1. Comissão de Cooperativas Médicas eMedicina de Grupo - Presidente: DeputadoFábio Fonseca (MDB-MG); Vice-Presidente: Deputado Helbert dos Santos (ARENARS); Coordenador: Dr. Vicente de PauloAssis, Presidente do Sindicato dos Médicosde Belo Horizonte.
2. Comissão de Seguro-Saúde - Presidente: Dep. Marcilio Lima (ARENA-MT);Vice-Presidente: Dep, Leão Sampaio (ARENA-0E); Coordenador: Dr. Flores Soares,Membro do Conselho Federal de Medicina,
3.' Comissão de Assistência Médico-Previdenciária - Presidente: Deputado Arnaldo Busato (ARENA-PR); Vice-Presidente:Deputado Pedro Lucena (MDB-RN); Coordenador: Dr. Henrique Arouche 'I'oledo, Presidente do Conselho Regional de Medicinade SP.
Pela composição das Comissões acima pode-se depreender a isenção da Presidênciada Comissão de Saúde e do Simpósio.
12.. Só nos resta, Sr. Presidente, defender-nos da acusação contida nos parágrafos 3.° e 4.° da moção do grupo dissidente, ao se retirarem do Simpósio. Nesses doisparágrafos consideraram meu discurso deAbertura como "inconveniente" e "temperamental". Duvidamos que esses senhorespudessem qualificar doe inconvenientes outemperamentais as inúmeras autoridadesque citamos, tais como Edward Kenneày,Pierre Furter, Franklin Delano Roosevelt,Raluph Linton, Karl Manheín, HerbertMarcuse e outros, pois isso seria negar osvalores mais altos da cultura ocidental.Quanto à apóstrofe de "temperamental"estou seguro de que tal impulso se lhes aplica melhor que à nossa Presidência que, emnenhum momento, perdeu a serenidade,como foi aliás atestado pelos demais participantes do Simpósio. Não caberia, ainda,a insinuação de tendenciosidade, quandoafirmei, no parágrafo 3,0 da 5,a página demeu discurso inaugural que
"São essas as considerações que tragopara o nosso debate. Conquanto minha posição pessoal, como afirmei anteriormente, seja definida de modo claro, não abrígo a vaidade de vê-la de-
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cidir os conflitos. É uma contribuição Fmais na tarefa que nos cabe, a-todoslevar' a cabo. Que cada um defendasuas posições com galhard~a e liberdade, para que nossas soluções expre~
sem o denominador comum da soluçãogeraL"
Eventuais tendencíosídades, difíceis de secaptar no trecho acima reproduzido, sãoplenamente ressalvadas cinco parágrafosabaixo, quando afirmamos:
" ... uma reflexão critica e analítica doplanejamento nos permitirá reabrir umdiálogo e descobrir que, se a liberdadeexiste, só no diálogo é concretizada."
Na verdade, a frase nem é nossa, mas dePierre Furter, membro da UNESCO no Brasil, cujo livro "Educação e Reflexão" é aprovado como livro-texto em todas as Faculdades de Educação deste ·País.
13. Estou tomando a liberdade de juntar, por cópia os desagravos dos participantes do Simpósio, bem como suas conclusões finais, que se revelaram úteis à própria orientação do Governo em sua política assistencial.
14. Isto posto, consuuamos Vossa Excelência quanto à conveniência ou não daprópria Comissão de Saúde refutar, pelaimprensa, com base no direito de respo ta,as injúrias que o grupo dissidente vem veiculando, com o objetivo claro de diminuir,frente a opinião pública, não apenas aimagem da Comissáo de Saúde e de seushonrados membros. como de todo o Congresso Nacional.
Finalizando, Sr. Presidente, colocamo-nosà disposição de Vossa Excelência para quaisquer informações adicionais que porventuravenham a se tornar necessárias, enquantoaproveito a oportunidade para reiterar aVossa Excelência meus protestos de elevada estima, consideração e respeito.
Atenciosamente - Jaison Barreto, Presidente da comíssão de Saúde.
OFíCIOS DEFERIDOS
. 1) Do Presi.d.ente da Comissão de Constitutção e Justiça, nos seguintes termos:
Oficio' n.o 68/73
.Brasília, 27 de junho de 1973
Senhor Presidente:
Atendendo à deliberação unânímerdestasolicito a V. Ex.a que o Projeto n.o 999/72solicito a V. Ex.a que o Projeto n.o 99.972do Sr. Léo Simões, que "cria o Ministériodos Desportos e Educação Fisica 'e dª" .outras providências", seja encaminhado àComissáo Especial destinada a examinartoda a legislação referente a esportes, saia presidência do Deputado Osnelli Martinellí,
Aproveito o ensejo para renovar a V.Ex.a protestos de minha elevada estima edistinta consideração. - Lauro Leitão, Presidente.2) Do Presidente da Comissão de Constitui
ção e Justiça, nos seguintes termos:Ofício n.? 69/73
Brasília, 27 de junho de 1973
Senhor Presidente:Atendendo à deliberação unãníme ' desta
Comissão, em 'reunião realizada em 19-6-73,solicito a V. Ex.a que o Projeto n.O , !J99Y72,que "proíbe a exigência de fiança ou' avalem contratos de empréstímos-jiessoaís," delocação de imóveis e de financiamentos debens duráveis ou de consumo, dando outras providências", seja anexado ao de n.o45/7L que I "limita o poder do aval nas ope-
rações de crédito" por versarem matériascorrelatas.
Aproveito o ensejo para reiterar a V. Ex. a
protestos de minha elevada estima e distinta consideração. - Lauro Leitão, Presidente.
TELEGRAMAS
1) São Paulo - SPDeputado Flávio MarcílloPresidente lJâmara DeputadosBrasília - DF.
Chamado Editora Nouvelles Latines deParis para contrato edição Livro Juridicominha autoria de .o ausentar-me uma semana País pt Cordialmente pt DeputadoFreita.5 Nobre.
As. Flávio Marcílio, Presidente.
2) De São Paulo - SPDeputado Flávio MarcilioPresidente Câmara DeputadosBrasília - DF.
Comunico Vossennona sigo Europa viagem estudos pt Saudações pt Joseh Sampaio vg Deputado Federal.
As. Flávio Marcílio, Presidente.S) Urgente - Presidente Flávio Marcilio
Câmara DeputadosErasilia - DF.De Recife - PE
Comunico Vossêncía estarei ausente Paisde 16 de julho a 10 de agosto pt Por índícação desta Presidência visitarei a Polônia pt Sds Deputado Carlos Alberto Oli-veira. .
As. Flávio Marcílio, Presidente.
COMUNICAÇõES
Senhor Presidente:
Venho,' por este intermédio, de acordocom o disposto no art. 249 do RegimentoInterno, comunicar a Vossa Excelência queme ausentarei do Pais, no próximo mêsde julho.
Na oportunidade, renovo a Vossa Exce1~ucia protestos de estima e consideração.
Brasília, 27 de julho de 1973. - GrimaldiRibeiro.
! Exmo. Sr. Presidente da Câmara dos: Deputados.
/ Marcos de Barros Freire, Deputado Federal, eleito pela legenda do MDB, Pernambuco, vem comunicar a essa Câmara, através de Vossa Excelência e de conformidadecom o art. 249 do Regimento Interno, que.no próximo dia 7, se ausentará do Pais,empreendendo viagem ao Exterior.
Brasília, 5 de julho de 1973. - MarcosFreire.
Exmo. Sr. Dr. Presidente da Câmara dosDeputados.
Tem esta por fim comunicar a V. Ex.a.para, os devidos fins, que, para tratar deinteresse particular. no próximo dia 9 "ouausentar-me do Pais, pelo espaço de 30dias.
Sendo o que se me oferece, subscrevo-me.
Rio de Janeiro, 5 de julho de 1973. - Joãodc Paiva Menezes.
Senhor Presidente:
Nos termos do Regimento Interno, comunico a Vossa Excelência que me ausentareido Pais a partir de 18 do corrente mês.
Brasília, 18 de julho de 1973. - JoãoArruda.
PROJETO DE RESOLUÇÃON.o 75, de 1973
(DA MESA)
Autoriza a cessão do Plenário da Câmara dos Deputados para o Instituto deCiências Sociais da Associação de Ensino Pró Universidade do Distrito Federa'
A Câmara dos Deputados resolve:
Art. 1.° Autorizar a cessão do Plenárioda Câmara dos Deputados, para a realizaçãoda sessão solene de colação de grau do cursodo Instituto de Ciências Sociais da Associação de Ensino Pró Universidade do Distrito Federal, no dia 11 de agosto do corrente ano, sábado, às 20 horas.
Art. 2.° Esta Resolução entra em vigorna data de sua publicação.
Câmara dos Deputados, 2 de agosto ue1973. - Aderbal Jurema, 1.°-Vice-Presidente - Relator.
PARECER DA MESA
A Mesa, na reunião de hoje, presentes osSenhores Deputados Flávio Marcilio, Presidente, Aderbal Jurema, 1.0-Vice-Presidente(Relator), Dayl de Almeida, 1.°-8pcrpt."rin"Petrônio Figueiredo, 2.o-Secret ár io e Jos~Carlos Fonseca, aO-Secretário, resolveuaprovar o projeto de resolução que autorizar a cessão do Plenário da Câmara dosDeputados para o Inotituto de Ciências Sociais da Associacão de Ensino Pró Universidade do Distrito Federal.
Sala das Reuniões, 2 de agosto de Il173.- Flávio Marcilio, Presidente.
PROJETO DE LEIN.o 9-A, de 1971
Dispõe sobre as éomemoraçõcs do 1.0Centenário da morte de Castro Alves edá outras providências; tendo pareceres da Comissão de Constituição e Justiça, pelo arquivamento, por prejudicialidade; e, das Comissões de Educação eCultura e de Finanças, pelo arquivamento .
(PROJETO DE LEI N.o 9, DE 1971, A QUESE REFEREM OS PAREOERES).O Congresso Nacional decreta:Art. 1.° Numa justa homenagem ao gê-«
nio poético de Castro Alves, nas comemo-sracões do 1 ° Oentenário de sua morte, ficao Ministério da Educação e Cultura encarregado de organizar uma programação especial, nas escolas públicas de todo o País,entrando em entendimentos com os Governos estaduais, para que estes, através deSllBS Secretarias de Educação se associemàs seguintes iniciativas:
a) a realízaçâo de uma solenidade pública, oficial, comemorativa do fato, no dia6 de julho, data de sua morte;
b) promoção de pnlestras e conferências,por professores e íntelectraís, sobre a obrae a vida do Poeta;
c) instituição de concursos de composições e monografias sobre a vida e a obra doPoeta, entre os alunos das escolas;
d) realização de recitais de poesia e representações teatrais, com obras do poeta,ou baseados em vida e obra.
Art. 2 ° Fica ainda o Ministério da Educação e Cultura incumbido de promover,através do Instituto Nacional do Livro(INL):
a) uma edição crítica "das Obras Completas de castro~v,para distribuição pelas biblioteca licas do País, dos colégios e das in títutçôes culturais;
Agosto de 1973 DIARIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
?
Qual'ta-feiYa' li 3981
b) a instituição do "Prêmio Castro Alvesde Poesia", para o melhor livro de poesias,inédito, de autor brasileiro, a ser concedidoanualmente na data de 6 de julho.
Parágrafo único. As despesas decorrentes destas iniciativas corerrão por contadas dotações orçamentárias atribuidas aoINL, ou às atividades culturais do Ministério da Educação e Cultura.
Art. 3.° Fica o Ministério das Comunicações, através da Empresa Brasileira deCorreios e Telégrafos, autorizado a emitirum selo comemorativo da data, a ser lançado festivamente na Bahia e em todo oPaís.
Art. '.t.a Esta lei entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Sala das Sessões, em de1971. - J. G. de Araújo Jorge, DeputadoFederal.
JustificaçãoNum poema, em meu "Estrêla da Terra",
afirmo que não sobrevivem os povos sempoesia. Antes de ser de Nelson, de Napoleão.de César, a Inglaterra é de Shakespeare; aFrança é de Victor Hugo; Roma é de Virgílio. Como o Brasil é de Castro Alves. Poeta do amor e da liberdade, sua vida é umexemplo para a mocidade, rica de idealismoe de fraternidade, Lirico e épico, sua vozergueu-se sempre em defesa dos oprimidose ínjustícados, nas campanhas abolicionistas; e entoou cantos de amor à Pátria e aopróximo, Deve, pois, ser cultuado pelas gerações. A nós, que representamos o Parlamento. a cultura política do País, cabe oficiar esse culto, liderar suas comemorações.
.1\ 6 de julho próximo recordamos suamorte. O presente projeto de lei visa desfraldar a bandeira de sua poesia diante dosolhos do povo; mandar tocar os hinos deamor e liberdade de seus versos, para queos mocos se integrem às emoções dos tempos. Não apenas o Governo, em sua expressão nacíonal, mas todos os Governos, emcada unidade da Federação, devem participar das homenagens ao Poeta maior, Povo,inteligência e mocidade, responderão, presente à sua memória. Ê o que esperamos.- J, G. de Araújo Jorge, Deputado Federal.
PARECER DA COMISSãODE CONSTITUIÇãO E JUSTIÇA
I e 11 - Relatório e Voto do Relator
Pelo Projeto n.o 9/71, o Sr. Deputado J.G. de Araújo Jorge pretende autorizar aoMEC a elaboração de uma programação especial, nas escolas públicas do País, comemorativa do 1.0 Centenário da morte deCastro Alves, o poeta do Brasil.
Designado Relator da Proposição, o Sr.Deputado Waldemiro Teixeira opinou peloseu encaminhamento ao Executivo para queas sugestões nela contidas fossem, em tempo, consideradas. Mais tarde, o MEC davaconta a esta Comissão de não lhe ter passado despercebida a grande data, fazendo,inclusive, aqui chegar cópia da portaria dedesignação de comissão especial a que cometera a tarefa de preparar e organizar ascomemorações.
Hoje, transcorrida já a data, e, também,em razão de, com o encaminhamento aoExecutivo, terem sido colimados os altosobjetivos do Projeto, perdeu ele a oportunidade. Assim, opinamos pelo seu arquivamento.
Sala da Comissão, em 13 de maio de 1972.- Jairo Magalhães, Relator.
UI - Parecer da Comissão
A Comissão de Constituição e Justiça, emReunião de sua Turma "A" realizada em 18de maio de 1972, opinou, unanimemente,pelo arquivamento por prejudicialidade doProjeto de Lei n,v 9/71, nos termos do parecer apresentado pelo Relator
Estiveram presentes os Senhores Deputados:
José Bonifácio -- Presidente, Jairo Magalhães - Relator, Antônio Mariz, Êlcio Álvares, José Sal1y, Lauro Leitão, Luiz Braz,Ruy D'Almeída Barbosa, Severo Eulálio eValdemiro Teixeira,
Sala da Comissão, em 18 de maio de 1972.- José Bonifácio, Presidente - Jairo Magalhães, Relator.
PARECER DA COMISSãODE EDUCAqãO E CULTURA
I - RelatórioA Comissão de Oonstituição e Justiça, ao
apreciar o Projeto 9/71, de autoria do eminente Deputado J. G, de Araújõ Jorge,deliberara, em data de 30 de abril de 1971,fosse ouvido o Ministério da Educação eCultura, para que "sugestões contidas naproposição' fossem, em tempo, consideradas".
Como resposta a essa solicitação, o Ministério da Educacâo e Cultura, atravésPortaria n.o 352, de 11 de junho de 1971,informava já ter sido criada Comissão Especial, "encarregada, de preparar e organizar as eomemoracões do Centenário damorte de Castro AI"es".
Assim sendo, o art. 1.°, do projeto em- apreço, teve cumpridas pelo Ministério da
Educação e Cultura todas as sugestões lembradas, em tão feliz momento, pelo Deputado autor J. G. de Araújo Jorge.
Face às informações prestadas pelo Ministério da Educação e Cultura, contidasna referida Portaria, a Comissão de Constituição e Justiça, apreciando parecer doRelator Deputado Jairo Magalhães, datadode 13 de maio de 1972, opinou, por unanimidade, pelo arquivamento por prejudicialidade do projeto em referência, em datade 18 de maio de 1972.
Quanto ao art. 2.°, disciplinando medidas para uma edição crítica das ObrasCompletas de Castro Alves e instituição doPrêmio Castro Alves de Poesia, por incumbência do Instituto Nacional do Livro, asinformações prestadas pela sua diretora,Senhora Maria Alice Barroso, e datadas de19 de fevereiro do ano em curso, são asmais sensatas diante do que dispõe o Decreto n.O 69.321, de Il-lO-71, do Senhor Presidente da República, ao instituir os Premias Literários Nacionais.
11 -Voto do RelatorAssim sendo e considerando carecer de
oportunidade a iniciativa altamente louvável do Deputado J. G. de Araújo Jorge,-opínamos pelo arquívamento do projeto,não sem antes prestarmos nossa mais carinhosa homenagem ao autor, que procurouacordar os olhos de nossa gente e de nossaPátria para contemplação perene do imortal poeta que soube sentir em si doresalheias de seus semelhantes, cantando, coma eloqüência inflamada de seus versos, averdadeira liberdade que se alícerça no respeito à criatura, humana.
Sala da Comissão, em 2 de maio de 1973.- Ary de Líma, Relator.
IH - Parecer da ComissãoA Comissão de E'ducação e Cultura, em
sua reunião ordínáría realizada em 02 de
maio de 1973, apreciando o Projeto n.o 9/71,do Sr. J. G. de Araújo Jorge, que "dispõesobre as comemorações do 1.0 Centenárioda morte de Castro Alves e dá outras providências", opinou, contra o voto do Sr. Bezerra de Norões, pelo seu arquivamento.nos termos do parecer do Relato!:, SenhorAry de Lima.
Estiveram presentes os Senhores FlexaRibeiro, Presidente; Maurício Toledo e JoãoBorges, Vice-Presidentes; Francisco Amaral, Ary de Lima, Emanuel Pinheiro, Osnelli Martinelli, J. G. de Araújo Jorge, AIfeu Gasparini, Eurípides Cardoso de Menezes, Parsifal Barroso, Plínio Salgado, Olivir Gabardo, Bezerra de Norões, OceanoOarleíal, Nadyr Rossetti, Murilo Badaró,Gastão Müller, Daso Coimbra, Santilli Sobrinho e Jarmund Nasser.
Sala da Comissão, em 02 de maio de 1973.
- Flexa Ribeiro, Presidente - Ary de Lima,Relator.
PARECER DA COMITSSãoDE FINANÇASI - Relatório
O ilustre deputado e inspirado poetaJ. G. de Araújo Jorge apresenta o presenteprojeto no louvabilíssimo intuito de homenagear o gênio inconfundível da poesia nacional, Castro Alves, por ocasião do 1,0 Centenário de sua morte, que ocorreu a 9 dejulho de 1971.
A Comissão de Justiça manifestou-se porunanimidade, pela prejudicialidade do projeto.
A Comissão de' Educação e Cultura opinou pelo arquivamento do projeto, nos termos do parecer do Deputado Ary de Lima.
Em vista de não ter sido aprovado antesda data das comemorações do 1.0 Centenário da morte do genial vate, honra e glória da Bahia e do Brasil. o projeto perdeua sua oportunidade, embora seja merecedorde todos os encômios.
Por outro lado, como se pode verificar doprocesso, as sugestões do autor foram cumpridas pelo Ministério da Educação e Cultura, através de comissão especial "encarregada de preparar e organizar as comemorações do centenário da morte de CastroAlves", constituída pela Portaria n.? 352.de 11 de junho de 1971.
II - Voto do RelatorAnte o exposto o parecer do relator é pelo
arquivamento por preiurüclalídade do projeto.
Sala da Comissão, 13 de junho de 1973. '-Ivo Braga, Relator.
IH - Parecer da ComissãoA Comissão de Finanças, em sua reunião
ordinária do dia 28-6-73, rejeitou, por una-o nímldade, o Projeto n.o 9, de 1971, do Senhor J. G. de Araújo Jorge, nos termos doParecer contrário do Relator, Deputado IvoBraga.
Estiveram presentes os Senhores Deputados Jorge Vargas, Presidente; Ivo Bragae Ozires Pontes, Vice-Presidentes; Adhemarde Barros Filho, Aldo Lupo, Arthur Santos,Homero Santos, TIdélio Martins, NorbertoSchmidt, Tourinho Dantas, Wihnar Guimarães, Carlos Alberto de Oliveira, DyrnoPires, Fernando Magalhães, João Castelo,Leopoldo Peres, Ozanam Coelho, SouzaSantos, Athiê Coury, César Nascimento,Joel Ferreira, Jairo Brum, Harry Sauer,Florim Coutinho, Peixoto Filho, MiltauBrandão e Dias Menezes.
Sala da Comissão, em 28 de junho de1973. - Jorge Vargas, Presidente - IvoBraga, Relator.
1982 Quarta-feira 8
COMISSãO DE CONSTITUIÇãO.E JUSTIÇA
Brasília, 3D de abril de 1971.
or, n.o 31/71
A Sua Excelência o SenhorDeputado P;EJREillA LOPES
DD. Presidente da Câmara dos Deputados.
Senhor Presidente:
Atendendo à deliberação desta Comissão,tenho a honra de solicitar a V. Ex.a que oMinistério de Educação e Cultura seja ouvido a respeito do Projeto n.o 9/71, do Sr.J. G. de Araújo Jorge, que "dispõe sobreas comemorações do Primeiro Centenárioda morte de Castro Alves e dá outras providências".
Aproveito o ensaio para renovar a V. Ex.ameus protestos de estima e consideração.- José Bonifácio, Presidente.OF/GM/BSB/2225/71
Em 13 de outubro de 1971Da Assessora para Assuntos PartamerrtnvesAo Senhor Secretário da Comissão de Constituição e JustiçaAssunto Câmara dos Deputaoos
Senhor Secretário
Tenho a honra de encaminhar a V. S.cópia da portaria ministerial n.o 352, de11-6-71, que designou a Comissão Especialencarregada de organizar as comemoraçõesdo centenário da morte de Castro Alves.
Na oportunidade acrescento a V. S., queeste Ministro não ficou alheio às merecidashomenagens evocadas no Projeto de Lei n. O
9/71, de autoria do Deputado J. G. de Araújo Jorge.
- Valho-me do ensejo para renovar as expressões de elevado apreço. - Sylvia BastosTigre, Assessor-Chefe.
Ministério da Educação e CulturaGabinete do Ministro
Portaria 352 - BSBEm 11 de junho de 1971.
O Ministro da Educação e Cultura, nouso de suas atribuições,
RESOLVE designar Pedro Calmon MunizBittencourt, como representante do Conselho Federal de Cultura e da Academia Brasileira de Letras, Juvenal Rodrigues de MaTais, como representante do Governo deSão Paulo, Mauro Ramos de Mata e Albuquerque como representante do Governo dePernambuco, Rômulo Galvão, como representante do Governo da Bahia, Dirce CôrtesRiedel, como representante do Governo daGuanabara, Vicente Sobrinho Pôrto, comorepresentante do Conselho Federal de Edu-cação, Eloywaldo Chagas de Oliveira, comorepresentante da Comissão Nacional deMoral e Civismo, Abgar Renault, como representante da Liga de Defesa Nacional,Fernando de Azevedo Sales, como representante da Biblioteca Nacional, HeraldoAlmeida, como representante da Faculdadede Direito de Recife, José Cretel1a Junior,como representante da Faculdade de Direito de São Paulo, Alfredo Theodoro Russíns, como representante do Departamentode Assuntos Culturais do MEC e EIsa Nogueira Gomide, como representante do Departamento de Assuntos Universitários doMEC, para, sob a presidência do primeiro,integrarem Comissão Especial encarregadade preparar e organizar as comemoraçõesdo Centenário da morte de Castro Alves. a) Jarbas G. Passarinho.
DJARIO no CONGRESSO NACIONAl. (Seção I)
PROJETO DE LEIN.o 24-A, de 1971
(Do Sr. Juarez Bernardes)Dá nova redação ao item IX do art.
4.° da Lei 11.° 4.595, de 31 de dezembrode 1964, mandando observar, nos empréstimos destinados a agropecuária, ojuro máximo de seis por cento ao ano;tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade, contra o voto do Sr. Luiz Braz;da Comissão de Economia, Indústria eComércio, pela aprovação, com emendas; da Oomíssâo de Agricultura ePolítica Rural, emitido em audiência,pela aprovação; e, da Comissão de Finanças, pela aprovação, contra o votodo Sr. Ivo Braga.
(PROJETO DE LEI N.o 24, DE 1971, A QUESE REFEREM OS PARECERES).O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Passa a vigorar com a seguinte
redacão o item IX do art. 4.° da Lei n.v4.595, de 31 de dezembro de 1964:
"Art. 4.° ..•.............. , .
IX - Limitar, sempre que necessário, astaxas de juros, descontos, comissões equalquer outra forma de remuneracãode. operações e serviços bancários, inclusive prestados pelo Banco Central doBrasil, assegurando taxas favorecidas,n11TIca superiores a seis por cento, quando destinadas a promover.
- recuperação e fertilização uo SOiO;
- reflorestamento;
- combate a epizootias e pragas, nasatividades rurais;
- eletrificação rural;
- mecanização;
- irrigação;
- investimentos indíspensáveís às ati-vidades agropecuárias.
Art. 2.0 Entrará esta Lei em vigor na.data de sua publicação.
JustificaçãoNenhuma outra atividade econômica re
clama dos poderes públicos atenções, cuidados e ação pronta e direta quanto as relativas à agropecuária brasileira. .
Ligada, muito embora, intimamente àsubsistência das populações e vinculada àindústria como fonte significativa de matérias-primas, exercendo, dessa forma, relevantes funções e abrangendo, por outrolado, a maior parte da população ativabrasileira, a agricultura e a pecuária, entretanto, na economia nacional, apresentamos índices mais baixos de rentabilidade.
Ora, o crédito é o grande e insubstituívelinstrumento que poderá, de fato, redimir aatividade rural, dando-lhe as condições deque carece, urgentemente. para superar suasgraves dificuldades.
Embora muito se tenha feito no sentidoda difusão do crédito rural, ele só atingirá,verdadeira e efetivamente, suas reais e relevantes finalidades se as taxas de jurosforem atenuadas, pois é incompreensível einjustificável ultrapassarem de seis por cento ao ano, onerando insuportavelmente umaatividade cuja rentabilidade - já o dissemos - é extremamente reduzida e desestimuladora.
Agosto de 1973
A presente proposição, sem alterar a competência do Conselho Monetário Nacional,estabelece, todavia, a limitação máximapara os juros dos empréstimos destinadosàs atividades rurícolas, de modo ,a dar-lheso apoio e o estimulo de que não podemprescindir.
Fixando o projeto normais nitidamenteenquadráveis no Direito Financeiro, suainiciativa está assegurada aos parlamentares expressamente pelo artigo 56, sem aslimitações do item I do artigo 57 do textoconstitucional, segundo ensinamento dePontes de Miranda ("Comentários à Oonstituicão VaI. lI, páginas 161-2) e entendimento da douta Comissão de Constituiçãoe Justiça (Parecer referente ao Projeto deLei n.? 1.311, de 1968, do Sr. Athiê J. Coury).
Contamos, portanto, para I transformaçãoem lei do presente projeto, com a compreensão e o apoio de nossos eminentes pares,tão cônscios quanto nós de seu elevadosentido e indisfarçável alcance.
Sala das Sessões,
LEGISLAÇliO CITADA, ANEXADA PELASEÇliO DE COMISSõES PERMANENTES
LEI N.o 4.595DE 31 DE DEZEMBRO DE 1964
Dispõe sobre a Política e as Instituições Monetárias, Bancárias e Creditícias, cria o Conselho Monetário Nacional e dá outras providências.
CAPÍTULO TIDo Conselho Monetário Nacional
.........................................
Art. 4.° Compete privativamente ao Conselho Monetário Nacional:
IX - Limitar, sempre que necessário, astaxas de juros, descontos, comissões e qualquer outra forma de remuneração de ope'ações e serviços bancários ou financeiros,.nclusíve os prestados pelo Banco Centralda República 'do Brasil, assegurando taxasfavorecidas aos financiamentos que se destinem a promover:
- recuperação e fertilização do solo;
- reflorestamento;
- combate a epizootias e pragas, nasatividades rurais;
- eletrificação rural;
- mecanização;
- irrigação,
- investimentos índt..pensáveís às ati-vidades agropecuárias.
CONSTITUICAo DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL
TíTULO IDa Organização Nacional
JAPíTULO VI
00 Poder Legislativo
Agosto- de 1973 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quarta-feira 8 3983
SEÇÃO VDo Processo Legislativo
Art. 56. A iniciativa das leis cabe aqualquer membro ou comissão da Câmarados Deputados ou do Senado Federal, aoPresidente da República e aos TribunaisFederais com jurisdição em todo o territórionacional.
Parágrafo único. A discussão-o e votaçãodos projetos de iniciativa do Presidente daRepública terão início na Câmara dosDeputados, salvo o disnosto no ~ 2.° do artigo 51.
Art. 57. 11: da competência exclusiva doPresidente da República a iniciativa dasleis que:
I - disponham sobre matéria financeira.
." .. " , " " . " "" " " ..............................................
PARECER DA COMISSÃO DE CONSTITUIçÃO E JUSTIÇA AO PROJETO N.o1.311-68, CITADO NA JUSTIFTCATIVADO PROJETO N.o 24-71.
RelatórioAutoriza o projeto o Banco Nacional.de
Habitacão e a Caixa Econômica Federal afinanciarem "a construção e ampliação deinstituições educacionãis, culturais, colégios,escolas técnicas profissionais e univp,.",in,,des rurais".. Prevê as operações de crédito em três
planos, com prazos de dez, quinze e vinteanos, sujeitas às respectivas prestações areajustamentos e correções monetárias. Estende, finalmente o beneficio a entidadespúblicas.
ParecerComentando o art. 60, inciso I, da Cons
tituição do Brasil, promulgada pelas Mesasda Câmara dos Deputados e do SenadoFederal a 24 de janeiro de 1967 e em vigor(art. 189) a partir de 15 de março daqueleano, Pontes de Miranda (Comentários àConstituição, VaI. In, páginas 161-2) ensinaser necessária a distinção entre matériafinanceira e direito financeiro.
Colhe-se de sua lição ser- matéria rínancerra a representada, especificamente, pelaaplicação de meios financeiros. Ao passoque o Direito Financeiro é a disciplina daaplicação desses meios.
Ensina o eminente constitucionalista,exemplificando: "São leis de matéria financeira, por exemplo, as que criam, alteramou extinguem impostos ou outros tributos,as que apenas atribuem rendas (não as queregulam distribuição das rendas ou de renda) e as que abrem os créditos ou lancamos impostos do artigo 23.
Não são leis de matéria financeira as quese fazem para autorizar produção e fiscalização do comércio de material bélico, paradefesa permanente contra as secas, endemias rurais ou inundações".
Ora, a Emenda n.v 1, de 17 de outubro de1969, promulgadora da Constituição da República Federativa do Brasil, reproduziu,literalmente, no item I do art. 57 o preceitoconsubstanciado no item I do art. 60 daConstituição de 1967, objeto dos comentários transcritos. Ao referido dispositivoconstitucional aplicam-se, por consagradaregra de hermenêutica, as acatadas liçõesdoutrinárias de Pontes de Miranda.
Aceita, conseqüentemente, a lição dogrande constitucionalista, verifica-se caracterizar-se a autorizacão de concessão definanciamentos contida no projeto em exame como dísposíção apenas normativa,
ampliadora da faixa de ação dos órgãosfinanceiros indicados. Insere-se na estrutura funcional desses órgãos, como principio da politica de suas atividades.
Portanto, a proposição não se refere amatéria financeira, qualificando-se, nítidae inconfundivelmente, como disposição deDireito Financeiro.
Nessas 'condições a iniciativa está assegurada a qualquer parlamentar pelo art.56 de nossa Lei Máxima, não sendo atingidapela restrição inserta no item I no art. 57da Constituição.
Nosso parecer, coerentemente, é, assim,pela aprovação do Projeto de Lei n.> 1.311,de 1968.
Sala da Comissão. - Amaral de Souza,Relator.
PARECER DA COMISSÃODE CONSTITUIÇãO E JUSTIOA
I - RelatórioO ilustre Dep. Juarez Bernardes, através
do presente projeto de lei, propõe a alteração do item IX, do art. 4.°, da Lei n,? 4.595,de 31 de dezembro de 1964, que passaria ater a seguinte redação:
"Art. 4.° Compete ao Conselho Monetário Nacional:
IX - limitar, sempre que necessário,as taxas de juros e descontos, comissõese qualquer outra forma de remuneração de operações e serviços bancários,inclusive prestados pelo Banco Centraldo Brasil, assegurando taxas favorecidas, nunca superiores a seis por cento,quando destinadas a promover:
- recuperação e fertilização do SOlO;
- reflorestamento;- combate a epizootias e pragas, nas
atividades rurais;- eletrificação rural;- mecanização;- irrigação; e- investimentos indispensáveis às ati-
vidades agropecuárias."Consiste a alteração pretendida na muro
dução no texto do item IX, da expressão"nunca superiores a seis por cento", já quetudo o mais permanecerá como consta dotexto original da Lei n.o 4.595, de 31 dedezembro de 1964.
Teve o autor do projeto a preocupaçãode instruí-lo com parecer anterior, aprovado por esta Comissão de Constituição e Justiça já na vigência da Emenda n,v 1, deautoria do Dep. Amaral de Souza, ao Projeto n.o 1. 311/68, que dispunha sobre financiamentos pelo BNH de construções eampliações de instituições educacionais eculturais do país, trazendo-o como subsídioa uma melhor caracterização de seu projeto, sob o aspecto constitucional.
A preocupação do Autor do projeto, vê-selogo, é que sua proposição sei a inquinadade inconstitucional, por fixar norma de caráter financeiro. Tanto que na própria "justificação" do projeto ressalta de logo:
"A presente proposição, sem alterar acompetência elo Conselho MonetárioNacional, estabelece, todavia, a limitação máxima para os juros dos empréstimos destinados às atividades vinícolas, de modo a dar-lhes o apoio e o estímulo de que não podem prescindir.Fixando o projeto normas nitidamenteenquadráveis no Direito Financeiro, suainiciativa está assegurada aos parla-
mentares expressamente pelo art. 56,sem as limitações do item I, do art. 57do texto constitucional, segundo ensinamento de Pontes de Miranda ("Com.entários à Constituição," vol, UI,pags. 161/2) e entendimento da doutaComissão de Constituicão e Justica (Parecer referente ao Projeto de -lei n.O1. 311, de 1968, do Sr. Athiê J. Coury) ,"
Para ilustrar, esclareço à douta Comissãoque o parecer citado pelo autor do projetoe o que se encontra no processo, de autoriado Dep. Amaral de Souza, já por mim referido.
É o relatório.
11- Voto do RelatorA Constituição Brasileira (Emenda n.o
1, de 1969) no seu artigo 57, item, atribueà competência exclusiva do Presidente daRepública a iniciativa das leis que disponham sobre matéria financeira. Está expresso e disso não podemos fugir. É princípio constitucional, porém, que à União compete legislar sobre normas gerais de direito,inclusive Direito Financeiro (art. 8.°, itemXVII, letra c). Competindo à União legislarsobre Direito Financeiro, resta saber-se, seeste se confunde com matéria financeira,cuja iniciativa é da competência exclusivado Presidente da República, ou se, como caso do Direito Geral comporta a iniciativaparlamentar preconizada no art. 56 daConstituição.
Válida esta última alternativa ponto pacifico não apenas entre os ilustres pares,mas no consenso dos que se dedicam ao estudo das normas de direito, resta-nos examinar em cada caso, se a proposição sobnosso exame trata de matéria financeira.ou de Direito Financeiro.
Não .se pode abstrair, por outro lado, oentendimento de expressão "matéria financeira", para não' confundi-la com o DireitoFinanceiro. Para Pontes de Miranda festejado mestre do Díreíto Constitucionál Brasileiro, "lei que dá regras [urídícas sobrecomo se há de proceder em caso de seremautorizadas emissões de papel moeda, ouse há de fiscalizar cada emissão é lei dedireito financeiro. Lei que permite a emissão de papel moeda, ou que suspende a incidência da lei de imposto ou cria ou diminui taxa ou ccntríbuícão de melhoria élei de matéria financeira". (Comentários àConstituição Brasileira de 1967 e Emendan.o 1, de 1969. artigo 57, tomo In, pág. 165,2.a edição).
Mutatis mutandis, lei que permite empréstimos, destinação específica é lei dematéria financeira. Lei que determina asnormas como se há de proceder no caso deserem concedidos os empréstimos é lei dedireito financeiro. O Direito Flnánceiro é,pois, direito positivo, norma jurídica de procedimento, dentro do contexto sócto-jurídíco do Estado.
O ex-deputado Alde Sampaio, em brilhane parecer, procurando estabelecer a dístíntão entre "matéria econômica" e "matériafinanceira", após abalizadas consíderacõcsconclui que: - •
"Assim, "matéria financeira" nas' atribuições do Estado, é aquilo que se prende ao fixo, erário, ou tesouro como re-.ceptáculos das rendas públicas.Com precisão de linguagem didáticapode-se dizer que "matéria rínanceíra''nas atribuições do Estado, é a que s~relaciona ao direito de coleta dos meiospecuniários de que o Estado se servepara realizar suas despesas".
Não resta dúvida de que a destinacão oua aplicação de recursos do Governo 'ou deentidades de crédito, inclusive do Banco
1984 Quarta-feira 8 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Afosto de .19,13
Central, na recuperação de áreas devastadas, ou áridas, ou atingidas pelas secas ouprejudicadas por pragas que debilitam aagricultura do país, constituem matéria financeira, é de iniciativa e da competência'exclusiva do Chefe do Executivo. A fixaçãode normas de como proceder para a aplicação desses recursos, já por iniciativa do Governo ou de seus órgãos financeiros destinados a esse desideratum, compete tambémà iniciativa do Poder Legislativo, na regrageral do art. 56, da Constituição.
A proposição em exame é daquelas, quevisam estabelecer normas de procedimentona execução da política creditícia de amparo às autoridades agropecuárias, seuaperfeiçoamento e tecnízação, cujos resultados refletirão, sem dúvida, nos aspectosfinanceiros da vida nacional sem implicações imediatas, entretanto, nas finanças públicas. É exemplo típico, portanto, de norma de direito financeiro, do âmbito da iniciativa legislativa parlamentar.
Outros aspectos e implicações da proposição serão por certo examinados nas demais Comissões às quais o projeto será encaminhado, de Economia e de Finanças.
Somos pela constitucionalidade do projeW.
É o parecer.Sala das Sessões, em :> de aorn ae ll171.
- Severo Eulálio, Relator.lU - Parecer da Comissão
A Comissão de Constituição e Justiça, emreunião de sua Turma "A", realizada em5-5-71, opinou, contra o voto do Sr. LuizBraz, pela constitucionalidade do Projeton.o 24/71, nos termos do parecer do Relator.
Estiveram presentes os Senhores: JoséBonifácio, Presidente, Severo Eulálío, Rela-
. tor, Luiz Braz, Célio Borja, Ubaldo Barém,Dib Cherem, Élcio Álvares, Altair Chagas,Túlio Vargas, Antônio Mariz, Alceu Collazes, Lisâneas Maciel e Fererira do Amaral.
Sala das Sessões, em 5 de maio de 1971.- ;José Bonifácio, Presidente - Severo EumIio, Relator.
PARECER DA COMISSAODE ECONOMIA, INDÚSTRIA
E COMÉRCIO
I - RelatórioPretende o ilustre Deputado Juarez Ber
nardes, através do projeto n.o 24/71, alterara disposição do item IX do artigo 4.0 da Lein. o 4.595, estabelecendo uma disciplina rígida para o tratamento dos encargos financeiros deferidos à agricultura e pecuária.Advoga, principalmente, o ilustre Deputado,a fixação da taxa de juros nunca superior a6% a.a. quando destinados a promover
- recuperação e fertilização do solo;- reflorestamento;
- combate a epizootias e pragas, nasatividades rurais;
- eletrificação rural;
- mecanização;
- irrigação; e- investimentos indispensáveis às ati-
vidades agropecuárias".
Examinado o Projeto, proponho para aapreciação dos ilustres Deputados componentes da Comissão de Economia da Câmara, razões que entendo válidas, buscando,com isto, a aprovação do projeto em pauta.
Em termos financeiros e econômicos, desejo contrariar as opiniões que consideram
inadequada" as providências preconizadaspelo projeto em pauta com base na desvalorização da moeda na razão de 20% ao ano,e entendem que os juros fixados em lJ%produzem o agravamento econômico na razão de 14%. Cabe, aqui, afirmar que o índice de desvalorízacão somente está fixadona percentagem de 20% em decorrência dcontríbuícão à economia nacional oriundada pecuária e da agricultura, especialmenteda atividade agrícola, altamente gravosapara os produtores, normalmente prejudicados pela política de preços mínimos, viade regra não condizentes com o custo realda produção, dai a justeza das prerrogativaspretendidas pelo Autor. .
Resulta de minha exposíçao a afirniativaínscrísmável de que a economia brasileirarepousa inexoravelmente na produção agricola. Nada mais justo, por esta primeirarazão, que se estabeleça para os financiamentos concedidos a esta atividade jurosde 6% a.a., como pretende o Projeto oraem análise.
Uma segunda razão deve levar, também,à aprovação do Projeto n.o 24/71, de vezque já existem precedentes, e, como exem:p,lo, pretendo citar o CONDEP - Conselho de Desenvolvimento da Pecuária, queestá aplicando recursos oriundos de empréstimos externos, através da rede deagências do Banco do Brasil, a juros de6% a.a. e pelo prazo de 11 anos, com vistasa melhoria de condições operacionais naspropriedades rurais, resguardada uma percentagem para o aumento de produtividade.
As considerações finais devem reafirmaro propósito inicial do Relator da matériaque inclina-se e apela para que seja aprovada, na oomísséo de Economia da Câmarados Deputauos, ~ iniciativa do ilustre Deputado Juarez Bernardes, principalmente pelofato de tomar-se necessária à normalização da política de crédito agrícola e pecuário.
Deve o Conselho Monetário Nacional estudar e consolidar um tratamento padronizado e equânime no que respeita àsdespesas financeiras e investimentos empregados nas áreas produtoras, e como primeira atitude nada mais justo do que afixação da taxa de juros em 6% ao ano,visando incrementar e prestigiar a agricultura e pecuárta, que se constituem, indiscutivelmente, nas fontes geradoras dosmais expressivos recursos, principais vetores positivos para o crescimento do Produto Nacional Bruto.
Há, todavia, uma deficiência na redaçãodo inciso IX do artigo 4.0 do projeto, quandofoi omitida a expressão "ao ano", após aslJalavras "seis por cento". Para sanar olapso redacional, considero necessária aapresentação de uma Emenda, como defato a apresento, formalízando-a em separado, nos termos reglmental"
11 - Voto do Relator
A alteração do item IX do art. 4.° da Lein," 4.595, pretendida pelo Deputado JuarezBernardes, autor do Projeto D.O 24/71, visaestabelecer os juros não superiores a 6%ao ano, quando empregados no meio pecuario e agrícola, investimentos destinadosa melhoria das condições rurais e aumentode produtividade. Preconiza, ainda, o Projeto, outras providências destinadas a diminuir as despesas financeiras e encargos,visando amenizar a problemática agrícolae pecuária. De acordo com a exposição demotivos calcada no relatório anexo, soutavorúvol à aprovação do projeto pela doutaComissão de Economia, com Emenda adi-
tiva da expressão 'ao ano", após as palavras "seis por cento", no item IX do 'ar-tigo 4.° :
Sala da Comissão, em 27 de julho de 197~.- Sílvio Barros, Relator.
Redação do VencidoRelatório
Pretende o ilustre Deputado' Juarez Bernardes, através do Projeto n. o 24/71, alterar a disposição do item IX do artigo 4,,0da Lei n.o 4.595, estabelecendo uma díaciplina rígida para o tratamento dos encargos financeiros deferidos à agriculturae à pecuária. Advoga, principalmente, oilustre Deputado, a fixação da taxa de jurosnunca superior a 6% a.a. quando destinados a promover
"- recuperação e fertilizaçáo do solo;
- reflorestamento;
combate a epizootias e pragas, nasatividades rurais:
- eletrificação rural
- mecanização
- irrigação, e
'- investimentos indispensáveis às atividades agropecuárias"
Examinado o Projeto, proponho para aapreciação dos ilustres Deputados componentes da Comissão de Economia da Câmara, razões que entendo válidas, buscando, com isto, a aprovação do projeto émpauta.
Em termos financeiros e econômicos, desejo contrariar as opiniões que consideraminadequadas as providências preconizadaspelo projeto em pauta com base na desvalorização da moeda na razão de 20% ao ano,e entendem que os juros fixados em 6%produzem o agravamento económico narazão de 14%. Cabe, aqui, afirmar que oindice de desvalorízação somente está fixado na percentagem de 20% em decorrência da contribuição à economia nacionaloriunda da pecuária e da agricultura, especialmente da atividade agrícola, altamente gravosa para os produtores, normalmente prejudicados pela política de preços mínimos, via de regra não condizentes'com o custo real da produção, daí a justeza das prerrogativas pretendidas nela'l.utor.
Resulta de minha exposição a afirmacíva insofismável de que a economia brasileira repousa inexoravelmente na produção agrícola, Nada mais justo, por estaprimeira razão, que se estabeleça para osfinanciamentos concedidos a esta atividadejuros de 6% a.u., como nretende o Projetoora em análise.
Uma segunda razão deve levar, também,3. aprovação do Projeto n.> 24/71, de vezque já existem precedentes. e, como exemplo, pretendo citar o CONDEP - Conselhode Desenvolvimento da Pecuária, que estáaplicando recursos oriundos de empréstimosexternos, através da rede de agências doBanco do Brasil, a juros de 6% a.a. e peloprazo de 11 anos, com vistas a melhoria:le condições operacionais nas propriedadesrurais, resguardada uma percentagem parao aumento de produtividade
As considerações finais devem reafirmaro propósito inicial do Relator da matériaque inclina-se e apela para que seja aprovada, na Comissão de Economia da Câmarados Deputados, a iniciativa do ilustreDeputado Juarez Bernardes, principalmentepelo fato de tornar-se necessária à normalização da politi.ca de crédito agrícola epecuário.
; Atosto de 1973, DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quarta-feira S 3985
'Deve o Conselho Monetário Nacional esiüdar e consolidar um tratamento padronizado e equânime no que respeita às des'pesas financeiras e investimentos empregados nas áreas produtoras, e como primeiraatitude nada mais justo do que a fixaçãoda taxa de juros em 6% ao ano, visandoincrementar e prestigiar a agricultura epecuária, que se constituem, indisc~tívelmente, nas fontes geradoras dos mais expressivos recursos, principais vetores positivos para o crescimento do Produto Nacional Bruto.
Há, todavia, uma deficiéncia na redaçãodo inciso IX do artigo 4.° do projeto, quando;foi omitida a expressão "ao ano", após aspalavras "seIs por cento". Para sanar o lapso radacíonal, considero necessária a apresentação de uma Emenda, como de fato aapresento, formalizando-a em separado,nos termos regimentais.
Aceitamos, por outro lado, a sugestão donobre Deputado Wilmar Dallanhol que objetiva suprimir do inciso IX do artigo 4.° aexpressão "sempre que necessário", sob ofundamento de que, ao persistirem na LeiD.o 4.595/64 aquelas palavras, a alteraçãolegislativa que se pretende seria pouco incisiva, já que i) Conselho Monetário Nacional contínuaría como "juiz" e "árbitro"das oportunidades em que os juros cobrados deveriam manter-se no limite máximo
'. de 6-% ao ano. Materializando essa aceitação, formalizamos em separado a Emendan,'> 2, em cumprimento aos cãnones regimentais.
ParecerA alteração do item IX do art. 4.° da Lei
n." 4.595, pretendida pelo Deputado JuarezBernardes, autor do Projeto n,o 24/71, visaestabelecer os juros não superiores a 6%ao ano, quando empregados no meio peeuárío e agrícola, tnvestímentgs destinadosa melhoria dos condições rurais e aumentode produtividade. preconiza, ainda, o Projeto outras providências destinadas a diminuir as despesas financeiras e encargosvisando amenizar a problemática agrleolae pecuária. De acordo com a exposição demotivos calcada no relatório anexo, soufavorável à aprovação do projeto pela doutaComissão de Economia, com Emenda aditiva da expressão "ao ano", após as palavras "seis pOI cento", no item IX do artigo4.0, e Emenda supressíva, ao mesmo inciso,da expressão "sempre que necessário".
Sala da Comissão, em 3 de agosto de 1971.
- Silvio Barros, Relator.IH - Parecer da Comissão
A Comissão de Economia, em reunião 01'dinárta plena, realizada em 4 de agosto de1971, aprovou, por unanimidade, a Redaçãodo Vencido, apresentada pelo Relator,Deputado Sílvio Barros, favorável, comEmendas, ao Projeto n.o 24/71, que "dá nova
_ redação ao item IX do artigo 4.° da Lein. o 4.595, de 31 de dezembro de 1964, mandando observar, nos empréstimos destinadosà agropecuária, o juro máximo de seis porcento ao ano".
Estiveram presentes os Senhores Deputados Arío Teodoro. Vice-Presidente daTurma "A", no exercício da Presidência,Rafael Faraco, Vice-Presidente da Turma"B", Silvio Barros, Relator, Marcondes Gadelha, Stélio Maroja, Sussumu Hirata, Ardinal Riba~;, Zacharias Seleme, AntônioPontes, Santllli Sobrinho, Wilmar Dallanhol,
. Lomanto Júnior, Dias Menezes, Faria Lima,Amaury Muller, Jorge Ferraz, Jonas Carlos e Magalhães Melo.
Sala da Comissão, em 4 de agosto de 1971.- Arlo Teodoro, no exercício da Presidência. - Sílvio Barros, Relator.
EMENDAS ADOTADASPELA COMISSAO
Emenda n.o 1
Ao ítem IX, do artigo 4.°, acrescente-se,depois das palavras "seís por cento", a expressão "Ao ano".
Sala d1t Comissão, em,27 de julho de 1971.- Sílvio Barros, Relator.
Emenda n.O 2
Suprima-se do item IX do art. 4.° a ex"Tessão
"sempre que necessário"Sala da Comissão, em 30 de julho de 1971.
JustificaçãoA persístír a expressão "sempre que ne
cessário", o Conselho Monetário Nacionalcontinuará juiz e árbitro da "oportunidade"de os juros e taxas serem reduzidas, quandoo objetivo do projeto seria reduzir e reduzir já e imediatamente, ao menos nos casos de investimentos que a lei originalprevê. - Sílvio Barros, Relator.
PARECER DA COMISSAoDE AGRICULTURA E POLÍTICA RURAL
I - RelatórioAtravés do Projeto de Lei n.O 24/71, pre
tende o nobre Deputado Juarez Bernardes,da representação do Estado de Goiás, alterar o ítem IX do art. 4.° da Lei n.o 4.595,de 31 de dezembro de 1964, mandando observar, nos empréstimos destinados à agropecuária, o juro máximo de 6% (seis porcento) ao ano.
O Projeto de Lei foi apresentado na Câmara dos Deputados no início de 1971 edistribuído em 13-4·-71 às Comissões de Justiça, de Economia e de Finanças e de Agricultura e Política Rural pela audiência,provocada através do ilustre Presidentedesta Comissão, Deputado Antônio Bresolín, em 10-5-1971, teve seu andamento nãomuito normal, pela demora inusitada queo proj eto sofreu na Comissão de Finanças,pois que o pedido de Audiência formuladopela Comissão de Agricultura apenas foiliberado no dia 4-4-1973.
Ressaltamos que, quanto à preliminar,nada há a objetar, pois que a douta Comissão de COnstituição e Justiça julgou o projeto Constitucional, sendo aprovado o parecer do Deputado Severo Eulálio, contra,apenas um voto divergente do DeputadoLuiz Braz - isto no dia 5 de abril de 1971.
Na Comissão de Economia, em 4 de agosto do mesmo ano, foi aprovado o projetoem pauta, através da aprovação unânimedo parecer elaborado pelo Deputado SílvioBarros, com emendas, a l.a, que acrescentaao item IX do art. 4.°, depois das palavras"seis por cento", a expressão "ao ano", e a2.a, que suprime do item IX do art. 4.° aexpressão "sempre que necessário".
A Comissão de Finanças ainda não semanifestou pela proposição.
Este, o andamento do projeto nas Comissões Técnicas desta Casa.
Quanto ao Mérito:Não precisa aqui ser ressaltado, pois que
a justificação do projeto ilustra, muito bem.as grandes vantagens que advíríam paraa sofrida agricultura nacional a aprovaçãodo presente projeto de lei.
Vimos e sentimos presentemente que ohomem ruricola está sofrendo e amargandopela vocação do amanho da terra.
Não se lhe atribui íncentívo algum. Pelocontrário. Ao criado r, confisca-se-lhe cercade US$ 200,00 por tonelada de carne exportada. Não se reajusta o preço do trigo,
quanto a realidade dos custos de produção; confisca-se percentual sobre exportação da soja; e confisca-se igualmenteUS$ 30,00 por saca de café exportado.
Diante deste panorama negativo, para ohomem rural nada mais justo que se limitea taxa de juros de seis por cento ao ano,dos empréstimos quando se destinam a:
- recuperação e fertilização do solo;
- reflorestamento;- combate a epízótías e prazos nas ati-
vidades rurais;- eletrificação rural;- mecanização;- irrigação; e,- investimentos indispensáveis às ati-
vidades agropecuárias.Ressalta-se que, aprovado o projeto de
lei em pauta; e conseqüentemente reduzida a taxa de juros, haverá um estímuloalentador nas atividades rurais, originando,dessa forma, maior volume de produçãoagropastorfl.
Vale dizer que, desta forma, maior tributo arrecadarão os Estados, Municípios e aUnião.
11 - Voto do RelatorFace ao acima relatado, somos favoráveis
ao projeto de lei e das emendas apresentadas pelo Deputado relator na Comissão deEconomia.
Este, o meu parecer, salvo melhor juízo. José MandeIli, Relator.
111 - Parecer da ComissãoA Comissão de Agricultura e Política Ru
ral, em reunião realizada em 12-4-73, opinou, por unanimidade, pela aprovação doProjeto n.O 24/71, nos termos do Parecer doRelator. '
Votaram os Senhores Deputados VascoAmaro - Vice-Presidente no exercício dapresidência, José Mandelli - Relator, AldoLupo, Antônio Bresolin, Antônio Ueno, Cardoso de Almeida, Delson Scarano, DíogoNomura, Eraldo Lemos, Flávio Giovine, Her.bert Levy, Lomanto Júnior, Milton Brandão,Nunes Freire, Paulo Alberto, Sebastião Andrade e Sinval Boaventura.
Sala da Comissão, 12 de abril de 1973. Vasco Amaro, Vice-presidente no exercícioda Presidência - José Mandellí, Relator.
PARECER DA COMiSSãO DE FINANÇASI - Relatório
O nobre Deputado Juarez Bernardes aoapresentar o presente projeto visa a alteração do Item IX do art. 4.° da Lei n.? 4.595,de 31 de dezembro de 1964, que passariaa ter a seguinte redação:
"Art. 4.° Compete ao Conselho Monetário Nacional.
IX - Limitar, sempre q..ue necessários,as taxas de juros, descontos, comissõese qualquer outra forma de remuneraçãode operações e serviços bancários oufinanceiros, inclusive os prestados peloBanco Central da República do Brasil,assegurando taxas favorecidas aos financiamentos que se destinem a promover:
- recuperação e fertílízação do solo;
- reflorestamento;
- combate a expisootias e pragas, nasatividades rurais;
1986 Quarta-feira B DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto lle 1973
- eletrificação rural;
- mecanização;
- irrigação;- investimentos indispensáveis às ati-
vidades agropecuárias."A Comissão de Economia, ao aprovar o
projeto, introduziu nele duas alterações: aprimeira, apenas de redação, incluindoapenas as expressões "ao ano", após fixarem 6% a taxa de juros, tornando maisclara ainda a intenção do autor do Projeto;e a segunda, dando mais força à proposição, que segundo o relator, poderia a tornar inócua face as expressões "quando necessário".
A Constitucionalidade já foi exaustivamente examinada pela Comissão de Constituição e Justiça, que acolheu parecer donobre Deputado Severo Eulália, pela Constitucionalidade do projeto.
Em primeiro lugar, o problema das taxasde juros historicamente remonta às normas dos Hebreus, na velha Civilização doOriente Próximo, quando se limitava em6% as taxas de juros.
É verdade que a depreciação constanteda moeda levou a se incluir nessa taxa adiminuição do seu poder aquisitivo, e, emconseqüência, as taxas cresceram de modovergonhoso, agravando por isso a própriataxa de inflação.
As taxas de juros servem hoje como atritos econômicos para se encaminhar paracertas atividades os disponíveis monetários.Numa hora em que, não só o Governo, mastodo o Pais têm os olhos voltados para oesforço de travar o crescimento do custode vida, parece-nos elementar a providência sugerida, que busca ampliar a produtividade agrícola, tão desistimulada nos últimos tempos pela atração dos lucros altosno campo industrial.
Assim sendo, o que se pede no projetonão é mais do que aliviar um atrito econômico para ampliar o fluxo de recursospara uma atividade que universalmente reconhecida como primordial no mundo dehoje, onde o fantasma da fome ainda preocupa os estadistas e economistas de todo oplaneta. Se a tecnologia tem conseguidodominar o efeito trágico da Lei de Malthusé de se reconhecer de que tudo isso resultaprecisamente da preocupação universal deencontrar incentivos para acelerar a produtividade de meios de subsistência.
É exatamente isso o que visa o Projeto,oferecendo taxas de juros convidativos parao fundamental da atividade agrária, comosejam: a fertilização do solo, o combate àspragas, a eletrificação rural, e, especialmente, os dois pontos da maior relevânciaque são a mecanização e a irrigação, fatores essenciais para se tirar do Brasil ovelho estigma que lhe travava o surto agrícola, pelo baixo rendimento muscular noclima quente que nos domina, e vencer aprópria natureza, no baixo nível pluviométrico de grandes extensões do nosso território. Obriga a uma intensa e sístemátícairrigação para afastar o qualificativo deterras semi-áridas que ainda pesa na fotografia econômica do nosso País.
11 - Voto do RelatorPelas razões expostas, opinamos- pela
aprovação do Projeto, com as alterações introduzidas pela Comissão de Economia.
Esse é o nosso parecer.
Sala da Comissão, em 7 de julho de 1972.
- Dyrno Pires, Relator.
111 - Parecer da Comissão
A Comissão de Finanças, em sua reuniãoordinária do dia 6 de junho de 1973, aprovou, com abstenção dos Deputados Tourinho Dantas, Homero Santos e NorbertoSchmidt, e contra o voto do Deputado IvoBraga, o Projeto n.o 24, de 1971, do SenhorJuarez Bernardes, nos termos do parecerfavorável do Relator, Deputado DyrnoPires.
Estiveram presentes, os Senhores Deputados Jorge Vargas, Presidente; Ivo Bragae Oziris Pontes, Vice-Presidentes; Adhemarde Barros Filho, Aldo Lupa, B'lomero Santos, Ildélio Martins, Norberto Schmidt,Tourinho Dantas, Willmar Guimarães, Carlos Alberto de Oliveira, Dyrno Pires, Fernando Magalhães, João Castelo, LeopoldoPeres, Ozanam Coêlho, Sousa Santos,Athiê Jorge Coury, César Nascimento, JairoBrum, Harry Sauer, Joel Ferreira, FariaLima, Herbert Levy, Sebastião Andrade,Adalberto Camargo, Dias Menezes, FlorimCoutinho, Peixoto Filho e Walter Silva.
Sala da Comissão, em 6 de junho de 1973.- Jorge Vargas, Presidente - Dyrno Pires,Relator.
PROJETO DE LEI~.o 308-A, de 1971
Dá valor de documento de identidadeàs carteiras expedidas pelos órgãos fiscalizadores de exercício profissional edá outras providências; tendo parecer,da Comissão de Constituição e Justiça,pela constítucionalidade e juridicidadc,com substitutivo.
(PROJETO DE LEI N.o 308, DE 1971, TENDO ANEXADO O DE N.O 493, DE 1971, AQUE SE REFERE O PARECER)'
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.0 É válido em todo o TerritórioNacional como prova de identidade, paraqualquer efeito, a carteira emitida pelosórgãos criados por lei federal, controladoresdo exercício profissional.
Art. 2.a Os créditos dos órgãos referidosno artigo anterior serão exigíveis pela acãoexecutiva processada perante a Justica Federal.
Art. 3.0 Esta lei entrará em vigor na data da sua publicação.
Justificação
Embora disciplinada cada qual por legislação própria os Conselhos Federais e Regionais de Engenharia e Arquitetura, deMedicina, de Técnicos de Administração etantos outros, são todos êles órgãos federais jurisdicionados pelo Ministl5.rio do Trabalho e Previdência Social
Demais disso há numerosas disposiçõesna referida legislação rigorosamente idênticas e ainda recentemente, através da Lei'1.° 5. 410, de 9 de abril de 1968, o regimede previdência social dos servidores e empregados dessas entidades ganhou, comoconvinha, uniforme definição.
Relativamente, entretanto, ao valor dascarteiras fornecidas pelos Conselhos Federais e Regionais de Controle do exercícioprofissional como medula de identidadeperdura a inexplicável diversídade. As expedidas pela ordem dos advogados, pelosConselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura e de Contadores valem como Carteira de Identidade. Entretanto, o mesmonão ocorre com as fornecidas por outrasentidades de fins idênticos.
A finalidade do presente projeto ê darigual validade aos documentos expedidospor todos os órgãos criados por lei federaldestinados a controlar e fiscalizar o exercício profissional dando fim a uma díscrímínação legal que não se justifica.
Também é válido o disposto no artigo 2.0do Projeto, sabido que tais órgãos encontram dificuldades quando pretende exigiras respectivas contribuições pelos seus congregados. Submetidos ao Ministério do Trabalho e Previdência Social ou ao Tribunalde Contas da União, os órgãos de que tratao projeto não dispõem, entretanto, de rneíoslegais que lhe permitam a execução da receita orçada, ao passo que as despesas sãorigorosamente fiscalizadas.
Bala das Sessões,
- Navarro Víeira.
LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADA PELASEÇÃO DE COMISS6ES PERMANENTES
LEI N9 5.410DE 9 DE ABRIL DE 10
Dispõe sôbre o regime de p:.-.:••-.ii:.&ü.~~~social dos servidores e empregados dasautarquias cont"oladoras do exercícioprofissional:
O Presidente da RepúblicaFaço saber que o Congresso Nacional de
creta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1.0 O regime de previdência social
dos servidores e empregados dos Conselhos,Ordens e demais autarquias instituídas porleí para contrôle do exercício profissionalpassa a ser o da Lei Orgânica da Previdência Social (Lei n. o 3.807, de 26 de agôsto de 1960), ficando derrogada, para êsseefeito, a Lei n.O 1.162, de 22 de julho de1950.
Art. 2.° As providências destinadas a regularização da situação do pessoal atingido pela presente Lei, inclusive a averbaçãode seu tempo de serviço anterior e o pagamento das contribuições ao mesmo referentes, serão determinadas pelo Ministrodo Trabalho e Previdência Social, dentro de30 (trinta) dias contados da publicação desta Lei ouvidos o Serviço Atuarial e o Departamento Nacional de Previdência Social'l
Art.3.0 Esta Lei entra em vigor na datade sua publicação
Art. 4.° Rpvogam-se as disposiçoes emcontrário.
Brasília, 9 de abril de 1968, 147.° da Independência e 80.9 da República. - A. Costa.e Silva - Jarbas G. Passarinho.
COMISSãO DE CONSTITUIÇãOE JUSTIÇA
ot: n.> 28/72Brasília, 25 de maio de 1972
A Sua Excelência o Benh>:'
Deputado Pereira LopesDD. Presidente da Câmara dos Deputados
Senhor Presidente
Atendendo à deliberação unamme destaComissão, em reunião Plenária realizadaem 24-5-72. solicito a Vossa Excelência queo Projeto n.o 493/71, do Sr. ArdinaI.Ribas,que "Dispõe sobre a carteira de identificação de estudantes menores de 18 anos edá outras providências", seja anexado aode n.? 3081'"" »or trats rem de matériascorreIatas.
Na oporturuuade, reafirmo a Vossa Excelência os protestos de minha estima e consideração. - José Bonifácio, Presidente.
Agosto de 1973
PROJETON.o 493, de 1971
Anexado ao Projeto n,v 309, de 1971
Dispõe sobre a carteira de identificação de estudantes menores de dezoitoanos e dá outras providências.
(As Comissões de Constituição e Justiça, de Educação e Cultura e de Finanças)
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Para efeito de identificação é
documento hábil a carteira estudantil demenores de 18 anos.
Parágrafo único. A carteira estudantildeverá ser padronizada e nela constar, alémda fotografia do seu portador e da suaassinatura e impressão digital do dedo polegar da mão direita, as assinaturas do diretor do educandário onde estuda e do Inspetor de Ensino do Ministério da Educaçãoe Cultura.
Art. 2.0 É dado o prazo de trinta diasao Ministério da Educação e Cultura pararegulamentar a presente lei.
Art. 3.0 Esta Lei entra em vigor na data de sua. publicação, revogadas as disposições em contrário.
Sala das Sessões, 18 de novembro de 1971.- Ardinal Ribas.
JustificaçãoÉ meritório o esforço do Governo Federal,
através do MEC. para erradicar o analfabetismo no País. Daí, portanto, a necessidadede se criar motivações àqueles que aindapermanecem na escuridão do não saber, facilitando-lhes meios para o aprendizado.Quanto ao obietivo fundamental desta proposição, é o de possibmt~r ao menor. ~e 18anos que mora no intenor e tem dífículdade' de obter uma carteira de' ídentidadeatravés de uma delegacia policial, se identificar através da carteira estudantil.
Sala das Sessões, 18 de novembro de 1971.
- Ardinal Ribas.
PARECER DA CO:MISSAODE CONSTITUIÇAO E JUSTIÇA
I e 11 - Relatório e Voto do RelatorO projeto pretende que. as_carteiras pro
fissionais expedidas por orgaos fiscalizadores do exercício profissional, de criação delei federal tenham valor de documento deidentidade'. Pelo art. 2.0 quer conceder açãoexecutiva a tais órgãos, controladores deatividades profissionais para a cobrança dacontríbuícão de seus filiados perante a Justiça Federal.
Nos termos da justificação da proposícão o intuito de seu ilustre autor é o estabel~cimento de critério uniforme de tratamento para os portadores de carteirasfornecidas pelos órgãos fiscalizadores doexercício das profissões liberais, uma vezque poucas categorias tiveram a identidadeprofissional reconhecida como prova deidentidade para todo e qualquer efeito.
Efetivamente, dispõe a Lei n.o 4.215, de27 de abril de 1963 (Estatuto da Ordem dosAdvogados do Brasil):
"Art. 63 '" .•..•.• : •••....§ 1.0 - A carteira expedida aos inscritos na Ordem, assinada pelo Presidente:la Secão, constitui prova de identidadepara todos os efeitos."
No quadro geral, a atríbuíçao do valor deprova de identidade, para todos os efeitos,à carteira profissional. parece envolver despropositada delegação dos poderes públicos às entidades fiscalizadoras da atividadeprofissional, cuja competência deve ficar li-
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
mítada ao estrito àmbíto da corporação semimplicações na organização e funcionamento de serviços fundamentais para a administração pública. É o caso dos serviços deidentificação e cadastramento dos indivíduos, cuja organização e funcionamento nãodevem ser perturbados por entidades comatribuições paralelas de órgãos de identificação, gerando uma pluralidade de documentos Com valor de carteira de identidade, em detrimento do sistema de identificação individual, que, na medida do possível, deve buscar a centralízação.
Nessa ordem de idéias, as carteiras emitidas pelos órgãos fiscalizadores deveriamvaler exclusivamente como identidade profissional, sob pena de abrir-se intolerávelexceção no sistema de identificação, conforme o fez a Lei n,> 4.215, em cujo rastro poderiam ter surgido novas extensões dacompetência ídentítícadora a órgãos nãopoliciais, quando se sabe que a este temsido reservada a tarefa de controle dos individuos através da identificação pela relevância que o assunto representa para asegurança da coletividade, valendo ressaltarserem esses setores da administração pública os dotados de pessoal especializado ematerial adequado ao trabalho de identificação, que, desnecessário frisar, não selimita à colheita de impressões (ljgitais efornecimento de earteíras.
Ao reclamar para todos os profissionaisliberais o tratamento dispensado aos advogados, no que tange à validade da carteiraprofissional como prova de identidade, afirma o nobre autor do projeto que tal favortambém é concedido aos engenheiros e aosarquitetos. Entretanto, o exame do textolegal regulador do exercício das profissõesde engenheiro, arquiteto e engenheiro-agrônomo, demonstra que o legislador buscounova orientação para a matéria, parecendoter descoberto a verdadeira diretriz para,sem desprestigiar o sistema oficial de identificaçiio, atender os justos interesses dosprofissionais liberais que, quando poucopelo caráter cômodo e prático de necessitarem de um só documento com duplovalor de identidade, o geral e o especial,resolveu incluir na Lei n.O 5.194, de 24 dedezembro de 1966, dentre os requisitos paraa expedição da carteira de identidade profissional a prova de identidade, neste termos:
"Art. 56. . .§ 2.0 A carteira profissional, para osefeitos desta lei, substituirá o diploma,valerá como documento de ídentirtadee terá fé pública.§ 3.0 Para a emissão da carteira profissional os Conselhos Regionais deverão exigir do interessado a prova dehabilitação profissional e de identidade, bem como outros elementos julgados convenientes, de acordo com instruções baixadas pelo Conselho Federal."
Absurdamente a Lei n. O 4.215, o chamaco"Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil", deixará de incluir na relação de documentos exigidos para inscrição no quadrode advogados a carteira de identidade ("rt48).
Colhida a necessária lição na análise detais precedentes, descoberta uma nova tendência do legislador ao elaborar a regulamentação da profissão de engenheiro, parece fácil a solução para reconhecer valorde prova de identidade às carteiras profissionais, identidade geral e não apenas profissional, buscando-se regra fundamentalcomum a ser observada pelos órgãos emitentes como encarregados da fiscalização daatividade profissional especifica, que passariam a instruir os processos de inscriçãocom a carteira de identidade dos interes-
Quarta-feira 8 398'2'
sados, dela retirando o elemento básico deidentificação - o número do registro ou doprontuário - para mencioná-lo na carteiraprofissional. Na prática disso não surgiránenhuma dificuldade para os profissionaisliberais no momento da inscrição no órgãorespectivo, porque raro o indivíduo que nãopossui carteira de identidade, principalmente nas camadas mais esclarecidas da população que atribuem a esse documento grande importância, no que por sinal estão comtoda razão. Entretanto, como as carteirasde identidade geral não indicam a profissãodo portador, torna-se forçoso o incômodotransporte de vários documentas pelos indivíduos, com reflexos até na estética prejudicada pela proeminência dos bolsos cheiosde carteiras.
Ademais, a verdade é que os profissionaisliberais, com justa razão, têm especial interesse em de pronto identificar-se comopessoa de formação superior, principalmente quando solicitados a identificar-se porfuncionários policiais, para que desde logosaibam estes que tratam com titulares deimportante prerrogativa processual, evitando-se assim equívocos de conseoüêncías nemsempre reparáveis.
Como o legislador não deve criar condições propicias para que os indivíduos seesquivem à identificação pelos órgãos públicos competentes, porque isso não lhes traznenhum prejuízo, atendendo ainda a umobjetivo de ordem'ipúbllca, melhor seria oreconhecimento com prova de identidadepara as carteiras profissionais que indicassem o registro do portador no Instituto Nacional de Identificação ou repartição congênere, valendo as demais exclusivamentecomo identidade profísslonal. A inclusão donúmero do prontuário na carteira profissional parece atender os interesses dos profissionais liberais, que assim teriam credencial profissional e identidade geral nummesmo documento, assim também cumpridos os objetivos de segurança da sociedadeatravés do cadastramento de individuaisdatiloscópicas pelos ~f>t§),.".~ núblícos competentes.
Mas, aceitas como prova de identidade ascarteiras emitidas pelos já referidos órgãosfiscalizadores do exercício profissional, porrazôes bem mais ponderáveis ter-se-ia deestender o reconhecimento às carteiras funcionais expedidas pelas repartições públicas aos seus funcionários, naturalmentesempre que nelas indicado o prontuário noórgão público de identificação.
Portanto, não só as carteiras profissionais expedidas pelos órgãos controladorese fiscalizadores do exercícios profissionalvaleriam como prova de identidade, mastambém todas as identidades funcionaisfornecidas pelas repartições públicas aseus servidores, em sentido o mais amplopossível, compreendendo todo e qualquersetor do Poder Executivo, Poder Legislativo, Poder Judiciário, repartições autárquicas e órgãos públicos em geral.
O art. 2.° do projeto, mandando processarpela via executiva a cobrança de contribuições dos profissionais filiados às entidadesfiscalizadoras não traz qualquer inovação,já que a garantia processual que o rito encerra está consignada no art. 142 da Lein.o 4.215 e no parágrafo 1.0 do art. 78 daLei número 5.194.
Quanto à competência dos Juízos federaispara o processo e julgamento das ações executivas destinadas à cobrança de contribuições desses órgãos fiscalizadores do exercício profissional, ou a proposta é desnecessária, por redundante, ou, então, deveser rejeitada, por inconstitucionalidade, pelo fato de pretender incluir na competência da Justiça Federal causas em razão daspessoas, sem no entanto atender à sistemática traçada na Constituição, Federal.
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DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Sel}ão I)" Agosto de 1973
PARECER DA COMtSSÃO DECONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA
I e 11 - Relatól'Ío_-e Voto do Relator'O Projeto n.o 779/72 é constitucional mas
não transpõe a.ibarreíra da injuridicidade.
Interfere no sistema jurídico da distribuição dos recursos da Loteria Esportiva, quetem mecanismo, e destinação próprios, complanejamento específico, e que atende necessídades sociais prioritárias.
Visa a proposição um benefício de âmbitonacional,qual seja a ligação ferroviária
Tenha-se em vista, ainda, que aqueles recursos; aplicados durante um ano. exclusivamente nessa obra, serão suficientes para asua total construção e implantação, vistocomo o custo de um quilômetro de ferroviaconstruída dificilmente ultrapassa os 900 milcruzeiros (- geralmente varia entre 400 e900 mil cruzeiros -).
_Sala das Sessões, ~ Deputado Juarez Bernardes.
um ano, à construção e implantação de ligação ferroviária entre Brasilia e Belém.
Art. 2.0 A ferrovia de que trata o artigoante;:ior deverá acompanhar, tanto -quantopossível, o traçado da lígacão rodoviária.Brasília-Belém, passando peías proxímída_des da Serra dos Carajás. - ,
Art. 3.0 Esta lei entrará em vigor na da-ta de sua public-ação. , ,
Art. 4.0 Revogam-se as dlsposíções emcontrário. " -
.Sala das Sessões - Deputado Juarez Bernardes..
A ligação ferroviária entre- a Capital daRepública e a cidade de Belém no Pafáamba~ constituindo no presente dois grau:des pólos -do desenvolvimento nacional éIndubítavelmente, uma necessidade. "
Tanto que todos os governos têm manifestado o-seu interesse e preocupação quantoao problema, sendo certo que alguns setoresda adm~nistração já preconizaram a suaconstrução de forma, a acompanhar, mais oumenos, o traçado da-rodovia Brasília-BelémÉ que essa ligação rodoviária, vencendo eln'.grande parte do seu percurso as terras quemedeiam' os vales dos rios Araguaia e Toca~~ins, encontrou na conformação topo
·graflca grandemente privilegiada, as facilidades técnicas -desejáveis para a sua construção, assim como propiciará as mesmas
, condições de exequíbilidade à ferrovia. .'Por outro lado, as grandes reservas de mí
~érios, já descobertas na Amazônia, especialmente na Serra dos Oarajás, estão aensejar ao Governo uma política 'de transportes mais-eficiente é econômica aplicávelespecificamente a região, de mod~ a permitir. o escoamento daquelesprodutos, a preçobaixo, para os centros benef'ícíadores e eonsumídores.
Entretll,nto, apesar de todos reconhecerema necessidade da implantação dessa ferro:via,o atual prevalecimento das metas rodoviárias sobre as ferroviárias 'e, bem assim; oelevado custo que envolveria uma obra'detal vulto, têm servido 'para procrastinar aligação ferroviária entre Brasília e Belém.
O projeto procura, então, ao mesmo t~inpo que evitar a pulverizacão dos recursosoriundos da Loteria Esportiva aplicá-losconcentradamente, durante o p~azo de um'ano, num empreendimento do' maior alcan- ce nacional, qual seja a ferrovia BrasíliaBelém, qúe permitirá, depois de implantada, etetíva exploração das grandes reservas minerais da Amazônia mediante trans-porte econômico. '
,PROJETO DE LEIN.O 35Z-B, de 1971
(Da Comissão de Educação e Cultura)Redação para z.a discussão do Proj'eto
de Lei n. O 352-A; de 1971, que "instituio Banco do Livro nos estabelecimentosde ensino de 1.0 e 2.0 graus, e dá outras
_providêneias".O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 É instituido nos estabelecimentos
escolares abrangidos pela Lei n.o 5.692, de11.de agosto de 1971, fixadora das Diretrizese Bases para o ensino de 1.0 e 2.0 graus, oBanco do Livro.
Art. 2.° Competirá ao Banco do Livro através de suas agências - o fornecimentode livros ,:escolares aos alunos ·dos respectivos estabelecimentos <1" ensino. mediante
,troca ou empréstimo.Art. 3.0 O,acervo das agências constãtuír
se-á, de preferência, de livros que poderãoser doados, adquiridos, depositados ou permutados.
Art. 4.0 Cada agência do Banco do Livroconterá as seguintes seções:
I - de doação, destinada a receber oslivros doados por alunos, ex-alunos, particulares e entidades públicas ou privadas,mediante seleção e escolha' dos julgadosúteis e aproveitáveis;
II --"- de permuta, onde o aluno trocará oslivros usados no ano anterior pelos que iránecessitar;
III - de depósito, que receberá os livrosdos alunos, a titulo de depósito, o que facultará ao depositante o direito de operarno Banco, a qualquer tempo, junto à seção
, de .permuta, até o equivalente do valor dolivro ou livros depositados;
IV - de empréstimo, que oferecerá aosalunos menos favorecidos economicamente,a oportunidade de usufruir dos .Iivros adotados na ano que 'cursa, os quais lhe serãofornecidos mediante a assinatura de caução,para cujo resgate deverá, ao fim do anoletivo, devolver os livros tornados em em-préstimo em bom estado. '
Art. 5.0 Além dos livros adotados nos ensinos primário e médio as agências do Ban
, co receberão obras literárias úteis no sentidode complementar a formação intelectual dos
, alunos, nos setores da ficção, da história,.da poesia, das ciências naturais e das artes,sob rigoroso critério seletivo a cargo daseção de doação.
Art. 6.0 A presente lei será regulamentada pelo Poder Executivo dentro de noventadias contados da data de sua publicação.
Art. 7.0 Esta lei entrará em vigor no diaem que for publicada. .
Sala da Comissão, em 22 de junho de1973.- 'MaUl'íeio Toledo, Vice-Presidente 'noexercício da Presidência - Plínio Salgado,Relator. '
PROJETO DE LEIN.o 779-A,de 1972
Destina, pelo prazo de um ano, os.Iucros da Loteria Esportiva à· construcão I
de ferrovia, ligando Brasília a Belém edispõe sobre o traçado da mesma; tendopareceres: da Comissão de Constituiçãoe Justiça, pela constitueionalidade e injuridieidade; e, das Comissões de Educação e Cultura e de Transportes, pelarejeição. '
(PROJETO DE LEI N.o 779, DE 1972 A QUESE REFEREM OS PARECERES)O Congresso Nacional' decreta:Art 1.0 Os lucros' da Loteria Esportiva
serão totalmente destinados, pelo prazo de
Efetivamente, no caso particular dos órgãos '.:l'iscalizadores dos advogados e dos engenheiros, arquitetos e engenheiros-agrônomos, se um deve ser considerado entidadepública federal por constituir serviço público federal, embora não sujeito às disposições legais referentes às autarquias ou entidades paraestatais (art. 139 e § 1.0; da Lein.o 4.215), e o mesmo podendo ser ditoquanto ao outro, porque ,definido como autarquia dotada de personalidade juridica dedireito público e constituindo serviço público federal (art. 80 da Lei n.o 5.194), entãodesnecessário seria dispor-se sobre a competência da Justiça Federal para as causasindicadas e para quaisquer outras, pois essacompetência seria decorrência natural doart. 125, I, da Constituição Federal.
Por outro lado, se tais entidades, emboradesempenhando um serviço público, gozando de imunidade tributária, e ainda que
-uma delas seja legalmente definida comoautarquia com personalidade jurídica de direito público, não se pode somente por issoconcluir dai a competência da Justiça Federal para as causas em que forem partes,tendo em vista que o interesse da Uniãonem sempre estará presente em tais demandas, pelo menos em tese .. visto possuírem essas entidades patrimônio .próprioe autonomia administrativa e financeira.Acrescente-se o argumento final de que senão for a competência da Justiça Federaldecorrência natural da Situação juridicadessas entidades fiscalizadoras, a transferência de suas causas para a Justiça Especial, abstraído o aspecto já anotado da inconstitucionalidade, seria altamente tnconveniente para as seccionais de cidade quenão fossem sede de seção judiciária
tsto pôsto, o nosso parecer é pela constitucionalidade e [urldíctdade do pro] eto epela sua aprovação nos termos do substitutivo junto, no qual não figura o art, 2.0do projeto, ante as razões expostas,
Sala da oomíssão. em 7 de novembro de1971. -'- Luiz Braz, Relator.
IH - Parecer da ComissãoA Comissão de Constituição e Justiça, em'
reunião extraordinária de sua Turma "A",realizada em 29-6-73, opinou, unanimemente, pela constitucionalidade e [urldícldadedo }lrojeto n.O 308171, nos termos do Subs
.titutívo apresentado pelo Relator.Estiveram presentes os Senhores Depu
tados:Lauro Leitão - Presídente, Luiz Braz
R,elator, Alceu Collares, Alfeu Gasparini,DjaJma Bessa, Ferreira do' Amaral, Hildebrando Guimarães, Jáiro Magalhães, JoséAlves e Mário Mondino.
Sala da Comissão, 29 de junho de 1973. Lauro Leitão, Presidente - Luiz Braz, Relator.
Substitutivo Adotado Pela C'omissãoArt. 1.0 As carteiras emitidas pelos ór
gãos fiscalizadores do exercicio profissional,criados por lei federal, terão fé pública e,desde que contenham o número do registrodo portador no Instituto Nacional de Identificação ou repartição congênere, valerãocomo prova de identidade no território nacional, para todos 'os efeitos.
Parágrafo único. Nas mesmas condtcõesfarão prova de ídentídadc as carteiras fornecidas pelos órgãos legislativos e judiciários e pelas repartições públicas em geralMS titulares de mandatos legislativos, decargos dá magistratura e de cargos e empregos públicos.
Art. 2.° Esta lei entra em, vigor na datade sua publicação.
Art. 3.0 Revogam-se as disposições emcontrário. '
Sala da Comissão, 17 de novembro de 1971.~ Lauro Leitão, Presidente - Luiz Braz,Relator.
Agosto de 1973 mARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quarta-feira 8 398'
entre Belém e Brasília. Aí já envolve questãode mérito, deferido às demais Comissões.
A conclusão é pela ínjurídíeídade, s.m.j,
Sala das Sessões, 17 de agosto de 1972. Altair Chagas, Relator.
III - :farecer da Comissao
A Comissão de Constituição e Justiça, emreunião de sua Turma "A", realizada em17-8-72, opinou, unanimemente, pela constitucionalidade e injuridicidade do Projeton.o 779172, nos termos do parecer do Relator.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Luiz Braz, Vice-Presidente, no exercício da Presidência, Altair Chagas - Relator,Alceu Collares, Dib oherém, Djalma Bessa,Élcio Alvares, Ferreira do Amaral, João Linhares, Lisâ,,<eas Maciel, Ruydalmeida Bar.bosa e Túlio vargas.
Sala das Sessões, de agosto oe l~ (:.l. -Luiz Braz, Vice-Presidente, no exercício daPresidência - Altair Chagas, Relator.
PARECER DA COMISSãODE EDUCAÇãO E CULTURA
I - RelatórioO dinâmico Deputado Juarez Bernardes,
da representação goiana, apresentou a estaCasa o Projeto que tomou o n.o 779172 qUIvisa destinar, por um ano, todos os lucrosda Loteria Esportiva para construção deuma ferrovia, ligando Brasília a Belém(Pará),
Na brilhante justificação, do DeputadoJuarez Bernardes, declara, com propriedade,a importância económíca e estratégicadessa ferrrovia, justificando, plenamente, oque advirta para o Brasil de progresso sea citada ferrovia fosse ímnlantada o maisbreve possível.
A Comissão de vUllSucuição e Justiça.através do relator da matéria Deputado Altair Chagas, no seu parecer afirma: "OProjeto n.o 779/'il2 é constitucional mas nãotranspõe a barreira da ínjurlcidade",Adiante afirma o ilustre relator da Comissão de COnstituição e Justiça, DeputadoAltair Chagas: "Interfere no sistema jurídico da distribuição dos recursos da LoteriaEsportiva, que tem mecanismo e destinaçãopróprias, com planejamento específico, eque atende necessidades sociais prioritárias."
II - Voto do RelatorO Projeto n.v 779172, de autoria do nobre
Deputado Juarez Bernardes, embora nãopeque pela inconstitucionalidade, sofre domal da ínjurícídade.
Desvirtua, completamente, frontalmente,o que estabelece o Decreto Lei D.o 594, de27 de maio de 1969, que no seu artigo 3.cprevê a destinação da renda líquido, obtida.com a exploração da Loteria Esportiva.
Se o Projeto fosse aprovado seria a totaldestruição dos objetivos do Decreto-Lei n."594, de 27-5-69.
Nosso parecer, portanto, é "",1<1. retelcâodo Projeto.
Sala das Comissões, em 23 de novembrode 1972. - Gastão l\'1nller, Relator.
lU - Parecer da Comissão
,-,omissão de Educação e Cultura, emsua reunião extraordinária realizada a 23de novembro de 1972, apreciando o Projeton.o 779/72, do Senhor Juarez Bernardes.que "destina, pelo prazo de um ano, oslucros da Loteria Esportiva à construção deferrovia, ligando Brasília a Belém e dispõesobre o traçado da mesma", opinou, unanimemente, pela sua rejeição, nos termos doparecer do Relator, Senhor Gastão Müller.
Estiveram presentes os Senhores MuriloBadaró, Presidente, Maurício Toledo e Brígida Tinoco, Vice-presidentes; ParsifalBarroso, Manoel de Almeida, Emanuel Pinheiro, Oceano Carleial, Flexa Ribeiro,Francisco Amaral, ~rarmund Nasser, GastãoMilller, João Borges, JG de Araújo Jorge,Santilli Sobrinho, Nadyr Rossetti, stélioMaroja, Olivir Gabardo, Osnellí Martinelli,Alfeu Gasparini e Moacyr Chiesse.
Sala da Comissão, em 23 de novembrode 1972. - Maurilo Badaró, PresidenteGastão Müller, Relator.
PARECER DA COMISSAODE TRANSPORTES
I - RelatórioO projeto submetido a nossa apreciação
é de autoria do nobre Deputado Juarez Bernardes, da representação do Estado deGoiás e pretende destinar a totalidade doslucros da Loteria Esportíva, pelo prazo deum ano, para a construção e implantaçãode uma ferrovia lígando a Capital da República a Belém, Capital do Pará. Deter"ina ainda, em seu artigo 2.°, que o traçado~Çve acompanhar, tanto quanto possível,a Rodovia Brasília-Belém, servindo, inclusive, a Serra dos Carajás.
Expõe o autor, 'em sua [ustlfícatíva, aimportância econômica e estratégica dessaIerrovía, afirmando que os lucros da Loteria Esportiva, apurados num exercício,cobrem as desfesas necessárias ao' empreendimento; "que a conformação topográfica. grandemente privilegiada, propicia ascondições de exeqüibilidade da ferrovia";que "as grandes reservas de minérios, jádescobertas na Amazônia, especialmente naSerra dos Carajás, estão a ensejar, ao Go-erno, uma política de transportes mais
eficiente e econômica"; e pretende, ainda,com o projeto, "evitar a pulverização dosrecursos oriundos da Loteria Esportiva."
A Comissão de constituição e Justiça opinou, unanimemente, pela constitucionalidade, mas pela injuridicidade do projeto,nos termos do parecer do Relator, o nobre.Deputado Altair Chagas, que assim se manifestou:
'o Projeto n.O '779172, interfere no sistema jurídico da distribuição dos recursos da Loteria Esportiva, que temmecanismo e destinação própria, complanejamento específico e que atendenecessidades sociais prioritárias."
A Comissão de E:ducação e Cultura OPInou, também, unanimemente, pela rejeiçãodo projeto, nos termos do Relator, SenhorGastão Müller.
O nobre Relator da Comissão de Educação e Cultura, sem se aprofundar no mérito, fez um confronto da intenção do projeto com o estabelecido no Decreto-lei n.?594, de 27 de maio de 1969, que institui aLoteria Esportiva e, no seu artigo 3.°, prevêa destinação da renda liquida obtida coma exploração da Loteria Esportiva.
O referido artigo, com as alterações posteriores, se consubstancía no Decreto n.?68.702, .de 3 de junho de 1971, que determina:
"Art. 15. A renda líquida será depositada, semestralmente, pela Administração do Serviço de Loteria Federal, apósaprovação das contas pela Caixa Econômica Federal, de acordo com a seguinte proporção:
40% (quarenta por cento) para programas de assistência à família, infânciae adolescência, a cargo da Legião Brasileira de Assístêncía;
30% (trinta por cento) recolhidos aoFundo Nacional de Desenvolvimento daEducação (FNDE) , que serão aplicados:2/3 (dois terços) pelo Departamento deDesportos e Educação Física, em programas de educação física e atividadesesportivas estudantis, e 1/3 (um terço)pelo Conselho Nacional de Desportos,em atividades esportivas, na forma quedeterminar a regulamentação a ser baixada por Decreto do Poder Executivo;30% (trinta por cento) para programas de alfabetização que serão realizados sob a supervisão do Ministério daEducação e Cultura."
O Ministério dos Transportes, tomando~onhec~lll;ent{) do projeto em questão, porIntermédio de sua Assessoria Parlamentarmanifestou-se, expontaneamente pelo Ofí~cio n.o 557, de 15-12-1972, anexo,' expondo opensamento do Executivo. contrário ao projeto, afirmando:
'somente de modo excepcional executarse-ia projeto de tal magnitude, comoa ligação ferroviária Brasilia-Belém,em detrimento dá programação e daprioridade já estabelecidas em conformidade com as diretrizes técnícas eeconômicas em vigor."
Elucida ainda o Ofício do Poder Executivo a inconveniência de um traçado paralelo ou que acompanhe uma rodovia.
Somos de opinião que, se o transporteferroviário é o mais indicado, no atualestágio dos estudos sócio-econômicos, háque convir que já existe uma rodovia, atémesmo em fase final de asfaltamento, alémdas vias fluviais de escoamento na Amazônia.
Este projeto não figura na programaçãodo Departamento Nacional de Estradas deFerro (DNEF) , órgão do Ministério dosTransportes, como também não constou doPlano Nacional de Viação, recentementeaprovado nesta Casa.
Compreende o Plano Nacional de Viaçãotodos os projetos de construção e Implantação de ferrovias no Pais, consideradas ,jáas prioridades, do ponto de vista econômicoe técnico, segundo as diretrizes da PoliticaNacional Ferroviária, a cargo do Ministériodos Transportes.
Por outro lado, entendemos que alterara destinação dos lucros da Loteria Esportiva, já fundamentada em dispositivos legais, seria desvirtuar totalmente seus objetivos assistenciais e educativos, com evidente prejuízo social.
II - Voto do Relator
Face ao exposto, opinamos pela rejeíçãodo Projeto n.? 779, de 1972.
:.;j o nosso voto.
Sala da Comissão, em deMonteiro de Barros, Relator.
In - Parecer da Comissão
A Comissão de Transportes, em sua.reunião ordinária do dia primeiro de agosto de mil novecentos e setenta e três, rejeitou, por unanimidade, apoiando o votodo Relator, Deputado Monteiro de Barros,o Projeto n.v 779/72, do Senhor DeputadoJuarez Bernardes "que destína, pel oprazode um ano, os lucros da Loteria Esportiva.à construção de ferrovia, ligando Brasíliaa Belém e dispõe sobre o traçado damesma".
1990 Quarta-feira 8 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 19'7&
MENSAGEM N.o 194/73
PROJETO DE LEIN.O 1.357-A, de 1973
(Do Poder Executivo)~.
(PROJETO DE LEI N.o 1.357, DE 1973, AQUE SE REFERE O PARECER).
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.0 É o Poder Executivo autorizadoa abrir ao Ministério das Minas e Energiaos seguintes créditos especiais:
Autoriza o Poder Executivo a abrirao Ministério das Minas e Energia créditos especiais, no valor total deCr$ 85.449.000,00 (oitenta e cinco milhões, quatrocentos e quarenta e novemil cruzeiros), para os fins que especifica; tendo parecer, da Comissão dcFiscalização Financeira e Tom a d ade Contas, pela aprovação.
EXPOSIÇAO DE MOTIVOS N.o 089-B, DE15 DE JUNHO DE 1973, DO MINISTÉRIODO PLANEJAMENTO E COORDENAÇAOGERAL.Excelentíssimo Senhor Presidente da
RepúblicaO Exmo. Sr. Ministro das Minas e l!lner
gía, pelo Aviso n.v 86, de 24-4-73, solicitaabertura de crédito suplementar no valorde Cr$ 85.449.000,00 (oitenta e cinco mi.Ihões, quatrocentos e quarenta e nove ml~cruzeiros), visando atender o Decreto-L~ln.o 1.264, de 1.0 -3- 73, que altera, no exercicio de l1J73, a distribuição da receita J2r l?veniente da arrecadação dos impostos umcos sobre lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos e sobre energia elétrica.
2. Após o estudo do assunto, os órgãostécnicos deste Ministério, do Ministério daFazenda e do Ministério das Minas e Energia concluíram pela neeessídade da abertura de dois créditos especiais, o primeiro- no valor de Cr$ 25.622.000,00 (vinte ecinco milhões, seiscentos e vinte e dois milcruzeiros) - destinado à Construção deUnidades Residenciais em Brasília, e o segundo - no valor de Cr$ 59.827.000,00 (cinquenta e nove milhões, oitocentos e vinte e
DECRETO-LEI N.o 1.278DE 19 DE JUNHO DE 1973
Altera o art. 3.° do Decreto-lei n.o1.264, de 1.° de março de 1973, quemodifica, no exercício de 1973, a distribuição da receita proveniente da arrecadação do Imposto >J'nico sobre Lubrificantes e Combustíveis Líquidos e Gasosos e sobre Energia Elétrica, e dá ou-tras providências". '
O Presidente da República, usando daatribuição que lhe confere o art. 55, itemII, da Constituição, decreta:
Art. L° A alínea b do art. 3.0 do Decreto-lei n.o 1. 2'64, de 1.0 de março de 1973,passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 3.0 •••••••••••••••••••••••••• ; ••
f) na reorganização do' setor de mineração do carvão nacional".
Art. 3.0 Este Decreto-lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadasas disposições em contrário.
Brasília, de de 1973; 15~.oda Independência e 85.° da República.
MENSAGEM N.0·194, de 1973,DO PODER EXECUTIVO
Excelentíssimos Senhores Membros 'doCongresso Nacional:
Nos termos do art. 51 ,da Constituição,tenho a honra de submeter à elevada deliberação de Vossas Excelências, acompanhado de Exposição de Motiyos do SenhorMinistro de Estado do Planejamento eCoordenação Geral, o anexo projeto de leique "autoriza o Poder Executivo a abrirao Ministério das Minas e Energia créditosespeciais, no valor total de Cr$ 85.449.000,00,para os fins que especifica".
Brasília, em 19 de junho de 1973. - l!.mífio G. Médici.
b) na construção de residências oficiais e de unidades habitacionais, emBrasília, para transferência de séusservidores."
Art. 2'<' O art. 3.0 do Decreto-lei li.O
1.264, de L° de março de 1973; fica acrescido da alínea f, com a seguinte redaçãe:
"Art. 3.° .....................•......•
Imposto sobre Energia Elétrica será modificada, na forma estabelecida por este Decreto-lei:
I - A parcela destinada ao Ministériodas Minas e Energia a que se refere o itemVI do art. 1.0 do Decreto-lei n. O 343, de28 de dezembro de 1967, acrescentado peloDecreto-lei n.o 1.091, de 12 de março de1970, será aumentada em 1% (um porcento>'
II - A parcela à ordem do Ministro dasMinas e Energia, a que se refere o art. 13,§ 1.0 , inciso IlI, da Lei n.? 4.676, de 16 dejunho de 1965 será aumentada em 2% (doispor cento).
Art. 2.0 Para fazer face a estes aumentosserão reduzidas. exclusivamente no exercício de 19,73:
I - de 5% (cinco por cento) para 4%(quatro por cento) a parcela destinada aoaumento do capital da Petróleo BrasileiroS.A. - PETROBRÁS, a que se refere aalinea a do item II do art. 1.0 do Decretolei n,v- 343, de 28 de dezembro de 1967,acrescentada pelo Decreto-lei n,v 1.221, de15 de maio de 1972.
II - de 37% (trinta e sete por cento)para 35% (trinta e cinco por cento) a parcela destinada à ordem da ELETROBRÁS,nrevlsta no inciso I do § 1.0 do art. 13 daLei n.v 4.676, de 16 de junho de 1965, coma redação dada pelo art. 2.°, do Decretolei n. O 644, de 23 de junho de 1969.
Art. 3.0 Fica o Poder Executivo autorizado a tomar as providências necessáriasa que o Ministério das Minas e Energiautilize os recursos decorrentes dos aumentosa que se refere os arts. 1.0 e 2.° da seguinte forma:
a) na construção de prédios para instalação de órgãos e instituições do Ministério
, em Brasília;
b) na construção de unidades habitacionais, em Brasília, para transferência deseus servidores;
c) na construção do Museu da Terra eda Energia e seus anexos, em Brasília;
d) com encargos decorrentes da reformaadministrativa da Comissão Nacional deEnergia Nuclear - CNEN, de acordo como Decreto ri.? 70.855, de 21 de julho de 1972,bem como para constituição do Centro deDesenvolvimento de Tecnologia Nuclearprevisto na Lei n.o 5.740, de 1.0 de dezembro de 1971;
e) para aplicacao no "Projeto de Desenvolvimento da Tecnologia de OombustíveísNucleares", realizado, mediante convênio,com a Companhia p--o"ci"<l d," TecnologiaNuclear - CBTN.
Parágrafo único. Da parcela de 2% (doispor cento) de que trata o art. 1.0, inciso rr,1% (um por cento) será destinado à Comissão Nacional de Energia Nuclear CNEN, para aplicação no "Projeto de Desenvolvimento da Tecnologia de Combustíveís Nucleares", previsto na alínea e doart. 3.°
Art. 4.0 A aplicação ou .depósito daparcela de recursos referida na alínea bdo art. 3.0 deste Decreto-lei, tar-se-á mediante convênio que o Ministério das Minase Energia deverá celebrar com órgãos oficiais do Sistema Financeiro da Habitação.
Art. 5.0 Este Decreto-lei entrará em vigor na data da sua publicação, revogadasas disposições em contrário.
Brasília, 1.0 de março de 1973; 152.° daIndependência e 85.° da República. - EMíLIO G. MÉDICI - Antônio Delfim Netto- Antônio Dias Leite Júnior - João Paulodos Reis Velloso.
de 1973.deBrasília, em
LEGISLAÇÃO CITADADECRETO-LEI
N.o 1.264, DE 1.0 DE MARÇO DE 1973
Modifica, no exercício de 1973, a distribuição da receita proveniente daarrecadação do Imposto Único sobreLubrificantes e Combustíveis Líquidose Gasosos e sobre Energia Elétrica, e dáoutras providências
O Presidente da República, usando daatribuição que lhe confere o art. 55 - itemII da Constituição, decreta:
Art. 1.0 Exclusivamente no exercício de1973, a distribuição das receitas provenientes da arrecadação do Imposto Único sobre Lubrificantes Líquidos e Gasosos e do
I - no valor de Cr$ 25.622.000,00 (vintee cinco milhões e seiscentos e vinte e doismil cruzeiros), para atender ao projeto deConstrução de Unidades Residenciais, emBrasília, Distrito Federal; e
II - no valor de Cr$ 59.827.000,00 (cinqüenta e nove milhões e oitocentos e vintee sete mil cruzeiros), para atender àConstrução do Edlfícío-Bede do Departamento Nacional da Produção Mineral emBrasília, Distrito Federal, Construção doMuseu da Terra, Reforma Administrativada Comissão Nacional de Energia Nuclear,Desenvolvimento da Tecnologia de Combustíveis Nucleares em Convênio com aCompanhia B r a s i 1e i r a de TecnologiaNuclear - CBTN e reorganização do setorde mineração do carvão nacional.
Art. 2.0 Os recursos necessários a execução desta Lei decorrerão da aplicação dodisposto no Decreto-lei n,? 1.264, de 1.0 demarço de 1973, e Decreto-lei n.O :1:.278, de19 de junho de 1973.
Art. 3.0 Esta Lei entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Compareceram os Benhcres DeputadosMário TeIles, Monteiro de Barros, VascoNero, Peixoto Filho, José Mandelli, MárioStamm, Leão Sampaio, João Guido, Rozendo de Souza, Ruy Bacelar, Arnaldo Prieto,Bento Gonçalves, Rezende Monteiro, Léo
"Simões.
Sala das Sessões, 1.0 de agosto de 1973.- Mário Telles, Presidente - Monteiro deBarros, Relator.
Agosto de 197~ DIARIO DO CONGRBSSO NACIONAL (Seção' I) Quarta-feIra 8 3991
sete mil cruzeiros) - para atender a Construção do Edifício-Sede do DepartamentoNacional da Produção Mineral, Construçãodo Museu da Terra, Reforma Administrativa da Comissão Nacional de EnergiaNuclear e Desenvolvimento da Tecnologiade Combustíveis Nucleares. Cumpre acentuar que as despesas resultantes serão atendidas na forma do artigo 43, § lP,·item IH,da Lei n.s 4.320, de 17 de março de 1964,obedecidas, assim, as prescrições do artigo61, § 1.0 , letra "c", da Constituição.
3. Em face do exposto, tenho a honrade submeter à elevada consideração de Vossa Excelência os anexos anteprojetos deleis.
Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência os protestos do meu maisprofundo respeito. - João Paulo dos ReisVelloso, Ministro.Of. n,v 251 - SAP/73.
Em 19 de junho ue 1,1'/3
A Sua Excelência o SenhorDeputado Dayl de AlmeidaM.D. Primeiro Secretário da Câmara dosDeputados
Brasília - DF.Excelentíssimo Senhor Primeiro Secretá
rio:Tenho a honra de encaminhar a essa Se
cretaria a Mensagem do ExcelentissimoSenhor Presidente da República, acompanhada de Exposição de Motivos do Senhor
- Ministro de Estado do Planejamento e Coordenação Geral, relatava a projeto de leique "autoriza o Poder Executivo a abrir aoMinistério das Minas e Energia créditos especiais, no valor total de C1:$ 85.449.000,00,para os fins que especifica".
Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada estima e consideração. - João Leitão de Abreu,Ministro Extraordinálro para os Assuntos'do Gabinete Civil.
PARECER DA COMISSAO DEFISCALIZAÇAO FINANCEIRA
E TOMADA DE CONTAS
I - Relatório
O n.xmo. Senhor Presidente da Repúblicasubmete à apreciação do Congresso Nacional acompanhado de Exposição de Motivosdo Senhor Ministro de Estado do Planejamento e Coordenação Geral, o projeto deLei que autoriza o Poder Executivo a abrirao Ministério das Minas e Energia créditosespeciais, no valor de Cr$ 85.449.000,00 (oitenta e cinco milhões, quatrocentos e quarenta e nove mil cruzeiros) para as seguin-tes finalidades: .
I - Cr$ 25.622.000,00 (vinte e cinco milhões, seiscentos e vinte e dois mil cruzeiros) destinados à Construção de UnidadesResidenciais em Brasília, DF;
H - Cr$ 59.827.000,00 (cínquenta e novemilhões, oitocentos e vinte e sete mil cruzeiros) para atender a construção do Edifício-Sede do Departamento Nacional daProdução Mineral em Brasília, DF; Construção do Museu da Terra; Reforma Administrativa da Comissão Nacional de EnergiaNuclear; Desenvolvimento da Tecnologiade Combustíveis Nucleares em Convêniocom a Companhia Brasileira de TecnologiaNuclear - CBTN e reorganíaaçâo do setorda Mineração do carvão nacional.
A abertura destes créditos visam a atender o Decreto-lei n.O 1.264, de 1.°-3-73, quealtera, no exercício de 1973, a distribuiçãoda receita proveniente da arrecadação dos
impostos únicos sob lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos e sobre energia elétrica.
Os Ministérios da F.azenda e Planejamento manifestaram-se favoravelmente à concessão dos créditos especiais solicitados,uma vez que não haverá aumento de despesas conforme estípulam os sezníntea preceitos legais em vigor:a) Lei 4.320, de 17 de março de 1964:
Art. 43. A abertura de créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer àdespesa e será precedida de exposição jus~tificativa. .
Parágrafo 1.0 Consideram-se recursos,. para o fim deste artigo. desde que não comprometidos:
III - os resultantes de anulações parcialou total de dotacões orçamentárias ou decréditos ádicionafs autorizados em lei.b) Emenda Constitucional n." 1, de 1969
Art. 61, parágrafo 1.0: É vedado:
c) a abertura de crédito especial ousuplementar sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes.
II - Voto do Relator
Em face do exposto e não havendo impedimento legal, opino pela aprovação doProjeto.
Sala das Sessões da Comissão de Fiscalização Financeira e Tomada de Contas, em28 de junho de 19'J3. - Wilson Falcão, Relator.
111 - Parecer da ComissãoA Comissão de l~iscalização Financeira e
. Tomada de Contas em sua 10." Reunião Ordinária, realizada em 28 de junho de 1973,sob a presidência do Senhor Theódulo deAlbuquerque, Presidente e presentes os Senhores Nosser Almeida, PeixotoFilho, Henrique Fanstone, Antonio Annibelli, MarceloMedeiros, Athos de Andrade, Josias Leite,Wilson Falcão, Furtado Leite, Renato Azeredo, José Bonifácio Neto e Jorge Ferraz, opina, por unanimidade, de acordo com o parecer do relator, deputado Wilson Falcão,pela aprovação do PROJETO N.o 1.357/73,do Poder Executivo, que "autoriza o PoderExecutivo a abrir ao Ministério das Minase Energia créditos especiais, no valor totalde Cr$ 85.449.000,00 (oitenta e cinco milhões, quatrocentos e quarenta e nove milcruzeiros), para os fins que especifica".
Sala das Sessões da Comissão de Fiscalização Financeira e Tomada de Contas, em28 de junho de 19'73. - Theódulo de Albuquerque, Presidente - Wilson Falcão, Relator.
MJi:NSAGE1\-1N.o ~:27, de 1973
(DO PODER EXECUTIVO)Submete à consíderaçâo do Congres
so Nacional o texto do Convênio Cultural firmado entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governode Trindad e Tobago, em Port-of-Spaín,a 9 de novemb ro de 1971.
(As Comissões de Relações Exteriores,de Constituição e Justiça e de Educaçãoe Cultura).
Excelentíssimos Senhores Membros doCongresso Nacional:
De conformidade' com o disposto no art.14, item I, da Constituição Federal, tenhoa honra de submeter à alta apreciação de
Vossas Excelências, acompanhado de exposição de motivos do Senhor Ministro deEstado das Relações Exteriores, o texto doConvênio Cultural, firmado entre o Governo da República Federativa do Brasil e oGoverno de Trinidad e Tobago, em Portof-Spain, a 9 de novembro de 1971.
Brasília, em 11 de julho de 1973. - Emí- I
lio G. Médiei.J:XPOSrçAO DE MOTIVOS DCINT/DCS/
DAI/ARC 254/640(B46) (B91, DE 2 DEJULHO DE 1973, DO SENHOR MINISTRODE ESTADO DAS RELAÇõES EXTERIORES.
A Sua Excelência o SenhorGeneral-de-ExércitoEmílio Garrastazu Médici,Presidente da República.
Senhor Presidente,Tenho a honra de sugmeter à alta apre
ciação de Vossa Excelência o anexo textodo Convênio Cultural celebrado entre oBrasil e Trinidad e Tobago, em Port-orSpain, em 9 de novembro de 1971, duranteminha visita a diversos países da AméricaCentral.
2. O referido Convênio visa criar uminstrumento legal capaz de disciplinar eorientar as relacões entre o Brasil e Trinídad e Tobago "nos domínios da cooperação cultural, técnica e científica.
3. No que se refere à cooperação cultural, estão previstos, nos artigos IH, IV, VI,IX e X respectivamente, o intercâmbio deprofessores, a mútua concessão de bolsasde estudo, o reconhecimento de diplomaspara fins de matrícula em curso superior,a organização de exposições artísticas, reeitais e espetáculos teatrais e a aproximaçãode emissoras de rádio e televisão, no intuito de difundir os valores culturais de cada.país.
4. No domínio da cooperação técnica ecientífica, o presente ato prevê, nos seusartigos VIII e XIII, respectivamente, a organização de exposições técnicas e cientificas e o incentivo ao intercâmbio de missões do mesmo caráter.
5. Nestas condições, submeto à alta consideração de Vossa Excelência o inclusoprojeto de mensagem ao Congresso, que encaminha. para exame e aprovação, o Convênio em causa.
Aproveito a oportunidade para renovara Vossa Excelência, Senhor Presidente, osprotestos do meu mais profundo respeito.
Mário Gibson Barboza.Of. n.O 291-SAP173.
Em 11 de julho de 1973•.
A Sua Excelência o Senhor
Deputado Dayl de Almeida
M.D. l.°-Secretário da
Câmara dos Deputados
Brasília - DF.
Excelentíssimo Senhor 1,O-Secretário:
Tenho a honra de encaminhar a essa Secretaria a Mensagem do Excelentíssimo Senhor Presidente da República, acompanhada de exposição de motivos do Senhor Ministro de Estado das Relações Exteriores,relativa ao texto do Convênio Cultural, firmado entre o Governo da República Federatíva do Brasil e o Governo de Trinidade Tobago. em Port-of-Spain, a 9 de novembro de 1971.
1/992 Quarta-feira 8 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 1973
ria de taxas ou impostos aduaneiros mediante termo de responsabilidade relativoao retorno do material ao país de origem,ao término da missão.
Artigo XIV
Cada Pane Contratante facilitará a adrrnsaao em seu território, assim como aeventual saída, de material pedagógico,obras de arte, livros e documentos ouquaisquer objetos que, procedentes da outraParte, contribuam para o eficaz desenvolvimento das atividades compreendidas nopresente Convênio.
Artigo XVPara velar pela aplicação do presente
Convênio será constituída uma ComissãoMista Brasil - Trindad e Tobago, que sereunirá, quando necessário e alternadamente, nas capitais dos respectivos países.
2. Na referida" Comissão deverão estarrepresentados, do lado brasileiro, o Ministério das Relações Exteriores e o Ministérioda Educação e Cultura, e, do lado trinitário,o Ministério das Relações Exteriores, o Ministério da Educação e o Conselho Nacíona] de Cultura.
3. Cabera à referida Comissão estabelecer concretamente os meios mais ade-.quados à perfeita execução do presenteConvênio para o que deverá recorrer, sempre que necessário, à colaboração das autoridades competentes das Partes Contra"tantos, enviando esforços para criar condições propicias à realização dos altos oh-·jetivos do mesmo.
Artigo XVINa execução do presente Convênio, res
peitar-se-ão, em todos os casos, as disposições das respectivas legislações internas.
Artigo XVIIO 'presente Convênio entrará em vigor
trinta dias após a troca de Instrumentos deRatificação, a ser efetuada na cidade deBrasília, e deixará de vigorar seis mesesapós a data em "que uma das Partes notificar à outra Parte, por escrito, sua intenção de denunciá-lo.
Em fe do que, os abaixo assínados, devidamente autorizados pelos seus respectivos Governos, firmaram e .seíaram esteAcordo, em duplicata, nas línguas portuguãsa e inglêsa, ambos os, textos igualmenteautênticos.
Feito na cidade de Port-of-Spain, Tríndad, em 9 de novembro de 1971.
Pelo Governo da República Federativa doBrasil - a) Mário Gibson Barbeza,
Pelo Governo de Trindad e Tobago - a)Kamaluddin Mohammed. ",
MENSAGEMlN.o 237, de 1973
(DO PODER EXECUTIVO)Submete à consideração do Congres
so Nacional o texto do Instrumento deEmenda à Constituição da OrganizaçãoInternacional do Trabalho, adotadoem "Genebra, a 22 de junho de 1972, porocasião da quinquagésima sétima sessão da Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho., Artigo XIII
1. Cada Parte Contratante estimulará o (Às Comissões de Relações Exterio-intercâmbio de missões científicas e' téc- res, de 'I'rabalho e Legislação Social enicas destinadas a estudos ou pesquisas no de Constituição e Justiça.)território da outra Parte, desde que previa- Excelentíssímos Senhores Membros domente autorizados pelo Governo do país a Congresso Nacional:ser visitado. Em conformidade com o disposto no ar-
2. Ao equipamento ·cíentífico ou técníco tígo 44, item I, da Constituição Federal,das referidas missões serão concedidas fa- _ tenho a honra de submeter a elevada eoncilidades alfandegárias e isenção temperá- síderação de Vossas Excelências, aeompa-
Artigo XIICada Parte Contratante facílítará a li
vre eírculacão de jomaís, revistas e publicações informativas, assim como a recep-.ção de noticiários de rádio e televisão daoutra Parte.
Artigo X
Cada Parte Contratante facilitará aaproximação entre suas emissoras oficiais,com o fim de organizar a transmissão deprogramas de rádio e televisão de carátercultural-informativo, e de difundir, reciprocamente, seus valores culturais e suasatrações turísticas.
Artigo XICada Parte Contratante favorecerá a in
trodução em seu território de filmes e gravações musicais oriundos da outra Parte,para fins culturais e educativos.
Artigo VIIICada Parte Contratante patrocinará a
organização de exposições técnicas e científicas no outro pais e concederá facilidades alfandegárias e isenção temporária detaxas ou impostos aduaneiros, mediantetermo de responsabilidade relativo ao retorno do material ao país de origem, ao término da exposição.
Artigo IXAs Partes Contratantes patrocinarão a
organização de exposições artísticas e aapresentação de conjuntos musicais e teatrais, corais, grupos coreográficos, orquestras e atores individuais.
2, O material artístico e cultural admitido nos respectivos países para as citadasexposições deverá receber facilidades alfandegárias e isenção temporária de taxasou impostos aduaneiros, mediante termo deresponsabilidade relativo ao retorno domaterial ao pais de origem ao término daexposição.
2. Os diplomas e graus concedidos 'emvirtude do presente Acordo não conferempor si próprios o direito de exercer a profissão no país em que foram expedidos. Oexercício da profissão dependerá em cadacaso dos requisitos legais em vigor nos doispaíses.
Artigo VIOs diplomas ou graus de caráter cientí
fico, profissional ou técnico expedidos pelas autoridades competentes de qualquer-das Partes Contratantes em favor de nacionais do Brasil e de Trinidad e Tobago,devidamente autenticados, serão reciprocamente válidos em Trinidad e Tobago e noBrasil para os fins de matrícula em cursosde estabelecimentos de ensino superior,sempre quando satisfaçam os requisitos legais e educacionais de ambos os países.
Artigo VIIDe acordo com sua legislação interna res
pectiva, cada Parte Contratante, procuraráfacilitar o reconhecimento dos diplomas etítulos profissionais idôneos, expedidos porestabelecimentos de ensino no outro paísdevidamente legalizados, para efeito deexercício de profissão em seus respectivosterritórios.
Artigo V1. Os diplomas ou títulos de ensino se
cundário e técnico e de aperfeiçoamentode professores, expedidos por autoridadesoficiais, ou estabelecimentos oficialmentereconhecidos de qualquer, das Partes Contratantes, conferidos a nacionais do Brasile de Trinidad e Tobago, serão reconhecidosno território da outra Parte, para admissãoa estudos superiores ou para a continuaçãodos ditos estudos, sempre que tais diplomas ou qualificações satisfaçam os requisitos legais e educacionais de admissão àinstituição em que o portador procure ingressar ..
Aproveito aoportunídade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada estima e consideração. - .João Leitão deAbreu, Ministro Extraordinário para os Assuntos do Gabinete Civil.
CONVÊNIO CULTURAL ENTRE OGOVERNO DA REPúBLICA FEDERATIVA
DO BRASIL E O GOVERNO DETRINIDAD E TOBAGO
Os Governos da República Federativa do.:Brasil e de Trinidad e Tobago, .
Convencidos de que o fortalecimento doslaços culturais entre o Brasil e Trinidad eTobago só poderia ser conseguido atravésde um conhecimento íntimo entre os nacionais dos dois países;
Desejosos de incrementar o intercâmbiocultural entre ambos os países e tornar cada vez mais firme a tradicional amizadeque une o Brasil e Trinidad e Tobago;
Resolvem celebrar um Convênio de In1tercâmbio Cultural e para esse fim nomeiam seus Plenipotenciários, a saber: .
O Ministro das RelaçõesExteriores do Brasil
Sua Excelência o SenhorEmbaixador Mario Gibson Barboza
O Ministro dos NegóciosExteriores de Trinidad e Tobago
Sua Excelência o SenhorKamaluddin Mohammed
que acordaram no seguinte:
Artigo ICada Parte Contratante se compromete a
promover o intercâmbio cultural no seumais amplo sentido entre seus nacionais.
Artigo II
Cada Parte Contratante deverá a; alar aobra que em seu território realizem as ínstituiçõ\ils consagradas ao estudo da língua,à pesquisa e à difusão das ciências, das letras e das artes do outro país.
Artigo rnCada Parte Contratante estudará a pos
sibilidade de estimular a cooperação entreos estabelecimentos de ensino superior deambos os países e a promover o intercâmbio de professores, de modo a promover osobjetivos do presente Convênio.
Artigo IV1. Cada Parte Contratante estudará a
possibilidade de conceder bolsas de estudoa estudantes pós-graduados, profissionaísliberais, técnicos, cientistas ou artistas,enviados por um país ao outro, a fim deaperfeiçoarem seus conhecimentos.
2. Aos brasileiros e aos cidadãos de ·Trinidad e Tobago beneficiários dessas bolsasserá concedida dispensa de quaisquer taxasescolares.
Agosto de 1973 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Quarta-feira 8 3993
nhado de Exposição de Motivos do Senhor:Ministro de Estado das Relacões Exteriores, o texto do Instrumento de Emenda àConstituição da Organização Internacionaldo '!'rabalho, adotado em Genebra, a 22 dejunho de 1972, por ocasião da quínquagéssíma sétima sessão da Conferência Geralda Organização Internacional do Trabalho.
Brasília, em 26 de julho de 1973. - EmílioG. Médici.
EXPOSICÃO DE MOTIVOS DIE/DAE/274/101.1(Ô14), DE 20 DE JULHO DE 1973,DO SENHOR MINISTRO DE ESTADODAS RELAçõES EXTERIORES.
A Sua Excelência o SenhorGeneral-de-Exército Emílio Garrastazu Médici, Presidente da República.
Senhor Presidente,
Tenho a honra de submeter à alta apreciação de Vossa Excelência o texto do Instrumento de Emenda à Constituição daOrganização Internacional do Trabalho,1972, adotado, a 27 de junho de 1972, pela57.a Sessão da Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho.
2. A modificação introduzida pela Emenda - aumento do número de membros doConselho de Administração da Organização Internacional do Trabalho - refletetendência generalizada, verificada nos últimos anos, de ampliação dos órgãos diretivos dos Organismos Internacionais. Talampliação tem buscado, precipuamente,contemplar os paises em desenvolvimento,dando-lhes, 'assim, Senhor Presidente, maiorpoder decisório e expressão política dentrodaqueles Organismos.
3. Nestas condições, permito-me sugerir o encamínhamento ao Congresso Nacional do Instrumento de Emenda à Constituição da Organização Internacional doTrabalho, passando, para esse fim, às mãosde Vossa Excelência o competente projetode Mensagem Presidencial, cópias do Parecer n.O 2/73 do Consultor Jurídico do Ministério do ',I'rabalho e Previdência Social edo texto em vernáculo do referido Instrumento.
Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência, Senhor Presidente, osprotestos do meu mais profundo respeito.
Mário Gibson Barbosa.
or, n.? 307-SAPI73.
A Sua Excelência o Senhor
Deputado Dayl de Almeida
MD. Primeiro-Secretário da Câmara dos
Deputados
Brasília-DF.
, Em 26 de julho de 1973.
Excelentissimo Senhor Primeiro-Secretário:
Tenho a honra de. encaminhar a essa Secretaria a Mensagem do Excelentíssimo Senhor Presidente da República, acompanhada de Exposição de Motivos do Senhor Ministro de Estado das Relações Exteriores,relativa ao texto do Instrumento de Emenda à Constituição da Organização Internacional do Trabalho, adotado em Genebra, a22 de junho de 1972, por ocasião da quinquagésima-sétima sessão da ConferênciaGeral da Organização Internacional do Trabalho.
Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada estima e consideração. - Leitão de Abreu, Ministro Extraordinário para os Assuntos do,.Gabinete Civil.
Conferência Internacional do TrabalhO
INSTRUMENTO DE EMENDA ÀCONSTITUIÇÃO DA ORGANIZAÇÃO
INTERNACIONAL DO TRABALHOAdotado pela Conferência na sua
Quinquagésima-Sétima Sessão. Genebra, 22 de junho de 1972
Texto AutênticoA Conferência Geral da Organização In
ternacional do Trabalho:Convocada a Genebra pelo Conselho de
Administração da Repartição Internacionaldo Trabalho e ali reunida a 7 de junho de1972, em sua quinquagésima sétima sessão;
Havendo decidido substituir, nas disposições da Constituição da Organização Internacional do Traballio relativas à composição do Oonselho de Administração, os números "quarenta e oito", "vinte e quatro","quatorze" e "doze" pelos números "oínquenta e seis", "vinte e oito",. "dezoito" e"quatorze", questão que constitui o sétimoponto da agenda da sessão, adota, nestevigésimo segundo dia de junho de 1972, opresente Instrumento de emenda à Constituição da Organízaçâo Internacional doTrabalho doravante denominado Instrumento de Emenda à Constituição da Organização Internacional do Trabalho, 1972;
Artigo 1
No texto da oonsutuíção da Organização.nternacional do Trabalho, tal como atualmente está em vigor, os números "quarenta e oito", "vinte e quatro, "quatorze" e"doze" dos parágrafos 1 e 2 do artigo 7 serãosubstituídos pelos números "cinquenta eseis", "vinte e oito", "dezoito" e "quatorze".
llrtigo 2
A partir da data da entrada em vigordeste Instrumento de emenda, .a Constituição da Organízaçáo Internacional do Trabalho produzirá seus efeitos na formaemendada, de acordo com o artigo precedente.
Artigo 3
Ao entrar em vigor o Instrumento deemenda, o Diretor-Geral da Repartição Internacional do Trabalho fará produzir umtexto oficial da Constituição da Organização Internacional do Trabalho, tal comomodificada pelas disposições deste Instrumento de emenda, em dois exemplaresoriginais devidamente autenticados comsua assinatura, dos quais um será depositado nos arquivos da Repartição Internacional do Trabalho e o outro remetido aoSecretário-Geral dias Nações Unidas paraseu registro, de. acordo com o artigo 102 daCarta das Nações Unidas. O Diretor-Geralremeterá uma cópia certificada deste texto a cada um dos Estados Membros da Organização Internaeional do 'I'rabalho ,
Artigo 4Dois exemplares do Instrumento de emen
da serão autenticados com as assinaturasdo Presidente da Conferência e do DiretorGeral da Repartdçâo Internacional do Trabalho. Um desses exemplares será depositado nos arquivos da Repartição Internacional do Trabalho e o outro remetido aoSecretário-Geral elas Nações Unidas paraseu registro, de acordo com o artigo 102da Carta das Nações Unidas. O Diretor-Geral remeterá uma cópia certificada do Instrumento a cada 11m dos Estados Membrosda Organização Internacíonal do Trabalho.
Artigo 5
1. As ratificações ou aceitações formaisdeste Instrumento de emenda serão comunicadas ao Diretor-Geral da Repartição arespeito do seu recebimento.
2. Este Instrumento de emenda entrará em vigor de acordo com as disposiçõesdo artigo 36 da Constituição da OrganizaçãQ.
3. Ao entrar em vigor este Instrumento,o Diretor-Geral da Repartição Internacional do Trabalho comunicará este fato atodos os Estados Membros da OrganizaçãoInternacional do Trabalho e ao Secretário-Geral das Nações Unidas.
O texto que precede é o texto autênticodo Instrumento de emenda à Constituiçãoda Organização Internacional do Trabalhodevidamente adotado pela Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho, em sua quínquaséslma sétima sessão, realizada em Genebra e declarada encerrada a vinte de junho de 1972.
As versões inglesa e francesa do textodeste Instrumento de emenda fazem igualmente fé.
EM FÉ DO QUE, apuseram suas assinaturas, neste vigésimo sétimo dia de junhode 1972:
O Presidente de Conferência, G. Verd-.kamp,
O Diretor-Geral da Organização Internacional do Trabalho, Wilfred Jenks,
MTPS 301.028/73Parecer n.o 2/73
EMENDA CONSTITUCIONALRATIFICAÇÃO DO BRASIL
Senhor Ministro:Encaminha-nos a OIT uma cópia certi
ficada da Emenda à Constituição da Organização Internacional do Trabalho, adotada pela 57." Conierência Internacional doTrabalho, de junho de 1972.
2. De acordo com a mesma, o Conselhode Administração será constituído de 28representantes de governos, 14 representantes de empregadores e 14 representantes de trabalhadores.
3. Nada temos a opor à ranncaçao aoinstrumento, ainda mais quando será umamaneira de efetuar composições novas, para efeito, talvez até, de inclusão do Brasil.
4. Assim, somos pelo encaminhamentodo assunto com a proposta de rápido andamento das providências no sentido daratificação, pois a emenda só entrará emvigor se ratificada por 2/3 dos EstadosMembros.
Em 16 de janeiro de 1973. - Marcelo Pimentel, Consultor Juridico.
PROJETO DE RESOLUÇÃON.O 74, de 1973
Cria a Comissão Especial de Valorização da Bacia do Rio Iguaçú,
(À Mesa)
A Câmara dos Deputados resolve:
Art. 1.0 Fica criada, para ter duração atéo final da presente Legislatura, a ComissãoEspecial destinada a estudar e opinar sobrea valorização econômica da região da Baciado Rio Iguaçú, que terá funcionamento ecomposição idênticas aos das Comissões relacionadas no Art. 31, item IH, do RegimentoInterno.
Art. 2.° Revogandas as disposições emcontrário, esta Resolução entra em vigor nadata de sua publicação.
1!94 Quarta-feira 8 DJARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 1973
JustificaçãoO Rio Iguaçú e seus afluentes banham
grande parte do território catarinense e paranaense, influenciando sobremodo a ocupapaçâo de suas riquezas.
O ordenamento de seus estudos parece deindiscutível conveniência, ainda mais quando já existem Comissões análogas cobríndcoutras regiões.
Sala das Sessões, em 26-06-73 - DeputadoWihnar Dallanhol.
LEGISLAÇAO CITADA, ANEXADA PELADIVISA0 DE COMISSõES PERMANENTES
RESOLUÇãO N.o 30, DE 1972
Da Câmara dos DeputadosDispõe sobre o Regimento Interno
TíTULO IIDos órgãos da Câmara
CAPíTULO HDas Comissões-
SEÇÃO IHDas Comissões Temporárias
Art. 31. As Comissões Especiais serãoconstituídao'
I - para dar parecer sobre projetos decódigo, cuja organização e funcionamentoobedecerão às normas fixadas no Título VIdeste Regimento;
II - para dar parecer, após o processamento da representação, sobre a perda demandato de Deputado por falta de decoroparlamentar, ou por procedimento atentatório das instituições vigentes;
III - para opinar sobre secas, bem comosobre a valorização econômica da Amazônia,do Vale do São Francisco, da Região Sul eda Região Centro-Oeste, assim designadas:
a) Comissão do Polígono das Secas;
b) Comissão da Amazônia;c) Comissão da Bacia do São Francisco;
d) Comissão do Desenvolvimento da Região Sul;
e) Comissão do Desenvolvimento da Região Centro-Oeste.
PROJETO DE LEIN.O 1.389, de 1973
Cria o Curso de Motorista e dá outrasprovidências.
(Às Comissões de Constituição e Justiça, de Educação e Cultura e deFinanças).
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.0 É criado o Curso de Motorista naforma de ensino supletivo.
Art. 2.0 O Currículo mínimo de educaçãogeral será constituído das seguintes matérias: Língua Nacional, Geografia do Brasil,História do Brasil, Educação Moral e Cívica,Organização Social e Política do Brasil ePrimeiros Socorros.
Art. 3.° O currículo mínimo de formaçãoespecial será constituído das seguintes matérias: Eletricidade, Mecânica, Trânsito ePráticas de Direção.
Art. 4.° Os Conselhos Estaduais de Educação fi. arão a duração do curso e as exigéncias necessárias para matrícula, atendendo às peculiaridades regionais.
Art. 5.° Esta Lei entra em vigor na datade sua publícaçâo.
Art. 6.° Revogam-se as disposições emcontrário.
Sala das Sessões, 18 de junho de uns. _Alfeu Gasparíní.
JustificaçãoO progresso do homem no estudo das ciên
cias deu-lhe a máquina. Ela veio em seubenefício, a fim de poupar-lhe dispêndiode energias e oferecer maior grau de conforto. Não foi inventada para uso, comodidade e vantagens individualistas, mas comoinstrumento comunitário. Considerá-la deforma diferente seria subverter a ordemhíerárquíca das grandezas terrestres, ondeocupa o cume da pirâmide o homem na suacondícão de ser racional e inteligente.
Assim, deve é r evtendída. a máquinacomo escrava do homem comunitário e nãoa comunidade na condícâo humilhante deescrava da máquina. Pensar diferente seriaendossar a criatura voltando-se contra ocriador - e até mesmo subvencionar asdesigualdades sociais - pedestres e dirigentes de máquinas tem iguais direitos nouso e gozo das coisas terrenas.
A criação do "Curso de Motorista", naforma de ensino supletivo é uma necessidade para solução deste problema que estádesafiando esta geração.
A instituição dos currículos mínimos deeducação geral e de formação' especial, bemcomo o estabelecimento da duracão do cursopelos Conselhos Estaduais de-Educaçâo dãoo "status" escolar que de há muito era necessário. Forma-se nas escolas industriais o0:eerário ~as centenas de peças que compoem o veículo automotor e diplomam-se osengenheiros para a sua construção. Entregar a sua direção a outrem sem exigir umaformação especial é dilapidar esforços e recursos materiais e humanos, é atentar contra a própria segurança da comunidade
No currículo mínimo de educação geral "Primeiros Socorros" - vai dar ao motorista subsídios técnicos para prestar os atendimentos em situações de emergência, emcasos de acidentes ou de mal súbito comisso salvando vidas humanas, que nas maisdas vezes sucumbem por falta de assistência.
Os "estudos sociais" vão permitir conhecer um pouco os caminhos por onde o veículo vai trafegar, condição que evita acidentes e ensina diferenciar e respeitar as autoridades e o seu semelhantr
Já o currículo mmimo de formacãoespecial dá-lhe meios de entender um poucoa máquina que usa e como dirigi-la sob oimpério das leis do trânsito. A troca de umpneu, o fio solto da bobina, um curto-circuito, uma luz apagada são eventualidadesque devem merecer ação decisória de ummotorista.
No final do curso a expedição do certificado de habilitação equivale a um diploma,dado o preparo técnico especializado oferecido pela escola.
É preciso acabar com a psicose do trânsito,com a sua carnificina que hoj e marcaanualmente milhares e milhares de brasileiros.
A escola de motorista. nos moldes oraprevistos, é um dos meios. Alfeu Gasparini.
LEGISLAÇãO PERTINENTE, ANEXADAPELA DIVISA0 DE COMISSõES
PERMANENTESDECRETO N.o 62.127
DE 16 DE JANEIRO DE 1968
Aprova o Regulamento do CódigoNacional de Trânsito.
. ...............................................J
CAPíTULO VIDos Condutores
.................................................................... .. .. .. .. .. .. .:SEÇÃO II
Da AprendizagemArt. 132. Ao Que pretender aprender a.
conduzir veículo automotores, a autoridade de trânsito, observado o disposto neste Regulamento, concederá lícenca para aaprendizagem em vias públicas.
Parágrafo único. A licença somente seráconcedida ao candidato à aprendizagemaprovado nos exames previstos no art. 144,itens I e lII, deste Regulamento, os quais-serão válidos para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitacão ou da Autorizacão para conduzir.
Art. 136. O aprendiz só poderá conduzir acompanhado pelo condutor responsável por sua instrução.
Art. 138. As escolas de formação de condutores de veículos automotores, para sua.organização e funcionamento, sujeitar-seão à regulamentação b a i x a d a peloCONTRAN.
Art. 139. Os diretores e instrutores deescolas de formação só poderão exercer essas funções após obter certificado de habilitação expedido nelos Denartamentos deTrânsito.
Parágrafo único. Para obter o certificado, o interessado deverá satisfazer, especialmente, as seguintes condições:
II - obter aprovação em exame psicotécníco para fins pedagógicos, feito em entidade oficial ou credenciada;
Art. 140. O Conselho Nacional de Trânsito baixará resolução dtscípünadora dasuspensão e proibição de exercício das funções de diretor e instrutor de escola deformação de condutor de veículo automotor.
SEÇÃO UI •
Da Habilitação
Art. 141. Nenhum veículo poderá transitar nas vias públicas sem que seu condutor esteja habilitado ou autorizado, na forma deste Regulamento.
Art. 142. A habilitação para conduzirveículo automotor será apurada medianteos exames previstos neste Regulamento.
Art. 143 - ..•.•..•..••...........••••••§ 4.° Não será concedida ínscricão a
candidato que não souber ler e escrever.Art. 144. Os candidatos à obtenção da
Carteira Nacional de Habilitação sujeitarse-ão aos seguintes exames na ordem em
-que vão indicados:I - De sanidade física e mental;
Quarta-feira 8 3995Âgósto de 1973
t'
DIARIO no CONGRESSO NACioNAL (Seção"1)
II - Psicotécnico, quando exigido nesteRegulamento ou resolução do CONTRAN;
UI - Escrito ou oral; sobre a legislaçãode trânsito;
IV - De prática de direção;V - De conhecimento técnico de veí
culos, para os que se habilitarem à catego-ria dos profissionais. .
Art. 145. As praças das Forças Armadase Auxiliares, que possuírem curso de formação de condutor ministrado em suas corporações, díspensar-se-ão, para a concessãoda Carteira Nacional de Habilitação, osexames a que se houverem submetido comaprovação naquele Curso, desde que neles
, se observem as normas estabelecidas pelo'€onselho Nacional de 'I'rânsíto.
. . .......................... ~ ... Art. 148. Os exames previstos no art.144, Itens III a V, deste Regulamentá serão'prestados perante: comissão de três' (3)membros, nomeados pela autoridade det~ãnsito.
.~, '." ',"
............................................ i .
PROJETO DE LEI
N.o 1.398, de 1973
Dispõe sobre a obrígatorledade de' filiação das empresas de construção civil ao respectivo sindicato de classe.
(Às Comissões de Constituição e Justiça, de Economia, Indústria e Co
-mércío e de Finanças)
O Congresso Naclonal tdeereta: .
Art. 1.0 Nas licitações para execução de'obras só poderão participar as e:npresasconstrutoras associadas ao sindicato da'classe, com base territorial no local ondese pretende realizar a construção:. Parágrafo único. A exigência previstaneste artigo estende-se às licitações levadas a efeito pelos órgãos da administracãodireta e indireta da União, dos Estados,Dístrlto Federal, Territórios, Muníciplos,Sociedades de Economia Mista e Fundações instituídas pelo Poder Público.
Art. 2.° Esta lei entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Sala das Sessões, em' de iunho de· 1973. :- João Alves.
JustificaçãoAs empresas construtoras que operam fo
ra de sua sede, não estão sujeitas à fiscalização, no local, do órgão sindical da ea-
· tegoria. Isto tem conduzido alguma delas'3 fazerem "qualquer negócio" para ganharconcorrências, certas de que o servíco seráajustado e executado sem a incômoda testemunha de vista: o Sindicato.
O fato vem desprestigiando, esvasíando e'· prejudicando grandemente os órgãos daclasse, os quais não possuem Federação Estadual nem Confederacão Nacional que pudesse intervir para coibir o abuso, pois suavinculação à Federação e Confederação dá
· Indústria, órgãos que congregam entidadesdiversificadas, não autoriza a ingerêncianos assuntos técnicos-profissionais da
, classe.
Todavia, resta uma esperança a esses· Sindicatos, a de que ri Governo Federal
prestigiando, como vem fazendo, as enti~dades sindicais, concorde com a proposí-çao em apreço, que visa a fiscalização peloSindicato, da idoneidade das companhias
lícítadoras, policiando não só os preçosapresentados, mas as próprias participantesde licitações e sua capacidade técnico-profissional.:
Pelos. motivos expostos, o Sindicato deConstrução Civil de Brasília não tem 'tidooportunidade de colaborar com o Estado,segundo determina a Oonsolidação das Leisdo Trabalho, ao lado da prerrogativa de-derender os .legítímoa interesses dos associados.
A proposição procura fornecer os instrumentos legais para' que os órgãos de classe,prestigiando a livre concorrência, auxiliemos Poderes Públicos a ministrar de formasadia e· eficaz o instituto da licitação.
.Bala .das Sessões de junho de 1973.- João Alves.
LEGISLAÇAO PER~INENTE, ANEXÀDAPELA' DIVISA0 DE COl\nSSõES '
PERMANEN:rES .
.' DECRETO-LEIN.o 200DE 25 DE ;F'EVERE~RO DE 1967Dispõe sobre a organização da admi
nistração Federal, estabelece diretrizes'para a reforma administrativa e dá ou-tras providências" ."
~" : ; '...........................................
'T'fTULO XH
Das Normas Relativas a Licitações paraCompras, Obras, Serviços e .Alienações
.... " 0'0;'
Art. 131. Na habitação às licitaçõesexígír-se-á dos interessados, exclusivamente, documentaçãorelatíva:
I - À personalidade [urknca.'u - À capacidade técnica.IH - A idoneidade financeira.
Art. 132. As licitações para obras ou serviços admitirão os seguintes regimes deexecução:' '
I - Empreitada por-preço global.
II - Empreitada por preço unitário.
IH - Administração contratada.Art. 133. Na fixacão de critérios para
julgamento das licitações levar-se-ão em-eonta, no interesse do servícc público, ascondições de qualidade, rendimento, preeons, condições de pagamento, prazos e outras pertinentes, estabelecidas no edital.
......................................Art. 134. As obrigações, decorrentes de
licitação ultimada, constarão de:
I - Contrato bilateral, obrigatório noscasos de concorrência e facultatiVO nos demais casos, a critério da autoridade administrativa.
II - Outros documentos hábeis, tais como cartas-contratos. emnenho de' despesasautorizações de compra e ordens de execução de serviço.
......................................\
Art. 135. Será facultativa, a critério daautoridade competente, a exigência de prestação de garantia por parte dos licitantes,segundo as seguintes modalídadesr
I - Caucão em dinheiro. em títulos dadívida pública ou fidejussória.
II - Fiança bancária.
IH - Seguro-garantia.
Art. 136. Os fornecedores ou executantesde obras ou serviços estarão sujeitos às seguintes penalidades:
I -:- Multa, prevista nas condições de licitação. '
H - Suspensão do direito de .lícítar, peloprazo que autoridade competente fixar, segundo a gradação que for estipulada emfunção da natureza da falta.
HI - Declaração de inidoneidade paralicitar na Administração Federal.
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...........................................]C().,.T~()UDACãO DAS LEIS DO
TRABALHOAprovada pelo Decreto-lei
n.~ 5.452, de 1.° de maio de 1943
TíT. VDa Organização 'Sindical
CAP. IDa Instituição Sindical
SEÇãO IDa Associação em Sindicato
Art. 511. É lícita a associação para finsde estudo, defesa e coordenação dos seusinteresses econômicos ou profissionais detodos os que como empregadores, empregados, agente~ ou" trabalhadores autônomos,ou profissionais liberai.s exerçam, resp.ec~lvamente, a mesma atívldade ou profJssaoou atividades ou profissões similares ou conexas.
§ 1.0 A solidariedade dos interesses econômicos dos que empreendem ativi?-a<:esidênticas similares ou conexas, constituí ovínculo docial básico que se denomina categoria econômica.
§ 2.0 A similitude de condições de vidaoriunda da profissão ou trabalho em comum, em situação de emprego ~a mesmaatividade econômica ou em atividade- eCOnômicas similares ou conexas, compõe a expressão social elementar compreendidacomo categoria profissional.
.§. 3:0 .Categoria profissional dírerencíadaé a que se forma dos.ernpregadoe que exerçam profissões ou funções diferenciadas porforca de estatuto especial ou em conseqüêncía de condições de vida singulares.
§ 4.0 Os limites de ídentídade, similaridade ou conexidade fixam as dimensõesdentro das quais a categoria econômica ouprofissional é homogênea e a assoctação énatural. .'
Art. 512. Somente as associações pronssionais constituídas para os fins e na forma do artigo anterior e registradas deacordo com o artigo 558, poderão ser reconhecidas como sindicatos e Investidas nasprorrogatívas definidas nesta lei.
Art. 513. São prorrogativas dos sindicatos:
a) representar, lJerante as autoríoucesadministrativas e judiciais, os interessesgerais da respectiva categoria ou profissãoliberal ou os interesses individuais dos associados relativos à atividade ou profissãoexercida; .
b) celebrar contratos coletivos de trabalho;
c) eleger ou designar os representantesda respectiva categorh ou profissão liberal:
d) colaborar com o Estado, como órgãostécnicos e consultivos, no estudo e soluçãodos problemas qua se relacionam com arespectiva categoria ou profissão liberal i
3996 Quarta-feira 8
e) impor contribuições a todos aquelesque participam das categorias econômicasou profissionais ou das profissões liberaisrepresentadas.
Parágrafo único. Os sindicatos de empregados terão, outrossim, a prerrogativade fundar e manter agências de colocação.
Art. 514. São deveres dos sindicatosa) colaborar com os poderes públicos no
desenvolvimento da solidariedade social;b) manter serviços de assistência judiciá
ria para os associados;c) promover a conciliação nos díssnnos de
trabalho.Parágrafo único. Os sindicatos de em
pregados terão, outrossim, o dever de:a) promover a fundação de cooneratívas
de consumo e de crédito;b) fundar e manter escolas de alfabetiza
ção e pré-vocacíonaís ,
SEÇAO IIDo Reconhecimento e Investtdnru
SindicalArt. 510. as associações pruussionais de
verão satisfazer os seguintes requisitos para serem reconhecidas como sindicatos:
a) reunião de um terço, no mínimo, deempresas legalmente constituídas, sob a forma individual ou de sociedade, se se tratar de associação de empregadores; ou deum terco dos que integrem a mesma categoria . ou exerçam f. mesma profissão liberal se se tratar de associação de empregados ou de profissão liberal;
b) duração não excedente de dois anospara o mandato da diretoria;
c) exercício do cargo de presidente porbrasileiro nato e dos demais cargos de administração e representação por brasileiros;
Parágrafo unico , O Mmistro do .rraoalho e Previdência Soclal poderá, excepcionalmente, reconhecer como sindicato a associação cujo número de associados sejainferior ao terço a que se refere a alínea~'a"~
Art. 516. Não será reconhecido mais deum sindicato representatiVO da mesma categoria econômica ou profissional, ou profissão liberal, em uma dada base territorial.
Art. 517. Os sindicatos poderão ser distritais, municipais, intermunicipais, estaduais e interestaduais. Excepcionalmente, eatendendo às pecularidades de determinadas categorias ou profissões, o Ministro doTrabalho e Previdência Social poderá autorizar o reconhecimento de sindicatos nacionais.
§ 1.0 O Ministro do Trabalho e Previdéneia Social outorgará e delimitará a baseterritorial do sindicato.
§ 2.0 Dentro da base territorial que lhe:for determinada é facultado ao sindicatoinstituir delegacias ou seções para melhorproteção dos associados e da categoría econômica ou profissional ou profissão liberalrepresentada.
Art. 518. '0 pedido de reconhecimentoserá dirigido ao Ministro do Trabalho e Previdência Social, instruído COIr exemplar oucópia autenticada dos estatutos da associação.
§ 1.0 Os estatutos deverao conter:a) a denominação e a sede da associa
ção;b) a categoria econômica ou profissional
ou a profissão liberal cuja representação érequerida;
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção n
c) a afirmação de que a associação agirácomo órgão de colaboração com os poderes públicos e as demais associações nosentido da solidariedade social e da subordinação dos interesses. econômicos ouprofissionais ao interesse nacional;
d) as atribuições, o processo eleitoral edas votações, os casos de perda de mandatoe de substituição dos administradores;
e) o modo de 'constituição e administração do patrimônio social e o destino quelhe será dado no caso de dissolução;
f) as condições em que se dissolverá a associação.
§ 2.° O processo de reconhecimento seráregulado em instruções baixadas pelo Ministro do Trabalho e Previdência Social.
Art. 519. A investidura sindical será conferida sempre à associação profissionalmais representativa, a juízo do Ministro doTrabalho e Previdência Social, constituindoelementos para essa apreciação, entre outros:
a) o número de associados;b) os serviços sociais fundados e manti
dos;c) ó valor do patrimônio.Art. 520. Reconhecida como sindicato a
associação profissional, ser-lhe-á expedidacarta de reconhecimento, assinada pelo Ministro do Trabalho e Previdência Social, naqual será especificada a representação econômica ou profissional conferida e mencionada a base territorial outorgada.
Parágrafo único. O reconhecimento investe a..associação nas prerrogativas do art.513 e a obriga aos deveres do artigo 514,cujo inadimplemento a sujeitará às sançõesdesta lei.
Art. 521. São condições para o funcionamento do Sindicato:
a) proibição de qualquer propaganda dedoutrinas incompatíveis com as instituiçõese os interesses da Nação, bem como de candidaturas e cargos eletivos estranhos aosindicato;
b) proibição de exercício de cargo eletivocumulativamente com o de emprego remunerado pelo sindicato ou por entidadesindical de grau superior;
c) gratuidade do exercício dos cargos eletivos;
d) proibição de quaisquer atividades nãocompreendidas nas finalidades mencionadas no art. 511, inclusive as de caráter político-partidárias;
e) proibição de cessão gratuita ou remunerada da respectiva sede à entidade deíndole politico-partidária;
Parágrafo único. Quando para o exercício de mandato, tiver o associado de sindicato de empregados, de trabalhadores autônomos ou de profissionais liberais de seafastar pela assembléia geral uma gratificação nunca excedente da importância desua remuneração na profissão respectiva.
PROJETO DE LEIN.o 1.399, de 1973
Autoriza o Governo a abrir concorrência para firmas especializadas naretirada de lixo de embarcações surtas em portos ou terminais marítimosou fluviais.
(Às Comissões de Uonstituições e Justiça, de Transportes e de Finanças)
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Para dar cumprimento ao esta
belecido na Lei n.? 5.357, de 17 de novembro de 1967, em caráter de urgência, fica o
Agosto de 1973
Governo autorizado a, no prazo de 90 dias,abrir concorrência para firmas especializadas na retirada de lixo das embarcações nacionais e estrangeiras surtas em portos brasileiros, ou em terminais marítimosou fluviais.
§ 1.0 Caberá à Diretoria de Portos e Costas, encerrado o prazo de concorrência, acontratação imediata dos serviços da empresa vencedora, para o início dos trabalhos, nos portos de Santos e Rio de Janeiro.
§ 2.° A Diretoria de Portos e Costas, noprazo de mais 90 dias, deverá proceder aum levantamento completo da situação dosprincipais portos brasileiros, no litoral, emrios, lagoas e outros tratos de água, quantoà situação sanitária e de poluição das águas,estendendo aos mesmos, os serviços de limpeza e retirada de lixo das emba"'('!1.cõesque os utilizem.
Art. 2.° As firmas que se inscreveremna concorrência de que trata o Art. 1.0deverão apresentar as seguintes condiçõesbásicas:
A - estar devidamente credenciadas junto às repartições administrativas competentes, "Alfandega, Capitania e Administraçãodos Portos e órgãos do Governo federal,estadual ou municipal", para esse fim restrito, sendo especializada nesses servícos adois (2) anos no mínímo. •
B - dispor de cais próprio ou de acessoadequado, livres da ação das marés parao recolhimento do lixo tirado de bordo dasembarcações e que não interfiram com asnormas sanitárias de qualquer regulamen1;0 antipoluição;
C - contar com frota de chatas, chatõesou outras embarcações apropriadas, propelidas ou rebocadas, devidamente aparelhadas para o serviço a que SI' destinam, bemcomo pessoal marítimo devidamente ('1"e
dencíado para esse mister.
Art. 3.° A Diretoria de Portos e Costas,30 dias após o contrato firmado com a empresa especializada, exigirá de cada embarcação o certificado de limpeza, sem o quala mesma não poderá obter o visto indispensável à saída do porto onde se encontre.
§ 1.0 As despesas com taxas de fiscalização alfandegaria ficarão por conta daempresa contratada.
§ 2.° No caso de se constatar qualquermente, o contrato de serviços com a emtificados, o Governo rescindirá, imediatamente, o contrato de serviços com a Empresa, ficando ainda a mesma sujeita àsresponsabilidades criminais que couberem.
Art. 4.° A Diretoria de Portos e Costasfixará as normas para que a execução dosserviços de retirada de lixo das embarcações não afete o trabalho de carga e descarga nos portos.
Art. 5.° Todos os casos omissos, não especificados neste dispositivo legal, serão resolvidos por uma Comissão constituida por3 (três) representantes, um da Diretoria dePortos e Costas. e os outros da Diretoriada empresa contratada. e da empresa denavegação.
Art. 6.° Esta lei entrará. em vigor dadata de sua publicação, revogando-se asdisposições em contrário.
Sala das Sessões. - J"G de Araújo Jotge.J"ore-e.
JustificaçãoA poluição é hoje um espantalho da ci
vilização. Não apenas a poluição do ar, masa da água que envolve os países, meio inevitável de cornunícacão através de seusportos marítimos, fluviais ou lacustres.
Agosto de 1973 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quarta-feira 3 3997
Que ela é uma preocupação justa do Governo brasileiro temos a comprovação pelaLei n.O 5.357, de 17 de novembro de 1967,assinada pelo então Presidente A. Costa eSilva, estabelecendo penalidades para osnavios nacionais e estrangeiros - bemcomo os terminais marítimos, que lançaremlixo ou óleo em águas brasileiras, "dentrode uma faixa de 6 (seis) milhas do litoral,ou nos ríos, lagoas e outros tratos de água"(Art. l.a alinea a e h) ,
a) as embarcações, à multa de 2% (doispor cento), do maior salário mínimo vigente no Território Nacíonal, por tonelada dearqueação ou fração.
b) os terminais marítimos ou fluviais, àmulta de 200 (duzentas) vezes o maior saIárío-mínírno vigente no Território Nacional.
Fixando ainda, que, no caso de reincidência, a multa seja an'rcada em dobro.(Parágrafo único)
Mas, a verdade, é que, se a lei é boa, emseu contexto, permanece sem aplicação, semqualquer resultado positivo, por isso quenão conta o Governo com os meios adequa
.dos para fazê-la cumprir. Cogita dos efeitos danosos provenientes da poluição das
.águas, mas não ataca as causas do mal, não
.atalha os elementos ativos que promovemtal poluição, ameaçando as populações litorâneas, ou que se utilizam dos seus portos.
Náo dispõe o Governo de meios materíaís,na faixa de 6 milhas, como estabelece alei para uma fiscalização. rigorosa, que impeça os navios de limparem seus porões,jogando carga infecta, despejando indiscriminadamente óleo servido ao mar.
A solução, obviamente, é atacar "o mal'pela raiz", limpando e descarregando o lixoe o óleo das embarcações, quando se encontrarem nos portos, em seu trabalho decarga e descarga.
Já há .empresa organizada e credenciad~para este fim, como a "FAXINAVE" háanos prestando inestimáveis serviços noporto de Santos e aparelhada para a execução imediata desses serviços também naGuanabara e o que é importante dispostaa colaborar com as autoridades no combatea poluição, com a aprovação da presentelei.
Daí minha iniciativa. Ela permite, maisque isto, obriga o Governo a encarar obje-tivamente um problema que se está transformando numa preocupação constante enuma ameaça generalizada. Diariamente osjornais noticiam, e apresentam extensasreportagens sobre a situação em que seencontram portos, e cidades tais comoSantos e o Rio de Janeiro, para citar osdois portos mais importantes, e prioritáriospara qualquer ação saneadora.
No Rio de Janeiro, dentro da Baia deGuanabara, suas praias deveriam ser semexceção, interditadas, segundo os laudos epesquisas realizadas por uma Comissão jáexistente para esse fim, a Comissão Interestadual de Controle da Poluição. O Comandante Pereira de santos, presidente daComissão informou à imprensa:
tiA fiscalização na Baía de Guanabara émuito difícil porque a Capitania possuiapenas duas embarcações de pequeno porte,e uma delas está em reparos. E' apenasimpossível fiscalizar todas as embarcaçõesque entram e saem da baía e, em muitoscasos, os navios despejam óleo bem longeda costa, o qual é trazido à praia pelascorrentes marítimas e pelo vento." (Estadode S. Paulo 20-12-72.>
Por outro lado, () Sr. Victor Wellisn, Diretor do. Serviço de Recuperação dos Afogados do Rio, e veterano caçador submarino,declarava a um jornalista paulista do Diário da Noite (28-2 -72) :
"Diariamente toneladas de detritos detoda espécie são lançadas nas águas daBaía de Guanabara: esgotos, resíduos industríaís, óleo dos navios. O teor de oxigênio da água é baixo. Em conseqüência, o"plancton" que é base de todo ciclo vitalmarinho, vai desaparecendo, tornando-secada vez menor. No .mesmo ritmo de hoje,dentro de 30 anos, a Baia de Guanabaraserá um imenso Iago de lama, onde até anavegação será dí ãcíl",
Realmente, quem tem a oportunidade deutilizar as praias do Interior da baía, podeconfirmar a triste realidade. Eu próprio,que freqüento praias de Niterói como, Flexas, Icaraí, posso dar meu testemunho. Hádias em que não se pode sequer chegarperto da orla marítima, as águas estão escuras e fétidas, exalam um odor que empesta o ar.
E não só as do interior da baía. Jornalistas, contratados pela empresa turísticaTranseuropa, defendendo a visita a tribosde índios como um incentivo ao turismo,declararam (Jornal do Brasil) de 21-1-73,que "antes só se conhecia no exterior oRio de Janeiro, cuja praia de Copacabanadecepciona pelo excesso de carros, pela poluição das águas e pelo cheiro insuportável".
Viajantes das lanchas que fazem a ligação Rio-Niterói tem a oportunidade de observar como as águas da baía estão comumente cheias de detritos: pedaços de caixotes, de madeira, de papelão, cascas defrutas, garrafas vazias, latas, palha, papeis,lixo em geral, além de manchas maiores oumenores de óleo.
Repito: eis a razão da presente proposição. Dar ao Governo os elementos necessários para iniciar uma luta sem tréguasem defesa de nossos mares, rios, lagos, e apreservação de suas condições ecológicasindispensáveis à vida de peixes e outrosseres que os habítam, bem como das popu
"laçôes humanas que se situam às suas margens.
Independentemente dos trabalhos deconstrução de esgotos e elevatórias, do controle sobre os- terminais oceânicos ou fluviais, da fiscalizacão sobre as Indústrias esobre as Empresas de Navegação, de Transportes, e de Petróleo, a principal medida emcaráter urgente e prioritário, é justamentea da retirada do lixo e do óleo usado, emtodas as embarcações, quando nos portos.
A Lei n.o 5.357 tem se revelado inócua,baseando-se apenas no critérios de multas,e sem que o Governo disponha realmente demeios e forneça recursos, para uma fiscalizaçã~ de fato das embargações na faixade mar nela fixada.
No Jornal do Brasil de 25 de janeiro, doano corrente, lemos que a opinião dos Técnicos é a de que "multas e autos de infração não são soluções adequadas para o problema.
Segundo o Grupo Executivo do Convênioda Poluição da Baía de Guanabara, seríapossível varrer diariamente a baía ou quantas vezes fossem necessárias, de houvesserecursos".
Não havendo, e implicando em grandesdespesas o aparelhamento dos órgãos competentes para bem cumprirem sua missã_o,opinam os técnicos que "uma legislaçaoespecífica que permita a cobrança de taxasa empresas, clubes, indústrias e organizações comerciais, que utilizam e conseqüentemente sujam a .Baía de Guanabara po-
deria ser a primeira medida concreta nocombate à poluição. Na sua opinião,' poderiam contribuir, mensalmente, para a conservação da baía limpa, as empresas de petróleo, de desmonte de navios, de transportes marítimos, além de trapiches, cais eestaleiros. A contribuição seria proporcionale fixa".
Segundo o Grupo Executivo, "uma verbade Cr$ 60 mil mensais seria suficiente paraque se iniciasse a varredura sistemática dabaia. E entre os usuários que dividiriam adespesa estariam a Petrobrás, a Shell, aoEsso, a Atlantic, a refinaria de Manguinhos,a Texaco, 30 estaleiros, 7 empresas de desmonte de navios, dezenas de companhíaade navegação e transporte, os iates clubes,pontes, trapiches, cais, portos de abastecimento de óleo, de descarga de pescado e indústrias que descarregam detritos diretamente no mar".
Essas proposições, reafirmamos, são asprimeiras medidas de uma legislação especifica indispensável para se enfrentar oproblema. Estamos certos disto, e contamoscom a compreensão dos ilustres pares.
Esta a razão também porque apresentamos outro projeto autorizando o Governo acriar uma taxa, vinculando-a do mesmomodo às do Fundo Naval, com o fim expresso de atender os serviços da fiscalização edefesa dos mares, rios e lagoas e quaisqueroutros tratos de água contra a poluição.
LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADA PELADIVISA0 DE COMISSõES PERMANENTES
LEI N.o 5.357DE 17 DE NOVEMBRO DE 1967
Estabelece penalidades para embarcações e terminais marítimos ou fluviaisque Iançarem.detrltos ou óleo em águasbrasileiras, e dá outras providências.
Art, 1.0 As embarcações ou terminaismarítimos ou fluviais de qualquer natureza, estrangeiros ou nacionais, que Iancarem detritos ou óleo nas águas que seencontrem dentro, de uma faixa de 6 (seis)milhas marítimas do litoral brasileiro, ounos rios, lagos e outros tratos de água ficarão sujeitos às seguintes penalidades:
a) as embarcações, à multa de 2% (doispor cento) do maior salário mínimo vigenteno território nacional, por tonelada de arqueação ou fração;
b) os terminais marítimos ou fluviais, àmulta de 200 (duzentas) vezes o maior salário mínimo vigente no território nacional.
Parágrafo único. Em caso de reincidência a multa será aplicada em dobro.
Art. 2.° A fiscalização desta Lei fica acargo da Diretoria de Portos e Costas doMinistério da Marinha, em estreita cooperação com os diversos órgãos federais ouestaduais interessados.
Art. 3.° A aplicação .da penalidade prevista no art. 1.0 e a contabilidade da receitadela' decorrente rar-se-ão de acordo com oestabelecido no Regulamento para as Capitanias de Portos.
Art. 4.° A receita proveniente da aplicação desta lei será vinculada ao FundoNaval, para cumprimento dos programas emanutenção dos serviços necessários à fiscalização da observância desta LeI.
. Art. 5.0 Esta Lei entra em vigor na datade sua publicação.
Art. 6.° Revogam-se as disposições enrcontrário.
3998 Quarta-feira 8 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 1973
PROJETO DE LEIN.O 1.400, de 1973
Modifica dispositivos da Oonsoüdaçâodas Leis do Trabalho, aprovada peloDecreto-lei n.? 5.452, de 1.0 de maio de1943, em sua parte processual.
(As Comissões de Constituição e Justiça e de Trabalho e Legislação Social).
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Os artigos 799 e 800 da Conso
lidação das Leis do Trabalho, aprovada peloDecreto-lei n.a 5.452, de 1.0 de maio de1943, passam a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 799. Nas causas da jurisdiçãotrabalhista, terão efeito suspensivoapenas as exceções de incompetência ede suspeição, quando opostas, por escrito, no prazo de três dias contados dorecebimento da notificação a que serefere o art. 841 desta Consolidação.§ 1.0 As demais exceções, inclusive asde suspeição e incompetência absolutaque não forem opostas no prazo legalserão recebidas como matéria de defesa.§ 2.0 Das decisões sobre exceções desuspeição e incompetência, salvo quanto a estas se terminativas do feito najurisdição trabalhista, não caberá qualquer recurso, podendo as partes alegálas novamente em recurso que couberda decisão final.""Art. 800. Apresentada a exceção deincompetência, independentemente deintimação, dar-se-á vista ao exceto,para sua manifestação, pelo prazo devinte e quatro horas, até a véspera deaudiência já designada.§ 1.0 Na data da audiência, o Juiz facultará as partes a produção das provas que tenham requerido, em instrução sumária (art. 851, § 1.0) e a seguir a Junta proferirá sua decisão.§ 2.° Se indispensáveis diligências, acritério da Junta, será designado oprosseguimento em nova audiêncianum prazo máximo de 15 (quinze)dias.§ 3.0 Se rejeitada a exceção, na mesma audiência Q Reclamado aduzírá suadefesa e a audiência prosseguirá nostermos da Seção II, Capítulo II desteTítulo.§ 4.0 Sempre que rejeítada a excecãoo Juízo imporá ao excipiente condenação em custas, arbitradas em 10% e50% do maior salárío-mínímo do País,levando em conta a complexidade doincidente e a eventual existência deculpa ou dolo na sua provocação.
~t. 2.0 O art. 841, da Consolidação dasLeis do Trabalho, mantida sua redaçãoatual, passa a vigorar acrescida dos seguintes parágrafos;
"Art. 841. ........................•.••§ 1.0 •..•••.•..•••.•.... , •••.••.•••.•§ 2.0 .......•......•.... , ...•••••••.•§ 3.0 Quando a parte for domiciliadafora da 'Comarca e não indicar, na sede desta, endereço para fins de notificações e intimações, estas serão feitas por registro postal na forma do§ 1.0
§ 4.° Se a parte tiver agência, filial,sucursal, representação ou qualquer estabelecimento na Comarca, as notificações e intimações serão feitas no endereço dessas unidades econômicas ouadministrativas,"
Art. 3.° O art. 843, da Consolidacão dasLeis do Trabalho, aprovada pelo Decretolei n,? 5.452, de 1.0 de maio de 1943, passaa vigorar com a seguinte redação:
"Art. 843. Na audíência de julgamento deverão estar presentes o Reclamante e o Reclamado ou seus substitutos, independentemente do comparecimento de seus representantes.§ 1.0 É facultado ao empregador fazer-se substítuír por qualquer prepostoque tenha conhecimento do dado ecujas declarações obrigarão o preponente.§ 2.° Se por doença ou qualquer outromotivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao empregadocomparecer pessoalmente, poderá fazer-se substituir por outro empregadoque pertença à mesma profissão oupelo seu sindicato.§ 3.° Qualquer das panes poderá, ainda, fazer-se substituir pelo cônjuge oupor filho maior de 18 anos, obrigandose por suas declarações.§ 4.° Nas reclamações plúrimas, havendo procurador com poderes paraconciliação, os Reclamantes presentessubstituirão os ausentes, facultando ao
.Juiz ex officio ou a requerimento, determinar o comparecimento dos demaispara depoimento pessoal, pena de confissão,"
Art. 4.° O art. 849 da Consolidação dasLeis do Trabalho, aprovada pelo Decretolei I!'o 5.452, de 1.0 de maio de 1943, passaa Vigorar com um parágrafo, com a seguinte redação;
"Art. 849. . , ......•Parágrafo único. A audiência só serásuspensa para produção de provas forada Comarca ou para íntímacão de testemunhas, quando os pedidos, fundamentados, forem apresentados, emJuizo, pelo menos três dias antes desua realização, salvo se o Juiz ou Presidente considerar a prova indispensá-vel." _
Art. 5.° Esta Lei entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as dísposíçôes em contrário.
Sala das Sessões, em 25 de junho de 1913.- Francisco Amaral.
JustificaçãoJustiça seja feita aos Governos Revolu
cionários; se não conseguem propriamenteaprimorar as normas de processo trabalhista, como seria de desejar, se não conseguem dar órgãos à Justica do Trabalho emnúmero suficiente para dar vasão ao grande número de reclamações, na verdade tembaixado leis que procuram simplificaro processo, o que de certo modo contribuipara sua celeridade. A demora no andamento dos processos trabalhistas tem sérios inconvenientes para empregados, empregadores, advogados e para a própriaJustiça, pois essa morosidade repercutemal, a dano do respeito que merece a magistratura e o próprio Poder Público.
O projeto que ora apresentamos não tempretensões a resolver o problema da Justiça do Trabalho em nosso País, pois esseproblema só será solucionado quando tiver
. mos um Código Judiciário e Processual doTrabalho e quando a União dispuser derecursos para instalar, em número suficiente, os órgãos da Justiça Trabalhista emnúmero suficiente. O Código, apesar dos esforços dispendidos pelos Tribunais Trabalhistas, notadamente pelo Tribunal Svperior do Trabalho, hoje presidido por emí-
nente autor de dois anteprojetos, o eminente e consagrado Mozart Victor Russomano, tão cedo não sairá. A criação de novos órgãos, no regime de conteção de despesas, é também algo reservado para umfuturo remoto.
Assim, no propósito de colaborar com oGoverno no sentido de simplificar o processo trabalhista, c o m a experiênciaacumulada em muitos anos de advocaciana Justiça Especializada, e não sem ouvircolegas de advocacia e amigos magistrados, deliberamos pela apresentação desteprojeto, modificando alguns dispositivosconsolidados de modo a evitar protelaçõesque a ninguém aproveitam. .
Aliás, hoje são os próprios empregadoresque se batem por uma Justiça Trabalhistasmais rápida, reconhecendo que a morosídade atual lhes é grandemente danosa.Como se sabe, hoje as condenações trabalhistas estão sujeitas, além de juros demora, modestos é verdade, à correção monetária. Mas esse não é o único ponto queinteressa aos bons empresários. Reconhecem eles que os dissídios repercutem malno seio da empresa, e a demora na solucãoprolonga o clima de perplexidade e angústia que se apodera não só de um trabalhador ou de um pequeno grupo, mas de toda acategoria, prejudicando a produção.
O projeto visa, assim, resolver algumasquestões práticas, sem causar prejuízos aninguém. Igualmente, não onera de qualquer modo o Tesouro Nacional, o que afastao principal óbice atualmente existente aoandamento da maior parte dos projetos.
Analisaremos em detalhes as modificações propostas, justificando-as especificamente.
Artigo 1.°Dá nova redação ao art. 799 da C. L. T.,
bem como ao artigo 800, que dispõe sobreas exceções.
Atualmente as exceções sao levantadas naprópria audiência de instrução e Julgamento, no momento em que o Reclamadodeveria apresentar sua defesa. Como asexceções de incompetência e suspeição têmefeito suspensivo, os Reclamados não estãoobrigados a apresentar a defesa sobre omérito e mesmo outras preliminares.
Recebida a excecão o Juiz dá vista ao'Exceto por 24 horas e, nos termos da Lei,deve proferir decisão "na primeira audíência ou sessão que se seguir".
Tudo isso seria muito certo se a JustiPado Trabalho funcionasse nos termos da Lei.Mas, em São Paulo (Capital), Guanabara,Campinas, Santos, Jundiaí, etc., a apresentação de uma exceção de incompetência representa uma protelação do processo, o quepode ser ilustrado com um caso autêntico,ocorrido recentemente na Capital Paulista:a reolsmacâo foi apresentada em São Pauloem maio último; a audiência inauguralrealizou-se agora em fins de junho, até comdeterminada rapidez. Foi levantada umaexceção de incompetência. O exceto dispensou o prazo de 24 horas e falou na horasobre a exceção, pedindo sua rejeição. Poisbem, o ilustre Juiz designou para seu julgamento o dia 22 de janeiro de 1974! Poisbem, nesse, dia 22 de janeiro de 1974, JULGADA A EXCEÇãO, se for rejeitada, serádesignada NOVA AUDIftNCIA para a Reclamada contestar o mérito da acão! E outras audiências se seguirão para' a ínstrução e julgamento do processo! Quando serásolucionado esse processo? É o que ninguémpode dizer. Não se trata aí de um caso excepcional, mas é de todos os dias, embora- a verdade deve ser dita - alguns ilustres Juízes. nesses casos, façam designacãode audiência mais próxima, o que é com-
Agosto de 1973 DIARIO DO CONGRÉSSO NACIONAL (Seção I) Quarta-feira 8 399'
pensado por outros, que designam para dataainda mais distantes.
A redação dada pelo projeto aos arts. 799e 800 da C. L. T. visa evitar essa protelação.
Assim, o art. 799, estabelece - na formado projeto - que as exceções deverão serapresentadas, para serem recebidas no efeito SUSPENSIVO no prazo de três dil'.\'l, contados do recebimento da notificação a quese refere o art. 841 da mesma C.L.T. Essanotificação é a inicial, que tem força de citação no processo trabalhista.
O parágrafo 1.0 desse artigo assegura odireito de as partes levantarem outras excecões inclusive mesmo a de incompetênela absoluta fora desse prazo, pois a competência em certos casos é matéria de o!dem pública. Mas, nesse caso, elas seraoprocessadas sem suspensão do feito e serãojulgadas afinal. Evidentemente, se a exceção, sob forma de preliminar, tiver rel,;vãncia e estiver bem comprovada, o JUlZusará da faculdade de dispensar provas,proferindo desde logo E!.ua decisão, c0111;0hoje acontece em relaçao a outras prelíminares não suspensivas (prescrição, carência de ação, etc., etc.).
O parágrafo 2.0 do art. 799 repete o atuai,esclarecendo apenas que a decisão comportará recurso próprio quando "terminativado feito na jurisdição trabalhista", detalhe necessário porque a acolhida de exceções nunca são terminativas do feito.
O artigo 800 da C.L.T., segundo projeto,complementando a redação atual, estabelece o processo da exceção, lacuna atualmente existente. Assim, apresentada a exceção, o exceto terá o prazo de 24 horas parasobre ela se manifestar. O prazo correráem cartório, independentemente de intimação, pois .a~ partes e adv:ogados têll:\ o ~ev~;de ser vigilantes. No dia da audíêncta jadesignada, o Juiz fará .a .Instrução da exc~çâo pelo processo sumario prevísto na propria C.L.T. (art. 851, § 1.0), pois se há processo sumário para decisões de mérito, commaior razão sumário deve ser o processamento de um incidente processual, proferindo a Junta na mesma ocasião sua decisão. Se a Junta não estiver habilitada a decidir, por qualquer motivo, a nova audiência se realizará num prazo imporrogável de15 aias. Finalmente, julgada a exceção, serejeitada, o Reclamado deverá apresentarimediatamente sua defesa, prosseguindo-sea audiência de instrução e julgamento dareclamatóría,
Reconhecemos que na pratica essas normas não serão seguidas rígorosaménte , In-
o felizmente, alguns Juízes, escudados noacúmulo de serviços não as obedecerão. Todavia, o só fato de na audiência ser apresentado o processo já com a Exceção e comsua impugnação, permitirá aos Juízes maisperspicazes, mais cultos, mais dedicados aotrabalho, resolverem de pleno as exceções,mesmo porque estas raramente comportamprovas que não as documentais.
O projeto prevê, ainda, a aplicação ueUma multa, sob forma de custas, a cargodo Excipiente, apenas quando a exceção forrejeitada. Atualmente, rejeitadas as exceções, não há pagamento de custas, o querepresenta um incentivo à apresentação deexceções meramente protelatórias. A fixação dessas custas será feita por arbitramento, pelo Juiz, atendendo às particularidades do caso, sua eomplexídade de processamento, e temeridade (emulação, capricho, erro grosseiro). entre 10% e 50%do salário-mínimo.
O artigo 2.0 do -proJt:"o aciescern.a Uu,.
parágrafos ao artigo 841, da Consolidação
das Leis do Trabalho, aliás consolidandoregras que na prática estão sendo adotadaspela jurisprudência, mas que melhor ficamna lei para evitar que diferentes Juízes sigam critérios diferentes, deixando perplexas as partes.
O § 3.° introduzido pelo projeto visa deixar claro que mesmo que a parte tenha domicílio fora da Comarca em que corre ofeito, as notificações e intimações ser-lheão feitas por regts tro postal.
É esta uma medida que se impõe. Aliásé esse o espírito do próprio § 1.0 do mesmoart. 841, pois também na lei processual civil as intimações são feitas, fora da Comarca, por cartas registradas (art. 168 e §2.° do C.P.C'). E assim também se faz naação especial de alimentos, cujo processofoi inspirado pelo das ações trabalhistas.
Atualmente, algumas Juntas (e Juízes)fazem notificações e intimações - inclusive simples intimações para que a parte semaníteste sobre qualquer petição - porregistrado postal e outras usam o sistemadas Cartas Precatórias. Como as grandesempresas têm suas sedes nas Metrópoles,pode-se avaliar o acúmulo de serviços dosOficiais de Justiça de São Paulo, Rio deJaneiro e outras grandes cidades, acúmuloesse que impede o cumprimento dessas precatórias a curto prazo, determinando constantes adiamentos.
Muitas críticas têm sido feitas ao sistemade notificações e intimações por via postal,dada a deficiência dos nossos serviços postais. A verdade, porém, é que esses serviçosmelhoraram muito nos últimos anos, hojesão pagos inclusive pela Justiça do Trabalho e, assim, a Empresa de Correios e Telégrafos tem condições de fazer as entregascom regularidade Saliente-se que eventual atraso nas entregas não prejudica odestinatário, pois os prazos na Justiça doTrabalho só correm a partir do recebimento da carta registrada. As precatórias serão, naturalmente, quando o notificandotiver domicílio em lugar onde inexista distribuição domiciliar.
O § 4.° acrescentado pelo projeto ao mesmo artigo, visa deixar claro que mantendoa parte qualquer agência, sucursal, filialou estabelcímento no foro da reclamação,as notificações e intimações serão feitaspara os endereços dessas unidades, sejameeonômícas ou administrativas. O critério,que já é adotado por alguns órgãos judiciários, não é encarado com uniformidadepelas partes e pela jurisprudência, razãopela qual muitas vezes tem sido decretadanulidade de intimacão feita a um dessesestabelecimentos. Entretanto, o critérioadotado pelo projeto tem apoio no art. 35,fi 3.° do Código Civil e art. 163 do Código deProcesso Civil.
As modírícacões propostas ao art. 843visam afastar algumas dúvidas ainda existentes sobre a matéria. O 'caput" é modificado para dizer que na audiência devemestar presentes as próprias partes ou seus"substitutos", independentemente do com'arecimento de seus representantes. Inclui
Je desde logo a possibilidade da presença desubstitutos na forma permitida pelos parágrafos, mesmo na redação vigente.
No § 1.0, elimina-se a referência a gerente, pois o vocábulo "preposto" abrange ogerente como empregado. O só-gerente independe de r eferência expressa, pois éórgão da própria sociedade.
O § 2.° é mera repetição do atual.O § 3.0 amplia a possibilidade de substi
tuição da legislação atual, estendendo-aao cônjuge e filhos maiores de qualquer':las partes. Na prática, alguns juízes já seguem esse crítérío, mas suas decisões ficam sujeitas a nulidades.
Finalmente, o § 4.° manda aplicar noprocesso trabalhista o disposto no art. 90do Código de Processo Civil. Os litisconsortes presentes poderão representar os ausentes, desde que haja pessoa credenciadapara a conciliação. :É medida prática quetambém é adotada por alguns Juízes, masainda não se tornou pacifica na jurisprudência. Beneficia empregados e empregadores, e muitas vezes a coletividade, poisevita que, muitas vezes, dezenas, centenase até milhares de empregados abandonemseus serviços para comparecerem a audiências seguidas na Justiça do Trabalho. Apresença coletiva desses trabalhadores, nãoraro tem provocado tumultos sérios, poissentindo-se fortes pelo número, amparadospela Justiça e, muitas vezes revoltados porinjustiças, tais grupos podem chegar a extremos do crime.
Além disso já tem acontecido de ficar apopulação privada de serviços públicos indispensáveis (luz, água, transportes, hospital, etc.) porque seus empregados comparecem a audiência, numa presença geralmente desnecessária e quase sempre simbólica, porque as dependências forenses nãocomportam o ingresso nelas de todos. osinteressados.
Finalmente, o art. 849, pelo projeto éacrescido de um parágrafo, dispondo queas audiências só serão suspensas para produção de provas fora de Comarca, quandoos pedidos tenham sido feitos pelo menostrês dias antes da realização da audiência. O mesmo acontecerá COm a intimaçãode testemunhas. O Juiz, porém, será o árbitro da necessidade da prova e se julgá-laindispensável, a determinará.
Com este projeto, fica mais uma contribuição nossa para a simplificação do processo trabalhista, bem como para uniformização de procedimentos que hoje diferemde uma Junta para outra, de uma regiãopara outra, com maiores riscos para aspartes.
Como já salientado, as modificacões têmcaráter prático e foram ditadas pela observação pessoal do autor do projeto.
O projeto não tem qualquer eíva paternalista. As medidas propostas visam beneficiar a todos: partes, juízes, servidores . .Asdecisões finais sobre questões de provas,ficaram sempre ao arbítrio dos Juízes, quese presume capazes e idôneos.
Nada no projeto pode ser consideradoarrojado, pois tudo ou quase tudo, encontra símiles na própria Consolidacâo dasLeis do Trabalho, no Código de ProcessoCivil e no Código Civil, como demonstradona justificação especsfíoa de cada novodispositivo.
Daí a certeza ae que os ilustres parlamentares não só acolherão as nossas despretensiosas sugestões. como colaborarãopara que se anresentem com a maior perfeicão.
Sala das Sessões, 25 de junho de 1973. -'Francisco Amaral. .
LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADA PELADIVISÃO DE COMISUjES PERMANENTES
DECRETO-LEI N.o 5.452DE 1.0 DE MAIO DE 1943
Aprova a Consolidação das Leis doTrabalho.................................................................. .. .. ... .'
TíTULO XDo Processo Judiciário do Trabalho
• • •••••• tl •••••••••••••••••• ~
4000 Quarta-feira 8 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 1M3
CAPíTULO. II
Do Processo em Geral
SEÇÃO VIDas exceções
Art. 799. Nas causas da jurisdição daJustiça do Trabalho, somente podem seropostas, com suspensão do feito, as exceções de suspeição ou incompetência.
§ 1.0 As demais exceções serão alegadascomo matéria de defesa.
§ 2.0 Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, não caberárecurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que couber dadecisão final.
Art. 800. Apresentada a exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos autos aoexceto, por 24 horas improrrogáveis, devendo a decisão ser proferida na primeiraaudiência ou sessão que se seguir.
CAPíTULO In
Dos Dissídios individuais
SEÇÃO I
Art. 841. Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentrode 48 horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência de julgamento, que será aprimeira desimpedida, depois de cinco dias.
§ 1.0 A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamadocriar embaraces ao seu recebimento, ou nãofor encontrado, tar-se-á a notificação poredital, inserto no jornal oficial ou no quepublicar o expediente forense, ou, na falta,afixado na sede da Junta ou Juízo.
§ 2.° O reclamante será notíficado noato da apresentacão da reclamação ou naforma do parágrafo anteríor .
S~ÃO U
Da audiência de julgamentoArt. 843. Na audiência de julgamento
deverão estar presentes o reclamante e oreclamado. independentemente do comparecimento de seus representantes.
§ 1.0 É facultado ao mpregador fazer-sesubstituir pelo gerente, ou qualquer outropreposto que tenha conhecimento do fato,e cujas declarações obrigarão o proponente.
§ 2.° Se por doença ou qualquer outromotivo poderoso, devidamente comprovado,não for possível ao empregado comparecerpessoalmente, poderá fazer-se representarpor outro empregado que pertença à mesmaprofissão, ou pelo seu sindicato.
Art. 849. A audiência de julgamentoserá continua; mas, se não for possível, pormotivo de força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a suacontinuação para a primeira desimpedida,independentemente de nova notírícacão.
Art.851. ostrãmítee de instrução e julgamento da reclamação serão resumidos emAta, de que constará, na íntegra, a decisão.
§ 1.0 Nos processos de exclusiva alçadadas Juntas, será dispensável, .a juízo do
presiuente, o resumo dos depoimentos, devendo constar da Ata a conclusão do Tribunal quanto à matéria de fato.
CóDIGO CIVIL BRASILEmO(Lei n.o 3.071, de 1-1-1916, com as
correções ordenadas pela Lei n,? 3.725,de 15 de janeiro de 1919 e demais modificações posteriores).
LIVRO I
Das Pessoas
TíTULO U'
Do Domicílio Oív ..
Art. 35. Quanto às pessoas jurídicas, odomicílio é:
§ 3.0 Tendo a pessoa jurídica de direito privado diversos estabelecimentos emlugares diferentes, cada um será considerado domicílio para os atos nele praticados.
CóDIGO DE PROCESSO CIVILDECRETO-LEI N·O 1.608
DE 18 DE SETEMBRO DE 1939Com as alterações e retificações do
Decreto-lei n.? 4.563, de 11 de agosto dr1942 e demais leis posterleres, incorporadas ao texto.
LIVRO I
Disposições Gerais
TíTULO VL_
Das Partes e dos Procuradores
CAPíTULO U
Dos Litisconsortes
Art. 90. Quando a relação jurídica litigiosa houver de ser resolvida de modouniforme para. todos os litisconsortes, os
.ts, ou os que tiverem perdido algumPl'aZO, serão representados pelos demais.
Qs litisconsortes revéis poderão intervirnos atos ulteriores independentemente denova citar - -
LIVRO lJ.Do Processo em Geral
TíTULO III
Das Citações, Notificações e IntimaçõesCAPÍTULO I
Disposições Gers,
Art. 163. A citação deverá fazer-se,quando possível, na própria pessoa do réu,na de seu representante legal ou na de procurador expressamente autorizado.
§ 1.0 Estando o réu ausente, a citaçãopoderá ser feita na pessoa de seu mandatário, administrador, feitor ou gerente, noscasos em que a ação derive de atos por elespraticados.
§ 2.° O locador, que se ausentar do Brasil, sem cientificar o locatário de que deí-'xou na localidade, onde estiver situado oimóvel, procurador com poderes para receber citação ou notificações concernentes ã.locação, será citado ou notificado na pessoa do administrador do imóvel ou do encarregado do recebimento dos aluguéis.
Art. 168. Salvo "dísposíçâo em contrárío,as intimações serão feitas pessoalmente àspartes, ou a seu representante legal, ouprocurador, por oficial de justiça, ou escrívão.
§ 2.° Nas demais comarcas aplicar-se-áo disposto no parágrafo anterior, quandoas pessoas referidas neste artigo, não sen-
o do revéis, estiverem fora da jurisdição dojuiz; se não houver jornal encarregado daspublicações oficiais, as intimações serão feitas por carta registrada do escrivão ou edital afixado na sede do juiz
PROJETO DE LEIN.o 1.401, de 1973
Dispõe sobre o salário mínimo debancário.
(Às Comissões de Constituição e Justiça, de Trabalho e Legislação Sociale de Finanças.)
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.0 A remuneração devida aos bancários que trabalham nas organizações privadas não poderá ser inferior a daquelesque prestam serviços, em iguais funções, norespectivo Banco do Estado de cada unidade da Federação.
Parágrafo único. Quando a unidade daFederação não possuir a entidade financeira referida neste artigo, será tomada porbase o salário pago pelo Banco Estadual onde está localizada a sede da empresa.
Art. 2.° Esta lei entra em vigor na datade sua publicação..
Art. 3.° Revogam-se as disposições emcontrário.
Sala das Sessões, 26 de junho de 1973.AIfeu Gasparínt.
J ustítlcação
O Banco Central disciplina o funcíonamenta das sntldades bancárias. li: ele quemautoriza. fiscaliza e estabelece sua remuneração pelos serviços prestados. Não sepode conceber que nestas suas atribuições,deixe a estas entídades de crédito u'a margem de lucro insuficientes para o pagamento de um salário justo aos seus empregados. Entende-se como tal, pois que é es-
. tabeleeído em bases técnicas, o usualmentepago pelas mesmas organizações, onde oEstado tem maioria de ações.
O bancáno de hoje é um profissional degabarito intelectual e técnico elevado, namaioria das vezes, portador de títulos degrau universitário. A par destas qualificações, o exercício desta profissão exige aindapreparo em relações públicas, a fim depoder melhor desempenhar suas funções,o que é aferido através de testes rigorosos.
A diferenciação de salários para u'amesma profissão proporciona desigualdades injustas e descontentamentos prejudiciais, no rendimento do trabalho em exercitando tais funções.
Medida das mais justas a que agora éproposta. - Alfen Gasparini.
:~-osto de 1973 DIARIO DO CONGRJi:SSO NACIONAL (Seção I) Quarta-feira 8 4001
PROJETO DE LE)'N.o 1.402, de 1973
(DO SR. ALF,EU GASPARINI)
Dispõe sobre a extensão de Jurisdição da Junta de Conciliação e Julgamento de Limeira, no Estado de SãoPaulo.
(Às Comissões de Constituição e Justiça e de Trabalho e Legislação Social)
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.0 Pica estendida ao município deAraras, no Estado de São Paulo a jurisdiçãoda Junta de Conciliação e Julgamento domunicipio de Limeira, no mesmo Estado.
Art. 2.0 Esta Lei entra em vízor na datade sua publicação.
Art. 3.0 Revogam-se às disposições em,contrário.
Sala das Sessões, 28 de junho de 1973. Alfeu Gasparini,
JustificaçãoEm verdade o melhor caminho seria a
criação de uma Junta de Conciliação e Julgamento no município de Araras. No entanto sendo inviável no momento, da mes-
.ma fbrma não se pode permitir a acumulaeão das questões trabalhistas na JustiçaCómum da referida cidade. Tal fato prejudica em muito o andamento das dem~iscausas e desvirtua em parte um dos objetivos do direito social - celeridade nasdecisões.
O município de Araras está entre os prímeíros do Estado pelo seu progresso, com53.564 habitantes. uma superfície de 581quilômetros quadrados e ~ma densidade Jll:pulacíonal de 92,19 habitantes por quílômetro quadrado O crescente número desuas indústrias e a extensa área agrícolapermitem-lhe uma perreít.; oi ;anizaçãosindical, a qual colabora efi" •7111-nte paremelhor atuação da Justiça L.J Trabalho.
A extensão da jurisdição ora proposta é. o primeiro passo para no futuro dotar o. município de Araras da sua Junta de Con
ciliação e Julgamento. - Alfeu Gasparini.
PRO.TETO DE LEIN.O 1.403. de 1973
(DO SENADO FEDERAL)
Exclui da aplicação do disposto ~os
artigos 6.°, inciso I, 64 e 169, do Códigode Processo Penal, os casos de acidentede trânsito, c dá outras providências.
(Às Comissões de Constituição e Justiça e de Transportes)
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.0 Em caso de acidente de trân'sitonão se aplicará c disposto nos arts. 6.°, I
t • 64 e 169, do Código de Processo Penal e aspessoas que tenham sofrido lesão, bemcomo os veículos nele envolvidos, serãoafastados imediatamente do respectivolocal, se estiverem no leito da via públicae prejudicarem o tráfego.
Parágrafo único. A prova relativa àsinfrações, no caso deste artigo, far-se-ápelos meios admitidos nas Ieís processuale de trânsito.
Art. 2.° El!ta lei entra em vigor na datade sua publicação, revogadas as disposicõesem contrário. .
Senado Federal, em 6 de [ulho de 1973.- Senador Ruy Santos, l.°-Secretário, naPresidência.
PROJETO Dl~ LEI DO SENADON.o 51, DE 1973
Apresentado pelo Sr. SenadorBenjamin Farah e antros
Exclui da aplteação do disposto nosarts. 6.". inciso I, 64 e 169, do Códigode Processo Penal, os casos de acidcntede trânsito, e dá outras providências.
Lido no expediente da sessão de 17-5-73~ publicado no DCN de 18-5-73.
Distribuído à Comissão de Constituição eJustiça.
Em 27-6-73, é lido o seguinte parecer:N.O 274, de 1973, da Comissão de Consti
tuição e Justiça, relatado pelo Sr. Senador\ccioly Filho, pela aprovação do projeto,lOS termos da Emenda Substitutiva que
Jferece. (DeN de 28-6-73 - Seção IILEm 28-6-73 (Sessão das 10 horas), é
aprovado o Requerimento n.O 120/73, deautoria dos Srs. Senadores Nelson Carneiroe Petrónío ~'órtena" de dispensa de interssícío, a fim de que a matéria figure naOrdem do Dia d.i sessão seguinte.
Nessa mesma data, é aprovado o Substi- /tutivo da CCJ, ficando nrejudicado o projeto.
À Comissão de Redação para redigir ovencido para o segundo turno regimental.
Nessa mesma data (Sessão das 18 horas),é lido o Parecer n.'" 287/73, da Comissão deRedação, relatado pelo Sr. Senador DantonJohim, apresentando a redação final dovencido. Em seguida, é aprovado o Requcrimento n.? 124, de 1973, de autoria do Sr.Senador Nelson Carneiro, de dispensa deintersticio, a fim de que a matéria figurena Ordem do Dia da sessão seguinte.
Na mesma data, é o projeto incluído emOrdem do Dia, para a próxima sessão paradiscussão em segundo turno.
Em 30-6-73 (Sessão das 10 horas), é oprojeto aprovado em segundo turno.
A. Câmara dos Deputados, com o Ofícion.O 216, de 6-7-73.N.o 216
Em 6 de julho de 1973
A Sua Excelência <O Senhor Deputado Daylde AlméidaPrimeiro-Secretário da Câmara dos JJeputados.
Senhor Primeiro-Secretário,
Tenho a honra de encaminhar a VossaExcelência, á fim de ser submetido à revisãoda Câmara dos Deputados, nos termos doart. 58, da Constituição Federal, o Projetode Lei do Senado 1'1.0 51, de 1973, constantedo autógrafo junto, que "exclui da aplicação do disposto nos arts. 6.0, inciso I, 64 e169, do Código de Processo Penal, os casosde acidente de trânsito, e dá outras providências".
Aproveito *" oportunidade para renovar aVossa Exceléncia os protestos de minhaelevada estima e mais distinta consideração. ~ Ruy Sanios.
PROJIETO DE LEIN.O 1.404, de 1973
(DO SENADO FEDERAL)Altera. o artigo 14 da Lei n.O 5.108,
de 21 de setembro de 1966 - CódigoNacional de Trânsito.
(As Comissões de Constituição e Justiça e de Transportes)
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 O art. 14 da Lei n.O 5.108, de 21
de setembro de 19l16 - Código Nacional de
Trânsito - passa a vigorar com o acréscimo do seguinte item:
"IX - disciplinar a colocação de obstáculos ou barreiras em vias públicasrronteírícas a escolas ou quaisqueroutros estabelecimentos de ensino queministrem instrução de 1.0 e 2.° graus."
Art. 2.° Esta lei entra em vigor na datade sua publicação. '. Art. 3.0 Revogam-se as disposicl\I''l pmcontrárío.
Senado Feueral, em 6 de julho de 1973.- Senador Ruy Santos. l.°-Secretário, naPresidência.
SINOPSE
PROJETO DE LEI DO SENADON.o 63, DE 1973
0~~~:~i~~~~fF~~~e~~~Altera o art. 14 da Lei n,v 5.108, de
21 de setembro de 1966 - Código Nacional de Trânsito.
Lido no expediente da sessão de 4-6-73.Publicado no DCN de 5-6-73. Distribuído àsComissões de Constituição e Justiça e deTransportes.
Em 27-6-73, são lidos os seguintes pareceres:
N.o 272, de 1973, da Comissão de Constituição e Justiça, relatado pelo Sr. Senador::larlos Lindenberg, pela constitucionalidade" [urídícídade do projeto,
N.o 273, de 1973, da Comissão de Transportes, Comunicações e Obras Públicas, relatado pelo Sr, Senador Luiz Cavalcante,pela aprovação do projeto.
mCN de 28-6-73 - Seção lI).
Em 28-6-73 (Sessão das 10 horas), é aprovado o Requerimento n,? 119, de 1973, deautoria do Sr. Senador Nelson Carneiro ePetrônio Portella, de dispensa de interstício,a fim de que a matéria figure na Ordemdo Dia da sessão seguinte.
Nessa mesma data, é o projeto anrovadoem primeiro turno.
Em 30-6-73,. (sessão das 10 horas), éaprovado em segundo turno regimental.
A Comissão de Redação.Em seguida, é lido o Parecer n.O 300, de
1973, da Comissão de Redação, relatado pelo Sr. Senador WIlson Gonçalves, apresentando a redação final do Projeto. Aprovadoo Requerimento 0.° 129, de 1973, de autoriado Sr. Senador Ruy Santos, de dispensa depublicação, para imediata apreciação da redação final. Aprovada .a redação final.
A Câmara dos Deputados, com o Oficion.o 215, de 6-7-73.N.o 215
Em 6 1e julho de 1973Senhor Deputado Dayl de Almeida
Primeiro-Secretário da 'Câmara dos Deputados
Senhor Primeiro-Secretário,
Tenho a honra de encaminhar a VossaExcelência, a fim de ser submetido à revisãoda Câmara dos Deputados, nos termos doart. 58, da Constituição Federal, o projetode lei do Senado n.O 63, de 1973, constantedo autógrafo junto, que "altera o art. 14da Lei n.O 5.108, de 21·de setembro de1966 - Código Nacional de Trânsito".
Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência os protestos de minha elevada estima e mais distinta consideração.- Ruy Santos.
4002 Quarta-feira 8 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 1973
PROJETO DE LEIN.o 1.405, DE 1973
Declara de utilidade pública a ADCE_ Associação de Dirigentes Cristãos deEmpresa.
(A Comissão de Constituição e Justiça)
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 É declarada de utilidade pública
a ADCE - Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa, com sede na cidade deSão Paulo, capital do Estado de São Paulo.
Art. 2.° Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.
Sala das Sessões, em ~l> de junho de 1973.- Faria Lima.
JustifIcaçauA ADCE - Associação de Dirtgences cris
tãos de Empresa - necessita ser declaradade utilidade pública, por um sentimento dejustiça que procede e emana do coraçãoagradecido do povo paulistano.
Com efeito, essa Associação vale peio maisforte exemplo de capacidade de iniciativaparticular, jamais ocorrido em São Paulo.
Sua administração esforça-se por conduzi-la na trajetória de destaque que ela merece.
A ADCE - Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa, fundada em março doe19fH, com personalidade juridica desde julho daquele ano, é uma sociedade civil semfins lucrativos, dedicada exclusivamente aeducação e formação do Dirigente de Empresa, tendo como objetivo maior os ídeaisdos empresários, para os quais o homem éprincípio, sujeito e fim da economia e dasociedade.
Para melhor dermiçao Qu,; seus propósítos, a ADCE, em 1966, instituiu o CAD Centro de Aperfeiçoamento do Dirigente deEmpresa, cujas atividades principais referem-se à realização de semínáríos, cursos especiais e Ciclos Anuais doe Estudos, que incluem também a participação de empresários não associados. Desta forma, tem-seuma maior abertura no sentido de difundiramplamente o sistema de valores, a estrutura social e econômica, a organização política atual do país, e, príncipalmente, derelevar a importância de um comportamento responsável de nosso Empresário frenteàs Empresas.
Com relação às atividades doutrinárias principal objetivo da ADCE - têm sidopromovidos ciclos de palestras e semináriosque abrangem o estudo, e divulgação e aaplicação da doutrina social cristã em suaevolução, com base nas Encicliças "RerumNovarum", "Quadragésimo Ano", "Mater etMagístra" e "so.a Adveniens".
Numa projeção internacional, a ADCEencontra-se filiada à UNIAPAC - UniãoInternacional Cristã de Dirigentes de Empresa - proporcionando aos seus assocíados o contato com os companheiros de aseocíações congêneres em 30 (trinta) países,por meio de reuniões, seminários e Congressos Mundiais. Cabe aqui, destacar o XIVCongresso Mundial, realizado em novembropróximo passado em Buenos Aires, cujo enfoque principal foi "O Dirigente de Empresa na Transformação da Sociedade", e quereuniu, junto à delegação brasileira, representantes do Ministério do Exterior, da Fazenda, do Banco do Brasil, da Arquidiocesede São Paulo e dos jornais "O Estado deSão Paulo" e "Jornal do Brasil".
Em conseqüência desse relacionamentointernacional, tem conseguido a ADCE projetar a imagem de desenvolvimento de nosso país, abordando aspectos sócío-econômí-
eos, através de áudio-visuais, especialmentepreparados, em encontros promovidos emRoma e Paris em 1971 e 1972.
Por todos esses iatos e realizações, foi aADCE declarada de utilidade pública, porDecreto n.? 10.504, de 24 de maio de 1973,do Excelentíssimo Senhor Prefeito do Município de São Paulo.
São essas as considerações que submetemos aos Senhores Membros do CongressoNacional na esperança de que o presenteprojeto de lei se converta em Lei, comomedida da mais alta justiça pelo muito quevem realizando essa grande ADCE - Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa.- Faria Lima.
LEI N.o 91DE 28 DE AGOSTO DE 1935
Determina regras pelas quais são associedades declaradas de utilidade pública.
O Presidente da República dos EstadosUnidos do Brasil:
Faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art.1.0 As sociedades civis, as associaçõese as fundações constituídas no paíz com ofim exclusivo de servir desinteressadamenteà colletividade podem ser declaradas ae utílidade pública, provados os seguintes requisitos:
a) que adquiram personalidade jurídica;
b) que estão em effectivo funcionamentoe servem desinteressadamente à coletividade;
e) que os cargos de sua diretoria nãosão remunerados
Art 2.0 A declaraç.,o de utilidade pública será feíta em decreto do Poder Executivo,mediante requerimento processado no Ministério da Justiça e Negócios Interiores ou,em caso excepcionais, ex offício.
Paragrapho único. ·0 nome e característicos da sociedade, associação ou fundaçãodeclarada de utilidade pública serão inseríptos em livro especial, a esse fim destinado.
Art. 3.0 Nenhum favor do Estado decorrerá do título de utilidade pública, salvo agarantia do uso exclusivo, pela sociedade,
"associação ou fundação, de emblemas,tlammulas, bandeiras ou distinctivos proprios, devidamente registrados no Ministério da Justica e a da mencão do título con-cedido.' .
Art. 4.° As sociedades, asocíações e fundações declaradas de utilidade pública ficamobrigadas a apresentar todos os annos, excepto por motivo de ordem superior reconhecido a critério do ministério de Estadoda Justiça e Negócios Interiores, relaçãocírcumstanciada dos serviços que houverem
. prestado à collectividade.Parágrapho único. Será cassada a decla
ração de utíüdàde pública, no caso de inrracção deste dispositivo, ou se, por qualquer motivo, a declaracão exigida não forapresentada em três annos consecutívos.
Art. 5.0 Será também cassada a declaração de utilidade pública, mediante representação docunJentada do órgão do Ministério Público, ou de qualquer interessado, da sede da sociedade, associação oufundação, sempre que se provar que ela deixou de preencher qualquer dos requisitosdo art. 1.0
Art. 6.0 Revogam-se as disposições emcontrário.
Rio de Janeiro, 28 de agõsto de 1935, 114.°da Independéncia e 47.° da República.GETULIO VARGAS - Vicente Ráo,
DECRETO N.o 50.517DE 2 DE MAIO DE 1961
Regulamenta a Lei n.o 91, de 28 deagosto de 1935, que dispõe sobre a declaração de utilidade pública.
O Presidente da República, usando daatribuição que lhe confere o artigo 87, itemI, da Constituição, decreta:
Art. 1.0 As sociedades civis, associações efundações, constituídas no país, que sirvamdesinteressadamente à coletividade, poderãoser declaradas de utilidade pública, a pedido ou ex officio mediante decreto do Presidente da República.
Art. 2.0 O pedído de declaração de utnídade pública será dirigido ao Presidente daRepública, por intermédio do Ministério daJustiça e Negócios Interiores, provados pelorequerente os seguintes requisitos:
a) que se constituiu no país;
b) que tem personalidade jurídica;c) que esteve em efetivo e contínuo fun
cionamento, nos três anos imediatamenteanteriores, com a exata observância dosestatutos;
d) que não são remunerados, por qual-.'quer forma, os cargos de diretoria e que nãodistribui lucros, bonificações ou vantagensa dírigentes, mantenedores ou associados,sob nenhuma forma ou pretextos;
e) que, comprovadamente, mediante aapresentação de relatórios circunstanciadosdos três anos de exercício anteriores à formulação de pedido, promove a educaçãoou exerce atividades de pesquisas científicas, de cultura, inclusive artísticas, oufilantrópicas, estas de caráter geral ou indiscriminado, predominantemente.
f) que seus diretores possuem folha corrida e moralidade comprovada;
g) que se obriga a publicar, semestralmente, a demonstração da receita obtida eda despesa realizada no período anterior.
Parágrafo único. A falta de qualquer dosdocumentos enumerados neste artigo importará no arquivamento do processo.
Art. 3.° Denegado o pedido, não poderáser renovado antes de decorridos dois anos,a contar da data da publicação do despacho denegatório.
Parágrafo único. Do denegatório do pedido de declaração de utilidade pública caberá reconsideração, dentro do prazo de 120dias, contados da publicação.
Art. 4.° O nome e características da sociedade, associação ou fundação declaradade utilidade pública serão inscritos em livroespecial que se destinará, também, à averbacâo da remessa dos relatórios a que serelere o artigo 5.°
Art. 5.° As entidades declaradas de utilidade pública, salvo motivo de força maiordevidamente comprovado, a critério da autoridade competente, ficam obrigadas aapresentar, até o dia 30 de abril de cadaano, ao Ministério da Justiça e Negócios Interiores, relatório circunstanciado dos serviços que houverem prestado à coletividadeno ano anterior.
Art. 6.° Será cassada a declaração deutilidade pública da entidade que:
a) deixar de apresentar, durante trêsanos, consecutivos, o relatório a que se refere o artigo precedente;
b) se negar a prestar serviço compreendido em seus fins estatutários;
c) retribuir, por qualquer forma, os membros de sua diretoria, ou conceder lucros,bonificações ou vantagens a dirigentes,mantenedores ou associados.
A~osto de 1973 DIARIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quarta-feira 8 4003
Art. 2.0 Este decreto entrará em vigorna data de sua publicação, revogadas asdísposíções em contrário.
Brasília, 4 de julho de 1967; 146.0 da Independência e 79.0 da República. - A. COSTAE SILVA - Luiz Antônio da Gama e Silva.
DECRETO N.o 60.931DE 4 DE JULHO DE 1967
Modifica o Decreto n.° 50.517, de 2 demaio de 1961, que regulamentou a Lein,v 91, de 28 de agosto de 1935.
O Presidente da República usando daatribuição que lhe confere o artigo 83 itemII, da Constituição, decreta: '
Art. 1.0 Ficam alterados a alínea g, doartigo 2.0 e o artigo 5.° do Decreto n.o 50.517,de 2 de maio de 1961, que pasasm a vigorarcom a seguinte redação:
Art. 7.° A cassação da utilidade pública,será feita cm processo, instaurado, ex oficfiopelo Ministério da Justiça e Negócios Interiores, ou mediante representação documentada.
Parágrafo único. O pedido de reconsideração do decreto que cassar a declaraçãode utilidade pública não terá efeito suspensivo.
Art. 8.° Este decreto entrará em vigor na'data de sua publicação revogadas as disposições em contrário.
Brasília, em 2 de maio de 1961' 140.0 daIndependência e 73.° da República.'- JANIOQUADROS - Oscar Pedroso Horta.
À primeira vista, pode parecer razoável,tanto o prazo de vigência quanto a utilizacão estritamente local. Mas é que o órgão de trânsito nunca avia a papelada noprazo fixado, obrigando sucessivas renovacões do -"Modelo-único". É comum, até,ocorrerem quatro ou cinco renovações, queresultam outras tantas idas e vindas doproprietário. Além disso. fica o veiculo circunscrito ao trânsito local e, se seu proprietário necessitar viajar, ainda que paralocalidade próxima, não pode. Fica trintadias, ou mais, sem poder sair do municipioem que pretende registrar seu veículo.
Ora, essa maneira de tratar o problemaconstitue flagrante cerceamento do direitode. propriedade e de livre locomoção. Foramatendidas todas as exígêncías formuladaspela autoridade de trânsito, mas, mesmoassim, o proprietário paga pela desídia darepartição pública, incapaz de providenciaro nronto atendimento da parte, do contribuinte, do requerente, do proprietário.
Transformado em lei, este projeto poráfim às injustiças de que estão sendo vitimas os proprietários de veículos, em razãodos fatos apontados.
Por outro lado, visando a evitar quaisquerabusos, o projeto estabelece as condiçõesmínimas para a concessão da licença. Issoquer dizer que o proprietário deverá satisfazer o pagamento de impostos, taxas, multas, seguro obrigatórío e os demais que alei exige, além de submeter seu veículo àvistoria prévia, para verificação dos equipamentos obrigatórios.
Queremos crer que, proposta nestes termos, a solução virá em definitivo, em benefício do proprietário de veículos e atendendo à sempre almejada justiça.
Sala das Sessões, 27 de junho de 1973. Siqueira Campos.
Assim, a autorização especial de trânsitofuncionará como se fosse a documentaçãodefinitiva, dando à fiscalização, nas ruase estradas, a certeza de que estão cumpridos os requisitos básicos do Código Nacional de Trânsito.
Finalmente, com a individualização pormenorizada do veículo e de seu proprietário, constantes da autorização especial, autenticada pelo órgão competente, ficamafastadas quaisquer possibilidades de fraude.
transpor, quando necessitam licenciá-los ourenovar-lhes o licenciamento, em obediência à legislação de trânsito.
Juntamente com o requerimento, devemser apresentados os documentos exigidospela lei, o que deixa o proprietário semqualquer comprovação dessa qualidade, perante a fiscalizacão de tráfego, além doschamados "Modelo-único" fornecidos pelosdespachantes, por delegação da autoridaderesponsável pela expedição dos papéis.
:msse "Modelo-único" apresenta, desde 10-go, dois transtornos: é válido somente parao trânsito local e pelo prazo de 8 (oito)dias.
JustHicaçãoDe certa forma a legislação atual repe
te a norma contida sobre cômputo de tempo de serviço da Lei Orgânica da Previdência Social, nestes termos:
Lei n.? 3.807, de 26 de agosto de 1960
Art. 32 - § 2.° A prova de tempo de serviço para os efeitos deste artigo, bemassi~ a forma de pagamento da indenizacão correspDndente ao tempo deservíco em que o segurado não hajacontribuído para a previdência social,será feita de acordo com o estatuídono regulamento desta lei.
De fato, diz o § 2.° da Lei n.v 5.890, de8 de junho de 1973, que reformulou a legtslação previdenciária tem a seguinte redaçãó:
"§ 2.0 O tempo de serviço será comprovado na forma disposta em regulamento.
Ora, há um grande número de profissões cujo exercício é controlado por autarquias federais, tais como os Conselhosde Medicina, de Engenharia. de Economia,entre tantos outros.
No caso do exercício de tais profissões f:;
de ser consir'lerada a inscrição como prova do exercicío da respectiva atividade. nafalta de outros elementos.
É o que prevê a presente proposição.
Sala das Sessões, em 26 de junho de 1973.- Amaral de Souza.
PROJE~ro DE LJ':IN.o 1.407, de 1973
Regula a concessão de autorizaçãoespecial para trânsito de veículo, nascondições que estabelece, e dâ outrasprovidências.
(As Comissões de Constituicão e Justiça, de 'I'ransportes e de Finanças)
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.0 Aos veículos para os quais setenha requerido registro e licenciamentoinicial, e aos que necessitem de renovação ou transferência posteriores, será concedida autorização especial para trânsito,enquanto aguardam a expedição dos respectivos documentos pelo órgão de trânsito competente.
Parágrafo único. A autorízacao especialpara trânsito terá validade em todo o território nacional pe'lo prazo mínimo de 30(trinta) dias, prorrogável por motivo justificado.
Art. 2.0 A autorização especial de quetrata esta lei somente será concedida mediante a apresentação dos documentos exigidos pelo órgão de trânsito, nos termos dalegislação própria, e após vistoria do veículo, que deverá ser dotado dos equipamentos obrlgatóríps.
Art. 3.° A autorização especial paratrânsito, que será impressa, deverá conternome e endereco do proprietário, marcado veículo, modelo, côr, ano de fabricação,número do chassi e do motor, utilização ecapacidade.
Art. 4.° Esta leil entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as disposições em contrárío.
Sala das Sessões, 27 de junho de 1973. Siqueira Campos.
Jusf;ificaçãoO presente Projeto de Lei tem por obje
tivo estancar uma imensa gama de contratempos que os proprietários de veículos sãoobrigados a enfrentar e, a duras penas,
..............................."Art. 2.°
g) Que se obriga a publicar anualmente, a demonstração da receita e despesarealizadas no período anterior, desdeque contemplada com subvenção porparte da União, neste mesmo período,"
"Art. 5.0 As entidades declaradas deutilidade públicà, salvo por motivo deforça maior devidamente comprovada acritério .da autoridade competente, hcam obrigadas a apresentar até o dia 30de abril de cada ano, ao Ministério daJustiça, relatório circunstanciado doss~ryiços que houverem prestado à coletrvídade no ano anterior, devidamenteacompanhado do demonstrativo da reeeíta e da despesa realizadas no período,ainda que nao tenham sido subvencionadas."
PROJETO DE LEIN.O 1.406, de 1973
Dá nova redação ao § 2.° do artigo10 da Lei n.O 5.890, de 8 de junho de1973, que altera a legislação de previdência social e dá outras providências.
As Comissões de Constituicão e Justiça e de Trabalho e Legislação Social)
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.0 Vigorará Com a seguinte redaçãoo § 2.0 do art. 10 da Lei n.o 5.890, de 8' dejunho de 1973:
"§ 2.° O tempo de atividade será comprovado na forma disposta em regulamento, reconhecida para Os profissionais liberais, na falta de outros elementos, como prova, a inscrição na respectiva autarquia de fiscalização da atividade profissional".
Art. 2.° Entrará esta Ieí em vigor na data de sua publicação.
«11M Quarta-feira 8 DJARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 1973
PROJETO DE LEIN.o 1.408, de 1973
Acrescenta parágrafo ao art. 1.° e dánova redação ao art. 16 da Lei mime1'0 5.1117, de 13 de setembro de 1966,que criou o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(Às Comissões de Constituição e Justiça de Trabalho e Legislação SocialeÍié Finanças.)
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.0 Acrescente-se ao art. 1.0 da Lein.o 5.107, de 13 de setembro de 1966, o seguinte parágrafo:
"§ 7.° Quando se verificar a opção nostermos do § 3.0 deste artigo, o valor depositado em nome da empresa, em conta individualizada, com relação ao empregado, será transferido para a contavinculada deste."
Art. 2.° Dê-se ao art. 16 da Lei n.o 5.107.de 13 de setembro de 1966, esta redação:
"Art. 16, Os empregados que, na formado art. 1.0, optarem pelo regime destalei, na ocorrência de rescisão do contrato de trabalho, terão regulados osdireitos relativos ao tempo de serviçoanterior à opção e ao período a que sereferir o crédito mencionado no § 7.°do art. 1.°. de acordo com o sistemaestabelecido no Capítulo V do Titulo IVda CLT, calculada, porém, a indenização, para os que contém 10 (dez) oumais anos de serviços, na base previstano art. 497 da mesma CLT. Pelo tempode serviço posterior, terão asseguradosos direitos decorrentes desta lei."
Art. 3.° Entrará esta lei em vigor nadata de sua publicação.
J"ustiiicação
A lei que criou o Fundo de Garantia doTempo de Serviço - FGTS - de 13 de setembro de 1966, dada a sua pouca existência, não obstante sua elevada significaçãosocial, não alcançou a perfectibilidade desejada.
Cabe pois ao legislador, corrigir as omissões o~ imperfeições da lei. Assim, apresento à alta consideração dos nobre paresdo Congresso Nacional o presente projetode lei.
A Lei n,v 5.107, de 13 de setembro de1966, admitiu que, a qualquer tempo, poderá o empregado optar pelo regime doFundo de Garantia do Tempo de Serviço(FGTS). desde que o faça através de der-Iaração homologada pela Justiça do Trabalho.
Nessa hipótese, o empregado optante, naforma do art. 1.0 terá os direitos relativosao tempo de serviço anterior à opção regulados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e o posterior, pela legislaçãodo FGTS.
Ora, nada, a nosso ver, mais inadequado.De fato desde que ocorra a opção todo osaldo da conta da empresa deve ser transferido para a conta vinculada "do empregado (como manda o art. 1.0 do Projeto aoacrescentar o § 7.° ao art. 1.0 da Lei) e osdireitos do empregado, quando anteriores aoperíodo a que se referir o crédito, reguladospela CLT e os posteriores pela legislação do
FGTS, consoante determina o art. 2.° doProjeto ao modificar a redação do art. 16 daLei n.o 5.107, de 1966.
Sala das Sessões, 27 de junho de 1973. Maurício 'I'oledo.
LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADAPELO AUTORLEI N.o 5.107,
DE 13 DE SETE:MBRü DE 1966
(Cria o Fundo de Garantia do Tempode Serviço e dá outras provídêneías.)
"Art. 1.0 Para garantia do tempo de serviço, ficam mantidos os Capítulos V e VIIdo Titulo IV da Consolidação das Leis doTrabalho, assegurado porém aos empregados o direito de optarem pelo regime ínstítuido na presente lei.
§ 1.° O prazo para opção é de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, contados davigência desta lei para os atuais empregados, e da data da admissão ao empregoquanto aos admitidos a partir daquela vigência.
§ 3.° Os que não optarem pelo regime dapresente lei, nos prazos previstas no § 1.0,poderão fazê-lo, a qualquer tempo, em declaração homologada pela Justiça do Trabalho, observando-se o disposto no art. 16.
§ 6.° Na hipótese de retratação, o valorda conta vinculada do empregado relativoao período da opção será transferido paraa conta vinculada da empresa e individualizada nos termos do art. 2.0
Art. 2.° Para os fins previstos nesta lei,todas as empresas sujeitas à Consolidaçãodas Leis do Trabalho (CLT) ficam obrigadas a depositar até o dia 30 (trinta) decada mês, em conta baneáría vinculada,importância correspondente a 8% (oito porcento) da remuneração paga no mês anterior, a cada empregado, optante ou não, excluídas as parcelas não mencionadas nosarts. 457 e 458 da CLT.
Parágraro único. As contas bancáriasvinculadas a que se refere este artigo serãoabertas em estabelecimento bancário escolhido pelo empregador, entre os para tantoautorizados pelo Banco Central, em nomedo empregado que houver optado pelo regime desta lei, ou, em nome da empresa,mas em conta individualizada, com relaçãoao empregado não optante.
Art. 16. Os empregados que, na formado art. 1.0, optarem pelo regime desta leiterão, na ocorrência de rescisão do contrato de trabalho, regulados os direitos relativos ao tempo de serviço anterior à opção, de acordo com o sistema estabelecidono Capitulo V, do Título IV, da CLT, calculada, porém, a indenização, para os quecontem 10 (dez) ou mais anos de serviço,na base prevista no art. 497 da mesma CLT.Pelo tempo de serviço posterior à opção, terão assegurados os direitos decorrentes desta lei.
§ 1.0 O valor da indenização correspondente ao tempo de serviço anterior à opçãoserá complementado pela empresa mediante depósito na conta vinculada do empregado.
§ 2.° É facultado à empresa, a qualquertempo. desobrigar-se da responsabilidadeda indenização relativa ao tempo de serviço anterior à opção depositando na contavinculada do empregado o valor correspondente na data do depósito.
§ 3.° Aos depósitos efetuados nos termosdo § 2.0, aplicam-se todas as disposiçõesdesta lei.................................................... .. .. .. . .. .'
Art. 18. No caso de extinção do contrato de trabalho do empregado não optante,observar-se-ão os seguintes critérios:
I - havendo indenização a ser paga,a empresa poderá utilizar o valor dodepósito da conta vinculada, até o momento da indenização por tempo deserviço;
II - não havendo indenização a serpaga, ou decorrido o prazo prescricionalpara a reclamação de direitos por parte do empregado, a empresa poderá le-.vantar a seu favor o saldo da respectiva conta individualizada, mediantecomprovação perante o órgão competente do MTPS.
Parágrafo único. A conta individualizada do empregado não optante dispensadosem justa causa antes. de completar umano de serviço reverterá a seu favor; se despedido com justa causa, reverterá a favordo FGTS. Decorrido esse período, a conta,poderá ser utilizada pela empresa na rorma deste artigo.............................................
PROJETO DE LEIN.o 1.409, de 1973
Atribui à Justiça Eleitoral as despesas com fotografias e documentos necessárlos à qualificação e inscrição eleitorais e dá outras providências.
(Ã Comissão de Constituicão e Jus-tlça.) ,
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.° A qualificação e inscrição eleito
rais tar-se-ãn, em todo o território nacional,sem qualquer despesa para o eleitor.
Art. 2.0 O alistando, antes de qualquerprovidência, solicitará ao cartório eleito.ral competente que formalize a requisiçãode retratos e, se não possuir qualquer dosdocumentos mencionados no art. 44, da Lein.o 4.737, de 15 de julho de 1965, do documento de identificação necessário à instrução do seu requerimento de inscrição.
§ 1.° Os retratos serão requisitados a fo- 'tografos locais previamente credenciadosjunto à Justiça Eleitoral.
§ 2.° O documento de ídentíücacão serárequisitado ao cartório ou repartição competentes para a respectiva expedição.
§ 3.0 Em qualquer caso, a requisição deverá conter o visto do juiz eleitoral competente.
Art. 3.° As despesas COm a confecção deretratos e expedição de documentos de íríentificacão para fins eleitorais serão pagaspela Justiça Eleitoral, à c-onta do FundoPartidário.
Art. 4.0 O disposto nesta lei aplica-seaos pedidos de transferência e segunda viade titulo eleitoral.
Art. 5,0 Não será diplomado ou, se já otiver sido, perderá o mandato por decisãodo Tribunal Superior Eleitoral, o candidatoque realizar qualquer despesa destinada àqualificação e inscrição de eleitores
Art. 6.° O Poder Executivo regulamentará esta lei dentro do prazo de noventa(90) dias, a contar da data de sua publlcação.
Art. 7.0 Esta lei entrará em vigor nadata de sua publicação.
Agosto de 1973 DIARIO DO CONGRl~SSO NACIONAL (Seçáo I) Quarta-feira 8 4005
Art. 8.° Revogam-se as disposições emcontrário.
Sala das Sessões, em 26 de junho de 1973.- Siqueira Campos.
Justificação'Toda e qualquer proposição tendente a
abolir obstáculos à qualificação e inscriçao eleitorais, há de ser justificável porsi mesma, uma vez que compatível com osobj eti vos democrátíco-eleítoraís,
As despesas com obtenção de fotografiase, bem assim, com documentos de identificação, constituem, sem dúvida, um obstáculo à tranqüilidade e maior eficiência daqualificação e inscrição de eleitores.
Quando tais despesas recaem sobre oeleitor, funcionam como um grande desestimulo ao alistamento e quando são realizadas por candidatos, acabam por se constituir na grande válvula através da qual opoder econômico influencia nos resultadoseleitorais.
É que os candidatos mais bafejados pelafortuna têm, indubitavelmente, melhorescondições de fazer eleitores, pelo simplesfato de poderem arcar com as despesas deconfecção de retratos e expedição de documentos de identificação, necessários ambos à qualificação e inscrição, nos termosdo art. 44, da Lei n.? 4.737, de 15 de julhode 1965 (Código Eleitoral).
E, fazendo eleitores, claro está que procuram sempre vinculá-los compromissadamente às suas candidaturas, o que não podeser admitido como correto dentro de umprocesso eleitoral democrático.
A nossa proposição, inspirada no Projetode Lei n.O 1.145/73, do ilustre DeputadoEtelvino Lins, busca, como aquele, tornarmais facilitada ao mesmo tempo que maisidônea a prática eleitoral no País.
Por isto fazemos .nossas as demais ponderações lançadas na justificação do referido projeto, que são igualmente válidaspara os objetivos aqui colímados.
Sala das Sessões, em 26 de junho de 1973.- Siqueira Campos.
LEGISLAÇAO CITADA, ANEXADA PELADIVISA0 DE COMISSõES PERMANENTES
LEI N.o 4.737DE 15 DE JULHO DE 1965
Institui ti Código Eleitoral
O Presidente da República,Faço saber que sanciono a seguinte Lei,
aprovada pelo Congresso Nacional nos termos do art. 4.°, eaput, do Ato Institucionalde 9 de abril de 1964.
PARTE TERCEIRA
Do AlistamentoTíTULO I
Da Qualificação e Inscrição
..........................................Art. 44. O requerimento acompanhado
de 3 (três) retratos, será instruido com umdos seguintes documentos, que não poderãoser suprimidos mediante justificação:
I - carteira de identidade expedida peloórgão competente do Distrito Federal ou dosEstados;
II - certificado de quitação do servíçomilitar;, IH - certidão de idade extraída do Registro Civil;
IV - instrumento público do qual se infira, por direito ter o requerente idade su-
períor à dezoito anos e do qual conste;também, os demais elementos necessáriosà sua qualificação;
V - documento do qual se infira a nacionalidade brasileira, originária ou adquirida, do requerente.
Parágrafo único. Será devolvido o requerente que não contenha os dados constantes do modelo oficial na mesma ordeme em caracteres ínequívocos.
IV -'- O SR. ]>RESIDENTE (FernandoGama) - Está rmda a leitura do expediente.
Passa-se ao Pequeno Expediente.Tem a palavra o Sr. CéliÓ Marques Fer
nandes.O SR. CJ';LIO MARQUES FERNANDES
(Sem revisão do orador.) Sr. Presidente81'S. Deputados, após um mês de recess~parlamentar -= 30 dias de trabalho permanente, quando percorri mais de dez milquilômetros, visitando eleitores, mantendocontato com funcionários públicos dos trêsescalões do Governo, municipal, estadual eda União, e também com os inativos e anosentados; participando de várias reuntõescom trabalhadores da indústria e do comércio, conversando com o homem que lidano campo, com as donas-de-casa, procurando, enfim, de todas as maneiras, ouvir asreivindicações daqueles que vivem no RioGrande do Sul _. voltamos novamente aocupar a tribuna para fazer chegar ao conhecimento dos órgãos responsáveis pelacoisa pública os anseios e dificuldades daqueles brasileiros que lá trabalham, cooperando para que o Brasil consiga desenvolver-se plenamente.
Sr. Presidente, não é possível que os vencimentos sejam aumentados em apenas20% anualmente, quando tudo o mais temo seu preço elevado em proporção superior.Por exemplo: os aluguéis das casas paramoradia, bem corno das lojas comerciaisjá estão exorbitantes. '
É necessário, o quanto antes, seja modificada a política salarial, pois, na verdade,os funcionários municipais, estaduais eos da União, bem como os operários nãopodem viver com o que ganham. É precisoum aumento substancial dos salários, bemcomo uma providência objetiva quanto àcarestia da ~ida. O feijão, a batata, a cebola etc. estao alcançando preços proibitivos para o povo. O que acontece com a carne está preocupando a todos. No Rio Grande do Sul, onde a carne é o alimento principal, já estamos enfrentando dificuldadesde toda ordem. Quem consegue comê-la ofaz, no máximo, uma vez por semana. '
O Instituto de Pesos e Medidas têm deser mais atuante. Faz-se mister aparelharconvenientemente o órgão, a fim de evitarque os consumidores sejam enganados. Háfalta de físcalízacão permanente contra osabusos. Os funcionários do INPS com osquais mantive contatos permanentes reclamam contra o excesso de trabalho, pois acada aumento de salário o servico vai aumentando também. Os militares- da reserva, principalmente os de categoria inferiorpassam necessidades e também reclamarr{contra essa situação. O mesmo ocorre comos funcionários da Policia Civil. aposentados, que reivindicam os benefícios concedidos aos da ativa.
De outro lado, as estradas estão carecendo de medidas urgentes dos responsáveispela sua conservação. O mês de julho. emtodo o Rio Grande do Sul, foi de muitachuva, frio e lama.
Sr. Presidente, não podemos nos alongar, mas pretendemos ocupar esta tribunatodos os dias, se for possível, a fim de levar ao conhecimento do Governo - e somos da RENA, Partido da Revolucão - osr~clamos colhidos em nossa viagem peloRlO Grande do Sul, durante os 30 dias derecesso.
Temos muita esperança nas providênciasque deverão ser tomadas em beneficio daqueles que estão ajudando o Brasil a atingir sua plenitude. Quero deixar bem claroque, em todos os lugares por onde passamos, mesmo nos mais distantes rincões, encontramos os homens do povo confiantesno Governo da Revolução.
Era o que desejava levar ao conhecimento do Governo, da tribuna da Câmara dosDeputados, onde o povo me colocou paraser o porta-voz de 'suas justas reivindicações. (Muito bemt)
O SR. PEDRO LUCENA - (Sem revisãodo orador.) Sr. Presidente, o recesso parlamentar foi proveitoso 1 para os Deputadospois deu-lhes, mais uma vez, a oportuni~dade de ouvir as queixas e reclamações dopovo. Foi também uma forma de colhers~~sí<:1.ios para 08 seus projetos que benefíclarâo as populações que representa.
No momento transmito a solicitacão deuma parte dos meus representados, que,com justa razão, pretende usufruir dasvantagens que os militares da ativa gozam,no que concerne "t ajuda para moradia. Sabemos que os militares da ativa, desde opraça ao oficial, dispõe, atualmente, deuma média de 400 a 500 cruzeiros mensaiscomo ajuda para que possam pagar a cas~que porventura venham a comprar. E estaé a soücítaçao que alguns militares da reserva me pediram transmitir aos poderesconstituídos do Pais, para que tambémpossam usufruir do mesmo direito.
_É utilíssima. es:m ajuda. e é uma injustiçanao estender tal beneficio aos militares dareserva. Estes também passaram pela caserna, pelos navios. pelas bases; são homensque, em sul', grande maioria, serviram durante a II Guerra Mundial, sendo, portanto, ex-combatentes.
Faço minha esta solicitação, no sentidode que aQS mílttares da reserva se concedao direito à ajuda de moradia.
Mas, Sr. Fresidente, não só os militaresda ativa e da reserva têm necessidades dei~r. sua casa própria. Os servidores públicosCIVIS, esses abnegados, que atualmente3~tão passando fome, cada a msígnírícánCIa dos seus vencimentos também neces-sítarn dessa ajuda. '
V~sitando Vila Natal, um dos novosconjuntos construidos pelo IPASE, tiveoportunídade de verificar in loco que muitos funcionarios estão passando privações.Dezenas de críanças, filhos de funcionáriospúblicos, correram ao meu encalço pedindoesmola, a fim de que pudessem comprarpao para matar a fome, que tanto vemmassacrando os mais humildes servidoresdo serviço público federal, E se solícttamosesta ajuda para os militares da reserva, émuito justo solicitemos ao Governo quee~t~nda também aos funcionários públicosCIVIS da Uniâo a gratificacão que os militares da ativa recebem, dê 400 a 500 cruzeiros mensais, conforme fomos informados, para que possam pagar a casa quep~r~e~ltura venham a adquirir. É grande amiséria por que passa o funcionário público, e muitos dos que adquiriram casaprópria através do IPASE estão sendo obrigados a abandoná-las, conforme tambémconstatei em Natal, pois não têm condiçõesde pagar as prestações. .
8116 Quarta-feira 3 DJARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto dI! W73
, Apelo, portanto, ao Ministro dos Transportes, ao Ministro da Agricultura, ao Ministro da Indústria e do Comércio no sentido de que façam como os Ministros militares: aludem seus funcionários aadquirir sua casa própria. (Muito bem!)
O SR. EDVALDO FLORES - (Sem revisãodo orador.) Sr. Presidente, anuncia a ....PETROBRAS que vai investir 90 milhõesde cruzeiros em pesquisas de petróleo noEgito. ora, se por um lado se deve elogiara agrcssívídtdade da PETROBRÁS em competir com ae grandes empresas mundiaisna procura e exploração do petróleo, poroutro lado ficamos bastante preocupados,porque ele vai investir exatamente em áreahá muitos e muitos anos pesquísada pelaUnião Soviética, que ali investiu somamuito maior do que a que pretende a ....PETROBRÁs' Será que nossa técnica é superior à soviética? Terão nossos geólogosmelhores condições de localizar lençóis petrolíferos na área onde os geólogos russosexníoraram com muito cuidado e carinhoe dali saíram decepcionados?
Sr. Presidente, fica-nos esta preocupaçãomuito natural nos que amam, respeitam eelogiam uma organízação como a .PETROBRÁS. que vem cada dia mais consolidando a posícâo do Brasil no concertodas nações f: firmando a nossa economia.Temos bacias, como a do Espírito Santo e
, a Amazônica. onde há indícios constantesda presença do petróleo. Por que, então, aPETROBRÁS não investe esses 90 milhõesde cruzeiros onde é absolutamente certa, apresença do petróleo, ao. invés de investilos em outra área, onde é duvidosa?
Este é o parecer de um neófito em assuntos de petróleo, mas é também a preocupação de um brasileiro cioso dos destinosda PETROBP.ÁS. Ela, que descobriu o ouronegro no nosso querido Pais, agora pretendevoltar as vistas para o conturbado OrienteMédio. Pergunto mais uma vez: será que osnossos geólogos irão encontrar petróleoonde os russos não encontraram? (Muitobem!)
O SR. NINA RIBEIRO - (Sem revisaodo orador.) Sr. Presidente, Srs. Deputadosestá sendo desenvolvido no Tribunal Re~glonal Eleitoral da Guanabara grande trabalho no sentido de simplificar e racionalizar a cédula eleitoral para o próximo pleito de 1974. Nesta ordem de ídéías, queremosaqui exaltar as judiciosas consideracões expendidas pelo eminente DesembargadorMourão Russel e o esforço desencadeado portodos os membros integrantes daquela altaCorte no sentido de chegar ao novo modeloda cédula eleitoral. que traz muitas vantagens em relação às anteríores.
Na verdade. como ficou bem sublinhadona resposta que o ilustre DesembargadorMourão Russel deu àqueles que criticarama nova ordem de idéias, verificamos que,pelo novo processo, vai ser possível maiorrapidez, não apenas na votacão mas também na conseqüente apuração: Além daQ.ualidade eminentemente válida da rapidez, vimos que haverá ausência de erros naaferição do resultado, o que constitui semdúvida motivo de grande relevância. Praticamente pelo novo sistema vamos constatar ausência de possíbílídade de fraudes.Mecanicamente configurada pelo assinalardos números nas várias carreiras, vamosver que a fraude, ínlmlga de toda Idéia dejustiça e do próprio Direito, será banidaeorn o novo modelo de cédula eleitoral. Outro aspecto também da maior relevância éassegurar o indispensável sígllo na votacãoainda hoje, lamentavelmente, passível' d~ser vulnerado , A nova cédula eleitoral vaireforça~' esse aspecto de suma importância,qual seja, resguardar o indispensável sigilo
e conseqüentemente todo aquele rosano depressões e intervenções indébitas.
Vai exigir também um mínimo de alfabetização. Ora, não temos, pelo sistemaatual e de acordo com a Constituição, ovoto do analfabeto. O novo sistema requererá um mínimo no manuseio dos números,na forma de escrever, de assinalar nessa cédula, o que evidentemente vai depuraraqueles que infelizmente não são alfabetizados, que mal sabem desenhar o próprionome.
É, finalmente, a aplicação da era eletrônica, da era da cibernética em que vivemos e que não pode deixar de penetrar nosetor importantissimo da escolha da representação popular.
Sr. Presidente, não podemos esquecerque uma das páginas mais importantes denossa História, a Revolução de 1930, foi reita exatamente contra as cédulas viciosas,seaundo o conteúdo das páginas escritaspela pena cintilante de Humberto de Campos, quando retratou as atas falsas, aquelaforma de fraude reiterada e reconhecida infelizmente em apurações que desconheciamo legítimo anseio da vontade popular. Pelonovo sistema tornaremos cada vez mais distantes aqueles aziagos exemnlos, aquelacontrafracâo da forma democrática.
Assinalo, pois. com entusiasmo o grandeesforço, o grande trabalho realizado exemplarmente pelo Tribunal Regional Eleitoraldo meu Estado, a Guanabara. (Muitobem!)
O SR. NOSSER ALMEIVA - (Pronunelao seguinte díscurso.) Sr. Presidente, sei amas nossas palavras iniciais, ao retornarmosdo recesso parlamentar, de saudação aS.Ex.a Rev.ma D. Moacyr Grecchi, recentemente escolhido pelo Papa Paulo VI novoPrelado de Rio Branco, com jurisdição sobre a Prelazta do Acre e do Purus.
D. Moacyr Grecchi é catarinense de Araranguá, onde nasceu a 19 de janeiro de1936. Ordenado sacerdote em 29 de Junhode 1961 era, ultimamente, como Monsenhor,o Superior da Ordem dos Servos de- Maria,em São Paulo, onde realizou obra das maismeritórias.
O Estado do Acre, Sr. Presidente, afortunadamente, apesar das distâncias com osgrandes Centros do País, tem sido alvo dasatenções de missões religiosas, principalmente agora que o Governo se esforça paraintegrar os enormes vazios amazônicos nocontexto desenvolvimentista nacional.
O novo Bispo de Rio Branco e Purus vaiencontrar, além de uma população ordeirae trabalhadora, alguns problemas própriosda região, mas que não -rogem ao conhecimento de sua experiência pastoral.
Além da assistência aos ribeirinhos, iráele dar prosseguimento às obras educacionais e sociais já em estágio adiantado, iniciadas pelos seus antecesscres O trabalhode integração realizado pelas missões religiosas na Amazônia, notadamente no quetange à alfabetização, é algo que merece'ler destacado, pelo sentido humano e cristão de que se reveste e pelo seu elevadoprincípio social.
Nossas felicitações, portanto, a todos osacreanos em especial, aos da Prelazia doAcre e Purus, pela designaçâo do novoBispo. >
Que tenha S. Ex.a Rev.ma uma atuacãoprofícua em nosso Estado, no desempenhoda missão que lhe foi confiada por PauloVI.
Grato, Sr. Presidente pela oportunida-de. (Muito bem!) ,
o SR. JUAREZ BERNARDES - (Pro4nuncia o seguinte díseurse.) . Sr. Presidente, 81'S. Deputados, o jornal Cinco deMarço nasceu regado pelo sangue do estudante goiano derramado nas praças da capital do meu Estado.
O protesto gerado naqueles dias de truculêncías e injustiças culminou com a suafundação. E desde aquela época o jornalvem sofrendo as turbulências das águas.Tanto seus jornalistas, como, e principalmente, o seu Diretor-Presidente, jornalistaBatista Custódio, têm palmilhado maus pedaços, com amargos dias, curtindo-os porvezes no próprio xadrez, mas mantendosempre acesa a chama aos propósitos aque se propôs: denunciar sempre as trucuIêncías, combater duramente as Injustiças,ser implacável com as mazelas e as corrupções.
E não tem sido fácil, Sr. Presidente eSrs. Deputados, levar avante um programae uma meta tão audaciosas.
Mas seu lema vem sendo cumprido, nosseus já 14 anos de existência. É certo queseu presidente tem passado maus pedaçosno cumprimento da sua missão. Violênciastem sofrido de toda ordem, partidas quasesempre dos governantes, na vã expectativade dobrar o cerne da sua espinha dorsalpara que rasteje como réptil, ao sabor dascontingências momentâneas.
O seu caráter e a sua têmpera profissional, porém, não admitem tergiversações.
Os acusados, isto sim, é que deviam pautar a sua conduta dentro da dignidade e dahonra, e encontrariam por certo pela frenteo mesmo Batista, a mesma pena, e enaltecer os seus méritos, as suas qualidades, assuas boas acões. Palmilhar o caminho dahonestidade: da honra e da justiça é deverde todos, mas sobretudo do político, paraque o bom exemplo se espraie às multidões.
Consignamos neste instante, Sr. Presidente, o nosso mais veemente protesto contra a ameaça de morte que o Deputado Estadual Manoel Mendonça fez contra o jornalista Batista Custódio, conclamando aosórgãos de segurança nacional providênciasenérgicas, para que a impunidade em Goiásnão continue sendo uma tônica.
Dias atrás foi barbaramente assassinadoum radialista na Capital do meu Estado,que teve a infelicidade de bater errado àporta de um policial O militar quase saiucondecorado do episódio, não fora a gritageneralizada da imprensa goiana.
No interior do' Estado as truculências serenovam dia a dia, com delegados agindoao sabor dos chefetes políticos. É chegadaa hora de um basta! Basta de arbitrariedades; basta de truculências; basta de injustiças; basta de ameaças a jornalistas,que dizem verdades, verdades que devemser ditas, mesmo sob a mira dos corruptosínconí'ormados ,
Leio, Sr. Presidente, para que seja transcrito nos Anais da Casa o artigo "Sétimomandamento para agosto sem lei". Assimse atentará bem como andam as coisas emGoiás:
Não é a primeira vez que o sangue doshomens de imprensa escorre pelas ruasde Goiás. E, provavelmente, não será aúltima. Mas esta luta não se deterá enquanto a moralidade administrativa eo respeito à integridade física dos cidadãos não retomarem seu curso em terras goianas; enquanto os criminososnão forem punidos e os ladrões da economia pública andarem insultando comsua riqueza ilícita o povo faminto e desesperado. E5ta luta continuará até que
Agosto de 1973 DURIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção n Quarta-feira 8 4001
<JS goianos, pelas urnas, tenham corridodo poder com os homens que o enxovalham e degradam. (Alfredo Nasser)- Trecho do boletim distribuído pelasoposições coligadas no dia do assassin~
to do jornalista Haroldo Gurgel e aSSInado ainda por César Bastos, Jales M~chado José Fleury, Hélio de Britto, NIcanor' de Faria, Walfredo Maia, ClOd?veu de Castro, Lisboa Machado, JoaoNeto de Campos, Salviano Guimarães,Wilmar Guimarães, Emival Caiado, Ma:noel Demósthenes, Osmar Barnpaío, Josede ASSIS Morais e Diógenes Sampaio.Meses atrás, o jornal O Globo envioucautelosamente a Goiás certa equipe dejornalistas com uma missão curiosa.Tratava-se de apurar a veracidade dasnotícias remetidas por seu correspondente no Estado, narrando fatos e ocorrências que desafiavam o absurdo, zombavam do impossível e infringiam todas as regras da normalidade mundial.Sério e compenetrado, o correspondente recebeu-os do alto de uma montanha de documentos incontestáveis e osfez cientes de que os eventos por eleregistrados não refletiam sequer a metade da realidade local. A comissão retornou zonza, com as pastas recheadas de' novas e estrambotícas manchetes e se não mais duvidava da lisurapr~fissional de seu representante goiano não escondia sua apreensao quantoaos destinos de uma terra exposta aocotidiano de tantas singularidades. E,nada mudou. Ao contrário, o que senota em Goiás é o recrudescimento deum clima propício à violência e às lesões aos mais resguardados direitos dacoletividade.
Deste Governo para cá, o DeputadoManoel Mendonça tomou por hábito enviar-me ameaças de morte toda vez queo Cinco de Março estampa noticias envolvendo os expedientes de sua acidentada trajetória política. Venho suportando calado as enchentes de suas bravatas até que na segunda-feira últimaele' lotou o carro de figuras cheirandoa cangaço e foi ao jornal exibir os re-
. vólveres e a valentia. Não me encontrando o bando ruidoso passou pelagráficà e lá o deputado prometeu revirar a cidade se preciso fosse para matar-me antes das seis da tarde. Assim.juramentado ele rondou a semana. enquanto abastecia as esquinas de Goiâniacom retalhos de minha honra. Na Assembléia Legislativa e no Palácio dasEsmeraldas reiterou, à goela solta, seuspropósitos criminosos. Só que o deputado nunca me procurou nos lugaresonde, sua consciência lhe dizia que euestava. O último aviso que recebi desses pampeíros homicidas foi-me transmitido por uma autoridade na últimasexta-feira e dizia textualmente que ojornal não'se atrevesse a publicar maisnenhuma noticia envolvendo o parlamentar nos fatos em que está envolvido. Era escrever, e morrer.
As ponderações foram muitas. Se euescrevesse este artigo, seria o último.Guarnecido pelo manto do partido oficial, o deputado Mendonça condicionara como minha única chance de sobrevivência a aposentadoria de seu no~edas tintas de impressão. E escreva. Naoo faca como afirmação de coragem pessoal,' mas porque a ameaç~, ao acu:,,-rme na expectativa geral, nao me deixaoutra alternativa. Meu silêncio agorademoliria uma luta que construí de pé.Seria a própria imprensa goiana escorrendo pernas abaixo. Seria admitir avolta do [agunclsmo que molhou a ter-
ra no sangue do jornalista Moisés Santana e povoou de incertezas as madrugadas de Alfredo Nasser no jornalismode combate. Calar-me em momentos assim é derrubar a cerca da opinião pública que me resguarda, é garantir aimpunidade do deputado, ~M. :sobre aorfandade de minha Iamilia, Ja que apresidência da ARENA goiana, no ~pi
sódio, insiste em fingir que nao existe.Nesse equívoco já incorreram outros. ODeputado engatilhado queI~ chegar amim pelo único lado que nao dou. entrada, que é através da i!ltimida;çao eda chantagem -- essa opçao de so continuar vivo se calar das manchetes assuas tortuosídades políticas. No máximoposso propor-lhe maneiras mais _civilizadas de satisfazer sua pretensao; senão lhe agrada que os jornais veiculemseus erros, é só deixar de errar; paraque não mais se focalizem seus perealços políticos, basta que .abandone :t v.Idapública que politica e praça pública,sem n~nhum limite proibitivo à fiscalização do povo e da imprensa. .Falo d~vida pública, qus sua VIda partlC?la: epatrimônio fechado, e serei o prrmeiroa sair em sua defesa no dia em que forinvadida. Él entender isso ou então matar-me e continuar matando os que depois de mim intentarem a moralizaçãodos costumes políticos do Estado. Só queele está vindo em hora errada, vez quea Segurança Pública de Goiás orientase hoje por mãos firmes e experientes,que jamais consentirão O' retorno aGoiás daqueles tempos oblíquos em queas balas substltuíam os parágrafos dalei.
Para a UDN praticar tudo aqui quecombateu, só falta matar jornalista.Mas antes deste último perjúrio, os udenistas teriam que incinerar os vestigiosde sua luta dos marcos da história goiana. O sr. César Bastos desceria osjoelhos no chão para cuspir no sanguede Haroldo Gurgel que o PSD derramouna Praça do Bandeirante. O sr. JoséFleury precisaria limpar das calçadastodos os protestos que a UDN rabiscoucontra o crime e o arbítrio. O sr. Héliode Brito tropeçaria para se explicar àsgeracões que o seguiram povo afora. Osr, Randall do Espírtto Santo amargaria sobre os restos mortais da consciência udenísta, D. Maria Cavalcanti se encarregaria de apagar da memória dasmultidões a voz de Rui Brasil ecoandonos espaços do pensamento livre.. E sórestaria ao sr. Dante Ungarellí pedír quecomigo fosse linchada também a opinião pública, porque existe uma pessoaque sabe mais das coisas que eu e odeputado, e essa pessoa se chama povo.O próprio deputado Manoel Mendonçaestaria trajando de preto e lenço branco que suas mãos ajudaram a acen~r
como bandeira simbolizando a eterna vi
gilância como preço da Iíberdade, Mas,se apesar de tudo iSBO, a rormação oposicionista que ele afirma possuir não odemover dos caminhos contrários aosque sua mocidade pregou, use o revólver. Negue a luta. E só depois verá quefoi em vão, pois tudo aquilo que tentoumatar em mim continuará vivo, dentrode si mesmo. •
Era o que tinha a. dizer. (Muito bem!)
O SR. PAULO ABREU - (Pronuncia oseguinte díscurso.) Sr. Presidente, Srs.Deputados, a reciprocidade é uma exigênciaque responde, necessariamente, a uma aspíracão de justiça, inata na consciência doshomens. Em todas as religiões vamos encontrar, como princípio de cOI~duta inarredável, o famoso brocardo ; "nao faças aos
outros o que não queres que te façam".Esse principio está intimamente correlacionado com aquele outro que. manda, comonorma Insubstítuível de justiça, "dar a cada.um o que é seu".
Se aos cidadãos exigimos isso, se a cadapessoa a Moral indica esse caminho, comoconrítcào essencial da boa convivência humana: torna-se muito estranho que o Estado, que é delegado do povo, representantevirtual da Nação, imponha aos cidadãosprincípios que, como pessoa jurídica de direito público, não está disposto a cumprir.
Não acreditamos na figura do Estadoaético, ou apolítico. Ele é um ser criadopelos homens, segundo a razão, o direito ea moral. Não poderia um ser amoral resultar da aspiração e da criação de seres morais, como os homens se prezam de ser.
Por isso mesmo indicamos aos governantes, que, afinal de contas, como aplicadoresda lei, personalizam, pelas suas decísões avontade do Estado, uma providência quedevolva ao Estado aquela moralidade essencial, sem a qual a Nacão não poderá vê-locom bons olhos.
Trata-se, Sr. Presidente, da aplicação dOprincipio da correção monetária tambémas dividas do Estado para com os particulares. Sabemos que essa entidade pública já tem suas dívidas ativas - isto é, oshaveres pecunfáríos dos cidadãos e demaispessoas juridicas - protegidas pela ím')rescritibilidàde, enquanto a dívida passivaia Estado prescreve em cinco anos. Já évantagem suficiente.
Por outro lado, a correção monetária pretende, apenas. restabelecer o valor real deum débito ou compromisso financeiro, quando a moeda se deteriora pela inflação.
Mas a legislação existente, nesse sentido, manda corrigir. apenas, os débitos para com <J Estado. Dai o nosso apelo ao Governo, no sentido de que, informad<? pelaverdadeira moralidade que deve presídír aatuacão do próprio Estado, encaminhe, aoCongresso Nacional, proposição estabelecendo a reciprocidade, isto é, corrigindo a distorção vigente.
Ou se revoga a exigência da correção monetária, ou se deve estabelecê-la na obrigação do Estado para com os particulares.
Poderíamos apresentar projeto nesse sentido, mas preferimos que as nossas autoridades fazendárias façam, elas próprias. aopção, atendendo a uma aspiraç~o legitima dos credores do Estado, que nao pedemsenão reciprocidade, princípio que é comumaté no direito internacional e inseparáveldas boas relações humanas.
Sr. Presidente, desejo ainda, nesta oportunidade, fazer outro registro, pequeno, porém. no meu entender, necessário.
Por um dever de consciência ocupo estatribuna para render homenagem ao Governador do meu Estado, S. Ex.a o Sr. LaudoNatel. E o faço por reconhecer no chefe doExecutivo de São Paulo um homem públicoatuante, honesto, democrata e, especialmente, um grande patriota.
Vítima de algumas críticas. geralmenteinfundadas, Laudo Natelvem dando excepcional atenção aos interesses do Estado, visitando o seu interior, tomando conhecimento dos problemas municipais, objetivando, fundamentalmente, soluções para eles,embora se saiba que São Paulo é uma Unidade que apresenta problemas tão complexos. importantes e amplos, que superammesmo' os de muitas nações.
Louvo, Sr. Presidente, mais esta vez afeliz escolha que o Presidente Emílio Médici fez ao indicar à Assembléia Legislativa
4008 Quarta-feira 8 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 1973
paulista o nome de S. Ex.", o Sr. LaudoNatel para ser eleito para Governar o meuEstado. E devo acrescentar, concluindo, queo Governador Laudo Natel dedica aos politicos de um modo geral, atenção especial,jamai~ se recusando a conceder audiência,desde que solicitada, a qualquer um que desempenhe um mandato popular, de Vereador ao Senador da República. (Muito hem/)
O SR. ALFEU GASPARINI - (Pronunciao seguinte discurso.) Sr. Presidente, Brs.Deputados, a Justiça Eleitoral está preocupada com o problema da apuraçao dos votos em face do aumento crescente do núme~o de eleitores.
Através de projeto de lei, ora tramitandonas Comissões, propomos a apuração dosvotos pelas próprias mesas receptoras. Seestas merecem a fé da Justiça Eleitoralpara receber os votos, têm necessaríamente, de merecê-la para a sua apuraçao.
Daí acreditar que a aprovação desse projeto v'irá em muito ajudar a Justiça Eleitoral dando celeridade ao processo de apuraéão dos resultados das eleições, fornecendo-os algumas horas' depois de realizadas.(Muito bem í ) '.
O SR. JAISON BARRETO - (Pronunciao seguinte discurso.) Sr. Presidente, Srs.Deputados, o jornal "O Estado", de SantaCatarina vem trazendo excelentes reportagens sbbre o problema da pesca, dandoconta da difícil situação por que passamos pescadores e as elllpresas de pesca daquela área.
"Preso ao arbitrio e à exploração dosintermediários, o pescador, figura decantada nos versos e nas canções brasileiras, herói dos romances e discursoseruditos, é, na realidade, vítima empobrecida, explorada e encurralada, entregue ao jugo do comércio e da forçaeconômica do mais potente."
Quem percorre o nosso litoral confirmaos termos deste excelente texto de AldoGranjeiro, sem que soluções sejam procuradas pelos responsó---'-
Nota oficial do Itamarati dá conta denegociações entre as delegações do Brasile do Japão para a conclusão de um acordobilateral de pesca, incluindo a pesca docamarão.
Minha manifestação visa apenas alertaras autoridades, em especial do meu Estado,para o assunto que diz muito de perto aosinteresses das empresas catarinenses e apesca artesanal do nosso litoral. Vale lembrar o terminal pesqueiro da Leguna e aindústria de pesca de Itajaí.
Seria lamentável que, por omissão, prejuizos viessem a ocorrer à economia domeu Estado, ou que os problemas dessesinfelizes pescadores viessem a se agravarpor medidas que não levam em consideração-os aspectos humanos do assunto. (Muito bem!)
O SR. FERNANDO CUNHA - (Pronunciao seguinte discurso.) Sr. Presidente, já pordiversas vezes vozes autorizadas se ergueram nesta Casa pedindo a atenção do Governo para a grave situação da Justiça daprimeira instância de Brasília.
O crescimento vertiginoso desta Capitalsuperou todas as previsões, mesmo as maisotimistas. Por isso mesmo, a organizaçãojudiciária prevista nãc teve condições deacompanhar o aumento populacional.
De fato, a Justiça de primeira instância,exclusão feita da federal, não correspondemais às necessidades do Distrito Federal.
Em conseqüência, os cartórios estão abarrotados de milhares de processos e os juizes totalmente incapazes de despachar a
tempo e a hora as centenas de autos quelhes são diariamente encaminhados.
Por isso, as causas se eternizam. Mesmoos despachos mais simples são demorados. As partes se irritam, os prejuízos seavolumam, crescem as pilhas de processos,os advogados nada podem fazer.
Já se disse que a falta de justiça corresponde à própria denegação de justiça. Éo que ocorre em Brasília.
Por isso mesmo, nossa Capital está-setransformando no paraíso dos caloteiros,dos mau pagadores, dos que raltam aoscompromissos solenemente assumidos. Defato, hoje, a melhor coisa que pode acontecer ao devedor, em Brasília, é ser acionado na Justiça. Se a promissória, ou qualquer título de crédito é ajuizado, o devedorfica tranqüilo, porque sabe que a execuçãojamais se fará ou, se se fizer, irá levaranos e a inflação devorará a dívida.
Tudo isto porque nem os cartórios, nemos Juizes têm mais condições, por mínimasque sejam, de encaminhar ou despachar osprocessos nos prazos previstos na lei.
E o pior de tudo isto não é· propriamente o total colapso da justiça de primeirainstância. O pior tem sido a falta de sensibilidade e o pouco interesse com que oMinistério da Justiça acompanha o problema.
É função primordial do Ministério daJustiça zelar pela Justiça do Distrito Federal. A essa Pasta competem os estudosnecessários para que, através de exposição de motivos, sejam encaminhadas aoPresidente da República as providências necessárias a por cobro ao gravíssimo pL'Oblema a que nos referimos.
Vários apelos já foram dirigidos ao Mlnistério da Justiça. A Ordem dos Advogados do Brasil vem, há longos meses, lutando desesperadamente para que seja encontrada solução urgente para a calamitosa situação, que tanto depõe contra a administração da [ustiça em nossa capital.Os jornais têm repetidamente se referidoao tema para mostrar a gravidade da situação. A própria televisão já mostrou aoseu público, ao vivo, em impressionantevisualização do problema, as pilhas imensas de processos acumulados nos Cartórios. O Tribunal de Justiça cumpriu o seudever tomando as medidas ao seu alcance.
Mas, apesar desse estado de verdadeiracalamidade pública, o Míntstérto da Justiça se mantém mudo, surdo e lnerte. Nenhuma providência toma. Pelo menos, nãotomou até hoje, nem anunciou que estavatornando ou que iria tornar.
Diante da inércia dos responsáveis, ímpacíentam-se as partes, os advogados, osserventuários. os representantes do Ministério Público, os juizes e o povo.
O Congresso nada pode fazer porque,nos expressos termos do art. 57, inciso IV,da Constituição Federal, é da competênciaexclusiva do Presidente da República a iniciativa das leis que disponham sobre organização admíntstratíva e judiciária, serviços públicos e pessoal da administraçãodo Distrito Federal.
Então, nem Deputados, nem Senadorespodem apresentar os respectivos projetosde lei, criando novas varas e desmembrando cartórios, para desafogar o serviço judiciário e propiciar ao povo da Capital ajustiça rápida que tanto almeja e que deveser objetivo permanente de qualquer governo, principalmente de governo preocupado com o interesse público.
Por isso, Sr. Presldente e Srs. Deputados,nossa bela Capital, que se orgulha de ser
a última palavra em planejamento e arquítetl?ra e o que de mais avançado já construimos em desenvolvimento urbano, apresenta esse lado negativo e essa face negrada falta de justiça por total incapacidadeda organização [udícíárta vigente.
Diante dessa sítuação de calamidade pública, diante da omissão dos responsáveise diante da vedação constitucional que proíbe aos parlamentares a iniciativa de qualquer lei sobre organização judiciária doDistrito Federal, só nos resta apelar parao sr. Presidente da República para que, comsua autoridade, avoque o assunto à sua deliberação e determine providências urgentes que ponham cobro à calamitosa situação da Justiça do Distrito Federal.
Era o que tinha a dizer. (Muito bem!)O SR. CÉLIO BORJA - (Pronuncia o se
guinte díseurso.) Sr. Presidente, Srs. Deputados, a propósito da integração de todo oterritório brasileiro no Movimento Brasileirode Alfabetização (MOBRAL), ocorrida no dia31 de julho último, o "Jornal do Brasil"no editorial sob o título "Alfabeto e Traba':lho", daquele mesmo dia, submeteu aos responsáveis pela erradicação do analfabetismoa seguinte reflexão:
"O adulto que aprende a ler e a "0'-''-' _ ...se n~o exercita o conhecimento, regride;'lfrequentemente, ao estágio anterior.Também não bastaria prover de conhecimentos mínimos, se o mesmo esforconão pudesse ser aproveitado para elevara qualidade do trabalho daquela grandemassa que nasceu e ficou à margem daeducação e do mercado de trabalho."
O articulista do matutino carioca, pensoeu, visou ao duplo objetivo de saudar o fatode incluir-se, hoje, ° MOBRAL entre ospoucos serviços públicos brasileiros de extensão verdadeiramente nacional, e, ainda, ode encorajar os esforços dos responsáveispelo Movimento, no sentido de utilizar fi;
mesma estrutura administrativa que aifabetiza na integração do homem brasileiroà moderna sociedade que aqui emerge.
Certamente, igual cuidado levou os responsáveis pelo Movimento a implantar oPrograma de Educação Integrada, com oobjetivo de transmitir, em doze meses, osconhecimentos ensinados no ciclo primárioem quatro anos, e, ainda, a articular oMOBRAL com o SENAI, o SENAC e o Departamento Nacional de Mão-de-Obra par:ílque a alfabetização seja apenas o início d::lum novo ciclo de vida e de trabalho doalfabetizado.
Constato, Sr. Presidente, uma mudança deênfase no processo educativo brasileiro queapresenta alguns traços dignos de nota emeditação. Primeiro, que a educação é apenas um aspecto da cultura. entendida estacomo o conjunto de instituições e processosde que o homem se utiliza para alcancarfins a que, livremente, ele se propõe ou quelhe são impostos pela natureza e pela forcada convivência com outros homens. •
Verifico, também, que nossa atitude, emface da alfabetização, é pragmática, ditadapela contingência de encontrar trabalhomais bem remunerado para a grande massa,e .não pelo julgamento da superioridade dacultura letrada e livresca sobre a iletrada eoral. E mais: parece-me que apenas começamos a ter consciência das transformacõesque advírão, tanto nas atitudes, nos hábitose na maneira de ser e estar do homemmédio, quanto na organização do trabalhoe na sua divisão, quando esse processo der.culturacão tiver atingido um ponto deequilibrio, a partir do qual não haverá reversão possível.
Talvez não este] amos percebendo queoutros fatores de aculturação, sobretudo os
Arosto de 1973 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I)" Qua.rta-feira I 4001'
meios de comunicação de massas, que não sedirigem a fins práticos, mas especulativos,e que não se propõem a melhorar os hábi-
. tos e os meios de subsistência, mas a entreter, divertir, elevar os espíritos e a razê-Joadebruçar sobre os problemas existentes daespécie humana, só muito lentamente assumem a responsabilidade social que lhes incumbe, menos por incapacidade dos seusgestores, porém muito mais por falta deestimulo e de coordenação dos agentes incumbidos de fomentar as artes, a ciência eos grandes temas da sabedoria humana.
Finalmente, congratulando-me com o Governo e com os responsáveis pelo MOBRAL,na pessoa de seu ilustre Presidente, o Professor Mário Henrique Simonsen, e dos Professores Arlindo Lopes Correa e TherezinhaSaraiva, peço-lhes que, sem prejuízo doslouros com que, juntamente, se engalanam,tragam ao Congresso Nacional, a representação do povo, os seus valiosos subsídiospara que, juntos, possamos prever e prover odestino do homem brasileiro, da sua educação e da sua cultura. (Muito beml )-
O SR. JOSÉ MANDELLI - (Pronuncia oseguinte díseurso.) Sr. presidente, Srs. Deputados quero fixar, desde logo, que tudoaquil~ quanto vou dizer se deve debitar, oucreditar, como melhor aprouver aos críticos,ao cidadão brasileiro que sou, e nunca aoDeputado do MDB, falando em termos políticos e partidários.
Fiel ao programa de meu partido, soldado de seus ideais, sempre estarei entre osmeus correligionários defendendo e sustentando nossa linha programática e batalhando, com ardor sempre crescente, pelo retornointegral ao "Estado de direito", pela volta doPaís à pureza do regime democrático, peloprivilégio de uma Constituição libertáriasobre toda e qualquer lei de exceção.
Como partidário consciente do MDB, sempre o meu voto acompanhará a decisão quea minha agremiação, em assuntos políticos,tomar, pelo consenso majoritário dos seusintegrantes.
Minha fidelidade aos princípios democráticos e minha perfeita integração nas deliberações de meu prêmio politico - que sãodeveres da minha honra funcional e pessoal- não se desmentiriam, em todo o meupassado, e confio em que o futuro nada oferecerá que me obrigue a corar.
Isto posto, quero consignar, com a maisalta satisfação, minha alegria e meu orgulho ao constatar que os que comandam emchefe a vida pública brasileira foram extremamente felizes na opção a que chegaram,qual aquela de que resultou a escolha dosnomes que a ARENA certamente homologará como candidatos majoritários à Presidência e à Vice-Presidência da República.
Não por serem gaúchos, como eu, é queassim os considero, a ambos. Mas por seremgaúchos, homens do meu berço e da ~i,n~aquerêneía, é que os conheço desde multissímos e largos anos, sabendo e conhecendo avida de um e de outro, acompanhando-osna larga e brilhante escalada profissiomal, no serviço das armas, e na esplêndida'atuação em tantos setores da atividade civil,onde jamais desmereceram do elevado conceito que conquistaram entre seus iguais.
O General Ernesto Geisel, indicado paraa Presidência, e o General Adalberto Pereirados Santos, apontado para a Vice-Presidência da República, não só reúnem todo umextraordinário cabedal de cultura e de experiência realmente vivida, que os situamcomo figuras capazes e honestas para asinvestiduras supremas do país, como seconstituem em homens de nítida formacãodemocrática e de acendrado amor ao ímpéfio da lei e da ordem.
o tipo de escolha e de consagração, que aConstituição e as leis vigentes acolhem, nãoé, certamente, do meu agrado. Hei de continuar lutando para fazer prevalecer umregime de mais liberdade, mesmo de maisautenticidade. Mas vejo, com satisfação pessoal, o General Ernesto Geisel por conhecêlo, por amizade, não por bairrismo, que osmétodos - que não aprovo - levaram àescolha de candidatos que merecem minhasimpatia e meu respeito, minha confiança eminhas esperanças num porvir fecundo,livre e democrático.
Não lhes darei o meu voto - muito certamente, que os meus compromisos políticos emorais me impedem de fazê-lo. Mas vejo aeleição dos dois eminentes brasileiros, os Srs.General Ernesto Geisel e Adalberto Pereirados Santos, uma réstea de luz, luminosa efecunda, para os destinos da Democraciae do Brasil. (Muito bem!)
O SR. MAGALHAES MELO - (Sem revisão do orador.) Sr. Presidente, um jornal daGuanabara noticiou, faz poucos dias, que oTribunal Regional daquela Unidade federativa estaria empenhado em dotar aquela Corte de Justiça especializada - JustiçaEleitoral - de máquinas eletrônicas paraapuração dos votos no pleito do próximoano.
Quer-me parecer que essa deve ser a preocupação, não somente daquele Estado, masda Justica Eleitoral de todo o País. Não épossivel, -diante dos senões que se identificam em cada pleito, através de discursos eda imprensa diária, se continuar num processo de apuração manual, como se vemfazendo, sujeito a distorções, a falhas, e aosíltcítos que contém o processo eleitoral brasileiro. Se se quer uma democracia autêntica, se se quer a legitimidade da representação política nas Assembléias Legislativas enas duas Casas do Congresso, por que nãodotar o País do processo mecânico de apuração de sufrágios,'
Faz 20 anos, Sr. Presidente, que o ex-Ministro Waldemar l"alcáo passava em Pernambuco, num dos navios da Linha C, comdestino aos Estados Unidos, onde iria estudar o processo mecânico de apuração devotos para o pleito que então se avizinhava.Lá se vão dois decênios. Ora, os EstadosUnidos - e aqui vai apenas uma referência- apuram /.lO milhões de sufrágios em 72horas e dízem ao país e ao mundo quais oscandidatos eleitos naquela nação do Norte.
A loteria esportiva que aí está, 24 horasapós os jogos do domingo, já informa, logoao meio-dia da segunda-feira, quais osapostadores contemplados com os prêmios,através de um processo eletrônico muitoconhecido. E por quê não se cuidar tambémdo processo eleitoral, utilizando um sistemahoje em uso em todas as nações cultas, civilizadas, do mundo? Até parece que o que sequer mesmo é deixar o processo eleitoralemperrado, cheio de defeitos, de fraudes,desse conhecido maptsmo que transformasuplentes em Deputados; e, às vezes, essessuplentes, depois de estarem na Cãmara, ounuma Assembléia, são tirados por uma decisão que se arrastou por um ano ou dois emnossas Cortes de Justiça.
A Justiça Elei.toIal já fez muito nestePaís, quando saímos do regime da ata falsa,do voto a descoberto, para o voto secreto,a grande conquista da Revolução de 30. Mas,com trinta anos de LISO, já se faz mister rever o procesos de apuração eleitoral dentrodas Cortes de Justiça especializadas. É necessário que saiamos desse processo criminoso manual, deturpado e quase corrupto,porque ilegitima a representação política,conspurcá as instituições no seu nascedouro.É justamente do voto que nascem as instituições.
o eleitor, Sr. Presidente, que não sabeapertar um botão de uma máquina, tampouco está apto, intelectualmente também, adar seu voto pelo processo vigente.
Pois que o exemplo do Tribunal Eleitoralda Guanabara seja seguido por toda a Justiça Eleitoral do Pais, e que o Legislativopor intermédio dos Presidentes da Câmar~dos Deputados e do Senado Federal, juntoao Presidente- do TSE, tome providênciaspara que no pleito de outubro próximo tenhamos um cenário mais escorreíto, maislimpo, mais democrático e mais autêntico,através da legitimidade do voto. (Muitobem!)
O SR. CÉSAR NASCIMENTO - (Pronuncia o seguinte díscurso.) Sr. Presidente, Srs.Deputados, o FUNRURAL contemplou oMunicípio catarinense de Timbé do Sul comuma unidade médico-hospitalar. As obrasforam iniciadas e o prédio já, em fase deconclusão, lá se encontra, pois a firma encarregada da construção o abandonou,
É lamentável, Sr. Presidente e Srs. Deputados, que isto tenha ocorrido, porque apopulação está sofrendo, pois recursos médicos hospitalares só existem no Municípiode Turvo, distante aproximadamente trinta e cinco quilômetros daquela localidade.Assim, desta tribunal, dirijo um apelo aoSr. Presidente do FUNRURAL, no sentidode que aquele hospital seja concluído eaparelha do, propiciando à laboriosa população daquela comunidade um pouco detranqüilidade, a fim de poder continuartrabalhando pelo engrandecimento do Município, do Estado e do Brasil. (Muito bem!)
O SR. MILTON BRANDÃO - (Sem revisão do orador.) Sr. Presidente, Srs. Deputados, há poucos dias, em território piauiense e no Nordeste Ocidental, foi-nos possível colher um retrato da região, observar oseu desenvolvimento e o otimismo do seupovo, Daí, Sr. Presidente, a razão de, maisuma vez, apelarmos ao Presidente Médicino sentido da criação da Superintendência do Desenvolvimento do Vale do Parnaíba a fim de se promoverem estudos paraun{a maior atividade agropecuária e parareimplantar a navegação no rio Parnaíba e,conseqúentemente, em futuro próximo,construir o porto marítimo de Luís Correia.
O Nordeste Ocidental- PiaUÍ, Maranhãoe Ceará - se desenvolve a passos largos.É a prova de que a energia elétríea oferecida àquela região permitiu realmentemaior progresso ao seu povo, no sentidodo seu desenvolvimento econômico. Masainda há muita miséria, ainda há muitafome e, para que possa o Governo resolvero problema daquela área em definitivo, épreciso uma ampliação de projetos, somente possível por meio de um organismo situado na região, entregue aos homens daárea, através do qual os técnicos, os peritos políticos possam melhor retratar todoaquele pólo de desenvolvimento. para situá-lo bem no conjunto da nacionalidade.
Sr. Presidente, assim como no passadogarantíamos o sucesso de Boa Esperança,iniciativa posteriormente adotada pelo Poder Executivo e, conseqüentemente, por eleconstruída assim como naquela época defendíamos' aquele empreendimento, que teve sucesso e cuja energia, hoje, é já quasetoda consumida, não somente naquela áreado Nordeste, como na outra, onde existe aCia. Hidrelétrica de Paulo Afonso, nos, nomomento, afirmamos a necessidade da criação da Superintendência do Vale do Parnaíba, para, num conjunto de providências naquele rio caudaloso e nos seusafluentes, aproveitando os seus vales rérteís não somente do lado do Piauí, como
tel!) 'Quarta-feiratl
do Maranhão e parte do Ceará, ti Governopoder oferecer uma grande contribuição aoprogresso deste País. (Muito bem!)
O SR. JOAO CASTELO - (Pronuncia oseguinte diseurso.) Sr. Presidente, no dia28 de julho último, em São Luís, outorgadopela Assembléia Legislativa do Maranhão,o Presidente Emílio Garrastazu Médici recebeu o título de Cidadão Maranhense, porseus esforços em esquadrar nosso Estadono grandioso plano nacional da integração,valorização e desenvolvimento do B,rasil.
Significou o gesto uma homenagem dopovo do Maranhão a um dos Presidentesda República que mais distinguiu o Estado,e mais concorreu para despertar e dinamizar suas forças latentes.
Valendo-se o Presidente Médici do ensejo, inaugurou a nova seJe da Rei~!ia daUniversidade do Maranhao, no Palácío que,recentemente restaurado, revive hoje a plenitude de sua antiga beleza.
Esperamos nós, Sr. Presidente, venhaagora a Uuiversid~dc do Maranhão a serintegrada nos planos desenvolvimentistasdo Governo Federal e do Governo Estadual utilizada que poderá ser - entre outros '- em trabalhos de pesquisas e de preparação de mão-de-obra especializada.
Sempre acompanhado pelo nosso eminente e dinâmico Governador, Professor PedroNeiva, o Presidente Médici inaugurou também o Museu Histórico e Artístico, que,erguido e orientado por especialistas namatéria, representará a participação sistemática do Poder Público maranhense napreservação dos valores patrimoniais dopassado de nosso grande Estado.
O Museu, Sr. Presidente, detém consfderável acervo de peças de caráter sacro,e objetos e relíquias que espelham o apogeuda grandeza artística nacional, principalmente da terra de João Francisco Lisboa eGonçalves Dias, e traduz uma das preocupações do Governador Pedro Neiva nocampo da cultura.
Em sua fala vibrantemente aplaudida,enfatizou nosso Governador-
"O ato de V. Ex.a, Sr. Presidente, descerrando a placa que assinala o instante da inauguração deste Museu,constitui o ponto de encontro do Maranhão de ontem com o Maranhão deamanhã, no momento em que festejamos o sesquicentenário de nossa adesão à independência política do País.Independência se completa hoje pelasegurança do desenvolvime~to eeonõmico e que resultara da conjugaçao doesforço maranhense com a decisão doGoverno que V. Ex.a superiormente preside de instrumentar um grande futuro para o Maranhão, dotando o Estado,depois da hidrelétrica de Boa Esperança, das vigorosas bases de uma economia tndustrtal c exportadora."
E, aproveitando a oportunidade, Sr. Presidente, perante o Chefe da Nação, anunciou o Governador Pedro Neiva que ao Museu Histórico e Artístico seguír-se-âo - naPraia Grande, por conservar, em suas disposições urbanas e arquitetônicas, os traços de nosso glorioso passado: o Museu Sacro, o Museu da Civilização Maranhense,o Museu Etnográfico, a Casa da CulturaMaranhense, o Museu de Arte, o Museu deArte Popular, e, afinal, o Arquivo do Maranhão.
Em breve e significativa alocução agradeceu o Presidente Médici, detendo-se, emseguida, demoradamente, na apreciação dasantiguidades expostas, pelas quais revelouinusitado interesse.
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção n
l1J esse, Sr. Presidente, o Maranhão denossos dias, tendo à frente um Governador sempre atento a todos os aspectos deuma superior administração, na qual, comoacabamos de comprovar, os setores culturais, artísticos e históricos ocupam lugar derelevo.
Agradecendo a honrosa presença do Presidente Médici em terras maranhenses,congratulamo-nos com seu povo pela conquista de obras de tão alto alcance, e maisuma vez felícttamos o Prof. Pedro Neiva deSantana pela orientação altaneira que imprimiu a seu Governo, orientação essa garantidora do radioso destino que nos reserva o futuro.
Finalizando, Sr. Presidente, leio o pronunciamento do Governador Pedro Neivade Santana, a propósito da inauguração doMuseu Histórico e Artístico do Maranhão,por seu valor expressional, pelas informações que veicula e fundamentos que eonsubstancía:
DISCURSO DO GOVERNADORPEDRO NEIVA DE SANTANA
Senhor Presidente:
No momento em que Vossa Excelênciadescerrou a Placa de Inauguração desteMuseu, uma nova etapa se iniciou navida de nosso Estado - a da participação sistemática do poder público maranhense ao. preservação dOIl valorespatrimoniais de nosso passar'
Pois, a despeito das preocupações e esforços dos Governos anteriores, só agoraconseguimos dar vida a ínstítuíção destinada a.aguardar, para as gerações vindouras, peças representativas do pretérito e da Cultura do Maranhão.
Mais do que um acervo valioso que ascircunstâncias e a casualidade nos permitiram aqui reunir, este Museu é o es-.pelho desse espírito vigilante, mercê doqual não nos dissociamos de nosso passado, antes nos desvanecemos dele,sabendo que nada mais somos do quea sua continuidade e a sua conseqüência.
Terra das grandes tradições sociais eintelectuais, o Maranhão foi, no séculoXVII, Auditório dos imortais sermõesdo Padre Antônio Vieira: no séculoXVIII alimentou-se da cultura jesuitaaté a baníção por Pombal enquantoconstruía um patrimônio arquitetônicomonumental que testemunha até nossosdias aquela época de grandeza: paraalcançar no século XIX seu apogeu econômico e intelectual traduzido na vidae forma de São Luis e Alcântara. Essadimensão cultural de que nos dá medida Antônio Henríques Leal no seuPanteon maranhense pode sintetizar-seem dois nomes: João Francisco Lisboae Antônio Gonçalves Dias- o maiorprosador e o maior Poeta.Se é certo que ficaram os vestígios doexplendor intelectual nas grandes obrasliterárias e mesmo científicas que noslegaram os grandes vultos da AtenasBrasileira. sempre nos faltou a instituição especialmente destinada a preservar os objetos e as relíquias queespalhassem e simbolizassem o ambiente em que esses vultos: atuaram.
A instituição que se fazia necessáriaacaba de ser ínaugrada por Vossa Excelência, Senhor Presidente. Iniciadano Governo José Sarney, com a colaboração do Coriselho Federal de Cultura, ao tempo presidido por nosso conterrâneo Josué Montello, pode concluí-
la no meu Governo, ainda com a colaboração do atual Reitor de nossaUniversidade.Cabem aqui palavras de agradecimentoe louvor a D Jenny Dreyfus e dr. JoséJansen Ferreira, que vieram dar aoMuseu do Maranhão a sua organizaçãoinicial. Ao dr. José Jansen Ferreiraficamos a dever ainda uma parte preciosa do acervo aqui reunido, sendo dejustiça também assinalar a contribuição pessoal de Josué Montello, que legoua esta Casa, entre outras peças valiosas, os originais manuscritos de O Mulato, de Aluísio Azevedo. Nossa gratidãoa todos quantos, com gestões ou doações, ajudaram a tornar o Museu realidade.Uma palavra especial merecem as peçasde caráter sacro. Boa parte desse acervoprocede da euría metropolitana por especial compreensão do Dom João Mata,nosso Caro Arcebispo.Esta é a oportunidade para afirmamosque para levar adiante o Museu Sacro,esperamos contar com a colaboração doArcebispado, na Cessão da velha Igrejado Desterro, que para esse fim convenientemente restaurada e preparadasem esquecer a Praça que lhe fica emfrente, de acordo com o plano propostopelo eminente arquiteto portuguêsViana de Lima. E cumpre advertir queo Museu ora inaugurado é apenas umponto de partida. Decidimos convertê-lonuma espécie assim de Meseu acumulativo, de que sairão, andando o tempoas seguintes instituições: Museu Sacro,Museu da Civilização Maranhense, Casada Cultura Maranhense, Museu Etnográfico, Museu de Arte, Museu de ArtePopular - tudo completado com umaRepartição inadiável, o Arquivo do Maranhão.
Esses novos Museus terão de ser instalados em edificações históricas preferentemente na Praia Grande, visto seresse o Bairro que melhor conservou, nasua disposição urbana e arquitetônica,os traços característicos do nosso passado. Graças as medidas tomadas rerecentemente por Vossa Excelência,Senhor Presidente, nos Ministérios daEducação e do Planejamento para preservaeão do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ser-nos-á possível obter da União os recursos fundamentaisque se harmonizarão aos recursos estaduais, na linha do mesmo propósitocultural de salvar a Praia Grande, resguardando-a no seu conjunto admirável.
Sabe Vossa Excelência, Senhor Presidente, que o Maranhão, em virtude dapolítica implantada com a revolução de1964, se veio- preparando para a arrancada atual, ensejada pelo Governo Médici. Mas a transformação a que embreve assistiremos, em conseqüência deplanos em execução e de iniciativasainda mais arrojadas, mudará de talmodo a fisionomia da região, com aintensidade de seu desenvolvimento,que se faz necessária uma política objetiva de preservação do Patrimônio,antes que este seja delapídado sobretudo no que se relaciona a fisionomiaarquítetôntre e urbanística (lfl velhaSão Luís.
Daí a simultaneidade das duas línhapolíticas: a que deseja resguardar osvalores do passado - de que o Museué um marco - antes que estes desapareçam, e a que estimula a dinâmica doprogresso, criadora de novos valores,
.Arosto de 19'73 DIARIO DO CONGRI~SSO NACIONAL (Seção I) Quarta-feira S 4011
que bem se define na conclusão, hoje,da construção da Rodovia MA-74 queinterliga ao modorníssímo Porto doItaqui - o melhor do Norte e Nordeste- a região do Tocantins maranhenseparaense e goiano e a Transamazônica.Abre a ocupação mais de 50.000 Km2da pré-amazônía maranhense que, graças à generosa compreensão de VossaExcelência concebendo-nos os recursosdo programa especial de apoio ao desenvolvimento - do meio norte já estãosendo incorporados ao processo econômico pelo assentamento de milhares defamílias de produtores rurais, do mesmopasso em que o empresariado das maisdiversas regiões do Pais manifestaramsua decisão de participar do desenvolmento do meio norte tendo a COMARCOrecebido já propostas de aquisição deterras, numa área total de 1.577 .120hectares, para 275 projetos no valor de288 milhões de cruzeiros.Permita-me, Senhor Presidente, abusarda gentileza da presença de Vossa Excelência entre nós para pleitear, umavez mais, o ínteresse do Maranhão queestou certo de ser coincidente com o doPais: que a vasta faixa de terras marginais da rodovia Belém-Brasília, comárea de aproximadamente 40 mil Km2em sua quase totalidade de terrasdevolutas, reservada ao INCRA pelalegislacão federal, seja confiada a Companhia Maranhense de ootonísacãopara fins de proseguímento do programa de ocupação e íncorporação aoprocesso econômico, dessa rica área,comprometendo-se. o Governo estadual adotar esta companhia dos meios que lhepermitam desenvolver seu modelo decolonizacão cue teremos a honra de veraprovado por V. Ex.'"
Senhor Presidente,A hora da implantação do Museu doMaranhão tinha de coincidir assim coma hora em que se abre para o meuEstado uma nova fase de desenvolvimento intensivo e que resultará de suasfrentes operacionais; a da política agropecuária e de consolidação da infraestrutnr; em que concentrei a tônica domeu Governo e da polítíca de implantação da grande indústria, que decorrerá no melhor aproveitamento das possibilidades instrumentais do porto doItaquLO ato de V. Ex. a , senhor Presidente,descerrando a placa que assinala oinstante de sua inauguração, constituio ponto de encontro do Maranhão deontem com o Maranhão de amanhã,no momento em que festejamos o Sesquicentenário de nossa adesão à Independência política do País. Independência que se completa hoje pela segurançado desenvolvimento econômico e queresultara da conjugação do esforçomaranhense com a decisão do Governoque V. Ex.a superiormente preside deinstrumentar um grande futuro para oMaranhão, dotando o Estado, depois dahidroelétrica de Boa Esperança dasvigorosas bases de uma economia industrial e exportadora.O ambiente de 'paz e de trabalho, queV. Ex.a. encontra em meu Estado é aconseqüência natural de uma políticamais vasta, que se extende por todo oPaís e de que V. Ex.a. tem sabido ser fi
melhor intérprete tanto no plano nacional quanto no plano internacional,fiel ao conceito de Georges Berninos deque uma Nação não é apenas uma fronteira é, sobretudo, uma missão.Muito obrigado.
Era o que tinha a" dízer Sr. Presidente,Srs. Deputados. (IUuito bem!)
O SR. JOSÉ BONIFACIO NETO - (Pronuncia o seguinte discurso.) Sr. Presidente,queremos, hoje, chamar a atenção das autoridades governamentais para um grandedesassistido - o excepcional.
Muito se tem pesqutsado sobre as causasda excepcionalidade. As estatísticas elaboradas a este respeito já chegaram a mostrar que os fatores hereditários são osprincipais responsáveís, seguidos pelosacontecimentos do período pré-natal, sendo minoria as determinantes da fase pósnatal.
Muito se tem escrito sobre a necessiuaueda participação da família para a integralização do excepcional. Simpósios e conferências se têm realizado, procurando demonstrar a possibilidade de recuperação dacriança desajustada, através de processosque a integrem ao meio ambiente, cuidando, simultaneamente, do fisico e do ladosocial e psicológico.
Mas é preciso passar à ação. AS escolasexistentes para a obra gigantesca são emnúmero deficiente, tornando minimo oatendimento. Se a criança não é estimulada na época própria, não consegue, depois,sobreviver.
No meu Estado, o mstítuto de Educaçãodo Excepcional, órgão da Secretaria deEducação, tem-se lançado à criação decentros ocupacionais para ministrar cursospré-profissionais.
Ensinando, por exemplo, os oficios de copa, cozinha, Iímpeza, carpintaria, costura,ali se prepara o deficiente, de molde a darlhe alguma qualificação para atingir omercado de trabalho. Depois, vem o estágioem algumas empresas, poucas, que auxiliama obra de Integraçào. POI! que não favorecer essas empresas que utilizam excepcionais? De saída, enfrenta o excepcional umadificuldade - a apresentação do certificado de conclusão do curso primário, exigidaem toda empresa. Do contrário, o empregador fica obrigado ao pagamento do salário-educação, o que o leva a evitar tal tipode empregado.
Espalhados por tudo o Brasil, os excepcionais constituem uma legião. Podem seraproveitados, recuperados, se tiverem alguma qualificação. Ai é que entra a necessidade de interferir o Poder Público.
Sr. Presidente, não pode o assunto, quetem grandeza humana, circunscrever-seaos poucos esforços de alguns Estados e àiniciativa particular, de associações de pessoas caridosas e abnegadas.
Entre o Governo no problema, com os recursos de que dispõe, enfrentando-o comdecisão e coragem, intensificando os centros especializados, e terá realizado trabalho admirável, sob o aspecto social e humano. (Muito bem!)
O SR. FRANCISCO LIBARDONI - (Pronuncia o seguinte díseurso.) Sr. Presidente,o Diário do Congresso Nacional, na sua edição de 7 de abril do corrente ano, publicoudiscurso que pronunciei nesta tribuna, fazendo o mesmo apelo que agora - que meperdoem a insistência - volto a formular.É no sentido de que sejam inauguradas asagências do Banco do Brasil situadas nosMunícípíos catarínenses de São José doCedro e São Lourenço do Oeste.
Quando, em abril, fiz o apelo ao ilustrePresidente do Banco do' Brasil, o nosso multo caro ex-colega Nestor Jost, acentuei aimportância da presença do Banco do Brasil naquelas comunas. São dois Municípios
em constante ritmo de' crescimento. E asua agricultura - que todos quantos conhecem a região sabem que é das mais desenvolvidas e promissoras - está necessitando urgentemente do apoio que somenteum banco, e particularmente um bancooficial, pode emprestar.
Não desejo, Sr. Presidente, inclusive poruma questão de justiça, acreditar que oapelo aqui formulado há tantos meses hajacaído no vazio. Todos nós conhecemos bemde perto o Sr. Nestor Jost, todos conhecemos o carinho e a atenção com que ele dirige os negócios do banco em boa hora entregue à sua direção, e sabemos, de ummodo especial, a boa conta em que ele levaesta Casa, da qual foi um dos mais exp;essi,:,os representantes, A verdade, porem, e que arnda nao foram inauguradasas duas agências, enquanto a população deSão. Lourenço e São José do Cedro esperaansiosa pela abertura da casa de créditoque vai contribuir, de maneira decisiva,para transformar a paisagem gerar novas'Iquezas, estimular mais ainda o trabalhode um punhado de homens, cuja contribuição para o progresso do Brasil é de todos os modos digna de admiração.
Seja-me permitido voltar ao discurso publicado na edição de sete de abril do Diáriodo Congresso Nacional. Nessa ocasião, fiz oapelo para a mais rápida conclusão dasagências do Banco do Brasil em São José doCedro e São Lourenço do Oeste. Mas fiz outro apelo: que o Presidente do Banco doBrasil anotasse na sua agenda, no seu plano de trabalho, a constituição de agênciasem outros Municipios de Santa Catarinaigualmente necessitados do apoio do banc;oncíal. São eles os de Mondaí, Maravilha,Ptnhalztnho, Xaxím, Seara Ponte SerradaCatanduvas e Água Doce. ' ,
Todas essas comunas são centros de progresso. Em nenhuma delas há marasmo háausência de entusiasmo, de calor hum~no.Pelo contrário, há um afã de progressoconstante, há um trabalho diuturno, há portoda a parte o mesmo desejo de crescimento, o. mesmo ânimo de produzir paraum BraSIl cada vez mais rico cada vezn;aior. E todos nós sabemos que' não é possível o crescimento econômico sem o apoiofinanceiro. E cabe precisamente ao Bancodo Brasil levar esse indispensável apoio àsgentes que trabalham no campo, aos agricultores que precisam e desejam ampliarsuas culturas, o que se torna impossívelsem financiamento.
Os ilustres Deputados que, como eu, representam regiões interioranas, compreendem bem o sentido dos apelos que aqui eagora estou fazendo. Quem vive em contacto com o homem do campo, quem percorre sítios e fazendas, quem lida com" essagente simples que moureja longe dos confortos da civilização, compreende bem anec~ssidade de oferecer-lhe um apolomaior. Os da cidade têm múltiplos recursosde obter ganhos, e têm ademais a oportunidade de diversões que em regra não estão ao alcance do homem do interior. Paraeste, a grande alegria é o campo verdejar,é a semeadura florescer, é o plantio chegarà época da colheita. Incansáveis, exatamente em razão do tipo de vida que levam,os homens do campo sentem a necessidadeconstante de expandir o seu trabalho, deconstruir mais um bocadinho, já porqueisso se traduz em maior riqueza - ou menos pobreza - já porque isso representaalegria, o sentido da vitória de arrancar daterra, à custa do suor, do esforço diário,os frutos de um trabalho que os da cidadenem de longe suspeitam.
(012 Quarta-feira S DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção n Ag'osto de 1973
Hospitais e Médicos
A seguir gráficos dos médicos e hospitais exístentes no País. por Estados e regiões:
O Brasil possui 3.796 hospitais e 49.738 médicos, segundo levantamento feito peloInstituto Nacional de Previdência Social.
No levantamento fica demonstrado ser o Estado da Guanabara o que mais médicospossui com um total de 13.162, vindo logo a seguir São Paulo com 12.367. No quadro dehosnítaís as posições são diferentes passando São PauJo para primeiro lugar com 692, seguírlo de Minas Gerais e Rio Grande do Sni, respectivamente, com 482 e 452.
TOTAL .
TOTAL GERAL .
Hospitais Médicos
17 5629 16463 5834 357 246 19
126 881
46 41337 313
114 80265 30677 542
177 1.74460 48929 218
149 1.881
754 6.708
'32 ~.680
34 45926 2.826~O5 13.162692 12.367
I.GB9 33.494
345 2.323172 803452 3.644
989 6.770
62 459180 72616 700
258 1.885
3.796 49.738
Até quando continuarão acontecendo estas coisas? Será que o Governo continuaacreditando nos dados cabalísticos que oSr. Delfim Netto arranca dos computadoreseletrônicos?
Era o que tinha a dizer. (Muíto bem!)O SR. PEIXOTO FILHO - (Pronuncia o
seguinte díscurso-) Sr. presidente, Srs.Deputados, o INPS divulgou recentementeo resultado das pesquisas a que procedeu nosetor médico-hospitalar braslleiro. As estatísticas oferecidas demonstram de formaa não deixar qualquer dúvida que as despesas com assistência médica-hospitalar eambulatorial da responsabilidade dessa instituição consomem perto de 40% do seu orçamento. por sinal o maior da República.
Eis o trabalho divulgado:
Maranhão ......................••Piauí ....................•......••Ceará ...........................•Rio Grande do Norte .Paraíba .Pernambuco .Alagoas .Sergipe .............••...........•Bahia ...........................•
TOTAL .
Minas Gerais . .. , .Espirtto Snnto .Rio de Janeiro .Guanabara .São Paulo .
TOTAL .
TOTAL
Estado
Acre .........................•....Amazonas .................•.••.••Pará : .........•..••Amapá ..........................•Rondônia .Roraima .........................•
Norte
Região
Sudeste
Nordeste
Mato Grosso .Centro-oeste Goiás .
Distrito Federal .
Paraná .Sul Santa Catarina .
Rio Grande do Sul... .
TOTAL .......•.••••.•............
Há poucos clias, visitando Catuípe, também no meu Estado, fui informado que foram fechados os cinco soques existentes.Aquele município produzia doia milhões dequilos de erva-mate. Os ervateiros, agora,para sustentar suas famílias, serão forçados a arrancar os ervaís para plantar trigo, soja, milho eté,
Parece até mentira aquilo que estou relatando. Num país faminto de divisas, carente de recursos próprios para realizarobras fundamentais, num pais onde se faztanta propaganda em favor dos produtores,destroem-se as fontes existentes, que poderiam render divisas, que poderiam assegurar recursos para a economia da Nação.É bom perguntar ainda: que farão agoraas duzentas e cinqüenta mil famílias degaúchos privadas do sen meio de vida?
É natural, pois, que esses homens anseiem por mais apoio; e é natural que elesse voltem para o Banco do Brasil, cheiosde esperança e de confiança. E é em seunome, em nome da população de todasaquelas cidades, que daqui faço este apeloao ilustre Presidente do Banco do Brasil.
Estou bem seguro de que o nosso estimado ex-colega não fará ouvidos de mercadora este pedido. Sei bem o quanto ele é sensível aos reclamos do homem do interior.Sei bem o quanto ell? é sensível a tudo oque possa representar progresso. E sei bem,por tudo ísso, que amanhã mesmo, quandoele tiver conhecimento deste apelo, inscreverá na sua agenda os pecados agora formulados. E fique certo S. s.a de que contará sempre com a gratidão de Santa Catarina. (Muito bem!)
O SR. ANTôNIO BRESOLIN - (Sem revisão do orador.) Sr. Presidente e Srs.Deputados. volto hoje a tratar do problemada erva-mate.
Por um erro cometido no Governo do Marechal Castello Branco, a Argentina deixoude importar erva-mate brasileira. No acordo assinado entre o nosso Pais e a Argentina, para a compra de trigo, o Brasil nãoressalvou que a Argentina contínuaría obrigada a importar erva-mate brasileira. Poucos dias após a assinatura do malfadadodocumento, aquele pais deixou de importarerva-mate do Brasil. Sobre o assunto tiveoportunidade de interpelar nesta Casa o então Mimstro das Relações Exteriores, meueminente amigo Senador Magalhães Pinto,e S. Ex.a confirmou.
Não bastasse esse erro, de eonseqüêncíaadanosas, o Governo cometeu outro erro imperdoável: extinguiu o Instituto Nacionaldo Mate. Com todos os defeitos que esseórgão pudesse ter - muitos deles eu mesmo os combati - o Instituto não era apenas um instrumento de fiscalização, mas,sobretudo, de orientação para os plantadores e de comercialização da erva-mate.
Quando se fala sobre este assunto, é bomlembrar que só no Rio Grande do Sul viviam deste importante setor de atividademais de 250.000 ramüías. Isto sem contaros Estados de Santa Catarina, Paranâ eMato Grosso, que também são grandes produtores.
Ê bom que se registre, ainda, que tudoisto está acontecendo neste governo quetanta fala em estimulo aos produtores.
Milhares de soques de erva-mate foramfechados nesses Estados, em prejuizo demilhares de famílias, da economia do Paíse em benefício de meia dúzia de gruposeconômicos, possivelmente misturados comcapital estrangeiro, a serviço da espoliaçãodo povo brasileiro.
Nas minhas longas caminhadas na região produtora de erva-mate sempre recebo queixas, tantas vezes transmitidas aoGoverno através desta tribuna.
Em Giruá, há meses, falando com o Sr.Olmiro Calai, um dos maiores índustríaüstas de erva-mate da região, informou-meS. S." que toi obrigado a fechar sua indústria em face das exigências de órgãosdo Governo.
Em Santa Catarina, o Deputado HaroldoCarvalho, desta tribuna, teve oportunidadede consignar o que se passa.
Há pouco tempo registrei o que ocorreuem Entre-Ijuís, em Santo Angelo. Os ervateíros arrancaram os ervaís para plantartrigo. Ao menos tentaram outra cultura, naesperança de obter rendimento pelo frutodo seu trabalho.
Arosto de 1973w
DIARIO DO CONG1R.E~SO NACIONAL (Seção I) Quarta-feira R 4011'
/ Médicos do INPS
O trabalho elaborado pela Secretaria de Seguros Sociais do INPS indica que o Instituto tem a seu serviço 50% dos médicos exístentes no Pais. Abaixo, quadro dos médicosdo INPS, por categorias e distribuição pelas Superintendências::
Sr. Presidente, a recente reformulaçãoda Lei Orgânica da Previdência Social, aextensão dos benefícios da previdência urbana aos homens do campo, às domésticasetc, ampliaram as responsabilidades doINPS no campo da securídade social, sendocerto, porém, que as suas fontes de receita,que poderiam ser usadas para melhorar os
. níveis dos proventos de benefícios e a suaampliação, são aplicados em grande partena prestação de assistência médico-hospitalar ambulatorial, que evidentemente nãose integra às precípuas finalidades de umainstituição de previdência social.
Assim entendendo, reafirmo que para oINPS manter em funcionamento eficienteesse Serviço, tornar-se-ia necessário que aUnião contribuísse financeiramente para oseu custeio, como ocorre na Inglaterra, Suécia, França, Venezuela e em inúmeros outros paises, onde o Governo participa efetivamente com mais de 60% da receita dainstitukão de previdência social. Todavia,
"infelizmente o Governo brasileiro, que deve bilhões de cruzeiros ao INPS, acumulados com a não complementação das insuficiências financeiras das despesas coma administração geral e de pessoal, concorre diretamente para a dificil situaçãofinanceira do Instituto. Acresce dizer aindaque tem influído para essa sttuaçáo o deficit registrado em relação às despesas deassistência médica e previdenciária, poisrecursos arrecadados dos contribuintes nãocobrem a previsão.
Ressalte-se que o deficit do INPS só nãocontinua crescendo assustadoramente porque a instituição conta com a quota deprevidência que incide sobre todos os serviços, inclusive luz, água, esgotos, telefone.
Sr. Presidente, para solucionar a crítícasítuacão financeira do INPS só há três alternatívas: a primeira seria a transferência do seu serviço médico-hospitalar parao Ministerio da Saúde; a segunda, a criação do Ministério da Previdência Social;e a terceira, a participação do Governo noorçamento da instituição com o quantum
, necessário para mantença desse serviço.
"Deixar como está, para ver como fica",signtfle rrá O fim de uma Instituicão padrãoda América Latina. (Muito bem!)
Em outro trech o diz:
Tomando conhecimento do triste acontecimento com os nossos agricultoresque estão sendo ameaçados de despejo,sujeitos a perder suas habitações combenfeitorias, juntamente com os produtos de suas roças, sujeitos ainda atoda sorte de estragos que lhes estãocausando grande prejuízo, sendo estes,executados pelos Dirigentes da Companhia AGRISAL, que está promovendoa desaproprtaçâo desta pobre gente, escrevo-lhe, em nome desses sacrificados."
- guns ~elrns, com a de~arcação por con"'lta própria", etc. num CIrculo vicioso; e aiA~~ISAL vai se tornando assim, latifun-idíána da maior parte da terra do Muni-.eípío da Primavera, Estado da Pará terrasque são devolutas, como já fez no Municipio de Salinópolis, onde se tornou proprietária das terras todas e o povo deste Murilclpío passou a construir seus barracos empleno .mangue.
.Sr. presi~ente, Srs. Deputados, denuncia,ainda, coraíoeamente, o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Primavera, Sr. Urival Raiol:
"Quando os dirigentes da CompanhiaAGRISAL souberam que eu, como dirigente deste Sindicato, estava trabalhando em defesa dessa gente começaram varias explorações mesquinhase falsas, contra a minha pessoa e ovalor desta Sindicato de TrabalhadoresRurais; até mesmo, usando o nome dopróprio Governo do Pais, dizendo queo _mesmo não nos dá apoio. enfim, quenao temos autoridade de fazer nada.em favor do trabalhador, que devo atéser preso e que eles têm autoridadepara tal fim." etc ...
Sr. Presidente, S1's. Deputados, esses poucos trechos da carta que lemos para quesejam transcritos nos Anais desta CâmaraFederal, a rim de que a posteridade lavrea sentença, falam, por si, da angústia, dodesespero e sobretudo da tremenda tnjustíça por que -estâo passando os pobres agríct:ltor~s de Prímavera, - essa classe já tãotrípudíada e explorada do povo do Pará.
Mais uma vez elevamos a voz desta tribuna para alertar o Governo Federal a fimde que não se repita em Primavera os terríveis e lastimáveis acontecimentos deCapim.
J1:, realmente, oportuno lembrar que noEstatuto da Terra, consta:
"Os Estados asseguram aos posseiros deterras devolutas, que nelas tenham mor~~a habitual, de preferência, a aquisiçao ate cem hectares"."Sem prévia autorizacão do SenadoFederal. não se fará quaisquer alienação c;le concessão de terras públicas,com arca superior a três mil hectares."
Sr. presidente, Srs. Deputa~esta é infelizmente a realidade da situacão no Estado do Pará, cujo povo temos â honra derepresentar nesta Casa.
O Poder Público, o Governo tem obrigação de errar condições para a sobrevivência de todo o povo e, no caso, acesso dotraba!hador rural, esse herói do campo, apropriedade da terra útil, de preferênciaas terras. onde tenha morada permanente.Por que razão esse pequeno agricultor nãopoderá ser posseiro titular das terras ondejá está: trabalhando?
Sr. Presidente, 81'S. Deputados, ainda háo problema ao "mtrrífundío", isto é excessode mão-de-obra, gente demais sem terra,fazendo com que o mini fundista seja também um homem sem terra' além do' preçoaltíssimo das terras usada; como bem comercial de especulação e não como bemsocial de produção.
IsSOo tudo impede essa gente pobre e sofrida de renda per capita abaixo das condições de dignidade humana, de adquiriruma área suficiente para sua sobrevivênciae a de sua família.
Desta tríu.ma, lavramos o nosso protestoem nome do povo do Pará e em nome dosTrabalhadores Rurais de-Primavera, pedindo às autoridades a quem de direito quepromovam a justiça e o respeito ao sm-
Total
225141'137522
7.089296659161226
2.635324404667
1.090189
1.807232
2.421547
3.93012726229
24.720
11440
115118
943
52642
1231.187
61143368219
68276114941196
1.06129
26
5.819
51278630
415493214
9219
71549l>
10730
54639
33613255540921
Avulsos Credenciados
3.025
"E assim sendo. venho fazer a V. Ex.asolícítacão, pois confio na sua reconhecida atuação da qual nosso Estadotodo se orgulha. Como prova apresento-lhe a fotografIa de um grupo quediariamente vem me pedindo pelo amorde Deus para fazer alguma coisa emseu favor. É uma pena, SI', Deputado,homens até chorando, arneacados dedespejo, sem direito a nada, perdendotudo, vendo os seus roçados cortadospela AGRI8AL. E me perguntam angustiados para onde é que vão com suasfamílias, se não têm possibilidades decomprar terra, para trabalhar."
"AÍém de tudo, Sr. Deputado, há genteque está requerendo terra do Estado e vendendo para essa Companhia e a mesma.também com bastante interesse de ficarcom a terra, faz requerimento e documentação com a máxima facilidade para al-
o SR. JÚLIO VIVEIROS (Pronunciao seguinte díseurso.) Sr. Presidente, Srs.Deputados, neste momento, tomo a palavrapara dirigir às autoridades constituídasdeste País o meu protesto e o meu apeloveemente, em nome dos pobres agricultores do Municipio de Primavera, que se
. sentem prejudicados pela Companhia ...•AGRISAL .
É símplesmente dolorosa a carta que recebemos de Presidente do Sindicato dosTrabalhadores Rurais de Primavera, quediz em alguns trechos:
"Exmo. Sr. Deputado Federal, Dr. Júlio Viveiros:
6074
536374
6.66520410110594
1.22919220720976491
98579
1.144219
2.31458
1702
15.876
Servidores
TOTAL GERAL .
Superintendências
Alagoas .Amazonas .•••..•..•.•..••••.•Bahia 1' ".
Ceará ....•.•••..•.....••••..••.Guanabara ..•.••.••...•... "0
ESl?~rito Santo ..GOlas .........•..............•Maranhão ........•.........••Mato Grosso ...•............••Minas Gerais .............••••Pará ......•..................•Paraíba ......•..............• o
Paraná ........•....••........Pernambuco ..•..•......•....•Piauí .Rio de Janeiro .......•••••••••Rio Grande do Norte .Rio Grande do Sul .Santa Catarina .São Paulo .Sergipe ........•..•...•....•.•Brasilia .Acre .
etJ14 Quarta-feira 8 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Afosto ele ]973
dicato dos 'Irabalhadores Rurais, acabandocom esses abusos, citados e entregando a'terra ao pequeno agricultor, de acordo coma Lei.
Era o que tínhamos a dizer. (Muito beml )
O SR. FRANCISCO AMARAL - (Pronuncia o seguírrte discurso.) Sr, Presidente,SrB. Deputados, o transcurso, ontem, seisde agosto, do sosquícentenárlo de fundaçãode Pirassununga, em São Paulo, é assuntoque me traz a esta tribuna, para enviar asminhas felicitações a todos quantos participam efetivamente do desenvolvimentodaquele importante Município.
Situado na zona físíográfíca de Piracicaba, Pirassununga se destaca entre os demais Municrplos da região pelo surto deprogresso que experimenta nos dias atuais.
Com o seu suporte econômico calcado, emgrande partr, na cana-de-açúcar e seusderivados, assim como no artesanato decouro, sua Importância cresce de intensidade, na medida em que se destaca entreos grandes produtores agrícolas do Estadode São Paulo.
f, lá que está funcionando a famosaACademia do Ar, mantida pelo Ministérioda Aeronáutica, De Pirassununga saematualmente os jovens oficiais aviadores eintendentes, para as unidades da ForcaAérea Brasileira.
Com uma população se aproximando dacasa dos quarenta mil habitantes, dos quaiscerca de três mil estudantes, o antigo BomJesus dos Aflitos é hoje um exemplo vivodo dinamismo e da capacidade de realízação de seu povo.
Minhas saudações, portanto, ao povo dePirassununga. ao ensejo de tão grato acontecimento. Que ela continue crescendo e seprojetando ainda mais no contexto desenvolvimentista de São Paulo e do Brasil.
Na impossibilidade de comparecer às festividades, em fuce de compromissos anteríormente assumidos, quero deixar patenteadas as minhas congratulações com todosos pírassununguenses ou cortmbatás do valedo Mogí-Guaçu, nas comemorações do sesquicentenário de fundação da cidade.
Era o que tinha, Sr. Presidente, para aoportunidade, (Muito bem!)
O SR. ALCIR PIMENTA - (Sem revisãodo orador.) Sr. presidente, Srs. Deputados,quando da expansão do ensino supletivo noEstado da Guanabara, nos idos de 1967,houve por bem a Secretaria de Educaçãodaquela unidade convocar um grupo de professores para desempenhar funções de direção em várias escolas, a maioria dasquais situadas na ZOna Oeste da Guanabara, onde se deu, com maior proficiênciae com maior número, essa expansão escolar.
Passados cinco anos, Sr. Presidente, depois que aquela rede de ensino atingiu naZona Oeste carioca o seu número maisexpressivo, com um total de cerca de 8 milalunos, nenhuma providência foi tomadapelo Poder Público no sentido de que fossem nomeados para direção de escolasaqueles professores que, por mais de cincoanos, desempenharam, sem nenhuma retribuição material, importante cargo administrativo.
Não apenas por se tratar de uma injustiça, senão também pelo grande prejuízode ordem material que estâ causando àqueles professores, quero deixar nesta tribunaum apelo ao eminente Secretário de Educação da Guanabara, Prof. Celso Kelly, nosentido de que sejam tomadas providênciaspara a nomeação daquele pugílo de professores de cUJO trabalho resultou a maisextraordinária ampliação da rede escolar
na terra carioca de que se tem conhecimento até hoje no ensino supletivo.
É oportuno ainda considerar, Sr. Presidente, que muitos desses professores, depoisde esperarem anos a fio fosse o Governosensível às suas necessidades de ordem material, houveram por bem abondanor osrespectivos cargos, o que lhe causou prejuízo ainda maior, uma vez que alguns dosseus substitutos, com menos tempo de trabalho e sem que houvesse participado daquela jornada expansíonísta, foram beneficiados pelo Poder Público com seu aproveitamento nos quadros de chefia, É, pois,uma situação que deve ser corrigida coma maior brevidade, para que se não cometa na terra carioca a injustiça de deixardesassistidos e sem amparo exatamenteaqueles professores de cujo esforço redundou um trabalho realmente magnttíco, quemuito concorreu para elevar o nome daGuanabara no consenso nacional no quetoca à educação. (Muito beml)
O SR. AMAURY MifLLER - (Pronunciao seguinte discurso.) Sr. Presidente, Srs.Deputados, nem bem os homens de boavontade e amantes da paz haviam deixadoos templos, onde oraram longamente pelasvítimas do massacre de Hiroshlma, o mundo era sacudido por novas violências.
A "guerra de enganos", posta em prática- pelos Estados Unidos no Sudeste Asiático,
ceifou novas e preciosas vidas.
Segundo noticiam os jornais, a aviaçãonorte-amerícana, "aparentemente por engano", bombardeou, ontem, a aldeia cambojana de Neak Luong, provocando 100mortos e mais de 600 rerídos entre civis emilitares.
Em helicópteros e barcos, os feridos foram conduzidos a Phriom Penh, 51 quílômetros acima do rio Mekong. No HospitalKhmer, superlotado, as vítimas tiveram deser colocadas nos corredores, em meio aenxames de moscas atraídas pelo sangue deseus corpos. A Embaixada dos Estados Ullldos - acrescentam os jornais - nada quisdeclarar a respeito do lamentável equivoco.
Mas, Sr. Presidente, a "guerra de enganos" não se resume a esse trágico episódio.Pelos menos 600 pessoas, entre civis e militares, já foram mortas na Indochina, emconseqüência de erros da Força Aérea norte-americana.
O número preciso das vítimas - sem falar dos feridos, das aldeias destruídas e dasplantações arrasadas - jamais será conhecido, pois a maioria nem sequer figura nasrelações dc baixas habitualmente divulgarias,
Esses equívocos Já provocaram casos deenorme ,repercussão, com a conseqüenteabertura de "inquéritos rigorosos". O resultado desses inquéritos, porém, nunca foiconhecido.
Em janeiro deste ano, 10 soldados norteamericanos e 4 sulvietnamistas ficaram feridos em face do ataque "por engano" de5 aviões dos Estados Unidos à base aéreade Danang.
Em abril do ano passado, a fragataWarren foi atacada por caças norte-americanos no Golfo de Tonquím. Dois marinheiros morreram e 16 ficaram feridos.
Todavia, os mais atingidos pelos bombardeios têm sido, sempre. os civis sul-vietnamitas e cambojanos.
Num dos casos mais trágicos, 30 pessoasmorreram e 20 ficaram feridas, quandoaviões da Força Aérea de Saigon lança-rambombas de napalm sobre a aldeia de TrangBang, A maioria das vítimas era constituída de velhos, mulheres e crianças, O mundointeiro, à época, ficou estarrecido com a
fotografia de uma menina, completamentedespida, o desespero estampado nos .olhos,correndo pela estrada, com o napalm devorando seu frágil corpo. Nunca se divulgouo resultado do processo aberto para apuraras causas do "engano",
Em setembro do ano passado, formaçõesde B-52 dos Estados Unidos mataram, novamente por "equívoco", 88 lavradorescambojanos, ao lançar bombas contra aldeias nos seringais de Chupo Detalhe importante: essas aldeias figuravam em todosos mapas militares como objetivos civis.
- Até quando esses lamentáveis enganos?
- Até quando os povos sul-vietnamita ecambojano, que abominam a guerra e aviolência, vão sofrer as conseqüências deum conflito que não desejam e não querem?
Era o que tinha a dizer. (Muito bem!)
O SR. LUIZ BRAZ - (Pronuncia o seguinte díscurso.) Sr. Presidente, 81'S. Deputados, a inauguração, na BR-464, do trechoduplicado e restaurado que liga Santa GuiIhermína, em Magé, ao entroncamento daestrada Rio-Petrópolis, numa extensão de22 quilômetros, no mês passado, pelo Ministro Mário David Andreazza, veio beneficiar mais uma região fluminense, no setorrodoviário, e merece registro da tribunadesta Casa.
Trata-se, Sr. Presidente e Brs, Deputados,da rodovia Rio-Teresópolis, que, no trechomencionado, está com sinalização modernae asfalto de primeira qualidade, oferecendouma série de opções que permitem Iígacâocom diversas cidades brasileiras.
Na opinião do Ministro dos Transportes,"com a conclusão e a implantação da novarodovia Rio-Petrópolis, além da restauração da pista antiga, a Guanabara ficouligada por excelente estrada a Magé, desafogando o trecho crítico das ligações RioTeresópolis-Porto Novo-Salvador e RioNiterói-Campos, que até há pouco tempoestava completamente saturado, atingindofreqüentemente um fluxo diário superior a15 mil veículos."
Na oportunidade da inauguração, o Ministro Mário Andreazza comunicou aos presentes que o percurso inaugurado entroncar-se-á com 12 pistas, na Baixada Fluminense, da rodovia Rio-Petrópolis, que art.iculará o sistema do Rio com a Via Dutrae com a Ria-Santos.
Destaque-se, ainda, para alegria dos fluminenses, em particular, e dos brasileirosem geral, que até o final de 1974 o Departamento Nacional de Estradas e Rodagem.deverá concluir o contorno de toda a Baíada Guanabara, a duplicação da ManilhaMagé e da Magé-Teresópolis, sem se falarna via expressa entre Nlteróí-c-Manilha,completando-se, assim, com a Ponte Presidente Costa e Silva, as artérias condutorasdo fluxo de tráfego entre o Grande Rio e oresto do País.
Ao festejarmos, em nome dos usuários.essas conquistas e a inauguração dos 22quilômetros, na Rio-Magé, queremos tornar, entretanto. nosso, o apelo feito, naFIEGA, pelo industrial Haroldo MonteiroJunqueira, ao Departamento Nacional deObras e Saneamento. no sentido de mandar desobstruír diversos canais situados nasduas margens da BR-464.
:€ que, Sr. Presidente e srs, Deputados,devido às obras, esses canais acabaram recebendo sobras de aterros que causaramentupimentos e, em conseqüência, formacão de depósitos de águas que podem transformar-se em focos de mosquitos.
,Afosto de 19'7; DIARIO DO CONGUESSO NACIONAL (Seção I) . Quarta-feira S 4015
Impõe-se, sem a menor sombra de dúvida, para evitar-se a volta da incidênciade malária na Baixada Fluminense, umatotal revisão nas obras de saneamento dessa região, a fim de dotá-la de perfeitascondições de habitabilidade. O Governo Federal não pode desconhecer o desenvolvimento da Baixada Fluminense, sua contribuição econômica para o Estado do Rio Q
para a União, sem se falar na sua imensapopulação que merece toda proteção dasautoridades. Seria o caso de um convênioneste sentído.ientre o DNER e o DNOS visando à desobstrueão de todos os canais situados às margens da BR-464.
A busca de uma solução é o objetivo doapelo que nesta tarde e desta tribuna fazemos aos Ministros dos Transportes e do Interior, em nome de milhares de fluminenses.
Era o que tinha a dizer. (Muito bem!)O SR. WILl\'1AR DALLANHOL - (Sem
revisão do orador.) Sr. Presidente, 81'S.Deputados, a comercialização da safra devinho é realizada 90 dias após o término
, da respectiva colheita. A legislação em vigor, no período em que deveria ocorrer oamadureeímento do vinho, estabelece igualmente a exigência de uma portaria específica que, em cada ano, autorize a comercialização dessa safra.
No ano passado, por nossa solicitação, oeminente Diretor do Departamento de Comercialização do Ministério da Agriculturae igualmente o titular daquela Pasta autorizaram a comercialização mais ou menosno mês de julho. No entanto, já estamosem agosto e os cantoneiros de Santa Catarina e de todo o País não podem vendero seu produto, o que lhes está trazendoenormes dificuldade. Os compromissos financeiros estão vencendo e eles não podem realizar a entrega correspondente à safra do último ano. É no sentido de ser autorizada essa comercialização que estamosna tribuna para fazer um apelo ao Ministro da Agricultura e ao Diretor do Departamento de Comercialização daquelaPasta.
De outra parte, desejaríamos abordar,mesmo que rapidamente, problema que senos afigura de grande importância e quediz respeito à autorização para importação de frutas.
Não se concebe, Sr. Presiuenoe, que emnosso País, tipicamente agrícola e primário, onde predominam as atividades da la
-voura e onde se tem realizado ingente esforço no tocante à fruticultura, em termostécnicos e racionais, se venha a esta altura,importar frutas a preços algumas vezesexorbitantes, o que, evidentemente, prejudica a economia nacional. Uma oferta adicional desse produto haverá conseqüentemente de gerar uma queda no preço nasáreas de produção. Estas são os dois problemas que levamos à área da Agricultura e da Fazenda com o apelo para queseja autorizada a comercialização do vinhoe suspensa a propalada importação de frutas. (Muito beml)
O SR. FLORIM COUTINIIO - (Pronuncia o seguinte discurso.) Sr. Presidente, Srs,Deputados, o Governador do Estado do Riode Janeiro, Raymundo Padilha, demitiu abem' do serviço público 11 policiais da Delegacia de Nova Iguaçu, com um delegadoencabeçando a lista.
O "serviço público" prestado por essesfuncionários era da seguinte qualidade: nodia 21 de julho passado, uma moça, presaàrbítraríamente, sem culpa provada, foisubmetida, em uma dependência da referida delegacia, aos mais torpes atentadosà sua integridade física e moral, pratica-
dos por essa malta de marginais disfarçados de agentes da lei, auxiliados por duasmulheres anormais; as citadas mulheresiniciaram as "operações", assistidas pelas"autoridades", certamente preparando oterreno mediante "operações preliminares".
A vítima, presa, de forte trauma, como éfácil imaginar, acha-se hospitalizada e, diasapós, não pode nem prestar declarações.
Por aí se pode fazer uma idéia do serviço que essas autorídades prestavam e dozelo com que mantinham a ordem e a lei,garantindo a segurança e a tranqüilidadedas familias locais.
E dizer-se que esses criminosos talveztenham família, ou seja, esposas, filhos eprincipalmente, filhas... -
Certamente não foi a primeira vez, poistodo o mundo sabe que; os policiais gostam muito de prender mulheres, e isto éuma regra quase geral.
Seja como for, o fato revelou indivíduosmonstruosos investidos de autoridade e poder de polícia, e que se aproveitavam dissopara dar pasto aos mais baixos instintos,capazes de provocar a revolta até dos animais irracionais.
E é bom notar que o inquérito instaurado já começara a correr sob "sigilo", certamente para acobertar ou mesmó livraros criminosos, no todo ou em parte, liberando-os para continuarem a prestar "relevantes serviços", impunemente.
Mas acontece que lá, no Estado do Rio,existe um Governador de fato, cioso dassuas atribuições e que leva à sério a suafunção de governar.
E esse Governador, atuante e enérgico,não conversou: demitiu, de saída, os mauspoliciais, atirando-os no olho da rua, mesmo antes de terminado o tal inquérito "sigiloso".
Agiu como deve agir um governante honesto e correto, de atitudes claras e corajosas, punindo quem deve ser punido e livrando a Policia de seus piores elementos.
E agiu de surpresa, apanhando todo omundo desprevenido inclusive aqueles quese preparavam .para proteger e dar cobertura aos marginais punidos.
Muito bem, Governador Padilha!Que atos corno esse, de V. Ex.", sirvam
de exemplo a outros governantes, algunsdos quais, inclusive, fazem o contrário, ouseja, premiam marginais e delinqüentes.
E é, justamente, o que acontece no outrolado da baia da Guanabara, no lado oeste,onde um Governador premiou, com umapromoção, um policial que responde a processo, acusado de vários atos criminosos,provados e por provar-.
Trata-se do tristemente famoso detetiveNélson Duarte, por demais conhecido comodelinqüente, com a agravante de ser umpolicial e que, embora sob processo, continua policial e foi até recentemente promovido, não sei Se por merecimento.
Esse elemento deve, seguramente, merecer a confiança das autoridades do Governo da Guanabara, inclusive o Governador.
Mas, também certamente, não passa deum reles marginal, da pior espécie, e nãomerece a confiança da população.
E não sei como se pode confiar em Polícia que tem, em seus quadros, policiaiscomo esse.
Enfim, o contraste e VIOlento e chocante: enquanto Padilha demite, sumariamente, até um delegado, Chagas Freitas pro-
move detetives criminosos que estão subjudice.
Que diferença!!
A propósito: um mesmo jornal que noticia a demissão dos monstros policiais deNova Iguaçu, noticia, ao lado, o assalto aum casal de norte-americanos ocorrido noAterro do Flamengo, em plena luz do dia.
E os assaltantes continuariam impunes,pois a Policia da Guanabara já tomara conhecimento do fato, abrira o "rigoroso inquérito" de praxe etc., etc., o que quer dizer que os americanos ficariam mesmo semos seus dólares (aqueles famosos dólaresque se desvalorizam em todo o mundo, masque por aqui andam cada vez mais valorizados, gordos, rechonchudos e sorridentes) e outros valores, como ficaram mesmo.
Só não continuaram porque os proprietários de um hotel situado na' área do assalto, revelando qualidades policiais que ospoliciais não possuem, desconfiou de umdos seus hóspedes, que gastava nababescamente.
E levou o fato ao conhecimento da policia que, só assim, foi capaz de prender osassaltantes, pois o hóspede era mesmo umdeles.
E ainda um reparo: os ladrões jogaramfora 13.500 dólares em cheques de viagem,ficando com 1.700 dólares em dinheiro.
Um sargento reformado da Aeronáuticaentrou na transação e, numa casa de câmbio e no Banco de Boston, trocou os dólares por cruzeiros, obtendo Cr$ 12.700,00 aocâmbio do Ministro da Fazenda, possivelmente.
E roubou os assaltantes, aos quais deu somente Cr$ 3.000,00, dentro do velho refrâo: ladrão que rouba ladrão tem 100 anosde perdão, e que está errado, pois ladrãoque rouba ladrão tem 100 anos de cadeia,pois é também ladrão e dos piores. poisrouba sem correr riscos.
Que beleza de Policia! Quanta "compe- ,tência"!
Que segurança para o povo e, no caso,para os turistas que aqui aparecem!
Garanto que esse casal de turistas, assimcomo outros que além de roubados foramferidos ou mortos, vai preferir dar suas"voltinhas" lá mesmo por Miami, ou Bíafra ou pelo atol de Mururoa.
Aqui, é que dificilmente voltará.Nem ele nem os demais turistas dos Sta
tes, gente da classe média de lá, ingênua,simplória, um tanto ignorante, habituadaa bitolada na filosofia do número dois eque, aliás, constitui a massa decisória doeleitorado norte-americano.
Gente para quem não existe terceira solução e que, por exemplo, ou se nega aempunhar uma arma, como os "quackers",ou vai a My Lay,
Num país tropical, abençoado por Deuse onde, particularmente na Guanabara, háuma Polícia "evoluída, superior", tolerantee indiferente à acâo dos assaltantes e outras coisas "sem 'importância", os turistasreferidos raciocinam como de hábito: ouvêm aqui e são roubados, ou não vêm, epodem ficar com os seus gordos e queridosdólares.
Aliás, ou as autoridades do turismo nãosabem nem o que é isso, ou têm idéiasmuito estranhas e particulares sobre turismo, como construir hotéis majestosos à torto e à direito por aí afora.
O pior é que essse turismo esta na moda.com um açodamento que até dá medo.
4616 Quarta-feira S
Repito: como são diferentes as coisas lápor Niterói, a heróica cidade do grande chefe Temiminó, o cacique Ararigbóia ...
Era o que tinha a dizer. (Muito beml )
O SR. JOEL FERREIRA - (Sem revisãodo orador.) Sr. Presidente, a cidade de Paríntíns é a mais próspera do Estado doAmazonas, depois de Manaus. Dista da Capital cerca de uma hora e meia de aviãoe sua população atinge aproximadamente40 mil habitantes.
Lamentavelmente, para percorrer estapequena distância, gasta-se cerca de 36horas de barco. Parintins não dispõe sequerde um campo de pouso capaz de receber umavião do porte do YS-ll. O único aviãoque pode ali descer é o DC-3, e assim mesmo quando não chove, pois a pista de pouso é apenas uma clareira aberta na selva,com capim que quase cobre a aeronave.Quando chove não há possibilidade depouso.
Por diversas vezes, desta tribuna, chameia atenção do Sr. Presidente da República.e do Ministro da Aeronáutica, que têmmantido interesse em integrar a Amazônía,pedindo-lhes sua compreensão para o problema. Não conheço integração, Sr. Presidente, quando não se pode chegar a lugares desejados.
Ora, se Parirrtins. a primeira cidade depois da Capital, não dispõe de um aeroporto capaz de receber um avião de porte doYS-ll, como se pode esperar o seu desenvolvimento? Já disse desta tribuna que nãopleiteio um campo de pouso com uma estação de passageiros luxíosa, Acho até quepode ser dispensada a estação de passageiros; faça-se a pista, e os que desejam viajarficam embaixo das árvores ou até mesmono sol. O essencial é a pista onde o aviãopossa pousar, ainda que seja um avião pequeno como o YS-ll.
Aqui Oca mais uma vez, o meu apelo,que já se torna protesto, pois não posso meconformar que uma cidade como parintins,a primeira cidade do interior do Amazonas,não possa contar com um campo de pousoem condições de receber um avião pequenocomo o YS-ll. Que o Governo da República e o Sr. Ministro da Aeronáutica examinem o assunto e, dentro dos recursos edas possibilidades, o resolvam, em curtoprazo. Precisamos de um aeroporto capazde levar passageiros de Manaus a Parintinse vice-versa. Hoje, estamos à mercê das embarcações que gastam cerca de cinco diasna viagem ida e volta, ou então do tempo,pois só quando não chove se pode viajarpelos DC-3 que, lamentavelmente, apesarde serem bons aviões, estão caindo aos pedaços. São ainda de 1940, portanto, voandoininterruptamente há cerca de 30 anos.Alguns deles não chegam sequer a esfriaros motores; de uma viagem partem logopara outra, pois poucos são os "DC-3" queainda operam na Região Amazônica.
Sr. Presidente, registro meu apelo, meuprotesto e minha reclamação, em nome dosmoradores da cidade de Parintins, no sentido de que o Governo se sensibilize para aconstrução de uma pista de pouso, aindaque pequena, naquela próspera cidade doAmazonas. (Muito beml)
O SR. ILDÉLIO MARTINS - (Pronunciao seguinte discurso) Sr. Presidente, Srs.Deputados, nunca é tarde para registrar asrealizações que se fizeram sucesso entre osfeitos humanos, nos setores em que divagam as especializações das atividades sociais.
Detenho-me no setor da educação parasublinhar uma realização, em São Paulo,que já se estendeu além dos limites queconfinam esse Estado para tornar-se uma
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
estratificação de anseio nacional no ensino médico.
Refiro-me à Escola Paulista de Medicina,que comemorou, no dia 15 de junho passado, seus 40 anos de existência nobre nocampo da educação superior do País.
Fundada em 1933, federalizada pela Lein,o 2.712, de 31 de janeiro de 1956, e transformada em autarquia pela Lei n.o 4.421,de 29 de outubro de 1964, a Escola Paulistade Medicina constitui hoje um complexoorganismo dedicado ao ensino e à pesquisano campo das ciências biológicas, com vistas à conservação da saúde. Dedicada inicialmente à formação de médicos, lancousua primeira turma em 1938. Logo a seguir,em 1939, desenvolvendo já a idéia de criardiferentes cursos de profissionais da saúde,fundou a Escola de Enfermagem, hoje Escola Paulista de ~nfermagem.
Ao ser federalízada, em 1956, deixou como entidade particular seu hospital de clinicas - Hospital São Paulo - ao qual ficou ligada a Escola de Enfermagem. Talatitude teve por fim manter certa flexibilidade administrativa ao hospital, permitindo-lhe auferir recursos de fontes diversas,tais como Governo Federal, Governo Estadual, Governo Municipal, Previdência Social e clínica particular. Esta última destinou-se a ajudar financeiramente a manutenção do hospital e, permitindo o atendimento e a internação de seus doentesparticulares, a fixar na Escola o pessoal docente do ciclo profissional.
Embora a Escola de Enfermagem fosseconservada particular, manteve sempregrande intercâmbio com a Escola de Medicina.
Atualmente são ministrados na EPM osseguintes cursos; medicina, criado em 1933;ciências biológicas, modalidade médica,criado em 1966; ortóptlca, criado em 1974 efonoaudiologia, criado em 1968. A EscolaPaulísta de Enfermagem mantém cursos deenfermagem e de auxiliar de enfermagem.
Foram até hoje formados os seguintesnúmeros de profissionais; médicos, 2838;biomédicos, 52; fonoaudiólogos, 37; ortópticos, 144. A Escola de Enfermagem formou564 enfermeiras e 114 auxiliares de enfermagem.
Prosseguindo no seu desenvolvimento.criou-se a residência médica no HospitalSão Paulo, com residentes de 1.0, 2.0 e 3.(anos, pela qual j á passaram 215 médicos. Éfrequentada atualmente por 133 médicos,constituindo-se num excelente curso depós-graduação sensu lato e formandoprofissionais de alto nível, a maioria dosquais liga-se à carreira docente.
Em 1971 iniciou a estruturação de cursosde pós-graduação, dentro dos critérios doConselho Federal de Educação, conseguindonesse mesmo ano que cinco cursos fossemconsiderados como Centros de Excelênciapelo Conselho' Nacional de Pesquisas, asaber; Anatomia e Histologia, em nível demestrado, e Farmacologia, Biologia Molecular e Microbiologia Molecular e Biologia,em nível de doutorado.
Pleiteando os credenciamentos no Conselho Federal de Educação, foram os mesmos obtidos em novembro de 1972 para osseguintes cursos: Histologta, em nivel demestrado; Farmacologia, Biologia Moleculare Microbiologia, em nível de doutorado. Parao de Anatomia foram sugeridas pequenasalterações que estão sendo realizadas, estando o processo já novamente em tramitação no Conselho. Além disso, tramitam noConselho Federal de Educação pedidos decredenciamento de mais dois cursos, neIrologla e gastroenterología cirúrgica, ambosj á em funcionamento, e estão sendo orga-
A&,osto de 1973
nizados diversos outros, como Cardiologia,Pneumologia e Endocrinologia.
A Escola Paulista de Medicina procuroumanter sempre alto o nível de seu ensino.Nessas condições conservou, e por ele lutou,um número relativamente baixo de estudantes. Assim, recebe atualmente, por ano, 130alunos de Medicina, 25 de Ciências Bíomédicas, 20 de Fonoaudiologia e 10 de Ortóptica. A Escola Paulista de Enfermagemrecebe, anualmente, 50 alunos no curso deenfermagem e 50 no de auxiliar de enfermagem. Nos cursos de pós-graduação estãomatriculados 113 alunos. No seu conjunto,a Escola possui atualmente os seguintesnúmeros de estudantes: Medicina, 759;Ciências Biomédicas, 76; Fonoaudiologia,96; Ortóptica, 32. Estudantes graduadospossui 133 fazendo residência médica e, noscursos de pós-graduação credenciados, 92alunos, além de 21 alunos nos cursos cujosprocessos tramitam no Conselho Federal deEducação. No total, portanto, possui a EPM1209 alunos, sendo 963 em cursos de graduação e 246 em cursos de pós-graduação(sensu lato e sensu estrito). Como parte do"Conjunto EPM" podemos considerar aindaa Escola de Enfermagem, atualmente com240 alunos. No conjunto, portanto, há umtotal de 1.449 alunos.
Estando ligada às profissões da saúde, aEscola Paulista de Medicina ministra seuscursos prestando assistência. Assim, somente em 1972 foram dadas 79.625 consultas emseus ambulatórios; o pronto-socorro localizado no Hospital São Paulo, deu 104.742atendimentos, com média diária de 286,18;o Hospital São Paulo realizou 5.708 internações, com um total de pacientes-dia de74.886; o Centro Obstétrico realizou 1.163partos e o Centro Cirúrgico, 5.272 cirurgias.
Em convênio com a Secretaria de Saúdedo Estado de São Paulo mantém um Centrode Saúde Experimental que' presta assistência médico-sanitária a uma populaçãoestimada em 35.000 habitantes, residentesem suas imediações. Esse Centro de Saúdedesenvolve não só atividade assistencial,como, também, de ensino, tanto na áreada Medicina como na de Enfermagem eatividades de pesquisa. A atividade assistencial está intimamente ligada à comunidade, mantendo um "Clube de Mães",realizando visitações domiciliares (6.118somente em 1972), imunizações (em 1972aplicou 1.644 doses de vacinacões básicasem crianças e um total de 20:009 vacinações). Em relação ao ensino, ainda em 1972,246 estudantes de Medicina cumpriram6.420 horas de estágio na unidade, 24 estudantes de Enfermagem permaneceram 480horas, 7 alunos do curso de especializaçãoem Puericultura e Pediatria estagiaram durante 77 horas e 6 médicos residentes realizaram 480 horas de trabalho na área detisíología.
Um serviço de assistência aos alunos êmantido pelo Departamento de MedicinaPreventiva, sendo todos os estudantes daEscola examinados no início do curso, sendorealizados os exames subsidiários necessários a cada caso e mantendo-se as fichaspermanentemente atualizadas. Assim, em1972, foram realizados, em estudantes, 488exames clínicos, 2.588 exames laboratoriais,37 abreugrafias, 115 estudos radiológicos,238 eletrocardiogramas, 7 eletroencefalogramas e 2 vectocardiogramas. Todos os alunossão submetidos a entrevistas psiquiátricas e,havendo necessidade, são submetidos a sessões de psicoterapia de grupo e, aI"umasvezes, atendidos individualmente.
Em convênio com a FUNAI, o mesmo Departamento de Medicina Preventiva exerceatividades no Parque Nacional do Xingu,tendo um cadastramento completo dos índios aí localizados e realizando a imuniza-
Agosto de 1973 DIARIO DO 'CONGll:ESSO NACIONAL (Seção I) Quarta-feira 81017
cão dos mesmos. Assim, periodicamente,grupos de professores, médicos residentes ealunos dirigem-se ao Parque para desenvolver tais atividades. Quando necessário,os indios são removidos para São Paulo einternados no Hospital.
...No "Conjunto EPM", digna de menção,ainda, é a Biblioteca Regional de Medicina,mantida em convênio com a OrganizaçãoPan-Amerícana da Saúde, feito pelo Governo da República, através dos Ministériosda Educação e da Saúde. Possui ela hojeum total de 4.662 titulas de revistas, sendo2.724 correntes. Esse constitui o maior acervo bibliográfico médico da América Latina.A Biblioteca Regional de Medicina tem porfinalidade servir às demais bibliotecas eaos profissionais da área da saúde em geral,o que é feito através de cursos para bibliotecários que mantém permanentemente,recebendo ~lementos não só de todos osEstados do País, como, também, de diversos paises da America Latina, assim comoatendendo a solicitações de outras biblio-
"tecas ou diretamente de médicos, tambémdo Pais e da América Latina. Esse serviço'fornece, atualmente, cerca de 5.000 cópiasem xerox de artigos cientificos por mês.
Convencida de que uma escola superiorde bom nível não pode contentar-se apenas em transmitir conhecimentos, mas temque obrigatoriamente, produzir conhecime~tos a Escola Paulista de Medicina temprocurâdo estimular a pesquisa, de modoque a sua produção científica vem aumentando progressivamente, constituindo, hoje,uma contribuição de grande valor à ciência nacional. Nesse trabalho tem sido ajudada não só pelas verbas provindas doMinistério da Educacão e Cultura, como,também de outras organizações, governamentais' ou não, tais como: Fundação deAmparo à Pesquisa do Estado de São Paulo(FAPESP), Conselho Nacional de Pesquisa(CNPq) Coordenacão do Aperfeiçoamentode Pes~oal do Ensino Superior (cAPES),Financiadora de Estudos e P r o je tos(FINEP) Fundação ABIF (Associação Brasileira d~ Industria Farmacêutica) e, maisrecentemente Central de Medicamentos(CEME). Graças a essa orientação e a essas diferentes fontes de recursos, possui aEscola atualmente uma aparelhagem bastante sofisticada que lhe permite desenvolver pesquisas de alto nível; Pa~a q~~ setenha idéia de sua produção cíerrtíríca,basta dizer que em 1971 foram publicados79 trabalhos baseados em pesquisas originais 55 artigos de revisão e atualizaçãoe 15 artigos de divulgação. Ainda nessemesmo ano um levantamento mostrou haver, em vÍl'ts de publicação, já enviados arevistas, 238 trabalhos, além de 260 pesquisas em andamento. e foram defendidas10 teses, sendo 3 em cursos de pós-graduacão e 7 em doutoramento comum. Em 1972foram publicados 141 trabalhos origi~ais e,defendidas, 27 teses, sendo 5 relativas adoutorado em cursos credenciados pelo CFE.
Comprovando o alto nível das pesquisasrealizadas na Escola Paulista de Medicina,recentemente conseguiu ela conquistar osdois mais cobiçados prêmios nacionais daárea médica que são os da Fundação Lafi.O prêmio co'rrespondente à área p~ofissional foi conquistado pelo prof. Jose Pínus,com o trabalho "Contribuição para o "Estudo da Vascularização Arterial Extraparietal da Porcão Torácica do Esôfago Atrésíeo e do EsÔfago Normal do Recém-Nascido" e o correspondente ã área básica peloprof. 'Nelson Mendes e Drs, Nelson Silveirae Marina Tolnai com o trabalho "Identificação de Duas Subpopulações de Linfócitos Humanos por Receptores de Membrana",
Era o registro que impunha ser feito.(Muito beml)
v - O SR. PRJi:SIDENTE (Fernando Gama) - Passa-se ao Grande Expediente.
Tem a palavra o Sr. Ubaldo Barém.O SR. UBALDO BARÉM - (Sem revisão
do orador.) Sr. Presidente, srs, Deputados,após o recesso parlamentar, voltamos, noGrande Expediente, à tribuna da nossa Casa de trabalho para tratar de dois importantes assuntos que dizem respeito ao Estado que representamos - Mato Grosso.
O primeiro deles refere-se ao problema daenergia elétrica; o outro, à pavimentaçãode estradas incluídas no PRODOESTE, através de decreto e, posteriormente, de leiaprovada pelo Congresso Nacional.
O desenvolvimento do setor de energiaelétrica em Mato Grosso teve início noperíodo em que ocupou o Governo do Estado o engenheiro João Ponce de Arruda,de 1956 a 1961. S. Ex.a, atendendo a apelosveementes dos habitantes do Sul do Estado, assinou o primeiro contrato de financiamento para a construção da Usina doMimoso, no rio Pardo. Posteriormente, coma ascensão do Dr. Fernando Corrêa da Costa ao Governo, tiveram prosseguimento asobras da Usina do Mimoso, bem como aconstrução da Usina do Rio da Casca. Ambas foram financiadas com recursos do Governo Federal e do próprio Estado.
Na gestão do Governador Corrêa da Costa foi ainda celebrado convênio com asCentrais Elétricas de São Paulo e construída, com a ajuda do Governo Federal. istoé, da Eletrobrás, a linha de Transmissãoque liga Urubupungá a Campo Grande.
Após Fernando Corrêa da Costa, tivemoso período do Governador Pedro Pedrossian.S.- Ex.a também deu continuidade ao programa energético mato-grossense, fazendoestender a linha de transmissão de Campo Grande a Dourados, e colaborando paraa instalação de redes de energia elétricae de usinas termelétríeas em quase todosos municípios.
Atualmente, no Governo do Dr. José Fragellí, salientam-se os contratos de fi!1anciamento firmados com o Banco Nacionaldo Desenvolvimento Econômico, com aELETROBRAS e Os Ministérios das Minase Energia.
Em maio passado, tivemos a assinaturado contrato entre as Centrais Elétricas deMato Grosso e a Eletrobrás e o BNDE, paraconstrucão da linha de transmissão queligará Cachoeira Dourada a Cuiabá, numaextensão aproximada de 600 quilômetros, etambém da Usina Couto Magalhães, norio Araguaia, com capacidade de 180 milquilowatts, abrangendo os Municípios deAlto Araguaia, Alto Garças, Guiratinga,Rondonópolis, Jaciara e Cuiabá.
A linha de transmissão da Usina de Cachoeira Dourada a Cuiabá fará com que,muito em breve, o sistema energético deUrubupungá se conecte com a CELG. Maistarde, todos esses sistemas se interligarãocom a majestosa obra de Itaipu, no rioParaná.
No dia 12 de julho transato, foi firmadocontrato pelo qual o Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico concederá àsCentrais Elétricas de Mato Grosso empréstimo no valor de Cr$ 100.000.000,00. Taisrecursos destinam -se a uma série de projetos do setor de energia elétrica dó Estado, cuja execução exigirá o montante deCr$ 216.000.000,00. Serão diretamente beneficiados de Iguatemi, Amambaí, PontaPorã, Rio Brilhante, Maracajú, Ivinhema,Nova Andradina, Nioaque, Guia Lopes, Jardim, Jaraguari, Bandeirantes, Camapuã eOáceres,
Firmaram o documento o Dr. MarcosViana, Presidente do BNDE, e o Dr. Kerman José Machado, Presidente das Centrais Elétricas Mato-grossenses. Ao ato estiveram presentes o Governador José Fragellí, o General Tasso Villar de Aquino, Comandante da 9.a Região Militar, Senadores, Deputados Federais e Estaduais, Prefeitos e Vereadores da região contemplada.
Para nós, constitui motivo de alegria, decontentamento, tecer desta tribuna encômios ao Ministério das Minas e Energia eaos Presidentes da ELETROBRÁS e doBanco Nacional do Desenvolvimento Econômico, que prestigiaram o Governo de MatoGrosso com a concessão de financiamentose realização de obras, principalmente noLeste, Norte e Sul do Estado.
Sr. _Presidente, foi igualmente graças àatuação e ao empenho do Senador FilintoMüller que se tornou possível a assinaturadesse contrato. Infelizmente a fatalidadeprivou esse .grande .líder niato-grossense,vítíma de acidente aereo, em Paris, um diaantes, de ver concretizada a medida de realsignificado para o nosso Estado.
Entendemos que a conquista da Amazônia se processará através da Cuiabá-Santarém, Não queremos dizer, com iSSO, que aTransarnazônica não terá seu relevante papel nessa conquista.
O Sr. Milton Brandão - Deputado Ubaldo Barém, é uma satisfação apartear V.Ex.a, principalmente na oportunidade emque o ilustre colega defende sua região,comenta as possibilidades do seu desenvol-
- vímento e salienta as vias de comunicacãoespecialmente as que ligam Mato Grosso fiAmazônía, Mato Grosso é, realmente, cammno seguro para a grande hiléia que,naturalmente, com suas riquezas contribuira tambem para o progresso daquela área.V. Ex.a lembra os nomes daqueles que lutam por essas realizações. O ex-Governador Fernando Correia da Costa, hoj e Senado.r, o atual Governador José Fragelli, quefOI nosso colega nesta Casa, um lutador pela sua região, como o foi e é Fernando Corveia da Costa, integrados; como V. Ex.a eos representantes de Mato Grosso, no mesmo pensamento, defendendo aquelas idéiasdo nosso grande líder, o saudoso Senador FiIinto Müller, tudo farão, temos certeza, para que as linhas mestras da orientacão doGoverno não sejam modificadas, senão nosentido de ampliar aquelas aspirações doslideres de Mato Grosso. Pode V. Ex.a contarcom a colaboração da representação píauíense e, estamos certos, da Casa também enão ter dúvida de que o Governo há de ~eguír aqueles rumos que completarão o progresso de sua terra.
O SR. UBALDO BAREM - Agradeço aV. Ex.a o aparte. Mato Grosso sempre esteveligado ao Piauí, na pessoa de um grandemédico e General que por nosso Estadopassou e, em Bela Vista e Campo Grande,deixou o traço da sua personalidade, não sópor sua atuação politica, mas também comomédico dos mais competentes .o Dr. AldemarRocha. Há poucos dias, V, Ex.a , da tribuna, fez o seu necrológio. Mato Grosso recebe, portanto, o apoio da bancada doPiauí no sentido da concretização dos empreendimentos que para lá se dirigem.
O Sr. Milton Brandão - Mais uma vezagradeço a V. Ex.a., sensibilizado, por lembrar o nome do nosso ex-companheiro, oGeneral Aldemar Soares da Rocha.
O SR. UBALDO BAREM - Obrigado a V.:Ex.a
Todos os Municípios beneficiados com alavratura do contrato em 12 de julho passado são do Sudoeste e do Sul de MatoGrosso e detêm 36% da área cultivável donosso Estado.
4011l Quarta-feira 8 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 19~3
Essa energia, que, com grande esforço, oGoverno do Estado de Mato Grosso faráchegar a essas comunas, levando, comoconseqüência, o progresso da região, propiciará que novas fábricas e indústrias láse instalem, para que os produtos ali plantados, colhidos e industrializados possamser vendidos ao povo a preço mais acessível.
Tudo isso, Sr. Presidente, se faz com oesforço de uma equipe de jovens engenheiros da Centrais Elétricas de Mato Grosso,chefiada pelo Presidente da CEMAT, Dr.Kermann José Machado, que, imprimindo uma administração eficiente, honrada,conduziu aquele órgão a novos caminhos.
Hoje, através desses financiamentos, aCEMAT dará eondições de progresso àqueles Municípios, que são a alavanca propulsora da economia do Sul de Mato Gros80, no que diz respeito à sua produçãoagropeouáría.
Estivemos, ainda outro dia, em Maracajú, Municipio que produziu 1 milhão e 360mil sacas de arroz. Lá, assistimos à inauguração dos armazéns da Cooperativa doMunicipio, os quais terão a capacidade.quando concluídos, de estocar mais dequatro milhões de sacas de cereais.
Pela concessão desse financiamento para que se construa a linha de transmissãoque em breve chegará a Maracajú e a todos esses Municipios, quero, nesta oportunidade, expressar o reconheoímento demeus co-estaduanos ao Governo Federal,na pessoa do Sr. Ministro das Minas eEnergia, Dr, Dias Leite, do Presidente daEletrobrás, nr. Mário Pena Bhermg, e doPresidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, Dl'. Marcos Viana.
Para concluir, Sr. Presidente, tornamospúblico nosso entusiasmo pela grande adminístraçâo que vem fazendo, no Estadodo Mato Grosso, o honrado Govern~dor
José Fragelli. Tem S. Ex." dado aporo atodos os setores de atividades. principalmente a dois deles, da maior significação:o da energia elétrica e o rodoviário.
O Sr. Marcílio Lima - Nobre Deputado,não poderia deixar de aparteá-Io para parabenizar V. Ex."' pelo brilhante discursoque vem produzindo sobre Mato Grosso,especíalmente sobre a administração JoséFragelli. Em relação à energia elétrica, S.Ex.'\ com sua capacidade de trabalho e 00ríedade na administração, como V. Ex.asalientou, recuperou a CEMAT - como ofez com o Banco do Estado, que estava falido - conseguindo equacionar os problemas do setor e dando-lhes soluções queproduzirão resultados nos próximos anos,com a distribuição de energia a todo o Estado. Já está resolvida a questão no Lestee no Norte do Estado. Agora, conforme frisa V. Ex.", o empréstimo do BNDE permitirá levar a energia a mais 25 cidades do Sulde Mato Grosso, solucionando, portanto,esse problema magno do nosso Estado. Parabéns a V. Ex.a pelo brilhante e oportuno-dlscurso que está fazendo, analisando aadmínlstraçâo José Fragelli.
O SR. UBALDO BAREM -:. Agradecemos oaparte de V. Ex.": que incorporamos .commuita honra ao nosso modesto pronunciamento.
11: necessário, também, que se diga queo sucesso do atual Governo do Estado sedeve, em grande parte, ao apoio firme epermanente que a Bancada Federal noCongresso Nacional empresta ao Sr. Governador. S. Ex." mesmo acentuou em vários pronunciamentos que sem esse apoioda Bancada Federal muitas realizações emfavor do Estado não poderiam ser conseguidas.
Deixamos consignadas, Sr. Presidente,nossas congratulações com o Governo doEstado, que bem soube equacionar o problema da energia elétrica no Norte, no Leste e no Sul de Mato GrOSSD, e, de formaIúcída, dar o devido encaminhamento paraque fosse solucionado.
Outro ponto que desejamos focalizar éo que diz respeito à pavimentação de estradas do nosso Estado incluídas no PRODOESTE. Lamentavelmente, até a presente data não tivemos conhecimento dos editais de concorrência pública com vista àefetivação dessas obras. Trata-se da ....BR-163, no trecho Rio Brilhante---Dourados,e da BR-376, no trecho Dourados-Paranavai, rodovias de capital importância parao escoamento da produção do Sul do Estado.
Observamos outro dia o lancamento daPerimetral Norte; tivemos noticia de inaugurações de vários portos e da pavimentação de diversos trechos de estradas, emtodo o território nacional. E queremostambém, ainda no corrente ano. poderanunciar aos Prefeitos dos Municípios deRio Brilhante, Dourados e de todos os demais cortados pela BR-376, que liga Dourados a Paranavaí, unindo aquela regiãoao grandioso e portentoso Estado do Paraná, que os editais serão publicados e asobras ínícíadas. Formulamos, assim, apelo,ao Sr. Diretor do Departamento Nacionalde Estradas de R<Jdagem e ao Sr. Ministrodos Transportes, Coronel Mário Andreazza,para que pelo menos o Sul do Estado deMato Grosso, ainda no Governo do Presidente Médici, receba prontos esses doistrechos de estrada, incluídos no PRODOESTE, um de 68 quilômetros, de Rio Brilhante a Dourados, e outro com a extensão de 220 quilômetros, de Dourados a Paranavaí, com o que se credenciarão ao perene reconhecimento dos mato-grossenses,(Muíto bem!)
O SR. ALCIR PIMENTA - (Sem revísâodo orador.) Sr. Presidente, Srs. Deputados,um dos temas mais rreqüentes, nesta tribuna e fora dela, nos últímos tempos, temsido a participação da juventude nas atividades políticas, manifestando-se a propósito da matéria lideres e membros dosdois Partidos, cada qual defendendo o seuponto de vista, cada um externando a seumodo a sua concepção sobre o que deva ser,a partir de agora, a verdadeira e efetivaparticipação dos jovens no processo político brasileiro.
Não há dúvida, Sr. Presidente, de que otema é realmente inspirador e está a suscitar análise mais aprofundada, tendo emvista que se por um lado observa-se o empenho da classe política em conseguir aparticipação dos jovens, não é menos verdade que essa mesma participação tem sidocerceada em alguns setores, onde os maisvividos na matéria, os mais .amadurecídosno assunto, procuram obstar essa participação, acenando para os jovens com engano
.sas promessas de participação em uma possível administração vindoura, que poderáou não se concretizar.
Quero destacar, neste instante, que acredito sinceramente no desejo de participaçãoda juventude. Creio haver nos jovens brasileiros a disposição de enfrentar os óbicese os percalços da vida pública. Mas efetivamente não creio, Sr. Presidente, que sejapossível conseguir essa participação prometendo a esses pretensos participantes do futuro aquilo que efetivamente não se podegarantir, que está longe do nosso domínio,que se torna fugidio e ínalcançável, na medida em que as nossas incertezas, quantoao futuro, não sugerem nenhuma medidanesse campo.
Seria, Sr. Presidente e 81'S. Députados,mais prudente, a meu ver, que se procurasse, desde agora, convocar os jovens parauma participação dentro dos partidos, umaespécie de estágio preparatório, mas quenão tivesse, de principio, caráter de compromisso, a submeter as direções partidáriasà necessidade de uma garantia de possívelparticipação mais efetiva. Nós mesmos nãotemos certeza daquilo que nos está reservado nos dias futuros.
Já tenho encontrado, no meu Estado daGuanabara - não só na classe estudantil,mas em todos os meios e em todas as camadas sociais - alguns jovens aue se propõem a aceitar o desafio da vida pública,que acreditam poder dar uma cota de sacrifício em favor do nosso propósito de aumento numérico e qualitativo da nossa representação. Mas não vejo nenhuma perspectiva nesse particular, Sr. Presidente. Pelomenos enquanto não me convencer de queo jovem convocado à militância partidáriaaceitaria de antemão a condição de estagiário. Seria preciso que se propusesse a'arcar com uma série de responsabilidades,sobretudo na arregimentação de outros jovens, para - depois de algum tempo, tendoacrisolado o seu espírito na vida partidária, tendo-se entrosado melhor nos nossospropósitos e intenções - considerar-se convenientemente preparado para, quem sabe,'no futuro, ser postulante a qualquer cargoeletivo.
Por outro lado, não se pode asseverar,ainda com relação ao futuro, seja fácil oupossível a qualquer direção partidária acenar com essas possibilidades, porque, emverdade, o que existe no momento na própria classe política e na parte da juventudeque aspira a nela ter acesso é uma incerteza muito grande, uma dúvida que tem tolhido os passos de alguns jovens que, certamente, já se teriam filiado a qualquer dasduas agremiações partidárias, se convictosestivessem de uma possibilidade de partícípaçâo total.
Creio, Sr. Presidente, que mais importanteainda do que essa arregimentação momentânea seria um trabalho partidário, no sentido de que se não levasse ao jovem, aopostulante à partícípação na vida públicaas idéias de pessimismo e de desengano que,vez por outra, pelo nosso entusiasmo, pelonosso desejo de servir, acabam dominandoos nossos pensamentos e. conseqüentemente, externando-se através da nossa fala, quechega aos jovens como uma palavra de desencoraíamento, que talvez mate no nascedouro o desejo de participação efetíva eeficaz. Mais importante do que essas manifestações eivadas de insegurança e depessimismo seria nos convencermos de queé preciso íncentívar o jovem acenando-lhecom uma possibilidade rízonha, abrindo-lheos olhos e o coração para uma possibilidadede participação, com êxito, na vida pública.Creio que se começarmos a deixar destilar,desta tribuna, todo o nosso pessimismo e onosso desencanto, se começarmos a chamara atenção, freqüentemente, para a impossibilidade de materializar alguma coisa depalpável, como poderíamos atrair o jovem,como poderíamos sensibilizá-lo a participarda vida pública, se antecipadamente já selhe afiguraria impraticável essa participacão! Sabemos que são grandes, realmente,ós percalços. Não desccnhecemos os óbicese os obstáculos que, de permeio com os esforços que fazemos, muitas vezes estão adificultar o nosso trabalho. Mas isso é próprio da atividade do homem, seja ela parlamentar ou profissional. ~ uma decorrênciado desejo de competição existente entre os ,seres humanos. Não poderíamos, certamente, atrair para o Congresso Nacional ou paraa militância nas Câmaras Municipais ounas Assembléias Legislativas os nossos uni-
A{osto de 1973 DlARIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)' 'r\'larta·felra I tOl.
versitários, os nossos jovens, aqueles quedesejam participar, efetivamente, se lhesestivéssemos diariamente a- inocular umamensagem de pessimismo, de descrença, quemais revelasse as nossas incertezas, que nãomanifestasse a nossa confiança no porvir.Dai, o malogro quase total dessas tentativas;daí a não concretização, em termos palpáveis, dos esforços que a ARENA e o MDBvêm desenvolvendo, de há muito, no sentido de atrair o jovem para as nossas agremiações. Seria necessário e intransferívelbuscássemos divulgar a cada passo o programa dos nossos Partidos, os nossos propósitos e intenções, o nosso desejo de servir àPátria, através de programação estudada ecalcada naquilo que corresponda às maioresaspirações, ao desejo do povo brasileiro demelhores dias e de concretizar os seus anseios de paz social e de melhor distribuiçãoda renda do nosso País.
Se insistirmos na tese que vimos desenvolvendo nos últimos tempos, certamentenão haveremos de atingir ;1 meta dos nossosideais. Não haveremos de empolgar o jovema ponto de conseguir-lhe a sua ajuda e asua participação. É mister que nesta Casa oufora dela, nOI> Diretórios, nas reuniões políticas, sobretudo naquelas que se dirigemespecialmente aos jovens, estejamos a despertar-lhe o interesse, mostrando-lhe o ladopositivo do nosso trabalho, aquilo que seconsegue concretizar ou materializar atravésde esforço índormído e diuturno. Seria certamente impraticável que alguém se dispusesse a aceitar a sua participação numa lutasabendo-a antecipadamente inglória, conhecendo-lhe antecipadamente os óbices e percalços mais difíceis ou talvez intransponíveis.
Esse, Sr. Presidente, o ponto de vista dequem tem encontrado na juventude real desejo de participação, mas desejo esse quevem de permeio com certo temor e incertezaquanto ao porvir, porque o jovem é por natureza um ser em fase de auto-afirmação,personalidade que ainda não se integroudefinitivamente. E se nós, os mais amadurecidos e vividos, não estivermos a estimular-lhe a participação a cada passo; se nós,os mais vividos, não buscarmos mostrar-lheo lado positivo daquilo a que se dedica oupretende dedicar-se, o jovem estará fatalmente tolhido no seu desejo, aniquilado noseu propósito, porque não tem ainda a firmeza e a conscientização necessárias paraaceitar um desafio que não se corporificaem alguma coisa, que se traduza numa possibilidade de realização plena.
É preciso, a meu ver, Sr. Presidente, queolhemos esse propósito de participação nãocomo já determinado e inalterável. Entendamos, ao contrário, que esse desejo podesofrer alterações no curso da atividade política, sempre sujeita a influências ímponderáveis, sempre pronta a receber aquelamanifestação que, em vindo inesperadamente, muda também inesperadamente o cursodos acontecimentos. Que seria, então, de umjovem que ainda não se definiu totalmentena vida, se lhe fosse dada uma oportunidadede participar de algo em que ele não pudesseconfiar efetivamente? Que seria de um jovem, que visse antecipadamente, na participação de qualquer atividade política, apossibilidade atual ou vindoura de malogroirremediável e total?
Por isso, Sr. Presidente, chamo a atençãodos meus companheiros para esse aspectosingular da convocação da juventude, paraa qual se deve acenar, a meu ver, de maneira otimista, de maneira a irradiar-lhe odesejo dessa participaçáo, por sentir que asua participação não só engrandecerá ehonrará as nossas agremiações políticas,mas também lhe dará a possibilidade dessarealização pessoal, integrando-se num grupo
de brasileiros que, aceitando a luta dura queé a carreira polí dca, estão certos de umêxito que, se não for material, será .pelomenos o êxito moral da certeza de uma partíeípação que concorreu para o aprimoramento da classe política e do processo político nacional.
O Sr. Marcondes Gadelha - Permite-meV. Ex." um aparte?
O SR. ALCIR l~IMENTA - Com muitahonra ouço o nobre Deputado MarcondesGadelha.
O Sr. Marcondfls Gadelba - DeputadoAleir Pimenta, V. Ex." é, por todos os títulos, merecedor do nosso respeito, da nossaadmiração, mormente neste instante emquc realiza bela e proveitosa oração sobrea participação dos jovens na vida pública.Ninguém mais autorizado do que V. Ex."para tratar de matéria tão palpitante,quando mais não fosse pela força da suaprópria Juventude, ainda o seria pelo contato permanente que mantém com a juventude, nas suas atividades como professor dos mais compenetrados.
O SR. ALCIR l'IMENTA - Muito obrigado.
O Sr. MarcondeH Gadelha - Em verdade,o problema da participação dos jovens é dosmais sérios, dos mais graves, sobre o qualse debruça toda a elite dirigente deste PaIS,todas as forças vivas da Nação. O jovem
. está impedido praticamente de participarda vida pública, não apenas por forca dedispositivo legal e especial, de dispositivode exceção mas pela própria insipidez earidez do momento político, dado o cerceamento de todas as fórmulas, de todos os veículos de mantiestação do pensamento político. Ninguém pode avaliar as conseqüências para a comunidade nacional o esmagamento das aspirações da juventude peloimobilismo a que está sujeita toda estageração. Congratulo-me com V. Ex.'" portrazer este problema mais uma vez à discussão, porque está prestando um grandeserviço não só à juventude, mas a todoPais.
O SR. ALCIR F'IMENTA - Nobre Deputado Marcondes Gadelha, agradeço a V.Ex.'" o aparte ao meu modesto discurso, sobretudo pelas palavras generosas para comeste modesto orador, cujo propósito não éoutro senão contribuir, na medida das suasforças, para que se corporifiquem em nossoPais o desejo desses mesmos jovens de queseja realmente de prosperidade o nossoporvir. O Brasil só poderá atingir a plenitude do seu desenvolvimento, se formosajudados pelo calor, pelo entusiasmo e pelodenodo Irrefreável da juventude. Sobre osombros dos Jovens pesa a imensa responsabilidade de deixar aos seus pósteros umpais ainda mais próspero, mais respeitadono consenso universal, O seu alevantamentomoral só se há de realizar na medida emque os esforços da juventude e dos maisamadurecidos possam realmente frutificar,dando a cada um e a todos nós a certezade termos desempenhado a parte que noscabia neste cenário maravilhoso de realizações, que é a nossa Pátria.
Com muita honra ouço o nobre Deputado Lomanto JúnIor.
O Sr. Lornarrto .Júnior - Nobre Deputado Alcir Pimenta, venho acompanhando,com muita atenção, o pronunciamento deV. Ex." O esforço a que V. Ex.'" alude, nesteinstante, de se convocar a juventude paraque partícipe cada vez mais da vIda pública,pode ser compreendido com a atitude daAliança Renovadora Nacional, que vem,através de mensagens, de convocações, dechamamentos, procurando recrutar os jovens, para que particIpem ativamente dos
problemas públicos de nossa terra. J!l temostido êxíto. De quando em vez temos notícias de que, no Rio Grande do Sul e emvários outros Estados, a mocidade se ar-,regimenta em torno da Aliança Renovadora.Nacional com essa finalidade. Acredito queesforço idêntico esteja desenvolvendo opartido de V. Ex." pois que, dentro do processo de sucessão da direção do País, temos na mocidade, realmente, a grandeforça que substituirá os atuais ocupantesnos diversos setores da vida pública denossa Pátria. O nosso esforço não tem sidopequeno, haja vIsta os cursos de liderança,com o que realizamos em Brasília, cujoêxito excedeu a nossa expectativa. As. U11idades da Federação estão também promovendo novos cursos, a fim de que hajamaior arregimentação dos jovens para odesempenho da vida pública. Portanto, V.Ex." tem razão quando diz que há necessidade de os organismos políticos movimentarem-se para atingir esse cometimento.
O SR. ALCIR PIMENTA - Nobre Deputado Lomanto Júnior, o aparte de V. Ex.a.me honrou sobremaneira. principalmenteporque o fez em nome da Liderança do seupartido. V. Ex." é um daqueles brasileirosque tiveram a grandeza de abrir mão dasua tranqüilidade pessoal para enfrentar ospercalços da vida. pública. V. Ex.'" pontificaentre os que mais contribuíram e contrlbuem para o aperfeiçoamento da administração brasileira, Quando me refiro ao desejo de partícípação da juventude, é oportuno salientar para a mocidade brasileira oexemplo de v, Ex.", pelo seu trabalho continuo, honesto e persistente em favor dassuas bases eleitorais, de seu partido e doEstado qUE', com tanta dignidade, representa nesta Casa. É inspirador para umjovem que ocupa a tribuna poder declararque, realmente, o nobre colega se incluientre aqueles cujo passado político e cujapresença nesta Casa inspiram todos os quedesejem servir a Pátria através da carreirapolítica.
O Sr. Lomanto Júnior - Muito obrigado.O SIto AI,CIR PIMENTA - Sr. Presidente,
a obra de cnamamento da juventude paraparticipar da vida pública não tem umsentido meramente partidário, ocasional,mas é um dever de todos nós, arenistas ouemedebístas, porque a própria democraciaem nosso País só terá possibilidade de seaprimorar na medida em que as idéias seforem renov ando, através da partícípacàodaqueles que, vindos de outra geração, compensamentos arejados, com idéias novas,possam calcar-se nos exemplos dos nossosancestrais e dos elementos mais experíentes, para realizarmos efetivamente algumacoisa que justifique a nossa passagem pelavida pública. (Muito bem! Muito bem!Palmas.)
O SR. PETRõNIO FIGUEIREDO _ (Pronuncia o seguinte diseurso.) Sr. Presidente,Srs. Deputados, no III Encontro RegionalAgropecuário, realizado no mês de julhoúltimo na cídade do Recife, o economistaFernando Cunha Lima pronunciou importante conferência. no auditório do SESI.Esse Ê'ncontro esteve sob a coordenação daConfederação Nacional da Agricultura, quetem como Presidente o Senador FlávioBrito.
Dada a repercussão obtida com o pronunciamento do Ilustre economista brasileiro, na convicção de que a tese e os argumentos ali expendidos refletem as grandes aspirações da .regíâo nordestina, tomoa iniciativa, Sr. Presidente, de ler destatribuna, para que conste dos Anais da Casa,a íntegra deste valioso documento;
M20 Quarta-feira 8 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Atosto de 1973
1. "Nesta importante reuní.,» üe lideresda economia rural do Brasil, a que tenho a honra de comparecer trazendo amodesta colaboração da experiência, dameditação, dos cuidados e dos sacrifícios de técnico em planejamento, mas,sobretudo, produtor rural, p-ermitamme os senhores que comece a lhes falar com uma palavra sincera de otimismo. Quero dizer-lhes, enfaticamente,da minha confiança em que o gêniobrasileiro vai vencer, com toda a certeza, o grave desafio colocado diantede nossa geração:
_ MODERNIZAR E DESENVOLVER AECONOMIA RURAL DO NOSSO PaíSE FAZER JUSTIÇA A ESSA LEGIÃODE COMPATRIOTAS QUE VIVEM NOSCAMPOS MARGINALIZADOS DOS BENEFÍCIOS DA CIVILIZAÇÃO!2. Esta mensagem de fé e otimismo sefaz necessária, desde logo, pará que nãose imagine que o próprio enunciado daminha palestra - "Subdesenvolvimento Agrícola: Obstáculo ao Progresso eà Integração Nacional" - possa conter alguma sombra de incerteza ou deamargura quanto ao destíno dos nossos esforços, sentimentos de resto incompativeis com a relativa juventudede quem lhes fala e com a exuberânciadesta nação jovem que é o nosso Brasil.3. É claro que não se trata de um leviano sentimento de ufanismo, nemesta convicção é fruto da ignorânciaou sequer da subestimação dos múltiplos e dífíceís problemas que somoschamados a enfrentar, com uma escassa margem histórica de tempo para re:solvê-las. Quero, portanto, confirmar edesdobrar a epígrafe deste diálogo:
O subdesenvolvimento inegável em queainda está mergulhada, no seu conjunto, a economia agropecuária do nossoPais constitui um obstáculo sertíssimoà continuidade do processo de desenvolvimento e ao alcance da própria meta prioritária, entre todas, a da integração nacional.
Em outras palavras: sem o progressoe a humanização do campo, será postaem risco a obra miraculosa desta comunidade cultural, de dimensões continentais, que é a nação brasileira,constituída com tanto sacrificío e a nósdeixada em legado pelos nossos antepassados.
4. A gravidade do problema da agricultura vai assumindo, cada dia quepassa, uma amplitude universal.Adverte o grande economista suecoGunnar Myrdal, em sua magnífica obra"Subdesenvolvimento", com toda a insuspeição de um cientista europeu, depais desenvolvido: "A despeito do fatode que mais da metade, em alguns países mais de 3/4, da força de trabalhoesteja ocupada na agricultura, a fomei! a subalímentação prevalecem emmuitos países subdesenvolvidos". ."Estas as razões por que eu tenho sempre considerado a' FAO como potencialmente a mais importante das organizações intergovernamentais dentroda família das Nações Unidas". B,acrescenta o ilustre cientista: "A FAOcalculou que perto da metade da população do mundo sofre de fome crônica, desnutrição deformante ou ambas;esta metade da humanidade vive nospaíses subdesenvolvidos.Tomando em consideração a tendênciado aumento da população, a FAO calcula também que, a fim de prover um
nível razoável de nutrição para todo omundo, o suprimento de alimentos deve dobrar até 1980 e triplicar até o ano2.000".Chama a atenção, ainda, Myrdal sobreas dificuldades dos países subdesenvolvidos no comércio internacional, comoefeito das causas, que a seguir sintetizamos:a) deterioração secular dos preços dosprodutos primários;b) baixa elasticidade-renda da demanda desses produtos;c) políticas protecionistas adotadas pelos países industrializados;d) avanco tecnológico motivando maiores poupanças de matérias-primas; e,por fim,e) a eríacão de substitutos sintétiCOSpara diversos produtos agrícolas.Neste particular, adverte textualmenteo autor que ora citamos: "Para dar umexemplo ilustrativo de importância particular na América Latina, anuncia-seque um substituto sintético do café estará em breve no mercado. Alguns laboratórios nos Estados Unidos estãopresentemente trabalhando na id~nt~rícação dos componentes rssponsaverapelas caracteristicas do sabor do café.É muito possível que o chá e o cacauentrem na zona perigosa".Agora, digo-lhes eu, senhores: apesarda ameaça que já sofremos de concorrentes sintéticos do algodão, do açúcar,da seda, da lã, da borracha, a humanidade terá de buscar no labor da terra nas lides da agropecuária, os alim~ntos e as matérias-primas exigidasem escala crescente. Não será com produtos sintéticos que a fome do mundoserá saciada!De tudo o que se observa, podemos concluir sem exagero que, se os problemasda agricultura forem subestimados, abusca da maior: prosperidade, que caracteriza a civilização urbana dos nossos dias, poderá converte~-se bem depressa em uma luta pela SImples sobrevivência.
Para a maior parte do mundo - e parao Brasil com toda segurança - é válida a tese de que as metrópoles urbanas representarão núcleos sempre maisvulneráveis de relativo bem-estar eprosperidade, se não se cuidar de criardecididamente, com o fortalecimentoda agricultura, um novo e poderoso elona cadeia do desenvolvimento, capazde absorver uma grande parcela da força de trabalho desempregada ousubutilizada, grave problema que estamos no dever de solucionar com urgência, antes que atinja níveis incontroláveis.
Com todos os estudos e experiênciasacumulados até hoje, já deveria estarbem claro para todos que os programasde industrialização não resolvem o problema do desemprego. Entretanto, muitos economistas de países. subdesenvolvidos, e de grande potencial demográfico, como o nosso, insistem em perfilar políticas exclusivistas de industrialização como solução eficaz para o progresso econômico e social. Trata-se deuma ilusão sempre mais perigosa, - àmedida em que são negligenciados ousubestimados os problemas da economiarural. Ora, a indústria moderna, absorvendo a tecnoolgia gerada em paísesadiantados e voltada para a automatí-
zação e a economia de mão-de-obra,apresenta uma demanda adicional detrabalho eada vez menor.
Enquanto isso, uma população acentuadamente jovem, como a nossa, estará crescendo a níveis elevados, acimade 2% ao ano, atirando ao mercadocontingentes crescentes em busca deoportunidades de empregos. Portanto,os fatores de geração e disponíbilidadeda força de trabalho se apresentamtremeandamente desproporcionais emrelação às fontes atuais de sua absorção. A conclusão evidente é que o setor agropecuário terá de ser fortalecido e preparado para criar o maiornúmero de empregos efetivamente produtivos. É íncrível que muitos teóricosainda nos venham falar de que terá dehaver liberação de mão-de-obra daagricultura para ser utilizada fora desta, em setores ou atividades mais produtivas. O que tem de ser feito - e éde clareza cristalina - é promover oaumento da produtividade no campo,onde realmente o rendimento do trabalho é extremamente baixo.
Mais uma vez, demos a palavra a Gunnar Myrdal para uma lição lapidar sobre este problema crucial da nossaatualidade:"O planejamento agrícola em paísessubdesenvolvidos deve contar com umaforça de trabalho de crescimento muito rápido, tornando-se um desafio sério quando consideramos que, em largaescala, mesmo a força de trabalhoatual é subutilizada. As políticas agrícolas racionais devem, portanto, ser dirigidas no sentido da mais intensivautilização de uma força de trabalhosubutilizada que está constante e rapidamente em crescimento."
"Estes países e a humanidade não podem enfrentar o fracasso em tão importante e difícil tarefa de planejaruma mais intensiva utilização de umaforça de trabalho tão rapídamentecrescente na agricultura."Para todos nós, homens ligados àagropecuária, constitui um dever dejustiça reconhecer o esforço que vemsendo realizado pelos governos da Revolução, em favor das atividades ruraís, O apoio do Governo à agriculturaé inegável, e é exatamente esse climade compreensão entre os governantese os produtores rurais que nos animaa encarar com seriedade e confiançaos problemas e as soluções, que se situam como uma responsabilidade solidária, do poder público e dos cidadãos,no caminho já começado a trilhar e noqual já contamos alguns êxitos alentadores.A agropecuária vem utilizando equipamentos em maior escala. O número detratores existentes na agricultura passou de 61.345, em 1960, para 156.592,em 1970, com acréscimo de 255%. Osempréstimos à produção rural evoluíram de cerca de 400 milhões de cruzeiros em 1964 para mais de 12 bilhões decruzeiros em 1971, embora o aumentode volume não signifique, por si só, umindicativo de melhoria geral de orien-tação do crédito.No período 1959/1968, ocorreram os seguintes aumentos nos volumes rísícoe enas áreas colhidas, respectivamente:
a) culturas temporárias e permanentes - 50 e 33%;
b) culturas índustrlaís - 40% e 10%;
mARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I)· Quarta-feira 8 4021
Area cultivada, por trator
Taxa de desfrute do rebanho bovino
díante dos padrões alcançados pelospaíses desenvolvidos, ao mesmo tempoque ostenta graves desníveis ínterregionais. Embora se trate de verdadecurial, chamaremos a atenção para alguns exemplos expressivos dessa realidade.Dados recentes indicam uma tremendadefasagem nesse lndícativo de progresso técnico:
No uso de fertilizantes e corretivos dosolo, no emprego de energia elétrica, napesquisa e experimentação, nas áreasde irrigação, no número de técnicostrabalhando no campo, na conservaçãodos solos, são ainda enormes as nossasdeficiências.
Se tal é a situação para o conjunto dopaís, fácil é prever o vulto das necessidades em relação às regiões mais atrasadas.
Permitam os senhores que me- detenhaum pouco sobre a situação do Nordeste. Não por sentimentalismo ou interesse de nordestino, mas porque estacontinua sendo, conforme se reconhecenos organismos técnícos e nos conselhos internacionais, a maior comunidade regional com problemas grave desubdesenvolvimento. Falarei sobre oNordeste não porque os pernambucanos sejam agora os nossos amáveis anfitriões, mas porque aqui vivem 30 milhões de brasileiros, população maiordo que mais de LOO países do mundo.A renda média do nordestino aindaestá em torno da metada da média nacional e é apenas um terço da rendamédia de São Paulo. Segundo o censode 1970, o desemprego abrange 15% dapopulação ativa, da qual cerca de 52%não ganha mais de Cr$ 100,0.0 mensais.ll': inestimável o potencial de riquezaque se perde nesta região, sem contarcom os riscos e 'desajustes sociais quese acumulam, na frustração de pertode 25% da força de trabalho, que nãotem ocupação alguma ou está em situação de subemprego. É um capitalhumano de uns 2,5 milhões de brasileiros que se desperdíça para o esforço desuperação da pobreza que ainda aquiimpera. Está bem claro para todos nós,desta região, que o programa de expansão industrial levado a efeito pelaSUDENE já por mais de 10 anos, comsultados positivos inegáveis, ainda quetivesse alcançado êxito maiores, não teria trazido solução para o grave problema economíco e social do desemprego edo subemprego. E não venham dizer-meos divorciados da realidade que sãocriados mais 3 ou 4 empregos indiretospara cada emprego diretamente oferecido pela indústria. Admitamos comocerta e provada essa assertiva. Poisbem, de todos os nossos projetos industriais aprovados com incentivos fiscaisno Nordeste, de 1963 a 1971, surgiram
apenas 115.257 empregos diretos (Banco do Nordeste, em "Perspectivas deDesenvolvimento do Nordeste até1980"), com um investimento médio deCr$ 76.600,00 para cada oportunidadede trabalho. Tiremos algumas singelasconclusões desses fatos: Primeiro, mesmo que cada emprego direto valessepelo total de 4 novos empregos, teríamos no decurso de 9 anos menos de500.000 oportunidades de trabalho, istose todos os projetos aprovados tíves-.~em entrado em funcionamento. O queIS~ sígníftva para um contingente demão-de-obra que cresce em nunca menos de 250.000 pessoas por ano, vindosomar-se aos milhões de desempregados e sub empregados já existentes? Poroutro lado, onde está o desenvolvimen-'to do setor terciário - o setor dos serviços, que teoricamente constitui o destino dos empregos indiretos gerados'pela indústria? Sem desconhecer a diversificação profissional que já se 01:>",_.lIa nos maiores centros urbanos doNordeste, ai está a legião dos "camelôs'e "biscateiros" nas cidades, engrossando o setor terciário da nossa economia.Ai está, sobretudo, o desemprego dostécnicos, a falta de perspectivas dosnovos profissionais, universitários, odesemprego dos agronômos, geólogos,veterinários e técnicos agrícolas verdadeiro contra-senso em um paí's e emuma região do nosso potencial de recursos naturais!
Temos ainda que assinalar o elevadocusto da criação de um emprego pelasnovas indústrias do Nordeste - Cr$76.600,00, por emprego, revelando a inten?iva_aplicação dê capital, fruto daaceitação de uma tecnologia importadae absorvida sem critica e sem um esforço de recriação e adaptação à nossapeculiar realidade.
Ê natural que esta contextura econômica se reflita em seus aspectos negativos sobre a Situação sócio-cultural danossa população. Para não ficar alongando demais este relatório de pobrezae atraso, citarei apenas alguns dadosrelativos a este setor estratégico e fundamental da vida e do futuro dos povos, que é a Educação: O censo de 1970r~vela que o analfabetismo alcançaainda no Nordeste 60% da populaçãoem idade escolar. E a maioria dessesnordestinos analfabetos está nos campos, mergulhada na rotina secular, enquanto outros se evadiram para as cidades, vivendo na promiscuidade dasmoradias insalubres. No curso primário,segundo dados oficiais, a matrícula do1.0 para o 2.° ano chega a diminuir emmais de 70% nos Estados mais pobresda região! E apesar de tudo que se temfeito para melhorar o ensino, sobretudocom o MOBRAL e a reforma do ensinosuperior, os estudantes secundários representam apenas 50% dos que concluíram o curso primário, enquanto tãosomente 5% dos que se matricularamno curso primário conseguem acessoaos cursos de nível superior. Não precisamos dizer mais nada, nem mesmono referir à deficiência da formaçãoprofissional. de nível médio, para compreender, diante desta terrível pírámíde da população escolar, a tarefa ciclópica que está posta diante dos homensresponsaveís deste País!
Abordando, agora, aspectos diretamente econômico da vida nordestina vamos tentar uma visão rápida de aÍgunsfatos expressivos. Todo nordestino sabed~ importância que tem para esta regiao, por exemplo, a SUDENE comoórgão ploneíro e propulsor do esforço
430 ha por trator76 ha por trator39 ha por trator25 ha por trator
8,2%23,8%39,5%48 %
Brasil:Argentina:Estados Unidos:França:
Brasil:Canadá:E. Unidos:França:
c) fruticultura - 72% e 45%;
d) gêneros alimentícios - 70% e 60%.Os efetivos bovinos apresentam umatendência ao crescimento, embora nãopossamos obter uma quantificação exata em face das deficíêncías e divergências ocorridas nos dados estatísticosoficiais.Dos elementos mencionados, verifica-seque os volumes físicos de produção dasdiversas culturas cresceram em maiorproporção do que as respectivas áreascolhidas, positivando a elevação do rendimento obtido por unidade de área.Não podemos ignorar que o Brasil temcondições de se tornar uma potênciaagropecuária, se não esmorecer no estorço- já despendido, se completar oque precisa ser completado e se corrigir o que precisa ser corrigido. Graças a Deus o meu espírito crítico e aconsciência das minhas Iímítacões nãome abandonam um só instante e, porisso, não estou aqui com a pretensão deapresentar fórmulas mágicas, nem pretendo desvendar os mínimos detalhesdos imensos problemas da nossa economia rural. O que pode e deve .ser definido é o método do diálogo permanente e franco entre todos aqueles quetêm responsabilidade e boa vontadepara colaborar. É infundir no espíritodos líderes e dos produtores, do primeiro até o último escalão, a místicada confiança e do entusiasmo para umtrabalho consciente de colaboraeão,Mas, ao mesmo tempo que ninguémpode se apresentar como dono absolutona verdade e da chave mágica das soluções; também não seria correto, seriaaté uma atitude de lesa-pátria, eximirse alguém de oferecer a contribuição,por mais modesta que seja, da sua experiência, do seu conhecimento e doseu trabalho.
Precisamos provar a nós mesmos e aomundo que o maior produtor mundialde café, de açúcar, de citrus e de mamona, e um dos maiores produtores decarne, de algodão, de soja etc., também tem a capacidade não só de ampliar e diversificar a produção de alimentos e matérias-primas, tudo dentroda racional utilização da sua variedade de climas ê regiões, mas também ade saber igualmente distribuir comeqüidade os frutos desse progresso obra do esforço comum do povo brasileiro.
Repito que o subdesenvolvimento agrário do nDSSO pais, em seu conjunto,e de algumas regiões' em particular, representa um obstáculo ao progresso doBrasil e à sua integração geoeconômica e social. O enunciado me parece- e creio que a todos nós produtoresruraís - bastante óbvio. Mas, em 1.0lugar, a muita gente o termo subdesenvolvímento soa com sentido pejorativo,e esta poderia ser a primeira objeção.O Brasil não comporta mais a pecha desubdesenvolvido, nem mesmo no seusetor agrícola, sendo antes um paísem desenvolvimento. É claro que somente a má fé pode obscurecer a evidência dos passos gigantescos que onosso país tem dado no caminho doprogresso, na meta de tornar-se umapotência, de peso e de respeito internacional. Acontece muitas vezes que averdade para o conjunto nem semprecorresponde à situação especial de cadasetor, A nossa economia agropecuária,sem embargo do muito que já foi feito,sobretudo nos últimos anos," ainda seapresenta seriamente ínferíorísada
«022 ttuarta-feira 8 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Se(lão I) Arosto de 197&
Também no valor das exportações, oquadro é o mesmo, de perda de posiçãorelativa da economia nordestina. De1960 para 1970, foi esta a evolução.
Fontes: - Barco do Nordeste (EI'ENE)e Ministério da Agricultura.
Na utíüzaeão de fertilizantes o Nordeste está regredindo em relação aoBrasil, pois empregava 9.6% do totalnacional, em 1959, baixando esse percentual para 8%, em 1960, e para 6,4%,em 1968.
dos. Isto significa que a produtividadedo trabalho na agropecuária é apenasa metade da indústria e menos de 1/3do setor servíç
Entre 1960 e 1970 ocorreu uma quedaacentuada no rendimento físico dasprincipais culturas do Nordeste, comalgumas poucas exceções, por exemplo:
Rendimento em Kgpor Hectare
eíaís recursos da agropecuária e financiar o desenvolvimento industrial. Longe de nós a idéia de manter o país emum eterno exclusivismo agrário. Atécerto ponto, a transferência de recursos corresponde a uma necessidade histórica e de correta política econômica,Mas o exagero na política industrialista constitui um erro crasso, quando penaliza e abandona a agricultura, comofonte importante de progresso nos países economicamente atrasados e degrandes populações, como o nosso. Neste próprio momento, julgamos impossível que a economia agropecuária continue suportando o peso maior das restrições necessárias no combate à inflação.Vamos recorrer, maís uma vez, à sabedoria e à lição insuspeita de GunnarMyrdal:"A agricultura é, obviamente, o setorda economia em todos os países subdesenvolvidos. Normalmente, mais da.metade e, na maioria dos países, muitomais que a metade, até 80% da população, vive da agricultura. Isto imediatamente mostra que a causa da pobreza e, portanto, do subdesenvolvimento,nesses países, é a produtividade extremamente baixa do trabalho na agricultura. Já tentei expor a perigosa, e ínfelizmente comum, crença errônea deque a industrialização possa elevar ademanda de trabalho, em larga escala,dentro das próximas décadas". -
"Quero repetir - diz ainda Myrdal que o que eu apontei não constitui argumento contra a implantação da indústria. tão rapidamente quanto possíVel".
1970
852274
9.233411130369744960
45.161
1966
1 154550
11.617792365348666863
41.312
ArrozFeijãoMandiocaMilhoAlgodãoCacauFumoMamonaCana de acúcnr
Produto
de nosso desenvolvimento, do lado dosetor público, e a agroindústria doaçúcar, no setor da economia privada.Pois bem, com relação -às usinas deaçúcar, sem embargo da favorável conjuntura comercial e dos estímulos governameitais, vem diminuindo, ano aano, o seu rendimento industrial portonelada de cana esmagada, de tal sorte que estão se perdendo, com essa diminuição de rendimento, cerca de 2milhões de sacos de açúcar, por ano.Com relação à nossa importante agência regional de desenvolvimento - aSUDENE, além de ter perdido grandeparte dos recursos deduzidos do imposto de renda, que antes lhe eram totalmente destinados, suas dotações orçamentárias baixaram de 1,4% da receitafederal, em 1967, para 0,4%, em 1972.Assim, o Nordeste que no período 1963/67 cresceu à média anual de 6,7%, contra 3,4% do Brasil, inverteu esse ritmofavorável a partir de 1970, ou seja, suataxa média anual de crescimento passou a 5,2%. ao passo que a do pais comoum tido elevou-se a mais de 10%. Estaconstatação e gravíssima porque,se persiste a tendência, será prejudicado oesforço de atenuação do desnível econômico entre as regiões do País, objetivo fundamental da política de desenvolvimento regional.
A agropecuária é responsável peloemprêgo de 67% da mão-de-obra nordestina, cabendo à indústria cerca de9% e aos servícos os restantes 24%.Entretanto, na estrutura da renda gerada, .. agropecuária concorre comapenas 40%, a indústria com 10% e osserviços com 50%, em números redon-
Apenas 10 produtos (cacau, açúcar, algodão, sísal, óleo de mamona, rumo,cera de carnaúba, lagosta, babaçu ecastanha de caju) concorreram comcerca de 86% do valor das exportações, no período 1960/69, sendo que sóos 3 primeiros totalizam 60% do total.Estes dados revelam a vulnerabilidadeda economia nordestina e destacam,por' outro lado, a enorme ímportãncíada sua economia rural, responsávelapesar de todas as deficiências, por95% das receitas de exportação.
Estima o Banco do Nordeste, no estudo citado - "Prespectivas de Desenvolvimento do Nordeste até 1980" -, quelSerá necessário nesta década dobrara área ocupada com lavouras e pastagens, para 20 milhões e 46 milhões dehectares, respectivamente, admitindose um crescimento extensivo da agropecuária. para fazer face à elevação dademanda. E concluí que, nos próximos 10anos as necessidades de alimentos, matérias-primas e produtos de exportaçãodificilmente poderão ser atendidas poruma agricultura extensiva ou rotineira.Ora, se mesmo em enfoque puramentetécnico-econômico, como o acima cí;tado, são previstas tais dificuldades,imagine-se o vulto do problema, quando é encarado, como deve ser, também nos seus aspectos econômico-sociais, na ocupação efetiva da popularçâo, na geração de renda e na distribuição equítatíva da riqueza social!
A focalização especial da economiaagrária nordestina não significa desconhecer ou subestimar os problemascom que se defrontam os produtores rurais das outras regiões, mesmo as maisprogressistas do país.
Sabemos que existem na evolução dasociedade brasileira três ordens historicas de subordinação de interesses, quedefinem prioridades carregadas de injustiça. Essas três ordens de subordí.•nação podem ser assim esquematízadas:
a) do campo em relação à cidade;
h) das regiões retardadas em relaçãoàs mais evoluídas
c) .das camadas mais pobres em relação às mais favorecidas.No primeiro caso, trata-se de subordinação na agricultura à estratégia deindustrialização adotada, a partir dosanos 30, principalmente.Foi o excedente de renda gerado pelohomem do campo que financiou, historicamente, o surto de industrialização do país. Mas neni sempre esse financiamento dos programas industriaisresultou de poupanças fáceis e espontâneas, deslocadas do setor rural paraoutras aplicações escolhidas pelo próprio investidor. Mecanismos institucionais diversos, a política de preços, apolítica cambial, a política financeiravêm concorrendo para retirar substan-
Brasil
Nordeste
1960
US$
1. 268. 802. 000
247.632.000
%
100
19,5
1970
US$
2.711.141. 000
381.155.000
%
100
13,6
E conclui o ilustre economista:
"Falando francamente, vejo perigo emque muitos países subdesenvolvidos, emseus esforços de industrialização, estejam correndo a mesma linha de construir pequenos insulamentos dentro deuma economia muito maior. que é deixada para trás, em estagnação. O queeu quereria, em outras palavras, é principalmente uma planificação muitomaior, um plano de largos horizontes,capaz de englobar reformas efetivastambém na agricultura".Ê preciso que combatamos, com o nosso conhecimento prático e a meditação honesta sobre a nossa realidade, asposições mecanicistas ilusórias de alguns teóricos, quando asseguram quea industrialização levará por si mesmae por simples conseqüência ao desenvolvimento da economia rural, na medida em que lhe exigír maior produçãoe lhe fornecer os chamados "insumosmodernos". A indústria, nesse falso entendimento, seria a locomotiva portentosa que arrastaria, por sua própriaforça, os demais setores da produção.Vêem os senhores que encaramos o problema da economia agropecuária nasua global expressão nacional e na suadevida importância, para todos nós, homens do Centro, do Norte e do Sul. Éum problema nacional da maior magnitude e da maior urgência, apesar detodas as atenções e cuidados que o governo lhe tem dispensado nos últimosanos. Trata-se, porém, de encarar esse problema em termos globais, em ritmo de campanha, sob o método do planejamento e com a mística do entusiasmo e do trabalho, convocando paraas definições urgentes, e para o planejamento de curto, médio e longo prazo,não apenas a suficiência dos sábios,mas a colaboração do estudo e da expe-
Agosto de 1973 DIABIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quarta-feira 8 40!3
ríêncta, do técnico e do produtor, doconhecimento e da boa vontade dequem os tenha para oferecer.Não nos cabe aqui analisar as duas outras ordens de subordinação e dependência, ou seja, entre regiões e entre
· camadas sociais.Vale, porém, adiantar que um programa efiCiente de desenvolvimento daagropecuária será um dos meios maiseficazes para corrigir' os desníveis regionais e sociais, na medida em queaumentar os índices de emprego, elevar a produtividade do trabalho rural,
· melhorar a renda de uma parcela substancial da população e criar uma classe média rural com amplas perspecti-
· yas de progresso.Seria oportuno recordar que nós brasileiros não aceitamos a teoria mecaní-
· císta dos que aconselhavam concentraros investimentos na grande indústriade São Paulo e Guanabara para de.senvolver, por via de conseqüência, todo
, o resto do país. Se assim pensassem asnossas lideranças, não teriam sido cria-
· das a Sudene, a Sudam e os demaisinstrumentos e políticas de desenvolvimento das diversas regiões. Não te.rta sido interiorizado o c"1tro das decisões administrativas do país.A teoria dos pólos irradiantes de progresso foi recusada e são hoje numerosos os meios .de corrigir a concentração da renda e dos investimentosnas grandes metrópoles do país.No tocante aos programas de melhordistribuição da renda social, tambéma Revolução vem adotando medidas salutares, não dando ouvido aos defensores da teoria absolutista de que épreciso primeiro fazer crescer o bolopara depois cortar as fatias.Acontece, porém, que economia não éaritmética, sendo mais álgebra e, maisdo que isso, é gente e é vida, é vontadee é sentimento, é suor e é sacrifício.O que há é uma dependência tecnológica, com importação de padrões técnicos de economias desenvolvidas, condicionando de maneira errônea as nossas estruturas de produção e df' consumo. O que há é o hábito de .mportar tecnolog-ia sem melhores critériosde adaptação à realidade .nacional esem um maior esforço nara engendrarnovas técnicas de produção, novas combinações de fatores, sem nos sujeitarmos à imposição de técnicas que exigem aplicação intensiva do capital quenão temos e forçam o alijamento damão-de-obra abundante de que dispomos Ist.., é ::l própria negação da capacidade criativa do brasileiro, responsável por tantas conquistas universais.
Seria ocioso insistir nas verdades donosso subdesenvolvimento agropecuário e dos obstáculos cada dia mais sérios que esse, estágio do setor rural re-
, presenta para o desenvolvimento econômico e social do pais.
Com efeito, que destino poderá ter umprograma de desenvolvimento com ummercado interno de amplitude apenasgeográfica, portanto de magnítude ilusória, se o grosso de sua população nãopode ser considerado de consumidores,pois pouco se elevam acima do nívelde subsistência? Será que devamos confiar demais no mercado externo? Saibamos utilizar com inteligência e agressividade todas as oportunidades do intercâmbio exterior, mas sem esquecerque as bases seguras do nosso progresSO estão dentro do nosso próprio país.
l!: mais fácil acompanhar a euforia temporária de uma conjuntura externa favorável, como é mais fácil Implantaruma fábrica, que pode ser Importadainteirinha do exterior, do que organizar uma comunidade rural para a produção cooperativa, por exemplo.Da mesma forma que o governo encarrou com energia a questão inflacionária, temos confíança em que logo chegará o dia da revolução para ° mercadoInterno, que será basicamente a revolução para a agricultura brasileira! Éinevitável que o governo, diante dagravidade do problema e das pressõeseconômico-sociais já analisadas, programe para o Brasil A DÉCADA DAAGRICULTURA!Resta dizer uma palavra sobre a metada integração nacional. O seu instrumento eficaz por excelência será o fortalecimento harmônico da economiaagropecuária. Não será demais louvara ação que vem sendo desenvolvida pelo '10S<;0 governo, pelas nossas ForcasArmadas na missão histórica da integração do nosso imenso território. Apresença brasileira só agora se faz efetiva em muitos rincões distantes einóspitos deste país. É uma obra gigantesca, necessária e pioneira - aocupação, a abertura de estradas, a instalação das bases de apoio, a extensão dos meios de comunicação. Mas está certo o governo quando procura,através da ação do INCRA e outrosórgãos do Ministério da Agricultura,acompanhar as obras infra-estruturaiscom os nrograrnas d' ocupação d-rnográfica e organização de núcleos deprodução. Este esforço terá de ser redobrado, com o cuidadoso planejamento que exigem a diversidade e a complexidade dos problemas de cada região. Não serão os grandes nólos industriais sozinhos que irão integrar o território e a comunidade nacional. Somente através da pecuária, da silvicultura, da agroindústria racionalmen-te exploradas e adequadamente situa- 'das no espaço físico do continente brasileiro, conseguiremos povoar, ocupare desenvolver todo o país, evitando ospequenos insuIamentos das metrópoles, assaltadas cada vez mais por legiões de fugitivos do camJlo. Ninguémse iluda com a urbanizaçao que enche
- as vistas e inflama 05 peitos de muitos teóricos desavisados.Somente em n~rte o crescimento urbano - que j á concentra mais da metadeda populacão brasileira - representaum sinal de riqueza e de progresso. Jádisse o mestre Gilberto Freyre, aquimesmo, deste Recife histórico, que oranos acolhe, ser uma cidade inchada. Aexpressão é forte, mas é verdadeira enão cabe só ao 'Recife, mas a todasas grandes cidades brasileiras, cujosproblemas de equipamento físico e social constituem a terrível dor de cabeca dos seus administradores. Há um liÍnite para tudo, e este limite já estásendo alcançado para a evasão irracional das populações do campo que,vindo para as cidades, apenas mudamde palco, no drama da sua pobreza edo seu sofrimento.Aí está por que o atraso da economiarural obstaculiza a integração do país.M grandes vias de penetração do interior são essenciais no seu pioneirismo. O que não pode é ficarem elas pormuito tempo como um investimentoocioso.Não poderemos deixar que as estradas- que muitas vezes, sob a forma de
rodovias, são por demais onerosas nocusto do transporte, refletindo nos preços pagos pelo consujnídor - fiquemsubutilizadas por um tempo excessivo.Sobre elas terão de correr, com a possível urgência, os frutos do trabalho dascomunidades organizadas para a grande tarefa de produção e de civilização. As comunicações só, também nãobastam. Vamos ouvir a voz brasíleíranos mais Iongíquos recantos da Pátria.Mas a comunicação não terá sentido,se os brasileiros não eonsegúírem falar, no litoral e no interior, na metrópole e na fronteira, a mesma linguagem de trabalho e de progresso.Creio que já me alonguei por demaisem análises, em criticas e observações.É nosso dever, porém, colaborar com algumas sugestões práticas; não ficando somente nas críticas e observações.Não poderia, no escasso tempo disponível, trazer-lhes o fruto de uma meditação e de um estudo mais acurado dosproblemas da produção rural, Aceitei,com muita honra, o amável convite doeminente líder da classe rural brasíleI::"-, o SE'l1ador FHvi~ da Costa Britto,para participar deste diálogo entre técnicos e produtores ligados ao campo.As idéias são Iancadas no terreno fértil da compreensão, da Intelígêncía edo tirocínio dos que compõem estaassembléia tão representativa da vidarural do nosso país, Não tenho a intenção de fazê-las prevalecer; mas estarei plenamente recompensado se merecer a honra da crítica construtiva, daretificação, do acréscimo e do aperfeiçoamento dos conceitos aqui esboçados,pois os grandes objetivos é que importam e não as vaídades pessoais.A primeira conclusão chegaremos a elaatravés, ainda, de um rápido comentário. Um estudo do Banco do Nordeste,aqui j á citado, "Perspectivas de Desenvolvimento do Nordeste até 1980", considerada necessária, para tornar realidade as metas da integração e do crescimento acelerado da região, a concentração de esforços e recursos emmedidas prioritárias, lastreadas pelaconscientização das lideranças e da comunidade. As afirmativas da equipe doBNB são válidas, "mutatis mutantis",para a economia nacional e por issovamos aqui examiná-Ias. As medidasprioritárias de que falam são assimenumeradas, em resumo:a) consolidacão do crescimento do setor industrial;b) modernização da agricultura;eomputsionamente de novas atividades, como a promoção de exportacõese do turismo;d) manutenção do dinamismo do setorgoverno.Temos duas observaçoes a tazer a respeito dessas recomendações gerais daequipe de estudos do Banco do Nordeste. Em primeiro lugar, quando detalham o que deve ser feito para 1\1cançar o modernização da agricultura,enumeram o seguinte:a) melhoramento dos esquemas de financiamento;h) elevação da produtividade atravésda aplicação dos "insumos modernos";
c) aumento da produção e da produtividade dos bens de exportação;
d) aproveitamento de novas oportunidades agrícolas;
e) ampliação da produção pesqueira;
4024 Quarta-feira 8
f) desenvolvimento dos programas depesquisa agronômica e tecnológica.
Trata-se, portanto, além de uma abordagem muito geral.. de uma visão porassim dizer tecnicista da modernizaçãoda agricultura. Tudo isso, 1ue é válido, necessário e importante, corre orisco de se perder no vazio, ou influirapenas em termos quantitativos ínsasatisfatórios, se não Se atentar primordialmente para as modificações qualitativas, base eficiente e pré-requisitoindispensável à aplicação de todo o receituário técnico. Estas modificações dequalidade é o que constitui o esforçode organização agrária; o elo que harmonizará todas as providências dispersas; o entusiasmo criador, a visãopolitica, no alto sentido da palavra tudo isto, enfim, significando o - planejamento integrado, mas não o planejamentp frio e distante dos gabinetes, sem vivência e sem diálogo, e simaquela coordenação racional e múltipla, para a qual se convoque o entusiasmo e a experiência de todas asforças da produção e do trabalho, osestudiosos e os técnicos devotados aosproblemas rurais.A segunda observação a fazer, quantoao estudo citado, é que a questão nãoestá só em reivindicar a modernizaçãoda agricultura, pois, como foi dito antes, essa moderntzaeão poderá ter apenas escassa repercussão quantitativa,sem maior efeito multiplicador. Achoque o programa global de desenvolvimento agrário não pode ser mtnímíza
'do, colocado em posição secundária,numa relacão de medidas necessárias.Ele é condição primordial para assegurar o desenvolvimento, a integraçãoe a paz social.
E assim chegamos à primeira conclusão, que proponho nos seguintes termos:
l.a Conclusão:
A AGRICULTURA DEVE SER ERIGIDA EM "PRIORIDADE UM" DOS PROGRAMAS DO GOVERNO BRASILEIRO.Passando agora a abordar um aspectomais imediato, na 2." conclusão, julgonecessário proclamar a existência deuma crise de abastecimento em determinados setores da produção, notadamente da pecuária.
Constitui uma atitude perigosa subestimar os graves problemas da pecuária nacional. Para utilizarmos devidamente o enorme potencial de recursosnaturais que nos habilitam a programar uma das mais pujantes exploraçõespecuárias do mundo, em benefício doabastecimento interno e das receitasem moeda estrangeira, uma série demedidas urgentes terá de ser postaem prática.
Uma das tarefas mais urgentes para ogoverno e os produtores é resolver acrise da pecuária de corte e da pecuária leiteira do Pais. Não se conseguirá solução tabelando preços da carne e do leite, quando se trata de umareação em cadeia, elevando-se os custos de produção, através do aumentoconstante dos preços dos produtos industrIais utilizados na pecuária. Em relação à produção leiteira, verificamoso desalento total dos produtores. Reconhecemos as medidas de estímulo queo governo tem adotado: o aumento dascotas de exportação de carne bovina, oaperfeiçoamento da política de crédito;
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
os incentivos fiscais destinados aos projetos pecuários etc.
Entretanto, cabe definir uma políticaglobal para o setor, contemplando subsídíos imediatos para debelar a crise eprovidências de médio e longo prazo,constituindo o programa de expansão,que a situação exige.Será preciso promover a importaçãomaciça de matrizes para constituir osgrandes rebanhos programados. Não háoutro meio de aumentar adequadamente a oferta de carne, a curto prazo. Terá de ser obtida a diversificação dasfontes de proteína animal, com maioratenção à pecuária de ovinos e caprinos, para o que dispomos de amplasáreas com acentuada vocação.
Teremos que perseguir decididamente oaumento dos índíces de desfrute dosrebanhos, extremamente baixos em face dos padrões internacionais; teremosde organizar os acessos dos produtospecuários aos centros consumidores,mediante a adequada distribuição espacial de entrepostos de comercialização, de matadouros e frigorificos; seránecessário selecionar e padronizar osprodutos pecuários, se queremos conquistar uma posição importante no,mercado internacional. Enfim, é preciso encarar a aplicação de subsídios,onde e quando eles se façam necessários, para enfrentar as crises de produção e assegurar estágios posteriores derentabilidade, na certeza de que a agropecuária desenvolverá com altos ganhos o que nela for racionalmente aplicado. A propósito, julgo oportuno frisar que não devemos encarar como vexame, ou como favor, os subsidias acaso reívíndícados para a agricultura ea pecuária. A. indústria cresceu e vemcrescendo à custa de recursos transferidos da economia rural e também absorvendo elevados subsídios, até atingir um ponto de auto-sustentação e plena rentabilidade.
E por que não subsídiar certos setoresou programas da agropecuária? Se osgrandes países ricos do mundo gastamsomas imensas para defender preços,c<?locar estoques e assegurar competiçao aos seus produtos primários; se,em nosso Pais a agropecuária tem umatradição histórica de atividade rotineira praticada, em amplas áreas e setores, a nível de subsistência; se atéem setores mais produtivos, de nívelempresarial, a produção fica sujeita aosazares e manobras do comércio internacional; se a introdução de melhorias tecnológicas é muito mais difícil,sujeita a implicações locais, incomparavelmente mais complexas do que naindústria; se, apesar de todo o avançocient!fico . e técnico, a produção agropecuaria e fundamental para o abastecimento alimentar e o suprimento dematérias-primas à indústria.
Enfim, encarando a nossa segundaconclusão, chamamos a atenção para agravidade do problema do abastecimento, que é um problema econômico, debem-estar e de segurança, lembrandoos casos mais urgentes do feijão, dacarne e do leite. Portanto, assim formulamos a
Segunda Conclusão: - Enunciamos:
EXISTE UMA CRISE NO ABASTECIMENTO DE ALGUNS PRODUTOS DEALIMENTAÇÃO, .sendo uma das tarefasmais urgentes a ser enfrentada, na economia do Pais, a solução do problemada carne, do leite e do feijão.
Agosto de 19'73
Terceira Conclusão: - Eis o seu enunciado:
UM PLANEJAMENTO A.GRíCOLA INTEGRADO PARA O BRASIL.Abordaremos, agora, a terceira e última conclusão deste trabalho. Em primeiro lugar, devemos assinalar a existência de um numeroso elenco de instrumentos de política e administraçãovoltados para a economia rural. E também constatar que a maior parte desses meios institucionais vêm melhorando sua atuação. Entretanto. é imperioso reconhecer as falhas de coordenação entre eles, consequêncía provavelmente da ausência de uma política giobal claramente definida e de um programa integrado para o setor.
O crédito rural é, talvez, o melhorexemplo. Precisa ainda de uma coordenação efetiva, permitindo a maior rentabilidade econômica e social dos recursos aplicados, a diferenciação de critérios e taxas, os subsídios regionais esetoriais, as políticas de financiamento para os programas e pro]etos delenta maturação e os de resultadosimediatos. Um instrumento eficientepoderia ser, neste caso, o Banco Rural'do Brasil, que promovesse não só essacoordenação e orientação do crédito,mas englobasse uma massa maior derecursos, diversificando as suas fontes,inclusive explorando ao máximo as potencialidades financeiras das corporações internacionais, ao lado de nossos~:~g~ls~f;r~~s~rrrgimentaçãode pou-
O sistema de planejamento integradoserá o instrumento Imprescindível para a execução da polítíca global para aeconomia agropecuária, nas linhas deprioridades, de mobilização de meiosmateriais e humanos, no ritmo de urgência, exigidos pelo vulto dos problemas analisados.
O sistema de planejamento integral será uma construção lógica, baseadanuma compreensão orgânica de atividade econômica rural.
Sendo assim, começará do estudo e conhecimento da base fisica, do inventário dos recursos naturais, na complexa variedade das regiões e microrregiõeshomognêeas.
Partirá da escala nacional, onde secompatibilizam todos os objetivos específicos, passando pelos níveis regionaise microrregionais, e alcançando as unidades de produção, propriamente ditas, nas suas diversas formas de orga-nização. .
Considerará devidamente os subesetores da economia rural - agricultura,a pecuária, a pesca, as atividades extrativas.
Com base na estrutura agraria, serãodefinidos os diversos processos de produção e as formas compatíveis de organização das relações homem/terra.
Estudada a base rísíca e montados osesquemas de organização produtiva(definidas as melhores combinações defatores de produção), virá o apoio financeiro, a assistência técnica, de fomento e extensão.
A destinação adequadas das colheitas,através da orientação mercadólogíca edo estabelecimento dos canais e sistemas de comercíaüsacâo - será a seqüência lógica das medidas abrangidaspelo planejamento integral.
Agosto de 1973 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quarta-feira 8 4025
o sistema de planejamento haverá deinstituir linhas flexíveís de política ede ação, capazes de abranger em umacompreensão adequada, a grande empresa rural, a organização das cooperativas a economia da pequena propriedade, as explorações de média eampla extensão.Da maior ímportâncía será a políticade pesquisas e experimentação agronômicas e tecnológicas, não somente alocando os recursos suficientes ao seupleno desenvolvimento, mas sobretudodando-lhes plena vivência e capacidade de comunicação, para que tenham amais rápida utilização prática os se~sresultados. Até que possamos conseguiraquilo de que nos fala Myrdal: "Naagricultura, por exemplo, se as possibilidades de colheita foram elevadassete vezes nos países ricos da Europa,foi como resultado de pesquisa intensíva estendendo-se por décadas, nos diferentes solos em suas relações comclima, água, diferentes fertilizantes etc.e no desenvolvimento das sementes eraças animais."Não serão levadas a cabo as tarefas ingentes abrangidas pelo planejamentoagrícola, se não for devidamente valorizado o trabalho do técnico.
Esta valorização deve começar por umamelhor condíçâo salarial, mas terá decompletar-se no reconhecimento da importância de sua tarefa e na plena utilizacão dos frutos do seu labor íntelectuai em proveito da coletividade.
Todavia, o planejamento não poderáser restrito aos aspectos puramente econômicos. Não se concebe que o planejamento rural ignore os problemas daeducação, da formação profissional eda saúde do homem do campo. Aindamais quando tais problemas são reconhecidamente graves, de profundas ediretas repercusões na produtividade dotrabalho.
Por fim, o planejamento agrícola teráde ser uma experiência genuinamentebrasileira, sem prejuízo do intercâmbio técnico universal. Terá dê reconhecer as peculiaridades físicas e culturaisdo nosso País, e proclamar, como Myrdal, esta realidade, na prática muitasvezes esquecida, de que as condiçõesdos países tropicais e subtropicais sãototalmente diferentes dos países adiantados sendo, portanto, imperativoque se programem proporções e combinações de fatores de produção também diferentes.
Eis, senhores. a contribuição que nos foipossível oferecer a este encontro. Cabeagora o debate, o diálogo e a afirmação final da nossa confiança no destíno do País."
Era o que tinha a dizer. (Muito bem! falmas.)
O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama) Está findo o tempo destinado ao Expediente.
Vai-se passar à Ordem do Dia.
Comparecem mais os Srs.r
Dib CheremVinicius CansançãoTeotônio Neto.
ParáGabriel Hermes - ARENA; João Mene
.zes - MDB; Juvêncío Dias - ARENA.Maranhão
Améríco de Souza - ARENA; Eurico Ribeiro - ARENA.
Piauí
Dyrno Pires - AR:ij;NA; Milton Brandão- ARENA; Paulo Ferraz - ARENA.
Oeará
Edilson Melo Távora - ARENA; FurtadoLeite - ARENA; Ossian Araripe - ARENA.
Rio Gramlle do Norte
Antônio Florêncio - ARENA; GrimaldiRibeiro - ARENA; Henrique Eduardo Alves - MDB; Vingt Rosado - ARENA.
Paraíba
-Ianduhy Carneiro - MDB; MarcondesGadelha - MDB.
Pernambueo
Etelvino Lins - AUENA; Joaquim Coutínho - ARENA; Josías Leite - ARENA;Lins e Silva - ARENA; .n1:arco Maciel ARENA; Marcos Freire - MDB.
.Alagoas
Geraldo Bulhões -' ARENA; José Sampaio - ARENA.
Sergipe
Eraldo Lemos - ARENA; Luiz Garcia ARENA.
Bahia
Francisco Pinto -- MDB; Ivo Braga ARENA; João Borges - MDB; José Penedo - ARENA; Manoel Novaes - ARENA;Ney Ferreira - MDB; Prisco Viana '\RENA; Theódulo de Albuquerque - ARE_{A; Tourinho Dantas - ARENA; VascoNeto - ARENA.
Espírit.o Santo
Argilano Dario - MDB; José Tasso deAndrade ARENA; Oswaldo ZanelloARENA.
Rio de: Janeiro
Adolpho Oliveira - Alair Ferreira ARENA; Alberto Lavínas - MDB; ArioTheodoro - MDB; Brígida Tinoco - MDB;Hamilton Xavier - MDB; José Sa11y ARENA; Moacir Chíesse - ARENA; OsmarLeitão - ARENA; Rozendo de Souza ARENA; Walter Silva - MDB.
Guanabara
Amaral Netto - ARENA; Euripedes Cardoso de Menezes - ARENA; Flexa Ribeiro- ARENA; Florim Coutinho - MDB; JoséBonifácio Neto - MDB; Léo Simões MDB; Lisâneas Maciel - MDB; Miro Teixeira - MDB; Pedro Faria - MDB; ReynaIdo Santana --MDB; Rubem Medina MDR.
Minas Gerais
Altair Chagas - ARENA; Athos de Andrade --'- ARENA; Batista Miranda - ARENA; Carlos Cotta -- MDB; Fernando Fagundes Netto - AR.ENA; Francelino Pereira - ARENA; Hugo Aguiar - ARENA;Jairo Magalhães - ARENA; João Guido ARENA; Jorge Ferraz - MDB; Jorge Vargas - ARENA; José Bonifácio - ARENA;José Machado - ARENA; José MariaAlkmim - ARENA; Manoel Taveira ARENA; Navarro Vieira - ARENA; Ozanan Coelho - ARENA; Renato Azeredo MDB; Sinval Boaventura - ARENA; Tancredo Neves - MDR
São PauloAdalberto Camargo - MDB; Adhemar
de Barros Filho - ARENA; Amaral Furlan- ARENA; Arthur Fonseca - ARENA;Athiê Coury - :MIJB; Baldacci Filho- ARENA; Bezerra de Mello - ARENA;Braz Nogueira - ARENA; Cardoso de AI-
meida - ARENA; Chaves Amarants ARENA; Dias Menezes - MDB; Díogo Nomura - ARENA; Faria Lima - ARENA;Herbert Levy - ARENA; ítalo Fittipaldi ARENA; Mário Telles - ARENA; Monteiro üe Barros - ARENA; Orensy Rodrigues- ARENA; Pacheco Chaves - MDB; PauloAlberto - ARENA; Pereira Lopes - ARBNA; Roberto Gebara - ARENA; Ruydal-,meida Barbosa - ARENA; Salles Filho ARENA; Santilli Sobrinho - MDB; SilvioLopes ARENA; Ulysses Guimarães MDR
GoiásAry Valadão - ARENA; Fernando Cunha
- MDB; Henrique Fanstone - ARENA;José Freire - MDB; Juarez Bernardes MDB; Rezende Monteiro - ARENA; Wilmar Guimarães - ARENA.
Mato GrossoEmanuel Pinheiro - ARENA; Garcia
Netto - ARENA; Lopes da Costa ARENA.
ParanáAgostinho Rodrigues - ARENA; Alípio
Carvalho - ARENA; Antônio Anníbellí _MDB; Antônio Ueno - ARENA; ArnaldoBusato - ARENA; Arthur Santos - ARENA; Emílio Gomes - ARENA; Ferreira doAmaral - ARENA; Flávio Giovine - ARENA; Hermes Macedo - ARENA; João Vargas - ARENA; José Carlos Leprevost _ARENA; Olívir Gabardo - MDB; OtávioCezário ARENA; Zacharias SelemeARENA.
Santa CatarinaAbel Avíla - ARENA; Albino Zeni
ARENA; Aroldo Carvalho ARENA;Francisco Libardoni - MDB; Laerte Vieira - MDB; Pedro Colin - ARENA.
Rio Grande do SulAlberto Hoffmann - ARENA; Arlindo
Kunzler - ARENA; Arnaldo Prieto ARENA; Cid Furtado - ARENA; ClóvisStenzel - ARENA; Eloy Lenzi - MDB;Harry Sauer - MDB; Helbert dos Santos- ARENA; Jairo Brum - MDB; José Mandelli - MDB; Lauro Leitão - ARENA;Lauro Rodrigues - MDB; Mário Mondino- ARENA; Norberto Schmidt - ARENA;Victor Issler - MDB.
RoraimaSilvio Botelho - ARENA.
VI - ORDEM DO DIA
O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama)- A lista de presença acusa o comparecimento de 291 ~rs. Deputados.
Os Senhores Deputados que tenham proposições a apresentar poderão fazê-lo.
O SR. FRANCISCO AMARAL - Projeto de lei que dispõe sobre a freqüência de Vereadores às aulas de cursosuperior.
O SR. ILDÉLIO MARTINS - Projeto de lei que suprime o § 2.° do artigo899 da Lei n.O 5.452, de 1.0 de maio de1943 (Consolidação das Leis do Traba1110), e dá nova redação nos seus §§ 1.0e 6.°
O SR. FRANCISCO LIBARDONI Projeto de lei que altera o Decreto-lein.v 5.452, de 1.0 de maio de 1943, queaprova a Consolidacão das Leis do Tra-balho. -
O SR. SIQUEIRA CAMPOS _ Projeto de resolução que modifica o artigo85 do Regimento Interno, aprovado pelaResolução n.O 30/72.
O SR. AMAURY MÜLLER - Requerimento no sentido de que seja inseridonos Anais da Casa voto de congratulações pela passagem, hoje, de mais um
4026 Quarta.feira 8 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I). ~,,,.
Agosto de 19'2~
aniversário de fundação do Municípiode Passo Fundo, no Rio Grande do Sul.
O SR. PEIXOTO FILHO - Requerimento no sentido de que seja inseridoem ata voto de congratulações com oSenado Federal, pela eleição de seunovo Presidente.
O SR. ALDO FAGUNDES - Sr. Presidente, peço a palavra para uma comunicação, como Líder.
O SR'. PRESIDENTE (Fernando Gama)...... Tem a palavra o nobre Deputado,
O SR. ALDO FAGUNDES) - Como Líder.- (Sem revisão do orador.) Sr. Presidente, o Sr. Mem de Sá, Ministro do Tribunal de Contas da União, vem de prestar declarações à imprensa. E destaco este tópico:
"Detendo-se no exame do caso brasíIeíro, o ex-parlamentar sustentou quenunca tivemos um Parlamento plenamente atuante e que "no tempo dofamigerado Jota Ká, o Congresso nãotinha a menor força política, quantomais de comando."
Sr. Presidente, critico-o soo dois aspectos: a linguagem e o embasamento constitucional da afirmação.
Em um Ministro do Tribunal de Contasda União, de quem se exige alto saber eexperiência e de quem se espera comportamento de magistrado, porque titular dasmesmas prerrogativas dos membros do Tribunal Federal de Recursos. surpreende alinguagem chã e vulgar.
O Sr. Juscelino Kubitschek de Oliveiraexerceu a Presidência da República pelasoberania do voto popular, e dela saiu, aofim do seu mandato, sob o apreço e o respeito da Nação inteira. Conciliou, em seuGoverno, o desenvolvimento econômico eas liberdades públicas. Respeitou o funcionamento dos Poderes. A Oposição cumpriulivremente o seu papel. A imprensa nãosofreu censura, e os brasileiros usufruíram,no trabalho e nos lares, a segurança quevem da ordem [urídíca definida e estável.
Daí a critica à linguagem vulgar do Sr.Ministro. Famigerado por quê?
E o segundo aspecto desta intervenção.Sr . .Presidente, diz respeito à ordem constitucional. Como é possível, à luz da sombria realidade da Emenda Constitucionaln.O I, criticar-se o Congresso da Constituição de 1946? É incrível que o Ministro Memde Sá se tenha esquecido tão depressa deque foi congressista e exercitou a Oposição.As comissões de inquérito, os requerimentos de informação, a ampla divulgação donoticiário político pela imprensa, a rejeição de vetos, a tribuna livre, tudo isso resultava da Constituição de 1946. E o Sr.Ministro diz que o Congresso "não tinha amenor força política... " É inacreditável.simplesmente inacreditável, Sr. presidente,que um homem público da experiência eda responsabilidade do Ministro Mem deSá tenha feito tão infeliz declaração.
Era o que tinha a dizer. (Muito beml )
O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama)_ Vai-se passar à matéria constante daOrdem do Dia. '
O SR. PRESIDENTE (fernando Gama)Discussão única d~ Projeto número
1.281-A, de 1973, quo/ autoriza a reversão de terreno situado no Municipio dePirapora, Estado çl'e Minas Gerais, àpropriedade de 9Iara Batista de Oliveira; tendo pareceres: da Comissão deConstituíçâo e Justiça, pela constitucionalidade, jurldicidade e boa técnicalegislativa; e, da Comissão de Economia, Indústria e Comércio, pela. apro-
vação , - (Do Poder Executivo) Mensagem n.O 154/73. - Relatores: Srs.Jairo Magalhães e Chaves Amarante.
O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama)- Tem a palavra o Sr. Célio Marques Fernandes, para discutir o projeto.
O SR. CÉLIO MARQUES FERNANDES (Sem revisão do orador.) Sr. Presidente,muito acertado andou S. Ex,", o Sr. Ministro da Fazenda quando encaminhou àPresidência da República a Exposição deMotivos de que resultou o Projeto ora emdiscussão, que autoriza a reversão de terreno situado no Munícípío de Pírapora, Estado de Minas Gerais, à pronríedade deClara Batista de Oliveira.
Sr. Presidente, é comum doações feitasaos órgãos públicos criarem problemas detoda ordem, sem nunca conseguirem reverter em beneficio do seu proprietário.Nesse sentido nosso Código prevê que, seo imóvel ou terreno tiver sido desapropriado, desde que seja desvirtuada a sua finalidade, poderá reverter à posse e propriedade do seu antigo proprietário. Mas issotem sido letra morta na vida política doBrasil.
Sr. Presidente, venho a esta tribuna também para realçar o ato do Sr. Ministro daAeronáutica, ao aceitar a proposição dosetor competente daquela Pasta que, achando não ser mais necessária a utilizaçãodesse terreno, anteriormente doado paradeterminado fim, propõe sua reversão àantiga proprietária, D. Clara Batista deOliveira.
Durante 12 anos, o terreno esteve à disposição do Ministério da Aeronáutica, queali instalou um radíofarol de proteção aovôo. Estando atualmente desocupada a referida área, nada mais certo do que fazersua reversão à antiga proprietária, principalmente agora que, como diz a exposição,está ela passando privações de toda ordem,somente possuindo esta fração de terra.
Ressalto esse aspecto, Sr. Presidente, naexpectativa de que outros setores da administração pública, principalmente municipais, sigam o exemplo. Assim, aqueles terrenos que forem doados ou desapropriadospara determinado fim, desde que desvirtuada sua finalidade, deverão ser revertidos ao seu legitimo proprietário, para quese cumpra a lei.
Sr. Presidente, assomei a tribuna, apenas para destacar a iniciativa do Sr. Ministro da Aeronáutica, que poderia passardesapercebida. Esta Casa deverá aprovaro projeto à unanimidade; todavia, era necessário que alguém aqui enfatizasse queesse exemplo deve ser seguido por outrasautoridades, notadamente no setor municipal. Como sabemos, há vários casos de desvirtuamento de finalidade, em que os proprietários têm de entrar em juizo, aguardando anos a fio para reaver o terrenodesapropriado ou doado.
Era o que tinha a dizer, SI', Presidente.(Muito beml )
O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama)- Não havendo mais oradores inscritos,declaro encerrada a discussão.
Vai-se passar à votação da matéria,
O SR, PRESIDENTE (Fernando Gama)- Vou submeter a votos o seguinte
PRO.TETON.o 1.281-A, de 1973
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.0 É o Poder Executivo autorizadoa reverter à propriedade de Clara Batistade Oliveira o terreno doado à União Federal, por escritura de 31 de maio de 1960,transcrito no Registro de Imóveis de Pira-
pora, em 3 de junho do mesmo ano, medindo 14.580 m 2 (quatorze mil, quinhentose oitenta metros quadrados), situado noMunicípio de Pirapora, Estado de MinasGerais, vizinho ao Aeroporto local.
Art. 2.° A reversão se efetivará mediantetermo, que deverá ser lavrado em livro próprio no Serviço do Patrimônio da União.
Art. 3.° Esta lei entrará em vigor na datade sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.
O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama)- Os Srs. que o aprovam queiram ficarcomo estão. (Pausa.)
Aprovado.
Vai à redação final.O SR. PRESIDENTE (Ferna~do Gama)
Discussão prévia do prOj~ n.o 477-A,de 1971, que estabelece au lío-funerafpara o dependente menor de 14 anosj,tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça, pela inconsti.t.uciona-,lidade, com voto em separado 'ào.-..Sr.Severo Eulálio. (Do Sr. Bezerra de :!;T~ :.lirões.) - Relator: Sr. Élcio Alvares. ...
O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama)- Tem a palavra o Sr. Peixoto Filho, paradiscutir o projeto,
O SR. PEIXOTO FILHO - (Sem revisãodo orador.) Sr. Presidente, o nobre Deputado Bezerra de Norões, um dos parlamentares mais atuantes da Bancada carioca,houve por bem apresentar projeto que visaa alterar dispositivo da Lei Orgânica daPrevidência Social. A forma legislativa, como foi apresentada a proposição, não altera a sua finalidade. Pelo art. 1.0
, "ficao Instituto Nacional da Previdência Social(INPS) obrigado ao pagamento de um auxilio-funeral para o dependente menor de14 anos do segurado". A legislação específica dispõe que, por morte do segurado, oINPS está obrigado a pagar dois saláriosmínimos ao dependente ou à pessoa quecustear o funeral. O próprio Instituo, nafalta de parentes ou de outras pessoas, poderá promover o enterro e se ressarcir dasdespesas.
Mas, Sr. Presidente, a intenção do nobre...Deputado Bezerra de Norões é i"i,,,ii"i:Ú"u~"'lIIprocedente, em que pese o meu ponto devista com relacão ao Instituto Nacional daPrevidência Sócial, a par da complexidadedos seus servicos e da sua responsabilidade,que dia- a dia é ampliada pelo Governo,como se aquele órgão fosse a tábua de salvação das iniciativas governamentais.
Com conhecimento de causa, tenho ditoaqui - e repito - que o Governo !~del~alprecisa cuidar melhor do INPS, soltcítaçãoque hoje mesmo fiz, no período destinadoàs pequenas comunicações. Quem conheceo servico daquela autarquia, quem conhecea complexidade técnico-burocrática da ínatituícão certamente pode afirmar que, se
. o Governo não retirar do ,INPS o serviçode assistência médico-hospitalar e ambulatorial a instituição não terá muito tempo de ~ida. Hoje registrei o resultadfl .daspesquisas feitas pelo Im::S no setor :-ne~lCC!hospitalar do País. Detem aquela ínstítuícão 50% dos médicos em atividade no Brasil, As despesas com esses serviços absorvem mais de 40% do orçamento.
Talvez um parlamentar desatento nãoentenda bem as minhas palavras. O queestá salvando o INPS da bancarrota é ainda a Quota de Previdência que incide sobreos serviços de luz, telefone, água e esgotos.Aquele órgão já dilapidou quase todo o patrimônio imobiliário de que dispunha, afim de poder equilibrar o seu orçamento.Como sabemos, a maior obrigação de um
,,AgostO de 1973 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quarta,-feira 11 -tO!'J
instituto de prevídêneía é a parte de seguridade social, é o pagamento dos bene
,·fícios. Para isso, deverá o órgão ter dínheí.ro depositado previamente na rede bancária. Nesse sentido, o INPS vem fazendo
. muita ginástica. Digo aqui que o maior responsável pelo atual estado de coisas é opróprio Governo, que deve bilhões de cruzeiros ao INPS. Já não é mais responsávelpela terceira participação de contribuições,mas o é pela manutenção do pessoal daadministração geral. Os Ministérios estão
. fazendo verdadeiro "jogo de empurra". OMinistério da Fazenda não libera as verbas, enquanto o Instituto, tendo compromissos para saldar em dia certo, precisavaler-se do seu patrimônio, aliciando-o,para cumprir as suas obrigações, para saldar os seus compromissos.
Por isso, em que pese a validade desseprojeto, eu votarei favoravelmente, porquea iniciativa tem inteira procedência. Masf~CO erp. dúvida. porque conheço de perto asítuação do INPS. O Governo baixa decretos, lança "impactos", mas do principalainda não cuidou, que é saber como aquelainstituição, com as fontes de receita quepcssut, poderá assumir a responsabilidadede novos encargos, criados pelo próprio Governo.
O Sr. Célio Borja - V. Ex.a me permite?
O SR. PEIXOTO FILHO - Com todo oprazer.
O Sr. Célio Borja - Quero apoiar as judiciosas considerações feitas por V. Ex.a
. Realmente, a sítuacâo do INPS é tal queo congressista, ao dar seu voto favoravelmente a um projeto tão generoso como estedo nosso colega Bezerra de Norões, temeoue o Instituto não tenha condícões dearcar com semelhante responsabilidade.E V. Ex.a tem razão, quando destaca a circunstância de Que é imperioso separar os.dois tipos de resnonsabilídade que hoje seacumulam no llJPS: a do pagamento dosbenefícios da seg"ridade social c a do pagamerrto das desnesas com assistência médica e hospitalar. "Não é possível acumular.no mesmo fundo, despesas de natureza diversa. A despesa com o pagamento de benefícios é calculada atuarialmente e a outra é imprevisível: ninguém pode. dizerquanto se vai gastar no próximo ano. Nãoé possível estabelecer parâmetros rígidospara o custo do servíco médico e da assistência hospitalar do INPS ou de qualquerentidade previdenciária. Vou ainda além:se contemplarmos o panorama geral da assistência médica no Brasil, despesas comesse tipo de atividade fazem a União, osEstados e os MunicÍoios. Tanto a União,como os Estados e os Municípios constroemhospitais e lutam para mantê-los, Não seria melhor, pelo menos como alternativa,verificar a possibilidade de concentrar numaárea administrativa diversa, como o Ministério da Saúde, a resnonsabíüdade nelaprestação de servíeos médicos e assistênciahospitalar? V. Ex.a tem inteira razão, quando reclama providência enérgica no sentidode repor o INPS nas suas finalidades.
O SR. PEIXOTu' FILHO - Agradeço oaparte a V. Ex.a, que muito me honrou, e,ao mesmo tempo, alícerca as razões quevenho sustentando, no sentido de que sóhá três opções para o Governo: a primeiraé a adoção de medidas semelhantes às jáaplicadas na Inglaterra, na SuéCia, naFrança, na Venezuela, assumindo a responsabilidade dessa prestação de assistênciamédico-hospitalar e ambulatorial, com aparticipação efetiva no orçamento da instituição acima de 60%, como ocorre nospaíses que citei. Porque o Governo participa, indiretamente, por outras fontes, poroutros setores. Ele arrecada, ele é responsável pela saúde do povo. Agora, o que não
é possível é que o Instituto tenha absor-. vido a sua receita quase à metade - 50%
- quando, com isto, poderia melhorar osníveis dos proventos e dos benefícios, ampliando estes no setor de assistência médica, que é da responsabilidade direta doGoverno, através do Ministério da Saúde.Dai eu estranhar.
São três opções,' repito: ou o Governoparticipa para cobrir as despesas no orçamento do INPS, ou o Governo cria o Ministério da Previdência Social, ou, finalmente, o Governo transfere todo o serviçomédico, hospitalar e ambulatorial para oMinistério da Saúde. São estas as três maneiras de resolver o problema. Do contrário, não adianta insistir, não adianta o"impacto", não adianta promoção, nãoadianta publicidade, porque tudo isso significará o fim de uma instituição que épadrão na América do Sul.
Sr. Presidente, depois de Ouvir aqueleaparte substancioso, técnico, independente,oportuno, de um dos Deputados mais atuantes, de um dos Deputados da maior respeitabilidade nesta Casa (apoíados.), admirado por todos nós, pela sua cultura, pelasua sobriedade e lhaneza de trato, o Deputado Célio Borja, sinto-me confortado, porque minha tese já tem o apoio da própriaARENA. 11: preciso apenas que o Governodesperte para esta realidade. Não adiantao Deputado querer alterar dispositivo daLei Orgânica da Previdência Social, porquequalquer proposição receberá parecer contrário da Comissão de Constituicão e Justiça por falta de fonte de custeio." Mas, mesmo que houvesse a fonte de custeio, seria amesma coisa. 11: o caso da CLT. Nós jáemendamos a CLT, através de decretos-leise de proposições nossas transformadas emlei, mas de 45 vezes - quase 50 vezes. Em30 anos de vigêncía do referido diplomalegal, Sr. Presidente, o Governo ainda nãodespertou para o fato de contarmos com.uma CLT desatualísada, obsoleta, que foicriada para uma época, quando já estamosem outra. Hoje, o desenvolvimento é outro,a justiça social que exige, que deve seraplicada, é completamente diferente. OGoverno manda os "impactos" isoladamente, cuida de uma doença aparentementecurável, mas não examína o organismo dodoente. Apenas é um lenitivo, um paliativo,quando se trata de uma situação difícil.
A,situação do lNPS é crítica, mas o presidente da instituição não pode dizer isto.
Ele apenas publica relatórios parciaisdos seus balancetes. Mas quem lá trabalhou, quem conhece a movimentação, a complexidade do serviço, sabe a luta da direçãoda autarquia para cumprir seus compromissos, quando tem no Governo o seu maiordevedor. O íncentívador da ampliação dassuas responsabilidades oferece-lhe novosencargos, mas não lhe dá o principal, queé a cobertura financeira, para que possacumprir suas verdadeiras finalidades. Oprojeto tem inteira procedência, pela SUafinalidade humana. O auxílio-natalidade,por exemplo. visa i, parturiente? Não, elevisa ao nascituro, à criança. E o que nóstemos no auxilio-funeral? O operário, otrabalhador, quando morre um dos seusfilhos, com idade inferior a 14 anos, às vezesnão tem condições de reunir o numeráriosuficiente para o custeio das despesas doenterro. Dai louvar a iniciativa do nobreDeputado Bezerra de Norões. Lamentoapenas que, dentro da legislação específica,na forma como vem sendo orientada a Comissão de ConstituIção e Justiça, não sejapossível a aprovação do seu projeto. Mas,de qualquer maneira, recebe ele os meusaplausos pela sua inteira procedência eoportunidade. Não fossem os aspectos negativos da situação difícil e crítica em que
se encontra o INPS, eu estaria aqui tecendo hosanas, louvando essa iniciativa, maisainda do que estou fazendo, para que oDeputado Bezerra de Norões continue trabalhando em benefício do povo. (Muitobem!)
O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama)- Tem a palavra o Sr. Antônio Bresolín,para discutir o projeto.
O SR. ANTôNIO BRESOLIN - Sem revisão do orador.) Sr. Presidente, Srs, Deputados, embora considerado inconstitucionalpela douta Comissão de Constituição e Justiça o projeto ora em discussão, quero trazer minha integral solidariedade ao Deputado Bezerra de'Norões pela patriótica iniciativa.
Todos sabem que nem sempre a doutaComissão de Constituição e Justiça - adespeito de seus integrantes merecerem nosso respeito e nossa admiração - tem andado acertada nos seus pronuncíamentos, Eumesmo, nesta Casa, tive oportunidade dedenunciar, reiteradas vezes, muitos atos praticados por esse colendo órgão técnico daCasa, em prejuízo dos interesses da comunidade. Por exemplo, os pro] etos que aquiapresentei, relacionados com a inclusão derodovias no Plano Nacional de Viação, projetos que não implicavam em aumento dedespesa para a União, projetos que, na Legislatura passada, com esta mesma Constituição que ai está, foram consideradosconstitucionais. Projeto semelhante de autoria de um eminente colega do Estado doParaná, o Deputado Maia Netto, da ARENA,foi considerado constitucional e aprovadoem todos os órgãos técnicos da Casa. Emaís: , depois de três projetos de minha autoria terem sido considerados inconstitucionais por essa douta Comissão, o último queapresentei, sem alteração de uma vir gulasequer, foi julgado constitucional pelo mesmo órgão técnico.
Não é uma crítica que estou fazendo, Sr.Presidente. Ao contrário, sempre que focalizo o assunto tenho procurado alertar aCasa no sentido de que é preciso que osórgãos técnicos da Câmara colaborem comos Deputados.
Esta Casa está esmagada, mutilada, e seseus órgãos técnicos não derem força àqueles Parlamentares que procuram abrir caminho para que se redemocratíze o País, elacairá, não pelas mãos dos militares, nãopelas mãos do Presidente da República, nãopelas mãos dos Ministros, mas pelas mãosdaqueles Parlamentares que deixam decumprir com o seu dever.
Não estou criticando a Comissão de Constituição e Justiça por ter ela também semanifestado contra esse projeto. Sou favorável a ele, sobretudo pela coragem que oDeputado teve em apresentá-lo, indo aoencontro de uma das mais justas reivindicações da população pobre da nossa Pátria.
Nós, que vivemos nesta Casa, não nos podemos lembrar do nosso eleitorado apenasàs vésperas das campanhas eleitorais. Sabemos do sacrifício, das dificuldades e doempobrecimento geral da Nação. Hoje jánão existe classe média no País; o que existe no Brasil são grupos econômicos formados pelos grandes tubarões que sugam osuor, o trabalho e o sangue de uma massaimensa da população brasileira espoliada,que vive à margem de todos os benefíciosda civilização.
E aqui está o que diz o autor do projeto,numa parte de sua justificativa:
"Um dos grandes problemas nacionaisainda é o da mortalidade infantil, problema esse que aflige justamente asclasses menos afortunadas, os assalaria-
_ Quarta-feira 8.. DIARIO no CONGRESSO NACIONAL (Se9ão If\Wi...
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PROJETON.o 477-A, de 1971
O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama)- A proposição a que se refere o pareceré a seguinte:
O Congresso Nacional decreta:
Art. l.0 Fica o Instituto Nacional dePrevidência Social (INPS) obrigado ao pagamento de um auxilio-funeral para o dependente menor de 14 anos do segurado.
Art. 2.° O auxilio-funeral de que tratao artigo anterior corresponde a um salário-mínimo vigente na localidade onde trabalhar o segurado.
Art. 3.<) Esta lei entra em vigor na datade sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.
O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama)"- Nos termos do inciso lI, do artigo 10,do Regimento Interno, concedo a palavraao Sr. Ildélio Martins. na qualidade de Líder da Aliança Renovadora Nacional.
O SR lI,DÉI,IO MARTINS - (Como Líder. Pronuncia o seguinte discurso) Sr.Presidente, Srs. Deputados, pela EmendaConstitucional n.O 1, de 17 de outubro de1969, incidente sobre a Constituição de 24de janeiro de 1967, considerou-se que, norecesso do Congresso Nacional, "a elaboracão de emendas à Constituição, compreendida no processo legislativo (art. 49, n,está na atribuição do Poder Executivo :Federal".
Todavia, nos seus próprios termos, aquelaemenda ponderou o seguinte, de interessedos Juízos e Tribunais do Trabalho:
"Considerando que a Constituição de24 de janeiro de 1967, na sua maiorparte. deve ser mantida, pelo que, salvo emendas de redação, continuaminalterados os seguintes dispositivos:. .. art. 133 e seus itens, seu § l.0, alíneas a e b e seus §§ 2.° a 5.°,..."
Dever-se-ia manter, assim, ressalvadasapenas emendas de redação. as normas, expressamente citadas, da Constituição de1967.
Mas, Sr. Presidente, quanto ao projeto oraem discussão, é ele flagrantemente inconstitucional. A matéria está enquadrada noart. 165 da Constituição Federal. Não é possivel ser aprovado, embora seu objetivo sejao melhor possível.
Ainda há poucos dias, tive ocasião de visitar, pela primeira vez, como Deputado, oPalácio Tiradentes, e lá encontrei todos oscolegas que estão fazendo o curso da EscolaSuperior de Guerra e que ali se reúnempara estudar. Tive a satisfação de conversar com todos eles, inclusive com o Deputado Severo Eulálio. Disseram-me que umproblema gravíssímo é o da mortalidadeinfantil. Realmente, ainda o é. Mas Já foimuito pior. Na época daquele a quem chamavam de "o pai de todos", a situação eramuito mais grave. Hoje, está delineada umasolucão. É só o Pais ir-se desenvolvendo,corno vai, graças a Deus, e esses problemasvão sendo solucionados. Não é possível corrigir-se, da noite para o dia, uma herançaterrível, como a que aí está.
Nunca se tratou de saúde pública em nossa Pátria. Os projetos eram feitos apenaspara serem lidos, nunca executados. Pelaprimeira vez está-se trabalhando com decência, com honradez, sem demagogia, engodo ou mentiras. Agora, querem que danoite para o dia surjam soluções, mas oGoverno não é milagreiro! Ele sabe ondepisa, e planeja, e executa. Vai caminhando
.._.Deputados do MDB e da ARENA. Ultima. muito nem na direção de elevar eada, vel1tmente tenho defendido a Comissão de Jus- mais o nosso País.
_tlça, da qual não faço parte, embora seja Recentemente, quando tive a. ventura. d&;bacharel. viajar pelo norte da África, acompanhando
Reconheco o trabalho desses ilustres e membros da Comissão Interparlamentar,dignos Colegas, que são sacrificados. É bom pude constatar o desejo que o povo dali maque se saiba: é uma Comissão que trabalha nifesta de conhecer a nossa Pátria e depela manhã, à tarde e à noite. A ela são saber Como se realizou o "milagre brasileiro".distribuídos inúmeros processos. Se alguém Não houve milagre, houve apenas maispensar que um parlamentar vai segurar os compreensão, mais dignidade, mais respetprocessos que tem para relatar, está enga- to com a coisa pública.nado. ~le é obri~ado a relatá-los. Qualq1!er Sr. Presidente, este projeto é ínconstítuque seja a quantidade e o assunto, eles t~m ciona!. Pela Iegíslação atual não há Comoque . ser estudados e re~at~d~~. :É uma ~n- aprová-lo. A idéia, porém é muito boa. ToJustIç.a d~zer <:!ue a Comtssáo levanta a rn- que um dia possa ser aprovado. (Mui_constítucíonalídade'' sob qualquer pretexto. :a~a ')Não é possível, Sr. Presidente. O que é in- em.constitucional é realmente inconstitucional; O SR PRESIDENTE (Fernando Gama)o que não o é, não o é mesmo. _ Não' havendo mais oradores inscritos.
Tenho assistido a algumas sessões da Co- declaro encerrada a discussão,missão de Justiça e tenho constatado o es- Vai-se passar à votacão da matéria.forco e a dedicaeão dos seus componentes. "Nessa Oomíssâo não se pode fazer política. O SR. PRIESIDENTE (Fernando. G_ama)Os projetos de autoria de companheíros de - Em votação o parecer da. Comls~ao .deBancada ou de membros da própria Co- Constituição e Justiça, pela íneonstítueíomissão são estudados com isenção, para nalidade do projeto.a12urar-se ada s~a constitucionalid.aÇl~ ou O SR. PRESIDENTE (Fernando r1~_~"nao. S Ex. 8 decId.err: apena_s como Ju.rIsta~, _ Os Srs. que o aprovam queiram ficaJ!lllconhecedores do DIreIto,. e nao podem írirluír como estão. (Pausa.)para dar parecer favorável,
O nobre Deputado Antônio Bresolin dís- Aprovado.se, há pouco, que esta Casa vai abaixo se Vai ao Arquivo.não mudar a mentalidade da Comissão deJustica. Esta Casa não vai abaixo, não: elaé o esteio da Democracia, e, enquanto houver Parlamento, estará havendo Democracia, e os parlamentares estarão exercendosuas funções, trabalhando no novo sistemaimplantado.
Não há de ser pelas injustiças que se fazem aos membros da Comissão de Constituição e Justiça que vai abaixo esta Casa.Eles agem na qualidade de juristas, de intérpretes do texto constitucional. Tenhovindo várias vezes a esta tribuna para defender os companheiros parlamentares quefazem parte da Comissão de Constituiçãoe Justiça. Lá, o que é constitucional passa.Não é preciso o autor do projeto movimentar-se. Mas o que é inconstitucional nãoadianta ninguém se mexer porque não passará.
dos. Daí a virtude do projeto: Proporcional aos segurados do INPS os recursosnecessários ao sepultamento de seus dependentes, quando falecerem até. a faixa etária dos 14 anos. Se o nascimentode mais um filho sempre é motivo depreocupação para os assalariados, adoença e o falecimento desse dependente causam, talvez, maior desequilíbrio ainda no orçamento doméstico."
Essa é a verdade.Dá outro fato que precisa ser destacado
8qul. :É que os nossos Institutos de PrevidêNcia Social não correspondem à propa~anda do Governo. Quando ando pelo ínte1'ÍOl', vejo nas cidades do meu Estado, e creioque em todas as cidades do Brasil isso seYerifica, edifícios luxuosos construídos como aacrifício dos trabalhadores, para o funeionamento das instituições de previdêncialI()eial. E fico espantado com aquilo queessas instituições, depois, distribuem em fa'IOf" dos associados. (Muito bem!)
O empobrecimento é uma grande realiC!tlde, Sr. Presidente. Ainda há pouco li umlfvro fabuloso, de urna das maiores autorídanes do Brasil neste particular, o escritoro1osué de Castro, intitulado "Sete palmosde terra e um caixão", onde o autor conta- e está comprovado - que em muitascidades do Norte e Nordeste do Brasil, aindahoje, em cada mil crianças que nascem 500morrem. Existem no Norte e Nordeste doBrasil - e vi com meus própríos olhos :muitos cemitérios que parecem jardins. É ocarinho dos pais que se faz presente, plantando flores e árvores para aquelas crían~as, que recém-desabrochando para a vida,perecem por falta de assistência e por faltade alimentação.
E nós, que somos os porta-vozes do povonesta Casa, diante de um projeto desta natureza, não podemos aceitá-lo, porque adouta Comissão de Constituição e Justiçase manifestou contra.
Não podemos silenciar diante deste dramahumano que temos diante dos olhos, diantedaquilo que se passa na nossa pátria.
Era o que tinha a dizer. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE (Fernando 'Gama) Tem a palavra o Sr. FloLim Coutinho(l'ausa.)
Não está presente.O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama)
Tem a palavra o Sr. Célio Marques Fernandes, para discutir o projeto.
O SR. CÉLIO MARQUES FERNANDES (Sem revisão do orador.) Sr. Presidente, nobres srs, Deputados, o projeto do nobre.Deputado Bezerra de Norões, em discussãoneste Plenário, serviu até agora para criticas violentas ao Governo. Um ilustre Deputado favorável ao projeto disse que o INPSestá falido, E, se está, com mais razão nãopoderá atender ao que o ilustre DeputadoBezerra de Norões solicita no projeto. E háque considerar que o nobre autor do pro;Jeto não indicou o custeio para atender afinalidade da sua proposição.
Outro Deputado, meu particular amigo,do Rio Grande do Sul, chegou a tecer íoasaos cemitérios verdes que existem por esteBrasil a fora. Existem poucos cemitériosverdes - quase todos são de concreto armado. :É verdade que os administradoresestão lutando para construir cemitériosverdes.
Mas nada disto tem relação com a idéiamuito boa do autor do projeto, que estabelece auxílio-funeral para o dependente menor de 14 anos. Tivesse amparo legal e seuprojeto seria realidade. Querem atacar aComissão de Justiça, constituída de dignos
Agosto de 19'73
Efetivamente, tanto se diligenciou na LeiMaior originada dessa Emenda n.O 1, salvo,surpreendentemente, em relação ao díspôsto na letra b do § 1.0 do art. 133, daSecção VII - dos Juízos e Tribunais doTrabalho, do Capítulo IV - do Poder Ju-dícíárío. .
Interessando a essa mesma Secção VIIque estas nossas considerações particularizam foram mantidas íntegras e com aredação original as disposições do art. 133,do seu § 1.0, da letra a deste e dos seus§§ 3.°, 4.° e 5.°, as do § 1.0 do art. 134 eas do art. 135.
. Essas disposições, com os respectivos parágrafos cuja quantidade foi mantida, passaram às Constituições resultantes daemenda 1 e das 2 e 3, a art. 141, art. 142 eart. 143, respectivamente.
Emendas propriamente de redação foram introduzidas no § 2.0 do então art. 133,agora 141, em que se suprimiu o termo"elas"; no então art. 134, agora art. 142,em que se suprimiu a expressão "regidaspor lei especial" aditando-se a intercalada"mediante lei", depois da expressão "em.pregadores e", e substituída a expressão"as demais" pelo termo "outras"; finalmente, aditou-se a expressão "dos Estados,do Distrito Federal e dos Territórios" aoentão § 2.0 do então art. 134, agora art.142, complementando-lhe pleonasticamenteo sentido.
Sem esforço, entende-se que se operou aíapenas um trabalho redacional elucidativo desde que o princípio estabelecido emcada uma das normas atingidas não sofreu qualquer restrição ou ampliação, mantendo-se íntegro como o preconizado, opretendido e o deliberado nas considerações vestibulares das emendas constitucionais referidas.
Todavia, em relação ao disposto na Ietrab do § 1.0 do então art. 133, agora art. 141,não- se operou simplesmente uma emendade redação se não que se atingiu o cerneda norma. introduzindo-se modificaçãosubstancial no seu sentido e no seu alcance.
De faro, a redação original se expressava nos termos seguintes:
"art. 133....••......•.................
a)
b) seis clasststas e temporártos, em representação paritária dos empregadores e dos trabalhadores, nomeados peloPresidente da Repúhlica. de conformidade com o que a lei dispuser".
Não obstante o comando vestibular desua mannten-ão, a norma em estudo passou a figurar. na Constituicão de 17 de outubro de 1969, com a redação seguinte:
"Art 141. , ....•
§ 1.0 •••••.....•.................•....
a)
b) seis classistas, em representaçãoparitária dos empregadores e trabalhadores, nomeados pelo Presidente da República, de conformidade com o que alei dispuser e vedada a recondução pormais de dois períodos" (grifei).
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção n
Esta parte final, grifada, desatavia anorma das lindes traçadas no preâmbuloda Constituição que não desejou mais quemanter o princípio estabelecido no entãoart. 133, § 1.0 b, ressalvadas apenas emendas de redação·
Mais que simples emenda de redação, oaditamento altera o sentido primitivo danorma que não oferecia nenhuma restriçãoao direito de o Presidente da República, porinteresses maiores do Governo ou da Justiça, reconduzir o representante classista.
Além do mais, a alteração operada, situando em dissonância evidente o dispositivo alterado e o preâmbulo da Constituição, fermenta vício de técnica legislativa, importunando a melhor aceítacâo danorma alterada. .
O preâmbulo das Oonstrtuiçoes - e astêm tantas entre nós como as de outrosmundos - não é simples adorno ao diploma na mera explicitação do que se pre-tende. -,
Reflete força vinculativa entre o seu comando e o texto resultante, consubstanciando, com este, uma unidade índecornponível, obrigando. no interesse da sustentação desta, uma perfeita sintonia de um ede outro na realização de um sistema capaz de eficácia e bastante à realização dosfins superiores previstos.
Ou não haverá condições de permanência nem de um nem de outro.
Certo que a essência finalística de todoo teor constitucional há de derivar, na hipótese, do que se definiu no seu preâmbulo, que revela o resultado a atingir, condicionando a depuração hermenêutica.
A tradição legal, no caso, como elemento'histórico de valor hermenêutico, põe-se emharmonia com o preâmbulo da Constituição de 69, que não opôs a restrtção depoisintroduzida no texto da disposição do então art. 133, § 1.0, b, que fora mandadaconservar, ressalvadas apenas emendas deredação.
Buscando subsídios em exato parecer inédito de Frederico Marques, aí encontramosos ensinamentos de Georges VedeI sobreque -
"Le Préambule... fait partie integrante de la Constitution et a, au minímum,une valeur [urldíque égale a celle-cí"(Manuel Eiémentaire de Droit constítutionnel, 1!'45, pág, 326).
Desse pressuposto VedeI conclui, em ci-tação no mesmo autorizado repositório:
"Le juge eompetent peut connaitre desreglemenis et des décisions pris par lepouvoir executif ... devrait se refuser àreconnattre eomme réguliers les réglements ou decisions víolant Ies droítsgarantis par 1E~ Préambule" (pp, 327L
Na mesma linha de pensamento e externando o convencimento de que o preâmbulode uma Oonstítuíçâo participa da sua natureza, La Ferriêre, também invocado pelojurisconsulto paulista, pontifica:
"Au même títre que les autres díspositions de la constítutíon, celles du Préambule constituent des régles positivesde Droit, ayant valeur constítuttonnelet lient le legislateur ordínaire" (JullienLa F'erriêre - Manuel de Drolt oonstítutíonnel, 1947, pago 964>-
Assim alicerçado em argumentos que senão contradizem na doutrina e encontramressonância nos publíeístas nacionais (Pontes de Miranda - Comentário à Constitui~ão de 1946, edição de 1960, vol II306; Francisco Campos - Direito Constitucional,
Quarta-feira g 4621
1956, vol. lI/63; oroztmbo Nonato, apudJoão Mendes Neto - Rui Barbosa e a Lógica Jurídica, 1949, pág. 112), conclui Frederico Marques as suas considerações, com[urídícídade irrefutável:
"A escolha dos ministros classistas deveser regulada em leí, conforme estatuia própria Constituiçao. Por isso a Constituição manteve no "preambulo" o texto antigo, e traz este com um plus, nocorpo de seus preceitos lançados em artigos, a fim de ser inserto na futuralegislação sobre o assunto."O acréscimo contido no art. 141, § 1.0 ,
b, tem caráter programático, o quesignifica que "eu objetivo é o de "provocare una attività legislativa che venga a disciplinare, questa ... matéria (Vezio Crisafulli, "La Constituzione e lesue Dlspcsízionl di Principio, 1952, pg.45). Enquanto não promulgada a leireguladora do assunto, vigora a regrado "preâmbulo", isto é, a do art. 133,§ 1.0, b, da Constituição de 1967, aliexpressamente mantido e declaradoInalterado."Se desse modo não se entender, persistirá a divergência e contradição dosmandamentos constítucíonaís - o queé absurdo e in admissivel."Assim sendo, entendo que não se aplica à recondução de ministros classistasem exercício, a restrição proibitiva doart. 144. § 2.° letra h, da Constituiçãodo Brasil, e sim, deve aplicar-se paraeles, a regra do art. 133, § 2.°, letra b,da Constituição emendada, tal como odeterminou o 'preâmbulo', da EmendaConstitucional n.? 1, de 17 de outubrode 1969."
Por seu turno, com apoio em Carlos Maximiliano, o não menos autorizado jurisconsulto Alcino Pinto Falcão, frente à autonomia em estudo, conclui, também em parecer inédito:
"Na e..pécíe, concluindo que o acréscimo vale mero conselho para o legislador ordinário" não tendo força paraalterar o statu quo determinado no'preâmbulo'. Apenas, como o texto primitivo já previa uma regulamentaçãopela lei ordinária, esta, quando vier aser elaborada, poderá ou deverá admitir a proibição. Até lá, o adendo nãoé auto-executável, não vale norma cogente, pois então se estaria face a umacontradição irredutível no mesmo diploma, o que não pode ser, por implicar em "a eliminação recíproca deambos os textos"; "nenhum deles seaplica ao objeto a que se referem" (op.cít., pág. 170)."
Urge, pois, harmonizar o texto constitucional, com o seu perâmbulo para que, naadvertência de Carlos Maximiliano, não seincorra na censura de Bacon - torquereIeges ut homines torquent (torturar as leisa fim de causar torturas ao homem).
Outro tema de relevância com vistas auma tranqüila interpretação do Direito doTrabalho exsurge da confrontação das disposições dos arts. 110 e 143, ambos da Constituição.
O art. 143 cínde o critério de admissibilidade dos recursos para a Corte Supremainscrito no art. 119 da Lei Magna, sublinhando de írreeorríbílídade as decisões doTribunal Superior do Trabalho, "salvo secontrariarem esta Constituição, caso em quecaberá recurso para o Supremo TribunalFederal".
Confere-se, desta forma, uma auto-suficiência à suprema instância trabalhista, emdesalinho com a sistemática 'que o art. 119
411~O Quarta-feira S DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Acosto de 1973
eonstítucíonal buscou traçar em prol dadignidade do Direito e no sentido de evitar-fue distorções que Ihe desmereçam oeonteúdo e lhe contraditem o vigor normativo.
:É que, com a reforma administrativa e aextensão da lei do trabalho às contrataçõespara o exercício de funções públicas, ostribunais e juízos do trabalho já não monopolizam o trato hermenêutico do direitolaboral nem neles se confina a competência inserta no art. 142 da Constituição.
Já agora, o novo direito se estende, por/ mercê do art. 110 da Lei Magna, aos litigios
decorrentes das relações de trabalho dosservidores com a União, inclusive autarquiase as empresas públicas federais, qualquerque seja o seu regime jurídico, definindose para tais litígios a competência dos juízes federais com recurso para o TribunalFederal de Recursos.
Um só Direito, um mesmo complexo denormas sujeito ao tratamento hermenêutíco de juizos de jurisdições distintas, expondo-o, potencialmente, a interpretações conflitantes, em divergências que podem fazerpericilitar a autenticidade da norma, a impor a intervenção revisional do SupremoTribunal Federal, na sua missão especificade ditar ao Direito a exatidão do seu sentido.
Desajustam-se, indiscutivelmente, as prescrições legais em estudo, as do art. 110 eas do art. 143 que se alinham, paradoxalmente, no mesmo conteúdo constitucional,afrontando as finalidades superiores tradicionais do recurso extraordinário.
Esse paralelismo que se vai estruturandona interpretação das normas trabalhistasaborrecem a tranquílldads jurídica e a segurança das relações que se movimentamno seu âmbito de atuacão e de normatíví-dad~ .
A restrícão que sutoca as decrsoes dOSjuízos e tribunais do trabalho obstando oacesso ao Supremo Tribunal Federal nãoalcanea o Tribunal Federal de Recursos,cujos 'litígios que lhe chegam por via doart. 110 têm abertas as vias do recursoextraordinário, observados os mandamentosconstitucionais que lhe são peculiares.
Uma disparidade processual que tambémnão se justifica.
Impõe-se, no particular, uma providência que nivele, em coerência necessária,as sítuacões Y'ersadas nas normas constitucionais 'aqui objetivadas.
COmo bem orientado espírito ue colaboração, à consíderacão de S. Ex.a, o Ministroda Justiça, jurisconsulto de grandes méritos. (Muito bem! muito bem! Palrnas.)
O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama)_ Nos termos do inciso n, do art. 10, doRegimento Interno, concedo a palavra aoSr. Alceu Collares, na qualidade de Líderdo MOvimento Democrático Brasileiro.
O SR. ALCEU COLLARES (Como Líder,pronuncia o seguinte diIlCUl'SO.) Sr. Presidente, Srs. Deputados, o anunciado Planode Valorizacão do Servidor Público brasileiro, consubstanciado nas diretrizes estabelecidas pela Lei ri.? 5.645, de 10 de dezembro de 1970, constituiu-se, para o funcionário público, numa grande esperançade amenizar a triste e desesperada situaçãoem que se encontra em face da desatualização de seus vencimentos. Contudo, a morosidade na implantação da nova sístemátíca, transformou em amarga frustração.
Embora o GOverno tenha anunciado queo ano de 1972 seria o Ano do FuncionárioPúblico, estamos nos aproximando do termodo ano de 1973 e a valorízação, proríssíona-
lízação e dignificação do servidor públicoainda não passaram do papel, dos organo
.gramas, da fase eminentemente teórica.Praticamente, nada foi feito ainda.
Entrevistas e mais entrevistas foram concedidas, nas quais se dizia ser chegada aredenção do servidor público brasileiro;planos e mais planos, foram elaborados.Mas, na realidade, de concreto quase nadaexiste, e o servidor público continua percebendo vencimentos que lhe nâo permitemum padrão de vida à altura da sua contribuição para o' funcionamento da máquinaadministrativa do País.
Em 1960, o pessoal civil da União teveum Plano de Reclassificação de Cargos,igualmente anuncíado como o instrumentode salvação do servidor público. Ocorre queaté hoje ainda não foi totalmente implantado e não o será mais, em face da suaextinção pela. Lei n,v 5.645/70. Milharesde processos de readaptações ficaram semsolução. Isto significa que milhares de servidores em desvio de funcões não viram enão poderão ver seus direitos reconhecidos.
O Plano de Valorízacão do Servidor Público brasileiro é de tal complexidade, faztais exigências para a transposição outransformação dos atuais cargos para osnovos planos que a sua implantação definitiva demandará muitos anos. Enquantoisto, os servidores públicos permanecerãorecebendo os vencimentos irrisórios que osestão levando ao desespero.
A exigência de prova seleuva para osatuais ocupantes dos cargos do plano previsto pela Lei n.o 3.780/110, com a finalidade de apurar o grau de escolaridade ea habilitação profissional para o exercíciodas atividades das novas categorias funcionais, é medida altamente injusta parao funcionário público brasileiro que, há dez,quinze, vinte, vinte e cinco, trinta ou maisanos, já vem desempenhando as funçõescorrespondentes a determinados cargos.
Pois bem. Agora, quando se deseja valorizar o servidor, dele se vai exigir que sesubmeta a prova seletiva competitiva específica, de caráter eliminatório, como se nãobastasse os anos de desempenho das suasatividades. É lógico que servidores idososcompetentes é verdade, mas massacrados,muitas vezes, por rotinas administrativas- encontrarão dificuldades para satisfazeras exigências da prova seletiva. Os que nãoforem aprovados, permanecerão no atualquadro, que será considerado suplementar.
O Jornal do Funcionário, edição de 30de janeiro, noticia o "treinamento maciçode pessoal nas repartições e comenta apreocupação de alguns técnicos do DASPquanto à possibilidade de imediata execução dos novos planos.
Técnicos do próprio DASP acreditam queo processo de valorização, dignificação eprofissionalização do servidor público serálento e gradativo, não havendo qualquerpossibilidade de ser completado nos próximos dois anos. Justificam a sua apreensãopor dois motivos essenciais:
1 - Posição do Ministro Delfim Neto, daFazenda, contrária a elevação de despesacom o pessoal civil;
2 - Complexidade do sistema de implantação do novo Plano Classificado de Cargosaliada à falta de pessoal especializado nosministérios e autarquias federais."
Até agora o Plano de Valorização uo tlervídor Público só é realidade para o GrupoDiplomacia, assim mesmo beneficiandoapenas partes dos servidores do Ministériodas Relações Exteriores. Tal política, comoaconteceu com o tempo integral, criou des-
níveis' e distorções salariais profundas, desestimulantes e injustas. .
Observa-se que por melhor tenha sido a·intenção do GOverno ao recomendar aoDASP estudos com a finalidade de dignificação do servidor público federal, esse De-'partamento, como sempre, teorízou de talmodo que a execução dos novos planos declassificação de cargos, esperança dos servidores, transformou-se numa amarga decepção.
O Diretor do DASP, em entrevista a jornais do Pais, garante que ainda no anode 1973 sairão o Estatuto e a Classificaçãode Cargos. Não acreditamos que isto venha.a ocorrer. Quando apenas o Ministério deRelações Exteriores enquadrou o Grupo Diplomacia, não é de se esperar que todosos demais .mínístéríos e autarquias possamainda este ano concluir seus planos classificados de cargos.
Essa demora está causanoo ao servidorpúblico frustração das maiores, A COnstituição de equipes técnicas de alto nível,encarregadas da classificação do pessoalcivil; aprovação de tabelas de organização elotação; preparação de orientadores paratreinamento do pessoal; realização de provas seletivas e finalmente transposição outransformação dos cargos para Os novosplanos implicará muito tempo para a suaimplantação definitiva.
A realidade do servidor é dura, cruel etremendamente injusta. Ele não tem condições de esperar mais. A perda de seupoder aquisitivo é fato público e notório.Em apenas 12 anos, de 1960 a 1972, o servidor público sofreu uma perda de poderaquisitivo na ordem de 45% em relação àscontínuas elevações do custo de vida (admitindo que os dados sobre o custo de vidafornecido pelo Governo estejam corretos),Portanto, faz-se mister uma providênciaconcreta do Governo: ou determina que osórgãos de pessoal concluam seus trabalhosaté o fim do ano, para implantar o novosistema, a fim de que o servidor seja melhor remunerado, ou, então, será obrigadoa revisar a estrutura de vencimentos dopessoal civil da União, objetivando reajustá-la a realidade atual.
O que não é possível nem JUSto e ueixaro servidor público brasileiro com os atuaisvencimentos.
Do Servidor do ex-DCT
Qual a situação dos servidores do ex-DCT,hoje colocados à disposição da EmpresaBrasileira de Correios e Telégrafos?
A legislação que criou a ECT prevê afaculdade de a empresa selecionar entreos servidores do ex-DCT aqueles que julgarcapazes para o exercício das suas funcões.Seria uma espécie de triagem que a ECTfaria para determinar quais os funcionáriosque lhe interessariam. Após esta providência, surgiria, então, para o funcionárioselecionado o direito de opção, ou seja, sequiser passaria para a condição de empregado da ECT, regido pela CLT, computandoseu tempo de serviço público para fins deestabilidade e aposentadoria. Como atéagora esta providência não foi tomada pelaECT, em que situação ficam os funcionáriosdo ex-DCT? O Telegrafista, o postalista, oAgente Postal, o Oficial de Admlnístração,o Escriturário, o Datilógrafo, o Tesoureiro,o Carteiro, o Mensageiro, ° Auxiliar deTráfego Postal e Telegráfico, o Condutor deMalas, o Guarda-Fios, etc., algumas dasmuitas categorias funcioD91o do ex-DCT,em que situação ficarão?
A ECT, através da firma Boucínhas, Campos, Cooper & Lybrand Itda., está elaborando o Plano de Cargos e Funções da Empresa
'Arosto de 1973 'DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quarta-feira 8 4031
. e o Plano Classificado de Cargos dos funcionários colocados à sua disposição.
Pela Lei n. o 5.645/70, rodo o servidor público brasileiro será beneficiado pelos novosplanos classificados de' cargos. Portanro,entendemos que cabe ao Ministério das Comunicações tomar as providências, se é quejá não as tomou, no sentido de elaborarpara o pessoal do ex-DCT, enquadrados nanova sistemática, o plano preconizado. AECT, se desejar, que realize a seleção e ofereça aos funcionários o direito de opção. Oque não se pode é deixá-los na incertezaquanto a sua situação funcional.
Do AposentadoAs diretrizes para os novos planos clas
sificados de cargos não previam o enquadramento dos aposentados do servíçó público civil da União, mesmo porque num planoclassificado de cargos a avaliação destes éimpessoal e objetiva, mas em que situaçãoficariam os aposentados?
Que tratamento seria dispensado àquelesque deram boa parte de sua existência suacontribuição para o perfeito funcionamentoda máquina administrativa do País?
Permaneceriam percebendo proventos correspondentes aos padrões do atual Planode Classificação de Cargos, sem qualquerreajustamento?
Considere-se ainda que os aposentadostiveram seus proventos rsaustados em proporções inferiores às majorações ocorridaspara o pessoal em atividade. Tal fato ocorreu duas vezes, levando um prejuízo de 9%(nove por cento) no seu total aos aposentados. Há parecer governamental reconhecendo a irregularidade e determinando asua correção.
Pelo Decreto-lei n,v 1.256173, em seu ar-tigo 10:
"Art. 10. Os servidores "'!lu"entaausque satisfaçam as condições estabelecidas para transposição de cargos no decreto de estruturação do Grupo respectivo, previsto na Lei n.? 5.645, de 10 dedezembro de 1970, farão jus a revisão deproventos com base nos valores de vencimento fixados no correspondente Plano de Retribuição."
Constata-se que o Governo esqueceu oaposentado em todos os demais diplomaslegais que tratam da classificação de cargos"e que procurou corrigir a falha no Decreto-lei n.? 1.256/73, todavia, exige do aposentado que satisfaça as condições previstasna Lei n.O 5.645170.
Diz a Lei n.o 5.645/1970, em seu art. 9.°:"Art. 9.° A transposição ou transformação dos cargos, em decorrência dasistemática prevista nesta lei, processar-se-á gradativamente considerandose as necessidades e conveniências daAdministração e quando ocupados, segundo os critérios seletivos a seremestabelecidos para os cargos integrantes de cada Grupo, inclusive através detreinamento intensivo e obrigatório."
Ora, convenhamos que o DASP faz uma'solene confusão. Inicialmente não incluiu oaposentado. Agora, o inclui, mas exige queele satisfaça as condições estabelecidas paraa transposição de cargos aos novos planosde classificacão, isto é, prestação de provas seletivas.
Em ciência de admínístracao recomendase que uma classificação de cargos deveser impessoal e objetiva, e logicamente deveconsiderar os cargos em si, suas funções, ograu de complexidade e de responsabilidadede cada uma, o nível cultural exigido para
o seu desempenho, mas o aposentado nãoocupa mais cargo público. Quando ele seaposenta deixa o cargo que ocupara durante sua vida funcional. Com a aposentadoria extingue-se a vida runctonal do servidor público.
Como imaginar-se que o DASP possa exigir do aposentado que objetivamente satisfaça aquelas condições da Lei n.? 5.645,de !970? Que espécie de transposição ocorrera no caso do aposentado, se ele nãoocupa mais cargo público'?
O jUBtO é conceder-se ao aposentado osbenefícios do plano de retribuição previstono Plano de Classificação de Cargos, comosempre ocorreu, nunca exigir dele a prestação de qualquer prova seletiva, mesmo porque não há conveniência nenhuma parao Governo em saber se o aposentado temou não condições de habilitação profissional, pois, está aposentado. A medida queos grupos ou categorias funcionais fossemsendo enquadrados -na nova sistemática,deve-se estender ao aposentado o plano deremuneração.
Deixar o aposentado sem os benefícios pecuniários da nova sistemática a ser adotada é injusto; exigir-se provas para a me- .lhoría de seus proventos é absurdo; tratardo aposentado num plano classificado decargo como se ele ainda ocupasse qualquercargo é incompatível COIlll a melhor ciência de administração, enfim, aí está o Decreto-lei n.O 1.256/1973 pedindo que o aposentado satisfaça as condições estabelecidas para a transposição ou transformaçãode cargos, na conformídade do que estipulaa legislação em vigor.
O Sr. Joel Ferreira - Nobre Deputado,hoje ser funcionário público neste Pais éuma desonra, porque ele está colocado naposição de páría , Nenhum funcionário público, em termos normais, tem condições deviver no Brasil, Normalmente, o funcionalismo público federal aleança até o nível18, que é o mais alto. De!pois, há mais quatro níveis técnicos, cujos, vencimentos nãochegam a Cr $2.000,00. Qualquer apartamento em Brasília, de dois quartos, é alugado por quantia superior a esta. Não ganha pois, um funcíonárío 'para pagar acasa que deveria morar. Como pode mantera sua família? Refiro-me a funcionários dealto nível, do nível 18. Sou funcionário público há mais de vinte anos e sou nível 17.Não teria condícões de morar nem numsubúrbio do Distrito Federal.' O Governofala há mais de um ano no novo Plano deClassificação de Cargos a que V. Ex.a serefere. Mas é mais fechado do que umaLoja Maçônica: ninguém sabe de nada.Poderá até vir alguma melhoria para ofuncionalismo, mas, quem sabe realmente?Sei que um documento especializado e técnico, realmente, requer um tempo razoávelpara a sua elaboração. Todavia, já é demais o tempo gasto para a conclusão donovo Plano de Classificação de Cargos. Espera-se que até o final deste ano chegue aesta Casa o plano para que possa ser votadopor nós e pelo Senado Federal, a fim dedar ao funcionário uma condicão melhor.Infelizmente. diz V. Ex." para' que muitosdesses funcionários tenham melhorias nosseus níveis terão de se submeter a testes oua provas. A maioria deles, funcionários jácansados e alquebrados pelos anos, não sesubmeterá, por certo, a essas provas. E assim sendo, serão mantidos nos níveis atuais.Para eles, pois, a melhoria não chegará;mas somente para os mais novos que seatrevam a se submeter a provas e testesque lhes possibilitarão a melhoria dos seusvencimentos. Para concluir: enquanto ofuncionalismo público t:iver Como patrono- como se sabe - um homem como o Sr.Ministro da Fazenda. dificilmente poderálevantar a cabeça. Não advogamos para o
funcionalismo privilégios, mas uma condição em que possa pelo menos viver. Nãohá quem possa, com seriedade, justificarque qualquer funcionário, hoje, em termos normais, ganhe para comer. Estou citando exemplo concreto e até pessoal. Sounível 17. Meus vencimentos não passariamde Cr$ 1.100,00 por mês; e um aluguel decasa no Distrito Federal não está inferior ac:r$ 1.500,00. Quero que alguém, com serledade, diga que os funcionários públicosbrasileiros podem viver com os salários queganham.
O SR. ALCEU COLARES - Fico grato aV. Ex.a pelo aparte que veio enriquecer opronunciamento que estou fazendo. Efetivamente, a situação do servidor públicodo País é conhecida por todos. O Governotem ~ela amplo e profundo conhecimento.Se nao tomou providência no sentido deminimizar essa situação de desespero, foip<!rque não quis. Sempre que se ocupa estatrtbuna para se tecer quaisquer comentáriosa reBpei~ . da situação do funcionário públíco. veríríea-ss a necessidade de uma comparação, que deve ser feita COm os vencimentos de outras categorias de servidorespúblicos ou de milítares. A verdade verdadeira é que não se pode dissociar asclasses brasileiras: a verdade verdadeira éque algumas classes estão ganhando razoavelmente bem. Quando procuramos comparar os vencimentos do servidor públicofederal com os dos militares, nunca, jamaisestaremos afirmando que os militares estãóganhando muito, que vivem nababescamente ou que percebem em excesso. Absolutamente. Eles ganham o razoável para teruma vida decente, na proporção da responsabilidade de suas funções. Acontece queos ?emais servidores do Pais foram margíJ?-ahz~dos pelo Governo. O tratamento é quee desigual, o tratamento é que é injusto, otratamento é que é discriminatório, que nãomerece o aplauso de nenhum representantepopular. Os militares não ganham demais:ganham o razoável. Os outros é que ganhammiseravelmente pouco
O Sr. Pedro Lucena - Nobre Deputado, V.Ex." defende muito bem o funcionário públ~co neste momento, como sempre o temfeIto desta tribuna. V. Ex." esclarece à Nação a situação vexatória por que passa otuncíonárío público quando vai submeter-sea testes a fim de, assim, poder perceber ummelhor vencimento. V. Ex." citou que funcionários com 20, 30 anos - e não só essesmas os funcionário~ com 20, 30, 40, 50, 60anos, por quanto ha também os aposentados - vão submeter-se a esses testes. Háaqueles que envelheceram no serviço público, hoje já sem condições até de conversar, uns esclerosados, outros na senllítude, sem nenhuma condição de se movimentar, que, para poder obter um aumento devencimento nessa reclassírícacão que se vaifazer, terão de se submeter a testes. 11: amaior injustiça que se comete ao funcionário público, é uma sttuacão vexatória de'éalamidade ou de fome. > Quando usei hápouco tempo essa tribuna, no Pequeno Expediente, defendi a pretensão dos militaresaposentados, que me pediram solicitasse aosMinístros militares a extensão da gratificaçao que os seus colegas da ativa vêm percebendo, no valor de Cr$ 400,00 ou Cr$ ....500,00 mensais, para aquisição da casa própria. Fiz a solicitação e pedi que a gratificação fosse estendida também aos funcionários públicos civis, a fim de que estes tivessem igual possibilidade de adquirir casaprópria. Quando percorri, no recesso parlamentar, as vilas construídas pelo IPASEpara os funcionários públicos, vi inúmerascasas fechadas porque os seus adquirentesnão podiam pagar as prestações. Os militares têm condições de residir, enquanto osfuncionários civis não podem continuar nasvilas para eles construídas, porque não têm
.32 Qual'ta-felra 8 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)' Agosto de 1973
eomo pagar as prestações, pois muitos delesrecebem apenas Cr$ 200,00- ou Cr$ 400,00..Disse, no Pequeno Expediente, que inúmerascrianças me vieram pedir esmolas paracomprar um pão, porque os funcionáriospúblicos civis estão passando fome. Citei,
.,como exemplo, um carteiro com 12 filhosque não dispõe de recursos para sustentarsua família. Este complemento à brilhanteexposição de V. Ex.a tem por objetivo pediruma gratificação para essa classe que hojevive completamente abandonada e a cadadia vê cair o seu padrão de vencimentos, secomparada a outros funcionários públicos,os militares, aos quais foi realmente feitojustiça, recebendo o que merecem, enquanto o Governo se esqueceu do funcionáriopúblico civil, considerado páría da nossasociedade.
O SR. ALCEU COLLARES - Nobre colegaduas vezes - colega como funcionário doex-DCT e colega na condição de Deputado-·lastimavelmente não temos o poder decisório, nem nós, nem os nossos colegas daAliança Renovadora Nacional. Se tivéssemos, tenho a impressão de que haveria anecessária sensibilidade para, pelo menos,suavizarmos a situação em que vivem milhares e milhares de brasileiros que, ao longo da sua existência, prestaram e vêm prestando relevantes serviços à máquina administrativa brasileira.
Outro dia, ao visitar a cidade de SantaMaria, fui a uma repartição onde, a propósito do Plano Classificado de Cargos, faleide minha desesperança quanto à sua implantação imediata em face da complexidade, do teorismo em que se baseou o DASPpara 'a sua execução. Senti a revolta de umafuncionária que me perguntou: "E V. Ex.as,o' que fazem no Congresso Nacional?" Ora,imaginem que há gente lá fora pensandoque decidimos aqui dentro. É impressionanteque haj a uma faixa da população que aindaalimenta 'esperanças em nós, Deputados,como se pudéssemos, realmente, decidir,como se a nossa tarefa não fosse só esta,denunciar, discordar, censurar desta tribuna, às vezes até nem encontrando ressonância do Partido da Situação, pois, docontrário, tenho certeza de que as Lideranças levariam ao conhecimento do Governoo que aqui se fala, o que aqui se diz, 'porque aqui se refletem os anseios e a opiniãodesta parte do povo brasileiro.
As vezes ficamos na tribuna horas e ho'ras, observando do lado de lá um silêncioprofundo que nos deixa até a imaginar queestejamos - quem sabe - a utilizar a tribuna de forma ímperttnente, inoportunae intempestiva. Mas não é isso. Os companheiros da Aliança Renovadora Nacional,como nós, também não podem fazer nada.Estamos confinados no Congresso Nacional.A nossa palavra, a nossa critica, a nossadenúncia, o nosso protesto raramente, outalvez nunca, chega aos ouvidos do Gover-,no,
Por isso, Sr. Presidente e Srs. Deputados,apenas por um descargo de consciência, estou na tribuna para descrever o que se vê,o que' se observa, o que se constata cotidianamente no seio do servidor público brasí
·leiro: a situação de angústia, de, constanteaflicão do homem que trabalha para oGoverno e o Governo não lhe paga aquiloque ele merece. Isto me parece até infamante, a espoliação do honrem pelo próprioGoverno não me parece justa. Quantos equantos funcionários' chegam aos exteremosda desesperança, saem de casa tristes evoltam mais tristes para sua resídêncta;porque sabem que vão encontrar nos seuslares um elenco de problemas sem solução,pois ao cabo do décimo, do décimo quinto,do vígésímo dia da data em que eles receberam seus vencimentos não têm mais com
.que atender aos seus familiares, não têmmais recursos financeiros, não têm de ondetirar dinheiro para satisfazer as despesas'para a manutenção da sua família. E éjusto isso? E-é humano isso? E é cristão umtratamento dessa espécie? Com muito prazer concedo o aparte ao nobre DeputadoJG de Araújo Jorge.
O Sr. JG de Aratijo Jorge - V. Ex.a. estámais uma vez focalizando problema sobreo qual tantas vezes temos feito aqui referência. Uma expressão de V. Ex.a. foi esta:os militares ganham razoavelmente, enquanto os servidores civis estão inteiramente abandonados, sobrevivendo .a duras penas. O grave nisso tudo, meu prezado colegae ilustre Deputado Alceu Collares, é que osmilitares ganham razoavelmente, e o Governo que ai está é de militares. Então, é inevitável que na opinião pública se vá fixando, cada vez mais, a convicção de que oGoverno de militares está tratando apenasde si, e não da grande parcela do povobrasileiro. Somos apenas 100 milhões debrasileiros, nós, os civis; os militares representam cerca de 200 mil indlviduos. Oorçamento global do Pais é de 43 bilhões decruzeiros. Destes, 15 bilhões e pouco são dotações orçamentárias para os 3 Ministériosmilitares. Enquanto isso, o Ministé-io daSaúde e o da Agricultura têm dotações de500 milhões de cruzeiros, ou sej a, os doisjuntos somam 1 bilhão. E saúde e agricultura - vale dizer, os problemas do homeme da terra - continuam ainda a ser osgrande problemas básicos, fundamentais,sem equacionamento, para os quais não hápossibilidade de solução, tanto mais quando_ e é o censo de 1970 que diz - 1% dapopulação brasileira recebe salários superiores a Cr$ 2.000,00. Então, não se pode falarem desenvolvimento, quando o trabalhadorsobrevive com salário de fome. Oitenta porcento dos servidores civis da União recebem menos do que um soldado de primeiraclasse arranchado, que está ganhando maisde Cr$ 800,00. Os servidores civis do nivel22 recebem Cr$ 1.462,00, menos do que umterceiro-sargento, que recebe Cr$ 1.849,00.O que se verifica é urna discriminação e nãoé mais possível evitar que se façam confrontos. Ainda agora, quando estive no Riodurante o recesso, em alguns bancos e naCaixa Econômica ouvi dizer que se cogitavade novo aumento para os militares. Ora, noano de 1972 os militares tiveram dois aumentos; em agosto e em dezembro,' e umterceiro em marco, com os servidores civis,aqueles 15% homeopáticos que não corresponderam sequer .ao aumento real do custode vida.
É por isso que cada vez mais, segundoas entidades encarregadas da avaliação doaumento do custo de vida - não apenasa Fundação Getúlio Vargas, mas as entidades vinculadas às classes pr-odutoras eàs classes trabalhadoras - o aviltamentosalarial está levando o País a urna sítuacãoverdadeiramente dramática, para a qualnão há nenhuma solucâo com uma minoriaque se locupleta do poder, enquanto deixam à deriva, com salários que não correspondem à realidade, toda a massa trabalhadora. brasileira, os servidores públicos, inclusive aqueles contratados pelaCLT. Chamo, assim, a' atenção, mais umavez, para o seguinte problema: não podemos eliminar a imagem militar que temosdeste Governo, que teve três Presidentesda República generais e terá mais umquarto. É preciso que nós, da Oposição, tenhamos a coragem, que o partido do Governo não tem, de chamar a atenção desteGoverno de militares para o fato de quenão é possível continuar atendendo _apenas aos problemas dos brasileiros que sãomilitares. Há cem milhões de' brasileiroscivis que Estão passando fome, que têm
problemas de saúde, que têm filhos nos co. :Iégíos, que têm problemas de alimentaçãoe. que precisam. de um mínimo para sobre- :vrver e encontrar recursos para produzir.:
O SR· ALCEU COLLARES - Nobre Deputado, estou inteiramente de acordo com ascomparações que .V. Ex." faz. Repito: entendo que os militares não estão ganhandodemais. Apenas trata-se da única classeque ganha razoavelmente, para ter umavida decente. Todas as demais estão marginalizadas do processo de sobrevivência eisto me parece altamente sintomático. Ouse trata a todos da mesma forma, dandolhes as mínimas condições de sobrevívência.- e isto é ° que deveria ser feito ou então não se pode discriminar, favorecendo apenas aos militares com o aumento.Mas isto constrange ao próprio militar,porque ele tem sempre um. parente quetrabalha, um parente que é funcionário,um parente que é professor' e chega aosseus ouvidos, cotidianamerite, o' clamordesses homens que exercem outro tipo deatividade" com oito ou mais horas por dia,mas que não percebem contraprestacão aoseu esforço, remuneração para lhes permitir um padrão de vida razoavelmentedecente. Então, parece-me que isto é realmente uma discriminação, e nós devemoster a inteira coragem para dizê-lo.
O Sr. Pedro 'Lucena - Nobre DeputadoAlceu Collares, apenas para endossar aspalavras de V. Ex.a, quero relatar um fatoa que assisti há cinco dias, visitando acasa de um funcionário público, se não meengano nível 12 ou 14, cujo filho é caboda Aeronáutica. Contava o filho, à vistade toda a família, que ganha razoavelmente bem, mas vive muito triste, porque vêo pai, sobrecarregado com a manutenção de6 ou 7 filhos, ganhar miseravelmente, enquanto ele próprio, ainda jovem, percebetrês ou quatro vezes mais. Esse fato ocorreu na Base Aérea de Natal.- O SR, ALCEU COLLARES - Nobre Deputado, é um fato de que o Governo tem conhecimento. Nenhum de nós pode imaginar que o Governo não saiba o que estamosdizendo. A realidade é tão gritante que oGoverno não pode desconhecer a sua existência. Não sabemos por que não a modifica, por que não tenta alterar a estruturasalarial .do Pais, para dar ao homem que,com seu trabalho, contribui para o engrandecimento desta Nacão melhor retríbuíeão,Não sabemos por que teima em fazer comque o sacrírícío, o sangue e o suor do trabalhador seja o preço a ser pago pelo nossocrescimento econômíco. Por que essa pressa no crescimento econômico apenas parauma minoria? Por que essa ganância, essavelocidade, essa voracidade na corrida para o crescimento econômico, se de seus re~
sultados a grande maioria da populaçãobrasileira não se está beneficiando? Porquê? Por que exigir só de uma geração osacrificio para a explosão do crescimentoeconômico do Pais? Mais dia, menos diao Governo - não sei se por amor à justiçasocial - será obrigado a revisar a estrutura salarial do País, pela necessidade decorrente de um principio rudimentar deeconomia: o Brasil precisa ter um mercadointerno de cõnsumo relativamente razoável, para absorver esse crescimento econômico e dar-lhe sustentação.
O povo que trabalha; a população .economicamente ativa do País precisa ter poder aquisitivo. E para isso precisa ganharsalários substanciais, e não salários ficticios, irreais, que não correspondem às mínimas necessidades .de sobrevivência do'trabalhador e de sua família.
Nobre Deputado Pedro Lucena, pareceque a nossa tarefa é por demais ingrata.
Arosto ete 19'73 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Quarta-feIra 11 4033
Mas, cada vez que descemos da. tribuna,saímos daqui com a consciência tranqütllade ter cumprido, pelo menos, o dever dedizer aquilo que estamos sentindo, aquiloque vai na nossa alma, de trazer para. cá oque se constata todo o dia na vida do servidor público e do trabalhador brasileiro.Se outros não se sensibilizam, se não sentem a dor do próximo, se não vêem com osolhos do coração, porque este, sim, senteas necessidades dos nossos semelhantes, éproblema 'de cada um. Um dia cada qualterá de prestar contas, um dia hão de perguntar aos que passaram por este Congresso: por que na hora em que havia a perseguição, opressão, intolerância para como trabalhador também não levantaste aTOZ? E cada um há de responder segundoaquilo que fez, ou deixou de fazer.
O Sr. JG de Araújo Jorre - Nobre Deputado, é interessante que se saiba que oerítérío de aferição para o salário-mínimo.no Departamento Nacional do Trabalho, ébaseado em 5 elementos: moradia, vestuário, habitação, higiene e transporte. Considere, agora, para aferição do trabalho, oelemento "higiene". Note que vem antes de"saúde". Ora, pelo fato de haver dentro do.INPB atendimento ao trabalhador, não sepode levar em conta que não existam problemas ge saúde que impliquem despesaspara o trabalhador. Por exemplo, quandoele chama um médico para um filho queestá com gripe, ou tem de comprar remédio porque está com dor de cabeça, ou emYirtude de um problema de menor Importância, já que ele só se vale da assistênciado INPB quando a sua doença é de certagravidade. Então, tomei a liberdade deapresentar a esta Casa projeto que modifica o critério de aferição do salãrío-mínimo, incluindo 3 novos elementos fundamentais: saúde, educação e recreação. Olegislador tem de considerar que nos diasem que o trabalhador está de folga precisadispor de certa reserva pecuniária paraprover a sua recreação, tal como ir ao futebol, ao cinema, a uma diversão qualquer,ou fazer um pequeno passeio com a família.Assim, o Departamento Nacional do Trabalho poderá propor um salário-mínimoem termos mais razoáveis. Apresentei ainda outro projeto, que considero indispensável, baseado no aumento do custo real
. de vida, que todo reajustamento salarialseja pelo menos 5% superior ao aumentodo custo real de vida. Mas custo real devida não baseado apenas nos dados oficiaisoferecidos pela Fundação Getúlio Vargasmuitas vezes suspeitos, por isso que víneulada está ao Governo -, mas calculadosem termos de uma média dos dados docusto de vida oferecidos nelas entidades especíaltvadas vinculadas às classes produtoras e às classes trabalhadoras. Do contrário a situacão se prolongará e se precroítará a débliele. nos termos em que V. Ex."yem focalizando judiciosamente, com omaior realismo.
O SR. ALCEU COLLARES - Nobre Deputado, V. Ex." tem inteira razão, quando sepreocupa com os critérios de fixação dosalário-mínimo. Na famosa pirâmide salarial, onde são consagradas todas as espécies de remuneração, a base é o saláriomínimo. E como esse salário-mínimo é fictício, é irreal, e inconstitucional, seus efeitos negativos se fazem sentir em todas asformas de remuneracão. Por isso, hoje, nãohá nenhum homem' que viva do trabalhoque tenha como fonte de rendimento apenas as forcas do trabalho. Nenhum delestem condtcões de uma vida decente. Todosestão ganhando muito aquém daquilo quedeveriam ganhar para ter um padrão devida cristão. razoavelmente decente. A problemática do salário-mínimo está criandono Governo uma dificuldade muito grande.
V. Ex." sabe que sou autor de um projetosemelhante ao de V. Ex.", apresentado em1971, e que tomou o nP 149. A Comissãode Constituição e Justi~a imediatamenteopinou pela inconstitucionalidade do projeto, porque a Oonstítuíção assegura aotrabalhador brasileiro um salário-mínimocapaz de satisfazer suas necessidades normais e às de sua familía, E o Governo este e todos OS passados - paga salárioapenas para uma pessoa. Ora, se o salárioé para o agrupamento familiar e o Governopaga para uma pessoa, I) resto da famílianão come. É como se toda a populaçãobrasileira fosse solteira. Não há ninguémcasado no Brasil, eis que o Governo, oficialmente, diz que o salário-mínimo é individuaI. Mas a mulher e os filhos, de que vãoviver? Como vão sobreviver? Com quais recursos vão contar para se alimentar, parase vestir, para se educar, para se higíenízar, para se transportar?
Ainda há pouco tempo, S. Ex.-, o Sr. Ministro do Trabalho, disse, numa entrevista,que esta Casa - e logicamente se referiaa nós. do MDB. porque a ARENA nuncafez críticas à política salarial do Governo- estava fazendo uma confusão entre salário individual e salário familiar, que aConstituição de 1967 asegurava ao trabalhador o salário-mínimo individual e queo salário-família era o instrumento parasatisfazer às deficiências do salário-mínimo. Nunca vi maior e mais solene confusãodo que esta. Acho que devem ter apanhadomaIo pensamento de S. Ex.", porque S.Ex." é um dos homens mais capazes queo Governo tem; um homem competente,humano e preocupado com a verdade, etodo homem preocupado eom a verdade nãodiz o que foi publicado pela imprensa e queteria sido afirmado pelo Ministro. e quenão foi desmentido!
Ora vejam V. Ex.as: salárío-mínímo individu'al, quando a Constituição é clara,expressa especifica, e Cietermina saláriomínimo para o agrupamento familiar, capaz de satisfazer às suas necessidades normais. E o que são necessidades normais,nobres Deputados? Alimentação, habítacâo,htzíene transporte, vestuário. Isto o Governo considera como necessidades normais.E não considera como necessidade normala recreacão! Significa que o trabalhadoralém de ganhar só para ele - não sei porque razão desconhecem a, existência da família do trabalhador brasileiro - não temdireito à recreação, não tem direito de divertir-se - nem ele, nem sua família. Otrabalhador brasileiro ganha, hoje, Cr$ ..312,00 - é o nominal. Mas o real é ....Cr$ 312,00 menos 8%, contribuição descontada obrigatoriamente pelo empregadorpara o INPB.
Logo que apresentei esse projeto aqui,nobres Deputados, encaminhei ao Sr. Ministro um requerimento de informaçõescom 22 quesitos. Pedia que S. Ex.a dissessea esta Casa, por exemplo, que departamento de pesquisa a realizou e quando foi feita a pesquisa que chegou à conclusão deque, para a alimentação _do trabalhadorgaúcho, para a alímentacão do trabalhador paulista, para a alimentação do trabalhador carioca cento E! poucos cruzeiroseram suficientes? Qual o departamento feza pesquisa, e quando, que chegou à conclusão de que 60 ou 70 cruzeiros eram suficientes ao trabalhador para pagar aluguel de uma casa? Que mais ou menos 10cruseíros eram necessários para o transporte do trabalhador? Está provado, provadíssimo, que tudo é feito de improvisaçãoque compromete a seriedade do Governono trato com o salário de trabalhador brasileiro. Porque, se o assunto fosse tratadocom seriedade, não podíam de forma nenhuma estabelecer os valores que são con-
sagrados no salário-mínimo do País. Comose trata da parte mais fraca, a fixaçãofaz-se de qualquer jeito. Se fosse uma empresa que estivesse com seus produtos sempossibilidade de absorção por determinadomercado externo e interno, logo o Governecorreria para saber em que consistia a causa do problema. Mas para a problemáticado trabalhador ainda não vi nenhuma providência.
Ora, quantas vezes utilizamos esta tribuna para denunciar a injustica do tratamento dispensado ao trabalhador brasileiro?Dessa ficção, desse trrealísmo, dessa situação inconstitucional do salárío-mínímo, osefeitos sofrem-no todos quantos vivem dotrabalho. Mas não seria de se- desejar queo homem que vive do trabalho tivesse aalegria de ver satisfeitas as despesas como
. as necessidades normais do seu agrupamente familiar? Quem de nós, nesta hora,não estaria louvando o Governo, se estapreocupação ele tivesse? Quem de nós, nes~ h?ra, não estaria aplaudindo as provídênoías saneadoras da estrutura salarial doPaís? Ao invés disto, que fazemos nós?'Utilizamos a tribuna para denunciar. Quando será que nos vão ouvir? Em que épocaserá que vão reestruturar os salários doPaís? Quando se dará a revisão salarial desta Nação? Vai-se dar, não por amor à Justiça social, mas à necessidade de um princípio rudimentar de Economia. Be quiseremcriar um poderoso mercado interno de consumo, terão que dar ao povo poder aquísitivo. E isto o homem só tem com saláriosbons, e não com a criação de salários suplementares, indiretos, que a Aliança Renovadora Nacional procura justificar ouinjustificar. '
O Sr. Júlio- Viveiros - Nobre Deputadobem a propósito. recebemos hoje do Estadádo Pará carta dos servidores da SUCAM,que se enquadra perfeitamente na tese que'V. Ex." tão bem apresenta. que é w defesado servkíor público brasileiro. Dizem osruncíonános da SUCAM do Ministério da.Saú<!r-
"Em nome dos Funcionários Eventuaisda SUCAM que executam o serviço decombate à Febre Amarela (Campanha.de Erradicação do Aedes Aegypt) noEstado do Pará, levamos ao seu conhecimento que até a presente datanada consta que temos os direitos quesão atribuídos pela lei trabalhista. Porconseguinte, não podemos tazer reclamação pana a diretoria que somos deimediato demltídos da função que exercemos, pois é lamentável que isto aconteça em uma repartíçâe federal quedispõe de muito prestígio perante a população.
Outrossim, comunicamos que os veneímentes vivem constantemente atrasadostrês meses e quando recebemos é a terça parte, pois somos chefes de familia e dependemos somente deste emprego para a nossa alimentação."
Este o quadro dos servidores da Campanha de Erradicação da Febre Amarela, naAmazônia, cujos salários vivem atrasados'três meses. Pergunto: qual a outra categoria acima da destes pequenos servidorescujos vencimentos estejam atrasados trêsmeses? Eles não têm direitos nem atravésdas leis trabalhistas. Disto se deduz. queo servidor público federal, principalmentenaquela seção da Amazônia, vive em completo- abandono.
O SR. ALCEU COLARES - Muito gratoa. V. Ex.a Seu aparte ficará inserido emmeu pronunciamento, que diz respeito a:esse famoso e discutido Plano Classificadode Cargos dos Funcionários Públicos Civiada União.
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 1973
desta Casa, fícaram como que numa espéciede compasso de espera, com seus vencimentos' congelados, aguardando que categoriasemelhante mas com vencimentos díspareschegassem até o seu nível. Elaborou-se, então, rigorosamente dentro das técnicas deadministração, o quadro de funcionários daCâmara e do Senado Federal, procurandose, tanto quanto possível, fazer justiça aosservidores das' duas. Casas do Poder Legislativo, que estiveram em dificuldades, numdescompasso completo em relação ao funcionalismo dos outros Poderes da Repúbli-·.
·ca.
Mas o que ninguém pode negar é que emnivel superior, em nivel médio, em níveldas Casas do Congresso, os padrões melhoraram e surgiram funções específicas asmais diversas que vão exigir no tempo, quenão deve ser longo sem dúvida nenhuma,uma adaptação, através de decretos que visem a adaptação da reforma, já votada, àsnecessidades ocorrentes, às exigências daburocracia moderna. Portanto, não se pode
· dizer que o Plano de Reclassificação doFuncionalismo foi procrastinado e, muitomenos, se assacar qualquer critica neste. sentido a esta Câmara, cujos projetos, Indepen-,dentemente do dispositivo 51 da Constituição Federal - se não me falha a memória- foram votados em tempo recorde por estaCâmara.
Então, só temos que votar três projetos- um, em tramitação e outro chegado aqui- para finalizarmos a reclassificação geraldo funcíonalísmo da União, todos com níveisque podem não ser ótimos, e é possível queexaminados em detalhes, em administraçãotão ampla e complexa se possa chegar aquie alhures a se inferir uma injustiça, umerro de detalhe, mas, em seu conjunto.voque se buscou, o que se procurou foi elevaros níveis e padrões no sentido de uma vidamais digna a estes servidores, de cujo instrumental se serve a Nação para fazer funcionar seus órgãos de serviço público, POr-
· que todos sabemos que o Estado existe comopoder supremo de organização e integração
, maior, mas que as instituições, os seus órgãos .só funcionam através do seu pessoal.
'E numa fase dessas, de desenvolvimentoeconômico, não há senão interesse de todosos órgãos da administração pública de pagarbem ao seu funcionalismo, de submetê-lo' a, .um sistema de mérito para, as 'aptidõesatendas e recebendo' pagamento melhor,possa melhorar o know-how dentro do serviço público administrativo, sem o qual essa
, máquina não produzirá o que precisa real: mente nos vários setores da administração
para a realização de serviços e funções quesão, a cada dia, dentro dó Estado moderno,muito mais difíceis e complexas.
· O Sr. Alceu Collares - Nobre Deputado,estou apreciando, como não poderta-deíxàr
· de ser, com muita 'satisfação o pronunciamento de V. Ex.a, a respeito do Plano deClassificação _de Oargos- Quando estava .natribuna, eu não disse..que a Casa se teriaomitido na votação dos projetos. Entre votar os projetos e a execução do plano 'vaiuma distância amazônica, ciclópica, por-
. que V. Éx.B conhece as diretrizes' estabele-· cidas na_ Lei n.O 5.645, de 10 de dezembro
de 1970 e sabe que há, no novo Plano deClassificação de Cargos, dois processos:um de transformação e outro de transposição dos atuais cargos. Então, tudo o quese votou não significa um plano de Classificação; significa apenas um arcabouçoteórico. Isto, o GOverno tem. Mas está havendo uma morosidade 'comprometedora àexecução dos planos, eis que, descentralizado como é o Plano, cada MinistérIo, cadaautarquia ou cada órgão ligado diretamente à Presidência da República deverá constituir uma equipe. técnica de alto nível nara
sírícação do funcionalismo civil. Posso dizer, sem receio de contradita, que, ao término da Segunda Sessão Legislativa - efui eu Relator, na Comissão de Serviço Público, de algumas proposições - a Câmaravotou e enviou à sanção do Poder Executivo
.os seguintes. projetos de lei, o primeiro delesestabelecendo normas gerais, simbolos e pa-
·drões páraos funcionários que realízamfunções .de ordem diplomática; o segundo,dispondo sobre disciplina, padrões e símbolos para atividades de nível superior; o terceíro, visando a fixar normas essenciais aum pagamento mais condigno aos professores e cientistas, que, no silêncio dos seuslaboratórios, fazem pesquisa de alto nível;o quarto, estruturando e melhorando os padrões de vencimentos dos chamados órgãosauxiliares da. Administração Pública, O
· quinto projeto também estrutura os chamados cargos de direção e assessoramentode nível superior.
Falta apenas, dentro do tão reclamadoPlano de Reclassificação d-e Cargos do funcionalismo público federal, que esta Câmarae o 'Senado estudem, nos seus órgãos técnicos, e votem, depois de amplo debate' no
,Plenário, três projetos de lei: o primeiro,relativo aos serviços juridicos da União; osegundo, atinente às atividades chamadasde nível médio e o terceiro, do qual sou relator - e hoje recebi o processo para estudo - que se refere ao chamado Grupo deoutras atividades de nível superior, conforme especifica o art. 2.° da Lei n.? 5.645 de10 de dezembro de 1970.
Que atividades são essas outras que jásígnificam o término do arcabouço legislativo, básico, que constitui o Plano de Reclassificação do funcionalismo público daUnião? São esses cargos e essas funções referidas no art. 3.° .do Decreto-lei n.o 72.493"de 19 de julho deste ano, que diz:
"O Grupo designado como de outras atividades de nível superior é' constituído
'pelas categorias funcionais abaixo indícadas:
- Medico, Médico de Saúde Pública,Médico do Trabalho, Enfermeiro, Nutricionista, Técnico em Reabilitação, Psicólogo, Farmacêutico, Odontólogo, Médico Veterinário, Zootecnista, Engenheiro-Agrônomo, Engenheiro-Florestal, Engenheiro-Agrimensor, Metereologista outros engenheiros de atividade específica - Arquiteto, Engenheirn de Operações, Geógrafo,' Geólogo, Químico,Economista, Técnico de Administração,Contador, Atuário, Estatístico e Técnicoem Assuntos Educacíonais."
O assunto, Sr. Presidente, pela primeira· vez - e eu sou um Deputado já um tanto· antigo nesta Casa - se me afigura calcadoem normas as mais sérias de administraçãopública que eu já pude examinar. Esses projetos a que me refiro foram elaborados durante mais de seis meses por órgãos da Administração Pública. Seus elementos foramrecrutados entre o funcionalismo do maisalto nível profissional que possuímos. E aquivieram ter essas mensagens. Agora, o queestá havendo, na verdade, é um equívocoquanto ao Plano de Reclassificação, que, ameu ver, não virá como instrumento únicoa esta Casa para exame:
Este plano vai chegando ao seu términoe houve uma insonomia rigorosamente observada entre os padrões de vencimentosdos níveis, correspondentes aos três Poderesda Federação brasileira.
Não há mais aquela disparidade de pagamento entre os funcionários do PoderLegislativo, do Poder Executivo e do Poder
· Judíciário. Foí feito um exame circunstanciado de cada categoria e dos seus níveis devencimentos. Alguns funcionários, como os
Tennino; Sr. Presidente:1 - a nova sistemática adotada para a
implantação dos novos planos classificados'de cargos, dada a sua enorme cO~I?I~xidade,levará alguns anos para ser defírrltívamerite.implantada, enquanto isto o servidor público permanecerá no atual sistema c~mvencimentos baixos, que nao lhes permiteum padrão de vida condizente com as responsabilidades dai runçôes que exercem;
2 - o justo seria o enquadramento puroe simples dos atuais servidores nos novosplanos sem maiores exigências,_condici':ma~do-se a ascensão e a progressao rnneíonaísà prova de capacitação profissional;
3 -= se não -se permitir a alteração daquela sistemática, necessariamente, terá ,0GOverno de reajustar os vencimentos atuaisdos servidores públicos brasileiros a fim depossibilitar-lhes que aguarde a 'implantação definitiva da classificação de cargos;
4 - alterar a legislação com a fin~lida~ede estender aos aposentados do s~rvlço p.ublico federal o plano de retríbuícão previsto para os novos planos classífícados decargos, sem quaisquer outras exigencias:
5 - revisar o valor das pensões de pensionistas do servidor público, objetivandoreajustá-las ao plano de retribuição doPlano Classificado de Cargos, sob pena decondenar-se milhares de pessoas à percepção de valores ínfimos, i~capazes. d~ ll:espermitir um razoável padrão de exlstêncía.
Sr. _.Presidente Srs. Deputados, esta acrítica que dirigiinos ao Plano Classificadode Cargos. Lógico que a fazemos sem .amenor esperanca de que chegue aos OUVIdos do Governó, mesmo porque acho difícilque a representação da Aliança Renov.adoraNacional faca esse trabalho. Se o fizesse.seria altamente dignificada, porque estaríalevando ao conhecimento do Governo .problema dos mais graves, que precisa ser .soIucionado . Seria uma excelente contribuiçãodada ao Governo, alertando-no no s~ntidode que a morosidade na implantaçao do ..Plano Classificado de Cargos, a grande esperança do servidor público brasileiro. é gueo transformou na mais amarga frustraçao.(Muito bem! Muito bem! Palmas. O oradoré eumprímentaão.)
VII -.:. o' SR. PRESIDENTE (FernandoGama) - Vai-se passar ao período destinado às Comunicações. das Lideranças.
Tem a palavra o Sr. Magalhães Melo.
O SR. MAGALHÃES MELO - (Sem revi.são do orader.) Sr. Presidente, Srs. Deputados, era minha intenção usar desta tribuna para falar a' respeito de obra de altasignificacão que acaba de ser inauguradaem meu Estado pelo Governo da República,através' cio Ministério do Interior, o chamado Sistema de Tapacurá, com sua represa.principal e 2 outras auxiliares, çlemonstrando, como o farei noutra oportunidade, os as:pectos econômicos e sociais dessa granderealizacão do Ministério a que me' referi.Mas veio a esta tribuna ilustre membro daOposição, o Deputado Alceu Collares, como qual já me .habituei a terçar armas, dentro de um diálogo alto, buscando aferir posições entre a Maioria e a Minoria.
É da condicão humana o acerto, como oequívoco, e, desta feita, data venia, não sepoderá acusar o Congresso, através de suasCasas legislativas, de omissão ou mesmo deprocrastinar as medidas que visassem à implantação do Plano de Reclassificação deCargos do funcionalismo público federal.
Outra coisa não temos feito, nas comissões técnicas desta Casa e no plenário, às'vezes mesmo em sessões noturnas, senãodar ao Executivo os instrumentos básicosnecessários a essa justa e aspirada reclas- .
, .4~osto de 1973 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quarta-feira 8 4035
examinar os cargos, as funções, as atribuições, as tarefas, etc., etc. e mais etc., edepois, então, fazer, por decreto, a sua implantação. E gostaria de saber se, além doGrupo Diplomacia, tem V. Ex.a noticia daimplantação concreta de quaisquer outrosplanos em qualquer outro Ministério. V.Ex."' há de convir em que foi uma verdadeira aberração a exigência do Governo,quanto ao aposentado, da prestação deuma prova seletiva para que ele possa usufruir das vantagens do plano de retribuiçãodo novo Plano de Classificação de oargoaOra, veja V. Ex."': tira-se um homem de65, 70 anos da sua aposentadoria parachamá-lo à prestação de uma prova seletiva. Para quê? Ele vai demonstrar competência para quem e para quê? Há errosfundamentais. E V. Ex."' há de tambémconvir em que as diretrizes estabelecidasna Lei n.? 5.645, votada em 1970, nestaCasa, são exigências que considero demasiadamente absurdas, porque envolverãotodos. Hoje, com a evolução do DASP eadmitindo que o concursado não seja chamado à prestação de prova seletiva de caráter competitivo e eliminatório, todosquantos não ingressem no Serviço Públicoatravés de concurso a essas provas estarãoobrigados. E V. Ex."' sabe muíto bem quehá carência de pessoal especializado nosMinisténos, nas autarquias e nos órgãosdiretamente ligados à Presidência da República. o que fará com que este plano demore muito mais do que aquilo que o Go~
verno desejaria demorasse. Por isso, nossacrítica é com relacão à morosidade da implantação do Plano de Classificação deCargos, que tem efetivamente o objetivo devalorizar, de dignificar a função públicano País. A parte teórica, o arcabouço teórico já está pronto, mas, lamentavelmente,daí à implantação prática vai uma dístâncía que consideramos ciclópica.
O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama).,- Nobre Deputado Magalhães Melo, lembro a V Ex·"' que o seu tempo já está esgotado. Desta forma, solicitaria a V. Ex."'procurasse encerrar suas considerações.
O SR. MAGALHAES l\'mLO - Sr. Presidente, ra-te-ei e, dentro de uma disciplinaque me tracei, procurarei realmente obedecer à lei orgânica da Casa. Quando o eminente Deputado da Oposição falava - etranspunha quase o dobro do seu tempo,embora com meu colega no exercício daLiderança - não quisemos absolutamentelevantar uma questão de ordem, pelo apreço que temos ao orador, de maneira quenão posso deixar de, data venía, e com orespeito que tenho a V. Ex. a, estranhar quecom 10 ou poucos minutos mais V. Ex.ame convoque para observar o meu tempo,numa justiça difícil de ser classificada eexaminada diante da lei orgânica dos tra-
. balhos. Procurarei sintetizar o mais possível; mas V. Ex."', homem de consciência,sabe que o tempo do eminente orador queme antecedeu esgotou o dobro. Não vamos,
. então, adotar, para os amigos, os favores;para os inimigos, a leí. Acho que V. Ex."não está dentro deste padrão.
O SR. PRESIDENTE (Fernando Gama)- A Presidência responde a V. Ex.", em-,bora não seja uma Questão de Ordem, nosexatos termos regimentais. De acordo como Regimento, a Ordem do Dia permite aoslíderes, por delegação, falar por uma hora.O primeiro orador da Ordem do Dia foi oDeputado Ildélio Martins, que iniciou a suaoração às 16: 12, e terminaria, por conseguinte, às 17:07. As 16:30. o Deputado Ildélio Martins encerrou o seu discurso e aMesa chamou, por 3 vezes, o nobre Deputado AIcen CoIlares, porque se tratava deuma oração de Líder na Ordem do Dia,
S. Ex." assumiu à tribuna às 16:30, exatamente. Por conseguinte, poderia utilizara tribuna até às 17:30 horas. Por liberalidade da Mesa, o Deputado Alceu CoIlaresultrapassou o seu tempo em 5 minutos edesceu da tribuna exatamente às 17:35,quando, então, V. Ex."' foi convocado. PeloRegimento, 15 minutos seria o tempo deV· Ex.''', o qual, portanto, se esgotaria às17:50. Já são 17:55 e, desta maneira, achoque, salvo melhor juízo, a Mesa está adotando procedimentos iguais, com justiça,sem criar privilégios para quem quer queseja. O nobre Deputado Alceu CoIlares excedeu o seu tempo em fi minutos e V. Ex."'também em cinco minutos. Apenas o adverti de que deveria ultimar suas considerações.
O SR. MAGALHÃES MELO - A minhaimpressão foi a de que o Deputado AlceuCol1ares teria falado dentro dos 15 minutos reservados para Comunicações de Liderança.
O SR. P.R~SIDENTE (Fernando Gama)- Não, porque a Mesa não encerrou o período da Ordem do Dia, aguardou por alguns instantes o Deputado Alceu CoIlares.Il: que S. Ex.a f{)i informado de que deveriair à tribuna às 17.07, mas o Deputado Ildélío Martins encerrou sua oração às 16,30. AMesa, por uma questão de consideração aoDeputado, como faria com qualquer dosLíderes, chamou o Deputado Alceu CoIlarespor três vezes ao microfone, e ainda aguardo'u, durante três minutos, que S. Ex."'retornasse ao Plenário, pois estava na Salade Imprensa. Mas a Mesa não havia encerrado a Ordem do Dia e S. Ex."' falou comoLíder, por uma hora. 'Quanto a V. Ex.",já usou os 20 minutos:
O SR. MAGALHAES MELO - Agradeçoa V. Ex."' a explicação. O Regimento é, defato, muito capríehoso . Procurarei' terminar minhas considerações o mais brevepossível.
Quanto ao aparte do eminente Deputadoda Oposíçâo, na verdade e em tese não soudos que acha que um homem aposentadohá longos anos deva ser convocado paraexame, a fim de ser aferido o seu mérito,para que possa ser transposto de nível.S. Ex."' se referiu, sobretudo, ao caso dosservidores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Não tenho conhecimento dessa convocação para o funcionário público de modo geral. Quer-me parecer queesse exame para os aposentados se queirafazer sobretudo no âmbito do setor dosCorreios e Telégrafos. ,~ meu ver, foi, naverdade, uma porta que se abriu. Trata-sede uma inovação no Direito Administrativo,na parte relativa ao funcionalismo público,porque os aposentados _. não posso ser contra eles - só têm o seu aumento de vencimentos, quando este é- dado, de plano, atodo o funcionalismo público. Agora, quando se vota uma lei para os diplomatas. abrese uma malha no sentido de se admitir umasituação de símílaríedade, no que se refereaos aposentados em níveis maiores, que sedesenvolve dentro de um plano de classificação do funcíonalísmo em atividade.Eu mesmo silenciei propositadamente, naComissão de Serviço Público, por uma questão humana, mas eu sabia que esse aumento que se ia dar através da chamadatransposição de nível, jamais ocorreu navida administrativa brasileira. O funcionário público aposentado tem 20 ou 15%de aumento toda vez que, constatado o aumento do custo de vida, é elevado o nívelde venennentos da massa do funcionalismoem geral.
Até hoje, eu, que sempre me dediquei aesse ramo do Direito - Direito Administrativo - não me lembro de classificação que,abonando ou melhorando de nível determí-
nada categoria funcional, repercutisse nomeio dos aposentados do Pais, para melhorar a sua situação e conferir-lhes um aumento particular.
Silemciei por achar que havia aspectoshumanos vinculados a essa situação. Portanto, quando se fala em convocar o aposentado para se submeter ao constrangimento de um exame, julgo que a convocação não englobará o funcionalismo em geral. Um homem de idade avançada não poderia enfrentar uma prova difícil para melhorar sua aposentadoria. Esta é regidapela lei do momento. Enlluanto não seefetiva, é apenas uma perspectiva de direito; quando posítívada, entra no patrimônio do seu titular e não mais pode sofrer distorções, salvo quando há aumentogeral para todo o funcionalismo, e nuncaaumentos parcelados diante de uma clas->sífícacâo ou de melhores perspectivas de níveis. Esse é um estágio novo, é uma portaque se abre para certos aposentados, e criará celeumas em diversos níveis e uma novadoutrina no Direto Administrativo brasileiro. A convocação de aposentados para qualquer tipo de exame está gerando distorções.Nunca vi isso. Trata-se de uma tese difícilde sustentar. Apenas se quer beneficiar ofuncionalismo de maneira oblíqua, atravésde reclassificação, que deveria ser resultante de condições jurídicas diversas.
Sr. Presidente, encerro minhas considerações quanto ao discurso do Deputado Alceu Collares, dizendo ter notado no projetoque vou relatar depois de amanhã, na Comissão, algo interessante para o funcionalismo, ou seja; para ingressar nos quatroou cinco niveis das outras categorias profissionais, a idade máxima seria de 35 anos,como se vê nos edít.ats de concurso, masnão consta da Constítuícâo, nem do Estatuto do Funcionári-o Púhlico. E o projetode lei que vou examinar considera, comoidade máxima, 45 anos, e não 35, numa demonstração de que, no nível superior, nasatividades técnicas e cientificas, há o desejo de recrutar valores novos e ampliar amalha, a fim de trazer essas pessoas para.o funcionalismo público. Há, sem dúvida,no projeto, um grande benefício para aqueles que não podiam ser funcionários públicos aos 35 anos.
131'. Presidente, eram as considerações quedesejava fazer, um tanto desalínhavadas,mas corretas, diante do discurso pronunciado pelo nobre e inteligente Deputado AlceuCollares. Faço votos de que a implantaçãodas mensagens que têm chegado ao Congresso seja a mais rápida possível, paraatender aos reclamos da nobre classe a quepertenci durante 35 anos, e que sejam feitasas reclassificações, a fim de proporcionarpadrões dignos ao funcionalismo, para que .ele possa continuar a prestar bons serviçosao País. Muito bem! Muito bem! Palmas.)
(DISCURSO DO DEPUTADO ANTONIOBRESOLIN, RETIRADO PELO ORADOR·PARA REVISAo.)
Durante o discurse do Sr. AntônioBresolin, o Sr. Fernando Gama, 2.°.Vice-Presidente, deixa a cadeira da.presidência, que é ocupada pelo Sr.Aderbal Jurema, 1.o-Vice-Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Aderbal Jurema)- Nada mais havendo a tratar, vou levantar a sessão.
Deixam de comparecer os Senhores:
ParáStélio Maroja - ARENA.
MaranhãoPires Sabóia - ARENA.
PiauíSevero Eulálio - MDB.
41136 Quarta-feira 8 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (SeQão n Agosto de 197!
Ceará
Marcelo Linhares - ARENA.
Pernambuco
Airon Rios - ARENA; Carlos AlbertoOliveira - ARENA; Geraldo GuedesARENA; Ricárdo Fiúza - ARENA.
Sergipe
Francisco Rollemberg - ARENA.Bahia
Necy Novaes - ARENA.Espírito Santo
Dirceu Cardoso - MDB.Guanabara
Lopo Coelho - ARENA.Minas Gerais
Aécio Cunha - ARENA; Sylvio de Abreu- MDB,
São Paulo
João Arruda - MDB; Pedroso Horta MDB.
Paraná
Alberto Costa - ARENA; Maia Netto ARENA
, VIII - O SR. PRESIDENTE (A<~erbal Jurema) - Levanto a sessão designando paraamanhã a seguinte:
ORDEM DO DIA
Sessão em 8 de agosto de 1973(QUARTA-FEIRA)
EM TRAMITAÇÃO ORDINARIADiscussão -
1
PROJETO DE LEI N,o 735-A, DE 1972
Discussão única do Projeto n.o 735-A, de1972, que concede licença remunerada aosatletas convocados para representar o Paísem competições desportivas, e dá outrasprovidências; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade e [uridícídade. com emendas; e, das Comissões de Serviço Públicoe de Finanças, pela aprovação, com adoção das emendas, da ComIssão de Constituição e Justiça. (Do SI', Léo Simões.)
2
PROJETO N.o 697-A, DE 1972
Primeira discussão do Projeto n,v 697-A, de1972, que declara de utilidade pública aSociedade Médica Brasileira de Combateao Fumo, com sede em São Paulo, Estadode são Paulo; tendo pareceres da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade e injuridicidade; e da Comissão de Saúde, pela incompetência paraopinar sobre a matéria. (Do Sr. PedroLucena.) Relatores: Brs, Luiz Braz e LeãoSampaio.
3
PROJETO N.o 719-A, DE 1972
Discussão prévia do Projeto n.O 719-A, de1972, que autoriza o abatimento da rendabruta, a título de encargos de família,para efeitos de pagamento do Imposto deRenda, as despesas feitas com a companheira, enquanto a situação se mantiver,comprovada a vida em comum por maisde 5 anos; tendo parecer: da Comissão deConstituição e Justiça, pela ínconstítucío-
nalidade. (Do Sr'. JG de Araújo Jorge.)- Relator: Sr. Altair Chagas.
PARA RECEBIMENTO DEEMENDAS
Em Plenário
1
P!WJETO DE LEI N.o 1.417, DE 1973
. Altera o Quadro da Secretaria do Tribunal Superior do Trabalho, e dá outras providências. - (Do Poder Executivo) - Mensagem n.o 229/73.
ÀS COMISSõES DE CONSTITUIÇÃO EJUSTIÇA, DE SERVIÇO púBLICO E DEFINANÇAS. (3.° Dia.)
2
PROJETO DE LEIN,o 1.418, DE 1973
Fixa os valores de vencimento dos cargosdo Grupo-Outras Atividades de Nível Superior, e dá outras providências. - (DoPoder Executívo) - Mensagem n,s 234/73.
(ÀS COMISSõES DE CONSTITUIÇAO EJUSTIÇA, DE SERVIÇO PÚBLICO E DEFINANÇAS), (3.° Dia.)
AVISOSCONGRESSO NACIONAL
1
Comissão Mista incumbida de estudo e parecer sobre a Mensagem n,o 33, de 1973(CN), que submete à deliberação do Congresso Nacional texto do Decreto-lei D.o1.272, de 29 de maio de 1973. que "declarade interesse da segurança nacional, nostermos do art. 15, § 1.0, alínea b, da Constituição, os Municípios de São João dosPatos, do Estado do Maranhão, e GuadaIupe, do Estado 00 Piauí, e dá outras pro-»vidências.
COMPOSIÇÃOPresidente: Senador Helvidío NunesVice-Presidente: Deputado Freitas DinizRelator: Deputado Paulo Alberto
PRAZOAté dia 29-8-73, no Congresso Nacional.
2
Comissão Mista incumbida de estudo e parecer sobre a Mensagem n,o 34, de 1973(CN), que submete à deüberaeào do Congresso Nacional texto do, DEcreto-lei n.o1.273. de 29 de maio de 1973, que "declara de interesse da segurança nacional,
nos termos do art. 15, § 1.0, alínea b, daConstituição, o Municipio de Volta Redonda, do Estado do Rio de Janeiro, e dáoutras providências".
COMPOSIÇÃOPresidente: Deputado Leãr, SampaioVice-Presidente: Deputado Passos PortoRelator: Senador Fausto Castelo-Branco
PRAZOAté dia 29-8-73, no Congresso Nacional.
3
Comissão Mista íncumbída de estudo e parecer sobre a Mensagem n.o 35, de 1973(CN), que submete l' delíberaçàc do COngresso Nacional texto do Decreto-lei n.?1.274, de 30 de maio de 1973, que "prorroga até 1976, inclusive, a vigência doDecreto-lei número 1.124, de 8 de setembro de 1970, que permiti deduções doImposto de Renda das pessoas jurídicaspara .Lins de alfabetização".
COMPOSIÇÃO
Presidente: Senador Lenoir VargasVice-Presidente: Deputado João BorgesRe'ator: Deputado Albino Zen!
PRAZOAté dia 31-8-73, no Congresso Nacional.
<1
Comissão Mista incumbida de estudo e parecer sobre a Mensagem n,o 36, de 1973(CN), que submete à deliberação do Congresso Nacional texto do Decreto-lei n,?
1.276, de 1.0 de junho de 1973, que "concede isenção do Imposto sobre ProdutosIndustrializados. e rl6 outras providências".
COMPOSIÇÃO
Presidente: Deputado Moacyr ChiesseVice-Presidente: Deputado Léo SimõesRelator: Senador Waldemar Alcântara
PRAZO
Até di!! :11-11-73, no Congresso Nacional.5
Comissão Mista incumbida de estudo e parecer sobre o Projeto de Lei n,v 9, de1973 (CN), Complementar, que "regula acomposíçãc e o funcionamento do Colégio que elegerá o Presidente da República."
COMPOSIÇÃOPresidente: Senador Daniel Krieger
Vice-Presidente: Senador Nelson,CarneirqRelator: Deputado Lauro Leitão
CALENDARIOAté dia 9-8-73 - Apresentação do pare-
cer pela Comissão. -,
- Discussão do projeto em Sessao Conjunta, a ser convocada tão logo seja publicado e distribuído, em avulso, o parecer daComissão Mista.
PRAZO
Início, dia 20-6-73, e, término, dia; 29-8-73.
6
Comissão Mista incumbida de estudo e parecer sobre a Mensagem n.O 38, de 1973(CN), que submete à deliberação do Congresso Nacional texto do Decreto-lei n.?1.275, de 1.0 de junho de 1973, que "dispõe sobre a aplicação de recursos orçamentários consignados às Universidadesque menciona e dá outras provídêneías",
COMPOSIÇAO .
Presidente: Deputado Homero Sar:tosVice-Presidente: Deputado Nadir RossetlliRelator: Senador José Augusto
CALE'IDARIO
Até dia 15-8-73 - Apresentação do parecer, pela Comissão, de acordo com o artigo110 do Regimento Comum.
PRAZOAté dia 15-8-73. na Comissão Mista;
Até dia 7-9-73, no oonzresso Nacional.
7
COmissão Mista incumbida de estude e parecer sobre a Mensagem n,? 39, de 1973(CN), que submete à deliberação do Congresso Nacional texto do Decreto-Iein.o1.277, de 14 de junho de 1973, que "autoriza o Poder Executivo a promover asubscrição no aumento de capital da Companhia Vale do Rio Doce - CVRD".
A~osto de 1973 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quarta-feira 8 4037
AVISO
ERRATA
Leia-se:
No Diário dó Congresso Nacional - SeçãoI, de 30 de maio de 1973, página 1910, 4."coluna, onde se lê: . :
Ao Projeto n.o 1.368, de 1973, não foramoferecidas emendas, em Plenário.
(PROPOSIÇõES ARQUIVADAS)
N.o 30/49 - (Mensagem 564/48) - Restabelece a Delegação de' Controle do serviço de Navegaçãó da Navegação oomercíal(l-C/51) N.o l/51 - Institui o Código deBacia do Prata.
COMISSAO DE RELAÇÕES EXTERIORES
Reunião Ordinária: dia 8-8-73Hora: 10:00.
COMISSiíO DO POLíGONO, DAS SECAS
Reunião Ordinária: dia 9-8-1973
Hora: 10:00
Locai: Anexo II - sala 8-A
Pauta:
Projeto n.O 1.356 de 1973
Mensagem n.O 193/73 do Poder Executivo"Autoriza o Departamento Nacional deObras Contra as Secas <DNOCS) a doar oimóvel que menciona, situado no Municípiode Morada Nova, no Estado do Ceará." Relator: Deputado Januário Feitosa.
IX - Levanta-se a seI/são às 18 ho~Tas e 20 minutos.
(PROPOSIÇõES ARQUIVADAS)
N.o 30/49 - (Mensagem 564/48) - Restabelece a Delegação de Controle do Ser~viço de Navegação da- Bacia do Prata(30-B/49). '
N.o V51 - ·Institui o Código de Navega~ção Comercial. (1':'C/51.)'
No mesmo Diário às :tIs. 1910,·4." coluna,
onde se lêr
............ ~ " ..
...................... °.° : -~ ••
N.O 298/55 - Modifica a redação do artigo13 da Lei n.v 1533, de 31 de dezembro de1951, que- altera disposições do .Oôdígo deProcesso Civil, relativas ao mandado de segurança (289-D/55).
Leia-se:
N.O 289755 :- Modifica a redação do artigo13 da Lei n.o 1533, de 31 de dézembro de1951, que altera disposições do Código deProcesso Civil, relativas ao mandado de segurança (289-A/55).
.. ' , .
,. •• o • It ...... o •• o •••••••••• • o•••••••••••••• o ••
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- - '" "" .
COMPOSIÇAO
Presidente: Deputado Márcio PaesVice-Presidente: Deputado JG de Araú
jo JorgeRelator: Senador Jo,gé Augusto
CALENDÁRIO
Dia 6-8-73 - É lida a Mensagem, emSessão Conjunta;
Até dia 26-8-73 - Apresentação do parecer, pela Comissão, de acordo com o art.110, do Regimento Comum.
PRAZO
Até dia 26-8-73 - na Comissão Mista;
Até dia 29-9-73 - no Congresso Nacional.
COMISSÕES 'I'ÉNICAS
COMISSAO DE AGE~ICULTURA EPOLíTICA RURAL
SIMPÓSIO DE IRJUGAÇAO EDRENAG'H:M
Dias: 21, 22 e 23 de agosto de 1973
COMISSAO DE COl\!lUNICAÇõES
Reunião Ordinária: _Dia 8-8-1973
Pauta:
1) Projeto n. a ~40/71
Ementa: Declara Alberl:.o Santos-Dumont,Patrono da Força Aérea Nacional. - Autor: Deputado Cláudio Leite;. - Relator:Deputado Ossían Araripl!.
~) Projeto n,? 1.0401'72
Ementa: Acrescenta diflpositivos' à Lei n.o4.117, de 27 de agosto de 1962, que "Institui o Código Brasileiro de Telecomunicações". ,- Autor:' Deputado Ardinal Ribas.
Relator: Deputado Luiz Braga.
COMISSÁO DF ECONOMIA
Seminário de Mercado de CapitaisSegundo semestre do corrente ano.Reunião Ordinária: Dia 8-"8-73Hora: 10 horas
Pauta: Comparecimento do Doutor JoséFlávio Pécora - Diretor-Geral do Ministéril da Fazenda.
COMlSSAO DE MINAS E ENERGIA
_Reunião, Ordinária: día 23-8-73Hora: 10 'horas .
Pauta: COmparecimento do nr. Raymundo Pereira Mascarenha,5, Presidente daCompanhia Vale do Rio Doce e da Amazô-nia Mineração. -'
Reuniões Ordinárias: dias 29, 30 e 31-8-73.
Pauta: Mesa-Redonda 100m os Dirigentesde Indústrias Cárbonife1'2l~ de Santa Cata:rína, Rio Grande do Sul e Paraná, Representantes de Sindicatos de Empregadores eEmpregados daquela Indústria, com a participação de autorídartes dos Ministérios dasMinas e Energia e Indústría e comércio. '
COMISSA.o D:E SAiTDE-
COMPOSIÇAO
Presidente: Senador Paulo "GuerraVice-presidente: Senador Amaral Peí
xotoRelator: Deputado Navarro Vieira
Comissão Mista incumbida de estudo e parecer sobre a Mensagem n,o 41, de 1973(CN), que submete à deliberação do Congresso Nacional texto do Decreto-lei n.?1.279, de 5 de julho de 1973, que "alterao artigo 1°. do Decreto-lei n.O 343, de 28de dezembro de 1967, e dá outras provídêncías".
Comissão Mista incumbida de estudo e pa- Reunião Ordinária': dia 8-8-73recer sobre a. Mensagem n,o 42, de 1973(CN), que submete à deliberação do Con- Hora: 10:0()gresso Nacional texto do Decreto-lei n.e . Pauta: Projeto n.o 1.411)-C/68 _ Relator:1.280, de 6 deIulho de 1973, que "prorroga Deputado Pedro Lucenaaté 31 de dezembro de 1973 o regime es,pecial, de que trata o Deereto-Ieí Ilúme-"" . P.rojeto ,n.o 9J3172 -' ltelator: DeP!:1~~<>'·=_'.~;;: ',.: ;...;,:;,;.;. .. : ..• , ':':'-' .. :': :-:,,",':':" ~.' ::,:J:Q·1:1.15170". _., -Tanduliy Uãrneíro .. . ..,
CALENDÁRIO
Dia 6-3-73 - É lida a Mensagem, em Eles·são Conjunta; .
:Até dia 26~8-73·-r Apresentação do parerecer, pela Comissã.o, de .acordo com o art.110, do Regimento Comum.
.PRAZO
Até dia 26-8·73 - na oomíssão Mista;'Até dia 29-9-73 - no Congresso Nacional.
19
COMPOSIÇAO
Presidente: Senador Fausto CasteloBranco
Vice-Presidente: Deputado Jorge Ferraz
Relator: Deputado Parente FrotaCALENDÁRIO
Dia 25-6-73 - É lida a Mensagem, emSessão Conjunta;
Até dia 13-8-73 - Apresentação do parecer, pela COmissão, de acordo com o art.110, do Regimento Comum.
PRAZOAté dia 15-8-:;73, na Comissão Mista;Até dia 13-9-73, no Congresso Nacional.
8
·Comissão Mista incumbida de estudo e parecer sobre a Mensagem n.o 40, de 1973(eN), que submete à deliberação do COngresso Nacional texto do .Decreto-Ieí n.o1.278, de 19 de junho de 1973, que "modifica, no exercício de 1973, a distribuição da receita proveniente da arrecadação do Imposto único sobre LubrifIcantese Combustíveis Líquidos e Gasosos e sobre Energia Elétrica, e dá outras provi-·
-dêncías".COMPOSIÇAO
Presidente: Deputado Josias GomesVice-Presidente: Senador Ruy CarneiroRelator: Senador Leandro MacIel
CALENDÁRIOAté dia 17-8-73 - Apresentação do pare
001', pela Comissão, de acordo' com o art.110, do Regimenro Comum.
PRAZOoBté dia 17-8-73, na Oomíssâo Wsta;Até. dia 19-7-73, no Congresso Nacional.,
4038 Quarta-feira 8 DIáRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 19'13
MESAPresidente:
Flávio Marcílio1.0 Vice-Presidente:
Aderoa' Jurema2.0 Vice-i'r-esidente:
Fernando Gama1.0 8ecretario:
Dayl de Almeida2.° Secretario:
Petrónio Figueiredo3.° Secretário:
José Carlos Fonseca4.° Secretário:
Dib CheremSuplentes de Secretário:
1.° Suplente:Vinicius Cansanção
2.° Suplente:Teotônio Neto
3.° Suplente:
João Castelo4.° Suplente:
Jarmund Nasser
LIDERANÇAS
ARENA - MAIORIA
Líder:
Geraldo Freire
Vice-Lideres:Cantídio SampatoDaniel FaracoClovis StenzelJoão LinharesZacharias SelemeChaves AmaranteNina RibeiroHomero Santo"Brasílio CaiadoEleio AlvaresLomanto JúníorMagalhães MeloGrimaldi Ribpil'OAldo LupaAmérica de SouzaElIas CarmoLuiz BrazParsital BarrosoPaulino CíceroRaimundo DinizSrnval GuazzelliTúlio VargasVasco Neto
MDR - MJI'lORIA
Lider:
Aldo Fagundes
Vice-Líderes:Alencar FurtadoJoão MenezesMarcos FreireJosÉ' Bonífácío NetoLisàneas MacielAlceu CollaresArvílnno DarioDias MenezesFernando LiraFernando CunhaGetúlio DiasHenrique Eduardoj osé CamargoJ.G. "de Araújo .rorgeJ oel FerreiraMarcondes GadelhaOlivir GabardoPeixoto FilhoWalter Silva
DEPARTAMENTO DE COMISSOES
Silvio Lopeo!Smval GuazzelliUbaldo SaremVagoVago
vagoVago
SiqueIra Camposvmat RosadoVagovasoVagoVagoVago
MDR
MDB
ARENA
peixoto FilhoVagoVago
REUNIõES
Aldo LupaArnald(, PrietoBento GonçalvesDaso OoímbraJoão GnidoJosé da Silva BarrOl5Manoel favell'aOswaldo ZaneUpPedro Co:!linRezende de Souza
TITULAIWS
Vice-Presidente: Amaral de Souza - ARENA
Vice-Presiuente: Júlio Viveiros - MDB
Quartas e Quintas-feiras: às 10:00 horas
Local: Anexo lI-saIa 6-Rama1B 6M e 663
Secretário: Abelardo Frota e Cysne
Aldo FagTIndes~Alencar FurtadoJoel Ferreira
3) COMISSAO DE COMUNICAÇÕES
ARENA
Presidente: SaUes Filho - ARENA
SUPLENTES
Brasílío CaiadoEtelvino LínsLuiz BragaMala NetoMonterro d" !::sarrOllOssían Araripe
Eloy LenziVagoVa~o
Garcia NettoGonzaga VasconcelOlLuiz GarciaNina RibeiroVaF;oVago
MDB
VagoVago
TITULARES
ARENA
Alair FerreiraAry ValadãoAureliano ChavesBatista MirandaEdison BonnaGabriel Hermes
Aldo FagundesAlencar Furtado
2) COMISSÃO DE CIENCTA E TECNOLOGIA"Presidente: Fernando Fagundes Neto - ARENA
Vice-Pr'lSIdente, Antônio Florêncío - A,HENAVice-PreSIdente: Alberto Lavinas - MDB
MDB
Dias Menezes Olivir GabardoFernando Cunha Santilh SobrmhoH.enrlQueEduardo Alves Victor Issler
REUNIõES
Quartas e Quintas-feiras: às 10:00 horas
Local: EdfIClC Anexo II - Sala 11 - Ramal:521 - -24-3719 'direto)
secretária: Em Machado Coelho.
MDB
Antônio Bresolin vagoJoão Arruda VagoVago
REUNIõES
Quartas e Quintas-feiras: às 10:00 horasLocal: Anexo II - 'Sala - Ramal: 766Secretária; Maria Célia Martins de Souza
Borges
SUPLENTES
ARENA
Adhemar de Barros VagoFilho
Brasílio Caiado VagoFlávio Giovme VagoGrimaldi Ribeiro VagoHildebrando Guimarâes VagoMáriO Mondino VagoMaurício 1'oledo
.- Sussumu Hirata
Turma "B"
Cardoso de AlmeidaDlOgo NomuraFlavio GiovineHerbert LevyLomanto JUniolOrensy RodriguesSebastião AndrâdeVago
MDB
Pacheco ChavesVinicius Cansanção
SUPLENTES
ARENA
Juvêncio Dia.oLuiz BragaManoel RodriguesMarcllio LimaMilton BrandãcRuy BacelarSinval Boaventura.Sousa Santo!Zacharias SeltlUle
Aldo LupaBatista iMrandaEraldo LemosHaneqnim DantasJoliv GuidoJoaquim CoutinhoJorge VargasJosé Tasso de Andrade
Turma "A"
Antônio DenoDelsOn ScaranoEdvaldo FIÔ1'esGeraldo BulhõesNunes F'rell'ePaulino LopeSPaulo AlbertoVago
Antônio BresolinFrancisco Libardoni
Vice-Pr~sidente: Vasco Amaro - ARENA
TITULARES
ARENA
Presidente: Juarez Bernardes - MDB
Turma "A"
Vice-Presidente: JoSé Mandelli - MDB
COMISSÕES PERMANENTES1) COMISSÃO DE AGRICULTURA E POLíTICA
RURAL
Paulo Rocha'
Local: Anexo II - Ramal ,827
Divisão de Comissões Permanentes
Geny Xavier Marques
Local: Anexo II - Telefones: 24-5719 e24-4805 - Ramais: 601 e 619
Agosto de 19'13 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quarta-feira I MS'
TITULARES
ARENA
Vice-Presidente: Amaury Müller - MDBTnnna "B"
4) COMISSAO DE CONSTlTUlÇAO E JUSTiÇA 5) COMISSAO DE ECONOMIA, INDOSTRIA E 6) COMISSAO DE EDUCAÇAO E CULTURACOM~RCIO
Presidente: Lauro Leitão _ ARENA Presidente: Flell:a Ribeiro - ARENAPresidente: Rubem Medllna - MDB Vice-Presidente: Mauricio Toledo - ARENA
Turma "A" Vice-Presidente: João Borges _ MDB
Vice-Presidente: Ferreira do Amaral - ARENA
TITULARES
Vice Presidente: Laerte Vieira - MDB
TITULARES
Gastão MüllerJo.rmund NasserMoacyr ChiesseMurilo Badal'ÓOCeano CarlelalParslfal BarrosoPlinio Salgado
Alfeu Gasparin1Ary de L1ma.Bezerra. de MelloDaso CoimbraEmanuel PinheJroBurtpedes Cardoso deMenezesTurma ''IV'
ARENA
Turma "A"
Vice-Presidente: Arthur Fonlleca - ARENA
Turma "U"
ARENA
Turma "&"
Antônio Pontes ArIO Pneodore
HenriquE' Eduardo Al- João Arrudaves
SUPLENTES
ARENA
Manoel de AlmeldlllNecy Novae.sNosser AlmeidaOsnelh Martlnell1Ossían AraripePaulo FerrazStélio Maroja.Vago
Altair Chagas
Arlinclo Kunzler
Célio Borja
Dialma Bessa
ítalo FIttIpaldi
José Alves
Jose Sally
'L~lZ Braz
Mário Mondino
Túl10 Vargas
Vaso
Llsê.nea~ Maelel
MIro reixeuaSylvlO Abreu
Vago
Antônio l\IllU'liIó
ÉCIO Alvares
Blldebrando Guimarães
Jairo Magalhães
João Línnares
José BonifáCio
Ruy D' Almeida Barbosa
Oba Ido Barem
Vago
MDB
Alceu Col1ares
FrancIsco PInto
HamIlton Xavier
Severo Eulálio
Amaral Neto
Braz Nogueira
Djalma MarInho
Faria Lima
José Haddad
Márcio Paes
Sussumu Hlrata
vago
Vago
Vago
Marconaeó .....u"lJ:ia
Alberto Hoffmann
Amaral Furlan
Chaves Amarante
Jonal; Carlos
Otávi:o oesãno
Stélio MaroJa
Zach:anas Beleme
Vago
Vago
Vago
Vago
MDB
SantIlIl Sobrinho
Tancl~edo Neves
Francisco AmaralJ.G, de AraÚjO JorgeNadyr Rossetti
Albino Zen!Antômo MarÍilóArthur FonsecllBrasllio CaladoIldélío MartinsJairo Mag:alháesLuiz Braz
Aicir PimentaBezena.de NoróesFábICJ Fonseca
MDB
Olívír -GapardoVago
MDB
Henrique Eduardo &lYlllJuarez BernardesSantilh aoonnne
MDB
rAmérICo de Souza Norbertc SchmIdt
Arthur Fonseca Osmar i.ertâc
CantidlO Sampaio Osne111 MartmeJJt
Cláudio Leite Parente Frota
Emanuel Pillheiro Pires SabÓIa
Gonzaga "aseoneeios RaImundo Parente
Homero Santos Sinval UUazzeilI
Jarmund Nas5e1'
José Carlos L.eprevost
SUPLENTES
Adhemar Ghlsi
Alteu Gasparini
Amaral de Souza
SUPLENTI';S
MtENA
Nog~elra de Rezende
MauricIo roledo
Manoel I'aveira
Altair chaeas
Antônio Ueno
Batista Miranda
Bento Gonçalves
Cardoso de Almeida
Djalma Bessa
Edvaldo Plõres
FerreIra do e\mara.l
Hermes Macedo
Januário FeItosa
ARENA
João Lmnares
José PinheIro Machado
José da SIlva Barros
JosiaB oomesMagalhãeF Mello
Marc') Maciel
Mário Mondlno
Navarro Vieira
Osmar Leitão '
Paulíno Cicero
Rogério Rêg(
Wilm ar Dallannol
MDB
REUNiõES
Quarl;as-feiras, às 10 noras.
Local. Anexo 11 - Sala 9 - Ramal 36lJ.
secretárIa: Marta Clelia Orrico.
7) COMISSÃO DE FINANÇAS
Presrdente; Jorge Vargas - ARENA.
Turma uA"
Vice·Presldente: Ivo Braga - ARENA
Turma "8"
'Vice-PreSIdente: Ostrís Pontes - MDB
TITULlU'.l!.S
ARENA
REUNIõES
Terças, Quartas e Qumtas·teiras, 1\1' 10 horas.
Local Anexo 11 - Sala 1'1 - Ramal 626. Ó
aecretsna: Augusta MaUrIcio
REUNIõES
Quartas e Quintas-feiras, às 10 horaa,
Local: Anexo 11 - Sala 4 - Ramal 631.
Secretário: Angelo da Vlla.
Turma "B"
Carlos Alberto Ol1velr&Dyrno PiresFerna.ndo MagalhâellJoão CasteloLeopoldo PeresOZanam CoelhoSousa SantosVagoVagoVago
Turma "A"
Adhemar de BarrosFIlho
Aldo LupaArthur Santolil'Homero SantosI1délio MartinsNorberto Schm1dtTourinho DantasWilmar GuimarãesVago
"Vago
Jorge Ferraz
Léo sunôes
Ruy Líno
VICtor Issler
Vago
César Naselmente
Dias Menezes
Eloy Lenzi
.Barr;y Sauer
José Bonifácio Neto.
José Camargo
Marcelo Medeiras
Ulysses GUImarães
Alencar Furtado
Argilano Dario
Eloy Lenzi
Francisco Studart
J .G, de Araújo Jorge
4114t Quarta-feira 8 mARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) A~sto de 1973
:MDB SUPLENTES 10) COMISSAO DE REDAÇAO
MDB
REUNIõES
SUPLENTES
ARENAAl'y de Lima Raimundo parenteFrancisco RollembergPrisco Viana
Presidente: Dyrno Pires - ARENAVice-Presidente: Sylvio Botelho - ARENA
TITULARES
ARENACantidio SampaioHenrique de La Rocque
MDB
Quintas-feiras. às 10 horas.Local: Anexo li - Sala n." 14 - Ramal 672.secretário: JOsé Lyra Barroso de Ortega.l.
Freitas Dínís
I
IAntônio Bresolin
MDB
Joel FerreiraThales RamalhoVinicius Cansanção
ARENA
Fernando FagundelNetto
Francisco GrilloGabriel HermesJoão CasteloJosé HaddadLauro LeitãoNorberto SchmidtParente FrotaVago
REUNIõES
Freitas DlnizJerônimo SantanaJoão Menezes
Quartas e Quintas~!eiras, às 10 horas.
Local: Anexo n - Sala n,? 2 - Ramal 665.
Secretário: Wilson Ricardo Barbosa Vianna
Aécio CunhaAntônio FlorêncioArlindo KunzlerArthur SantosBento Gonçalvesl!:lcio AlvaresEurípedes Cardoso de
Menezes
Barry Sauer
Jairo Brum
Joel Ferreira
Vago
Mário Telles
Milton Brandão
Pedro Collin
Plínio Salgado
Roberto Gebara
Sebastião Andrade
SUPLENTES
ARENA
Hugo Aguiar
Januário Feitosa
João Alves
Joaquim Macedo
Manoel Tavelra
Athiê Coury
Ce5ar Nascimento
Victor Issler
Vago
Adhemar Ghisi
Alair Ferreira
Altair Chagas
Antônio Mariz
Arlindo Kunzler
Athos de Andrade
Faria Lima
Ferreira do Amara.1
Furtado Leite
Berbert J.evY
Bel'mes Macedo
Turma "B"
REUNIõES
Vice-Presidente: Nosser Almeida - ARENA
América de SouzaBias FortesCélio Marques ~'ernandesCláudio LeiteJosé Pinheiro MachadoMarcelo LinharesPedro ColinRaymundo DinizRogério RêgoTeotônio Neto
MDBJoão MenezesPadre NobreReynaldo Sant'AnnaThales Ramalho
Turma "A"Adhemar GhisiAroldo CarvalhoHenrique TiirnerJoaquim CoutinhoJosé Carlos LeprevostJosias GomesLins e SilvaLopo CoelhoPassos PortoPires Sabóia
Francisco StudartJosé CamargoPedro FariaUlysses Guímarães
11) COMISSÃO DE RELAÇõES EXTERIORES
Turma ('A tI
Vice-Presidente: Manoel Taveira - ARENA
SUPLENTES
Presidente: Pereira Lopes - ARENA
'I'nnna "B"Vice-Presidente: Brígido Tinoco - MU.a
TITULARES
ÀRENA
Turma "B"
José Tasso de AndradeNogueira de-RezendePaulíno CíceroPrisco VianaVagoVagoVago
MDB
Dirceu CardosoVago
TITULARES
ARENA
Turma "A"
Edilson Melo TávoraFrancisco OrUloJosé SampaioMarco MacielVagoVagoVagoVago
9) COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA
Vice-PreSIdente: Freitas Dinlz - MDB
Turma "B"
Turma '''A''
Jerônimo SantanaVagoVago
Presidente: José Machado - ARENA
Vice-Presidente: Odulto Domíngues - ARENA
Pacheco Chaves
Peixoto FilhO
Vinicius cansanção
Walter Silva
MDB
Adalberto Camargo
Dias Menezes
Florim Coutinho
Freitas Nobre
José Camargo
8) COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA ETOMADA DE CONTAS
Turma "A" - Quartas-feiras às 10 horas.
Turma "B" - Quintas-feiras, às 10 horas.
Local: AnexO n - Sala n.O 16 - Ramais:642 e M3.
Secretária: Maria Geralda Orríco.
PreSidente: Theódulo de Albuquerque ARENA
Vice-Presidente: Jorge Ferraz - MDB SUPLENTES
ARENA
MDBHamilton XavierJairo BrumJoel FerreiraOsiris Pontes
ARENAJosé PenedoLeão 8amçaioLeopoldo PeresMarco MacrelMurHo BadslóNorberto SClunidtOceano CarleialOrensy RodriguesParsifal BarrOllOSouza SantosWihnar Guintarãea
Adalberto Camarl!'DAldo FagundesAnapolino de Fal.~
Dias MenezesFrancisco Pinto
Alfeu GaspariniAlvaro GaudêncioArnaldo PrietoAry ValadãoDaniel FaracoDiogo romuraFaria LimaFernando Maga.1hãesFlexa RibeiroGeraldo GuedesHermml Macedo
Paulino LopesRoberto GebaraRozendo de SouzaSílvio LopesSiqueira '::amposVasco NetoVingt Rosado
Wilmar Da.1lanhol
lIDB
Jorge FerrazLauro RodriguesSilvio de Abreu
Antônio PontesJaison BarretoJoão Arruda
Batista MirandaFrancelino PereiraGarcia NetoMárcio PaesMário StammNasser AlmeidaOceano Carleia.1Oswaldo aZnelloParente Fróta
Turma "B"
Athos de Andrade
Eurico Ribeiro
Henrique Fanstone
Josias Leite
Manoel de Alme1da
Ricardo Fiuza.
Vago
TITULARES
ARENA
Furtado Leite
Heitor Cavalcanti
Joaquim Macedo
Manoel Novaetl
Oswaldo Zanello
Binval Guazzelll
Wilson Falcão
VllllO
Turma "A"
'José Bonifácio NetoPeixoto Filho
Renato Azeredo
MDB
Antônio Annibeill
Marcelo MedeirolS
RE~õES
Quartas-feiras, às 10 horas.
Loca.1: Anexo fi - Sala n.o 7 - Rama! 869.secretária: Helena Ribeiro da CUnha.
REUNIõES
Quartas-feiras, às 10:30 horas.. Local: Anexo n - Sala 1 - Ramal 6'17.Secretária: Sylvia Cury Kramer Benjamin
do Canto
.&tçosro de 1973 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quarta~(éfra 8 4f1U
12) COMISSAO DE SAODE 14) COMISSAO DE SERVIÇO PúBLICO 16) COMISSAO DE TRANSPORTEs
MDBRuy Lino
TITULARES!ARENA
,Siqueira CamposSOO110 MarojaVinicius Câmara
MDBLéo SimôeaVagoVago
SUPLENTES'\.RENl:.
Mário MondinoMoacir ChiesaeMonteiro de BarrtIIIParente FrottllPassos Porto!;Rezende MonteiroVingt Rosado
t'UPLENTESARENA
Sebastião AndradeVagoVagoVagoVago
MDBJ •G. de Ara6jo JorgeJosé Freire
REQNIOESLocal: Anexo fi - Bala n.- a-A _ ~
605, 606 e 616-Secretária: Diva Yedda Veiga de LemClll
Presidente: Mário Telles - ARENAVice-Presidente: João Guido - ARENAVice-Presidente: Adalberto Camargo - MDlJ
TITULARES
ARENARozendo de SouzaRuy BacelarSílvio Lo~Vasco NetoVago
Dias MenezesFernando Lyra
Alair FerreiraEdilson Melo TávoraEraldo LemOl!lGarcia NettoJosé MachacioJosé SampaioLeão SampaioMaia Neto
Abel AvilaAiron RiOSAlberto CostaArnaldo PrietoBento Gonça.1v~
Emílio GomesJuvêncio DiasMário Stamm
Gilda Amora de Assis RepublicanoLocal: Anexo n - Ramais
Seção de Comissões de InquériteChefe: Flávio Bastos RamosLocal: Anexo n - Ramais 609,610,612. ,
Seção de Comissões EspeciaisChefe: Stella Prata da Silva Lopes. ,Local: Anexo II - Sala 8/B - Ramal crot.l
COMISSÕES ESPECIAIS1) COMrSSAO DA AMAZôNIA
Presidente: Juvêncio Dias - ARENA'Vice-Presidente Nunes Freire - ARENAVice-Presidente: Jerônimo Santana - MDB
MDBAlberto Lavtnas José MandelliAmaury Mülla Nadyr RossettlFrancisco Libardont Peixoto Pil~o
REUNIOES
Qua.rtas e Quintas-feiras, às 10:30 11ora.s. .",.Local: Anexo II - Sala n.O 5 - Ramal 696.Secretária: Yeda Emília Booper
DIVISÃO DE COMISSOES TEMPoRARIAS
ll:dison BonnaEraJ,do LemosJarmund NasserLeopoldo Peres
Antônio PontesFreitas Díníz
.roei FerreiraJúlio Viveiros
Emanuel Pinheiro.Joaquim MacedoNOSSCr' AlmeidaRaimundo Parente
VagoVagoVagoVagoVagoVago
MDBLauro RodrlJ:!uesMllrCOS Freire
MDE~
Peixoto Fi1lloVagoVa,go
REUNIOES
Argilano DarioCarlos CottaFernando Cunha.
TITULARES
AREN'A
Alvaro Gaudêncio Rezende MonteiroDaniel Faraco Roberto GebaraHemoique de La Rocque Wilmar DallanholJoão Alves Wilson BragaJosé da Silva Barros V~LgO
Osmar Leitão V~~go
Vago
MDBWalter SilvaVago
Francisco LíbardonlLéo' SimõesPedro Lucena
Getúlio DiasJosé Freire
SUPLENTESARENA
Baldaccí Filho Jo:5é PenedoCarlos Alberto Oliveira Jo5é SallyCid Furtado Lopo CoelhoDaso Coimbra Ozanam coelhoEurico Ribeiro Vinicius CâmaraHildebrando Guímarâes VagoJoão Castelo Va,goJonas Carlos
Quartas-feiras, às 10 horas.Local: Anexo II - Sala n.o 12 - Ramal 694.Secretário: Bélio Alves Ribeiro.
Presidente: Freitas Nobre - MDBVice-Presidente: Bezerra ele Norões - MDBVice-Presidente: Agostinho Rodrigues - A.ttENA
TITULAlltES
ARENA
SUPLENTES
ARENAAdhemar Ghisi Ilclélio MartinsCélio Marques Fernan-
des ítalo ContiCláudio Leite Joaquim MacedoDaso Coimbra João LinharesFernando Fagund~ José Pinheiro Machado
Neto Josias GomesGeraldo Bulhões Mauricio To1edoBelbert dos Santos Parsífal Barroso
MDB
LÍJ!ll.neas MacielPedl"O FariaPe,ixoto Filho
REUNmES
Quartas e Quintas-!eir1l8, às 10 horas. .• ,...Local: Anexo fi - Sall~ n." 111 - Ramal 047.secretária: Allia Fel1cio 'l'obtas.
Elias CarmoFrancel1no PereiraGrimaldi RibelroHUgo AguiarNecy NovaesMag'alhães MelloPaUlo AbreuPaulo Ferraz
Francisco AmaralFrancisco PintoGetúlio Dias
15) COMISSÃO DE TRABALHO E lEGISLAÇÃOSOCIALPresidente: Cid Furtado - ARENA
, Vice-Presidente: Raimundo Parente - ARENAVice-Presidente: Alcir Pimenta - MDB
Magalhães MeloCélío Marques FernandesSaIles FilhoSiqueira CamposSousa SantosTeotônio NetoVingt .RosadoZacharias Seleme
MDB
Laerte VieiraVagoVago
REUNIõES
Quartas-!eiras, às 10 horas.Local: Anexo fi - Sala 13 - Ramal 6119.
Secretária Haydeé Fonseca Barl'eto.
Florim CoutinhoRuy Lino
Alencar FurtadoDias MenezesFrancisco Pinto
MDBVagoVagoVago
SUPLENTESARENA
Adhemar de BarrosFilho
Agostinho .!:tuw.!lGuesArnaldo PrietoBento GonçalvesEraldo LemosFlávio GioV1neJoão Guido
13) COMISSÃO DE SEGURANÇA NACIONALPresidente: Alipio Carvalho - ·ARENA
Vice-Presidente: Hannequim Dantas - ARENA;Vice-Presidente: Ney Ferreira - MDB
TITULARESARENA
Milton BrandãoOsnelli MartinelliParente ],\TotaSilvio VenturolliSinval BoaventuraVinicius Câmara
Clóvis StenzelGeraldo Guedes1talo ContiJanuário FeitosaJoão VargasJosé PenedoManoel Rodrigues
SUPLENTESARENA
Airon Rios auvénoto DiasDaso Coimbra Nunes FreireDiogo Nomura Oceano CarleíalHenrique Fanstone Parsifal BarrosoJoão Alves Sílvio venturolliJosé Tasso de Andrade Theódulo de Albuquer
queJosias Leite Vingt Rosado
Vago
MDBthiê Coury Júlio Viveirosreitas Dinlz Marcondes Gadelha
J.G. de Araújo Jorge Vago
REUNIõES
Quartas-feiras, às 10 horas.Local: Anexo n - Sala n.o 10 - Ramal 682.Secretária: Maria Benedita de Freitas
Brandão.
Presidente: Jaison Barreto - MDBVice-Presidente: Pedro Lucena - MDB:VIce-Presidente: Marcllio Lima - ARENA
TITULARES
ARENA
Albino Zenl Helbert dos SantosAmérico Brasil Leão SampaioAl'naldo Busato Navarro VieiraBaldacci Filho Silvio BotelhoCap.tldio Sampaio VagoEraldo Lemos VagoFrancisco Rolleml>erg Vago
MDBAnapolino de Faria Janduhy CarneiroFábio Fonseca Vago
«042 Quarta-feira S DIARIO DO CONGRESSO NACioNAL (Seção I) Agosto de 1973
SUPLENTES
2) COMISSÃO DA BACIA DO SÃO FRANCISCO
TITULARES
ARENA
Presidente: Manoel Novaes - ARENAVice-Presidente: José Sampaio - ARENAYice-Presidente: Janduhy Carneiro - MDB
Thales Ramalho
Waldemtro .celXeira
MDB
SlJPLENTES
TITULAlt.l!:S
6) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ESTUDAR GLOBALMENTE O PROBLEMA DA PoLUIÇAO AMBIENTAL
Presidente: Faria Lima - ARENA
Vice-Presidente: Aureliano Chaves - ARENA
Relator: Monteiro de Barros - ARI!JNA
Célio Marques Fer
nandes
Ferreira do Amaral
Lauro LeitãoMárIO Mandlnopedro CoUInSylvio Venturolll
MDB
Jetúlio DiasJaison Barreto
TITULARES
ARENA
4) COMISSÃO DO DESENVOLVIMENTO DA RE·GIAO SUL
Presidente: João Vargas - ARENAVice-Presidente: Antônio Ueno - Aft.l!:NAVice-Presidente: Eloi Lenzi - MDB
Adhemar Gh1siAlberto HoffmannAroldo Carvalho
Francisco Líbardoní
Ricardo FiuzaRogério ~ego
Vasco Neto
Vinicius Cansanção
MDB
Francisco PintoThalea Ramalho
Bento GonçalvesGeraldo BulhõesJos1as LeiteLomanto Júnior
3) COMISSÁO ESPECIAL DE-DESENVOLVIMENTODA REGIAO CENTRO.OESTE : 5) COMISSAO DO POLlGONO DAS SECAS
ARENA
REUNIõES
- QuintllS-feiJ:as. às 10:00 horas.Local: Anexo n - SaJa n.' 3.Telefone: 24-2493 - R. 611.SecretárIo: Carlos Brasil de Araújo.
Pacheco <Jh14Vea
MDB
REIJNIõES
Mário Telies
- Quintas-feiras: as 10 noras,
Local' Anexo n - Sala 8-.'1 - Ramal GOl!.
aecretãna: Maria rereza de Barro.s ,E'erelra.
. 7) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ELABORAR AS MEDIDAS LEGISLATIVAS NECESSARIAS A INTEGRAÇAO SóCIO·ECONôMICA ECULTURAL DOS POVOS DA COMUNIDADE AlíNGUA PORTUGUESA, BEM ASSIM 10RH-ARREALIDADE A COMUNIDADE LUSO.BRASILEIRA
SUPLENTES
ARENA
Sinval GuazzelllVasco AmareWllmar Dalllmnol .Vago
. Vago
MDB
J .G. de Araújo JorgeJosé Mandeill
REUNIõES
Qulntas·tmras, às 10 horas.LOcal Ãnexo n - Sala !I-E -.Rama)s 607
, 608.
, s.ecretário: Walter Gouvêa Costa.
Abel AvilaArthUl' SantosFlávio Giovmeítalo Contl
Alencar Furtadooesar NasCImento
Vago
Odulfo DomínzuesPassos PortoPaulino CíceroVago
MDB
Walter Silva
Djalma BessãFernando MagalhãesGonzaga VasconceíosHomero SantosMarco -MaCiel
Henrique EduardoAlves
Ney FerreIra
.-Presidente: Ay Valadão - ARENAVice-Presidente: Emanuel Pinheiro - ARENAVice~Presidente: SilViO de Abreu - MDB
Presidente: Eraldo Lemos - ARENAVice-Presidente: Oceano 'Carleial - ;\!tENAVice-Presldeme: Aival'o Lins':" MDB
PresIdente: Daso Coimbra - ARENA
Vice-Presidente: Furtado ....eíte - ~A
Relator: João Menezes - MDB
SUPLENTES
ARENA
América 'Brasil VagoHenrique Fanstone VagoPaulino Lopes VagoSiqueira Campos VagoWilmar GUImarães-
TITULARES
ARENA
SUPLENTES
ARENA
Edvaldo Flores José SampaioFranCISCO J:.l.o~emberg Pinheiro MacnadoFurtado Leite Prisco VIanaGrimaldi Ribeiro Ruy BacelarHUdebrando Guimarães ARENA MDB
MDB
Alcir Pimenta
Alberto Lavínas
Padre NObre
TITULARES
ARENA
SUPLENTES
Plínio Salgado
Sinvai Boaventura
Sousa Santos
F'lexa El.1beiro
Oswaldo Zanello
Manoel 'I'aveira
Cardoso de Almeida
João Alves
Euripedes Cardoso de
Menezes
Josias GomesLuiz GarciaManoel de Almeida
MDBvmtoíus CansançãoVago
Francelino PereiraJanuárlo FeitosaJosé AlvesJosé Penedo
. Henrique EduardoAlves
MDB
Juarez Bemardes
TITULARES,
ARENA
Marcilio LimaRezende MonteiroUbaldo ·Barém
Brasilio CaiadoGarcia NetoGastão MüllerJarmund {qasser
Arll(ilano DarioFernando Cunha
Carlos CottaDirceu ·Cardoso
MDB
José Bonifácio Netovago
Fábio FonsecaFernando Lyra
MDB
Marcos FreireSevero EUlano
SMUo Maro)a Henrique Eduardo Awea
REUNIóES
REUNiõES
Local: Anexo D - Sala 8-B - Ramal 685.Secretário: Romoaldo Fernandes Arnaldo.Quintas-feiras, às 10 noras,
REUNIõES
Local: Anexo n - Sala 8-A - Ramal 695.Secretária: Vânia Garcia Dórea.QUintas-feiras: 10 horas.
Quintas-feiras: às 9 noras.
Local: Anexo n - Sala 8-A Ramal 604.
Secretária: Maria Helena May J:'eretra daCunha.
A~osto de 1973 DIARIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quarta-feira 8 404:'
8) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ELABO·RAR PROJETO DO CóDIGO DE ESPORTES
10) COMISSÃO ESPECIAL PJ~RA FIXAR DIRETRI·ZES E NORMAS DE LEII PARA O TURISMOBRASILEIRO
12) COMISSAO ESPECIAL DE SEGURANÇA DEVEICUlOS AUTOMOTORES E TRAFEGO
TITULARES
A.H.ENA
Presidente: Osnelli Martinelli - ARENA
Vice-Presidente: Brígído Tinoco - MDB
Relator: Smval Guazzelli - ARENA
Relator substituto: Fábio Fonseca - MDB
Presidente: Célio Borj:~ - ARENA
Vice-Presidente: Dirceu Cardoso - MDB
Relator: Dlb Cherem - AE~ENA
TITULARESJosé Carlos FonsecaMario 'I'ellesMoacyr ChiesseRuy Bacelar
MDB
José MandelliSílvio Barros
SUPLENTES
ARENA
MDB
Vago
Presidente: Vasco Neto - ARENAVice-Presidente: José Mandelli - MDBRelator; Mário Stamm - ARENA
TITULARES
ARENA
Adalberto CamargoEloy Lenzi
Abel AvilaCélio Marques
FernandesJoão Guido
MDH
Getúlio Dias
José Camargo
ARENA
Leopoioo Peres
Lauro Leitão
Navarro Vieira
-oswaico Zanello
Túbo Vargas
Alvaro Gaudêncio
Délson Scarano
João Alves
Faria Lima
Luiz Braz
Jose Bonifácio Npto
Pedro Faria
Lins e SlIva
Parslfal Barroso
Édison BonnaPaulo Alberto
José da Silva Barros
Vago
MDB
Pedro l"aria
Fernando Fagundes
NetcRuy BacelarMário relJes
MarclO Paes
Argilano Dario
Atrne \Joury
SUPLENTES
AtlENA
Abel Avila
MDB
Bezerra de Norões
SUPLEN'I'ES
ARENA
•Josías Leite
MDB
AICII rml~nta
Alberto Lavínas
REUNIõES
QumtaS-!elIas, às 10:30 horas.,-,ocal: Anexo II - Sala a-A.secretàna: Mana Albertina Ribeiro.
REUNIõES
9) COMISSÃO ESPECIAL PARA REVISÃO EATUA·lIZAÇAO DA LEGISLAÇÃO SOBRE DIREITOSAUTORAIS
Presidente: Norberto Schmidt - ARENAVice-Presidente: FlorIm ooutmno - MDB
Relator: Anair Chagas - ARENA
Quartas-feiras, às 15 noras.
Local. Anexo II - Sala 8-E - Ramais 603e 604.
Secretário: Darke Ouveira de Albuquerque.
13) COMiSSÀO ESPECIAL DESTiNADA A ElAB()"RAR PROJETOS DE LEIS COMPLEMENTARESÃ CONSTITU1ÇÃO
Presmente: JOsé Sampaio - ARENAVrce-Presrdente: Vago 'Vice-Presidente: José Bomracio Neto - MD:QRelator: I1délio Martins - ARENA
TITULARES
ARENA
Adhemar Ghisi Jairo Magalhães
Arnaldo Prieto João LinharesArlindo Kunzler José carlos LeprevostCláudio Leite Maga.Jháes MeloDjalma Bessa Marco MacielBurrco Ribeiro Pmneíro Mac,hadoFrancelino Pereira Raimundo Diniz
Hildebrando Guimarães 1ülio VargasIvo Braga Vago
Vago
MDB
/UtJ!;.N.A
Nec,y Novaes
Plíníe Salgado
TITULAE~ES
Airon Rios
Alberto Costa
Mário Mondino
11) COMISSÃO ESPECIAL PARA ESTUDAR EEQUACIONAR O PROlnEMA DO MENORABANDONADO NO PAUS
RETTNTôlES
'reroas- feiras às 16 noras.
Local A!l"XO Il - Sala 8-B.
secretaria: Jacy da Nova Amarante.
Presidente: José Sally - ARENA
Vice-PresIdente: J.G. de Araújo Jorge - MDB
Relator: Manoel de Almeida - AJ{ENA
Prisco Vianna
Wilmar Guinlarães
'Zacharias Seleme
TITULARES
ARENA
Flexa Ribeiro
MauriCIO roíeuc
Osmar Leitão
Vago
MDB
Dias Menezes
SUPLENTES
A.H.ENA
Peixoto .I."llho
Rayrnundo Diniz
MDB
SUPLEN1'ES
ARENA
Jairo BrumLaerte vieiraLisâneas MacielRenato Azeredo
Francelino AmaralAlceu Collare:;Marcos FreireWalter Silva
SUPLENTES
ARENA
1I4DB MDB Garcia Neto
Walter Silv,a JúlIO Viveiros MDB
REUNIõES
Quintas-feiras, as 11 noras.
Local: Anexo n - Sala 8-A - Ramal 603.
SecretarIo: Antônio Fernando Borg6ll Maman.
REUNIõES
Quartas-feiras, às 11> noras,
LocaJ: Anexo II - Sala 8-'B.
secreraoa. Gelcy Clemente Baptista.
Francisco 'studart
REUNIOES
Terças-feiras, às 10 horas.Lacal: Anexo n - Sala 8-A. - R. 603.Secretário: Má.rio Camilo de Ol1Ve11'a.
(1144 Quarta-feira 8 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 1973
Emendas Constitucionais1 a 3
Atos Institucionais1 a 17
Atos Complementares1 a 96
Leglslação Citada.e Sinops-e
Obra E~aborada Pela. Divisão- de· Edições Técnicas
do Senado federal
(Antiga Diretoria de Informação Legislativa) -
Preço: Cr$ :15,00
Agosto de 1973 DIARIO DO CONGRESSO :NACIONAL (Seção I)
REVISTA DE INFORMAÇÃOLEGISL~~TIVA
Editada pelo Senlldo Federal
DIRETORIA DE INFORMAÇÃO LEGISLATIVA
LEYLA CA8TELLO BItANCO RANGEL
Quarta-feira 8 4045
10,00.10,0010,00
NúMEROS PUBLICADOS. Cr$
lNDICE DO SUMÁRIO DA REVISTA DE INFORMAÇÃO LEGIS.LATIVA DE 1 a 10 (enviaremos gratuitamente a quem n08 solici-tar): '. .
- abril a junho nO 18 (1968) ..•.• ,. .. . . . .. • . • .. .. . . . .. . .. 5,00- julho a setembro n° 19 (1968) '.' . . .. .. • . . 5,00
.- outubro a dezembro n" 20 (1968) " 5,00_
'1NDICE DO SUMÁRIO DA REVISTA DE INFORMAÇÃÓ'LEGISLATIVA DE 1 a 20 (enviaremos gratuitamente a quem nos solicitar):
- janeiro a março n" 21 (1969). , , . . .. 5,00- abril a junho n" 22 (1969) ." : , ,.... 5,00- julho a setembro n" 23 (1969) , , ..••• , , . , .. , . . . . . • 5,00- outubro a dezembro n" 24 (1969). '." , . .•. . . 15.00- janeiro a março n" 25 (1970). . . . . • . . •. .. .. . . . .. . . .. . .. • 10,00- julho a setembro n' 27 (1970), ...•... , , : ..... , . . . . 10,00- outubro a dezembro n" 28 (1970) , , .. .. . . .. .. .. • 10,00- janeiro a março n' 29 (1971). . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . .. . 10,00- abril a junho n- Sü (1971l 10,00
lNDICE DO SUMÁRIO DA REVISTA DE INFORMAÇÃOLEGISLATIVA DE 1 a 30 (enviaremos gratuitamente a quem nos solici-tar): . .
- julho a setembro n"31 (1971) ._ outubro a dezembro n" 32 (1971) , .•••..•- janeiro a março n" 33 (1972) , .
SUMARIO
COLABORAÇÃO
As Diversas Espécies de LeiSenador Franco Montoro
Organização Jurídica do Notariado 'na Repúbliea Federal da Alemanha (Um Estudo da Solução de Problemas Insolúveis no Brasil)
Prof. A. B. Cotrim NetoO Congelamento do Poder Mundial
EmbaixadorJ. A. de Araújo CastroO Planejamento e os Organismos Regionais como Preparação a um
Federalismo das Regiões (a experiência brasileira)Prof. Paulo Honavides .
Aspectos Polêmicos do Estatuto Jurídico da Mulher Casada - Lei nú. mero 4.121, de 27-08-62
Prof. Carlos DayrellSituação Jurídica da NOVACAP
Dr. Dario CardosoOs Direitos Autorais no Direito Comparado
Prof. Roberto RosasPerguntas e Reservas a Bespelta do Plano de Integração S~ial
Prof. Wilhelmus GodefridusHermansEuclides da Cunha e a Rodovia Transamazônica
Dr. G. lrenêoJoffilyO Senado e a Nova Constituiçiio
Dr. Paulo Nunes Augusto de FigueiredoO Assessoramento Legislativo
Dr' Atyr de AzevedoLucciDecretos-leis
Dr. CaioTorresIniciativa e Tramitação de Projetes
Jesse de AzevedoBarqueroOs Direitos da Companheira
Ana ValderezA. N. de AlencarPoluição
João BoscoAltoêSUMÁRIO
COLABORAÇÃO
Política do Desenvolvimento UrbanoSenador Carvalho Pinto
O Problema dai Fontel do Direito; Fontel Formail e Materiall, Perapectivas Filosófica, Sociológica e Jurídica .
Senador Franco MontoroA Televisão Educativa no Bralil
Prof, GilsonAmadoRUY, a Defesa dos Bispos e a Questão do Foro dos Cri_ Militarei:
Duas Retificações NecessáriasProf. Rubem Nogueira
A Proteção Jurisdicional dos Direitos Humanos no Direito ,Positi.vo Brasileiro . ' .
Des, Hamilton de Moraes e BarrosSob.e a Metodologia do Ensino Jurídico
Prof. Hugo GueirosBernardesPrerrogativas dos Bens Dominais -'ImlUCetibUidade de Posse Civil
Des. José Júlio Leal FagundesO Instituto de Aposentadoria na Atual Constituição
Pror. Carlos DayrellO ApoioTécnico e Administrativo ao Partido Parlamentar
Prof. SulIy Alvesde Souza .Redução de Custos Gráficos-editoriais
Prof. Roberto Átila Amaral VieiraAdoção
Ana Valderez Ayres Nevesde AlencarIncentivos Fiscais no Planejamento
Walter FariaContabilidade: Ensino e Profissão
João BoscoAltoe
SUMÁRIO
HomenagemSenador Milton Campos
COLABORAÇÃO .
Fontes do Direito em Suas Modalidades FundamentaisSenador Franco Montoro
As sociedades por quotas de responsabilidade limitada, no DireitoPortuguês e no Direito Brasileiro
Prof. OttoGiIAtribuições do Ministério Público no Código de Processo Penal
Dr. Márcio Antônio InaearatoDo Pagamento por Consignação nas Obrigações em Dinheiro
Desembargador DomingosSávio Brandão LimaO Adicional Insalubridade-Periculosidade e o Decreto-lei 389
Prof. Paulo Emílio'Rlhaíro de VilhenaDireito do Trabalho e o Direito Penitenciário
Dra. Carmem Pinheiro de CarvalhoMoral. Direito, Profissão
Prof. AntônioAugusto de Mello Cançado
PESQUISA
O Senado do Império e a AboliçãoWalter Faria .
DOCUMENTAÇÃO
Consolidação das Leis do TrabalhoCaioTorres
PUBLICAÇOES
Obras editadas pela Díretoria de Informaçâ« LegislativaPreço da assinatura anual, que corresponde a quatro números, Cr$
30,00 (trinta cruzeiros). Os pedidos de assinaturas e de numeros avulsos devem ser endereçados ao Centro Gráfico do Senado Federal Caixa Postal 1.503 - Brasília - DF. acompanhados de cheque bancário, visado, nominal e pagável na praça de Brasília.
Remeteremos números avulsos pelo Serviço de Reembolso Postal,,.acrescido do valor das despesas de remessa, de acordo com a tarifa'postal.
"'46 Quarta-feira Ir DIARIO DO CONGRESSO NACIONAl;. (Se~ão I)
ANAIS DO SENADO
Ag'Osto ile 19'13
Mês de maio de 1965Mês de maio de 1965Mês de agosto de 1965Mês de agosto de 1965Mês de setembro de 1965Mês de setembro de 1965Mês de outubro de 1965 .Mês de janeiro de 1968Mês de fevereiro de 1968Mês de fevereiro de 1968Mês de março de 1968Mês de março de 1968Mês de abril de 196&Mês de abril de 1968Mês de maio de 1968Mês de maio de 1968Mês de junho de 1968Mês dejunho de 1968Mês de julho de 1968Mês de julho de 1968Mês de agosto de 1968 ,Mês de agosto de 1968Mês de setembro de 1968Mês de setembro de 1968Mês de outubro de 1968Mês de outubro de 1968Mês de novembro de 1968Mês de novembro de 1968Mês de dezembro de 1968Mês de outubro de 1969Mês de novembro de 1969Mês de novembro de 1969Mês de abril de 1970Mês de abril de 1970Mês de maio de 1970Mês de maio de 1970Mês de junho de 1970Mês de junho de 1970Mês de julho de 1970Mês março/abril de 1971Mês março/abril de 1971Mês de maio de 1971Mês de maio de 1971Mês de junho de 1971Mês de junho de 1971'Mês de julho de 1971Mês de julho de 1971Mês de agosto de 1971Mês de agosto de 1971Mês de setembro de 1971Mês de setembro de 1971Mês de outubro de 1971 .Mês de outubro de 1971Mês de novembro de 1971Mês de novembro de 1971Mês de abril de 1972Mês de abril de 1972Mês de maio de 1972
'Mês de maio de 1972Mês de junho de 1972
"':"" SESSOES 39' a 50' - tomo I- SESSOES 51" a 6;!' - tomo II- SESSOES 107' a 117' - tomo I- SESSOES 118' a 130' - tomo II- SESSOES 14I'aI42'-tomo I~ SESSOES 143' a 145!- tomo II- SESSOES 156' a 166' - tomo II- SESSOES I' a 12' (Convocação Extraord.]- SESSOES 13' a 27' (Convocação Extraord.)- SESSOES 28' a 34' (Convocação Extraord.)- SESSOES l' a 15' (I' e 2' Sessões Preparatórias- Vol.I]- SESSOES 16'a 32'-tomoII- SESSOES 33' a 42' - tomo I- SESSOES 43' a 62' - tomo II- SESSOES 63' a 78' - tomo I- SESSOES 79' a 100' - tomo II- SESSOES 101'a 114'-tomo I- SESSOES 115' a 132' - tomo II- SESSOES l' a lO' (Convecação Extraord.)- SESSOES 11"8 24' - tomo II- SESSOES 133' a 150' - tomo I- SESSOES 151'8171'-tomolI- SESSOES 172' a 188' - tomo I- SESSOES 189'a209'-tomolI- SESSOES 210' a 231' - tomo I- SESSOES 232' a 262' - tomo 11- SESSOES 263' 8 275' - tomo I- SESSOES 276' a 298' - tomo II- SESSOES i- a 15' - tomo I (Convccação Extraordinária).: SESSOES I' a 7';- tomo I- SESSOES 8'a 19'-tomo I- SESSOES 20' a 36' - tomo 11- SESSOES I' a 12' - tomo I- SESSOES 13' a 20' - tomo 11- SESSOES 21' a 32' - tomo I- SESSOES 33' a 42' - tomo 11- SESSOES 43' a 54' - tomo I- SESSOES 55' a 56' - tomo 11- SESSOES 67' a 79' - tomo I.:... SESSOES P a lI' - tomo I- SESSOES 12'a 21~-tomoII
.:.- ·SESSOES 22' a 32' - tomo I- SESSOES 33' a 44' - tomo Il- SESSOES 45' a 56' - tomo· I- SESSOES 57' a 67! - tomo II.; SESSOES 68'a 81'-tomo I- SESSOES 82' a 93' - tomo II- SESSOES 94' a 103' - tomo I- SESSOES 104' a 115' - tomo II..- SESSOES 116' a 126' - tomo I- SESSOES 127' a 138' - tomo II- SESSOES 139' a 148' - tomo I- SESSOES 149' a 157' - tomo II- SESSOES 158' 8 166' - tomo I- SESSOES 167' a 187' - tomo II- SESSOES I' a 12' - tomo I- SESSOES 13' a 22' - tomo II- SESSOES 23' a 30' - tomo I- SESSOES 31' a 43' - tomo II..:. SESSOES 44' 8 45' - tomo I
PREÇO DE CADA VOLUME: Cr$ 10,00
Agosto de 19'73 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Qual'fa-feira lJ 4041
, -- CONSTITUICÃO DA REP.ÚBLIC:A FEDERATIVA DO' BRASIL•
EMENDAS CONSTITUCIONAIIS NYs 1,2 E 3 - Cr$ 2,00
REGIMENTO INTERNO DOTRIBUN'AL SUPERIOR DO TRABALHO
1972 - Cr$ 10,00
ANAIS DA CONSTITUiÇÃO DE 1967OBRA ELABORADA PELA DIRETORIA DE INFORMAÇÃO LEGISLATIVA
COMPREENDEM 7 VOLUMES - PREÇO -, Cr$ 74,00
CONSTITUI CÃO DA REPÚBLIICA FEDERATIVA DO BRASIL.QUADRO COMPARATIVO - PREÇO - Cr$ 8,00
DIRETRIZES EBASES PARA OENSINO - TOMOS I E11LEI N9 5.692, DE 11 Df: AGOSTO DE 1971
Preço - Cr$ 30,00
REFORMA AGRÁRIA - TRÊS VOLUMESPREÇO DOS TRÊS VOLUMES - Cr$ 30,00
ALTERAÇÕES À SÚMULA DA JURISPRUDÊNCIA PREDOMINANTE NOSUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
INDICE GERAL' Apresentacão - Composiçâo do Tribunal-'- Pr~cessos !l18 competência do STF (Portaria n' 87)- fndice alfabMico eremiSSIVo' Súmulas alteradas (nos 2 --·11 -71 - 73 -74 -118 -1'~6 -152 -211- 240 - 274 -345 - 358 - 370 -416
427 e 4351 - - Aplicação das Súmulas nOs473 a 551. . .
Volume com 324 páginas orçaruzado por Jardel Noronha e.Odalh Martins.
Preço - Cr$ 25.00
REGIMENTO INTERNO ETABELA DE CUSTAS DO SUPREMO TRIBUNALFEDERAL COM iN"DICE ELEGISLAÇÃO CITADA·
Volume com 104 páginas - Préço: Cr$ 5,00
PREÇO DESTE EXEMPLAR: Cr$ 0,10
centro Gráfico do senado FederalCaixa Postal, 1. 501
Brasfiia, - DI'. •
EDiÇÃO DE HOJE: 72 PÁGINAS