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Remediação de áreas contaminadas: proposições para o sítio da Plumbum em Santo Amaro da Purificação/BA Jose Ângelo Sebastião Araujo dos Anjos 1 Luis Enrique Sánchez 2 Luiz Carlos Bertolino 3 Introdução Num bairro da Zona Leste do município de São Paulo, cerca de cem famílias ocupam um terreno onde funcionou uma fábrica de revestimento cerâmico, constroem casas e criam alguns animais domésticos. Em abril de 1997, ao fazerem uma escavação para instalar uma manilha de águas servidas, descobrem uma substância com cheiro muito forte. Uma vaca pasta na área. Descobre‐se que a substância é BHC, produto organoclorado usado como agrotóxico, proibido no Brasil, que nada tem a ver com a fábrica de revestimentos cerâmico e que foi provavelmente abandonado clandesti‐ namente no terreno. Apela‐se para diferentes repartições dos governos municipal e estadual. Alguma medida urgente parece necessária, tanto em vista a periculosidade desse produto químico. Diversas perguntas se colocam: o que fazer? como fazer? quem deve fazer o que? quando? Esta repartição pública tem atribuição legal para fazer alguma providência? É sua competência? Quais as consequências se nenhuma medida for tomada? Quais as consequências se alguma medida for tomada? (SANCHEZ, 2001) Com o objetivo de limpar o solo e as águas subterrâneas de substâncias tóxicas foi formulado pela Environmental Protection Agency (EPA), em 1986, a primeira sequen‐ cia de procedimentos de correção para uma área contaminada. Estas ações corretivas foram desenvolvidas em cinco fases, sendo a inicial uma vistoria e avaliação prelimi‐ nar do sitio, passando pela proposição de técnicas de remediação até a implantação das medidas corretivas e estabilizadoras (BERTENFELDER, 1992). Neste período, no Brasil, em 1987, ocorre o acidente com o césio‐137 em Goiânia e, segundo Terra e Ladislau (1991), “a não definição dos culpados pelo acidente é que retarda o devido atendimento às vitimas, seja médico, seja financeiramente” o que 1 Doutorado em Engenharia Mineral/Universidade de São Paulo. [email protected] 2 Doutorado em Economia dos Recursos Naturais e do Desenvolvimento pela Escola de Minas de Paris. [email protected] 3 Doutorado em Engenharia de Materiais. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. [email protected]

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    IntroduoNumbairrodaZonaLestedomunicpiodeSoPaulo,cercadecemfamliasocupamumterrenoondefuncionouumafbricaderevestimentocermico,constroemcasase criam alguns animais domsticos. Em abril de 1997, ao fazerem uma escavaoparainstalarumamanilhadeguasservidas,descobremumasubstnciacomcheiromuito forte.Umavacapastanarea.Descobresequea substnciaBHC,produtoorganocloradousadocomoagrotxico,proibidonoBrasil,quenadatemavercomafbrica de revestimentos cermico e que foi provavelmente abandonado clandestinamentenoterreno.Apelaseparadiferentesrepartiesdosgovernosmunicipaleestadual.Algumamedidaurgenteparecenecessria,tantoemvistaapericulosidadedesse produto qumico. Diversas perguntas se colocam: o que fazer? como fazer?quemdeve fazer o que? quando?Esta repartiopblica tematribuio legal parafazeralgumaprovidncia?suacompetncia?Quaisasconsequnciassenenhumamedida for tomada? Quais as consequncias se alguma medida for tomada?(SANCHEZ,2001) Comoobjetivode limparo soloeasguas subterrneasde substncias txicas foiformuladopelaEnvironmentalProtectionAgency(EPA),em1986,aprimeirasequenciadeprocedimentosdecorreoparaumareacontaminada.Estasaescorretivasforamdesenvolvidasemcincofases,sendoainicialumavistoriaeavaliaopreliminardositio,passandopelaproposiodetcnicasderemediaoataimplantaodasmedidascorretivaseestabilizadoras(BERTENFELDER,1992).Nesteperodo,noBrasil,em1987,ocorreoacidentecomocsio137emGoiniae,segundoTerraeLadislau(1991),anodefiniodosculpadospeloacidentequeretarda o devido atendimento s vitimas, sejamdico, seja financeiramente o que

    1 DoutoradoemEngenhariaMineral/[email protected] DoutoradoemEconomiadosRecursosNaturaisedoDesenvolvimentopelaEscoladeMinasde

    [email protected] Doutorado em Engenharia de Materiais. Pontifcia Universidade Catlica do Rio de Janeiro.

    [email protected]

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    caracterizaumaaodesarticuladadasinstituies,porfaltadeleisespecficassobreacontaminaoindustrial,esuasconsequnciasnasadehumana.Dentrodestecontexto,apartirdadcadapassada,emSoPaulo,umnmeroexpressivodetrabalhosenvolvendoogerenciamentodereascontaminadasporresduosindustriais e proposies para remediao de stios foram se multiplicando, taiscomoMarkeretal.(1994),Pompeia(1994),Sanchez(1995),Cunha(1997),Gloedenet al. (1997), Hassuda (1997), Leite et al. (1997), Sgolo (1997), Anjos (1988),Gloeden (1999),CETESB (1999),Crozera (2001), Silva,A.L.B. (2001), Silva, F.A.N.(2001),TosoJnior(2001),Borba(2002),Sanchez(2006)eMarker(2008).Otermoremediation,nalnguainglesa,refereseabordagemdecunhoeducacional,uma ao ou processo de correo ou domnio do conhecimento ou problema(WEBSTERS, 1995). Contudo, este termo foi introduzido nos EstadosUnidos e Europa, pelos formadores de opinio, como um conjunto de medidas objetivando alimpezadestiosdegradadosporatividades industriais,notadamenteadisposiode resduos txicos, que tenha causado a contaminao do solo ou do aqufero(SNCHEZ,1994).AUSEPAdefineremediaocomoumconjuntodeaescorretivasaplicveisaumdeterminado stio contaminadopor resduosperigosos.Naprtica, essas aesminimizamosefeitosdacontaminao,oquesignificaquedificilmentepodeserecuperarostio(BERTENFELDER,1992).EnquantoqueBitar(1997)definearemediaocomo tcnicas de tratamento que se destinam a eliminar, neutralizar, imobilizar,confinarou transformarelementosou substnciaspresentesnoambientee, assim,alcanaraestabilidadequmicadoambiente.O termo remediao por vezes se confunde com recuperao. Gloeden (1999) eSanchez (2001) discutiram as diferenas e aplicao destas terminologias, que segundo (GLOEDEN op. cit.) podem ser empregadas quando determinarem medidasparacompatibilizarousoatualefuturodareacontaminada.Dentrodestecontexto,arecuperaodereascontaminadasseriatodooprocessodeaplicaodemedidascorretivasnecessriasparaminimizaroueliminaracontaminao,visandoautilizao da rea para um determinado uso, enquanto a remediao est relacionada amedidasde contenoou isolamentoda contaminao.Enquanto Sanchez (op.cit.)enfatizaarecuperaocomomedidasparaeliminaroureduziraquantidadedesubstncias nocivas presentes no solo ou na gua subterrnea, enquanto a remediaoestaria relacionadaamedidaspara isolaros setoresmais contaminadose remoodoscontaminantesanveissegurossadehumanaeaoecossistema.Todavia,aaplicaodotermoremediaoporvezestornaseimprocedentequandodependentederespaldo jurdico,vistoque,atomomento,noexiste leiespecficanoBrasilpararemediaodestioscontaminados.Entretanto,omesmonoocorrecomaespecificaodotermorecuperaonaConstituioFederalde1988,regulamentadopeloDecretoFederal97.632/89paraprojetosdemineraoedenominadoPlano deRecuperao de reasDegradadas.Nestas condies, a recuperao deve

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    serentendidacomooresultadodaaplicaodetcnicasdemanejoobjetivandotornarareaadequadaparaumnovouso(SANCHEZ,2001).Schianetz(1999)noutilizouotermoremediaoecorrelacionaopassivoambiental4dereascontaminadasporresduosindustriaisaaesparaasuarecuperao,tais como: necessidade de aes imediatas; objetivos da recuperao; durao daaodarecuperao;tiposdecontaminantesesuasrelaescomosubsolo;recursosfinanceirosdisponveise;aspectoslegaisreferentesseguranadaoperao.Jomanualdegerenciamentodereascontaminadas(CETESB,1999),primeiroprotocolobrasileiro sobrereas contaminadas,define a remediao comoa aplicaodetcnicaouconjuntodetcnicasemumareacontaminada,visandoremoooucontenodoscontaminantespresentes,demodoaassegurarumautilizaoparaarea,comlimitesaceitveisderiscosaosbensaproteger.Destaforma,osistemadegerenciamentodereascontaminadasdaCETESBcontemplaumaetapaparainvestigaoparaaremediao(selecionardentreasvariasopesdetcnicasexistentesaquelasmaisapropriadasparaocasoconsiderado)eemseguidaumprojetoderemediao(basetcnicaparaorgogerenciadorourgode controle ambiental avaliar a possibilidade de autorizar ou no a implantao eoperaodossistemasderemediaopropostas).Todavia, duas dcadas aps as primeiras regulamentaes efetuadaspelosEstadosUnidos5para limpezade solos contaminadose,da intensa investigao tecnolgicapatrocinada pelos pases industrializados, emespecial, EstadosUnidos, Canad, Inglaterra,HolandaeAlemanha,constatasequeasdificuldadesderecuperaodessasreascontaminadascontinuam.Estaconclusodecorredacomplexidadequeenvolvea contaminaodos stios, das tcnicas aplicadasno atingiremseusobjetivosplenamentee,notadamente,peloselevadoscustosparaimplementaodaremediao.Estas condies vm favorecendo a especificidade de tcnicas de remediao commenores custos, como as apresentadas nas Sixth and Seventh InternationalConference on Contaminated Soil, realizadas sequencialmente, em 1988, emEdinburgh,UKe2000,emLeipzig,Alemanha.Nestasconfernciasforamenfatizadasas dificuldades de atingir padres mais restritivos com as tecnologias atuais, a4 SegundoSchianetz(op.cit.),passivosambientaissodeposiesantigasestioscontaminados

    que produzem riscos para o bem estar da coletividade, segundo a avaliao tecnicamenterespaldadadasautoridadescompetentes.Porm,paraSnchez(op.cit.),opassivoambientaloacmulodedanos(impactos)ambientaisquedevemserreparadosafimdequesejamantidaaqualidadeambientaldeumdeterminadolocal.

    5 ComprehensiveEnvironmentalResponse,Compensation,andLiabilityAct(CERCLA),aprovadoem1980,foiaprimeiraleiquetratoudacontaminaodosoloedasguassubterrneas,tambmconhecidacomoSuperfund.Estaleifoiprecedidadasregulamentaesespecificasparagua,areresduosslidos,respectivamente,WaterPollutionControlAct(1948),CleanAirAct(1955)eSolidWasteControlAct(1965)(SNCHEZ2001)

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    necessidade de conviver com as reas contaminadas e a urgncia na utilizao dobom senso para determinao dos stios com riscos imediatos, alm de seremenfatizadas as pesquisas sobre tcnica de atenuao natural dos contaminantes,caracterizadapeloseubaixocustonaexecuodaremediao.Nessas circunstncias, diversas organizaes mundiais, em especial as instituiesligadas ao Mercado Comum Europeu6, Leste Europeu e Amrica do Norte, vmapresentandopropostasdecooperao,paratrocadeconhecimentocientficoeproposiesdemetodologiasetestesdenovastecnologiasderemediaoparaossoloseasguassubterrneas.NoBrasil,desde1992,algumastcnicasdedescontaminaodesolojvinhamsendoexecutadaspelosetorprivado,dentreelasoprocessoBergmann e tecnologiasconvencionais como: incinerao, extraoqumica, descolorao, biodegradao, estabilizaoevitrificao.Todavia,umdosgrandesempecilhosimplementaodaremediaonos solos contaminadosestava relacionadoao custooperacionaldas tecnologiasquevariavadeUS$122/m3quandoutilizadooprocessoBergmann, aUS$1.282/m3 o custo para a incinerao com remoo do contaminante (ROHRIG;SINGER1996).Contudo,em1997,arevistaQumicaeDerivadosapresentouumagrandediscussodenominadadeControleambientalchegaaosubsolo.Nesteartigosoapresentadasas proposta dos planos de ao da CETESB para stios contaminados em conjuntocom a Agncia Ambiental do GovernoAlemo (GTZ) e, so enfatizados os procedimentosparadesenvolvimentodoManualdereasContaminadas,almdoestabelecimentodosvaloresderefernciaeintervenoparasoloeguasubterrneanoEstadodeSoPaulo(FURTADO,1997).Duranteesteperodo, ametodologiaadotadaparadiagnsticoeavaliaodereascontaminadasseguiuosprocedimentosaplicadospelaUSEPA,esequenciadoemtrsfases:Fase1Auditoriadeconformidade,quandoserolevantadasaslegislaesambientaispertinentes;licenasMunicipais,Estaduais,FederaiseAmbientais;mapaselaudosderiscosambientais,sadeocupacional,ergonmicoenotificaesdeacidentes,alm de inspeo e conhecimento dos equipamentos instalados a cu aberto e emsubsolo;Fase 2 Delineamento da contaminao, quando sero levantadas as informaesquepermitamquantificaronveldecontaminaoexistentenosoloeguasubterrnea,pormeiodoconhecimentogeolgicoehidrolgicodarea,utilizaodeproce6 O Concerted Action on Risk Assessment for Contaminated Sites in the European Union

    (CARACAS); Contaminated Land Rehabilitation Network for Environmental Technologies inEurope(CLARINET);NetworkforIndustryContaminatedInEurope(NICOLE)eRiskAbatementCenterforCentralandEasternEurope(RACE).

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    dimentosnormalizadosparaamostragemecaracterizaoda/sfonte/sdecontaminao e qualificao e quantificao das substncias txicas por meio de anlisesqumicas.Nestafasetambmdevemserestabelecidasasprioridadesparaaremediao,oriscoimediatosadepublica,almdoscustosedetalhamentoparaaremediao;eFase3Programadetalhadodemonitoramentoeaescorretivas,pormeiodeprogramasderiscosadeeaoecossistema,aplicaodetcnicasderemediaoeavaliaosistemticadapersistnciadassubstnciastxicasnositiocontaminado.PormcadavezmaioronmerodestioscontaminadosquevmsendoidentificadosnoBrasil,principalmente,emfunododescarteinadequadoouclandestinodosresduosindustriais7existentesnopassado.Emboranoexistaumcadastrodereascontaminadas no Brasil, somente o estado de So Paulo contempla um programaparaaregiometropolitanae,quejteria2300reaspotencialmenteidentificadas.DadosapresentadosporGloeden(1999)apresentamsomenteparaabaciadoGuarapiranga,noEstadodeSoPaulo,1267reaspotencialmentecontaminadas.Todavia,comaimplantaodeprotocolosespecficosparaosstioscontaminadosnoEstadodeSoPaulo,emespecialoManualparaGerenciamentodereasContaminadas(Figura1),osValoresderefernciadequalidadedosoloeguassubterrneaseanova legislao implementadapela prefeiturade SoPauloparaocupaode lotesurbanos que dispe de diretrizes e procedimentos relativos ao gerenciamento dereas contaminadas no Municpio8, o Estado de So Paulo tornouse pioneiro naAmricadoSulporpossuirmecanismosespecficoselegaisparaavaliaodestioscontaminados.Apartirdaimplementaodosprotocolosestaduais,aCETESBapresentouemmaiode 2002 o primeiro cadastro de reas contaminadas, compreendendo255 stios jem fase de remediao. Este cadastro, disponvel na internet (www.cetesb.sp.gov.br/Solo/areas_contaminadas/relacao_areas.htm), compreendido por uma fichacomdadossobreareacontaminada.Em2009,foipromulgadaaResoluoCONAMA420/2009quedispesobrecritriosevaloresorientadoresdequalidadedosoloquandopresenadesubstnciasqumicas e estabelecediretrizesparao gerenciamento ambiental de reas contaminadasporessassubstnciasemdecorrnciadeatividadesantrpicas.7 SegundoaFundaoNacionaldeSade(FUNASA),rgodogovernofederal,asreascom

    maiorpotencialderiscoasadehumanaso:Santana,noEstadodoAmap,presenadearsnio;SantoAmarodaPurificao,noEstadodaBahia,contaminaoporchumboecdmio;DuquedeCaxias,noRiodeJaneiro,contaminaoporpesticidas;Goinia,Gois,contaminaopormaterialradioativoe,emSoPaulo,entreoutrosoCondomnioBarodeMau,presenadebenzeno,RecantodosPssarosemPaulnea,presenadeorganocloradoseFabricadeBateriajax,contaminaoporchumbo.

    8 Decreton42.319,de21deagostode2002.

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    NestaResoluoficaestabelecidoqueaavaliaodaqualidadedosolo,quantopresenadesubstanciasqumicas,deveserefetuadacombaseemValoresOrientadoresdeReferenciadeQualidade,dePrevenoedeInvestigao,sendoqueosValoresdeRefernciadeQualidadedosoloVQRs(concentraodedeterminadasubstnciaquedefine a qualidade natural do solo, sendo determinada combase em interpretaoestatsticade anlises fsicoqumicasde amostras dediversos tiposde solos)parasubstncias qumicas naturalmente presente sero estabelecidos pelos rgosambientaiscompetentedosEstadosedoDistritoFederal,emat04anosapsapublicao desta Resoluo, de acordo com o procedimento estabelecido no anexo IdestaResoluo(CONAMA420/2009).OprazofinalparaestabelecimentodoVRQsfindaem27dedezembrode2013.Todavia,em2011foinegadapelorgoambientaldoEstadodaBahia,a licenadelocalizao do projeto imobilirioMCMV Residencial Solar Paraso, vinculado aoPACProgramadeAceleraodoCrescimentodoGovernoFederal,localizadonaFazenda Mucumbe, 200 (duzentos) metros da metalurgia da Plumbum. Embora oprojetoestivesseforadareaderestriodousodosolosegundooplanodiretordomunicpio de Santo Amaro, o rgo ambiental considerou que a rea apresentavariscosadehumana.

    1.TecnologiasderemediaoApsarevoluoindustrial,responsvelpelaconcentraoedisposioinadequadade resduos txicos, e dos problemas causados sadehumanapelamigraodosmetaispesadosnosoloeguassubterrneasnasformaspotencialmentedisponveis,taiscomoosexemplosmundialmenteconhecidosdoLoveCanal,nosEstadosUnidos,LekkerkerknaHolanda,eMinamatanoJapo.As tcnicasde remediaoevoluramrapidamente,principalmenteasoriundasdosprocessosconsagradosnametalurgia.Porm,aspesquisassobrestioscontaminadosconviveram, pormuito tempo, dividida em dois grandes grupos de tecnologias deremediao(ANDERSON,1994a;1994b;1994c;1994de1994f;USEPA,1990).Arealizadaexsitu,caracterizadaportcnicasquepromovemaremoodosoloparadescontaminaoeposteriorreposionolocaldeorigemoudisposioematerroadequado. E a tcnica in situ, realizada no local da contaminao, e sendo largamenteutilizada tantopararemoveracontaminaodosolocomoparaasguassubterrneas.

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    Fonte:CETESB(1999)Figura1Fluxogramadeprocedimentosparaavaliaodestioscontaminados

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    SegundoSchianetz(1999),astcnicasderemediaopodemserdiferenciadasentreprocessosinsite(semremoodomaterial),onsite(remosoetratamentonolocal)eoffsite(tratamentoforadolocal).Estastcnicasapresentamvantagensedesvantagensquedevemseravaliadas,conformeoQuadro1.Quadro1Vantagensedesvantagensdosprocessosderemediao ProcessoinsiteVantagem relativamentebaratoDesvantagens dificuldadededescontaminardeformauniforme;

    problemasconsequentessodedifcilavaliao; grandedespndiodetempo;e xitodarecuperaonopodeserconstatadocomconfiabilidade

    ProcessoonsiteVantagem xitodarecuperaodefcilrepetibilidadeDesvantagens apsotratamentoosoloficabiologicamentemortoe

    mineralogicamentealterado; autilizaodesolventesparaaextraocomprometesuaseparaonofinaldoprocesso;

    naescavaoocorremriscosaomeioambienteeasade;e 2a3vezesmaiscaroqueosprocessosinsite

    ProcessooffsiteVantagens geralmenterentvel;e

    areaterumdestinoimediatoaumautilizaoDesvantagens problematransferido;

    sonecessrioscentrosdetratamentoparaadescontaminao;e grandedispndionotransporteeproteonotrabalho

    Fonte:Schianetz(1999)As principais tcnicas de remediao testadas pela USEPA, durante o perodo de1990, nospases industrializados, e aplicadas emescalapiloto e reais (ROEHRING;SINGER,1996),sederamemfunodonmeroexpressivodereaspotencialmentecontaminadasnaComunidadeEuropia,cercade1.500.000(CROZERA,2001),edas500.000reasnaAmricadoNorte(SANCHEZ,2001).IssofoipossvelgraasapolticasespecificasparaessesstiosedisponibilidadederecursosfinanceirospelosGovernosenvolvidos.SegundoCunha(1997),entre1980e1986 foidestinadopeloSuperfund, respectivamente,US$1,6bilhoe9,0bilhes,esegundoSanchez(2001),ocustomdiodaremediaodoSuperfundporstio ficouemUS$29milhes.Porm,jnoanofiscalde1993,aUSEPArealizouaprimeiraseleodetecnologiasde remediaomais frequentementeusadasnos stios contaminados e controladas

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    peloSuperfund.Aaplicaoedesenvolvimentodestas tcnicasnos stiosSuperfundproporcionaramaelaboraodeumacoletneadenominadaInnovatiesiteremediationtechnology,organizadapelaAmericamacademyofenvironmentalerngineerscomaassistnciadaUSEPA, compostaporoitovolumes.Este trabalho foidesenvolvidopor mais de 100 especialistas, que classificaram como principais tecnologias deremediao,abiorremediao,otratamentoqumico,otratamentoporextrao,osprocessosdesolidificaoeestabilizao,alavagemevaporizaodosolo,adessorotermal,adestruiotermaleaextraoporvaporavcuo.Estapublicaoseconstituiuemumagrandeavaliaodosresultadosquantitativosdasprincipais tcnicasempregadaspelaUSEPA, sendodiscutidoamplamenteopotencialdeaplicaodastcnicas,seusprocessoseevoluo,suaslimitaeseseupotencialcomotecnologiainovadora(ANDERSON,1994ae1994b).EmUSEPA(1990),foramapresentadastrsclassesdetecnologiasutilizadasespecificamente para metais pesados. Elas foram classificadas como conteno, solidificao/estabilizaoeseparao/concentrao(Quadro2).Quadro2Tecnologiasderemediao

    Classificaodatecnologia TecnologiaespecificaConteno Cobertura

    Barreirasverticais Barreirashorizontais

    Solidificao/Estabilizao Microencapsulamentodepolmeros Vitrificao

    Separao/Concentrao Lavagemdesoloinsitu Lavagemsoloexsitu Pirometalurgia Eletrocinetica

    Fonte:USEPA(1990)

    NaUSEPA(1990)foramselecionadasasmaispromissorastecnologias insituderemediaoparastioscontaminadosporcompostosorgnicoseinorgnicos.Estaproposiofoideterminadapeloaumentosignificativodestastecnologiasnosprocessosde seleo e avaliaodas remediaesdesenvolvidas nos stiosSuperfund. As tecnologiasparatratamentodesoloforam: Eletrocinticaa)eletromigrao(transporteetrocadeespciesqumicasdentro

    dogradienteeltrico,acarretandoacapturadoscontaminantes(Figura2);b)eletroosmose (transporte de fludo no gradiente eltrico); e c) eletrlise (reaesqumicasassociadascomocampoeltrico).

    Fitorremediaoa)fitoextrao(tecnologiaqueusaplantashiperacumuladorasparatransportedemetais(Ni,Co,Cu,CreZn)dosoloparadentrodaraiz);b)fi

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    toestabilizao(usodeplantasparalimitaramobilidadeebiodisponibilidadedosmetais(Zn,PbeCu)nosolo;ec)rizofiltrao(usoderazesdeplantasaquticasparaabsorver,concentrareprecipitarmetaisderesduos).

    Lavagemdosoloinsitu(soilflushing)usadoemsoloscomaltapermeabilidadequandosoutilizadasguasoureagentesqumicosparasolubilizaoeextraodoscontaminante(Figura3).

    Fonte:USEPA(1990)Figura2Remediaodesolocontaminadoporeletromigrao Solidificao/estabilizao (S/S) solidificao o processo de troca das

    caractersticasfsicasnoresduoparacontroleereduodamobilidadedoscontaminantes,criandoumabarreirafsicaparaalixiviao.Enquantoaestabilizaooprocessode tratamentoqueconverteocontaminanteparabaixas formasdemobilidadeatravsinteraestermaisequmicas(imobilizao).ExemplosdeS/Ssoavitrificaodosoloeautilizaodereagentesdeestabilizaoinsitu(Quadro3).

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    Fonte:USEPA(1990)Figura3Remediaoporlavagemdosolo.Jaagumagi(2002)apresentou,almdastcnicasinsitueexsitu(remooseguidadetratamentoedisposio),aatenuaonaturalcomoaterceiraemaisnovacategoriabsicaderemediaoparalimpezadesedimentosdecanaisdeporto.Segundooautor, a atenuaonatural umaabordagembaseadaemprocedimentosemonitoramento de processos biolgicos e qumicos que ocorremnaturalmente, reduzindo acontaminao do solo e guas subterrneas. Requer o conhecimento detalhado dequmicos, fsicoqumicos, hidrologistas e bilogos. Esta nova formade remediaovemseconsagrarcomaEuropeanconferenceonnaturalattenuationrealizadaemoutubrode2002,emHeidelbergnaAlemanha.SegundoOliveira(2000),aAtenuaonaturalmonitorada(ANM)secaracterizacomoa tecnologia de remediao com maior viabilidade econmica para o acompanhamento geoqumico e atividademicrobiolgica de contaminantes orgnicos em subsuperfcie. Estes dados so referendados pelos projetos de remediao utilizandoANM em tanques subterrneos nos Estados Unidos (Figura 4). Entretanto, para oNational Reserch Council (NRC) dos Estados Unidos a ANM uma tcnica deremediao at o momento desenvolvida para os contaminantes orgnicos, BTEX,

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    hidrocarbonetos oxigenados (lcoois, cetonas e steres de baixo pesomolecular) ecloretodemetileno.Quadro3Tecnologiasdesolidificao/estabilizao

    Reagentesdeestabilizaoinsitu VitrificaoAdiodereagentespozzolanicoscomousemaditivosparaconverterquimicamenteefisicamentecontaminantesparabaixasformasdemobilidade

    Usodeenergiaparadissolversoloseencapsularcontaminantesquimicamenteefisicamenteproduzindobaixamobilidadeemaiorformaestvel

    Aplicadoparamuitosmetaistaiscomooarsnio,mercrioecromohexavalente

    aplicadageralmenteparaarsnio,chumbo,cromo,cdmio,cobre,zinco,asbestoemetaisradioativos

    Asuaeficinciadependedebaixaspercentagensdeargilas

    Apresenadevolteisealtasconcentraesdecontaminantesorgnicospodediminuirasuaeficincia.

    Fonte:USEPA(1990)

    Fonte:Tulisetal.(1997apudOliveira,2000)Figura4ProgramasderemediaoemtanquessubterrneosOutraformadeimplementartcnicasderemediaoemstioscontaminadosdefinida por meio da caracterizao do alvo a ser atingido no projeto de remediao(SMITHetal.,1995).Pormeiodesteprocedimentodevemserenfatizadocritrioseopes aproximadas para os principais objetivos da remediao, sendo preponderanteareduodovolumedocontaminante;oestabelecimentodeformadeestacionar amobilidade domeio contaminado e diminuir suamobilidade. Estes procedimentossodistribudosnosseguintesgrupos:

  • JJoosseennggeellooSSeebbaassttiiooAArraauujjooddoossAAnnjjooss,,LLuuiissEEnnrriiqquueeSSnncchheezzeeLLuuiizzCCaarrlloossBBeerrttoolliinnoo 115

    1.Tratamentoporimobilizaosotcnicas insituquesecaracterizampelareduodamobilidadedoscontaminantesnamatrizdosoloounotransportedoscontaminantesnasguas,pormeiodosseguintesmecanismos:reduodainfiltraonomeio contaminadopormeiodousodebarreiras; reduoda infiltraoatravsdamodificao da permeabilidade da matriz contaminada; reduo da solubilidade econsequentementeamobilidadedocontaminantenasguassubterrneas;eocontrole do fluxo dos contaminantes nas guas para permitir a coleta e tratamento(SMITHetal,.1995).Astcnicasmaisempregadasso: Sistemadeencapsulamento; Barreirasverticais; Barreirashorizontais,e Solidificao/Estabilizao.2.Tratamentodereduodatoxicidadesotcnicasaplicadasparareduodatoxicidadeporprocessosqumicosebiolgicos.Geralmenteconverteoscontaminantesmetlicosdamatrizdoresduoslidoparaumaformamenostxico.Asprincipaistecnologiasdetratamentoqumicoso: Oxidaoqumicareaesquealteramoestadodeoxidaodostomosatravs

    daperdadoseltrons.Asreaespredominantessoaprecipitaoeasolubilizao,esoprocessosutilizadosbasicamenteparacompostosorgnicos;

    Reduoqumicaumprocessodereduonoqualoestadodeoxidaodeumtomotendeadecrescer.Asprincipaisreaessoaprecipitaoeasolubilizao,e

    Neutralizao qumica reaes que regulam as concentraes de solues deonshidrxidoehidrognio.Soutilizadosparatratamentodeslidosquesoexcessivamentecidosoubsicos.

    Osprocessosbiolgicosempregadosnaremediaodereascontaminadasobtidos por intermdio da decomposio damolcula orgnica emmolculasmaissimples, por exemplo: CO2, CH4, sais inorgnicos e gua. Este processo envolvereaesdeabsoro,oxidao,reduo,biolixiviao,bioextrao,biosoroereduoouoxidaobiolgica.Asprincipaistecnologiasdetratamentosbiolgicosso: Bioacumulao o processo de transferncia demetal damatriz contami

    nadaparaabiomassa,podendoometal seracumuladoemorganismosvivosseletivosoubiomassasnovivas;

    Oxidoreduo biolgica uma tcnica utilizada para selecionarmicroorganismosatravsdareduoouoxidaodosmetais,e

    Metilizao oprocessoatravsdoqualorganismosatacamogrupometil(CH3)paraformarmetaisinorgnicos.

  • RReemmeeddiiaaooddeerreeaassccoonnttaammiinnaaddaass::pprrooppoossiieessppaarraaoossttiiooddaaPPlluummbbuummeemmSSaannttooAAmmaarroo......116

    3.Tratamentopor concentraoe separao so tecnologias desenvolvidas apartirdastcnicasdetratamentodeminrio.Asprincipaistcnicassoosprocessosfsicosdeseparaopirometalrgicasehidrometalrgicas.Astecnologiasinsitusoosprocessosporlavagemdesoloseaextraoeletrocinticaporguassubterrneas.Oprincipal problemaque envolve a implementaodestas tecnologias o elevadocustoeaobtenodeumdesejvelnveldosresultados.PrincipaistecnologiasderemediaoaplicadaparametaisAlgumastecnologiasparatratamentodesoloseguascontaminadaspormetaispesados, especialmente, chumbo, cdmio, zinco e cobre, so encontradas em grandedensidade na literatura. Da, sua aplicao e eficincia no processo de remediaodependemdotipoderemediaoproposto(conteno,estabilizaooulimpeza),doacessoatecnologiasdisponveisnomercadoalmdocustoparaaremediao.Estesfatorestmlevadomuitosstioscontaminadosautilizaremmaisdeumatecnologiaderemediaoparaquehajaxitonoprocessoderecuperao.AUSEPA(1990)apresentouuma listagemdosprincipais contaminantesquesofreramtratamentoinsituenfocandosomenteacontaminaonosolo.Osmetaisidentificados so: chumbo (445 stios); arsnio (388 stios); cromo (352 stios); cdmio(276 stios); nquel (276 stios) e zinco (273 stios), almdomercrio e cobre emmenores propores em stios Superfund. O Quadro 4 apresenta as tecnologias decontenoaplicadasnosprincipaisstiosdoSuperfund.Quadro4TecnologiasdecontenoNomedositio Tecnologia

    especificaMetais Tecnologiaasso

    ciadaSituao

    NinthAvenueDump,IN Conteno Pb Barreiraverticalecobertura

    Selecionado

    IndustrialWasteControl,AK Conteno As,Cd,CrePb

    Coberturaedrenos Emoperao

    E.H.ShillingLandfill,OH Conteno As Coberturaebermadeargila

    Selecionado

    Chemtronic,NC Conteno CrePb Cobertura Selecionado

    OrdnanceWorksDisposal,WV

    Conteno AsePb Cobertura Selecionado

    Industriplex,MA Conteno As,PbeCr Cobertura Selecionado

    Fonte:USEPA(1990)

  • JJoosseennggeellooSSeebbaassttiiooAArraauujjooddoossAAnnjjooss,,LLuuiissEEnnrriiqquueeSSnncchheezzeeLLuuiizzCCaarrlloossBBeerrttoolliinnoo 117

    O Quadro 5 apresenta as tecnologias de solidificao/estabilizao aplicada noSuperfund.Quadro5Tecnologiasdesolidificao/estabilizaoSitio Tecnologiaespecifica Metais Tecnologiaasso

    ciadaSituao

    DaRewalChemical,NJ Solidificao Cr,CdePb Bombeamentoetratamento

    Selecionada

    MarathonBatteryCo.,mNy

    Fixaoqumica CdeNi Dragagemedisposiooffsite

    Emoperao

    Nascolite,Millville,NJ Estabilizaodesoloemwetlands

    Pb Disposioonsite Selecionada

    RoeblingSteel,NJ Solidificao/estabilizao As,CrePb Cobertura SelecionadaWaldickAerospace,Nj Solidificao/estabilizao CdeCr Disposiooffsite ExecutadoPalmertonZinc,Pa Estabilizao CdePb _ EmoperaoTonnoliCorp.,PA Solidificao/estabilizao AsePb Barreiraqumica SelecionadaWhitmoyerLaboratories,PA

    Oxidao/ficao As Bombeamentoetratamento,coberturaerevegetao

    Selecionada

    Bypass601,NC Solidificao/estabilizao CrePb Coberturaebombeamentoetratamento

    Selecionada

    Flowood,MS Solidificao/estabilizao Pb Cobertura ExecutadaIndependenteNail,SC Solidificao/estabilizao CdeCr Cobertura ExecutadaPappersSteelandAlloys,FL

    Solidificao/estabilizao AsePb Disposioonsite Executada

    GurleyPit,AR Solidificao/estabilizao Pb ExecutadaPessesChemical,TX Estabilizao Cd Coberturacom

    concretoExecutada

    E.I.DupontdeNemours,IA

    Solidificao/estabilizao Cd,CrePb Coberturaerevegetao

    Executada

    ShawAvenueDump,IA

    Solidificao/estabilizao AseCd Coberturaemonitoramentodasguassubterrneas

    Executada

    GouldSite,OR Solidificao/estabilizao Pb Coberturaerevegetao

    Emoperao

    Fonte:USEPA(1990)

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    OQuadro6apresentaastecnologiasdelavagemdesoloexsitu(soilwashing)1einsitu(soilflushing)2aplicadanoSuperfund.Quadro6TecnologiasdelavagemdesoloSitio Tecnologia

    especificaMetal Tecnologiaassocia

    daSituao

    EwanProperty,NJ Tratamentodagua1

    As,Cr,CuePb

    Prtratamentocomextraodesolventespararemoodeorgnicos

    Selecionada

    GEWiringDivices,PR guacomsoluoaditivadeKl1

    Hg Tratamentoderesduo,disposioonsiteecoberturacomsoloargiloso

    Selecionada

    KingofPrssia,NJ guatratadacomaditivos1

    Ag,CreCu Disposiodesolonosolo

    ExecutadaZanesvilleWellField,OH Lavagemde

    solo1HgePb SVEpararemover

    orgnicosSelecionada

    TwinCitiesArmyAmmunitionPlant,MN

    Lavagemdesolo1

    Cd,Cr,Cu,HgePb

    Lixiviaodosolo ExecutadoSacramentArmyDepotCA

    Lavagemdesolo1

    CrePb Disposioderesduoslquidosoffsite

    Selecionadoeposteriormenteretirado

    LipariLandfill,NJ Lavagemdesoloeresduos2

    Cr,HgePb Contenocombarreirashorizontaisewetlands

    Emoperao

    UnitedChromeProducts,OR

    Lavagemdesolo2

    Cr Eletrocinetica Emoperao

    Fonte:USEPA(1990)

    NoConSoil98diversastecnologiasderemediaoparametaispesadosforamapresentadas.Entreelasastcnicashidrometalrgicasparaaremoodemetaisporlixiviaoapresentaramresultadossignificativoscomautilizaodecidoctrico(H3C),Na2EDTAeHClCaCl2(Quadro7),alavagemdepartculasfinasdosolocontaminadocomzincopor flotaoeautilizaodetecnologiasusandofosfatos,sedimentosdeorigembiolgicasecinzasparaaestabilizaodesolosaltamentecontaminadosnasreademinerao(KONTOPOULOS;THEODORATOS1998).

  • JJoosseennggeellooSSeebbaassttiiooAArraauujjooddoossAAnnjjooss,,LLuuiissEEnnrriiqquueeSSnncchheezzeeLLuuiizzCCaarrlloossBBeerrttoolliinnoo 119

    Quadro7Testesdelixiviaoparaextraodemetais Pb Zn Cd As Ca Mg Al Fe MnConc.inicialdosolo(mg/kg)

    34800 2020 100 2800 72800 15200 12900 60000 3500

    cidoctrico(H3C)3,3molesH3C/kgsolo%6,6molesH3C/kgsolo%

    54,666,1

    61,472,8

    72,092

    3,610

    65,270,9

    37,553,3

    9,312,1

    3,55,5

    74,386

    Na2EDTA%2,5molesNa2H2L/kgsolo2,5molesNa2H2L/kgsolo

    75,679,9

    55,467,8

    96,0100

    21,026,1

    78,782,6

    6,46,7

    6,37,9

    2,84,2

    82,990,0

    HCL5,6molesHCL/kgsolo%6,7molesHCL/kgsolo%

    88,191,1

    87,891,3

    87,491,8

    0,016,1

    91,7

    88,193,9

    47

    1,47,0

    93,094

    Fonte:Papassiopietal.(1998)

    Enquanto que no Prague (20009), foi dada grande nfase na remediao in situ desedimentos,principalmenteemcanaisdeportoscomgrandesmovimentaesdeprodutosindustrializados.Estessedimentosgeralmenteprecisamserdragados,remediadosedispostosadequadamente.DestaformaasprincipaistecnicasderemediaoinsituparametaispesadosemsedimentossoapresentadasnoQuadro8.

    9 FifthInternationalSymposiumandExhibitiononEnvironmentalContaminationinCentraland

    EasternEurope,1214setembrode2000,Praga/RepublicaCheca.

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    Quadro8RemediaesinsitudesedimentosRemediao Tipode

    contaminante

    Tecnologiautilizada Implementaodatecnologia

    Remoodoscontaminanteseconcentraobiolgica

    Ni,Zn,CueCd

    Fitoextrao(entradademetaisnaplanta)

    Introduodaespcievegetal,cultivoeincinerao

    Transformaoqumica

    Metais Precipitaodemetais Infiltraodesaiseconstruodewetlands

    Fixaodecontaminantesporsoroouimobilizao

    Metais Precipitaodemetaiscomohidrxidosoucomplexosinsolveis.Encapsulamentodemetaisemmatrizinorgnica.

    AumentodopHporadiodecalouhidrxidosalternativos;Precipitaoouadsoropertodasrazesdasplantas.Adiodecimento;Vitrificaousandocorrenteeltrica;Adsorodemetaisnassuperfciesdealuminossilicatoseargilas.

    Reduodadispersoadvectivaprximoasuperfciedagua.

    Todososcontaminantes

    Aumentodaresistnciahidrolgica.Reduodaeroso.Isolamentohidrogeolgico.

    Recobrimentoporcamadas;Desnitrificaodosedimento.IntroduodeespciesvegetaisDesviodedrenagens

    Reduodadispersoadvectivaprximoaguasubterrnea.

    Todososcontaminantes

    Aumentodaresistnciahidrogeolgico.Isolamentohidrogeolgico.

    Aplicaodecamadadeargila.Medidasdecontroledonvelhidrosttico.

    Aesparaconteno Todososcontaminantes

    Reduodorisco Trocadefunodocanalnavegvel

    Fonte:Zeman;Patterson(2000)

    PesquisasdesenvolvidasporMarseilleetal.(2000)enfocaramamobilidadedosmetaispesadosnasespciesvegetais(Quadro9)esedimentoscontaminadosdragadosdo rio Scarpe, no norte da Frana. A contaminao, oriunda de umametalurgia dezinco,apresentouasseguintesconcentraes(mg/kg)nossedimentos:Zn(6000);Pb(600);Mn(230);Fe(17000)eTi(1400).

  • JJoosseennggeellooSSeebbaassttiiooAArraauujjooddoossAAnnjjooss,,LLuuiissEEnnrriiqquueeSSnncchheezzeeLLuuiizzCCaarrlloossBBeerrttoolliinnoo 121

    Quadro9ConcentraesdeZn,Pb,CdeCunasrazesEspcies Zn(mg/kg) Cd(mg/kg) Pb(mg/kg) Cu(mg/kg)Uricadiosca 104010 29,40,4 300,7 33,60,4Epilobiumparviflorum 4307 8,70,2 5,30,2 9,50,1Epilobiumhirsutum 33010 7,10,7 5,20,2 8,00,2Polygonumhydropiper 240090 884 21020 633Rononculussceleratus 10001600 5060 100140 3043Ellytdrigiarepens 170050 444 1846 603Fonte:Marseilleetal.(2000)

    QuantoaosstioscontaminadospormetaispesadosnoestadodeSoPauloequeseencontramemprocessoderemediaoedisponveisnositedaCETESB,constataseque emmuitos stios contaminados, j esto sendo aplicadas tcnicas de controle(Quadro10).EntreestesstiosavaliadospelaCETESBencontraseaPlumbumMineraoeMetalurgiaLtda,margemdoribeiroFurnasIporanga/SP.Oplanoderecuperaoambientalparaestestiocontaminadoprevasseguintesetapas(POMPEIA,2002):removereisolarasfontesativasdecontaminao;minimizarotransportesecundriodemetaispesados;reduziroriscodeexposiohumanaaospoluentes;tornarosnveisremanescentesdecontaminaoemsuperfciescompatveiscomosusosdepreservaoambiental e turismo; e estabelecermecanismosdemonitoramentoda contaminaoremanescente.

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    Quadro10StioscontaminadosporchumboemetaisassociadosSitio Contaminante Aesimediatas Remediao

    TonollidoBrasil,Jacare/SP

    Chumbo Coberturadoresduo;Remoodoresduo/solo;Tratamentodelquidoscontaminados;Monitoramentoambiental

    Aserdefinida

    SaturniaSistemadeEnergiaLtda,Sorocaba/SP

    Chumbo CoberturadoresduoPreveno/consumodegua;TratamentodeLquidoscontaminados;Monitoramentoambiental

    Bombeamentoetratamentodasguassubterrneas

    AcumuladoresjaxLtda,Bauru/SP

    Chumbo Prevenodoconsumodealimentos;Monitoramentoambiental

    Aserdefinido

    CAFArgentiferaFurnasMinerao,Iporanga/SP

    Chumbo Remooderesduos/solo ProjetoRemooderesduos

    EmplasComrcioeBeneficiamentodeMetaisLtda,EliasFausto/SP

    Chumbo Monitoramentoambiental Aserdefinida

    GerdauS/A,Cotia/SP Chumboecidoclordrico

    Prevenoaoconsumodegua;Tratamentodelquidoscontaminados;Monitoramentoambiental

    Aserdefinida

    MangelsInsdstriasLtda,SoBernardodoCampo/SP

    Chumbo,zincoebrio

    Tratamentodelquidoscontaminados

    Bombeamentoetratamentodeguassubterrneas

    PanasonicdoBrasilLtda,SoJosdosCampos/SP

    Chumbo,cdmioezinco

    Barreirafsicaehidrulica;Remooderesduos/solo;Tratamentodelquidoscontaminados;Monitoramentoambiental

    Bombeamentoetratamentodeguassubterrneas

    ProlubRerrefinodelubrificantesLtda,PresidentePrudente/SP

    Chumbo,cdmioecromo

    MonitoramentoAmbiental Aserdefinido

    RegiodoslagosdeSantaGertrudes,SantaGertrudes/SP

    Chumbo,cdmio,zincoeboro

    Coberturaderesduos;Estabilidadedeaterro;Isolamentodarea;Prevenoaoconsumodeguaealimentos;Monitoramentoambiental

    Remoodecontaminanteecoberturadesedimentodefundodelagos

    PolibrasilResinasS.A,Mau/SP

    Chumbo,cdmioemercrio

    Monitoramentoambiental Aserdefinido

    Fonte:www.cetesb.sp.gov.br/Solos/areas_contaminadas/relacao_areas.htm(2002)

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    ProposiespararemediaodositiodaPLUMBUMAestratgiaparaarecuperaodareaafetadapelaPlumbumdevealcanartodaareacontaminadaemaesquecontemplemintervenes imediatas,amdioeemlongoprazo.Oplanejamentoeaesseqenciadaspararecuperaodostiodeverocontemplarmedidasdeintervenoquedeverocomearnasinstalaesindustriaisdametalurgia,atareacontaminadadoesturiodorioSuba.Comoestratgiainicialdeaofoiavaliadaaextensodacontaminaopormeiodaanlisedetodososdadosdisponveissobrearea.Nestaaveriguaoforamdelimitadastrsreasdistintasparainterveno:aprimeirarepresentadapelametalurgiae seu entorno imediato; a segunda compreendendo as reas de aterros de escria(quintaisderesidncias,subbasedecalamentodasruasdeSantoAmaroeaterrosemviaspblicasnazonaurbana)e;a terceirareunindoazonarural,orioSubaeseuesturio.Todavia, a implementaodemedidasde remediaoparao stiodaPlumbumdependedograuderecuperaoquesedesejaalcanarnarea,oqueestrelacionadocomseuusofuturo.EstacondioestsubordinadaavaloresdeintervenodosoloestabelecidopelaCETESB(2009),eaoaportederecursosaserdisponibilizadosparaoPlanodeRecuperaoAmbiental,queenvolvediretamenteos custospara implementaodastecnologiasdecontrole,monitoramentoambientale,principalmente,aremediaodosoloedaescria.DeacordocomestaspremissasforamlevantadasasprincipaisetapasaseremdesenvolvidasparaformulaodoPlanodeRecuperaoAmbientalnositiodaPlumbum,quesoasseguintes(ANJOS,2003):Delimitaodasreasdeabrangnciadacontaminao:foramdelimitadasasseguintesreas(Figura5): areade influnciadiretae fonteprincipaldecontaminaodelimitadapelas

    instalaesdaPlumbumeseuentornoimediato; avaliaodafontedecontaminaonareaindustrial,comoobjetivodeterminar

    aextensoeograudecomprometimentodafontedecontaminao,dosoloesedimento,almdasguassuperficiaisesubterrneas;

    areadeinflunciaindireta,compreendendoasfontesprimriasesecundriasdecontaminaosituadasnazonaurbanadacidade,queocorrerampormeiodadeposioinadequada,emformadeaterros,daescria,emruassemcalcamentoedisposiodeescrianassubbasedeestradascaladasouasfaltadas,doscontaminantescarreadosparaodorioSuba,almdapoeira,e

    areadeinflunciaaquidenominadaregionalcompostapeloentornodacidadedeSantoAmaroatanascentedorioSubaeoseuesturio.

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    Determinaodosvaloresorientadoresdequalidadedosoloquantopresenadesubstnciasqumicas: determinao das reas de investigao (agrcola e APMax; residencial e indus

    trial);e estabelecimentodediretrizesparaogerenciamentoambientaldareacontami

    nadaeusodosolo;a. Definiodareaemergencialdeinterveno:porsetratardaprincipalfonte

    decontaminao,areaindustrialdaPlumbumeseuentornodeverosofrerintervenes, em curto prazo, por meio de um Plano de Recuperao Ambientalparaostioindustrial;

    b. Delimitaodasreasde intervenoacurtoemdioprazo:reasurbanas,emespecialaAv.RuyBarbosaeoaltodaCOBRAC;

    c. Complementao da avaliao de risco sade humana: Reavaliao ecomplementaodosestudosnoscompartimentosambientaiseseuriscosadehumana,desenvolvidopelaFUNASAem2003.

    d. Planode remediaoparao stiodaPLUMBUM: definio das tecnologias etcnicasderemediaoparaintervenoacurto,mdioelongoprazo.

    e. Plano de recuperao das edificaes: projeto de uso futuro da rea quecontempleareutilizaooudemoliodasinstalaes;

    f. ProgramadeEducaoAmbiental: que contemple a compatibilidade de viveremreacontaminada;e

    g. PlanodemonitoramentoAmbiental.EstratgiapararecuperaodareaAestratgiaparadefiniodoPlanodeRemediaopropostaparaa reapautasenosseguintescritrios: delimitaodasreasdevalidaodosdadosdisponveiseinterveno:a)reade

    influncia direta compreendida pelas instalaes da Plumbum e seu entornoimediato (Subrea0); b)readoentornoat300m(Subrea I); c)reaentre300e600m(SubreaII);reaentre600e900m(SubreaIII);reaentre900e2.000m (Subrea IIa); rea entre 2.000 e 3.000m (Subrea IIb) e rea entre3.000 e final da zona urbana e esturio do Suba (Subrea IIC) (adaptado deTAVARES,1990)(Figura5)

    avalidaodos levantamentosrealizadosnasreas,paradeterminaodetodasocorrncias da escria e resduos finos depositados nas instalaes industriais,subbasedasruasequintais,almdapoeiraeguassuperficiaisesubterrneas;

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    determinaodetodososmetaistxicoscontidosnafontedecontaminao,soloesedimentos;

    Fonte:Tavares(1990)Figura5DelimitaodasreasesubareasparaintervenoProposiesparaintervenonaSubrea0instalaesdaPlumbuma. Remoo da escria e solo contaminado para tratamento exsitu: O trata

    mentoexsitu, forada cidadedeSantoAmaro,daescriapoder serviabilizadopormeiodetecnologiasdehidrometalurgia(PURIFICA,2002)oupirometalurgia,retirandoseosmetaiscontidosnaescriaeatornandoinerte;

    b. Disposio da escria e solo contaminado das ruas e quintais em aterroindustrial dentro das instalaes da Plumbum: A disposio controlada sedar por meio de aterro industrial para os solos contaminados e escria(PURIFICA,2002),eocontroledacontaminaoviaguassuperficialpormeiodecluladewetlands(ANJOS,2003)

    Oaterroindustrialterasseguintescaractersticas(PURIFICA,2002):Primeira etapa isolamentoda rea! se caracterizapela construode cerca emtododomniodaPlumbumeque temcomoobjetivo impediroacessodepessoaseanimaisnareacontaminada.Segundaetapa deslocamento e aterramentoda escria:Esta fase correspondeaoserviodeterraplanagemparadeslocamentodaescriaqueseencontranoentornoda fbricaedisposiodamesmanovaleondegrandequantidadedeescria j seencontra em formade umbarramento. A execuo desta etapa tem comoobjetivo

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    disporos57.160m3deescriadeformaadequadaatacota115eumdeslocamentoat53memdireozonaalagadiaestudada.TerceiraetapaSistemadeimpermeabilizao:Estaetapatemcomoobjetivoaexecuodosistemadeimpermeabilizaodotopoelateraisdobarramentodaescria,como intuito de evitar a lixiviaoda escria. O sistemade impermeabilizaodotopodobarramentocompostoporcamadassuperpostasdesolovegetal,materialdrenanteeumabarreirahidrulicacompostaporargilacompactada(espessuramnimade0,6,graudecompactaosuperiora95%,teordeumidadedentrodafaixade2%epermeabilidadeinferiora107cm/s)intercaladaporumageomembranadepolietilenocomespessurade1mm.Complementandoosistemafoiprevistaaimpermeabilizao do fundo da lagoa com camadas de argila compactada de 0,3m euma geomembranade1mmde espessura e uma alvenaria depedra com fundaosituadaa2mdeprofundidadedasuperfcieetoponacota108(Figura6).

    Fonte:Machado(2001)Figura6Esquemadosistemadeimpermeabilizao

  • JJoosseennggeellooSSeebbaassttiiooAArraauujjooddoossAAnnjjooss,,LLuuiissEEnnrriiqquueeSSnncchheezzeeLLuuiizzCCaarrlloossBBeerrttoolliinnoo 127

    Quartaetapasistemadedrenagem:Nestaetapaforamdimensionadososelementosde drenagem superficial composto por canaletas e bermas com o objetivo de interceptaredesviaroescoamentodasguaspluviaisparaforadareadobarramentoe evitar o aparecimento de eroso, alm de sugerir uma galeria para a remoo econduodasguasacumuladasamontantedobarramentodaescria.Quintaetapasistemadeconteno:Serefere construodeummurodegravidadecomcercade4mdealturatotal,incluindoaalturadabase(2m),quetemcomoobjetivoevitarapercolaodaguadalagoa.Acluladawetlandpropostaconsistetemcomocaractersticas:solocomaltacapacidadedeatenuaofsica(condutividadehidrulicadosoloiguala109cm/s),atenuao qumica dada pela alta capacidade de troca catinica damontimorilonita ematriaorgnica;terrenoplanoedefciladaptaosobrasdawetland.

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